ESCOLA ESTADUAL BEATRIZ BIAVATTI ENSINO … · funcionamento do Curso de Ensino Médio, ... A...
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ESCOLA ESTADUAL BEATRIZ BIAVATTI
ENSINO FUNDAMENTAL
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
OUTUBRO DE 2012
1
IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................................. 5
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ....................................................................................... 7
ARTE ....................................................................................................................................... 9
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ............................................................................. 10
CONTEÚDO ESTRUTURANTE .................................................................................................. 14
6º ano – Conteúdos estruturantes e básico .................................................................................. 14
7º ano – Conteúdos estruturantes e básico .................................................................................. 15
8º ano – Conteúdos estruturantes e básicos ................................................................................ 16
9º ano – Conteúdos estruturantes e básicos ................................................................................ 17
METODOLOGIA ........................................................................................................................... 18
AVALIAÇÃO ................................................................................................................................. 19
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 20
CIÊNCIAS ............................................................................................................................. 23
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA CIÊNCIAS .......................................................... 23
OBJETIVOS GERAIS .................................................................................................................. 24
CONTEÚDOS ................................................................................................................................ 25
METODOLOGIA ........................................................................................................................... 29
AVALIAÇÃO ................................................................................................................................. 29
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 31
EDUCAÇÃO FÍSICA .......................................................................................................... 31
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ............................................................................ 32
OBJETIVOS GERAIS ................................................................................................................... 34
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ............................................................................................ 35
ESPORTE ....................................................................................................................................... 35
JOGOS E BRINCADEIRAS .......................................................................................................... 36
GINÁSTICA ................................................................................................................................... 37
CONTEÚDOS ............................................................................................................................. 40
1º Trimestre ................................................................................................................................ 40
2º Trimestre ................................................................................................................................. 41
3ª Trimestre ................................................................................................................................. 42
METODOLOGIA ........................................................................................................................... 42
AVALIAÇÃO ........................................................................................................................ 44
2
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 46
ENSINO RELIGIOSO ......................................................................................................... 47
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ............................................................................. 47
OBJETIVOS GERAIS ................................................................................................................... 48
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ............................................................................................ 49
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS ...................................................................................................... 50
METODOLOGIA ........................................................................................................................... 50
AVALIAÇÃO ................................................................................................................................. 51
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 52
GEOGRAFIA ....................................................................................................................... 52
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ............................................................................. 53
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ............................................................................................. 55
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS. ....................................................................... 57
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................................ 61
AVALIAÇÃO ................................................................................................................................. 62
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. .......................................................................................... 62
HISTÓRIA ............................................................................................................................ 64
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ............................................................................ 64
OBJETIVO GERAL ....................................................................................................................... 65
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ............................................................................................ 65
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS ..................................................................................................... 66
ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO ............................................................................... 75
AVALIAÇÃO ................................................................................................................................. 76
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 77
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS .......................................................... 78
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ............................................................................. 78
CONTEÚDO ESTRUTURANTE/ CONTEÚDOS BÁSICOS ...................................................... 79
CONTEÚDOS ................................................................................................................................ 80
METODOLOGIA ........................................................................................................................... 84
AVALIAÇÃO ................................................................................................................................. 85
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 86
LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................................................... 86
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ............................................................................. 86
3
....................................................................................................................................................... 86
OBJETIVOS .................................................................................................................................. 88
METODOLOGIA ........................................................................................................................... 94
AVALIAÇÃO ................................................................................................................................. 95
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 96
MATEMÁTICA .................................................................................................................... 97
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ............................................................................. 97
OBJETIVOS .................................................................................................................................. 99
CONTEÚDOS ............................................................................................................................. 100
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS ............................................................. 100
METODOLOGIA ....................................................................................................................... 110
AVALIAÇÃO ................................................................................................................................ 114
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 116
CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO AO DEFICIENTE VISUAL .. 118
CAE-DV ............................................................................................................................... 118
Cegueira: ................................................................................................................................... 120
Baixa visão: .............................................................................................................................. 120
REDE DE APOIO ........................................................................................................................ 120
CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO NA ÁREA VISUAL ................................ 120
SISTEMA BRAILLE .................................................................................................................. 121
SOROBÃ OU ÁBACO: ............................................................................................................... 121
ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE: ............................................................................................. 122
MOBILIDADE INDEPENDENTE .............................................................................................. 122
Técnicas para serem utilizadas em ambientes fechados (sem auxílio) ..................................... 123
Técnicas com auxílio da bengala longa .................................................................................... 123
Estimulação visual: ................................................................................................................. 123
ATIVIDADES DE VIDA AUTÔNOMA E SOCIAL: ................................................................ 123
APOIO À EDUCAÇÃO BÁSICA: ............................................................................................. 124
METODOLOGIA ......................................................................................................................... 124
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 124
4
IDENTIFICAÇÃO
A Escola Estadual Beatriz Biavatti - Ensino Fundamental, localiza-se na rua Elias
Scalco, nº 989, bairro Miniguaçu em Francisco Beltrão – PR. Inaugurada em 1966 com o
nome de Grupo Escolar Ney Braga, somente em 1983 passou a denominar-se Escola
Estadual Beatriz Biavatti Ensino de Primeiro Grau Regular e Supletivo pelo decreto nº
1878/83 de 26 de maio de 1983.
A partir de 1992 a Escola passou a funcionar apenas com o nome de Escola
Estadual Beatriz Biavatti Ensino de Primeiro Grau Supletivo fase II, recebeu autorização
através nº 2.685/76 de 23/12/76, e o reconhecimento do curso através da Resolução nº
4.712-85 de 18/10/1985.
Em 1999 passou a denominar-se Centro Estadual de Educação Básica para
Jovens e Adultos Beatriz Biavatti Ensino Fundamental e Médio, sendo então autorizado o
funcionamento do Curso de Ensino Médio, mediante Resolução nº 4.001/98 e o Parecer
nº 2180/98.
Somente em 2004 implantou-se o Ensino Fundamental anos finais de 5ª a 8ª série,
no Centro Estadual de Educação Básica Para Jovens e Adultos Beatriz Biavatti – Ensino
Fundamental e Médio.
A autorização concedida é pelo prazo de 02 (dois) anos com a implantação
gradativa a partir do início do ano letivo de 2004, sendo que o Estabelecimento de Ensino
foi autorizado a funcionar através do decreto nº 2.685/76 de 21/12/76, passando então a
denominar-se Colégio Estadual Beatriz Biavatti – Ensino Fundamental.
Atualmente a Escola oferece duas modalidades de ensino, o Ensino Fundamental
Regular Anos Finais e a Educação Especial com a sala de recurso e o Centro de
Atendimento Especializado ao Deficiente Visual – CAE-DV – que atente alunos de
diferentes idade, com funcionamento no período matutino e vespertino.
A Escola também disponibiliza de Sala de Apoio e Sala de Recursos, a Sala Apoio
atende alunos de 6ª série e 9ª ano com dificuldades de aprendizagem nas disciplinas de
Língua Portuguesa e Matemática, estes alunos são atendidos no período contrário ao que
5
estudam. Já a Sala de Recursos atende alunos com problemas de aprendizagem com
atraso significativo, deficiência intelectual, distúrbios de aprendizagem, condutas típicas e
superdotação/altas habilidades. O serviço de apoio especializado é ofertado para o
ensino fundamental anos finais, com vistas de promover o desenvolvimento global dos
alunos que apresentam dificuldade no processo de aprendizagem.
A Escola Estadual Beatriz Biavatti tem por filosofia o trabalho com o conhecimento
cientifico de modo integrá-lo com a realidade da comunidade escolar. Acredita que a
relação entre o conhecimento cientifico e diversidade cultural da comunidade escolas são
princípios que nortearão a construção de sujeitos socialmente críticos, participativos e
com autonomia para interagir na sociedade. Esta fundamentação possibilitando-o a
acompanhar as constantes transformações e mudanças que ocorrem na sociedade e
compreender o momento histórico bem como instrumentalizá-lo para continuar seus
estudos.
Considerando o Ensino Fundamental de nove anos, a escola visa dar continuidade
ao trabalho de alfabetização e letramento iniciado nos anos iniciais do Ensino
Fundamental de forma interdisciplinar, englobando as especificidades de cada disciplina a
busca de uma aprendizagem significativa e emancipadora. Para isso considera-se a
importância das práticas sociais de leitura e escrita nas diferentes disciplinas como
suporte dos estudos em âmbito das relações social.
A educação escolar tem por finalidade assegurar ao cidadão a formação
indispensável, bem como proporcionar meios para que possa enfrentar os desafios
sociais contemporâneos tais como o enfrentamento a violência escolar e social, o
combate ao uso indevido de drogas, a defesa dos direitos humanos, a consciência fiscal e
ambiental.
Considerando que a Escola é uma entidade onde se adquire conhecimentos a
Escola Estadual Beatriz Biavatti tem ainda por objetivo trabalhar com temas ligados a
diversidade como a educação do campo, as relações étnico-raciais, afro descendentes e
indígena bem como as relações de gênero e sexualidade. Busca-se com o trabalho da
diversidade a formação básica necessária à integração do educando as diferentes
relações sociais, o desenvolvimento pessoal e social, o desenvolvimento do pensamento
crítico e a formação ética, a fim de compreender as contradições, limites e possibilidades,
contribuindo assim, na qualidade da aprendizagem para todos, como condição
necessária ao exercício da cidadania.
6
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
O Currículo é o documento que orienta o trabalho pedagógico na escola.
Organização Curricular é o modo como os conteúdos são elencados, distribuídos ao
longo do ano letivo e também nas diferentes séries, de modo que os alunos possam
apropriar-se deles da melhor maneira possível.
Para que a escola funcione de acordo com os objetivos a que se propõe, o
Currículo precisa acompanhar as mudanças que ocorrem, tanto na parte de
conhecimentos, de acordo com novas descobertas científicas, quanto na parte de
mudanças no sistema de ensino. E, para poder acompanhar as mudanças, o Currículo
precisa ser flexível, constantemente reelaborado pelos membros do corpo docente,
direção e equipe pedagógica da escola, sempre em consonância com o Projeto Político
Pedagógico e Diretrizes Curriculares Estaduais de cada disciplina.
Visando a prática da concepção histórico-crítica e os fins da ação pedagógica
propostas pela Escola no Projeto Político Pedagógico, o Ensino Fundamental anos finais
(6ª a 9ª série) funcionará com as seguintes características:
- Seriação / duração / carga horária: seriado anual, mínima de quatro (4) anos,
com avaliação trimestral, com carga horária mínima de oitocentas (800) horas,
considerando aulas mínimas de cinqüenta (50) minutos, sendo obrigatória a
participação de alunos, professores e equipe pedagógica, pelo menos, 75%
(setenta e cinco por cento) da freqüência do total das horas letivas previstas em
lei para aprovação. Isso distribuído em duzentos (200) dias letivos, como prevê
a LDB.
- Horários: para propiciar a ação interdisciplinar e multidisciplinar, as aulas das
disciplinas da mesma área serão geminadas e preferencialmente trabalhadas
no mesmo dia, na medida do possível.
- Base Nacional Comum: os conhecimentos básicos agrupados em disciplinas
estão assim distribuídos: Arte, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso,
Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática.7
- Parte Diversificada: A aprendizagem da Língua Estrangeira Moderna - Inglês é
uma possibilidade de aumentar a percepção do aluno como ser humano e
como cidadão. Aprender outra língua, hoje, significa aumentar nossas
perspectivas culturais e profissionais. Nossa proposta pedagógica é ajudar o
aluno a estudar a Língua Inglesa, de maneira prática e objetiva.
"A filosofia da inclusão defende uma educação eficaz para todos, sustentada em que as escolas, enquanto comunidades educativas, devem satisfazer as necessidades de todos os alunos, sejam quais forem as suas características pessoais, psicológicas ou sociais (com independência de ter ou não deficiência). Trata-se de estabelecer os alicerces para que a escola possa educar com êxito a diversidade de seu alunado e colaborar com a erradicação da ampla desigualdade e injustiça social." (SANCHEZ, 2005)
A inclusão educacional constitui na universalização da educação para todos,
através da prática docente voltada para os Desafios Educacionais Contemporâneos que
atende a demanda da Educação Ambiental, Educação em Direitos Humanos, Educação
Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas,
Cultura Afro-Brasileira e Africana. Além da Adaptação Curricular de Pequeno Porte que
são modificações promovidas no currículo pelo professor, de forma a permitir e promover
a participação produtiva dos alunos que apresentam necessidades especiais no processo
de ensino e aprendizagem, na escola regular, juntamente com seus colegas de classe.
São denominadas de Pequeno Porte porque sua implementação encontra-se no
âmbito de responsabilidade e de ação exclusiva do professor, não exigindo autorização,
nem dependendo de ação de qualquer outra instância superior, nas áreas político-
administrativa, e/ou técnica. As Adaptações Curriculares de Pequeno Porte podem ser
implementadas em várias áreas e momentos da atuação do professor: na promoção do
professor: na promoção do acesso ao currículo, nos objetivos de ensino, no conteúdo
ensinado, no método de ensino, no processo de avaliação e na temporalidade.O
professor especializado da sala de recurso e a equipe pedagógica da escola dará suporte
pedagógico ao professor da classe regular orientando quanto as Adaptações de Pequeno
Porte. Assim o professor fará as adequações necessárias, sendo no conteúdo, na
metodologia, nos materiais que devem ser utilizados, na avaliação e temporalidade,
sempre observando a necessidade específica de cada aluno. As Adaptações Curriculares
que se fizerem necessárias devem constar no plano de trabalho docente e no livro de
8
registro diário do professor. Para que se efetive o trabalho com bons resultados nesse
processo: equipe pedagógica, professor sala de recursos, professor classe regular e toda
comunidade escola se comprometam com o aprendizado do aluno.
Estas discussões têm como princípio à aceitação das diferenças individuais e à
convivência dentro da diversidade humana, portanto podemos concluir que o conceito de
inclusão engloba todos aqueles sujeitos que são ou foram excluídos pela sociedade.
Sendo assim, a abordagem pedagógica desses assuntos será inserida nos conteúdos das
disciplinas contempladas no Plano de Trabalho Docente do professor, visando propiciar o
resgate da função social da escola e da apropriação dos conhecimentos sistematizados
para todos os alunos.
Considerando a realidade sócio-cultural de nossos alunos, a escola disponibiliza o
programa Atividades Extracurriculares de Contraturno com o projeto História e Memória,
elaborado pela professora Clarice Fatima Mackowik e o projeto Ginástica na Escola,
elaborado pelo professor Roberto Macari Junior. Porém estes projetos são desenvolvidos
e aplicados conforme resolução de distribuição de aulas vigente em cada ano letivo.
O projeto História e Memória tem como objeto de estudo os processos históricos
relativos as ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva
significação atribuída pelos sujeitos históricos, através do resgate da história da escola.
O projeto Ginástica na Escola tem como objeto de estudo o reconhecimento do
próprio corpo, não somente pelo aspecto biológico, mas também sob aspectos sociais e
culturais, além de refinar gestos motores e auxiliar na expressão corporal.
A escola conta também com a Atividade Extracurricular de Contraturno o Projeto
Hora Treinamento elaborado pela professora Marly Adolfina Negry, que objetiva explorar a
Educação Matemática pela Etnomatemática, através da resolução de problemas,
investigação científica, uso de mídias tecnológicas, modelagem matemática e pela história
matemática.
ARTE
9
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Em 1971 a lei federal 5692/71 em seu artigo 7º, determina a obrigatoriedade do
ensino da Arte nos currículos do Ensino Fundamental anos finais e no Ensino Médio.
Segundo a atual legislação, a Arte passa a vigorar como área do conhecimento
e trabalho, tendo sido incluída como componente obrigatório na educação básica com
2h/a semanais por série abrangendo as linguagens artísticas: Artes visuais, música, teatro
e dança.
A proposta curricular passa a ser elaborada para atender os alunos da 6ª a 9ª
ano do ensino fundamental visando apreciação, contextualização e produção da Arte,
para a formação integral do educando.
A proposta curricular vem enriquecer o Projeto Político Pedagógico da escola
norteando o Plano de Trabalho do Docente com objetivo de um ensino/aprendizado
dialético, buscando formar um cidadão crítico voltado para a arte.
Visa-se também envolver na disciplina de arte os alunos com necessidades
educacionais especiais, promovendo para estes a Adaptação Curricular que será
especificada no Plano de Trabalho Docente de acordo com a necessidade específica do
aluno.
Perpassando os conteúdos da disciplina de arte, estaremos contemplando a
Cultura Afro-brasileira, além dos temas que envolvem os Desafios Educacionais
Contemporâneos.
A Arte é criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é
transformar e nesse processo e sujeito também se recria, por meio de suas criações ele
amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo trabalho. No ensino de Arte, há
possibilidades de resgatar o processo de criação, permitindo que os alunos reconheçam a
importância de criar.
A Arte, compreendida como área de conhecimento, apresenta relações com a
cultura por meio das manifestações expressas em bens materiais e imateriais. É possível
considerar que toda a produção artística e cultural é um modo pelo qual s sujeitos
entendem e marcam a sua existência no mundo.
O ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos
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conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizados, aproximando-o do universo
cultural da humanidade nas suas diversas representações.
A articulação dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aliados a
práxis no ensino de arte, possibilita a apreensão dos conteúdos específicos da disciplina e
dos possíveis relações entre seus elementos constitutivos, balizando-se para isso os
conteúdos estruturantes propostos para esta disciplina, conteúdos estes, selecionados a
partir de uma análise histórica, com base num projeto de sociedade que visa a superação
das desigualdades e injustiças vindo a constituir-se em uma abordagem fundamental para
a compreensão da disciplina.
Olhando a arte por uma perspectiva antropológica, é possível considerar que
toda produção artística e cultural é um modo pelo qual s sujeitos entendem e marcam a
sua existência no mundo.
A linguagem na construção do conhecimento em arte passa a ser compreendida
como elo entre o conteúdo do sujeito e a cultura em suas diversas produções e
manifestações artísticas. A considerarmos também como uma das formas de organização
social e de expressão.
Para o ensino fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão
tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da
arte com a linguagem.
A disciplina de arte tem como conteúdo estruturante no ensino fundamental
elementos básicos das linguagens das artes visuais, da dança, da música e do teatro.
As artes visuais, (pintura, escultura, desenho, gravura, arquitetura, artefato,
desenho industrial), incluem modalidades que resultam do avanço tecnológico e das
transformações estéticas a partir da modernidade (fotografia, artes gráficas, cinema,
televisão, vídeo, computação, desempenho).
Na dança o aluno experimenta um meio de expressão diferente da palavra. Ao
se expressar com o corpo, ele abre a possibilidade de conhecer a si mesmo de outra
maneira e melhorar sua auto-estima. A dança faz parte das culturas humanas e sempre
integrou o trabalho, as religiões, e as atividades de lazer.
A música faz parte do universo principalmente dos adolescentes. Ela
proporciona uma identidade a um determinado grupo de amigos. A escola deve oferecer
ao aluno musicas que possibilitem o desenvolvimento da cultura musical desse indivíduo,
estabelecendo relações com grupos musicais locais, eventos de cultura popular, shows,
11
concertos e festivais. Deve ter acesso a diversos tipos de música para ampliar seu
repertório.
O teatro foi formalizado pelos gregos, passando dos rituais primitivos, das
concepções religiosas que eram simbolizadas, para o espaço cênico organizado, como
demonstração de cultura e conhecimento. Através do teatro pode-se compreender a
realidade em que vivemos e transcender seus limites. Os conteúdos trabalhados são
interdisciplinares, correspondendo à linguagem cênica, visual e musical enriquecendo as
possibilidades de criação e produção.
O aluno desenvolve sua cultura de arte, fazendo, conhecendo e apreciando
produções artísticas que são ações que integram o perceber, o pensar, o aprender, o
recordar, o imaginar, o sentir, o expressar e o comunicar.
A disciplina de Arte no Ensino Fundamental ainda exige reflexões que
contemplem a Arte como área de conhecimento, sendo que ela não representa ou reflete
a realidade, mas também a realidade percebida, idealizada ou abstraída.
O ensino da Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional passando a
constituir uma possibilidade para os alunos exercitarem suas co-responsabilidades de
uma vida cultural individual e coletiva mais digna, sem exclusão de pessoas por
preconceitos de qualquer ordem. O objeto de estudo e de conhecimento de Arte é a
própria arte e o aluno tem de se confrontar com a arte nas situações de aprendizagem
frente a uma sociedade construída historicamente e em constante transformação.
No Ensino Fundamental, “A cultura será abordada como resultante do trabalho
que abrange as práticas sociais historicamente pelos sujeitos. Desvelar essas culturas
propicia o autoconhecimento, visto que os sujeitos são formados por e pelas relações
socioculturais.”(DCE, 2006, p. 28)
Toda a produção artística e cultural é modo pelo qual os sujeitos entendem e
marcam a existência no mundo, aprofundando as linguagens artísticas, reconhecendo
conceitos e elementos comuns das diversas representações culturais, em todos os
contextos.
A Arte é linguagem por tratar-se de um sistema de representação que utiliza
principalmente signos não verbais (cor, luz, sombra, forma, som, silêncio, gesto,
movimento, etc.) com os quais o artista/aluno, com alguma intenção compõe uma obra,
atribuindo significado a esse elementos. Se arte é linguagem, pressupõe leitura, e é nessa
decodificação, na fruição estética, que o apreciador torna-se quase um co-autor, pois
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retira/empresta à obra significados tantos quantos forem sua capacidade de leitura e
história de vida. Cresce em conhecimento de si mesmo, de mundo e em humanidade.
Na disciplina de Arte no Ensino Fundamental serão abordados os conteúdos
estruturantes que são fundamentais para a compreensão de cada uma das áreas de Artes
envolvendo as artes visuais, teatro, música e dança.
As linguagens das Artes Visuais, dança, música e teatro serão contemplados no
Ensino Fundamental na disciplina de Arte através dos conteúdos estruturantes que
possibilitam a organização dos conteúdos específicos permitindo uma correspondência
entre as linguagens levando à compreensão dos aspectos significativos dos objetos de
estudo.
Os conteúdos estruturantes da disciplina de Arte, para o Ensino Fundamental, são:
Elementos formais
Composição
Movimentos e Períodos
O ensino de Arte será efetivado no sentido de:
Desenvolver propostas que permitam ao aluno compreender os diferentes processos
em arte, propondo atividades que possibilitem resgatar as características próprias do
aluno buscando desencadear o processo criativo e sensitivo de cada um.
