ESPORTE 3 E 1 NA ESCOLA – TÊNIS, FRESCOBOL E … · analogias sobre a questão do esporte, da...
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LEDA APARECIDA GIACOBBO GALHARDI
ESPORTE 3 E 1 NA ESCOLA –
TÊNIS, FRESCOBOL E BADMINTON
Londrina 2007/2008
LEDA APARECIDA GIACOBBO GALHARDI
ESPORTE 3 EM 1 NA ESCOLA TÊNIS, FRESCOBOL E BADMINTON
Objeto de Aprendizagem Colaborativa (OAC) apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação do Paraná junto à Universidade Estadual de Londrina, como exigência parcial para sua conclusão.
Orientador: Prof. Dr. Antonio Geraldo M. Gomes Pires.
Londrina 2007/2008
SUMÁRIO
1 IDENTIFICAÇÃO.................................................................................................04
2 PROBLEMATIZAÇÃO DO CONTEÚDO.............................................................05
3 INVESTIGAÇÃO DISCIPLINAR..........................................................................14
4 PERSPECTIVAINTERDISCIPLINAR..................................................................22
5 CONTEXTUALIZAÇÃO.......................................................................................24
6 SÍTIOS.................................................................................................................27
7 SONS EVÍDEOS..................................................................................................29
7.1 Vídeo.................................................................................................................29
7.2 Áudio.................................................................................................................33
8 PROPOSTA DE ATIVIDADE...............................................................................34
8.1Título..................................................................................................................34
8.2 Recursos Utilizados..........................................................................................35
8.3 Material.............................................................................................................36
8.4 Desenvolvimento..............................................................................................36
9 SUGESTÕES DE LEITURA................................................................................37
9.1 Livros................................................................................................................37
9.2 Internet ............................................................................................................38
10 NOTÍCIAS.........................................................................................................39
10.1 Revista on-line...............................................................................................39
11PARANÁ............................................................................................................41
4
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
1 IDENTIFICAÇÃO
1.1 Área: Educação Física
1.2 Professor PDE: Leda Aparecida Giacobbo Galhardi
1.3 Professor Orientador: Antonio Geraldo Magalhães Gomes Pires
1.4 Estabelecimento: Instituto de Educação Estadual de Londrina – Ensino
Fundamental, Médio e Normal.
1.5 Ensino: Fundamental
1.6 Disciplina: Educação Física
1.7 Conteúdo Estruturante: Esporte
1.8 Conteúdo Específico: Esporte 3 em 1 na Escola - Tênis, Frescobol e
Badminton
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2 PROBLEMATIZAÇÃO DO CONTEÚDO
2.1 Título: Novos Olhares sobre o Esporte
Os jogos organizados tornaram-se
institucionalizados a partir de meados do século XIX, especificamente na Europa e
na América e os jogos que conhecemos hoje são produtos das transformações
que ocorreram na Europa (Revolução Industrial) nos séculos XVIII e XIX. Até o
inicio do século XX, o esporte foi fortemente marcado por organizações,
associações, Jogos Olímpicos, Copa do Mundo. Junto com o olimpismo surge
também o termo fair-play,1 e a partir de então o esporte tornou-se um fenômeno
de expansão mundial, estendeu-se com muita rapidez por todos os Continentes o
que até então, não havia sido observado em nenhum movimento social. Mas
diante deste “boom”, faz-se uso político deste esporte tentando mostrar ao
mundo a pretensa supremacia da raça ariana sobre as demais (Jogos de Berlim,
1950) o que dá margem para que tanto o bloco capitalista como o socialista,
incorporem também o esporte como um palco da guerra fria instituída por estas
correntes político-ideológicas, esvaziando-se de vez o ideário olímpico apregoado
1 Fair-play – princípio do jogo limpo; adversário não é inimigo.
6
por Pierre de Coubertan. Sai de cena o ideário olímpico e entra o uso político do
esporte e com a perspectiva de rendimento cada vez mais consolidado.
Para Damatta (2002), o esporte de competição, no
mundo moderno (fim da barbárie), é uma disputa regrada, com normas e que seus
competidores as conhecem, não são os vencedores que fazem as regras, elas já
estão lá estabelecidas, já estão normatizadas. Este é o ethos cultural, onde todos
são componentes de uma cultura, de uma moral, são igualitários.
O esporte nos tempos modernos é um fenômeno
social de grande magnitude, e está alicerçado pelas bases econômicas,
psicológicas, educacionais e antropológicas, sendo que na Constituição Brasileira
de 1988 – Art. 217 – diz que é dever do Estado proteger, resgatar, registrar e
divulgar as manifestações culturais de caráter esportivo que se vinculam às
nossas raízes etno-históricas. Neste sentido, Nei Lopes (1996) diz que o Brasil é
um país múltiplo em todos os sentidos e sua multiplicidade cultural resulta,
naturalmente de sua multiplicidade étnica.
Ao tratar do esporte e Identidade Nacional, Gebara
(2006) ressalta que no caso brasileiro, as peculiaridades de nossa formação
histórica, a presença de indígenas, a entrada de escravos, europeus e asiáticos
que constituíram a miscigenação de raças e deu características ao povo brasileiro,
e que, ao falarmos de uma identidade nacional, as questões relacionadas às
peculiaridades devem ser enfatizadas, pois todas as nacionalidades têm seus
elementos distintos e estes influenciaram demasiadamente nossa cultura.
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Para Santin (1996), “os esportes são produções
culturais e, como tais, portadores de uma polissemia2 profundamente ambígua,
porque seu sentido depende do campo de práticas que os constituem e onde se
inserem”. Assim, o esporte, num primeiro momento, garante sua identidade pela
criação e representação de determinada ordem cultural. Nenhuma prática social
escapa ao controle ideológico do sistema de significações da ordem cultural. Um
esporte é reconhecidamente pertencente a uma ordem cultural quando reproduz,
no ato de sua instauração, os valores da cultura que lhe emprestou as condições
de sua gênese. A segunda maneira de um esporte ter uma identidade cultural
acontece quando este é trazido de fora e adaptado e assimilado pela cultura
adotiva.
