ESTUDOS ARMINIANISMO PREDESTINAÇÃO ICONOCLASTIA
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Arminianismo
Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.
Jacobus Arminius
O Arminianismo (tambm chamado tradio reformada arminiana, a f reformada arminiana, ou teologia reformada arminiana) uma escola de pensamento soterolgica de dentro do cristianismo protestante, baseada sobre ideias do telogo reformado holandes Jacobus Arminius (1560 - 1609)1 e seus seguidores histricos, os Remonstrantes. A aceitao doutrinria se estende por boa parte do cristianismo desde os primeiros argumentos entre Atansio e Orgenes, at a defesa de Agostinho de Hipona do "pecado original."
O arminianismo holands foi originalmente articulado na Remonstrncia (1610), uma declarao teolgica assinada por 45 ministros e apresentado ao estado holands. O Snodo de Dort (161819) foi chamado pelos estados gerais para mudar a Remonstrncia. Os cinco pontos da Remonstrncia afirmam que:
1. a eleio (e condenao no dia do jugamento) foi condicionada pela f racional ou no-f do homem;
2. a expiao, embora qualitativamente suficiente todos os homens, s eficaz ao homem de f;
3. sem o auxlio do Esprito Santo, nenhuma pessoa capaz de responder vontade de Deus;
4. a graa no irresistvel; e
5. os crentes so capazes de resistir ao pecado, mas no esto fora da possibilidade de cair da graa.
O ponto crucial do arminianismo remonstrante reside na afirmao de que a dignidade humana requer a liberdade perfeita do arbtrio.2Desde o sculo XVI, muitos cristos incluindo os batistas (Ver A History of the Baptists terceira edio por Robert G. Torbet) tem sido influenciados pela viso arminiana. Tambm os metodistas, os congregacionalistas das primeiras colnias da Nova Inglaterra nos sculos XVII e XVIII, e os universalistas e unitrios nos sculos XVIII e XIX.
O termo arminianismo usado para definir aqueles que afirmam as crenas originadas por Jacobus Arminius, porm o termo tambm pode ser entendido de forma mais ampla para um agrupamento maior de ideias, incluindo as de Hugo Grotius, John Wesley e outros. H duas perspectivas principais sobre como o sistema pode ser aplicado corretamente: arminianismo clssico, que v em Arminius o seu representante; e arminianismo wesleyano, que v em John Wesley o seu representante. O arminianismo wesleyano por vezes sinnimo de metodismo. Alm disso, o arminianismo muitas vezes mal interpretado por alguns dos seus crticos que o incluem no semipelagianismo ou no pelagianismo, ainda que os defensores de ambas as perspectivas principais neguem veementemente essas alegaes.3Dentro do vasto campo da histria da teologia crist, o arminianismo est intimamente relacionado com o calvinismo (ou teologia reformada), sendo que os dois sistemas compartilham a mesma histria e muitas doutrinas. No entanto, eles so frequentemente vistos como rivais dentro do evangelicalismo por causa de suas divergncias sobre os detalhes das doutrina da predestinao e da salvao.4Histria
Retrato de Jacobus Arminius.
Embora tenha sido discpulo do notvel calvinista Teodoro de Beza, Arminius defendeu uma forma evanglica de sinergismo (crena que a salvao do homem depende da cooperao entre Deus e o homem), que contrrio ao monergismo, do qual faz parte o calvinismo (crena de que a salvao inteiramente determinada por Deus, sem nenhuma participao livre do homem). O sinergismo arminiano difere substancialmente de outras formas de sinergismo, tais como o pelagianismo e o semipelagianismo, como se demonstrar adiante. De modo anlogo, tambm h variaes entre as crenas monergistas, tais como o supralapsarianismo e o infralapsarianismo.
Arminius no foi primeiro e nem o ltimo sinergista na histria da Igreja. De fato, h dvidas quanto ao fato de que ele tenha introduzido algo de novo na teologia crist. Os prprios arminianos costumavam afirmar que os pais da Igreja grega dos primeiros sculos da era crist e muitos dos telogos catlicos medievais eram sinergistas, tais como o reformador catlico Erasmo de Roterd. At mesmo Philipp Melanchthon (1497-1560), companheiro de Lutero na reforma alem, era sinergista, embora o prprio Lutero no fosse.
Arminius e seus seguidores divergiram do monergismo calvinista por entenderem que as crenas calvinistas na eleio incondicional (e especialmente na reprovao incondicional), na expiao limitada e na graa irresistvel:
seriam incompatveis com o carter de Deus, que amoroso, compassivo, bom e deseja que todos se salvem.
violariam o carter pessoal da relao entre Deus e o homem.
levariam conseqncia lgica inevitvel de que Deus fosse o autor do mal e do pecado.
Contexto histrico
Para se compreender os motivos que levaram aguda controvrsia entre o calvinismo e o arminianismo, preciso compreender o contexto histrico e poltico no qual se inseriam os Pases Baixos poca.
De acordo com historiadores, tais como Carl Bangs, autor de "Arminius: A Study in the Dutch Reformation (1985)", as igrejas reformadas da regio eram protestantes, em sentido geral, e no rigidamente calvinistas. Embora aceitassem o catecismo de Heidelberg como declarao primria de f, no exigiam que seus ministros ou telogos aderissem aos princpios calvinistas, que vinham sendo desenvolvidos em Genebra, por Beza. Havia relativa tolerncia entre os protestantes holandeses. De fato, havia tanto calvinistas quanto luteranos. Os seguidores do sinergismo de Melanchthon conviviam pacificamente com os que professavam o supralapsarianismo de Beza. O prprio Arminius, acostumado com tal "unidade na diversidade", mostrou-se estarrecido, em algumas ocasies, com as exageradas reaes calvinistas ao seu ensino.
Essa convivncia pacfica comeou a ser destruda quando Franciscus Gomarus, colega de Arminius na Universidade de Leiden, passou a defender que os padres doutrinrios das igrejas e universidades holandesas fossem calvinistas. Ento, lanou um ataque contra os moderados, incluindo Arminius.