Proporcionar ações educativas que permitam suscitar novas concepções acerca da
arte, respeitando e preservando as diversas manifestações da arte, utilizadas por
diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo com o patrimônio nacional e
internacional, que se deve conhecer e compreender em sua dimensão sócio-histórica.
Desenvolver os sentidos humanos (ver, ouvir e sentir) de forma criadora, despertando
no educando a sua sensibilidade (emoção estética) a partir da familiarização cultural e
do trabalho com os saberes artísticos.
Promover o conhecimento artístico nas quatro expressões, escrita, plástica, corporal e
musical, bem como a valorização das produções artísticas de agentes
transformadores que contribuam para a formação cultural de diversos povos,
promovendo a produção artística de cada indivíduo, valorizando-o como agente
formador e transformador de seu meio social.
O aluno deverá relacionar-se com a arte de diversas épocas e estilos, conhecendo os
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diferentes elementos que entram na sua composição, construindo um conhecimento
teórico-prático sobre o assunto.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
6º ano – Conteúdos estruturantes e básico
Artes
Visuais:
Ponto
Linha
Forma
Plano
(superfície)
Volume
Estilização
Luz (valor)
Cor (escalas
cromáticas)
Textura (própria,
produzida).
Posição
Proporção
Movimento
Pontos de vista
Arte Rupestre
Arte Egípcia
Arte Grega
Arte Romana
Arte Indígena
Música:
Elementos sonoros
Altura
Timbre
Duração
Intensidade
Densidade
História da
Música
Audição de
diferentes padrões
Música Popular e
Folclórica
Música erudita.
Teatro:
Elementos da ação
dramática
História:
Roteiro
Ação
Espaço
Enredo
Lendas
Cultura afro-
brasileira
Personagem
Expressão verbal
Expressão gestual
Textos da
dramaturgia
paranaense e
universal
Dança:
Movimento,
deslocamento
Espaço =
níveis, planos,
espaço pessoal
Improvisação
coreográfica
Gêneros
14
Paranaense e
brasileira,
Cultura afro-
brasileira
7º ano – Conteúdos estruturantes e básico
Artes Visuais:
Elementos Visuais
Ponto
Linha
Plano
Volume
Luz (contraste)
Cor (escalas
cromáticas)
Equilíbrio
Harmonia
dinâmica
Qualidades plásticas
da forma e do espaço
Proporção
Movimento
Pontos de vista
Arte Renascentista
Arte Barroca
Arte Paranaense e
brasileira
Cultura afro-brasileira
Música erudita.
Música:
Elementos sonoros
Altura
Duração
Intensidade
Densidade
Timbre
Audição de obras
musicais.
Utilização dos
elementos sonoros
Música Popular e
Folclórica
Teatro:
Elementos da
ação dramática
História:
Roteiro
Enredo
Personagem
Expressão verbal
Expressão gestual
Temas do folclore
Lendas
Músicas
Poesias
Teatro
paranaense
Cultura afro-
brasileira
Dança:
Espaço = projeções,
progressões,
tensões
Dinâmicas e ritmos:
tempo e fluência
15
8º ano – Conteúdos estruturantes e básicos
Artes Visuais:
Ponto (densidade,
localização)
Linha (direção,
extensão)
Plano (limites e
dimensões)
Volume
(desdobramento)
Luz (claro-
escuro)
Cor (tonalidades,
nuances)
Textura
Equilíbrio
Harmonia
Dinâmica
Bidimensional
Tridimensional
Período Neoclássico
Impressionismo e
expressionismo
Período Romântico
Realismo
Vanguardas
paranaenses
Arte do século XX
Arte Paranaense
Música:
Melodia
Harmonia
Forma
Gênero (estilo)
Ritmo
Canto
Conhecimento da
estruturação do som e
seus elementos na
cultura:
afro-brasileira
paranaense
tribal
ocidental
Música Popular e
Folclórica
Teatro:
História
Personagem
Espaço cênico
A ação dramática
Participação direta do
aluno
análise da Arte na
Sociedade Capitalista
compreensão da
realidade de
expressão
Dança:
Ações: saltar,
deslocar,
encolher,
expandir
Dinâmicas e
ritmo: peso e
espaço
Gêneros
16
Cultura afro-brasileira
Música erudita.
9º ano – Conteúdos estruturantes e básicos
Artes Visuais:
Ponto
(representação)
Linha (criação de
planos e volumes)
Plano (criação de
volumes)
Luz (claro-escuro-
sombras)
Cor (escalas,
valores)
Textura
(condensação,
rarefrão).
Simetria
Assimetria
Bidimensional e
tridimensional
Perspectiva
Obras de arte
Arte Neoclássica
Romântica
Movimentos
modernistas
Arte Paranaense
Arte afro
Música:
Elementos sonoros
Qualidades sonoras
Movimentos
corporais
Canto
Instrumentos
musicais
Leitura do momento
da composição da
obra
Qualidades sonoras
Música erudita
Música Popular e
Folclórica
Teatro:
História
Personagem
Espaço
cênico
A ação
dramática
Figurino
Improvisação
Teatro
imagem
Teatro
simultâneo
Teatro debate
Folclor
e
Mitologia
grega
Dança:
Relacionamentos: relação
de proximidade,
afastamento, superposição.
Ações: gesticular, girar.
Composição coreográfica.
17
Períodos artísticos.
METODOLOGIA
A arte é uma área de conhecimento que interage nas diferentes instâncias
intelectuais, culturais, políticas e econômicas, pois os sujeitos são construções históricas
que influem e são influenciados pelo pensar, fazer e fruir arte.
Na metodologia de arte, buscar-se-á formas originais e interdisciplinares de
expressão de ideias com o grupo promovendo observações, experimentações,
discussões e análises em que se possa entrar em contato não só com a forma e as
linguagens técnicas, mas também com as ideias e reflexões propostas pelas diferentes
formas de arte.
As atividades do Ensino Fundamental serão realizadas através da teoria, da
explanação oral, da apreciação de imagens, da leitura e releitura de imagens, vídeos e
atividades plásticas.
É através da exploração de materiais e técnicas vinculadas à produções
artísticas que possibilitam ao aluno a familiarização com as variadas linguagens artísticas.
A área da arte contribui para ampliar o atendimento e a atuação dos alunos ante
os problemas vitais que estão presentes na sociedade de nossos dias.
A pesquisa científica, a prática dos trabalhos, as apresentações individuais e
em grupos, a produção de roteiro de teatro, a exposição através de transparência, os
cartazes e as sucatas, são fundamentais para o aluno desenvolver suas potencialidades.
Nas artes visuais é explorado o bidimensional, o tridimensional e o virtual,
podendo trabalhar as características específicas contidas na imagem, na estrutura, na cor,
na superfície, nas formas e na disposição desses elementos no espaço.
O principal elemento a ser estudado na dança é o movimento, o espaço, as
ações, a dinâmica e o ritmo interrelacionados.
Na linguagem musical será explorada a história da música, propriedades do
som propiciando repertórios pessoais, culturais e composições.
18
O teatro poderá explorar as possibilidades de improvisação, levando à
compreensão da realidade ou do imaginário, transcendendo os limites.
As práticas artísticas e estéticas em música, artes visuais, dança e teatro, além
de possibilitarem articulações com as demais linguagens da área favorecendo a formação
da identidade e de uma nova cidadania do jovem, forma uma consciência de uma
sociedade multicultural, onde o aluno confronta seus valores, crenças e competências
culturais no mundo no qual está inserido.
O fazer arte e o pensar sobre o que se realiza, pode garantir ao aluno sempre
uma aprendizagem contextualizada em relação a valores em meios de produção artísticos
das diferentes sociedades, em diferentes épocas. Para isso, é importante que o aluno
adquira gradualmente autonomia para aprender a buscar a informação desejada, ser um
indivíduo investigador e que saiba dividir o que aprendeu. É preciso que o aluno esteja em
contato constante com temas e atividades que o ajudem a compreender criticamente o
seu momento pessoal e o seu papel como cidadão numa sociedade.
Através da apreciação das obras de arte o aluno compreende a estética, pois
criticar esteticamente é ensinar a ver, ouvir, criticar, interpretar a realidade a fim de ampliar
as possibilidades de fruição e expressão artística.
Contextualizar a história da arte deve ser um processo contínuo que focaliza,
em dado momento histórico, o registro do sentimento estético e da visão do artista diante
dos acontecimentos que o envolvem ou envolveram. Conhecendo a história da arte, o
aluno poderá estabelecer relações mais profundas com a produção, possibilitando intervir
e reinventar a sua obra.
AVALIAÇÃO
De acordo com a LDBN 9394/96, Art. 24, Inciso V, e com a Deliberação 07/99 do
Conselho Estadual de Educação (Cap I, Art. 8º), a avaliação em Educação Artística
deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em
arte e a sua realidade, evidenciadas tanto no processo, quanto na produção individual e
coletiva, desenvolvidas a partir de um conjunto de saberes.
Para se tratar da avaliação em Arte é necessário referir-se ao conhecimento
específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experienciais (práticas)
19
quanto conceituais (teóricas), pois a avaliação consistente e fundamentada, permite ao
aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.
Deve-se considerar o histórico de cada aluno e sua relação com atividades na
escola, observando a qualidade dos trabalhos em seus diversos registros (sonoros,
textuais ou audiovisuais). Guiando-se pelos resultados obtidos, pode-se planejar algumas
formas criativas de avaliação como roda de leitura, textos, avaliação de pastas de
trabalhos, audição musical, produção de vídeos, dramatizações, etc., tendo por fonte
materiais alternativos que podem favorecer a compreensão dos conteúdos das
disciplinas.
É interessante que os alunos participem da avaliação dos seus trabalhos e dos
colegas, manifestando seu ponto de vista, o que contribuirá para ampliar o processo de
aprendizagem de cada um, sendo através de produção individual e coletiva num processo
formativo e permanente, onde os alunos também participam avaliando a produção
coletiva e se auto-avaliando.
A avaliação precisa ser um estímulo ao desenvolvimento artístico cultural dos
alunos. A pesquisa científica, a elaboração prática dos trabalhos, as apresentações
individuais e em grupos, produção de roteiro de teatro, exposição de trabalhos, etc., são
atividades avaliadas através do potencial criador de cada um.
Através da avaliação, discute-se as dificuldades e progressos de cada um a partir
da sua própria produção, sendo o suporte para a qualidade dos processos de ensino e
aprendizagem, onde o professor pode rever sua prática pedagógica que possibilite ao
aluno dirigir-se para a apropriação do conhecimento.
Em suma, a avaliação será individual de forma diagnóstica, contínua, permanente,
levando em consideração a criatividade, a expressividade, sensibilidade e a imaginação,
analisando o processo de desenvolvimento no desempenho dos trabalhos.
A recuperação paralela deverá acontecer imediatamente após diagnosticar a não
apropriação dos conteúdos trabalhados, utilizando novas metodologias e formas
avaliativas para que ocorra o entendimento dos mesmos.
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, J. de. A cultura brasileira – 5ª edição. São Paulo: Melhoramentos, 1971.
BARBOSA, Ana Mae. A Imagem no Ensino da Arte, Perspectiva. São Paulo SP. 1996.
20
__________, Arte e Educação; Conflitos e Acertos. Copirraite. São Paulo SP. 1985.
COLÉGIO ESTADUAL BEATRIZ BIAVATTI, Projeto Político Pedagógico. Francisco
Beltrão. 2007.
COLL, Cesar, TEBEROSKY, Ana. .Aprendendo arte São Paulo: Ática, 2002.
FERRAZ, Maria: FUSARI, Maria. Metodologia do Ensino da Arte. Cortez. São Paulo SP.
1993.
LOWENFELD, Vi Brittain. Desenvolvendo a capacidade criadora. São Paulo: Mestre
Jori, 1977.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de criação. Petrópolis: Vozes, 1987.
___________, Universos da Arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983.
PARANÁ. Currículo Básico Para a Escola Publica do Estado do Paraná ARTE.
Curitiba PR 1990.
________ Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública
de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2006.
__________ Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação,
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-
Brasileira. Curitiba: SEED-PR, 2005.
BIAVATTI, Escola Estadual. Regimento Escolar. SEED/Pr. Francisco Beltrão, 2011.
21
22
CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA CIÊNCIAS
A retomada dos conteúdos que historicamente compõem o currículo da disciplina é
imprescindível no processo de escolarização. As Diretrizes Curriculares Estaduais para o
ensino de Ciências estão organizadas a partir da concepção de Ciências, como processo
de construção humana, provisória, falível e intencional e dos conteúdos estruturantes que
se desdobram nos conteúdos básicos e específicos da disciplina. Esses conteúdos serão
abordados de forma consistente, crítica, histórica, considerando as relações entre a
ciência, a tecnologia e a sociedade. Esta abordagem pedagógica faz com que se discuta,
analise, argumente e avance na compreensão do seu papel às demandas sociais, em que
se referem à saúde, sexualidade e meio ambiente.
Sendo como objetivo geral da disciplina a investigação da Natureza, onde cabe aos
indivíduos interpretar racionalmente os fenômenos observados e resultantes das relações
entre tempo, espaço, matéria , força, movimento, campo, energia e vida.
A disciplina de Ciências se constitui num conjunto de conhecimentos científicos
necessários para compreender e explicar fenômenos da natureza a suas interferências no
mundo. Estabelece relações entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e
biológicos do cotidiano, favorecendo a reflexão, a contextualização dos conteúdos
específicos, propiciando uma análise crítica sobre a relação entre a ciência e a sociedade.
A aprendizagem de Ciências valoriza a dúvida, a contradição, a diversidade e a
divergência, o questionamento e incertezas. Tal abordagem pedagógica propicia
condições para o sujeito do processo educativo discutam, analisem, argumentem e
avancem na compreensão do seu papel frente às demandas sociais, tornando-se então
agentes mediadores das transformações sociais.
A disciplina de ciências tem por finalidade propiciar a construção da compreensão
dinâmica da nossa vivência material, do convívio harmônico com o mundo da informação,
do entendimento histórico da vida social e produtiva, da percepção evolutiva da vida, do
planeta, tendo como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da
investigação da natureza e da relação entre os seres humanos com os demais seres
23
vivos pela busca de condições favoráveis de sobrevivência no planeta.
A ciência é uma disciplina que procura assegurar um processo educacional de
elaboração e circulação do conhecimento, estabelecendo novas formas de pensar, de
dominar a natureza e de compreendê-la. A ciência não revela a verdade, mas propõe
modelos explicativos para construí-las. Aprender ciência deve ser, portanto, um exercício
de comparar e diferenciar modelos, não de adquirir saberes absolutos e verdadeiros. A
chamada mudança conceitual, necessária para que o aluno progrida dos seus
conhecimentos intuitivos aos científicos, requer pensar nos – e não só com os – diversos
modelos e teorias a partir dos quais é possível interpretar a realidade. Por outro lado, a
ciência é um processo e não apenas um produto acumulado em forma de teorias ou
modelos, e é necessário levar para os alunos esse caráter dinâmico e perecedouro dos
saberes científicos conseguindo que percebam sua transitoriedade e sua natureza
histórica e cultural, que compreendam as relações entre o desenvolvimento da ciência, a
produção tecnológica e a organização social, entendendo, portanto, o compromisso
da ciência com a sociedade, em vez da neutralidade e objetividade do suposto saber
positivo da ciência.
A sociedade a qual o ensino de ciências é dirigido e suas demandas tiveram
mudanças significativas, em vista dessas mudanças, houve necessidades de
modificações no currículo de ciências. Estas foram realizadas na Rede de Ensino do
Estado do Paraná com contribuições dos professores. E é de acordo com estas novas
diretrizes que nossa proposta pedagógica esta embasada onde a ciência deve ser
ensinada como um saber histórico e construído socialmente, tentando fazer com que os
alunos participem, de algum modo, no processo de elaboração do conhecimento
científico, com suas dúvidas e incertezas, e isso também requerer deles uma forma de
abordar o aprendizado como um processo construtivo, de busca de significados e de
interpretação, em vez de reduzir a aprendizagem a um processo repetitivo ou de
reprodução de conhecimentos pré-cozidos, prontos para o consumo.
OBJETIVOS GERAIS
A Disciplina de Ciências visa formar alunos na medida em que prioriza o estudo da
24
vida, do ambiente, do corpo humano, do universo, da tecnologia, da matéria e da energia,
dentre outros, na medida em que os ajuda a:
Compreender a ciência como um conjunto de conhecimentos que se modificam ao longo
do tempo, acompanhando as descobertas científicas pelos meios de comunicação e
avaliando seus aspectos éticos;
Desenvolver postura para a aprendizagem: curiosidade, interesse, mobilização, para a
busca e organização de informações, autonomia e responsabilidade na realização de
suas tarefas como sujeitos do processo educativo;
Compreender a natureza com um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e
transformador do meio em que vive, respeitando a diversidade de espécies no seu
ciclo evolutivo e estabelecer relações entre vários processos vitais e destes com o
ambiente.
CONTEÚDOS
6º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
Astrono
mia
Universo
Sistema solar
Movimentos celestes
Movimentos terrestres
Astros
- Teoria heliocêntrica e geocêntrica
- Características dos corpos celestes
-Movimentos de rotação e translação
dos planetas constituintes do sistema
solar.
Matéria Constituição da matéria
- Matéria: constituição, propriedades e
transformações.
- Água e saúde.
-Água: composição da água e
fundamentos teóricos (estados físicos:
pressão e vasos comunicantes).
-Atmosfera.
- Terra: crosta, solos, rochas, minerais,
manto e núcleo.
Sistemas Biológicos Níveis de Organização
- Características gerais, orgânicas e
fisiológicas dos seres vivos
25
celular - Teoria celular
- Níveis de organização celular
Energia
Formas de energia
Conversão de energia
Transmissão de energia
- Formas, conversão, transmissão,
fontes, irradiação, convecção e
condução.
Biodiver
sidade
Organização dos seres
vivos
Ecossistema
Evolução dos seres
vivos
-Relações ecológicas.
-cadeia alimentar (níveis tróficos).
-Fenômenos meteorológicos e
catástrofes.
7º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURA
NTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
Astr
onomia
Astros
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
- Eclipses, estações do ano,
- Sol: composição e produção de
energia
Matéria Constituição da matéria
- Formação, constituição e evolução do
planeta terra e sua atmosfera
Sistem
as biológicos
Célula
Morfologia e fisiologia
dos seres vivos.
- Organização celular
- Constituição, tipos e evolução celular.
- Mecanismos celulares: funções e
relações entre órgãos e sistemas
animais e vegetais.
En
ergia
Formas de
energia
Transmissão de energia
- Energia luminosa, solar, luz, cores,
radiações e energia térmica.
- Fotossíntese e conversão de energia
na célula.
26
Biodi
versidade
Origem da vida
Organização dos seres
vivos
Sistemática
- Biodiversidade e evolução das
espécies animais e vegetais.
- Origem da vida: teorias evolutivas e
eras geológicas.
- Classificação dos seres vivos em
reinos: taxonomia e filogenia.
- Inter-relações ecológicas entre os
seres vivos e o ambiente.
8º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURA
NTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
Astro
nomia
Origem e evolução do
universo
- Origem e evolução do universo
- Teorias evolutivas
- Fundamentos da classificação
cosmológica ( galáxias, estrelas,
planetas, asteróides, meteoros...)
Mat
éria
Constituição da matéria - Matéria: constituição e modelo
atômico, átomo, íon, elemento químico
e ligações químicas.
- Lei de conservação das massas.
Sistemas
biológicos
Célula
Morfologia e fisiologia
dos seres vivos
- Constituição química dos organismos
vivos
- Célula: morfologia e fisiologia das
organelas celulares
- Estrutura e funcionamento dos
tecidos, órgãos e sistemas (digestório,
27
cardiovascular, respiratório, excretor,
urinário e reprodutor)
En
ergia
Formas de energia - Energia química, mecânica e nuclear
-Prevenção ao uso indevido de
drogas.
Biodiv
ersidade Evolução dos seres vivos
-Teorias Evolutivas
9º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURA
NTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
Astr
onomia
Astros
Gravitação
universal
- Leis de Kepler e Newton
- Fenômenos terrestres (mares e
gravidade).
M
atéria Propriedades da matéria
- Propriedades gerais e específicas da
matéria
Siste
mas biológicos
Morfologia e fisiologia
dos seres vivos
Mecanismos de herança
genética
- Estrutura e funcionamento dos
sistemas (nervoso, sensorial,
reprodutor e endócrino e locomotor)
- herança genética (1ª lei de Mendel e
conceitos básicos)
E
nergia
Formas de energia
Conservação de energia
- Energia: fontes, conversores e
conservação.
- Fundamentos da física: movimento,
deslocamento, velocidade,
aceleração, trabalho e potência.
- Energia elétrica e magnetismo
Biodi
versidade Interações Ecológicas
Ciclos biogeoquímicos
Relações Ecológicas
Educação ambiental.
28
METODOLOGIA
A disciplina de Ciências deve estudar os fenômenos naturais e o conhecimento dos
seres vivos e do corpo humano, iniciando por conteúdos específicos, porém não podemos
deixar de lado o conhecimento prévio do aluno, o contexto social e as inter-relações com
outras disciplinas. Desta forma, amplia-se e sedimenta-se o conhecimento da disciplina.
Para o desenvolvimento das atividades teremos os seguintes encaminhamentos
metodológicos: atividades e aulas práticas com coerência entre teoria e prática, leitura,
análise e interpretação de textos, dados, gráficos, esquemas, recursos pedagógicos como
slides, fitas, VHS, DVDs, softwares educativos. Em determinados momentos, divulgar a
produção dos alunos, para promover a interdisciplinaridade e a socialização dos saberes.
Diante da proposta da inclusão na Escola, será necessário uma abordagem
específica mediante um diagnóstico referente a uma metodologia/conteúdos e avaliação.
Sendo possível assim melhor rendimento e aproveitamento do conteúdo.
AVALIAÇÃO
No processo de avaliação, deve-se observar alguns critérios:
- Coerência entre o planejamento e as ações pedagógicas;
- O aprendizado dos alunos, conforme os objetivos (A apropriação dos
conteúdos.)
- Conhecimento dos aspectos da natureza, sabendo relacioná-los com a vida
diária de cada um.
