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Escola: GRESE Esposas Revoltadas
Presidente: Clarissa Pereira
Carnavalesca: Gabriella Leite
Cores da escola: Preto e Rosa
Símbolo da escola: Mulher e rolo de massa
Fundação: 22 de abril de 2017
Localização: Itaboraí – RJ
Enredo: Em todos esses anos de Avenida, esta é a primeira vez que isso me
acontece
Setores: 05 setores
Alegorias: 05 alegorias
Tripés: 01 tripé
Alas: 24 alas
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Justificativa
Em 2017, vários eventos, alguns deles trágicos, marcaram as noites de
desfile no Carnaval da Marquês de Sapucaí. Carros quebrados,
atropelamentos, queda de destaques e, pela primeira vez, a troca de uma
porta-bandeira durante o desfile, devido a uma queda que ocasionou a torção
do joelho da primeira porta-bandeira da Unidos de Padre Miguel.
Mas estes não foram os únicos acontecimentos que fizeram do
Sambódromo a principal notícia nas capas de jornal do país. Desde a sua
inauguração, em 1984, fatos curiosos, excentricidades e acidentes, alguns
deles terminados em fatalidades, marcaram a história da Avenida, localizada
no centro da cidade do Rio de Janeiro, conhecida como “a maior Passarela do
planeta”.
E não foi apenas durante os desfiles das Escolas de Samba que o
público presenciou estas cenas. Shows, festivais, filmes, novelas e até uma
apresentação de ópera já fizeram parte da programação do Sambódromo. Nos
últimos anos, o esporte também passou a fazer parte desta lista.
Para apresentar alguns eventos pioneiros na Marquês de Sapucaí ao
público amante de conhecimento, a GRESE Esposas Revoltadas apresenta, no
Carnaval LIESE 2017.1, o enredo “Em todos esses anos de Avenida, esta é a
primeira vez que isso me acontece”, assinado pela carnavalesca Gabriella
Santos.
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EM TODOS ESSES ANOS DE AVENIDA, ESTA É A PRIMEIRA VEZ
QUE ISSO ME ACONTECE
Sinopse
Extra! Extra! Extra! As Escolas de Samba do Rio de Janeiro terão, a
partir do próximo ano, um local fixo para os desfiles durante o Carnaval. O
governador Leonel Brizola, juntamente com o vice-governador, Darcy Ribeiro, e
o arquiteto Oscar Niemeyer, acabam de declarar que será realizada a
construção da "Passarela do Samba".
O projeto oferecerá arquibancada fixa para cerca de 60 mil pessoas, o
que pretende sanar as complicações no trânsito durante o período de
preparação para a festa.
Ao final da Avenida será feito um grande largo, que possibilitará a
interação direta do público com os componentes que estiverem encerrando sua
participação nos desfiles. Será parte deste largo, ainda, uma construção
elevada, que poderá ser utilizada como palco, encimada por um arco
parabólico com um pendente reto no meio, assemelhando-se à letra "m", inicial
do nome original da Avenida, Marquês de Sapucaí.
Aos mais céticos, que não acreditam na possibilidade do término da obra
a tempo do Carnaval, em aproximadamente quatro meses, o arquiteto informou
que será utilizado um método de construção que ainda é novo no Brasil, o de
estruturas pré-moldadas. Parte das peças estará pronta, precisando apenas
ser "encaixada".
Pouco mais de 33 anos depois...
Extra! Extra! Extra! Acidentes terríveis marcaram os desfiles das escolas
de samba de 2017. Dentre eles um fato inédito: a substituição da primeira
porta-bandeira de uma das agremiações do grupo de acesso.
Baseado neste fato marcante, o jornal Esposas Revoltadas fará uma
série de reportagens sobre os eventos pioneiros que marcaram a história do
Sambódromo. Nela, serão retratados momentos, tanto de alegria quanto de
tristeza, do Carnaval e de eventos de entretenimento e esportivos.
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Desfiles marcantes por seus eventos inéditos, sejam eles alegres ou
tristes, censuras, shows nacionais e internacionais de diversos estilos e até
uma apresentação de ópera serão retratados neste especial, que poderá até
ser confundido com um desfile de uma das agremiações que passam pela
Passarela do Samba anualmente.
A última reportagem da série falará sobre uma agremiação novata, que
também traz ineditismo à Sapucaí, ao ser composta exclusivamente por
mulheres. Com o nome de “Em todos esses anos de Avenida, esta é a primeira
vez que isso me acontece”, a série será apresentada ao público no mês de
julho.
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SETOR 1 – Quando tudo começou
Este setor representa a construção da Passarela do Samba e o seu
primeiro ano de desfiles. Nele, serão simbolizados a idealização do projeto,
feita pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o primeiro desfile de uma escola de
Samba e a primeira campeã do Sambódromo.
Comissão de frente: Do esboço à Passarela
Significado: a comissão de frente representará a idealização da
Passarela do Samba, desde o esboço feito por Oscar Niemeyer até a
construção das arquibancadas e dos camarotes.
Componentes: 14 componentes masculinos vestidos como operários, 14
componentes femininas vestidas como desfilantes e um componente como o
arquiteto Oscar Niemeyer.
Fantasia 1: operários. A fantasia será composta por um macacão de
operário, em prata, com tênis brancos e capacete de construção civil. Nas
mãos, os operários carregarão os blocos que serão utilizados para montar a
escada utilizada para a personagem Niemeyer subir no tripé e para a
encenação da construção da Sapucaí.
Fantasia 2: Oscar Niemeyer. A fantasia será um terno preto, com
camisa branca e sem gravata. O sapato será preto e o arquiteto carregará um
grande lápis, que será utilizado para fazer o risco do “m” da Praça da Apoteose
na lona de esboço.
