Escola Moderna Do Cavaquinho
-
Upload
seth-morris -
Category
Documents
-
view
1.066 -
download
400
Transcript of Escola Moderna Do Cavaquinho
o todos os acordes incluos dissonantes
o como tocar os v5.rios ritmos::nocavaquinho 'i '
osolo e acompanhamento :
o mfsicas cifradas
& Lumiar editora 5a EDIQAOli*':'-1lv3'&t-**
EscolaModernadoCavaquffio
afinag6es : r6-sol-si-r6 / r6-sol-si-mi
Henrique Cazes
o todos os acordes incluindo os dissonantes
o como tocar os v6rios ritmos no cavaquinho
o solo e acompanhamento
o mrisicas cifradas
fu ,"r^*Editora
rsP e enurluoJa nep sou anb Ppn ep e BJrsnuaP og5rl uled {eileuc s?urepBu v
Sensibilidade e compet6ncia
Henrique, vocQ al6m de grande mtisicq 6 um grande her6i e sua sensibilidade e competdnciame comovem muito. Voc€, com este trabalho, estd dignificando cada vez mais o cavaquinho - instru-mento tipicamente brasileiro - e gug atd bem pouco tempo, era bastante marginaliZado, como foio violdo um dia. Tenho cerrezade que, a partir de agora, os adeptos desse instrumento ser6o mui-tos.Ileus sinceros parab6ns a voc0, pela beleza do trabalho, e ao Almir Chediak, por ter acreditadoe editado este manual que 6 definitivo. Precisamos de mais brasileiros como vocOs neste pais.
Beth Carvalho
Carninhos brasileiros
Sou um grande admirador do artista Henrique Cazes. Mrisico s6rio, estudioso, companheiro e
amigo do nosso querido Radam6s Gnattali, pertence ao grupo dos que trabalham com prazer e de-dicagSo para que, seguindo caminhos brasileiros, as nossas artes evidenciem, atrav6s dos tempos,a contagiante forga de expressdo que a indole do nosso povo oferece em suas manifestaEoes culturais,
Este m6todo de cavaquinho, elaborado com muito crit6rio por um instrumentista conscientee observador, com cerleza,enriqueceri os conhecimentos dos estudantes (e tamb6m de profissio-nais), porque Henrique Cazes aglutinou com clareza id6ias predominantes, desenvolveu-as, conse-guindo aprcsentar novas opEoes de invers6o de acordes, escalas, arpejos, c6lulas ritmicas para acom-panhamentq dedilhados, interessantes pesquisa sobre afinagdq evidenciando refinamento e boapostura.
Rildo lfora
Pareceres
I{errneto Fascoal - E muito imponante que, pela primeira vez no mundq os misicos tenham a oportuni-dade de conhecer o cavaquinho em todos os seus recursos harm6nicos, mel6dicos e ritmicos. O cavaquinho 6 uminstrumento qug al6m do chorq 6 ilimitado.
Paulo Moura - Este m6todo ser6 sem drlvida bem vindo para todos aqueles que, apreciando o estilo da mrisi-ca popular carioca, buscam a oportunidade de usufruir das qualidades do cavaquinho como instrumento solista.
Pepeu Gornes - Este m6todo inovador vem por fim a uma antiga defici6ncia no ensino do cavaquinho. Mos-tra ima enorme variedade de acordes dissonantes', exercicios de t6cn-ica, leitura mel6dica e uma s6rid de mtsicasde vdrios autores. E importante frisar que este trabalho serve, tamb6m, aos que tocam guitarra baiana com afina-
96o de cavaquinho.
Alrnir Chediak - Este trabalho e, sem drivida, o mais importante j6 feito sobre o aprendizado do cavaquinho.Espero que todos os cavaquinistas amadores e profissionais possam tomar conhecimento desta maravilhosa obra.
Rafael Rabello - Finalmentg algu6m se preocupa em viabilizar o estudo do cavaquinho. Era um problemaque afligia os iniciantes no instrumentde, tambdm os piofissionais. Mas agora tudo est6 resolvido graEas^d dedica-
E6o desse mrisico que teve a pacidncia de oferecer ao cavaquinho e ao musicista em geral este metodo pioneiro BravgHenrique!
Arrnandinho (Trio El6trico)- 0 cavaquinho, qup tem uma sonoridade t6o marcante na misica brasileira e6 t6o pouco incentivado no seu aprendizado, tem agora um m6todo clarq pratico e completo. Parab6ns, Henrique,a MPB agradece.
Joel do Nascirnento - A nobrez4 o fascinig a beleza e a "molecagem" do cavaquinho agora j6 se encon-tram neste livro.
Mauro Diniz - Estamos diante de um mdtodo que realmente ilustra tudo sobre o cavaquinho.
Existia uma car€ncia muito grande no que diz respeito ao aprendizado deste instrumento, pois at6 ent6o n6otinhamos conhecimento de nenhuma publicagdo que pudesse nos fornecer dados suficientes para uma pesquisamais.profunda.
E bastante recomend6vel para quem deseja obter uma boa t6cnica e conseqlientemente para quem deseja serum bom cavaquinista.
A compet€ncia deste trabalho justifica o titulo: Escola Moderna do Cavaquinho.
II\totcE
PARTE I
I - Resumo hist6rico 8Il-Oinstrumento 9
a) Estrutura 10b) Cordas e palhetas I Ic) Afinag5o I I
III - Extens6o e notagEo lla) ExtensSo llb) Notagao 12
PARTE 2Fundamentos
I - Postura 12II-Arpejo I 13
III - Martelo Simples 14IV - Escala Cromdtica (duas oitavas) l5V - lpitura Mel6dica I 16
VI - Estrutura e representagdo dos acordes 20a) Acorde 20b) O acorde representado:
l) Na pauta 202) No brago do cavaquinho 203) Cifras 20
c) Formagdo do acorde 22t) Tfiade 222)Tftrade 223) Acorde invedido 22
d) Categoria dos acordes 22VII - Acordes no cavaquinho I 22
a) Trfade muor 22b) Trfade menor 23c) Acorde com sdtima ou de sdtima da dominante 24d) Acorde diminuto 25
Vru - Acompanhamento cifrado com os acordes estudados, levando-se em conta a condugao harm6nica 26
PARTE 3
l-Arpejo2 27II - Martelo duplo 28
III - Combinag6o de m6o esquerda 28IV - Exercfcios de fortalecimento dos dedos 3 e 4 28V - Exercfcio com nota fixa 28
VI - Escala cromdtica com repetigdo 30VII - kitura mel6dica 2 3l
Vm - Cdlulas ritmicas mais comuns no acompanhamento de cavaquinho 39IX - Acordes no cavaquinho 2 4O
a) Acorde com sexta 6 40b) Acorde menor com sexta 46 4lc) Acorde de sdtima e quarta f, 4Zd) Acorde de sdtima com quinta diminuta 1(bS) 42e) Acorde de sdtima com quinta aumentada 7(#5) 43f) Acorde menor com sitima m7 43g) Acorde menor com sitima maior m(7M) 44h) Acorde menor com sdtima e quinta diminuta m7(b5) 44i) Acorde com sdtima maior 7M 45
PARTE 4
I-Arpejo3 45II - Exercfcios de fortalecimento e independ6ncia dos dedos 3 e 4 (continuageo) 48
III - Sugestdo de tdcnica minima didria 4tIV - Efeitos (notac{o e execugEo) 48
a) Pizzicato 48b) Tr€molo 49c) Harm6nicos 49d) Segundas menores 50
V - Regras bdsicas de digitageo 50VI - kitura mel6dica 3 (sugestdes de repert6rio de solo) 50
VII - Acordes no cavaquinho 3 51a) Acorde de sdtima e nona 7(9) 5lb) Acorde de sdtima e nona menor 7(b9) 51c) Acorde de sdtima e nona aumentada 7(#9) 52d) Acorde com sdtima maior e nona 7M(9) 52e) Acorde com nona adicionada (add9) 52f) Acordecomsextaenona $ 52g) Acorde menor com sdtima e ddcima primeira m7(l l) 53h) Acorde de setima com ddcima primeira aumentada 7(#l l) 53i) Acorde de sdtima com ddcima terceira 7(13) 53j) Acorde de sdtima com ddcima terceira menor 7(b13) 53
VIU - Mrisicas populares harmonizadas 54
PARTE I
I - RESIJMO HISTORICO
Existe unanimidade entre autores como Oneyda Alvarenga, Mdrio de Andrade, Renato Almeida e Cdmara Cascudo sobre aorigem portuguesa do cavaquinho. Afirma Cascudo que de Portugal o instrumento teria sido levado para a Ilha da Madeira e
de 16, ap6s absorver algumas modificagOes, vindo para o Brasil. Na verdade, o cavaquinho chegou n5o s6 i Ilha da Madeira,mas, tambim, aos Agores, Havai e Indondsia.
No Havai, levado pelo madeirense Jodo Femandes em 1879, foi rebatizado pelos habitantes locais comoukulele (pulgasaltadora), caiu no gosto da populagEo e acabou se tomando sfmbolo da mrisica havaiana. Na Indonisia, ganhou o nome de
kerotjong (ou viola de kerotjong ou ainda ukulele como no Havai), e participa do conjunto que toca o g€nero de mesmonome, bem parecido com o conjunto de choro brasileiro. No livro Instrumentos Populares Portugueses encontramos a seguin-te descrig6o: "O cavaquinho d um cordofone popular de pequenas dimens6es, do tipo da viola de tampos chatos - e portantoda famflia das guitarras europdias - caixa de duplo bojo e pequeno enfraque, e de quatro cordas de tripa ou met6licas - con-forme os gostos, presas em cima nas cravelhas e embaixo no cavalete colado no meio do bojo inferior do tampo. Aldm destenome, encontramos ainda, para o mesmo instrumento ou outros com ele relacionados, as designagOes de machinho, machim,machete, manchete ou marchete, braguinla ou braguinho, cavaco etc. . ."
Al6m das coincid€ncias de formas e afinag6es do instrumento 16 e aqui, vemos ainda que em ambos os c:rsos o cavaquinhoestri ligado a manifestagOes populares, festas de rua, etc.
Sobre os g€neros que o utilizam em Portugal, encontramos na mesma publicagEo o seguinte: "Como instrumento de ritmoe harmonia com seu tom vibrante e saltitante, o cavaquinho d como poucos,pr6prio para acompanhar viras, chulas, mdhOes,canas-verdes, verdegares e prins".
Aldm dos g€neros em que i usado, outro detalhe marca a diferenga entre o cavaquinho no Brasil e em Portugal: a maneirade tocar. Enquanto aqui utilizamos a palheta para tanger as cordas, ld s6o usados os dedos da m6o direita, geralmente fazendorasgueado.
No Brasil o cavaquinho desempenha importante fungdo no acompanhamento dos mais variados estilos, desde gOneros mu-sicais urbanos como o samba e o choro, atd manifestagdes folcl6ricas diversas como folias de reis, bumba-meu-boi, pastoris,cheganga de marujos.
O cavaquinho, com a flauta e o violeo, formou o conjunto que deu origem ao choro como forma de tocar e mais tardecoino gdnero musical. Com o aparecimento do samba na d6cada de 10, o cavaquinho ganhou o gdnero com o qual d mais iden-tificado, e no qual participa de todo tipo de evento, desde o samba de terreiro atd o desfile das escolas de samba, muitas vezessendo o rinicoinstrumento harmonico.
