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    Estudo e quantificao das reservas

    de WO3na regio de Telheira, jazigotungstfero de Covas, Vila Nova de

    Cerveira

    Avaliao de Recursos Geolgicos (G252)

    Departamento de Geocincias,

    Ambiente e Ordenamento do Territrio

    2012/2013

    Docente: Prof. Doutor Joo Coelho

    Discente: Hugo Emanuel Relvas Rodrigues (201001526) [email protected]

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    ndice

    1. Introduo.......................................................................................................................... 2

    1.1. Objecto........................................................................................................................ 2

    1.2. Objectivo..................................................................................................................... 2

    1.3. Dados........................................................................................................................... 2

    1.4. Conceito de skarn................................................................................................ 3

    1.5. Metassomatose......................................................................................................... 4

    2. Enquadramento geogrfico e geolgico.................................................................... 6

    3. Metodologia..................................................................................................................... 10

    3.1. Diagrafias................................................................................................................. 14

    3.2. Modelo estratigrfico............................................................................................ 15

    3.3. Modelo litolgico.................................................................................................... 16

    3.4. Modelos de rochas gneas e de skarn.............................................................. 16

    3.5. Modelo de teores e de peso de WO3................................................................. 17

    3.6. I-Data Statistical Maps(2D e 3D)........................................................................ 18

    3.7. Histograma e estatsticas de WO3...................................................................... 18

    3.9. Clculo de reservas............................................................................................... 20

    4. Resultados....................................................................................................................... 22

    4.1. Diagrafias................................................................................................................. 23

    4.2. Modelo estratigrfico............................................................................................ 34

    4.3. Modelo litolgico.................................................................................................... 36

    4.4. Modelos de rochas gneas e de skarn.............................................................. 38

    4.5. Modelo de teores de WO3..................................................................................... 39

    4.6. I-Data Statistical Maps(2D e 3D)........................................................................ 41

    4.7. Histograma de WO3................................................................................................ 43

    4.8. Clculo de reservas............................................................................................... 445. Consideraes finais..................................................................................................... 46

    6. Referncias...................................................................................................................... 48

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    1. Introduo

    1.1. Objecto

    O objecto deste estudo foram algumas das sondagens efectuadas entre 1977 e 1979

    na rea de Telheira, pertencente ao jazigo tungstfero de Covas. O objectivo desta

    campanha de sondagens seria o de obter um melhor conhecimento acerca do jazigo

    acima citado. O acesso informao colhida pelas sondagens foi conseguido atravs

    da leitura e anlise dos logsde 11 sondagens.

    1.2. Objectivo

    O objectivo deste trabalho foi obter diversos detalhes acerca da rea em estudo

    atravs da anlise dos registos de sondagens fornecidos pelo professor. Atravs da

    realizao de modelos litolgicos (totais ou de apenas algumas litologias pr-

    seleccionadas), georreferenciao de imagens, representao de diagrafias, modelos

    e anlises de teores de WO3, clculos de espessura vs. teor de WO3 e clculos de

    reservas, entre outras coisas, durante este relatrio so retratados diversos detalhes

    sobre a rea de Telheiras, obviamente sempre com as limitaes impostas pela

    quantidade de dados que foram trabalhados.

    Quanto ao objectivo da unidade curricular, esta pretendia prover os alunos com o

    conhecimento necessrio realizao e anlise de logsde sondagens, modelos em

    3D e clculos de reservas de jazigos minerais.

    1.3. Dados

    Os dados utilizados para a realizao das tarefas descritas neste relatrio foram as

    informaes contidas nos registos das sondagens. Estes registos continham a

    informao relativa profundidade atingida por cada sondagem, assim como a sua

    localizao e inclinao. Continham tambm informaes acerca das litologias

    presentes, os intervalos onde estas ocorrem, a percentagem de recuperao do

    testemunho e, nos casos aplicveis, os resultados das anlises de percentagem de

    WO3, na maioria dos casos utilizando trs mtodos de clculo: XRF (X-ray

    fluorescence, cujos resultados foram os utilizados no tratamento dos dados durante a

    execuo deste relatrio), lmpada UV e RR.

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    1.4. Conceito de skarn

    Segundo Coelho (1990), geneticamente um skarn uma rocha silicatada formada

    por reaco directa, ou por intermdio de uma fase fluda, entre dois meios

    incompatveis, um cido e outro bsico (acepo qumica) (Fonteilles, no publicado inCoelho, 1990).

    Ainda segundo o mesmo autor, o meio cido com o qual, ou custa do qual a reaco

    se produz pode ser uma rocha siliciosa, slico-feldsptica ou slico-aluminosa;

    enquanto isso, o meio bsico com o qual, ou custa do qual a reaco se desenvolve

    pode petrograficamente ser um meio carbonatado, sulfatado, calco-silicatado, um meio

    bsico ou mesmo um meio ultrabsico (Coelho, 1990).

