Estudo em Romanos CERTEZA DA SALVAÇÃO (Rm 8: 26-39)
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CERTEZA DA SALVAÇÃO (Rm CERTEZA DA SALVAÇÃO (Rm 8: 26-39) 8: 26-39)
No estudo passado, trabalhamos o texto de Rm 8: 1-25 e vimos que Paulo chega a três constatações:
1.Não há nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8:1);
2.A impossibilidade da lei para curar, pois estava enferma (adunatov adunatos = sem força, impotente, fraco, sem poder, incapaz, impossível) pela carne (Rm 8:2);
3. A impossibilidade da lei se tornou possibilidade em Cristo (Rm 8:3-4).
Depois, Paulo faz uma comparação sobre os que se inclinam para carne e os que se inclinam para o Espírito, tendo os primeiros, como conseqüência a morte, e o segundo grupo a vida eterna em Cristo Jesus (Rm 8:12-17)
Por fim, ele adentra na questão do sofrimento que os salvos têm de passar no tempo presente, para alcançar a morada definitiva.
“Devemos ter sempre em mente que passaremos por muitas tribulações e
dificuldades, mas que a glória do porvir supera todas elas, tanto em quantidade,
quanto em intensidade!”.
Hoje seguindo o mesmo caminho que Paulo, queremos continuar dissertando sobre o sofrimento. Trabalharemos sobre os seguintes tópicos:
1. O auxílio do Espírito Santo nas tribulações, para nos manter no Caminho e com esperança (Rm 8:26-28)
2. A nossa posição em Cristo, através da vontade determinante de Deus (Rm 8:29-30)
3. Por estarmos em Cristo, nós podemos suportar todos os sofrimentos e assumirmos a nossa condição: somos mais do que vencedores
1. O auxílio do Espírito Santo nas tribulações, para nos manter no Caminho e com esperança (Rm 8:26-28)
Quem nos assiste (sunantilambanomai sunantilambanomai = trabalhar junto com, lutar para obter algo juntamente com, ajudar a obter; trabalhar lado a lado com alguém) e em quê?
O Espírito Santo em nossas fraquezas (asyeneia astheneia = falta de força e capacidade requerida para entender algo, reprimir desejos corruptos, suportar aflições e preocupações).
E por que Ele nos assiste?
Porque não sabemos orar como convém. É importante salientar que o tempo do verbo orar está no aoristo. Devemos saber que este aoristo, com adequação, deve ser o aoristo puntilinear, isto é, em qualquer tempo, seja no passado, no presente ou no futuro temporal, não conseguiremos orar da forma correta!
E qual é a postura do Espírito diante disto?
Ele intercede por nós com gemidos inexprimíveis. O Espírito interfere como mediador entre Deus e os homens, pois estes não sabem se comunicar com Deus de forma correta;
É o mesmo sentido de agonizar, que o apóstolo relata sobre o que a natureza e os que têm as primícias do Espírito estão submetidos no tempo presente (Rm 8: 22,23).
Paulo está afirmando que a vontade de Deus é que o Espírito Santo
intervenha com poder capacitador para que nós possamos nos
comunicar com Deus de forma certa ou efetiva, para que a nossa fraqueza
se transforme em força!
Poderíamos, assim, construir a seguinte seqüência:
Vontade de Deus → Intercessão do Espírito Santo em nosso favor → Relacionamento com Deus adequado ou certo, através da
oração → Os escolhidos suportam firmemente as tribulações e as vencem!
É o que veremos mais à frente quando Paulo nos mostrar que nada pode separar
os eleitos por Deus do próprio Deus!
2. A nossa posição em Cristo, através da vontade determinante de Deus (Rm 8:29-30)
Todas as coisas cooperam para o bem de quem?
Dos que amam a Deus. Dentro do contexto analisado, “todas as coisas” podem ser encaradas como todas as coisas mesmo, porém, o apóstolo parece, com maior probabilidade, estar se referindo às tribulações.
Novamente, as boas tribulações fazem parte do conjunto de auxiliadores que é presidido pelo Espírito Santo, para que estejamos e sejamos mais parecidos com Jesus Cristo a cada dia, até a transformação completa, a adoção plena, onde nós teremos um corpo glorificado, semelhante ao Dele.
Quem são esses que amam a Deus?
Aqueles que são chamados segundo o propósito do próprio Deus!
Ora Deus chama (klhtov kletos = convidado (por Deus na proclamação do Evangelho) a obter eterna salvação no reino por meio de Cristo; chamado a (o desempenho de, algum ofício; selecionado e designado divinamente) segundo seu propósito.
Não acontecemos na mente de Deus de repente, fomos chamados no
temporal, mas escolhidos antes da fundação do mundo (Ef 1:4, Jo 6:65),
pois Deus além de ter vontade própria santa e justa, Ele é eterno, conhece
assim o temporal, seja ele o que já se passou, o que se passa ou o que se
passará!