Ao longo deste sdculo grandes instrumentistas marcaram o desenvolvimento do cavaquinho, entre os quais podemos citarNelson Alves (Nelson dos Santos Alves - Rio de Janeiro - 1895-1960).Integrante do grupo de Chiquinha Gonzagae funda-dor dos Oito Batutas. Autor de choros como Mistura e manda e Nem ela. . . nem eu. Canhoto (Waldiro Frederico Tramontano
- Rio de Janeiro - 1908-1987). O mais marcimte acompanhador de cavaquinho. Tocou com Benedito Lacerda desde a ddca-da de 30; em 1950 fundou seu pr6prio regional, marco dentro dessa formagdo instrumental. Garoto (Anfbal Augusto Sardi-nha - S5o Paulo - SP -281611915 - Rio de Janeiro 03/05/1955). Inigualdvel virtuose das cordas. Tocavabanjo,cavaqui-nho, bandolim, violllo tenor, guitarra havaiana, violdo, etc. Foi o autor de mrisicas revoluciondrias para a sua 6poca como Duascontas e Sirwl dos tempos. E sobretudo aquele que popularizou o cavaquinho como solista: Waldir Azevedo (Rio de Janeiro -27loll1923-20/09/1980). Autor das mrisicas mais executadas do repert6rio de cavaquinho: Brasileiinho, Delicado e Pedaci-nhos do cht, entre outras. Podemos ainda acrescentar que dentro dessa evolugdo o acontecimento mais recente de relevo 6 aexperi6ncia camerfstica que aCamerata Carioca, idealizada pelil maestro Radamis Gnattali, rcaliza;utilizando o cavaquinhopara tocar desde concertos de Vivaldi atd mfsicas de autores contempordneos.
Nos riltimos anos duas variagOes de forma do cavaquinho ganharam adeptos: a guitarra baiana (um cavaquinho eldtrico decorpo macigo e forma de guitarra elitrica) instrumento solista dos trios elitricos, e o banjo-cavaquinho, que devido ao seusom alto, se equilibra melhor com os instrumentos de percussfio usados nos chamados pagodes.
8 o Heruique Cazes
II _ O INSTRI.JMENTO
a) Estrutura
8. Gabeqa (paleta
7. Festana (osso)
8A. MecAnica (tanacha
7A. Traste zero
3. Boca
3A. Roseta (mosaico)
2. Caralete
1. Tampo
4. Faixa (ilharga)
FIGURA 1
o Os nomes entre par€nteses sdo tambdm usados para cada parte.
Escola Moderna do Cavaquinho o 9
l. Tampo - material: Spruce (pinho sueco), cedro ou cedar.
Travessas
lrqueharmdnico
FIGURA 2
o A relagao entre o material do tampo, aquantidade eostiposde leques,omaterialdas faixase fundoe as dimens6es da
caixa d que vai determinar o timbre e o volume do instrumento.Ex.: tampo mais duro + cavaquinho mais agudo; caixa mais larga + realce da regi5o mddio-grave.
2. Cavalete - de jacarandd, imbuia, dbano. E a pega onde se prendem as cordas. E colado ao tampo e nele inserido o rasti-lho (2-A) que consiste em uma pega de osso (eventualmente plistico ou marfim), responsdvel pela altura e tenseo das cordas.
Sabe-se'que o timbre tambem sofre influ€ncia do material do rastilho.
3. Boca - oriffcio responsdvel pelo equilibrio das press6es extema e intema. A roseta (3-A), aldm da fungSo decorativa,reforga as bordas da boca.
4. Faixa e fundo - de jacarandd, caviuna, imbuia, faia, pldtano, etc. Nos instrumentos pequenos como o cavaquinho, influibastante no timbre a escolha da madeira.
5. Escala - de dbano ou jacarand6. E uma placa de madeira colada sobre o brago, na qual est6o fixados os trates (5-A). Aproporgdo das distincias entre os trastes d que vai dar o temperarnento da escala, dividindo-a precisamente em semitons.
6. Brago - de cedro ou m6gro. Sua forma e dimens6es determinarIo maior ou menor conforto para o instrumentista.
7. Pestana - de oso (eventualmente de pldstico). Tem fung6o semelhante ao rastilho e ainda divide as cordas equidistan-temente. E muito comum encontrarmos no cavaquinho o traste zero (7-A), colocado junto i pestana e respons6vel pela alturadas cordas.
8. Cabega - costuma ter o desenho que caracteriza o fabricante e nela est6o localizadas as mecinicas (8-A), cuja finalidaded fixar as cordas e controlar sua tensdo, visando a afinagdo.
l0 o Henrique Cazes
b) Cordas e Palhetas
A fabricagdo de cordas para cavaquinho ainda se encontra em est6gio bastante primitivo, e na falta de opg6es o que fun-ciona satisfatoriamente sdo as cordas de ago para violSo.
Deve-se escolher o tipo de corda de acordo com o instrumento e o gosto do instrumentista, tomando o cuidado para n5ousar a quarta e a terceira cordas de calibre muito grande, ou seja, ndo usar cordas muito grossas.
Quando se coloca uma corda nova em um cavaquinho, 6 aconselhrivel subir a afinagdo gradativamente atd a altura do dia-pasdo, para evitar que a corda se rompa.
A palheta costuma ser uma opgdo pessoal do instrumentista, mas podemos observar algumas caracterfsticas gerais:
o A palheta mole d mais barulhenta e desaconselhdvel para solo.o A palheta dura d mais vers6til servindo tanto ao centro quanto ao solo.o Quanto menor a palheta, menos ruido causa.o As palhetas de pldstico escuro costumam apresentar melhores resultados do que as de plistico colorido.o Qualquer que seja o tipo de palheta,6 importante que a superffcie que fard contato com a corda esteja polida, para evi-
tar ruidos.Um material bastante usado em palhetas 6 o casco de tartaruga, e os cavaquinistas que preferem este tipo costumam mol-
dri-las a seu gosto. As palhetas de tartaruga t€m a vantagem de n6o quebrar, apenas gastar.
c) AfinagSo
Desde o seu surgimento em algumas cidades portuguesas, o cavaquinho tem sido afinado de diversas maneiras das quais po-demos citar (do grave para o agudo):
o Rd-Sol-Si-Rd - mais usado e que os madeirenses trouxeram para o Brasil;o Sol-Sol-Si-Rd e L6-L6-D6-Mi;o Rd-Sol-Si-Mi - usada em Coimbra;o Sol-Rd-Mi-Lri - chamada de afinagd'o para malhSo e vira, na "Moda velha";o Sol-D6-Mi-Ld - usada na regiEo de Barcelos.
Existem ainda ahnag6es em que a corda mais aguda d a terceira e nflo a primeira.No Brasil a afinagSo mais usada d Rd-So1-Si-Rd, sendo tambdm encontrada a Rd-Sol-Si-Mi e atd mesmo uma afinagdo em
quintas (como no bandolim) - Sol-Rd-Lri-Mi.Este mdtodo aborda as duas afinagOes mais comuns (Rd-Sol-Si-Rd e Rd-So1-Si-Mi) que daqui pra frente passamos a chamar
de : tradicio nal, a pimeira, e notural, a segunda.
Observagdo: O nome natural procura seguir o critdrio usado para denominar as afinag6es da viola caipira (ou brasileira), ouseja, a afinagSo como a do violdo fica com o nome de natural.
Em matdria de utilizagdo para o acompanhamento, as afinag6es se equivalem. Para o solo, a afinagdo natural d sem drividamais rica, pois aumenta a extensdo do cavaquinho.
Qualquer que seja a afinagd'o utilizada d muito importante que o instrumentista adquira o hdbito de afinar na altura corre-ta, dada pelo diapasSo. Normalmente o diapasd'o dri o Lri - 440H2 (ds vezes 442H2) que deve corresponder ao Ld na 24 casa
da 3? corda. Feito o acerto do Ld padr6o, teremos a 3? corda afinada e daf poderemos seguir diversos caminhos para afinar as
demais, dos quais citamos abaixo o mais comum:
c4
c3o@
o
Sol
si ''/
Sol
c5
c7
=@=o=o=@
Si
Rd (afinaEao tradicional) =@Rd (oitava)
Mi (afinagdo natural)
Rd.
E muito comum ap6s um procedimento como o apresentado acima, montarnos um acorde e este soar desafinado. devidods deficiencias na construgdo do cavaquinho. Nestes casos d necessdrio fazermos aproximagOes para termos uma mddia de afi-nag6o razodvel.
Ultimamente, com o surgimento dos afinadores eletronicos, pode-se atingir uma mddia mais precisa na afinagdo.
III_EXTENSAOENOTAQAO
O cavaquinho d escrito em clave de Sol, soando exatamente na alturaem que 6 escrito.
a) ExtensSo
Escola Moderna do Cavaquinho r I I
A extensdo usual C de duas oitavas, sendo que as notas que esteo entre par€nteses s6 sdo alcangadas com facilidade porquem usa afinag6o natural.
b) NotagdoNa notagdo das partes de cavaquinho aparccem as seguintes indicag6es:o @ , @ , @ , O -nrimerodentrodeumcfrculoindicaacordaqueest6sendotocada;. 1,2,3,4 - indicam os dedos: indicador, mddio, anular e mfnimo da m6o esquerda, respectivamente.. Cl ,C2, etc. - indica a casa mais pr6xima da pestana em que vunos tocar um trecho ou montar um acorde;o tJ - setas para cima e para baixo indicam o sentido da palhetada.
PARTE 2
_ POSTURA
A postura que serd apresentada aqui segue a uma l6gica ffsica e anat6mica, e pode ser descrita em tr€s pontos:o Para manter a coluna vertebral em posigdo ereta e tocar sem problemas, em pd ou sentado, d necess6rio que se empu-
nhe o instrumento i altura do diafragma, com o brago paralelo ao solo. O cavaquinho dever6 estar totalmente firme pormeio de uma pressdo do antebrago direito sobre o lado direito do peito e do apoio do brago do instrumento sobre a pri-meira junta do dedo indicador da mdo esquerda.
o Como precisamos de plena liberdade de movimentos para o pulso direito, n6o i aconselhrivel apoiri-lo sobre o tampo docavaquinho nem apoiar o dedo minimo da m6o direita logo abaixo da boca do instrumento. A m6o direita deve se mo-vimentar paralelamente ao tarnpo. Os dedos que ndo seguram a palheta devem estar naturalmente unidos.
12 o Henrique Cazes
FIGURA 3 FIGIIRA 4
WFIGURA 5 FIGUM 6
o Os dedos indicador, mCdio, anular e minimo da mdo esquerda, que vdo apertar as cordas, devem ser arqueadas para que
atuem perpendicularmente i escda.O polegar esquerdo que dard apoio para todos os movimentos deve atuar da maneira mais c6moda e eficiente possfvel. Le-
vando-se em conta que, devido as dimensOes reduzidas do instrumento, as variag6es de tamanho de m6o do executante e de
regillo a ser usada provocam variagEo muito grande na posigdo do polegar esquerdo, diferentemente do violflo em que se tra-balha com postura de mdo esquerda mais rfgida.
II _ ARPEJO I
O objetivo dos exercfcios que se s€guem d fixar boa postura de mllo direita e iniciar o desenvolvimento de uma nog6o dedistdncia entre as cordas, sem que para isso seja necessirio olhar em que corda a palheta vai tocar.
