ESTUDO DE CASO: A UTILIZAÇÃO DA ACUPUNTURA NO … · O instrumento utilizado para coleta de...
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CENTRO INTEGRADO DE ENSINO E PESQUISA DO HOMEM
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ACUPUNTURA
ESTUDO DE CASO: A UTILIZAÇÃO DA ACUPUNTURA NO
TRATAMENTO SINTOMÁTICO DA CERVICALGIA
MIRIAM TATIANA DE SOUZA BOAVENTURA
FLORIANÓPOLIS, 2008
2
MIRIAM TATIANA DE SOUZA BOAVENTURA
ESTUDO DE CASO: A UTILIZAÇÃO DA ACUPUNTURA NO
TRATAMENTO SINTOMÁTICO DA CERVICALGIA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentada como requisito
para obtenção do Título de Especialista em Acupuntura do
Centro Integrado de Ensino e Pesquisa do Homem - CIEPH.
Orientador: Kris Marcel Artiero da Silva
FLORIANÓPOLIS, JANEIRO DE 2008
3
MIRIAM TATIANA DE SOUZA BOAVENTURA
ESTUDO DE CASO: A UTILIZAÇÃO DA ACUPUNTURA NO
TRATAMENTO SINTOMÁTICO DA CERVICALGIA
Trabalho de Conclusão de Curso aprovada pela Banca
Examinadora, para obtenção do grau de Especialista em
Acupuntura do Centro Integrado de Ensino e Pesquisa do
Homem - CIEPH.
Florianópolis,____ de _______________ de 2008.
BANCA EXAMINADORA
____________________________
Prof° Esp. Kris Marcel Artiero da Silva - Orientador
____________________________________
Prof° Esp. Marcelo Fabian Oliva
______________________________________
Prof° Esp. Tátila de S. Barcala
4
Dedico este trabalho a meu marido Alison
Muniz Boaventura, aos meus pais, Sebastião
Gessi de Souza e Solângela Maria de Souza,
pelo incentivo e ensinamentos transmitidos
durante a vida.
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, o autor da vida, por ter me dado forças através de
orações nos momentos difíceis; iluminando-me e protegendo durante está longa caminhada, onde
fiquei longe de minha família, e das pessoas queridas que amo; somente sobre seus olhos. O
mínimo que posso lhe oferecer é o meu muito obrigado pela missão cumprida.
Ao meu amor - meu marido Alison, por toda a dedicação, pelo apoio demonstrado nesta
caminhada, pelo incentivo de superar todas as dificuldades encontradas, me passando
tranqüilidade e segurança.
Agradeço a minha maravilhosa Família que me apoiaram durante esta caminhada, porém
agradeço em especial aos meus Pais, um grande Homem e uma grande Mulher que são a fonte
inspiradora para minha vida!
Agradeço ao meu orientador, Prof° Kris Marcel Artieiro da Silva, pela dedicação para a
realização desta pesquisa, pela competência e sabedoria transmitida ao longo deste trabalho.
Minha enorme admiração e respeito!
Agradeço a todos os professores que dividiram seus conhecimentos, contribuindo muito
para minha chegada até aqui!
Agradeço aos pacientes, que me aceitaram, sem ter me escolhido, que me respeitaram, que
assistiram com tanta paciência, aos meus primeiros passos, que com humildade confiaram os
segredos de seu sofrimento.
Muito Obrigada!!
6
“Descobri como é bom chegar quando se tem
paciência, e para chegar onde quer que seja,
aprendi que não é preciso dominar a força, mas
a razão. É preciso antes de mais nada querer”
(Amyr Kilink)
7
RESUMO
O Estudo tem como propósito analisar os efeitos do tratamento por Acupuntura na cervicalgia. A
pesquisa caracterizou-se como um estudo de caso. A amostra foi composta por um paciente com
diagnóstico de cervicalgia sem lesão orgânica evolutiva, sendo do sexo masculino, com idade de
25 anos. O instrumento utilizado para coleta de dados, foi uma ficha de avaliação e evolução, e
para o tratamento, foi utilizado agulhas descartáveis (0,25 x 30mm), bandeja de inox, álcool 70%.
No tratamento foi utilizado apenas acupuntura, sem nenhum outro tipo de tratamento. Foi
realizado uma avaliação no início e ao término das nove sessões. Ao final do estudo pode-se
observar que a acupuntura é eficaz para o tratamento da cervicalgia, diminui significativamente
as dores musculares na região cervical.
Palavras-chaves: Acupuntura – Cervicalgia
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Vértebra Atlas ...............................................................................................................18
Figura 2: Vértebra Axis.................................................................................................................18
Figura 3: Sétima Vértebra Cervical...............................................................................................19
9
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Músculos da Coluna Cervical........................................................................................21
10
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Evolução da Escala de Dor..........................................................................................29
11
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AVD’s: Atividades de Vida Diária;
B: Ponto de Acupuntura do Meridiano da Bexiga;
CS: Ponto de Acupuntura do Meridiano da Circulação Sexo.
F: Ponto de Acupuntura do Meridiano do Fígado.