    Segundo o mesmo autor, os skarns apresentam caractersticas geomtricas e

    composicionais que permitem a sua correcta identificao.

    Para a classificao das rochas metassomticas podem ser tidos em conta diversos

    critrios. Entre eles, destacam-se os seguintes (Coelho, 1990):

    Natureza do fenmeno fsico que regula o transporte em soluo dos

    elementos qumicos: skarns de difuso ou reaco e skarns de infiltrao ou

    percolao;

    Natureza do material rochoso original sobre o qual se desenvolve o

    metassomatismo: endoskarns e exoskarns;

    Quimismo da mineralogia predominante: skarns calccios, skarns

    magnesianos e skarns ferrferos;

    Mineralogia predominante: granatitos, piroxenitos, volastonititos, idocrasitos,

    etc.;

    Cronologia dos principais minerais paragenticos relativamente consolidao

    magmtica: skarns do estado magmtico e skarns ps-magmticos; Natureza do fenmeno fsico que regula o transporte dos elementos qumicos

    em soluo.

    Uma anlise mais completa a todos estes critrios pode ser consultada em Coelho,

    1990.

    Segundo Coelho et al. (1985), os skarns de Covas resultam da transformao

    metassomtica de materiais muito variados, tais como mrmores impuros grafitosos e

    pelitos mais ou menos gresosos e grafitosos de idade silrica, aplito-pegmatitos ecorpos bsicos hercnicos.

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    1.5. Metassomatose

    Fonteilles (1978 inCoelho,1990) demonstra que para que possam ser alcanados os

    equilbrios qumicos nos meios naturais necessrio e muito importante a existncia

    de uma fase hidratada, intersticial. Este autor define tambm o conceito demetassomatose: Todas as trocas de matria ou transportes qumicos operados na

    crusta terrestre, a uma escala superior do gro mineral individual, implicam a

    presena ou de um magma ou de uma fase fluda hidratada. No segundo caso, as

    trocas ao nvel da trama solida, excluindo os fenmenos de hidratao e

    carbonatao-descarbonatao, so designadas pelo termo geral de

    metassomatose.

    Segundo Coelho (1990), uma grande parte dos processos metassomticos decorrecom interveno de uma fase fluda abundante, fortemente hidratada. Podem ser

    consideradas trs origens possveis para os fludos hidratados intervenientes no

    metassomatismo (Fonteilles, 1978 in Coelho, 1990):

    a) gua gerada pelo metamorfismo regional;

    b) gua de cristalizao magmtica;

    c) gua de infiltrao.

    Os fludos metassomticos (a) podem ter um grande contributo no metamorfismoregional. Segundo Coelho (1990), so de h muito conhecidos os fenmenos de

    progressiva desidratao e perda de CO2 por parte dos terrenos afectados por

    metamorfismo regional.

    Fonteilles (1968 in Coelho, 1990), baseando-se em diversos factores, demonstra que a

    evidncia aponta no sentido de que o estado trmico no permanece estacionrio no

    decurso do metamorfismo regional; porm, este facto no implica que a velocidade de

    deslocamento das isotrmicas tenha que ser elevada. Segundo o mesmo autor, os

    resultados de clculos termodinmicos e a apreciao das espessuras de terrenos

    indicam que a subida das isotrmicas na crusta , com efeito, lenta.

    Consequentemente, a baixa velocidade de deslocamento dos fludos permite o

    equilbrio permanente com o encaixante. Dito isto, parece que, na generalidade das

    situaes, de excluir a possibilidade de que o metamorfismo regional possa ser a

    causa dos processos metassomticos (Coelho, 1990).

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    Relativamente ao processo evolutivo de cristalizao magmtica (b), este ,

    inicialmente, quase restrito s fases anidras, e as limitaes de espao provocam uma

    crescente presso de gua. Se a presso de gua igualar a mnima das componentes

    da presso confinante, observar-se- uma rotura da rocha com o consequente

    aumento da permeabilidade e o simultneo escape da fase fluda hidratada (Coelho,

    1990).

    A referida fase hidratada, que geralmente est equilibrada com o magma a presses e

    temperaturas supercrticas, revela-se capaz de mobilizar consigo os elementos que a

    ela se associam. Este processo de concentrao pode ser repetido durante a vida de

    um magma at exausto da fase viscosa, o que vai levar a distintas composies da

    fase hidratada. Os diferentes estados de diferenciao magmtica podem conferir s

    respectivas fases hidratadas composies conducentes a jazigos metassomticos efilonianos com distintas mineralizaes (Coelho, 1990).