Fantasia 3: desfilantes. As mulheres que farão parte da comissão de
frente estarão vestidas de donas de casa, com a roupa em rosa e um avental
preto. Nas mãos elas carregarão um rolo de massa na cor rosa. Esta fantasia
representará o símbolo da Esposas Revoltadas.
Tripé: A Avenida fundamental
Significado: o tripé da comissão de frente representará a Avenida
Marquês de Sapucaí, onde foi construído o Sambódromo, antes das obras.
Descrição: este elemento será um grande retângulo pintado de branco,
cor do chão da Avenida. Sua altura será suficiente para que os componentes
transitem por dentro da estrutura e para abrigar uma réplica do arco da
Apoteose, que será utilizado durante a apresentação. Por dentro do tripé
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haverá uma escada que dará acesso interno à parte superior do “tablado”.
Evolução: o tripé, a princípio, será apenas um tablado branco. Na
apresentação em frente à cabine dos jurados, o tripé será virado de frente para
a cabine e uma lona branca subirá hidraulicamente na parte posterior do
tablado, como uma cortina. Alguns operários utilizarão peças rígidas que
estarão em suas mãos durante a coreografia para formar uma escada, na qual
Niemeyer subirá para riscar na lona o traçado do arco da Apoteose. Depois de
feito o risco, os operários darão início à construção das arquibancadas e dos
camarotes em cima do tripé, nas extremidades laterais.
O elemento que, a princípio, era apenas um “piso” branco, transformar-
se-á, então, em uma miniatura da Passarela do Samba, exatamente como ela
era em 1984. Ao final da encenação, depois de a Passarela do Samba já
montada, o arquiteto recolherá a lona onde estava desenhado seu projeto e, ao
fundo do tripé, aparecerá o arco da Praça da Apoteose, iluminado com a cor
rosa, cor do GRESE Esposas Revoltadas. O arco ficará escondido dentro da
estrutura do tripé e será elevado hidraulicamente, por trás da cortina, durante a
apresentação. Após a Sapucaí montada, será reproduzido um desfile de escola
de samba, no qual 14 pessoas fantasiadas andarão pela Passarela do Samba.
Neste momento, os componentes que farão o papel de operários estarão
“escondidos” dentro do tripé. Ao final da coreografia, a Comissão de Frente
reverenciará e apresentará a escola ao público e aos jurados.
Primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Baile da construção
Significado: o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira
representará o “balé” feito pelos operários durante a construção do
Sambódromo, nas idas e vindas de materiais e na edificação do projeto.
Fantasia porta-bandeira: o corpete será branco, com pedraria em
prata. A saia, também em branco, terá, além da pedraria em prata, estruturas
aramadas com pedraria, que serão moldadas no formato do arco da Praça da
Apoteose. Serão quatro estruturas como esta, perpendiculares à saia, em
pontos equidistantes na linha próxima à barra da saia, com ângulo de 90º entre
eles, nas posições horárias 0h, 3h, 6h e 9h. A barra da saia será composta por
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penas de faisão em cinza com fuê branco. O esplendor será também em penas
de faisão com fuê branco. Na cabeça, um capacete de construção civil branco
com pedraria.
Fantasia mestre-sala: a fantasia do mestre-sala, assim como a da
porta-bandeira, será branca com pontos de luz em prata. No esplendor,
composto por penas de faisão em cinza com fuê branco, será colocada uma
estrutura aramada no formato do arco da Praça da Apoteose, no centro do
acessório. O chapéu também será um capacete de construção civil branco com
pedraria. Nas mãos, o mestre-sala levará um martelo feito em material
prateado.
Guardiões do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira:
Guardiões da Marquês
Significado: os guardiões simbolizarão os operários que trabalharam na
construção da Passarela do Samba.
Fantasia: os macacões de operário serão cinza e os componentes
usarão sapatos brancos e capacete de operário também branco. Nas mãos, os
guardiões levarão pás, confeccionadas com material prateado.
Ala 1 (Baianas): O primeiro desfile
Significado: a fantasia da ala de baianas representará o primeiro desfile
oficial da Passarela do Samba após a inauguração da obra idealizada por
Oscar Niemeyer, realizado em 02 de março de 1984. Naquele ano, a primeira
agremiação a entrar na Avenida para um desfile oficial foi o GRES Império do
Marangá, competidor do Grupo 1B. Na ocasião, o enredo apresentado no
desfile foi “Águas lendárias”.
Fantasia: o vestido das baianas será todo branco com a primeira saia
em organza azul, para que, ao girar, o efeito causado seja semelhante ao da
água em movimento. Na barra da saia haverá botos-cor-de-rosa, animais
lendários da região Amazônica que foram citados no enredo. O pano da costa
será de tecido acetinado em azul, no mesmo tom do pavilhão do Império do
Marangá e, na cabeça, uma coroa dourada com pedraria, brasão da escola
homenageada nesta ala.
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Alegoria 1: Sapucaí na mão e na contramão
Significado: o carro abre-alas retratará a primeira e única vez em que
uma agremiação desfilou nos dois sentidos da Marquês de Sapucaí:
Mangueira, no ano de 1984. Última escola do Grupo 1A (atual Grupo Especial)
a desfilar no ano de inauguração do Sambódromo, o GRES Estação Primeira
de Mangueira fez seu desfile de forma tradicional, sentido concentração-
dispersão, para cumprir o regulamento e registrar sua pontuação para a
competição, e, ao final, junto com o público que desceu das arquibancadas
para a pista, fez novamente o desfile, mas desta vez saindo da Praça da
Apoteose e indo em direção ao início do Sambódromo.
Descrição da alegoria: no centro do carro será colocado o arco da
apoteose, que, tanto para os que veem a alegoria de frente quanto para os que
a veem de costas, ele vai parecer estar de frente. No alto do arco da Apoteose
um enorme pandeiro servirá de queijo para o destaque principal da alegoria. A
peculiaridade desta alegoria será o posicionamento de seus elementos. A
primeira metade ficará voltada para a Praça da Apoteose, no sentido tradicional
do desfile. Já a parte posterior terá sua “frente” voltada para o início da
Sapucaí. Desta forma, quando o público vir a alegoria terá a impressão de que
ela estará “voltando” na Avenida.
