Esquistossomose mansônica
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Esquistossomose mansônica
Sinônimos: barriga d’agua, xistosa, doença das caramujosAgente: Schistosoma mansoniPlatelmintoClasse: TrematodaCorpo não-metamerizado, sexos separadosVentosas para fixação dos vermes: ventosa oral ou acetábuloMacho: canal ginecóforoFêmeas: mais finas e longasOvos: formato oval, dupla casca com espícula lateral, presença de larva em seu interiorMiracídio: larva ciliada
Reservatório: homem (hospedeiro definitivo)Via de transmissão: moluscos planorbídeos – caramujos (Biomphalaria) (hospedeiro intermediário)*S. mansoni/Biomphalaria glabrata, tenagophila, stramineaS. haematobium/BulinusS. japonicum/Oncomelania
Mecanismo de transmissão: penetração de larvas cercárias na pele
Ciclo:Ovos nas fezes do homem solo água doce eclosão dos ovos larvas miracídios penetração no caramujo divisão celular/multiplicaçãoesporocistos (células germinativas) larvas cercárias penetração na pele do homem e perda da cauda esquistossômulo circulação sanguínea instalação no fígado desenvolvimento vermes adultos nos vasos do fígado acasalamento migração para vv. mesentéricas inferioresliberação de ovos *passagem de alguns ovos da luz do vaso sanguíneo para a luz intestinal eliminação nas fezes, recomeça o ciclo
*a outra parte dos ovos que continua na luz das vasos vão para o sistema porta hepático (responsável pela evolução da patologia)
PatogeniaFase aguda:
Dermatite cercariana: alergia à penetração das cercariasDoença do soro: formação de imunocomplexosAlterações gerais: febre, mal-estar, dores abdominais, diarréia
Evolução:Ovomacrófagos, eosinófilos, linfócitos, plasmócitosMacrófagos liberação de citocinas proliferação de fibroblastos e síntese de colágeno (granuloma periovular) cicatriz fibrótica fibrose periportalhipertensão portalHipertensão portal:
Esplenomegalia: congestãovenosa do ramo lienal (v. esplênica do sistema porta) e hiperplasia do sistema monocítico fagocitário (SMF)
Ascite (hidropsia) hipertensão portal, baixa taxa de albumina
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Desenvolvimento de circulação colateral anormal intraepática: ‘shunts’ (anastomoses) no plexo hemorroidário, umbigo (sinal de cabeça de medusa), região inguinal e esôfago (varizes esofagianas).
Tipos de esquistossomoseIntestinal (baixa carga parasitária)Hepato-intestinal (discreto aumento no tamanho do fígado, não há aumento de baço, sem hipertenção portal)Hepato-esplênico compensado (fibrose hepática, hipertensão portal compensada pela circulação colateral)Hepato-esplênico descompensado (hipertensão protal, varizes esofagianas, hematêmese (vômito se sangue), ascite, fígado duro, reduzido de tamanho e lobulado, esplenomegaliaPulmonar (formação de granulomas pulmonares, insuficiência cardíacapequena circulação comprometidaaumento do esforço cardíaco. Ovos disseminados pela circulação podem ir ao SNC (paralisia e sintomas neurológicos). *comprometimento renal (glomerulonefrite – deposição de imunocomplexos) proteinúria
Diagnostico