J=)
I rt I
)=)
o Os sinais J-J inAi."* que a unidade de tempo 6 mantida durante todo o exercicio, ou seja: mudam as figuras de rit-To, mas o andamento pelmanece inalterado. Isto implica em que devemos escolher andamento lento (por exemploJ = SO) para irmos sem problemas do inicio ao fim do exercfcio.
. E importante que se obsewe o sentido da palhetada, descrito pelas setas abaixo do pentagrama.
. Podemos observar ainda que o importanti deste exercfcio d o trabalho da mao direita]Sendo assim, ndo d necessdriotrabalhar com as cordas soltas. Podemos, por exemplo, abafar as cordas ou montar um acorde.
o Para quem usa a afinagdo natural (Rd-Sol-Si-Mi) o exercfcio d exatamente igual, s6 que a I ? corda em vez de Rd, passaa ser Mi, ou seja, as notas do primeiro tempo do segundo compasso de cada tipo de exercfcio, pilssam a ser Mi.
III _ MARTELO SIMPLES
O exercicio de martelo simples tem como objetivo fixar boa postura para a m6o esquerda e iniciar o processo de fortaleci-mento e independ€ncia dos dedos.
A posigdo correta d a mostrada na figura abaixo.
Partindo-se desta posig6o, o exercfcio consiste em levantar cada um dos dedos separadamente, mantendo os demaisna posi96o inicial.
l? ' I r I r I
o Ndo d necessdrio levantar muito cada dedo. O importante d levant6-los a uma mesma distincia da escala, mantendo oarqueamento do dedo.
o Este exercfcio deve ser executado em andamento lento para que haja atengSo a todos os movimentos.r Em caso da m6o esquerda ficar muito tensa, parar e s6 reiniciar quando tiver voltado ao normal.o Para quem usa a afinag6o natural (Rd-Sol-Si-Mi), a rinica alteragdo 6 no quarto compasso do exercfcio: em vez de Ld-Ri
fica Si-Mi. Ou seja, a posigdo dos dedos d id6ntica a de quem usa a afinagEo tradicional.
14 o Henrique Cazes
FIGURA 7
IV - ESCALA CROMATICA (2 oitavas)
AFINAqAO TRADTCTONAL
c8-rB t)tt ? N2
6Hi a 31'4 o
/a\-\:/
AFINAQAONATURAL
c5-c5-rl' 4 q
7 t ot4
I
3 t ";
E sempre bom lembrar que as digitag6es aqui apresentadas s6o as mais comuns, o que n6o impede que existam outraspossibilidades adaptdveis a cada instrumentista.Deve-se objetivar neste exercfcio valores hopog€negs e um som claro em todas as notas. Para se conseguir este resultadod bom iniciarbem lentamente (J =30 *) =?Of = 120), cuidando para que nio ocorramoscilagdesnoandamento.Outro objetivo que devemos tei em menie d quE o som de uma nota deve durar ati o ataque da subseqiiente, sempausits.
Aqueles que ainda n6o tdm prdtica de leitura. cabe lembnr que na representagEo da escala estSo desigrados o dedo dam6o esquerda, a corda e a casa mais proxima da pestana que estarcmos usando.
oI
c@
@c
o1
e@
@
C9-C5i--C4i-r
c6-_t c5 _ c7 _
Escola Mo&rna do Cenquinho r l5
V _ LEITURA MELODICA I
_ As mrisicas aqui apresentadas visam a desenvolver a prdtica da leitura com o instrumento, bem como a associag6o entre aaltura da nota e sua localizagdo no brago do cavaquinho.
Como s6 trabalharemos com a regido correspondente as primeiras casas do instrumento, n6o haverd necessidade de indicara digitaqSo.
Para quem usa afinagEo natural, trocar o Ri da l4 corda
1
EXERCICIoS PREPARAToRIOS (cordas soltas)
15 o Henrique Cazes
4
Escols. Moderna do Cavaquinho o l7
6
_
12? r
7t
n-r,l-'ll a
8
,
9
18 o Henrique Cazes
E-...--.--.-
Escola Moderna do Cavaquinho o 19
vI - ESTRUTT,JRA E REPRESENTAQAO DOS ACORDES
a) AcordeAcorde d o agrupamento de tr€s ou mais sons ouvidos simultaneamente.
b) O acorde representado:l) Na pauta
A representagIo dos acordes na pauta d feita pela superposigIo das notas, mostrando a simultaneidade dos sons.
2) No brago do cavaquinho
DO MAIoR, AFINAQAo TRADICIoNAL
@@o@
G7
cl
Os nrirneros 1,2,3 e 4 conespondem aos dedos da m6o esquerda, isto d, indicador, mddio, anular e mfnimo, respectiva-mente.
Obnennrgdo: A transposigf,o dos acordes no cavaquinho se processa da mesma maneira que no viol6o, isto i, desloca-se oacorde para a direita ou para a esquerda do brago do cavaquinho fazendo com que as notas sejam abaixadas ou elevadas porigud.
Por exemplo: quando montamos uma pestana na quinta casa, obtemos um acorde de D6 maior (C); na sexta casa D6 suste-nido maior (C#);na quarta o Si maior (B) e assim sucessivamente.
3) CifrasSflo sfmbolos prdticos de acordes usados habitualmente em notagdo harmdnica de mrisica popular, para qualquer ins-trumento. Em lugar do nome das notas (D6, RC, Mi, Fd, Sol, L6, Si), usamos assete primeiras letias mairisculas doalfabeto.L{=A Mi=ESi=B Fd=FD6 =C Sol =GRd =D
Em caso de existirem sinais de alteragdo, estes aparecem d direita da letra maifscula: G#(Sol sustenido), Eb(Mi bemol).Ao usarmos cifras devemos ter consci6ncia do seguinte, a cifra estabelece:o O acorde com suas tr€s, quatro ou mais notas e eventuais alteragdes.o O estado do acorde (fundamental ou invertido).Observagdo: Inversfio d quando o baixo nfio coincide com a nota da fundamental.iEx.: C/f * DO maior com mi no baixo.Como no cavaquinho neo temos a regido do baixo, serri indiferente.A cifra n6o estabelece, deixando i livre critirio e bom gosto do executante:o A posigEo do acorde, ou seja, a ordem vertical das notas.o Notas a serem duplicadas ou triplicadas.. Notas a serem suprimidas.o Se devemos ou ndo usar notas estranhas ao acorde e quais.
20 r Henrique Cazes
c5
Dentro da liberdade que a notag6'o de cifra nos d6, devemos usar al6m do bom gosto (quanto a unidade de estilo), umacondugSo harmOnica compativel com as possibilidades t6cnicas do cavaquinho, aldm de alguns fundamentos que garantarn umsom claro, como por exemplo:
e Toda triade (acorde de tr€s sons: fundamental, terga e quinta) deve conter a terga.o Todo acorde de sdtima deve conter a terga e a s6tima.o Toda nota alterada deve ser tocada. Ex.: (b5), (#5), (b9), etc. . .
o A fundamental e a quintajusta s6o dispensdveis.o Duplicar ou triplicar s6 a fundamental e a quinta justa. (E no acorde diminuto a terga).o Nos estados invertidos a nota do baixo tem que ser ouvida (para o cavaquinho nEo d necessdrio).
Observagiio: Podemos verificar que a fundamental e a quinta justa tanto podem ser duplicadas, triplicadas, como suprimi-das. Isto serd muito importante para o cavaquinho quando estiver d frente de um acorde com mais de quatro sons, e tiver queescolher uma ou mais notas para suprimir.
Apesar do dobramento da terga resultar num certo prejufzo acfstico, no cavaquinho 6 aceitdvel e na prdtica bastante uti-lizado.
o Qladro dos interralos e sfmbolos usados na cifragem dos acordes, tomando comocxemplo a nota fundamental D6
o Na coluna (nome) os termos entre pa€nteses s6o subenten&dos quando s€ diz o no-me de um determinado acorde.
Ex. I - C$ OO com sexta e nona Ex.2 - Dm7(9) Rd menor com s€tima e nona
Enarmonia, sdo nomes diferentes para um mesmo som.
. Este gdfrco foi extra{do do livro "Harmonia e Improvisagdo" de Atmir Chediak.
NOTAS ENARMOMA INTERVALOS SIMBOLO NOME
D6 I Fundamental
R6b 2m b9 Nona menor
Ri 2M 9 Nona (maior)
Rd#Enarm6nicos
2 aum. #9 Nona aumentada
Mib 3m m Terga menor
Mi 3M Terca maior
Fd 4J4 Quarta (usta)
ll Ddcima primeira (iusta)
Fi#Enarm6nicos
4 aum. #tt Ddcima primeira aumentada
Solb 5 dim. b5 Quinta diminuta
Sol 5J Quinta (iusta)
Sol#
Enarmdnicos
5 aum. #s Quinta aumentada
Ldb 6mb6 Sexta menor
b13 Ddcima terceira menor
LdtEnarmonicos
6M6 Sexta (maior)
l3 Ddcima terceira (maior)
sibb 7 dim. o ou dim. Sdtima diminuta
sib 'tm 7 Setima (menor)
Si 7M 7M Sdtima maior
Escola Moderna do Cavaquinho o 2l
c) Formagdo do acordel) Trfade
o A triade maior i formada pela fundamental, terga maior e quinta justa, resultando na superposigdo de uma tergamaior e uma menor.
o A triade menor d formada pela fundamental, terga menor e quinta justa, resultando na superposigiio de uma tergamenor e maior.
o A trfade diminuta d formada pela fundamental, terga menor e quinta diminuta, resultando na superposigdo deduas tergas menores.
o A trfade aumentada d formada pela fundamental, terga maior e quinta aumentada, resultando na superposigdo deduas tergas maiores.
Ex.: cmaior
Montagem I
Dob ramento da fundamental.
Cm
menor
Co ou Cdim
diminuta
c(#s)aumentada
2) TdtradeTdtrade d o agrupamento de quatro sons.
3) Acorde invertidoTem-se acorde invertido quando o baixo se encontra sobre a terga, quinta justa ou sdtima menor ou maior.Observagdo: Como no cavaquinho ngo temos a nota do baixo serd indiferente.
d) Categoria dos acordesBaseado no sistema tonal os acordes s6o divididos em quatro categorias: maior, menor, sdtima dominante e diminuto,A categoria maior se catacteiza pela fundamental, terga maior e quinta justa e nunca possui sdtima menor.A categoria menor se caracteriza pela fundamental, terga menor e quinta justa.A categoria de sitima da dominante se caracteriza pela fundamental, terga maior e sdtima menor.A categoria dos acordes de sdtima diminuta se caracteriza pela fundamental, terga menor, quinta diminuta e sdtima dimi-
nuta.Observagfio: Na PARTE 2 deste mdtodo serdo abordados os acordes bdsicos de cada uma dessas categorias.
VII - ACORDES NO CAVAQUINHO I
Como temos quatro cordas e as trfades t€m tr€s sons diferentes, podemos dobrar uma dessas notas. O dobramento da fun-damental e da quinta justa resultam acusticamente melhor; o dobramento da terga maior ou menor d aceitdvel e bastante uti-lizado na pr6tica.
