Etapas do - FURG · 2013. 4. 5. · Para Lowenfeld & Brittain (1977), as crianças passam pela...

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Etapas do Grafismo

Pensamento cinestésico

Garatuja desordenada

Garatuja ordenada

Garatuja nomeada

Pensamento imaginativo

Etapa do

Pré-esquema

Pensamento simbólico

Etapa do Esquematismo

Etapa do Realismo

Etapa do Pseudonaturalismo

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PIAGET( apud PILLAR, 1997) atribui ao desenho

uma função semiótica como forma de representar

símbolos processados pela cultura que evocam

lembranças de elementos na ausência visual dos

mesmos.

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Na etapa das garatujas, não havia uma correspondência visual entre o desenho e a realidade. Na etapa

do Pré-esquema, ocorre uma passagem do pensamento

cinestésico para o imaginativo.

Isso demarca o início de uma correspondência visual entre os

desenhos e a realidade.

A terceira mudança importante refere-se à passagem do

pensamento imaginativo para o pensamento simbólico. Esse

momento coincide, via de regra, com o período da alfabetização.

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GrafismoPensamento

Simbólico

Etapa do Esquematísmo

Etapa do Realismo

Etapa do Pseudonaturalismo

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GrafismoPensamento

SimbólicoEtapa do

Esquematismo

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LOWENFELD(1977), p.178

Etapa do Esquematismo

linha de céu

&

linha de base

Figuras sobre uma linha

desenhada junto à margem

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Para Lowenfeld (1977), as crianças passam por esta etapa dos sete aos nove anos de idade, o que, provavelmente, coincide com o

processo de alfabetização.

Há uma relação entre o processo de alfabetização e o aparecimento

da linha de margem e da linha base nos desenhos.

O que muda em relação ao espaço do desenho é o tipo de organização espacial entre os

objetos.

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A criança valoriza o que quer expressar pelo recurso da desproporção.

Escala emocional

Se, na etapa anterior - o espaço do

astronauta -, as figuras flutuavam sem

gravidade, na etapa do esquematismo,

os objetos aterrissam, como que

puxados para baixo pela força da

gravidade.

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Uso da onomatopéia como recurso auxiliar para a comunicação da imagem :BLEI -

BLEI: o som do sino da igreja.

Onomatopéia

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GrafismoPensamento

Simbólico

Etapa do Esquematísmo

Etapa do Realismo

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Etapa do Realismo

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Para Lowenfeld & Brittain (1977), as crianças passam pela etapa do realismo ou idade da

turma, dos nove aos doze anos.

A ênfase dada pelos autores, na análise desta etapa,

concentra-se nas relações sociais dos pré-adolescentes entre si, com o grupo, com a família e com a sociedade de

um modo geral.

Para Gardner (1994), as crianças adquirem, gradativamente, uma competência simbólica. Passam do estágio inicial, no qual demonstram alguns entendimentos básicos, para, posteriormente, adquirir uma competência

para a utilização de uma gama maior de símbolos.

Na etapa que corresponde ao realismo de Lowenfeld, as

crianças estariam aptas para o desenvolvimento de canais de

expressão simbólica socialmente aceitos ou

respaldados pela cultura.

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Linha de Horizonte e Planos de Sobreposição

• No realismo, o espaço da paisagem se torna mais amplo em relação aodesenho da figura humana, ou seja, a escala emocional da etapa anteriordá lugar a uma escala mais naturalista.

• Aparecem planos de sobreposição, indicando a presença de umaperspectiva elementar.

• A linha de margem, na qual se apoiavam as figuras, dá lugar a outraslinhas de base que se distribuem pela folha.

• A linha de céu deixa de ser desenhada, pois o céu passa a serrepresentado como o plano de fundo que se encontra com o plano daterra. Surge desta nova concepção de espaço a mais importantedescoberta: a linha de horizonte.

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O desenho da figura humana de perfil é uma conquista importante desta etapa, assim

como a ênfase dada ao registro da ação e do movimento. O uso das cores passa a ser mais diversificado, na medida em que a

observação mais atenta já procura encontrar detalhes e variantes cromáticas.

As formas humanas do realismo adquirem significado particularizado, como um avanço perceptivo, além das formas genéricas das

figuras esquemáticas. Se visualizadas separadamente, as partes do corpo, como membros, por exemplo, são reconhecidas.

A rigidez geométrica das figuras esquemáticas dá lugar à flexibilidade, por influência da

simbolização do movimento, resultando no desenho das articulações do corpo.

O perfil

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O desenho de observação

A incorporação de signosvisuais nos desenhos dascrianças, por volta dosnove anos, referidaanteriormente, pode serassociada ao fascínio dascrianças pelo desenho deobservação.

De acordo com Lowenfeld(1977), neste período, ascrianças estãointeressadas no ambientesocial.

O processo de criação éautônomo, livre, masdepende de repertório,de imaginação, que seconstrói pela via de nossaexperiência imediata epelo que absorvemos.

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O objetivo maior do desenho de observação é recuperar, pela via

da arte, a capacidade do educando de ampliar o seu olhar para a grande complexidade do

meio.

Entendemos que este é o caminho multidirecional da

educação.

Ainda que o modo de desenhar contenha as influências sígnicas mediadas pela cultura dos meios

de comunicação, que operam no sentido da convergência ideologizante, a criança, que trabalha diretamente a partir da observação, poderá exercitar a sua liberdade e o seu aprendizado autoconstruído.

A arte infantil da idade do realismo, a partir da observação

do natural, poderá encontrar sentido e corpo na matéria

essencial de sua investigação: as relações entre a natureza, a

cultura e a sociedade.

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GrafismoPensamento

Simbólico

Etapa do Esquematísmo

Etapa do Realismo

Etapa do Pseudonaturalismo

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Etapa do Pseudonaturalismo

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Para Lowenfeld & Brittain (1977), os adolescentespassam pela etapa do pseudonaturalismo dos doze aosquatorze anos.

É a etapa da autocrítica crescente, a partir dasmudanças características da adolescência.

O fascínio pela figura humana como objeto de estudoe pelas relações humanas, num nível mais sensíveldo que na etapa anterior, aparece nas temáticas.

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No pseudonaturalismo, o espaço do desenho apresenta a redução dos objetos

distantes, para criar a ilusão de profundidade de campo.

Para Lowenfeld & Brittain(1997), a aquisição fundamental desta etapa é a

perspectiva visual.

Há interesse pelo ensino da perspectiva, pois a noção de ponto de fuga sobre a

linha do horizonte constitui-se em auxiliar eficaz para solucionar os

problemas simbólicos desta etapa.

Perspectiva visual

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REFERÊNCIAS

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FERREIRO, E.& PALACIO, M.G. Os processos de leitura e escrita. Porto Alegre: Artes

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GARDNER, H. Estruturas da mente – a teoria das inteligências múltiplas. Porto

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LOWENFELD, V. & BRITTAIN, W.I. Desenvolvimento da capacidade criadora. São

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OLIVEIRA, M.K. Vygotsky – aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio-

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VYGOTSKY, L.S. La imaginación y el arte en la infancia-ensayo psicológico- Madrid:

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