- Saber posicionar-se frente aos problemas relacionados ao meio ambiente,
demonstrando mudanças de postura na escola e na comunidade.
A avaliação deve ser contínua, verificando o desenvolvimento do aluno durante o
trimestre, e será feita através de:
Leitura e interpretação de textos;
Resolução de exercícios e problemas;
29
Pesquisas em livros, revistas, jornais, internet;
Elaboração de textos;
Aulas práticas – montagens, desenvolvimento, organização, relatórios.
Feitas as avaliações, se for detectado que alguns alunos não conseguiram
apropriar-se do conteúdo, será oportunizada a recuperação paralela, que consistirá de
uma retomada do conteúdo sob uma ótica diferente, com metodologia diferente daquela
usada anteriormente. Ao final, nova avaliação será realizada para toda a classe, e a nota
será substituída, de modo que o aluno fique com a maior das duas notas (avaliações ou
recuperação).
30
REFERÊNCIAS
BIAVATTI, Beatriz. Projeto Político Pedagógico: Francisco Beltrão, 2011.
BIAVATTI, Beatriz. Regimento Escolar: Francisco Beltrão, 2011.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Coleção Ciências. Rio de Janeiro: Ática.
PARANÁ – Secretaria de Estado da Educação – Currículo Básico para a Escola Pública
do Estado do Paraná. 3ª Edição, Curitiba: SEED, 1997.
__________________________, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação
Básica do Estado do Paraná. Ciências. Curitiba: SEED, 2006.
VALLE, Cecília. Coleção Ciências. Curitiba: Positivo, 2004.
EDUCAÇÃO FÍSICA
31
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Educação Física tem grande relevância na situação histórica
que ora vivemos, pois possibilita ao individuo através das mais variadas formas de
linguagem e comunicação, que não necessariamente as formais, a busca de seu espaço
na sociedade, a auto – afirmação, seu resgate como ser humano e cidadão critico e
consciente de seus diretos e deveres, que sabe respeitar, mas que também gosta e quer
se sentir respeitado, além de seu auto conhecimento, de conhecer, e respeitar seus
próprios limites e limitações, e suas capacidades.
A Educação Física passou através dos tempos por varias transformações,
atingindo um senso critico amparado pela comunidade cientifica e cultural. Hoje se faz
necessário um repensar sobre as necessidades atuais de ensino, buscando a superação
de uma visão fragmentada de homem e de sociedade, onde devemos buscar o sentido
da coletividade e do tratamento igualitário, bem como a formação do cidadão consciente,
conhecedor de si próprio. De uma forte acepção marcada pelas ciências da natureza, a
Educação Física permite abordagens biológica, antropológica, psicológica, filosófica e
política das praticas corporais, justamente por seu constituinte interdisciplinar.
Portanto a Educação Física não pode ser um apêndice das demais disciplinas e
projetos da escola, nem um momento de compensação às atividades em sala de aula,
onde se premia ou pune o aluno conforme o comportamento nas demais disciplinas. Por
ser parte integrante do processo de escolarização e como tal, deve articular – se ao
Projeto Político Pedagógico da escola. Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e
de ensino “Cultura Corporal”, a Educação Física se insere como disciplina ao garantir o
acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações e práticas
corporais historicamente produzidas pela humanidade. Na busca de contribuir com um
ideal de formação do ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é
produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.
Considerando os antecedentes históricos da Educação Física, busca-se superar
formas anteriores de concepção e atuação na escola pública, visto que a superação é
entendida como ir além, não como negação do que precedeu, mas considerada objeto de
análise, de crítica, de reorientação e/ou transformação daquelas formas. Nesse sentido,
procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade,
32
relacionando-o às práticas corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social.
Desde os primórdios dos tempos que a vida humana em sociedade se desenvolve
pelas relações do homem com a natureza, e com o próprio homem. Nessa relação, o
homem desenvolveu varias habilidades físicas e organizacionais, com o intuito de superar
obstáculos. Outras manifestações corporais eram realizadas em festas, em rituais, nas
celebrações dos frutos dos trabalhos.
Sendo assim, o trabalho é para o homem histórico, que ao longo do tempo vem
assumindo diferentes papéis. No capitalismo tornou – se alienante, desumanizador, criou
estereótipos, disciplinou, o que são características essenciais para atender a produção
capitalista.
Há que se propor, então, discussões teóricas acerca da área de conhecimento da
disciplina de Educação Física, da necessidade de se compreendê-la em um contexto
mais amplo, como parte integrante de uma totalidade que interage social, política,
econômica e culturalmente. Precisamos entender de que forma o capitalismo dita as
regras do pensar e do agir sobre o corpo, e qual a sua influencia em nossa pratica
pedagógica, sendo pra tanto, necessário nosso entendimento de que:
“( ...) o profissional de Educação Física precisa compreender –se como aquele intelectual responsável pela organização e sistematizacão competente e critica das praticas corporais conscientes do homem e suas determinações pelas relações com o trabalho, a linguagem e o poder, elementos estruturantes de uma sociedade cindida em classes e, conseqüentemente, em interesses antagônicos. O trabalho, no sentido de transformação da condição natural do homem, produzindo, este, a sua própria historia. Porém, esta produção da historia (cultura) não se dá sem um substrato ideológico que determina as formas de linguagem. A conformação dos signos sociais ( palavras, gestos, etc.) se dá sempre num contexto de relações sociais e orientações ideológicas ( ... ) . Finalmente, as relações de poder, também orientadas pelo jogo de forças determinado ideologicamente pela própria cultura, que cristaliza a condição dos sujeitos em determinada estrutura social. Pensar a Educação Física no interior da escola, sem pensar os seus determinantes culturais é, como a sua história bem tem demonstrado, torna – la acéfala. “ ( OLIVEIRA, 1998, p. 126)
Compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo significa
entender que ela é composta por interações que se estabelecem nas relações sociais,
políticas, econômicas e culturais dos povos.
É partindo dessa posição que as novas Diretrizes apontam a Cultura
Corporal como objeto de estudo e ensino da Educação Física, evidenciando a relação
estreita entre a formação histórica do ser humano por meio do trabalho e as práticas
corporais decorrentes. A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão
33
sobre o acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido,
exteriorizadas pela expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas
e esportes.
Portanto, a Educação Física tem a função social de contribuir para que os
alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma
expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
OBJETIVOS GERAIS
• Dar um significado as aulas, exercitando ampliação das possibilidades de
intervenção, superando a dimensão meramente motriz por uma dimensão
histórica, cultural, social, rompendo assim com a idéia que o corpo restringe – se
somente ao biológico e ao mensurável, priorizando assim, a construção do
conhecimento sistematizado como oportunidade ímpar de reelaboração de idéias
e praticas que identifiquem a compreensão do aluno sobre a gama de
conhecimento produzido pela humanidade e suas implicações para a vida;
• Destacar a importância da dimensão social da educação Física, possibilitando a
consolidação de um novo entendimento em realção ao movimento humano como
expressão da identidade corporal. Como pratica social e como uma forma do
homem se relacionar com o mundo;
• Permitir uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica,
filosófica e política das praticas corporais, justamente por sua constituição
interdisciplinar;
• Considerar a disciplina de forma mais abrangente, propiciando uma educação
voltada para uma consciência critica, onde o trabalho, enquanto categoria, é um
dos princípios fundantes das reflexões acerca da disciplina de Educação Física
dentro das Diretrizes Curriculares;
• Transcender aquilo que se apresenta como senso comum, desmistificando formas
já arraigadas e equivocadas sobre o entendimento das diversas práticas e
manifestações corporais, tendo como objetivo ultimo a modificação das suas
relações sociais.
34
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Para tanto, se utiliza de conteúdos estruturantes, que são definidos como os
conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam
os campos de estudos de uma disciplina escolar, e de elementos articuladores que
permitem integrar e interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e
contextualizada e, portanto, não podem ser entendidos como conteúdos paralelos, nem
tampouco trabalhados apenas teoricamente e/ou de maneira isolada.
A seguir, cada um dos Conteúdos Estruturantes será tratado sob uma
abordagem que contempla os fundamentos da disciplina, em articulação com aspectos
políticos, históricos, sociais, econômicos, culturais, bem como elementos da subjetividade
representados na valorização do trabalho coletivo, na convivência com as diferenças, na
formação social crítica e autônoma.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais os Conteúdos
Estruturantes propostos para a Educação Física na Educação Básica são os seguintes:
• Esporte;
• Jogos e brincadeiras;
• Ginástica;
• Lutas;
• Dança.
ESPORTE
Garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão sobre as práticas
esportivas, além de adaptá-las à realidade escolar, devem ser ações cotidianas na rede
pública de ensino.
Nesse sentido, a prática pedagógica de Educação Física não deve limitar-se ao fazer
corporal, isto é, ao aprendizado única e exclusivamente das habilidades físicas, destrezas
motoras, táticas de jogo e regras.
Ao trabalhar o Conteúdo Estruturante esporte, os professores devem
considerar os determinantes histórico-sociais responsáveis pela constituição do esporte
ao longo dos anos, tendo em vista a possibilidade de recriação dessa prática corporal.
Portanto, nas Diretrizes, o esporte é entendido como uma atividade teóricoprática e um
35
fenômeno social que, em suas várias manifestações e abordagens, pode ser uma
ferramenta de aprendizado para o lazer, para o aprimoramento da saúde e para integrar
os sujeitos em suas relações sociais.
A exacerbação e a ênfase na competição, na técnica, no desempenho
máximo e nas comparações absolutas e objetivas fazem do esporte na escola uma
prática pedagógica potencialmente excludente, pois, desta maneira, só os mais fortes,
hábeis e ágeis com seguem viver o lúdico e sentir prazer na vivência e no aprendizado
desse conteúdo.
Superar isso é um dos grandes desafios da Educação Física, o que exige
um trabalho intenso de redimensionamento do trato com o conteúdo esporte na escola,
repensando os tempos e espaços pedagógicos de forma a permitir aos estudantes as
múltiplas experiências e o desenvolvimento de uma atitude crítica perante esse conteúdo
escolar.
JOGOS E BRINCADEIRAS
Nas Diretrizes, os jogos e as brincadeiras são pensados de maneira
complementar, mesmo cada um apresentando as suas especificidades. Como Conteúdo
Estruturante, ambos compõem um conjunto de possibilidades que ampliam a percepção e
a interpretação da realidade.
No caso do jogo, ao respeitarem seus combinados, os alunos aprendem a
se mover entre a liberdade e os limites, os próprios e os estabelecidos pelo grupo. Além
de seu aspecto lúdico, o jogo pode servir de conteúdo para que o professor discuta as
possibilidade de flexibilização das regras e da organização coletiva. As aulas de
Educação Física podem contemplar variadas estratégias de jogo, sem a subordinação de
um sujeito a outros. É interessante reconhecer as formas particulares que os jogos e as
brincadeiras tomam em distintos contextos históricos, de modo que cabe à escola
valorizar pedagogicamente as culturas locais e regionais que identificam determinada
sociedade.
Assim, as crianças e os jovens devem ter oportunidade de produzirem as
suas formas de jogar e brincar, isto é, ter condições de produzirem suas próprias culturas,
pois:
[...] o uso do tempo na infância varia de acordo com o momento
36
histórico, as classes sociais e os sexos. Na nossa sociedade [...] ainda que por razões bem diferentes, independente das classes sociais a que pertençam, as crianças também não têm tempo e espaço para vivência da infância, como produtoras de uma “cultura infantil”. (MARCELLINO, 2002, p. 118)
Os trabalhos com os jogos e as brincadeiras são de relevância para o
desenvolvimento do ser humano, pois atuam como maneiras de representação do real
através de situações imaginárias, cabendo, por um lado, aos pais e, por outro, à escola
fomentar e criar as condições apropriadas para as brincadeiras e jogos.
Não obstante, para que sejam relevantes, é preciso considerá-los como tal. Tanto
os jogos quanto as brincadeiras são conteúdos que podem ser abordados, conforme a
realidade regional e cultural do grupo, tendo como ponto de partida a valorização das
manifestações corporais próprias desse ambiente cultural.
Os jogos também comportam regras, mas deixam um espaço de autonomia para
que sejam adaptadas, conforme os interesses dos participantes de forma a ampliar as
possibilidades das ações humanas.
Torna-se importante, então, que os alunos participem na reconstrução das regras,
segundo as necessidades e desafios estabelecidos. Para que os princípios de
sobrepujança sejam relativizados, os próprios alunos decidem como equilibrar a força de
dois times, sem a preocupação central na mensuração do desempenho.
Nesta perspectiva, não se pode esquecer dos brinquedos que, no seu processo de
criação, envolvem relações sociais, políticas e simbólicas que se fazem presentes desde
sua invenção.
Dessa maneira, como Conteúdo Estruturante da disciplina de Educação Física, os
jogos e brincadeiras compõem um conjunto de possibilidades que ampliam a percepção e
a interpretação da realidade, além de intensificarem a curiosidade, o interesse e a
intervenção dos alunos envolvidos nas diferentes atividades.
GINÁSTICA
Nas Diretrizes Curriculares, entende-se que a ginástica deve dar condições
ao aluno de reconhecer as possibilidades de seu corpo. O objeto de ensino desse
conteúdo deve ser as diferentes formas de representação das ginásticas.
Espera-se que os alunos tenham subsídios para questionar os padrões
37
estéticos, a busca exacerbada pelo culto ao corpo e aos exercícios físicos, bem como os
modismos que atualmente se fazem presentes nas diversas práticas corporais, inclusive
na ginástica.
Ampliando o olhar, é importante entender que a ginástica compreende uma
gama de possibilidades, desde a ginástica imitativa de animais, as práticas corporais
circenses, a ginástica geral, até as esportivizadas: artística e rítmica.
Contudo, sem negar o aprendizado técnico, o professor deve possibilitar a
vivência e o aprendizado de outras formas de movimento.
Deve-se, ainda, oportunizar a participação de todos, por meio da criação
espontânea de movimentos e coreografias, bem como a utilização de espaços para suas
práticas, que podem ocorrer em locais livres como pátios, campos, bosques entre outros.
Por meio da ginástica, o professor poderá organizar a aula de maneira que os alunos se
movimentem, descubram e reconheçam as possibilidades e limites do próprio corpo. Com
efeito, trata-se de um processo pedagógico que propicia a interação, o conhecimento, a
partilha de experiências e contribui para ampliar as possibilidades de significação e
representação do movimento.
LUTAS
Da mesma forma que os demais Conteúdos Estruturantes, as lutas devem
fazer parte do contexto escolar, pois se constituem das mais variadas formas de
conhecimento da cultura humana, historicamente produzidas e repletas de simbologias.
Ao abordar esse conteúdo, devem-se valorizar conhecimentos que permitam identificar
valores culturais, conforme o tempo e o lugar onde as lutas foram ou são praticadas.
Ao abordar o conteúdo lutas, torna-se importante esclarecer aos alunos as
suas funções, inclusive apresentando as transformações pelas quais passaram ao longo
dos anos. De fato, as lutas se distanciaram, em grande parte, da sua finalidade inicial
ligada às técnicas de ataque e defesa, com o intuito de autoproteção e combates
militares, no entanto, ainda hoje se caracterizam como uma relevante manifestação da
cultura corporal.
O desenvolvimento de tal conteúdo pode propiciar além do trabalho corporal,
a aquisição de valores e princípios essenciais para a formação do ser humano, como, por
exemplo: cooperação, solidariedade, o autocontrole emocional, o entendimento da
filosofia que geralmente acompanha sua prática e, acima de tudo, o respeito pelo outro,
38
pois sem ele a atividade não se realizará.
As lutas, assim como os demais conteúdos, devem ser abordadas de
maneira reflexiva, direcionada a propósitos mais abrangentes do que somente
desenvolver capacidades e potencialidades físicas. Dessa forma, os alunos precisam
perceber e vivenciar essa manifestação corporal de maneira crítica e consciente,
procurando, sempre que possível, estabelecer relações com a sociedade em que vive. A
partir desse conhecimento proporcionado na escola, o aluno pode, numa atitude
autônoma, decidir pela sua prática ou não fora do ambiente escolar.
DANÇA
A dança é a manifestação da cultura corporal responsável por tratar o corpo
e suas expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que se concretizam
em diferentes práticas, como nas danças típicas (nacionais e regionais), danças
folclóricas, danças de rua, danças clássicas entre outras.
Em situações que houver oportunidade de teorizar acerca da dança, o
professor poderá aprofundar com os alunos uma consciência crítica e reflexiva sobre seus
significados, criando situações em que a representação simbólica, peculiar a cada
modalidade de dança, seja contemplada.
A dança pode se constituir numa rica experiência corporal, a qual possibilita
compreender o contexto em que estamos inseridos. É a partir das experiências vividas na
escola que temos a oportunidade de questionar e intervir, podendo superar os modelos
pré-estabelecidos, ampliando a sensibilidade no modo de perceber o mundo (SARAIVA,
2005).
Dessa maneira, é importante que o professor reconheça que a dança se
constitui como elemento significativo da disciplina de Educação Física no espaço escolar,
pois contribui para desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a expressão corporal, a
cooperação, entre outros aspectos. Além disso, ela é de fundamental importância para
refletirmos criticamente sobre a realidade que nos cerca, contrapondo-se ao senso
comum.
Os Elementos Articuladores propostos nas DCES são os seguintes:
• Cultura Corporal e Corpo;
• Cultura Corporal e Ludicidade;
• Cultura Corporal e Saúde;
39
• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
• Cultura Corporal e Desportivização;
• Cultura Corporal – Técnica e Tática;
• Cultura Corporal e Lazer;
• Cultura Corporal e Diversidade;
• Cultura Corporal e Mídia.
Os elementos articuladores alargam a compreensão das práticas corporais,
indicam múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica em situações que surgem no
cotidiano escolar. São, ao mesmo tempo, fins e meios do processo de
ensino/aprendizagem, pois devem transitar pelos Conteúdos Estruturantes e específicos
de modo a articulá-los o tempo todo.
Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física para a Educação Básica
devem ser abordados em complexidade crescente, isto porque, em cada um dos níveis de
ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento
sistematizado, que devem ser consideradas no processo de ensino/aprendizagem.
CONTEÚDOS
1º Trimestre
6º ano:
Jogos e brincadeiras – jogos de tabuleiro e brincadeiras populares;
Ginástica Geral – jogos gímnicos;
Esporte: Vôlei, basquete e atletismo (através jogos pré-desportivos);
7º ano:
Esporte – voleibol, basquete e tênis de mesa (jogos pré-desportivos);
Jogos e brincadeiras – Brincadeiras populares, jogos cooperativos e competitivos;
Ginástica Geral – elementos ginásticos (alongamento, aquecimento e relaxamento);
40
8º ano:
Esporte – voleibol, basquetebol (técnica e tática);
Jogos e brincadeiras – jogos dramáticos;
Ginástica – geral;
9º ano:
Esporte – voleibol e basquetebol;
Jogos – dramáticos/ cooperativos;
Ginástica – ginástica de academia;
2º Trimestre
6º ano:
Esporte – futsal e Basquete (jogos pré-desportivos);
Jogos e brincadeiras – jogos cooperativos;
Dança – folclórica;
7º ano:
Esporte – Atletismo, basquetebol e futsal (jogos pré-desportivos);
Jogos e brincadeiras – jogos de tabuleiro (xadrez, etc...);
Dança – folclórica / criativa;
8º ano:
Esportes – atletismo, tênis de mesa e futsal (técnica e tática);
Jogos e brincadeiras – jogos competitivos;
Dança – dança de salão / criativa;
9º ano;
Esportes – atletismo, xadrez, tênis de mesa e futsal;
Dança – dança criativa e circular;
Ginástica – geral;
41
3ª Trimestre
6º ano:
Esportes – handebol ( jogos pré-desportivos);
Ginástica – circense e ritmica.
Lutas – lutas de aproximação;
7º ano:
Esportes – futsal, handebol (jogos pré-desportivos);
Lutas – Capoeira e Karate
Ginástica - geral / circense
8º ano:
Esportes – basquetebol;
Jogos e brincadeiras – jogos de tabuleiro;
Dança – dança de salão;
Ginástica – academia;
Lutas – lutas de aproximação (capoeira).
9º ano:
Esportes – futsal e handebol;
Lutas – lutas de aproximação (capoeira).
METODOLOGIA
O encaminhamento metodológico demonstra o alargamento da compreensão das
praticas corporais na escola, reorientando as formas de conceber o papel da Educação
física na formação do aluno, identificando as múltiplas possibilidades de intervenção
sobre a corporeidade que surgem no cotidiano de cada escola.
Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado nestas
Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes propostos –
esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação Física tem a função
social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o 42
próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente
sobre as práticas corporais.
Ao professor cabe, compreender – se como intelectual responsável pela
organização e sistematização destas práticas corporais que possibilitam a comunicação e
o dialogo com as diferentes culturas.
Para tanto, a Educação Física deve articular o trabalho com todos os envolvidos no
processo de escolarização com o intuito de repensar e re-estruturar rituais, regras,
valores, tempos e espaços que compõe o trabalho pedagógico a abrangem a educação
do corpo na escola. Reorganizar as diversas práticas pedagógicas por intermédio de uma
interação entre os sujeitos.
Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da
Cultura Corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na
desportivização das práticas corporais.
Os conteúdos deverão ser abordados segundo o princípio da complexidade
crescente, em que um mesmo conteúdo pode ser discutido nas diferentes séries do
Ensino Fundamental.
Nesta perspectiva, os conteúdos não precisam ser pré-requisitos, mas apresentar
complexidade crescente, onde um mesmo conteúdo pode ser explorado em qualquer
série da Educação Básica, com o professor estabelecendo diferenças de entendimentos e
reflexões dos mesmos e de seus elementos articuladores.
O trabalho docente será balizado por uma intencionalidade que pretenda repensar
o papel do professor e da Educação Física ao longo da escolarização, desmistificando
formas naturalizadas de compreender a função social. Ainda, o professor será o
articulador do conhecimento e não o detentor de uma verdade única.
O professor deverá estar atento às peculiaridades que envolvem a corporeidade,
nem resumir a educação do corpo a pratica de atividades físicas descontextualizadas,
mas sim, entendê-las como uma dimensão complexa e abrangente.
A organização das aulas deve possuir três momentos distintos:
1° momento: Apresentação/proposição do conteúdo a ser aplicado.