ID: Ponto de Acupuntura do Meridiano do Intestino Delgado;
IG: Ponto de Acupuntura do Meridiano do Intestino Grosso;
MTC: Medicina Tradicional Chinesa;
Qi: Energia Vital;
R: Ponto de Acupuntura do Meridiano do Rim.
RPG: Reeducação Postural Global;
TA: Ponto de Acupuntura do Meridiano do Triplo Aquecedor;
VB: Ponto de Acupuntura do Meridiano da Vesícula Biliar.
VG: Ponto de Acupuntura do Meridiano do Vaso Governador.
12
LISTA DE APÊNDICES
APÊNDICE 1: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.....................................................35
APÊNDICE 2: Ficha de Avaliação...............................................................................................36
13
SUMÁRIO
Resumo..........................................................................................................................................07
Lista de Figuras............................................................................................................................08
Lista de Tabelas............................................................................................................................09
Lista de Gráficos...........................................................................................................................10
Lista de Abreviaturas e Siglas.....................................................................................................11
Lista de Apêndices........................................................................................................................12
INTRODUÇÃO............................................................................................................................14
1.1 Problema e a sua Relevância.................................................................................................14
1.2 Objetivos..................................................................................................................................15
1.2.1 Objetivo Geral......................................................................................................................15
1.2.2 Objetivos Específicos...........................................................................................................15
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO....................................................................................................16
2.1 Cervicalgia...............................................................................................................................16
2.1.1 Anatomia Funcional da Coluna Cervical..........................................................................16
2.1.2 Conceito de Cevicalgia, Etiologia e Quadro Clínico.,,,,,,,,,,,,,,..........................................21
2.2 Tratamento com Acupuntura para Cervicalgia..................................................................22
3 METODOLOGIA......................................................................................................................24
3.1 Caracterização da Pesquisa...................................................................................................24
3.2 Amostra e Local......................................................................................................................24
3.3 Instrumentação e Procedimentos..........................................................................................24
3.3.1 Intervenção nas Variáveis...................................................................................................24
3.4 Coleta de Dados......................................................................................................................25
3.5 Tratamento Estatístico dos Dados.........................................................................................25
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS.....................................................................26
4.1 Apresentação do Quadro Clínico..........................................................................................26
4.2 Evolução..................................................................................................................................27
4.3 Efeitos Analgésicos.................................................................................................................29
4.4 Exame Físico...........................................................................................................................30
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...... .............................................................................................31
14
REFERÊNCIAS............................................................................................................................32
1 INTRODUÇÃO
1.1 O PROBLEMA E A SUA RELEVÂNCIA
A cervicalgia é uma síndrome caracterizada por dor e rigidez transitória na região da
coluna cervical, nuca e pescoço, pode ser decorrente de espondilopatias ou discopatias, por
exemplo, anomalias disco-vertebrais; posturas inadequadas no trabalho, ou ainda resultante de
estresse físico e/ou mental (FILHO, 1999).
A cervicalgia é considerada comum na prática clínica, ocorre com uma freqüência
elevada, acomete 12 a 34% da população adulta, em alguma fase da vida, tendo maior
incidência no sexo feminino.
Esta síndrome raramente é isolada, geralmente vem acompanhada de
dorsalgias, braquialgias imprecisas, contraturas musculares na região de trapézio que são
identificadas através da palpação, cefaléia entre outras alterações (MARS-PRYSZO, 2000).
Estes sintomas podem causar limitações e/ou incapacidades comuns tais como: diminuição da
eficiência no trabalho, dificuldade para desempenhar as atividades de vida diária (AVD’s),
redução da amplitude de movimento articular de membros superiores impossibilitando o
paciente a desempenhar determinadas funções, aumento do estresse físico e/ou emocional,
além de outras conseqüências que podem surgir.
Entre as diversas formas de tratamento da cervicalgia, encontramos: tratamento
medicamentoso, fisioterapia convencional, reeducação postural global (RPG), entre outras
técnicas manuais, desatacando-se a acupuntura.
A acupuntura é uma técnica da Medicina Tradicional Chinesa utilizada no tratamento
de várias síndromes dolorosas, destacando-se neste estudo a utilização da acupuntura na
redução do quadro álgico na cervicalgia.
15
A acupuntura é um recurso terapêutico eficaz, principalmente pelo seu efeito
analgésico. O que a acupuntura faz é estimular o nosso sistema nervoso central para liberar
substâncias opióides, controlando a sensação de dor do indivíduo, várias substâncias
neurotransmissoras estão envolvidas nesse sistema de analgesia, especialmente as encefalinas
e a serotonina (BRANCO et al, 2005 e PAI, 2004).
Conforme exposto acima, lança-se a seguinte pergunta: Qual a Eficácia da Acupuntura
no Tratamento da Cervicalgia?
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral:
Investigar se haverá eficácia no tratamento da Cervicalgia através da Acupuntura.
