ESTIMATIVA DA GORDURA CORPORAL DOS HEMICORPOS … · 2 JUSTIFICATIVA ... desenvolvidos a partir de...
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CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE
DIEGO FERREIRA GETCO
ESTIMATIVA DA GORDURA CORPORAL DOS
HEMICORPOS DIREITO E ESQUERDO POR
ESPESSURA DE DOBRAS CUTÂNEAS
Londrina
2009
DIEGO FERREIRA GETCO
ESTIMATIVA DA GORDURA CORPORAL DOS
HEMICORPOS DIREITO E ESQUERDO POR
ESPESSURA DE DOBRAS CUTÂNEAS
Projeto apresentado ao Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina como requisito final para a conclusão do curso de bacharel em Educação Física. Orientador: Prof.Dr. Edilson Serpeloni Cyrino
LONDRINA 2009
DIEGO FERREIRA GETCO ESTIMATIVA DA GORDURA CORPORAL DOS
HEMICORPOS DIREITO E ESQUERDO POR
ESPESSURA DE DOBRAS CUTÂNEAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina.
COMISSÃO EXAMINADORA
____________________________________ Prof. Dr. Edilson Serpeloni Cyrino Universidade Estadual de Londrina ____________________________________ Prof. Dr. Enio R. Vaz Ronque Universidade Estadual de Londrina ____________________________________ Prof. Dr. Arli Ramos de Oliveira Universidade Estadual de Londrina
Londrina, 15 de dezembro de 2009.
Dedico este trabalho, primeiramente a Deus,
que deu-me sabedoria para desenvolver e
realizar tal trabalho; aos meus pais e familiares
por me darem condições para realiza-lo;
agradeço ao professor orientador deste bem
como amigos que ajudaram para a realização
deste estudo.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar gostaria de agradecer a minha familia, por me dar
a oportunidade de estudar em uma grande universidade e morar na cidade de
Londrina-PR. Agradeço também aos professores da instituição UEL que ajudaram
na minha formação acadêmica.
Agradeço aos amigos e colegas de curso que me apoiaram e me
deram força nos momentos em que sentimos dificuldades neste difícil caminho e ao
professor Edilson e seus orientandos (Rafael e Ademar) que sem eles, com certeza
a qualidade deste trabalho ficaria muito comprometida. Agradeço a paciência destes
com relação ao andamento do projeto e que continuem assim com os próximos
orientandos que vierem.
GETCO, Diego Ferreira. Estimativa da gordura corporal dos hemicorpos direito e esquerdo por espessura de dobras cutâneas. 2009. 36.p. Trabalho de
Conclusão de Curso (Bacharelado em Educação Física) – Universidade Estadual de
Londrina, 2009.
RESUMO
O objetivo deste estudo foi comparar a estimativa da gordura corporal relativa dos
hemicorpos direito e esquerdo a partir de equações de regressão desenvolvidas e
validadas por meio do método de EDC, com base em um método de referência. A
amostra foi composta por 35 homens (21,9 ± 2,6 anos). Medidas antropométricas
foram obtidas para a caracterização dos sujeitos. Para análise da composição
corporal foi utilizada a técnica de espessura de dobras cutâneas (EDC) a partir de
duas equações preditivas para o cálculo da densidade corporal (Durnin &
Womersley, 1974; Petroski, 1995). As estimativas da gordura corporal relativa foram
estabelecidas por meio da equação de Siri (1961). As dobras cutâneas mensuradas
foram suprailíaca, subescapular, tricipital, bicipital, perna medial e abdominal.
Absortometria radiológica de dupla energia (DEXA) foi adotada como método de
referência para as comparações dos valores de gordura corporal relativa
determinadas a partir do método de EDC. Nenhuma diferença estatisticamente
significante (P > 0,05) foi identificada nas comparações entre as EDC do hemicorpo
direito e esquerdo. Por outro lado, diferenças estatisticamente significantes foram
encontradas nas comparações entre as estimativas da gordura corporal relativa
produzidas a partir das equações analisadas quando comparadas ao método de
referência, tanto no hemicorpo direito quanto esquerdo (P < 0,05). As equações de
Durnin & Womersley (1974) e Petroski (1995) geraram superestimativas na gordura
corporal relativa na ordem de 6,3 e 2,6 pontos percentuais, respectivamente, para o
hemicorpo direito e 6,1 e 2,1 pontos percentuais, respectivamente, para o hemicorpo
esquerdo. Os resultados sugerem que embora não existam diferenças entre as
estimativas geradas na gordura corporal relativa na comparação entre os
hemicorpos direito e esquerdo, as equações analisadas tendem a superestimar os
valores produzidos pela DEXA.
Palavras-chave: Composição corporal. Espessura de dobras cutâneas.
Absortometria radiológica de dupla energia. Equações preditivas.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Métodos de avaliação da composição corporal ...................................... 05
Figura 2 – Comparação entre a estimativa da gordura corporal relativa (%)
estimada a partir da equação de Durnin & Womersley (1974) e DEXA para o
hemicorpo direito......................................................................................................15
Figura 3 – Comparação entre a estimativa da gordura corporal relativa (%)
estimada a partir da equação de Petroski (1995) e DEXA para o hemicorpo
direito……………………………………………………………………………………….16
Figura 4 – Comparação entre a estimativa da gordura corporal relativa (%)
estimada a partir da equação de Durnin & Womersley (1974) e DEXA para o
hemicorpo esquerdo..................................................................................................16
Figura 5 – Comparação entre a estimativa da gordura corporal relativa (%) estimada
a partir da equação de Petroski (1995) e DEXA para o hemicorpo
esquerdo…………………………………………………………………………………….17
2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 02
2 JUSTIFICATIVA...................................................................................................... 03
3 OBJETIVO.............................................................................................................. 04
4 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................