Por que Deus nos chama?
Porque anteriormente conheceu e nos predestinou.
Para que predestinou?
Para sermos conforme a imagem de Jesus.
E com que finalidade?
Para que Jesus seja o irmão mais velho entre muitos irmãos! (v. 29)
Nós não estamos no mundo por acaso, Deus já havia nos conhecido (proginoskw
proginosko = ter conhecimento de antemão ou anteriormente) e nos predestinou (proorizw proorizo =
predeterminar, decidir de antemão, preordenar, designar de antemão; no NT do decreto de Deus desde a eternidade )
antes de existirmos.Ele decidiu pela Sua vontade própria que nós seríamos semelhantes à imagem de
Seu Filho, para que Ele tivesse outros filhos e para que Jesus fosse o primogênito dentre
muitos.
Deus mesmo predestinou ativamente, por sua própria vontade e iniciativa
soberanas, porque assim o quis.
Ele é Senhor, não é servo! Ele faz tudo que quer, mas tudo que quer é justo e
perfeito!
Paulo, agora, nos clarifica a seqüência dos acontecimentos,
vejamo-la (v. 30):
conheceu (v.29) → predestinou → chamou → justificou →
glorificou (v. 30).
Vale lembrar, por isto, que nenhuma
tribulação, seja ela a mais potente, ou o
arregimentar do inferno todo, ou outra
criatura qualquer pode nos levar a inércia
da tristeza e da paralização de nossa
Carreira! Jamais! Temos motivos sobejos de
nos gloriar, de nos alegrar em Cristo!
Façamos isto constantemente, diariamente!
Não podemos nos esquecer: “Trago à
memória aquilo que me pode dar
esperança”!
3. Por estarmos em Cristo, nós podemos suportar todos os sofrimentos e assumirmos a nossa condição: somos mais do que vencedores
Paulo nos versículos 31 e 32 nos convida a ficarmos estupefatos diante do que Deus: “Que diremos, pois, à vista destas coisas?”. São atos espantosos da parte de Deus, inigualáveis, invencíveis em bondade e amor!
E diante de tamanha prova de amor divino, o apóstolo dos gentios nos chama a atenção para confiarmos no poder amparador e protetor de Deus em nosso favor, que complementa com uma pergunta que já contém nela a resposta embutida: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”.
Nos versículos de 33 a 35, expõe-nos algumas situações que os cristãos passam e, por sua vez, Deus de todas elas já nos absolveu. Paulo faz isto, didaticamente, através de três perguntas:
1ª) “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus?” (Rm 8:33).
O termo eleitos (eklektov eklektos) significa que Deus nos selecionou ou nos escolheu para a salvação em Cristo, que é o caso neste versículo. Mas pode também abranger um sentido também a questão de Deus escolher “à dedo” cristãos para o desempenho de determinadas tarefas no Reino de Deus.
2ª) “Quem os condenará?” (Rm 8:34).
A resposta é ninguém! E por quê? Por que Jesus além de morrer para nos resgatar pelo seu sangue, cancelando todo o poder do pecado, do diabo e da natureza pecaminosa, Ele ressuscitou para que fôssemos justificados (Cf. Rm 4:25); e mais, além do Espírito Santo, Jesus está a interceder por nós constantemente: “É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.”.
3ª) “Quem nos separará do amor de Cristo?” (Rm 8:35-39).
O apóstolo Paulo coloca diante de nós uma lista de problemas que passamos na nossa caminhada, que alguém porventura pode colocar como empecilhos à nossa perseverança: tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo ou espada.
Duas coisas devemos nos lembrar:
1º) “Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro.” (Rm 8:36)
2º) “Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Rm 8:37).
Paulo conclui esse trecho não mais fazendo perguntas indutivas (Rm 8:35), mas afirmando categoricamente, sem medo de cometer exageros:
“Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm 8:38-39).
CONCLUSÃO:
Os sofrimentos na vida do Cristão são inerentes à sua posição em Cristo: somos filhos de Deus. Assim, Paulo nos relembra que:
* O auxílio do Espírito Santo nas tribulações, para nos manter no Caminho e com esperança (Rm 8:26-28)
* A nossa posição em Cristo, através da vontade determinante de Deus (Rm 8:29-30)
* Por estarmos em Cristo, nós podemos suportar todos os sofrimentos e assumirmos a nossa condição: somos mais do que vencedores (Rm 8:31-39)
Não devemos nos esquecer jamais que se fomos conhecidos,
predestinados, chamados, justificados e glorificados pelo Senhor do
Universo, nada pode nos separar da felicidade verdadeira que nos está
preparada!