Apresentamos os acordes a seguir, nas duas afinag6es (tradicional e natural) e nas regiOes onde s6o normalmente usados.
a) Trfades maiores
AFINAQAO TRADICIONAL
Montagem 2
Dobramento da tergamaior.
Montagem 3
Dobramento da quintajusta.
(cordas soltas)G G#ou Ab
! A mesma montagemna casa 2 (C2) resulta noacorde de F# ou Gb; naC3 em G; na C4 em G#ou Ab; na C5 em A; naC6 em A#ou Bb; na C7emBenaC8emC.
C# ou Db
ffic
ffiE F
22 . Henrique Cazes
E (Mi maior)
AFINAQAO NATURAL
Montagem I
. Dobramento da fundamental.
Montagem 2
r Dobramento da tergamaior.
Montagem 3
r Dobramento da quintajusta.
C+ ou DbC# ou DbC
OU
Exercfcio: Escrever no pentagrama todas as
maior e a quinta justa, e o dobramento.
b) Triades menores
Montagem I
I Dobramento da fundamental.
trfades maiores nas montagens apresentadas, localizando a fundamental, terga
Em Fm Am
AFINAQAO TRADICIONAL
Montagem 2
r Dobramento da tergamenor.
C+tn
AFINAQAO NATURAL
Montagem 2
r Dobramento da tergamenor.
Em Fm
Montagem 3
r Dobramento da quintajusta.
G#m Am
Montagem I
I Dobramento da fundamental.
Em
Montagem 3
I Dobramento da quintajusta.
C#m ou Dbm
Exercfeio: Escrever no pentagrarna todas as trfades menores nas montagens apresentadas localizando a fundamental, tergamenor, quinta justa e os dobramentos.
F
ffic G#ou Ab
ffiffi
Cm
Escola Modema do Cavaquinho o 23
c) Acorde de sdtima ou de sdtima da dominanteOs acordes de #tima da dominante sdo conhecidos popularmente como acordes preparat6rios e geralmente pedem resolu-
g5o num acorde maior ou menor, cuja fundamental se encontra quarta justa ascendenle ou quinta justa descendente.Ex.: G7 C
Mostraremos as montagens com todas as notas e em seguida algumas com dobramentos e supress6es. As montagens comas quatro notas ser6o ordenadas pela mais aguda.
ACORDES DE SETIMA
AFINAQAO TRADICIONAL
Montagem I Montagem 2 Montagem 3 Montagem 4
. Fundamental na notamais aguda.
E7 F1
r Terga maior na notamais aguda.
I Quinta justa na notamais aguda.
NATURAL
Montagem 3
I Quinta justa na notamais aguda.87 C7
ffiFruH d
r Sdtima menor na notamais aguda.
Montagem 4
c787D#7 ouEbT
AFINAQAO
Montagem 2
E7
ffiF7
ffiH]j
r Sdtima menor na notamais aguda.G7 G#7 ou Ab7
ffiffi
3) Omitindo a fundamentale duplicando a quinta justa.
Montagem I
I Fundamental como notamais aguda.
E7 F7
ffiffi
l) Omitindo a quintajusta e duplicandoa terga maior.
c7
r Terga maior na nota
D7F7
mais aguda.
m D#7 ou Eb7
Exercfcio: Escrever no pentagrama todos os acordes de sdtima nas montagens apresentadas, localizando a fundamental, ter-ga maior, quinta justa e a sdtima menor.
ObservagSo: E importante notar que a fundamental e a quinta justa, tanto podem ser omitidasquanto duplicadas sem quehajam problemas acfsticos. No cavaquinho, na prdtica, duplica-se tergas e atd sdtimas sem maiores problemas, pordm ndo daconselhdvel.
Existem portanto outras formas de montagem dos acordes de sdtima da dominante, omitindo-se uma nota e duplicando-seoutra, conforme veremos a seguir nos exemplos para as duas afinagOes.
E bom lembrar que n6o se pode omitir a tergi maior nem a sdtima menor destes acordes.
AFINAQAO TRADICIONAL
2) Omitindo a fundamentale duplicando a terga maior.
D7
ffiA7
ffi24 o Henrique Cazes
AFINAqAO NATURAL
l) Omitindo a fundamentale duplicando a quinta justa.
A7
2) Omitindo a fundamentale duplicando a sdtima menor.
Exercfcio: Escrever no pentagrama alguns exemplos de acordes de s6tima nas montagens em que omitimos uma nota e du-plicamos outra. Iocalizar a fundamental e a quinta justa (se aparecerem), terga maior e sdtima menor, bem como a dupli-cageo.
d) Acorde diminuto o ou o7Por quest6es didr{ticas usa-se o simbolo "o" para representar a triade diminuta e "o7" para as tdtrades. Pordm em termos
prdticos quando temos uma cifra, por exemplo, Co trata-se de uma tdtrade jri que a triade diminuta ndo d usada.
Podemos perceber que os sons que formam estes quatro acordes sdo os mesmos (mudando apenas a posig5o das notas), e
que a diferenga entre estes acordes est6 no baixo.Como no cavaquinho o baixo de acorde ndo existe efetivamente, podemos construir o seguinte quadro prdtico:
D#o F#oPara o cavaquinho: Co = ou = ou : Ao
Ebo Gbo
c#o A#oou -Eo-Go- ouDbo Bbo
G#opo-fo- ou =Bo
Abo
O sinal = indica a equival6ncia destes acordes, para o cavaquinho.
Montagem (o nome do acorde diminuto ser6 dado pela nota mais grave).
AFINAQAO TRADICIONAL
F#o ou Gbo
Temos ainda uma outramontagem:
D#o ou Ebo
Escola Modema do Cavaquinho o 25
AFINAQAO NATURAL
Os acordes de sdtima diminuta, devido a equiacompanhamento de cavaquinho.
sdo elementos chave na condugdo de um
Deve-se utilizar uma montagem de um dos acordes equivalentes, que esteja mais pr6ximo ou sirva melhor de caminho paraos acordes seguintes.
VIII - ACOMPANHAMENTO CIFRADO COM OS ACORDES ESTLIDADOS (I-evando-se em conta a condugio harmonica)
Para realizarmos satisfatoriamente um acompanhamento em qualquer instrumento harmdnico, i necessdrio que haja con-dug6'o, ou seja, que n6o se mude aleatoriamente da montagem de um acorde i do seguinte, mi$ que este movimento sugira umcaminho l6gico, normalmente por graus conjuntos.
Os exemplos que se seguem d6o a id6ia do que seja um acompanhamento bem conduzido, o que deve ser um objetivo cons-tante. Na prdtica, o mfsico recebe acompanhamento cifrado e o realiza de acordo com as possibilidades tdcnicas do instru-mento e s€u gosto pessoal.
Do
l-T-l--+
HttHval€ncia mos
D#o ou Ebo
ffitrada no quadro acima,
AFTNAqAO TRADTCIONAL
I b #'r fil r "# l -:i'". r f'T r f[ r ilTr,r"iruotfi, tt
))
3 i, il'rif" r'^il r ?[ I fi, I fii r 'B-
r '?]
r fi' r"# rr
r'?,rilril rfii r '?'rr
RITMO BASICO
Aos que nd'o t6m pr6tica de acompanhamento, sugerimos o ritmo bdsico abaixo para ser utilizado na parte das seqti6ncias.
tl ll I lllEsta "batida", uma das mais utilizadas iro choro, pode sewir como base para se adquirir firmeza na palhetada.
25 o Henrique Cazes
^ 3, G.G7. C Cmz' +) Mr I trrt I Mz I r,tg
^ 2, D .F#7. Bm D73' i r,r2l r,t I Mi I r'rs
G*Ao, D , 87, E7
c3 lM3 lMllM3
D7.1. G D7I rtrs I rta+ I uz M3
GA7DD7I rt,tr I rr,t+ I rr,tz I rr,tz
r ,frI r '?,
rr
G
I r'rr ll
GI r'rr ll
l. lt
lt
C' A7 Dmur lur I rtls I
GG7 C
urlur lrrml
AFINAQAO NATURAL
Em A7uzlurD7 '1.
M2lM3
*l,l"olfir llJD7GM3 lurll
Ebo4cl
Cmffil
I rnrs
)G
I rt,tr)
'- ll' 1t
PARTE 3
I - ARPEJO 2
Os exercicios que se seguem t€m o mesmo objetivo dos arpejos l, so que trabalharemos agora com cordas intercaladas (4?,24,34, 14).
Escolher um andamento e mmt€-lo, do infcio ao fim do exercicio e s6 passar a um andamento mais rdpido quando es-
tiver executando perfeitamente o exercfcio.Observar o sentido da palhetada.Para quem usa afinagdo natural, s6 muda o 49 tempo dos compassos 4/4, que em vez de Rd serdo Mi.
II - MARTELOS DIJPLOS
Partindo de uma posigdo iddntica i usada para o exercfcio de martelo simples,levantaremos agora dois dedos de cada vez.
o Para tocarmos simultaneamente em duas cordas, usamos a palheta na mais grave e a unha do dedo anular na mais aguda.o E importante que os dedos se movimentem sincronizados e atinjam uma mesma dist6ncia do espelho.o Paraquemusaafinagsonaturalaunicaalteragdodqueodedo4emvezdetocarLii-Rdtocarrisi-Mi,masaposigsodos
dedos serd id€ntica.
a
aa
Escola Modema do Cavaquinho o 27
rrr - coMBrNAQoEs DE MAO ESQT.JERDA
Sdo uma s6rie de exercicios em que realizamos todas as passagens possweis de dedos da mlo esquerda.Partiremos da posigdo em que os dedos 1,2,3 e 4 ocupam quatro casas vizinhas em qualquer corda e regi6o.
l) Comegando com o dedo l:
1) Comegando com o dedo 2: 2134,2143,2314,2341,2413,2431.3) ComeEando com o dedo 3: 3124,3142,3214,3241,3412,3421.4) Comegando com o dedo 4: 4123,4132,4213,4231,4312,4321.
Observag6es:r O exercfcio d vrilido para qualquer afinagdo.o Depois que estiver bem seguro, passe a fazer o mesmo exercfcio com a seguinte posigdo dos dedos:
3 - C5; 4 - C7 em qualquer corda.
IV - EXERCICIOS DE FORTALECIMENTO E INDEPENDENCIA DOS DEDOS 3 E 4
. Com os dedos em casas vizinhas, fazer uma vez o exercfcio (com repetigdo) em cada corda.o Levantar os dedos da m5o esquerda o mfnimo necessdrio, sem que eles saiam do arqueamento normal.
V - EXERCICIOS COIT,T NOTA FIXA
Nestes exercfcios, um dos dedos da mdo esquerda se
corda.fixa em uma nota sustentada, enquanto os demais atuarn em outra
e@_.'oldemcom@r@,@.@
28 o Henrique Cazes
l-C2;2-C4;
@otic@
AFINAQAO TRADICIONAL
-D€)-,
It
o Idemcom @ e @ , @ . O
AFINAqAO NATURAL
O exercfcio tem exatamente a mesma mecAnica descrita para a finagdo tradicional. 56 muda a nota da primeira corda. Ex.:
o ldemro- @ . @ , @ . @
A segunda parte do exercfcio (ascendente) comega id€ntica ao da afinagE'o tradicional e s6 muda no riltimo compasso,mantendo por6m a mecdnica.
Ii muito importante que a nota fixa tenha a duragfro indicada.