1.2.2 Objetivos Específicos:
Verificar há alterações no quadro álgico, antes, durante e após o tratamento com
Acupuntura;
Verificar as alterações nas atividades laborais no decorrer do tratamento;
Verificar se há alterações em testes específicos;
16
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CERVICALGIA
2.1.1 Anatomia Funcional da Coluna Cervical
A coluna vertebral é considerada o eixo do corpo humano, tendo como principal
característica a flexibilidade. Sua estabilidade é fornecida por sua estrutura ligamentar e
osteomuscular. Entre suas funções temos: proteção da medula espinhal, mobilidade, marcha,
manutenção da posição ereta e suporte do peso corporal.
A coluna vertebral pode ser dividida em duas porções para facilitar sua compreensão,
sendo elas: anterior, constituída pelo ligamento longitudinal anterior, corpo vertebral, disco
intervertebral e o ligamento longitudinal posterior. Outra porção posterior, constituída pelo
canal vertebral, ligamento amarelo, as articulações inter-apofisárias, os ligamentos
interespinhais e supra-espinhais, pedículos, lâminas, processos transversos e espinhosos. É
claro que não se pretende neste espaço explorar detalhadamente a anatomia da coluna
cervical, e sim alguns aspectos essenciais a serem considerados (www.portalda
coluna.com.br, s/d).
A coluna cervical possui uma curvatura denominada de lordose cervical, desenvolve-
se à medida que a criança tenta erguer a cabeça - por volta dos três meses - e se consolida na
época de sentar e de engatinhar; a cervical suporta o peso da cabeça e alivia, em parte, a ação
dos músculos da nuca em manter a extensão da cabeça e do pescoço. Nas mulheres, a
curvatura cervical é mais branda e a lombar mais acentuada (CURTY et. al., 2001, FILHO,
2004 e RUBINSTEIN, s/d).
A coluna cervical é constituída pela superposição de sete ossos isolados chamados de
vértebras, as vértebras cervicais possuem características básicas que são encontradas em todas
17
as vértebras com exceção da 1° e da 2° vértebra cervical. As duas primeiras vértebras
cervicais são consideradas atípicas e denominadas, respectivamente, atlas e axis. As quatro
vértebras seguintes são consideradas típicas como a sétima vértebra, embora esta apresente
algumas particularidades (CURTY et. al., 2001, FILHO, 2004 e RUBINSTEIN, s/d).
Entre as principais características está o corpo que é a maior parte da vértebra; o
processo espinhoso é a parte do arco ósseo que situa-se medialmente e posteriormente ao
corpo da vértebra; os processos transversos são dois prolongamentos laterais, direito e
esquerdo que se projeta transversalmente de cada lado do ponto de união do pedículo com a
lâmina; processos articulares são em número de quatro, dois superiores e dois inferiores. São
saliências que se destinam à articulação das vértebras entre si; lâminas são duas, uma direita e
outra esquerda, que ligam o processo espinhoso ao processo transverso; pedículos são partes
mais estreitas, que ligam o processo transverso ao corpo vertebral, e forame vertebral situado
posteriormente ao corpo e limitado lateralmente e posteriormente pelo arco ósseo. As
vértebras cervicais, ao contrário das demais vértebras como as torácicas e lombares, são mais
concova-convexa e, em seu movimento deslizam ao invés de oscilar (CURTY et. al., 2001,
FILHO, 2004 e RUBINSTEIN, s/d).
A primeira vértebra cervical C1 – atlas, articula-se com o osso occipital, não apresenta
corpo vertebral nem processo espinhoso, possui forma de anel e sustenta o crânio. O processo
transverso projeta-se lateralmente e apresenta um forame transverso, para a passagem da
artéria vertebral em seu trajeto para o crânio (CURTY et. al., 2001, FILHO, 2004 e
RUBINSTEIN, s/d).
18
Figura 1 – Vértebra Atlas
Fonte: NETTER, 2000.
A segunda vértebra cervical C2 – Axis, possui este nome por servir de eixo para a
rotação da atlas com o crânio que ela suporta, é considerada a vértebra mais forte da região
cervical da coluna vertebral. Apresenta um processo ósseo forte denominado Dente (Processo
Odontóide) que localiza-se superiormente e articula-se com o arco anterior do atlas. Ao
contrario da atlas que não apresenta processo espinhoso, o da axis é bifurcado, como ocorre
nas vértebras cervicais típicas. Entre as articulações occípito-atlas e atlanto-axial não
existe discos intervertebrais, a estabilidade destas articulações é propiciada por um suporte
ligamentoso (RUBINSTEIN, s/d).
,Figura 2 – Vértebra Axis
Fonte: NETTER, 2000.
19
A sétima vértebra cervical é conhecida como vértebra proeminente, pois seu processo
espinhoso é longo e não bifurcado (CURTY et. al., 2001, FILHO, 2004 e RUBINSTEIN,
s/d).
Figura 3 – Sétima Vértebra Cervical
Fonte: NETTER, 2000
Os discos intervertebrais se encontram em toda a coluna vertebral exceto entre a
primeira e a segunda vértebra cervical, são considerados os principais meios de união dos
corpos das vértebras. O disco intervertebral consiste de duas partes; uma porção externa, o
anel fibroso e uma porção interna, denominada de núcleo pulposo; o anel fibroso auxilia a
estabilização da coluna, funcionando como um ligamento; o núcleo tem a capacidade de se
deformar quando submetido à pressão, com participação nos mecanismos de absorção de
choques e distribuição de forças, equilibrando tensões (www.portaldacoluna.com.br, s/d e
RUBINSTEIN, s/d).