04
4.1 Composição Corporal........................................................................................ 04
4.2 Pesagem Hidrostática........................................................................................ 06
4.3 Absortometria Radiológica de Dupla Energia (DEXA)…………….................. 07
4.4 Espessura de Dobras Cutâneas....................................................................... 08
5 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................
10
5.1 Amostra............................................................................................................... 10
5.2 Antropometria..................................................................................................... 11
5.3 Avaliação da Composição Corporal................................................................ 11
5.4 Tratamento Estatístico....................................................................................... 13
6 RESULTADOS........................................................................................................
14
7 DISCUSSÃO...........................................................................................................
18
8 CONCLUSÃO.........................................................................................................
19
REFERÊNCIAS..........................................................................................................
20
3
1 INTRODUÇÃO
O método de espessura de dobras cutâneas (EDC), apesar de
fornecer informações sobre a composição corporal a partir de uma análise
bicompartimental, cujas principais limitações são bastante conhecidas (p.e., as
densidades dos componentes da massa livre de gordura são assumidas como
constantes para todos os indivíduos, bem como a contribuição proporcional
para os componentes magros permanecem constantes; o indivíduo, ao ser
avaliado, difere do corpo referencial apenas na quantidade de gordura),
continua sendo extensivamente utilizado por pesquisadores e profissionais das
áreas de saúde e do esporte, sobretudo, em razão de apresentar boa
reprodutibilidade entre as medidas, baixo custo operacional, boa fidedignidade
e por permitir ampla aplicação, principalmente, em estudos de campo(1,2).
Além disso, outras possíveis explicações para a disseminação desse
método estão pautadas em evidências de que medidas de EDC, obtidas em
diferentes pontos anatômicos, podem ser utilizadas como bons referenciais da
quantidade de gordura localizada nas diversas regiões do corpo, o que na
prática pode ser bastante interessante, visto que parece existir uma boa
relação entre a gordura localizada nos depósitos subcutâneos com a gordura
interna e a densidade corporal(3).
Adicionalmente, a somatória dos valores de EDC encontrados em
dois os mais sítios permite, por meio de modelos matemáticos, uma boa
estimativa da gordura corporal total, uma vez que, em adultos saudáveis, cerca
de um terço da gordura total se localiza na região subcutânea(4). Todavia, não
se pode desprezar que pode existir uma grande variação biológica
interindividual nos depósitos de gordura corporal armazenados em diferentes
locais do corpo(5), principalmente nas comparações entre homens e
mulheres(6,7) e brancos e negros(6). Por fim, diversos modelos matemáticos(8-12)
desenvolvidos a partir de medidas de EDC vêm sendo validados em diferentes
populações(13-25), por meio de métodos de referência, tais como: pesagem
hidrostática(17,19,21,23), absortometria radiológica de dupla energia(14,15,20,25),
ressonância magnética(13), modelos de três(22) e quatro compartimentos(16,18,24).
Embora grande parte dos usuários adote o lado direito como padrão
de referência para as medidas de EDC, ainda não existem informações
4
consistentes na literatura de que essa tomada de decisão esteja correta e
respaldada cientificamente. Os principais pressupostos para essa escolha
poderiam estar alicerçados em pelo menos duas hipóteses: (1) todos os
indivíduos são destros (o que não é verdadeiro) e o lado dominante é que deve
ser medido ou, ainda, todos os indivíduos são sinistros (o que também não é
verdadeiro) e o lado não-dominante é que deve ser medido; (2) as principais
equações utilizadas para a estimativa da composição corporal(8-12) pelo método
de EDC foram desenvolvidas e validadas a partir de medidas obtidas somente
do lado direito (o que é verdadeiro) e, portanto, medidas do lado esquerdo
poderiam sub ou superestimar os valores gerados pelos modelos matemáticos
vigentes.
5
2 JUSTIFICATIVA
A despeito da inocuidade, do fornecimento rápido de informações,
da exigência reduzida de cooperação por parte do avaliado e do baixo custo
operacional(1), ainda existem muitas controvérsias na literatura sobre o uso do
método de EDC para a estimativa dos componentes da composição corporal,
sobretudo pelos diversos fatores que podem influenciar, pelo menos em parte,
a qualidade das medidas obtidas e, consequentemente, comprometer as
informações produzidas(1,18). Um destes fatores pode ser o lado do corpo
(direito ou esquerdo) escolhido para a realização das medidas.
Portanto, a análise da estimativa da gordura corporal relativa
localizada nos diferentes hemicorpos, tomando como base um método de
referência, pode contribuir para a validação ou não das equações preditivas
desenvolvidas por meio do método de EDC.
6
3 OBJETIVO
O propósito do presente estudo foi comparar a estimativa da gordura
corporal relativa dos hemicorpos direito e esquerdo a partir de equações de
regressão desenvolvidas e validadas por meio do método de EDC, com base
em um método de referência (DEXA).