Através de discussão do conteúdo preparado e planejado pelo professor com os
alunos, com base no que o aluno traz como referencia acerca do conteúdo proposto, e
através de propostas de desafios, o professor irá adotar a estratégia que se apresentar
com maior probabilidade de aceitação e assimilação por parte dos alunos;
43
2° momento: Execução do conteúdo proposto;
Para execução dos conteúdos sistematizados, o professor deverá lançar mão de
trabalhos de pesquisa individuais e em grupos, explanações orais, de imagens
(transparências, livros, revistas, etc.), seminários, atividades práticas (dinâmicas, jogos
etc.) e reflexões através de intervenções pedagógicas quando necessário, a fim de atingir
os objetivos estabelecidos.
3° momento: Discussão e reflexão sobre o conteúdo que foi executado;
Após a aplicação dos conteúdos, os alunos e o professor deverão novamente
reunirem-‘ se, afim de comentar, analisar, destacar pontos positivos e negativos da
aula, além de sugerir alterações, como outras variações de jogos, para que o conteúdo
seja assimilado por todos de forma integral.
O papel da Educação Física é desmistificar formas arraigadas e não refletidas em
relação às diversas práticas e manifestações corporais historicamente produzidas e
acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagógica o conhecimento
sistematizado, como oportunidade para re-elaborar idéias e atividades que ampliem a
compreensão do estudante sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas
implicações para a vida.
Enfim, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de experiências
objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se efetiva,
sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve estar em concordância com o Projeto Político Pedagógico da
escola, e não deve servir apenas para classificar alunos em aprovados ou reprovados,
mas, também como referencia para redimensionar sua prática pedagógica. Sendo assim,
deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o conjunto de
ações pedagógicas e não como elemento externo a este processo.
Com efeito, os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando o
comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico:
Comprometimento e envolvimento – se os alunos entregam as atividades 44
propostas pelo professor; se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio da
recriação de jogos e regras; se o aluno consegue resolver, de maneira criativa, situações
problemas sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo
e propondo soluções para as divergências; se o aluno se mostra envolvido nas atividades,
seja através de participação nas atividades práticas ou realizando relatórios.
Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo
contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº 9394/96, em que o
professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas
corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.
No primeiro momento da aula, ou do conjunto de aulas, o professor deve buscar
conhecer as experiências individuais e coletivas advindas das diferentes realidades dos
alunos, problematizando-as. É quando surge uma primeira fonte de avaliação, que
possibilita ao professor reconhecer as experiências corporais e o entendimento prévio por
parte dos alunos sobre o conteúdo que será desenvolvido. Isso pode ser feito de várias
maneiras, como: diálogo em grupos, dinâmicas, jogos, dentre outras.
No segundo momento da aula, o professor propõe atividades correspondentes à
apreensão do conhecimento. A avaliação deve valer-se de um apanhado de indicadores
que evidenciem, através de registros de atitudes e técnicas de observação, o que os
alunos expressam em relação a sua capacidade de criação, de socialização, os
(pré)conceitos sobre determinadas temáticas, a capacidade de resolução de situações
problemas e a apreensão dos objetivos inicialmente traçados pelo professor (PALLAFOX
E TERRA, 1998).
Na parte final da aula, é o momento em que o professor realiza, com seus alunos,
uma reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado. Isso pode ocorrer de diferentes
formas, dentre elas: a escrita, o desenho, o debate e a expressão corporal. Nesse
momento, é fundamental desenvolver estratégias que possibilitem aos alunos
expressarem-se sobre aquilo que apreenderam, ou mesmo o que mais lhes chamou a
atenção. Ainda, é imprescindível utilizar instrumentos que permitam aos alunos se auto-
avaliarem, reconhecendo seus limites e possibilidades, para que possam ser agentes do
seu próprio processo de aprendizagem.
Durante estes momentos de intervenção pedagógica, o professor pode utilizarse de
outros instrumentos avaliativos, como: dinâmicas em grupo, seminários, debates, júri-
simulado, (re)criação de jogos, pesquisa em grupos, inventário do processo pedagógico,
45
entre outros, em que os estudantes possam expressar suas opiniões aos demais colegas.
Também através da organização e a realização de festivais e jogos escolares, cuja
finalidade é demonstrar a apreensão dos conhecimentos e como estes se aplicam numa
situação real de atividade que demonstre a capacidade de liberdade e autonomia dos
alunos.
Portanto, serão instrumentos de avaliação nas aulas de Educaçao Física: as
provas e os trabalhos escritos e orais, a auto avaliação, a observação continua do
crescimento quanto ao estagio inicial do conhecimento dos conteúdos trabalhados, a
capacidade de resolução de situações problemas e a apreensão dos objetivos
inicialmente traçados pelo professor.
A recuperação paralela dar – se – a concomitantemente ao desenrolar das aulas,
permitindo que alunos com dificuldades em determinados conteúdos, possam estar
revendo os mesmos, estudando – os, buscando uma melhor forma de assimilação e
participando novamente do processo para que se faça um novo diagnostico do que foi
apreendido, e se necessário, retomar o ponto novamente, com novas regras, como forma
de fortalecer e consolidar o processo de ensino e aprendizagem.
REFERÊNCIAS
CAPARROZ, Francisco Eduardo. EDUCAÇAO FISICA ESCOLAR: política, investigação e intervenção. Vitória: Proteoria, 2001.
COLÉGIO ESTADUAL BEATRIZ BIAVATTI, Projeto Político Pedagógico, Francisco Beltrão, 2008;
BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Lei n. 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO – EDUCAÇÃO FÍSICA, Curitiba, SEED-PR, 2008;
PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇAO, DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – EDUCAÇAO FÍSICA, Curitiba, SEED, 2008;
MARCELLINO, N.C. Lazer e educação. 9. ed. Campinas: Papirus, 2002
46
SOARES, Carmem Lucia. EDUCAÇAO FISICA ESCOLAR: conhecimento e especificidade. Revista Paulista de Educação física, suplemento nº 2. São Paulo.
OLIVEIRA, N. R. C. de. Educação física na educação infantil: uma questão para debate. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 12., 2001. Caxambu, Anais. Campinas: CBCE, 2001. (CD-ROM)
PALLAFOX, G. H. M.; TERRA, D. V. Introdução à avaliação na educação física escolar.In:Pensar a Prática. Goiânia, v. 1. n. 01, jan/dez 1998
ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso é de matrícula facultativa, mas faz parte integrante da formação
básica do cidadão. Nas escolas públicas da Educação Básica é a disciplina que assegura
o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de
proselitismo. (Lei 9475/97 art. 33 da LDBN/96). A disciplina de Ensino Religioso busca
expressar a necessidade de reflexão para a superação das desigualdades étnico-
religiosas e para garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e expressão.
Fazem parte do foco de trabalho do Ensino Religioso conteúdos que tratam da
diversidade de manifestações religiosas, do Sagrado, dos seus ritos, de suas paisagens e
símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de
que são impregnadas..
Na prática, a disciplina Ensino Religioso está presente nas escolas há muitos
anos. Porém, inicialmente, era trabalhado como catecismo da religião Católica. Com o
passar dos anos e várias Constituições e LDBs, entendeu-se que a disciplina é um direito
de todos, de modo que deveria ser trabalhada de fim de que possa contribuir para o
reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas advindas da elaboração
cultural dos povos, e possibilitar o acesso às diferentes fontes da cultura sobre o
47
fenômeno religioso.
Não se pode negar a trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil, mas diante
da sociedade atual, essa disciplina requer uma nova forma de ser vista e compreendida
no currículo escolar.
Assim, para ampliar a abordagem curricular no que se refere à diversidade
religiosa, estudar-se-á o Sagrado como foco do fenômeno religioso, por contemplar algo
presente em todas as manifestações religiosas, já que essa concepção favorece uma
abordagem ampla de conteúdos específicos da disciplina.
Tais conteúdos privilegiam o estudo das diferentes manifestações do Sagrado e
possibilitam sua análise e compreensão como o cerne da experiência religiosa que se
expressa no universo cultural de diferentes grupos sociais, uma vez que é uma das
formas de expressão empregadas para se explicar fenômenos que não obedecem às leis
da natureza.
Entretanto, as expressões sagradas diferem de cultura para cultura e, como parte
da dimensão cultural, o sagrado influencia a compreensão de mundo e a maneira como o
homem religioso vive seu cotidiano. O que para alguns é normal e corriqueiro, para outros
é encantador, sublime, extraordinário, repleto de importância e, portanto, merecedor de
tratamento diferenciado.
A partir do objeto de estudo do Ensino Religioso, conforme se preconiza nas
Diretrizes Curriculares Estaduais, busca-se superar as tradicionais aulas de religião e
entender essa disciplina escolar como processo pedagógico cujo enfoque é o
entendimento cultural sobre o sagrado e a diversidade religiosa.
OBJETIVOS GERAIS
• Proporcionar aos alunos a oportunidade de identificação, de
entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às diferentes
manifestações religiosas presentes na sociedade de tal forma que amplie
sua própria cultura em que estão inseridos;
• Refletir e entender como os grupos sociais se constituem
culturalmente e como se relacionam com o Sagrado;
• Ampliar a abordagem no que se refere à diversidade religiosa
48
tendo como objetivo de estudo, o Sagrado, foco do fenômeno Religioso
como algo que está presente em todas as manifestações religiosas do
cotidiano;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes compõem os saberes, os conhecimentos de grande
amplitude, os conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos a
serem contemplados no Ensino Religioso.
Apropriados das instâncias que contribuem para compreender o Sagrado, os
conteúdos estruturantes propostos para o Ensino Religioso são:
A paisagem religiosa que se refere à materialidade fenomênica do
sagrado, a qual é aprendida através dos sentidos. Refere-se à exterioridade do
sagrado, ou seja, os espaços sagrados;
O universo simbólico religioso que é apreensão conceitual da razão,
pela qual concebe-se o sagrado pelos seus predicados e se conhece a sua lógica
simbólica. Sendo assim entende-se como sistema simbólico e cultural;
Texto Sagrado é a tradição e a natureza do sagrado enquanto
fenômeno. Pode ser manifestado de forma material ou imaterial. Neste sentido, é
reconhecido através das Escrituras Sagradas das Tradições Orais Sagradas e dos
Mitos.
49
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
SAGRADO
PAISAGEM RELIGIOSA
TEXTO SÍMBOLO
SAGRADO
CONTEÍDOS ESPECÍFICOS
6º ano 7º ano- Lugares Sagrados
-Símbolos religiosos
- Organizações Religiosas
- Textos Orais ou Escritos Sagrados
- Universo simbólico religioso
- Ritos
- Festas Religiosas
- Vida e Morte
METODOLOGIA
O processo de ensino aprendizagem defendido pelo Ensino Religioso visa a
construção/produção do conhecimento e que, por conseqüência, se caracteriza por uma
metodologia de promoção do debate, da hipótese divergente, da dúvida, do confronto de
idéias, de informações discordantes, da pesquisa e também da exposição de conteúdos
formalizados.
Este processo de ensino tem como primícias o aluno como sujeito social do
conhecimento científico que interage com os conteúdos, objeto social deste conhecimento
50
científico.
A forma de apresentação dos conteúdos específicos, explicita a intenção e a partir
de abordagens de manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecidos ou
pouco conhecidos dos alunos, para posteriormente inserir os conteúdos que tratam de
manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte do universo cultural da
comunidade.
Os conteúdos de Ensino Religioso não têm o compromisso de legitimar
manifestações do sagrado em detrimento de outras, uma vez que a escola não é um
espaço de doutrinação, evangelização, de expressão de ritos, símbolos, campanhas e
celebrações.
Ao adotar uma abordagem pedagógica e não religiosa, dos conteúdos, o professor
estabelecerá uma relação com os conhecimentos que compõem o universo sagrado das
manifestações religiosas como construção histórico-social, apegando-se ao patrimônio
cultural da humanidade. Não estará, portanto, propondo que se faça juízo desta ou
daquela prática religiosa.
AVALIAÇÃO
É necessário destacar os procedimentos de avaliação do Ensino Religioso não se
constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro de notas ou conceitos
na documentação escolar.
Cabe ao professor utilizar práticas avaliativas que permitam acompanhar o
processo de apropriação do conhecimento pelos alunos, tendo como parâmetro o
conteúdo trabalhado e seus objetivos.
Sendo utilizados instrumentos que auxiliam a registrar o quanto o aluno e a turma
se apropriaram dos conteúdos através de trabalhos em grupo, ou individuais, pesquisas,
leituras, debates, plenárias, avaliações escritas individuais ou em grupo, análise de textos,
apresentação de fatos entre outros.
O professor deverá retomar os conteúdos sempre que perceber dificuldades em
compreensão das manifestações do sagrado por parte dos alunos.
51
REFERÊNCIAS
CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Ed. Scipione Slda, 1994
COLÉGIO ESTADUAL BEATRIZ BIAVATTI, Projeto Político Pedagógico. Francisco
Beltrão. 2007.
ELIADE, Mircea. O Sagrado e o Profano: a essência das religiões. São Paulo: Ed.
Paulinas, 1989.
OTT, R. O Sagrado, Lisboa: Edições 70, 1992.
MACEDO, Carmen Cinira. Imagem do eterno: religiões mo Brasil. São Paulo: Ed.
Moderna Ltda, 1989.
Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o
Ensino Fundamental. Curitiba, 2008.
GEOGRAFIA
52
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A geografia é entendida como a ciência que estuda o espaço geográfico e deve ser
compreendida através das relações entre espaço-tempo, poder, sociedade-natureza. A
geografia no Ensino Fundamental contempla os eixos estruturantes: A Dimensão Política
do Espaço Geográfico, Dimensão socioambiental do Espaço Geográfico, a Dinâmica
Cultural e Demografia do Espaço Geográfico e Dimensão Econômica do Espaço
Geográfico, que nortearão os conteúdos específicos da disciplina.
O espaço geográfico é entendido como espaço produzido e apropriado pela
sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais,
culturais, políticas e econômicas) interrelacionados.
O papel da Geografia na pós-modernidade exige uma leitura crítica do mundo,
possibilitando aos alunos a compreensão de que também são agentes participativos, na
construção do espaço geográfico.
O ensino e o estudo da Geografia estabelecem relações com a natureza, como
forma de compreender as estratégias de sobrevivência dos povos ao longo da história da
humanidade.
Os povos coletores e caçadores observavam a dinâmica das estações para
entender o ciclo reprodutivo da natureza, enquanto para os navegadores e pescadores
sempre foi importante observar a dinâmica dos ventos e o movimento das marés e das
correntes marítimas. Já para os agricultores sempre foi essencial conhecer as variações
climáticas e a alternância entre os períodos secos e chuvosos.
Esses conhecimentos permitiram às sociedades relacionar-se com a natureza e
modificá-la em seu próprio benefício. Isto vem acontecendo em todas as eras históricas,
criando também condições para entender o processo da evolução humana, a
transformação do meio ambiente, que advém do movimento da própria natureza, mas
também da intervenção do homem.
Estas transformações ocorridas permitiram grandes avanços na organização do
trabalho humano, no desenvolvimento científico e tecnológico, conseqüentemente
refletindo nas relações humanas.
Segundo ANTRADE, (1987) a forma do planeta passou a ser discutida a partir do
53
Séc. XII, quando eram definidas as rotas marítimas do comércio. No Séc. XVI os homens
começaram a ter uma preocupação maior estudando elementos do espaço físico, como
água, minérios, matas, montanhas, planaltos e planícies e os desertos, estudando
também a relação dos homens com a natureza, começando a explorar mais os recursos
minerais, a produtividade do solo e principalmente atuando na organização de poder
sobre essas riquezas e sobre a extensão dos territórios.
Porém, só a partir do Séc. XVII a Geografia é olhada como ciência, pois nesse
momento é introduzido o método científico, indutivo, experimental, com abrangência na
pesquisa geográfica. Ainda para o autor ANTRADE, (1987) até o Séc. XIX não havia
sistematização da produção geográfica, pois seus estudos estavam dispersos em
relatórios administrativos. Apenas em alguns países europeus, em função do capitalismo
emergente foram criadas as sociedades geográficas e as organizações de expedição
científica para outros continentes. Foram estas pesquisas que subsidiaram o surgimento
das escolas nacionais do pensamento geográfico na Europa.
No Brasil, as idéias geográficas foram inseridas no currículo escolar ainda no
século XIX, com os princípios da Geografia, objetivando estudar o território e suas
belezas naturais. Só a partir de 1930 houve a institucionalização da Geografia no Brasil,
quando as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o território
brasileiro com o objetivo de servir aos interesses políticos do estado, na perspectiva do
nacionalismo econômico.
A concepção crítica da Geografia, como análise do espaço geográfico, veio depois
da segunda metade do Séc. XX, quando a Geografia passa a ser estudada do ponto de
vista econômico e político, globalizando os interesses econômicos e as relações dos
blocos de paises. A partir deste momento, com o avanço do capitalismo mundial, as
explorações do espaço geográfico e da natureza sofrem graves conseqüências, pois o
planeta é visto como espaço de exploração econômica e não como meio de sobrevivência
da humanidade. Tudo isso abrange não só a degradação do meio ambiente, mas também
as relações sócio-econômicas e culturais da humanidade, criando grandes desigualdades
sociais e injustiças, decorrentes do mau uso dos recursos naturais, degradando-os e do
acúmulo de riquezas, causando a destruição do espaço físico e, conseqüentemente, da
humanidade.
A Geografia é uma ciência que tem por objeto de estudo o espaço; não o espaço
cartesiano, mas o espaço produzido através das relações entre o homem e o meio,
54
envolvendo aspectos dialéticos e fenomenológicos. Para tanto a geografia foi se servir
dos métodos de outras ciências, tanto das naturais como das sociais, o que foi
fundamental para sua fragmentação, já que facções da geografia adotaram os métodos e
conceitos da ciência naturais, constituindo a geografia física, enquanto outras usaram a
metodologia das ciências sociais, formando a geografia humana.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
De acordo com a concepção teórica da pedagogia histórico critica, serão
apontados os conteúdos estruturantes da Geografia do Ensino Fundamental, já
considerando que o objeto de estudo da Geografia é o Espaço Geográfico e que este não
pode ser entendido sem uma relação com os principais conceitos.
Conceituando conteúdos estruturantes como saberes relacionados a alguns dos
campos de estudo de uma ciência, considerados basilares e fundamentais para a
compreensão de seu objeto de estudo no ambiente de Educação Básica. A partir destes,
derivam-se os conteúdos específicos que compõem o trabalho pedagógico no cotidiano
escolar.
Assim, nesta Proposta Pedagógica Curricular, o objeto de estudo, sua composição
conceitual e os conteúdos estruturantes da Geografia no Ensino Básico, para o atual
período, dispostos no cronograma abaixo:
55
Objeto de Estudo Conceito Geográfico Conteúdos
Estruturantes
E SOCIEDADE
S
P NATUREZA
A
Ç TERRITÓRIO
O
G
REGIÃO E
PAISAGEM
LUGAR
Cabe salientar que os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e reúnem em
seus conteúdos específicos, os grandes conceitos geográficos (sociedade, natureza,
território, região, paisagem, lugar, entre outros), que somente inter-relacionados tornam-
se significativos e contribuem para a compreensão do Espaço Geográfico.
A partir dos conteúdos estruturantes, derivam os conteúdos específicos, os quais
devem ser abordados a partir das relações entre poder, espaço-tempo e sociedade-
natureza, pois essas relações estão perpassando os mesmos, garantindo assim, a
totalidade da abordagem.
56
A Dimensão
Econômica do Espaço
Geográfico
A Dinâmica
Cultural e Demográfica
do Espaço Geográfico
A Dimensão Política
do Espaço Geográfico
A Dimensão
Socioambiental do
Espaço Geográfico
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS.
Conteúdos Básicos por série/ trimestre conforme a organização feita em
23/03/2009 pelos professores do município de Francisco Beltrão.
6º ano
Estruturantes 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre
-Dimensão
econômica do
espaço
geográfico
-Dimensão
Política do
Espaço
Geográfico
Dimensão
socioambiental
do espaço
geográfico
-Dimensão
cultural e
demográfica do
espaço
geográfico
-As diversas
regionalizações do
espaço geográfico.
- Formação e
transformação das
paisagens naturais e
culturais.
- Dinâmica da
natureza e sua
alteração pelo
emprego de
tecnologias de
exploração e
produção.
- A formação,
localização,
exploração e utilização
dos recursos naturais.
- A distribuição
espacial das atividades
produtivas e a
(re)organização do
espaço geográfico.
- As relações entre
campo e cidade na
sociedade capitalista.
- A evolução
demográfica, a
distribuição espacial
da população e os
indicadores
estatísticos.
-A mobilidade
populacional e as
manifestações
socioespaciais da
diversidade cultural.
57
7º ano
Estruturantes 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre
-Dimensão
econômica do
espaço
geográfico
-Dimensão
Política do
Espaço
Geográfico
-Dimensão
socioambiental
do espaço
geográfico
-Dimensão
cultural e
demográfica do
espaço
geográfico
-A formação,
mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração do
território brasileiro.
- As diversas
regionalizações do
espaço geográfico.
-A dinâmica da
natureza e sua
alteração pelo
emprego de
tecnologias de
exploração e
produção.
- As manifestações
socioespaciais da
diversidade cultural.
-A evolução
demográfica da
população, a
distribuição espacial e
os indicadores
estatísticos.
- Movimentos
migratórios e suas
motivações.
- O espaço rural e a
modernização da
agricultura.
- A distribuição espacial
das atividades
produtivas, a
(re)organização do
espaço geográfico.
- A formação, o
crescimento das
cidades, a dinâmica dos
espaços urbanos e a
urbanização.
-A circulação de mão-
de-obra, das
mercadorias e das
informações.
58
8º ano
Estruturantes 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre
-Dimensão
econômica do
espaço
geográfico
-Dimensão
Política do
Espaço
Geográfico
-Dimensão
socioambiental
do espaço
geográfico
-Dimensão
cultural e
demográfica do
espaço
geográfico
- As diversas
regionalizações do
espaço geográfico.
- A formação, mobilidade
das fronteiras e a
reconfiguração dos
territórios do continente
americano.
- Formação, localização,
exploração e utilização
dos recursos naturais.
- A Nova Ordem Mundial,
os territórios
supranacionais e o papel
do Estado.
- A distribuição espacial
das atividades
produtivas, a
(re)organização do
espaço geográfico.