A primeira metade da alegoria representará a parte do enredo da
Mangueira que retrata a Belle Époque (bela época), início da carreira de
Braguinha, o João de Barro. Ela terá dois níveis.
No primeiro deles, no alto de uma escada feita em material imitando
mármore, será retratada uma pequena praça, toda gramada e cercada de
árvores, onde um sósia de Braguinha estará sentado em um banquinho branco,
uma referência ao homenageado pela verde e rosa. A personagem terá como
vestimenta um terno branco, com camisa rosa claro e uma flor de lapela rosa,
um chapéu panamá branco e sapatos também brancos. Junto dele, outros
componentes estarão vestidos de sambistas, representando os companheiros
de início de carreira de Braguinha. Na parte frontal da alegoria, em frente à
escada, estará o nome da escola, que será iluminado em rosa.
O segundo nível desta metade do carro será ligado ao inferior por outra
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escada, também imitando mármore. Após alguns degraus, nas laterais, haverá
dois pequenos largos forrados em verde e cercados por grades brancas, nos
quais serão colocados altos postes com pedraria e grandes luminárias,
encimados por queijos com destaques. Composições com roupas luxuosas
também farão parte destes pequenos largos. Na parte central deste nível, um
grande largo com piso imitando mármore abrigará postes como os das laterais,
arranjos de rosas e composições também com vestimenta de luxo. Na entrada
deste espaço haverá um portão de grades brancas, assemelhando-se aos
utilizados nas mansões da época.
A segunda metade do carro representará a fase da carreira de
Braguinha no Carnaval, que foi abrangida pelos últimos setores do desfile da
Mangueira de 1984. As esculturas, assim como os destaques e composições
desta parte serão alocados virados de frente para a concentração, ou seja, de
costas para o arco da Apoteose que estará no centro da alegoria. Esculturas de
pierrôs, arlequins e colombinas comporão a metade posterior da alegoria.
Sobre estas esculturas serão colocados destaques com fantasias de Carnaval.
Elementos cênicos representarão algumas marchinhas compostas pelo João
de Barro, como “Balancê”, “As Pastorinhas” e “Turma do Funil”. As fantasias
das composições que ficarão no “chão” do carro também simbolizarão as
marchinhas do compositor, sobretudo as de título “Moreninha da Praia” e “Trem
Blindado”, suas primeiras composições de sucesso para o Carnaval. Na base
do carro será colocado um letreiro com o nome da escola campeã de 1984,
Mangueira, iluminado em rosa.
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SETOR 2 – A primeira vez a gente nunca esquece
O setor 2 retratará alguns eventos marcantes e históricos que
aconteceram na Marquês de Sapucaí. Apesar de a maioria deles ter se
repetido ao longo dos anos, este desfile citará apenas a primeira vez que tais
eventos ocorreram.
Ala 2: Ziriguidum 2001
Significado: a fantasia representa o desfile campeão da Mocidade
Independente de Padre Miguel do ano de 1985, primeiro após a instituição da
Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro
(Liesa). Na ocasião, a escola teve como enredo “Ziriguidum 2001 - Um
Carnaval nas Estrelas”.
Fantasia: a vestimenta será semelhante a um robô. No corpo, um tubo
branco até a altura da coxa, feito de material rígido, com duas faixas brilhosas
pintadas na cintura, uma verde e uma amarela. Os membros dos componentes
serão cobertos por tubos sanfonados cromados que, nas pernas, findarão em
sapatos prata e nas mãos, em luvas prata. Na cabeça será utilizado um
capacete que se assemelha à cúpula de um cogumelo. O capacete cobrirá toda
a cabeça e será encaixado no tubo que cobre o corpo.
Ala 3: Futebol em baixo d’água
Significado: no ano de 1986 uma chuva torrencial caiu durante o desfile
da Beija-Flor e o sistema de drenagem da Sapucaí não conseguiu sugar toda a
água. Os componentes da escola, então, tiveram que desfilar com a Avenida
alagada, em alguns pontos com água nos tornozelos, o que gerou a brincadeira
de que o desfile teria sido com água nos joelhos.
Fantasia: a fantasia será de jogador da seleção brasileira de futebol.
Calção azul e blusa amarela, semelhantes aos usados pela seleção na Copa
de 1986, comporão a parte principal da vestimenta. Nas costas da camisa, na
parte superior, estará a inscrição “Beija” e, logo abaixo, o número 1986, em
alusão à escola homenageada. Os componentes estarão todos em uma lona
azul, que ficará na altura dos joelhos. Esta lona será inteiriça e terá cortes
circulares, com diâmetro suficiente para possibilitar o caminhar dos foliões. Na
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cabeça, o chapéu será em formato de bola de futebol, nas cores preto e
branco.
Ala 4: Entre palhas e algodões
Significado: em 1988, a Vila Isabel passou por um período de crise que
afetou diretamente o desenvolvimento do desfile daquele ano. No entanto, a
escola, que teve como enredo a África, com “Kizomba – Festa da raça”, foi a
campeã daquele ano. Nesta ala, a agremiação será homenageada como a
primeira escola de samba a ganhar um campeonato em meio a uma crise, com
fantasias feitas apenas de algodão, palha e juta.
Fantasia: a saia da fantasia será em palha, na altura dos joelhos e a
parte de cima, uma gola até a altura da cintura, feitas em algodão cru, na cor
palha. No tornozelo serão amarrados fios de palha e na cabeça, um capacete
na cor bege com um adorno tipo leque feito de penas na cor marrom claro. No
costeiro, placas com a imagem de líderes africanos lembrarão os
homenageados pela Vila Isabel em 1988.