7
4 REVISÃO DA LITERATURA
4.1 Composição corporal
A preocupação com a composição corporal tem atraído a atenção de
diversos pesquisadores e profissionais, tanto no campo da saúde pública
quanto no meio esportivo. Considerando que a composição corporal pode ser
fracionada em diferentes componentes tem crescido o interesse em investigar
possíveis mudanças induzidas por diversas estratégias envolvendo, sobretudo,
modificações no estilo de vida.
Tais informações podem ser muito valiosas, uma vez que
modificações na massa corporal magra e a gordura corporal podem ter um
importante impacto para à saúde e para o desempenho físico.
Nesse sentido, a avaliação da composição corporal permite
identificar riscos à saúde associados a elevados ou baixos índices de gordura
corporal e a sua distribuição pelo corpo(29).
Para isso, historicamente diversos pesquisadores vêm
desenvolvendo e validando métodos para a mensuração da composição
corporal, na tentativa de que as informações produzidas sejam cada vez mais
precisas.
Desse modo, os métodos de avaliação existentes para estudos da
composição corporal empregam procedimentos de determinação direta,
indireta e duplamente indireta.
Existem duas técnicas de avaliação direta da composição corporal.
Em uma, o corpo é dissolvido em uma solução química e a partir daí são
determinados os componentes gordurosos e os componentes isentos de
gordura existentes na mistura. A segunda técnica envolve a dissecação física
de uma ampla variedade de componentes corporais, tais como a gordura,
tecido conjuntivo isento de gordura, músculo e ossos. Apesar da alta precisão
desses procedimentos, os mesmos implicam em incisões no corpo, limitando
sua utilização a análises laboratoriais de cadáveres(29).
Por outro lado, os procedimentos indiretos possibilitam a obtenção de
informações relacionadas a variáveis de domínio físico e químico, mediante a
8
adoção de pressupostos biológicos, possibilitando a estimativa dos
componentes de gordura e massa corporal magra, ou ainda a massa isenta de
gordura. Por fim, os procedimentos denominados de duplamente indiretos
envolvem o uso de equações de regressão a fim de predizer variáveis
associadas aos procedimentos indiretos que, por sua vez, na sequência
deverão estimar parâmetros da composição corporal (30).
Métodos Descrição
Procedimentos Diretos Informações “in vitro”, mediante dissecação
macroscópica ou extração lipídica.
Procedimentos Indiretos Informações de domínio físico e químico, com
base em pressupostos biológicos.
Procedimentos Duplamente
Indiretos
Informações com base em modelos de
regressão, a fim de predizer variáveis
associadas aos procedimentos indiretos.
Figura 1 – Métodos de medida da composição corporal (adaptado de Santos,
2005).
Nesse sentido, os métodos mais tradicionais estão baseados nos
modelos bicompartimentais, analisando a composição corporal pelos
componentes massa isenta de gordura e massa gorda.
4.2 Pesagem hidrostática
A técnica de pesagem hidrostática baseia-se no pressuposto teórico
de que a densidade de todo o corpo é estabelecida pelas densidades de vários
componentes corporais e pela proporção com que cada um desses
componentes contribui para o estabelecimento da massa corporal total(32).
Para tanto, o cálculo da densidade corporal (DC) = a massa corporal
(MC), dividido pelo volume corporal (VC):
DC = MC
VC
9
O cálculo da densidade corporal pode ser calculado pelo
deslocamento da porção de água (Pesagem Hidrostática) ou pelo
deslocamento de ar (Pletismografia).
A técnica de pesagem hidrostática tem sido considerada por
pesquisadores como método “padrão-ouro” para avaliar a composição corporal.
Sendo assim, esta técnica vem sendo utilizada para a criação de modelos de
regressão para as técnicas duplamente indiretas como a espessura de dobras
cutâneas (EDC) e a BIA(8,10,11,33-37). O princípio em que se baseia a pesagem
hidrostática seria que, a perda de massa corporal abaixo da água é
diretamente proporcional ao volume corporal. O corpo quando colocado em um
tanque com água, pode-se calcular o volume corporal através da diferença
entre o resultado da massa corporal obtido no ambiente e o obtido no tanque
com água.
Deve ser levado em conta o controle da temperatura da água ao fim
de cada pesagem, para posteriormente converter temperatura em densidade
da água, para que seja diminuído o numero de erros na avaliação. Existem
técnicas para a diluição de oxigênio ou hélio em circuito fechado para corrigir
volume pulmonar residual e possíveis gases gastrointestinais para o volume
corporal.
Um ponto positivo desta técnica é a não exposição dos avaliados a
algum tipo de radiação. Porém, esta técnica possui também limitações como,
por exemplo, o pressuposto que os avaliados tenham boa aceitação ao meio
líquido, o que implica a avaliação de idosos e crianças, bem como adultos,
esses que em menor número.
Outras fontes de erro estão associadas às flutuações na massa
corporal devido à hidratação do corpo, ao estágio do ciclo menstrual, ao
período do dia e ao uso de medicamentos. Todos esses fatores podem
prejudicar sensivelmente a qualidade das informações obtidas(5).
10
4.3 Densitometria radiológica de dupla energia (DEXA)
Nestes últimos anos a absortometria radiológica de dupla energia
(DEXA) vem recebendo grande atenção por parte de pesquisadores. A técnica
supõe que a água representaria uma fração constante do tecido magro em
torno de 72 a 75% (38).
