ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS Cap Eng SAULO …
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ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS
Cap Eng SAULO DOS SANTOS MARQUES
A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA
MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS
ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES
OFENSIVAS
Rio de Janeiro
2018
Ficha catalograacutefica elaborada pelo
Bibliotecaacuterio Maacutercio Finamor CRB76699
M357e
2018 Marques Saulo dos Santos A doutrina da engenharia de combate da brigada de
cavalaria mecanizada uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do
apoio prestado aos elementos empregados em primeiro
escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas Saulo dos Santos
Marques ndash 2018
166 f il
Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncia Militares) ndash Escola
de Aperfeiccediloamento de Oficiais Rio de Janeiro 2018
1 Brigada de Cavalaria Mecanizada 2 Companhia de
Engenharia de Combate Mecanizada 3 Projeto
Estruturante Novo Sistema de Engenharia I Escola de
Aperfeiccediloamento de Oficiais II Tiacutetulo
CDD3571
ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS
Cap Eng SAULO DOS SANTOS MARQUES
A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA
MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS
ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES
OFENSIVAS
Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Ciecircncias Militares
Orientador Cel Eng Andreacute Cezar Siqueira
Rio de Janeiro
2018
A Deus por ter-me abenccediloado com mais este trabalho assim como tem feito com minha vida
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador pela paciecircncia e dedicaccedilatildeo em mostrar-me o correto
caminho
Aos instrutores do CAO 2018 pela colaboraccedilatildeo na transmissatildeo de tatildeo
importantes conhecimentos para o capitatildeo da Arma de Engenharia
Aos companheiros do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados - General Walter
Pires pelo inestimaacutevel exemplo do espiacuterito de camaradagem dedicaccedilatildeo e
excelecircncia do ensino cujos pilares me guiaratildeo por toda a minha vida profissional
Agrave minha famiacutelia a qual sou eternamente grato pelas oraccedilotildees a Deus e pelo
oportuno apoio e carinho os quais foram cruciais para a transposiccedilatildeo dos
obstaacuteculos mais difiacuteceis que se apresentaram no presente ano
RESUMO
A capacidade de uma tropa estaacute baseada nos fatores doutrina organizaccedilatildeo adestramento material emprego pessoal e instruccedilatildeo Para o sistema de engenharia destaca-se ainda mais a importacircncia do conjunto formado pelo material pessoal e organizaccedilatildeo O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia visa reestruturar esse sistema que tem influecircncia significativa na capacidade da engenharia cumprir suas missotildees como arma de apoio Alinhado com esse objetivo este trabalho analisou a estrutura das Brigadas de Cavalaria Mecanizada que satildeo compostas por Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindada os quais receberam respectivamente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedias de Rodas Guarani e as Viaturas de Combate Carro de Combate Leopard 1 e M60 A3-TTS Embora os projetos Guarani e Leopard tenham influenciado na melhoria dos materiais utilizados pelos regimentos a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo teve a adequaccedilatildeo dos seus fatores base Entatildeo surgiu a necessidade de por meio da anaacutelise dos fatores emprego e materiais sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo desse apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo da brigada a partir da anaacutelise do apoio a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
ABSTRACT
The capacity of a troop is based on factors doctrine organization training material employment personnel and instruction For the engineering system the importance of the set formed by the material personnel and organization stands out even more The Strategic New Engineering System Project aims to restructure this system which has a significant influence on the ability of engineering to fulfill its missions as a support weapon Aligned with this objective this work analyzed the structure of the Mechanized Cavalry Brigades which are composed of Mechanized Cavalry Regiments and Armored Cavalry Regiments which received respectively the Armored Personnel Carrier Vehicle - Medium Wheeled Type and the Main Battle Tank Leopard 1 and M60 A3-TTS Although the Guarani and Leopard projects influenced the improvement of the materials used by the regiments the Mechanized Combat Engineering Company did not have the adequacy of its base factors Then the need arose through the analysis of the factors of employment and materials to suggest a proposal for adequacy of this support provided to the elements employed in the first step of the brigade based on the analysis of the support for Deliberate Attack
Keywords Mechanized Cavalry Brigades Mechanized Combat Engineering Company Structurant New Engineering System Project Deliberate Attack
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 PROBLEMA 12
12 OBJETIVOS 13
13 QUESTOtildeES DE ESTUDO 14
14 JUSTIFICATIVA 15
2 METODOLOGIA 16
21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO 16
211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis 17
212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 18
213 Alcances e limiteshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 19
22 AMOSTRAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 20
23 DELINEAMENTO DA PESQUISAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21
231 Procedimentos para revisatildeo de literatura 21
2311 Fontes de busca 22
2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados 22
2313 Criteacuterios de inclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22
2314 Criteacuterios de exclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22
232 Procedimentos Metodoloacutegicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23
233 Procedimentos Experimental helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23
234 Instrumentos 23
2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios 24
2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani hellip 24
2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 24
2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)helliphelliphelliphelliphelliphellip
25
2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham
realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip
25
2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25
235 Anaacutelise dos Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26
2351 Tabulaccedilatildeo dos dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 27
31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 28
311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito 28
312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo 29
313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra 29
314 Modularidade 30
315 Projeto Guarani 31
32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 33
321 Regimento de Cavalaria Mecanizado 35
322 Regimento de Cavalaria Blindada 36
33 COMPANHIA DE COMBATE MECANIZADA 38
331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio 40
332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto 40
333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado 43
34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE 45
341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha 46
342 Viatura Blindada Especial de Engenharia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 49
343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha 50
344 Outros sistemas e implementos 55
35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM OUTROS PAIacuteSES
60
351 SBCT a brigada americana Stryker helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60
352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha helliphellip 63
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 71
41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS 71
411 Revisatildeo da literatura 72
412 Entrevistas 73
413 Coleta documental 73
42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO 74
421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo 74
422 Adequabilidade do material 78
43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 79
431 Organizaccedilatildeo adequada 80
432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos 82
433 Caracteriacutesticas dos meios 91
434 Quantidade de VBE por BE Cmb 96
5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES 99
REFEREcircNCIAS 103
APEcircNDICE A - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA 109
APEcircNDICE B - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA 120
APEcircNDICE C - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 131
APEcircNDICE D - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 143
APEcircNDICE E - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 150
ANEXO A ndash NCD NR 022016 151
ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NCD NR 022016 160
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
Os novos manuais doutrinaacuterios publicados a partir do ano de 2014
reformularam as bases da doutrina do Exeacutercito Atraveacutes deles a Doutrina Militar
Terrestre (DMT) ratificou alguns conceitos jaacute existentes mas trouxe novos que devem
ser entendidos e incorporados agraves capacidades da forccedila a fim de acompanhar a
evoluccedilatildeo do combate mundial
O conhecimento de conceitos como Operaccedilatildeo de Amplo Espectro (atuaccedilatildeo
simultacircnea ou sucessiva em Operaccedilotildees Ofensivas Defensivas de Pacificaccedilatildeo e de
Apoio a Oacutergatildeos Governamentais) permite entender quais satildeo as capacidades que
devem ser almejadas pelas Brigadas Mecanizadas (Bda Mec) consideradas Grandes
Unidades (GU) vocacionadas para essa Operaccedilatildeo Destas GU destacam-se as de
Cavalaria Mecanizada que segundo o Manual de DMT tem a aptidatildeo agraves missotildees de
Reconhecimento Vigilacircncia e Seguranccedila
As Brigadas de Cavalaria Mecanizada apresentam limitaccedilotildees como a
vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de minas e
obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos arenosos
pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees
meteoroloacutegicas adversas e com grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria
conforme discriminado pelo manual C 2-30 - Brigada de Cavalaria Mecanizada
(BRASIL 2000 p 1-4)
Tais limitaccedilotildees afetam principalmente a mobilidade da Bda em Operaccedilotildees
Ofensivas na qual os RC Mec (Brasil 2000 p 1-14) estatildeo mais capacitados a
executar as operaccedilotildees altamente moacuteveis as manobras de flanco o aproveitamento
do ecircxito e a perseguiccedilatildeo Por sua vez o RCB que por suas caracteriacutesticas eacute o
elemento de manobra mais eficaz para conduzir as operaccedilotildees ofensivas e defensivas
continuadas da Bda apresenta uma seacuterie de restriccedilotildees na sua capacidade de
manobra diminuindo sua eficaacutecia e eficiecircncia no emprego do fogo do combate
aproximado e da accedilatildeo de choque
Para reduzir as limitaccedilotildees das Brigadas de Cavalaria Mecanizada na mobilidade
contramobilidade e proteccedilatildeo as Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada
(Cia E Cmb Mec) empregam os Pelototildees de Engenharia de Combate Mecanizado
(Pel E Cmb Mec) conforme Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de
maio de 2016 As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (documento de
11
caraacuteter experimental portanto natildeo definitivo) a fim de atender agraves necessidades
miacutenimas dos Regimentos de Cavalaria Mecanizado (RC Mec) e Regimento de
Cavalaria Blindado (RCB)
As atribuiccedilotildees que a Engenharia tem para com seus elementos apoiados se
apresentam da seguinte forma
A Engenharia tem como missatildeo principal apoiar com as vertentes do
combate e construccedilatildeo os elementos de emprego da F Ter nas operaccedilotildees
desencadeadas no amplo espectro dos conflitos Participa das Funccedilotildees de
Combate Movimento e Manobra proporcionando mobilidade agraves armas-base
e contra-mobilidade ao inimigo Proteccedilatildeo aos oacutergatildeos e estruturas de
combate Logiacutestica em diversas atividades dentre outras (BRASIL 2014 p
6-3)
Nesta uacuteltima deacutecada concomitantemente com a atualizaccedilatildeo doutrinaacuteria novos
Materiais de Emprego Militar (MEM) foram distribuiacutedos em diversas OM do Brasil
frutos de Projetos Estrateacutegicos do Exeacutercito (PEE) alterando suas capacidades e
limitaccedilotildees Dentre eles destaca-se para as tropas de natureza blindada o Projeto
Leopard o qual levou agrave troca dos Carros de Combate (CC) M41 pelas Viatura Blindada
de Combate Carro de Combate Leopard 1 A5 BR (VBCCC Leopard 1 A5 BR) desde
2009
Para as tropas mecanizadas o principal impacto foi causado pelo Projeto
Guarani o qual jaacute modernizou a frota de algumas Organizaccedilotildees Militares (OM) com
esta Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas (VBTP-MR) a qual
estaacute em fase de produccedilatildeo e entrega Concomitantemente com a produccedilatildeo dessas
viaturas estatildeo sendo desenvolvidos protoacutetipos e adquiridos materiais para o
desenvolvimento dos demais componentes da Nova Famiacutelia de Blindados Sobre
Rodas Guarani (NFBSR)
O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que
os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo
doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos
Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado
empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi) (BRASIL 2014 p 7-2)
12
O objetivo geral do presente estudo eacute partindo do estudo das Capacidades da
Cia E Cmb Mec analisar no acircmbito da mobilidade as necessidades miacutenimas e
imediatas dos elementos a serem empregados em primeiro escalatildeo Baseado nessa
anaacutelise busca-se apresentar uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Cia
E Cmb Mec no Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi)
11 PROBLEMA
Em manual datado de 1989 C 5-10 - Apoio de Engenharia no Escalatildeo Brigada
e reeditado em 2000 consta a missatildeo organizaccedilatildeo atribuiccedilotildees equipamentos e
forma de emprego do pelotatildeo de engenharia de combate O manual C 5-1 - Emprego
da Engenharia datado de 1999 em sua 3ordf ediccedilatildeo caracteriza o Pel E Cmb como o
elemento responsaacutevel por prestar apoio aos elementos em primeiro escalatildeo da Bda C
Mec
A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 (NCD Nr 0216) trouxe a
atualizaccedilatildeo de alguns conceitos modificando inclusive o escalatildeo de apoio de
engenharia agraves Brigadas Blindadas e de Infantaria Mecanizada (Bda Inf Mec)
passando do valor subunidade (Companhia) para unidade (Batalhatildeo)
Nesta mesma NCD poreacutem foi mantido o estabelecido nos dois manuais citados
acima ratificando que uma Cia E Cmb Mec constituiacuteda por 3 Pel E Cmb Mec eacute o
elemento de apoio aos Regimentos da Bda
O Comandante da Cia E Cmb Mec denominado engenheiro da brigada ao
empregar pelototildees em reforccedilo restringe sua capacidade de realizar um apoio
suplementar a esses pelototildees e de realizar trabalhos em prol da proacutepria companhia
dos demais elementos da brigada e do apoio ao conjunto (mais de um elemento)
Aleacutem disso por sua limitaccedilatildeo em meios na realizaccedilatildeo de trabalhos o Pel E Cmb
na maioria de suas missotildees eacute reforccedilado por equipagens e equipamentos pelo Pelotatildeo
de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Esses poreacutem natildeo
possuem materiais adequados reforccedilar os pelototildees de engenharia de combate
Face ao exposto formulou-se o seguinte problema Em que medida a
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada tem capacidade de atender agraves
necessidades miacutenimas dos elementos empregados em primeiro escalatildeo de uma Bda
C Mec no Aproveitamento do Ecircxito no que tange agrave mobilidade
13
12 OBJETIVOS
O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que
os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo
doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos
Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado
empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Com o intuito de conduzir o estudo para uma soluccedilatildeo foram elencados os
seguintes objetivos especiacuteficos
a Apresentar os conceitos novos ou natildeo que sejam relevantes para a
exploraccedilatildeo do assunto
b Descrever a forma de emprego de uma Bda C Mec em Operaccedilotildees de
Aproveitamento do Ecircxito
c Descrever a organizaccedilatildeo e as caracteriacutesticas dos elementos empregados em
primeiro escalatildeo por uma Bda C Mec
d Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e forma de emprego em Operaccedilotildees
Ofensivas de uma Cia E Cmb Mec
e Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de
um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap)
f Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de
um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass)
g Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas missatildeo possibilidades e limitaccedilotildees
do Pel E Cmb Mec
h Analisar a capacidade do Pel E Cmb Mec em atender agraves necessidades
miacutenimas dos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada em
Operaccedilotildees Ofensivas
i Apresentar viaturas especiais de engenharia disponiacuteveis no mercado
mundial
j Analisar o emprego de uma engenharia de Bda do exeacutercito alematildeo e
estadunidense semelhante agrave Bda C Mec concluindo sobre a adequabilidade
do emprego realizado pelo exeacutercito brasileiro
14
k Apresentar uma proposta de apoio de engenharia capaz de atender agraves
necessidades miacutenimas de regimentos orgacircnicos de uma Bda C Mec
13 QUESTOtildeES DE ESTUDO
Atraveacutes da anaacutelise da capacidade de apoio de um Pel E Cmb orgacircnico de uma
Cia E Cmb Mec frente agraves necessidades de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada agrave
luz dos novos manuais doutrinaacuterios projetos estrateacutegicos e dos meios de dotaccedilatildeo (ou
em aquisiccedilatildeo pelo Exeacutercito) seraacute analisada a adequabilidade desse apoio Para isso
foram relacionadas algumas questotildees de estudo listadas abaixo a fim de guiar o
trabalho ao objetivo proposto
a) quais os conceitos associados ao emprego e ao material satildeo necessaacuterios para
desenvolvimento de uma proposta adequada de organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec
b) como a Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute empregada em uma Operaccedilatildeo de
Aproveitamento do Ecircxito
c) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela
Brigada de Cavalaria Mecanizada
d) como a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada das Brigadas de
Cavalaria Mecanizadas satildeo empregadas em Operaccedilotildees Ofensivas
e) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada
f) quais os meios que disponiacuteveis atualmente para o Pelotatildeo de Engenharia de
Combate Mecanizado apoiar os Regimentos empregados em primeiro escalatildeo no
Aproveitamento do Ecircxito
g) quais os materiais disponiacuteveis no mundo necessaacuterios para atribuir capacidade
de junto aos Regimentos em um Aproveitamento do Ecircxito
h) como eacute prestado o apoio de engenharia em outros paiacuteses a tropas que
possuam organizaccedilatildeo semelhante agrave da Brigada de Cavalaria Mecanizada
i) qual a sugestatildeo de emprego da engenharia de brigada para que seja realizado
um apoio adequado que atenda agraves necessidades miacutenimas dos regimentos orgacircnicos
da Bda C Mec
14 JUSTIFICATIVAS
15
Este trabalho justifica-se pela necessidade de ser avaliada a manutenccedilatildeo ou natildeo
da capacidade da Cia E Cmb Mec frente agraves mudanccedila relacionadas agraves caracteriacutesticas
apresentadas pelos novos cenaacuterios mundiais e pela evoluccedilatildeo do material utilizado
pelo Exeacutercito Brasileiro advindo dos Projetos Leopard e Guarani a fim de
acompanhar o Processo de Transformaccedilatildeo do Exeacutercito Brasileiro que estaacute em
desenvolvimento atualmente
Tal justificativa encontra-se alinhada com os objetivos do Projeto Estruturante
Novo Sistema de Engenharia (PENSE) concebido pelo EME em 2014 o qual teve a
Diretriz de Implantaccedilatildeo aprovada pela Portaria Nordm 031-EME de 26 de fevereiro de
2018
O objetivo decisivo do programa estaacute centrado nos pilares de sustentaccedilatildeo da
capacidade operacional da Engenharia quais sejam a obtenccedilatildeo do Material de
Engenharia adequado e suficiente o desenvolvimento e a atualizaccedilatildeo da doutrina e a
capacitaccedilatildeo de pessoal
A inovaccedilatildeo dos MEM bem como a transformaccedilatildeo doutrinaacuteria demandam
anaacutelises retificaccedilatildeo e ratificaccedilatildeo de conceitos quebra de paradigmas e uma busca
pelo reequiliacutebrio entre as capacidades e necessidades geradas
Com o intuito de corroborar com a evoluccedilatildeo do Sistema Engenharia tendo em
vista a modernizaccedilatildeo doutrinaacuteria e dos novos MEM este trabalho buscaraacute analisar
as Capacidades Operativas desejaacuteveis a fim de propor uma adequaccedilatildeo de apoio de
engenharia na mobilidade dos RC Mec e RCB orgacircnicos de uma Bda C Mec no
Aproveitamento do Ecircxito
Com essa adequaccedilatildeo busca-se dar efetividade agrave doutrina atinente agrave
Engenharia da Brigada tornando-a atual e compatiacutevel com as necessidades dos
elementos apoiados principalmente exequiacutevel e efetiva
16
2 METODOLOGIA
Nesta seccedilatildeo estaacute detalhada a forma que a pesquisa foi dirigida a fim de
atender aos objetivos especiacuteficos os quais visaram desenvolver uma soluccedilatildeo
adequada ao objetivo geral atraveacutes do desenvolvimento de respostas agraves questotildees
de estudo levantadas
Por meio do estudo das possibilidades e limitaccedilotildees da Companhia de
Engenharia de Combate Mecanizada buscou-se apresentar uma anaacutelise da
capacidade de atender agraves necessidades dos elementos empregados em primeiro
escalatildeo pelas Bda C Mec e sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo de sua forma de
emprego e do material necessaacuterio
Para atingir esses objetivos a metodologia foi dividida em objeto formal de
estudo amostra e delineamento de pesquisa
21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO
O presente trabalho eacute classificado quanto agrave sua forma de abordagem
qualitativa e ao seu objetivo geral como exploratoacuteria e descritiva A sua finalidade eacute
desenvolver uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Companhia de
Engenharia de Combate aos Regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada
em Operaccedilotildees Ofensivas por meio do estudo especiacutefico das capacidades
operativas da Cia E Cmb Mec em operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito face agrave
evoluccedilatildeo doutrinaacuteria presente na publicaccedilatildeo dos novos manuais doutrinaacuterios
publicados a partir de 2014 e dos MEM frutos dos Projetos Estrateacutegicos Leopard e
Guarani
Para atingir esse objetivo seraacute descrita a doutrina em vigor relacionada agrave Bda
C Mec e agrave Cia E Cmb que a apoia e analisados os reflexos da transformaccedilatildeo
doutrinaacuteria ocorrida nos uacuteltimos anos (de 2014 a 2017) e da aquisiccedilatildeo de novos
MEM
Com base na anaacutelise das capacidades e limitaccedilotildees seraacute proposta uma soluccedilatildeo
de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia que atribua capacidade de emprego de
acordo com a doutrina baseado na bibliografia vigente e atualizado com base no
emprego de exeacutercitos de outros paiacuteses e no material disponiacutevel no mundo
atualmente
17
Para a pesquisa a variaacutevel ldquoCapacidades Operativas da Companhia de
Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do Ecircxitordquo que analisou
as capacidades em material e de acordo com a organizaccedilatildeo atuais da Companhia
no apoio agrave mobilidade no aproveitamento do ecircxito foi considerada a variaacutevel
independente
Atraveacutes desta procurou-se estudar modificaccedilotildees que influenciassem
significativamente sobre a dependente ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de
uma Brigada de Cavalaria Mecanizadardquo a fim de adequar o apoio prestado aos
regimentos durante a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito pela engenharia da
brigada
A relaccedilatildeo entre a variaacutevel dependente e independente eacute alterada pelo fator
ldquoNecessidades Miacutenimas dos Regimentosrdquo que satildeo as necessidades de trabalhos
de engenharia aos regimentos existentes apoacutes a modernizaccedilatildeo do material e
doutrina nacionais no que tange agrave Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis
ldquoCapacidades Operativas da Companhia de Engenharia de Combate no
Aproveitamento do Ecircxitordquo variaacutevel independente pode ser definida como a
anaacutelise agraves capacidades atuais da Cia E Cmb Mec para emprego do Pel E Cmb em
uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito em apoio ao Rgt de uma Bda C Mec
Para isso foi analisado por meio dos questionaacuterios ldquoArdquo e ldquoBrdquo a adequabilidade
da organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec para apoio aos regimentos de uma Brigada de
Cavalaria Mecanizada e do material disponiacutevel para apoiaacute-los na mobilidade em uma
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
A variaacutevel ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de uma Brigada de
Cavalria Mecanizadardquo pode ser definida como a sugestatildeo doutrinaacuteria para atender
agrave luz dos novos conceitos e fundamentos e materiais as necessidades dos
Regimentos
Por meio das respostas dos questionaacuterio ldquoArdquo ldquoBrdquo ldquoCrdquo e ldquoDrdquo chegou-se a uma
organizaccedilatildeo adequada e atual quando comparada com outros exeacutercitos permitindo
a melhoria do emprego da engenharia no emprego junto aos regimentos de uma
Brigada de Cavalaria Mecanizada
18
Os referidos questionaacuterios tambeacutem permitiram a anaacutelise das caracteriacutesitcas dos
meios e a quantidade de viaturas necessaacuterias para o apoio de engenharia da
brigada na abertura de passagem em obstaacuteculos durante uma Operaccedilatildeo de
Aproveitamento do Ecircxito
Para a variaacutevel interveniente foi considerada as Necessidades Miacutenimas dos
Regimentos no que se refere a apoio de engenharia as quais foram apresentadas
na revisatildeo de literatura reforccedilada pelas respostas presentes nos citados
questionaacuterios cujas respostas foram analisadas individualmente
Esta anaacutelise porcurou confirmar ou refutadar os comentaacuterios presentes nos
questionaacuterios de acordo com as informaccedilotildees encontradas na proacutepria bibliografia
estudada e no Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual (TTAV) realizado no Centro
de Instruccedilatildeo de Blindados
212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis
Nos Quadros 1 e 2 estatildeo expostos a dimensatildeo os indicadores e a forma de
mediccedilatildeo das variaacuteveis independente e dependente a fim de permitir uma
visualizaccedilatildeo de como seratildeo abordados no presente estudo
VARIAacuteVEL
INDEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO
Capacidades
Operativas da Cia
E Cmb no Apvt
Ecircxi
Emprego no
apoio aos Rgt
da Bda C
Mec
Adequabilidade
da organizaccedilatildeo
Questotildees Nr 1 e 2 (Apd A)
e Nr 1 e 2 (Apd B)
Material para
apoio agrave
mobilidade
Adequabilidade
do material
Questotildees Nr 3 (Apd A) e
Nr 3 (Apd B)
QUADRO 1 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Independente Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec no Apvt Ecircxi Fonte O autor
19
VARIAacuteVEL
DEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO
Apoio de
Engenharia aos
Rgt de uma Bda
C Mec
Emprego da
engenharia
Organizaccedilatildeo
adequada
Questotildees 6 e 7 (Apd A)
questotildees 6 e 7 (Apd B)
Comparaccedilatildeo com
outros exeacutercitos
Questatildeo 1 2 e 3 (Apd C) e
questatildeo 1 2 e 3 (Apd D)
Material para
abertura de
passagem em
obstaacuteculo
Caracteriacutesticas dos
meios
Questotildees 4 e 5 (Apd A)
questotildees 4 e 5 (Apd B)
questatildeo 4 e 5 (Apd C) e
questatildeo 4 e 5 (Apd D)
Quantidade de
viaturas Questatildeo 6 (Apd C)
QUADRO 2 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Dependente Apoio de Engenharia aos Rgt da Bda C Mec Fonte O autor
213 Alcances e Limites
Para a anaacutelise das operaccedilotildees ofensivas foram excluiacutedos os tipos de
Reconhecimento em Forccedila Perseguiccedilatildeo Ataque de Oportunidade e Marcha para o
Combate O objetivo do autor foi dar ecircnfase aos trabalhos de mobilidade com
emprego dos pelototildees de forma descentralizada Desta forma o pelotatildeo que
acompanha o regimento precisa conduzir todo o material necessaacuterio natildeo sendo
adequado solicitar apoio agrave companhia devido a sua distacircncia e necessidade de
acompanhamento da velocidade das operaccedilotildees
Nesse sentido foi escolhido o estudo da Operaccedilatildeo de Aproveitamento do
Ecircxito situaccedilatildeo que o Pelotatildeo encontra-se normalmente empregado na situaccedilatildeo de
comando reforccedilo
O sistema Engenharia constituiacutedo por material pessoal e doutrina visa
proporcionar aos elementos apoiados mobilidade contramobilidade proteccedilatildeo e
apoio geral Dentre estes foram abordados neste estudo o apoio agrave mobilidade
20
situaccedilatildeo onde a falta de meios especiais junto aos pelototildees eacute mais niacutetida deixando
de ser trabalhados contramobilidade proteccedilatildeo e apoio geral
Na mobilidade o estudo abarcou trabalhos de abertura de passagens em
obstaacuteculos transposiccedilatildeo de curso de aacutegua obstaacuteculo conservaccedilatildeo e reparaccedilatildeo de
vias e estradas e desorganizaccedilatildeo de posiccedilotildees organizadas do inimigo trabalhos os
quais podem ser realizados por viaturas blindadas especiais Excluiu-se portanto o
estudo da transposiccedilatildeo de curso de aacutegua de vulto ou grande vulto que exigem o
apoio de escalotildees superiores agrave brigada a navegaccedilatildeo e o reconhecimento
Como a Cia E Cmb Mec desdobra seus trabalhos normalmente em toda aacuterea
da Bda o estudo limitou-se aos realizados em prol dos elementos em primeiro
escalatildeo (os regimentos de cavalaria) excluindo o estudo dos trabalhos de apoio ao
conjunto e suplementar
Para tal os meios a serem analisados foram limitados aos de emprego
imediato pelos pelototildees ou seja que seja de dotaccedilatildeo ou passados em reforccedilo ao
pelotatildeo Um exemplo de meio incluiacutedo foi uma Ponte de Pequena Brecha (Pnt P
Bre) pois pode ser transportada por reboque ou por uma viatura blindada Em
contrapartida foi excluiacutedo o estudo do emprego de portada pesada tendo em vista
que a mesma natildeo tem emprego em transposiccedilatildeo imediata mas preparada
22 AMOSTRA
As pesquisas as quais foram enviadas por endereccedilo eletrocircnico atraveacutes de
consulta aos e-mails cadastrados no DGP buscaram abranger em caraacuteter
voluntaacuterio militares que tivessem conhecimentos ligados ao tema
Enquanto algumas pesquisas procuraram abranger militares que tiveram
experiecircncia no emprego do apoio de engenharia (como cliente ou como fornecedor)
outras pesquisas buscaram militares especializados no emprego de blindados e por
fim pesquisas que exploraram a experiecircncia de militares que realizaram curso de
comandante de subunidade no exterior confrontando o questionamento com os
conhecimentos e experiecircncias vividas nos Estados Unidos e na Alemanha
Os questionaacuterios elaborados embora tenha como universo apenas militares
com posto acima de capitatildees aperfeiccediloados natildeo procuraram levar em consideraccedilatildeo
a experiecircncia nos respectivos postos mas a experiecircncia dos mesmos na funccedilatildeo que
exercem ou exerciam ou nos conhecimentos adquiridos no exterior
21
Desta forma foi considerado irrelevante a descriccedilatildeo dos mesmos
considerando apenas as respostas por grupo os quais tiveram por objetivo
demonstrar os diferentes posicionamentos em relaccedilatildeo ao assunto em pauta
Com isso os referidos militares foram divididos em quatro grupos conforme
descrito abaixo
a comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada
de Cavalaria Mecanizada
b comandantes e ex-comandantes de Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada
c oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de
Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha
d oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que
tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados
Unidos ou na Alemanha
23 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O delineamento da pesquisa teve uma abordagem qualitativa em que o estudo
das relaccedilotildees entre variaacutevel dependente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec
no Aproveitamento do Ecircxito) e independente (Apoio de Engenharia aos Regimentos
de uma Bda C Mec) eacute indissociaacutevel e natildeo pode ser traduzida por nuacutemeros
(Rodrigues 2006 p 36)
O meacutetodo de abordagem utilizado foi o indutivo fundamentado na experiecircncia
e construiacutedo a partir da observaccedilatildeo de casos da realidade concreta (Rodrigues
2006 p 29) do emprego do Pel E Cmb Mec apresentados neste trabalho por meio
de situaccedilotildees particulares e anaacutelise de questionaacuterios e procedimento experimental
realizado pela Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
Para responder ao objetivo geral a pesquisa foi abordada de forma descritiva
contando com a experiecircncia do autor que descreveu a relaccedilatildeo entre as variaacuteveis e
contribuiu com a descriccedilatildeo doutrinaacuteria atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica
231 Procedimentos para revisatildeo de literatura
22
Com o objetivo de responder ao problema do trabalho foram realizados os
seguintes procedimentos metodoloacutegicos descritos abaixo
2311 Fontes de busca
Foram utilizados como fontes para descriccedilatildeo do conhecimento doutrinaacuterio que
influencia no emprego da Cia E Cmb Mec e para a construccedilatildeo da proposta do
trabalho manuais monografias dissertaccedilotildees e artigos cientiacuteficos (nacionais dos
Estados Unidos e da Alemanha) livros e Notas de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria (NCD)
2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados
Com a finalidade de estabelecer paracircmetros doutrinaacuterios foram selecionados
documentos que contribuam para o direcionamento e limitaccedilatildeo para uma proposta
mais adequada
Foram realizadas buscas por dados em siacutetios eletrocircnicos na internet como
Google sendo selecionadas dentre os resultados obtidos as paacuteginas oficiais de
instituiccedilotildees como instruccedilotildees trabalhos perioacutedicos e documentos nacionais e
estrangeiros e em estabelecimentos de ensino como Escola de Aperfeiccediloamento
de Oficiais e Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
2313 Criteacuterios de inclusatildeo
Foram selecionados documentos de caraacuteter qualitativo em portuguecircs inglecircs e
alematildeo que estivessem relacionados ao emprego de pelotatildeo de engenharia em
apoio a tropas dotadas de meios blindados e mecanizados nas Operaccedilotildees
Ofensivas
Tambeacutem foram incluiacutedos documentos relacionados aos materiais e programas
de aquisiccedilatildeo de materiais relacionados agraves tropas blindadas e mecanizadas
2314 Criteacuterios de exclusatildeo
23
Dos documentos selecionados foram excluiacutedos os manuais revogados os
documentos que natildeo abrangem tropa blindada ou mecanizada e os que natildeo estatildeo
relacionados com Operaccedilotildees Ofensivas
232 Procedimentos Metodoloacutegicos
Com o propoacutesito de coletar dados e opiniotildees sobre o assunto no que tange ao
emprego em pessoal e material do Pel E Cmb em Operaccedilotildees Ofensivas foram
enviados eletronicamente questionaacuterios aos grupos conforme criteacuterios
anteriormente elencados
Concomitantemente foi realizada a coleta de dados da bibliografia relacionada
e com os dados coletados por meio dos questionaacuterios gerando a base para a
proposta de adequaccedilatildeo de apoio da Cia E Cmb Mec
233 Procedimentos Experimental
O procedimento experimental foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de
Blindados o qual realiza anualmente o Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual
com as brigadas mecanizadas e blindadas
Neste ano foi realizado o treinamento com a 3ordf Brigada de Cavalaria
Mecanizada a qual empregou seus Quadros em ambiente virtual confeccionado
pelo Chefe da Seccedilatildeo de Simuladores
A proposta inicial era empregar uma Bda C Mec em um Aproveitamento do
Ecircxito reforccedilada por um Pel E dotado de Viaturas Blindadas Especiais Entretanto o
exerciacutecio visava o treinamento em uma operaccedilatildeo de Movimento Retroacutegrado o que
embora natildeo tenha sido a situaccedilatildeo ideal natildeo prejudicou o resultado pois o principal
objetivo natildeo foi o emprego em si mas a capacidade de acompanhamento da
velocidade das viaturas dos regimentos mecanizados
234 Instrumentos
Os questionaacuterios enviados a 5 (cinco) grupos conforme anteriormente
definidos tiveram por objetivo principal identificar a opiniatildeo dos especialistas sobre
24
os aspectos relativos ao apoio de engenharia aos elementos de emprego em
primeiro escalatildeo de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada bem como analisar as
necessidades em material e a possibilidade de emprego para atender as
necessidades miacutenimas imediatas dos Regimentos
Assim buscou-se uma reflexatildeo sobre o assunto que fosse rica em sugestotildees
e dados qualitativos para fundamentar uma sugestatildeo baseada em conhecimentos e
experiecircncias distintos
2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios
Tendo em vista o caraacuteter qualitativo da presente pesquisa buscou-se a
confecccedilatildeo de questionaacuterios com questotildees fechadas poreacutem com espaccedilo para
discussatildeo e geraccedilatildeo de sugestotildees sobre o tema
O preacute-teste foi aplicado em militares que jaacute tinham sido instrutores do Centro
de Instruccedilatildeo de Blindados que pelo conhecimento sobre blindados sobre rodas e
sobre lagartas envolvimento em exerciacutecios de simulaccedilatildeo virtual e no terreno e
experiecircncia no exterior apresentam condiccedilotildees de orientar corrigir ou incrementar as
questotildees propostas
2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani
Pretendeu-se por meio da relaccedilatildeo desses militares com o assunto obter uma
anaacutelise do projeto inicial Guarani os objetivos buscados para compra dos
implementos dessa viatura e anaacutelise das capacidades que se espera atingir com o
projeto para que ao final da presente pesquisa a sugestatildeo esteja alinhada ao
projeto Guarani
2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)
25
Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do cliente da engenharia
da brigada a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada atualmente
nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e emprego desse
apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios e apresentar
uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas e sobre
lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica
2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)
Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do fornecedor do apoio
de engenharia a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada
atualmente nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e
emprego desse apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios
e apresentar uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas
e sobre lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica
2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)
Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para
adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar
a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec
2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)
Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para
adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar
a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec
26
As respostas e sugestotildees apresentadas nessas questotildees proporcionaratildeo
ratificaratildeo ou retificaratildeo das ideias iniciais apresentadas no trabalho conduzindo o
autor a uma proposta amparada na experiecircncia e conhecimentos de diferentes
especialistas
235 Anaacutelise dos Dados
Os dados resultantes dos questionaacuterios contribuiram para questionamento e
reforccedilo das ideias inicialmente apresentadas por meio da experiecircncia nas funccedilotildees
de comandantes no emprego de tropas mecanizadas e blindadas e com
conhecimento do emprego de tropas americanas e alematildes
2351 Tabulaccedilatildeo dos dados
Os dados seratildeo categorizados quanto aos aspectos organizacionais
materiais de emprego e logiacutestica por meio do levantamento das diversas amostras
que compotildeem a presente pesquisa
A codificaccedilatildeo e tabulaccedilatildeo seguiraacute a verificaccedilatildeo da correta compreensatildeo dos
questionaacuterios por parte dos participantes e se as respostas foram transcritas de
forma coerente e com linguagem compreensiacutevel
As questotildees fechadas foram diretamente tabuladas dentro do universo de
determinado puacuteblico-alvo Para isso foram estabelecidos graacuteficos como recurso de
representaccedilatildeo dos resultados e analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise
estatiacutestica inferencial
Os comentaacuterios foram posicionados apoacutes a apresentaccedilatildeo dos graacuteficos de
forma a permitir a anaacutelise do conteuacutedo qualitativo apresentado sendo os dados
analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise estatiacutestica descritiva
Ao final de cada resultado das anaacutelises das questotildees foram apresentadas as
conclusotildees parciais referente ao respectivo questionaacuterio
27
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
O conjunto de ideias e entendimentos que define ordena distingue e qualifica
as atividades de organizaccedilatildeo preparo e emprego das Forccedilas Armadas deve ser
harmocircnico de acordo com a definiccedilatildeo de Doutrina Militar (BRASIL 2014 p 1-1)
Com este propoacutesito evoluccedilotildees doutrinaacuterias buscam equilibrar as capacidades
atuais do Exeacutercito com as necessidades projetadas para futuras operaccedilotildees mantecirc-
lo adequado ao futuro imediato em termos de desenvolvimento organizacional
intelectual e tecnoloacutegico (EUA 2011 p ix traduccedilatildeo do autor)
Para que o Exeacutercito acompanhe a transformaccedilatildeo que ocorre na Era do
Conhecimento periacuteodo atual marcado pela raacutepida geraccedilatildeo e obsolescecircncia do
conhecimento essa harmonia deve ser constantemente analisada e retificada
(BRASIL 2014 p 1-1)
A duacutevida quanto agrave efetiva capacidade de uma forccedila em cumprir a missatildeo a que
se destina origina-se da desarmonia entre sua doutrina e emprego (fruto da
ineficiecircncia de um MEM por exemplo) o que deve ser uma premissa satisfatoacuteria
para motivar estudos que contribuam para o alcance da maacutexima prontidatildeo
operativa
Este estudo deve para tanto ser analisado por meio dos fatores
determinantes interrelacionados e indissociaacuteveis doutrina organizaccedilatildeo
adestramento material educaccedilatildeo pessoal e infraestrutura (DOAMEPI) os quais
contribuem para o desenvolvimento de uma das capacidades prioritaacuterias para a F
Terr a efetividade da doutrina (BRASIL 2014 p 3-3)
A fim de facilitar o entendimento esta seccedilatildeo estaacute dividida da seguinte forma
Consideraccedilotildees iniciais onde seratildeo abordados os fundamentos baacutesicos para
entendimento de conceitos que permeiam o assunto contribuindo para uma correta
avaliaccedilatildeo e desenvolvimento de uma soluccedilatildeo doutrinariamente harmoniosa Brigada
de Cavalaria Mecanizada onde seratildeo abordadas as necessidades de apoio de
engenharia nas Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito Companhia de Engenharia
de Combate Mecanizada onde seratildeo apresentadas as caracteriacutesticas de seu
emprego em Operaccedilotildees Ofensivas Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no
mundo para reforccedilo dos Pel E Cmb no apoio agrave mobilidade os quais podem ajustar
as capacidades das Cia E Cmb e por uacuteltimo seraacute analisado o emprego de tropas
28
semelhantes agraves Bda C Mec nos EUA e na Alemanha onde a engenharia de brigada
preste apoio agrave tropa mecanizada que tenha em sua constituiccedilatildeo elementos de
reconhecimento
31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS
As seguintes consideraccedilotildees iniciais satildeo importantes para uma anaacutelise precisa
da capacidade da Cia E Cmb Mec em apoiar os Regimentos da Bda C Mec na
mobilidade em operaccedilotildees ofensivas e consequentemente para a construccedilatildeo de
uma proposta satisfatoacuteria com o objetivo do trabalho
311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito
As Operaccedilotildees Ofensivas satildeo operaccedilotildees decisivas que visam engajar forccedilas
superiores ao do inimigo em local e momento decisivos a fim de destruiacute-lo por
meio do fogo do movimento e da accedilatildeo de choque (BRASIL 2014 p 4-3) A accedilatildeo