Ala 5: Ratos e urubus! Censuraram o Cristo!
Significado: mais uma vez a Beija-Flor foi tema de algo inédito e
polêmico na Sapucaí. Em 1989, no desfile que teve como enredo “Ratos e
urubus... Larguem minha fantasia”, o carro abre-alas, que teria como destaque
uma escultura do Cristo Redentor vestido de mendigo, foi censurado pela
Arquidiocese do Rio, a primeira grande censura do Sambódromo. O
carnavalesco Joãozinho 30, então, cobriu a imagem com um plástico preto e
colocou em sua frente uma faixa com os dizeres: “Mesmo proibido, olhai por
nós”. Esta ala lembrará este episódio que marcou a história da Avenida.
Fantasia: a vestimenta será em branco, com aparência luxuosa. No
entanto, os tecidos estarão rasgados e sujos, o que fará os componentes
parecerem "mendigos de luxo". Nos ombros, ombreiras douradas comporão o
traje, que será completado, nas costas, pela estrutura do Cristo embalado com
plástico preto e uma faixa na frente com os dizeres: "Mesmo proibido, olhai por
nós!".
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Ala 6: Rosa, mulher soberana
Significado: a carnavalesca Rosa Magalhães foi a primeira a
desenvolver, sozinha, um enredo campeão na Passarela do Samba, no ano de
1994. O enredo "Catarina de Médicis na corte dos Tupinambôs e Tabajeres",
da Imperatriz Leopoldinense, deu à carnavalesca o título daquele ano.
Fantasia: a fantasia representará a corte e será composta por corpete
com manga bufante em dourado e saia em A, feita de rosas douradas. Nas
mãos, os componentes levarão grandes leques metalizados, metade em verde
e metade em amarelo e, na cabeça, uma peruca branca com penteado
alongado, como os feitos na realeza.
Ala 7: Voo na Sapucaí
Significado: no ano de 2001, a Grande Rio levou para a Avenida o
enredo “Gentileza ‘X’, o profeta saído do fogo” e durante o desfile um
astronauta da NASA fez alguns voos sobre a escola com um propulsor. Esta
ala relembrará este episódio histórico do Sambódromo.
Fantasia: as roupas serão macacões de astronauta, todo em prata, em
tecido brilhoso. Luvas prata e capacete de astronauta também fazem parte do
figurino. Na altura dos pés, o macacão terá costurado à sua estrutura dois
sapatos, que farão parecer que os componentes os estão calçando. No
entanto, os desfilantes estarão sobre pernas mecânicas, que estarão cobertas
por um tecido branco, o que dará a impressão de que os “astronautas” estarem
flutuando. Nas costas eles levarão “propulsores a jato”, que terão em sua
composição dois cilindros, utilizados para armazenar a fumaça que será
liberada em determinados momento do desfile, o que aumentará a ilusão de
voo dos componentes.
Ala 8 (Bateria): Revirando o jogo
Significado: a bateria da Esposas Revoltadas homenageará a primeira, e
única, bateria de escola de samba a desfilar sobre um carro alegórico, a da
Viradouro, no ano de 2007, com o enredo “A Viradouro vira o jogo”. Naquele
ano, os componentes da Furacão Vermelho e Branco entraram para a história
da Marquês ao atravessarem a Avenida, até o segundo recuo, sobre uma
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alegoria. Na ocasião, a fantasia utilizada foi a de peças do xadrez.
Rainha de bateria: A Rainha
Fantasia: minissaia e top em pedraria preta compõem o traje da rainha
de bateria, que terá como acessório da cabeça a parte superior da principal
peça do xadrez, a Rainha. Nas costas, um grande esplendor com penas de
faisão em preto e fuê preto completa a fantasia.
Fantasia da bateria: para representar a bateria da Viradouro de 2007, a
fantasia dos ritmistas da negro e rosa de Itaboraí retratará um tabuleiro de
xadrez. Assim como no jogo, o mosaico alternará vestimentas pretas e
brancas. A roupa será um terno unicolor, ou em preto, ou em branco. Na
cabeça, cada ritmista terá um quadrado de mesma cor da fantasia, como as
casas do tabuleiro de xadrez. Em cima destes quadrados, alguns componentes
terão peças do jogo (Cavalo, Rei, Torre, Bispo, Rainha e Peão),
estrategicamente posicionadas para que, vistas juntas, formem uma jogada de
“xeque-mate” na Rainha das peças brancas, que estará virada de lado, deitada
sobre o “tabuleiro”. Os oito componentes das extremidades laterais da bateria
não terão peças de xadrez sobre seus acessórios de cabeça. No entanto,
terão, fixadas na lateral deste acessório, rodas, que serão feitas de vime para
não desequilibrar o ritmista e, consequentemente, atrapalhar sua evolução.
Mestre de bateria: Jogador de xadrez
Fantasia: o mestre de bateria usará roupa de jogador de xadrez. Calça
social preta, camisa social vinho, suéter cinza e sapato social formam a
vestimenta do jogador que comandará as peças do xadrez na Avenida.
Evolução da bateria: durante sua apresentação, a bateria fará, entre as
bossas ensaiadas para o desfile, a paradinha funk que foi realizada pela
Viradouro em 1997, primeira vez em que uma bateria tocou tal ritmo na
Sapucaí. Outros estilos musicais também serão lembrados em arranjos
diferenciados.
Além das paradinhas, a bateria fará uma pequena encenação em frente
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ás cabines dos jurados. Ao chegar em frente aos julgadores, os componentes
se juntarão e, vistos do alto, os acessórios de cabeça formarão um tabuleiro de
xadrez com a jogada do “xeque-mate” montada. As rodas posicionadas nas
laterais do “tabuleiro” darão a ideia de um grande carro alegórico no formato do
jogo, que lembrará a alegoria na qual a bateria desfilou em 2007.