Todas as vértebras e discos são conectados entre si por um conjunto de ligamentos
sendo os principais: ligamento longitudinal anterior e ligamento longitudinal posterior; suas
funções principais são respectivamente: manter a estabilidade das articulações
20
intercorpovertebrais e evitar a hiperextensão da coluna vertebral; evitar a hiperflexão da
coluna vertebral e a protusão posterior do núcleo pulposo do disco (WILLIAMS, 1995).
Todas as vértebras, desde a segunda vértebra cervical até a primeira vértebra sacral,
articulam-se por meio de articulações cartilagíneas entre seus corpos, articulações sinoviais
entre seus processos articulares e articulações fibrosas entre suas lâminas, processos
transversos e espinhosos (HOPPENFELD, 1997 e WILLIAMS, 1995).
Os músculos da coluna vertebral desempenham importantes funções na manutenção de
sua estabilidade, equilíbrio, movimentação dos membros e participam dos mecanismos de
absorção dos impactos protegendo a coluna de grandes sobrecargas. Os seguintes movimentos
são possíveis na coluna vertebral: flexão, extensão, inclinação lateral e rotação, sendo que a
amplitude de movimento vai depender da região da coluna vertebral e do indivíduo (MOORE,
2001 e www.portaldacoluna.com.br, s/d).
21
Tabela 1 – Músculos da Coluna Cervical
R
EG
IÃO
AN
TE
RIO
R
MÚSCULOS AÇÃO
Esternocleidomastóideo Inclina a cabeça ipsilateralmente e roda a face
para o lado oposto, flexão cervical e ação
inspiratória.
Escaleno Anterior Flexão da cervical, inclinação ipsilateral, rotação
contra lateral da cabeça e ação inspiratória.
Escaleno Médio Inclina a cervical ipsilateralmente e ação
inspiratória.
Pré-vertebrais Flexão da cabeça e do pescoço
Suprahióideos Elevam o osso hióide e baixa a mandíbula
Infrahióideos Baixam o osso hióide
RE
GIÃ
O P
OS
TE
RIO
R
Trapézio Eleva e retrai a escápula
Elevador da escápula Eleva a cabeça e inclina a cabeça ipsilateralmente
Esplênio da cabeça Retrai a cabeça, inclinação e rotação ipsilateral
Triângulo Suboccipital
Reto posterior maior da
cabeça
Extensão e rotação
ipsilateral da cabeça
Reto posterior maior da
cabeça
Extensão da cabeça
Oblíquo superior da
cabeça
Flexão póstero-
lateral da cabeça
Oblíquo inferior da
cabeça
Rotação ipsilateral da
cabeça
Fonte: WILLIAMS, 1995.
2.1.2 Conceito de Cervicalgia, Etiologia e Quadro Clínico
A cervicalgia é uma síndrome caracterizada por dor e rigidez transitória na região da
coluna cervical, nuca e pescoço (FILHO, 1999).
A etiologia da Cervicalgia é multifatorial, sendo dividida didaticamente em dois
grupos principais; no primeiro grupo está a cervicalgia decorrente de alterações
osteomusculares, a maioria dos pacientes deste grupo apresentam queixas de episódios de dor
22
e rigidez articular acentuados pelo movimento e aliviados com repouso. Em geral relatam
atividade excessiva recente ou posições pouco ergonômicas, sem história de traumatismos
específicos. A dor osteomuscular tende a ser localizada e assimétrica, profunda, podendo
irradiar para a cabeça ou para as raízes dos membros superiores (SOUTO, s/d).
O segundo grupo está relacionado à cervicalgia decorrente de alterações neurológicas
(comprometimento de raízes nervosas), o quadro clínico caracteriza-se com a presença de dor
intensa, freqüentemente descrita como sensação de "queimação", podendo irradiar para a
região do trapézio, peri-escapular ou membro superior, é comum a sensação de dormência e
fraqueza muscular. A cefaléia costuma acompanhar o comprometimento das raízes cervicais
superiores. Os sintomas em geral correlacionam-se com posições específicas da cabeça,
acentuando com hiperextensão do pescoço.
A Cervicalgia com dor crônica é observada em pacientes com falta de
condicionamento físico, postura inadequada e com historia clínica não convincente. Como
regra geral, são indivíduos com problemas familiares, que podem apresentar depressão,
ansiedade, hostilidade e disfunção sexual. Na sua vida diária, mostram dificuldades no
trabalho e medo exagerado de atividade física. Por vezes, estão envolvidos em benefícios
previdenciários e problemas trabalhistas, visando ganhos secundários
(www.portaldacoluna.com.br, s/d e FILHO, 1999).