de choque por sua vez deve ser entendida como o impacto psicoloacutegico causado
pelo carro de combate ao inimigo por meio do poder de fogo aparente
invulnerabilidade ruiacutedo e capacidade de transpor obstaacuteculos (BRASIL 2016 p 29)
Dentre os tipos de Operaccedilatildeo Ofensiva o trabalho explorou o Aproveitamento
do Ecircxito o qual destaca-se pela maior necessidade de apoio imediato agrave mobilidade
por elementos mais proacuteximos agraves peccedilas de manobra de ataque (os Pel E Cmb)
Nesses casos em que os elementos empregados em primeiro escalatildeo necessitam
de apoio imediato e contiacutenuo normalmente a engenharia da brigada emprega seus
pelototildees sob a Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo (BRASIL 1999 p 2-28)
O Aproveitamento do Ecircxito operaccedilatildeo que conquista os resultados mais
decisivos se discorre apoacutes o aproveitamento de um ataque bem sucedido no qual
a forccedila inimiga encontra dificuldades para se defender O avanccedilo contiacutenuo e raacutepido
sobre as forccedilas inimigas desorganizadas buscam ampliar as vantagens impedindo
uma reorganizaccedilatildeo ou a realizaccedilatildeo de um movimento retroacutegrado (BRASIL 2000 p
5-17)
Na Bda C Mec o RCB normalmente constitui o escalatildeo avanccedilado no
Aproveitamento do Ecircxito Cabe agrave engenharia por sua vez reduzir a accedilatildeo dos
obstaacuteculos naturais ou artificiais permitindo a adoccedilatildeo de um deslocamento de forccedila
29
mais adequado garantindo a conquista de resultados decisivos em menor tempo e
com miacutenimo de perdas Com o intuito de manter o movimento contiacutenuo e
permanente o apoio de engenharia aos regimentos eacute realizado de forma
descentralizada permitindo o apoio a elementos afastados do escalatildeo superior
desde que adequadamente reforccedilado em meios (BRASIL 2000 p 5-18)
Tanto o Aproveitamento do Ecircxito quanto o Ataque de Oportunidade satildeo
accedilotildees que decorrem de uma interpretaccedilatildeo do comandante sobre os acontecimentos
do combate A incerteza de sua realizaccedilatildeo aleacutem de quando onde e como seraacute
realizada seraacute definida pela imediata expediccedilatildeo de ordens fragmentaacuterias pelo
comandante as quais exigem que o pelotatildeo tenha permanentemente condiccedilotildees de
apoiar (BRASIL 2000 p 5-9) Para a engenharia a proximidade e a disponibilidade
de meios adequados determinaraacute a efetividade do apoio prestado aos elementos
em primeiro escalatildeo desta brigada
312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo
Quando empregado em situaccedilatildeo de comando reforccedilo o Pel E Cmb subordina-
se diretamente ao comandante do regimento No aproveitamento do ecircxito esta eacute a
situaccedilatildeo de comando normalmente empregada devido agrave necessidade de plena
autonomia e pela incapacidade de apoio da companhia devido ao seu afastamento
em relaccedilatildeo aos pelototildees (BRASIL 1999 p 1-14)
Cabe ao pelotatildeo portanto o apoio aproximado imediato e contiacutenuo com
equipamentos adequados devendo para isso ser reforccedilado pela Cia E Cmb em
meios e se necessaacuterio em pessoal (BRASIL 1999 p 1-14) garantindo a rapidez
do movimento a fim de multiplicar o poder de combate contribuindo para o melhor
emprego da potecircncia de fogo e da accedilatildeo de choque do elemento apoiado Desta
forma busca-se diminuir o risco com base na premissa de que quanto maior o
tempo de exposiccedilatildeo do escalatildeo de ataque aos fogos maiores seratildeo suas perdas
(BRASIL 2000 p 5-15)
313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra
A Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra estaacute relacionada com o conjunto
de atividades tarefas e sistemas inter-relacionados empregados para deslocar
30
forccedilas de modo a posicionaacute-las em situaccedilatildeo de vantagem em relaccedilatildeo ao inimigo
(BRASIL 2014 p 5-10)
Para este estudo cresce de importacircncia o entendimento de manobra como se
segue
A manobra concentra e dispersa o poder de combate para manter o inimigo
em desvantagem Consegue resultados que de outra forma seriam
dispendiosos Manobra eficaz manteacutem forccedilas inimigas fora do equiliacutebrio
fazendo-as enfrentar novos problemas e novos perigos mais raacutepido do que
eles podem combatecirc-los As forccedilas do Exeacutercito ganham e preservam a
liberdade de accedilatildeo reduzem a vulnerabilidade e exploram o sucesso
atraveacutes da manobra Manobra eacute mais que fogo e movimento Inclui a
aplicaccedilatildeo dinacircmica e flexiacutevel de todos os elementos do poder de combate
(EUA 2011 p A-2 traduccedilatildeo do autor)
O emprego da Engenharia estaacute intimamente ligada agrave funccedilatildeo de combate
movimento e manobra particularmente no que tange agrave promoccedilatildeo da mobilidade agraves
tropas subordinadas ao escalatildeo a que pertence (BRASIL 2014 p 6-3)
314 Modularidade
A modularidade eacute a aptidatildeo de um elemento de combate de receber moacutedulos
que ampliem seu poder de combate ou lhe agreguem capacidades (BRASIL 2014
6-14)
Este conceito surgiu da necessidade de empregar forccedilas em torno de
formaccedilotildees menores e mais versaacuteteis No niacutevel taacutetico e operacional a rotineira
necessidade de operaccedilatildeo em aacutereas natildeo-contiacuteguas por unidades subordinadas se
contrapunha ao contiacuteguo e hieraacuterquico arranjo das forccedilas terrestres (EUA 2011 p
C-1 traduccedilatildeo do autor)
Embora o conceito seja novo a engenharia jaacute emprega seus elementos com
certa modularidade Um exemplo eacute o Pel E Cmb que natildeo possui meios adequados
para por exemplo realizar o lanccedilamento de um campo minado em poucos minutos
Ele necessita que uma viatura dotada de um sistema de dispersatildeo de minas bem
como a guarniccedilatildeo da mesma sejam adicionados ao Pelotatildeo
31
315 Projeto Guarani
O Projeto Guarani teve sua origem a partir da necessidade de substituiccedilatildeo das
Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP) EE-11 Urutu (FIGURA 1) e
Viatura Blindada sobre Rodas (VBR) EE-9 Cascavel (FIGURA 2) as quais se
encontram em fase de obsolescecircncia e atraso tecnoloacutegico perante os moderno
cenaacuterio de batalha conforme informado pelo Escritoacuterio de Projetos do Exeacutercito
(EPEx)
FIGURA 1 ndash Viatura Blindada de Transporte de Pessoal EE-11 Urutu Fonte Siacutetio eletrocircnico Youtube Acesso em 1 ago 2018
FIGURA 2 Viatura Blindada de Rodas EE-9 Cascavel Fonte Siacutetio eletrocircnico Defesanet Acesso em 22 dez 2017
32
O projeto que remonta a origem de sua concepccedilatildeo no final da deacutecada de
1990 tem em sua proposta inicial o objetivo de modernizar as Brigadas de
Infantaria Motorizadas recentemente transformadas em Brigadas de Infantaria
Mecanizada bem como modernizar as Brigadas de Cavalaria Mecanizada
Atualmente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas
(VBTP-MR) Guarani jaacute comeccedilaram a ser distribuiacutedas
FIGURA 3 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas Guarani Fonte Siacutetio eletrocircnico EPEx Acesso em 22 dez 2017
O projeto originalmente era constituiacutedo de duas versotildees de viatura uma 6x6 e
uma 8x8 Esta uacuteltima versatildeo que contaria com um canhatildeo 105 mm encontra-se
atualmente paralisada Aleacutem disso era previsto uma famiacutelia de blindados
constituiacuteda de viaturas morteiro lanccediladoras de ponte especial de engenharia
desminagem entre outras as quais teriam seus protoacutetipos ainda a serem
desenvolvidos (DEFESANET 2017)
Quanto agrave substituiccedilatildeo das Viaturas Cascavel foi adiada conforme Boletim do
Exeacutercito Nr 48 publicado em 1ordm de dezembro de 2017 A portaria cria o Projeto de
Obtenccedilatildeo da Viatura Blindada de Reconhecimento ndash Meacutedia sobre Rodas (VBR-
MSR) 6x6 que consiste na modernizaccedilatildeo da Viatura Cascavel (DEFESANET
2017)
33
As viaturas especiais de engenharia tambeacutem fruto das dificuldades
orccedilamentaacuterias teratildeo seu desenvolvimento adiado Para dirimir essa inexistecircncia de
material para apoiar as tropas mecanizadas a Diretoria de Material de Engenharia
estaacute em processo de aquisiccedilatildeo de implementos de engenharia para serem
incorporados agraves VBTP-MR Guarani conforme informado em visita ao Departamento
de Engenharia e Construccedilatildeo (DEC)
32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
A missatildeo preciacutepua da Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute cumprir missotildees de
seguranccedila conquanto tem a capacidade de executar operaccedilotildees ofensivas e
defensivas em operaccedilotildees de seguranccedila ou como elemento de aplicaccedilatildeo do
princiacutepio de guerra ldquoeconomia de meiosrdquo (BRASIL 2000 p 1-2) Dentre as
operaccedilotildees ofensivas a brigada tem possibilidade de executar as manobras de
flanco o aproveitamento do ecircxito e a perseguiccedilatildeo (BRASIL 2000 p 1-3)
Algumas caracteriacutesticas da Bda C Mec destacam-se pelo impacto que causam
nas necessidades do apoio prestado pela engenharia como a boa mobilidade
taacutetica e estrateacutegica que permite grande raio de accedilatildeo deslocamento em alta
velocidade em estrada e realizaccedilatildeo de manobras raacutepidas e flexiacuteveis a proteccedilatildeo
blindada que permite razoaacutevel grau de seguranccedila no combate embarcado e a
flexibilidade o que permite o emprego em largas frentes e grande profundidade
(BRASIL 2000 p 1-2)
Pelas caracteriacutesticas que lhe atribuem mobilidade destacam-se como
limitaccedilotildees a vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de
minas e obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos
arenosos pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees
meteoroloacutegicas adversas e grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria (BRASIL
2000 p 1-4)
Na Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito a Bda progride em larga frente
sendo mantidas em reserva apenas forccedilas que possibilitem assegurar a
flexibilidade a impulsatildeo e a seguranccedila Para isso eacute empregada tatildeo vigorosamente
quanto possiacutevel contra forccedilas que encontrem dificuldade de manter suas posiccedilotildees
evitando o seu engajamento contra tropas de poder insuficiente para ameaccedilaacute-la a
fim de atingir rapidamente seus objetivos e mantecirc-lo Para isso a decisatildeo de
34
desbordar ou engajar forccedilas pode ser delegada aos Cmt subordinados (BRASIL
2000 p 5-20)
A dependecircncia do deslocamento por estradas estaacute associada aos meios de
transporte utilizada pelas brigadas mecanizadas Suas viaturas sobre rodas tem
uma extrema vulnerabilidade no deslocamento atraveacutes campo principalmente em
deslocamentos em periacuteodos chuvosos ou atraveacutes de terrenos alagadiccedilos
ocasionando normalmente o atolamento das mesmas
A Bda C Mec possui como peccedilas de manobra orgacircnicas para emprego em
primeiro escalatildeo dois Regimentos de Cavalaria Mecanizado e um Regimento de
Cavalaria Blindado (BRASIL 2000 p 1-11) A engenharia responsaacutevel por dirimir
suas restriccedilotildees eacute uma Cia E Cmb Mec conforme demonstrado na FIGURA 4
FIGURA 4 Organograma de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
Depois das brigadas blindadas a Bda C Mec eacute a tropa mais apta para realizar
operaccedilotildees como forccedila de aproveitamento do ecircxito Essa grande unidade pode ser
35
empregada como forccedila de Apvt Ecircxi ou de acompanhamento e apoio do Esc Sup ou
aproveitar o ecircxito de suas proacuteprias operaccedilotildees (BRASIL 2000 p 5-18)
Nesse tipo de operaccedilatildeo a brigada progride em larga frente desde que o
terreno e a rede de estradas permitam permanecendo o miacutenimo de forccedilas em
reserva
321 Regimento de Cavalaria Mecanizado
O Regimento de Cavalaria Mecanizado eacute empregado pela Brigada nas
missotildees de reconhecimento e seguranccedila (BRASIL 2002 p 1-1) ou como elemento
de aplicaccedilatildeo do princiacutepio de economia de meios pela Bda (BRASIL 2002 p 6-1)
O Regimento eacute constituiacutedo organicamente por um comando 3 Esquadrotildees de
Cavalaria Mecanizada (Esqd C Mec) (BRASIL 2000 p 1-11) conforme
representado na Figura 2
FIGURA 5 Organograma de um Regimento de Cavalaria Mecanizado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
Dentre as operaccedilotildees ofensivas o RC Mec considerado unidade blindada leve
eacute o elemento mais apto para as missotildees de aproveitamento do ecircxito e perseguiccedilatildeo
em razatildeo das caracteriacutesticas de suas viaturas (BRASIL 2002 p 1-1)
36
As viaturas empregadas pelo regimento satildeo aleacutem das Viaturas Taacuteticas Leve
as viaturas EE-9 Cascavel e a VBTP-MR 6x6 Guarani (DEFESANET 2017) as
quais possuem grande mobilidade e baixa classe sendo elas respectivamente
classe 11 e 20 poreacutem alta dependecircncia de utilizaccedilatildeo de estradas
A Bda pode ainda organizar o RC Mec como Forccedila-Tarefa (FT) a fim de
aumentar as possibilidades de ecircxito em determinadas funccedilotildees podendo receber
Esquadratildeo de Carro de Combate (Esqd CC) Esquadratildeo de Fuzileiro Blindado
(Esqd Fuz Bld) Companhia de Fuzileiro Blindado (Cia Fuz Bld) FT Esqd CC FT
Esqd Fuz Bld FT Cia Fuz Bld e Cia Fuz Mtz (BRASIL 2002 p 1-9)
322 Regimento de Cavalaria Blindada
O RCB elemento responsaacutevel por proporcionar capacidade ofensiva agrave Bda
(BRASIL 2002 p 7-6) possui uma organizaccedilatildeo semelhante a de uma Forccedila Tarefa
(FT) empregando 2 (dois) esquadrotildees de fuzileiros (Esqd Fuz) e 2 (dois)
esquadrotildees de carro de combate (Esqd CC) aleacutem de um Esquadratildeo de Comando e
Apoio (Esqd C Ap) (BRASIL 2000 p 1-12)
FIGURA 6 Organograma de um Regimento de Cavalaria Blindado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
37
O Esqd Fuz eacute dotado das viaturas de transporte de pessoal VBTP M113
(Mesquita 2015) (FIGURA 7) viatura anfiacutebia de origem americana de classe 11
FIGURA 7 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal M113 Fonte Siacutetio eletrocircnico EXEacuteRCITO BRASILEIRO Acesso em 22 dez 2017
O Esqd CC possui as viaturas de combate VBC CC M60 A3-TTS (Mesquita
2015) (Figura 8) viatura americana de classe 55 e capacidade de transposiccedilatildeo
submersa em curso de aacutegua de ateacute 240 m de profundidade com preparaccedilatildeo
FIGURA 8 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate M60 A3-TTS Fonte Siacutetio eletrocircnico 20RCB Acesso em 22 dez 2017
38
Esta viatura foi substituiacuteda na maioria dos regimentos pela VBC CC Leopard
1 BR (Mesquita 2015) (Figura 9) de origem alematilde classe 45 com capacidade de
transposiccedilatildeo submersa de cursos de aacutegua de ateacute 225 com preparaccedilatildeo e 4 m com
snorkel
FIGURA 9 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate Leopard 1BR Fonte Siacutetio eletrocircnico DEFESANET Acesso em 22 dez 2017
Com suas viaturas sobre lagartas o RCB eacute a forccedila da brigada para emprego
da accedilatildeo de choque proteccedilatildeo blindada e mobilidade (BRASIL 2000 p 6-25) Por
caracteriacutesticas de suas viaturas o regimento possui grande vulnerabilidade a
ataques aeacutereos armas anticarro e minas
33 COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADA
A Cia E Cmb Mec tem por missatildeo multiplicar o poder de combate da Bda
proporcionando-lhe mobilidade contramobilidade e contribuindo para sua proteccedilatildeo
(BRASIL 2000 P 4-1)
39
As capacidades que cabem agrave Cia E Cmb Mec satildeo fruto das necessidades da
Bda C Mec a quem estaacute subordinada Essas capacidade estatildeo intimamente ligadas
agraves limitaccedilotildees dos seus meios
Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto
aos elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos
meios mais agrave frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada (Cia E Cmb) eacute organizada com meios destinados a atender agraves
necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate (BRASIL
2000 p 1-16)
Face agraves necessidades da Brigada serem maiores junto aos elementos em
primeiro escalatildeo a Cia E Cmb menos esses elementos deve ser capaz de realizar
os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da Bda como
um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada (BRASIL 2000 p 2-4)
No aproveitamento do ecircxito as necessidades de apoio ao conjunto aumentam
sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo
com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao
emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo (BRASIL 1999 p
5-14)
O comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na conduta
do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de atender
agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistas (BRASIL
1999 p 5-14)
O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a
forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de
comando reforccedilo normalmente eacute adotada emprego dos pelototildees de combate
(BRASIL 1999 p 5-14)
No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos
Regimentos e sua impulsatildeo do ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos
naturais e artificiais (BRASIL 1999 p 5-4)
Para apoiar o RCB e o RC Mec a Companhia de Engenharia tem a
possibilidade de apoiar ateacute 3 peccedilas de manobra simultaneamente lanccedilar ou
construir obstaacuteculos abrigos e outros trabalhos de organizaccedilatildeo do terreno que
40
requeiram matildeo-de-obra eou equipamentos especializados lanccedilar e remover
obstaacuteculos realizar abertura e fechamento de passagens em obstaacuteculos montar e
operar ateacute duas portadas pesadas lanccedilar trecircs pontes de pequena brecha construir
manter e operar portadas pesadas recebidas do escalatildeo superior conservar e
reparar estradas e realizar o estudo teacutecnico do terreno apontando os corredores de
mobilidade (BRASIL 2000 p 4-2 2-2 e 2-3)
Para isso a Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de
Comando um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de
Assalto e trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (BRASIL 2000 p 4-1)
conforme FIGURA 10
FIGURA 10 Organograma de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Fonte Adaptado do manual BRASIL (2000 p 4-1)
331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio
O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) eacute responsaacutevel por reforccedilar os
Pel E Cmb com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especiais de engenharia
(VBE) equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e
41
equipamentos especializados na guerra com minas conforme previsto no manual
C5-10 (p 4-5)
Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de
Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de
Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de
Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate (BRASIL 1999 p 4-
6) conforme organograma da Figura 11
FIGURA 11 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Fonte Brasil (2000 p 4-1)
Ainda de acordo com o material disponiacutevel descrito no manual C5-10 os
principais materiais e equipamentos com que o Pel E Ap pode reforccedilar os Pel E
Cmb no apoio agrave mobilidade no Aproveitamento do Ecircxito satildeo viaturas blindadas
especiais de engenharia (VBE) reboque com equipamento para abertura de trilhas
em obstaacuteculos (o qual se refere ao equipamento de abertura de brecha) e reboque
com Eqp para disseminaccedilatildeo de minas motosserra compressor de ar e jogo de
ferramentas pneumaacuteticas aparelho de solda arco voltaico e conjunto para
balizamento de passagens
42
Dos citados materiais cabe salientar que natildeo existe nas Cia E Cmb Mec
viaturas especiais de engenharia equipamentos para abertura de brecha para
disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de ferramentas pneumaacuteticas
332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto
O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos
Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal
especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de
aacutegua (BRASIL 1999 p 4-7)
O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto
Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas
(BRASIL 1999 p 4-8) conforme Figura 12
FIGURA 12 Organograma do Pelotatildeo de Engenharia de Assalto Fonte Brasil (2000 p 4-1)
Os principais equipamentos que o pelotatildeo possui satildeo botes de assalto
equipagem de passadeira portada pesada e veiacuteculos lanccediladores de pontes de
pequenas brechas Embora natildeo especificados nos manuais que fazem referecircncia
se seriam sobre rodas ou sobre lagartas foi considerado pelo autor que as viaturas
43
lanccediladoras de ponte de pequena brecha da Cia E Cmb Mec seja sobre rodas
partindo do princiacutepio que no DAMEPLAN existe ponte de classe 30 lanccedilada por
viatura
Dos materiais acima citados com que o Pel E Cmb Mec precisa ser reforccedilado
no Aproveitamento do Ecircxito o principal meio eacute a viatura lanccediladora de pontes sobre
rodas a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro
333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
O pelotatildeo fraccedilatildeo baacutesica de apoio junto agraves armas (BRASIL 1999 p 1-10) que
tem por missatildeo realizar dentro de suas possibilidade os trabalhos teacutecnicos de
engenharia em proveito da brigada como um todo ou da peccedila de manobra da arma-
base apoiada (BRASIL 2000 p 4-9) Composto por um grupo de comando e 3
Grupos de Engenharia (GE) os quais estes constituem elemento baacutesico de
trabalho (BRASIL 1999 p 1-10) o Pel E Cmb estaacute organizado conforme
representado na FIGURA 13
FIGURA 13 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado Fonte Brasil (2000 p 4-1)
44
Segundo o manual C 5-10 nas operaccedilotildees ofensivas o Cmt Cia E designa
normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada (BRASIL
1999 p 4-2) Para isso o Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de
cortina de fumaccedila trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista
que a Cia E Cmb natildeo possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e
de explosivos e trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus
equipamentos de engenharia (BRASIL 1999 p 4-9) (equipamentos inadequados
para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo possuem proteccedilatildeo blindada nem
conseguem acompanhar os elementos apoiados)
Aleacutem disso o pelotatildeo pode conduzir consigo o material para abertura de
passagem em campo de minas O uacutenico material com o qual o Pel E tem contato
por ocasiatildeo do adestramento tanto por tropas mecanizadas como blindadas eacute o
RAMBS
O RAMBS consiste em uma carga linear explosiva que abre uma trilha de 06
metros de largura por 6 metros de comprimento em campo de minas abrindo um
caminho para tropa a peacute (BRASIL 2000 p D-2) portanto ineficiente para a
transposiccedilatildeo de qualquer viatura as quais necessitam de uma abertura de brecha
com medidas miacutenimas de 35 metros (BRASIL 2000 p D-8)
Aleacutem desse equipamento o uacutenico material para remoccedilatildeo de minas eacute o
utilizado em desminagem humanitaacuteria ou seja material de desminagem manual O
material para desminagem manual consiste em bastatildeo de sondagem roupa de
proteccedilatildeo capacete de minas bandeirolas entre outros os quais ineficientes para
abertura de brecha sob fogos inimigos devido a inexistecircncia de proteccedilatildeo para os
membros da equipe embora eficientes para missotildees humanitaacuterias (BRASIL 2000
p 5-18)
Aleacutem desse material baacutesico que acompanha o pelotatildeo outros materiais podem
reforccedilar as capacidades do pelotatildeo conforme o estudo da missatildeo Os meios de
transposiccedilatildeo de obstaacuteculos oriundos da Cia E Cmb satildeo normalmente passados em
reforccedilo pelo Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de
Apoio
Os Pel E Cmb quando natildeo reforccedilados tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de
apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais estatildeo
contidos na caixa de sapador Embora estejam previstas ferramentas pneumaacuteticas
45
suas caixas de sapador satildeo constituiacutedas de materiais baacutesicos como enxada paacute
picareta fateixa boca-de-lobo trena martelo
34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA
REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE
Os meios utilizados em reforccedilo dos Pel E Cmb atribuem a capacidade de
realizar trabalhos e diminuem o tempo de execuccedilatildeo e consequentemente o tempo
de exposiccedilatildeo aos fogos inimigos Para as Cia E Cmb que possuem blindados como
viatura de transporte (Cia E Cmb MecBld) destaca-se a importacircncia dos meios que
podem ser utilizados mantendo a proteccedilatildeo blindada durante sua operaccedilatildeo como eacute
o caso das Viaturas Blindadas de Engenharia aumentando a seguranccedila da
guarniccedilatildeo e do equipamento os quais satildeo considerados meios muito nobres
devido sua especificidade
O emprego das viaturas denominadas especiais proporciona proteccedilatildeo
blindada o que garante consideraacutevel manutenccedilatildeo da funcionalidade da viatura sob
fogos de determinado calibres rapidez na abertura da passagem e seguranccedila Essa
uacuteltima caracteriacutestica contribui para garantir a preservaccedilatildeo do Poder Relativo de
Combate (PRC) o emprego oportuno e eficiente dos meios pelo Cmt Pel conforme
previsto no Manual EB20-MC-10208 ndash Proteccedilatildeo (2015 p 1-1)
As viaturas tambeacutem proporcionam grande mobilidade pois seus meios primam
pelo maacuteximo emprego de seus implementos de forma embarcada Desta forma
aleacutem da seguranccedila evitando a exposiccedilatildeo da guarniccedilatildeo da viatura evita-se a perda
de tempo no desembarque de militares e dos meios embarque e preparaccedilatildeo
No manual C 5-10 - O apoio de engenharia no escalatildeo brigada ndash as viaturas
que o Pel E Ap e o Pel Eq Ass possuem para reforccedilo dos pelototildees satildeo Viatura
Blindada Especial Lanccedila-Pontes (VBEL Pnt) e Viatura Blindada de Combate de
Engenharia (VBCE)
O manual C 5 ndash 37 ndash Minas e armadilhas descreve alguns outros materiais
como o reboque com MICLIC Giant Viper viatura rolo e viatura arado No
DAMEPLAN eacute feito menccedilatildeo ao equipamento para abertura de brecha equipamento
de tubos para transposiccedilatildeo de fosso aleacutem dos implementos lacircmina frontal rolo e
equipamento para disseminaccedilatildeo de mina AC lanccedila para guindaste e
escavadeiraque tambeacutem seraacute abordada natildeo existem nas Cia E Cmb Mec Para
46
entendimento da importacircncia e capacidades de cada um seratildeo abordadas suas
caracteriacutesticas e possibilidades
341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha
Embora natildeo tenha sido encontrado nenhum dado limitador que definisse o
limite para ser considerada uma ponte de pequena brecha foi delimitada pelo autor
como ponte de pequena brecha aquela transportada por uma uacutenica viatura blindada
capaz de ser lanccedilada sem desembarque eou complemento em procedimento por
outro elemento mesmo que embarcado em outra viatura
As VBEL Pnt satildeo viaturas que tem a capacidade de realizar o lanccedilamento de
pontes sobre cursos drsquoaacutegua valetas e como rampas ascendentes ou descendentes
Essas viaturas podem ser divididas em dois tipos de lanccedilamento vertical e
horizontal
O lanccedilamento horizontal cuja sequecircncia de lanccedilamento eacute apresentada na
figura 16 eacute o tipo de lanccedilamento no qual a ponte desloca-se em quase sua
totalidade na horizontal caracteriacutestica esta que diminui a exposiccedilatildeo excessiva da
viatura no campo de batalha
FIGURA 14 Sequecircncia de lanccedilamento do tipo horizontal de ponte de pequena brecha Fonte Siacutetio eletrocircnico FAS Acesso em 3 jul 2018
47
O lanccedilamento vertical eacute o deslocamento realizado onde a ponte projeta-se no
sentido vertical antes de ser projetada na horizontal para lanccedilamento sobre o solo
A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1
BR) eacute viatura alematilde modificada da versatildeo alematilde BIBER para o Brasil Construiacuteda a
partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22
metros sobre um vatildeo de 20 metros (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA
BLINDADA ESPECIAL LANCcedilA-PONTES LEOPARD 1 BR p 2)
O Brasil adquiriu essa viatura junto com a compra dos Leopard 1 A5 BR em
2009 dando agrave tropa blindada a capacidade de transpor obstaacuteculos como cursos
drsquoagravegua e valetas
FIGURA 15 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1 BR Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyvehiclesrdquo Acesso em 30 mar 2018
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no
chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m
em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta
viatura tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC fornecendo um niacutevel muito alto de
proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas
48
terrestres e contra agentes QBRN (Quiacutemico bioloacutegico radioloacutegico e nuclear)
(MILITARY-TODAY201)
A FIGURA 16 a seguir mostra que a viatura realiza um lanccedilamento do tipo
vertical representado pela sequecircncia de imagens abaixo apresentada
FIGURA 16 Viatura lanccediladora de pontes Titan Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 15 ago 2018
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para
transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a
partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem
a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros
(MILITARY-TODAY201)
A VBEL Pnt que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo
semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de
gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional
no campo de batalha (MILITARY-TODAY201)
49
Figura 17 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes M104 Wolverine Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 15 ago 2018
342 Viatura Blindada Especial de Engenharia
Natildeo existe uma padronizaccedilatildeo de nomenclatura para esse tipo de viatura nem
um padratildeo definido mas os recursos variam entre uma lacircmina grande ou arados
para minas um canhatildeo de demoliccedilatildeo de grande calibre perfuratriz guinchos braccedilo
e guindaste de escavadeira ou para iccedilamento de cargas (WIKIPEDIA 20)
Neste trabalho seraacute considerada Viatura Blindada Especial de Engenharia
assim como eacute utilizada na documentaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com
base na definiccedilatildeo constante na Portaria Nr 023 ndash DMB de 20 de novembro de 1998
ndash Normas reguladoras para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos
oficiais no acircmbito do Ministeacuterios do Exeacutercito (NORCRIVE) Essa explicaccedilatildeo se faz
necessaacuteria porque muitos ainda descrevem como nosso manual MD33-M-02 -
Manual de abreviaturas siglas siacutembolos e convenccedilotildees cartograacuteficas das forccedilas
armadas como sendo Viatura Blindada de Combate
A citada norma corretamente considera Viatura Blindada de Combate aquela
eacute dotada de armamento orgacircnico com um apreciaacutevel poder de fogo Por outro
lado considera Viatura Especial aquela dotada de caracteriacutesticas muito
peculiares
Partindo do princiacutepio que o M113 que possui armamento orgacircnico com maior
calibre que o constante na VBE Eng natildeo eacute considerado viatura de combate a
50
viatura de engenharia tambeacutem natildeo pode ser pois seu armamento eacute suficiente
apenas para proteccedilatildeo da viatura e de sua guarniccedilatildeo
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1
BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil
Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta viatura tem as seguintes
capacidades desobstruccedilatildeo escavaccedilatildeo e trabalho de resgate
Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o
qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que
realiza trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de
lacircmina de apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos
trabalhos com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar
cortes que afrouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com
capacidade de ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e
solda e policorteesmerilhadeira (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA
BLINDADA ESPECIAL DE ENGENHARIA LEOPARD 1 BR p 2)
Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura a viatura Pionierpanzer 3
Kodiak a qual seraacute apresentada a seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada
pela Alemanha em territoacuterio nacional e em missotildees no exterior devido a sua alta
qualidade
Figura 18 Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1 BR Fonte Foto do autor
51
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a
versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo
anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que
pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas
junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas
eletromagneacuteticas (MILITARY-TODAY 201)
A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de
concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2
aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de
uma operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador (MILITARY-TODAY 201)
Figura 19 Viatura Blindada Especial Pionierpanzer 3 Kodiak Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 13 ago 2018 Veiacuteculo de engenharia destinado agrave preparaccedilatildeo do campo de batalha na zona
de fogo indireto a Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa
trabalhos com escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma
blindagem e proteccedilatildeo contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo
de armas pequenas e projeacuteteis de artilharia (MILITARY-TODAY 201)
Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado
de grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento
rebocado Python (MILITARY-TODAY 201)
Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos
ou um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo) (MILITARY-
TODAY 201)
52
Figura 20 Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 17 ago 2018
343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha
A M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de Abertura de Brechas)
foi construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams Sua principal caracteriacutestica eacute a
existecircncia de um compartimento bipartido na parte superior da viatura capaz de
lanccedilar dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) de forma independente Essa carga
linear explosiva eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas
(Kidwell e Jaffke 2014)
Aleacutem do MICLIC a viatura possui um arado na parte frontal o qual consegue
realizar o trabalho complementar de comprovaccedilatildeo da abertura da brecha do
explosivo imediatamente apoacutes a sua detonaccedilatildeo (Kidwell e Jaffke 2014)
O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado
como meio principal pois tem baixa resistecircncia De acordo com BRASIL (2000 p
53
D-6) a cada trecircs minas removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina
implicando em sua substituiccedilatildeo
Figura 21 Vehicle Assault Breacher Vehicle (ABV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017
Aleacutem do meacutetodo de abertura de brecha pelo meacutetodo explosivo existem outros
sistemas eficientes como a Viatura de Abertura de Brecha Keiler viatura alematilde
a qual se atribui uma eficiecircncia de limpeza de cerca de 98 das minas por onde
passa Seu sistema eacute composto por um rotor que eacute interligado a vaacuterios pesos
metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado do solo
realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas
explosivas Enquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o
local livre de minas (MILITARY-TODAY 201)
Esse meacutetodo permite a abertura das brechas de um modo mais simples sem
necessidade de complemento por outro sistema e de valor de manutenccedilatildeo mais
baixa pois o acionamento das minas exige apenas a substituiccedilatildeo das peccedilas que
se chocam com o solo
54
Figura 22 Viatura Blindada Especial Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017
A viatura utilizada pela Ruacutessia que tambeacutem utiliza um sistema mecacircnico eacute a
Viatura de Abertura de Brecha BMR-3M que consiste em uma viatura blindada
baseada no carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos
que exercem uma pressatildeo superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as
prematuramente Aleacutem dos rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque
magneacutetico e um sistema jammer que impede o acionamento de explosivos
controlados por raacutedio A velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da
densidade da mina e das condiccedilotildees do solo (MILITARY-TODAY 201)
De acordo com BRASIL (2000 p D-6) o sistema de rolo eacute apto para operar
em solo seco e relativamente plano Aleacutem disso deve ser utilizado como
complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo suporta entre trecircs a seis minas
devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um excelente sistema para identificaccedilatildeo
do iniacutecio de um campo minado
55
Figura 23 Viatura Blindada Especial BMR-3M Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 28 jul 2018
344 Outros sistemas e implementos
O feixe de tubos ou Pipe Fascine foi desenvolvido no Exeacutercito Britacircnico no
iniacutecio dos anos 80 para enfrentar os desafios de assegurar a mobilidade do
movimento na Alemanha Ocidental no caso de um conflito da OTAN com o Pacto de
Varsoacutevia (MILITARY-TODAY 201)
Nesta situaccedilatildeo foi verificada a existecircncia de vaacuterias pequenas valetas e
riachos de aproximadamente 5 a 10 metros de largura e 15 a 25 metros de
profundidade Para solucionar foram conectados tubos que permitissem a
passagem por sobre os riachos permitindo que a aacutegua passasse por dentro deles
Atualmente a viatura britacircnica mais moderna o Trojan conta com um sistema
para lanccedilamento de feixe de tubos dada sua eficiecircncia na transposiccedilatildeo de alguns
obstaacuteculos tornando-se prescindiacutevel a utilizaccedilatildeo das pontes em algumas situaccedilotildees
(MILITARY-TODAY 201)
56
Esse feixe ao ser colocado dentro de um Fosso Anticarro (Fosso AC)
estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo permite a passagem de
viatura sobre sua superfiacutecie
Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de
Engenharia ou adaptada em outras viaturas e reboques Uma necessidade para
lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste
ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes
ser lanccedilado
Figura 24 Feixe de tubos (Pipe Fascine) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoAEGISrdquo Acesso em 25 ago 2018 O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema que
pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de transporte de pessoal utilizadas
pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens em pequenos cursos drsquoaacutegua
O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System) por exemplo permite o
lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13 metros (MILITARY-
TODAY 201)
57
Figura 25 Sistema de lanccedilamento de ponte REBS Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMY-GUIDErdquo Acesso em 22 ago 2018
O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga
de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja
realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma
brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de
demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de
polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel
detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN) (USA 2011 p 23) ndash Department
of Defense Fiscal Year (FY) 2012 Budget Estimates)
Figura 26 Mine Clearance Line Charger (MICLIC) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 20 abr 2018
58
O sistema propelido por foguete Python eacute um sistema britacircnico de
funcionamento semelhante ao MICLIC que consiste em um reboque com uma
carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse
sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Betanha
pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi
utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo
(Armyrecognition) O sistema britacircnico Python pode limpar um caminho longo de 73
m por 180-200 m (WIKIPEDIA 201)
Figura 27 Sistema Python
Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyrecognitionrdquo Acesso em 20 abr 2018
Para as viaturas sobre rodas aleacutem de meios como o MICLIC a maioria dos
exeacutercitos tem anexado implementos agraves viaturas utilizando-as de modo
intercambiaacutevel de modo a adequar a viatura conforme a necessidade de cada
operaccedilatildeo
Cabe salientar que algumas minas modernas como a mina italiana SB-33
tecircm um mecanismo de detonaccedilatildeo que detona a mina se sujeita a uma pressatildeo
gradual e constante mas bloqueia a espoleta se sujeito a um choque suacutebito Isso
pode anular o uso de cargas de linha de limpeza de minas para limpar tais minas
(WIKIPEDIA 201)
59
O implemento lacircmina para desminagem escavadeira e lacircmina reta satildeo
implementos que podem ser utilizados nas viaturas meacutedias de rodas ambas
apresentando capacidade limitada de trabalho sendo a primeira para remoccedilatildeo de
minas em superfiacutecies pavimentadas podendo ainda ser utilizada para retirar
alguns tipos de entulho e as uacuteltimas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo do
terreno (MILITARYSYSTEMS-TECH 20)
Figura 28 M1132 Engineer Squad Vehicle (ESV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoWIKIPEDIArdquo Acesso em 20 mar 2018
O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um
sistema que protege veiacuteculos do efeito de minas e dispositivos explosivos
improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave frente do veiacuteculo que realiza
a abertura (ARMYTECHNOLOGY 2018)
Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas
atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para
acionamento de cargas explosivas (ARMYTECHNOLOGY 2018)
60
Figura 29 Rolo de minas de peso leve (LWMR) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMYTECHNOLOGYrdquo Acesso em 20 mar 2018
35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM
OUTROS PAIacuteSES
Em busca de uma estrutura semelhante agrave Bda C Mec em outros paiacuteses este
autor natildeo encontrou tropa que tenha seu emprego principal no reconhecimento e
seguranccedila
A fim de dar uma soluccedilatildeo a questatildeo proposta este autor escolheu
desconsiderar a finalidade da tropa apoiada concentrando o estudo no emprego
conjunto de tropas que utilizam meios sobre rodas e sobre lagartas onde a
engenharia teraacute que apoiar
351 SBCT a brigada americana Stryker
As Brigade Combat Teams (BCT) satildeo brigadas americanas que geralmente
satildeo empregadas como parte de uma divisatildeo ou forccedila-tarefa
O BCT eacute uma formaccedilatildeo de armas combinadas de todas as funccedilotildees de
combate Embora os modulares BCTs sejam organizaccedilotildees fixas o comandante da
divisatildeo pode ajustar qualquer organizaccedilatildeo de tarefas da BCT para atender aos
requisitos da missatildeo (EUA 2006 p 2-7)
A Stryker Brigade Combat Team (SBCT) da traduccedilatildeo para o portuguecircs Grupo
de Combate Brigada Stryker eacute uma forccedila-tarefa expedicionaacuteria organizada para
61
atender aos requisitos especiacuteficos de cada missatildeo tendo seu emprego baseado na
infantaria embarcada na viatura Stryker (EUA 2015 p 1-1) Essa flexibilidade
organizacional permite que as SBCTs funcionem em toda a gama de operaccedilotildees
militares tendo disponiacuteveis elementos com capacidade de manobra artilharia de
campanha inteligecircncia engenharia QBRN e manutenccedilatildeo
Atualmente existem trecircs tipos de BCTs a proacutepria SBCT a HBCT (tropa de
infantaria que combate embarcada em blindado sobre lagartas) IBCT (tropa de
infantaria transportada por viaturas de baixa proteccedilatildeo blindada que combate
desembarcada) (EUA 2006 p 2-7)
A brigada Stryker tem a seguinte organizaccedilatildeo baacutesica trecircs batalhotildees de
infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees (EUA 2015 p 1-6) um
esquadratildeo de cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de
reconhecimento Stryker um pelotatildeo de reconhecimento QBRN equipado com um
veiacuteculo de reconhecimento quiacutemico bioloacutegico e nuclear M1135 Stryker (EUA 2015
p 1-7) O organograma desta brigada estaacute discriminada na figura Nr 26 a seguir
Figura 30 Organograma de uma Brigada Stryker Fonte Fort Benning (2015)
62
As companhias de engenharia apoacuteiam a SBCT na abertura de passagem por
obstaacuteculos auxilia no assalto de posiccedilotildees fortificadas lanccedila obstaacuteculos para
proteccedilatildeo de forccedilas amigas constroacutei ou melhora posiccedilotildees para proteccedilatildeo realiza
reconhecimento de itineraacuterios e coleta de informaccedilotildees identifica e elimina
dispositivos explosivos improvisados entre outras tarefas durante a accedilatildeo decisiva
(EUA 2015 p 1-10)
A forma de emprego da engenharia dessa brigada foi alterada recentemente
passando de uma companhia para um batalhatildeo de engenharia de combate o qual
fornece atraveacutes de suas subunidades a capacidade miacutenima para executar tarefas
essenciais de mobilidade contra-mobilidade e capacidade de proteccedilatildeo para o