Musa: Águia Paulista em terras cariocas
Significado: a escola de samba paulista Nenê de Vila Matilde visitou o
Rio de Janeiro e desfilou na Marquês de Sapucaí no ano de 1985, entrando
para a história como a primeira agremiação de São Paulo a atravessar a
Passarela do Samba.
Fantasia: a musa estará vestida com um maiô de manga longa de tule
cor da pele com aplicações em pedraria azul céu e branco na região do quadril,
nos seios e nos pulsos. Sobre a cabeça, ela terá como chapéu a parte superior
de uma cabeça de águia, com os olhos e o bico. E o costeiro formará as asas
de uma águia, feita de penas.
Alegoria 2: Das trevas à luz - A explosão da alvirrubro de Niterói
Significado: a segunda alegoria recordará o público sobre a primeira vez
em que uma escola localizada do outro lado da “poça” conquistou o
campeonato no grupo especial. O enredo “Trevas! Luz! A explosão do
Universo”, desenvolvido pelo carnavalesco Joãozinho Trinta em 1997, garantiu
à Viradouro o lugar mais alto na classificação da elite do carnaval daquele ano.
Descrição da alegoria: o carro terá a metade da frente toda em preto,
fazendo alusão ao abre-alas da Viradouro de 1997, que era todo na cor preta, o
primeiro do gênero a passar pela Avenida. Nesta parte da alegoria haverá
esculturas de animais pré-históricos e um vulcão, que levará em seu topo um
destaque com fantasia e esplendor em preto com pontos de luz. As
composições que farão parte da primeira metade do carro estarão com malhas
negras que cobrirão todo o corpo, literalmente dos pés à cabeça, e terão seus
rostos pintados de preto.
Para contrastar com o negro da primeira parte do carro, a metade
posterior da alegoria será toda em branco e prata, totalmente iluminada. Na
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parte central da segunda metade, um enorme globo terrestre será o elemento
principal, que permanecerá girando durante todo o desfile. Sobre esta esfera
estará o principal destaque da alegoria, com a fantasia em branco com pedraria
e o esplendor em prata, também com pedraria. Outras esculturas menores,
todas nas cores prata e branco e com brilho, e componentes com fantasias nos
mesmos tons finalizarão a composição deste carro alegórico.
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SETOR 3 – O Carnaval também chora
Significado: infelizmente, durante alguns desfiles nem tudo são flores e
alguns episódios trágicos também são registrados. Quebra de carros, queda de
componentes, atropelamentos e até acidentes fatais fazer parte das páginas
tristes da história do Sambódromo. Neste setor será citada a primeira vez que
alguns destes episódios aconteceram.
Ala 9: O dia em que a Marquês chorou
Significado: no ano de 1989, a Passarela do Samba registrou seu
primeiro acidente fatal. Neuza Monteiro, que desfilou no Arranco, caiu do carro
em que era destaque quando a alegoria chegou à dispersão e faleceu dias
depois.
Fantasia: a vestimenta, um vestido, será estampada, com cores
vibrantes. O adereço de cabeça será uma armação aramada forrada em
dourado e com penas negras. Já o costeiro será formado por plumas negras,
que simbolizarão o luto pelo acidente fatal.
Ala 10: O dia em que o pavão não voou
Significado: primeira escola de samba do grupo de elite do carnaval
carioca a pisar na Avenida, a Unidos da Tijuca teve alguns problemas durante
sua apresentação. Um deles foi com o pede passagem, que trazia o pavão,
símbolo da agremiação. O sistema hidráulico que deveria elevar a escultura e
abrir suas asas não funcionou. Esta foi a primeira falha registrada em um
elemento de alegoria no grupo especial durante o desfile no Sambódromo.
Fantasia: esta fantasia representará exatamente o pavão, símbolo da
escola do Morro do Borel. Feita de penas artificiais brancas, a vestimenta terá o
formato do corpo de um pavão com as asas fechadas junto ao corpo. Os
braços dos componentes ficarão por dentro da fantasia para causar a
impressão de os pavões não poderem abrir as asas. O rabo do animal da
fantasia será feito de penas de rabo de pavão.
Ala 11: O dia em que o criador foi atropelado por sua criatura
Significado: em 2009, o carnavalesco Cláudio Cebola caiu e foi
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atropelado pelo carro abre alas da Mocidade, quando tentava descobrir a
origem de um princípio de incêndio que atingiu a alegoria, chegando a ficar em
baixo do carro.
Fantasia: a fantasia representará exatamente o atropelamento do
carnavalesco. Os componentes passarão pela avenida deitados de bruços
sobre carrinhos de rolimã. Todos estarão de malha verde lima e sobre suas
cabeças, um chapéu no formato de cebola. Sobre eles, apoiada no carrinho de
rolimã, será fixada uma estrutura em espuma com a base verde e seis arcos
em ordem crescente de tamanho na cor branca. Tal estrutura cobrirá todo o
corpo do componente, ficando aparente apenas sua cabeça e seus ombros.
Tripé 1: O dia em que o Picolé deu seu primeiro susto
Significado: no ano de 1989 a torre de televisão construída na Sapucaí
mostrou, pela primeira vez, que poderia ser um enorme risco para as Escolas
de Samba. Um dos carros alegóricos da Imperatriz Leopoldinense, que
retratava a Guerra do Paraguai, foi construído com uma altura superior à de
costume até aquele momento e o destaque, que usava um chapéu, precisou
tirar o acessório da cabeça e se agachar para passar sob a estrutura,
apelidada pelos sambistas de “Picolé”.
Tripé: representado o carro alegórico de 1989, o tripé terá em sua base
esculturas fibradas de cavalos brancos montados por soldados da Guerra do
Paraguai, que também serão esculpidos. No centro da estrutura, uma
montanha encimada por um grande cavalo branco montado pelo destaque. O
tripé será alto, para representar a grande estrutura da alegoria original.