    Segundo Coelho (1990) no fcil de obter a identificao da origem das guas

    metassomticas, particularmente a distino entre uma origem magmtica, meterica

    ou mista, com um simples recurso petrografia. Nos ltimos anos, o estudo dos

    istopos estveis de alguns elementos qumicos de vrios jazigos e/ou contextos

    investigados tem-se revelado o meio mais eficaz na busca das provenincias dos

    fludos envolvidos (c). Os istopos geralmente mais utilizados so os pares D/H,18O/16O, 13C/12C e 34S/32S. Contudo, e lamentavelmente, estes pares apresentam a sua

    aplicabilidade substancialmente reduzida no caso dos skarns (Coelho, 1990).

    Segundo o mesmo autor, os resultados de 18O obtidos por diversos autores em

    paragneses primrias indicam que:

    i) Na maioria dos casos, as guas so compatveis com uma origem

    magmtica;

    ii) Numa minoria de casos, mal documentada, excluda a origem magmtica;iii) As comparaes das composies isotpicas de skarns mineralizados e

    estreis em tungstnio, duma mesma rea, sugerem que os skarns

    mineralizados se associam a fludos magmticos e os no mineralizados a

    outros fludos, que no aqueles.

    A interpretao coerente e realista dos processos metassomticos s foi possvel a

    partir do estabelecimento da teoria da metassomatose por Korzhinskii, em 1970

    (Coelho, 1990).

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    2. Enquadramento geogrfico e geolgico

    A rea onde foram efectuadas as sondagens estudadas nesta unidade curricular situa-

    se no concelho de Vila Nova de Cerveira, distrito de Viana do Castelo, noroeste de

    Portugal (figura 1) (Coelho, 1990).

    Segundo Coelho (1990), esta rea pertence terminao a NW da Zona Centro-

    Ibrica (ZCI) (segundo Julivert et al., 1974 in Coelho, 1990) e integra-se no arco Ibero-

    Armoricano. constitudo por terrenos Paleozicos deformados, mdia a fortemente

    metamorfizados e atravs dos quais surgem granitides variscos, que podem ocorrem

    de duas formas: nos ncleos de antiformas intravestefalianos1 ou completamente

    discordantes (Dias, 1987 inCoelho, 1990).

    Segundo o mesmo autor, h ainda importantes campos aplito-pegmatticos,

    especialmente o sector da janela de Covas, que corresponde ao afloramento de um

    domo estrutural cujo contorno cartograficamente marcado por um admirvel nvel

    quartztico, acompanhado por bancadas descontnuas de skarn. Este domo afectou

    localmente a srie metassedimentar.

    A srie metassedimentar constituda principalmente por terrenos do Paleozico que

    assentam no Complexo Xisto-Grauvquico (CXG, complexo este que ante-

    Ordovcico) e ascendem progressivamente para este at ao Silrico superior (Coelhoet al., 1988 in Coelho, 1990). Litologicamente, esta srie apresenta metamorfitos

    derivados essencialmente de xistos argilosos e de grs pelticos, embora em outros

    nveis estruturais evidencie tambm a presena de metamorfitos oriundos de

    quartzitos, liditos, calcrios e de nveis carbonosos (Coelho et al., 1988 in Coelho,

    1990).

    Ainda segundo Coelho (1990), o metamorfismo regional que atinge a regio dos

    mais elevados observveis em toda a ZCI (Julivert et al., 1974 inCoelho, 1990). Nestaregio encontram-se associaes mineralgicas do tipo almandina-horneblenda

    actinoltica-andesina em rochas quartzo-feldspticas e andaluzite-estaurolite-

    moscovite-biotite nas rochas pelticas.

    1Segundo Heckel & Clayton (2006), o Vestefaliano corresponde, a nvel global, ao Pennsylvnico inferior

    (Bashkiriano) a mdio (Moscoviano). O Pennsylvnico corresponde ao Carbonfero superior (segundo aTabela Cronoestratigrfica Internacional em portugus de Janeiro de 2013).

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    A intensidade atingida pelo metamorfismo regional, alm de destruir grande parte das

    estruturas sedimentares primrias tambm camuflou os efeitos do metamorfismo de

    contacto relacionado com a implantao dos granitides e dos files aplito-

    pegmatticos, excepto nas suas periferias imediatas (Coelho, 1990).

    Os horizontes mineralizados explorados e que constituem o jazigo tungstfero de

    Covas so sobretudo skarns ricos em scheelite e outras rochas espacial e

    geneticamente associadas a estes (Conde et al., 1971; Thadeu, 1971 inCoelho et al.,1988). Como j referido anteriormente, estes horizontes foram desenvolvidos sobre

    Fig. 1 Localizao do local onde foram efectuadas as sondagens em estudo (imagem baseada em

    Ferreira et al., 1988 inCoelho, 1990).