SBCT
O Brigade Engineer Battalion (BEB) tem por missatildeo planejar e executar as
missotildees da brigada com as suas duas companhias orgacircnicas organizadas como
mostra a figura 31 podendo suplementaacute-las no que tange agrave mobilidade com
pontes abertura de brechas desobstruccedilatildeo de vias identificaccedilatildeo de ameaccedilas
explosivas e apoio em construccedilatildeo horizontal Aleacutem disso o batalhatildeo tambeacutem
coordena uma companhias de inteligecircncia militar uma companhia de comunicaccedilotildees
e uma companhia anticarro e por vezes uma companhia QBRN (EUA 2015 p 1-
8)
Figura 31 Organograma das companhias de engenharia das SBCT Fonte Adaptado de EUA (2014 p 1-8 traduccedilatildeo nossa)
63
Em uma Stryker BCT a 1ordf Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees
de engenharia de combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo apoio (dotado de
equipamentos de abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas
lineares (MICLIC) em reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de
comprovaccedilatildeo (rolo e arado) (EUA 2014 p 1-7)
A 2ordf Cia possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate composto por
trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e um grupo de
construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo de minas)
(EUA 2014 p 1-8)
Embora seja notaacutevel a diferenccedila quando comparada com a Brigada de
Cavalaria Mecanizada a brigada Stryker foi identificada pelo autor como a Grande
Unidade americana que mais se aproximou das caracteriacutesticas da Bda C Mec por
ser uma brigada mecanizada apoiada por engenharia orgacircnica com meios Stryker
352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha
A brigada que tem melhores condiccedilotildees de comparaccedilatildeo para este estudo por
sua maior similaridade com a Bda C Mec eacute a Brigada de Infantaria Mecanizada da
Alemanha O emprego das viaturas sobre rodas e sobre lagartas inclusive pelas
proacuteprias tropas de engenharia que apoiam essa brigada contribuiratildeo para uma
anaacutelise mais adequada da Bda C Mec
O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas da
seguinte forma um comando de brigada um batalhatildeo de reconhecimento dotado
de viaturas Fennek (foto 32) trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais
utilizam a viatura de combate Puma (foto 33) um batalhatildeo de rifles que utilizam as
viaturas de combate multipropoacutesito Boxer GTK (foto 34) e um batalhatildeo de
suprimento Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado
conforme demonstrado no quadro organizacional representado pela figura 32
(WIKIPEDIA 201)
64
Figura 32 Organograma de uma Brigada de Infantaria Mecanizada Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoWikipediardquo Acesso em 29 ago 2018
Figura 32 Viatura Fennek Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018
65
Figura 33 Viatura de infantaria de combate Puma Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018
Figura 34 Viatura Boxer Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 19 ago 2018
O batalhatildeo de engenharia que possui organizaccedilatildeo semelhante ao BE Cmb
Bld do Brasil eacute composto por uma companhia de comando duas companhias de
66
engenharia de combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia
com funccedilatildeo semelhante a uma Companhia de Comando e Apoio (CCAp) de um BE
Cmb Bld e uma companhia de pontes flutuantes com funccedilatildeo semelhante a
Companhia de Equipamento de Pontes (Cia E Pnt) de um BE Cmb Bld conforme
representado no organograma da figura 35 (DEUTSCHESHEER 20)
Figura 35 Organograma de uma brigada blindada alematilde Fonte Adaptado de DEUTSCHLAND (2011 p 9 traduccedilatildeo nossa)
Cia E Cmb
(Vtr Fuchs)
Pel DEI
2 VBE Keiler Pel Bld
4 Vtr Skorpion
Sistema ldquoVrdquo
1 Vtr Fennek
Pel Cnst
3 VBE Biber
2 VBE Dachs
Cia Cmdo
Cia Rec
(Vtr Fennek)
Cia E Cmb
(Vtr Fuchs)
Pel DEI
2 VBE Keiler
Pel Bld 4 VBE Skorpion
Sistema ldquoVrdquo
Cia Cnst Pel Cnst Pel DEI Pel Pnt
Batalhatildeo de Engenharia
de Combate Blindado
Pel Cnst
3 VBE Biber
2 VBE Dachs
67
As companhias de combate compostas por quatro pelototildees satildeo organizadas
da seguinte forma uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de engenharia o qual
realiza trabalhos para barrar ou canalizar a tropa inimiga abertura de caminhos por
meio do emprego de explosivos e trabalhos gerais de engenharia um pelotatildeo de
abertura de brecha dotado de meios de limpeza um pelotatildeo de abertura de
brechas pesado e um pelotatildeo de equipamentos pesados responsaacutevel pelo apoio agrave
mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e manutenccedilatildeo de
estradas (DEUTSCHESHEER 20)
As companhias satildeo dotadas ainda das viaturas Fennek e Fuchs para
transporte de pessoal (DeustchesHeer 2011)
A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas
blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de
engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais
(DEUTSCHESHEER 20)
Encontram-se abaixo as viaturas e sistemas utilizados pelo batalhatildeo as
viaturas de transporte de pessoal Fuchs (figura 35) e Fennek a viatura lanccediladora de
ponte Biber (figura 36) a viatura para abertura de brecha em campo de minas Keiler
(figura 37) e a viatura especial de engenharia Dachs (figura 38)
Figura 36 Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 25 ago 2018
68
Figura 37 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Biber Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 24 ago 2018
Figura 37 Viatura Blindada Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 23 ago 2018
69
Figura 38 Viatura Pionierpanzer 1 Dachs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 22 ago 2018 Podemos concluir com a anaacutelise dessa brigada que embora natildeo seja uma
Grande Unidade de emprego semelhante ou seja uma brigada de cavalaria
mecanizada esta apresenta a mesma dificuldade de apoio de engenharia
encontrada nas Bda C Mec quais sejam apoiar elementos de grande mobilidade
dotados de viaturas sobre sobre rodas e viaturas sobre lagartas e que possuem
diferentes classes
Os principais reflexos para esse apoio satildeo as diferenccedilas de pesos e
velocidades o que impacta na capacidade de acompanhamento das viaturas
empregadas pelos elementos da arma base e na capacidade de transposiccedilatildeo dos
meios por ponte por exemplo
Essa diferenccedila eacute percebida quando comparamos as caracteriacutesticas dessas
viaturas conforme apresentado a seguir que satildeo o peso e velocidade
Viatura Fennek (103 ton e 115 kmh) Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs
(235 ton e 105 kmh) utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate
Puma utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Blindada Lanccedila-Pontes
Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia Dachs (43 ton
70
e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha Keiler (53 ton e 50 kmh)
(DEUTSCHESHEER 20)
71
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
O presente capiacutetulo tem por finalidade atingir o objetivo geral da pesquisa que
eacute analisar o apoio de engenharia prestado aos elementos empregados em primeiro
escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada a fim de sugerir uma proposta
de adequaccedilatildeo do apoio prestado em Operaccedilotildees Ofensivas atraveacutes de um estudo
especiacutefico de Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito face agrave evoluccedilatildeo doutrinaacuteria e
do MEM
A fim de atingir os trecircs uacuteltimos objetivos especiacuteficos estabelecidos (objetivos j k
e l) na pesquisa a presente seccedilatildeo pretende sintetizar os resultados obtidos nos
questionaacuterios na revisatildeo de Literatura e na pesquisa de campo agrave luz das dimensotildees
que compotildeem a Variaacutevel Independente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb no
Aproveitamento do Ecircxito) Dependente (Apoio de Engenharia aos Regimentos de
uma Bda C Mec) e Interveniente (Necessidades miacutenimas dos Rgt)
41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS
Para melhor explorar a discussatildeo referente aos instrumentos utilizados e
dados levantados seratildeo retomadas as variaacuteveis que foram objeto de estudo desta
pesquisa
A estruturaccedilatildeo da Variaacutevel Independente ndash Capacidades Operativas da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do
Ecircxito e da Variaacutevel Dependente ndash Apoio de Engenharia aos Regimentos de uma
Brigada de Cavalaria Mecanizada deu-se em torno de dimensotildees que possuiacuteam
indicadores com suas respectivas formas de avaliaccedilatildeo Estas variaacuteveis foram
apresentadas no capiacutetulo 2 no Quadro 1 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel
Independente (VI) e Quadro 2 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel Dependente (VD)
A VI foi explorada a partir da anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb Mec onde
foram identificadas suas deficiecircncias resultante da falta de material e inadequado
emprego no apoio aos regimentos e comparada agraves soluccedilotildees em material e
emprego de outros exeacutercitos Na abordagem da VD buscou-se analisar as
caracteriacutesticas desejadas e adequabilidade logiacutestica de novos materiais e
apresentar uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia quanto agrave
organizaccedilatildeo e caracteriacutesticas desse apoio
72
411 Revisatildeo da literatura
Para o levantamento do material que compocircs a revisatildeo bibliograacutefica
empregada no trabalho foram realizadas pesquisas em bibliotecas virtuais fiacutesicas
e tambeacutem na internet sempre buscando por livros manuais trabalhos cientiacuteficos
reportagens e outras publicaccedilotildees de interesse
Com base nos objetivos geral e especiacuteficos foi elaborado o Capiacutetulo 3-
Revisatildeo da Literatura que foi fracionado em 5 subcapiacutetulos
1) Consideraccedilotildees Iniciais ndash Neste subcapiacutetulo foram apresentados conceitos
preliminares dos quais se faz necessaacuterio o entendimento para uma melhor anaacutelise
e consequentemente a construccedilatildeo de uma proposta mais adequada Este
subcapiacutetulo buscou atingir o objetivo especiacutefico ldquoardquo
2) Brigada de Cavalaria Mecanizada ndash Este subcapiacutetulo apresentou as
caracteriacutesticas organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a forma de
emprego no aproveitamentos do ecircxito a fim de alcanccedilar os objetivos especiacuteficos
ldquobrdquo e ldquocrdquo
3) Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada ndash Foram apresentadas
a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e as forma de emprego da Cia E Cmb Mec bem
como de seus pelototildees constitutivos (Pel E Ap Pel Eq Ass e Pel E Cmb) visando
atingir os objetivos especiacuteficos ldquodrdquo ldquoerdquo ldquofrdquo e ldquogrdquo
4) Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no mundo para reforccedilo aos Pel E
Cmb no apoio agrave mobilidade ndash Apresenta os materiais disponiacuteveis para aquisiccedilatildeo pelo
Exeacutercito Brasileiro a fim de dirimir as deficiecircncias no apoio de engenharia agrave
mobilidade dos Regimentos da Bda C Mec buscando atingir o objetivo especiacutefico
h
5) Apoio de engenharia a forccedilas combinadas de viaturas sobre rodas e sobre
lagartas em outros paiacuteses ndash O presente subparaacutegrafo descreveu brigadas de outros
exeacutercitos que apresentam em sua constituiccedilatildeo meios orgacircnicos sobre rodas e sobre
lagartas que necessitam de apoio de engenharia a fim de atingir o objetivo
especiacutefico j
A revisatildeo de literatura foi suficiente para proporcionar dados que
contribuiacutessem para a anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb e o desenvolvimento de
uma sugestatildeo adequada conforme os objetivos propostos
73
412 Entrevistas
Foram confeccionados ao todo 4 questionaacuterios sendo eles
a) para os Comandantes e ex-Comandantes dos Regimentos de
Cavalaria Mecanizada e Blindada (RC Mec e RCB) das Brigadas de Cavalaria
Mecanizada (resposta no Apecircndice A)
b) para os Comandantes das Companhias de Engenharia de Combate
Mecanizada (Apecircndice B)
c) para os oficiais de engenharia com curso de comandante de
subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no Apecircndice C)
d) para os oficiais instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com
curso de comandante de subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no
Apecircndice D)
O autor tinha interesse em trabalhar com hipoacuteteses de estudo poreacutem tendo em
vista o baixo retorno dos questionaacuterios foi modificado para questotildees de estudo
onde os questionaacuterios respondidos foram aproveitados como apoio para responder
as questotildees selecionadas
Dentre os questionaacuterios enviados aos Comandantes dos Regimentos (Apecircndice
A) foram respondidos apenas 9 questionaacuterios do universo de comandantes dos
regimentos das quatro Bda C Mec e dos questionaacuterios enviados aos Comandantes
das quatro Companhias de Engenharia de Combate Mecanizada (Apecircndice B)
foram respondidos apenas 7 A baixa quantidade de respostas natildeo comprometeu de
forma significativa os resultados devido a mudanccedila da forma de abordagem
Foi observado inclusive que esta abordagem tornou-se muito mais adequada
em relaccedilatildeo agrave relacionada com hipoacuteteses
413 Coleta documental
A coleta documental foi realizada conforme o estipulado no item 231
Procedimentos para a revisatildeo de literatura onde foi encontrada certa dificuldade
no acesso a algumas informaccedilotildees referentes ao emprego do RCB pela inexistecircncia
de um manual especiacutefico sendo aproveitadas as informaccedilotildees constantes no manual
da Brigada de Cavalaria Mecanizada e emprego organizaccedilatildeo e materiais de
74
dotaccedilatildeo das brigadas alematildes os quais natildeo foram tatildeo faacuteceis de responder devido a
maior restriccedilatildeo de informaccedilotildees em relaccedilatildeo ao exeacutercito americano
42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE
COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO
Na presente seccedilatildeo seratildeo discutidas as Variaacutevel Independente a fim de
analisar o apoio em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito onde exige-se um
grande apoio de engenharia o qual se faz sentir principalmente nos elementos de
emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada A mobilidade destas forccedilas depende
da reduccedilatildeo dos obstaacuteculos naturais e dos lanccedilados ou agravados pelo inimigo
As ferramentas de pesquisa colaboraram para complementar as informaccedilotildees
coletadas dirimindo duacutevidas remanescentes ou preenchendo lacunas deixadas pela
literatura atraveacutes da contribuiccedilatildeo realizada por meio de suas experiecircncias
Para tal foram exploradas duacutevidas sobre a adequabilidade da organizaccedilatildeo
no emprego no apoio aos regimentos da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a
adequabilidade do material para apoio agrave mobilidade a organizaccedilatildeo adequada
para o emprego da engenharia e a comparaccedilatildeo com o emprego em outros
exeacutercitos as caracteriacutesticas dos meios de abertura de brecha e a respectiva
quantidade
421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo
A Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de Comando um
Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e trecircs
Pelototildees de Engenharia de Combate
Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto aos
elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos meios mais agrave
frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada eacute organizada
com meios destinados a atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da
frente de combate
Face agraves maiores necessidades da Brigada encontrarem-se junto aos elementos
de primeiro escalatildeo a Cia E Cmb distribui os seus pelototildees a partir do seguinte
caacutelculo total de pelototildees disponiacuteveis menos os pelototildees em apoio direto aos
75
regimentos deve ser capaz de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando
trabalhos de interesse da Bda como um todo ser capaz de aumentar o apoio aos
elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva
quando empregada
Entretanto a engenharia da brigada atualmente possui trecircs pelototildees de
engenharia de combate para apoiar um tipo de operaccedilatildeo onde a Bda necessita
de apoio para ateacute trecircs peccedilas de manobra
No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos
Regimentos e sua impulsatildeo de ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos
naturais e artificiais
O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a
forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de
comando reforccedilo normalmente eacute adotada Situaccedilatildeo essa que o comandante da Cia
E designa normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada
Neste tipo de operaccedilatildeo as necessidades de apoio ao conjunto aumentam
sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo
com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao
emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo
Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de
Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de
Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de
Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate
Esta fraccedilatildeo executante da companhia atualmente possui dentre os seus
equipamentos apenas os de emprego em missotildees de construccedilatildeo natildeo blindados e
inadequados para emprego junto aos elementos empregados em primeiro escalatildeo
O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio eacute responsaacutevel por reforccedilar os Pel E Cmb
com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especial de engenharia (VBE)
equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e
equipamentos especializados na guerra com minas
Entretanto natildeo existe nas Cia E Cmb Mec viaturas especiais de engenharia
equipamentos para abertura de brecha para disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de
ferramentas pneumaacuteticas
O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto
Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas
76
O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos
Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal
especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de
aacutegua
No Aproveitamento do Ecircxito o principal meio para reforccedilo das capacidades do
pelotatildeo eacute a viatura lanccediladora de pontes (sobre rodas de acordo com as informaccedilotildees
disponiacuteveis na literatura encontrada) a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro
O pelotatildeo de engenharia tem capacidade de realizar dentro de suas
possibilidade os trabalhos teacutecnicos de engenharia em proveito da brigada como um
todo ou da peccedila de manobra da arma-base apoiada
Composto por um grupo de comando e 3 Grupos de Engenharia (GE) estes
constituem-se nos elementos baacutesicos de trabalho do pelotatildeo
O Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de cortina de fumaccedila
trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista que a Cia E Cmb natildeo
possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e de explosivos e
trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus equipamentos de
engenharia (equipamentos inadequados para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo
possuem proteccedilatildeo blindada nem conseguem acompanhar os elementos apoiados)
Quando natildeo reforccedilados os pelototildees tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de
apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais consistem
em pequenas ferramentas de trabalho manual
No Apecircndice A questotildees 1 e 2 pode-se observar que eacute unacircnime entre os
militares que responderam que a Bda C Mec deve ser apoiada por um BE Cmb
Essa opiniatildeo foi apresentada pela comparaccedilatildeo com o Exeacutercito Vermelho do
Manual O Inimigo o qual representa um paiacutes que emprega engenharia de valor
batalhatildeo em apoio agrave brigada e pela comparaccedilatildeo com as Brigadas de Infantaria
Mecanizada que empregam a mesma quantidade de Unidades que as Brigadas de
Cavalaria Mecanizada
Dentre os comentaacuterios que contribuiacuteram para a justificaccedilatildeo do emprego de um
BE Cmb destacaram-se os seguintes
- ldquoCom essa organizaccedilatildeo o BE Cmb poderia empregar uma SU em apoio direto
aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo ainda uma
Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado (apoio ao conjunto) na Z Accedil da Bdardquo
77
Esse comentaacuterio corrobora com a revisatildeo literaacuteria conforme capiacutetulo 3 ldquoa Cia
E Cmb menos esses elementos (os Pel E empregados em reforccedilo) deve ser capaz
de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da
Bda como um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda
ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregadardquo
No Apecircndice B questotildees 1 e 2 a grande maioria dos militares foram
partidaacuterios agrave necessidade de mudanccedila do escalatildeo em apoio de valor subunidade
para o valor unidade dentre os quais destaco o seguinte comentaacuterio
- ldquoEm que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai 16) prever uma E Bda Inf Mec
composta por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala de aula da
proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para Mnt do C2 por
parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar pesquisando essa situaccedilatildeo
sugiro uma composiccedilatildeo do BE Cmb Mec (ou Bld) de 4 Cia E Cmb a 2 Pel E Cmb e
1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC
Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o C2 por parte do Cmdo BE bem como a
emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de missotildeesrdquo
O comentaacuterio acima observou algo que o autor natildeo pesquisou mas que tem muita
relevacircncia para a pretendida anaacutelise que satildeo os reflexos da organizaccedilatildeo no
comando e controle
- ldquoEm minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o que
proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmicardquo
- ldquoDeve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel E com VB sobre
lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e VB com lagartas As
VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado em item anterior A
mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e rapidez no apoio
particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre
rodasrdquo
78
A anaacutelise da Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada e as
companhias que reforccedilam os pelototildees de engenharia de combate em material e
pessoal permite verificar por meio da anaacutelise da organizaccedilatildeo e missatildeo a
importacircncia dessas fraccedilotildees no apoio aos regimentos por caber a estas aumentar a
capacidade dos Pel E Cmb a fim de possibilitar um eficiente apoio no
Aproveitamento do Ecircxito
Entretanto notou-se a inexistecircncia de materiais adequados para emprego na
operaccedilatildeo em pauta
A descriccedilatildeo do Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado fraccedilatildeo de
emprego da Cia E Cmb junto aos regimentos permite identificar a limitaccedilatildeo de sua
capacidade de apoio Esta ainda eacute mais reduzida quando natildeo reforccedilada por meios
adequados pelos Pel E Ap e Pel E Ass
422 Adequabilidade do material
O material de organizaccedilatildeo do terreno da Cia E Cmb inclusive as Viaturas
Blindadas Especiais de engenharia satildeo de responsabilidade do Pel E Ap Conforme
consta na seccedilatildeo 331 e com base na experiecircncia do proacuteprio autor que serviu em
uma Cia E Cmb Mec pode-se afirmar que essas viaturas natildeo existem no referido
pelotatildeo das Cia E Cmb Mec
E reafirmando o que consta na mesma seccedilatildeo natildeo existe nenhum outro meio
adequado que possua proteccedilatildeo blindada rapidez necessaacuteria para a execuccedilatildeo do
trabalho ou capacidade de acompanhar as VBR VBTP ou VBCCC
Na seccedilatildeo 331 O pelotatildeo de engenharia de apoio foi mencionada a
existecircncia de mineiros bem como o encargo do pelotatildeo em reforccedilar os Pel E Cmb
com os materiais de abertura de brecha Entretanto o uacutenico material existente no
pelotatildeo eacute o material para desminagem manual o que conforme complementado
pela seccedilatildeo 333 este meacutetodo eacute ldquoo menos preferiacutevelrdquo e quando tiver que ser
utilizada que seja somente para abrir trilhas
Conforme a seccedilatildeo 332 O pelotatildeo de equipagem de assalto o Pel Eq Ass eacute
responsaacutevel por armazenar os materiais relacionados agrave transposiccedilatildeo de curso
drsquoaacutegua como eacute o caso das Viaturas Blindadas Especiais lanccediladoras de pontes e os
feixe de tubos o que conforme jaacute afirmado pelo autor esses materiais natildeo existem
no Pel Eq Ass das Cia E Cmb Mec
79
De acordo com a mesma seccedilatildeo os meios existentes para transposiccedilatildeo satildeo
inadequados para emprego no aproveitamento do ecircxito tendo em vista a falta de
proteccedilatildeo blindada o excessivo tempo para montagem e a necessidade de vaacuterias
viaturas para conduccedilatildeo das partes para montagem
No Apecircndice A questatildeo 3 pode-se observar que a grande maioria
considera que eacute indispensaacutevel a utilizaccedilatildeo das viaturas blindadas especiais para o
cumprimento adequado do apoio de engenharia tendo como benefiacutecios o tempo de
execuccedilatildeo a proteccedilatildeo blindada e a baixa quantidade de militares para execuccedilatildeo do
trabalho No Apecircndice B questatildeo 3 todos os ex-comandantes das Cia E Cmb
concordaram com a maioria dos ex-comandantes dos regimentos
Dos comentaacuterios referentes a esta questatildeo destaco as seguintes
- ldquoEacute indispensaacutevel Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de Bda satildeo
totalmente ineficientes numa situaccedilatildeo de combate modernordquo
- ldquoEsses equipamentos BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia Erdquo
- ldquoA Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira de
Alta Mobilidade Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel de Eqp Eng
Bda Mec) e de Vtr Lanccedila-Pontes Sobre Rodas (REBS)rdquo
Concluo parcialmente em relaccedilatildeo agrave Variaacutevel Independente que eacute urgente
a necessidade de meios adequados conforme revisatildeo de literatura e respostas
dos questionaacuterios A e B sobre a ineficiecircncia dos meios existentes bem como
a falta de Viaturas Blindadas Especial para apoiar os regimentos empregados
em primeiro escalatildeo no aproveitamento do ecircxito
Outrossim que a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo
tem condiccedilotildees de realizar o apoio a uma Brigada de Cavalaria Mecanizada tanto
pela ausecircncia de meios quanto pela limitaccedilatildeo de fraccedilotildees disponiacuteveis para
cumprir suas missotildees de reforccedilo apoio ao conjunto e apoio suplementar
Portanto para apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute necessaacuterio
o apoio de engenharia de brigada seja prestado por um Batalhatildeo de Engenharia
de Combate Mecanizado
43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE
CAVALARIA MECANIZADA
80
No presente subitem seratildeo apresentadas as discussotildees referentes agrave Variaacutevel
Dependente a fim de identificar o apoio de Engenharia necessaacuterio para dar
mobilidade aos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada o qual eacute
imprescindiacutevel aos elementos de emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada
As ferramentas de pesquisa exploraram a experiecircncia dos militares
empregados diretamente seja como ldquofornecedorrdquo seja como ldquoclienterdquo desse apoio
no emprego com viaturas blindadas e com experiecircncia em curso de comandante de
subunidade no exterior
Para tal foram exploradas duacutevidas sobre o emprego da engenharia quanto a
organizaccedilatildeo a comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos a caracteriacutestica dos meios e
a quantidade de viaturas adequadas para apoio aos regimentos
431 Organizaccedilatildeo adequada
O Apecircndice A questotildees 6 e 7 contribui para a anaacutelise da organizaccedilatildeo da
engenharia que apoia a brigada principalmente pelos comentaacuterios dispensados em
cada questatildeo A grande maioria das respostas foi favoraacutevel agrave organizaccedilatildeo do BE
Cmb por duas Cia E Cmb uma dotada de VBE sobre lagartas e uma de VBE sobre
rodas e a maioria desfavoraacutevel a constituiccedilatildeo do batalhatildeo por duas Cia E a quatro
Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas
Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as
opiniotildees que culminaram em tal resultado
- ldquoEstamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C Mec
Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf Mec A
proposta do CMS (a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que apoacutes anaacutelise do
projeto decidiu junto com o COTER que o BE Cmb Mec deveria ter somente 2 Cia
Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo CMS Na visatildeo do CMS 2 Cia
apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria
no apoio a toda a brigada (demais OM em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa
decisatildeo de 2017 foi modificada a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as
duas Cia Eng (decisatildeo DEC COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3
Mec sobre rodas e 1 Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em
apoio aos Rgt em 1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE
81
Cmb Mec de Bda Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB
Portanto no BE Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem
somente VB sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng
deve possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve
possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBEL Pnt VBE com
implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas AC
etc)rdquo
As duas propostas realizadas pelo CMS estatildeo alinhadas com a maioria das
informaccedilotildees presentes neste trabalho
A primeira proposta poreacutem limita a possibilidade de decisatildeo do comandante
do batalhatildeo quanto ao emprego das unidades de acordo com a missatildeo O que limita
as capacidades do comandante da engenharia da brigada conforme descrito no
capiacutetulo 3 ldquoO comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na
conduta do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de
atender agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistasrdquo
No Apecircndice B questotildees 6 e 7 a grande maioria das respostas foi favoraacutevel
agrave organizaccedilatildeo proposta e a maioria favoraacutevel parcialmente agrave dotaccedilatildeo do batalhatildeo de
duas Cia E a quatro Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas
Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as opiniotildees
que culminaram em tal resultado
- ldquoSou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que
economiza meios e facilita o planejamentordquo
- ldquoConsidero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor (dotaccedilatildeo de VBE sobre
lagartas por todas as Cia E do batalhatildeo) A situaccedilatildeo do Paiacutes natildeo favorece estas
mudanccedilasrdquo
- ldquoo valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maiorrdquo
A partir dos comentaacuterios acima auxiliado pela experiecircncia do autor e alinhado aos
itens anteriores e agrave revisatildeo de literatura chegou-se agrave seguinte conclusatildeo
82
A sugestatildeo de uma organizaccedilatildeo ideal para o BE Cmb eacute a seguinte duas Cia E
Cmb uma dotada de VBTP sobre rodas em apoio aos RC Mec e uma Cia com
VBTP sobre lagartas em apoio ao RCB Isso justifica-se pelos seguintes motivos
- manutenccedilatildeo da natureza de cada Cia E Cmb permitindo assim o
acompanhamento dos regimentos por parte dos pelototildees (seja pela velocidade das
viaturas Guarani e Cascavel seja pela capacidade de transpor terrenos mais difiacuteceis
dos Leopard M113 e M60) e
- organizaccedilatildeo das companhias para emprego de um tipo de viatura (ou M113 ou
Guarani) facilitando a logiacutestica dentro da companhia
432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos
Embora a proposta inicial do trabalho fosse analisar a brigada de um exeacutercito
que tivesse uma estrutura semelhante a da Bda C Mec brasileira este autor natildeo
encontrou tal brigada
Para atingir esse objetivo foi realizada a comparaccedilatildeo com duas brigadas
distintas que se aproximam da estrutura desejada de forma diferente
Assim foram analisadas a brigada americana Stryker (SBCT) que eacute uma
Grande Unidade dotada de meios exclusivamente sobre rodas e a Brigada de
Infantaria Mecanizada da Alemanha que possui meios blindados e mecanizados em
suas tropas
A brigada Stryker possui as seguintes tropas da arma-base trecircs batalhotildees de
infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees um esquadratildeo de
cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de reconhecimento Stryker
conforme figura apresentada no capiacutetulo anterior
A engenharia que apoia a brigada eacute um batalhatildeo constituiacutedo de duas
companhias de constituiccedilotildees diferentes entre si
Uma Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees de engenharia de
combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo de apoio dotado de equipamentos de
abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas lineares (MICLIC) em
reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de comprovaccedilatildeo (rolo e arado)
A outra Cia E possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate
composto por trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e
83
um grupo de construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo
de minas)
Com base no estudo do MCoE Supplemental Manual 3-90 Force Structure
Reference Data de 2015 foi possiacutevel analisar que os meios utilizados na SBCT satildeo
basicamente viaturas leves caminhotildees cargo e viaturas Stryker por todos os
componentes da brigada excetuando-se apenas os equipamentos construccedilatildeo e
limpeza de vias de engenharia
O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas
das seguintes tropas de cavalaria e infantaria um batalhatildeo de reconhecimento
dotado de viaturas Fennek trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais
utilizam a viatura de combate Puma e um batalhatildeo de rifles que utiliza as viaturas
de combate multipropoacutesito Boxer GTK
Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado composto
por uma companhia de comando e apoio duas companhias de engenharia de
combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia e uma
companhia de pontes flutuantes
As companhias de combate satildeo compostas por um comando um pelotatildeo de
contramobilidade que constroacutei obstaacuteculos para barrar ou canalizar a forccedila inimiga
um pelotatildeo de abertura de brecha dotado de sistema de limpeza e da viatura Keiler
um pelotatildeo de eliminaccedilatildeo de municcedilatildeo que elimina artefatos explosivos e municcedilotildees
garantindo o traacutefego de tropas e um pelotatildeo de equipamentos responsaacutevel pelo
apoio agrave mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e
manutenccedilatildeo de estradas
A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas
blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de
engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais
conforme figura abaixo
A seguir satildeo apresentadas as viaturas componentes dessas brigadas com
seus respectivos pesos e velocidades viatura sobre rodas Fennek (103 ton e 115
kmh) Viatura de Transporte de Pessoal sobre rodas Fuchs (235 ton e 105 kmh)
utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate sobre lagartas Puma
utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Lanccedila-Pontes sobre lagartas
Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia sobre lagartas
84
Dachs (43 ton e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha sobre lagartas Keiler
(53 ton e 50 kmh)
Embora o trabalho tenha se desenvolvido de forma diferente do planejado
inicialmente este autor considera que foi positiva a anaacutelise pois duas brigadas
distintas de potecircncias beacutelicas que estatildeo sendo empregados em conflitos
atualmente apresentam diferentes formas de apoio
A brigada blindada alematilde mostrou uma proximidade maior agraves caracteriacutesticas da
brigada brasileira em razatildeo da mistura de meios sobre lagartas e sobre rodas o
que natildeo necessariamente conduz a mesma soluccedilatildeo
A anaacutelise permitiu afirmar que eacute possiacutevel o apoio a tropas mecanizadas por
uma engenharia dotada de meios sobre rodas como a Brigada Stryker
Por outro lado tambeacutem eacute possiacutevel que uma brigada mecanizada com viaturas
sobre rodas e viaturas sobre lagartas de classes diferentes e capacidades de
mobilidade diferentes seja apoiada por uma engenharia dotada de meios sobre
lagartas
Conforme Capiacutetulo 3 o apoio de engenharia agrave mobilidade dos regimentos
(RCB e RC Mec) atualmente eacute limitado ao emprego de equipamentos inadequados
para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito devido a inexistecircncia de
VBE
Considerando que na constituiccedilatildeo da brigada existe um RCB dotado de
VBCCC Leopard 1BR e VBCCC M60 A3-TTS foi analisado o emprego dos meios de
engenharia pelo exeacutercito americano e alematildeo onde natildeo foram encontradas
informaccedilotildees sobre apoio de engenharia com meios mecanizados para apoiar
viaturas blindadas sobre lagartas
De outra forma foi observado o emprego de meios especiais sobre lagartas
para apoio agraves tropas dotadas de viaturas sobre lagartas de classe consideraacutevel na
brigada alematilde - como as viaturas Dachs (43 ton) e as viaturas de combate Puma (43
ton) - e viaturas de grande mobilidade sobre rodas - como as viaturas Fennek (115
kmh) e Puma (105 kmh)
No Apecircndice C questotildees 1 2 e 3 foram apresentadas opiniotildees equilibradas
quanto ao emprego das VBE sobre lagartas e unanimidade para emprego dos tipos
de VBTP de acordo com a tropa apoiada (sobre rodas e sobre lagartas)
85
Com base nos comentaacuterios a seguir pretende-se responder agraves problemaacuteticas
levantadas com base na revisatildeo de literatura e reforccedilar as ideias que corroborem
com a proposta do autor
- ldquoA Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade
nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse
contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em
usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior
potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando
tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SRrdquo
Esse comentaacuterio explica como a Bda Inf Mec alematilde consegue realizar suas
missotildees sendo apoiada por um batalhatildeo de engenharia blindado que possui todas
as suas VBE construiacutedas sobre plataformas sobre lagartas E em relaccedilatildeo agrave
capacidade da VBE Eng a experiecircncia do autor permite testemunhar a favor da
afirmaccedilatildeo apresentada sobre a potecircncia e eficiecircncia que as VBE sobre lagartas
possuem e a restriccedilatildeo de trafegabilidade das viaturas sobre rodas no deslocamento
atraveacutes campo
- ldquonatildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das caracteriacutesticas de
terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que uma Vtr SL progrida
sobre o asfaltordquo
A afirmaccedilatildeo acima natildeo eacute verdadeira e seraacute respondida com base na
experiecircncia do autor As viaturas alematildes da famiacutelia Leopard inclusive as Leopard 2
que possuem maior classe satildeo deslocadas na Alemanha atraveacutes de estradas
asfaltadas O deslocamento sobre o asfalto natildeo eacute impedimento nem prejudicial agraves
viaturas sobre lagarta
No Apecircndice D questotildees 1 2 e 3 houve unanimidade quanto ao emprego de VBE
sobre lagartas e equiliacutebrio quanto agrave utilizaccedilatildeo de VBTP de mesmo tipo dos
elementos apoiados
Dos comentaacuterios apresentados foram selecionados os que seguem
86
- ldquoDependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode-se exigir a utilizaccedilatildeo de algum implemento
para apoiar a mobilidaderdquo
Esse comentaacuterio abre margem para avaliaccedilatildeo de uma proposta mais
audaciosa na qual deveria ser analisado o custo-benefiacutecio de empregarem-se
pelototildees embarcados em VBTP com implementos
Esse estudo deve avaliar inicialmente a capacidade de tal meio comportar o
sistema e um GE na mesma viatura e o custo de ter VBE sobre lagartas e VBTP
com implementos
Por falta de tempo para estudo de tal proposta o autor natildeo consideraraacute esta
proposta uma opccedilatildeo para este trabalho
- ldquoDevem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece
maior mobilidade atraveacutes terrenordquo
A utilizaccedilatildeo de VBTP M113 junto aos RC Mec eacute menos vantajoso pois
dificilmente o Pel E buscaraacute apoiar a mobilidade por caminhos natildeo utilizados pelas
VBPT Guarani por ser uma soluccedilatildeo de maior custo haja vista a quantidade de
viaturas que o pelotatildeo utiliza e por tornar-se uma opccedilatildeo de velocidade de apoio
Diferente do emprego das VBE sobre lagarta o emprego das VBTP sobre
lagarta natildeo traz ganho significativo nos trabalhos aleacutem de faacutecil identificaccedilatildeo visual
por parte do inimigo
As companhias do batalhatildeo de engenharia deveratildeo possuir VBTP sobre
lagartas e sobre rodas para apoiar respectivamente os RCB e os RC Mec Cabe
salientar entretanto que o emprego dessas VBTP natildeo devem ser de uso exclusivo
aos respectivos elementos devendo ser considerado seu emprego desta forma
apenas como mais adequado
Quanto agraves VBE o trabalho conduziu para que o batalhatildeo seja dotado de
viaturas sobre lagartas a fim de dotar os pelototildees de capacidade para organizaccedilatildeo do
terreno transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas e abertura de brecha em campo
minado atribuindo mobilidade adequada tanto para apoio aos RC Mec quanto para
apoio aos RCB pelos motivos jaacute analisados no capiacutetulo 42
87
Os materiais foram separados por tipo de trabalho realizado explorando as
necessidades de apoio dos regimentos da seguinte forma trabalhos de abertura de
brecha transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua e valas e trabalhos de organizaccedilatildeo do
terreno e desobstruccedilatildeo de vias
Das Viaturas Blindadas Especiais de abertura de brecha destacam-se as
seguintes
A Viatura americana M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de
Abertura de Brechas) construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams a qual eacute
dotada de dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) uma carga linear explosiva que
eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas
A viatura tem capacidade de lanccedilar uma carga explosiva atraveacutes de 100 a 150
metros destruindo minas bombas e IED sem expor a tripulaccedilatildeo que natildeo precisa
desembarcar Aleacutem disso a viatura possui um arado que permite complementar a
seguranccedila da brecha aberta por carga explosiva
O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado
como meio principal pois tem baixa resistecircncia Em meacutedia a cada trecircs minas
removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina implicando em sua
substituiccedilatildeo
A Viatura BMR-3M que consiste em uma viatura blindada russa baseada no
carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos que exercem um
peso superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as prematuramente Aleacutem dos
rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque magneacutetico e um sistema
jammer que impede o acionamento de explosivos controlados por raacutedio A
velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da densidade da mina e das
condiccedilotildees do solo
O sistema de rolo eacute apto para operar em solo seco e relativamente plano Aleacutem
disso deve ser utilizado como complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo
suporta entre trecircs a seis minas devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um
excelente sistema para identificaccedilatildeo do iniacutecio de um campo minado
A viatura alematilde Keiler a qual alega-se que limpa cerca de 98 das minas por
onde passa eacute equipada com um sistema composto por um rotor que eacute interligado a
88
vaacuterios pesos metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado
do solo realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas
explosivasEnquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o
local livre de minas
Viatura que apresenta alta eficiecircncia quando comparado ao MICLIC que natildeo
necessita de um meio complementar e que tem um baixo custo de utilizaccedilatildeo pois
seu sistema natildeo precisa ser recarregado a Viatura Keiler possui uma manutenccedilatildeo
simples apoacutes detonaccedilatildeo pois o acionamento prematuro das minas natildeo afeta seu
sistema podendo afetar peccedilas de faacutecil reposiccedilatildeo o que natildeo ocorre com o sistema
arado e rolo caso sejam utilizados sem complemento do meacutetodo explosivo
O sistema Python eacute um sistema britacircnico consiste em um reboque com uma
carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse
sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Bretanha
pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi
utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo
O implemento lacircmina para desminagem pode ser utilizado nas viaturas
meacutedias de rodas apresentando capacidade limitada de trabalho na remoccedilatildeo de
minas em superfiacutecies pavimentadas
O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um
sistema adicionado agraves viaturas sobre rodas que protege veiacuteculos do efeito de minas
e Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave
frente do veiacuteculo que realiza a abertura (Armytechnology)
Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas
atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para
acionamento de cargas explosivas
O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga
de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja
realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma
brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de
demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de
polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel
detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN)
Dos MEM para transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua ou valas destam-se
89
A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1
BR) eacute viatura modificada da versatildeo alematilde Panzerschnellbruumlcke 1 para o Brasil
Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de transportar montar (a
ponte eacute transportada em duas metades) e lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22
metros sobre um vatildeo de 20 metros
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no
chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m
em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta
viatura que realiza o lanccedilamento vertical tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC
fornecendo um niacutevel muito alto de proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de
consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas terrestres e contra agentes QBRN
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para
transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a
partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem
a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros
A viatura que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo
semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de
gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional no
campo de batalha
O feixe de tubos ou Pipe Fascine ao ser colocado dentro de um Fosso
Anticarro (Fosso AC) estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo
permite a passagem de viatura sobre sua superfiacutecie cumprindo funccedilatildeo semelhante a
da ponte
Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de
Engenharia ou adaptada em outras viaturas ou reboques Uma necessidade para
lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste
ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes
ser lanccedilado
O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema para
viaturas sobre rodas que pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de
transporte de pessoal utilizadas pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens
em pequenos cursos drsquoaacutegua O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System)
por exemplo permite o lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13
metros
90
Dentre os MEM para organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias
destacam-se
Os sistemas lacircmina reta e escavadeira satildeo implementos que podem ser
instalados nas viaturas meacutedias de rodas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo
do terreno
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1
BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil
Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o
qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que realiza
trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de lacircmina de
apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos trabalhos
com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar cortes que
frouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com capacidade de
ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e solda e
policorteesmerilhadeira (Manual de operaccedilatildeo VBE Eng Leo 1 BR p 2)
Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura que seraacute apresentada a
seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada pela Alemanha devido a sua alta
qualidade
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a
versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo
anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que
pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas
junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas
eletromagneacuteticas
A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de
concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2
aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de uma
operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa trabalhos com
escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma blindagem e proteccedilatildeo
contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo de armas pequenas e
projeacuteteis de artilharia
91
Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado de
grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento
rebocado Python
Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos ou
um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo)
De acordo com o que foi apresentado percebe-se que existe uma gama de
materiais disponiacuteveis no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar aos Pel E Cmb
das Cia E Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos
da Bda C Mec
Dentre eles como viatura para abertura de brecha destaca-se o Keiler viatura
que utiliza um sistema barato quando comparado ao MICLIC e completo quando
comparado agraves viaturas arado e rolo Outrossim a manutenccedilatildeo do seu sistema em
combate eacute simples de ser realizada por necessitar de troca de peccedilas de faacutecil
substituiccedilatildeo
Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt Biber
que jaacute eacute utilizada no Brasil e o feixe de tubos para o qual jaacute existem estudos no
Brasil sobre a possibilidade de fabricaccedilatildeo dos tubos Essa tambeacutem eacute uma soluccedilatildeo
barata e eficiente que adaptada sobre uma viatura em desuso como as VBCCC
Leopard 1 que estatildeo no Parque Regional de manutenccedilatildeo ou outra viatura que tenha
o chassi em boas condiccedilotildees de funcionamento onde seja adaptado um braccedilo com
funcionamento hidraacuteulico para lanccedilamento e remoccedilatildeo do feixe
Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as
viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende bem
as tropas blindadas
Este autor buscou apresentar algumas caracteriacutesticas principais desses
materiais buscando analisar pontualmente as funcionalidades dessas viaturas com
base nas capacidades miacutenimas que faltam nos Pel E Cmb que apoiam as Bda C
Mec As viaturas mencionadas possuem muitos outros benefiacutecios os quais natildeo
foram aprofundados por natildeo serem objetivo do presente estudo
433 Caracteriacutesticas dos meios
No Apecircndice A questatildeo 4 as respostas recebidas mostraram opiniatildeo
unacircnime em relaccedilatildeo agrave necessidade de dotar a Cia E Cmb Mec com ponte classe
92
que atenda tanto as VBTP-MR Guarani quanto as VBCCC Leopard (classe 45) e
VBCCC M60 A3-TTS (classe 55) caracteriacutestica que nem o sistema americano para
viaturas sobre rodas REBS possui Como jaacute mencionado na revisatildeo de literatura
esse sistema lanccedila ponte de classe 50
No Apecircndice A questatildeo 5 a grande maioria respondeu que o apoio de
engenharia aos regimentos por VBEL Pnt sobre lagartas eacute pertinente
Os comentaacuterios contribuiacuteram para complementar o raciociacutenio apresentado
pelas questotildees da seguinte forma
- ldquoA vantagem de se ter na OM Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de
VBE lanccediladora de ponte sobre lagartas seria que a mesma poderia atender
com maior mobilidade atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCBrdquo
No Apecircndice B questotildees 4 foi unacircnime a aceitaccedilatildeo da afirmativa que considera
que a classe da ponte da VBEL Pnt deve atender agrave classe da viatura de maior
classe (atualmente a VBCCC M60)
A anaacutelise dos comentaacuterios a seguir apresentados permitiratildeo uma explicaccedilatildeo mais
detalhada
- ldquoA Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros para
Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VBCCC M60 eacute uma soluccedilatildeo paliativa A
VBCCC Padratildeo do EB eacute o Leopardrdquo
Quanto a essa afirmativa foram consideradas duas situaccedilotildees a primeira fruto
da anaacutelise da atual situaccedilatildeo que paleativa ou natildeo eacute a existecircncia da Vtr M60 cuja
classe natildeo eacute suportada pela ponte do sistema REBS a outra fruto da anaacutelise de
uma situaccedilatildeo futura eacute que o Exeacutercito jaacute estaacute pensando no projeto de uma nova
VBCCC para substituir o Leopard 1A5 e consequentemente as viaturas Leopard 1
e o M60 Esse estudo natildeo definiu ateacute o momento entretanto a classe nem o
momento dessa substituiccedilatildeo
Destaco que a maior importacircncia dessa questatildeo foi identificar a opiniatildeo sobre
a capacidade do emprego de viaturas sobre lagartas em atender agraves necessidades
dos regimentos
93
No Apecircndice B questotildees 5 a maioria das respostas foram contraacuterias agrave
utilizaccedilatildeo de pontes lanccediladas por viaturas sobre rodas ao considerar sua falta de
capacidade de suporte agraves viaturas mais pesadas
A exploraccedilatildeo dos seguintes comentaacuterios apresentados permitiratildeo reforccedilar o
resultado atingido
- ldquoA classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves necessidades da
Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas deve ter capacidade de
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartasrdquo
Embora concorde com a afirmaccedilatildeo quando comparamos a diferenccedila de
capacidades entre as VBEL Pnt dos paiacuteses mais desenvolvidos verificamos a
dificuldade das viaturas sobre rodas proporcionarem semelhante capacidade
propiciada pelas sobre lagartas
Essa avaliaccedilatildeo eacute facilitada quando comparamos o implemento para viaturas
sobre rodas e a viatura sobre lagartas empregados pelo mesmo paiacutes
O sistema americano REBS que proporciona suporte para viaturas de classe
50 em vatildeos de ateacute 13 metros mostra-se muito inferior quando comparado agrave
capacidade da viatura Wolverine de lanccedilar uma ponte de classe 70 em vatildeo de ateacute
24 metros Quase o dobro de largura de vatildeo em relaccedilatildeo agrave ponte lanccedilada pelo
sistema REBS
Destarte a crescente demanda de pontes de maior classe torna niacutetidos os
benefiacutecios de investir-se em pontes de pequenas brechas de maior capacidade
- ldquoUm detalhe que deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de
velocidade e manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt
conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo ela
ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui elementos
de Man SL e SR a engenharia orgacircnica tambeacutem deva ter essa caracteriacutestica Assim
eacute vaacutelido pensar que nesse BE Cmb Mec deva existir no miacutenimo uma fraccedilatildeo E Cmb
Bld (SL)rdquo
Pode-se contrapor o referido comentaacuterio por meio da anaacutelise do emprego do
exeacutercito alematildeo o qual apoia a Bda Inf Mec com VBE sobre lagartas permitindo
94
afirmar assim que a utilizaccedilatildeo de tais meios no apoio aos elementos dotados de
viaturas sobre rodas natildeo impactaraacute no acompanhamento dos regimentos
Em complemento a essa anaacutelise pode-se analisar o procedimento
experimental que foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de Blindados constante no
Apecircndice E Com meios sobre lagarta um Pel E Cmb acompanhou toda a manobra
em ambiente virtual de um RC Mec da 3ordf Brigada de Cavalaria Mecanizada natildeo
sendo prejudicado seu apoio pela velocidade dos meios empregados
No Apecircndice C questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas tornando-se mais
adequado a anaacutelise dos comentaacuterios para avaliaccedilatildeo das questotildees propostas
- ldquoConcordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial para
a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em algumas
situaccedilotildees por Vtr SLrdquo
De acordo com o emprego realizado na Alemanha conforme capiacutetulo 3 o apoio
prestado pelas VBE sobre lagartas natildeo eacute um problema que afeta a funccedilatildeo de
combate Movimento e Manobrardquo
- ldquoNatildeo obstante agraves vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade
de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os
meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo ao
Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade natureza
da missatildeo e tipo de tropa apoiadardquo
Quanto agrave flexibilidade de apoio natildeo foi identificada a referida problemaacutetica mas as
vantagens estatildeo de acordo com o que o estudo identificou ateacute agora
No Apecircndice D questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas e devido agrave baixa
quantidade de respostas tornou-se mais adequado analisar seus comentaacuterios como
se segue
- ldquoEacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em
qualquer terreno mas por outro lado impacta enormemente na cauda logiacutestica
Insisto que as Bda C Mec devam manter suas caracteriacutesticas de velocidade
95
principalmente trafegabilidade e mobilidade Recordo que os meios sobre roda
garantem entre outras vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para
as Bda C Mec a velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees
baacutesicas de Rec e Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre
rodas eacute a configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C
Mec do EBrdquo
Do mesmo modo que nossas Bda C Mec a Bda Inf Mec alematilde eacute dotada de
viaturas leves e raacutepidas as quais necessitam ser acompanhadas e apoiadas
adequadamente pelos pelototildees de engenharia Portanto mais uma vez a
comparaccedilatildeo com o emprego da engenharia na brigada alematilde torna-se fundamental
para comprovar a eficiecircncia do apoio com VBE sobre lagartas
- ldquoA Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos
quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o RCB
seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo considerando a maior
diversidade de materiais nesta anaacuteliserdquo
Realmente o custo com suprimentos manutenccedilatildeo e complementando gasto
com combustiacutevel das viaturas sobre lagartas eacute maior que das viaturas sobre rodas
Todavia os benefiacutecios desse investimento seriam
- ganho na compra de um lote maior de viaturas sobre lagartas (quanto maior o
nuacutemero de viaturas menor seraacute o preccedilo)
- ganho em capacidade de trabalho (as viaturas sobre rodas possuem muitas
limitaccedilotildees para a VBEL Pnt a limitaccedilatildeo de classe e para as VBE Eng e VBE
desminagem capacidade muito inferior de utilizar os equipamentos como lacircmina
escavadeira o arado ou rolo atraveacutes campo onde a traccedilatildeo eacute extremamente
necessaacuteria
- ganho na proteccedilatildeo no qual destaca-se em relaccedilatildeo agraves VBTP por ser um meio
mais nobre para as forccedilas amigas e compensador para as inimigas e pela maior
necessidade de exposiccedilatildeo aos fogos haja vista que em operaccedilotildees de abertura de
passagem esse meio seraacute conduzido agrave frente para a realizar a reduccedilatildeo dos
obstaacuteculos
96
434 Quantidade de VBE por BE Cmb
No Apecircndice C questatildeo 6 houve uma aceitaccedilatildeo maior que reprovaccedilatildeo o
que poderaacute ser complementado pela anaacutelise dos comentaacuterios que se seguem
- ldquoDeve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de
manobra a apoiar mas tambeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em que a
Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-se desdobrar
em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades maacuteximas de comando e
controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse levantamento pode-se traccedilar melhor
as necessidades totais de meios de Eng para apoio inclusive com os meios
reservasrdquo
- ldquoPara realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os
batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a necessidade de
uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como implemento para as Vtr
da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito americano como um modelo
(uma ideia) seria interessante ter uma Vtr especializada de engenharia como os
ABV que jaacute possuem o miclic e o arado na mesma Vtrrdquo
A primeira afirmativa talvez seja a situaccedilatildeo ideal de apoio de uma engenharia
de brigada entretanto para se atingir a capacidade miacutenima de apoio a dotaccedilatildeo de
VBE natildeo precisa atingir cada zona de accedilatildeo mas cada regimento empregado pela
brigada com no miacutenimo um meio principal e um reserva
De acordo com o estudo dos meios do exeacutercito americano verifica-se que sua
engenharia de brigada natildeo tem meios para apoiar cinco zonas de accedilatildeo limitando-se
ao apoio das companhias por unidade Desta forma a complementariedade desse
apoio cabe agrave engenharia de divisatildeo agrave brigada
Em relaccedilatildeo a segunda proposiccedilatildeo pela proximidade das caracteriacutesticas da
brigada faz-se mais conveniente analisar a quantidade de meios do batalhatildeo da
Alemanha que dos Estados Unidos
Desta forma identifica-se que cada companhia do batalhatildeo de engenharia da
Alemanha aleacutem de sistema de lanccedilamento de minas e botes de assalto deteacutem 3
(trecircs) viaturas lanccediladoras de ponte 2 (duas) viaturas de abertura de brecha 2 VBE
Eng
97
Esta distribuiccedilatildeo mostra-se coerente com a miacutenima necessidade dos
regimentos da Bda C Mec os quais precisam ser apoiados com no miacutenimo duas
VBE Eng e duas viaturas de abertura de brecha no caso de emprego de dois
esquadrotildees em primeiro escalatildeo
A dotaccedilatildeo de 3 VBEL Pnt tambeacutem justifica-se pois atende a necessidade de
transposiccedilatildeo em trecircs locais simultaneamente ou em dois locais permanecendo com
uma viatura em reserva primando pela seguranccedila da operaccedilatildeo
De acordo com o acima exposto conclui-se que as companhias do batalhatildeo de
engenharia necessitam de trecircs VBEL Pnt duas VBE Eng e duas viaturas para
abertura de brecha
Como conclusatildeo da anaacutelise da Variaacutevel Dependente de acordo com o que
foi analisado concluo parcialmente que o batalhatildeo de engenharia da brigada
composto por duas Companhia Engenharia de Combate deve ter 4 Pelototildees
de Engenharia de Combate por companhia para as cumprir as missotildees de
apoio direto reforccedilo apoio suplementar e apoio ao conjunto
Com base na anaacutelise das brigadas de outros exeacutercitos eacute possiacutevel a
utilizaccedilatildeo de meios sobre lagartas e sobre rodas mesmo que elas tenham
classes e capacidades de mobilidade diferentes para apoio agraves Brigadas de
Cavalaria Mecanizada
Atualmente os meios de dotaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec satildeo inadequados
para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e a inexistecircncia de
viaturas blindadas especiais de engenharia restringe suas capacidades de
apoio sob fogos diretos mesmo de armas de baixo calibre
Para solucionar este problema pocircde-se observar a existecircncia de
materiais no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar os Pel E Cmb das Cia E
Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos da
Bda C Mec
Dentre eles destaca-se a viatura para abertura de brecha Keiler viatura
que utiliza um sistema barato e capaz de realizar sozinha a abertura completa
com manutenccedilatildeo simples
Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt
Biber e o sistema de feixe de tubos A primeira por ser um material eficiente
que jaacute eacute empregado pelas Brigadas Blindadas e a segunda por ser um
98
sistema barato e de faacutecil implementaccedilatildeo em viaturas repotencializadas como
as viaturas Leopard 1 desde que tenham seus sistemas baacutesico em
funcionamento
Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as
viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende
bem as tropas blindadas
De acordo com a anaacutelise realizada o BE Cmb Mec necessita dos
seguintes materiais para reforccedilo das Cia E Cmb 6 (seis) VBEL Pntcom duas
pontes cada 4 (quatro) VBE Eng 4 (quatro) Viaturas lanccediladoras de feixe de
tubos e 4 (quatro) viaturas para abertura de brecha
99
5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES
A presente dissertaccedilatildeo de mestrado classificada quanto agrave sua forma de
abordagem como qualitativa e quanto ao objetivo geral como exploratoacuteria e
descritiva teve como tema a A Engenharia de combate da Brigada de Cavalaria
Mecanizada Uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos
empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas
O problema central da pesquisa balizou o desenvolvimento do trabalho para
atingir o objetivo geral direcionando-o para o desenvolvimento da proposta mais
adequada de emprego da engenharia no apoio agraves Brigadas de Cavalaria
Mecanizada
Embora tenha sido observada a inexistecircncia de algumas bibliografias a
pesquisa bibliograacutefica permitiu atingir plenamente os objetivos especiacuteficos
relacionados agraves questotildees de estudo acima enumeradas
Nessa fase foram analisados os conceitos receacutem introduzidos no Exeacutercito os
materiais adquiridos e em desenvolvimento atraveacutes dos Projetos Leopard e
Guarani a organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a Companhia de
Engenharia de Combate
Por meio deste estudo foram identificadas as capacidades e limitaccedilotildees dos
elementos empregados em primeiro escalatildeo pela brigada e as capacidades
previstas para o apoio dos Pelototildees de Engenharia desta companhia no apoio em
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Observou-se a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas capacidades e limitaccedilotildees dos Pel
E Cmb identificando os materiais existentes para apoio agrave mobilidade dos
Regimentos e a necessidade de reforccedilos pela Cia E Cmb a fim de realizar um apoio
efetivo
Apoacutes o referido estudo buscou-se complementar os estudos de revisatildeo
bibliograacutefica com a aplicaccedilatildeo de questionaacuterios e procedimento experimental
Para cumprir esse objetivo os questionaacuterios foram enviados a comandantes e
ex-comandantes dos regimentos de cavalaria e companhias de engenharia das
Brigadas de Cavalaria Mecanizada os quais tinham experiecircncia no emprego das
tropas estudadas
Em complemento agrave experiecircncia dos grupos citados foram enviados
100
questionaacuterios aos oficiais de engenharia e instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de
Blindados que realizaram curso de comandante de subunidade nos Estados Unidos
ou na Alemanha a fim de contribuiacuterem com experiecircncias e conhecimentos
adquiridos nesses paiacuteses
Desta forma identificou-se a limitaccedilatildeo em meios e em pessoal e
consequentemente ineficiecircncia da companhia de engenharia em realizar um apoio
adequado em uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e ainda apresentar
condiccedilotildees de realizar trabalhos de apoio ao conjunto suplementar e ficar em
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada
Desta feita foram analisadas soluccedilotildees em material e emprego capazes de
tornar o apoio da engenharia suficiente agraves necessidades miacutenimas e imediatas dos
regimentos Assim a anaacutelise seguiu os indicadores e dimensotildees da Variagravevel
Independente e Dependente as quais foram medidas de acordo com as questotildees
constantes nos apecircndices conforme quadros 1 e 2 das Definiccedilatildeo operacional das
variaacuteveis
Isto posto a fim de adequar o emprego e os meios da engenharia da brigada
identificou-se a necessidade de propor uma nova organizaccedilatildeo a fim de solucionar
as suas limitaccedilotildees Com isso concluiu-se que se faz necessaacuteria a mudanccedila do
apoio de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada para um
Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
Para o adequado apoio do Batalhatildeo junto aos Regimentos dotados de
viaturas mecanizadas e blindadas questionou-se a caracteriacutestica dos meios a serem
empregados pela engenharia
A soluccedilatildeo desta questatildeo foi amparada no estudo realizado por meio de
revisatildeo bibliograacutefica pelo procedimento experimental pelas respostas dos
questionaacuterios e seus comentaacuterios
Todos esses procedimentos e instrumentos direcionaram a proposta para a
estrutura de um BE Cmb a duas companhias com quatro pelototildees cada Uma
companhia deve ser dotada de VBTP sobre rodas para apoiar os RC Mec e a
companhia dotada de VBTP sobre lagarta deve apoiar o RCB e se for necessaacuterio
ficar em condiccedilotildees de apoiar o RC Mec
O procedimento experimental contribuiu para identificaccedilatildeo de uma suporte
adequado agrave brigada o qual foi realizado pela Seccedilatildeo de Simuladores do Centro de
Instruccedilatildeo de Blindados por meio do Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual
101
(TTAV) o qual realizou um treinamento com emprego de um RC Mec de uma Bda C
Mec em um Movimento Retroacutegrado que mesmo tendo sido aplicado um tipo
totalmente diferente da operaccedilatildeo em questatildeo permitiu a anaacutelise da capacidade das
viaturas blindadas sobre lagartas no acompanhamento das viaturas blindadas sobre
rodas no cumprimento de suas missotildees
Esse treinamento contribuiu para corroborar com a anaacutelise realizada na
doutrina alematilde que permitiu afirmar que os meios sobre lagartas utilizados pela
engenharia tem condiccedilotildees de apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada mesmo
quando esses meios satildeo empregados junto a um RC Mec
Outrossim chegou-se agrave identificaccedilatildeo dos meios que o Batalhatildeo de
Engenharia de Combate Mecanizado deve possuir para reforccedilar em meiois os Pel E
Cmb de acordo com as necessidades de apoio dos Regimentos de uma Bda C Mec
no Aproveitamento do Ecircxito quais sejam quatro VBE Eng quatro VBE de abertura
de brecha (do tipo Keiler) e seis VBEL Pnt (com duas pontes cada) todas sobre
lagartas
Com as conclusotildees do presente trabalho pretende-se adequar o apoio
prestado pela engenharia da brigada por meio da adequaccedilatildeo de seu emprego e de
seu material e refletindo na sua organizaccedilatildeo a fim de capacitaacute-la a apoiar os
elementos empregados em primeiro escalatildeo pela Brigada de Cavalaria Mecanizada
Como soluccedilatildeo praacutetica o autor apresenta no Anexo B a proposta consolidada
em uma Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash
As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees a qual se apresenta
como base para modificaccedilatildeo do emprego da engenharia da brigada e
consequentemente servir de embriatildeo de um novo manual
Uma sugestatildeo para a experimentaccedilatildeo doutrinaacuteria eacute a transformaccedilatildeo da 3ordf
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada de Dom Pedrito-RS em
batalhatildeo a fim de aproveitar as instalaccedilotildees atuais as quais eram de utilizadas pelo
14ordm Regimento de Cavalaria Mecanizada
O presente trabalho explorou a adequaccedilatildeo do apoio de engenharia da Bda C
Mec a partir da anaacutelise do seu emprego e do seu material no apoio aos elementos
em primeiro escalatildeo em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Outros estudos se fazem necessaacuterios para complementar as capacidades
necessaacuterias a esse batalhatildeo Dessa maneira o autor recomenda por meio do
QUADRO 17 a seguir os seguintes temas
102
QUADRO DE PROPOSTA PARA NOVAS PESQUISAS NA ESAO
Tema sugerido Especialista recomendado
BE Cmb de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma proposta de Quadro de Dotaccedilatildeo de Material (QDM) e Quadro de Cargos Previstos (QCP)
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
Equipagens para transposiccedilatildeo de curso drsquoaacutegua adequaccedilatildeo dos meios de transposiccedilatildeo de uma Bda C Mec
Militar de engenharia que tenha comandado uma Companhia de Engenharia de Pontes
TTP do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado na Operaccedilatildeo de Abertura de Passagem
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
Emprego de feixe de tubos em viaturas blindadas para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas
Oficial que tenha experiecircncia com blindados
Viatura de Abertura de Brecha Keiler Uma viatura para solucionar uma deficiecircncia da engenharia brasileira
Oficial de engenharia com curso de desminagem preferencialmente habilitado em
alematildeo
O emprego de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio na Companhia de Engenharia de Combate de um BE Cmb Mec Uma sugestatildeo de dotaccedilatildeo de meios de emprego junto aos elementos em primeiro escalatildeo pela Cia E Cmb
Oficial que tenha servido em Batalhatildeo de Engenharia preferencialmente que tenha
comandado uma Companhia de Comando e Apoio
Doutrina do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado da Brigada de Cavalaria Mecanizada
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
QUADRO 17 - Propostas de novas pesquisas relacionadas ao apoio de engenharia agrave uma Bda C Mec Fonte O autor
______________________________ Saulo dos Santos Marques
Capitatildeo de Engenharia
103
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109
APEcircNDICE A ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-
COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que jaacute foi comandante de Regimento de Bda C Mec eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
110
A ndash ESCALAtildeO DE APOIO DE ENGENHARIA
1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual
descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a
Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia
Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a
Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a
engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb
Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES
1 Com essa organizaccedilatildeo o BE Cmb Mec poderia empregar uma SU em apoio
direto aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo
ainda uma Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado na Z Accedil da Bda
111
2 Penso que o ideal seria um BE Cmb Mec a 3 Cia com 4 Pel E Cmb cada
permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra da Bda com uma SU Caso a
Bda receba o RC Mec divisionaacuterio deve receber tambeacutem uma SU Eng Cmb
da Divisatildeo
3 Essa eacute dosagem miacutenima tendo em vista a envergadura e pletora de meios da
tropa apoiada
2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia
de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base
nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave
engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo
de valor de um BE Cmb
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
112
1 Embora concorde com a organizaccedilatildeo sugerida no quesito anterior acredito
que natildeo se deva tomar por base uma organizaccedilatildeo do inimigo feita com
finalidades especiacuteficamente escolares A organizaccedilatildeo a ser considerada eacute
aquela adotada por potenciais ameaccedilas
2 Utilizando a mesma dosagem de uma Cia Eng Cmb por Elemento de
manobra valor Batalhatildeo ou Regimento
B ndash QUANTO AOS MEIOS
3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt
Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo
viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos
apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo
com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa
afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo
em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas
ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
113
Comentaacuterio das opiniotildees
1 A Bda C Mec conduz por suas caracteriacutesticas operaccedilotildees de movimento
Destarte todos os meios que facilitem o movimento satildeo importantes para ela
2 Haveria dificuldade de acompanhamento dos Elm 1ordm Esc pela velocidade de
deslocamento
3 Eacute INDISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios pela Eng da Bda
C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS
4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a
possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60
e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe
superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave
classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos
de viaturas
114
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Essa eacute uma assertativa bastante oacutebvia Os meios de transposiccedilatildeo devem
assegurar o movimento de todas as Vtr empregadas pela Bda C Mesc
2 Quem apoia mais apoia menos Esse um princiacutepio que atende plenamente ao
princiacutepio de guerra de economia de meios
5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de
transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente
que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
115
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Volto agrave resposta dada no quesito anterior Os meios de Eng devem ser
necessaacuterios e suficientes para assegurar que TODAS as Vtr da Bda
transponham o obstaacuteculo Como estaacute colocada a questatildeo seria concordar
com que o RCB principal elemento de forccedila da Bda natildeo pudesse empregar
seus CC
2 Sobre a afirmativa eacute bom lembrar as VBE Lccedil Pnt devem deslocar-se com
suas pontes somente em pequenos trechos no compartimento de combate
ateacute o local de lanccedilamento (essas pontes satildeo equipamentos fraacutegeis natildeo
devendo ser deslocadas sobre a VB por longos trechos) Ateacute a aproximaccedilatildeo
desse compartimento as pontes devem ser transportadas em pranchas e se
possiacutevel as VBE Lccedil Pnt sobre lagarta tambeacutem A vantagem de se ter na OM
Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de VB lanccediladora de ponte
sobre lagartas seria que a mesma poderia atender com maior mobilidade
atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCB Essa VB sobre lagarta
deveria como jaacute foi dito possuir uma viatura Cavalo Mecacircnico com prancha
para a aproximaccedilatildeo da VB ateacute o compartimento de combate (onde deveraacute
lanccedilar a Pnt ) e outra para transportar no miacutenimo as suas trẽs pontes de
pequena brecha
116
3 A Eng da Bda deve ter condiccedilotildees de apoiar o movimento de TODOS os meios
da Bda
D ndash SUGESTOtildeES
6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por
um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o
RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais
capacitada a apoiar os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Ver resposta do quesito seguinte
2 Estamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C
Mec Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf
Mec A proposta do CMS ( a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que
apoacutes anaacutelise do projeto decidiu junto com o COTER que o BECmb Mec
117
deveria ter somente 2 Cia Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo
CMS Na visatildeo do CMS 2 Cias apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma
com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria no apoio a toda a brigada (demais OM
em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa decisatildeo de 2017 foi modificada
a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as duas Cia Eng (decisatildeo DEC
COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3 Mec sobre rodas e 1
Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em apoio aos Rgt em
1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE Cmb Mec de Bda
Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB Portanto no BE
Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem somente VB
sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng deve
possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve
possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBE LccedilPnt VBE com
implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas
AC etc)
3 Estudar se uma Cia eacute suficiente para apoiar os dois R C Mec
4 Na minha opiniatildeo o Batalhatildeo de Engenharia deveria ter 3 Cia sendo duas
dotadas de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas para apoiar os dois RC
Mec e uma dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagarta para apoiar
o RCB permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra valor Regimento da
Bda
7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia
a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas
companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
118
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o
que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica
2 Ver observaccedilatildeo do item anterior
3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel
E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e
VB com lagartas As VBE Lccedil Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute
citado em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior
flexibilidade e rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec
como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre rodas
4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de
mobilidadevelocidade igual ou superior
5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1
Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento
orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng
na Boa C Mec Cabe ressaltar que um incremento (transformaccedilatildeo de Cia para
119
Btl) impacta outros sistemas operacionais da Bda (principalmente o logiacutestico)
acarretando uma mudanccedila quase impossiacutevel na Brigada
120
APEcircNDICE B ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-
COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que jaacute foi comandante de Companhia de Engenharia de Bda C Mec
eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
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A ndash ESCALAtildeO DA ENGENHARIA DA BDA C MEC
1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual
descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a
Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia
Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a
Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a
engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb
Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES
1 Natildeo vejo a necessidade das Cia E Cmb Mec possuam os 04 Pel E Cmb
acredito que 03 Pel E Cmb jaacute seriam adequados
2 Doutrinariamente sim Em tempo de paz acredito que um Batalhatildeo de
Engenharia com 01 Cia E Cmb cumpre bem a missatildeo
122
3 Nas atuais condiccedilotildees do Paiacutes seria muito difiacutecil a migraccedilatildeo de Cia E Cmb
Mec para BE Cmb Mec
4 Em que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai16) prever uma E Bda Inf
Mec compota por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala
de aula da proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para
Mnt do C2 por parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar
pesquisando essa situaccedilatildeo sugiro uma composiccedilatildeo do BECmb Mec (ou Bld)
de 4 CiaECmb a 2 Pel E Cmb e 1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em
Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o
C2 por parte do Cmdo BE bem como a emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de
missotildees
5 A engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE
Cmb Mec a 3 companhias de 3 Pel E Cmb cada
2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia
de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base
nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave
engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo
de valor de um BE Cmb
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
123
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o
que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica
2 Ver observaccedilatildeo do item anterior
3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel
E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e
VB com lagartas As VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado
em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e
rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP
(Pel E) e VBE Eng sobre rodas
4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de
mobilidadevelocidade igual ou superior
5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1
Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento
orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng
B ndash QUANTO AOS MEIOS
124
3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt
Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo
viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos
apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo
com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa
afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo
em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas
ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
1 O Guarani assim como a Viatura Stryker veiacuteculo das tropas mecanizadas
Norte-Americanas deveria possuir os implementos de engenharia
necessaacuterios para a realizaccedilatildeo de abertura de passagem A abertura de
passagem deveria assim como ocorre com a transposiccedilatildeo de curso daacutegua
deveria ser encarada como uma operaccedilatildeo que possui como uma de suas
fases a reduccedilatildeo do obstaacuteculo a ser transporto
125
2 A proteccedilatildeo blindada eacute fundamental para o combatente mecanizado
3 A Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira
de Alta Mobilidade e Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel
de Eqp Eng Bda Mec) e de Vtr Lanccedila Pontes Sobre Rodas (REBS)
4 Eacute INDISPENSAacuteVEL Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de
Bda eacute totalmente ineficiente numa situaccedilatildeo de combate moderno
5 Eacute possiacutevel afirmar que eacute INDISPENSAacuteVEL no combate moderno a utilizaccedilatildeo
desses meios
6 Esses Eqp BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia E
C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS
4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a
possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60
e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe
superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave
classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos
de viaturas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
126
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Com certeza
2 A Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros
para Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VB CC M60 eacute uma soluccedilatildeo
paliativa A VB CC Padratildeo do EB eacute o Leopard
3 Na distribuiccedilatildeo dos meios entre as fraccedilotildees que estaratildeo em Ap Pccedil Man as
que estaratildeo em Ap Fraccedilotildees de Guarani poderatildeo receber Pnt P Bre de menor
classe Ou seja poderatildeo haver Pnt P Bre de classes diferentes Todavia eacute
interessante que a VBL Pnt tenha capacidade de lanccedilar a de maior classe
4 Elas jaacute possuem essa capacidade
5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de
transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente
que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
127
Comentaacuterio das opiniotildees
1 A classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves
necessidades da Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas
deve ter capacidade de transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
2 Uma Brigada Mecanizada possui meios SR e SL Logo um BE Cmb Mec
deve possuir meios SR e SL
3 As VBLPnt sobre lagartas devem ser utilizadas para Bda Bld As VBLPnt
sobre rodas devem ser utilizadas para as Bda Mec
4 Acredito que existam VBEL Pnt sobre rodas que tenha capacidade de
transportar Pnt com Classe para blindados sobre lagartas Um detalhe que
deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de velocidade e
manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt
conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo
ela ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui
elementos de Man SL e SR a engenharia Orgacircnica tambem deva ter essa
caracteriacutestica Assim eacute vaacutelido pensar que nesse BECmbMec deva existir no
miacutenimo uma Fraccedilatildeo E Cmb Bld (SL)
5 O apoio da engenharia ao combate deve ser inexoraacutevel podendo o Batalhatildeo
possuir os dois tipos de Vtr Lccedil Pnt sobe rodas e sobre lagartas
128
D ndash SUGESTOtildeES
6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por
um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o
RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais
capacitada a apoiar os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Natildeo vejo necessidade dessa especializaccedilatildeo das Cia Acredito que elas
devem ter as mesmas capacidades e estar aptas a transpor qualquer tipo de
tropa da Bda C Mec
2 Conforme comentaacuterio anterior