Outra alternativa do esporte adquirir identidade
cultural, é a forma como os meio de comunicação divulgam o esporte através das
transmissões dos grandes eventos, e que a aceitação de um esporte em
detrimento de outro, vai depender em parte das condições sociais do grupo, da
índole do povo. Para Nei Lopes (1996) a globalização colocou, também, o
esporte brasileiro num impasse. Embora a Constituição Federal preconize a
“proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional”, os
meios de comunicação fazem com que essas manifestações passem a ser vistas
como ultrapassadas, como é o caso de modalidades tradicionais que caíram em
desuso, citando como exemplo o jogo de malhas, que poderiam ser
sistematizados para o ensino nas escolas. Ainda sobre a influencia da mídia,
2 Polissemia – O fato de uma palavra ter várias significações.
8
Gebara (2006) diz que nem mesmo o advento da televisão e dos patrocínios
milionários das multinacionais destruiu esta multiplicidade de identidades
construídas nas diferentes modalidades esportivas por diferentes populações.
Modernização e cultura de massas são componentes que precisam ser tomados
em consideração para articular e permitir uma compreensão mais profunda deste
fenômeno esporte.
Cultura de massa ou massificação do esporte não
deve ser entendido exclusivamente como prática esportiva e sim como o esporte
está sendo direcionado para a criação de espectadores-consumidores em
potencial, dos símbolos e signos sociais que determinadas modalidades são
capazes de oferecer, como influenciam e regem as concepções do mercado de
bens, serviços e entretenimentos. É o processo de “espetacularização” do
esporte.
Ainda sobre esporte enquanto identidade cultural,
não se pode ignorar que a situação de classe social dos diferentes segmentos
sociais tem um preponderante papel cultural na escolha e desenvolvimento da
prática esportiva e na política esportiva nacional, passando o esporte, nas mais
diversas modalidades e manifestações culturais a depender do valor cultural que
lhe é atribuído pelos diferentes segmentos sociais, tornando-se necessário
conhecer os estímulos e motivações culturais, as facilidades econômicas de suas
práticas, a qualidade de vida da população, enfim, o que os leva a esta prática.
9
Mas, se por um lado o esporte é negação, por outro
tem muitos pontos positivos. O esporte é talvez a forma mais ampla de exercer a
solidariedade, de socializar-se, pode ainda ser um ritual de participação, onde
pessoas jogam juntas, comemoram a vitória ou choram, juntas, suas derrotas. É
este fenômeno que vemos em Campeonatos, nas Olimpíadas e principalmente na
Copa do Mundo.
Damatta (2002) em uma palestra proferida sobre o
tema “O esporte e o Jogo como Formadores de Comportamentos Sociais”, faz
analogias sobre a questão do esporte, da modernidade e a relação entre o esporte
e o mundo em que vivemos, um mundo contemporâneo que chamamos de
modernidade. A atividade esportiva, em geral, conduz a uma perspectiva da
chamada “cultura popular”, ao mundo do “pertencer esportivo” que é prazeroso. O
esporte promove uma redefinição do popular, do pobre e da pobreza, da formação
de novos comportamentos, da redefinição de “velhos esteriótipos e preconceitos”.
Das mais simples competições aos espetáculos esportivos, são freqüentados por
todas as classes sociais que, nos momentos de emoção, onde a razão cede
espaço para as emoções, desaparecem as diferenças sociais, fundem-se as
expectativas e paixões pelo esporte. Ele tem o poder de fazer essa mudança
momentânea. Em geral, as camadas populares que em outros momentos são
desconhecidas, ocultas, se fazem presentes neste mundo do esporte, através de
suas bandeiras, hinos, símbolos, coreografias dentro dos estádios, onde o
torcedor/cidadão é componente, ele pertence, a este mundo do espetáculo
esportivo, independente de sua classe social.
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Na sociedade moderna, homens e mulheres tem
reduzido seu tempo livre, diminuindo drasticamente suas atividades físicas diárias
contribuindo para uma perda da qualidade de vida e é na busca dessa valorização
da vida que surge a necessidade do esporte também voltado para o lazer. É certo
que como diz Damatta (2002) esse lazer também tem disciplina, pois tem tempo
para começar e terminar, como tudo no mundo moderno.
O esporte mundial cresceu, se expandiu e com o
conseqüente aumento de sua relevância social, valorizou também as práticas
esportivas na escola. Nas Diretrizes Curriculares é apresentado como conteúdo
estruturante para a disciplina de Educação Física, tendo entendimento de uma
atividade teórico-prática e um fenômeno social, seja este esporte individual ou
coletivo.
A Educação Física, historicamente, vêm utilizando
práticas corporais, social e culturalmente construídas, como: ginástica, esporte,
dança, jogos e lutas, como sugerem as Diretrizes Curriculares do Estado do
Paraná. Entre todas estas manifestações da cultura corporal, o desenvolvimento
das modalidades esportivas têm sido amplamente privilegiado nos planejamentos
da Educação Física, previstos, inclusive, nas próprias legislações oficiais, (KUNZ,
2004). O esporte como conteúdo hegemônico impede o desenvolvimento de
objetivos mais amplos, tais como o sentido expressivo, criativo e comunicativo.
Ainda segundo Kunz (2004), o esporte deve ser
analisado na perspectiva pedagógica com uma compreensão ampla enquanto
11
fenômeno sociocultural e histórico e sobre as manifestações que deram origem a
muitas modalidades esportivas, as influências, estilos e formas de acordo com a
característica cultural que o movimento humano assume em determinado
contexto.
Neste sentido o esporte pode oferecer uma gama
enorme de discussões como, por exemplo a elitização de algumas modalidades e
o preconceitos com outras, a busca pela quebra de recordes, a efemeridade dos
atletas-heróis que em um dia são carregados nos ombros e amanhã ninguém mais
lembra e a tentativa de driblar a morte flertando com ela, assuntos abordados por
Moscovici (1995).
Para Castellani Filho (1993), não se trata de
desconsiderar o esporte como conteúdo da Educação Física Escolar, mas
reconhecer o esporte “como uma prática social, resultado de uma construção
histórica que, dada a significância com que marca a sua presença no mundo
contemporâneo, caracteriza-se como um dos seus mais relevantes fenômeno
sócio-culturais” (p.13), mas não o único. Neste aspecto, Santin (1996), diz:
Sabendo que os esporte são reproduções de valores de uma cultura e de uma determinada ordem social, a prática do mesmo tem como objetivo introduzir seus praticantes nestas ordens socioculturais. Assim, fica evidenciado que uma modalidade esportiva tem seu valor educativo e caberia então, ao educador, escolher o tipo de educação que pretende desenvolver (p.35).