Os dedos que se movimentam devem se distanciar o mfnimo necessdrio e ndo sair do arqueamento normal.
Observe rigorosamente o sentido da palhetada.
1tt'@@
@@@
3
@
@ @_r
O@ ----r
o@'
Escola Modema do Cavaquinho o 29
vr - AQUECIMENTO 2
ESCALA CROMATICA COM REPETIQAO
Assim como a escala cromdtica simples constitui um valioso exercrcio de aquecimento, sendo muito usado tambdm porviolonistas.
Os pulos ora com o dedo 2 (subindo), ora com o 3 (descendo) na 1? corda, devem ser executados com perfeigfro para que
ndo haja quebra no andarnento.
AFINAQAO TRADICIONAL
3 I ?lc6,0
lil@@@
3llrl3€)r -{
(3)
2 3^ ,2c7-
?_iA (2)(J) -'I
/a\
a-ltrl
@@@
lQ o Henrique Cazes
4
e.g4
G'
AFINAQAO NATUR{L
3
4
t
eI
6)
3I
6\'=)
I
c3ti1(9(?I
@
1-
3
cl
-.-
r3111O'zB,
3llj
@ @e3
rtllt{-@; rPt 'O
Quando estamos subindo (em diregao ao agudo) e temos um grupo com notas em duas cordas, muda a palhetada para
lll. Fora estes casos a palhetada d sempre Jtl.Devemos escolher um andamento em que a escala seja tocada com perfeigSo do infcio ao fim. por mais lento que este
seja.
VII - LEITURA MELODICA 2
As pegas que se seguem e a leitura melodica I desenvolvem a leitura com o instrumento. Utilizaremos agora umaextensaomaior, figuras de ritmo incluindo semicolcheia e escreveremos a digitagdo, quando necessdria.
a
o
Escola Moderna do Cavaquinho o 3l
1) Minueto
AFINAQAO TRADICIONAL
c5-
@_@ @_o
J.S.Bach(1685-17s0)
r-l? lez-l
c5_
-
2a vez-
2) Pavane
32 o Hendque Cazes
M. Ravel (1875 - l9l7)
2\n 2 q ----\
H. Cazes
o3L.
c7-roB
ltLa z
@@24 vez
-
c5-
Escola Moderna do Cavaquinho o 33
H. Cazes
R. Gnattali (1906)
5) Meu Amigo Torn Jobim (trechos)
@----
C4-"--C6----2
34 . Henrique cszes
'7- ,'i-,t6', ---------
'!-\z)
cl
-cl
a\\7o
rrrNnqAo NATURAL
o21o-
/a\- /l --_-\5-l \z
J. S. Bach (1685- 17501l) Minueto
t-
Escola Moderna do Cavaquinho o 35
M. Ravel (1875- l9l7)2) Pavane
36 e Henrique Cazes
3) Valsa H. Cazes
ta yg7
-
)a ysy-
4) MaxixeC5
Escola Moderna do Cavaquinho o 37
5) Meu Amigo Tom Jobim R. Gnattali (1906)
C5
c3-
c5-- 4 ,--l
38 o Henrique Cazes
I I I I I nor amoroso (J. A. S. Calado)
vrrr - CELULAS nfrmc,l,s MArs coMLJNs No ACoMPAr{HAMENTo DE CAVAQT,ITNHO
- scHorrlscH tll, t T
-MAXrxE 7ll, l[tllr
tT I .[l Ex.: Yara (Anacteto de Medeiros)
(i)
/,ll ll, U U,ll T;|,uodx\i:,:,"**lll
lriiTlll
xxx
U
-.no*o fr ll, t ii r Li ,ll ll, iJjj
-FREV. ? ll'i-i:i
llllll
x x x x ,, Ex.: Doce de coco
I I I I :ll (Jacob do Bandolim): l youvuendo
@xinguinha)
llllllllro O samba d um gdnero de mfsica em que se desenvolvem inrimeras "batidas". Podemos considerar como base o ritmo
acima.
- nu.A,o 7 ll' U V 7 1l ll' U Lj ,ll Ex: Deticado(wardirAzevedo)
ill ll I
,ll Ex.; Gostofro(Nelson Ferreira)
Itl
xxxI l_J
Escola Moderna do Cavaquinho o 39
_ MARCHA
r il T' I T { r x x X X X X rr Ex.: Oteucabelontionega
4 ll' LJ LJ I L-l t!! ll ,t",artine Babo e rrmrios Varensa)
llllllllll
- VALSA - Existem divenos tipos dos quais podemos citar:
VALSA BRASILEIRA TRADICIONAL
i ll,riVALSA TIPO ESPANHOLA
iII. T
xx x xxl'i
Ex; Branca (Zequinhh de Abreu)
Ex.: Santa moreru (Jacob do Bandolim)
Ex.: Das rosas. .. (Dorival Caymmi)
iltI
VALSA TIPO FRANCESA
,ll!ll
1li ll,7xxII
O xote ou x6tis, encontrado na mfsica nordestina, d bem diferente do Schottisch que veio para o Brasil no siculo passadoe praticamente nilo d mais executado. O xote d bindrio e poderia ser resumido:
? ll,T U ,ll
J tt
IX - ACORDES NO CAVAQT.TTNHO 2
_ ACORDES MAIORES E MENORES COM SEXTA
56o acordes de quatro sons, que aldm das notas que formam as trfades maiores ou menores, t€m a nota da sexta maior.a) Acorde com sextaAs montagens mais comuns destes acordes no cavaquinho sio aquelas em que a nota da sexta aparece como a mais aguda,
embora existam outras que soem bem.
40 o Henrique Cazes
Tendo a sexta como notamais aguda.
F#m5
AFINAQAO TRADICIONAL(.tendo a sexta como nota mais aguda)
I
N6o tendo a sexta comonota mais aguda.
F#6
Outra montagem muitousada com a sexta "naponta" 6:
Observe que o resultado sonoro destas duas montagens s6o bem distintos e isto se deve ao fato de que na primeira a
quinta justa e a sexta aparecerem na mesma oitava, e na segunda n6o.Existe outra montagem bastante usada em que a quinta justa e a sexta aparecem numa mesma oitava, mas n6o como no-tas mais agudas. Esta montagem cobre a regiio do D6 atd G5, que ainda ndo havia sido coberta.
o E comum aos que usam a afinagdo tradicional, utilizar o relativo menor em vez doacorde com sexta, como por exemplo:
Em M2 em vez de G6.
Este procedimento embora muito divulgado, empobrece a harmonia pelo fato doacorde aparecer incompleto (o ff aparece sem a quinta justa) e elimina o intervalode segunda maior entre a quinta justa e a sexta que soa t6o bem na regiEo do cava'quinho.
AFINAQAO NATURAI
b) Acordes menores com sexta m6As montagens de melhor resultado sonoro neste caso, diferentemente dos acordes maiores com sexta, s6o aqueles em que a
sexta nio aparece como nota mais aguda.
AFINAQAO TRADICIONAL
G6
ffiD5
ffiG#6
ffiD#6
ffi
Bbm6
c#6
D#6
Fm6 Dm6 Bm5D#m6
Escola Modema do Cavaquinho o 4l
F#m6
D#1
AFINAQAO NATURAL
AFINAQAO NATURAL
Bbm6
Exercfcio: Escrever no pentagrama todas as montagens dos acordes com sexta, apresentadas, localizando a fundamental,terga, quinta e sexta.
c) Acorde de sdtima e quarta 7O
Tambdm chamado acorde "sus 4", ou seja, com a quarta suspensa, d um acorde que nao contdm terga, e que na maioriadas vezes passa pelo acorde de s6tima da dominante (com a mesma fundamental) para depois resolver.
r*.,]y ef, cz I c ll
AFINAQAO TRADICIONAL
Fl^l ^#l
^#1Dl
d) Acorde de sdtima com quinta diminutaEstes acordes possuem algumas peculiaridades, obsewemos :
Vemos que os quatro sons que formam o primeiro acorde s6o os mesmos quatro sons que formam o segundo acorde, devi-do i simetria de intervalos.
lrmbrando que no cavaquinho ndo existe a nota do baixo, podemos montar o seguinte quadro:
42 o Henrique Cazes[,
ET
^1
PARA CAVAQUINHO:c7(be) = F#7(b5);D7(bs) = G#7(bs)E7(bs) = A#7(bs)
F7(bs) : B7(bs).G7(bs) = C#7(b5)A7(bs) = D#7(bs)
AFINAQAO TRADICIONAL
F7(bs) = B7(b5) F#7(bs) = C7O5)
e) Acorde de sdtima com quinta aumentada 7(#5)
AFINA9AO TRADICIONAL
AFINAQAO NATURAL
FTOS) = B7(b5) F#7(bs) = C7(b5)
F7(#s)
ffiF7(#s)
ffi
E7(#s',)
ffiE7(#s)
ffi
A7(#s) A#7(#s)
AFINAQAO NATURAT
L#7(#s)
Os acordes de s6tima com quinta diminuta ou aumentada pertencem d classe dos acordes dominantes alterados, diferindona alteragdo da quinta, embora estejam associados a uma mesma escala (a escala hexaf6nica ou de tons inteiros). Cabe aindaobservar que estes acordes n6o possuem quintajusta.
f) Acorde menor com sdtima m7Observemos um exemplo de acorde menor com sitima: Am7
Vemos que se eliminalmos a fundamental (o que i perfeitamente aceitdvel no cavaquinho), resta.-nos a trfade C.Concluimos que o acorde menor com sdtima pode ser substitufdo pelo relativo maior, principalmente quando se toca junto
com instrumentos que atingem as notas de baixo (viol6o, piano, etc. . .).Aldm da opg6o de troca pelo relativo maior, podemos utilizar montagens completas derivadas das quatro apresentadas para
o acorde maior com sdtima.
A7(#s)
Escola Modema do Cavaquinho o 43
Em7
AFINAQAO TRADICIO\AL
Fm7 Dm7 D#m7 Bm7
Cm7
Em7
G#m7
I
Em7
ffi'
A nota mais aguda descendo
AFINAQAO NATURAL
D#rn7 Bm7
Am
Am
E bom observar que estas montagens coincidem com as do relativo maior com sexta.
g) Acordes menores com sdtima maior m(7M) ^Aparece- constantemente em passagens do tiio: 1l .L l ,lm(zu) I .{mz I
"t".E devemos portanto usar montagens em que fique rtalgado do caimento da sdtima, como por exemplo: (na afinag6o tradi-cional).
ou a nota mais grave descendo.
De qualquer forma o que importa d que haja condugdo.
Padindo das quatro montagens completas do acorde menor compara o acorde menor com sdtima maior.