Fantasia: O componente estará vestido de Duque de Caxias, com uma
farda de capitão em azul marinho com medalhas e honrarias. O chapéu, que
terá plumas em toda a sua borda superior, será levado nas mãos, para
recordar a ação tomada pelo destaque para passar sob a torre de televisão.
Ala 12 (Velha guarda): O dia em que a velha guarda foi barrada na
Avenida
Significado: o ano de 2005 entrou para a história dos desfiles como o
primeiro, e único, em que a velha guarda deixou de entrar na Avenida. O carro
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da Portela no qual viriam os baluartes da escola quebrou e os portões foram
fechados sem que eles entrassem para o desfile.
Fantasia: a roupa será de gala, nas cores azul e branco, em
homenagem à Portela. As mulheres vestirão saia branca, blusa e blazer azuis e
levarão nas mãos um leque preto. O sapato e a bolsa serão brancos. Os
homens estarão de calça branca, blusa e blazer azuis e sapato branco. O
chapéu será azul e eles levarão nas mãos uma bengala preta. Em todos os
blazers será bordado com brilho, do lado esquerdo, o brasão da Esposas
Revoltadas.
Ala 13 (ala coreografada): O dia em que a primeira porta-bandeira foi
substituída
Significado: pela primeira vez na história do Sambódromo, a primeira
porta-bandeira de uma agremiação foi substituída durante o desfile. Neste ano
de 2017, a primeira porta-bandeira da Unidos de Padre Miguel torceu um joelho
durante a apresentação para uma das cabines de jurados e a guardiã do
segundo casal terminou o desfile em seu lugar.
Fantasia: fantasia feminina com estrutura semelhante à de porta-
bandeira, nas cores vermelho e branco, com a saia aparente no início da
coreografia vermelha e corpete em branco, carregando bandeiras vermelho e
branco. A fantasia masculina representará Ossain e será predominantemente
verde, com um colete e uma bermuda nesta cor. Uma das pernas do
componente ficará à mostra, enquanto a outra será totalmente coberta por
folhas de ervas. No costeiro, elementos que se assemelham às folhas darão
continuidade às das pernas e, no chapéu, sete lanças com um pássaro na
haste, como o objeto carregado pelo orixá.
Evolução: as “porta-bandeiras” dançarão com Ossain, orixá que foi
enredo da Unidos de Padre Miguel. A primeira camada da saia das
componentes femininas será de velcro e, durante a coreografia, os
componentes que farão Ossain tirarão esta parte, fazendo com que apareça a
saia de baixo, que será em dégradé de verde, finalizando em marrom, como foi
a saia da segunda porta-bandeira, que substituiu a primeira após sua queda.
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Alegoria 3 (com encenação): O dia em que a geleira pegou fogo
Significado: em 1992, um grande incêndio atingiu um dos carros
alegóricos da Viradouro e o consumiu totalmente. O carro da Rússia era o
preferido do carnavalesco, Max Lopes, que fazia um enredo sobre ciganos.
Descrição da alegoria: o carro será todo em branco, como se coberto
de neve. A escultura principal será de um castelo russo no topo de uma
montanha coberta de neve. Em volta deste castelo estarão esculturas de
cachorros da raça Husky Siberiano, assim como na parte frontal da alegoria.
Estes, no entanto, não serão fixos à estrutura, mas apenas encaixados.
Pedaços de tecido dourado darão o efeito de fogo, que será simulado também
com ventiladores escondidos no interior do carro, que farão os tecidos se
movimentarem, e luz laranja, que intensificará a impressão de chama.
No alto das cúpulas do castelo estarão as composições femininas, que
terão como vestimenta biquíni branco, sendo com o top com pedraria e, fixado
a ele, um capuz com imitação de pele, que ficará todo o tempo sobre a cabeça
das componentes. Nas costas, um esplendor em boá branco. Para completar a
composição da alegoria, alguns componentes vestidos de bombeiros e com
extintores nas mãos estarão na parte inferior do carro.
Evolução: a alegoria entrará na Avenida toda em branco e em
momentos determinados do desfile os ventiladores serão acionados, as luzes
laranja acesas e máquinas de fumaça acionadas, fazendo com que apareça o
efeito do fogo. Neste momento, alguns componentes vestidos de bombeiros
descerão do carro e tirarão os cachorros da parte frontal, como uma alusão à
única parte que ficou inteira depois que a alegoria foi consumida pelas chamas,
enquanto outros encenarão a tentativa de apagar as chamas com os extintores,
que terão o efeito de fumaça branca, semelhante à espuma que sai do
equipamento. Depois que o “fogo” for cessado, os cachorros serão recolocados
no lugar de origem e os componentes voltarão a subir no carro.
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SETOR 4 – Espetáculos apoteóticos
Significado: nem somente de desfiles vive a Avenida Marquês de
Sapucaí. Diversos eventos fazem parte da história do Sambódromo, que já
abrigou desde shows de Rock N’ Roll até uma apresentação de ópera. Este
setor tem como objetivo mostrar a primeira vez que alguns destes eventos
aconteceram.
Ala 14: Sapucaí clássica
Significado: diversos artistas cantaram no show de inauguração da
Sapucaí, realizado na Praça da Apoteose. Dentre as apresentações, a
Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro, que foi a primeira do estilo clássico a
compor o histórico de eventos de entretenimento no local.
Fantasia: a vestimenta será de gala, com fraque e sapato pretos,
camisa branca sob o fraque e gravata rosa. O costeiro será formado por
instrumentos de música clássica, como violino, violoncelo, sax e tuba. Nas
mãos, os componentes levarão uma batuta. Não será parte desta fantasia o
acessório de cabeça.
