Estudo de Caso - Shopping

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Estudo de Caso - CENTRO COMERCIAL JARDINS DA PRAÇA FICHA TÉCNICA: CENTRO COMERCIAL JARDINS DA PRAÇA LOCAL: Porto Alegre, RS. DATA DO INÍCIO DO PROJETO: 2006 DATA DA CONCLUSÃO DO PROJETO: 2008 ÁREA DO TERRENO: 3.908,95 m² ÁREA CONSTRUÍDA: 1.992,62 m² EQUIPE TÉCNICA: ARQUITETURA: Moojen & Marques Arquitetos Associados Moacyr Moojen Marques, Sérgio Marques e José Carlos Marques (autores). PAISAGISMO: Karol Gardens. LUMINOTÉCA: Atelier de Iluminação Becker e De Paula. ESTRUTURA: Estádio 3. FUNDAÇÕES: Fundenge. ELÉTRICA: JP. HIDRÁULICA: Eletrotec. EMPREENDIMENTO: Dallasanta. CONSTRUÇÃO: Obra Pronta. O projeto obedeceu a padrões de simplicidade, em busca de racionalidade construtiva e economicidade. Ao contrário do que possa sugerir o nome do bairro onde ele se localiza - Tristeza -, o centro comercial Jardins da Praça, implantado na zona sul de Porto Alegre, assume aspecto alegre, ainda que não efusivo. Desenhado por Moacyr Moojen Marques, Sérgio Marques e José Carlos Marques, do escritório Moojen & Marques Arquitetos Associados, o conjunto revela uma arquitetura frugal, cuja simplicidade se mostra em consonância com a atmosfera ainda ligeiramente provinciana do entorno. O projeto do centro comercial Jardins da Praça proporcionou a Moojen & Marques a oportunidade de retornar a um tema que seus integrantes já haviam trabalhado, ao implantar o centro comercial Nova Olaria, na capital gaúcha, e o Paseo Kolmam, em Capão da Canoa, no litoral do estado. Ambas as intervenções eram cuidadosas na inserção em tecidos urbanos e tiravam partido de edificações existentes - “uma rearquitetura de tipologias referenciais”, nas palavras de Sérgio Marques, um dos sócios do escritório. Tal como haviam feito no Nova Olaria (que acabara de ser adquirido pela empreendedora do Jardins da Praça), igualmente situado na zona sul da cidade, no atual projeto os arquitetos desenvolveram, primeiro, o estudo de viabilidade urbanística para utilização da área. O bairro, situado nas proximidades do rio Guaíba, é, segundo Marques, constituído predominantemente por habitações unifamiliares de classe média, e a avenida Wenceslau Escobar (onde se situa o centro de compras) vem se consolidando como pólo comercial. Por isso, foram cogitadas diversas alternativas de ocupação. ENTRADA: Incorporada com a forma externa da edificação, a entrada se compreende pôr um elemento vazado seguindo a linha da edificação, o que anuncia sua função ao acesso. A entrada se localiza no plano frontal centralizada a fim de criar simetria em relação ao prolongamento do centro comercial, situado em seguimento ao centro da edificação. É um elemento articulador de todo o conjunto. CIRCULAÇÃO: As rotas de circulação claramente se articulam conforme a forma reta da edificação, separada dos espaços úteis, mantendo a integridade de cada espaço. A circulação vertical é dada por escadas e elevador, elementos fundamentais a articulação dos dois pavimentos proporcionando acessibilidade e conforto. As formas do conjunto foram moldadas com estrutura de concreto armado in loco e alvenaria de tijolos. LUZ NATURAL: Com as lojas e o mall na calçada ao ar livre, o aproveitamento da luz natural é abrangente. Aberturas receberam vidros temperados e poucos caixilhos, solução que valoriza a transparência da rua para o interior. Na praça/pátio, disposta no interior da quadra, as varandas são de concreto aparente. No pavimento superior, que foi preparado para receber sobreloja, o brise de madeira filtra a luz abundante no bairro horizontalizado e cria o suporte para a comunicação visual. MASSA: A definição pelo centro de compras, que abriu mão de fazer uso do aproveitamento máximo permitido pelo plano diretor municipal, levou à escolha de um partido predominantemente horizontal, com as lojas abrindo- se para a avenida e para o interior do quarteirão, e o estacionamento ao fundo. “O esquema geral, tanto formal como construtivamente, alia-se a padrões de simplicidade, atendendo requerimentos de racionalidade construtiva e economicidade”, observa Marques. Em sua definição, trata-se de uma arquitetura frugal, que acompanha o clima provinciano dos bairros da zona sul. DEFINIÇÃO DOS ESPAÇOS: Os espaços estão dispostos em combinações de espaços separados conectados a elementos de circulação e espaços secundários. O centro da edificação dá espaço a praça/patio que é aberto e é responsável pelo conforto e circulação do ar . SERVIÇOS: O projeto obedeceu a padrões de simplicidade, em busca de racionalidade construtiva e economicidade. EDIFÍCIO E ENTORNO: A atmosfera de balneário fluvial faz com que os moradores ostentem nas imediações roupas e hábitos de praia. “A idéia de lojas na calçada e mall ao ar livre, mesas no pátio e fachadas com varandas tenta interpretar, com arquitetura moderna, os modos de vida e os tipos arquitetônicos antecedentes”, explica Marques. REFERÊNCIAS: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/moojen-amp-marques-arquitetos-associados- centro-comercial-26-08-2008.html Brises de madeira e concreto aparente nas varandas: elementos presentes na arquitetura moderna UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC CAMPUS XANXERÊ – SC CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: PROJETO III SEMESTRE 2012/1 PROFESSOR: WALLACE JOSE CHILLEMI ALUNO: LUCAS FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 1/1