O professor ao trabalhar este conteúdo estruturante
deve estar atento, em sua abordagem, aos determinantes histórico-sociais e no
contexto em que este esporte está inserido, assim como os condicionantes
históricos e sociais que influenciaram a transformação das manifestações
12
corporais em práticas esportivas e em como esta prática se institucionalizou com
regras próprias e muitas vezes submetidas ao espírito competitivo e de cunho
somente comercial.
O esporte educacional, visto como bem de cultura,
devem ser disponibilizados dentro e fora da escola, a todos, e especialmente
àqueles a quem geralmente tem sido negado (TEVEZ, 1996).
Santin (1996), defende como sendo esporte
educacional aquele que torna o corpo harmonioso e feliz e que busca o prazer de
todos e não só do vencedor. E vai mais além, quando diz:
Quando se fala de um esporte educacional, parece claro que há uma referência às práticas de modalidades esportivas existentes. No fundo, a qualidade educativa seria uma intencionalidade do educador ao utilizar o esporte. Nesse caso, o componente pedagógico já está embutido no gênero do esporte. Há uma pedagogia embutida na atividade esportiva preestabelecida. [...] O esporte como construção simbólica que concretiza determinados valores e, consequentemente já seria educacional. Resta saber o tipo de educação que ele veicula (p.35).
A questão aqui é saber qual deve ser o papel do
esporte em nossa prática pedagógica, em que consiste o educacional ou o
pedagógico deste conteúdo estruturante. A “idéia é que deve ser a educação que
deve definir o esporte e não o esporte ser o elemento principal da educabilidade,
caso queiramos que a força pedagógica esteja na ação educativa e não na prática
desportiva. Em outras palavras, o esporte não é o processo educacional, mas o
processo educacional é que definirá a ação esportiva”. (SANTIN, 1996, p.18 e19)
Neste sentido, de que é a educação e a educação
física escolar, enquanto processo educacional, que definirá a ação esportiva, o
13
tênis, badminton e o frescobol, são apresentados como conteúdo específico, com
a possibilidade de contribuir para o ensino e estudo das manifestações esportivas,
pois, são esportes considerado de elite e pouco conhecido. Mas todos oferecem
oportunidade para abordar muitos dos temas citados neste texto: a identidade
nacional, cultura de massa, a elitização das práticas corporais, história e cultura
das modalidades esportivas, a evolução destes esportes e como se transformaram
(ou não) em esporte olímpico, as inovações tecnológicas e porque alguns esportes
são “populares” e outros não.
REFERÊNCIAS
CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE ESPORTE EDUCACIONAL (I: 1996: Rio de
Janeiro) – Memórias: Conferência Brasileira de Esporte Educacional – Rio de
Janeiro: Editora Central da Universidade Gama Filho, 1996. 108p.:il.
DAMATTA, R. O Esporte e o Jogo como Formadores de Comportamentos Sociais
– Seminário Internacional Esporte e Sociedade – Disponível em –
<http://sescsp.org.br/sesc/images/upload/conferencias/173.rtf> Acesso em: 13 de novembro de
2007 às 15:20 h.
GEBARA, A.; PILATTI, L. A. Ensaios sobre história e sociologia nos esportes/
[org. de] - Jundiaí [SP]: Fontoura Editora, 2006. 196p. - Coleção Norbert Elias. v.2
KUNZ, E. Transformações didático-pedagógica do esporte. Unijui, 6. ed. Ijuí,
2004.
14
MOSCOVICI, S. Reflexões a propósito das representações esportivas. In: Quel
Corps – Critique de la Modernité Sportive. Paris, Lês Editions de la Passion,
1995.178-194.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Educação
Física para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED/Paraná. 2006.
SOUZA e SILVA, J. E. F. Esporte com Identidade Cultural: Coletânea/[org. de],
Brasília: Instituo Nacional de Desenvolvimento do Desporto, 1996. 112p. (Série
Esportes de Criação Nacional n. 2)
3 INVESTIGAÇÃO DISCIPLINAR
3.1 Título: Esporte 3 em 1 na escola – Tênis, Frescobol e Badminton.
As representações sociais estão voltadas para as
regras que regem os pensamentos coletivos, as visões de mundo, o senso
comum, os consensos e esteriótipos, crenças e preconceitos, para o quotidiano,
enfim.
O esporte como fato cultural se afirma pelas visões
de mundo que veicula, e ao que parece este não é um elemento muito importante
da nossa visão de mundo, porque nossa cultura é fundada sobre o corpo e o
esporte, ao contrário, tornou-se um dos rituais das grandes cerimônias de nossa
cultura, pois até recentemente as grandes potências (países do bloco socialista e
capitalista) faziam uso político do mesmo, medindo poderes.
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Se a reprodução das propriedades de um
determinado objeto/conteúdo pelo ser humano não é reflexo de uma realidade
externa perfeitamente acabada, mas uma verdadeira reconstrução deste, dentro
de um contexto de valores, noções e regras, então, o aspecto antagônico do
esporte deve desaparecer, de modo que, conforme diz Moscovici (1995), teremos
motivos para alegrar-nos, porque será permitido retornarmos a “certos valores
esportivos: a lealdade, a ética, a estética, o humanismo universal.” Assim, este
deve ser o papel da Educação Física Escolar, que através dos seus saberes
práticos, possam propiciar aos seus alunos uma outra visão de mundo, e neste
caso, do mundo dos esportes.
Tênis, Frescobol e Badminton são esportes
conhecidos para alguns e desconhecidos para a maioria, em grande parte por
serem considerados esportes elitizados, acessíveis apenas as camadas mais
abastadas da sociedade. Tornar a prática destes esportes cotidianamente nas
escolas, estudar sua origem, transformações, plasticidade, questões relativas à
corporeidade, ambiente e sua relação com a natureza, contribuirão muito para o
desenvolvimento do pensamento crítico de nossos alunos e também para os
professores que precisam rever critérios mais amplos para a escolha de
conteúdos e não somente aos vinculados as modalidades esportivas mais
comuns. Observar que o tênis, o badminton e o frescobol oferecem outras
possibilidades para reflexões e vivências corporais do que as comumentes
exploradas.
16
A origem do Tênis a partir de Jeu de Paume
O “Jeu de Paume3” era praticado no final do século
XII e início do século XIII. Os jogadores usavam as mãos nuas e depois optaram
por usar luvas. Nesse tênis primitivo as raquetes não eram empregadas. No
século XIV alguns jogadores já se utilizavam de um utensílio de madeira em forma
de pá, conhecido como “battoir” 4e que mais tarde recebeu cabo e também as
cordas trançadas. Era o nascimento da raquete, uma invenção italiana.