O método de estimativa da composição corporal por meio da DEXA e
uma tecnologia que tem sido muito utilizada, na ultima década, porem pouco
discutida na literatura nacional. Baseada na medida de três componentes
corporais (densidade mineral óssea, gordura corporal e massa livre de
gordura), a DEXA e amplamente aplicada em estudos e intervenções
clinicas.(39)
Inicialmente, destinado a mensuração da densidade mineral óssea e
do conteúdo mineral ósseo, esse método, devido aos avanços tecnológicos,
permite também a estimativa dos componentes corporais, dando condições
para uma analise total ou dos segmentos corporais (membros superiores,
inferiores e tronco), possibilitando uma analise da topografia corporal, (38,40)
assim como possibilita estimativas da massa muscular. (41)
O que se assume é que comparando com outras técnicas de
avaliação da composição corporal, esta por ter somente um valor constante
para uma variável, os desvios biológicos seriam minimizados, logo, geraria um
menor impacto nos resultados obtidos. O método consiste do uso de um
equipamento com um braço mecânico com scanner e com um detector de
energia; uma mesa para colocação do avaliado; um tubo emissor de raio-x
localizado abaixo da mesa e o software que realiza a leitura da avaliação.
O pressuposto básico da DEXA é que a atenuação dos raios
emitidos é diferenciada nos tecidos ósseo, gordo e magro, refletindo suas
diferentes densidades e composições químicas(43) .
Sendo assim, é possível estimar por meio desta técnica, valores
relativos ao conteúdo mineral ósseo (CMO), densidade mineral óssea (DMO),
tecido gordo (TG), e massa livre de gordura e osso, que também é conhecida
como tecido magro e mole (TMM).
11
A técnica possui uma grande vantagem que seria a possibilidade de
avaliar a composição corporal de maneira regionalizada, ou seja, permitiria
mensurar os diferentes componentes localizados em membros superiores,
inferiores e tronco, tanto do hemicorpo direito como esquerdo.
4.4 Espessura de dobras cutâneas (EDC)
A pesagem hidrostática é o método utilizado com frequência para
validar diversos métodos para a avaliação da composição corporal. Por outro
lado, tal método recebe críticas e limitações. Este método assume que as
densidades de massa corporal magra (MCM) e massa gorda (MG) são
constantes para todos os indivíduos. Portanto, as quantidades de água
corporal, massa protéica e óssea não sofreriam alterações segundo o sexo,
etnia, idade e nível de atividade física (8). Logo, tais fatores contribuem para
valores precisos da composição corporal e deveriam ser levados em
consideração.
Um modelo que se utiliza destes métodos como referência para
estimar a composição corporal é o método de espessura de dobras cutâneas
(EDC). A EDC tem tido boa aceitação por pesquisadores devido a sua
aplicabilidade e baixo custo, além de não ser um método invasivo.
Não podendo ser descartado, a capacidade do avaliador de
reproduzir as medidas, a padronização das técnicas, e a utilização de
instrumentos calibrados e precisos, são fatores que determinam a obtenção de
dados que possam ser confiáveis. Este método se utiliza da técnica de
pesagem hidrostática como método de referência, tanto que, inúmeras
equações vêm surgindo nas últimas décadas na tentativa de predizer valores
de densidade corporal.
As equações desenvolvidas, normalmente, são generalizadas para
utilização em indivíduos com grande variação de idade e de níveis de gordura
corporal, ou então são específicas para grupos de indivíduos com
características semelhantes em relação à idade, sexo, etnia e nível de
atividade física(44).
12
Desta maneira, a escolha da equação preditiva deve ser criteriosa,
tendo em vista que os resultados podem apresentar acentuadas variações
entre 12,3 a 19,7% conforme a equação adotada(45). Existe também outra
preocupação com esse método, que seria a utilização de um equipamento
especifico para obter as medidas. Tal equipamento é chamado de compasso
de cobras cutâneas ou, espessímetro, adipômetro, ou plicômetro. Existem
vários tipos de compassos fabricados, dentre eles destacamos o Lange,
Harpender, Holtain, Lafayette e Cescorf.
Contudo, os que apresentam maior aceitação no meio científico
internacional são o Lange (norte-americano) e o Harpenden (inglês),
(Whitehead, 1990).
Sendo assim, Cyrino et al. (2003) também compararam os valores
obtidos com a utilização de diferentes tipos de compassos (Lange e Cescorf),
sobre as espessuras de dobras cutâneas, bem como sobre as estimativas da
gordura corporal. Os resultados mostraram que as mensurações e estimativas
produzidas pelo compasso Lange foram significativamente maiores em relação
aos valores obtidos pelo compasso Cescorf, reforçando o pressuposto de ser
necessária a utilização do mesmo equipamento de avaliação empregado no
desenvolvimento da equação preditiva.
Este modelo de avaliação da composição corporal recebe críticas
devido a diversos fatores, dentre eles a possibilidade de erro intra-avaliador e
erros de medida contidos no modelo, o método considerado padrão-ouro usado
como referência. Ainda com o objetivo de assegurar precisão e confiabilidade
nas medidas de dobras cutâneas, algumas recomendações técnicas são feitas
(27).
