ESPÉCIES DE CUPINS EM CULTIVOS DE CANA-DE-AÇÚCAR … · Anais do XVIII Encontro de Iniciação...

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Anais do XVIII Encontro de Iniciação Científica ISSN 1982-0178 Anais do III Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação ISSN 2237-0420 24 e 25 de setembro de 2013 ESPÉCIES DE CUPINS EM CULTIVOS DE CANA-DE-AÇÚCAR EM CAMPINAS, SÃO PAULO Eduardo Henrique Assis Faculdade de Ciências Biológicas Centro de Ciências da Vida [email protected] Luciane Kern Junqueira Ecologia, Biologia Molecular e Filogenia de Cupins e Formigas Centro de Ciências da Vida [email protected] Resumo: A cana-de-açúcar é um importante produto na economia brasileira, principalmente para a produ- ção de biocombustível. Dentre as pragas que atacam esta cultura, os cupins são uns dos principais res- ponsáveis por danos que prejudicam o crescimento e o desenvolvimento da cana, afetando a economia do país. O presente trabalho teve por objetivo identificar a riqueza e a abundância de cupins presentes em cultivos comerciais de cana-de-açúcar em São Paulo. Para tanto, foram realizadas coletas em dois transec- tos de 100 m, divididos em 10 setores de avaliação, localizados em cultivos comerciais de cana nas cida- des de Campinas e Paulínia, em São Paulo. Nos lo- cais amostrados não foram obtidas amostras de cu- pins. Destaca-se que, provavelmente, esses locais sofreram uma aplicação intensa de inseticida, o que é prejudicial, pois apesar de algumas espécies de cupins terem o status de praga, várias outras, princi- palmente as geófagas, são importantes para a manu- tenção da fertilidade do solo, através da fixação do nitrogênio e do carbono, sendo consideradas tam- bém, junto com as minhocas, responsáveis pela ae- ração do solo através dos sistemas de tunelamento. Palavras-chave: Térmitas, Cana-de-açúcar, Isoptera Área do Conhecimento: Ecologia, Ecologia Aplica- da. 1. INTRODUÇÃO As plantações de cana-de-açúcar são atacadas por diversos insetos, mas são alguns fatores, tais como a densidade populacional e a espécie do inseto, que determinam se os mesmos podem ou não causar prejuízos à lavoura. Dentre os vários tipos de insetos praga que acometem os plantios de cana, destacam- se os cupins, que podem ocasionar perdas de até 10 toneladas por hectare/ano, gerando grandes prejuí- zos para a economia canavieira [1], com danos seve- ros às estruturas da planta, tais como toletes e ge- mas [2]. A atividade dos cupins possui grande importancia para o solo, em muito devido aos hábitos construto- res e alimentares. Tal dinâmica permite que esses insetos atuem como reguladores da qualidade do solo, reduzindo o impacto causado por ações que empobrecem o mesmo, tais como a lixiviação e a erosão decorrente das chuvas [3]. A maior parte dos cupins que atacam as culturas de cana-de-açúcar no Brasil, pertence às famílias Kalo- termitidae, Termitidae e Rhinotermitidae [4]. Na regi- ão de São Paulo, destacam-se, dentre outras, as es- pécies Heterotermes tenuis e Cornitermes cumulans como sendo as que mais causam prejuízos às estas plantas [5]. 2. OBJETIVOS O objetivo do presente trabalho foi identificar a rique- za e a abundância de cupins em dois cultivos comer- ciais de cana-de-açúcar, em São Paulo. 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1. Áreas de estudo Foram amostradas duas áreas de cultivo comercial de cana-de-açúcar, uma localizada na ci- dade de Campinas (próxima à rodovia Dom Pedro I) e a outra em Paulínia, ambas no estado de São Pau- lo. Em cada área foi traçada uma linha de amostra- gem, denominada transecto (Figura 1). Essas locali- dades foram escolhidas por não serem áreas de usi- nas conveniadas ao Cento de Tecnologia Canavieira (CTC) de Piracicaba e que, portanto, careciam de dados amostrais, já que para os trabalhos anteriores todas as amostras foram encaminhas pelo CTC.

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Anais do XVIII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do III Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420

24 e 25 de setembro de 2013

ESPÉCIES DE CUPINS EM CULTIVOS DE CANA-DE-AÇÚCAR EM CAMPINAS, SÃO PAULO

Eduardo Henrique Assis Faculdade de Ciências Biológicas

Centro de Ciências da Vida [email protected]

Luciane Kern Junqueira Ecologia, Biologia Molecular e Filogenia de Cupins e

Formigas Centro de Ciências da Vida

[email protected]