De incio, a campanha para impor o calvinismo no foi bem sucedida. Tanto a igreja quanto o Estado no consideravam que a teologia de Arminius fosse heterodoxa. Isso mudou quando a poltica passou a interferir no processo.
poca, os pases baixos, liderados pelo prncipe Maurcio de Nassau, calvinista, estavam em guerra contra a dominao da Espanha, catlica. Alguns calvinistas passaram a convencer os governantes dos Pases Baixos, e especialmente o prncipe Nassau, de que apenas a sua teologia proveria uma proteo segura contra a influncia do catolicismo espanhol. De fato, caricaturas da poca apresentavam Arminius como um jesuta disfarado. Nada disso foi jamais comprovado.
Depois da morte de Arminius, o governo comeou a interferir cada vez mais na controvrsia teolgica sobre predestinao. O prncipe Nassau destituiu os arminianos dos cargos polticos que ocupavam. Um arminiano foi executado e outros foram presos. O conflito teolgico atingiu tamanha proporo que levou a Igreja a convocar o Snodo Nacional da Igreja Reformada, em Dort, mais conhecido como o Snodo de Dort, onde os arminianos, conhecidos como "remonstrantes", tiveram a oportunidade de defender seus pontos de vista perante as autoridades, partidrias do calvinismo. As discusses ocorreram em 154 reunies iniciadas em 13 de novembro 1618 e encerrada em 9 de maio de 1619, cujo o assunto era a predestinao incondicional defendida pelo calvinismo e a predestinao condicional defendida pelo arminianismo. Os arminianos acabaram sendo condenados como hereges, destitudos de seus cargos eclesisticos e seculares, tiveram suas propriedades expropriadas e foram exilados.
Logo que Maurcio de Nassau morreu, os calvinistas perderam o seu poder na regio e os arminianos puderam retornar ao pas, onde fundaram igrejas e um seminrio, o qual at hoje existe na Holanda (Remonstrants Seminarium).
Em sntese, as igrejas protestantes holandesas continham diversidade teolgica, poca de Arminius. Tanto monergistas quanto sinergistas eram ali representados e conviviam pacificamente. O que levou a viso monergista supremacia foi o poder do Estado, representado pelo prncipe Maurcio de Nassau, que perseguiu os sinergistas.
Para Arminius e seus seguidores, sua teologia tambm era compatvel com a reforma protestante. Em sua opinio, tanto o calvinismo quanto o arminianismo so duas correntes inseridas na reforma protestante, por serem, ambas, compatveis com o lema dos reformados sola gratia, sola fide, sola scriptura.
Teologia
A teologia arminiana geralmente cai em um dos dois grupos - Arminianismo Clssico, elaborado a partir do ensino de Jacobus Arminius - e Arminianismo Wesleyano, com base principalmente de Wesley. Ambos os grupos se sobrepem consideravelmente.
Arminianismo Clssico
O arminianismo clssico (s vezes chamado de arminianismo reformado) o sistema teolgico que foi apresentado por Jacobus Arminius e mantido pelos Remonstrantes;5 sua influncia serve como base para todos os sistemas arminianos. A lista de crenas dado abaixo:
A depravao total: Arminius declarou: "Neste estado [cado], o livre-arbtrio do homem para o verdadeiro bem no est apenas ferido, enfermo, inclinado, e enfraquecido; mas ele est tambm preso, destrudo, e perdido. E os seus poderes no s esto debilitados e inteis a menos que seja assistido pela graa, mas no tem poder algum exceto quando animado pela graa divina."6 A expiao destina-se todos: Jesus morreu para todas as pessoas, Jesus atrai todos a si mesmo, e todas as pessoas tm oportunidade de se salvarem pela f.7 A morte de Jesus satisfaz a justia de Deus: A penalidade pelos pecados dos eleitos paga integralmente atravs da obra de Jesus na cruz. Assim, a expiao de Cristo destinada a todos, mas requer a f para ser efetuada. Arminius declarou que: "Justificao, quando usado para o ato de um juiz, tambm exclusivamente a imputao da justia atravs da misericrdia... ou esse homem justificado diante de Deus... de acordo com o rigor da justia sem qualquer perdo."8 Stephen Ashby esclarece: "Arminius s considera duas maneiras possveis em que o pecador pode ser justificado: (1) pela nossa adeso absoluta e perfeita lei, ou (2) exclusivamente pela divina imputao da justia de Cristo."9 A graa resistvel: Deus toma a iniciativa no processo de salvao e a sua graa vem a todas as pessoas. Esta graa (muitas vezes chamada de preveniente ou pr-graa regeneradora) age em todas as pessoas para convenc-las do Evangelho, cham-las fortemente salvao, e capacitar a possibilidade de uma f sincera. Picirilli declarou que "realmente esta graa est to prxima da regenerao que ela leva inevitavelmente a regenerao, a menos que, por fim seja resistida." 10 A oferta de salvao por graa no age irresistivelmente em um simples causa-efeito (i.e num mtodo determinstico), mas sim de um modo de influncia-e-resposta, que tanto pode ser livremente aceita e livremente negada.11 O homem tem livre arbtrio para responder ou resistir: O livre-arbtrio limitado pela soberania de Deus, mas a soberania de Deus permite que todos os homens tenham a opo de aceitar o Evangelho de Jesus atravs da f, simultaneamente, permite que todos os homens resistam.