- O comércio e suas
implicações
socioespaciais.
- A circulação de mão-
de-obra, do capital, das
mercadorias e das
informações.
- As manifestações
socioespaciais da
diversidade cultural.
-O espaço rural e a
modernização da
agricultura.
- As relações entre
o campo e a cidade
na sociedade
capitalista.
- A evolução
demográfica da
população, sua
distribuição espacial
e os indicadores
estatísticos.
- Os movimentos
migratórios e suas
motivações.
59
9º ano
Estruturantes 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre
-Dimensão
econômica do
espaço geográfico
-Dimensão
Política do Espaço
Geográfico
-Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico
-Dimensão
cultural e
demográfica do
espaço geográfico
-As diversas
regionalizações do
espaço geográfico.
-A formação,
mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração dos
territórios.
-A Nova Ordem
Mundial, os territórios
supranacionais e o
papel do Estado.
- O espaço em rede:
produção, transporte
e comunicações na
atual configuração
territorial.
- A Revolução técnico-
cientifica-informacional e
os novos arranjos no
espaço da produção.
- O comércio mundial e
as implicações
socioespaciais.
-A distribuição das
atividades produtivas, a
transformação da
paisagem e a
(re)organização do
espaço geográfico.
-A dinâmica da natureza
e sua alteração pelo
emprego de tecnologias
de exploração e
produção.
- A evolução
demográfica da
população, sua
distribuição espacial
e os indicadores
estatísticos.
-As manifestações
socioespaciais da
diversidade cultural.
- Os movimentos
migratórios mundiais
e suas motivações.
* A Cartografia deve ser trabalhada como uma linguagem, a qual é indispensável
para entendermos o espaço geográfico. Dessa forma, ela deverá ser explorada junto aos
conteúdos em qualquer período do ano/série. Assim, como a Geografia do Paraná,
também não deve aparecer de forma isolada na proposta curricular, deve ser trabalhada
esta escala geográfica sempre que possível. O importante não é o aluno receber
dados/informações somente sobre o Paraná, mas compreender que esta escala
geográfica influencia e/ou é influenciada por outros espaços, ou seja, trabalhando do local
para o global.
60
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Dentro do espaço geográfico estão incluídas as questões conceituais de lugar,
paisagem, território, rede, região, sociedade e natureza. A Geografia enquanto disciplina
escolar deve levar o aluno a entender a estruturação e a organização do espaço, como as
sociedades, historicamente, utilizam os recursos disponíveis e organizam a base territorial
a partir de interesses e contradições, e como se apropriam dos elementos da natureza
que são desigualmente distribuídos.
Assim, o ensino de geografia propõe que os conteúdos específicos sejam
trabalhados de forma prática e dinâmica, de maneira que a teoria e a realidade estejam
interligadas em coerência com os fundamentos teóricos propostos.
Através da metodologia o professor tem por objetivo oferecer ao aluno uma visão
ampliada da geografia, que vá além da apresentação de nomes de rios, países e formas
de relevo. Queremos colocá-lo em contato com um conhecimento geográfico que tenha
significado para o mesmo. Isto poderá ser feito colocando-o diante do fato geográfico
ocorrido, procurando descobrir como ocorreu o fato, quando e onde, e relacioná-lo com a
realidade atual, de forma a que o aluno possa refletir sobre causas e efeitos da ação
humana sobre a natureza e as conseqüências diretas na vida de todos nós.
Para isso, organizamos os conteúdos, destacando os conceitos que julgamos
importantes na construção do conhecimento dessa ciência.
Cada tema será tratado a partir do que o aluno já sabe sobre o assunto. A partir daí
novas situações serão propostas para que ele formule novas hipóteses e compreenda
que a geografia está presente e faz parte do seu cotidiano.
Durante as aulas serão inseridos os temas dos Desafios Educacionais
Contemporâneos, de modo a abordar os temas relacionados aos conteúdos trabalhados,
refletindo sobre a realidade atual.
Ao concluir o Ensino Fundamental, o aluno deverá ter noções geográficas sobre os
continentes, os países e os elementos físicos e humanos.
Para que o aluno possa incorporar o conhecimento com maior propriedade, se faz
necessário que possamos iniciar problematizando os conteúdos, visando o
despertamento dos estudantes para que estes possam a partir daí avançar na aquisição
e/ou melhora dos saberes já adquiridos.
61
Diante das diversas mudanças que o mundo atual vem apresentando, é de suma
importância que os estudantes possam contextualizar os conteúdos que estão sendo
trabalhados, juntamente com a mediação dos professores das diversas disciplinas,
inclusive interdisciplinarmente, visando com isso, melhor compreensão e apreensão dos
objetivos e finalidades a incorporar no seu dia a dia e em sua vivência na sociedade em
que se inserem.
AVALIAÇÃO
A disciplina de Geografia propõe um processo de avaliação que seja diagnóstica e
continuada, com aplicação de diferentes instrumentos, tais como: leitura, interpretação e
produção de textos geográficos, leitura e interpretação de fotos, imagens e principalmente
de diferentes tipos de mapas. Pesquisas de campo, avaliações escritas, entre outros.
Toda produção realizada em sala de aula será considerada como parâmetro
avaliativo, respeitando o processo de crescimento individual, o desempenho na realização
das atividades e o envolvimento na aquisição dos conhecimentos geográficos.
Aos alunos que não conseguirem atingir os objetivos propostos, será oportunizada
a recuperação paralela, que consistirá da retomada do assunto através de nova
metodologia, de modo que todos possam entender a matéria, dentro de seus limites, mas
esgotando-se todas as possibilidades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
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paisagísticas. São Paulo, Ateliê editorial, 2003.
ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia, ciência da sociedade: uma introdução à
análise do pensamento geográfico. São Paulo: Atlas, 1987.
CAMARGO, João Borba de. Geografia Física, Humana e Econômica do Paraná. Maringá,
Ideal Industria Gráfica, 2001.
CASTELAR, Sonia, MAESTRO, VALTER. Geografia. São Paulo: Quinteto Editorial, 2002.
CASTROGIOVANI, Antônio Carlos, CALLAI, Helena Copetti, SCHFFER, Neiva Otero,.
62
BIAVATTI, Beatriz. Projeto Político Pedagógico: Francisco Beltrão, 2011.
BIAVATTI, Beatriz. Regimento Escolar: Francisco Beltrão, 2011.
Diretrizes Curriculares da Educação do Paraná, disciplina da Geografia, Ensino
Fundamental. Secretaria do Estado da Educação, 2005.
FERRETTI, Eliane Regina. Paraná, Sua Gente e suas Paisagens. Base, Curitiba, 2004.
KAERCHER, Nestor André. Geografia em sala de Aula. Porto Alegre:Editora UFRS, 2003
KRÜGER, Nivaldo. Sudoeste do Paraná: História de Bravura, Trabalho e Fé. Curitiba,
Posigraf, 2004.
LEFEBURE, H. La Production de Léspace. Paris: Authropos, 1974.
LONGHI, S.J. A estrutura de uma floresta natural de Araucária Angustifólia no sul do
Brasil. Dissertação de Mestrado em Engenharia Florestal. Universidade Federal do
Paraná, Curitiba, 1980.
LONGHI, S.J. Agrupamento e Análise fitossociológica de comunidades florestais na
subbacia hidrográfica do Rio Passo fundo – RS. Tese de Doutrado em Ciências Florestais.
Universidade federal do Paraná, 1997.
LOPES, I.V. Gestão Ambiental no Brasil: experiência e sucesso. Rio de Janeiro. FGV,
2002.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia para o
Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2006-11-20
___________________________________________. Superintedência de Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos. Curitiba: SEED – PR, 2006
ROSA, Daniela Corrêa da, VIII ENGESOP – Encontro de Geografia da Unioeste –
Francisco Belrão, Grafit, 2003.
SCORTEGAGNA, Adalberto. Paraná, Espaço e Memória: Diversos Olhares Hirtórico-
Geográficos. Bagozzi, Curitiba, 2005.
63
HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Em princípio é importante destacar que recusamos uma concepção de história
pronta e definitiva, vinculada a uma determinada vertente do pensamento humano, sem
diálogo com as outras vertentes, pois não se pode admitir que o ensino de História seja
marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Recusamos também as produções
historiográficas que afirmam não existir objetividade possível em História, sendo, portanto,
todas as afirmativas igualmente válidas. Destaca-se também que os consensos mínimos
construídos no debate entre as vertentes teóricas não são meras opiniões, mas sim,
fundamentos do conhecimento histórico que serão tidos como referenciais para
construção deste documento.
A História é a ciência que tem como objeto de estudo as múltiplas manifestações e
transformações das ações humanas, relacionadas com a natureza e do homem com o
homem, no tempo e no espaço, desde seu aparecimento na terra até a atualidade. Assim
sendo, pretende reinterpretar o passado, a partir das possibilidades abertas pela ação
humana coletiva, permitindo que o conhecimento adquirido possibilite o desbravar de
fronteiras imaginadas e imagináveis no futuro.
Esta Proposta Curricular contempla os conteúdos estruturantes: relação de poder,
trabalho e cultura.
Além disso, a proposta também contempla a Inclusão, História e Cultura Afro-
brasileira, História do Paraná e Educação Fiscal.
Educação Fiscal tem por objetivo principal propiciar a participação consciente do
cidadão no funcionamento e aperfeiçoamento dos instrumentos de controle social e fiscal
do Estado. O desenvolvimento da Educação Fiscal torna-se primordial, pois permite
informar os mecanismos de constituição do Estado, ao mesmo tempo em que torna o
cidadão ciente da importância da sua contribuição, fazendo com que o pagamento de
tributos seja entendido e visto como um investimento como um bem comum. Com a
informação o indivíduo pode se apropriar do poder de questionar e verificar a utilização
destes investimentos sociais.
A inclusão desses temas contemporâneos e da diversidade, pretende aproximar os
64
conteúdos de História da vivência e da história dos educandos. contribuindo para
atualização e a renovação do Ensino de História, respeitando a autonomia de o professor
decidir como, quando e por que inserir esses temas no seu trabalho em sala de aula.
OBJETIVO GERAL
O ensino de História deve estimular a formação da visão crítica ao fornecer ao
aluno um instrumental que o auxilie na interpretação da realidade vivenciada por ele.
Mostrando, por exemplo, que o mundo de hoje foi construído ao longo do tempo, como
resultados de processos históricos que envolveram vários grupos sociais. Assim, o aluno
poderá perceber que a realidade vivenciada por ele não é eterna e tampouco, imutável,
mas consequências das ações voluntárias ou involuntárias de pessoas como ele, que
viveram em tempos e espaços diferentes.
O ensino de História também, de modo particular, para dotar o educando de
espírito participativo, qualidade que ele deve ter tanto na vida familiar, quanto escolar e,
mais tarde, no trabalho, na administração de seu município, do estado e do país.
Vale lembrar que a visão crítica e espírito participativo são duas faces de uma
mesma moeda. Uma não existe sem a outra. O objetivo maior é formar educandos
conscientes e responsáveis pelo seu mundo, pelas pessoas que o cercam e pelo futuro
que irão legar às novas gerações.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Conteúdos estruturantes são saberes, conhecimentos construídos historicamente e
considerados fundamentais para a compreensão do objeto e organização dos campos de
estudos de uma disciplina escolar. Deles derivam os conteúdos específicos que compõem
o trabalho pedagógico e a relação ensino-aprendizagem no cotidiano da escola. Os
conteúdos estruturantes para a disciplina de História do Ensino Fundamental são:
relações de poder, trabalho e de cultura.
65
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
6º ano:
Conteúdos Estruturantes:
Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura
Conteúdos Básicos:
Experiência humana no tempo;
Sujeitos suas relações com outro no tempo;
As culturas locais e a cultura comum.
Conteúdos Específicos
1º trimestre
1. Produção do conhecimento histórico
1.1 O historiador e a produção do
conhecimento histórico
1.2 Tempo, temporalidade, fontes,
documentos, patrimônio material e imaterial,
pesquisas
2. Articulação da História com outras
áreas do conhecimento
2.1 Arqueologia, antropologia, paleontologia,
geografia, geologia, sociologia, etnologia e
outras
3. Arqueologia no Brasil
3.1 Lagoa Santa Luzia (MG)
3.2 Serra da Capivara (PI)
3.3 Sambaqui (PR)
4. A humanidade e a História
4.1 De onde viemos, quem somos, como
sabemos? (fontes, História do aluno, História
da Escola)
5. Teorias e vestígios do surgimento,
desenvolvimento as humanidades e
grandes migrações
5.1 Teorias do surgimento do homem na
América
5.2 Mitos e lendas da origem humana
5.3 Desconstrução do conceito de Pré-
história
5.4 Povos ágrafos, memória e história oral
2º trimestre
1. Povos indígenas no Brasil e no
Paraná
3. Primeiras Civilizações na Ásia
3.1 China
3.2 Índia
a) Relações de poder, trabalho e cultura
66
1.1 Ameríndios do território brasileiro
(Kaingang Guarani, Xetá e Xokleng)
a) Organização política, social e trabalho;
b) Religião;
c) Catequização (Jesuítas)
d) Massacres e doenças;
e) Troncos lingüísticos.
2. As primeiras civilizações na América
2.1 Olmecas, Mochicas, Tinawacus, Maias,
Incas e Astecas (arqueologia)
2.2 Ameríndios da América do Norte
a) Aspectos gerais da organização social,
trabalho e poder.
4. Situação do índio na Paraná atual
3º trimestre
5. Primeiras Civilizações na África e Ásia
5.1 Egito
5.2 Mesopotâmia
5.3 Fenícios, Hebreus e Persas
a) Aspectos da vida social, política, cultural,
religiosa e econômica.
6. Povos da Europa
6.1 Gregos
6.2 Romanos
a) Relações de poder, cultura e trabalho.
7º ano
Conteúdos Estruturantes:
Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura
Conteúdos Básicos:
As relações de propriedades;
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;
As relações entre o campo e a cidade;
Conflitos e resistência e produção cultura campo/cidade.
67
Conteúdos específicos
1º trimestre
1. Idade Média
1.1 Sociedade, religião, economia e
política
1.2 Renascimento
2. O protestantismo e a Reforma
Católica
3. Consolidação dos Estados
Nacionais
3.1 Absolutismo (inglês e francês)
4. A formação de Portugal e da
Espanha
4.1 A reconquista
4.2 A Revolução de Avis
5. A expansão marítima européia
6. O mercantilismo
7. África e Ásia
7.1 Reinos africanos
7.2 Os impérios asiáticos
8. O continente americano (séc. XV-
XVI)
8.1 Incas, Maias, Astecas e Tupi-guarani
8.2 Modo de vida e a guerra
2º trimestre
1. América espanhola, Portuguesa
1.2 Colônias francesas, holandesas
e inglesas
2. Escravidão e Resistência
(Quilombos Brasil e Paraná)
3. As sociedades coloniais
americanas (XVI-XVII)
5. A América holandesa
6. A expansão territorial da América
portuguesa
7. As sociedades mineiras
7.1 Transformações na colônia
7.2 Guerra dos Emboabas
68
3.1 A colonização na América
3.2 Engenhos de açúcar
3.3 As cidades coloniais espanholas
4. A administração da colônia
portuguesa
7.3 Economia/impostos/sociedade na
mineração
8. As revoluções inglesas (1640-
1689)
8.1 Rebeliões contra o rei
8.2 Revolução Puritana
8.3 Revolução Gloriosa3º trimestre
1. Iluminismo
1.1 Teóricos
2. Independência das Treze
colônias da América do Norte
3. Revolução Francesa
4. Expansão militar na França
4.1 Bloqueio Continental
4.2 Congresso de Viena
5. Movimentos de Contestação
5.1 Inconfidência Mineira
5.2 Conjuração Baiana
5.3 Insurreição Pernambucana
5.4 Revolta da cachaça
5.5 Revolta da Maneta
5.6 Guerra dos Mascates
5.7 Independência do Haiti
8º ano
Conteúdos Estruturantes:
Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura
69
Conteúdos Básicos:
História das relações da humanidade com o trabalho;
O trabalho e a vida em sociedade;
O trabalho e as contradições da modernidade;
Os trabalhadores e as conquistas de direito
Conteúdos Específicos
1º trimestre
1. Revisão: Iluminismo, Revolução
Francesa/Inglesa
2. Revolução Industrial
2.1 O movimento operário e os
socialismos
2.2 Imperialismo e Neocolonianismo
2.3 A expansão dos Estados Unidos
da América
3. Brasil
3.1 Brasil: O primeiro reinado (1822-
1831)
3.2 Brasil: O governo dos regentes
(1831-1840)
3.3 Brasil: As revoltas contra o Império
(1835-1845)
4. A sociedade brasileira no
segundo reinado
5. A vinda da família real no Brasil
5.1 A revolução do Porto
6. As independências da América
Espanhola
7. A independência política do
Brasil (1821-1825)
8. Paraná
8.1 Emancipação política
70
2º trimestre
1. Os conflitos entre os países sul-
americanos
1.1 Conflitos Platinos
1.2 Alianças Perigosas
1.3 A Guerra da Tríplice Aliança
1.4 A Guerra do Pacífico
2. A Segunda Revolução Industrial
2.1 Números de industrialização
2.2 Aumento da produtividade
2.3 A linha de produção
2.4 Cartéis, Trustes, Holdings
3. As Revoluções liberais
3.1 1948 – Um ano de
revoluções (França – Alemanha)
4. A Formação da Itália e da
Alemanha e a comuna de Paris
(1948-1871)
4.1 Formação da Itália e da
Alemanha
4.2 O projeto republicano e
monarquista de unificação italiana
4.3 A união dos estados
alemães
4.4 A guerra contra a França
4.5 A Comuna de Paris
4.6 Conflitos de ontem e de
hoje
5. As migrações para o Brasil
5.1 Substituição de mão de
obra (livres e escravos)
5.2 Parceria e Colonato
5.3 Imigração
6. Brasil: A abolição da escravidão
(1845-1888)
71
3º trimestre
1. A Proclamação da República
Brasileira
1.1 Os projetos republicanos
1.2 A questão religiosa
1.3 Os militares querem o poder
1.4 A preparação do golpe
1.5 Oligarquia, coronelismo,
clientelismo
2. O primeiro governo militar
Brasileiro
2.1 A República da Espada
2.2 O encilhamento
2.3 Governos de Deodoro e
Floriano Peixoto
2.4 Revolução Federalista
3. Brasil: O governo dos
cafeicultores
3.1 Coronelismo
3.2 O poder do café
3.3 A política dos governadores
3.4 O voto do cabresto
3.5 O cangaço
4. O messianismo no Brasil
4.1 Canudos
4.2 O Contestado
5. Belle époque
6. Urbanização e Higienismo no
Brasil
6.1 As cidades e as doenças
6.2 A Revolta da Vacina
7. A Revolução Mexicana
7.1 Camponeses e latifundiários
7.2 Guerra Civil
7.3 A constituição de 1917
7.4 O fim da Revolução
9º ano
72
Conteúdos Estruturantes:
Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura
Conteúdos Básicos:
A constituição das instituições sociais;
A formação do Estado;
Sujeitos, Guerras e revoluções;
Conteúdos Específicos
1. Revisão
1.1 Neocolonialismo
2. A Primeira Guerra Mundial
2.1 Conflitos (causas), confronto
(conseqüências)
2.2 Estados Unidos entram na guerra
2.3 O Tratado de Versalhes
3. As Revoluções Russas
3.1 A Rússia czarista
3.2 A Revolução de 1905; Revolução de
Fevereiro; Revolução de Outubro
3.3 Governo socialista; medidas capitalista
3.4 Fortalecimento do Estado
4. Semana da arte moderna
5. A crise de 29
5.1 A quebra da bolsa de Nova York
5.2 O New Deal
10. Comunistas e Facistas no Brasil
(1930-1938)
10.1 Integralistas e comunistas
10.2 AIB e ANL
11. O Estado Novo (Getúlio Vargas)
11.1 Golpe de Estado
11.2 Controle e propaganda
12. A Segunda Guerra Mundial
12.1 O início da Guerra (causas)
12.2 Os campos de concentração
12.3 Frentes de Batalha
12.4 Fim da guerra; conseqüências
13. A descolonização da África e da Ásia
14. A Revolução Chinesa
14.1 De império a República Popular
14.2 A Revolução camponesa
14.3 Governo Comunista
73
6. Brasil 1930: Golpe ou Revolução?
6.1 O movimento de 1930
6.2 As eleições (Getúlio Vargas)
6.3 O poder do voto
7. O governo Provisório de Getúlio
Vargas (1930-1934)
8. Os Facismos
8.1 O Facismo italiano
8.2 Nazismo
8.3 Cabeças raspadas
9. A Guerra Civil Espanhola
14.4 Revolução Cultural
15. A Guerra Fria (Vietnã e Coréias)
16. Os conflitos no Oriente Médio
16.1 A criação de Israel
16.2 A Guerra árabe-israelense
16.3 Os Palestinos
16.4 A Guerra dos Seis Dias
16.5 A Guerra Irã-Iraque
17. Populismo na América Latina
(Argentina, Bolívia)
2º trimestre
1. Construção do Paraná Moderno
1.1 Governos: Manoel Ribas, Moisés
Lupion, Bento Munhoz da Rocha Netto, Ney
Braga
1.2 Revolta dos Colonos
1.3 Década de 50 no Paraná
1.4 O regime militar no Paraná
3º trimestre
1. A Revolução Cubana e a crise dos
mísseis
1.1 Comunistas na América
1.2 A revolução Cubana
2. As ditaduras na América Latina
3. Brasil
3.1 Golpe de Estado (1961-1964)
3.2 Governos militares (1964-1969)
3.3 Milagre econômico (1969-1979)
3.4 Fim da ditadura (1974-1989)
3.5 Fim da Guerra Fria (1980-1991)
3.6 Brasil – Collor a Lula (1990-2005)
74
ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
Quando se pretende que o ensino da História contribua com a consciência histórica
é imprescindível que o professor retome constantemente com seus alunos como se dá o
processo da construção do conhecimento histórico.
Ideias prévias devem ser consideradas ao planejar as aulas, caberá ao professor
problematizar, a partir do conteúdo a ser trabalhado, a produção do conhecimento
histórico, considerando que a apropriação dos conteúdos é processual e deverá ser
constantemente retomado.