O tênis deixa de ser jogado com a bola contra o
muro e passa a ser praticado em um retângulo dividido ao meio por uma corda,
surgindo assim o “longue-paume” que permitia a participação de até seis
jogadores cada lado. O “court-paume”, que surgiu mais tarde, era disputado em
recinto fechado e com técnica mais complexa.
O “jeu de paume” era muito praticado entre os reis
da França, sendo este jogo sua principal diversão, tanto era verdade que o rei Luis
XI decretou que a bola deveria ser fabricada com couro especialmente escolhido,
sendo o seu enchimento de chumaço de lã comprimida, e proibindo a utililização
de qualquer outro material para seu enchimento. Já o rei Luis XII (1498 a 1515)
pediu a um francês de nome Guy Forbert para codificar as primeiras regras e
regulamentos e fez construir em Órleans, cidade que tinha seu palácio, nada
menos que 40 quadras.
3 Jeu de Paume – termo francês para designar Jogo da Palma, pois utilizavam-se as mãos para rebater a bola. 4 Battoir – termo francês para utensílio de madeira em forma de pá.
17
Em plena “Guerra do Cem Anos”5, o rei Carlos V
condenou o “jeu de paume”, declarando que “todo jogo que não contribuia para o
ofício das armas será eliminado” e com a Revolução Francesa6, as Guerras
Napoleônicas7, o esporte praticamente desapareceu junto com a destruição das
quadras.
No Século XIX, o jogador J. Edmond Barre, sagra-se
campeão da França em 1829 e conserva seu título até 1862, por 33 anos e em
1877 acontece a inauguração do Torneio de Windlebon.
No Brasil, o tênis chega pelas mãos dos técnicos da
Light and Power (energia elétrica) e da São Paulo Railway (estradas de ferro),
onde se iniciava a urbanização dos grandes centros como São Paulo e Rio de
Janeiro. Este registro no Brasil é datado de 1888.
Os primeiros torneios “nacionais” só aconteceram em
1904, e eram jogados entre os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, pois o
acesso de tenistas de outros estados só era possível através de via fluvial. De lá
para cá o tênis no Brasil só evoluiu e hoje, é um esporte bastante praticado,
porém, ainda continua elitizado.
5 Guerra do Cem Anos – conflito que envolveu Inglaterra e França entre 1337-1453 (séculos XIX e XV) e que durou, na verdade, 116 anos. 6 Revolução Francesa – conjunto de acontecimentos que alteraram o quadro político e social da França, entre período de 1789 a 1799. É considerado como o acontecimento que deu inicio à Idade Contemporânea e proclamou os princípios universais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. 7 Guerra Napoleônica – é a designação do conflito armado que se estendeu de 1805 a 1815, opondo a quase totalidade das nações da Europa a Napoleão Bonaparte, herdeiro da Revolução Francesa, que se proclamou Imperador da França e sua ditadura militar.
18
Frescobol – Um esporte genuinamente brasileiro?
O Frescobol é um esporte brasileiro, que surgiu entre
1945 e 1946 na praia de Copacabana/RJ, substituindo o jogo de petecas, após o
término da II Guerra Mundial.
O nome Frescobol foi criado a partir do termo “frescor
do final da tarde” que era utilizado pelas senhoras que freqüentavam a praia à
tarde. Este esporte é conhecido também como frescoball ou “Las Palas” (na
Espanha).
Durante muito tempo o Frescobol foi visto apenas
como simples diversão de praia. Por divergências entre praticantes e banhistas, a
proibição de sua prática à beira d’água não o impediu de se tornar um dos mais
populares esporte de praia.
De acordo com diversos relatos, realizava-se
competições de frescobol desde a década de 1980, em vários estados brasileiros,
mas é a partir de 1994 que o Frescobol consagra-se como esporte competitivo
com a realização do I Circuito Brasileiro de Frescobol, que ocorreu de Sul ao
Nordeste do país, o que possibilitou o desenvolvimento do mesmo através do
intercâmbio estabelecido entre seus adeptos.
19
O Frescobol pode ser jogado individualmente, em
dupla ou trio, por um tempo determinado, utilizando uma bola de borracha e
raquetes de madeira, fibra ou similar, próprias para o esporte. Tem como objetivo
manter a bola em movimento o maior tempo possível, imprimindo cada vez mais
velocidade ao jogo.
É considerado o esporte de cooperação8, pois não
existem adversários e sim, parceiros. Enquanto que na maioria dos esportes um
atleta busca explorar os pontos fracos do outro, no Frescobol ele explora os
pontos fortes do companheiro.
Um pouco da história do Badminton
Existe algumas versões que pontuam que desde
Idade Média na Inglaterra se conhecia um jogo infantil conhecido como
Batleadores and Shuttlecocks, em que crianças usavam uma raquete (Battepad),
semelhante à atual raquete de tênis de mesa, para manter no ar uma peteca
(Shuttlecock). Os participantes da brincadeira colaboram entre si para manter a
peteca no ar o maior tempo possível. Já para outros autores a versão competitiva
do jogo surgiu na Índia, onde era chamado de “Poona9” e que oficiais ingleses
trouxeram para a Europa, mas em 1870, este jogo é executado já com nova
8 Esporte de cooperação – ler Luvisolo em Conferência Brasileira de Esporte Educacional, 1996. 9 Poona – jogo infantil de origem indiana e segundo historiadores, deu origem ao badminton.
20
versão, na propriedade de Badminton, pertencente ao Duque de Beaufortt’s, em
Gloucestershire, na Inglaterra onde os convidados do Duque divertiam-se em
bater uma peteca de um lado para o outro, com uma raquete, por cima de uma
rede. A partir daí, o nome desta propriedade, acabaria batizando a versão
moderna do esporte: Badminton. Em 1934 é fundada a Federação Internacional
de Badminton (IBF), contando com nove países participantes, com sede em
Gloucestershire.
Nos jogos Olímpicos de Munique (1974) e de Seul
(1988) este esporte foi jogado como exibição/demonstração e em Barcelona
(1992) ele faz sua estréia como um esporte olímpico (aí então valendo medalhas)
e a partir daí muitos países tornaram-se membros da IBF, que hoje conta com
130 países.