A eleio condicional: Arminius define eleio como "o decreto de Deus pelo qual, de Si mesmo, desde a eternidade, decretou justificar em Cristo, os crentes, e aceit-los para a vida eterna."12 S Deus determina quem ser salvo e a sua determinao que todos os que crem em Jesus atravs da f sejam justificados. Segundo Arminius, "Deus a ningum preza em Cristo, a menos que sejam enxertados nele pela f".12 Deus predestina os eleitos a um futuro glorioso: A predestinao no a predeterminao de quem ir crer, mas sim a predeterminao da herana futura do crente. Os eleitos so, portanto, predestinados a filiao pela adoo, glorificao, e vida eterna.13 A justia de Cristo imputada ao crente: A justificao sola fide. Quando os indivduos se arrependem e creem em Cristo (f salvfica), eles so regenerados e trazidos a unio com Cristo, pela qual a morte e a justia de Cristo so imputados a eles, para sua justificao diante de Deus.14 A segurana eterna tambm condicional: Todos os crentes tm plena certeza da salvao com a condio de que eles permaneam em Cristo. A salvao condicional a f, portanto, a perseverana tambm condicional.15 A apostasia (desvio de Cristo) s cometida por uma deliberada e proposital rejeio de Jesus e renncia da f.16Os cinco artigos da remonstrncia que os seguidores de Arminius formularam em 1610 o estado acima de crenas relativas (I) eleio condicional, (II) expiao ilimitada, (III) depravao total, (IV) depravao total e a graa resistvel, e (V) possibilidade de apostasia. Note, entretanto, que o artigo quinto no nega completamente a perseverana dos santos, Arminius mesmo, disse que "nunca me ensinaram que um verdadeiro crente pode cair ... longe da f ... ainda no vou esconder que h passagens de Escritura que parecem-me usar este aspecto, e as respostas a elas que me foi permitido ver, no so como a gentileza de aprovar-se em todos os pontos para o meu entendimento ".17 Alm disso, o texto dos artigos da Remonstrancia diz que nenhum crente pode ser arrancado da mo de Cristo, e questo da apostasia, "a perda da salvao" necessrio mais estudos antes que pudesse ser ensinada com plena certeza.
As crenas bsicas de Jacobus Arminius e os Remonstrances esto resumidos como tal pelo telogo Stephen Ashby:
1. Antes de ser chamado e capacitado, algum incapaz de crer... somente capaz de resistir.2. Depois de ter sido chamado e capacitado, mas antes da regenerao, algum capaz de crer... tambm capaz de resistir.3. Aps algum crer, Deus o regenera, algum capaz de continuar crendo... tambm capaz de resistir.4. Aps resistir ao ponto de descrer, algum incapaz de acreditar... s capaz de resistir.''18Interpretao dos Cinco Pontos
O terceiro ponto sepulta qualquer pretenso de associar o arminianismo ao pelagianismo ou ao semipelagianismo. De fato, a doutrina de Arminius perfeitamente compatvel com a Depravao Total calvinista. Ou seja, em seu estado original o homem herdeiro da natureza pecaminosa de Ado e totalmente incapaz, at mesmo, de desejar se aproximar de Deus. Nenhum homem nasce com o "livre-arbtrio", ou seja, com a capacidade de no resistir a Deus.
O quarto ponto demonstra claramente que a graa preveniente que restaura no homem a sua capacidade de no resistir Deus. Portanto, para Arminius, a salvao pela graa somente e por meio da f somente. Nesse sentido, os arminianos do corao concordam com os calvinistas no sentido de que a capacitao, por meio da graa, precede a f, e que at mesmo a f salvadora seja um dom de Deus. A diferena est na compreenso da operao dessa graa. Para os calvinistas, a graa concedida apenas aos eleitos, que a ela no podem resistir. Para os arminianos, a expiao por meio de Jesus Cristo universal e comunica essa graa preveniente a todos os homens; mas ela pode ser resistida. Assim como o pecado entrou no mundo pelo primeiro Ado, a graa foi concedida ao mundo por meio de Cristo, o segundo Ado (conforme Romanos 5:18, Joo 1:9 etc.). Nesse sentido, os arminianos entendem que I Timteo 4:10 aponta para duas salvaes em Cristo: uma universal e uma especial para os que creem. A primeira corresponde graa preveniente, concedida a todos os homens, que lhes restaura o arbtrio, ou seja, a capacidade de no resistir a Deus. Ela distribuda a todos os homens porque Deus amor (I Joo 4:8, Joo 3:16) e deseja que todos os homens se salvem (I Timteo 2:4, II Pedro 3:9 etc.), conforme defendido no segundo ponto do arminianismo. A segunda alcanada apenas pelos que no resistem graa salvadora e creem em Cristo. Estes so os predestinados, segundo a viso arminiana de predestinao.
Portanto, embora a expresso "livre-arbtrio" seja comumente associada ao arminianismo, ela deve ser entendida como "arbtrio liberto" ou "vontade liberta" pela graa preveniente, convencedora, iluminadora e capacitante que torna possveis o arrependimento e a f. Sem a atuao da graa, nenhum homem teria livre-arbtrio.
Ao contrrio dos calvinistas, os arminianos creem que essa graa preveniente, concedida a todos os homens, no uma fora irresistvel, que leva o homem necessariamente salvao. Para Arminius, tal graa irresistvel violaria o carter pessoal da relao entre Deus e o homem. Assim, todos os homens continuam a ter a capacidade de resistir Deus, que j possuam antes da operao da graa (conforme Atos 7:51, Lucas 7:30, Mateus 23:37 etc.). Portanto, a responsabilidade do homem em sua salvao consiste em no resistir ao Esprito Santo. Este o corao do sinergismo arminiano, o qual difere radicalmente dos sinergismos pelagiano e semipelagiano.
No que tange perseverana dos santos, os remonstrantes no se posicionaram, j que deixaram a questo em aberto.
Citaes das obras de Arminius
Os textos a seguir transcritos, escritos pelo prprio Arminius, so teis para demonstrar algumas de suas ideias.