11) Acorde menor com sdtima e quinta diminuta m7(b5)E de bastante uso na mfsica tonal e podemos observar o seguinte:
Am7(b5)
Se colocarmos a fundamental coqro a nota mais aguda passaremos a ter:
44 o Henrique Cazes
Am(7M) Am7
Am(7M) Am7
sdtima e elevando a sdtima meio tom temos as opgOes
c5
c5C5
Cm7 Fm7
Fm7 Dm7 Bm7 Am7
que vem a ser o acorde Cm6. Podemos ent6o montar o seguinte quadro:
PARA O CAVAQUINHO:
Existe ainda a op96o de simplesmente suprimir a fundamental restando uma triade menor, ou seja: Am7(b5) + Cm.Esta opgdo i vr{lida principalmente quando se toca junto com um instrumento que toque a nota do baixo (viol6o, piano,
etc.).
i) Acordes com sdtima maior 7M
D#7M
ffiD7M
Am7(b5) = Cm6A#m7(b5) = C#m5Bm7(b5) = Dm6
Cm7(b5) = Ebm6C#m7(b5) = Em6Dm7(b5) = Fm6
D#m7(b5) = F#m6Em7(b5) = Gm6Fm7(b5) = Abm6
F#m7(b5) = Am6Gm7(b5) = Bbm6G#m7(b5) = Bm5
D#7M
E7M F7M
F7M
AFINAQAO TRADICIONAL
G7M G#7M
AFINAQAO NATURAL
G7M G#7MF#7M
o E muito comum os acordes de 7M aparecerem cifrados majT ou 7+ em algumas publicagOes.
PARTE 4
I _ ARPEJO 3
_ EXERCTCIOS PREPARATORIOS PARA ESTUDO DE ARPEJOS
3\
Comegar com as cordas soltas (como est6 escrito) e a medida em que for conseguindo seguranga , aceletar atd) = 80. DaientSo escolher uma seqii6ncia harm6nica qualquer para sincronizar o arpejo com a troca de acordes.
nx.: l) nm I nz I r'n I Dz I c Inz'llQuando a troca estiver saindo perfeita, colocar o cavaquinho na afinagdo natural (para obter maior extensdo) e iniciar a
preparag6o da pega que se segue:I
1
Escola Moderna do Cavaquinho o 45
ESTUDO DE ARPEJOS NS I, EM MI MENORPARA CAVAQUINHO SOLO
Henrique Cazes
Rio - 1982
r3-.\ r3---. r3-r r-3- 7-3'r 7-3-, r3- r3-=---;fi--.i4-t-21 -ea -Qt t2 t a-22 ++ ++
,-- 3 "r
L,imile sempre
4l-. I
)))
I I
-l) ) ),) ) 4--+J 1+
c10 C5
D,D -l)) l.'.]aa il
46 o Henrique Cazes
I
4-Daa - r
- r)t/t 4) )J
FAJ JJt),ic1_c4_
^-i i'l r-1 nll!! '!ft7!! . . l-l l-I lvl i
,{7 E,J7
I_l
Escola Moderna do Cavaquinho o 47
I
il - EXERCICIOS DE FORTALECIMEMO E INDEPENDENCI.I DOS DEDOS 3 e 4 (Continuagdo)
Trata-se do mesmo movimento visto no capitulo anterior, s6 que agora os dedos ficar6o mais espagados.Comegando na quarta corda:
- t, c2 lz, cc I :, cs I q, cl (posig6o dos dedos)Uma vez o exercicio, passa para a terceira, etc.
-t,c4lz, csl:, czl+, csUma vez em cada corda e muda.
III - SUGESTAO DE TECNICA MNIVIA DIARIA
E uma forma l6gica de organizarmos os exercfcios de tdcnica do mdtodo, de forma a montar um circuito eficiente.1. Arpejos I2. Martelo simples3. Escala crom6tica - 2 oitavas (5 vezes)4. Martelos duplos5. Arpejos 2
6. Escala cromdtica com repetigdo (5 vezes)7. Combinagdes de mdo esquerda8. Exercfcio com nota fixa9. Escalas (a vontade)
10. Estudo de Arpejo n9 I (com exercfcio preparat6rio)I I. Erercicios de fortalecimento e independ€ncia dos dedos 3 e 4 (nas tr€s posigOes dadas)
I\' _ EFEITOS
a) hzzicato - Se obt6m abafando as cordas sobre o rastilho com a parte lateral da mdo direita, conforme vemos na ilus-traqdo abaixo.
O trecho a ser tocado em pizzicato normalmente aparece coma abrcviatura PIZZ.
E um efeito que funciona muito bem, em qualquer regido docavaquinho.
FIGURA 8
48 . Henrique Cazes
b) Trtmolo - E a repetigdo rdpida de um som, para dar a impressSo de continuidade. Como d muito comum no bandolinr(que tem cordas duplas justamente por isso) o tr€molo se popularizou entre os solistas de cavaquinho, sendo muitas vezes de
pessimo gosto. Uma forma de estudar o tr€molo d ir aumentando gradativamente o numero de palhetadas numa mesma nota.
Ex.:
ALTERNANDO SEMPRE O SENTIDO DA PALHETADA
As notas em tr6molo normalmente s5o riscadas tr€s vezes na haste.
c) Harmdnicos - Assim como no violdo, aparecem no cavaquinho dois tipos de harmonicos:os simples e os oitavados.Os harmOnicos simples sdo obtidos na quinta, sdtima e ddcima segunda casas, abafando-se levemente a corda a ser tocada.
Normalmente sao representados por :
ou somente
HCI2 H CI2
Os harmdnicos oitavados sdo obtidos abafando-se a corda a ser tocada com o indicador da mdo direita. exatamente sobre
o traste da casa correspondente a uma oitava acima da nota que queremos tocar, conforme a figura:
Sio normalmente representados por:
FIGURA 9
Escola Moderna do Cavaquinho o 49
d) Segundas Menores - E um efeito muito usado principalmente no acompanhamento de samba, podemos exemplificarcom o trecho:
Normalmente este efeito neo d indicado, ficando a gosto do executante.
v - REGRAS BASTCAS DE DTGITAQAO r.rO CAVAQT.ITNHO
a) Nao devemos tocar duas notas consecutivas com o mesmo dedo, a n6o ser que ahnlamos a segunda nota por arraste (namesma corda que a primeira) ou que seja uma terminagdo (como a Escala Cromdtica vista no Estrigio I na afinagdo tradicional).
b) A prdtica de se armar uma pestana para solar certo trecho, tdo comum no viol6o, n6o funciona bem no cavaquinho.c) Quando for necessdrio "pular", para trocar de regido, devemos verificar se existe no trecho a ser tocado corda solta. o
que facilita o "pulo".d) Em caso de n6'o haver corda solta devemos dar prefer€ncia aos pulos que caiam no tempo forte e normalmente com.
dedo l.e) Na regido mais aguda devemos usar os dedos mais espagados, afim de alcangarmos da sexta a ddcima segunda casa sem
necessidade de "pulos".f) Na regiSo acima da ddcima segunda casa devemos usar os dedos I ,2 e 3, evitando o dedo 4
VI - LEITURA MELODICA 3
O mtsico que atinge este estdgio certamente est6 apto a executar um repert6rio de solos Como n6o hd espago para pubhcar estas partes, apresentamos uma listagem adequada a cada afinagao ou a ambas.
Anacleto de Medeiros - Medrosa - polca - DmTerna saudade - valsa - G
Avena de Castro - Evocagdo a Jacob - DmBenedito Costa - Primeiro estudoBonffglio de Oliveira - Amor nio se compra - choro - GCalado, J. A. S. - Flor amorosa - polca - DGaroto - Vamos acabar com o baile - choro - Am
Meditando - choro - F (afinagEo natural)Henrique Cazes - Desengomando - choro - G
Mitsuru do cavaco - choro - CEsrudo de arpejos nQ I - Em
Hermeto Paschoal * Vocds me deixem ali e seguem no cafto - choro (afinaqao natural.;Chorinho pra ele - G
Honorino lnpes - Ltngta de preto - choro - C (afinagEo natural)
Jacob do Bandohm - Benzinho - choro - DmDoce de coco - choro - GNoites caiocas - choro - GNosso romance - choro - C
&nta morerw - valsa - EmV6o da mosca - valsa - C (afinaqio natural)
K-Xmbinho - Eu quero i sossego - choro - Am (afinaqeo natural) Gm (afinagdo tradicional)Luiz Americano - Numa seresta - choro - G
Sotiso de cistal - choro - C
Nelson Nves - Nem eh. . . nem eu. . . -choro - DmPaulinho da Viola - Beliscando - choro - DmPaulinho da Viola e Femando Costa - Choro negro - Gm
Oraqdo de outono - choro - Bb
Pixinguinha - Carinhoso - choro - C
Chorei-choro-FCochiclwndo-choro-DmLamentos - choro - DNaquele temqo - choro - DmOs cinco companheiros - choro - Em
50 o Henrique Cazes
Os oito batutas - maxixe - GUmazero-choro-CVou vivendo - choro - G
Radamds Gnattali - Remexendo - choro - DVariagdes sem tenw Wra cavaqwnho e prcno
Rubens Leal Brito - Modulando - choro - C (afinag6o natural)Severino Ararijo - Um chorinho em aldeia - choro - C (afinagfio natural)Silva Torres (Jacard) - Galho seco - baido - Gm
Jacari de saiote - frevo - I)mWaldir Azevedo - Brasileirinho - choro - G (afinagdo tradicional) A (afinagdo natural)
Cnmundongo-choro-GCarioquinha-choro-DmChoro novo em d6 - C
Delicado-bai6o-GPedacinho do ciu - choro - G
Queira-me bem - choro - GUm cavaquinho em serenata - choro - Dm
Waldir Azevedo e Otaviano Pitanga - Ye se gostas - choro - GZequinha de Abreu - Tico-tico no Jubti - choro - Em
VII - ACORDES NO CAVAQUINHO 3
o Neste t6pico apresentaremos os acordes de mais de quatro notas em que teremos que omitir uma ou mais notas, de pre
fer€ncia a fundamental e/ou a quinta justa.
a) Acorde de sdtima com nona 7(9)Os dois tipos de montagens mais comuns sdo:
AFINAQAO TRADICIONAL
Eb7(e)
Eb7(e)
E7(e)
E7(e)
Bb?(e) 87(e)
AFINAQAO NATURAL
o Podemos observar que nas primeiras montagens omitimos a quintamental.
b) Acorde de setima com nona menor 7(b9)Podemos observar que: CZ169)
omitida a fundamental
Assim sendo, as montagens dos acordes 7(b9) ser6o as mesmas dos acordes diminutos.Para o cavaquinho: C#7(b9) = po (ou equivalente)
D7(b9) = F#o
87(e)
enquanto nas segundas omitimos a funda'justa
Bb7(e)
Escola Moderna do Cavaquinho o 5l
c) Acorde de sdtima com nona aumentada 7(#9)
AFINAQAO TRADICIONAL
com sdtima maior e nona 7M(9)
AFINAQAO TRADICIONAL
e) Acorde com nona adicionada add9
AFINAQAO TRADICIONAL
com sexta. non. $
AFINAQAO TRADICIONAL
Eb7(#e\ E7(#e) Bb7(#e) B7(#e)
ffiffirffiffiAFINAQAO NATURAL
G#7M(e) EbTM(e)
AFINAQAO NATURAL
G#(adde)
ffi
G#8
ffi
E7M(e)
c(adde)
ffiB(add9)
ffi
Eg
ffi
G#(adde)
ffi
c#8
ffi
Bb7(#e)
ffi
EbTM(9)
ffi
c(adde)
ffi
G#7M(e)
ffi
B(add9)
ffi
Eg
ffi
Eb7(#e)
ffid) Acorde
Bb(add9)
ffif) Acorde
Ebg
ffiEl
B7(#e)
ffi
AFINAqAO NATURAL
AFINAQAO NATURAL
rffiffi
cg
ffiEbg
ffic8
E7(#e)
G7M(e)E7M(e)G7M(e)
Bb(adde)
52 o Henrique Cazes
g) Acorde menor com sdtima e ddcima primeira m7(l l)Podemos usar as montagens dos acordes com quarta e sdtima.