Bastante popular no Oriente e em países europeus,
o badminton conquistou o público brasileiro nos XV Jogos Pan-americanos Rio
2007, onde o Brasil conquistou medalha de bronze na modalidade – dupla
masculina. Mas além do pódio, um outro elemento fez muita gente achar que o
esporte pode ser considerado a grande revelação no Rio 2007: a grande
receptividade do público que lotou o Complexo Riocentro para assistir as partidas.
O sucesso foi tanto que o Rio de Janeiro pretende investir recursos para a sua
prática em escolas, praças, praias, vilas olímpicas e comunidades carentes.
21
O Badminton é um esporte que reúne técnica e
velocidade, com similaridades do tênis, frescobol, squach e é praticado com
raquete e uma peteca ou volante e pode ser jogado individualmente ou em dupla.
REFERÊNCIAS
COB – COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO – endereço web disponível
em:<http://www.cob.org.br> Acesso em:12 de novembro de 2007.
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BADMINTON – endereço web disponível em:
<http://www.badminton.org.br> Acesso em: 06 de novembro de 2007.
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TÊNIS – endereço web disponível em:
<http://www.cbtenis.com.br> Acesso em: 05 de novembro de 2007.
CONFEDERAÇÃO PANAMERICANA DE BADMINTON – endereço web disponível
em: <http://cubweb23.visualklocal.com.default.aspx> Acesso em: 06 de novembro de
2007.
FEGAFRE – FEDERAÇÃO GAÚCHA DE FRESCOBOL - endereço web disponível
em: <http://www.frescobol.tk> Acesso em: 05 de novembro de 2007.
KUNZ, E. Transformações didático-pedagógica do esporte. Unijui, 6. ed. Ijuí, 2004.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Educação
Física para o Ensino Fundamental. Curitiba, SEED/ Paraná. 2006.
SOUZA E SILVA, J. E. F. Esporte com Identidade Cultural: Coletânea/[org. de],
Brasília: Instituo Nacional de Desenvolvimento do Desporto, 1996. 112p. (Série
Esportes de Criação Nacional n. 2)
22
Outros endereços eletrônicos disponíveis:
<http://esporte.uol.com.br> Acesso em: 12 de novembro de 2007.
<http://globoesporte.globo.com/> Acesso em: 19 de novembro de 2007.
<http://paginas.terra.com.br/esporte/frescobolrs/interest1.htm> Acesso em: 05 de
novembro de 2007.
<http://www.badminton.org.br/regras.asp> Acesso em: 06 de novembro de 2007.
<http://www.cbt.esp.br/modulos/ssl/conteudo> Acesso em: 06 de novembro de 2007.
<http://www.frescobol.net/arquivos/regras/RS/html> Acesso em: 05 de novembro de
2007.
<http://www.rio2007.org.br> Acesso em: 12 de novembro de 2007.
4 PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR
4.1 Título – Construindo Raquetes e Peteca
O Tênis, o Frescobol e o Badminton, são
praticamente o 3 em 1. Oferecem oportunidade de interdisciplinaridade com
muitas áreas de conhecimento: História, Sociologia, Geografia e Artes.
A proposta é um trabalho interdisciplinar com a
História/Sociologia onde poderão ser abordados os fatos históricos em que
perpassou estes esportes: Guerra dos Cem Anos, Revolução Francesa, II Guerra
Mundial, Urbanização do Brasil, entre tantos outros. Com a disciplina de Artes a
23
confecção de materiais: raquetes e peteca, bem como o estudo das modificações
tecnológicas que estes materiais sofreram a partir de suas invenções.
Na confecção da peteca podemos utilizar EVA 10
para a base e “penas” e areia ou argila para o enchimento. As raquetes podem
ser confeccionadas de aro de metal revestida com meia fina, assim como de
material de MDF11 ou caixaria, ou a utilização de raquetes de tênis de mesa e para
a rede pode-se utilizar a de voleibol, porém abaixada no nível do piso da quadra,
ou ainda barbante, cordas ou lençol velho que faça o papel de rede.
Imagens detalhadas de raquete, peteca, quadra por
ser vista em http://pt/wikipedia.org/wiki/imagem:schuttlecock2.png ou
http://pt.wikipedia.org/wiki/imagem:schuttlecocks_Yonex_Aerosensa_20.ipg ou nos sites das
Federações e Confederações.
REFERÊNCIAS
KUNZ, E. Transformações didático-pedagógica do esporte. Unijui, 6. ed. Ijuí, 2004.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Educação
Física para o Ensino Fundamental. Curitiba, SEED/Paraná. 2006.
10 Copolímero poli (EVA) é formado pelo encadeamento de seqüências aleatórias de polietileno e poli (acetato de vinila). 11 Medium-density fiberdoard é um material derivado da madeira e é internacionalmente conhecido por MDF. Em português a designação correta é placa de fibra de madeira de média resistência. Fabricada através da aglutinação de fibra de madeira com resinas sintéticas e outros aditivos.
24
SOUZA E SILVA, J. E. F. Esporte com Identidade Cultural: Coletânea/[org. de],
Brasília: Instituo Nacional de Desenvolvimento do Desporto, 1996. 112p. (Série
Esportes de Criação Nacional n. 2)
5 CONTEXTUALIZAÇÃO
5.1 Título: Desmistificando o Esporte.
O esporte é uma criação cultural. O resgate de um
esporte, para que possa, efetivamente, produzir o efeito de revitalizar a identidade
cultural precisa ser incorporado às práticas sociais vigentes. A cultura deve adotar
o esporte, incorporando-o dentro do seu próprio paradigma cultural. Um bom
exemplo disso, e, que aconteceu conosco, é o futebol.
A prática brasileira do futebol, sem dúvida,
concretiza assimilação cultural plena, pois foi submetida a uma total e completa
nacionalização. O futebol das “peladas”, jogado com arte, com ginga, com
irreverência e com toda a sua criatividade. É este futebol que ficou conhecido
como genuinamente brasileiro, e não o futebol da técnica e da força. E foi este
futebol alegre, criativo, apaixonante que também adentrou em nossas escolas,
tornando-se tão querido e popular entre os alunos.
É nesta busca de ensinar e aprender, de um novo
olhar sobre o esporte enquanto conteúdo, que novas práticas corporais têm muito
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a contribuir com a disciplina de Educação Física. É apropriar-se do “novo” pelos
caminhos do “velho”.
Tênis, Frescobol e Badminton – são esportes pouco
conhecidos, a idéia que se tem destes esportes é que eles só acontecem nos
períodos de Jogos Olímpicos, ou quando há um evento específico destas
modalidades.