Mas em seu estado cado e pecaminoso, o homem no capaz, de e por si mesmo, pensar, desejar, ou fazer aquilo que realmente bom; mas necessrio que ele seja regenerado e renovado em seu intelecto, afeies ou vontade, e em todos os seus poderes, por Deus em Cristo atravs do Esprito Santo, para que ele possa ser capacitado corretamente a entender, avaliar, considerar, desejar, e executar o que quer que seja verdadeiramente bom. Quando ele feito participante desta regenerao ou renovao, eu considero que, visto que ele est liberto do pecado, ele capaz de pensar, desejar e fazer aquilo que bom, todavia no sem a ajuda contnua da Graa Divina.Com referncia Graa Divina, creio, (1.) uma afeio imerecida pela qual Deus amavelmente afetado em direo a um pecador miservel, e de acordo com a qual ele, em primeiro lugar, doa seu Filho, "para que todo aquele que nele cr tenha a vida eterna," e, depois, ele o justifica em Cristo Jesus e por sua causa, e o admite no direito de filhos, para salvao. (2.) uma infuso (tanto no entendimento humano quanto na vontade e afeies,) de todos aqueles dons do Esprito Santo que pertencem regenerao e renovao do homem - tais como a f, a esperana, a caridade, etc.; pois, sem estes dons graciosos, o homem no capaz de pensar, desejar, ou fazer qualquer coisa que seja boa. (3.) aquela perptua assistncia e contnua ajuda do Esprito Santo, de acordo com a qual Ele age sobre o homem que j foi renovado e o excita ao bem, infundindo-lhe pensamentos salutares, inspirando-lhe com bons desejos, para que ele possa dessa forma verdadeiramente desejar tudo que seja bom; e de acordo com a qual Deus pode ento desejar trabalhar junto com o homem, para que o homem possa executar o que ele deseja.Desta maneira, eu atribuo graa O COMEO, A CONTINUIDADE E A CONSUMAO DE TODO BEM, e a tal ponto eu estendo sua influncia, que um homem, embora regenerado, de forma nenhuma pode conceber, desejar, nem fazer qualquer bem, nem resistir a qualquer tentao do mal, sem esta graa preveniente e excitante, seguinte e cooperante. Desta declarao claramente parecer que de maneira nenhuma eu fao injustia graa, atribuindo, como dito de mim, demais ao livre-arbtrio do homem. Pois toda a controvrsia se reduz soluo desta questo, "a graa de Deus uma certa fora irresistvel"? Isto , a controvrsia no diz respeito quelas aes ou operaes que possam ser atribudas graa, (pois eu reconheo e ensino muitas destas aes ou operaes quanto qualquer um,) mas ela diz respeito unicamente ao modo de operao, se ela irresistvel ou no. A respeito da qual, creio, de acordo com as escrituras, que muitas pessoas resistem ao Esprito Santo e rejeitam a graa que oferecida.
John Wesley foi historicamente o advogado mais influente dos ensinos da soterologia arminiana. Wesley concordou com a vasta maioria daquilo que o prprio Arminius defendeu, mantendo doutrinas fortes, tais como as do pecado original, depravao total, eleio condicional, graa preveniente, expiao ilimitada e possibilidade de apostasia.
Wesley, porm, afastou-se do Arminianismo Clssico em trs questes:
Expiao A expiao para Wesley um hbrido da teoria da substituio penal e da teoria governamental de Hugo Grcio, advogado e um dos Remonstrantes. Steven Harper expe: "Wesley no colocou o elemento substitucionrio dentro de uma armao legal Preferencialmente [sua doutrina busca] trazer para dentro do prprio relacionamento a 'justia' entre o amor de Deus pelas pessoas e a averso de Deus ao pecado isso no a satisfao de uma demanda legal por justia; assim, muito disso um ato de reconciliao imediato."19 Possibilidade de apostasia Wesley aceitou completamente a viso arminiana de que cristos genunos podem apostatar e perder sua salvao. Seu famoso sermo "A Call to Backsliders" demostra claramente isso. Harper resume da seguinte forma: "o ato de cometer pecado no ele mesmo fundamento para perda da salvao a perda da salvao est muito mais relacionada a experincias que so profundas e prolongadas. Wesley via dois caminhos principais que resultam em uma definitiva queda da graa: pecado no confessado e a atitude de apostasia."20 Wesley discorda de Arminius, contudo, ao sustentar que tal apostasia no final. Quando menciona aqueles que naufragaram em sua f (1 Tim 1:19), Wesley argumenta que "no apenas um, ou cem, mas, estou convencido, muitos milhares incontveis so os exemplos daqueles que tinham cado, mas que agora esto de p"21 Perfeio crist Conforme o ensino de Wesley, cristos podem alcanar um estado de perfeio prtica. Isso significa uma falta de todo pecado voluntrio, mediante a capacitao do Esprito Santo em sua vida. Perfeio crist (ou santificao inteira), conforme Wesley, "pureza de inteno; toda vida dedicada a Deus" e "a mente que estava em Cristo, nos capacita a andar como Cristo andou." Isso "amar a Deus de todo o seu corao, e os outros como voc mesmo".22 Isso 'uma restaurao no apenas para favor, mas tambm para a imagem de Deus," nosso ser "encheu-se com a plenitude de Deus".23 Wesley esclareceu que a perfeio crist no implica perfeio fsica ou em uma infabilidade de julgamento. Para ele, significa que no devemos violar a longanimidade da vontade de Deus, por permanecer em transgresses involuntrias. A perfeio crist coloca o sujeito sob a tentao, e por isso h a necessidade contnua de orao pelo perdo e santidade. Isso no uma perfeio absoluta mas uma perfeio em amor. Alm disso, Wesley nunca ensinou um salvao pela perfeio, mas preferiu dizer que "santidade perfeita aceitvel a Deus somente atravs de Jesus Cristo."22Outras Variaes
Eleio Corporativa
Mais informaes: Eleio incondicional e Eleio corporativaArminianismo e outras vises
Alegoria da disputa teolgica entre arminianos e os seus oponentes
Mais informaes: Pelagianismo, Semipelagianismo, Histria do debate calvinistaarminianoPara compreender o arminianismo necessrio ter compreenso das seguintes alternativas teolgicas: pelagianismo, semipelagianismo e calvinismo. Arminianismo, como qualquer outro sistema de crena maior, frequentemente mal compreendido tanto pelos crticos quanto pelos futuros adeptos. Abaixo esto listados alguns equvocos comuns.