Ala 15 (compositores): Hollywood Rock
Significado: o primeiro grande festival de Rock na Praça da Apoteose foi
o Hollywood Rock, em 1988. Diversos artistas do gênero, nacionais e
internacionais, se apresentaram no evento.
Fantasia: vestimenta toda em preto, com calça de “boca” larga
cravejada em pedraria da panturrilha até a extremidade inferior, malha cor da
pele e um colete de couro com bottons. Na cabeça, um trabalho em perucaria
em tom escuro com o corte Chamirro. Os compositores levarão réplicas de
guitarras.
Ala 16 (Passistas): Apoteose do funk
Significado: em 2013 o Sambódromo recebeu o Rio Parada Funk, um
evento exclusivamente do gênero musical, que voltou a se repetir no ano de
2014.
Fantasia: as mulheres estarão com shorts curtos coloridos com os
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bolsos em pedraria e top em pedraria. Os homens vestirão bermudas e blusas
compridas em tecido brilhoso, chapéu de aba reta e um cordão dourado com o
pingente de $. Para completar a vestimenta, tanto homens quanto mulheres
usarão um esplendor em plumas douradas.
Destaque de chão masculino: Chegada do Papai Noel
Significado: o Papai Noel já escolheu a Apoteose para sua chegada
triunfal ao Rio de Janeiro, no ano de 2005.
Fantasia: bermuda justa vermelha com brilho e blusa de manga
comprida em tecido floral brilhoso com a ponta da manga e a barra com
aplicação de boá branco. A sacola do Papai Noel será fixada no costeiro da
fantasia, que terá na parte superior, penas de faisão brancas.
Ala 17 (Crianças): Ajudantes do Papai Noel
Significado: a ala das crianças representará os duendes, ajudantes do
Papai Noel.
Fantasia: as crianças vestirão calça marrom justa com um blusão de
manga comprida verde em tecido arejado. Na cintura, um cinto todo marrom
com fivelão quadrado e, nos pés, sapatos de tecido com o bico pontudo
enrolado para cima. A cabeça da fantasia será um gorro pontudo, em formato
de cone, que cobrirá também as orelhas dos componentes, com a aplicação de
uma orelha pontuda feita em EVA.
Ala 18: O samba lava a alma
Significado: além dos desfiles das escolas de samba, um evento que
acontece na Sapucaí anualmente e é bastante comentado pelo público é a
lavagem do Sambódromo, realizada uma semana antes dos desfiles, no último
dia de ensaios técnicos.
Fantasia (diferente para homens e mulheres): a fantasia feminina
será composta por um vestido branco longo, com quatro saias em tule e a saia
de cima em renda, com sapato branco. Na cabeça, as mulheres usarão um
turbante branco. Já a vestimenta masculina será calça e blusão brancos com
gorro branco. Nas mãos, ambos usarão acessórios que imitam galhos de
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arruda e, no costeiro, eles levarão uma escultura de São Sebastião.
Alegoria 4: Turandot
Significado: em 1993, a Praça da Apoteose recebeu pela primeira e
única vez, uma apresentação de ópera. A obra intitulada Turandot foi uma das
poucas de cunho clássico a acontecer no local.
Descrição da alegoria: o carro alegórico terá formato circular e
representará os três atos da ópera, cada um em um “palco”. Na frente de cada
“encenação” será colocada uma cortina vermelha aberta. Para facilitar a
visualização das encenações para o público e os jurados, a alegoria será
giratória.
No espaço que representará o primeiro ato haverá diversas lanças com
cabeças decapitadas a sua volta. No centro, um componente fantasiado de
príncipe da pérsia está ajoelhado e com a cabeça apoiada em uma grande
pedra. Ao seu lado, outro componente fantasiado de carrasco levará em suas
mãos um machado, com o qual encenará a decapitação do príncipe. Farão
parte deste ato também, componentes com grandes túnicas em tecido
estampado em tons escuros representando a população e aquele que
representará o arauto do governo imperial, que terá como vestimenta uma
túnica de mangas compridas em verde bandeira e um chapéu chinês, com aba
larga e ponta afinada.
O segundo terço da alegoria tem como cenário a parte frontal de um
palácio imperial chinês, em tom dourado. Em um queijo colocado acima da
torre do palácio estará o componente que representará o imperador, vestido
com uma túnica negra, chapéu chinês e barba e bigode grandes e lisos, feitos
de cabelo artificial. Ao centro, um casal fará o papel do príncipe desconhecido
e da princesa Turandot, que contracenará um diálogo. Ele, com calça preta e
blusão de manga comprida azul com estampa em tons escuros. Ela, com uma
túnica chinesa off-white e os cabelos em perucaria formando uma longa trança
negra. Na lateral da cena, três sacerdotes chineses vestirão túnicas nas cores
verde, amarelo e vermelho, respectivamente, e levarão em suas mãos, rolos de
papiros abertos.
O terceiro e último ato, encenado no maior espaço da alegoria, uma
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meia lua que corresponderá a quase metade de toda a circunferência do carro,
terá de fundo uma lona que representará o céu durante a noite. Nas laterais,
dois grandes coretos chineses interligados ao círculo central do espaço por
duas escadarias. No alto de cada coreto haverá uma encenação. No primeiro,
um carrasco, como o da primeira encenação, estará torturando uma escrava,
vestida com roupas chinesas da época do império. No segundo coreto, a
princesa Turandot e o príncipe desconhecido terão uma coreografia que
representa a luta da princesa contra seu amor pelo príncipe. Na parte inferior,
no círculo central, componentes vestidos com túnicas carregarão lanternas
chinesas acesas. Para compor a cena, pessoas que farão o papel da
população do reino.
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SETOR 5 – Avenida do entretenimento
Significado: eventos de diversas categorias e estilos já passaram pelos
33 anos do Sambódromo. Esportes, novela, cinema e até um casamento já foi
realizado no palco da diversidade cultural.