3 Como jaacute apresentei seria mais interessante no miacutenimo 01 CiaECmbBld em
Ap RCB e 02 CiaECmbMec em Ap aos 2 RCMec
129
4 Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado
por um Batalhatildeo a 3 Companhias de 3 Pelototildees sendo uma Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a
apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre rodas mais capacitadas a apoiar os RC Mec
7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia
a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas
companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Sou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que
economiza meios e facilita o planejamento
130
2 Considero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor A situaccedilatildeo do Paiacutes
natildeo favorece estas mudanccedilas
3 Semelhante ao exposto no item 5 um Ap Eng SL a uma fraccedilatildeo C Mec em
situaccedilatildeo de deslocamentos sobre eixos pavimentados ou natildeo poderaacute ser
retardado em relaccedilatildeo aacute velocidade alcanccedilada pelas Vtr SR Aleacutem disso o
valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maior
4 Eacute pertinente afirmar que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seraacute mais
adequado se for realizado por um Batalhatildeo a 3 Companhias com 3 Pelototildees
cada sendo uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre
lagartas mais capacitada a apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de
Viaturas Blindadas Especiais sobre Rodas mais capacitadas a apoiar os RC
Mec
5 Lembre-se que a Cia poderaacute solicitar apoio agrave ED Para a realidade do nosso
Exeacutercito uma Cia E bem equipada cumpriria sua missatildeo
131
APEcircNDICE C ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE
ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA
ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que realizou o curso de comandante de subunidade de engenharia
nos EUA ou Alemanha eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
132
A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS
Figura 1 - Viatura Fennek
Figura 2 - Viatura Dingo
Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas
133
1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais
satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada
utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas
Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para
abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As
viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as
apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C
Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M
60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha
empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo parcialmente pois sou partidaacuterio do emprego da Unidade como um
todo Desta feita as Vtr desta unidade precisam ter as mesmas
caracteriacutesticas ou seja todas SR ou todas SL Os RCB componentes da Bda
C Mec satildeo formados por dois Esqd Fuz (dotados de M 113) e dois Esqd CC
(dotados de Leopard) desta forma atendendo a premissa de que todas as Vtr
134
desta OM possuem a mesma caracteriacutestica de traccedilatildeo Nesta situaccedilatildeo
acredito que a situaccedilatildeo ideal seraacute que ela possua VBC Eng SR para Ap os
RC Mec e VBC Eng SL para Ap o RCB
2 A Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade
nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse
contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo
em usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem
maior potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e
poupando tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para
VBE Eng SR
3 As Bda Inf Mec e C Mec tem como caracteriacutestica a velocidade de seus meios
O emprego de Vtr mais lentas natildeo apenas pela engenharia mas pelos seus
demais Elm de apoio resultaria em fator limitador para as operaccedilotildees
4 Primeiramente para realizar a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio compreender a
constituiccedilatildeo das Bda Mec e Bld alematildes bem como quais as missotildees
destinadas a esse tipo de GU Acredito que e as Vtr Dingo natildeo sejam as
uacutenicas Vtr utilizadas pela Bda em questatildeo Considerando as Vtr empregadas
pelas fraccedilotildees que devem Rlz a accedilatildeo principal devemos considerar a mesma
natureza de mobilidade e proteccedilatildeo blindada para o apoio de engenharia
2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os
Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas
(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas
viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou
estrada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
135
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo deste que seja atendida o preacute requisito do item anterior ou seja
que a Eng desta Bda possua VBC Eng tanto SR quanto SL
2 O transporte dos Elm Eng seratildeo nesse caso adequados para o tipo de tropa
apoiada
3 Deve ser verificada a necessidade de transporte de outros materiais
(ferramentas) para o emprego do Pel E Cmb Nesse caso eacute possiacutevel admitir
uma variante dos modelos do veiacuteculos
B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC
3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e
capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de
mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a
princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard
1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso
AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate
elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego
junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das
viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas
136
operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade
superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre
lagartas ao R C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo parcialmente pois acho muito arriscado vocecirc considerar como
verdade absoluta que natildeo haveraacute velocidade superior a 60 kmh em uma Op
Ofensiva Acredito que a velocidade meacutedia da operaccedilatildeo realmente natildeo seraacute
superior a 60 kmh mas em alguns trechos acredito que a velocidade
necessaacuteria para manter a impulsatildeo da Op poderaacute ser superior a 60 kmh
Aleacutem disso natildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das
caracteriacutesticas de terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que
uma Vtr SL progrida sobre o asfalto
2 Reitero o abordado no item 1 em que a Bda C Mec eacute apta a atuar em
operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural
ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse contexto que as Vtr Eng satildeo
137
empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em usar meios SL para a Bda
C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior potecircncia para a remoccedilatildeo de
obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando tempo nessa atividade o que
pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SR
3 A mobilidade da tropa natildeo pode levar em conta apenas a velocidade de
deslocamento Uma VBE Eng Leopard possui Classe 45 enquanto os
Guarani apenas Cl 20 O emprego em conjunto dos dois meios traz consigo a
necessidade de meios de Tva como Pnt P Bre Prtd etc com maior
capacidade de suporte apenas para atender uma pequena parcela das Vtr da
Bda uma vez que a dotaccedilatildeo prevista para o BE Cmb Mec atualmente eacute de 6
VBE Eng e 4 VBE L Pnt
4 Eacute necessaacuterio que o apoio agrave manobra possua a mesma mobilidade A Manobra
natildeo pode ser regulada pela limitaccedilatildeo das peccedilas de apoio
C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA
4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura
que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que
empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas
Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego
das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o
terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas
Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes
limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a
uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o
RCB e duas Cia E Cmb apoiariam os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas
por todas as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
138
V
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial
para a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em
algumas situaccedilotildees por Vtr SL
2 Natildeo obstante as vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade
de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os
meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo
ao Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade
natureza da missatildeo e tipo de tropa apoiada
3 O emprego de Vtr especializadas de Eng permite um melhor apoio aos Elm
manobra mas esse apoio seria adequado tambeacutem com o emprego de Vtr SR
4 Para poder proceder a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio realizar os mesmos fatores
de comparaccedilatildeo As Bda Stryker no exeacutercito dos EUA eacute uma brigada de
infantaria Mec A Bda C Mec do Brasil eacute de cavalaria A principal diferenccedila
entre essas Bda eacute o tipo de missatildeo a ser realizada por cada uma e por
consequecircncia pode haver variaccedilatildeo no tipo de Vtr Normalmente os RCB e os
RC Mec formam uma FT e dessa forma o apoio de engenharia seraacute definido
139
pela missatildeo Cabe ressaltar que as Bda C Mec possuem 01 Cia E Cmb Mec
portanto o apoio aos Regimentos deveraacute ser realizado pelos Pel E Cmb Mec
D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB
5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de
engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec
apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os
trabalhos de apoio ao conjunto
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Acredito que seria uma situaccedilatildeo muito boa a que vocecirc levantou mas acredito
que um BE Cmb a 2 Cia E Cmb sendo uma delas com vocaccedilatildeo blindada
(para Ap o RCB) e a outra com vocaccedilatildeo Mec (para apoiar os RC Mec) seriam
o suficiente para prestar o Ap Eng agrave Bda C Mec
140
2 Os BE Cmb de Bda doutrinariamente possuem natureza uacutenica satildeo Mec ou
Bld Aleacutem disso a dosagem miacutenima de apoio serve como uma referecircncia
inicial podendo a mesma ser aumentada em funccedilatildeo da missatildeo a
desempenhar e a necessidade de apoio de Eng
3 As Bda Bld possuem maior poder de choque e possuem apenas 1 Btl E Cmb
(com 2 SU x 4 Pelototildees cada = 8 Pel E Cmb) A Bda C Mec teria 12 Pel E
Cmb Para o estudo da dosagem de engenharia para as missotildees da Bda eacute
necessaacuterio verificar a dosagem miacutenima do apoio de engenharia que eacute de 01
Pel E por Btl Nesse caso um regimento estaria recebendo 4 Pel E Cmb Esse
aumento de efetivo e de dosagem iria impactar consideravelmente a
necessidade de Vtr especializadas e em consequecircncia os custos para essa
mobilizaccedilatildeo
E ndash MEIOS DO BE CMB
6) O exeacutercito dos EUA prevecirc para as Operaccedilotildees de Abertura de Passagem a
proporccedilatildeo miacutenima de 50 de meios em reserva para assegurar a continuidade da
operaccedilatildeo no caso de perda de uma das viaturas Isso significa que para a abertura
de duas passagens simultaneamente seratildeo empregadas 2 VBE para abertura e 1
VBE ficaraacute em reserva De acordo com o item anterior a dotaccedilatildeo orgacircnica por tipo
de VBE deve ser na proporccedilatildeo de trecircs por Cia E a fim de apoiar cada regimento
Com isso o BE Cmb deve ter a dotaccedilatildeo de 9 VBE Eng 9 VBEL Pnt com total de 18
pontes 9 VBE rolo 9 VBE arado com carga linear explosiva (CLE) tipo MICLIC
com 2 cargas por viatura e 9 VBE lanccediladora de feixe de tubos
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
141
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Deve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de
manobra a apoiar mas tmbeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em
que a Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-
se desdobrar em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades
maacuteximas de comando e controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse
levantamento pode-se traccedilar melhor as necessidades totais de meios de Eng
para apoio inclusive com os meios reservas
2 Para realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os
batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a
necessidade de uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como
implemento para as Vtr da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito
americano como um modelo (uma ideia) seria interessante ter uma Vtr
especializada de engenharia como os ABV que jaacute possuem o miclic e o
arado na mesma Vtr
142
APEcircNDICE D ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE
INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE
SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que eacute instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados e realizou o
curso de comandante de subunidade nos EUA ou Alemanha eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
143
A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS
Figura 1 - Viatura Fennek
Figura 2 - Viatura Dingo
Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas
144
1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais
satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada
utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas
Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para
abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As
viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as
apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C
Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M
60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha
empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Um dos pontos baacutesicos para discussatildeo eacute a estrutura finalidade e composiccedilatildeo
de meios das Bda C Mec do EB face agraves caracteriacutesticas do combate atual e
do futuro Dotar as Bda C Mec com novos meios eacute importante poreacutem a
reestruturaccedilatildeo dessas brigdas deveria preceder agraves inovaccedilotildees no seu material
145
2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os
Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas
(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas
viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou
estrada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Vide comentaacuterio anterior
2 Dependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode haver necessidade de utilizaccedilatildeo de
algum implemento para apoiar a mobilidade neste sentido apenas VBTP
seria insuficiente prestar o apoio sendo mais indicado a adoccedilatildeo de uma VBE
VBTP eacute a opccedilatildeo no caso de impossibilidade de se dispor de uma VBE
3 Devem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece
maior mobilidade atraveacutes terreno
146
B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC
3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e
capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de
mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a
princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard
1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso
AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate
elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego
junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das
viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas
operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade
superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre
lagartas ao R C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
147
1 As Bda C Mec satildeo destinadas basicamente para as Op de Rec e Seg
podendo ser empregadas em Op OfDef e outras Nesse sentido a destinaccedilatildeo
de Vtr de apoio ao combate deveria em principio atender aos princiacutepios da
velocidade em primeiro lugar e aos princiacutepios da mobilidade Nesse sentido
eacute importante manter-se as caracteriacutesticas dos Rgt Mec dotando-os de meios
sobre rodas O emprego de Vtr sobre lagartas nos RCMec deve ser portanto
judiciosamente aquilatado
2 Existe a necessidade de uma anaacutelise mais profunda para a retirada desse tipo
de conclusatildeo
C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA
4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura
que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que
empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas
Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego
das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o
terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas
Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes
limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a
uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o
RCB e duas Cia E Cmb os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas por todas
as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
148
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Eacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em
qualqer terreno da forccedila dotada desses meios mas por outro lado impacta
enormemente a cauda logiacutestica Insisto que as Bda C Mec devam manter
suas caracteriacutesticas de velocidade principalmente trafegabilidade e
mobilidade Recordo que os meios sobre roda garantem entre outras
vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para as Bda C Mec a
velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees baacutesicas de Rec e
Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre rodas eacute a
configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C
Mec do EB
2 A Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos
quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o
RCB seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo
considerando a maior diversidade de materiais nesta anaacutelise
D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB
5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de
engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec
149
apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os
trabalhos de apoio ao conjunto
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
150
APEcircNDICE E ndash PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
TREINAMENTO DE TTP EM AMBIENTE VIRTUAL (TTAV) DA 3ordf BDA C MEC
O TTAV realizado na semana de 23 a 03 de agosto de 2018 consistiu no
emprego de Quadros da 3ordf Bda C Mec no treinamento de TTP em ambiente
simulado na Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
Um R CMec formado pelos Quadros da Bda foi empregado em um Movimento
Retroacutegrado onde tinha por missatildeo retardar o avanccedilo de uma Bda Inf Mec Vm (meios
blindados)
Para cumprir sua missatildeo a brigada empregou Quadros do 3ordm R C Mec 7ordm R C
Mec e 12ordm R C Mec aleacutem do 25ordm GAC e da 3ordf Cia Eng Cmb Mec
O Pel E foi empregado com uma VBTP Eng M113 e um Leopard 1A5 BR com
implemento do tipo arado em reforccedilo ao Rgt ateacute o final da operaccedilatildeo
O Pel E durante a fase de planejamento realizou o estudo do terreno e
contribuiu com o planejamento de obstaacuteculos de contramobilidade e de trabalhos de
proteccedilatildeo ao longo das posiccedilotildees de retardamento
Durante a operaccedilatildeo pela presenccedila de poucos militares de engenharia o
pelotatildeo foi representado pela viatura M113 reforccedilado pela viatura Leopard com rolo
Por limitaccedilotildees do software empregado e pela necessidade de celeridade nas
posiccedilotildees de retardamento (em uma situaccedilatildeo real tal operaccedilatildeo poderia durar dias) as
accedilotildees do Pel E durante o desenrolar da operaccedilatildeo foram limitadas ao
acompanhamento do Rgt e execuccedilatildeo simulada dos trabalhos supracitadas
Ao final da missatildeo foi prevista a utilizaccedilatildeo de uma Vtr MICLIC para a bertura
de uma passagem atraveacutes do campo minado da P Def amiga poreacutem por questotildees
de tempo tal accedilatildeo natildeo foi realizada
Por fim verifica-se que o Pel E em relaccedilatildeo ao emprego de meios sobre
lagartas natildeo atrasou os deslocamentos do R CMec durante a operaccedilatildeo e cumpriu
sua missatildeo dentro do contexto de um movimento retroacutegrado
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 110)
MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO
Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016
AS ESTRUTURAS DE ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES
IacuteNDICE DE ASSUNTOS
1 FINALIDADE02
2 OBJETIVO02
3 REFEREcircNCIAS02
4 INTRODUCcedilAtildeO02
5ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA02
6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO03
7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE04
8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS06
ANEXOS
A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES E
ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO
AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FORCcedilA TERRESTRE
COMPONENTE08
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 210)
1 FINALIDADE
Orientar a organizaccedilatildeo das estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (TO)
2 OBJETIVO
Apresentar uma visatildeo atualizada das estruturas de Engenharia no TO agrave luz da Doutrina
Militar Terrestre subsidiando exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no
planejamento e execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e
taacuteticos para Emprego da Forccedila Terrestre
3 REFEREcircNCIAS
____ Doutrina de Operaccedilotildees Conjuntas - MD30-M-01 2011
____ Doutrina de Logiacutestica Militar - MD42-M-02
____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007
____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014
____ Forccedila Terrestre Componente - EB20-MC-10202 2014
____ A Forccedila Terrestre Componente nas Operaccedilotildees - EB20-MC-10-301 2014
____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015
____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014
____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015
____ Geoinformaccedilatildeo - EB20-MC-10209 2014
____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014
____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999
4 INTRODUCcedilAtildeO
41 A Doutrina do Exeacutercito Brasileiro em particular a doutrina de emprego da Arma de
Engenharia vive em constante evoluccedilatildeo requerendo atualizaccedilotildees perioacutedicas em funccedilatildeo
da introduccedilatildeo de novos conceitos novos equipamentos e mesmo da observaccedilatildeo do
emprego da Arma nos mais variados conflitos
42 A recente ediccedilatildeo de uma nova seacuterie de manuais doutrinaacuterios tanto pelo Ministeacuterio da
Defesa (MD) quanto pelo Estado-Maior do Exeacutercito (EME) indicou a necessidade de uma
atualizaccedilatildeo do Manual de Campanha C 5-1 (Emprego de Engenharia ediccedilatildeo de 1999)
5 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA
51 Uma vez que a Engenharia exerce sua atividade sobre um fator sempre presente - o
terreno - deve haver em cada escalatildeo uma Engenharia capaz de modificar as condiccedilotildees
do mesmo de acordo com a manobra adotada
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 310)
52 A organizaccedilatildeo da Engenharia tem por base a centralizaccedilatildeo dos meios nos escalotildees
mais elevados permitindo que os mesmos possam suprir as deficiecircncias de Engenharia
dos escalotildees subordinados em face das necessidades especiacuteficas de cada situaccedilatildeo e
ainda atender ao apoio em profundidade de modo a liberar os escalotildees subordinados de
encargos na retaguarda
53 Uma accedilatildeo coordenadora do escalatildeo superior de engenharia sobre os escalotildees
subordinados se faz necessaacuteria e eacute realizada por meio dos canais teacutecnicos de
engenharia
54 O funcionamento adequado desses canais teacutecnicos constitui-se em dos principais
fatores para a eficiecircncia do apoio permitindo que os escalotildees subordinados possam em
tempo uacutetil articular seus meios tomar as providecircncias necessaacuterias e receber apoio
adicional do escalatildeo superior quando for o caso
55 A Engenharia eacute organizada no TO da seguinte forma Engenharia do Comando
Logiacutestico do Teatro de Operaccedilotildees (EngCLTO) Comando de Engenharia da Forccedila
Terrestre Componente (CEFTC) no caso de emprego de duas DE Engenharia
Divisionaacuteria (ED) e Engenharia de Brigada (E Bda)
56 Os escalotildees de Engenharia satildeo constituiacutedos pelos seguintes elementos de emprego
pelototildees de engenharia (Pel Eng) companhias de engenharia (Cia Eng) batalhotildees de
engenharia (Btl Eng) e grupamentos de engenharia (Gpt E) aleacutem das tropas de
engenharia especializadas
57 As tropas de engenharia especializadas oferecem capacidades diferenciadas de
engenharia em razatildeo de possuiacuterem pessoal e equipamentos especiacuteficos Quando
possuem valor igual ou menor que subunidade costumam ser chamadas genericamente
de ldquomoacutedulos especializadosrdquo
58 Satildeo exemplos de moacutedulos especializados Companhia de Engenharia de
Camuflagem Equipe de Mergulho Grupo de Construccedilatildeo Horizontal Turma de Patrimocircnio
Imobiliaacuterio etc
59 O anexo ldquoArdquo apresenta os escalonamentos da Engenharia no TO e os organogramas
das estruturas baacutesicas de Engenharia segundo as situaccedilotildees de emprego da FTC da
Doutrina Militar Terrestre
6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO
61 Na Zona de Administraccedilatildeo (ZA) encontra-se
611 uma estrutura de Engenharia que integra o Comando Logiacutestico do Teatro de
Operaccedilotildees (CLTO) denominada de EngCLTO de forma a apoiar as atividades daquele
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 410)
comando particularmente no planejamento e execuccedilatildeo de obras e de serviccedilos de
Engenharia
612 quando houver necessidade de se apoiar de forma mais cerrada a uma F Cte a
EngCLTO poderaacute organizar a partir dos seus meios um Grupo-Tarefa Logiacutestico de
Engenharia (GT Log Eng) que poderaacute enquadrar unidades de engenharia de combate
construccedilatildeo geoinformaccedilatildeo meio ambiente patrimocircnio imobiliaacuterio e outros
62 A EngCLTO seraacute constituiacuteda conforme as necessidades de trabalhos teacutecnicos e
atividades logiacutesticas de Engenharia O valor e a natureza da tropa dependem mais das
caracteriacutesticas da magnitude e das necessidades de desenvolvimento da infraestrutura
do ambiente operacional do que das forccedilas a serem apoiadas
63 Na ZA prioriza-se a exploraccedilatildeo dos recursos mobilizados e contratados Em
consequecircncia eacute normal a existecircncia de empresas civis especializadas e enquadradas
pela estrutura militar
64 As atividades de engenharia executadas com maior frequecircncia na ZA satildeo as de apoio
geral de engenharia englobando os trabalhos de estradas pontes instalaccedilotildees
geoinformaccedilatildeo manutenccedilatildeo e suprimento que exigem grande capacidade teacutecnica e
meios especializados nesse escalatildeo
65 Considerando o grande volume e complexidade de tarefas na ZA eacute conveniente que
as forccedilas de Engenharia integrantes da EngCLTO sejam enquadradas por
Grupamento(s) de Engenharia possuindo particularmente estruturas de Engenharia de
Construccedilatildeo de Meio Ambiente e de Patrimocircnio Imobiliaacuterio entre outras que se fizerem
necessaacuterias
7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE
71 Na Zona de Combate (ZC) encontram-se
711 Estruturas de Engenharia da Forccedila Terrestre Componente (FTC) e de Divisatildeo (otildees)
de Exeacutercito (DE) com meios para atender agraves necessidades proacuteprias dessas estruturas e
aumentar o apoio aos escalotildees subordinados inclusive assumindo encargos nas aacutereas de
retaguarda destes de modo a liberar suas engenharias para o apoio cerrado aos
elementos de combate
712 A Engenharia orgacircnica das Brigadas com meios para atender agraves necessidades
miacutenimas e imediatas do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate
72 A Engenharia da FTC
721 A FTC constitui o comando essencial para o emprego da engenharia por ser
encarregado de traduzir os aspectos da manobra do niacutevel operacional para o niacutevel taacutetico
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 510)
Tem assim uma visatildeo ampla do terreno e da situaccedilatildeo para poder julgar as necessidades
gerais em apoio e em trabalhos conceber o esquema geral de apoio de engenharia e
exercer efetivamente uma coordenaccedilatildeo dos escalotildees subordinados
722 O apoio de engenharia a uma FTC abrange uma diversidade de trabalhos em apoio
adicional agrave mobilidade e agrave contramobilidade dos elementos de primeiro escalatildeo Abrange
tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o apoio geral de engenharia em
toda a sua aacuterea de atuaccedilatildeo
723 Uma FTC eacute estruturada para atender a um planejamento operacional especiacutefico natildeo
possuindo portanto uma organizaccedilatildeo fixa A Doutrina Militar Terrestre admite para fim
de planejamento diversos tipos de FTC cujos apoios de Engenharia seratildeo organizados
de acordo com as constituiccedilotildees destas
724 O apoio de Engenharia a uma FTC eacute coordenado por uma estrutura denominada de
Comando de Engenharia da FTC (CEFTC) a qual possui como principais elementos
operativos os grupamentos de engenharia (Gpt E) ou batalhotildees de engenharia (Btl Eng)
725 A organizaccedilatildeo e os organogramas dos diversos tipos de CEFTC satildeo apresentados
no Anexo ldquoArdquo
73 O Grupamento de Engenharia
731 O Gpt E controla coordena e supervisiona as tarefas de engenharia executadas
pelos batalhotildees e moacutedulos especializados subordinados sendo a estrutura natural para
enquadrar U e SU de Engenharia
732 Basicamente o Gpt E eacute composto pelo Cmdo EM pela Cia C Ap e por U e SU de
Engenharia Possui capacidade de enquadrar ateacute cinco batalhotildees Considera-se para fim
de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a uma U
74 A Engenharia Divisionaacuteria
741 As accedilotildees que se desenrolam no escalatildeo DE satildeo de natureza nitidamente taacutetica e
em consequecircncia sua engenharia opera em um ambiente no qual o combate eacute o
elemento preponderante
742 O apoio de Engenharia a uma DE eacute prestado por uma estrutura denominada
Engenharia Divisionaacuteria (ED)
743 Em funccedilatildeo da missatildeo da DE apoiada e da(s) hipoacutetese(s) de conflito planejada(s) a
ED pode ser organizada com constituiccedilatildeo variaacutevel desde um BE Cmb ateacute um Gpt E aleacutem
dos moacutedulos de engenharia especializados e dos reforccedilos que forem necessaacuterios
744 A ED apoia basicamente a mobilidade e a contramobilidade dos elementos de
manobra da divisatildeo Realiza tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)
apoio geral de engenharia em toda a zona de accedilatildeo divisionaacuteria suplementando o apoio
prestado pelas E Bda
745 O escalonamento da ED eacute apresentado no anexo A
75 A Engenharia de Brigada (E Bda)
751 A E Bda constitui o escalatildeo de engenharia mais avanccedilado na ZC Nele as
necessidades de apoio dos elementos de combate satildeo sentidas com mais intensidade o
que exige o posicionamento dos meios o mais agrave frente possiacutevel
752 Dentro da caracteriacutestica de apoio em profundidade a E Bda eacute organizada com
meios para atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate e
realiza trabalhos sumaacuterios e raacutepidos Assim quando ocorre uma deficiecircncia de meios
em pessoal ou material a E Bda depende do apoio do escalatildeo superior de engenharia
para suplementaacute-la eou reforccedilaacute-la
753 A Engenharia de Brigada eacute composta basicamente por
7531 Um BE Cmb orgacircnico nas Brigadas Blindadas (Bda Bld) e de Infantaria
Mecanizada (Bda Inf Mec) Neste caso o BE Cmb possuiraacute duas Cia E Cmb a quatro Pel
E Cmb cada uma
7532 Uma Cia E Cmb orgacircnica nas demais brigadas Neste caso a Cia possuiraacute trecircs
Pel E Cmb
7533 A natureza das unidades de Engenharia de Combate de Brigada seraacute a mesma da
brigada apoiada
8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS
81 A Concepccedilatildeo Estrateacutegica do Exeacutercito (CEE) oferece diretrizes importantes para a
organizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo das Forccedilas incluindo-se as tropas de Engenharia
particularmente as orgacircnicas das Brigadas em decorrecircncia das diversas Hipoacuteteses de
Emprego (HE)
82 O preparo prontidatildeo e emprego da Forccedila Terrestre satildeo regulados por meio do
Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT)
83 A adjudicaccedilatildeo de meios inclusive os de Engenharia eacute proposta pelo Plano
Estrateacutegico de Emprego Conjunto das Forccedilas Armadas (PEECFA) (elaborado pelo
EMCFA) que identifica a Estrutura Militar e a composiccedilatildeo dos meios a serem
empregados A adjudicaccedilatildeo eacute confirmada e complementada pelo(s) Plano(s)
Operacional(ais) confeccionados pelos Comandos Operacionais
84 A adjudicaccedilatildeo de meios eacute de fundamental importacircncia para o processo de geraccedilatildeo de
forccedilas Normalmente as Eng Bda orgacircnicas das GU seguem o previsto para a respectiva
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 710)
Bda Jaacute os Gpt E existentes desde o tempo de normalidade possuem estruturas
importantes a considerar na adjudicaccedilatildeo de meios quer seja para a realizaccedilatildeo de
trabalhos na ZI (particularmente para as Op Eng Obras Militares Meio Ambiente e
Patrimocircnio) quer seja na organizaccedilatildeo ou mesmo na evoluccedilatildeo de sua estrutura para as
seguintes forccedilas EngCLTO CEFTC e ED
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 810)
ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TO E ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FTC
1 FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo (1ordm caso)
11 Escalonamento
Figura 1 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia em FTC com mais de um G Cmdo operativo
12 Organograma do CEFTC
Legenda (1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio
Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio (2) Possui Nr variaacutevel de Gpt E (no miacutenimo 1) que enquadram Btl Eng e os Moacutedulos
Especializados (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 2 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo
CEFTC
Cia C Ap Gpt E
(2) Cia Geoinformaccedilatildeo
Moacutedulos Especializados (3)
EM (1)
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 910)
13 Organograma de um Gpt E
Legenda
(1) Possui capacidade de enquadrar de dois a cinco Btl Eng (Cmb ou Cnst) Considera-se para fim de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a um Btl Eng
(2) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 3 - Organograma de um Grupamento de Engenharia
2 FTC organizada com mais de uma GU operativa (2ordm caso)
21 Organizaccedilatildeo
Figura 5 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia EM FTC com mais de um GU operativa
Gpt E
Cia C Ap Btl Eng
(1) Moacutedulos
Especializados (2)
EM
(ED)
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 1010)
22 Organograma do CEFTC (ED)
Legenda
(1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio
(2) Normalmente dois Btl Eng (Cmb ou Cnst) podendo chegar a cinco (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 6 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Unidade operativa
3 FTC eacute organizada com uma GU operativa (3ordm caso)
Neste caso o CEFTC (E Bda) seraacute constituiacutedo pela Unidade ou Subunidade orgacircnica
da GU podendo receber meios adicionais
PAULO RICARDO PINTO SILVA - Cel
Chefe do Centro de Doutrina do Exeacutercito
CEFTC ED
Cia C Ap Btl Eng
(2) Cia Geoinformaccedilatildeo
Moacutedulos Especializados
(3)
EM (1)
161
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 16)
ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NOTA DE COORDENACcedilAtildeO
DOUTRINAacuteRIA NR 022016
MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES
CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO
Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de
2016
O EMPREGO DO BATALHAtildeO DE ENGENHARIA DAS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA
IacuteNDICE DE ASSUNTOS
1 FINALIDADE 02
2 OBJETIVO 02
3 REFEREcircNCIAS 02
4 INTRODUCcedilAtildeO 02
5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA 03
6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA 04
7 EMPREGO DO BATALHAtildeO 04
ANEXOS
A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA DE
CAVALARIA MECANIZADA 06
162
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 26)
1 FINALIDADE
Complementar a orientaccedilatildeo do emprego da engenharia retificando as
informaccedilotildees referentes ao apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada (Bda C
Mec)
2 OBJETIVO
Apresentar uma visatildeo atualizada da organizaccedilatildeo estrutura e emprego da
engenharia que presta apoio agraves Bda C Mec agrave luz da Doutrina Militar Terrestre
subsidiando a exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no planejamento e
execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e taacuteticos para
Emprego da Forccedila Terrestre
3 REFEREcircNCIAS
____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007
____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014
____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015
____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014
____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015
____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014
____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999
____ Brigada de Cavalaria Mecanizada - C 2-30
____ Batalhatildeo de engenharia de combate - C 5-7 2001
____ O apoio de engenharia no escalatildeo brigada - C 5-10 2000
____ Regimento de Cavalaria Mecanizado - C 2-20 2002
____ Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 002 2016 ndash As estruturas de
engenharia no teatro de operaccedilotildees
4 INTRODUCcedilAtildeO
41 A desarmonia entre doutrina e emprego afasta a forccedila da possibilidade de
manutenccedilatildeo de uma efetiva capacidade A mudanccedila em um dos fatores da
doutrina exige um reajuste das demais para que se mantenha um equiliacutebrio entre
Doutrina Organizaccedilatildeo Adestramento Material Emprego Pessoal e Instruccedilatildeo
(DOAMEPI)
163
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 36)
42 O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia (PENSE) Vetor de
Transformaccedilatildeo da Engenharia no Processo de Tranformaccedilatildeo do Exeacutercito foi
concebido com a finalidade de proporcionar uma urgente recuperaccedilatildeo da
capacidade operacional no que tange agraves estruturas organizacionais
competecircncia dos recursos humanos evoluccedilatildeo doutrinaacuteria melhoria da
quantidade e qualidade do material de engenharia e gestatildeo ambiental nas
atividades militares
43 Evoluccedilotildees doutrinaacuterias e aquisiccedilotildees de materiais modernos como as Viaturas
dos Projetos Leopard e Guarani proporcionaram agraves brigadas mecanizadas e
blindadas grande poder de dissuasatildeo exigindo entretanto uma adequaccedilatildeo no
do material pessoal e doutrina da engenharia
5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA
51 O apoio de Engenharia eacute fundamental para que as brigadas blindadas e
mecanizadas tenham capacidade de mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo
Uma engenharia ineficiente elimina as vantagens obtidas por fraccedilotildees dotadas de
modernas viaturas as quais tecircm sua mobilidade ditada por limitaccedilotildees impostas
pelo terreno e por restriccedilotildees determinadas pela engenharia inimiga bem como
sua defesa pelo uso exclusivo do fogo
52 Esta NCD complementa a Nota de Coordenccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31
de maio de 2016 e retifica-a no que tange agrave organizaccedilatildeo da Engenharia em
apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada a qual a mantinha como uma
subunidade
53 Dotada de trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (Pel E Cmb) e um
Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) como elementos executivos e de um
Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) a Subunidade de engenharia natildeo
tem capacidade de proporcionar agrave Bda C Mec mobilidade assegurar a
contramobilidade nem contribuir com sua proteccedilatildeo
54 A Brigada de Cavalaria Mecanizada pode empregar em primeiro escalatildeo ateacute
2 (dois) Regimentos de Cavalaria Mecanizada (RC Mec) e 1 (um) Regimento de
Cavalaria Blindado (RCB) os quais podem receber pelototildees em apoio direto ou
situaccedilatildeo de comando reforccedilo
164
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)
55 O Comandante da engenharia do escalatildeo Brigada entretanto natildeo restringe
sua influecircncia no combate ao apoio de Engenharia no Apoio Direto ou no Reforccedilo
aos regimentos mas emprega os demais pelototildees que estatildeo sob seu comando
no Apoio Suplementar a esses pelototildees no Apoio ao Conjunto realizado em
proveito a mais de um elemento ou agrave brigada como um todo aleacutem de manter
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada
6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA DE CAVALARIA
MECANIZADA
61 A Engenharia da brigada deve atender as necessidades miacutenimas e imediatas
do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate o que para isso conta com
um Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado (BE Cmb Mec)
62 O BE Cmb Mec estaacute organizado com uma Companhia de Engenharia de
Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) uma Companhia de Engenharia de
Combate Blindado (Cia E Cmb Bld) uma Companhia de Comando e Apoio (Cia
C Ap) e uma Companhia de Equipagem de Ponte (C Eq Pnt)
63 A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec)
subunidade mais apta para apoiar os RC Mec e a Cia E Cmb Bld mais apta para
apoiar o RCB possuem cada uma 4 (quatro) Pelototildees de Engenharia de
Combate (Pel E Cmb) como fraccedilatildeo baacutesica de emprego junto aos regimentos
64 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para o comando e logiacutestica do
batalhatildeo e equipamentos de engenharia para as companhias aleacutem de realizar
trabalhos teacutecnicos de manutenccedilatildeo de rede miacutenima de estrada e instalaccedilotildees
necessaacuterios agrave Bda
65 A Cia E Pnt tem a missatildeo apoiar com equipamento especializado a
transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e de pequenas brechas no apoio agrave mobilidade e
reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas do batalhatildeo com material de transposiccedilatildeo
165
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 56)
7 EMPREGO DO BATALHAtildeO
71 O comandante do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
administra o emprego de suas fraccedilotildees e meios a fim de garantir o apoio agrave
mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo da brigada
72 Com o objetivo preciacutepuo de apoio aos elementos em primeiro escalatildeo o
comandante da engenharia da brigada simultaneamente manteacutem condiccedilotildees de
prestar apoio suplementar a esses elementos suprir as necessidades da brigada
no Apoio ao Conjunto e ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando
empregada
73 As Cia E Cmb satildeo os elementos executivos do batalhatildeo
74 Ao Cmt do BE Cmb cabe planejar o emprego de seus meios os quais devem
ser compatiacuteveis com suas possibilidades
75 Para o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo as companhias apoiam com
pelototildees de preferecircncia de mesma natureza do elemento apoiado Cada peccedila
de manobra valor unidade empregado pela Bda recebe normalmente um
pelotatildeo Quando necessaacuterio o reforccedilo em material este deve ser solicitado ao
Cmt Btl
76 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para comando e logiacutestica do
batalhatildeo e Viatura Blindadas Especiais sobre lagartas a fim de reforccedilar os
pelototildees em apoio aos regimentos e equipamentos de engenharia para as Cia E
Cmb
77 A Cia E Pnt tem a missatildeo de apoiar e reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas na
transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e pequenas brechas com equipamento
especializado e VBE sobre lagartas
166
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 66)
ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB MEC ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA
DE CAVALARIA MECANIZADA
1 Organograma do BE Cmb MecBda C Mec
Figura 1 ndash Exemplo de um organograma de BE Cmb Mec de Bda C Mec
TERMO DE AUTORIZACcedilAtildeO PARA PUBLICACcedilAtildeO DE TESES DISSERTACcedilOtildeES
TRABALHOS DE CONCLUSAtildeO DE CURSO E ARTIGOS CIENTIacuteFICOS ELETROcircNICOS NA
BIBLIOTECA DIGITAL DE TRABALHOS CIENTIacuteFICOS
Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicaccedilatildeo autorizo a DESMil e a EsAO a
disponibilizarem atraveacutes de paacutegina eletrocircnica oficial do Estabelecimento de Ensino sem ressarcimento dos
direitos autorais de acordo com a Lei nordm 9610 de 19 de fevereiro de 1998 Lei de Direito Autoral o texto
integral da obra abaixo citada conforme permissotildees assinaladas para fins de leitura impressatildeo eou
download a tiacutetulo de divulgaccedilatildeo da produccedilatildeo cientifica brasileira a partir desta data