Comparao com os protestantes
Esta tabela resume as vises clssicas de trs diferentes crenas protestantes sobre a salvao.24
'Tema'LuteranismoCalvinismoArminianismo
Arbtrio humanoDepravao total, sem o livre-arbtrioDepravao total, sem o livre-arbtrioA depravao no se ope ao livre-arbtrio
EleioInconditional, somente eleio para a salvaoEleio incondicional para a salvao e danao (dupla-predestinao)Eleio condicional, baseando-se na f ou incredulidade prevista
JustificaoJustificao de todos os que crem completa na morte de Cristo.Justificao limitada aos eleitos para a salvao, completa na morte de Cristo.Justificao possvel para todos, mas s se aplica sobre quem pe f em Jesus.
ConversoMonergista, atravs dos meios de graa, resistvelMonergista, sem meios, irresistvelSinergista, pela graa preveniente, deve ser recebida, resistvel por causa do livre-arbtrio
Preservao e apostasiaCair da graa possvel, mas Deus d garantia de preservao.Perseverana dos santos: os eternamente eleitos em Cristo necessariamente perseveraro na f e na santidade at o fimA preservao condicional a f contnua a Cristo; h possibilidade de uma total e definitiva apostasia
Equvocos Comuns
Arminianismo defende salvao baseada em obras - Nenhum sistema conhecido de arminianismo nega a salvao "somente pela f" e "pela f do primeiro ao ltimo". Este equvoco muitas vezes dirigido contra a possibilidade de apostasia arminiana, que os crticos exigem manuteno contnua das boas obras para alcanar a salvao final. Para os arminianos, no entanto, tanto a salvao inicial e a segurana eterna so "apenas pela f"; da "pela f do primeiro ao ltimo". Crena que a f a condio para entrar no Reino de Deus; a incredulidade a condio para sair do Reino de Deus - no a falta de boas obras.25 26 27 Arminianismo pelagiano (ou semipelagiano), nega o pecado original e a depravao total - Nenhum sistema de arminianismo fundado em Arminius ou Wesley nega o pecado original ou depravao total;28 tanto Arminius quanto Wesley fortemente afirmaram que a condio bsica do homem tal que ele no pode ser justo, compreender a Deus, ou buscar a Deus.29Muitos crticos do arminianismo, tanto no passado como no presente, afirmam que o arminianismo tolera ou mesmo explicitamente apoia o pelagianismo ou semipelagianismo. Arminius se refere ao pelagianismo como "a grande mentira" e afirmou que "Devo confessar que eu o detesto, do meu corao, as conseqncias [de tal teologia]."30 David Pawson, um pastor ingls, denunciou a associao como "caluniosa", quando atribuda a doutrina de Arminius ou Wesley.31 Na verdade a maioria dos arminianos rejeitam todas as acusaes de pelagianismo; no entanto, devido principalmente aos adversrios calvinistas,32 33 os dois termos permanecem entrelaados no uso popular.
Arminianismo nega o pagamento substitutivo de Jesus pelos pecados - Tanto Arminius quanto Wesley acreditavam na necessidade e suficincia da expiao de Cristo por meio da substituio.34 Arminius declarou que a justia de Deus foi satisfeita individualmente35 enquanto Hugo Grotius e muitos dos seguidores de Wesley ensinaram que Deus foi satisfeito governamentalmente.36Comparao com o Calvinismo
Ver artigo principal: Histria do debate calvinistaarminianoDesde sempre, Arminius e seus seguidores se revoltaram contra o calvinismo no incio do sculo XVII, a soteriologia protestante tem sido amplamente dividida entre calvinismo e arminianismo. O extremo do calvinismo o hipercalvinismo, que insiste que os sinais da eleio devem ser procurados antes de evangelizao do inregenerado ocorrer e que os eternamente condenados no tm a obrigao de se arrepender e crer, e o extremo do arminianismo o pelagianismo, que rejeita a doutrina do pecado original em razo da responsabilidade moral, mas a esmagadora maioria dos protestantes, pastores evanglicos e telogos se prendem a um destes dois sistemas ou em algum lugar entre eles.
Similaridades
Depravao total arminianos concordam com os calvinistas sobre a doutrina da depravao total. As diferenas ficam na compreenso de como Deus medica a depravao humana.
Efeito substitucionrio da expiao arminianos tambm afirmam como os calvinistas o efeito substitucionrio da expiao de Cristo e que esse efeito est limitado somente ao eleito. Arminianos clssicos concordam com os calvinistas que esta substituio foi uma satisfao penal por todo o eleito, enquanto a maioria dos arminianos wesleyanos sustentam que a substituio foi em natureza governamental.
Diferenas
Natureza da eleio arminianos defendem que a eleio para salvao eterna est ligada a condio da f. A doutrina calvinista da eleio incondicional declara que a salvao no pode ser ganha ou alcanada e, portanto, no depende de qualquer esforo humano, de modo que a f no uma condio de salvao, mas os meios divinos para isso. Em outras palavras, arminianos acreditam que devem sua eleio sua f, enquanto que os calvinistas acreditam que devem sua f sua eleio.
Natureza da graa arminianos acreditam que atravs da graa de Deus, restaurado o livre-arbtrio concernente a salvao da toda a humanidade, e que cada indivduo, portanto, capaz de aceitar o chamado do Evangelho atravs da f ou resistr a ele atravs da incredulidade. Calvinistas defendem que a graa de Deus, que permite a salvao, dada somente ao eleito e que irresistivelmente o conduz a salvao.
Extenso da expiao arminianos, juntamente com os quatro pontos calvinistas ou amiraldiano, defendem uma tiragem universal e extenso universal da expiao em vez da doutrina calvinista que a tiragem e expiao limitado em extenso somente aos eleitos. Ambos os lados (com a exceo dos hipercalvinistas) acreditam que o convite do Evangelho universal e que "deve ser apresentado a todo o mundo, [eles] podem ser alcanados sem qualquer distino."37 Perseverana na f arminianos acreditam que a salvao futura e a vida eterna esto seguras em Cristo e protegidas de todas as foras externas, mas condicional sobre permanecer em Cristo e pode ser perdida atravs da apostasia. Calvinistas tradicionais acreditam na doutrina da perseverana dos santos, ou seja, porque Deus escolheu alguns para a salvao e efetivamente pagou por seus pecados particulares, Ele os conserva da apostasia, e aqueles que apostataram nunca foram verdadeiramente regenerados (que , novo nascimento). Calvinistas no tradicionais e outros evangelicais defendem uma similar, mas diferente, doutrina de segurana eterna que ensina que, se uma pessoa j foi salva, sua salvao nunca pode estar em perigo, mesmo que a pessoa abandone completamente a f.