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Estudo de Caso - CENTRO COMERCIAL JARDINS DA PRAÇA

FICHA TÉCNICA:

CENTRO COMERCIAL JARDINS DA PRAÇA

LOCAL: Porto Alegre, RS.DATA DO INÍCIO DO PROJETO: 2006DATA DA CONCLUSÃO DO PROJETO: 2008ÁREA DO TERRENO: 3.908,95 m²ÁREA CONSTRUÍDA: 1.992,62 m²

EQUIPE TÉCNICA:

ARQUITETURA: Moojen & Marques Arquitetos Associados Moacyr Moojen Marques, Sérgio Marques e José Carlos Marques (autores).PAISAGISMO: Karol Gardens.LUMINOTÉCA: Atelier de Iluminação Becker e De Paula.ESTRUTURA: Estádio 3.FUNDAÇÕES: Fundenge.ELÉTRICA: JP.HIDRÁULICA: Eletrotec.EMPREENDIMENTO: Dallasanta.CONSTRUÇÃO: Obra Pronta.

O projeto obedeceu a padrões de simplicidade, em busca de racionalidade construtiva e economicidade.

Ao contrário do que possa sugerir o nome do bairro onde ele se localiza - Tristeza -, o centro comercial Jardins da Praça, implantado na zona sul de Porto Alegre, assume aspecto alegre, ainda que não efusivo. Desenhado por Moacyr Moojen Marques, Sérgio Marques e José Carlos Marques, do escritório Moojen & Marques Arquitetos Associados, o conjunto revela uma arquitetura frugal, cuja simplicidade se mostra em consonância com a atmosfera ainda ligeiramente provinciana do entorno.

O projeto do centro comercial Jardins da Praça proporcionou a Moojen & Marques a oportunidade de retornar a um tema que seus integrantes já haviam trabalhado, ao implantar o centro comercial Nova Olaria, na capital gaúcha, e o Paseo Kolmam, em Capão da Canoa, no litoral do estado. Ambas as intervenções eram cuidadosas na inserção em tecidos urbanos e tiravam partido de edificações existentes - “uma rearquitetura de tipologias referenciais”, nas palavras de Sérgio Marques, um dos sócios do escritório.