2.2 Tratamento com Acupuntura para Cervicalgia
A etiologia da cervicalgia na MTC, está ligada às síndromes de Fígado, como a
Estagnação do Qi do Fígado e Hiperatividade do Yang do Fígado. Além disso a área do
pescoço é especialmente suscetível à invasão de Vento Frio, particularmente quando há
fatores predisponentes como Deficiência do Qi do Rim. Segundo a literatura pesquisada, os
23
principais pontos utilizados para tratar estes desequilíbrios, estão expostos nas seguintes
combinações. Estagnação do Qi do Fígado pode ser utilizado: F-3, F-13, F-14, CS-6, TA-6,
VB-34; Hiperatividade do Yang do Fígado: F-3, IG-4, VB-9, VB-43, Taiyang; Invasão de
Vento Frio: ID-3, B-62 associado à moxa local; Deficiência do Qi do Rim: R-3, R-7, B-23,
VG-4 com aplicação de moxa nos pontos utilizados. As combinações citados devem ser
associadas a pontos locais do pescoço como VB-20, B-10 e pontos distais do pescoço como
B-60 e TA-8 (MACIOCIA, 1996 e 2003; MAO-LIANG, 2001; e ROSS, 2003).
24
3 METODOLOGIA
3.1 Caracterização da Pesquisa
Este estudo pode ser considerado como descritivo com delineamento experimental na
forma de estudo de caso (RUDIO, 2003).
3.2 Amostra e Local
A amostra foi classificada como não-probabilística intencional (RUDIO,2003),
consistindo de um estudo de caso de um indivíduo, do sexo masculino, 25 anos, engenheiro
mecânico e residente em Joinville – SC.
As sessões de acupuntura foram realizadas no domicílio do paciente.
3.3 Instrumentação e Procedimentos
3.3.1 Intervenção nas Variáveis
As variáveis do estudo são: dor e atividades laborais.
Como instrumentos de pesquisa foram utilizados uma ficha de avaliação da coluna
cervical (APÊNDICE 2). Além disso, foram utilizadas agulhas de acupuntura de 0,25
X 30 mm, em aço inoxidável, filiformes, esterilizadas com raios gama em fabricação,
descartáveis, Dong Bang; álcool etílico 70° GL; algodão, lençol descartável e maca
portátil.
Conforme conceitos encontrados na literatura pesquisada foram selecionados os
seguintes pontos de acupuntura: B-10 que localiza-se na linha mediana entre a
primeira e a segunda vértebra cervical, na proeminência da margem externa do
músculo trapézio; IG-4, localiza-se na linha média entre o 1° e o 2° metacarpo; ID-3,
25
localiza-se na depressão ulnar proximal à articulação metacarpofalângica do dedo
mínimo, na transição entre a palma e dorso da mão; ID-11, localiza-se na região
medial da fossa infra-escapular; ID-12, localiza-se no ponto médio da fossa supra-
espinhal da escápula; TA-5, localiza-se a dois tsun proximais ao ponto médio da prega
dorsal do pulso, entre o rádio e a ulna; VB-20, localiza-se na base do occipital na
depressão entre as inserções dos músculos esternocleidomastóideo e o trapézio; VB-21
localiza-se no ponto médio entre o processo espinhoso da sétima vértebra cervical e o
acrômio (MACIOCIA, 1996 e 2003; YAMAMURA, 2001; MAO-LIANG, 2001,
ROSS, 2003 e FOCKS, 2005).
3.4 Coleta de Dados
Previamente a aplicação da ficha de avaliação foi apresentado o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE 1) para apreciação e participação
voluntária dos paciente na pesquisa. Mediante a autorização documental do paciente iniciou-
se a aplicação da avaliação (APENDICE 2) em forma de entrevista, com blocos temáticos
envolvendo identificação, anaminese, dados da disfunção e exame físico.
Quanto à aplicação das agulhas, o paciente foi posicionado em decúbito dorsal, sobre
uma maca portátil com lençol descartável, após a limpeza da superfície corpórea onde se
localizam os acupontos, com álcool etílico 70° GL, foram inseridas as agulhas de acupuntura
nos acupontos, em profundidade média, sem manipulação, e mantidas por 20 minutos.
3.5 Tratamento Estatístico dos Dados
Os dados foram agrupados e tratados através de estatística simples, em seguida foram
analisados, os mesmos foram apresentados por gráfico e discussões com a literatura e com a
pesquisadora.
26
4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
4.1 Apresentação do Caso Clínico
Indivíduo A.M.B., sexo masculino, 25 anos, casado, engenheiro mecânico, residente
em Joinville – SC. Relata dores na região do pescoço, irradia para ombros, há 30 dias,
aumentando progressivamente com o decorrer do tempo, a dor torna-se mais intensa ao final
da jornada de trabalho, a dor traz desconforto físico como sensação de peso na região do
pescoço e ombros.
Quanto aos testes especiais, tais como: Manobra de O’Donoghue que determina o
comprimento ligamentar ou muscular apresentou-se positivo; já os testes de Soto-Hall
(identifica patologias ou lesão ligamentar, muscular ou óssea); teste de Rust (identifica lesão
de coluna cervical) e teste de Compressão apresentaram negativos.