Estas modalidades esportivas têm sua origem em
diferentes períodos da história, mas muitas semelhanças em sua prática. Para
falar sobre estas semelhanças e também diferenças, tomo emprestado as
palavras de Rubem Alves: “tênis é um jogo feroz”, mas ele precisa ser assim?;
“seu objetivo é derrotar o adversário” devemos jogar com o companheiro e não
contra o adversário; “Joga-se tênis para fazer o outro errar” mas o espírito
competitivo é natural ao homem, é deve ser enfocado de modo saudável; “o bom
jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco de seu adversário, e é
justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada” ou é um observador dos
movimentos e atitudes da pessoa, enquanto ser humano?, “termina sempre com a
alegria de um e a tristeza de outro”, mas devemos, como educadores, jamais
valorizar a vitória em detrimento da derrota e será que não há a possibilidade de
todos saírem felizes?
“O frescobol se parece muito com o tênis: dois
jogadores, duas raquetes e uma bola” estes esportes tem realmente várias
semelhanças. “Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois
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perca. Se a bola veio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior
esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa
pegá-la” e este realmente deve ser o espírito do esporte escolar, a cooperação.
“Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois
ganham ou ninguém ganha” então temos um dos grandes príncípios da educação.
“E ninguém fica feliz quando o outro erra – pois o que se deseja é que ninguém
erre” porque todos somos vencedores. E assim também é o badminton, com toda
a sua beleza e plasticidade, é considerado uma mistura de jogo de peteca com
tênis.
A partir das características de cada modalidade
podemos discutir e suscitar questões sobre esporte educacional: os princípios da
emancipação, da cooperação, da totalidade, da co-educação e da participação,
como também, a dimensão social do fenômeno esporte e sua importância na
formação do cidadão. Das questões de senso comum sobre a existência de
esporte de elite ou não. Que relação de poder estão implícitas nestas questões,
que não são apenas de preconceito, mas de condições financeiras, acesso a
locais e equipamentos adequados, entre outros.
Ver texto de Rubem Alves, na íntegra, no endereço
da web- A casa de Rubem Alves – <http://www.rubemalves.com.br/tenisfrescobol.htm>
27
REFERÊNCIAS
ALVES, R. Tênis x Frescobol – A Casa de Rubem Alves. Disponível em:
<http://www.rubemalves.com.br/tenisfrescobol.htm> Acesso em: 12 de novembro de 2007.
CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE ESPORTE EDUCACIONAL (il: 1996: Rio de
Janeiro) – Memórias: Conferência Brasileira de Esporte Educacional – Rio de Janeiro:
Editora Central da Universidade Gama Filho, 1996. 108p.:il.
DAMATTA, R. O Esporte e o Jogo como Formadores de Comportamentos Sociais
– Seminário Internacional Esporte e Sociedade – Disponível em:
<http://sescsp.org.br/sesc/images/upload/conferencias/173.rtf> Acesso em: 13 de novembro de
2007.
KUNZ, E. Transformações didático-pedagógica do esporte. Unijui, 6. ed. Ijuí, 2004.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Educação
Física para o Ensino Fundamental. Curitiba, SEED/Paraná. 2006.
6 SÍTIOS
6.1 Titulo do Sítio: HoWStffWorks (Como funciona).
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Disponível em: <http://esporte.hsw.uol.com.br/pan-badminton.htm> Acesso em:
14 de novembro de 2007 e também em <http://esporte.hsw.uol.com.br/pan-
tenis.htm> Acesso em: 14 de novembro de 2007.
Comentários: Este site apresenta breve histórico das modalidades esportivas.
Tanto para o tênis como para o badminton oferece regras, técnicas,
equipamentos, competições e também sobre o como funciona a Copa Davis.
Título do Sítio: Wikipédia
Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/imagem:shuttlecocks_Yonex_Aerosensa_20.ipg>
<http://pt.wikipedia.org/wiki/imagem:shuttlecocks2.png> acesso em 14 de
novembro de 2007.
Comentários: Estes sites apresentam imagens da peteca do badminton, quadra e
comentários sobre a modalidade, que serão bastante úteis para a introdução da
modalidade na escola e na confecção dos materiais.
Título do Sítio: FEGRAFE – Federação Gaúcha Frescobol
Disponível em:< http://paginas.terra.com.br/esporte/frescobolrs/interest1.htm>
Acesso em: 05 de novembro de 2007.
29
Comentários: Este site apresenta histórico da modalidade, oferece links para
leituras e também sobre equipamentos e outros sites sobre o esporte, que
poderão servir para esclarecimentos sobre a modalidade como também sobre a
confecção dos materiais.
Título do Sítio: ONG CEV
Disponível em: <http://www.cev.org.br >. Acesso em: 20 de novembro de 2007.
Comentário: O CEV é um Centro Esportivo Virtual que tem biblioteca disponível
para acesso, eventos e curso da área, assim como informações sobre
modalidades esportivas, entre tantas outras possibilidades de navegação.
Título do Sítio: Historianet
Disponível em: <http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo>
Acesso em: 19 de novembro de 2007.
Comentários: Traz roteiro e comentário de filmes e contextualização histórica dos
mesmos; História Geral, do Brasil, da Arte, Atualidade, Livros, enfim uma gama
de informações necessárias ao cotidiano e a vida escolar.
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7 SONS E VÍDEOS
7.1 Vídeo
Título - Match Point
Direção: Wood Allen
Duração: 93 minutos
Produção: DreamWorks Pictures,
Lançamento: 2005 no Reino Unido/EUA.
Disponível em:< http://br.cinema.yahoo.com/filme/13203/sinopse >Acesso em: 14 de
novembro de 2007.
Sinopse: Chris (Jonathan Rhys-Meyers) é um ex-jogador de tênis profissional, e
uma espécie de “alpinista social” que se apaixona por Nola (Scarlett Johansson),
uma bela mulher que namora seu amigo Tom (Matthew Goode), futuro cunhado
de Chris.
Comentário: Macht Point é um filme que nos faz pensar nas artimanhas da vida –
sorte, destino, livre arbítrio, ética, como lidamos com nossas escolhas. Fantástico
o fato de comparar a vida com um jogo de tênis ... quando a bola bate na rede
e..... Match Point.
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Título: Carruagem de Fogo
Direção: Hugh Hudson.
Gênero: Drama
Origem: Reino Unido
Ano: 1981.
Duração:123 minutos
Disponível em:< http://www.cineplayers.com/filme.php?id=757> acesso em: 26 de novembro
de 2007.