Identificaccedilatildeo do material bibliograacutefico
( ) Tese (x) Dissertaccedilatildeo ( ) Trabalho de Conclusatildeo de Curso (x) Artigo Cientiacutefico
Instituiccedilatildeo de Ensino Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO)
Tiacutetulo A doutrina de Engenharia de Combate da Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma sugestatildeo de
adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas
Autor Cap Eng Saulo dos Santos Marques
Idt033373474-7 CPF010094330-67 E-mailmarxemcasahotmailcom
Data de Defesa11 de outubro de 2018 Titulaccedilatildeo Mestrado Profissional
Curso de Poacutes-graduaccedilatildeo Engenharia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Defesa Nacional
Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Agecircncia de fomento (se for o caso)
Autoriza disponibilizar o e-mail na Base de Dados de Teses Dissertaccedilotildees Trabalhos Cientiacuteficos
e Artigos Cientiacuteficos da Biblioteca Digital de Trabalhos Cientiacuteficos
( x ) SIM ( ) NAtildeO
Informaccedilatildeo de acesso ao documento
Liberaccedilatildeo para publicaccedilatildeo (x) Total ( ) Parcial
Em caso de publicaccedilatildeo parcial especifique o(s) tiacutetulo(s) eou capiacutetulo(s) restrito(s)
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Capiacutetulo(s) ______________________________________________________________________
A restriccedilatildeo (parcial ou total poderaacute ser mantida por ateacute um ano a partir da data de autorizaccedilatildeo da
publicaccedilatildeo) A extensatildeo deste prazo suscita justificativa ao Instituto Brasileiro de Informaccedilatildeo em Ciecircncia e
Tecnologia (IBICT) Todo o conteuacutedo resumo e metadados ficaratildeo sempre disponibilizados
Havendo concordacircncia com a publicaccedilatildeo eletrocircnica do Trabalho Cientiacutefico torna-se imprescindiacutevel o
envio do(s) seu(s) arquivo(s) em formato digital sem ser passiacutevel de modificaccedilatildeo do tipo Portable Document
Format (PDF) da Adobe Systems
________________________________________
Saulo dos Santos Marques
MINISTEacuteRIO DA DEFESA
EXEacuteRCITO BRASILEIRO
DECEx - DESMIL
ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS
(EsAO1919)
DIVISAtildeO DE ENSINO SECcedilAtildeO DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO
TERMO DE CESSAtildeO DE DIREITOS SOBRE TRABALHO ACADEcircMICO
TIacuteTULO DO TRABALHO
A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA
MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS
ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
IDENTIFICACcedilAtildeO DO AUTOR
SAULO DOS SANTOS MARQUES ndash Cap Eng
1 Este trabalho nos termos da legislaccedilatildeo que resguarda os direitos autorais eacute considerado de minha
propriedade
2 Autorizo a Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) a utilizar meu trabalho para uso
especiacutefico no aperfeiccediloamento e evoluccedilatildeo da Forccedila Terrestre bem como a divulgaacute-lo por publicaccedilatildeo em
revista teacutecnica da Escola ou outro veiacuteculo de comunicaccedilatildeo do Exeacutercito
3 A EsAO poderaacute fornecer coacutepia do trabalho mediante ressarcimento das despesas de postagem e
reproduccedilatildeo Caso seja de natureza sigilosa a coacutepia somente seraacute fornecida se o pedido for encaminhado
por meio da Organizaccedilatildeo Militar fazendo-se a necessaacuteria anotaccedilatildeo do destino no Livro de Registro
existente na Biblioteca
4 Eacute permitida a transcriccedilatildeo parcial de trechos do trabalho para comentaacuterios e citaccedilotildees desde que sejam
transcritos os dados bibliograacuteficos dos mesmos de acordo com a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais
5 A divulgaccedilatildeo do trabalho em outros meios natildeo pertencentes ao Exeacutercito somente pode ser feita
com a autorizaccedilatildeo do autor ou da Direccedilatildeo de Ensino da EsAO
Rio de Janeiro ___ de _________________ de ________
_______________________________________
O AUTOR
Ficha catalograacutefica elaborada pelo
Bibliotecaacuterio Maacutercio Finamor CRB76699
M357e
2018 Marques Saulo dos Santos A doutrina da engenharia de combate da brigada de
cavalaria mecanizada uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do
apoio prestado aos elementos empregados em primeiro
escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas Saulo dos Santos
Marques ndash 2018
166 f il
Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncia Militares) ndash Escola
de Aperfeiccediloamento de Oficiais Rio de Janeiro 2018
1 Brigada de Cavalaria Mecanizada 2 Companhia de
Engenharia de Combate Mecanizada 3 Projeto
Estruturante Novo Sistema de Engenharia I Escola de
Aperfeiccediloamento de Oficiais II Tiacutetulo
CDD3571
ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS
Cap Eng SAULO DOS SANTOS MARQUES
A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA
MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS
ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES
OFENSIVAS
Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Ciecircncias Militares
Orientador Cel Eng Andreacute Cezar Siqueira
Rio de Janeiro
2018
A Deus por ter-me abenccediloado com mais este trabalho assim como tem feito com minha vida
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador pela paciecircncia e dedicaccedilatildeo em mostrar-me o correto
caminho
Aos instrutores do CAO 2018 pela colaboraccedilatildeo na transmissatildeo de tatildeo
importantes conhecimentos para o capitatildeo da Arma de Engenharia
Aos companheiros do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados - General Walter
Pires pelo inestimaacutevel exemplo do espiacuterito de camaradagem dedicaccedilatildeo e
excelecircncia do ensino cujos pilares me guiaratildeo por toda a minha vida profissional
Agrave minha famiacutelia a qual sou eternamente grato pelas oraccedilotildees a Deus e pelo
oportuno apoio e carinho os quais foram cruciais para a transposiccedilatildeo dos
obstaacuteculos mais difiacuteceis que se apresentaram no presente ano
RESUMO
A capacidade de uma tropa estaacute baseada nos fatores doutrina organizaccedilatildeo adestramento material emprego pessoal e instruccedilatildeo Para o sistema de engenharia destaca-se ainda mais a importacircncia do conjunto formado pelo material pessoal e organizaccedilatildeo O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia visa reestruturar esse sistema que tem influecircncia significativa na capacidade da engenharia cumprir suas missotildees como arma de apoio Alinhado com esse objetivo este trabalho analisou a estrutura das Brigadas de Cavalaria Mecanizada que satildeo compostas por Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindada os quais receberam respectivamente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedias de Rodas Guarani e as Viaturas de Combate Carro de Combate Leopard 1 e M60 A3-TTS Embora os projetos Guarani e Leopard tenham influenciado na melhoria dos materiais utilizados pelos regimentos a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo teve a adequaccedilatildeo dos seus fatores base Entatildeo surgiu a necessidade de por meio da anaacutelise dos fatores emprego e materiais sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo desse apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo da brigada a partir da anaacutelise do apoio a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
ABSTRACT
The capacity of a troop is based on factors doctrine organization training material employment personnel and instruction For the engineering system the importance of the set formed by the material personnel and organization stands out even more The Strategic New Engineering System Project aims to restructure this system which has a significant influence on the ability of engineering to fulfill its missions as a support weapon Aligned with this objective this work analyzed the structure of the Mechanized Cavalry Brigades which are composed of Mechanized Cavalry Regiments and Armored Cavalry Regiments which received respectively the Armored Personnel Carrier Vehicle - Medium Wheeled Type and the Main Battle Tank Leopard 1 and M60 A3-TTS Although the Guarani and Leopard projects influenced the improvement of the materials used by the regiments the Mechanized Combat Engineering Company did not have the adequacy of its base factors Then the need arose through the analysis of the factors of employment and materials to suggest a proposal for adequacy of this support provided to the elements employed in the first step of the brigade based on the analysis of the support for Deliberate Attack
Keywords Mechanized Cavalry Brigades Mechanized Combat Engineering Company Structurant New Engineering System Project Deliberate Attack
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 PROBLEMA 12
12 OBJETIVOS 13
13 QUESTOtildeES DE ESTUDO 14
14 JUSTIFICATIVA 15
2 METODOLOGIA 16
21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO 16
211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis 17
212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 18
213 Alcances e limiteshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 19
22 AMOSTRAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 20
23 DELINEAMENTO DA PESQUISAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21
231 Procedimentos para revisatildeo de literatura 21
2311 Fontes de busca 22
2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados 22
2313 Criteacuterios de inclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22
2314 Criteacuterios de exclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22
232 Procedimentos Metodoloacutegicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23
233 Procedimentos Experimental helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23
234 Instrumentos 23
2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios 24
2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani hellip 24
2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 24
2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)helliphelliphelliphelliphelliphellip
25
2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham
realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip
25
2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25
235 Anaacutelise dos Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26
2351 Tabulaccedilatildeo dos dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 27
31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 28
311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito 28
312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo 29
313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra 29
314 Modularidade 30
315 Projeto Guarani 31
32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 33
321 Regimento de Cavalaria Mecanizado 35
322 Regimento de Cavalaria Blindada 36
33 COMPANHIA DE COMBATE MECANIZADA 38
331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio 40
332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto 40
333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado 43
34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE 45
341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha 46
342 Viatura Blindada Especial de Engenharia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 49
343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha 50
344 Outros sistemas e implementos 55
35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM OUTROS PAIacuteSES
60
351 SBCT a brigada americana Stryker helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60
352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha helliphellip 63
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 71
41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS 71
411 Revisatildeo da literatura 72
412 Entrevistas 73
413 Coleta documental 73
42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO 74
421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo 74
422 Adequabilidade do material 78
43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 79
431 Organizaccedilatildeo adequada 80
432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos 82
433 Caracteriacutesticas dos meios 91
434 Quantidade de VBE por BE Cmb 96
5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES 99
REFEREcircNCIAS 103
APEcircNDICE A - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA 109
APEcircNDICE B - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA 120
APEcircNDICE C - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 131
APEcircNDICE D - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 143
APEcircNDICE E - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 150
ANEXO A ndash NCD NR 022016 151
ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NCD NR 022016 160
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
Os novos manuais doutrinaacuterios publicados a partir do ano de 2014
reformularam as bases da doutrina do Exeacutercito Atraveacutes deles a Doutrina Militar
Terrestre (DMT) ratificou alguns conceitos jaacute existentes mas trouxe novos que devem
ser entendidos e incorporados agraves capacidades da forccedila a fim de acompanhar a
evoluccedilatildeo do combate mundial
O conhecimento de conceitos como Operaccedilatildeo de Amplo Espectro (atuaccedilatildeo
simultacircnea ou sucessiva em Operaccedilotildees Ofensivas Defensivas de Pacificaccedilatildeo e de
Apoio a Oacutergatildeos Governamentais) permite entender quais satildeo as capacidades que
devem ser almejadas pelas Brigadas Mecanizadas (Bda Mec) consideradas Grandes
Unidades (GU) vocacionadas para essa Operaccedilatildeo Destas GU destacam-se as de
Cavalaria Mecanizada que segundo o Manual de DMT tem a aptidatildeo agraves missotildees de
Reconhecimento Vigilacircncia e Seguranccedila
As Brigadas de Cavalaria Mecanizada apresentam limitaccedilotildees como a
vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de minas e
obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos arenosos
pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees
meteoroloacutegicas adversas e com grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria
conforme discriminado pelo manual C 2-30 - Brigada de Cavalaria Mecanizada
(BRASIL 2000 p 1-4)
Tais limitaccedilotildees afetam principalmente a mobilidade da Bda em Operaccedilotildees
Ofensivas na qual os RC Mec (Brasil 2000 p 1-14) estatildeo mais capacitados a
executar as operaccedilotildees altamente moacuteveis as manobras de flanco o aproveitamento
do ecircxito e a perseguiccedilatildeo Por sua vez o RCB que por suas caracteriacutesticas eacute o
elemento de manobra mais eficaz para conduzir as operaccedilotildees ofensivas e defensivas
continuadas da Bda apresenta uma seacuterie de restriccedilotildees na sua capacidade de
manobra diminuindo sua eficaacutecia e eficiecircncia no emprego do fogo do combate
aproximado e da accedilatildeo de choque
Para reduzir as limitaccedilotildees das Brigadas de Cavalaria Mecanizada na mobilidade
contramobilidade e proteccedilatildeo as Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada
(Cia E Cmb Mec) empregam os Pelototildees de Engenharia de Combate Mecanizado
(Pel E Cmb Mec) conforme Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de
maio de 2016 As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (documento de
11
caraacuteter experimental portanto natildeo definitivo) a fim de atender agraves necessidades
miacutenimas dos Regimentos de Cavalaria Mecanizado (RC Mec) e Regimento de
Cavalaria Blindado (RCB)
As atribuiccedilotildees que a Engenharia tem para com seus elementos apoiados se
apresentam da seguinte forma
A Engenharia tem como missatildeo principal apoiar com as vertentes do
combate e construccedilatildeo os elementos de emprego da F Ter nas operaccedilotildees
desencadeadas no amplo espectro dos conflitos Participa das Funccedilotildees de
Combate Movimento e Manobra proporcionando mobilidade agraves armas-base
e contra-mobilidade ao inimigo Proteccedilatildeo aos oacutergatildeos e estruturas de
combate Logiacutestica em diversas atividades dentre outras (BRASIL 2014 p
6-3)
Nesta uacuteltima deacutecada concomitantemente com a atualizaccedilatildeo doutrinaacuteria novos
Materiais de Emprego Militar (MEM) foram distribuiacutedos em diversas OM do Brasil
frutos de Projetos Estrateacutegicos do Exeacutercito (PEE) alterando suas capacidades e
limitaccedilotildees Dentre eles destaca-se para as tropas de natureza blindada o Projeto
Leopard o qual levou agrave troca dos Carros de Combate (CC) M41 pelas Viatura Blindada
de Combate Carro de Combate Leopard 1 A5 BR (VBCCC Leopard 1 A5 BR) desde
2009
Para as tropas mecanizadas o principal impacto foi causado pelo Projeto
Guarani o qual jaacute modernizou a frota de algumas Organizaccedilotildees Militares (OM) com
esta Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas (VBTP-MR) a qual
estaacute em fase de produccedilatildeo e entrega Concomitantemente com a produccedilatildeo dessas
viaturas estatildeo sendo desenvolvidos protoacutetipos e adquiridos materiais para o
desenvolvimento dos demais componentes da Nova Famiacutelia de Blindados Sobre
Rodas Guarani (NFBSR)
O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que
os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo
doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos
Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado
empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi) (BRASIL 2014 p 7-2)
12
O objetivo geral do presente estudo eacute partindo do estudo das Capacidades da
Cia E Cmb Mec analisar no acircmbito da mobilidade as necessidades miacutenimas e
imediatas dos elementos a serem empregados em primeiro escalatildeo Baseado nessa
anaacutelise busca-se apresentar uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Cia
E Cmb Mec no Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi)
11 PROBLEMA
Em manual datado de 1989 C 5-10 - Apoio de Engenharia no Escalatildeo Brigada
e reeditado em 2000 consta a missatildeo organizaccedilatildeo atribuiccedilotildees equipamentos e
forma de emprego do pelotatildeo de engenharia de combate O manual C 5-1 - Emprego
da Engenharia datado de 1999 em sua 3ordf ediccedilatildeo caracteriza o Pel E Cmb como o
elemento responsaacutevel por prestar apoio aos elementos em primeiro escalatildeo da Bda C
Mec
A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 (NCD Nr 0216) trouxe a
atualizaccedilatildeo de alguns conceitos modificando inclusive o escalatildeo de apoio de
engenharia agraves Brigadas Blindadas e de Infantaria Mecanizada (Bda Inf Mec)
passando do valor subunidade (Companhia) para unidade (Batalhatildeo)
Nesta mesma NCD poreacutem foi mantido o estabelecido nos dois manuais citados
acima ratificando que uma Cia E Cmb Mec constituiacuteda por 3 Pel E Cmb Mec eacute o
elemento de apoio aos Regimentos da Bda
O Comandante da Cia E Cmb Mec denominado engenheiro da brigada ao
empregar pelototildees em reforccedilo restringe sua capacidade de realizar um apoio
suplementar a esses pelototildees e de realizar trabalhos em prol da proacutepria companhia
dos demais elementos da brigada e do apoio ao conjunto (mais de um elemento)
Aleacutem disso por sua limitaccedilatildeo em meios na realizaccedilatildeo de trabalhos o Pel E Cmb
na maioria de suas missotildees eacute reforccedilado por equipagens e equipamentos pelo Pelotatildeo
de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Esses poreacutem natildeo
possuem materiais adequados reforccedilar os pelototildees de engenharia de combate
Face ao exposto formulou-se o seguinte problema Em que medida a
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada tem capacidade de atender agraves
necessidades miacutenimas dos elementos empregados em primeiro escalatildeo de uma Bda
C Mec no Aproveitamento do Ecircxito no que tange agrave mobilidade
13
12 OBJETIVOS
O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que
os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo
doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos
Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado
empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Com o intuito de conduzir o estudo para uma soluccedilatildeo foram elencados os
seguintes objetivos especiacuteficos
a Apresentar os conceitos novos ou natildeo que sejam relevantes para a
exploraccedilatildeo do assunto
b Descrever a forma de emprego de uma Bda C Mec em Operaccedilotildees de
Aproveitamento do Ecircxito
c Descrever a organizaccedilatildeo e as caracteriacutesticas dos elementos empregados em
primeiro escalatildeo por uma Bda C Mec
d Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e forma de emprego em Operaccedilotildees
Ofensivas de uma Cia E Cmb Mec
e Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de
um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap)
f Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de
um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass)
g Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas missatildeo possibilidades e limitaccedilotildees
do Pel E Cmb Mec
h Analisar a capacidade do Pel E Cmb Mec em atender agraves necessidades
miacutenimas dos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada em
Operaccedilotildees Ofensivas
i Apresentar viaturas especiais de engenharia disponiacuteveis no mercado
mundial
j Analisar o emprego de uma engenharia de Bda do exeacutercito alematildeo e
estadunidense semelhante agrave Bda C Mec concluindo sobre a adequabilidade
do emprego realizado pelo exeacutercito brasileiro
14
k Apresentar uma proposta de apoio de engenharia capaz de atender agraves
necessidades miacutenimas de regimentos orgacircnicos de uma Bda C Mec
13 QUESTOtildeES DE ESTUDO
Atraveacutes da anaacutelise da capacidade de apoio de um Pel E Cmb orgacircnico de uma
Cia E Cmb Mec frente agraves necessidades de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada agrave
luz dos novos manuais doutrinaacuterios projetos estrateacutegicos e dos meios de dotaccedilatildeo (ou
em aquisiccedilatildeo pelo Exeacutercito) seraacute analisada a adequabilidade desse apoio Para isso
foram relacionadas algumas questotildees de estudo listadas abaixo a fim de guiar o
trabalho ao objetivo proposto
a) quais os conceitos associados ao emprego e ao material satildeo necessaacuterios para
desenvolvimento de uma proposta adequada de organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec
b) como a Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute empregada em uma Operaccedilatildeo de
Aproveitamento do Ecircxito
c) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela
Brigada de Cavalaria Mecanizada
d) como a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada das Brigadas de
Cavalaria Mecanizadas satildeo empregadas em Operaccedilotildees Ofensivas
e) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada
f) quais os meios que disponiacuteveis atualmente para o Pelotatildeo de Engenharia de
Combate Mecanizado apoiar os Regimentos empregados em primeiro escalatildeo no
Aproveitamento do Ecircxito
g) quais os materiais disponiacuteveis no mundo necessaacuterios para atribuir capacidade
de junto aos Regimentos em um Aproveitamento do Ecircxito
h) como eacute prestado o apoio de engenharia em outros paiacuteses a tropas que
possuam organizaccedilatildeo semelhante agrave da Brigada de Cavalaria Mecanizada
i) qual a sugestatildeo de emprego da engenharia de brigada para que seja realizado
um apoio adequado que atenda agraves necessidades miacutenimas dos regimentos orgacircnicos
da Bda C Mec
14 JUSTIFICATIVAS
15
Este trabalho justifica-se pela necessidade de ser avaliada a manutenccedilatildeo ou natildeo
da capacidade da Cia E Cmb Mec frente agraves mudanccedila relacionadas agraves caracteriacutesticas
apresentadas pelos novos cenaacuterios mundiais e pela evoluccedilatildeo do material utilizado
pelo Exeacutercito Brasileiro advindo dos Projetos Leopard e Guarani a fim de
acompanhar o Processo de Transformaccedilatildeo do Exeacutercito Brasileiro que estaacute em
desenvolvimento atualmente
Tal justificativa encontra-se alinhada com os objetivos do Projeto Estruturante
Novo Sistema de Engenharia (PENSE) concebido pelo EME em 2014 o qual teve a
Diretriz de Implantaccedilatildeo aprovada pela Portaria Nordm 031-EME de 26 de fevereiro de
2018
O objetivo decisivo do programa estaacute centrado nos pilares de sustentaccedilatildeo da
capacidade operacional da Engenharia quais sejam a obtenccedilatildeo do Material de
Engenharia adequado e suficiente o desenvolvimento e a atualizaccedilatildeo da doutrina e a
capacitaccedilatildeo de pessoal
A inovaccedilatildeo dos MEM bem como a transformaccedilatildeo doutrinaacuteria demandam
anaacutelises retificaccedilatildeo e ratificaccedilatildeo de conceitos quebra de paradigmas e uma busca
pelo reequiliacutebrio entre as capacidades e necessidades geradas
Com o intuito de corroborar com a evoluccedilatildeo do Sistema Engenharia tendo em
vista a modernizaccedilatildeo doutrinaacuteria e dos novos MEM este trabalho buscaraacute analisar
as Capacidades Operativas desejaacuteveis a fim de propor uma adequaccedilatildeo de apoio de
engenharia na mobilidade dos RC Mec e RCB orgacircnicos de uma Bda C Mec no
Aproveitamento do Ecircxito
Com essa adequaccedilatildeo busca-se dar efetividade agrave doutrina atinente agrave
Engenharia da Brigada tornando-a atual e compatiacutevel com as necessidades dos
elementos apoiados principalmente exequiacutevel e efetiva
16
2 METODOLOGIA
Nesta seccedilatildeo estaacute detalhada a forma que a pesquisa foi dirigida a fim de
atender aos objetivos especiacuteficos os quais visaram desenvolver uma soluccedilatildeo
adequada ao objetivo geral atraveacutes do desenvolvimento de respostas agraves questotildees
de estudo levantadas
Por meio do estudo das possibilidades e limitaccedilotildees da Companhia de
Engenharia de Combate Mecanizada buscou-se apresentar uma anaacutelise da
capacidade de atender agraves necessidades dos elementos empregados em primeiro
escalatildeo pelas Bda C Mec e sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo de sua forma de
emprego e do material necessaacuterio
Para atingir esses objetivos a metodologia foi dividida em objeto formal de
estudo amostra e delineamento de pesquisa
21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO
O presente trabalho eacute classificado quanto agrave sua forma de abordagem
qualitativa e ao seu objetivo geral como exploratoacuteria e descritiva A sua finalidade eacute
desenvolver uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Companhia de
Engenharia de Combate aos Regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada
em Operaccedilotildees Ofensivas por meio do estudo especiacutefico das capacidades
operativas da Cia E Cmb Mec em operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito face agrave
evoluccedilatildeo doutrinaacuteria presente na publicaccedilatildeo dos novos manuais doutrinaacuterios
publicados a partir de 2014 e dos MEM frutos dos Projetos Estrateacutegicos Leopard e
Guarani
Para atingir esse objetivo seraacute descrita a doutrina em vigor relacionada agrave Bda
C Mec e agrave Cia E Cmb que a apoia e analisados os reflexos da transformaccedilatildeo
doutrinaacuteria ocorrida nos uacuteltimos anos (de 2014 a 2017) e da aquisiccedilatildeo de novos
MEM
Com base na anaacutelise das capacidades e limitaccedilotildees seraacute proposta uma soluccedilatildeo
de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia que atribua capacidade de emprego de
acordo com a doutrina baseado na bibliografia vigente e atualizado com base no
emprego de exeacutercitos de outros paiacuteses e no material disponiacutevel no mundo
atualmente
17
Para a pesquisa a variaacutevel ldquoCapacidades Operativas da Companhia de
Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do Ecircxitordquo que analisou
as capacidades em material e de acordo com a organizaccedilatildeo atuais da Companhia
no apoio agrave mobilidade no aproveitamento do ecircxito foi considerada a variaacutevel
independente
Atraveacutes desta procurou-se estudar modificaccedilotildees que influenciassem
significativamente sobre a dependente ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de
uma Brigada de Cavalaria Mecanizadardquo a fim de adequar o apoio prestado aos
regimentos durante a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito pela engenharia da
brigada
A relaccedilatildeo entre a variaacutevel dependente e independente eacute alterada pelo fator
ldquoNecessidades Miacutenimas dos Regimentosrdquo que satildeo as necessidades de trabalhos
de engenharia aos regimentos existentes apoacutes a modernizaccedilatildeo do material e
doutrina nacionais no que tange agrave Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis
ldquoCapacidades Operativas da Companhia de Engenharia de Combate no
Aproveitamento do Ecircxitordquo variaacutevel independente pode ser definida como a
anaacutelise agraves capacidades atuais da Cia E Cmb Mec para emprego do Pel E Cmb em
uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito em apoio ao Rgt de uma Bda C Mec
Para isso foi analisado por meio dos questionaacuterios ldquoArdquo e ldquoBrdquo a adequabilidade
da organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec para apoio aos regimentos de uma Brigada de
Cavalaria Mecanizada e do material disponiacutevel para apoiaacute-los na mobilidade em uma
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
A variaacutevel ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de uma Brigada de
Cavalria Mecanizadardquo pode ser definida como a sugestatildeo doutrinaacuteria para atender
agrave luz dos novos conceitos e fundamentos e materiais as necessidades dos
Regimentos
Por meio das respostas dos questionaacuterio ldquoArdquo ldquoBrdquo ldquoCrdquo e ldquoDrdquo chegou-se a uma
organizaccedilatildeo adequada e atual quando comparada com outros exeacutercitos permitindo
a melhoria do emprego da engenharia no emprego junto aos regimentos de uma
Brigada de Cavalaria Mecanizada
18
Os referidos questionaacuterios tambeacutem permitiram a anaacutelise das caracteriacutesitcas dos
meios e a quantidade de viaturas necessaacuterias para o apoio de engenharia da
brigada na abertura de passagem em obstaacuteculos durante uma Operaccedilatildeo de
Aproveitamento do Ecircxito
Para a variaacutevel interveniente foi considerada as Necessidades Miacutenimas dos
Regimentos no que se refere a apoio de engenharia as quais foram apresentadas
na revisatildeo de literatura reforccedilada pelas respostas presentes nos citados
questionaacuterios cujas respostas foram analisadas individualmente
Esta anaacutelise porcurou confirmar ou refutadar os comentaacuterios presentes nos
questionaacuterios de acordo com as informaccedilotildees encontradas na proacutepria bibliografia
estudada e no Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual (TTAV) realizado no Centro
de Instruccedilatildeo de Blindados
212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis
Nos Quadros 1 e 2 estatildeo expostos a dimensatildeo os indicadores e a forma de
mediccedilatildeo das variaacuteveis independente e dependente a fim de permitir uma
visualizaccedilatildeo de como seratildeo abordados no presente estudo
VARIAacuteVEL
INDEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO
Capacidades
Operativas da Cia
E Cmb no Apvt
Ecircxi
Emprego no
apoio aos Rgt
da Bda C
Mec
Adequabilidade
da organizaccedilatildeo
Questotildees Nr 1 e 2 (Apd A)
e Nr 1 e 2 (Apd B)
Material para
apoio agrave
mobilidade
Adequabilidade
do material
Questotildees Nr 3 (Apd A) e
Nr 3 (Apd B)
QUADRO 1 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Independente Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec no Apvt Ecircxi Fonte O autor
19
VARIAacuteVEL
DEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO
Apoio de
Engenharia aos
Rgt de uma Bda
C Mec
Emprego da
engenharia
Organizaccedilatildeo
adequada
Questotildees 6 e 7 (Apd A)
questotildees 6 e 7 (Apd B)
Comparaccedilatildeo com
outros exeacutercitos
Questatildeo 1 2 e 3 (Apd C) e
questatildeo 1 2 e 3 (Apd D)
Material para
abertura de
passagem em
obstaacuteculo
Caracteriacutesticas dos
meios
Questotildees 4 e 5 (Apd A)
questotildees 4 e 5 (Apd B)
questatildeo 4 e 5 (Apd C) e
questatildeo 4 e 5 (Apd D)
Quantidade de
viaturas Questatildeo 6 (Apd C)
QUADRO 2 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Dependente Apoio de Engenharia aos Rgt da Bda C Mec Fonte O autor
213 Alcances e Limites
Para a anaacutelise das operaccedilotildees ofensivas foram excluiacutedos os tipos de
Reconhecimento em Forccedila Perseguiccedilatildeo Ataque de Oportunidade e Marcha para o
Combate O objetivo do autor foi dar ecircnfase aos trabalhos de mobilidade com
emprego dos pelototildees de forma descentralizada Desta forma o pelotatildeo que
acompanha o regimento precisa conduzir todo o material necessaacuterio natildeo sendo
adequado solicitar apoio agrave companhia devido a sua distacircncia e necessidade de
acompanhamento da velocidade das operaccedilotildees
Nesse sentido foi escolhido o estudo da Operaccedilatildeo de Aproveitamento do
Ecircxito situaccedilatildeo que o Pelotatildeo encontra-se normalmente empregado na situaccedilatildeo de
comando reforccedilo
O sistema Engenharia constituiacutedo por material pessoal e doutrina visa
proporcionar aos elementos apoiados mobilidade contramobilidade proteccedilatildeo e
apoio geral Dentre estes foram abordados neste estudo o apoio agrave mobilidade
20
situaccedilatildeo onde a falta de meios especiais junto aos pelototildees eacute mais niacutetida deixando
de ser trabalhados contramobilidade proteccedilatildeo e apoio geral
Na mobilidade o estudo abarcou trabalhos de abertura de passagens em
obstaacuteculos transposiccedilatildeo de curso de aacutegua obstaacuteculo conservaccedilatildeo e reparaccedilatildeo de
vias e estradas e desorganizaccedilatildeo de posiccedilotildees organizadas do inimigo trabalhos os
quais podem ser realizados por viaturas blindadas especiais Excluiu-se portanto o
estudo da transposiccedilatildeo de curso de aacutegua de vulto ou grande vulto que exigem o
apoio de escalotildees superiores agrave brigada a navegaccedilatildeo e o reconhecimento
Como a Cia E Cmb Mec desdobra seus trabalhos normalmente em toda aacuterea
da Bda o estudo limitou-se aos realizados em prol dos elementos em primeiro
escalatildeo (os regimentos de cavalaria) excluindo o estudo dos trabalhos de apoio ao
conjunto e suplementar
Para tal os meios a serem analisados foram limitados aos de emprego
imediato pelos pelototildees ou seja que seja de dotaccedilatildeo ou passados em reforccedilo ao
pelotatildeo Um exemplo de meio incluiacutedo foi uma Ponte de Pequena Brecha (Pnt P
Bre) pois pode ser transportada por reboque ou por uma viatura blindada Em
contrapartida foi excluiacutedo o estudo do emprego de portada pesada tendo em vista
que a mesma natildeo tem emprego em transposiccedilatildeo imediata mas preparada
22 AMOSTRA
As pesquisas as quais foram enviadas por endereccedilo eletrocircnico atraveacutes de
consulta aos e-mails cadastrados no DGP buscaram abranger em caraacuteter
voluntaacuterio militares que tivessem conhecimentos ligados ao tema
Enquanto algumas pesquisas procuraram abranger militares que tiveram
experiecircncia no emprego do apoio de engenharia (como cliente ou como fornecedor)
outras pesquisas buscaram militares especializados no emprego de blindados e por
fim pesquisas que exploraram a experiecircncia de militares que realizaram curso de
comandante de subunidade no exterior confrontando o questionamento com os
conhecimentos e experiecircncias vividas nos Estados Unidos e na Alemanha
Os questionaacuterios elaborados embora tenha como universo apenas militares
com posto acima de capitatildees aperfeiccediloados natildeo procuraram levar em consideraccedilatildeo
a experiecircncia nos respectivos postos mas a experiecircncia dos mesmos na funccedilatildeo que
exercem ou exerciam ou nos conhecimentos adquiridos no exterior
21
Desta forma foi considerado irrelevante a descriccedilatildeo dos mesmos
considerando apenas as respostas por grupo os quais tiveram por objetivo
demonstrar os diferentes posicionamentos em relaccedilatildeo ao assunto em pauta
Com isso os referidos militares foram divididos em quatro grupos conforme
descrito abaixo
a comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada
de Cavalaria Mecanizada
b comandantes e ex-comandantes de Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada
c oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de
Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha
d oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que
tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados
Unidos ou na Alemanha
23 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O delineamento da pesquisa teve uma abordagem qualitativa em que o estudo
das relaccedilotildees entre variaacutevel dependente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec
no Aproveitamento do Ecircxito) e independente (Apoio de Engenharia aos Regimentos
de uma Bda C Mec) eacute indissociaacutevel e natildeo pode ser traduzida por nuacutemeros
(Rodrigues 2006 p 36)
O meacutetodo de abordagem utilizado foi o indutivo fundamentado na experiecircncia
e construiacutedo a partir da observaccedilatildeo de casos da realidade concreta (Rodrigues
2006 p 29) do emprego do Pel E Cmb Mec apresentados neste trabalho por meio
de situaccedilotildees particulares e anaacutelise de questionaacuterios e procedimento experimental
realizado pela Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
Para responder ao objetivo geral a pesquisa foi abordada de forma descritiva
contando com a experiecircncia do autor que descreveu a relaccedilatildeo entre as variaacuteveis e
contribuiu com a descriccedilatildeo doutrinaacuteria atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica
231 Procedimentos para revisatildeo de literatura
22
Com o objetivo de responder ao problema do trabalho foram realizados os
seguintes procedimentos metodoloacutegicos descritos abaixo
2311 Fontes de busca
Foram utilizados como fontes para descriccedilatildeo do conhecimento doutrinaacuterio que
influencia no emprego da Cia E Cmb Mec e para a construccedilatildeo da proposta do
trabalho manuais monografias dissertaccedilotildees e artigos cientiacuteficos (nacionais dos
Estados Unidos e da Alemanha) livros e Notas de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria (NCD)
2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados
Com a finalidade de estabelecer paracircmetros doutrinaacuterios foram selecionados
documentos que contribuam para o direcionamento e limitaccedilatildeo para uma proposta
mais adequada
Foram realizadas buscas por dados em siacutetios eletrocircnicos na internet como
Google sendo selecionadas dentre os resultados obtidos as paacuteginas oficiais de
instituiccedilotildees como instruccedilotildees trabalhos perioacutedicos e documentos nacionais e
estrangeiros e em estabelecimentos de ensino como Escola de Aperfeiccediloamento
de Oficiais e Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
2313 Criteacuterios de inclusatildeo
Foram selecionados documentos de caraacuteter qualitativo em portuguecircs inglecircs e
alematildeo que estivessem relacionados ao emprego de pelotatildeo de engenharia em
apoio a tropas dotadas de meios blindados e mecanizados nas Operaccedilotildees
Ofensivas
Tambeacutem foram incluiacutedos documentos relacionados aos materiais e programas
de aquisiccedilatildeo de materiais relacionados agraves tropas blindadas e mecanizadas
2314 Criteacuterios de exclusatildeo
23
Dos documentos selecionados foram excluiacutedos os manuais revogados os
documentos que natildeo abrangem tropa blindada ou mecanizada e os que natildeo estatildeo
relacionados com Operaccedilotildees Ofensivas
232 Procedimentos Metodoloacutegicos
Com o propoacutesito de coletar dados e opiniotildees sobre o assunto no que tange ao
emprego em pessoal e material do Pel E Cmb em Operaccedilotildees Ofensivas foram
enviados eletronicamente questionaacuterios aos grupos conforme criteacuterios
anteriormente elencados
Concomitantemente foi realizada a coleta de dados da bibliografia relacionada
e com os dados coletados por meio dos questionaacuterios gerando a base para a
proposta de adequaccedilatildeo de apoio da Cia E Cmb Mec
233 Procedimentos Experimental
O procedimento experimental foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de
Blindados o qual realiza anualmente o Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual
com as brigadas mecanizadas e blindadas
Neste ano foi realizado o treinamento com a 3ordf Brigada de Cavalaria
Mecanizada a qual empregou seus Quadros em ambiente virtual confeccionado
pelo Chefe da Seccedilatildeo de Simuladores
A proposta inicial era empregar uma Bda C Mec em um Aproveitamento do
Ecircxito reforccedilada por um Pel E dotado de Viaturas Blindadas Especiais Entretanto o
exerciacutecio visava o treinamento em uma operaccedilatildeo de Movimento Retroacutegrado o que
embora natildeo tenha sido a situaccedilatildeo ideal natildeo prejudicou o resultado pois o principal
objetivo natildeo foi o emprego em si mas a capacidade de acompanhamento da
velocidade das viaturas dos regimentos mecanizados
234 Instrumentos
Os questionaacuterios enviados a 5 (cinco) grupos conforme anteriormente
definidos tiveram por objetivo principal identificar a opiniatildeo dos especialistas sobre
24
os aspectos relativos ao apoio de engenharia aos elementos de emprego em
primeiro escalatildeo de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada bem como analisar as
necessidades em material e a possibilidade de emprego para atender as
necessidades miacutenimas imediatas dos Regimentos
Assim buscou-se uma reflexatildeo sobre o assunto que fosse rica em sugestotildees
e dados qualitativos para fundamentar uma sugestatildeo baseada em conhecimentos e
experiecircncias distintos
2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios
Tendo em vista o caraacuteter qualitativo da presente pesquisa buscou-se a
confecccedilatildeo de questionaacuterios com questotildees fechadas poreacutem com espaccedilo para
discussatildeo e geraccedilatildeo de sugestotildees sobre o tema
O preacute-teste foi aplicado em militares que jaacute tinham sido instrutores do Centro
de Instruccedilatildeo de Blindados que pelo conhecimento sobre blindados sobre rodas e
sobre lagartas envolvimento em exerciacutecios de simulaccedilatildeo virtual e no terreno e
experiecircncia no exterior apresentam condiccedilotildees de orientar corrigir ou incrementar as
questotildees propostas
2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani
Pretendeu-se por meio da relaccedilatildeo desses militares com o assunto obter uma
anaacutelise do projeto inicial Guarani os objetivos buscados para compra dos
implementos dessa viatura e anaacutelise das capacidades que se espera atingir com o
projeto para que ao final da presente pesquisa a sugestatildeo esteja alinhada ao
projeto Guarani
2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)
25
Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do cliente da engenharia
da brigada a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada atualmente
nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e emprego desse
apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios e apresentar
uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas e sobre
lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica
2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)
Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do fornecedor do apoio
de engenharia a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada
atualmente nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e
emprego desse apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios
e apresentar uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas
e sobre lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica
2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)
Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para
adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar
a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec
2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)
Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para
adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar
a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec
26
As respostas e sugestotildees apresentadas nessas questotildees proporcionaratildeo
ratificaratildeo ou retificaratildeo das ideias iniciais apresentadas no trabalho conduzindo o
autor a uma proposta amparada na experiecircncia e conhecimentos de diferentes
especialistas
235 Anaacutelise dos Dados
Os dados resultantes dos questionaacuterios contribuiram para questionamento e
reforccedilo das ideias inicialmente apresentadas por meio da experiecircncia nas funccedilotildees
de comandantes no emprego de tropas mecanizadas e blindadas e com
conhecimento do emprego de tropas americanas e alematildes
2351 Tabulaccedilatildeo dos dados
Os dados seratildeo categorizados quanto aos aspectos organizacionais
materiais de emprego e logiacutestica por meio do levantamento das diversas amostras
que compotildeem a presente pesquisa
A codificaccedilatildeo e tabulaccedilatildeo seguiraacute a verificaccedilatildeo da correta compreensatildeo dos
questionaacuterios por parte dos participantes e se as respostas foram transcritas de
forma coerente e com linguagem compreensiacutevel
As questotildees fechadas foram diretamente tabuladas dentro do universo de
determinado puacuteblico-alvo Para isso foram estabelecidos graacuteficos como recurso de
representaccedilatildeo dos resultados e analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise
estatiacutestica inferencial
Os comentaacuterios foram posicionados apoacutes a apresentaccedilatildeo dos graacuteficos de
forma a permitir a anaacutelise do conteuacutedo qualitativo apresentado sendo os dados
analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise estatiacutestica descritiva