Resumo: A cana-de-açúcar é um importante produto na economia brasileira, principalmente para a produ-ção de biocombustível. Dentre as pragas que atacam esta cultura, os cupins são uns dos principais res-ponsáveis por danos que prejudicam o crescimento e o desenvolvimento da cana, afetando a economia do país. O presente trabalho teve por objetivo identificar a riqueza e a abundância de cupins presentes em cultivos comerciais de cana-de-açúcar em São Paulo. Para tanto, foram realizadas coletas em dois transec-tos de 100 m, divididos em 10 setores de avaliação, localizados em cultivos comerciais de cana nas cida-des de Campinas e Paulínia, em São Paulo. Nos lo-cais amostrados não foram obtidas amostras de cu-pins. Destaca-se que, provavelmente, esses locais sofreram uma aplicação intensa de inseticida, o que é prejudicial, pois apesar de algumas espécies de cupins terem o status de praga, várias outras, princi-palmente as geófagas, são importantes para a manu-tenção da fertilidade do solo, através da fixação do nitrogênio e do carbono, sendo consideradas tam-bém, junto com as minhocas, responsáveis pela ae-ração do solo através dos sistemas de tunelamento. Palavras-chave: Térmitas, Cana-de-açúcar, Isoptera Área do Conhecimento: Ecologia, Ecologia Aplica-da.

1. INTRODUÇÃO As plantações de cana-de-açúcar são atacadas por diversos insetos, mas são alguns fatores, tais como a densidade populacional e a espécie do inseto, que determinam se os mesmos podem ou não causar prejuízos à lavoura. Dentre os vários tipos de insetos praga que acometem os plantios de cana, destacam-se os cupins, que podem ocasionar perdas de até 10 toneladas por hectare/ano, gerando grandes prejuí-zos para a economia canavieira [1], com danos seve-ros às estruturas da planta, tais como toletes e ge-mas [2]. A atividade dos cupins possui grande importancia para o solo, em muito devido aos hábitos construto-

res e alimentares. Tal dinâmica permite que esses insetos atuem como reguladores da qualidade do solo, reduzindo o impacto causado por ações que empobrecem o mesmo, tais como a lixiviação e a erosão decorrente das chuvas [3]. A maior parte dos cupins que atacam as culturas de cana-de-açúcar no Brasil, pertence às famílias Kalo-termitidae, Termitidae e Rhinotermitidae [4]. Na regi-ão de São Paulo, destacam-se, dentre outras, as es-pécies Heterotermes tenuis e Cornitermes cumulans como sendo as que mais causam prejuízos às estas plantas [5].

2. OBJETIVOS O objetivo do presente trabalho foi identificar a rique-za e a abundância de cupins em dois cultivos comer-ciais de cana-de-açúcar, em São Paulo.

3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1. Áreas de estudo

Foram amostradas duas áreas de cultivo comercial de cana-de-açúcar, uma localizada na ci-dade de Campinas (próxima à rodovia Dom Pedro I) e a outra em Paulínia, ambas no estado de São Pau-lo. Em cada área foi traçada uma linha de amostra-gem, denominada transecto (Figura 1). Essas locali-dades foram escolhidas por não serem áreas de usi-nas conveniadas ao Cento de Tecnologia Canavieira (CTC) de Piracicaba e que, portanto, careciam de dados amostrais, já que para os trabalhos anteriores todas as amostras foram encaminhas pelo CTC.

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24 e 25 de setembro de 2013

Figura 1. a) Cidades em que foram instaladas as linhas amostrais para a coleta de cupins, ambas em São Paulo; b) Georreferencia-mento da linha de amostragem (transecto) instalada em cultivo comercial de cana-de-açúcar, em região localizada às margens da Rodovia Dom Pedro I, em Campinas, São Paulo c) Georreferenciamento da linha de amostragem (transecto) instalada em culti-vo comercial de cana-de-açúcar em região localizada em Paulínia, São Paulo (Fonte: Google Earth).

3.2. Metodologia de campo Em cada área amostral foi instalado um transecto de 100 m tendo como início do mesmo a borda da plan-tação de cana e, o final, o interior da cultura. Os tran-sectos eram compostos por uma corda de 100 m de comprimento, amarrada em duas estacas, para a fixação no solo. Cada transecto foi dividido em 10 setores amostrais, cada um com 5 m de comprimento por 3 m de largu-ra (15 m²) (Figura 2). Cada setor teve um esforço amostral de 1 hora/coletor, totalizando 10 horas de esforço amostral por transecto. Por setor foram pro-curados os cupins em micro-habitats; em amostras

de cana e foram também coletadas 5 amostras de solo (Figura 3) para análise em laboratório, totalizan-do 50 amostras solo por transecto. Todo o material coletado foi transferido para o Laboratório de Ecolo-gia da PUC-Campinas e triado.

Figura 2. Esquema do transecto de 100 m instalado

nos cultivos comerciais de cana-de-açúcar com a disposição dos setores amostrais.

Figura 3: a) Instalação do transecto na área de coleta de cupim em cana-de-açúcar; b) Amostra-gem de solo em serapilheira do setor 3 na área de coleta localizada em Paulínia, São Paulo.