Levando em consideração todos esses procedimentos e que, pode
se obter a gordura subcutânea em vários pontos anatômicos do corpo, isso nos
leva a informação da distribuição da gordura corporal através de equações.
Logo, fica evidente a versatilidade e prática desta técnica, tanto para
mensurar a quantidade de gordura corporal, quanto para avaliar a sua
distribuição pelo corpo.
13
5 MATERIAIS E MÉTODOS
5.1 Amostra
Aproximadamente 35 voluntários do sexo masculino, aparentemente
saudáveis, (21,9 ± 2,6 anos) fizeram parte da amostra. Todos os participantes
responderam o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), versão
curta, para a classificação do nível de atividade física habitual. O questionário
verificou que todos os indivíduos eram inativos fisicamente.
Este estudo fez parte de um projeto de pesquisa mais amplo, de
caráter longitudinal, que tem investigado o impacto do treinamento com
sobrecargas progressivas sobre diferentes variáveis. Todos os sujeitos, após
serem convenientemente esclarecidos sobre a proposta do estudo e
procedimentos aos quais foram submetidos, e assinaram um termo de
consentimento livre e esclarecido. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina (Protocolo 265/06), de
acordo com as normas da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde
sobre pesquisa envolvendo seres humanos.
5.2 Antropometria
A massa corporal foi obtida em uma balança digital, da marca Urano
(modelo PS 180A), com unidade de medida de 0,1 kg e a estatura determinada
em um estadiômetro de madeira, com unidade de medida de 0,1 cm, de acordo
com os procedimentos convencionais descritos na literatura(26). A partir dessas
medidas o índice de massa corpórea (IMC) foi calculado para a caracterização
da amostra.
14
5.3 Avaliação da composição corporal
Para a análise da composição corporal foi adotada a técnica de
espessura de dobras cutâneas (EDC) para verificar o comportamento da
adiposidade subcutânea. Assim, foram medidas as seguintes dobras cutâneas:
suprailíaca (SI), subescapular (SE), tricipital (TR), bicipital (BI) e perna medial
(PM), de acordo com os procedimentos descritos por Harrison et al.(27), e
abdominal (AB), determinada paralelamente ao eixo longitudinal do corpo,
aproximadamente dois centímetros à direita da borda lateral da cicatriz
umbilical e axilar média (AM), medida obliquamente acompanhando o sentido
dos arcos intercostais.
Todas as medidas foram realizadas por um único avaliador, com um
compasso Lange (Cambridge Scientific Instruments, Cambridge, MD), de forma
rotacional, e replicadas três vezes em cada hemicorpo, sendo registrado o
valor médio. O coeficiente teste-reteste foi calculado para cada um dos pontos
anatômicos e o erro técnico de medida não excedendo 5% será permitido para
cada uma das EDC a serem mensuradas.
No final de cada uma das três seqüências o avaliador trocou o lado a
ser medido. A seqüência de medidas adotadas foi a seguinte: AB, SI, SE, TR,
BI, PM e AM. As mensurações serão realizadas com os avaliados vestindo
somente sunga.
Para a análise do impacto das medidas tomadas nos hemicorpos
direito e esquerdo sobre a estimativa da gordura corporal foram utilizadas as
equações de regressão desenvolvidas por Durnin & Womersley(8) e Petroski(9)
para o cálculo da densidade corporal em homens, ao passo que a equação de
Siri(28) foi empregada para a estimativa da gordura corporal relativa.
O DEXA foi utilizado como método de referência para avaliação da
gordura corporal relativa. Para tanto, os exames foram realizados em um
equipamento da marca Lunar Prodigy, modelo DXA System e software versão
9.30 (Fabricado por General Eletric Lunar Corporation, Madison, WI).
A calibragem do equipamento seguiu as recomendações do
fabricante. Tanto a calibragem quanto as análises foram realizadas por um
técnico, com experiência nesse tipo de avaliação. Os avaliados se
15
apresentaram trajando roupas leves, descalços e sem portar nenhum objeto
metálico ou qualquer outro acessório junto ao corpo. Os sujeitos
permaneceram deitados e imóveis sobre o equipamento, até a finalização da
medida.
Após a varredura de corpo inteiro, o programa forneceu os dados
relativos ao corpo todo e a regiões específicas (tronco e membros superiores e
inferiores – tanto do lado direto quanto do lado esquerdo). Os membros foram
demarcados e separados do tronco e da cabeça por linhas padrões geradas
pelo próprio equipamento. As linhas foram ajustadas pelo técnico, por meio de
pontos anatômicos específicos, que podiam ser visualizados no manual do
equipamento.
5.4 Tratamento estatístico
Para análise da distribuição dos dados foi empregado o teste de
Shapiro-Wilk. Foi adotado a média como medida de tendência central e o
desvio-padrão como medida de dispersão. O teste t pareado para amostras
dependentes foi utilizado para as comparações entre as informações
produzidas nos hemicorpos direito e esquerdo, entre cada equação e na
comparação como o método de referência. O nível de significância estatística
adotado foi de P < 0,05. Os dados foram processados no software SPSSTM,
versão 17.0.
16
6 RESULTADOS
As características físicas dos sujeitos são apresentadas na Tabela 1.
Tabela 1 – Características físicas da amostra (n = 35).