Sinopse: Em 1924, dois atletas britânicos competem entre si nas Olimpíadas de
Verão. Um deles é um missionário devoto que corre em nome de Deus. O outro é
um estudante judeu que corre para ser famoso e escapar de preconceitos.
Comentário: O filme trata de uma história real de uma equipe que trouxe para a
Grã-Bretanha uma de suas maiores vitórias no esporte. Vale a pena ver e discutir
com seus alunos.
Título: Lances Inocentes
Direção: Steven Zaillian
Produção: Mirage Intertainment
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Duração:110 minutos
Gênero:Drama
Lançamento:EUA
Ano:1993
Disponível em: <http://epipoca.uol.com.br/filmes_detalhes.php?idf=15951 > Acesso em: 26 de
novembro de 2007.
Sinopse: Menino de 7 anos apresenta talento extraordinário para o xadrez. Seu
pai, um cronista esportivo, começa a inscrevê-lo em torneios, nos quais é tido
como uma revelação. A busca pelo sucesso ameaça tornar-se obsessiva, mas pai
e filho têm uma rara oportunidade de reavaliar sua relação.
Comentário: O filme conta a história real de um garoto genial no xadrez, que sofre
pressão de seu pai e de seu treinador para dedicar-se cada vez mais ao jogo,
deixando de lado seus sonhos e ideais. Assim o jogo já não é mais tão prazeroso
como antes....
Título: Pra Frente, Brasil
Direção: Roberto Farias
Duração: 105 minutos
Gênero: Drama
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Lançamento: Brasil
Ano: 1982
Disponível em:< http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=392> Acesso em: 26
de novembro de 2007.
Sinopse: Em 1970, em plena euforia do milagre econômico e da vitória da seleção
brasileira na Copa de 70, um pacato cidadão, Jofre Godoi da Fonseca é
confundido com um ativista político, sendo então preso e torturado por um grupo
que combate “subversivos”. A mulher e o irmão de Jofre investigam o seu
desaparecimento, pois não conseguem apoio da polícia.
Comentário: A repressão era assunto para poucos e a ditadura militar está
instalada. O Brasil vive o tão propalado “milagre econômico”. É Copa de 70. A
maravilhosa seleção brasileira dá alegria ao povo, mas uns comemoram e outros
são silenciados...
7.2 Audio-CD/MP3
Título da Música – Frescobol
Compositor/Intérprete – Cazuza
Disponível em: <http://letras.terra.com.br/cazuza/85045> Acesso em:
05 de novembro de 2007.
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Texto: “Espero agora um potente saque. Pronto!
Não te neguei fogo, entrei para a história
E o meu corpo feito mola vai e vem de novo em folha
Louco de vontade, de modo que aqui estou
Sem um arranhão e sempre nas bocas (...)”
Comentário: A sutileza de movimentos, a beleza de corpos expostos, o prazer do
mar, o ir e vir das ondas e até “jacarés”, assim fala a música – a proximidade do
corpo com a natureza, a riqueza dos movimentos livres. Vale a pena ver a letra na
íntegra.
8 PROPOSTA DE ATIVIDADE
8.1 Título: Esporte 3 em 1 na Escola – Tênis, Frescobol e Badminton.
Como já foi indicado anteriormente, a inclusão destas
modalidades esportivas no mundo da escola, permitirá tanto aos professores
quanto aos alunos, um olhar diferente sobre o esporte escolar, fugindo um pouco
das atividades tradicionalmente instituídas no contexto escolar, assim como
permitirá novas possibilidades quanto à vivência de práticas corporais. Assim, esta
proposta tem como objetivo:
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- Explorar as similaridades, amplas, destes esportes, como: Fundamentos
saque, recepção, voleio; Ambiente – quadra/campo, ao ar livre, natureza;
Ação motora – estímulo/resposta, entre outras semelhanças. A base teórica
para aprofundamento estão nos livros de Aprendizagem e Desenvolvimento
Motor.
- Possibilitar a participação ativa do aluno, enquanto sujeito da construção de
seu conhecimento;
- Possibilitar tanto ao professor quanto ao aluno a vivência de novas práticas
corporais;
- Estudar as modalidades esportivas como possibilidade de integração
cultural;
- Identificar a origem de cada esporte, elencando em quais culturas estão
presentes, fazendo a relação com outros elementos culturais;
- Reconstruir e reinventar regras para a prática escolar;
- Reelaborar formas culturais esportivas existentes e construir novas formas.
8.2 Recursos utilizados:
- TV Pen Drive, jornais, revistas, textos, além de vídeos e imagens baixados de
páginas da Internet.
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8.3 Material:
- Folhas de EVA, argila ou areia para a peteca; bola de borracha pequena; aro
de metal revestido com meia fina, folhas de MDF ou caixaria para raquete ou
utilizar as de tênis de mesa; rede de voleibol, barbante ou corda, baixada no solo;
quadra de voleibol, ou outro espaço livre.
8.4 Desenvolvimento:
Através de filmes, imagens e vídeos (que podem ser
encontrados nos sites sugeridos neste OAC) ou no CRTE de seu NRE, conhecer a
história, regras específicas de cada modalidade, os materiais necessários para a
prática dos mesmos. Expor imagens com os tipos de raquete, bolas, peteca; locais
e imagens de competição, movimentos específicos, prática individual, em dupla ou
trio. Se houver possibilidade, levar até os alunos as raquetes, bola e peteca
originais de cada modalidade, para que os alunos conheçam o material.
A partir destas informações, organizar a turma em
grupos, onde deverão discutir as regras oficiais e adaptá-las para uma prática
escolar.
O próximo passo é propor aos alunos que vivenciem
esta modalidade esportiva. Cada grupo deve ficar responsável por um aspecto da
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atividade em que todos deverão ter a chance de praticá-la, seja individualmente,
em dupla ou outra forma de consenso do grupo.
Reservar um espaço das aulas para analisar com os alunos
como foi a experiência com estes esportes e levantar sugestões para novas
adaptações que se fizerem necessárias.
REFERÊNCIAS
CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE ESPORTE EDUCACIONAL (I: 1996: Rio de
Janeiro) – Memórias: Conferência Brasileira de Esporte Educacional – Rio de
Janeiro: Editora Central da Universidade Gama Filho, 1996. 108p.:il.