O professor terá que ir além do livro didático, uma vez que ele é um instrumento
limitado. Isso não significa que o livro didático seja eliminado da sala de aula, mas implica
na busca por outros referenciais para complementar os conteúdos. Isso exige que o
professor esteja atento à grande produção historiográfica de livros, revistas
especializadas, muitas disponibilizadas nos meios eletrônicos.
O uso da biblioteca é indispensável para a ampliação do conhecimento do aluno,
sendo orientados pelo professor de História a conhecer o acervo específico e as obras
que poderão ser pesquisadas ao longo do ano letivo.
Outras fontes como: as imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos,
fotografias, pinturas, gravuras, museus, filmes, músicas, etc, são documentos que podem
ser utilizados pelos professores de História como material didáticos de grande valor na
construção do conhecimento histórico.
Há também que haver a consciência por parte do professor de História que a
interdisciplinaridade ocorre na articulação dos conceitos e metodologias entre as diversas
áreas do conhecimento. Assim, narrativas, imagens, sons, entre outros, de outras
disciplinas relacionadas devem ser tratadas como documentos a ser abordados
historiograficamente.
Pretendemos construir o conhecimento a partir de:
Problematizarão do presente/passado por meio de pesquisas, fontes históricas,
buscando respostas a todas as indagações.
Interpretação de imagens através de livros, figuras, filmes, fotos e documentos em
75
geral.
Análise de diferentes visões historiográficas através da oralidade, em seus variados
aspectos.
Reconstruções de trajetórias históricas através da oralidade, em seus variados
aspectos.
Uso constante da cartografia e objetos históricos.
AVALIAÇÃO
A avaliação será colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo
que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a este
processo, ou seja, classificatória. Diante disso, propõe-se uma avaliação formal,
processual, continuada e diagnóstica.
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos poderão
revistar as práticas desenvolvidas até então, para identificar lacunas no processo de
ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos para
superar dificuldades constatadas.
Retomar a avaliação com os alunos permite situá-los como parte de um coletivo,
onde a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com vistas a aprendizagem
de todos.
Propondo maior participação dos alunos no processo de avaliação, não se objetiva
esvaziar o papel do professor, mas ampliar o significado das práticas avaliativas para
todos os envolvidos. No entanto, é necessário destacar que cabe ao professor planejar
situações diferenciadas de avaliações, de modo a perceber se os alunos são capazes de
identificar os processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder nele
existentes, bem como, que tenha adquirido os recursos para intervir no meio em que
vivem de modo a se fazerem também sujeitos da própria história.
A avaliação consistirá de instrumentos:
- produção e interpretação de textos;
- pesquisas bibliográficas;
76
- questões orais e escritas;
- debates;
- recuperação paralela, que deverá acontecer quando o aluno não se apropriar do
conteúdo, será feita através de nova metodologia, retomada de atividades e construção
de novos saberes, via texto, análise e interpretação.
Como critério de avaliação, será considerada a aprendizagem do aluno em
relação aos objetivos propostos, a relação do fato histórico com a realidade atual, a
capacidade de análise crítica do mundo atual, e proposição de mudanças sociais no
espaço onde vive.
A recuperação dos conteúdos será realizada paralelamente, e quando o aluno
apresentar dificuldades de apropriação, através de atividades diárias que serão
desenvolvidas em sala ou extra-classe, seguidas da avaliação para verificação do
processo de aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BURKE, Peter. Abertura: a nova história, seu passado, seu futuro. In.: (org). A
escrita da história: novas perspectivas. São Paulo, Unesp, 1992. Pp.7-37.
COLÉGIO ESTADUAL BEATRIZ BIAVATTI – E.F.M.. Projeto Politico Pedagógico.
Francisco Beltrão: 2006.
CURITIBA, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos da Cultura
Afro-brasileira. 2005.
CURITIBA, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais
– História. 2008.
DOSSE, François. A história em migalhas. São Paulo : Ensaio, 2004.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis, Vozes, 2001.
LE GOFF, Jacques e NORA, Pierre (orgs). História: 2005. novos problemas. Rio
de Janeiro: Rio de Janeiro: Francisco Alves , 1979.
77
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº9.394/96 tornou-se
obrigatório o ensino de uma língua estrangeira moderna ou no ensino fundamental, a
partir do 5ª série/ 6º ano, sendo que deverá estar voltada ao ensino comunicativo,
centrado apenas em funções da linguagem ligada ao cotidiano. Alguns fundamentos
teórico-metodológicos deverão ser seguidos para o melhor ensino de Língua Estrangeira:
respeito e diversidade (cultural, identitária, linguística), resgate da função social e
educacional do ensino de línguas estrangeiras, atendimento às necessidades da
sociedade contemporânea brasileira e garantia do tratamento de Língua Estrangeira em
relação às demais disciplinas obrigatórias do currículo.
Para tanto, propõe-se fazer da aula de Língua Estrangeira um espaço para que o
aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, oportunizando-lhe
engajar-se discursivamente e a perceber possibilidades de construção de significados em
relação ao mundo em que vive.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº9.394, determinou a
oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no ensino fundamental,
sendo que a escolha do idioma foi atribuída à comunidade escolar, dentro das
possibilidades da instituição (Art. 26, §5). Com isso, é de suma importância que o sujeito
não somente conheça, mas de aproprie das regras do discurso específico da comunidade
de falantes da língua alvo. Assim, a língua estrangeira apresenta-se como um espaço
para ampliar o contato com outras formas de conhecimento.
Dentre os objetivos gerais da Língua Inglesa mencionamos:
- Ampliar o contato com outras formas de conhecimento abrindo espaço de
construções discursivas, oportunizando percepções de mundo e maneiras de construindo
sentidos e auxiliando na construção de identidades;
- Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos pelos alunos de forma a
oportunizar aos mesmos a aprendizagem de conteúdos que ampliem as possibilidades de
ver o mundo, desenvolver a consciência do papel das línguas na sociedade, inserindo-os
78
socialmente como participantes ativos, não limitados as suas comunidades locais, mas
capazes de se relacional com outras comunidades e outros conhecimentos.
- Desenvolver e alargar horizontes, ampliando capacidade interpretativa e
cognitiva, com reflexões sobre a língua como artefato cultural, conhecendo e sendo capaz
de usar uma língua estrangeira.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE/ CONTEÚDOS BÁSICOS
O Conteúdo Estruturante será aquele que traz de forma dinâmica o Discurso
(texto) enquanto prática social. Assim, a linguagem de textos passa a ser a materialidade
para que os alunos percebam a interdiscursividade nas diferentes relações sociais, ou
seja, as condições de produção dos diferentes discursos. Em suma, o trabalho em sala –
leitura, oralidade, escrita, analise lingüística – precisa partir de um texto ou linguagem
num contexto em uso.
Portanto, os conteúdos específicos a serem desdobrados a partir do conteúdo
estruturante serão estabelecidos em referência a textos de diferentes tipos, com o
objetivo de que o aluno seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e
escrita, vivencie formas de participação que lhe possibilitem relações individuais e
coletivas, compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos,
reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural.
79
CONTEÚDOS
Conteúdo estruturante: Discurso como prática social.
Conteúdos Básicos: 6º ano
Álbum de família
Bilhetes
Cartão
Cartão postal
Cartazes
Charge
Chat
Contos / contos de fadas
Convites
Desenho animado
Diálogo
Diário
Entrevista (oral e escrita)
Exposição oral
Fábulas
Filmes
Fotos
História em quadrinho
Lendas
Letras de músicas
Músicas
Narrativas (com temas diversificados)
Palestra
Placas
Poemas
Provérbios
Tiras
80
Torpedo
Conteúdos Básicos: 7º ano
Advinhas
Anúncio
Bilhetes
Blog
Carta pessoal
Cartão
Cartazes
Cartoons
Charge
Contos
Depoimentos
Dialogo/ Discussão Argumentativa
Estatutos
Entrevista (oral e escrita)
Fábulas
Filmes
Histórias em quadrinhos
Horóscopo
Lendas
Manchetes
Mapas
Músicas
Narrativas em temas diversos
Noticia
Palestra
Paródia
Pesquisas
Placas
Poema
Provérbios
Relatos de experiências
Sinopse de filme
Slogan
Texto argumentativo
Texto de opinião
81
Folder
Foto blog
Fotos
Tiras
Verbetes (estrangeirismo)
Video clip
Conteúdos Básicos: 8º ano
Agenda cultural
Autobiografia
Biografia
Blog
Bulas
Carta ao leitor
Carta pessoal
Cartão
Cartazes
Cartoons
Causos
Charge
Debates
Depoimentos
Dialogo/ Discussão Argumentativa
Entrevista (oral e escrita)
Exposição oral
Filmes
Folder
Foto blog
Fotos
Histórias em quadrinhos
Manchetes
Mapas
Músicas
Narrativas em temas diversos
Noticia
Palestra
Paródia
Pesquisas
Poema
Provérbios
82
Slogan
Texto argumentativo
Texto de opinião
Texto dramático
Tiras
Video clip
Publicidade comercial
Receitas
Relatos de experiências
Resumo
Sinopse de filme
Verbetes(estrangeirismo)
Conteúdos Básicos: 9º ano
Agenda cultural
Artigo de opinião
Biografia
Blog
Bulas
caricatura
Carta ao leitor
Cartão
Cartão postal
Cartazes
Causos
Charge
Classificados
Comunicado
Mapas
Mesa redonda
Músicas
Narrativas em temas diversos
Noticia
Palestra
Paródia
Pesquisas
Piadas
Poema
Provérbios
Publicidade comercial
Receitas
Relatório
Relatos de experiências
83
Debates
Depoimentos
Dialogo/ Discussão Argumentativa
Entrevista (oral e escrita)
Exposição oral
Filmes
Folder
Foto blog
Fotos
Histórias em quadrinhos
Home page
Manchetes
Reportagens
Resenha
Resumo
Romances
Rótulos
Sinopse de filme
Slogan
Texto argumentativo
Texto de opinião
Texto dramático
Tiras
Trava línguas
Verbetes (estrangeirismo)
Video clip
METODOLOGIA
Para Giraux, é importante que os professores reconheçam a importância da
relação estabelecida entre língua e pedagogia crítica no atual contexto global educativo,
pedagógico e discursivo na medida em que se torna claro que as questões de uso da
língua, do dialogo, da comunicação, da cultura, do poder, das questões da política e da
pedagogia não se separam.
Para tanto, propõe-se fazer da aula de língua estrangeira um espaço para que o
aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, oportunizando-lhe a
engajar-se discursivamente e a perceber possibilidades de construção de significados em
relação ao mundo em que vive.
É importante trabalhar textos que tragam temas referentes a questões sociais
emergentes, tarefa que se encaixa perfeitamente nas atribuições da língua estrangeira,
disciplina que favorece a utilização de textos abordando assuntos relevantes presentes na
mídia nacional e internacional ou no mundo editorial. Desse modo, na medida em que os
alunos sujeitos reconhecem que os textos são representações da realidade e que tais
representações são construções sociais, eles terão maior oportunidade de assumir uma
posição mais crítica em relação a tais textos.
84
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser permanente, diagnóstica e formativa. Já que o objetivo da
avaliação é diagnosticar o que o aluno aprendeu, além de observar atentamente o
rendimento dos alunos no dia-a-dia, por meio das atividades propostas. Nesse sentido, a
avaliação não deve ser restrita a provas, testes, etc.
Elemento que integra ensino e aprendizagem, a avaliação tem por meta o ajuste e
a orientação para a intervenção pedagógica, visando a aprendizagem da forma mais
adequada para o aluno. É um elemento de reflexão contínua para o professor sobre sua
prática educativa e um instrumento para que o aluno possa tomar consciência de seus
progressos, dificuldades e possibilidades.
Avaliar também nosso procedimento como professor. Ajustá-los, sempre que
necessária, tendo em vista que o centro do processo é o aluno. Elaborar questões com
técnicas diversificadas com objetivos preestabelecidos no planejamento.
Considerando a avaliação como um processo e como tal tem um sentido dinâmico
de crescimento, de progresso: no entanto, o ato avaliativo só se completa quando se
tomam decisões a respeito da continuidade do processo.
Portanto, tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o
desenvolvimento e identificar as dificuldades ocorridas, bem como planejar e propor
outros procedimentos que visem a superação das dificuldades constatadas.
A recuperação contínua será subsidiada aos alunos durante o trimestre na medida
em que o professor e os alunos perceberem a necessidade da mesma. Será realizada
através de novas oportunidades de diferentes avaliações resgatando assim a
aprendizagem dos conteúdos já trabalhados. Para a aprovação o aluno aluno devem ser
considerados os resultados obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo,
expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma. Dessa forma
deverão ser realizadas, no mínimo 4 (quatro) avaliações por trimestre da seguinte forma:
No mínimo três avaliações, com instrumentos diversificados com peso 10,0 (dez vírgula
zero) a media da escola é 6.0 e ao mínimo de setenta e cinco por cento de presença para
aprovação.
85
REFERÊNCIAS
FOUCALT, MA ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996, p. 50.
MOITA LOPES, L.P. A nova ordem mundial, os parâmetros curriculares nacionais e o
ensino de Inglês no Brasil: a base intelectual para uma ação política. In: BARBARA X
Ramos. Reflexão e ações no ensino aprendizagem de línguas. Campinas: Mercado de
Letras, 2003.
PARANA/SEED. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino
Médio. Versão preliminar. Curitiba: SEED, julho, 2008.
PARANA/SEED. Diretrizes Curriculares Da Educação Básica Língua Estrangeira
Moderna. PARANÁ. Curitiba: SEED, 2008.
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
[...] o estudo da língua ancora-se no discurso ou texto, extrapolando o tradicional horizonte da palavra da frase. Busca-se a análise linguística, verificar como os elementos verbais (os recursos disponíveis da língua) e os elementos extra-verbais (os relacionados às condições e situação de produção) atuam na construção de sentido do
86
texto. (MARCUSCHI, 2003, p.25).
A linguagem consiste em uma atividade eminentemente social e envolve múltiplos
elementos, pois além da constituição de sujeitos interlocutores e da produção de sentido,
abrange também o próprio processo de construção do conhecimento.
Segundo Geraldi (1991), “a linguagem não é o trabalho de um artesão, mas
trabalho social e histórico seu e dos outros e é para os outros e com os outros que ela se
constitui”.
Assim, a linguagem precisa ser construída na interação, tendo em vista que ela
permeia todos os nossos atos e articula nossas relações com os outros, com os objetos e
com o meio. É pela linguagem que o homem se reconhece humano, interage e troca
experiências, compreende a realidade em que está inserido e assume o seu papel como
integrante da sociedade.
A presente proposta pedagógica curricular atenderá alunos de 5ª a 8ª séries do
Ensino Fundamental do Colégio Estadual Beatriz Biavatti – Ensino Fundamental, com o
objetivo de desenvolver o senso crítico.
Diante das constantes mudanças ocorridas no meio social a percepção das
inúmeras relações de poder, é preciso um novo posicionamento na prática pedagógica.
Faz-se necessário que a Língua Portuguesa e a Literatura sejam possibilidades para o
sujeito interagir de forma dinâmica e histórica, promovendo, também, reflexões que levem
à efetivação da Inclusão, ao resgate histórico e valorização da Cultura Afro-descendente e
ao entendimento da Educação Fiscal como instrumentos de constituição da cidadania.
O ensino de Língua Portuguesa / Literatura deve constituir uma prática social,
ancorada na concepção de língua como discurso, privilegiando o contato real do
estudante com a multiplicidade de gêneros textuais que são produzidos e circulam
socialmente. Esses gêneros devem se constituir em objeto de estudos em sala de aula
como experiências reais de uso efetivo da língua materna. Atividades de leitura, escrita e
oralidade devem, pois ser abordadas como atividades sociais significativas entre sujeitos
históricos e vivenciadas em situações concretas. O domínio da língua oral e escrita é
fundamental para participação social e efetiva, pois é por meio dele que o homem se
comunica, tem acesso a informações, expressa e defende pontos de vista, partilha ou
constrói visões de mundo e produz conhecimento.
O Plano de Trabalho Docente de Língua Portuguesa ressalta a importância do
87
trabalho docente com gêneros no ambiente escolar e num processo de interação
professor/aluno, por possibilitar trabalhar com a língua em seus mais diversos usos no
cotidiano e as formas através dos gêneros discursivos, é que permite uma observação
maior, tanto na oralidade como na escrita em seus usos culturais, mas sem forçar a
criação de gêneros que circulam apenas na escola.
Assim, a intervenção do professor sobre gêneros trabalhados em sala de aula, virá
propiciar uma reflexão e análise de nossa prática, ao mesmo tempo, que funciona como
um instrumento que a reforce.
Objeto de estudo de língua portuguesa/literatura é a língua em uso: (Oralidade,
Leitura e Escrita), em diferentes situações, devem ser suscitadas situações discursivas
em contextos de práticas sociais diferentes e que a reflexão sobre a produção, escrita,
lida , falada e/ou ouvida sejam de modo a atualizar o gênero, ou seja, que as mesmas
possam ser identificadas no seu suporte ( onde a produção veicula; no rádio, na
revista, ...) tipo (de narrar, de relatar, de argumentar...gênero (conto, crônica, editorial,
entrevista discurso de defesa...). a literatura deve ser estudada como espaço dialógico
que permite expansão lúdica e crítica, ou seja, como um aprofundamento do
pensamento crítico e a sensibilidade estética. é necessário que haja, também o
reconhecimento da norma culta e da gramaticalidade pertinentes à Língua.
O conteúdo de Língua Portuguesa deve perpassar as três práticas, visto que, é
através da mesma que acontecerá o aprimoramento destas. Deve haver o entendimento
de que é através da reflexão sobre a Língua, que abarca a gramática, mas uma gramática
funcional, contextualizada onde sejam estudados os recursos estilísticos: os aspectos
textuais, como coesão e coerência internas do texto, intencionalidade, intertextualidade,
contextualização, situacionalidade, referenciação, análise de recursos expressivos e
outros. Desta forma, a reflexão e a prática de análise linguística estarão centradas no
TEXTO = produção social – escrito lido falado/ouvido.
OBJETIVOS
88
Garantir o domínio de práticas socioverbais indispensáveis à vida cidadã: a escrita
argumentativa, a escrita informativa, a escrita de apoio cognitivo e a vivência com a
escrita literária;
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada
contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas no discurso do
cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas pelo meio
de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto
tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de
texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;
Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
critico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da leitura, a constituição
de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as praticas da
oralidade, da leitura e da escrita.
89
ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDO ESTRUTURANTE : O DISCURSO ENQUANTO PRATICA SOCIAL.
6º ano
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Prática Da Oralidade Prática Da Leitura Prática Da Escrita
Relatos de
histórias ouvidas ou
lidas;
Relato de fatos
cotidianos;
Declamação de
poesias;
Transmissão de
informações;
Compreensão da
relação entre oralidade
e escrita.
Leituras orais, observando
entonação, dicção e postura,
privilegiando os seguintes
gêneros: narrativos e informativos,
poéticos, piadas, trava-línguas e
histórias em quadrinhos;
Leitura de livros de ficção;
Estabelecimento de relações
interpessoais a partir da leitura dos
diversos gêneros;
Promoção do espírito crítico a
partir da interação social pela
leitura de infográficos e
propagandas;
Construção de novos
significados das relações feitas
entre a leitura de textos verbais e
não verbais e a situação sócio-
cultural do aluno;
Exploração do caráter dialógico
dos textos..
Produção e reprodução de
textos narrativos e informativos;
Elaboração de bilhetes, avisos,
poemas e histórias em quadrinho;
Acentuação e pontuação
dentro dos diversos gêneros
textuais;
Morfologia observando a
funcionalidade, dando ênfase ao
substantivo, adjetivo, artigo e
numeral;
Compreensão do sistema
fonológico e sua aplicabilidade:
divisão silábica, dígrafo,
encontros vocálicos e consoantes.
90
7º ano
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Prática Da
Oralidade
Prática Da Leitura Prática Da Escrita
Relatos de histórias
ouvidas ou lidas;
Relato de fatos
cotidianos;
Declamação de
poesias;
Transmissão de
informações;
Compreensão da
relação entre oralidade
e escrita.
Leitura oral, observando
entonação, dicção e postura,
privilegiando os seguintes gêneros:
narrativos e informativos, poéticos,
piadas, trava-línguas e histórias em
quadrinhos;
Leitura de livros de ficção;
Estabelecimento de relações
interpessoais a partir da leitura dos
diversos gêneros;
Promoção do espírito crítico a partir
da interação social pela leitura de
infográficos e propagandas;
Construção de novos significados
das relações feitas entre a leitura de
textos verbais e não verbais e a
situação sócio-cultural do aluno;
Exploração do caráter dialógico dos
textos.
Ortografia, pontuação e
acentuação, observando a
funcionalidade;
Produção e reprodução
de textos instrucionais;
Transposição da
linguagem informal para
formal;
Morfologia com inclusão
de novas classes
gramaticais: pronomes,
verbos, advérbios,
preposição,interjeições,
fazendo reflexões sobre a
língua;
Identificação e produção
de textos.
91
8º ano
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Prática Da Oralidade Prática Da Leitura Prática Da Escrita
Relatos de
histórias ouvidas ou
lidas;
Relato de fatos
cotidianos;
Declamação de
poesias;
Transmissão de
informações;
Compreensão da
relação entre oralidade e
escrita.
Leituras orais, observando
entonação, dicção e postura,
privilegiando os seguintes gêneros:
narrativos e informativos, poéticos,
piadas, trava-línguas e histórias em
quadrinhos;
Leitura de livros de ficção;
Estabelecimento de relações
interpessoais a partir da leitura dos
diversos gêneros;
Promoção do espírito crítico a
partir da interação social pela leitura de
infográficos e propagandas;
Construção de novos significados
das relações feitas entre a leitura de
textos verbais e não verbais e a
situação sócio-cultural do aluno;
Exploração do caráter dialógico
dos textos.
Reflexão sobre a intencionalidade
do texto jornalístico.
Produção e reprodução
de textos jornalísticos,
publicitários, entrevistas e
notícias;
Poemas observando
formas e conteúdos;
Resumo como forma de
detectar e reproduzi-la no
texto escrito;
Morfologia enfatizando
conjunções visando
estabelecer coesão e
coerência textual;
92
9º ano
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Prática Da
Oralidade
Prática Da Leitura Prática Da Escrita
Relatos de
histórias ouvidas ou
lidas;
Relato de fatos
cotidianos;
Declamação de
poesias;
Transmissão de
informações;
Compreensão da
relação entre oralidade
e escrita.