Leitura adicional
Four Views on Eternal Security. Grand Rapids:Zondervan, 2002. ISBN 0310234395 Forlines, Leroy F.. The Quest for Truth: Answering Life's Inescapable Questions. Nashville:Randall House Publications, 2001. ISBN 0892658649 Forster, Roger. God's Strategy in Human History. [S.l.]:Wipf & Stock Publishers, 2000. ISBN 1579102735 Mcgonigle, Herbert. Sufficient Saving Grace. Carlisle:Paternoster, 2001. ISBN 1842270451 Olson, Roger. Arminian Theology: Myths and Realities. Downers Grove:IVP Academic, 2006. ISBN 0830828419 Pawson, David. Once Saved, Always Saved? A Study in Perseverance and Inheritance. London:Hodder & Stoughton, 1996. ISBN 0340610662 Picirilli, Robert. Grace, Faith, Free Will: Contrasting Views of Salvation. Nashville:Randall House Publications, 2002. ISBN 0892656484 (2003) "Will The Real Arminius Please Stand Up? A Study of the Theology of Jacobus Arminius in Light of His Interpreters". Integrity: A Journal of Christian Thought 2: 121-139. Shank, Robert. Elect in the Son. Minneapolis:Bethany House Publishers, 1989. ISBN 1556610920 Walls, Jerry L.; Dongell, Joseph R.. In: Jerry L.. Why I Am Not a Calvinist. Downers Grove:InterVarsity Press, 2004. ISBN 0830832491 Wesley, John. "The Question, 'What Is an Arminian?' Answered by a Lover of Free Grace" Witski, Steve. "Free Grace or Forced Grace?" from The Arminian Magazine, Spring 2001
Satama, Mikko (2009). "Aspects of Arminian Soteriology in Methodist-Lutheran Ecumenical Dialogues in 20th and 21st Century" Master's Thesis, University of Helsinki, Faculty of Theology.
Referncias
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22. Ir para: a b Wesley, John "A Plain Account of Christian Perfection", Works23. Ir para cima Wesley, John "The End of Christs Coming", Works24. Ir para cima Quadro elaborado a partir, embora no seja copiado, de Lange, Lyle W.God So Loved the Word: A Study of Christian Doctrine. Milwaukee: Northwestern Publishing House, 2006. p. 448.
25. Ir para cima Pawson Once Saved, Always Saved? 121-124
26. Ir para cima Picirilli Grace, Faith, Free Will 160ff
27. Ir para cima Ashby Four Views on Eternal Security 142ff
28. Ir para cima Ashby 138-139
29. Ir para cima Arminius, Writings 2:192
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37. Ir para cima Nicole, Roger, "Covenant, Universal Call And Definite Atonement" Journal of the Evangelical Theological Society 38:3 (September 1995)
Arminian Theology Myths and Realities Arminianismo.comLigaes externas
Predestinao
Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.
Joo Calvino
Predestinao, em teologia, a doutrina de que todos os eventos tm sido desejados por Deus. Joo Calvino interpretou a predestinao bblica como significando que Deus quer a condenao eterna para algumas pessoas e a salvao para outras.1ndice
1 Conceitos 2 Predestinao Absoluta de Joo Calvino 3 No Catolicismo e Protestantismo 4 Fontes bblicas 5 Ver tambm 6 RefernciasConceitos
A predestinao divina, comum no monotesmo, no cristianismo relacionada a oniscincia de Deus sabendo previamente tudo o que vai acontecer, no que se refere salvao de uns e a no salvao de outros, sendo um tema dos ensinamentos de Agostinho de Hipona e de Joo Calvino. Para S. Agostinho a salvao no dependeria dos prprios seres humanos, mas sim de uma interveno divina, da graa divina, algo que seria absolutamente necessrio para a salvao. Dessa maneira, pode-se dizer que os "condenados" so nalguma medida escolhidos por Deus, ou melhor, os "no-escolhidos". Os cristos entendem a doutrina da predestinao como a salvao que Deus planejou para os homens. Os escolhidos no possuem a opo de aceitarem ou no a Cristo, pois Deus h de inclin-los de alguma forma, seja pelo amor ou pela dor.
Outros teorizam que qualquer evento imprevisvel e ocorrem por pura sorte ou acaso.
Predestinao Absoluta de Joo Calvino
A doutrina da predestinao est particularmente associada ao Calvinismo. A predestinao um elemento que descende da teologia de Joo Calvino. Dentro do espectro de crenas quanto predestinao, no Calvinismo que possui sua forma mais enftica entre cristos. Ensina que a predestinao de Deus fruto de sua oniscincia, como prescincia, cuja qual, Ele rege de acordo com a Sua vontade e absoluta soberania, em relao as pessoas e acontecimentos. E numa forma insondvel, por muitas vezes no compreensvel ao nosso entendimento, Deus age continuamente com liberdade total, de forma a realizar a Sua vontade de forma completa.
Por outras palavras, o Calvinismo baseia a sua doutrina da predestinao na perspectiva de que Deus predestina previa e absolutamente a humanidade, escolhendo entre os homens aqueles que iro salvar-se e aqueles que vo ser condenados. Esta doutrina tira ao Homem qualquer possibilidade de rejeitar ou aceitar livremente a graa divina.