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    bancadas de mrmores grafitosos impuros do Silrico (relquias destes mrmores

    podem ser encontradas um pouco por todo o jazigo), segundo Bronkorst & Farinha

    (1979 in Coelho et al., 1988).

    Segundo Coelho et al. (1988), estes skarns esto associados a uma sriemetassedimentar areno-peltica, apresentando-se sob estratos ricos em grafite e sobre

    um nvel de quartzitos bandados macios de espessura varivel. que corresponde ao

    j referido domo de Covas. O eixo maior deste domo inclina 15 para NW ou SE,

    segundo Moura & Velho (2012).

    Os mrmores sofreram, no total e tendo em conta as diferenas de condies, cinco

    episdios de metassomatose, cada uma delas com as suas distintas paragneses

    (tabela I).

    Tabela I Paragneses identificativas de cada processo de metassomatose ocorrido nos skarns. As

    paragneses separadas por setas () pertencem a zonas distintas dos mesmos estdios

    metassomticos. Os estdios esto descritos por ordem cronolgica crescente de ocorrncia (Coelho,

    1990).

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    Como possvel observar na tabela acima apresentada, no contexto da ltima

    paragnese, a do estdio V, que se encontra a principal mineralizao em scheelite.

    Este mineral apresenta uma disseminao aleatria no seio do granato-piroxenito

    deste estdio, com formas geomtricas fortemente convexas e com relaes

    geomtricas com as restantes fases que permitem identifica-lo como mineral de

    precipitao (Coelho, 1990).

    Estas mineralizaes foram exploradas a cu aberto e em mina subterrnea com 4

    pisos, de forma irregular durante a 2 Guerra Mundial, e de forma persistente entre

    1954 e 1980. Em 1982, contabilizavam-se reservas explorveis de 689 000 t @ 0,86%

    WO3, e um adicional provvel de 233 000 t @ 0,56% WO3(Moura & Velho, 2012)

    Recentemente foram efectuados trabalhos de pesquisa por diversas empresas

    mineiras, sendo apresentados na figura 2 os resultados obtidos por uma campanha de

    prospeco de solos para a deteco de W. Alm deste elemento, a empresa

    responsvel por esta estudo (Avrupa Minerals) detectou anomalias em Au, As, Bi, Mo

    e Te.

    Fig. 2 Resultados obtidos nas anlises de solos efectuadas para a deteco de anomalias de W

    (imagem retirada de http://www.avrupaminerals.com/projects/portugal/covas_tungsten/)

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    3. Metodologia

    Numa primeira fase, e antes de dar incio elaborao das tarefas propostas pelo

    professor, foram colocadas todas as sondagens no Borehole Managerdo RockWorks.

    Esta primeira abordagem consistiu na insero das informaes mais bsicas sobre as

    sondagens, como as coordenadas (UTM e geogrficas), a cota a que foram realizadas

    e a profundidade atingida. Para se obterem as coordenadas geogrficas foi utilizado o

    site do Instituto Geogrfico do Exrcito (www.igeoe.pt). As coordenadas fornecidas

    nos registos das sondagens eram coordenadas rectangulares (Datum 73) e foi

    necessrio converter em coordenadas geogrficas (WGS 84).

    Com a leitura e anlise de todos os registos das sondagens fornecidos, foram

    anotadas todas as litologias presentes, a fim de se poder realizar a tabela litolgica daregio em estudo. Depois das litologias estarem seleccionadas, e agrupadas as que

    no detinham especial interesse em estar a detalhar, a tabela litolgica final foi a

    seguinte (figura 3):

    Fig. 3 Tabela litolgica realizada com a anlise dos logsdas sondagens.

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    Na tabela da figura 3, convm esclarecer que os padres e cores escolhidos foram

    aleatrios, com excepo da cor das litologias skarn e quartzito, que foram

    escolhidas de modo a sobressarem das outras, e para serem coincidentes com as

    entradas correspondentes na tabela estratigrfica. Alm disso, as abreviaturas na

    figura tm o seguinte significado: FILO CS Filo calcossilicatado; FILO QZ Filo

    de quartzo; XISTO QZ Xisto quartztico; XISTO A Xisto com andaluzite; XISTO

    QMB Xisto com quartzo, moscovite, biotite, etc. (sem andaluzite); XISTO M Xisto

    micceo; XISTO GR Xisto com intercalaes de granito; XISTO G Xisto

    granatfero; GRANITO P Granito pegmattico; GRANITO M Granito moscovtico;

    GRANITO B Granito biottico.

    Foi tambm criada a tabela estratigrfica acima referida, que apenas mais tarde, com

    todas as sondagens digitalizadas, seria utilizada. Esta tabela est representada nafigura 4.