Leitura oral, observando
entonação, dicção e postura,
privilegiando os seguintes gêneros:
narrativos e informativos, poéticos,
piadas, trava-línguas e histórias em
quadrinhos;
Leitura de livros de ficção;
Estabelecimento de relações
interpessoais a partir da leitura dos
diversos gêneros;
Promoção do espírito crítico a
partir da interação social pela leitura
de infográficos e propagandas;
Construção de novos
significados das relações feitas
entre a leitura de textos verbais e
não verbais e a situação sócio-
cultural do aluno;
Exploração do caráter dialógico
dos textos.
Reflexão sobre a
intencionalidade do texto
jornalístico.
Revisão de todas as classes
gramaticais como pré-requisito:
período simples;
Compreensão da estrutura do
período simples;
Compreensão do uso da
língua de forma construtiva e
denotativa nos textos em prosa e
verso, destacando alguns
recursos estilísticos como:
metáfora, comparação, antítese,
hipérbole, ironia e
personificação;
Transposição de discursos;
Produção e análise de artigo
e opinião editorial
Conjunções- conectivas
Coordenadas e subordinadas
Período composto por
coordenação
Período Composto por
subordinação
Uso da linguagem, predominantemente em situações concretas: discussões,
debates, apresentações, elaboração de solicitações escritas, organização de jornais
escritos e falados, organização de jornais e painéis;
Atividades de reflexão e contextualização de ocorrências gramaticais;
93
Atividades individuais e em equipes;
Auto-avaliação, avaliação de trabalhos/textos dos colegas;
Dinâmicas de levantamento de questões para serem respondidas pelos
colegas;
Elaboração de coletâneas de poesias;
Elaboração de jornal (falado, escrito, jornal mural);
Elaboração de coletâneas de textos em prosa:
Formação de equipes para elaboração de mini-palestras.
METODOLOGIA
A concepção de linguagem que orienta esta proposta é a do sociointeracionismo,
que reconhece a natureza social da linguagem enquanto produto de uma necessidade
histórica do homem de organizar-se socialmente, de trocar experiências com outros
indivíduos e de produzir conhecimentos. Usamos a língua através de enunciados
concretos que ouvimos e reproduzimos na interação com as pessoas que nos rodeiam.
Considerar a natureza social da linguagem implica reconhecer os gêneros textuais
como a materialização da interação os falantes. Por essa razão eles – os gêneros –
constituirão o objeto de estudo das aulas de Língua Portuguesa.
Com o pressuposto de que texto não é exclusividade da palavra, serão
trabalhados não só gêneros textuais literários e jornalísticos, mas também anúncios
publicitários, gráficos, fotos, quadros, cartum, e outros. Esse entrelaçamento de textos,
dos mais variados gêneros, permitirá um trabalho constante de intertextualidade, com
vistas a possibilitar ao aluno articular diferentes linguagens e seus conceitos.
As reflexões sobre a língua envolverão a compreensão não só de sua realidade
estrutural, mas também de sua realidade social e histórica. O convívio constante e amplo
com gêneros textuais em língua padrão oportunizará ao aluno condições para o domínio
dessa variedade socialmente privilegiada e da qual ele precisa apropriar-se para não ser
linguisticamente discriminado.
Nas séries do Ensino Fundamental, busca-se garantir o reconhecimento e o uso
dos conteúdos abordados, oportunizando ao aluno o aprimoramento da capacidade de
escrever ou falar de maneira adequada nas diversas situações de comunicação.
94
- Livro Didático, Livro Didático Público e Paradidáticos;
- Textos de apoio;
- Textos informativos extraídos de jornais, revistas, panfletos, manuais
de instrução, etc.
- Textos literários: crônicas, contos, romances, poemas, poesias;
- Textos de opinião: editoriais e artigos;
- Quadro e pincel;
- Retroprojetor;
- Televisão e DVD;
- Rádio Gravador;
- Dinâmicas; recorte, colagem, montagem de textos;
- Passeios, visitas;
- Organização de atividades através da inclusão digital.
AVALIAÇÃO
A avaliação terá função informativa e servirá como oportunidade de reflexão sobre
o próprio processo de ensino e seus resultados para verificar o rendimento das práticas
pedagógicas.
Afim de que os alunos estejam cientes de como e por que serão avaliados, os
critérios serão estabelecidos juntamente com eles e de forma clara no inicio de cada
período letivo.
Os critérios de avaliação de texto escrito procurarão aferir a qualidade tendo em
vista as especificidades de cada modalidade, previamente apresentadas, ilustradas e
vivenciadas nas aulas de leitura. De posse desses critérios, os problemas identificados
serão discutidos com os alunos para que busquem conjuntamente as medidas
95
necessárias para solucioná-los.
Com relação à oralidade, também de posse de critérios previamente
estabelecidos, observa-se – a adequação da escolha da linguagem ao momento e às
condições de expressão. Quando ajustes se fizerem necessários, levar-se-á em conta
sempre o respeito ao falante.
Na pratica da leitura, será observado o empenho do aluno no reconhecimento de
elementos fundamentais, principalmente o tema, a confrontação com os outros textos
verbais ou não verbais e o diálogo que cada uma dessas de linguagens estabelece com a
atualidade.
A avaliação será instrumento para acompanhar o desenvolvimento dos
educandos, servirá para o continuo aprimoramento do processo e só terá razão de ser se,
por meio dela, o aluno puder aprender mais e melhor.
A recuperação paralela será realizada sempre que houver necessidade de
apropriação de conteúdos por parte dos alunos, em forma de atividades de pesquisa,
produção, tarefas de casa, trabalhos orais/ escritos e reavaliações.
REFERÊNCIAS
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Editorial, 2003.
BAKHTIN, Mikail. [1930a]. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1981.
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enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em Linguística)
Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São
Paulo, 2001.
BIAVATTI, Beatriz. Projeto Político Pedagógico: Francisco Beltrão,2011.
BIAVATTI, Beatriz. Regimento Escolar: Francisco Beltrão, 2011
GARCEZ , Lucia Helena do Carmo. A construção social da leitura. In www.proler.bn.br
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escrita: novas perspectivas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.
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96
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Paraná. Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.
SMITH, Frank. Compreendendo a leitura: uma análise psicolingüística da leitura e do
aprender a ler .Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura e de escrita.Porto Alegre: Artmed, 1998.
MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A palavra “Matemática” vem do termo grego Máthema que quer dizer “ciência,
conhecimento aprendizagem” e da palavra Mathematikós que significa “apreciador do
conhecimento”. Segundo as diretrizes curriculares do Estado do Paraná (2008) os
primeiros documentos escritos conhecidos remontam ao ano 2000 a.C na Babilônia, que 97
correspondiam ao que hoje se chama de álgebra elementar. Mas só na Grécia do século
V a.C que a Matemática foi considerada uma ciência num sentido próximo do atual.
Muitos séculos depois, continua a estar na ordem do dia e a preocupar milhares de
alunos, professores e pais por todo o mundo.
Existem várias formas de definir a matemática: o estudo de padrões de quantidade,
estrutura, mudanças e espaço; a ciência do raciocínio lógico; a investigação de estruturas
abstratas. De qualquer forma, um dos seus maiores valores parece ser o fato de constituir
uma verdadeira ferramenta, uma vez que contém em si mesma a capacidade de
resolução de problemas. Com ela podemos organizar, simplificar e interpretar dados bem
como efetuar inúmeros cálculos, além de muitas outras potencialidades que nos podem
ajudar no dia-a-dia de casa, de escola, do trabalho.
A resistência e a dificuldade com os estudos da matemática vem sendo observada
de longa data e se configura em uma luta que nós educadores, pais, e todos os demais
envolvidos na Educação não podemos deixar de trabalhar. Procurar métodos inovadores,
outras ferramentas metodológicas mais eficazes, para que os alunos encontrem na
Matemática uma verdadeira forma de apreciar o conhecimento.
A Matemática, quando trabalhada de maneira adequada, ajuda no desenvolvimento
do raciocínio, favorece o modo de pensar independente e contribui para que se aprenda a
tomar decisões. Ela é útil nas profissões e na formação de cidadãos.
O ensino da Matemática na educação básica é justificado pela riqueza
proporcionando ao aluno oportunidades de exercitar e desenvolver suas faculdades
intelectuais. A Matemática deve ser ensinada nas escolas porque é parte substancial do
patrimônio cognitivo da Humanidade. O ensino da Matemática se justifica pelos elementos
enriquecedores do pensamento Matemático na formação intelectual do aluno, seja pela
exatidão do pensamento lógico - demonstrativo que ela exibe, seja pelo exercício criativo
da intuição, da imaginação e dos raciocínios por indução e analogia. O ensino da
Matemática é também importante para dotar o aluno do instrumental necessário no
estudo das outras ciências e capacitá-lo no trato das atividades práticas que envolvem
aspectos da realidade, tendo como objeto de estudo as formas espaciais e as
quantidades.
Sendo assim pode-se afirmar que os objetivos básicos da educação matemática
visam desenvolvê-la enquanto campo de investigação e de produção de conhecimento –
natureza científica – e a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da
98
Matemática de natureza pragmática. Para Miguel Miorim (2004, p. 70) “a finalidade da
Educação Matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos,
procedimentos, algoritmos, etc.” Outra finalidade apontada pelos autores “é fazer com
que o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes
de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, particularmente, do
cidadão, isto é, do homem público” (id. 2004, p. 71).
O ensino da matemática que leva essa formação do estudo será feito com
metodologias que procuram alterar as maneiras pelas quais se ensina matemática, que
podem ser através da resolução de problemas, modelagem matemática, história da
matemática, etnomatemática, uso de mídias tecnológicas e investigações matemáticas.
OBJETIVOS
• Demonstrar a Matemática como Ciência em processo de construção de forma a
relacionar ensino, aprendizagem e conhecimento matemático.
• Formar um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações
sociais.
• Construir o conhecimento matemático, por meio de uma visão histórica em que os
conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando
na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio
das idéias e das tecnologias.
• Contribuir para que o estudante tenha condições de constatar regularidades
matemáticas, generalizações e apropriações de linguagem adequada para
descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do
conhecimento, e ainda, que a partir desse conhecimento matemático, seja possível
o estudante criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.
• Transpor para a prática docente o objeto matemático construído historicamente e
possibilitar ao estudante ser um conhecedor desse objeto.
• Viabilizar ao professor de Matemática balizar sua ação docente, fundamentada
numa ação reflexiva que concebe a Ciência Matemática como uma atividade
humana que se encontra em construção.
99
• Mostrar a Matemática do ponto de vista do seu fazer, do seu pensar e de sua
construção histórica, assim, buscando a sua compreensão.
• Fazer um comparativo do conhecimento elaborado da humanidade historicamente
produzido com a prática cotidiana.
• Ampliar o conhecimento matemático do ser humano visando contribuir numa ação
reflexiva para o desenvolvimento social, econômico, cultural e ético no contexto
que está inserido.
• Proporcionar a todo e qualquer aluno, mesmo apresentando necessidades
especiais, um ambiente em que ele se sinta parte do processo educativo.
CONTEÚDOS
Os conteúdos do ensino básico estão de acordo com as Diretrizes Curriculares do
Estado do Paraná (DCE) Matematica (2008).
Os conteúdos estruturantes são referencias que permitem aos professores
contemplar a tradição da matemática com a disciplina escolar. Estas orientações têm
como objetivo dar certa uniformidade aos conteúdos básicos e específicos da Matemática
ofertados aos diferentes níveis e modalidades de ensino.
Para o ensino básico da Rede Pública Estadual e para nossa escola temos a
seguinte distribuição:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
6º ano
Conteúdos
estruturantes
Conteúdos básicos Avaliação
100
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
GRANDEZAS E
MEDIDAS
-Sistemas de
numeração;
-Números Naturais;
- Múltiplos e divisores;
-Potenciação e
radiciação;
-Números fracionários;
-Números decimais.
-Medidas de
comprimento;
-Medidas de massa;
-Medidas de área;
-Medidas de volume;
-Medidas de tempo;
-Medidas de ângulo;
-Sistema monetário.
-Conheça os diferentes sistemas de
numeração;
-Identifique o conjunto dos números
naturais, comparando e reconhecendo
seus elementos;
-Realize operações com números
naturais;
-Expresse matematicamente, oral ou
por escritos situações - problema que
envolve (as) operações com números
naturais;
-Estabeleça relação de igualdade e
transformação entre fração e números
decimal, fração e números mistos;
-Reconheça o MMC e MDC entre
dois ou mais números naturais;
-Reconheça as potências como
multiplicação de mesmo fator e a
radiciação como sua operação inversa;
-Relacione as potências e as raízes
quadradas e cúbicas com padrões
numéricos e geométricos
-Identifique o metro como unidade-
padrão de medida de comprimento;
-Reconheça e compreenda os
diversos sistemas de medidas;
-Opere com múltiplos e submúltiplos
do quilograma;
-Calcule o perímetro usado unidades
de medida padronizadas;
-Compreenda e utilize o metro,
cúbico como padrão de medida de
volume;
101
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
-Geometria Plana;
-Geometria Espacial;
-Dados, tabelas e
gráficos;
-Porcentagem.
-Realize transformações de unidades
de medida de tempo envolvendo seus
múltiplos e submúltiplos;
-Reconheça e classifique ângulos
(retos ,agudos e obtusos);
-Relacione a evolução do Sistema
Monetário Brasileiro com os demais
sistemas mundiais;
-Calcule a área de uma superfície
padronizada;
-Reconheça e represente
ponto,reta,plano,semi-reta e segmento
de reta
-Conceitue e classifique polígonos ;
--Identifique corpos redondos;
-Identifique e relacione os elementos
geométricos que envolvem o cálculo
de área e perímetro de diferentes
figuras planas;
- Diferencie circulo e circunferência,
identificando seus elementos;
-Reconheça os sólidos geométricos
em sua forma planificada e seus
elementos;
-Interprete e identifique os diferentes
tipos de gráficos e compilação de
dados , sendo capaz de fazer a leitura
desses recursos nas diversas formas
em que se apresentam;
-Resolva situações –problemas que
envolvam porcentagem e relacione-as
com os números na forma decimal e
fracionária.
102
7º ano
Conteúdos
estruturantes
Conteúdos básicos Avaliação
NÚMEROS E ÁLGEBRA
-Números Inteiros;
-Números Racionais;
-Equação e Inequacão
do 1º grau;
-Razão e proporção;
-Regra de três simples.
-Reconheça números inteiros
em diferentes contextos;
-Realize operações com
números inteiros;
-Reconheça números racionais
em diferentes contextos;
-Realize operações com
números racionais;
- Compreenda o princípio de
equivalência da igualdade e
desigualdade;
-Compreenda conceito de
incógnita;
-Utilize e interprete a
linguagem algébrica para
expressar valores numéricos
através de incógnitas;
-Compreenda a razão como
uma comparação entre duas
grandezas numa ordem
determinada e a proporção
como uma igualdade entre duas
razões;
-Reconheça sucessões de
grandezas direta e
inversamente proporcionais;
-Resolva situações-problemas
aplicando regra de três simples.
103
GRANDEZAS E
MEDIDAS
GEOMETRIAS
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
-Medidas de
temperatura;
-Medidas de ângulos.
-Geometria Plana;
-Geometria Espacial;
-Geometria não-
euclidianas.
-Pesquisa Estatística;
-Média Aritmética;
-Moda e Mediana;
-Juros simples;
-Compreenda as medidas de
temperatura em diferentes
contextos;
-Compreenda o conceito de
ângulo;
-Classifique ângulos e use o
transferidor e o esquadros para
medir;
-Classifique e construa a partir
de figuras planas, sólidos
geométricos;
-Compreenda noções
topológicas através do conceito
de interior, exterior, fronteira,
vizinhança, conexidade, curvas
e conjuntos abertos e fechados.
-Analise e interprete
informações de pesquisas
estatísticas;
-Leia,interprete, construa e
analise gráficos;
-Calcule a média aritmética e a
moda de dados estatísticos;
-Resolva problemas
envolvendo cálculo de juros
simples.
104
8º ano
Conteúdos
estruturantes
Conteúdos básicos Avaliação
NÚMEROS E ÁLGEBRA
GRANDEZAS E
MEDIDAS
-Números Racionais e
Irracionais;
-Sistemas de Equações
do 1º grau;
-Potências;
-Monômios e
Polinômios;
-Produtos Notáveis;
-Medidas de
comprimentos;
-Medidas de área;
-Medidas de volume;
-Medidas de ângulos.
-Extrair a raiz quadrada exata e
aproximada de números
racionais;
-Reconheça números
irracionais em diferentes
contextos;
-Realize operações com
números irracionais;
-Compreenda, identifique e
reconheça o número PI como
um número irracional especial;
Compreenda o objeto de
notação científica e sua
aplicação;
-Opere com sistema de
equação do 1º grau;
-Identifique monômio e
polinômio e efetue suas
operações;
-Utilize as regras de Produtos
Notáveis para resolver
problemas que envolvam
expressões algébricas.
-Calcule o comprimento da
circunferência;
-Calcule o comprimento e a
área de polígonos e círculo;
-Identifique ângulo formado
entre retas paralelas
interceptadas por transversal;
105
GEOMETRIAS
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
-Geometria Plana;
-Geometria Espacial;
-Geometria Analítica;
-Geometrias não-
euclidianas.
-Gráfico e informação
-População e amostra.
-Realize cálculo de área e
volume de poliedros;
-Reconheça triângulos
semelhantes;
-Identifique e some os ângulos
internos de um triângulo e de
polígonos regulares;
-Desenvolva a noção de
paralelismo, trace e reconheça
retas paralelas num plano;
-Compreenda o Sistema de
Coordenadas Cartesianas,
marque pontos, identifique os
pares ordenados (abscissa e
ordenada ) e analise seus
elementos sob diversos
contextos;-
-Conheça os fractais através de
visualização e manipulação de
materiais e discuta suas
propriedades.
-Interprete e represente dados
em diferentes gráficos;
-Utilize o conceito de amostra
para levantamento de dados.
106
9º Ano
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
GRAND
EZAS E
-Números Reais;
-Propriedades dos
radicais;
-Equação do 2º grau;
-Teorema de Pitágoras;
-Equações Irracionais;
-Equações Biquadradas;
-Regra de Três
Compostas.
-Relações Métricas no
Triângulo Retângulo;
-Trigonometria no
-Opere com expoente fracionários;
-Identifique a potência de expoente
fracionário como um radical e aplique as
propriedades para suas simplificações;
-Extraia uma raiz usando fatoracco;
-Identifique uma equação de 2º grau na
forma completa e incompleta, reconhecendo
seus elementos;
-Determine as raízes de uma equação de 2º
grau utilizando diferentes processos;
-Interprete problemas em linguagem gráfica
e algébrica;
-Identifique e resolva equações irracionais;
-Resolva equações biquadradas através das
equações do 2º grau;
-Utilize a regra de três composta em
situações-problema.
-Conheça e aplique as relações métricas e
trigonométricas no triangulo retângulo;
-Utilize o Teorema de Pitágoras na
determinação das medidas dos lados de um
triangulo retângulo;
-Realize cálculo da superfície e volume de
poliedros.
-Expresse a dependência de uma variável
107
MEDIDAS
FUNÇÕE
S
GEOME
TRIAS
Triangulo Retângulo.
-Noção intuitiva de
Função Afim;
-Noção intuitiva de
Função Quadrática.
-Geometria Plana;
-Geometria Espacial;
-Geometria Analítica;
-Geometrias não
euclidianas.
em relação á outra;
-Reconheça uma função afim de sua
representação gráfica, inclusive sua
declividade em relação ao sinal da função;
-Reconheça a função quadrática e sua
representação gráfica e associe a
concavidade de parábola em relação ao sinal
da função;
-Analise graficamente as funções afins;
-Analise graficamente as funções
quadráticas.
-Verifique se dois polígonos são
semelhantes, estabelecendo relações entre
eles;
-Compreenda e utilize o conceito de
semelhança de triângulos para resolver
situações-problemas;
-Conheça e aplique os critérios de
semelhança dos triângulos
-Noções básicas de geometria projetiva.
-Desenvolva o raciocínio combinatório por
meio de situações-problema que envolva
contagens, aplicando o princípio
multiplicativo;
-Descreva o espaço amostral em um
experimento aleatório;
-Calcule as chances de ocorrência de um
determinado evento;
-Resolva situações-problema que envolve
cálculos de juros compostos.
-Opere com expoente fracionários;
108
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
-Noções de Análise
Combinatória;
-Noções de
probabilidade;
-Estatística;
-Juros compostos.
-Identifique a potência de expoente
fracionário como um radical e aplique as
propriedades para suas simplificações;
-Extraia uma raiz usando fatoracco;
-Identifique uma equação de 2º grau na
forma completa e incompleta, reconhecendo
seus elementos;
-Determine as raízes de uma equação de 2º
grau utilizando diferentes processos;
-Interprete problemas em linguagem gráfica
e algébrica;
-Identifique e resolva equações irracionais;
-Resolva equações biquadradas através das
equações do 2º grau;
-Utilize a regra de três composta em
situações-problema.
-Conheça e aplique as relações métricas e
trigonométricas no triangulo retângulo;
-Utilize o Teorema de Pitágoras na
determinação das medidas dos lados de um
triangulo retângulo;
-Realize cálculo da superfície e volume de
poliedros.
-Expresse a dependência de uma variável
em relação á outra;
-Reconheça uma função afim de sua
representação gráfica, inclusive sua
declividade em relação ao sinal da função;
-Reconheça a função quadrática e sua
representação gráfica e associe a
concavidade de parábola em relação ao sinal
da função;
-Analise graficamente as funções afins;
109
-Analise graficamente as funções
quadráticas.
-Verifique se dois polígonos são
semelhantes, estabelecendo relações entre
eles;
-Compreenda e utilize o conceito de
semelhança de triângulos para resolver
situações-problemas;
-Conheça e aplique os critérios de
semelhança dos triângulos
-Noções básicas de geometria projetiva.
-Desenvolva o raciocínio combinatório por
meio de situações-problema que envolva
contagens, aplicando o princípio
multiplicativo;
-Descreva o espaço amostral em um
experimento aleatório;
-Calcule as chances de ocorrência de um
determinado evento;
-Resolva situações-problema que envolve
cálculos de juros compostos.
