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ESCOLA TCNICA EM SADE MARIA PASTOR CURSO TCNICO DE ENFERMAGEM LUIZ HENRIQUE

ESTUDO DE CASO

Salvador BA 2010

LUIZ HENRIQUE

ESTUDO DE CASO

Trabalho apresentado ao curso de Tcnico em Enfermagem, como requisito da disciplina de clinica mdica, sob a orientao da Prof.(a) Silvaneide.

Salvador - BA 2010

ESTUDO DE CASO IDENTIFICAO:

Nome: N. A. Idade: 76 anos. Naturalidade: Pojuca. Estado Civil: Solteiro. Sem filhos.

Histrico pessoal e Mdica Paciente hipertensa, dislipidemiica com relato de dispnia intensa de repouso iniciada h 02 dias prvios a admisso e com piora aos mnimos esforos associado a palpitao freqente. Relatou ter apresentado quadro semelhante 01 ano atrs, sendo diagnosticado arritmias cardaca. Trouxe ECG. que evidenciou fibrilao atrial com resposta ventricular elevada. ECG. de admisso evidenciou fibrilao atrial com reposta ventricular controlada e sobrecarga ventricular esquerda. Histrico familiar De acordo com paciente no h histrico familiar de doenas pregressas. Exame fsico Sinais vitais: Presso Arterial: 130/90 mmhg; Pulso: 68 bpm; Temperatura: 36,0 C; Freqncia respiratria: 20 rpm; EVOLUO: 06/07 - 14h Paciente idosa encontrada no leito em companhia da irm no 9 DIH, 1 DPO CATE. por HAS. E DLP. Eupneica, afebril, normocrdica, lcida, orientada e verbalizando. Ao exame fsico couro cabeludo, pavilho auditivo D e E, nasal, oral e bucal sem anormalidades, mucosas normocrnicas, esclerticas anictricas, trax simtrico, abdmen plano, flcido e indolor a palpao, extremidade perfundidas e aquecidas, pele com turgor e elasticidades diminudas com presena de pequenas placas hiperemiadas em regio sacra e equimose em MSD. Em uso de AP. em MSE fluindo soroterapia. Relata diurese presente, dejeo ausente + ou - 02 dias, sono e apetite mantido, queixa-se de algia em regio deltide direita. Segue aos cuidados da equipe.

MEDICAES EM USO: Loniten 10mg 12/12h VO; Diovan 320mg 1 comp. VO 1X dia; Clorana 25mg 1 comp. VO 1X dia; AAS 100mg 1 comp. VO aps almoo; Sinvastantina 20mg 1 drgea VO aps jantar; Clexane 40mg 1 seringa VS 12/12h; Trombofob Gel 40g 1 aplicao tpica; Seretide 2 aplicaes inalatria 12/12h; Cetoconazol Creme 30g 1 aplicaao tpica 3X ao dia; Fluimicil D 600mg 1 envelope VO 12/12h iniciar 12h antes CATE.; SF 0,9% 500ml ecoflac plus 42ml/h VI continuo inicio 12h antes CATE.: Marevan 2 comp. VO pela manha; Novalgina 500mg/ml 2ml, 1 ampola VI diludo SF 0,9% 10ml; Lexotan 3mg 1 comp. VO; Monocordil 20mg 1 comp. VO 2X ao dia. EXAMES:

Tomografia computadorizada do trax - sem anormalidades; Exames laboratoriais - sem anormalidades; Cintilografia - no realizada por arritmia cardaca; Teste ergomtrico alterado por arritmia cardaca; Eco transofagico aortopatia (aorta medindo 11mm, com presena de trombo e placa de ateroma medindo 11mm, sem calcificao localizada na regio descendente). Insuficincias nas vlvulas artica e tricuspide grau leve. Insuficincia vlvula mitral grau moderado. Ventrculo esquerdo apresentando hipocinesia mdio-apical da parede inferior. Acinesia basal da parede infefior. Demais paredes normocineticas Esclerose na vlvula artica. Classificao no anel mitral.

DIAGNSTICOS: 1 - Hipertensa Arterial Sistlica (HAS). 2 - Dislipidemia (DLP). 1.1 - A hipertenso arterial (HTA), hipertenso arterial sistmica (HAS) conhecida popularmente como presso alta uma das doenas com maior prevalncia no mundo moderno e caracterizada pelo aumento da presso arterial, aferida com esfigmomanmetro(aparelho de presso) ou tensimetro, tendo como causas a hereditariedade, a obesidade, osedentarismo, o alcoolismo, o estresse, o fumo e outras causas. Pessoas negras possuem mais risco de serem hipertensas. A sua incidncia aumenta com a idade, mas tambm pode ocorrer na juventude. Existe um problema para diferenciar a presso alta da presso considervel normal. Ocorre variabilidade entre a presso diastlica e a presso sistlica e difcil determinar o que seria considerado normal e anormal neste caso. Alguns estudos farmacolgicos antigos criaram um mito de que a presso diastlica elevada seria mais comprometedora da sade que a sistlica. Na realidade, um aumento nas duas fator de risco. Considera-se hipertenso o indivduo que mantm uma presso arterial acima de 140 por 90 mmHg ou 14x9, durante seguidos exames, de acordo com o protocolo mdico. Ou seja, uma nica medida de presso no suficiente para determinar a patologia. A situao 14x9 inspira cuidados e ateno mdica pelo risco cardiovascular. Presses arteriais elevadas provocam alteraes nos vasos sanguneos e na musculatura do corao. Pode ocorrer hipertrofia do ventrculo esquerdo, acidente vascular cerebral (AVC),infarto do miocrdio, morte sbita, insuficincias renal e cardacas, etc. O tratamento pode ser medicamentoso e/ou associado com um estilo de vida mais saudvel. De forma estratgica, pacientes com ndices na faixa 85-94 mmHg (presso diastlica) inicialmente no recebem tratamento farmacolgico. 1.2 EPIDEMIOLOGIA: O termo prevalncia indica o nmero de doentes em um determinado momento. A prevalncia da hipertenso arterial no Brasil foi levantada por amostras em algumas cidades. Estes estudos mostraram uma variao de 22,3% a 43,9% de indivduos hipertensos conforme a cidade considerada. Pode estimar assim que entre uma a duas pessoas a cada cinco so hipertensas. Em 2004, 35% da populao brasileira acima de 40 anos estava hipertensa. Acredita-se que 20% da populao mundial apresente o problema. A proporo de bitos por doena cardiovascular no Brasil em 2007, segundo dados do DATASUS, foi de 29,4%. Dentro deste grupo, a distribuio por doena foi como abaixo: bitos por Doenas Cardiovasculares (29,4% do total) Percentual Acidente vascular cerebral 31,4%