O paciente apresenta saúde em geral sem alterações. Apresenta histórico familiar de
diabetes mellitus e câncer.
Nega tabagismo, alcoolismo, uso de drogas e prática de atividades físicas. Além disso
relata alimentação normal, pouca sede, preferência por líquidos geladas, sudorese intensa,
dorme bem, preocupação, irritabilidade, stress e tensão muscular.
4.2 Evolução
1 ° Sessão – 18/06/07:
Acupontos: ID3 (Houxi), IG4 (Hegu), TA5 (Waiguan), ID11 (Tianzong), ID 12
(Bingfeng), VB 21 (Jianjing), VB20 (Fengchi) e B10 (Tianzhu).
Escala de Dor (ED): Inicial = 5, Final: 4.
27
2° Sessão – 20/06/07:
Paciente relata que o dia anterior de trabalho, foi muito exaustivo com sobrecarga
mental, onde aumentou o desconforto físico no local da dor, porém não sentiu dores com
sensação de irradiação para os ombros.
Acupontos: ID3 (Houxi), IG4 (Hegu), TA5 (Waiguan), ID11 (Tianzong), ID 12
(Bingfeng), VB 21 (Jianjing), VB20 (Fengchi) e B10 (Tianzhu).
ED: Inicial = 4, Final = 3.
3° Sessão – 22/06/07:
Acupontos: ID3 (Houxi), IG4 (Hegu), TA5 (Waiguan), ID11 (Tianzong), ID 12
(Bingfeng), VB 21 (Jianjing), VB20 (Fengchi) e B10 (Tianzhu).
ED: Inicial = 4, Final = 2.
4° Sessão – 25/06/07:
Paciente relata melhora significativa, para realizar suas atividades laborais, inclusive
conseguiu colocar em dias algumas pendências no trabalho, como atividades que exigiam
longas digitações.
Acupontos: ID3 (Houxi), IG4 (Hegu), TA5 (Waiguan), ID11 (Tianzong), ID 12
(Bingfeng), VB 21 (Jianjing), VB20 (Fengchi) e B10 (Tianzhu).
ED: Inicial = 3, Final = 2.
5° Sessão – 27/06/07:
Acupontos: ID3 (Houxi), IG4 (Hegu), TA5 (Waiguan), ID11 (Tianzong), ID 12
(Bingfeng), VB 21 (Jianjing), VB20 (Fengchi) e B10 (Tianzhu).
ED: Inicial = 2, Final = 1.
28
6° Sessão – 29/06/07:
Acupontos: ID3 (Houxi), IG4 (Hegu), TA5 (Waiguan), ID11 (Tianzong), ID 12
(Bingfeng), VB 21 (Jianjing), VB20 (Fengchi) e B10 (Tianzhu).
ED: Inicial = 1, Final = 0.
7° Sessão – 02/07/07:
Paciente relata um leve desconforto físico na região de cervical, “sinto que meu
pescoço está mais leve”, devido a isso, sente muito conforto durante suas atividade no
trabalho, inclusive observou melhora em seu humor.
Acupontos: ID3 (Houxi), IG4 (Hegu), TA5 (Waiguan), ID11 (Tianzong), ID 12
(Bingfeng), VB 21 (Jianjing), VB20 (Fengchi) e B10 (Tianzhu).
ED: Inicial = 1, Final = 0.
8° Sessão – 04/07/07:
Acupontos: ID3 (Houxi), IG4 (Hegu), TA5 (Waiguan), ID11 (Tianzong), ID 12
(Bingfeng), VB 21 (Jianjing), VB20 (Fengchi) e B10 (Tianzhu).
ED: Inicial = 1, Final = 0.
9° Sessão – 06/07/07:
Paciente relata melhora dos sintomas, assim retornando as suas atividades
laborais normais. Os testes especiais apresentaram-se negativos.
Acupontos: ID3 (Houxi), IG4 (Hegu), TA5 (Waiguan), ID11 (Tianzong), ID 12
(Bingfeng), VB 21 (Jianjing), VB20 (Fengchi) e B10 (Tianzhu).
ED = 0.
29
4.3 Efeitos Analgésicos
O grau de dor da cervicalgia foi analisado através da Escalo Visual Analogica (AGNE,
2005). Os resultados obtidos podem ser visto, observando o gráfico 1, percebe-se que o
paciente apresentou uma boa evolução com relação a dor; ao longo das sessões o quadro
álgico mostrou atenuação chegando a grau zero ao final das nove sessões.
Gáfico 1 – Evolução da Escala de dor
FONTE: Dados coletados pela pesquisadora
A acupuntura é um recurso terapêutico eficaz, principalmente pelo seu efeito
analgésico. O que a acupuntura faz é estimular o nosso sistema nervoso central para liberar
substâncias opióides, controlando a sensação de dor do indivíduo, várias substâncias
neurotransmissoras estão envolvidas nesse sistema de analgesia, especialmente as encefalinas
e a serotonina (BRANCO et al, 2005 e PAI, 2004).