    Tal como para a tabela litolgica, as cores foram escolhidas aleatoriamente, excepto

    as cores atribudas ao skarn e ao quartzito. Nesta tabela, as abreviaturas

    apresentam o seguinte significado: GS Gresopelitos superiores; SK Skarn; GSInt

    Gresopelitos intermdios; Qzt Quartzito; GSInf Gresopelitos inferiores.

    Com a tabela litolgica pronta, procedeu-se realizao da extraco dos intervalos

    de profundidades a que se encontrava cada litologia. Isto foi realizado com o auxlio da

    ferramenta Digitize do menu Imagery do RockWorks. Com todos os intervalos

    Fig. 4 Tabela estratigrfica efectuada.

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    definidos, os dados pertencentes a cada sondagem foram importados para a rubrica

    correspondente no Borehole Manager. A definio da estratigrafia individual de cada

    sondagem foi um pouco mais simples. Utilizando os nveis guia (SK e Qzt), cada um

    deles foi definido da seguinte forma: por exemplo, so consideradas SK todas as

    litologias que estiverem entre a primeira e a ltima ocorrncia de skarn da tabela

    litolgica de cada sondagem. O mesmo foi efectuado para o outro nvel guia, Qzt. O

    que sobra (com excepo da litologia COBERTURA de cada sondagem, que coincide

    com o estrato denominado Cobertura), englobado num dos outros nveis, estando

    acima, no meio, ou abaixo dos nveis guia (e sendo classificado como GS, GSInt ou

    GSInf, respectivamente) (figura 5).

    Fig. 5 Exemplo de tabela litolgica e estratigrfica, neste caso efectuadas para a sondagem 79-13.

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    Dos registos das sondagens tambm foram retiradas as informaes de teores de

    WO3. Estes teores encontram-se todos, sem excepo, na litologia SKARN. Foram

    retirados do mesmo modo que as informaes relativas s litologias, no Digitizer, mas

    colocadas numa coluna do I-Data do Borehole Manager na sondagem a que

    pertenciam.

    Dando princpio s tarefas necessrias para a elaborao deste relatrio, o trabalho foi

    iniciado com a recolha a recolha de uma imagem no Google Earthda rea em estudo.

    Foi retirada uma imagem com a representao das sondagens, para que, aquando da

    rectificao da imagem, se pudesse confirmar que o local estava realmente correcto.

    Para a rectificao da imagem foi utilizado o sitehttp://labs.metacarta.com/rectifier/, no

    qual necessrio fazer corresponder um grande nmero de pontos comuns entre a

    imagem que se pretende que seja rectificada e uma imagem do prprio site. Isto faz

    com que o sistema reconhea as imagens como sendo da mesma rea, fazendo os

    acertos necessrios para rectificar a imagem. Esta imagem foi posteriormente

    adaptada rea em estudo, atravs da opo Rectifydo BoreholeManager. Para a

    calibrao foram usadas as coordenadas de 3 sondagens. A imagem final, depois de

    todos estes passos, est representada na figura 12 (em 4. Resultados).

    Tendo em conta a rea de trabalho que envolve as sondagens, as dimenses de

    projecto foram definidas de modo a que se obtivesse algum detalhe nos modelosefectuados. Sendo assim, as dimenses de projecto foram definidas em funo do

    espaamento entre ndulos, levando em considerao que se fosse um espaamento

    muito grande o nmero de ndulos seria reduzido, logo a resoluo e nvel de detalhe

    seria menor. Para o espaamento de Z foram levados em conta os intervalos em que

    foram medidos os valores de WO3. Apesar de haver intervalos menores do que 0.2,

    chegou-se concluso que este valor era representativo, alm de que caso as

    dimenses de projecto fossem maiores o trabalho se tornaria muito mais pesado.

    Assim, as dimenses finais foram as apresentadas na figura 6.

    Fig. 6 Dimenses de projecto escolhidas para utilizao neste relatrio.

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    Como possvel observar, o Rangeno muito elevado, logo o espaamento tem qu

    ser pequeno. Com estas definies, o projecto ficou com um nmero de ndulos total

    de 1,974 em 2D e 1,192,296 em 3D, uma rea de clula de 5 m2e um volume de voxel

    de 1 m3.

    3.1. Diagrafias

    Foram efectuadas as diagrafias representantes de cada uma das sondagens. Estas

    diagrafias, em 2D, contm a informao relativa litologia das sondagens,

    estratigrafia, teores de WO3, LCW (Length Composite Weighting) e GT

    (Grade*Thickness) compositing.

    Para no ser necessrio estar constantemente a repetir as legendas em todas as

    diagrafias, a legenda da litologia e de estratigrafia so as seguintes (figura 7 e 8,

    respectivamente):

    Fig. 7 Legenda da litologia das diagrafias.