Tal como haviam feito no Nova Olaria (que acabara de ser adquirido pela empreendedora do Jardins da Praça), igualmente situado na zona sul da cidade, no atual projeto os arquitetos desenvolveram, primeiro, o estudo de viabilidade urbanística para utilização da área. O bairro, situado nas proximidades do rio Guaíba, é, segundo Marques, constituído predominantemente por habitações unifamiliares de classe média, e a avenida Wenceslau Escobar (onde se situa o centro de compras) vem se consolidando como pólo comercial. Por isso, foram cogitadas diversas alternativas de ocupação.

ENTRADA:Incorporada com a forma externa da edificação, a entrada se

compreende pôr um elemento vazado seguindo a linha da edificação, o que anuncia sua função ao acesso.

A entrada se localiza no plano frontal centralizada a fim de criar simetria em relação ao prolongamento do centro comercial, situado em seguimento ao centro da edificação. É um elemento articulador de todo o conjunto.

CIRCULAÇÃO:As rotas de circulação claramente se articulam conforme a forma

reta da edificação, separada dos espaços úteis, mantendo a integridade de cada espaço. A circulação vertical é dada por escadas e elevador, elementos fundamentais a articulação dos dois pavimentos proporcionando acessibilidade e conforto.

As formas do conjunto foram moldadas com estrutura de concreto armado in loco e alvenaria de tijolos.

LUZ NATURAL: Com as lojas e o mall na calçada ao ar livre, o aproveitamento da luz natural é abrangente. Aberturas receberam vidros temperados e poucos caixilhos, solução que valoriza a transparência da rua para o interior. Na praça/pátio, disposta no interior da quadra, as varandas são de concreto aparente. No pavimento superior, que foi preparado para receber sobreloja, o brise de madeira filtra a luz abundante no bairro horizontalizado e cria o suporte para a comunicação visual.

MASSA:A definição pelo centro de compras, que abriu mão de fazer uso do

aproveitamento máximo permitido pelo plano diretor municipal, levou à escolha de um partido predominantemente horizontal, com as lojas abrindo-se para a avenida e para o interior do quarteirão, e o estacionamento ao fundo. “O esquema geral, tanto formal como construtivamente, alia-se a padrões de simplicidade, atendendo requerimentos de racionalidade construtiva e economicidade”, observa Marques. Em sua definição, trata-se de uma arquitetura frugal, que acompanha o clima provinciano dos bairros da zona sul.

DEFINIÇÃO DOS ESPAÇOS: Os espaços estão dispostos em combinações de espaços separados conectados a elementos de circulação e espaços secundários. O centro da edificação dá espaço a praça/patio que é aberto e é responsável pelo conforto e circulação do ar

. SERVIÇOS: O projeto obedeceu a padrões de simplicidade, em busca de racionalidade construtiva e economicidade.

EDIFÍCIO E ENTORNO: A atmosfera de balneário fluvial faz com que os moradores ostentem nas imediações roupas e hábitos de praia. “A idéia de lojas na calçada e mall ao ar livre, mesas no pátio e fachadas com varandas tenta interpretar, com arquitetura moderna, os modos de vida e os tipos arquitetônicos antecedentes”, explica Marques.

REFERÊNCIAS:http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/moojen-amp-marques-arquitetos-associados-centro-comercial-26-08-2008.html

Brises de madeira e concreto aparente nas varandas: elementos presentes na arquitetura moderna

UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESCCAMPUS XANXERÊ – SCCURSO DE ARQUITETURA E URBANISMODISCIPLINA: PROJETO IIISEMESTRE 2012/1PROFESSOR: WALLACE JOSE CHILLEMIALUNO: LUCAS FRANCISCO CARVALHO DA SILVA

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