A acupuntura tem sido indicada para o tratamento de diversas condições
dolorosas, e a sua eficácia nas dores músculo esqueléticas crônicas tem sido comprovada,
visto que os resultados da acupuntura são comparáveis aos de outros métodos, apresentando
vantagens significativas (SANCHEZ et al., 2004).
2
1 1 1
0
1
0 0 0 0
5
4 4
3
4
3
2 2
0
2
4
6
8
10
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Número de sessões
Es
ca
la d
e D
or
Antes Depois
30
4.4 Exame Físico
Com relação aos testes especiais, a manobra de O’DONOGHUE que tem a função de
determinar o compromentimento muscular ou ligamentar, apresentou negativa após as nove
sessões. Os demais testes especiais realizados, como: Teste de SOTO-HALL (Identifica
patologias ou lesão ligamentar, muscular ou óssea); Teste de RUST (Identifica lesão grave da
coluna cervical); Teste de COMPRESSÃO FORAMIDAL (Indica invasão foraminal,
capsulite apofisária ou pressão sobre uma raiz nervosa) e Manobra de VALSALVA (Indica
lesão ocupadora de espaço no canal cervical ou no forame) apresentaram-se negativos antes e
após a realização das nove sessões (HOPPENFILD, 1997 [descrição dos testes] ).
Quanto à dor, na palpação muscular, os músculos que apresentaram dor durante a
primeira avaliação foram: trapézio inferior (direito e esquerdo), levantador da escápula
(direito e esquerdo) e rombóides (direito e esquerdo), todos apresentaram-se indolor a
palpação após as nove sessões; os demais músculos avaliados apresentaram-se indolor a
palpação antes e após as nove sessões.
Com relação à palpação das vértebras cervicais, todas as vértebras avaliadas (C1 à
C7), apresentam-se indolor antes e após o tratamento.
31
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A cervicalgia consiste em uma síndrome caracterizada por dor e rigidez transitória na
região da coluna cervical, nuca e pescoço, podendo gerar limitações funcionais durante as
atividades laborais e AVD´s (FILHO, 1999).
O presente estudo procurou buscar fundamentação teórica para analisar os efeitos do
tratamento da cervicalgia através da técnica de Acupuntura. O tratamento consistiu na
aplicação de oito acupontos que foram estimulados através de agulhas filiformes.
Pode-se perceber que o presente estudo de caso, apresentou consideráveis efeitos
analgésicos, sendo que, o paciente referiu melhora do quadro álgico em nove sessões.
Com relação aos testes especiais, o teste que avalia o comprometimento muscular ou
ligamentar, apresentou resultado positivo no início do tratamento, sendo realizado ao final do
tratamento, apresentando resultado negativo. Os demais testes apresentaram-se negativos no
início e no final do tratamento.
Em conseqüência a esse resultados o paciente passou a realizar suas atividades
laborais e AVD´s, com mais conforto físico. Desta forma verificamos que a Acupuntura surge
como mais uma forma de tratamento da cervicalgia, podendo ser associada a demais técnicas
da Fisioterapia, da Medicina entre outras.
32
REFERÊNCIAS
BRANCO C.A. et. al. Acupuncture as a Complementary Treatment Option to
Temporomandibular Dysfunction: review of the literature. Rev Odontol UNESP. 2005;
34 (1): 11-6.
com Acupuntura e Ervas Chinesas. São Paulo: Roca, 1996a.
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15/03/07.
FILHO, Blair J. Rosa et. al. Lesões da Coluna Vertebral. 2004. Disponível em:
www.fisioweb.com.br. Acesso em: 13/04/07.
FILHO, Pedro Liasch. Problemas da Coluna: Causa e Solução. São Paulo: Pioneira, 1999.
p. 27 – 28.
FOCKS, Claudia. Atlas de Acupuntura. São Paulo: Manole, 2005.
HOPPENFILD, Stanley. Propedêutica Ortopédica – Coluna e Extremidades. São Paulo:
Atheneu, 1997.
HOPWOOD, Val, LOVESEY, Maureen, MOKONE, Sara. Acupuntura e Técnicas
Relacionadas à Fisioterapia. São Paulo: Manole, 2001.
Maciocia, G. A Prática da Medicina Chinesa. São Paulo: Roca, 2003.
MACIOCIA, Giovanni. A Prática da Medicina Chinesa: Tratamento de Doenças
MAO-LIANG, Qiu. Acupuntura Chinesa e Moxabustão. São Paulo: Roca, 2001.
MARS-PRYSZO. Tratamento das Cervicalgias. São Paulo: Manole, 2000. p. 4.
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Janeiro, Guanabara Koogan, 2001.
NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2° ed. Porto Alegre: Atheneu, 2001.
PAI, Hong Jin. Clínica Hong. São Paulo, 2004. Disponível em:
http://www.clinicahong.com.br. Acesso: 20/04/07.
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RUBINSTEIN, Ezequiel. Anatomia Funcional da Coluna Vertebral. Disponível em:
www.colunageral.com.br. Acesso em: 22/03/07.
RUDIO, Franz Victor. Introdução ao Projeto de Pesquisa Científica. 32. ed. Petrópolis:
Vozes, 2003.