h) Acordes de sdtima com ddcima primeira aumentada 7(#l l)Usamos as montagens correspondentes aos acordes de sdtima com quinta diminuta.
i) Acordes de sitima com ddcima terceira 7(13)
AFINAQAO TRADICIONAL
AFINAQAO NATURAL
F7(l3)
j) Acordes de sitima com d6cima terceira menor 7(bl3)Podemos usar as montagens correspondentes aos acordes de sdtima e quinta aumentada.
o O que foi comentado aqui para os acordes m7(ll), 7(#ll) e 7(b13), constitui apenas uma vis6o prtitica e exclusivamen-te vdlida para cavaquinho.
a As montagens dos acordes que n6o aparecem neste mdtodo, podem ser deduzidas a partir de outras, apresentadas, com a
modificagdo de uma de suas notas. Ex.:
F7(i3 ) (ahnag6o tradicional) G7M(#5) (afinagdo natural)
F7(i3)
A7(13)
ffi
F7(13)
ffiA#7(13)
ffi
F7(13)
Substituindo-sea fundamental
pela nona maior :+
G7M
Subindo meio toma quinta justa =+
Observagdo: Sobre a questdo de como harmonizar ou improvisar no cavaquinho, o melhor caminho seria atravds do estudoda harmonia funcional e das escalas dos acordes. Tais conhecimentos poderdo ser encontrados no livro "Harmonia e Improvi.sag6o", de Almir Chediak, sendo que a digitagdo das escalas dos acordes no cavaquinho seguirdo :$ regras biisicas apresentadasna pade 4, capftulo V, deste livro.
A7(13) E7(13)
A#7(13) E7(13)
G7M(=J;
Escola Moderna do Cavaquinho o 53
DO MAIOR
2,+) Mintra vi-
't.rd mais ilu-
d-
c#ono cama-
G7samba n6o des-
guar-
cola vai pro
cseo
G7gudm que s6 me
rlDmval
cfaz
Dmdei meu
SOL MAIOR
2,GI r-e-
Amgeiro
A7para o
C
6a t^-
_zqvez _Geu que pen-
't.tou o meu so-
Ge para o
c#over se como-
't.meu amor pri-
Cm6z6o dos meus
B7sava que po-
Emfrer
D7caso nio hii
c/ovia teu cora-
D7va
IX _ MOSICAS FOPULARES HARMONIZADAS
As mfsicas aqui apresentadas senrirdo de exercfcio para o uso dos acordes e ritmos ensinados neste mdtodo.
GUARDEI MINHAVIOLA
A7fundo do ba-
G7
't.fezingrati-
G7quero afas-
G7ldo n6o toco
Dmri
cquero esque-
,- 14 vez
LEVA MEU SAMBA
C
d6o mi-
ctar
E7pra facili-
cmais minha vi-
Gb7 F7GG7samba
B7es-
D7meiro
c/s E7ais
dia te esque-
G7falou mais
forga de von-
E7
96o onde eu di-
't.te
't.
A7n6o
D7niio
Emcer
calto no meu
Gtade
A7zia "vim bus-
54 o Henrique Cazes
rrX|]Jf
D7
L7cer ela ndo
Paulinho da Viola
G7ndo have-
Dmdeixa
Dmm6goas que o meu
AIsejo
Ataulfo Alves
G7nha viola
A7'as,1,
tar o meu de-
G7ola
E7meu
Emcado
G7vai di-
Gposso mais
't.mas qual o
c#opeito uma sau-
G7aquele
D7car o meu Per-
.. [- 24vez
-lr c)l aeo
't.mensa-
't.
't.zer que ela
- la vez
D7
B7que aumen-
Glodade
csamba foi pra
Goao'-
i-
sO euERo rJM xoDoDomiguinhos - Anastr{cia
1
{ Que
D7um xo-
't.eu
um a-
't.
um xo-
D7meu vi-
Gilil
Gfalta eu sinto
Gd6
clevo a vida as-
Gmor
Em7d6 pra
Gver
Em7de um
D7mas
D7sim tdo
't.que a-
AI
Bm7bem
Gcomo eu n6o
Gs6
Dm7cabe
Em7jeito as-
G
que
Em7tenho nin-
't.eu s6
't.meu so-
A7sim que a-
Dm7
cfalta me faz
Bm7guim
Dm7quero
A7frer
clegre ominr do meu
ll'o-t
't.sinto
B7(be) B7
Bmseu eu perder esse
E#7horas
F#7n6o posso fi-
Emt'coisat'
F#7Ear
Bmfnico
Bmlhar (eu ndo posso fi-
minha
F#7 87
F#7
F#7 ilcar) I I
DAS ONZE
Em/C F#7nuto com vo-
G7mas ndo pode
C#m7(bs)em Jaga-
que sai a-
F#7nhf, de ma-
87disso "muid".
c#7mde ndo dorme en-
Emsou
Bmtenho minha
G 'll
Adoniram Barbosa
Bmce
F#7ser
Bmnd
c#m7(bs)goras ds onze
Bmnhi
't.tem outras
't.quanto eu niio che-
G7 F#7n- lho
F#7casa para o-
TREM
SI MENOR
2, ll: Bmd Ndo posso fi- ll .., nr. mais um mi-
't.muito amor
Emmoro
Gtrem
C#m7(bs)s6 ama-
-l?vez
-
- 24vez
,il n,nl) ealdm
55 o Henrique Cazes
FOLHAS SECAS
Nelson Cavaquinho - Guilherme de Brito
nE uruoR
2,D4' quando eu piso
I Gm6
l*"-ID/F#I e nos po-
lc7I ve-
lEmTlsempre o
lnlu*ao
lF#m7(bs)leu
lJ;.*^A7ra
Foetas da
87zes
A7sol me quei-
B7(be)n6o
B7dades ao
c7se-
Em7penso na
Em7minha esta-
Em7subi o
E7man-
G#m7(bs)quan-
Em7posso mais can-
E7(e)lado do meu vio-
87cits
A7minha es-
A7geo pri-
't.morro can-
A7do
c#7(be)do
't.tar
16o da
Em7 l'1.cafdas de I uma man-
E7 lL7co- lu
D l't.meira n6o lsei quantas
Gm6 I tstan- I ao
D Bm7 lEmT A7e asslm vou lme aca-
F#m l'1.tempo me avi- lsut quelr
E7e se Deus n6o
Am/cdiz que deu diz que
G#IB#e vou me indig-
Gm6sei
I't .
I que
loln I
lvou sentir sau- |
Gm6 l^7 llminha moci- ldade ll
PARTIDO ALTO
Alc+rd
Ad6
E/nd6
Alc#nar e chega
Edor adora brincadeira
A#ogado me botar cabreiro
neiro) diz que deu diz que
A-/cn6o vou duvi-
G#7como d que vai fi-
ElG#e se Deus ne-
A-/cDeus dard Deus da-
Bm7pois pra me jogar no
E/r c#7na barriga da mi-
I
I
Chico Buarque
MI MAIOR
2'' E (l 't''tod Diz que deu diz que ( a.u'Cr que Deus da-
Edar 6 nega
Acar 6 nega
Agar 6 nega
f--it -vE;
-..-21
-yarie
-
I P/n :11 E/sI rd Cttz que deu diz que I ra Deus d um cara goza-
E7 l,rmundo tinha o mundo in- I t.ito -rt achou muito engra-
F#7 87 lrsdria nasci brasileiro I (eu sou do Rio de Ja-
56 o Henrique Cazes
I
omz
lGo| gao ficou
G7vai cho-
lcol-o.
t971."
"
I Dm7
le
lB7lo.
MI MAIOR2,I Es-
I C#m7lmundo acon-
ltETMI I qu"t. o nosso a-
lr+mzI t.-
tcTM C#oI rar vai sofrer
ln+mzI r'i-
ve se es-
acon-
G7vocd n6o m€-
miN que nas
ACONTECE
F#m7que-
lETM BID#I
I Iece que Ja nao sel
E7M BID#nosso ninho de a-
lG#m7(bs)I atr seu eu pu-
tF/clmeu chat6 e encon-
tGmI rd que tinhas co-
IFlb*donou
lCmTI beira de um re-
r Am7lnoite me beija a
RECADO
't,
Bb?vivo bem me-
't.e agora
Bb7pas-
't.
87ce por-
ETlomais a-
87tece acon-
cTlsttrasse a-
't.ragem de tro-
c7
F7gato e um
lczu I
I rece mals lsso acon-l
I E7M
I qu" tudo no
I LTt''lc#| *"t
IIETMI I t".. qu. meu cora-
C#m1 I F#m7mor estiiva- lzi- o
c#7 lr+-z Am6/cdesse mas neo I quero n6o devo fa-
87 E7 IATMah!, se eu a- linda pudesse fin-
lB7 |ETMI z€Jo isso ndo acon- ltece
lAm5/Clgir que te amo
lt
tBolgurr. no
rEbT D7| ."-
tc7lm. a-
tF7lraco d
I Eb7(e)I roupa de
Ebcado
Fmdiz que eu
Bb7sofredor
F7sou
Ebex-amada
Fm
SE ACASO VOCE CHEGASSELupicfnio Rodrigues - Felisberto Martins
por
j6
1
i)
D7que
C7zade
Atn/ndona
F7de
c7vendo de a-
MIB MAIOR
2, EbI Leva
Fmbor
F7sado fui
c7sou
Fmvai di-
c7coraES'o
Fmque90
Fcaso voc€ che-
Gmc€ gostou
Gmela que jr{
FTlntmora no meu bar-
BbTMdia me lava a
F ltmor ll
't.um
o que pas-
Bb7zer a minha
Bb7dela
FA MAIOR
Se a. llF/Aquela mulher
c7car nossa ami-
Paulinho da Viola - Casquinha
"' I I fr" porque essa
I BbTMI bosque em flor
D7 lGmboca e as- I sim n6s vamos vi-
re-Bb7um
C7
Eb/c I
quem me deu tanto I
Eblhor assim
FmjA
Ebsou
Fmcomo d fe-
C7dis- sa-
't.e que no pas-
Bb7neo
Bb7liz meu
Bb7minhas madru-
Bb7 ll
lc7leu n6o me es-
lEbI niio
lpuI gadas
Escola Moderna do Carnaquinho o 57
MI MENOR
2, :EmQ cho-
Amche-
Ggar
-1'l
| -. feL
Emrar
G#m7ti-
c#7
't.
't.ra
't.gou
D7hora
VOU FESTEJAR
nao
't.pode
li-'t.vou
't.
't.gou
pode
87
't.go
't.ter
feste-
't.
D7trai-
cho-87rar
F#m7que
Ejar
B7
Ggeo
ilEe
't.bri-
por
lc7I rr.,
(,t^t(sou.o'n
Emm6o
1)
F7eu
't.