Tanto para o Calvinismo quanto para o catolicismo-romano agostiniano, no h livre-arbtrio. Para ambos, a soberania de Deus prevalece. O cristo escolhido no pode rejeitar sua eleio, pois Deus h de curv-lo at que ele aceite a Sua graa.2No Catolicismo e Protestantismo
Ver artigo principal: Doutrina da Igreja Catlica e GraaNa doutrina catlica, a predestinao, alm da perspectiva de Deus, baseia-se tambm na perspectiva de que o Homem, sendo criado livre por Deus, tem a capacidade de aceitar ou rejeitar a graa divina da salvao. Logo, a graa divina e o livre-arbtrio humano estabelecem-se entre si uma relao de colaborao indissocivel. Apesar da vontade divina de salvar toda a humanidade atravs do mistrio pascal de Jesus, o Homem pode livremente recusar a salvao e a santidade oferecidas por Deus.3Sobre a oniscincia divina, que assume um papel importante na predestinao, Eusbio Pnfilo, um Pai da Igreja, afirmou que: "o conhecimento prvio dos eventos no a causa de que tenham ocorrido. As coisas no ocorrem [somente] porque Deus sabe. Quando as coisas esto para ocorrer, Deus o sabe".4 Logo, Deus, apesar de saber previamente os acontecimentos futuros, d ao Homem a possibilidade de modific-los e de criar uma nova verso do futuro, que alis Deus tambm j consegue prev-la. Contudo, o homem no pode interferir na vontade de Deus.
Fontes bblicas
Efsios 1:3-14 Romanos 9:14-18 Romanos 8:26-30 I Corntios 2:7 II Pedro 1:10 Jeremias 1:5 II Timteo 1:9 Salmos 139:16 Joo 10:27 Atos 13:48Iconoclastia
Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.
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Pgina do Saltrio Chludov criticando a iconoclastia. No fundo h uma representao da crucificao de Jesus no Glgota. O artista compara os soldados romanos maltratando Jesus com os patriarcas iconoclastas Joo Gramtico e o Antnio I de Constantinopla, destruindo o cone de Cristo.
Iconoclastia ou Iconoclasmo (do grego , transl. eikon, "cone", imagem, e , transl. klastein, "quebrar", portando "quebrador de imagem") foi um movimento poltico-religioso contra a venerao de cones e imagens religiosas no Imprio Bizantino que comeou no incio sculo VIII e perdurou at o sculo IX. 1 Os iconoclastas acreditavam que as imagens sacras seriam dolos, e a venerao e o culto de cones por conseqncia, - idolatria.
Em oposio a iconoclastia existe a iconodulia ou iconofilia (do grego que significa "venerador de imagem"), ao qual defende o uso de imagens religiosas, "no por crer que lhes seja inerente alguma divindade ou poder que justifique tal culto, ou porque se deva pedir alguma coisa a essas imagens ou depositar confiana nelas como antigamente faziam os pagos, que punham sua esperana nos dolos [cf. Sl 135, 15-17], mas porque a honra prestada a elas se refere aos prottipos que representam, de modo que, por meio das imagens que beijamos e diante das quais nos descobrimos e prostamos, adoramos a Cristo e veneramos os santos cuja semelhana apresentam.2Em 730 o imperador LeoIII, o Isurio proibiu a venerao de cones. O resultado foi a destruio de milhares de cones pelos iconoclastas, bem como mosaicos, afrescos, esttuas de santos, pinturas, ornamentos nos altares de igrejas, livros com gravuras e inumerveis obras de arte. O iconoclasmo foi oficialmente reconhecida pelo Conclio de Hieria de 754, apoiado pelo imperador Constantino V e os iconfilos severamente combatidos, especialmente os monges. O conclio no teve a participao da Igreja Ocidental e foi desaprovado pelos papas, provocando um novo cisma. Posteriormente a imperatriz Irene, viva de LeoIV, o Cazar, em 787 convocou o Segundo Conclio de Niceia, que aprovou o dogma da venerao dos cones, e recuperou a unio com a Igreja Ocidental. Os imperadores que governaram aps ela Nicforo I e Miguel I Rangabe seguiram com a venerao. No entanto, a derrota de Miguel I na guerra contra os blgaros em 813, levou ao trono LeoV, o Armnio, que renovou a iconoclastia.
Durante a regncia da imperatriz Teodora, o iconoclasta patriarca de Constantinopla Joo VII foi deposto, e em seu lugar erguido o defensor da venerao Metdio I. Sob a sua presidncia em 843, ocorreu outro conclio, que aprovou e subscreveu todas as definies do Segundo Conclio de Niceia e novamente excomungou os iconoclastas. Ao mesmo tempo foi definido (em 11 de maro, data da reunio do conclio em 843) a proclamao da memria eterna da ortodoxia e o anatematismo contra os hereges, ainda realizada na Igreja Ortodoxa atualmente como o "Domingo da Ortodoxia" (ou "Triunfo da Ortodoxia").
ndice
1 Antecedentes iconoclastas 2 Causas da iconoclastia 3 Perseguio
3.1 A destruio de cones, mosaicos e afrescos 3.2 Perseguio e morte de iconfilos 4 Referncias 5 Ligaes externasAntecedentes iconoclastas
O smbolo do peixe (ICTYS), recorrente no incio da iconografia crist. O termo "peixe" em grego (ichths) o acrnimo de (Isos Christs Theo Yis Str), Jesus Cristo Filho de Deus Salvador3 .