KUNZ, E. Transformações didático-pedagógica do esporte. Unijui, 6. ed. Ijuí, 2004.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Educação
Física para o Ensino Fundamental. Curitiba, SEED/Paraná. 2006.
9 SUGESTÕES DE LEITURA
9.1 Livro
Título do Livro: Entre a Educação Física na Escola e a Educação Física da Escola.
Referência:
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CAPARROZ, F. E. Entre a Educação Física na Escola e a Educação Física da
Escola: a Educação Física como Componente Curricular, 2. ed.Campinas, SP:
Autores Associados, 2005. – (Coleção Educação Física e Esportes).
Comentário: Estudo trata da produção literária dos anos 80 e início de 90, da
educação física como componente curricular. Busca compreender como essa
literatura foi produzida neste período, não como parte da cultura incorporada pela
escola, mas como reflexo de determinações econômico-sociais.
Titulo do Livro: Transformação didático-pedagógica do Esporte.
Referência:
KUNZ, E. Transformação didático-pedagógica do esporte. Unijui, 6. ed. Ijuí, 2004.
Comentário: Kunz diz que para haver a transformação didática pedagógica do
esporte, é preciso colocar o aluno, enquanto sujeito dos movimentos
intencionados, no foco na educação e não a modalidade esportiva a ser ensinada.
Que o esporte na escola é efetivamente para a participação de todos e não só
para alguns, como se fosse treinamento.
9.2 Internet
Título: Tênis e Frescobol
39
Disponível em: < http://www.rubemalves.com.br/tenisfrescobol.htm> Acesso em: 12
de novembro de 2007.
Comentário: Rubem Alves é educador, psicanalista e escritor. Entre seus artigos
encontra-se “Tênis e Frescobol” em que ele compara o casamento com o esporte.
Há casamento de dois tipos: o tipo tênis ... e do tipo frescobol. Vale a pena ler
este texto e se encantar com a genialidade de Rubem Alves.
Título: Questões psicológicas do esporte.
Disponível em: < http://www.decorpointeiro.com.br/textos.htm> Acesso em: 26 de
novembro de 2007.
Comentário: João Batista Freire é educador e escritor. Dentre seus artigos, indico
este, onde faz críticas ao esporte de competição, que tira o brilho e a criatividade
dos atletas. Trata-os como máquina, tirando-lhes o que é de mais belo, a maestria
de movimentos naturalmente aprendido. Recomendo a todos.
10 NOTÍCIAS
10.1 Revista on-line
Título do Artigo: Tênis de Campo
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Referência: Revista on-line Movimento e Percepção. Artigo publicado por Sergio
Stucchi, Departamento de Estudos e Lazer – Faculdade de Educação Física da
UNICAMP na Revista Movimento e Percepção, do Curso de Educação Física –
CREUPI (Centro Regional Universitário Espírito Santo do Pinhal – São Paulo), vol.
7, no. 10 (2007), acesso em: 19 de novembro de 2007 e disponível em:
<http://www.unipinhal.edu.br/movimentopercepcao>
Comentário: O artigo trata das possibilidades pedagógicas desta modalidade, sem
o intuito de minimizá-la enquanto fenômeno do mundo do esporte espetáculo e da
alta competição, mas de reforçar os aspectos do movimento corporal de uma
prática educativa e como esporte de lazer, lúdico e divertido.
Título da Notícia: Fragmentos de uma Cultura.
Referência: Revista Ciência Hoje, CH 213 – Março de 2005, acesso em: 21 de
novembro de 2007 e disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br>
Texto: Fragmentos de uma cultura (destaque de capa – CH 213 de Março 2005).
“Pouco restou dos ancestrais dos povos indígenas Tupi e Guarani, que habitavam
o Brasil antes do descobrimento. Os únicos vestígios arqueológicos são vasilhas e
fragmentos de cerâmica, pintados com motivos variados. Mas não se trata de
simples decoração: as pinturas parecem expressar, segundo mostra uma ampla
pesquisa sobre o tema, os valores coletivos desses primeiros habitantes do litoral
brasileiro. Esse estudo é o tema do artigo de capa desta edição, que apresenta
ainda um estudo comparativo com a cerâmica Marajoara, produzida por grupos
41
pré-históricos na Amazônia. Os resultados apontam para semelhanças estruturais
nos elementos gráficos produzidos por essas duas culturas.”
Comentário: Esta matéria nos interessa pois buscamos nossas raízes, as
influências de nossos hábitos e costumes, tudo que constitui nossa “cultura
brasileira”. É um dos temas sugeridos como discussão deste OAC, a forma de
vida, movimentos, e práticas corporais de uma cultura.
11 PARANÁ
Título: Projeto “Jogue Tênis” leva o esporte para a comunidade de
Londrina.
Referência: Disponível em:<http://www.fpt.com.br/noticias.asp?idNoticia=4691>
Acesso em: 05 de novembro de 2007, data da publicação da nota.
Texto: Projeto “Jogue Tênis” leva o esporte para a comunidade de Londrina
A Academia Point Tennis em parceria com a A.L.T estão colocando em prática um
projeto social de incentivo à prática esportiva, o “Jogue Tênis”, na cidade de
Londrina (PR). Atualmente, cerca de 30 crianças, com idade entre 07 e 12 anos
estão sendo atendidas. O projeto é coordenado pelo professor Valdenir de
Almeida, mais conhecido como “Valdena”. O projeto “Jogue Tênis” teve início no
mês de abril de 2007, com o objetivo de levar a prática e o aprendizado do tênis
para crianças e adolescentes do bairro Jardim Hedy. “A iniciativa apresenta-se
como novidade para a cidade de Londrina, pois possibilita às crianças o acesso ao
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aprendizado de uma modalidade esportiva considerada elitista, por ser de alto
custo”, observa Valdena. O material utilizado nas aulas, como raquetes, são
doadas por alunos e outros adquiridos por meio de recursos da Fundação de
Esporte de Londrina. As aulas são monitoradas por um profissional habilitado, que
é auxiliado por estagiários de educação física, que estudam e praticam a
modalidade tênis de campo. A metodologia de ensino é ministrada num contexto
educacional e esportivo. Os alunos do projeto já estão se preparando para
começar a participar das competições no próximo ano. A expectativa é que
possam surgir novos talentos para o tênis na região.
Comentário: Este projeto é de extrema relevância por levar o aprendizado à
diversas crianças, pois possibilita o acesso a uma modalidade esportiva
considerada elitista, por ser de alto custo. Parabéns pela iniciativa e aos
idealizadores deste projeto.