Ao final de cada resultado das anaacutelises das questotildees foram apresentadas as
conclusotildees parciais referente ao respectivo questionaacuterio
27
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
O conjunto de ideias e entendimentos que define ordena distingue e qualifica
as atividades de organizaccedilatildeo preparo e emprego das Forccedilas Armadas deve ser
harmocircnico de acordo com a definiccedilatildeo de Doutrina Militar (BRASIL 2014 p 1-1)
Com este propoacutesito evoluccedilotildees doutrinaacuterias buscam equilibrar as capacidades
atuais do Exeacutercito com as necessidades projetadas para futuras operaccedilotildees mantecirc-
lo adequado ao futuro imediato em termos de desenvolvimento organizacional
intelectual e tecnoloacutegico (EUA 2011 p ix traduccedilatildeo do autor)
Para que o Exeacutercito acompanhe a transformaccedilatildeo que ocorre na Era do
Conhecimento periacuteodo atual marcado pela raacutepida geraccedilatildeo e obsolescecircncia do
conhecimento essa harmonia deve ser constantemente analisada e retificada
(BRASIL 2014 p 1-1)
A duacutevida quanto agrave efetiva capacidade de uma forccedila em cumprir a missatildeo a que
se destina origina-se da desarmonia entre sua doutrina e emprego (fruto da
ineficiecircncia de um MEM por exemplo) o que deve ser uma premissa satisfatoacuteria
para motivar estudos que contribuam para o alcance da maacutexima prontidatildeo
operativa
Este estudo deve para tanto ser analisado por meio dos fatores
determinantes interrelacionados e indissociaacuteveis doutrina organizaccedilatildeo
adestramento material educaccedilatildeo pessoal e infraestrutura (DOAMEPI) os quais
contribuem para o desenvolvimento de uma das capacidades prioritaacuterias para a F
Terr a efetividade da doutrina (BRASIL 2014 p 3-3)
A fim de facilitar o entendimento esta seccedilatildeo estaacute dividida da seguinte forma
Consideraccedilotildees iniciais onde seratildeo abordados os fundamentos baacutesicos para
entendimento de conceitos que permeiam o assunto contribuindo para uma correta
avaliaccedilatildeo e desenvolvimento de uma soluccedilatildeo doutrinariamente harmoniosa Brigada
de Cavalaria Mecanizada onde seratildeo abordadas as necessidades de apoio de
engenharia nas Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito Companhia de Engenharia
de Combate Mecanizada onde seratildeo apresentadas as caracteriacutesticas de seu
emprego em Operaccedilotildees Ofensivas Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no
mundo para reforccedilo dos Pel E Cmb no apoio agrave mobilidade os quais podem ajustar
as capacidades das Cia E Cmb e por uacuteltimo seraacute analisado o emprego de tropas
28
semelhantes agraves Bda C Mec nos EUA e na Alemanha onde a engenharia de brigada
preste apoio agrave tropa mecanizada que tenha em sua constituiccedilatildeo elementos de
reconhecimento
31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS
As seguintes consideraccedilotildees iniciais satildeo importantes para uma anaacutelise precisa
da capacidade da Cia E Cmb Mec em apoiar os Regimentos da Bda C Mec na
mobilidade em operaccedilotildees ofensivas e consequentemente para a construccedilatildeo de
uma proposta satisfatoacuteria com o objetivo do trabalho
311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito
As Operaccedilotildees Ofensivas satildeo operaccedilotildees decisivas que visam engajar forccedilas
superiores ao do inimigo em local e momento decisivos a fim de destruiacute-lo por
meio do fogo do movimento e da accedilatildeo de choque (BRASIL 2014 p 4-3) A accedilatildeo
de choque por sua vez deve ser entendida como o impacto psicoloacutegico causado
pelo carro de combate ao inimigo por meio do poder de fogo aparente
invulnerabilidade ruiacutedo e capacidade de transpor obstaacuteculos (BRASIL 2016 p 29)
Dentre os tipos de Operaccedilatildeo Ofensiva o trabalho explorou o Aproveitamento
do Ecircxito o qual destaca-se pela maior necessidade de apoio imediato agrave mobilidade
por elementos mais proacuteximos agraves peccedilas de manobra de ataque (os Pel E Cmb)
Nesses casos em que os elementos empregados em primeiro escalatildeo necessitam
de apoio imediato e contiacutenuo normalmente a engenharia da brigada emprega seus
pelototildees sob a Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo (BRASIL 1999 p 2-28)
O Aproveitamento do Ecircxito operaccedilatildeo que conquista os resultados mais
decisivos se discorre apoacutes o aproveitamento de um ataque bem sucedido no qual
a forccedila inimiga encontra dificuldades para se defender O avanccedilo contiacutenuo e raacutepido
sobre as forccedilas inimigas desorganizadas buscam ampliar as vantagens impedindo
uma reorganizaccedilatildeo ou a realizaccedilatildeo de um movimento retroacutegrado (BRASIL 2000 p
5-17)
Na Bda C Mec o RCB normalmente constitui o escalatildeo avanccedilado no
Aproveitamento do Ecircxito Cabe agrave engenharia por sua vez reduzir a accedilatildeo dos
obstaacuteculos naturais ou artificiais permitindo a adoccedilatildeo de um deslocamento de forccedila
29
mais adequado garantindo a conquista de resultados decisivos em menor tempo e
com miacutenimo de perdas Com o intuito de manter o movimento contiacutenuo e
permanente o apoio de engenharia aos regimentos eacute realizado de forma
descentralizada permitindo o apoio a elementos afastados do escalatildeo superior
desde que adequadamente reforccedilado em meios (BRASIL 2000 p 5-18)
Tanto o Aproveitamento do Ecircxito quanto o Ataque de Oportunidade satildeo
accedilotildees que decorrem de uma interpretaccedilatildeo do comandante sobre os acontecimentos
do combate A incerteza de sua realizaccedilatildeo aleacutem de quando onde e como seraacute
realizada seraacute definida pela imediata expediccedilatildeo de ordens fragmentaacuterias pelo
comandante as quais exigem que o pelotatildeo tenha permanentemente condiccedilotildees de
apoiar (BRASIL 2000 p 5-9) Para a engenharia a proximidade e a disponibilidade
de meios adequados determinaraacute a efetividade do apoio prestado aos elementos
em primeiro escalatildeo desta brigada
312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo
Quando empregado em situaccedilatildeo de comando reforccedilo o Pel E Cmb subordina-
se diretamente ao comandante do regimento No aproveitamento do ecircxito esta eacute a
situaccedilatildeo de comando normalmente empregada devido agrave necessidade de plena
autonomia e pela incapacidade de apoio da companhia devido ao seu afastamento
em relaccedilatildeo aos pelototildees (BRASIL 1999 p 1-14)
Cabe ao pelotatildeo portanto o apoio aproximado imediato e contiacutenuo com
equipamentos adequados devendo para isso ser reforccedilado pela Cia E Cmb em
meios e se necessaacuterio em pessoal (BRASIL 1999 p 1-14) garantindo a rapidez
do movimento a fim de multiplicar o poder de combate contribuindo para o melhor
emprego da potecircncia de fogo e da accedilatildeo de choque do elemento apoiado Desta
forma busca-se diminuir o risco com base na premissa de que quanto maior o
tempo de exposiccedilatildeo do escalatildeo de ataque aos fogos maiores seratildeo suas perdas
(BRASIL 2000 p 5-15)
313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra
A Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra estaacute relacionada com o conjunto
de atividades tarefas e sistemas inter-relacionados empregados para deslocar
30
forccedilas de modo a posicionaacute-las em situaccedilatildeo de vantagem em relaccedilatildeo ao inimigo
(BRASIL 2014 p 5-10)
Para este estudo cresce de importacircncia o entendimento de manobra como se
segue
A manobra concentra e dispersa o poder de combate para manter o inimigo
em desvantagem Consegue resultados que de outra forma seriam
dispendiosos Manobra eficaz manteacutem forccedilas inimigas fora do equiliacutebrio
fazendo-as enfrentar novos problemas e novos perigos mais raacutepido do que
eles podem combatecirc-los As forccedilas do Exeacutercito ganham e preservam a
liberdade de accedilatildeo reduzem a vulnerabilidade e exploram o sucesso
atraveacutes da manobra Manobra eacute mais que fogo e movimento Inclui a
aplicaccedilatildeo dinacircmica e flexiacutevel de todos os elementos do poder de combate
(EUA 2011 p A-2 traduccedilatildeo do autor)
O emprego da Engenharia estaacute intimamente ligada agrave funccedilatildeo de combate
movimento e manobra particularmente no que tange agrave promoccedilatildeo da mobilidade agraves
tropas subordinadas ao escalatildeo a que pertence (BRASIL 2014 p 6-3)
314 Modularidade
A modularidade eacute a aptidatildeo de um elemento de combate de receber moacutedulos
que ampliem seu poder de combate ou lhe agreguem capacidades (BRASIL 2014
6-14)
Este conceito surgiu da necessidade de empregar forccedilas em torno de
formaccedilotildees menores e mais versaacuteteis No niacutevel taacutetico e operacional a rotineira
necessidade de operaccedilatildeo em aacutereas natildeo-contiacuteguas por unidades subordinadas se
contrapunha ao contiacuteguo e hieraacuterquico arranjo das forccedilas terrestres (EUA 2011 p
C-1 traduccedilatildeo do autor)
Embora o conceito seja novo a engenharia jaacute emprega seus elementos com
certa modularidade Um exemplo eacute o Pel E Cmb que natildeo possui meios adequados
para por exemplo realizar o lanccedilamento de um campo minado em poucos minutos
Ele necessita que uma viatura dotada de um sistema de dispersatildeo de minas bem
como a guarniccedilatildeo da mesma sejam adicionados ao Pelotatildeo
31
315 Projeto Guarani
O Projeto Guarani teve sua origem a partir da necessidade de substituiccedilatildeo das
Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP) EE-11 Urutu (FIGURA 1) e
Viatura Blindada sobre Rodas (VBR) EE-9 Cascavel (FIGURA 2) as quais se
encontram em fase de obsolescecircncia e atraso tecnoloacutegico perante os moderno
cenaacuterio de batalha conforme informado pelo Escritoacuterio de Projetos do Exeacutercito
(EPEx)
FIGURA 1 ndash Viatura Blindada de Transporte de Pessoal EE-11 Urutu Fonte Siacutetio eletrocircnico Youtube Acesso em 1 ago 2018
FIGURA 2 Viatura Blindada de Rodas EE-9 Cascavel Fonte Siacutetio eletrocircnico Defesanet Acesso em 22 dez 2017
32
O projeto que remonta a origem de sua concepccedilatildeo no final da deacutecada de
1990 tem em sua proposta inicial o objetivo de modernizar as Brigadas de
Infantaria Motorizadas recentemente transformadas em Brigadas de Infantaria
Mecanizada bem como modernizar as Brigadas de Cavalaria Mecanizada
Atualmente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas
(VBTP-MR) Guarani jaacute comeccedilaram a ser distribuiacutedas
FIGURA 3 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas Guarani Fonte Siacutetio eletrocircnico EPEx Acesso em 22 dez 2017
O projeto originalmente era constituiacutedo de duas versotildees de viatura uma 6x6 e
uma 8x8 Esta uacuteltima versatildeo que contaria com um canhatildeo 105 mm encontra-se
atualmente paralisada Aleacutem disso era previsto uma famiacutelia de blindados
constituiacuteda de viaturas morteiro lanccediladoras de ponte especial de engenharia
desminagem entre outras as quais teriam seus protoacutetipos ainda a serem
desenvolvidos (DEFESANET 2017)
Quanto agrave substituiccedilatildeo das Viaturas Cascavel foi adiada conforme Boletim do
Exeacutercito Nr 48 publicado em 1ordm de dezembro de 2017 A portaria cria o Projeto de
Obtenccedilatildeo da Viatura Blindada de Reconhecimento ndash Meacutedia sobre Rodas (VBR-
MSR) 6x6 que consiste na modernizaccedilatildeo da Viatura Cascavel (DEFESANET
2017)
33
As viaturas especiais de engenharia tambeacutem fruto das dificuldades
orccedilamentaacuterias teratildeo seu desenvolvimento adiado Para dirimir essa inexistecircncia de
material para apoiar as tropas mecanizadas a Diretoria de Material de Engenharia
estaacute em processo de aquisiccedilatildeo de implementos de engenharia para serem
incorporados agraves VBTP-MR Guarani conforme informado em visita ao Departamento
de Engenharia e Construccedilatildeo (DEC)
32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
A missatildeo preciacutepua da Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute cumprir missotildees de
seguranccedila conquanto tem a capacidade de executar operaccedilotildees ofensivas e
defensivas em operaccedilotildees de seguranccedila ou como elemento de aplicaccedilatildeo do
princiacutepio de guerra ldquoeconomia de meiosrdquo (BRASIL 2000 p 1-2) Dentre as
operaccedilotildees ofensivas a brigada tem possibilidade de executar as manobras de
flanco o aproveitamento do ecircxito e a perseguiccedilatildeo (BRASIL 2000 p 1-3)
Algumas caracteriacutesticas da Bda C Mec destacam-se pelo impacto que causam
nas necessidades do apoio prestado pela engenharia como a boa mobilidade
taacutetica e estrateacutegica que permite grande raio de accedilatildeo deslocamento em alta
velocidade em estrada e realizaccedilatildeo de manobras raacutepidas e flexiacuteveis a proteccedilatildeo
blindada que permite razoaacutevel grau de seguranccedila no combate embarcado e a
flexibilidade o que permite o emprego em largas frentes e grande profundidade
(BRASIL 2000 p 1-2)
Pelas caracteriacutesticas que lhe atribuem mobilidade destacam-se como
limitaccedilotildees a vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de
minas e obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos
arenosos pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees
meteoroloacutegicas adversas e grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria (BRASIL
2000 p 1-4)
Na Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito a Bda progride em larga frente
sendo mantidas em reserva apenas forccedilas que possibilitem assegurar a
flexibilidade a impulsatildeo e a seguranccedila Para isso eacute empregada tatildeo vigorosamente
quanto possiacutevel contra forccedilas que encontrem dificuldade de manter suas posiccedilotildees
evitando o seu engajamento contra tropas de poder insuficiente para ameaccedilaacute-la a
fim de atingir rapidamente seus objetivos e mantecirc-lo Para isso a decisatildeo de
34
desbordar ou engajar forccedilas pode ser delegada aos Cmt subordinados (BRASIL
2000 p 5-20)
A dependecircncia do deslocamento por estradas estaacute associada aos meios de
transporte utilizada pelas brigadas mecanizadas Suas viaturas sobre rodas tem
uma extrema vulnerabilidade no deslocamento atraveacutes campo principalmente em
deslocamentos em periacuteodos chuvosos ou atraveacutes de terrenos alagadiccedilos
ocasionando normalmente o atolamento das mesmas
A Bda C Mec possui como peccedilas de manobra orgacircnicas para emprego em
primeiro escalatildeo dois Regimentos de Cavalaria Mecanizado e um Regimento de
Cavalaria Blindado (BRASIL 2000 p 1-11) A engenharia responsaacutevel por dirimir
suas restriccedilotildees eacute uma Cia E Cmb Mec conforme demonstrado na FIGURA 4
FIGURA 4 Organograma de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
Depois das brigadas blindadas a Bda C Mec eacute a tropa mais apta para realizar
operaccedilotildees como forccedila de aproveitamento do ecircxito Essa grande unidade pode ser
35
empregada como forccedila de Apvt Ecircxi ou de acompanhamento e apoio do Esc Sup ou
aproveitar o ecircxito de suas proacuteprias operaccedilotildees (BRASIL 2000 p 5-18)
Nesse tipo de operaccedilatildeo a brigada progride em larga frente desde que o
terreno e a rede de estradas permitam permanecendo o miacutenimo de forccedilas em
reserva
321 Regimento de Cavalaria Mecanizado
O Regimento de Cavalaria Mecanizado eacute empregado pela Brigada nas
missotildees de reconhecimento e seguranccedila (BRASIL 2002 p 1-1) ou como elemento
de aplicaccedilatildeo do princiacutepio de economia de meios pela Bda (BRASIL 2002 p 6-1)
O Regimento eacute constituiacutedo organicamente por um comando 3 Esquadrotildees de
Cavalaria Mecanizada (Esqd C Mec) (BRASIL 2000 p 1-11) conforme
representado na Figura 2
FIGURA 5 Organograma de um Regimento de Cavalaria Mecanizado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
Dentre as operaccedilotildees ofensivas o RC Mec considerado unidade blindada leve
eacute o elemento mais apto para as missotildees de aproveitamento do ecircxito e perseguiccedilatildeo
em razatildeo das caracteriacutesticas de suas viaturas (BRASIL 2002 p 1-1)
36
As viaturas empregadas pelo regimento satildeo aleacutem das Viaturas Taacuteticas Leve
as viaturas EE-9 Cascavel e a VBTP-MR 6x6 Guarani (DEFESANET 2017) as
quais possuem grande mobilidade e baixa classe sendo elas respectivamente
classe 11 e 20 poreacutem alta dependecircncia de utilizaccedilatildeo de estradas
A Bda pode ainda organizar o RC Mec como Forccedila-Tarefa (FT) a fim de
aumentar as possibilidades de ecircxito em determinadas funccedilotildees podendo receber
Esquadratildeo de Carro de Combate (Esqd CC) Esquadratildeo de Fuzileiro Blindado
(Esqd Fuz Bld) Companhia de Fuzileiro Blindado (Cia Fuz Bld) FT Esqd CC FT
Esqd Fuz Bld FT Cia Fuz Bld e Cia Fuz Mtz (BRASIL 2002 p 1-9)
322 Regimento de Cavalaria Blindada
O RCB elemento responsaacutevel por proporcionar capacidade ofensiva agrave Bda
(BRASIL 2002 p 7-6) possui uma organizaccedilatildeo semelhante a de uma Forccedila Tarefa
(FT) empregando 2 (dois) esquadrotildees de fuzileiros (Esqd Fuz) e 2 (dois)
esquadrotildees de carro de combate (Esqd CC) aleacutem de um Esquadratildeo de Comando e
Apoio (Esqd C Ap) (BRASIL 2000 p 1-12)
FIGURA 6 Organograma de um Regimento de Cavalaria Blindado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
37
O Esqd Fuz eacute dotado das viaturas de transporte de pessoal VBTP M113
(Mesquita 2015) (FIGURA 7) viatura anfiacutebia de origem americana de classe 11
FIGURA 7 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal M113 Fonte Siacutetio eletrocircnico EXEacuteRCITO BRASILEIRO Acesso em 22 dez 2017
O Esqd CC possui as viaturas de combate VBC CC M60 A3-TTS (Mesquita
2015) (Figura 8) viatura americana de classe 55 e capacidade de transposiccedilatildeo
submersa em curso de aacutegua de ateacute 240 m de profundidade com preparaccedilatildeo
FIGURA 8 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate M60 A3-TTS Fonte Siacutetio eletrocircnico 20RCB Acesso em 22 dez 2017
38
Esta viatura foi substituiacuteda na maioria dos regimentos pela VBC CC Leopard
1 BR (Mesquita 2015) (Figura 9) de origem alematilde classe 45 com capacidade de
transposiccedilatildeo submersa de cursos de aacutegua de ateacute 225 com preparaccedilatildeo e 4 m com
snorkel
FIGURA 9 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate Leopard 1BR Fonte Siacutetio eletrocircnico DEFESANET Acesso em 22 dez 2017
Com suas viaturas sobre lagartas o RCB eacute a forccedila da brigada para emprego
da accedilatildeo de choque proteccedilatildeo blindada e mobilidade (BRASIL 2000 p 6-25) Por
caracteriacutesticas de suas viaturas o regimento possui grande vulnerabilidade a
ataques aeacutereos armas anticarro e minas
33 COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADA
A Cia E Cmb Mec tem por missatildeo multiplicar o poder de combate da Bda
proporcionando-lhe mobilidade contramobilidade e contribuindo para sua proteccedilatildeo
(BRASIL 2000 P 4-1)
39
As capacidades que cabem agrave Cia E Cmb Mec satildeo fruto das necessidades da
Bda C Mec a quem estaacute subordinada Essas capacidade estatildeo intimamente ligadas
agraves limitaccedilotildees dos seus meios
Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto
aos elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos
meios mais agrave frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada (Cia E Cmb) eacute organizada com meios destinados a atender agraves
necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate (BRASIL
2000 p 1-16)
Face agraves necessidades da Brigada serem maiores junto aos elementos em
primeiro escalatildeo a Cia E Cmb menos esses elementos deve ser capaz de realizar
os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da Bda como
um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada (BRASIL 2000 p 2-4)
No aproveitamento do ecircxito as necessidades de apoio ao conjunto aumentam
sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo
com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao
emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo (BRASIL 1999 p
5-14)
O comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na conduta
do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de atender
agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistas (BRASIL
1999 p 5-14)
O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a
forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de
comando reforccedilo normalmente eacute adotada emprego dos pelototildees de combate
(BRASIL 1999 p 5-14)
No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos
Regimentos e sua impulsatildeo do ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos
naturais e artificiais (BRASIL 1999 p 5-4)
Para apoiar o RCB e o RC Mec a Companhia de Engenharia tem a
possibilidade de apoiar ateacute 3 peccedilas de manobra simultaneamente lanccedilar ou
construir obstaacuteculos abrigos e outros trabalhos de organizaccedilatildeo do terreno que
40
requeiram matildeo-de-obra eou equipamentos especializados lanccedilar e remover
obstaacuteculos realizar abertura e fechamento de passagens em obstaacuteculos montar e
operar ateacute duas portadas pesadas lanccedilar trecircs pontes de pequena brecha construir
manter e operar portadas pesadas recebidas do escalatildeo superior conservar e
reparar estradas e realizar o estudo teacutecnico do terreno apontando os corredores de
mobilidade (BRASIL 2000 p 4-2 2-2 e 2-3)
Para isso a Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de
Comando um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de
Assalto e trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (BRASIL 2000 p 4-1)
conforme FIGURA 10
FIGURA 10 Organograma de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Fonte Adaptado do manual BRASIL (2000 p 4-1)
331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio
O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) eacute responsaacutevel por reforccedilar os
Pel E Cmb com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especiais de engenharia
(VBE) equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e
41
equipamentos especializados na guerra com minas conforme previsto no manual
C5-10 (p 4-5)
Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de
Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de
Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de
Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate (BRASIL 1999 p 4-
6) conforme organograma da Figura 11
FIGURA 11 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Fonte Brasil (2000 p 4-1)
Ainda de acordo com o material disponiacutevel descrito no manual C5-10 os
principais materiais e equipamentos com que o Pel E Ap pode reforccedilar os Pel E
Cmb no apoio agrave mobilidade no Aproveitamento do Ecircxito satildeo viaturas blindadas
especiais de engenharia (VBE) reboque com equipamento para abertura de trilhas
em obstaacuteculos (o qual se refere ao equipamento de abertura de brecha) e reboque
com Eqp para disseminaccedilatildeo de minas motosserra compressor de ar e jogo de
ferramentas pneumaacuteticas aparelho de solda arco voltaico e conjunto para
balizamento de passagens
42
Dos citados materiais cabe salientar que natildeo existe nas Cia E Cmb Mec
viaturas especiais de engenharia equipamentos para abertura de brecha para
disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de ferramentas pneumaacuteticas
332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto
O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos
Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal
especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de
aacutegua (BRASIL 1999 p 4-7)
O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto
Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas
(BRASIL 1999 p 4-8) conforme Figura 12
FIGURA 12 Organograma do Pelotatildeo de Engenharia de Assalto Fonte Brasil (2000 p 4-1)
Os principais equipamentos que o pelotatildeo possui satildeo botes de assalto
equipagem de passadeira portada pesada e veiacuteculos lanccediladores de pontes de
pequenas brechas Embora natildeo especificados nos manuais que fazem referecircncia
se seriam sobre rodas ou sobre lagartas foi considerado pelo autor que as viaturas
43
lanccediladoras de ponte de pequena brecha da Cia E Cmb Mec seja sobre rodas
partindo do princiacutepio que no DAMEPLAN existe ponte de classe 30 lanccedilada por
viatura
Dos materiais acima citados com que o Pel E Cmb Mec precisa ser reforccedilado
no Aproveitamento do Ecircxito o principal meio eacute a viatura lanccediladora de pontes sobre
rodas a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro
333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
O pelotatildeo fraccedilatildeo baacutesica de apoio junto agraves armas (BRASIL 1999 p 1-10) que
tem por missatildeo realizar dentro de suas possibilidade os trabalhos teacutecnicos de
engenharia em proveito da brigada como um todo ou da peccedila de manobra da arma-
base apoiada (BRASIL 2000 p 4-9) Composto por um grupo de comando e 3
Grupos de Engenharia (GE) os quais estes constituem elemento baacutesico de
trabalho (BRASIL 1999 p 1-10) o Pel E Cmb estaacute organizado conforme
representado na FIGURA 13
FIGURA 13 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado Fonte Brasil (2000 p 4-1)
44
Segundo o manual C 5-10 nas operaccedilotildees ofensivas o Cmt Cia E designa
normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada (BRASIL
1999 p 4-2) Para isso o Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de
cortina de fumaccedila trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista
que a Cia E Cmb natildeo possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e
de explosivos e trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus
equipamentos de engenharia (BRASIL 1999 p 4-9) (equipamentos inadequados
para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo possuem proteccedilatildeo blindada nem
conseguem acompanhar os elementos apoiados)
Aleacutem disso o pelotatildeo pode conduzir consigo o material para abertura de
passagem em campo de minas O uacutenico material com o qual o Pel E tem contato
por ocasiatildeo do adestramento tanto por tropas mecanizadas como blindadas eacute o
RAMBS
O RAMBS consiste em uma carga linear explosiva que abre uma trilha de 06
metros de largura por 6 metros de comprimento em campo de minas abrindo um
caminho para tropa a peacute (BRASIL 2000 p D-2) portanto ineficiente para a
transposiccedilatildeo de qualquer viatura as quais necessitam de uma abertura de brecha
com medidas miacutenimas de 35 metros (BRASIL 2000 p D-8)
Aleacutem desse equipamento o uacutenico material para remoccedilatildeo de minas eacute o
utilizado em desminagem humanitaacuteria ou seja material de desminagem manual O
material para desminagem manual consiste em bastatildeo de sondagem roupa de
proteccedilatildeo capacete de minas bandeirolas entre outros os quais ineficientes para
abertura de brecha sob fogos inimigos devido a inexistecircncia de proteccedilatildeo para os
membros da equipe embora eficientes para missotildees humanitaacuterias (BRASIL 2000
p 5-18)
Aleacutem desse material baacutesico que acompanha o pelotatildeo outros materiais podem
reforccedilar as capacidades do pelotatildeo conforme o estudo da missatildeo Os meios de
transposiccedilatildeo de obstaacuteculos oriundos da Cia E Cmb satildeo normalmente passados em
reforccedilo pelo Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de
Apoio
Os Pel E Cmb quando natildeo reforccedilados tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de
apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais estatildeo
contidos na caixa de sapador Embora estejam previstas ferramentas pneumaacuteticas
45
suas caixas de sapador satildeo constituiacutedas de materiais baacutesicos como enxada paacute
picareta fateixa boca-de-lobo trena martelo
34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA
REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE
Os meios utilizados em reforccedilo dos Pel E Cmb atribuem a capacidade de
realizar trabalhos e diminuem o tempo de execuccedilatildeo e consequentemente o tempo
de exposiccedilatildeo aos fogos inimigos Para as Cia E Cmb que possuem blindados como
viatura de transporte (Cia E Cmb MecBld) destaca-se a importacircncia dos meios que
podem ser utilizados mantendo a proteccedilatildeo blindada durante sua operaccedilatildeo como eacute
o caso das Viaturas Blindadas de Engenharia aumentando a seguranccedila da
guarniccedilatildeo e do equipamento os quais satildeo considerados meios muito nobres
devido sua especificidade
O emprego das viaturas denominadas especiais proporciona proteccedilatildeo
blindada o que garante consideraacutevel manutenccedilatildeo da funcionalidade da viatura sob
fogos de determinado calibres rapidez na abertura da passagem e seguranccedila Essa
uacuteltima caracteriacutestica contribui para garantir a preservaccedilatildeo do Poder Relativo de
Combate (PRC) o emprego oportuno e eficiente dos meios pelo Cmt Pel conforme
previsto no Manual EB20-MC-10208 ndash Proteccedilatildeo (2015 p 1-1)
As viaturas tambeacutem proporcionam grande mobilidade pois seus meios primam
pelo maacuteximo emprego de seus implementos de forma embarcada Desta forma
aleacutem da seguranccedila evitando a exposiccedilatildeo da guarniccedilatildeo da viatura evita-se a perda
de tempo no desembarque de militares e dos meios embarque e preparaccedilatildeo
No manual C 5-10 - O apoio de engenharia no escalatildeo brigada ndash as viaturas
que o Pel E Ap e o Pel Eq Ass possuem para reforccedilo dos pelototildees satildeo Viatura
Blindada Especial Lanccedila-Pontes (VBEL Pnt) e Viatura Blindada de Combate de
Engenharia (VBCE)
O manual C 5 ndash 37 ndash Minas e armadilhas descreve alguns outros materiais
como o reboque com MICLIC Giant Viper viatura rolo e viatura arado No
DAMEPLAN eacute feito menccedilatildeo ao equipamento para abertura de brecha equipamento
de tubos para transposiccedilatildeo de fosso aleacutem dos implementos lacircmina frontal rolo e
equipamento para disseminaccedilatildeo de mina AC lanccedila para guindaste e
escavadeiraque tambeacutem seraacute abordada natildeo existem nas Cia E Cmb Mec Para
46
entendimento da importacircncia e capacidades de cada um seratildeo abordadas suas
caracteriacutesticas e possibilidades
341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha
Embora natildeo tenha sido encontrado nenhum dado limitador que definisse o
limite para ser considerada uma ponte de pequena brecha foi delimitada pelo autor
como ponte de pequena brecha aquela transportada por uma uacutenica viatura blindada
capaz de ser lanccedilada sem desembarque eou complemento em procedimento por
outro elemento mesmo que embarcado em outra viatura
As VBEL Pnt satildeo viaturas que tem a capacidade de realizar o lanccedilamento de
pontes sobre cursos drsquoaacutegua valetas e como rampas ascendentes ou descendentes
Essas viaturas podem ser divididas em dois tipos de lanccedilamento vertical e
horizontal
O lanccedilamento horizontal cuja sequecircncia de lanccedilamento eacute apresentada na
figura 16 eacute o tipo de lanccedilamento no qual a ponte desloca-se em quase sua
totalidade na horizontal caracteriacutestica esta que diminui a exposiccedilatildeo excessiva da
viatura no campo de batalha
FIGURA 14 Sequecircncia de lanccedilamento do tipo horizontal de ponte de pequena brecha Fonte Siacutetio eletrocircnico FAS Acesso em 3 jul 2018
47
O lanccedilamento vertical eacute o deslocamento realizado onde a ponte projeta-se no
sentido vertical antes de ser projetada na horizontal para lanccedilamento sobre o solo
A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1
BR) eacute viatura alematilde modificada da versatildeo alematilde BIBER para o Brasil Construiacuteda a
partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22
metros sobre um vatildeo de 20 metros (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA
BLINDADA ESPECIAL LANCcedilA-PONTES LEOPARD 1 BR p 2)
O Brasil adquiriu essa viatura junto com a compra dos Leopard 1 A5 BR em
2009 dando agrave tropa blindada a capacidade de transpor obstaacuteculos como cursos
drsquoagravegua e valetas
FIGURA 15 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1 BR Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyvehiclesrdquo Acesso em 30 mar 2018
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no
chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m
em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta
viatura tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC fornecendo um niacutevel muito alto de
proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas
48
terrestres e contra agentes QBRN (Quiacutemico bioloacutegico radioloacutegico e nuclear)
(MILITARY-TODAY201)
A FIGURA 16 a seguir mostra que a viatura realiza um lanccedilamento do tipo
vertical representado pela sequecircncia de imagens abaixo apresentada
FIGURA 16 Viatura lanccediladora de pontes Titan Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 15 ago 2018
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para
transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a
partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem
a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros
(MILITARY-TODAY201)
A VBEL Pnt que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo
semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de
gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional
no campo de batalha (MILITARY-TODAY201)
49
Figura 17 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes M104 Wolverine Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 15 ago 2018
342 Viatura Blindada Especial de Engenharia
Natildeo existe uma padronizaccedilatildeo de nomenclatura para esse tipo de viatura nem
um padratildeo definido mas os recursos variam entre uma lacircmina grande ou arados
para minas um canhatildeo de demoliccedilatildeo de grande calibre perfuratriz guinchos braccedilo
e guindaste de escavadeira ou para iccedilamento de cargas (WIKIPEDIA 20)
Neste trabalho seraacute considerada Viatura Blindada Especial de Engenharia
assim como eacute utilizada na documentaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com
base na definiccedilatildeo constante na Portaria Nr 023 ndash DMB de 20 de novembro de 1998
ndash Normas reguladoras para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos
oficiais no acircmbito do Ministeacuterios do Exeacutercito (NORCRIVE) Essa explicaccedilatildeo se faz
necessaacuteria porque muitos ainda descrevem como nosso manual MD33-M-02 -
Manual de abreviaturas siglas siacutembolos e convenccedilotildees cartograacuteficas das forccedilas
armadas como sendo Viatura Blindada de Combate
A citada norma corretamente considera Viatura Blindada de Combate aquela
eacute dotada de armamento orgacircnico com um apreciaacutevel poder de fogo Por outro
lado considera Viatura Especial aquela dotada de caracteriacutesticas muito
peculiares
Partindo do princiacutepio que o M113 que possui armamento orgacircnico com maior
calibre que o constante na VBE Eng natildeo eacute considerado viatura de combate a
50
viatura de engenharia tambeacutem natildeo pode ser pois seu armamento eacute suficiente
apenas para proteccedilatildeo da viatura e de sua guarniccedilatildeo
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1
BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil
Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta viatura tem as seguintes
capacidades desobstruccedilatildeo escavaccedilatildeo e trabalho de resgate
Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o
qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que
realiza trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de
lacircmina de apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos
trabalhos com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar
cortes que afrouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com
capacidade de ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e
solda e policorteesmerilhadeira (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA
BLINDADA ESPECIAL DE ENGENHARIA LEOPARD 1 BR p 2)
Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura a viatura Pionierpanzer 3
Kodiak a qual seraacute apresentada a seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada
pela Alemanha em territoacuterio nacional e em missotildees no exterior devido a sua alta
qualidade
Figura 18 Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1 BR Fonte Foto do autor
51
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a
versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo
anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que
pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas
junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas
eletromagneacuteticas (MILITARY-TODAY 201)
A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de
concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2
aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de
uma operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador (MILITARY-TODAY 201)
Figura 19 Viatura Blindada Especial Pionierpanzer 3 Kodiak Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 13 ago 2018 Veiacuteculo de engenharia destinado agrave preparaccedilatildeo do campo de batalha na zona
de fogo indireto a Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa
trabalhos com escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma
blindagem e proteccedilatildeo contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo
de armas pequenas e projeacuteteis de artilharia (MILITARY-TODAY 201)
Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado
de grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento
rebocado Python (MILITARY-TODAY 201)
Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos
ou um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo) (MILITARY-
TODAY 201)
52
Figura 20 Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 17 ago 2018
343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha
A M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de Abertura de Brechas)
foi construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams Sua principal caracteriacutestica eacute a
existecircncia de um compartimento bipartido na parte superior da viatura capaz de
lanccedilar dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) de forma independente Essa carga
linear explosiva eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas
(Kidwell e Jaffke 2014)
Aleacutem do MICLIC a viatura possui um arado na parte frontal o qual consegue
realizar o trabalho complementar de comprovaccedilatildeo da abertura da brecha do
explosivo imediatamente apoacutes a sua detonaccedilatildeo (Kidwell e Jaffke 2014)
O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado
como meio principal pois tem baixa resistecircncia De acordo com BRASIL (2000 p
53
D-6) a cada trecircs minas removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina
implicando em sua substituiccedilatildeo
Figura 21 Vehicle Assault Breacher Vehicle (ABV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017
Aleacutem do meacutetodo de abertura de brecha pelo meacutetodo explosivo existem outros
sistemas eficientes como a Viatura de Abertura de Brecha Keiler viatura alematilde
a qual se atribui uma eficiecircncia de limpeza de cerca de 98 das minas por onde
passa Seu sistema eacute composto por um rotor que eacute interligado a vaacuterios pesos
metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado do solo
realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas
explosivas Enquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o
local livre de minas (MILITARY-TODAY 201)
Esse meacutetodo permite a abertura das brechas de um modo mais simples sem
necessidade de complemento por outro sistema e de valor de manutenccedilatildeo mais
baixa pois o acionamento das minas exige apenas a substituiccedilatildeo das peccedilas que
se chocam com o solo
54
Figura 22 Viatura Blindada Especial Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017
A viatura utilizada pela Ruacutessia que tambeacutem utiliza um sistema mecacircnico eacute a
Viatura de Abertura de Brecha BMR-3M que consiste em uma viatura blindada
baseada no carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos
que exercem uma pressatildeo superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as
prematuramente Aleacutem dos rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque
magneacutetico e um sistema jammer que impede o acionamento de explosivos
controlados por raacutedio A velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da
densidade da mina e das condiccedilotildees do solo (MILITARY-TODAY 201)
De acordo com BRASIL (2000 p D-6) o sistema de rolo eacute apto para operar
em solo seco e relativamente plano Aleacutem disso deve ser utilizado como
complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo suporta entre trecircs a seis minas
devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um excelente sistema para identificaccedilatildeo
do iniacutecio de um campo minado
55
Figura 23 Viatura Blindada Especial BMR-3M Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 28 jul 2018
344 Outros sistemas e implementos
O feixe de tubos ou Pipe Fascine foi desenvolvido no Exeacutercito Britacircnico no
iniacutecio dos anos 80 para enfrentar os desafios de assegurar a mobilidade do
movimento na Alemanha Ocidental no caso de um conflito da OTAN com o Pacto de
Varsoacutevia (MILITARY-TODAY 201)
Nesta situaccedilatildeo foi verificada a existecircncia de vaacuterias pequenas valetas e
riachos de aproximadamente 5 a 10 metros de largura e 15 a 25 metros de
profundidade Para solucionar foram conectados tubos que permitissem a
passagem por sobre os riachos permitindo que a aacutegua passasse por dentro deles
Atualmente a viatura britacircnica mais moderna o Trojan conta com um sistema
para lanccedilamento de feixe de tubos dada sua eficiecircncia na transposiccedilatildeo de alguns
obstaacuteculos tornando-se prescindiacutevel a utilizaccedilatildeo das pontes em algumas situaccedilotildees
(MILITARY-TODAY 201)
56
Esse feixe ao ser colocado dentro de um Fosso Anticarro (Fosso AC)
estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo permite a passagem de
viatura sobre sua superfiacutecie
Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de
Engenharia ou adaptada em outras viaturas e reboques Uma necessidade para
lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste
ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes
ser lanccedilado
Figura 24 Feixe de tubos (Pipe Fascine) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoAEGISrdquo Acesso em 25 ago 2018 O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema que
pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de transporte de pessoal utilizadas
pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens em pequenos cursos drsquoaacutegua
O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System) por exemplo permite o
lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13 metros (MILITARY-
TODAY 201)
57
Figura 25 Sistema de lanccedilamento de ponte REBS Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMY-GUIDErdquo Acesso em 22 ago 2018
O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga
de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja
realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma
brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de
demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de
polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel
detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN) (USA 2011 p 23) ndash Department
of Defense Fiscal Year (FY) 2012 Budget Estimates)
Figura 26 Mine Clearance Line Charger (MICLIC) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 20 abr 2018
58
O sistema propelido por foguete Python eacute um sistema britacircnico de
funcionamento semelhante ao MICLIC que consiste em um reboque com uma
carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse
sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Betanha
pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi
utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo
(Armyrecognition) O sistema britacircnico Python pode limpar um caminho longo de 73
m por 180-200 m (WIKIPEDIA 201)
Figura 27 Sistema Python
Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyrecognitionrdquo Acesso em 20 abr 2018
Para as viaturas sobre rodas aleacutem de meios como o MICLIC a maioria dos
exeacutercitos tem anexado implementos agraves viaturas utilizando-as de modo
intercambiaacutevel de modo a adequar a viatura conforme a necessidade de cada
operaccedilatildeo
Cabe salientar que algumas minas modernas como a mina italiana SB-33
tecircm um mecanismo de detonaccedilatildeo que detona a mina se sujeita a uma pressatildeo
gradual e constante mas bloqueia a espoleta se sujeito a um choque suacutebito Isso
pode anular o uso de cargas de linha de limpeza de minas para limpar tais minas
(WIKIPEDIA 201)
59
O implemento lacircmina para desminagem escavadeira e lacircmina reta satildeo
implementos que podem ser utilizados nas viaturas meacutedias de rodas ambas
apresentando capacidade limitada de trabalho sendo a primeira para remoccedilatildeo de
minas em superfiacutecies pavimentadas podendo ainda ser utilizada para retirar
alguns tipos de entulho e as uacuteltimas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo do
terreno (MILITARYSYSTEMS-TECH 20)
Figura 28 M1132 Engineer Squad Vehicle (ESV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoWIKIPEDIArdquo Acesso em 20 mar 2018
O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um
sistema que protege veiacuteculos do efeito de minas e dispositivos explosivos
improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave frente do veiacuteculo que realiza