Registros das comunidades crists primitivas, especialmente das catacumbas, indicam que estes representavam Jesus com imagens e iconografias, como um peixe, cenas bblicas, e outros cones representando santos e anjos.4 Nos dois primeiros sculos h poucas esculturas e esttuas, uma vez que elas eram mais difceis de confeccionar, e custavam mais caro. Mas a partir do sculo III surgem diversos exemplos de seu uso pelos fiis4 . Os cristos tambm oravam pelos mortos e acreditavam na intercesso dos santos,5 6 essas prticas eram conhecidas por alguns antigos grupos judeus, e especula-se que o cristianismo pode ter tomado a sua prtica similar. Diversos Padres da Igreja atestam esta doutrina.7 No sculo IV, as baslicas e os demais templos cristos eram comumente decorados com cones e mosaicos nas paredes. Nessa mesma poca, Baslio, o Grande, bispo da Cesareia (atual Kayseri, referindo-se ao mrtir Barlaam, incentiva os artistas a retratar vida de um santo, So Joo Crisstomo tambm escreveu sobre a distribuio de imagens de So Melcio de Antioquia e Teodoreto de Ciro, e relata que retratos de So Simeo eram vendidos em Roma.8
A mais antiga imagem conhecida de Maria com o Menino Jesus Cristo.(Sculo II, Catacumbas de Santa Priscila, Roma)
Apesar deste apoio a representao de pessoas santos e acontecimentos da histria bblica e eclesistica, no mesmo perodo, surgem as primeiras objees contra o uso de cones. Por exemplo, Eusbio de Cesareia fala negativamente sobre o desejo da irm do imperador ter um cone de Cristo. Epifnio ao ver na igreja um vu com a imagem de um homem, rasgou-o e o deu para cobrir o caixo de um mendigo. Na Espanha, o Conclio de Elvira (incio do sculo IV) aprovou uma resoluo contra as pinturas murais em igrejas8 :
As pinturas nas igrejas e o que retratado nas paredes no so, e no devem ser objeto de culto e adorao.
At o incio do sculo VI surgiram outras posies iconoclastas, devido expanso do monofisismo. O lder monofisista Severo de Antioquia era contra os cones de Cristo, da Virgem Maria, dos santos e at mesmo a imagem do Esprito Santo como uma pomba. Apesar da amplitude desse movimento, surgiram diversos santos e outras personalidades a favor da venerao de cones, como Anastcio do Sinai, que escreveu em defesa dos cones, e Simeo Estilita, o Moo queixou-se ao Imperador Justiniano II de ofender os "cones do Filho de Deus e da Santssima e Gloriosa Virgem."8 Em algumas regies, no final do sculo VI e incio do sculo VII houve fortalecimento da iconoclastia, como em Marselha, em que o bispo Soren em 598 destruiu todos os cones da igreja, o Papa Gregrio Magno escreveu a ele sobre isso, elogiando o zelo para a luta contra a superstio, mas exigiu que os cones fossem restaurados, uma vez que os fiis eram pessoas comuns, em vez de livros, congregao compreendia o verdadeiro caminho atravs dos cones.8O crescimento da iconoclastia surgiu especialmente em reas do imprio que faziam fronteira com os territrios dos rabes do Isl (que eram hostis a imagens). Nesses locais o sincretismo tambm originou diversas outras heresias crists, tais como o montanismo e marcionismo. Uma vez que os seguidores do Isl consideravam cones ilegais, os imperadores bizantinos, buscando uma convivncia pacfica com os muulmanos, fizeram concesses iconoclastas. Assim, o imperador Filpico antes de sua expulso em 713, aprovou uma lei contra a venerao dos cones.8Causas da iconoclastia
Pesquisadores[quem?] apontam as principais causas da iconoclastia em dois grupos:
Associao com o judasmo e o Isl: Atravs da iconoclastia os imperadores bizantinos desejam destruir um dos principais obstculos para a aproximao crist com os judeus e muulmanos, que possuem uma atitude negativa para com os cones, assim facilitando a subordinao dos povos do imprio que professavam essas religies.9 A luta contra a influencia da igreja: At o sculo VIII, a influncia da Igreja no imprio cresceu substancialmente, havendo um aumento significativo na quantidade de propriedades da Igreja e dos mosteiros. Por esta razo, os imperadores iconoclastas desejavam desviar recursos humanos e dinheiro da igreja para o Estado. Uma vez que a influncia econmica dos mosteiros provinha principalmente da confeco de imagens, foi proibida sua fabricao e venerao,10 bem como muitas propriedades e mosteiros foram confiscados.9Perseguio
A destruio de cones, mosaicos e afrescos
Os iconoclastas em muitas regies queimaram os cones nas paredes dos templos, destruindo mosaicos e afrescos, bem como livros com temas cristos. Um dos casos mais conhecidos de vandalismo foi a destruio da decorao da Igreja de Santa Maria de Blaquerna.11 Uma obra da poca sobre o assunto dizia: "... os cones foram jogados - uns no pntano, outros - no mar, e outros - no fogo ()."12Perseguio e morte de iconfilos
Pintura do sculo XIIIque mostra a execuo de monges.Crnica de Joo Skylitzes, no manuscrito conhecido como "Skylitzes de Madrid".Muitos chefes e soldados caluniaram o culto dos cones, e comandaram vrias execues, e brutais torturas. Ele obrigou todos em seu reino a jurarem no cultuar cones, e Constantino fez at o patriarca (...), subir ao plpito, e (...) jurar que ele no acredita nos devotos dos santos cones. Ele convenceu-o junto com outros monges, que [comemoravam] comendo carne e estando presente na mesa real com canes e danas.
Narrao de incidente iconoclasta segundo a tradio popular Cronograma de Feofana (766 anos),
O assdio dos iconoclastas em primeiro lugar, afetou o monaquismo bizantino: Constantino V publicamente tomou partido da iconoclastia, assim seus partidrios maltrataram e perseguiram monges: "... muitos monges morreram golpeados por chicotes e at por espadas, incontveis ficaram cegos, em alguns foi jogado cera e leo na barba, e foi colocado fogo nela e, assim, foi queimado o rosto e cabea. Depois de muitas torturas outros foram mandados para o exlio".8 Em uma das perseguies contra iconfilos, antes de sua execuo, os monges foram forados a comparar seus templos com o templo de Diocleciano. 13 Em 25 de agosto de 766, vrios iconfilos foram publicamente ridicularizados e 19 dignitrios foram punidos. 14 Vrias das vtimas da perseguio mais tarde foram canonizados (por exemplo, Andr de Creta e outros).
Referncias
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Ligaes externas
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Iconografias Crists Iconografia na biblioteca da Igreja Ortodoxa[Esconder]
vePaganismo (politesmo histrico e neopaganismo)
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