Ala 19: Sapucaí olímpica
Significado: em 2016, o Rio de Janeiro recebeu os Jogos Olímpicos e a
Passarela do Samba, um dos cartões postais cariocas, não poderia ficar de
fora das competições. O tiro com arco foi um dos esportes escolhidos para
serem disputados no Sambódromo.
Fantasia: a vestimenta será composta por bermuda e camisa de manga
curta verde e sapatos pretos. Nas mãos, os componentes levarão arcos e
flechas imitando os utilizados pelos atletas nos jogos. O costeiro será composto
pelos cinco arcos, símbolo dos jogos, e terá em sua extremidade inferior,
plumas nas cores dos arcos.
Ala 20 (ala coreografada dividida entre homens e mulheres):
Casamento na Avenida
Significado: em 2009, o intérprete Neguinho da Beija-Flor oficializou seu
casamento momentos antes do desfile da agremiação a qual faz parte. Esta foi
a primeira vez em que a Sapucaí testemunhou um casamento.
Fantasia: a fantasia feminina retratará um vestido de noiva branco e as
componentes terão em suas mãos um buquê de flores brancas. Nas costas,
um esplendor em formato de flor. Na cabeça elas terão um véu branco. A
fantasia masculina será composta por calça e um blusão brancos e, no
esplendor, um beija-flor. Os homens não terão acessórios de cabeça. Em
determinado momento da coreografia da ala, o beija-flor do esplendor
masculino encontrará a flor presente no esplendor feminino.
Ala 21: Sambando com a educação
Significado: a Sapucaí abriga, durante todo o ano, uma escola pública.
Fantasia: a fantasia será composta por bermuda azul e camisa branca,
parecida com a do uniforme das escolas estaduais. Nos pés, sapatos imitarão
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tênis escolares e na cabeça, os componentes terão bonés. O costeiro será em
formato de uma mochila, da qual sairão esculturas representando materiais
escolares, como lápis, régua e caderno.
Ala 22: Guardiões do futuro
Significado: a primeira escola de mestres-salas e porta-bandeiras foi
fundada no Sambódromo e funciona até os dias atuais.
Fantasia: alunos da escola virão representando mestres-salas e porta-
bandeiras de diversas agremiações cariocas. As meninas usarão vestidos
brilhosos com saias em “A” na cor prata e carregaram pavilhões das
agremiações as quais homenageiam. Os meninos usarão calça e blusa
também na cor prata. Eles farão o cortejo às porta-bandeiras, que também
bailarão.
Ala 23: Vale a pena ver o Carnaval de novo
Significado: o Carnaval já fez parte de muitas novelas e em algumas
delas as cenas de desfile foram gravadas durante as apresentações reais das
escolas de samba. As primeiras imagens gravadas durante os desfiles da
Sapucaí e exibidas em uma telenovela teriam sido as da apresentação da
União da Ilha do Governador, em 1995, e o drama escolhido foi “Quatro por
Quatro”.
Fantasia: a vestimenta será composta por uma bermuda azul brilhosa e
uma camisa vermelha com uma televisão em acetato na frente. Na TV será
colocada uma imagem da personagem Babalu no desfile de 1995. O costeiro
será composto por quatro silhuetas de mulheres nas cores azul, verde, rosa e
lilás, cores da logo da novela, envoltas por plumas brancas. Na cabeça, uma
meia televisão colocada na diagonal com a imagem da personagem Norma
Sueli, também durante o desfile, tendo, ao fundo, um leque de plumas nas
cores azul, vermelho e branco.
Ala 24: O cinema invade a Sapucaí
Significado: o filme “Orfeu”, baseado em uma peça do poeta Vinícius de
Moraes e inspirado na história da personagem da mitologia grega, é uma
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adaptação que acontece no Rio de Janeiro, na época do Carnaval. Tendo o
roteiro utilizado pelo carnavalesco Joãozinho Trinta como inspiração para o
desfile da Viradouro de 1998, a película teve cenas gravadas durante o desfile
da agremiação na Sapucaí.
Fantasia: roupa de malandro, com calça social branca e blusa brilhosa
com listras horizontais em vermelho e branco. O componente levará um pano
da costa, fixado ao costeiro, que será composto, em uma metade, por uma lira,
com sua armação feita por linhas de partitura com notas musicais, e na outra
metade, por um violão. Na cabeça, o tradicional chapéu de malandro e, nos
pés, sapatos brancos.
Alegoria 5: As mulheres invadem a Liese
Significado: primeira escola de samba de enredo composta apenas por
mulheres, a Esposas Revoltadas será representada nesta alegoria.
Descrição da alegoria: a parte central do carro alegórico terá a
escultura de um grande surdo que terá estampada em sua pele o brasão da
Esposas Revoltadas. Em cima deste surdo estará o segundo casal de mestre-
sala e porta-bandeira. Ela, vestida com corpete preto em pedraria e saia em
penas de faisão tingidas de rosa com quatro leques de penas longas e negras
de faisão. O mestre-sala estará com a vestimenta negra em pedraria com
costeiro de plumas rosa. Nas mãos, o rolo de massas rosa, símbolo da escola.
O casal evoluirá durante todo o desfile sobre o surdo, que terá diâmetro
suficiente para permitir o desenvolvimento da coreografia.
Ao redor do surdo serão colocas esculturas fibradas giratórias de outros
instrumentos de bateria de forma circular, como caixa, repique, repinique e
tamborim. As peles destes instrumentos serão estampadas com listras em
preto e rosa, cores da Esposas Revoltadas. Sobre os instrumentos estarão
porta-estandartes de todas as agremiações coirmãs, tanto do grupo de acesso
quanto do especial. Ao fundo da alegoria será colocado um grande telão em
Led com imagens do arco da Apoteose sendo montado e desmontado e o
pavilhão do GRESE Esposas Revoltadas sendo hasteado.
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