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    As diagrafias encontram-se nas figuras entre os nmeros 13 e 23.

    3.2. Modelo estratigrfico

    Para a elaborao dos modelos litolgicos e de teores, reservas, etc., necessrio

    possuir algumas das redes que constituem os contactos estratigrficos. Assim, foi

    elaborado o modelo estratigrfico da rea (figura 24). Na realizao deste modelo foi

    utilizado o algoritmo kriging, com o modo automtico activado e com 6 neighbors, para

    que o programa no fosse buscar informaes muito distantes e adulterar osresultados locais. Foi tambm usada a opo Onlap, para que o programa iniciasse o

    modelo pelas camadas mais profundas e assim no as obstrusse com as menos

    profundas.

    Neste modelo foi tambm efectuado o drape, isto , a colagem da imagem da zona,

    tratada no incio. Isto d-nos a ideia de como a topografia se movimenta e onde esto

    localizadas as sondagens (figura 25).

    Fig. 8 Legenda da estratigrafia das diagrafias.

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    3.3. Modelo litolgico

    O modelo litolgico foi criado utilizando o algoritmo Closest Point, pois se visualmente

    este no fica to bem, em termos de fiabilidade melhor que o outro algoritmo

    disponvel, o Lithoblending.

    Durante a realizao deste modelo foi detectado que em algumas zonas,

    principalmente aquelas sobre as quais no se possuem dados, aparecem litologias

    diferentes de COBERTURA, que deveria ser a dominante. Por isso, foram realizados

    dois modelos litolgicos diferentes, que depois foram sobrepostos: um modelo filtrado

    por Upper Surface pela base do estrato Cobertura (rede Cobertura_base.grd) e

    contendo tudo o que estava para baixo deste; e outro modelo contendo apenas o

    estrato Cobertura. Para o Warping do primeiro modelo foi utilizada a redeSK_top.grd, enquanto que para Upper Surface Filter e Lower Surface Filter foram

    utilizadas as redes Cobertura_base.grd e Qzt_base.grd, respectivamente. Para o

    segundo modelo referido foram utilizadas as redes Cobertura_top.grd para Upper

    Surface Filter e Cobertura_base.grd para Lower Surface Filter. O Warping ficou a

    cargo da rede Cobertura_base.grd. O modelo da cobertura foi ainda filtrado pelo G-

    valueda litologia correspondente. O modelo completo encontra-se na figura 26.

    Distintamente do que foi efectuado com o modelo estratigrfico, neste caso fui

    utilizada a funo Float. Esta funo permite que se coloque uma imagem plana a

    flutuar sobre o nosso modelo (figura 27). A imagem escolhida foi a mesma, do local

    das sondagens no Google Earth.

    3.4. Modelos de rochas gneas e de skarn

    Segundo o que foi apontado no captulo 1.5. Metassomatose, h uma grande

    probabilidade de os fludos que provocaram o metassomatismo nas rochas da regio,

    e consequentemente formaram o skarn (que a litologia onde se encontra

    principalmente a mineralizao), serem de origem magmtica. Assim, faz todo o

    sentido realizar-se um estudo das rochas gneas presentes na regio, de modo a

    tentar encontrar padres e relacionar estas rochas com a mineralizao.

    Sendo que as rochas esto ordenadas por G-value(tabela da figura 3), basta criar um

    modelo filtrado por estes valores onde apenas se incluam os valores de Gdas rochas

    gneas (figura 29).

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    O mesmo procedimento foi efectuado para o skarn, desta vez filtrando para o valor de

    G desta litologia (figura 28).

    Nestes dois modelos foi utilizado o Voxel Style Midpoint, para uma melhor

    visualizao dos modelos.

    3.5. Modelo de teores e de peso de WO3

    O modelo de teores foi efectuado utilizando o algoritmo Inverse-Distance(Anisotropic)

    pois a distribuio dos teores apenas est dependente da litologia skarn, e esta no

    apresenta nenhuma orientao preferencial. Foi utilizado para Warping a rede

    SK_top.grd, e para limites superior e inferior as redes SK_top.grd e SK_base.grd,respectivamente (figura 30).

    Para melhor visualizao dos teores, foi escolhida a representao All Voxels

    Midpoint. Foi tambm efectuada uma superfcie plana com Z = 115.25 m, para servir

    como exemplo ao que podemos ter como teores (figura 31).

    Com a informao relativa densidade do WO3, pode tambm ser calculado o modelo

    de peso de WO3. Para isso basta multiplicar o modelo de teores pelo volume do voxel

    e pela densidade do WO3, que 7.16 g/cm3 (ou ton/m3). Os resultados de peso deWO3 foram os seguintes (figura 9):

    Fig. 9 Excerto do resultado das estatsticas do modelo de peso do WO3. O peso total de teores de

    8,226 toneladas de WO3.