33
SANCHEZ, H.M.; MORAIS, E.G.; LUZ, M.M.M. Acupuntura Fisioterapêutica no
Tratamento da Fibromialgia: uma revisão. Soc. Bras. Fis. Acup.1:3, 2004.
SOUTO, Daniela. Cervicalgia. s/d. Disponível: www.façafisioterapia.com.br. Acesso:
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2001.
http://www.portaldacoluna.combr, acesso:15/05/2007.
34
APÊNDICES
35
APÊNDICE 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Ao assinar este documento estou consentindo formalmente em participar da pesquisa a
ser realizada pela Fisioterapeuta e acadêmica do curso de pós-graduação do curso de
Acupuntura do Centro Integrado de Estudos e Pesquisa do Homem (CIEPH), Miriam Tatiana
de Souza Boaventura, orientanda pelo Professor Especialista Kris Marcel Artiero da Silva.
Existem diversas linhas de atuação no tratamento de pacientes com cervicalgia,
a proposta deste estudo é verificar os efeitos da acupuntura em um paciente com cervicalgia.
As informações coletadas nesta pesquisa, serão utilizadas para proporcionar conhecimentos
teóricos-práticos aos profissionais e estudantes da Medicina Tradicional Chinesa (MTC),
contribuindo para a atuação destes profissionais.
Em um primeiro momento, acontecerá o esclarecimento de dúvidas com relação à
metodologia da pesquisa. Em um segundo momento será aplicado uma avaliação em forma de
entrevista com o paciente envolvido no estudo em seguida será aplicado o tratamento
proposta pela pesquisadora e seu orientador, e ao término do tratamento será realizado uma
reavaliação.
Sua participação nesta pesquisa é voluntária, você terá liberdade para concordar
ou não em participar da pesquisa, não obtendo com isso nenhum prejuízo durante o
tratamento; poderá interromper o tratamento a qualquer momento, sendo solicitado contato
prévio com a pesquisadora; terá garantido o direito à privacidade e confidencialidade das
informações; sua participação em todos os procedimentos da pesquisa não implicará no
pagamento de qualquer taxa.
Em caso de dúvidas em relação ao estudo, você poderá entrar em contato com a
pesquisadora Miriam, pelo telefone: 47 3435-6444 ou 47 9982-4132
Data:___/___/___
Nome do Paciente:______________________________________________
Assinatura do Paciente:___________________________________________
Pesquisador Responsável:_________________________________________
Assinatura do Pesquisador:________________________________________
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APÊNDICE 2
FICHA DE AVALIAÇÃO
DATA: ___/___/____.
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Nome:
Sexo: M ( ) ( ) F Idade:
Estado Civil: Profissão:
Endereço:
Telefone:
Diagnóstico:
ANAMINESE
- Queixa principal:
- História da Doença Pregressa:
- História da Doença Atual:
- História de Doença Familiar:
- Saúde em Geral:
- Exames Complementares:
DADOS DA DISFUNÇÃO
1. Tem dor nas articulações cervicais? ( ) não ( ) sim dir. ( ) esq. ( )
2. Apresenta ruídos nas articulações cervicais?
3. Tem dor na região do pescoço? ( ) não ( ) sim dir. ( ) esq. ( )
4. Tem dor na região dos ombros? ( ) não ( ) sim dir. ( ) esq. ( )
5. Tem dores de cabeça freqüentes? ( ) não ( ) sim dir. ( ) esq. ( )
6. Tem dores nas art. temporomandibulares ( ) não ( ) sim dir. ( ) esq. ( )
Qualidade: ( ) Pulsátil ( ) Difusa ( ) Aguda
7. Já sofreu algum tipo de trauma na coluna cervical? ( ) não ( ) Sim
Há quanto tempo?___________________________________________________
8. Posição de dormir:
9. Toma medicamentos para alívio da dor? ( ) não ( ) Sim
37
10. Fez tratamentos anteriores para coluna cervical? ( ) não ( ) Sim Quais?_____________
11. Você é uma pessoa: ( ) calma ( ) tensa ( ) ansiosa ( ) nervosa
EXAME FÍSICO
Dor à Palpação Muscular:
Músculos Direito Esquerdo
Occi’ptal Escalenos Esternocleidomatoideo Trapézio Superior Trapézio Médio Trapézio Inferior Levantador da Escápula Rombóides
Dor à Palpação Articular:
Local de Palpação Ao Repouso Ao Movimento
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7
Testes Especiais:
Teste Realizado Finalidade Negativo Positivo
Manobra de O’DONOGHUE Determinar comprometimento
ligamentar ou muscular
Teste de SOTO-HALL Identifica patologias ou lesão ligamentar,
muscular ou óssea
Teste de RUST Identificar lesão grave da coluna cervical
Teste de COMPRESSÃO
FORAMIDAL
Indica invasão foraminal, capsulite
apofisária ou pressão sobre uma raiz
nervosa.
Manobra de VALSALVA Indica lesão ocupadora de espaço no
canal cervical ou no forame
Fonte: HOPPENFILD, 1997.
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ESCALA ANÁLOGO-VISUAL DE DOR: Grau 5 (média dor).