F7
G7 lCmTtiu de madru- | gada e
lD.A lFm6/AbI me dei- lxou
lcmT . F7 lBb6I srra ingrati- I dao
58 o Henrique Cazes
Cm7tiu na sau-
Bbiomor
Frn6AUfaz
Bb5mais
F7nada
Cm7dades e pai-
f-li VCZ-ar-2{ v-ez ---------t
ltl , llEr Ivo- r ce pa- ) mao r
SIb MAIOR
I r BbTMvo-ll ce
I BbTMcho- I rei
tF7qu. o I sopro do pas-
I Bb6 G7tudo aca- | bado
G7par-
F7 FTlnto nosso a-
't.sado des-
Cm7 F7e nada
n5o me disse
G7cheio de sau-
F7(13) tlil
AGORA E CINZA
cho-
't.feste-
't.teu pe-
c7Ma quem
Amgar
't.
Dida, Neoci e Jorge AragSo
't.
't.me pa-vius
-
l4vez
Emrar mas
B7chora
meu cas-
't.go
't.teu so-
't.c6 pa-
87deu a
)
Bm7mi-
Am6eu
c#7jar
Emnar
F#7sempre lhe
Bide - Margal
F7dade me
Dbofoi uma
G7agora d
F7
isso ndo se
dei-
"o_ I
Cm7xou
Cm7chama
Cm7cinza
Bb6c€ par-
BbTMfaz
Bb/r Gm7formo com a
Eb EO
x6o n6o me con-
FR"EVONOVO
do avi- | eo
Gm7 I Cm7mundo na I praga manda a
21 vez
BbTM ltGmZldo mete o ll .oto-
Cm7 I rzbelo pra neo se per- I der e
Eo I nu/r
raga eu chego l Li e a-
BbTM lltar ll
SIb MAIOR
l, I I BbTM4) A ll:pragaCastro
Cm7povo
EbTMnovo um fre-
F7graga pro sa-
F7brindo ca-
Fm7zinho
Cm7 '1.
praga que tudo vai
lt Dll quintto
't.como o
Eovo novo um frevo
14 vezBbTMleo
BbTMminho
Bb7o tempo
t.lFmT
RE MAIOR
2\4t oi que foi s6 pe-
D6ter mas se eu contar do que d que
D6crer quando ele fere, fere
E7nhal quando ele invoca atd pa-
D6ral
Gzinho
DD7bundo
E7quinho
D6mundo
E7calo
D5 lsalo ll
KIDCAVAQT,TINHO
G7Alves d do
Bb7um frevo
't.gente sem
Cm7velo e vai a-
't.terminar so-
Gm7qui nesta
F7cdu d
Bb/rnovo todo
F7
Gm7
.'llpegue o meu ca-
EbTMpassa mas na
F7ter que pin-
gar no cava-
pode um cava-
't.firme e d6i que
't.rece um pega
A7
't.sus-
Db7 C7ve-
pois se eu t6 com
't.
't.puxo o cava-
't.quinho os
't.nem
L7na
Ge- ll 3n,"
JoSo Bosco - Aldyr Blanc
A7pra nego ba-
Ghome niio vai
97pu-
't.ge-
't.a mulher do vi-
't.aquele vaga-
't.d com meu cava-.
encaro todo
't.pisa no meu
't.pra cantar de
A7tenta
B7neno
A7ele
B7gudm
A7quinho
se al.
Escola Mo&rna do Cavaquinho o 59
BLOCO DO PRAZER
LAMENOR,)
4)
marcha
't.do prazer
G7nem oi-
val querer ma-
't.gaso-
mo o car-
G7conta-
Moraes Moreira - Fausto Nilo
ll AmPt. ll tbertar meu coragdo
A7ddo co-
't.
't.quero sim
't.
A7das me-
't.o
meu amor feito
't..
que essa dor que arre-
ETIG#eu quero
Em7(bs)quero um novo
Dm7menta
B7quero o bloco
ETIG#quero ser
Em7(bs)fina flor do
Dm7ninas
87giis que embala o
't.louca que a vida t6
't.benta a paixEo vio-
WAVE
loltsllverIt"t
muito mais
't.balanc€
't.ndo
't.do prazer
mandarim
.lmeu jardim
't.que a
't.balan-
E7que o som da
A7o bloco
cIquero oito
E7e quem ndo
E7cheirando
L7assim co-
CiTvida arrasa e
E7c€
Bm7muito
A7M E7camavais
Amlenta
Em7(b5)que a multi-
c7Mtenta
Amm5 mamde eu
Amlina
Em7(b5)mim na boca
c7Mmina
A7Mvem
Bm7mais
lu
(
I
E7mais
F#7 Ipouca e eu querol
E7 I
lenta oitenta I )r
Tom Jobim
RE MAIOR
2, ll : D7M4Jvou te con-lltar o que os
ll mar 6
lcmo ln*zlrry F+z(br3)l gdo pode enten- l der
Itenho pra te laar
lco/olohos jri n6o podemItudo que eu niio sei con-
lr+.2 B7(be)lfundamental d
lvem de mansinho a-
lnz(s) Dz(be) lczulcoisas que ls6 o cora-ls6o coisas lfinaas que eu
lcrnu l*'lvez era ci- I dade
lnz(+s) lozu
l.goru.uia lr"i a"
lcme lr+ztrrl cztrl
lcemos de con-
lt"t
l*n' -tt'll
24 vez
lo'n"
lDmT(e) G7(13)lDm7(e) G7(13) lomz(s) G7(13) G7(bl3)lGm7I orestod I I I
I lzinho I lda primeira
lFmz
luu ,.*unuu uo
lco/D lnztst
lona, our rr.r- l.u,I gueu do I
Irlo, B7(be)
lEl(e) E7(e)
lc'nz A7(br3)
lo "ro, se deixalsurpreender enquanlnoite vem nos envol-
50 o Henrique C.azes
BbAU
cais a etemi-
lD7(e) D7(be)
l. u.r..-
Gm7
dade
G7M
trelas que esque-
Dm7(e) G7(13)
ver
I
I
II
L
rllr; rzlry lcrnz lzlurr; lornzlry c7(13)mesmo o amor d impos-
| sfvel ser feliz so-
| zinho
visa e me diz que d impos-l sfvel ser feliz s6 I
SI MAIOR
2,4 chegou a
87eufuia
salve o
't.ver eu quero
F#7o tio
B7andou di.
't.vai en-
rd na casa
coBra-
AO G#7nai os ter-
co
AO G#7terras outra
cobatu-
AO G#7rinhas e can-
87sil Bra-
G#7nai os ter-
B7M COhora dessa gente bronze-
F#m7Penha fui pedir a padro-
GoMorro do Vin-
C#m7 F#7ver o tio Sam tocar pan-
B7M CO
Sam estii querendo conhe-
F#m7zendo que molho da bai-
Gotrar no cus-
C#m7 F#7brancajd dangou a batu-
C#m7sil esquen-
C#m7reiros que n6s que-
C#m7hd quem
C#m7gente, numba-
C#m7cada reu-
C#m7tores expres-
Esil
C#m7
esquen-
reiros que n6s que-
il
(
I
lr .il; A7MI Bra- )bu 6 I 6 sam-
A7M6 sam- 'll
BRASIL PANDEIRO
C#m1 F#7ada mostrar seu va-
B7eira para me aju.
't.tdm, pendura a
C#m7 F#7deiro para o mundo sam-
C#m7 F#7cer a nossa batu-
97ana melhorou seu
cus, acara
C#m1 E#7cada de ioi6 e ia-
F#7tai vossos pan
Goremos
E#7sambe
Gotuque
F#7
F#7sam.
dite-
F#7de ma-
nf vossos va-
GO F#7s6es que neo tem
Em6tai vossos pan-
F#7remos sirm-
B7Mlor
Edar
F#7saia, eu quero
B7Mbar
B7Mcada
Eprato
F#7ji e aba-
B7Mi6t
D#m7deiros ilumi-
B7Mbar
D#m7rente noutras
B7Mtar
D#m7lores pasto-
F#m7par 6 meu Bra-
D#m7deiros ilumi-
ll. B7Mll'u". o
-t?vez-F#m7bar
Escola Moderna do Cavaquinho o 6l
Assis Valente
BIBLIOGRAFIA
Chediak, IrJnir. Dicionirio de Acordes Cifrados - Harmonia Aplicada d Milsica Popuhr,Irmaos Vitale Editores, Rio deJaneiro, 1985, 360 p6gnas.
Chediak, Almir. Harmonia e Improvisagflo, Lumiar Editora, Rio de Janeiro, 1987,368 priginas (Vol. I), 292pdgnu(Vol.If.
Dicioruirio de Milsica, Zahar Editores S.A., Rio de Janeiro, 1985, 00 pdgrnas.
Enciclopidia da Misica Brasileira: Erudita, folcl6rica e popular, Art Editora, 56o Paulo, 1977,544 paginas (Vol. I), 6a6 p6g-nas (Vol. II).
Veiga de Oliveira, Emesto. Instrumentos Poptlnres Portugeses, Edig6o da FundagSo C. Gulbenkian, Lisboa, 1981.
Guest, Ian. Curso de Harmonia Aplicada d Misica Poprlar (manuscritos do autor), Rio de Janeiro.
Ihdice alfabdtico das obras musicais populares inseridas no Escola Modema do Cavaquinho e respectivos titulares:
o Aconteceo Agora 6 cinza. Bloco do pnzero Brasil pandeiroo Folhas secasa Frevo novoo Guardei minha violao kva meu sambao Partido alto. Recadoo Se acaso voc6 chegasseo 56 quero um xod6a Trem das onzer Vou festejaro Wave. Kid cavaquinho
Edig6es Musicais Marajoara Ltda.Irmdos VitaleS/ASempre Viva Edigdo Musical LtdaIrmEos Vitale S/AEditora Musical Arlequim LtdaEdig6es Intenong Ltda.Edig6es Intenong Ltda.Editora Musical Arlequim LtdaEditora Musical Arlequim LtdaEdig6es Intenong Ltda.Irmdos Vitale S/AEdig6es Intenong Ltda.Irmiios Vitale S/AEdigdes Intenong Ltda.Antonio Carlos JobimEditora Musical R.C.A. Ltda.
* As mfsicas inseridas neste livro foram autorizadas graciosamente pelas Editoras por tratar-se de obra didritica.
62 o Henrique Cazm
HENRIOUE CAZES (HENRIOUE LEAL CA-ZES - 1959) 6 carioca e comegou a tocar violdocom seis anos. Aos 13, aprendeu o cavaquinho eo bandolim, sempre como autodidata. Em 1976foi convidado a integrar o rec6m-fundado con-junto Coisas Nossas, do qual faz parte at6 hojecomo instrumentista, vocalista e arranjador. Em80 entrou para a Camerata Carioca, liderada pelobandolinista Joel Nascimento e musicalmenteapadrinhada por Radam6s Gnattali. Gom a Ca-merata gravou quatro LPs. Excursionou comNara Ledo e a Camerata por todo o Brasil e es-teve no Japdo em 85.
Tem trabalhado tambdm como produtor dediscos e arranjador. Escreveu as trilhas das nove-las Helena e Carmem para a TV Manchete-Rio eem seguida gravou seu primeiro LP solo. E pro-fessor da Escola Brasileira de Mrisica e do cursode extensSo em cavaquinho da Escola de Misicada UNI-RIO, coordenou a parte de cavaquinhodas Oficinas de Choro 84 e 85 (promovidas pelaRio Arte) e ministrou o curso de cavaquinho doI Seminirio Brasileiro de Mrisica lnstrumental(Ouro Preto-MG - 1986).
tsBN 85 -85426 - 44 - a
ililil1[|lilil|ruil
i*