METODOLOGIA
A proposta Metodológica da disciplina visa desenvolver os diversos campos de
investigação e de produção do conhecimento de natureza científica, propiciando melhor
qualidade de ensino e de aprendizagem da Matemática, de modo a que o estudante
possa construir através do saber matemático, valores e atitudes de naturezas diversas,
visando a formação integral do ser humano e particularmente da sociedade, do cidadão e
do homem público.
110
Ao serem abordados numa prática docente, os conteúdos estruturantes evocam
outros conteúdos estruturantes e conteúdos específicos e específicos, priorizando
relações e interdependências que, conseqüentemente, enriquecem os processos pelos
quais acontecem aprendizagens em Matemática. O olhar que se volta para os conteúdos
estruturantes não é hermético. A articulação entre os conhecimentos presentes em cada
conteúdo estruturante é realizada na medida em que os conceitos podem ser tratados em
diferentes momentos e, quando situações de aprendizagens possibilitam, por ser
retomados e aprofundados.
Portanto, busca-se direcionar o trabalho docente de forma que o mesmo se paute
em abordagens a partir dos inter-relacionamentos e articulações entre os conceitos de
cada conteúdo específico.
Com a perspectiva de um trabalho docente com conteúdos de Matemática,
pensados a partir de uma noção que vise romper com abordagens que apregoam a
fragmentação de tais conteúdos como se eles existissem em patamares distintos e sem
vínculos.
Dessa forma, seguem-se considerações sobre as tendências metodológicas
elencadas e estudadas pela Educação Matemática, as quais devem dar ação no processo
de ensino-aprendizagem nos conteúdos estruturantes e seus desdobramentos propostos
para a disciplina de Matemática, conforme disposto nas Diretrizes Curriculares da
Educação Básica – Matematica (2008)
Etnomatemática
O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social
que produzem conhecimento matemático. Esta tendência leva em consideração que não
existe um único saber, mas vários saberes distintos e nenhum menos importante que
outro. As manifestações matemáticas são percebidas através de diferentes teorias e
práticas, das mais diversas áreas que emergem dos ambientes culturais.
A etnomatemática considera uma organização da sociedade que permite o
exercício da critica e na análise da realidade. Nesse sentido, é um importante campo de
investigação que, por meio da Educação Matemática, prioriza um ensino que valoriza a
história dos estudantes através do reconhecimento e respeito de suas raízes culturais.
Modelagem Matemática
Essa abordagem tem como pressuposto que o ensino e a aprendizagem da
Matemática podem ser potencializados quando se problematizam situações do cotidiano.
111
A Modelagem Matemática, ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no
contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre
situações de vida.
A Modelagem Matemática consiste na arte de transformar problemas reais com os
problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do
mundo real.
Diante das possibilidades de situações diferenciadas de aprendizagens oriundas da
Modelagem Matemática, esta tendência contribui para a formação do estudante ao
possibilitar maneiras pelas quais os conteúdos de Matemática sejam abordados na prática
docente, cujo resultado será um aprendizado significativo.
Resolução de Problemas
Uma das razões de ensinar Matemática é abordar os conteúdos matemáticos a
partir da resolução de problemas, meio pelo qual, o estudante terá a oportunidade de
aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na solução de um
problema, o estudante precisa ter condições de buscar várias alternativas que almejam a
solução.
É importante lembrar que a resolução de exercícios e resolução de problemas são
metodologias diferentes. Enquanto na resolução de exercícios os estudantes dispõem
utilizam mecanismos que os levam, de forma imediata pois muitas vezes, é preciso
levantar hipóteses e testá-las. Desta forma, uma mesma situação pode ser um exercício
para alguns e um problema para outros, dependendo dos seus conhecimentos prévios.
Mídias Tecnológicas
No contexto da Educação Matemática, os ambientes de aprendizagem gerados por
aplicativos informáticos, dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo
de ensino e da aprendizagem. O uso de mídias tem suscitado novas questões, sejam elas
em relação ao currículo, à experimentação Matemática, às possibilidades do surgimento
de novos conceitos e de novas teorias matemáticas (Borba 1999). Atividades realizadas
com o uso do lápis e do papel, ou mesmo o quadro e o giz como a construção de gráficos,
por exemplo, como o uso dos computadores amplia as possibilidades de observação e
investigação, visto que algumas etapas formais de construção são sintetizadas (D’
Ambrosio, 1989).
Os recursos tecnológicos, sejam eles o software, a televisão, as calculadoras, os
aplicativos da Internet entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas,
112
potencializando formas de resolução de problemas.
A Internet segundo Tajra (2002) é outro recurso que também pode favorecer a
formação de várias comunidades virtuais que, relacionadas entre si, promovem trocas e
ganhos de aprendizagem.
História da Matemática
É importante entender a História da Matemática no contexto da prática escolar
como componente necessário de um dos objetivos primordiais da Matemática. Sendo
assim se faz necessário que os estudantes compreendam a natureza da Matemática e a
sua relevância na vida da humanidade. Não se trata com esta tendência histórica de,
apenas, retratar curiosidades ou um conjunto de biografias de matemáticos famosos, mas
sim, de vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, às
circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinavam o pensamento e
influenciavam no avanço científico de cada época.
Considera-se a História da Matemática como um elemento orientador na
elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na fonte de busca, na
compreensão e como elemento esclarecedor de conceitos matemáticos. Possibilita o
levantamento e a discussão das razões para a aceitação de certos fatos, raciocínios e
procedimentos por parte do estudante. Para Miguel e Miorim (2004) a história permite
refletir sobre as explicações dadas aos porquês da Matemática, bem como, para a
promoção de ensino e da aprendizagem da Matemática escolar baseada na compreensão
e na significação. É pela História da Matemática que se tem possibilidade do estudante
entender como o conhecimento matemático é construído historicamente.
Elaborar problemas, partindo da História da Matemática, é oportunizar ao aluno
conhecer a Matemática como campo do conhecimento que se encontra em construção e
pensar em um ensino, não apenas em resolver exercícios repetitivos e padronizados, sem
nenhuma relação com os outros campos do conhecimento. É também, uma possibilidade
de dividir com eles as dúvidas e questionamentos que levam à construção da Ciência
Matemática.
Investigações matemáticas
Com as investigações matemáticas pretende-se que os alunos se envolvam no seu
processo de ensino e aprendizagem, através da participação ativa e da gestão autônoma
e responsável desse processo. As investigações matemáticas aparecem como sendo uma
tarefa entre outras, no entanto, com o pressuposto de que incluídas em experiências
113
variadas são facilitadoras de aprendizagens que reforçam a capacidade de raciocinar
logicamente, pelas oportunidades de formular e testar conjecturas e analisar contra-
exemplos, de avaliar a validade de raciocínios e de construir demonstrações.
Hoje em dia, é importante que os alunos sejam confrontados com atividades de
investigação durante a sua aprendizagem, quer pela vivência de processos
característicos de investigação que essas atividades permitem, quer pelos novos
desafios colocados à ciência em geral.
AVALIAÇÃO
Critérios de Avaliação
Mudanças na maneira de conceber a aprendizagem e de abordar os conteúdos
matemáticos implicam mudar o modo de avaliar e seus objetivos. Deve- se olhar a
avaliação como parte integrante do processo educativo. Sendo assim ela não pode ter
apenas caráter de finalização de etapas.
O processo de avaliação é trimestral, contínua e praticada sob forma de atribuição
de qualidade aos resultados da aprendizagem, tendo por base seus aspectos essenciais,
como objetivo final, uma tomada de decisão que direciona o aprendizado e,
consequentemente, o desenvolvimento do aluno. Seu registro é expresso em documento
próprio, considerando a atuação do mesmo frente ao processo enino-aprendizagem.
Observa-se que a utilização de formas inovadoras de avaliação traz benefícios ao
processo educativo, pois assim ela assume uma nova função: a de auxiliar e orientar os
estudantes sobre o desenvolvimento de suas capacidades, bem como auxiliar o professor
a identificar se os objetivos a que se propôs foram atingidos.
A avaliação também fornece ao professor informações sobre como está ocorrendo
a aprendizagem de seus alunos quanto a conceitos adquiridos, raciocínios desenvolvidos
e domínio de certas regras, possibilitando uma reflexão continua sobre sua prática em
sala de aula.
As diferentes formas de avaliar, sejam elas provas, trabalhos, participação em
atividades desenvolvidas em sala de aula ou fora dela, devem contemplar explicações,
justificativas e argumentações orais, uma vez que estas revelam aspectos do raciocínio
que muitas vezes não ficam evidentes em avaliações escritas.
114
As estratégias alternativas de avaliação devem possibilitar que o professor verifique
se os alunos sabem utilizar corretamente o pensamento Matemático para questionar,
argumentar, formular hipóteses e apresentar diferentes soluções para situações
desafiadoras.
Ao aluno que apresentar dificuldades de aprendizagem e necessidades especiais,
serão oferecidos momentos de reorientação e recuperação paralela conforme prevê a
legislação em vigor.
Através da recuperação paralela o professor deve reorientar seus métodos
utilizando ferramentas e equipamentos, tais como calculadoras, computadores, jogos
matemáticos, possibilitando ao aluno a questionar entre o certo e o errado, procurando
envolver o aluno em situações problemas, para que ele busque soluções para os
problema apresentados, usando o raciocínio lógico.
Instrumentos de avaliação
• Observações diárias;
• Registro de atividades;
• Interação dialógica com o aluno;
• Trabalhos de pesquisa;
• Tarefas diárias;
• Provas e testes;
• Aulas práticas;
• Atividade extraclasse.
Dentre os critérios de avaliação estão, interpretação, raciocínio lógico, resolução de
problemas, tomada de decisão e o cálculo. Segundo o Projeto Político Pedagógico da
escola a avaliação devem ser considerados os resultados obtidos durante todo o período
letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na
sua melhor forma. Dessa forma deverão ser realizadas, no mínimo 4 (quatro) avaliações
por trimestre da seguinte forma:
- No mínimo três avaliações, com instrumentos diversificados
(AV1/AV2/AV3...) com peso 10,0 (dez vírgula zero) cada avaliação;
- Todas as avaliações deverão constar no Livro de Registro do
Professor;
115
- A recuperação de conteúdo é realizada de forma paralela. Durante o
trimestre no mínimo uma avaliação de recuperação envolvendo o bloco de
conteúdo trabalhado conforme critério e instrumentos de avaliação do
professor previsto no plano de trabalho docente (AVR...) com peso 10,0 (dez
vírgula zero), sendo que esta substituirá a menor nota de uma das
avaliações anteriores;
- A recuperação paralela será realizada sempre que oe professores
perceberem que os alunos não apreenderam determinado conteúdo, com o
propósito de sanar as dificuldades apresentadas pelos mesmos. Portanto, a
recuperação paralela dará ênfase ao conteúdo;
- A média trimestral é 6,0 (seis vírgula zero), atingindo 180 pontos ao
final do ano letivo o aluno será aprovado;
- A avaliação da aprendizagem terá o registro da Média das notas, a
cada trimestre, expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula
zero).
REFERÊNCIAS
ÁVILA, G. Objetivos do Ensino da Matemática. Revista do Professor de Matemática 27.
1995.
COLÉGIO ESTADUAL BEATRIZ BIAVATTI, Projeto Político Pedagógico. Francisco
Beltrão. 2007.
GROENWALD, C. L. O. A Matemática e o Desenvolvimento do Raciocínio lógico.
Educação Matemática em Revista- RS janeiro de 1999.
IMENES, Luiz Márcio. Matemática para todos: 8º série, 4° ciclo/ São Paulo: Scipione,
2002.
MIGUEL, A.; MIORIM, M. A. História na Educação Matemática: propostas e desafios. Belo
Horizonte: Autêntica, 2004
SEED, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.
Curitiba, 2006.
116
TOSATTO, Cláudia Miriam. Idéias e Relações: 8° Série- Matemática, 1° edição- Curitiba,
2002.
117
CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO AO DEFICIENTE VISUAL
CAE-DV
O Centro proporciona atendimento a 12 alunos, desenvolvendo atividades
relacionadas ao Braille, sorobã, orientação e mobilidade, atividade de vida diária, apoio à
escolaridade e atendimento itinerante. Este último seria o acompanhamento dos alunos
na própria instituição escolar em que são matriculados, porém, este serviço encontra
dificuldades devido à falta de meio de transporte para as visitas nas diferentes instituições
escolares que os alunos freqüentam.
Para a realização destas atividades estão disponíveis aos educandos um acervo
composto de livros em Braille – doados pelo CAP, Instituto Dorina Nowil, Instituto
Benjamin Constant – máquina Perkins, sorobã, bengala, material adaptado, reglete,
punção, materiais pedagógicos, jogos, computador, jogos para pessoas com baixa visão,
o programa de computador Dosvox e livros ampliados feitos pelo Núcleo Regional de
Educação.
O desenvolvimento humano é em parte definido pelos processos da maturação do
organismo, porém é a aprendizagem que possibilita o desabrochar de processos internos
por meio do contato do homem com seu meio. No desenvolvimento do ser humano a
aprendizagem ocupa o papel principal, especialmente com relação às funções
psicológicas superiores, tipicamente humanas e são sobre essas funções que se
desenvolvem as principais práticas escolares.
O desenvolvimento da criança cega sofre interferência da perda visual, acarretando
dificuldades para compreensão e organização do meio. Observa-se a necessidade de
estimulação permanente, dentro das possibilidades da faixa etária, a fim de que alcance
progresso em todas suas potencialidades.
Assim crianças cegas e/ou baixa visão podem apresentar ainda atraso no
desenvolvimento global. Isto se deve em grande parte à dificuldade de interação,
apreensão, exploração e domínio do meio físico.
Essas experiências significativas são responsáveis pela decodificação e
interpretação do mundo pelas vias sensoriais remanescentes (táteis, auditivas, olfativas e
gustativas). A falta dessas experiências pode prejudicar a compreensão das relações
espaciais, temporais e aquisição e aquisição de conceitos necessários ao processo 118
ensino-aprendizagem.
Fatores que interferem no desenvolvimento educacional do deficiente visual. Idade
da manifestação – a fase da vida em que a pessoa se tornou deficiente determina a
necessidade de atenção especial para alguns aspectos do seu processo educacional. A
existência ou não de imagens visuais acumuladas, irá determinar a constituição de um
conjunto de necessidades específicas bem como exigir a utilização de técnicas e
estratégias de ensino, visando uma efetiva aprendizagem. O cego congênito ou aquele
que perdeu a visão nos dois primeiros anos de vida, não conserva imagens visuais úteis.
Experimenta o mundo que o cerca através do tato, da audição, do olfato e do paladar
percebendo-o e interpretando-o, muitas vezes de maneira diferente daquelas que os
demais o fazem. Freqüentemente também terá que representar o mundo através de uma
linguagem cujos signos nem sempre coincidem com suas vivências pessoais.
Este fato ressalta a necessidade de se prover estímulos complementares à
exposição do conteúdo que se pretenda transmitir ao aluno, através da multiplicação de
vivências perceptivas em torno de uma mesma noção.
Para a pessoa que perdeu a visão mais tarde em sua vida de alfabetizado por tipos
impressos, por exemplo, a bagagem de informações visuais deve constituir elemento
facilitador para a continuidade do processo educacional. O tempo transcorrido desde a
perda é outro fator importante no processo de adaptação do individuo à situação
educacional. Aquele que convive com a falta de visão há mais tempo está em situação
diferente daquele que ainda se encontra sob o impacto emocional de uma perda recente.
Modo de manifestação – a pessoa que perde a visão, pode ter, em face da
incapacidade, reações emocionais diferentes daquela cuja visão vai se apagando
lentamente. Numa perda lenta, a pessoa vive um prolongado período de insegurança e
angústia, quando que na perda súbita, a pessoa sofre um impacto, cuja ansiedade e
recuperação irá depender tanto de sua própria estrutura e capacidade de aceitação como
das condições do seu meio sócio-familiar.
A medida que, acontece a perda gradual, ou súbita, diferentes reações podem
influir no ajustamento emocional do individuo, trazendo implicações também ao
desenvolvimento do seu processo educacional.
Cientificamente a visão é considerada o mais importante canal de relacionamento
do individuo com o mundo, visto que 85% das informações são recebidas por intermédio
deste órgão sensorial.
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A área da deficiência visual atende alunos com cegueira ou baixa visão:
Cegueira:
É a perda total da visão até a ausência da projeção de luz. O processo de
aprendizagem se fará através dos sentidos remanescentes (tato, audição, olfato, paladar),
utilizando o Sistema Braille como principal meio de comunicação escrita.
Baixa visão:
É a alteração da capacidade funcional da visão, decorrentes de inúmeros fatores
isolados ou associados, tais como: baixa visão significativa e redução importante do
campo visual, que interferem ou que limitam o desempenho visual, que interferem ou que
limitam o desempenho visual. O processo educativo se desenvolve, principalmente, por
meios visuais, ainda que com utilização de recursos específicos incluindo lupas, telelupas,
livros didáticos com caracteres ampliados, entre outros.
REDE DE APOIO
Atualmente o atendimento aos alunos com deficiência visual pode ocorrer:
− Em escola regular, com apoio pedagógico, no contra-turno, em Centros de
Atendimento Especializados;
− Em Escolas Especiais para deficientes visuais com oferta de Educação Básica.
CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO NA ÁREA VISUAL
Serviço de natureza pedagógica, desenvolvido por professor habilitado ou
especializado em Educação Especial, que complementa a educação de alunos
matriculados na Educação Regular ou Ensino Supletivo.
Na Escola Estadual Beatriz Biavatti existe um CAE-DV (Centro de Atendimento
Especializado ao Deficiente Visual) com duas turmas – uma no matutino e outra no
vespertino, onde alunos com deficiência visual recebem apoio específico
(instrumentalização metodológica e acompanhamento educacional) de acordo com suas
necessidades pedagógicas.120
A oferta de atendimento especializado ocorre sempre em período contrário ao
ensino regular.
Os serviços ofertados pelo CAE-DV são:
Apoio à Educação Básica;
Complementações curriculares específicas: Braille, Sorobã,
Orientação e Mobilidade,
Estimulação Visual
Atividades de vida autônoma e social.
SISTEMA BRAILLE
É um código universal de leitura tátil e de escrita, usado por pessoas cegas. Como
os alunos já estão alfabetizados ao frequentarem o CAE-DV deste Colégio, só precisa
relembrar como se dá a utilização do mesmo.
Objetivo: Despertar no aluno curiosidade e gosto pela leitura do sistema Braille a
fim de que possa interagir com o mundo.
Conteúdos:
Numerais ordinais
Pontuação
Sinais Exclusivos da Escrita Braille
Figuras geométricas
SOROBÃ OU ÁBACO:
Aparelho de cálculo de procedência japonesa, adaptado para o uso de deficientes
visuais, em virtude da rapidez e da eficiência na realização das operações matemáticas.
Objetivo: Resolver e armar as quatro operações básicas com agilidade, a fim de
aplicá-las em soluções problemas e na vida diária.
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Conteúdos:
Adição
Subtração
Multiplicação
Divisão
ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE:
Técnica utilizada para que o deficiente visual se oriente e se locomova com
independência e segurança. Técnicas com Guia Vidente
Objetivos:
1 – Desenvolver um método seguro, eficiente e socialmente aceito de Mobilidade
com guia vidente com um mínimo de verbalização entre cliente e guia.
2 – Salientar a responsabilidade do cliente na locomoção.
3 – Estabelecer um bom relacionamento com o cliente.
Técnicas:
a. Passando através de portas
b. Entrar numa fila e sentar-se no auditório
c. Aproximar-se e sentar-se numa cadeira
d. Polidez social acrecentada às técnicas
e. Técnicas do guia vidente para escadas
MOBILIDADE INDEPENDENTE
Objetivo: Oportunizar a locomoção independente no ambiente familiar, escolar, na
vida social e profissional com autonomia.
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Técnicas para serem utilizadas em ambientes fechados (sem auxílio)
a. Técnica de proteção inferior
b. Técnica de proteção superior.
c. Técnicas de enquadramento e tomada de direção.
d. Técnica de rastreamento
Técnicas com auxílio da bengala longa
a. Técnica do toque
b. Técnica de rastreamento com bengala
c. Técnica para subir escadas
d. Técnica para subir escadas, segurando a bengala como lápis
e. Técnica para descer escadas
f. Técnica para subir e descer escadas rolantes
Estimulação visual:
É ofertada às pessoas com baixa visão, para aprendizagem do uso adequado da
visão residual com recursos ópticos, para que aumente sua independência e qualidade de
vida.
Objetivo: Preservar e melhorar o campo acuidade visual através das atividades
específicas de cada função; óptica, ópticas e perceptivas, viso-perceptivas.
Funções ópticas
a) Função óptica de:
- Resposta à luz
- Acomodação visual
- Consciência visual
- Focalização
- Fixação
- Seguimentos: horizontal, vertical e circular
ATIVIDADES DE VIDA AUTÔNOMA E SOCIAL:
Se referem a um conjunto de atividades que visam o desenvolvimento pessoal e
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social nos múltiplos afazeres do cotidiano, tendo em vista a independência pessoal para a
convivência social do educando com deficiência visual.
APOIO À EDUCAÇÃO BÁSICA:
Através de planejamento de atividades específicas, de acordo com as
necessidades educacionais de cada aluno com deficiência visual, o professor
especializado efetuará complementação curricular, utilizando equipamentos e materiais
específicos, para o apoio escolar à educação básica.
METODOLOGIA
O trabalho com deficientes visuais é feito de maneira individual, de acordo com as
necessidades de cada um. Deste modo, determinados assuntos não precisam ser
trabalhados com alguns alunos, caso estes já o dominem. Apenas o reforço escolar é
trabalhado com todos, no sentido de transcrever as atividades a serem devolvidas aos
professores para serem avaliadas.
REFERÊNCIAS
CAP – Centro de Apoio Pedagógico. Planejamento Geral – Área de Deficiência
Visual. Francisco Beltrão, 2006
COLÉGIO ESTADUAL BEATRIZ BIAVATTI, Projeto Político Pedagógico.
Francisco Beltrão. 2007.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – Fundação Procurador Pedro Jorge de Melo e
Silva. O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede
Regular. Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão: Brasília, 2004.
SEED – DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL. Ressignificando a
Proposta de Atendimento na Área Visual. Curitiba, 2004.
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