Média DP Mínimo Máximo
Idade (anos) 21,9 2,6 18,0 30,0
Massa corporal (kg) 72,5 11,2 48,6 105,4
Estatura (cm) 177,9 7,7 162,0 169,0
IMC (kg/m2) 22,8 2,8 16,2 28,3
As medidas de EDC em ambos os lados do corpo, obtidas nos
homens investigados são descritas na Tabela 2. Nenhuma diferença
estatisticamente significante foi identificada nas comparações entre os lados
direito e esquerdo (P > 0,05). Entretanto, as diferenças em valores absolutos
variaram de 0,2 mm (suprailíaca) a 1,3 mm (perna medial). Quando a análise
passa a ser feita em termos relativos, o comportamento observado é
semelhante, com variações na ordem de 1,0 a 12,4% (suprailíaca e perna
medial, respectivamente). Adicionalmente, observou-se que dos sete sítios
analisados, em quatro (abdominal, suprailíaca, tricipital e perna medial) os
maiores valores absolutos foram identificados no lado direito do corpo, ao
passo que nos demais foi verificada situação inversa.
17
Tabela 2 – Medidas da espessura de dobras cutâneas (EDC) dos hemicorpo
direito (HD) e esquerdo (HE) do corpo em homens (n = 35)
EDC HD HE P
Abdominal 21,5 ± 7,4 20,3 ± 7,4
Suprailíaca 20,9 ± 9,2 20,7 ± 9,4
Subescapular 15,4 ± 5,2 15,6 ± 4,8
Tricipital 14,0 ± 5,4 12,9 ± 5,0
Bicipital 5,5 ± 2,3 5,8 ± 2,2
Perna Medial 11,8 ± 8,8 10,5 ± 4,3
Axilar Média 11,9 ± 5,4 12,5 ± 6,2
Nota. Os valores estão expressos em média (± DP).
A figura 2 traz os valores de gordura corporal relativa determinada a
partir da equação de regressão proposta por Durnin & Womersley (1974) e
DEXA em homens para o hemicorpo direito. Foram encontradas diferenças
significativas na comparação entre o modelo matemático (6,3 pontos
percentuais) e o método de referência (P < 0,05).
Figura 2 – Gordura corporal relativa (%) estimada a partir da equação de Durnin & Womersley (1974) e a comparação com o exame do DEXA para o hemicorpo direito (n = 35).
**
P<0,05
18
Nota. Diferenças significativas foram encontradas (6,3 pontos percentuais)
entre o método de equação de Durnin & Womersley (1974) e o DEXA para o
hemicorpo direito (P < 0,05).
A figura 3 traz a comparação entre os valores de gordura corporal
relativa (%) a partir da equação preditiva de Petroski (1995) e método adotado
com referência (DEXA) para o hemicorpo direito. As diferenças encontradas
significativas nesta comparação foi de (2,61%). (P<0,05).
Figura 3 – Gordura corporal relativa (%) estimada a partir da equação de Petroski (1995) e a comparação com o método de referência para o hemicorpo direito (N=35). Nota: Diferenças significativas foram encontradas entre o método de equação
Petroski (1995) em torno de 2,61% e o método de referência para o hemicorpo
direito (P<0,05).
Na figura 4 mostra a gordura corporal relativa (%) foi encontrada no
hemicorpo esquerdo estimada a partir do modelo matemático de Durnin &
Womersley (1974) e comparada ao modelo de referência. Diferenças
significativas na ordem de (6,09%) foram encontradas quando comparado o
modelo matemático e o modelo de referência (P<0,05).
P<0,05
**
19
Figura 4 – Gordura corporal relativa (%) estimada a partir da equação de Durnin & Womersley (1974) e a comparação com o exame do DEXA para o hemicorpo esquerdo (N=35). Nota: Diferenças significativas foram encontradas na ordem de (6,09%) entre o
método de equação de Durnin & Womersley (1974) e o DEXA para o
hemicorpo direito (P<0,05).
A figura 5 mostra a gordura corporal relativa (%) encontrada no
hemicorpo esquerdo estimada a partir do modelo matemático de Petroski
(1995) e comparada ao modelo de referência. Diferenças significativas foram
encontradas na casa de 2,09% quando comparado o modelo matemático e o
modelo de referência (P<0,05).
**
P<0,05
20
Figura 5 – Gordura corporal relativa (%) estimada a partir da equação de Petroski (1995) e a comparação com o método de referência para o hemicorpo esquerdo (N=35). Nota: Diferenças significativas foram encontradas na ordem de 2,09% entre o
método de equação Petroski (1995) e o método de referência para o hemicorpo
esquerdo (P<0,05).
**
P<0,05
21
7 DISCUSSÃO
O método de EDC tem se destacado pela fácil aplicabilidade e baixo
custo operacional emesmo que se utilizando de uma análise bicompartimental
(massa gorda e massa corporal magra), vem apresentando resultados validos
e fidedignos. O que se acredita é que parece existir boa relação entre a
gordura localizada nos depósitos subcutâneos com a gordura corporal interna e
a densidade corporal.
Para estimar a densidade corporal por meio de modelos
matemáticos, utiliza-se pontos anatômicos diferenciados no corpo, visto que a
gordura se acumula de modo distinto em cada ponto. Para a verificação da
densidade corporal e posteriormente o percentual de gordura corporal deve-se
levar em consideração que cada modelo matemático se utiliza de pontos
anatômicos ou dobras cutâneas distintas.