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    3.6. I-Data Statistical Maps(2D e 3D)

    A ferramenta I-Data Statistical Maps permite saber rapidamente a tendncia da

    distribuio dos valores dos teores pela rea. Na elaborao das duas redes foi

    utilizada a opo Z = Highest I-Data Value, para que o programa nos fornea atendncia dos maiores teores pela rea.

    Na elaborao das duas redes (tanto a 2D (figura 32) como a 3D (figura 33)) foi

    utilizado o algoritmo Kriging, com as definies j acima descritas.

    3.7. Histograma e estatsticas de WO3

    Relativamente aos teores de WO3propriamente ditos, necessrio descobrir se os

    valores altos observados em algumas zonas apresentam continuidade ou se so

    apenas espordicos. Para isso, nada melhor que efectuar um histograma dos valores

    de WO3(figura 34).

    Com a anlise das estatsticas deste histograma (figura 10), vemos que h um nmero

    de ocorrncias consideradas anmalas muito reduzido. Isto significa que, embora

    existam registos de valores muito acima do que considerado como normal

    (Background), a grande maioria dos valores encontra-se num intervalo considerado

    normal para este local. Isto tambm est patente na mdia dos valores, pois apesar do

    intervalo de valores ser de 7.84, a mdia est apenas nos 0.5459% de WO3.

    Apesar de tudo, este valor mdio est acima do normalmente considerado como teor

    de corte para exploraes de tungstnio em skarns. Tomando em considerao um

    comunicado imprensa de Outubro de 2012 da empresa Colt Resourcespara uma

    outra mineralizao portuguesa de tungstnio em skarns (Tabuao), o teor de corte

    considerado foi de 0.3% de WO3(comunicado imprensa da Colt Resources, 2012).

    Segundo o mesmo comunicado, este teor de corte foi baseado nos seguintes critrios:

    Um preo de WO3de USD$300/mtu2;

    Um custo de minerao subterrnea de USD$30/t;

    Um custo de processamento de USD$22/t, (custos fornecidos pela SRK

    (Denver) e aprovado pela Colt).

    2Segundo o comunicado imprensa de 2012 da Colt Resources, o termo "MTU" uma abreviatura paraum "Unidade de tonelada mtrica" e igual a 10 quilogramas de material.

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    Fig. 10 Estatsticas do histograma representado na figura 34.

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    3.8. Variograma de teores

    Pela anlise dos diversos variogramas dos teores de WO3 possvel concluir que o

    que melhor se adapta aos dados o Gaussian without Nugget, pois apresenta uma

    correlao de 0.97 (figura 11).

    No variograma da figura 11 possvel observar que o alcance do maior eixo (Major

    Axis Range) 13.0. Este valor vai ser usado posteriormente para o clculo de

    reservas com distncias de corte.

    3.9. Clculo de reservas

    Para o clculo de reservas em peso de WO3 vo ser multiplicados os modelos de

    skarn pelo modelo de teores. Muito sucintamente, necessrio criar um modelo

    booleano da litologia skarn, para ser possvel criar o seu modelo de peso (que se

    obtm multiplicando o modelo obtido pelo volume do voxel e pela densidade do skarn).Este modelo vai ser multiplicado pelo modelo de teores anteriormente criado.

    Fig. 11 Variograma dos teores de WO3.

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    Relembrando, o volume do voxel 1.0 m3, enquanto a densidade do skarn 3.0

    ton/m3.

    O relatrio completo pode ser visualizado na figura 35.

    Foi tambm efectuado um modelo de clculo de reservas em peso com o teor de corte

    acima descrito, 0.3%. O relatrio est representado na figura 36.

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    4. Resultados

    Fig. 12 Imagem da rea em estudo, depois de rectificada e adaptada rea.

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    4.1. Diagrafias

    Fig. 13 Diagrafia da sondagem 77-64.

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    Fig. 14 Diagrafia da sondagem 77-65.

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    Fig. 15 Diagrafia da sondagem 77-67.

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    Fig. 16 Diagrafia da sondagem 77-68.

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    Fig. 17 Diagrafia da sondagem 77-69. Esta diagrafia est representada com

    um exagero vertical de 0.5, para melhor visualizao.

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    Fig. 18 Diagrafia da sondagem 79-13.

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    Fig. 19 Diagrafia da sondagem 79-14.

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    Fig. 20 Diagrafia da sondagem 79-15.

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    Fig. 21 Diagrafia da sondagem 79-16. Esta diagrafia est representada

    com um exagero vertical de 0.8, para melhor visualizao.

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    Fig. 22 Diagrafia da sondagem 79-17. Esta diagrafia est representada com um exagero vertical de

    0.5, para melhor visualizao.

