Estrutura de mercado, eficiência e concorrência no setor bancário brasileiro Eduardo Tonooka
-
Upload
ronan-tyson -
Category
Documents
-
view
19 -
download
0
description
Transcript of Estrutura de mercado, eficiência e concorrência no setor bancário brasileiro Eduardo Tonooka
1
Estrutura de mercado, eficiência e concorrência no
setor bancário brasileiro
Eduardo TonookaSérgio Mikio Koyama
Banco Central do BrasilDepartamento de Estudos e Pesquisas
20.12.2002
DEPEP-SP
Analisar a relação preço-concentração na indústria bancária brasileira, especificamente no mercado de crédito.
Relevência: Concentração geralmente relacionada a práticas anti-competitivas
Análise por modalidade de crédito
Objetivo
2DEPEP-SP
Base Teórica-Paradigma-conduta-desempenho: Base dos trabalhos empíricos para averiguar a relação preço-concentração
Início: -Bain (1951)-Fuchs (1961)-Weiss (1963) Concentração Lucratividade
Hipótese do Poder de mercado
Órgãos públicos de defesa da concorrência
3DEPEP-SP
Base Teórica-Demsetz (1973)-Peltzman (1977) Custo
Participação de Mercado
Hipótese da Eficiência
Não Intervenção Estatal
Lucratividade
Porte
4DEPEP-SP
Base Teórica-Scherer et al (1987) sintetiza:
•Participação de mercado influência positivamente a lucratividade
•Concentração não tem influência sobre lucratividade
Hipótese da Eficiência
Problema: Multicolinearidade entre participação e concentração5DEPEP-SP
Indústria Bancária Norte-Americana-Gilbert (1984): Concentração Lucratividade
-Smirlock (1985):Participação de mercado Lucratividade
Concentração Lucratividade
-Smirlock, Gillian & Marshall (1984)Salinger (1990)
Crítica ao uso da lucratividade para medição de desempenho
-Gilbert (1984)Berger & Hannan (1989) Concentração Taxa de juros
6DEPEP-SP
DEPEP-SP
Aplicação para o caso brasileiro
No caso norte-americano, existe o conceito de mercado local e disponibilidade de dados
desagregados por bancos e mercados.
Facilidade para desenvolver estudos empíricos a partir de dados em painel.
No caso brasileiro, não existe este conceito. Além disso, dados desagregados por bancos estão disponíveis para um período curto de tempo.
7
Relação preço-concentração – Caso brasileiro
pijt = β0 + β1CONCjt + β2INADijt + + β3PRAZOijt +
+ β4CREDijt + β5CUSTOijt + uijt
pijt = taxa de juros
CONCjt = grau de concentração
INADijt = grau de inadimplência (acima 90 dias)
PRAZOijt = prazo médio
CREDijt = créditos livres / circulante
CUSTOijt = despesas adm / receitas operacionais
i = 87 bancos
j = 12 modalidades
t = 14 mesesDEPEP-SP 8
DEPEP-SP 9
Taxas de Juros por Modalidade (% a.m.)Pessoa Jurídica
0,000
0,010
0,020
0,030
0,040
J01 F M A M j01 j01 A S O N D J02 F
Hot-Money
Duplicata
Promissória
Capital Giro
Conta Garantida
Aquisição Bens
Vendor
DEPEP-SP 10
Taxas de Juros por Modalidade (% a.m.)Pessoa Física
0,000
0,010
0,020
0,030
0,040
0,050
0,060
0,070
0,080
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
ChequeEspecial
Crédito Pessoal
Aquisição Bens(Veículos)
Aquisição Bens(Outros)
Cartão Crédito
DEPEP-SP 11
Índice de Concentração por Modalidade (IHH)Pessoa Jurídica
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
J01 F M A M J J A S O N D J02 F
Hot-Money
Duplicata
Promissória
Capital Giro
Conta Garantida
Aquisição Bens
Vendor
DEPEP-SP 12
Índice de Concentração por Modalidade (IHH)Pessoa Física
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
J01 F M A M J J A S O N D J02 F
ChequeEspecial
Crédito Pessoal
Aquisição Bens(Veículos)
Aquisição Bens(Outros)
Cartão Crédito
Funções de Estimação Generalizada (GEE)
• Idéia: Acomodar, no modelo GLM uma estrutura de dependência.
Ex. Modalidades de um mesmo banco devem apresentar correlações devido a características ligadas a política interna do
banco.
• No presente trabalho, adotou-se a distribuição Gamma para a distribuição condicional das taxas de juros nominais em relação
às características peculiares de cada banco.
13DEPEP-SP
DEPEP-SP 14
Evolução dos Coeficientes
-1
-0,5
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
J01 F M A M J J A S O N D J02 F
Prazo médio
Crédito Livre/Circulante
CustosAdministrativos
Concentração
Inadimplência
Relação preço-concentração – Caso Brasileiro
Principais conclusões – Modelo Geral
• Significância da inadimplência e dos custos administrativos
• Não-significância do grau de concentração
• Testes utilizando-se apenas 2 mercados (PF e PJ) apresentaram resultados idênticos – Verificação de efeito da definição de mercado (barreiras de entrada)
• Utilização de variáveis defasadas não apresentaram modificação relevantes nos resultados
DEPEP-SP 15
Relação preço-concentração – Caso Brasileiro
Principais conclusões – Modelo por Modalidade
• Participação de mercado significante para :• Hot Money (-1,0612 )• Desconto de Duplicata (-0,8203 )• Desconto de Promissória (-1,2037 )• Vendor (-0,7531 )
• Cheque Especial (1,3891 )• Cartão de Crédito (0,0267 )
DEPEP-SP 16
Hipótese de Eficiência
Hipótese de Poder de Mercado
Relação preço-concentração – Caso Brasileiro
Principais conclusões – Modelo por Modalidade
• Inadimplência significante e positivo apenas para :
• Crédito Pessoal
• Cartão de Crédito
DEPEP-SP 17
Relação preço-concentração – Caso Brasileiro
Principais conclusões – Modelo por Modalidade
• Prazo Médio significante e negativo para:• Hot Money• Desconto de Promissórias• Capital de Giro• Aquisição de bens – PJ• Crédito Pessoal• Aquisição de Veículos - PF
DEPEP-SP 18
Relação preço-concentração – Caso Brasileiro
Principais conclusões – Modelo por Modalidade
• ADM é significante e positivo para:
• Hot Money• Desconto de Duplicatas• Desconto de Promissórias• Capital de Giro• Conta Garantida
DEPEP-SP 19
Relação preço-concentração – Caso Brasileiro
Principais conclusões – Modelo por Modalidade
• SELIC Não foi significante e positivo para:
• Cheque Especial
• Cartão de Crédito
DEPEP-SP 20