3.3. Metodologia de Laboratório Para a triagem das amostras foram utilizadas bande-jas brancas nas quais foram depositadas as amos-tras de terra extraídas do local. Com o auxilio de um pincel, pinça e peneira, as amostras foram minucio-samente revolvidas a procura de cupins (Figura 4) que, caso ocorressem seriam acondicionados em álcool 80% e identificados quanto à taxonomia dos grupos encontrados. Para a taxonomia foram utiliza-das as chaves dicotômicas para o grupo, disponíveis na literatura ([6]; [7]; [8]; [9]; [10]; [11]; [12]; [13]; [14]; [15]; [16]).

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24 e 25 de setembro de 2013

Figura 4: a) Acondicionamento das amostras de solo coletadas no cultivo de cana-de-açúcar em sacos plásticos para triagem; b) Triagem a procura de cupins no mate-rial coletado no cultivo de cana-de-açúcar, realizadas no Laboratório de E-cologia da PUC-Campinas.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Não foram encontrados cupins nos locais amostra-dos, o que sugere uma utilização maciça de insetici-das durante o período de reforma dos canaviais, em janeiro do presente ano. Este dado é corroborado pela ausência, durante a avaliação, de quaisquer ou-tros insetos, incluindo formigas, que são bastante comuns neste tipo de cultura. As comunidades de cupins constituem sistemas bio-lógicos complexos, envolvendo uma diversidade de espécies que apresentam diferentes tipos de alimen-tação e de nidificação. Nos ecossistemas terrestres, estes insetos são os maiores responsáveis - não ne-cessariamente o grupo dominante - pela decomposi-ção e mineralização do carbono, influenciando as propriedades e a estrutura do solo [17]. Os cupins, juntamente com as minhocas, são os principais in-vertebrados envolvidos na ingestão e/ou manipula-ção de matéria orgânica e mineral [18]. Assim, des-taca-se que, apesar dos resultados encontrados não terem sido o esperado, a ausência de cupins e outros insetos nesta cultura é um resultado importante, pois reforça a utilização indiscriminada de inseticidas pe-las usinas sucroalcooleiras, o que está promovendo a extinção local de algumas espécies. Apesar dos cupins serem considerados importantes pragas, algumas espécies do grupo, denominadas geófagas são fundamentais, como o já citado, para a manutenção da fertilidade do solo e, portanto, são necessárias nesse ecossistema. A ausência das mesmas e o sistema de cultivo na forma monocultura podem deixar o solo exaurido, promovendo também a erosão e o lixiviamento dos principais nutrientes, o que pode comprometer os cultivos futuros.

Além disso, a partir do momento em que acabar o efeito residual do inseticida, é provável que as espé-cies xilófagas presentes em áreas próximas, não afe-tadas pelos inseticidas, se instalem através das re-voadas que ocorrem anualmente. Como são espé-cies mais resistentes, ocupariam facilmente os ni-chos ecológicos deixados vagos pelas espécies geó-fagas (mais sensíveis a variações ambientais). Por-tanto, a ausência de cupins no período amostrado, não significa a ausência da possibilidade de um surto em mais alguns meses.

AGRADECIMENTOS À Pontifícia Universidade Católica de Campinas pelo apoio financeiro e a todos os integrantes do Grupo de Pesquisa, pelo auxilio para o desenvolvimento deste trabalho.

REFERÊNCIAS

[1] PEREIRA, L. G. B. 2008. Dossiê Técnico. Ca-na-de-Açúcar: principais insetos praga. Funda-ção Centro Tecnológico de Minas Gerais. Minas Gerais, p.3. [2] MIKLÓS, A. A. W. 1998. Papel de cupins e formigas na organização e na dinâmica da cober-tura pedológica. In: FONTES, L. R.; BERTI-FILHO, E. Cupins: O Desafio do Conhecimento. Piracicaba: Fealq. 512 p. [3] NOVARETTI, W. R.T.; FONTES, L. R. 1998. Cupins: uma grave ameaça à cana-de-açúcar no nordeste do Brasil. In: FONTES, L. R.; BERTI-FILHO, E. Cupins: O Desafio do Conhecimento. Piracicaba: Fealq. 512 p. [4] MATHEWS, A. G. A. 1977. Studies on Ter-mites from the Mato Grosso State, Brazil. Rio de Janeiro, RJ: Academia Brasileira de Ciências. [5] ALMEIDA, J. E. M.; ALVES, S. B.; ALMEIDA, L. C. 2000. Controle de Heterotermes tenuis (Hagen) (Isoptera: Rhinotermitidae) e Corniter-mes cumulans (Kollar) (Isoptera: Termitidae) com Inseticida Fipronil Associado ao Fungo Entomo-patogênico Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. Em Isca Atrativa na Cultura da Cana-de-Açúcar (Saccharum officinarum L.). Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.67, n.2, p.235-241. [6] EMERSON, A. E. 1952. The Neotropical Gen-era Procornitermes and Cornitermes (Isoptera, Termitidae). Bulletin of the American Museum of Natural History, New York, USA, v. 99, n. 8. [7] KRISHNA, K.; ARAUJO, R. L. 1995. A Revi-sion of the Neotropical Termite Genus

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24 e 25 de setembro de 2013

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