O que se tem visto na literatura seria uma padronização das medidas
em um lado do corpo (no caso o hemicorpo direito) para realização das
medidas de dobras cutâneas(27), ao passo que não existiria um consenso por
parte da literatura quando falamos das descrições dos métodos que compõem
este método adotado.
O que justificaria essa afirmação seria a falta de trabalhos que
adotariam o hemicorpo esquerdo do avaliado que assim, poderiam interferir
nos resultados da composição corporal estimada a partir dos modelos
matemáticos adotados para esse trabalho (8,9).
Existe na literatura um trabalho recente que adota diferentes
hemicorpos para estimar a gordura corporal e traz a informação de não haver
diferenças significativas entre adotar os hemicorpos direito esquerdo(47).
No presente estudo foram verificadas se existiria diferença nas
medidas feitas no hemicorpo direito comparadas com as do esquerdo e qual
modelo matemático ficaria mais próximo do método de referência. Neste
estudo não apresenta diferenças significativas entre o hemicorpo esquerdo e
direito para o método de espessura de dobras cutâneas.
Tentando preservar a qualidade das medidas, foi utilizado um único
avaliador para fazer as medidas e um compasso Lange semelhante ao que foi
22
utilizado pelos pesquisadores que desenvolveram os modelo matemáticos
adotados neste estudo(8,9).
As duas equações utilizadas neste estudo() foram escolhidas
especificamente, por serem modelos validados para este tipo de população,
com faixa etária semelhante, e também por serem equações constantemente
utilizadas pelos pesquisadores e profissionais da área de saúde e esporte,
particularmente no Brasil.
No entanto quando comparamos as duas equações preditivas com o
método de referência verificamos que existe uma certa diferença ao adotar os
dois modelos matemáticos ( Durnin & Womersley, 1974; Petroski, 1995). A
primeira equação subestimaria os valores (6,25% e 6,09% para hemicorpo
direito e esquerdo), de modo que a segunda equação subestimaria em torno de
2,61 % para o lado direito e 2,09% para o lado esquerdo. Assim, o modelo
matemático utilizado de Petroski(9), se aproximaria mais do método de
referência (DEXA), fazendo com que seja uma boa escolha quando se utiliza a
população, idade, sexo e compasso utilizado.
Logo, a escolha das equações preditivas a serem utilizadas, também
tem impacto para a estimativa da gordura corporal relativa considerado maior
do que a escolha do hemicorpo do avaliado.
23
8 CONCLUSÃO
O presente estudo conclui que a distribuição da gordura subcutânea
não apresenta grandes diferenças quando comparados hemicorpos direito e
esquerdo. Assim, não existe diferença significativa entre utilizar o hemicorpo
direito ou esquerdo para o modelo de espessura de dobras cutâneas,
respeitando as premissas como compasso a ser utilizado, pontos anatômicos,
idade e sexo.
No entanto, quando comparados os dois modelos matemáticos com o
método de referência, observa-se diferenças significativas, ao passo que a
equação de Petroski(9) subestimaria menos do que a equação de Durnin &
Womersley(8). Assim, novos estudos seriam necessários para comprovar esta
hipótese. Assumimos algumas limitações neste estudo, das quais haveria a
necessidade de mais equações preditivas para serem validadas, para cada
população e posteriormente, houvesse a tentativa de criar um modelo
matemático e validá-lo para esta população, inserida nesta cultura.
24
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esquerdo. Rev Bras Med Esporte 2009;15:446-9.
31
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO DA PESQUISA OU LEGAL RESPONSÁVEL
1. Nome do participante:.......................................................................................... ...............................................................................................................................
.....
Documento de Identidade Nº :..............................................Sexo: ( ) M (
) F
Data de Nascimento:............/............/...........
Endereço:.........................................................................................Nº:.................
.....
Complemento:.............................................Bairro:................................................
.....
CEP:..........................................................Cidade:................................................
.....
Telefone:................................E-
mail:..........................................................................
II – DADOS SOBRE A PESQUISA 1. Título do Protocolo de Pesquisa: Influência da ordem de execução dos
exercícios na composição corporal de homens adultos jovens.
2. Pesquisador: Ademar Avelar de Almeida Júnior Função: Discente do Programa de Mestrado em Educação Física Associado UEL/UEM 3. Avaliação do Risco da Pesquisa: Sem Risco ( ) Risco Mínimo (X) Risco Médio ( )
Risco Baixo ( ) Risco Maior ( )
4. Duração da Pesquisa: O experimento será conduzido em 2 (duas) etapas, sendo que estas não ultrapassarão 15 semanas.
32
III – REGISTRO DAS EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO PACIENTE OU SEU REPRESENTANTE LEGAL SOBRE A PESQUISA, CONSIGNANDO:
1. Justificativa e objetivo: Embora haja na literatura recomendações sobre a elaboração de programas de TP, não existem estudos crônicos que procuraram avaliar a influência da ordem dos exercícios sobre as diferentes respostas do TP.