Doena isqumica do corao Hipertenso arterial Outras 1.3 FATORES DE RISCO:

30,0% 12,8% 25,1%

A hipertenso arterial pode ou no surgir em qualquer indivduo, em qualquer poca de sua vida, mas algumas situaes aumentam o risco. Dentro dos grupos de pessoas que apresentam estas situaes, um maior nmero de indivduos ser hipertenso. Como nem todos tero hipertenso, mas o risco maior, estas situaes so chamadas de fatores de risco para hipertenso. So fatores de risco conhecidos para hipertenso:

Idade: Aumenta o risco com o aumento da idade.

Sexo: At os cinquenta anos, mais homens que mulheres desenvolvem hipertenso. Aps os cinquenta anos, mais mulheres que homens desenvolvem a doena. Etnia: Mulheres afrodescendentes tm mulheres caucasianas.

risco

maior

de

hipertenso

que

Nvel socioeconmico: Classes de menor nvel scio-econmico tm maior chance de desenvolver hipertenso.

Consumo de sal: Quanto maior o consumo de sal (sdio), maior o risco da doena.

Consumo de lcool: O consumo elevado est associado a aumento de risco. O consumo moderado e leve tem efeito controverso, no homogneo para todas as pessoas.

Obesidade: A presena de obesidade aumenta o risco de hipertenso. Sedentarismo: O baixo nvel de atividade fsica aumenta o risco da doena.

1.4 HIPERTENSO MASCARADA: o fenmeno oposto hipertenso de bata branca e tambm designada por hipertenso isolada no consultrio. Inclui indivduos que apresentam valores de Tenso arterial (TA) normais no consultrio e valores elevados em casa ou ambulatrio. A prevalncia semelhante hipertenso de bata branca e calcula-se que afete 1 em 7 ou 8 indivduos com TA normal no consultrio. Apesar de ainda pouco esclarecida os indivduos afetados parecem apresentar maior dano de rgo. 1.5 DIAGNSTICO: Um esfigmomanmetro e um estetoscpio, equipamentos utilizados para aferir a presso arterial. A medida da presso arterial deve ser realizada apenas com aparelhos confiveis.

Para medi-la, o profissional envolve um dos braos do paciente com o esfigmomanmetro, que nada mais do que uma cinta larga com um pneumtico interno acoplado a uma bomba de insuflao manual e um medidor desta presso. Ao insuflar a bomba, o pneumtico se enche de ar e causa uma presso no brao do paciente, presso esta monitorada no medidor. Um estetoscpio colocado sobre a artria braquial (que passa na face interna medial do cotovelo). Estando o manguito bem insuflado, a artria estar colabada pela presso exercida e no passar sangue na artria braquial. No haver rudo algum ao estetoscpio. Libera-se, ento, a sada do ar pela bomba, bem devagar e observando-se a queda da coluna de mercrio no medidor. Quando a artria deixa de estar totalmente colabada um pequeno fluxo de sangue inicia sua passagem pela artria provocando em rudo de esguicho (fluxo turbilionar). Neste momento anota-se a presso mxima (sistlica). O rudo persistir at que o sangue passe livremente pela artria, sem nenhum tipo de garroteamento (fluxo laminar). Verifica-se no medidor este momento e teremos a presso mnima (presso diastlica). Em geral, medimos a presso em milmetros de mercrio (mmHg), sendo normal uma presso diastlica (mnima) entre 60 e 80 mmHg (6 a 8 cmHg) e presso sistlica entre 110 e 140 mmHg (11 a 14 cmHg) (cmHg = centmetros de mercrio). 1.6 SINTOMATOLOGIA: A hipertenso arterial considerada uma doena silenciosa, pois na maioria dos casos no so observados quaisquer sintomas no paciente. Quando estes ocorrem, so vagos e comuns a outras doenas, tais como dor de cabea, tonturas, cansao, enjos, falta de ar e sangramentos nasais. Esta falta de sintomas pode fazer com que o paciente esquea de tomar o seu medicamento ou at mesmo questione a sua necessidade, o que leva a grande nmero de complicaes. 1.7 CLASSIFICAO: A finalidade de classificaes de presso arterial determinar grupos de pacientes que tenham caractersticas comuns, quer em termos de diagnstico, de prognstico ou de tratamento. Esta classificaes so embasadas em dados cientficos, mas so em certo grau arbitrrias. Numerosas sociedades cientficas tem suas classificaes prprias. Classificao das Sociedade Europia de Hipertenso e Sociedade Europia de Cardiologia.

Categoria Presso tima Presso normal Presso normal alta Hipertenso grau 1 Hipertenso grau 2

PA diastlica (mmHg) PA sistlica (mmHg) < 80 80-84 85-89 90-99 100-109