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    Fig. 23 Diagrafia da sondagem 79-18. Esta diagrafia est representada com um

    exagero vertical de 0.5, para melhor visualizao.

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    4.2. Modelo estratigrfico

    Fig. 24 Modelo estratigrfico da rea em estudo.

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    Fig. 25 Modelo estratigrfico da rea em estudo com drapeda imagem da zona, adaptada s dimenses de

    projecto. A imagem colada apresenta um offsetvertical de 1, para conseguir ser visualizada.

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    4.3. Modelo litolgico

    Fig. 26 Modelo litolgico da rea em estudo. Este modelo resulta da juno dos dois modelos criados

    separadamente.

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    Fig. 27 Modelo litolgico da rea em estudo, com float. A imagem em floatencontra-se a uma elevao

    de 200 m, em relao cota 0.

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    4.4. Modelos de rochas gneas e de skarn

    Fig. 29 Modelo das rochas gneas presentes na rea em estudo.

    Fig. 28 Modelo de skarn na rea em estudo.

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    4.5. Modelo de teores de WO3

    Fig. 30 Modelo de teores da rea em estudo.

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    Fig. 31 Fatia representativa dos teores encontrados na regio. Mapa plano da superfcie Z = 115.25

    m.

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    4.6. I-Data Statistical Maps(2D e 3D)

    Fig. 32 I-Data Satistical Map2D. possvel observar que a zona a Este da rea muito mais rica em teores do

    que as restantes zonas.

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    Fig. 33 I-Data Satistical Map3D. Como seria de esperar, possvel observar o mesmo que na

    imagem anterior, em 2D. A zona a Este da rea muito mais rica em teores do que as restantes zonas.

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    4.7. Histograma de WO3

    Fig. 34 Histograma dos dados de teores de WO3da rea em estudo.

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    4.8. Clculo de reservas

    Fig. 35 Relatrio do modelo de reservas rea em estudo.

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    Fig. 36 Relatrio do modelo de reservas com um teor de corte de 0.3% da rea em estudo.

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    5. Consideraes finais

    Como possvel observar, principalmente no modelo litolgico, em algumas zonas

    no possvel obter uma boa correlao lateral entre as litologias (figura 26). Este

    problema devido ao facto de serem poucas as sondagens de onde foi obtida a

    informao relativa s litologias presentes, e algumas das zonas da rea estudada no

    serem abrangidas por estas sondagens (como possvel observar no mapa de

    localizao das sondagens, figura 37).

    Nos cantos NW e SW da rea no h qualquer sondagem a fornecer informao sobre

    a litologia ali presente, por isso visvel no modelo litolgico que a rea NW no est

    abrangida por cobertura, o que provavelmente est errado. Contudo, no possvel

    ter a certeza acerca deste facto.

    Fig. 37 Mapa topogrfico da regio estudada, com informao relativa localizao das sondagens.

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    Relativamente origem dos fludos que formaram o skarn mineralizado nesta regio,

    com a anlise aos modelos de rochas gneas e de skarn (figuras 29 e 28,

    respectivamente) nota-se uma grande relao espacial entre estes littipos. Isto pode

    significar que estas rochas esto relacionadas e, como referido no captulo 1.5.

    Metassomatose, a origem dos fludos metassomticos pode ser magmtica.

    Com a anlise dos dados obtidos de reservas, pode concluir-se que, apesar de haver

    registos com teores muito elevados, estes so apenas espordicos, pois as reservas

    em peso de WO3no so muito elevadas. Como possvel observar no histograma

    (figura 34), apenas 12 de 122 medies esto acima do teor 1.2% de WO 3, sendo a

    mdia 0.546% de WO3.

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    6. Referncias

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    pp.

    Coelho, J., Perrin, M. e Garcia D., 1988.The geological setting of the tungsten

    skarn ore from Covas, V. N. Cerveira (NW Portugal). Publ. Mus. Lab. Min. Geol.

    Fac. Cincias do Porto. Nmero XCVI 4 srie, 42 pp.

    Colt Resources, 2012.Comunicado imprensa: Actualizao da estimativa de

    recursos NI 43-101 para o projecto de tungstnio de Tabuao da Colt, no norte

    de Portugal. 3 de Outubro de 2012.

    Heckel, P. H. & Clayton, G., 2006. The Carboniferous System. Use of the new

    official names for the subsystems, series, and stages. Geologica Acta, Vol.4, N

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    Moura, A.& Velho, J. L., 2012.Recursos geolgicos de Portugal. Palimage.

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    Tabela Cronoestratigrfica Internacional, 2013.International Commission on

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    Geocincias (IGCP/UNESCO) e o Laboratrio Nacional de Energia e Geologia,

    I.P.