As pesquisas realizadas até o presente momento demonstraram apenas que o desempenho em determinado exercício, tanto dos grandes quanto dos pequenos grupamentos musculares, parece estar diretamente relacionado ao seu posicionamento dentro da sessão de treinamento, ou seja, quanto mais ao final estiver disposto, maior será a diminuição do seu rendimento, resultando assim em um menor número de repetições. Porém se tratando de composição corporal, ainda não se sabe qual ordenação dos exercícios possibilitaria uma potencialização dos resultados. Adicionalmente, todos os estudos que procuraram investigar o efeito da ordem dos exercícios foram realizados de maneira transversal, ou seja, analisaram uma única sessão de treinamento, o que impossibilita uma analise mais aprofundada.
2. Procedimentos que serão adotados durante a pesquisa: O estudo terá uma duração de 15 semanas que serão dividas em duas etapas (ET1 e ET2) e três momentos (M1, M2 e M3). As ET1 e ET2 corresponderão aos períodos de TP e serão compostas por seis semanas cada.
Os M1 (início), M2 (meio) e M3 (fim) serão períodos, compostos por uma semana cada, destinados à mensuração das medidas antropométricas, bioimpedância, ultrassonografia e densitometria, bem como, a aplicação dos registros alimentares e de atividade física. Durante estes períodos os indivíduos não poderão realizar nenhum tipo de treinamento.
Durante os períodos de treinamento (ET1 e ET2), todos os indivíduos serão submetidos a dois programas de treinamento com pesos (COND1 e COND2) que serão compostos pelos mesmos 10 exercícios. A única diferença será na ordem de realização dos exercícios. A COND1 será estruturada com os exercícios para os grandes grupamentos musculares no início da sessão de treino e terminará com os pequenos grupamentos musculares, já a COND2 será realizada na ordem inversa. Todos os indivíduos passarão por ambas as condições (COND1 e COND2) durante o decorrer do estudo, ou seja, aqueles indivíduos que durante a ET1 treinar na COND1 necessariamente treinarão na COND2 na ET2. Da mesma forma, aqueles que executarem a COND2 na ET1, obrigatoriamente treinarão na COND1 na ET2, adotando-se assim um modelo de delineamento cruzado ou cross-over. Possibilitando a todos os sujeitos que fizer parte do estudo a vivência das duas programações de exercícios. Vale ressaltar que a escolha da ordem inicial de treinamento será feita de maneira aleatória, possibilitando assim que todos os indivíduos tenham a mesma chance de realizarem durante a ET1 a COND1 e/ou COND2.
3. Desconfortos e riscos: Não existem relatos na literatura que demonstrem a existência de riscos a indivíduos saudáveis, participantes de programas de treinamento com pesos. Entretanto vale ressaltar que, a possibilidade de mal-estar e lesões, advindas da prática de exercícios deve ser considerada. Como
33
medida de precaução, durante todas as sessões de treinamentos os indivíduos serão assistidos e orientados por profissionais previamente treinados. 4. Beneficio esperado: Os resultados obtidos a partir desse experimento podem ajudar na compreensão dos efeitos da ordem de execução dos exercícios, pertencentes a um programa de treinamento com pesos e assim, auxiliarem na prescrição de exercícios visando melhores resultados advindos da prática contínua desta modalidade.
V – ESCLARECIMENTOS DADOS PELO PESQUISADOR SOBRE GARANTIAS DO SUJEITO DA PESQUISA
1. Exposição dos resultados e preservação da privacidade dos voluntários: Os resultados obtidos nesse estudo serão publicados, independente dos resultados encontrados, contudo sem que haja a identificação dos indivíduos que prestaram sua contribuição como sujeitos da amostra, sendo assim mantido o sigilo e respeitando a privacidade individual, conforme normas éticas. 2. Despesas decorrentes da participação no projeto de pesquisa: Os voluntários estarão isentos de qualquer despesa ou ressarcimento decorrente desse projeto de pesquisa. 3. Liberdade de consentimento: A permissão para participar desse projeto é voluntária. Portanto, os sujeitos estarão livres para negar esse consentimento ou parar de participar em qualquer momento desse estudo, se desejar, sem que isto traga prejuízo à continuidade da assistência. 4. Questionamentos: Os sujeitos envolvidos no experimento terão acesso, a qualquer tempo, às informações sobre procedimentos, riscos e benefícios relacionados à pesquisa. Todas as perguntas sobre os procedimentos experimentais utilizados nesse projeto são encorajadas. Se houver qualquer dúvida ou questionamento, por favor, nos solicite informações adicionais. 5. Responsabilidade do participante: As informações que você possui sobre o seu estado de saúde ou experiências prévias de sensações incomuns com o esforço físico poderão afetar a segurança e o valor do seu desempenho. O seu relato imediato das sensações durante os esforços também são de grande importância. Você é responsável por fornecer por completo tais informações quando solicitado pelos avaliadores.
34
VI – PARA CONTATO EM CASO DE INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS E REAÇÕES ADVERSAS
Prof. Ademar Avelar de Almeida Júnior Rua Professor Samuel Moura, 328 Apto 1604 Edifício Pontal do Araxá - CEP 86061-060 Telefone: (43) 3327-5898 / (43) 9934-7000 Londrina/PR E-mail: [email protected] mailto:[email protected] Telefone do Comitê de Ética: (43) 3371-2490
VII – CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO
Declaro que, após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e
ter entendido o que me foi explicado, consinto em participar do presente projeto
de Pesquisa.
Londrina, __________ de ________________________ de 2008.
_____________________________________________________
Assinatura do participante
_____________________________________________________
Assinatura do pesquisador
(carimbo ou nome legível)