a abertura (ARMYTECHNOLOGY 2018)
Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas
atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para
acionamento de cargas explosivas (ARMYTECHNOLOGY 2018)
60
Figura 29 Rolo de minas de peso leve (LWMR) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMYTECHNOLOGYrdquo Acesso em 20 mar 2018
35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM
OUTROS PAIacuteSES
Em busca de uma estrutura semelhante agrave Bda C Mec em outros paiacuteses este
autor natildeo encontrou tropa que tenha seu emprego principal no reconhecimento e
seguranccedila
A fim de dar uma soluccedilatildeo a questatildeo proposta este autor escolheu
desconsiderar a finalidade da tropa apoiada concentrando o estudo no emprego
conjunto de tropas que utilizam meios sobre rodas e sobre lagartas onde a
engenharia teraacute que apoiar
351 SBCT a brigada americana Stryker
As Brigade Combat Teams (BCT) satildeo brigadas americanas que geralmente
satildeo empregadas como parte de uma divisatildeo ou forccedila-tarefa
O BCT eacute uma formaccedilatildeo de armas combinadas de todas as funccedilotildees de
combate Embora os modulares BCTs sejam organizaccedilotildees fixas o comandante da
divisatildeo pode ajustar qualquer organizaccedilatildeo de tarefas da BCT para atender aos
requisitos da missatildeo (EUA 2006 p 2-7)
A Stryker Brigade Combat Team (SBCT) da traduccedilatildeo para o portuguecircs Grupo
de Combate Brigada Stryker eacute uma forccedila-tarefa expedicionaacuteria organizada para
61
atender aos requisitos especiacuteficos de cada missatildeo tendo seu emprego baseado na
infantaria embarcada na viatura Stryker (EUA 2015 p 1-1) Essa flexibilidade
organizacional permite que as SBCTs funcionem em toda a gama de operaccedilotildees
militares tendo disponiacuteveis elementos com capacidade de manobra artilharia de
campanha inteligecircncia engenharia QBRN e manutenccedilatildeo
Atualmente existem trecircs tipos de BCTs a proacutepria SBCT a HBCT (tropa de
infantaria que combate embarcada em blindado sobre lagartas) IBCT (tropa de
infantaria transportada por viaturas de baixa proteccedilatildeo blindada que combate
desembarcada) (EUA 2006 p 2-7)
A brigada Stryker tem a seguinte organizaccedilatildeo baacutesica trecircs batalhotildees de
infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees (EUA 2015 p 1-6) um
esquadratildeo de cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de
reconhecimento Stryker um pelotatildeo de reconhecimento QBRN equipado com um
veiacuteculo de reconhecimento quiacutemico bioloacutegico e nuclear M1135 Stryker (EUA 2015
p 1-7) O organograma desta brigada estaacute discriminada na figura Nr 26 a seguir
Figura 30 Organograma de uma Brigada Stryker Fonte Fort Benning (2015)
62
As companhias de engenharia apoacuteiam a SBCT na abertura de passagem por
obstaacuteculos auxilia no assalto de posiccedilotildees fortificadas lanccedila obstaacuteculos para
proteccedilatildeo de forccedilas amigas constroacutei ou melhora posiccedilotildees para proteccedilatildeo realiza
reconhecimento de itineraacuterios e coleta de informaccedilotildees identifica e elimina
dispositivos explosivos improvisados entre outras tarefas durante a accedilatildeo decisiva
(EUA 2015 p 1-10)
A forma de emprego da engenharia dessa brigada foi alterada recentemente
passando de uma companhia para um batalhatildeo de engenharia de combate o qual
fornece atraveacutes de suas subunidades a capacidade miacutenima para executar tarefas
essenciais de mobilidade contra-mobilidade e capacidade de proteccedilatildeo para o
SBCT
O Brigade Engineer Battalion (BEB) tem por missatildeo planejar e executar as
missotildees da brigada com as suas duas companhias orgacircnicas organizadas como
mostra a figura 31 podendo suplementaacute-las no que tange agrave mobilidade com
pontes abertura de brechas desobstruccedilatildeo de vias identificaccedilatildeo de ameaccedilas
explosivas e apoio em construccedilatildeo horizontal Aleacutem disso o batalhatildeo tambeacutem
coordena uma companhias de inteligecircncia militar uma companhia de comunicaccedilotildees
e uma companhia anticarro e por vezes uma companhia QBRN (EUA 2015 p 1-
8)
Figura 31 Organograma das companhias de engenharia das SBCT Fonte Adaptado de EUA (2014 p 1-8 traduccedilatildeo nossa)
63
Em uma Stryker BCT a 1ordf Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees
de engenharia de combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo apoio (dotado de
equipamentos de abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas
lineares (MICLIC) em reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de
comprovaccedilatildeo (rolo e arado) (EUA 2014 p 1-7)
A 2ordf Cia possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate composto por
trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e um grupo de
construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo de minas)
(EUA 2014 p 1-8)
Embora seja notaacutevel a diferenccedila quando comparada com a Brigada de
Cavalaria Mecanizada a brigada Stryker foi identificada pelo autor como a Grande
Unidade americana que mais se aproximou das caracteriacutesticas da Bda C Mec por
ser uma brigada mecanizada apoiada por engenharia orgacircnica com meios Stryker
352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha
A brigada que tem melhores condiccedilotildees de comparaccedilatildeo para este estudo por
sua maior similaridade com a Bda C Mec eacute a Brigada de Infantaria Mecanizada da
Alemanha O emprego das viaturas sobre rodas e sobre lagartas inclusive pelas
proacuteprias tropas de engenharia que apoiam essa brigada contribuiratildeo para uma
anaacutelise mais adequada da Bda C Mec
O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas da
seguinte forma um comando de brigada um batalhatildeo de reconhecimento dotado
de viaturas Fennek (foto 32) trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais
utilizam a viatura de combate Puma (foto 33) um batalhatildeo de rifles que utilizam as
viaturas de combate multipropoacutesito Boxer GTK (foto 34) e um batalhatildeo de
suprimento Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado
conforme demonstrado no quadro organizacional representado pela figura 32
(WIKIPEDIA 201)
64
Figura 32 Organograma de uma Brigada de Infantaria Mecanizada Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoWikipediardquo Acesso em 29 ago 2018
Figura 32 Viatura Fennek Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018
65
Figura 33 Viatura de infantaria de combate Puma Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018
Figura 34 Viatura Boxer Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 19 ago 2018
O batalhatildeo de engenharia que possui organizaccedilatildeo semelhante ao BE Cmb
Bld do Brasil eacute composto por uma companhia de comando duas companhias de
66
engenharia de combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia
com funccedilatildeo semelhante a uma Companhia de Comando e Apoio (CCAp) de um BE
Cmb Bld e uma companhia de pontes flutuantes com funccedilatildeo semelhante a
Companhia de Equipamento de Pontes (Cia E Pnt) de um BE Cmb Bld conforme
representado no organograma da figura 35 (DEUTSCHESHEER 20)
Figura 35 Organograma de uma brigada blindada alematilde Fonte Adaptado de DEUTSCHLAND (2011 p 9 traduccedilatildeo nossa)
Cia E Cmb
(Vtr Fuchs)
Pel DEI
2 VBE Keiler Pel Bld
4 Vtr Skorpion
Sistema ldquoVrdquo
1 Vtr Fennek
Pel Cnst
3 VBE Biber
2 VBE Dachs
Cia Cmdo
Cia Rec
(Vtr Fennek)
Cia E Cmb
(Vtr Fuchs)
Pel DEI
2 VBE Keiler
Pel Bld 4 VBE Skorpion
Sistema ldquoVrdquo
Cia Cnst Pel Cnst Pel DEI Pel Pnt
Batalhatildeo de Engenharia
de Combate Blindado
Pel Cnst
3 VBE Biber
2 VBE Dachs
67
As companhias de combate compostas por quatro pelototildees satildeo organizadas
da seguinte forma uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de engenharia o qual
realiza trabalhos para barrar ou canalizar a tropa inimiga abertura de caminhos por
meio do emprego de explosivos e trabalhos gerais de engenharia um pelotatildeo de
abertura de brecha dotado de meios de limpeza um pelotatildeo de abertura de
brechas pesado e um pelotatildeo de equipamentos pesados responsaacutevel pelo apoio agrave
mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e manutenccedilatildeo de
estradas (DEUTSCHESHEER 20)
As companhias satildeo dotadas ainda das viaturas Fennek e Fuchs para
transporte de pessoal (DeustchesHeer 2011)
A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas
blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de
engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais
(DEUTSCHESHEER 20)
Encontram-se abaixo as viaturas e sistemas utilizados pelo batalhatildeo as
viaturas de transporte de pessoal Fuchs (figura 35) e Fennek a viatura lanccediladora de
ponte Biber (figura 36) a viatura para abertura de brecha em campo de minas Keiler
(figura 37) e a viatura especial de engenharia Dachs (figura 38)
Figura 36 Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 25 ago 2018
68
Figura 37 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Biber Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 24 ago 2018
Figura 37 Viatura Blindada Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 23 ago 2018
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Figura 38 Viatura Pionierpanzer 1 Dachs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 22 ago 2018 Podemos concluir com a anaacutelise dessa brigada que embora natildeo seja uma
Grande Unidade de emprego semelhante ou seja uma brigada de cavalaria
mecanizada esta apresenta a mesma dificuldade de apoio de engenharia
encontrada nas Bda C Mec quais sejam apoiar elementos de grande mobilidade
dotados de viaturas sobre sobre rodas e viaturas sobre lagartas e que possuem
diferentes classes
Os principais reflexos para esse apoio satildeo as diferenccedilas de pesos e
velocidades o que impacta na capacidade de acompanhamento das viaturas
empregadas pelos elementos da arma base e na capacidade de transposiccedilatildeo dos
meios por ponte por exemplo
Essa diferenccedila eacute percebida quando comparamos as caracteriacutesticas dessas
viaturas conforme apresentado a seguir que satildeo o peso e velocidade
Viatura Fennek (103 ton e 115 kmh) Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs
(235 ton e 105 kmh) utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate
Puma utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Blindada Lanccedila-Pontes
Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia Dachs (43 ton
70
e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha Keiler (53 ton e 50 kmh)
(DEUTSCHESHEER 20)
71
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
O presente capiacutetulo tem por finalidade atingir o objetivo geral da pesquisa que
eacute analisar o apoio de engenharia prestado aos elementos empregados em primeiro
escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada a fim de sugerir uma proposta
de adequaccedilatildeo do apoio prestado em Operaccedilotildees Ofensivas atraveacutes de um estudo
especiacutefico de Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito face agrave evoluccedilatildeo doutrinaacuteria e
do MEM
A fim de atingir os trecircs uacuteltimos objetivos especiacuteficos estabelecidos (objetivos j k
e l) na pesquisa a presente seccedilatildeo pretende sintetizar os resultados obtidos nos
questionaacuterios na revisatildeo de Literatura e na pesquisa de campo agrave luz das dimensotildees
que compotildeem a Variaacutevel Independente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb no
Aproveitamento do Ecircxito) Dependente (Apoio de Engenharia aos Regimentos de
uma Bda C Mec) e Interveniente (Necessidades miacutenimas dos Rgt)
41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS
Para melhor explorar a discussatildeo referente aos instrumentos utilizados e
dados levantados seratildeo retomadas as variaacuteveis que foram objeto de estudo desta
pesquisa
A estruturaccedilatildeo da Variaacutevel Independente ndash Capacidades Operativas da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do
Ecircxito e da Variaacutevel Dependente ndash Apoio de Engenharia aos Regimentos de uma
Brigada de Cavalaria Mecanizada deu-se em torno de dimensotildees que possuiacuteam
indicadores com suas respectivas formas de avaliaccedilatildeo Estas variaacuteveis foram
apresentadas no capiacutetulo 2 no Quadro 1 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel
Independente (VI) e Quadro 2 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel Dependente (VD)
A VI foi explorada a partir da anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb Mec onde
foram identificadas suas deficiecircncias resultante da falta de material e inadequado
emprego no apoio aos regimentos e comparada agraves soluccedilotildees em material e
emprego de outros exeacutercitos Na abordagem da VD buscou-se analisar as
caracteriacutesticas desejadas e adequabilidade logiacutestica de novos materiais e
apresentar uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia quanto agrave
organizaccedilatildeo e caracteriacutesticas desse apoio
72
411 Revisatildeo da literatura
Para o levantamento do material que compocircs a revisatildeo bibliograacutefica
empregada no trabalho foram realizadas pesquisas em bibliotecas virtuais fiacutesicas
e tambeacutem na internet sempre buscando por livros manuais trabalhos cientiacuteficos
reportagens e outras publicaccedilotildees de interesse
Com base nos objetivos geral e especiacuteficos foi elaborado o Capiacutetulo 3-
Revisatildeo da Literatura que foi fracionado em 5 subcapiacutetulos
1) Consideraccedilotildees Iniciais ndash Neste subcapiacutetulo foram apresentados conceitos
preliminares dos quais se faz necessaacuterio o entendimento para uma melhor anaacutelise
e consequentemente a construccedilatildeo de uma proposta mais adequada Este
subcapiacutetulo buscou atingir o objetivo especiacutefico ldquoardquo
2) Brigada de Cavalaria Mecanizada ndash Este subcapiacutetulo apresentou as
caracteriacutesticas organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a forma de
emprego no aproveitamentos do ecircxito a fim de alcanccedilar os objetivos especiacuteficos
ldquobrdquo e ldquocrdquo
3) Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada ndash Foram apresentadas
a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e as forma de emprego da Cia E Cmb Mec bem
como de seus pelototildees constitutivos (Pel E Ap Pel Eq Ass e Pel E Cmb) visando
atingir os objetivos especiacuteficos ldquodrdquo ldquoerdquo ldquofrdquo e ldquogrdquo
4) Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no mundo para reforccedilo aos Pel E
Cmb no apoio agrave mobilidade ndash Apresenta os materiais disponiacuteveis para aquisiccedilatildeo pelo
Exeacutercito Brasileiro a fim de dirimir as deficiecircncias no apoio de engenharia agrave
mobilidade dos Regimentos da Bda C Mec buscando atingir o objetivo especiacutefico
h
5) Apoio de engenharia a forccedilas combinadas de viaturas sobre rodas e sobre
lagartas em outros paiacuteses ndash O presente subparaacutegrafo descreveu brigadas de outros
exeacutercitos que apresentam em sua constituiccedilatildeo meios orgacircnicos sobre rodas e sobre
lagartas que necessitam de apoio de engenharia a fim de atingir o objetivo
especiacutefico j
A revisatildeo de literatura foi suficiente para proporcionar dados que
contribuiacutessem para a anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb e o desenvolvimento de
uma sugestatildeo adequada conforme os objetivos propostos
73
412 Entrevistas
Foram confeccionados ao todo 4 questionaacuterios sendo eles
a) para os Comandantes e ex-Comandantes dos Regimentos de
Cavalaria Mecanizada e Blindada (RC Mec e RCB) das Brigadas de Cavalaria
Mecanizada (resposta no Apecircndice A)
b) para os Comandantes das Companhias de Engenharia de Combate
Mecanizada (Apecircndice B)
c) para os oficiais de engenharia com curso de comandante de
subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no Apecircndice C)
d) para os oficiais instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com
curso de comandante de subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no
Apecircndice D)
O autor tinha interesse em trabalhar com hipoacuteteses de estudo poreacutem tendo em
vista o baixo retorno dos questionaacuterios foi modificado para questotildees de estudo
onde os questionaacuterios respondidos foram aproveitados como apoio para responder
as questotildees selecionadas
Dentre os questionaacuterios enviados aos Comandantes dos Regimentos (Apecircndice
A) foram respondidos apenas 9 questionaacuterios do universo de comandantes dos
regimentos das quatro Bda C Mec e dos questionaacuterios enviados aos Comandantes
das quatro Companhias de Engenharia de Combate Mecanizada (Apecircndice B)
foram respondidos apenas 7 A baixa quantidade de respostas natildeo comprometeu de
forma significativa os resultados devido a mudanccedila da forma de abordagem
Foi observado inclusive que esta abordagem tornou-se muito mais adequada
em relaccedilatildeo agrave relacionada com hipoacuteteses
413 Coleta documental
A coleta documental foi realizada conforme o estipulado no item 231
Procedimentos para a revisatildeo de literatura onde foi encontrada certa dificuldade
no acesso a algumas informaccedilotildees referentes ao emprego do RCB pela inexistecircncia
de um manual especiacutefico sendo aproveitadas as informaccedilotildees constantes no manual
da Brigada de Cavalaria Mecanizada e emprego organizaccedilatildeo e materiais de
74
dotaccedilatildeo das brigadas alematildes os quais natildeo foram tatildeo faacuteceis de responder devido a
maior restriccedilatildeo de informaccedilotildees em relaccedilatildeo ao exeacutercito americano
42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE
COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO
Na presente seccedilatildeo seratildeo discutidas as Variaacutevel Independente a fim de
analisar o apoio em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito onde exige-se um
grande apoio de engenharia o qual se faz sentir principalmente nos elementos de
emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada A mobilidade destas forccedilas depende
da reduccedilatildeo dos obstaacuteculos naturais e dos lanccedilados ou agravados pelo inimigo
As ferramentas de pesquisa colaboraram para complementar as informaccedilotildees
coletadas dirimindo duacutevidas remanescentes ou preenchendo lacunas deixadas pela
literatura atraveacutes da contribuiccedilatildeo realizada por meio de suas experiecircncias
Para tal foram exploradas duacutevidas sobre a adequabilidade da organizaccedilatildeo
no emprego no apoio aos regimentos da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a
adequabilidade do material para apoio agrave mobilidade a organizaccedilatildeo adequada
para o emprego da engenharia e a comparaccedilatildeo com o emprego em outros
exeacutercitos as caracteriacutesticas dos meios de abertura de brecha e a respectiva
quantidade
421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo
A Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de Comando um
Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e trecircs
Pelototildees de Engenharia de Combate
Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto aos
elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos meios mais agrave
frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada eacute organizada
com meios destinados a atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da
frente de combate
Face agraves maiores necessidades da Brigada encontrarem-se junto aos elementos
de primeiro escalatildeo a Cia E Cmb distribui os seus pelototildees a partir do seguinte
caacutelculo total de pelototildees disponiacuteveis menos os pelototildees em apoio direto aos
75
regimentos deve ser capaz de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando
trabalhos de interesse da Bda como um todo ser capaz de aumentar o apoio aos
elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva
quando empregada
Entretanto a engenharia da brigada atualmente possui trecircs pelototildees de
engenharia de combate para apoiar um tipo de operaccedilatildeo onde a Bda necessita
de apoio para ateacute trecircs peccedilas de manobra
No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos
Regimentos e sua impulsatildeo de ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos
naturais e artificiais
O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a
forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de
comando reforccedilo normalmente eacute adotada Situaccedilatildeo essa que o comandante da Cia
E designa normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada
Neste tipo de operaccedilatildeo as necessidades de apoio ao conjunto aumentam
sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo
com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao
emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo
Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de
Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de
Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de
Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate
Esta fraccedilatildeo executante da companhia atualmente possui dentre os seus
equipamentos apenas os de emprego em missotildees de construccedilatildeo natildeo blindados e
inadequados para emprego junto aos elementos empregados em primeiro escalatildeo
O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio eacute responsaacutevel por reforccedilar os Pel E Cmb
com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especial de engenharia (VBE)
equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e
equipamentos especializados na guerra com minas
Entretanto natildeo existe nas Cia E Cmb Mec viaturas especiais de engenharia
equipamentos para abertura de brecha para disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de
ferramentas pneumaacuteticas
O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto
Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas
76
O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos
Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal
especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de
aacutegua
No Aproveitamento do Ecircxito o principal meio para reforccedilo das capacidades do
pelotatildeo eacute a viatura lanccediladora de pontes (sobre rodas de acordo com as informaccedilotildees
disponiacuteveis na literatura encontrada) a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro
O pelotatildeo de engenharia tem capacidade de realizar dentro de suas
possibilidade os trabalhos teacutecnicos de engenharia em proveito da brigada como um
todo ou da peccedila de manobra da arma-base apoiada
Composto por um grupo de comando e 3 Grupos de Engenharia (GE) estes
constituem-se nos elementos baacutesicos de trabalho do pelotatildeo
O Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de cortina de fumaccedila
trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista que a Cia E Cmb natildeo
possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e de explosivos e
trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus equipamentos de
engenharia (equipamentos inadequados para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo
possuem proteccedilatildeo blindada nem conseguem acompanhar os elementos apoiados)
Quando natildeo reforccedilados os pelototildees tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de
apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais consistem
em pequenas ferramentas de trabalho manual
No Apecircndice A questotildees 1 e 2 pode-se observar que eacute unacircnime entre os
militares que responderam que a Bda C Mec deve ser apoiada por um BE Cmb
Essa opiniatildeo foi apresentada pela comparaccedilatildeo com o Exeacutercito Vermelho do
Manual O Inimigo o qual representa um paiacutes que emprega engenharia de valor
batalhatildeo em apoio agrave brigada e pela comparaccedilatildeo com as Brigadas de Infantaria
Mecanizada que empregam a mesma quantidade de Unidades que as Brigadas de
Cavalaria Mecanizada
Dentre os comentaacuterios que contribuiacuteram para a justificaccedilatildeo do emprego de um
BE Cmb destacaram-se os seguintes
- ldquoCom essa organizaccedilatildeo o BE Cmb poderia empregar uma SU em apoio direto
aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo ainda uma
Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado (apoio ao conjunto) na Z Accedil da Bdardquo
77
Esse comentaacuterio corrobora com a revisatildeo literaacuteria conforme capiacutetulo 3 ldquoa Cia
E Cmb menos esses elementos (os Pel E empregados em reforccedilo) deve ser capaz
de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da
Bda como um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda
ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregadardquo
No Apecircndice B questotildees 1 e 2 a grande maioria dos militares foram
partidaacuterios agrave necessidade de mudanccedila do escalatildeo em apoio de valor subunidade
para o valor unidade dentre os quais destaco o seguinte comentaacuterio
- ldquoEm que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai 16) prever uma E Bda Inf Mec
composta por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala de aula da
proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para Mnt do C2 por
parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar pesquisando essa situaccedilatildeo
sugiro uma composiccedilatildeo do BE Cmb Mec (ou Bld) de 4 Cia E Cmb a 2 Pel E Cmb e
1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC
Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o C2 por parte do Cmdo BE bem como a
emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de missotildeesrdquo
O comentaacuterio acima observou algo que o autor natildeo pesquisou mas que tem muita
relevacircncia para a pretendida anaacutelise que satildeo os reflexos da organizaccedilatildeo no
comando e controle
- ldquoEm minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o que
proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmicardquo
- ldquoDeve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel E com VB sobre
lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e VB com lagartas As
VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado em item anterior A
mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e rapidez no apoio
particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre
rodasrdquo
78
A anaacutelise da Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada e as
companhias que reforccedilam os pelototildees de engenharia de combate em material e
pessoal permite verificar por meio da anaacutelise da organizaccedilatildeo e missatildeo a
importacircncia dessas fraccedilotildees no apoio aos regimentos por caber a estas aumentar a
capacidade dos Pel E Cmb a fim de possibilitar um eficiente apoio no
Aproveitamento do Ecircxito
Entretanto notou-se a inexistecircncia de materiais adequados para emprego na
operaccedilatildeo em pauta
A descriccedilatildeo do Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado fraccedilatildeo de
emprego da Cia E Cmb junto aos regimentos permite identificar a limitaccedilatildeo de sua
capacidade de apoio Esta ainda eacute mais reduzida quando natildeo reforccedilada por meios
adequados pelos Pel E Ap e Pel E Ass
422 Adequabilidade do material
O material de organizaccedilatildeo do terreno da Cia E Cmb inclusive as Viaturas
Blindadas Especiais de engenharia satildeo de responsabilidade do Pel E Ap Conforme
consta na seccedilatildeo 331 e com base na experiecircncia do proacuteprio autor que serviu em
uma Cia E Cmb Mec pode-se afirmar que essas viaturas natildeo existem no referido
pelotatildeo das Cia E Cmb Mec
E reafirmando o que consta na mesma seccedilatildeo natildeo existe nenhum outro meio
adequado que possua proteccedilatildeo blindada rapidez necessaacuteria para a execuccedilatildeo do
trabalho ou capacidade de acompanhar as VBR VBTP ou VBCCC
Na seccedilatildeo 331 O pelotatildeo de engenharia de apoio foi mencionada a
existecircncia de mineiros bem como o encargo do pelotatildeo em reforccedilar os Pel E Cmb
com os materiais de abertura de brecha Entretanto o uacutenico material existente no
pelotatildeo eacute o material para desminagem manual o que conforme complementado
pela seccedilatildeo 333 este meacutetodo eacute ldquoo menos preferiacutevelrdquo e quando tiver que ser
utilizada que seja somente para abrir trilhas
Conforme a seccedilatildeo 332 O pelotatildeo de equipagem de assalto o Pel Eq Ass eacute
responsaacutevel por armazenar os materiais relacionados agrave transposiccedilatildeo de curso
drsquoaacutegua como eacute o caso das Viaturas Blindadas Especiais lanccediladoras de pontes e os
feixe de tubos o que conforme jaacute afirmado pelo autor esses materiais natildeo existem
no Pel Eq Ass das Cia E Cmb Mec
79
De acordo com a mesma seccedilatildeo os meios existentes para transposiccedilatildeo satildeo
inadequados para emprego no aproveitamento do ecircxito tendo em vista a falta de
proteccedilatildeo blindada o excessivo tempo para montagem e a necessidade de vaacuterias
viaturas para conduccedilatildeo das partes para montagem
No Apecircndice A questatildeo 3 pode-se observar que a grande maioria
considera que eacute indispensaacutevel a utilizaccedilatildeo das viaturas blindadas especiais para o
cumprimento adequado do apoio de engenharia tendo como benefiacutecios o tempo de
execuccedilatildeo a proteccedilatildeo blindada e a baixa quantidade de militares para execuccedilatildeo do
trabalho No Apecircndice B questatildeo 3 todos os ex-comandantes das Cia E Cmb
concordaram com a maioria dos ex-comandantes dos regimentos
Dos comentaacuterios referentes a esta questatildeo destaco as seguintes
- ldquoEacute indispensaacutevel Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de Bda satildeo
totalmente ineficientes numa situaccedilatildeo de combate modernordquo
- ldquoEsses equipamentos BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia Erdquo
- ldquoA Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira de
Alta Mobilidade Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel de Eqp Eng
Bda Mec) e de Vtr Lanccedila-Pontes Sobre Rodas (REBS)rdquo
Concluo parcialmente em relaccedilatildeo agrave Variaacutevel Independente que eacute urgente
a necessidade de meios adequados conforme revisatildeo de literatura e respostas
dos questionaacuterios A e B sobre a ineficiecircncia dos meios existentes bem como
a falta de Viaturas Blindadas Especial para apoiar os regimentos empregados
em primeiro escalatildeo no aproveitamento do ecircxito
Outrossim que a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo
tem condiccedilotildees de realizar o apoio a uma Brigada de Cavalaria Mecanizada tanto
pela ausecircncia de meios quanto pela limitaccedilatildeo de fraccedilotildees disponiacuteveis para
cumprir suas missotildees de reforccedilo apoio ao conjunto e apoio suplementar
Portanto para apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute necessaacuterio
o apoio de engenharia de brigada seja prestado por um Batalhatildeo de Engenharia
de Combate Mecanizado
43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE
CAVALARIA MECANIZADA
80
No presente subitem seratildeo apresentadas as discussotildees referentes agrave Variaacutevel
Dependente a fim de identificar o apoio de Engenharia necessaacuterio para dar
mobilidade aos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada o qual eacute
imprescindiacutevel aos elementos de emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada
As ferramentas de pesquisa exploraram a experiecircncia dos militares
empregados diretamente seja como ldquofornecedorrdquo seja como ldquoclienterdquo desse apoio
no emprego com viaturas blindadas e com experiecircncia em curso de comandante de
subunidade no exterior
Para tal foram exploradas duacutevidas sobre o emprego da engenharia quanto a
organizaccedilatildeo a comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos a caracteriacutestica dos meios e
a quantidade de viaturas adequadas para apoio aos regimentos
431 Organizaccedilatildeo adequada
O Apecircndice A questotildees 6 e 7 contribui para a anaacutelise da organizaccedilatildeo da
engenharia que apoia a brigada principalmente pelos comentaacuterios dispensados em
cada questatildeo A grande maioria das respostas foi favoraacutevel agrave organizaccedilatildeo do BE
Cmb por duas Cia E Cmb uma dotada de VBE sobre lagartas e uma de VBE sobre
rodas e a maioria desfavoraacutevel a constituiccedilatildeo do batalhatildeo por duas Cia E a quatro
Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas
Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as
opiniotildees que culminaram em tal resultado
- ldquoEstamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C Mec
Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf Mec A
proposta do CMS (a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que apoacutes anaacutelise do
projeto decidiu junto com o COTER que o BE Cmb Mec deveria ter somente 2 Cia
Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo CMS Na visatildeo do CMS 2 Cia
apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria
no apoio a toda a brigada (demais OM em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa
decisatildeo de 2017 foi modificada a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as
duas Cia Eng (decisatildeo DEC COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3
Mec sobre rodas e 1 Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em
apoio aos Rgt em 1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE
81
Cmb Mec de Bda Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB
Portanto no BE Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem
somente VB sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng
deve possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve
possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBEL Pnt VBE com
implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas AC
etc)rdquo
As duas propostas realizadas pelo CMS estatildeo alinhadas com a maioria das
informaccedilotildees presentes neste trabalho
A primeira proposta poreacutem limita a possibilidade de decisatildeo do comandante
do batalhatildeo quanto ao emprego das unidades de acordo com a missatildeo O que limita
as capacidades do comandante da engenharia da brigada conforme descrito no
capiacutetulo 3 ldquoO comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na
conduta do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de
atender agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistasrdquo
No Apecircndice B questotildees 6 e 7 a grande maioria das respostas foi favoraacutevel
agrave organizaccedilatildeo proposta e a maioria favoraacutevel parcialmente agrave dotaccedilatildeo do batalhatildeo de
duas Cia E a quatro Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas
Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as opiniotildees
que culminaram em tal resultado
- ldquoSou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que
economiza meios e facilita o planejamentordquo
- ldquoConsidero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor (dotaccedilatildeo de VBE sobre
lagartas por todas as Cia E do batalhatildeo) A situaccedilatildeo do Paiacutes natildeo favorece estas
mudanccedilasrdquo
- ldquoo valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maiorrdquo
A partir dos comentaacuterios acima auxiliado pela experiecircncia do autor e alinhado aos
itens anteriores e agrave revisatildeo de literatura chegou-se agrave seguinte conclusatildeo
82
A sugestatildeo de uma organizaccedilatildeo ideal para o BE Cmb eacute a seguinte duas Cia E
Cmb uma dotada de VBTP sobre rodas em apoio aos RC Mec e uma Cia com
VBTP sobre lagartas em apoio ao RCB Isso justifica-se pelos seguintes motivos
- manutenccedilatildeo da natureza de cada Cia E Cmb permitindo assim o
acompanhamento dos regimentos por parte dos pelototildees (seja pela velocidade das
viaturas Guarani e Cascavel seja pela capacidade de transpor terrenos mais difiacuteceis
dos Leopard M113 e M60) e
- organizaccedilatildeo das companhias para emprego de um tipo de viatura (ou M113 ou
Guarani) facilitando a logiacutestica dentro da companhia
432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos
Embora a proposta inicial do trabalho fosse analisar a brigada de um exeacutercito
que tivesse uma estrutura semelhante a da Bda C Mec brasileira este autor natildeo
encontrou tal brigada
Para atingir esse objetivo foi realizada a comparaccedilatildeo com duas brigadas
distintas que se aproximam da estrutura desejada de forma diferente
Assim foram analisadas a brigada americana Stryker (SBCT) que eacute uma
Grande Unidade dotada de meios exclusivamente sobre rodas e a Brigada de
Infantaria Mecanizada da Alemanha que possui meios blindados e mecanizados em
suas tropas
A brigada Stryker possui as seguintes tropas da arma-base trecircs batalhotildees de
infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees um esquadratildeo de
cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de reconhecimento Stryker
conforme figura apresentada no capiacutetulo anterior
A engenharia que apoia a brigada eacute um batalhatildeo constituiacutedo de duas
companhias de constituiccedilotildees diferentes entre si
Uma Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees de engenharia de
combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo de apoio dotado de equipamentos de
abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas lineares (MICLIC) em
reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de comprovaccedilatildeo (rolo e arado)
A outra Cia E possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate
composto por trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e
83
um grupo de construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo
de minas)
Com base no estudo do MCoE Supplemental Manual 3-90 Force Structure
Reference Data de 2015 foi possiacutevel analisar que os meios utilizados na SBCT satildeo
basicamente viaturas leves caminhotildees cargo e viaturas Stryker por todos os
componentes da brigada excetuando-se apenas os equipamentos construccedilatildeo e
limpeza de vias de engenharia
O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas
das seguintes tropas de cavalaria e infantaria um batalhatildeo de reconhecimento
dotado de viaturas Fennek trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais
utilizam a viatura de combate Puma e um batalhatildeo de rifles que utiliza as viaturas
de combate multipropoacutesito Boxer GTK
Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado composto
por uma companhia de comando e apoio duas companhias de engenharia de
combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia e uma
companhia de pontes flutuantes
As companhias de combate satildeo compostas por um comando um pelotatildeo de
contramobilidade que constroacutei obstaacuteculos para barrar ou canalizar a forccedila inimiga
um pelotatildeo de abertura de brecha dotado de sistema de limpeza e da viatura Keiler
um pelotatildeo de eliminaccedilatildeo de municcedilatildeo que elimina artefatos explosivos e municcedilotildees
garantindo o traacutefego de tropas e um pelotatildeo de equipamentos responsaacutevel pelo
apoio agrave mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e
manutenccedilatildeo de estradas
A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas
blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de
engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais
conforme figura abaixo
A seguir satildeo apresentadas as viaturas componentes dessas brigadas com
seus respectivos pesos e velocidades viatura sobre rodas Fennek (103 ton e 115
kmh) Viatura de Transporte de Pessoal sobre rodas Fuchs (235 ton e 105 kmh)
utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate sobre lagartas Puma
utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Lanccedila-Pontes sobre lagartas
Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia sobre lagartas
84
Dachs (43 ton e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha sobre lagartas Keiler
(53 ton e 50 kmh)
Embora o trabalho tenha se desenvolvido de forma diferente do planejado
inicialmente este autor considera que foi positiva a anaacutelise pois duas brigadas
distintas de potecircncias beacutelicas que estatildeo sendo empregados em conflitos
atualmente apresentam diferentes formas de apoio
A brigada blindada alematilde mostrou uma proximidade maior agraves caracteriacutesticas da
brigada brasileira em razatildeo da mistura de meios sobre lagartas e sobre rodas o
que natildeo necessariamente conduz a mesma soluccedilatildeo
A anaacutelise permitiu afirmar que eacute possiacutevel o apoio a tropas mecanizadas por
uma engenharia dotada de meios sobre rodas como a Brigada Stryker
Por outro lado tambeacutem eacute possiacutevel que uma brigada mecanizada com viaturas
sobre rodas e viaturas sobre lagartas de classes diferentes e capacidades de
mobilidade diferentes seja apoiada por uma engenharia dotada de meios sobre
lagartas
Conforme Capiacutetulo 3 o apoio de engenharia agrave mobilidade dos regimentos
(RCB e RC Mec) atualmente eacute limitado ao emprego de equipamentos inadequados
para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito devido a inexistecircncia de
VBE
Considerando que na constituiccedilatildeo da brigada existe um RCB dotado de
VBCCC Leopard 1BR e VBCCC M60 A3-TTS foi analisado o emprego dos meios de
engenharia pelo exeacutercito americano e alematildeo onde natildeo foram encontradas
informaccedilotildees sobre apoio de engenharia com meios mecanizados para apoiar
viaturas blindadas sobre lagartas
De outra forma foi observado o emprego de meios especiais sobre lagartas
para apoio agraves tropas dotadas de viaturas sobre lagartas de classe consideraacutevel na
brigada alematilde - como as viaturas Dachs (43 ton) e as viaturas de combate Puma (43
ton) - e viaturas de grande mobilidade sobre rodas - como as viaturas Fennek (115
kmh) e Puma (105 kmh)
No Apecircndice C questotildees 1 2 e 3 foram apresentadas opiniotildees equilibradas
quanto ao emprego das VBE sobre lagartas e unanimidade para emprego dos tipos
de VBTP de acordo com a tropa apoiada (sobre rodas e sobre lagartas)
85
Com base nos comentaacuterios a seguir pretende-se responder agraves problemaacuteticas
levantadas com base na revisatildeo de literatura e reforccedilar as ideias que corroborem
com a proposta do autor
- ldquoA Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade
nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse
contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em
usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior
potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando
tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SRrdquo
Esse comentaacuterio explica como a Bda Inf Mec alematilde consegue realizar suas
missotildees sendo apoiada por um batalhatildeo de engenharia blindado que possui todas
as suas VBE construiacutedas sobre plataformas sobre lagartas E em relaccedilatildeo agrave
capacidade da VBE Eng a experiecircncia do autor permite testemunhar a favor da
afirmaccedilatildeo apresentada sobre a potecircncia e eficiecircncia que as VBE sobre lagartas
possuem e a restriccedilatildeo de trafegabilidade das viaturas sobre rodas no deslocamento
atraveacutes campo
- ldquonatildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das caracteriacutesticas de
terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que uma Vtr SL progrida
sobre o asfaltordquo
A afirmaccedilatildeo acima natildeo eacute verdadeira e seraacute respondida com base na
experiecircncia do autor As viaturas alematildes da famiacutelia Leopard inclusive as Leopard 2
que possuem maior classe satildeo deslocadas na Alemanha atraveacutes de estradas
asfaltadas O deslocamento sobre o asfalto natildeo eacute impedimento nem prejudicial agraves
viaturas sobre lagarta
No Apecircndice D questotildees 1 2 e 3 houve unanimidade quanto ao emprego de VBE
sobre lagartas e equiliacutebrio quanto agrave utilizaccedilatildeo de VBTP de mesmo tipo dos
elementos apoiados
Dos comentaacuterios apresentados foram selecionados os que seguem
86
- ldquoDependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode-se exigir a utilizaccedilatildeo de algum implemento
para apoiar a mobilidaderdquo
Esse comentaacuterio abre margem para avaliaccedilatildeo de uma proposta mais
audaciosa na qual deveria ser analisado o custo-benefiacutecio de empregarem-se
pelototildees embarcados em VBTP com implementos
Esse estudo deve avaliar inicialmente a capacidade de tal meio comportar o
sistema e um GE na mesma viatura e o custo de ter VBE sobre lagartas e VBTP
com implementos
Por falta de tempo para estudo de tal proposta o autor natildeo consideraraacute esta
proposta uma opccedilatildeo para este trabalho
- ldquoDevem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece
maior mobilidade atraveacutes terrenordquo
A utilizaccedilatildeo de VBTP M113 junto aos RC Mec eacute menos vantajoso pois
dificilmente o Pel E buscaraacute apoiar a mobilidade por caminhos natildeo utilizados pelas
VBPT Guarani por ser uma soluccedilatildeo de maior custo haja vista a quantidade de
viaturas que o pelotatildeo utiliza e por tornar-se uma opccedilatildeo de velocidade de apoio
Diferente do emprego das VBE sobre lagarta o emprego das VBTP sobre
lagarta natildeo traz ganho significativo nos trabalhos aleacutem de faacutecil identificaccedilatildeo visual
por parte do inimigo
As companhias do batalhatildeo de engenharia deveratildeo possuir VBTP sobre
lagartas e sobre rodas para apoiar respectivamente os RCB e os RC Mec Cabe
salientar entretanto que o emprego dessas VBTP natildeo devem ser de uso exclusivo
aos respectivos elementos devendo ser considerado seu emprego desta forma
apenas como mais adequado
Quanto agraves VBE o trabalho conduziu para que o batalhatildeo seja dotado de
viaturas sobre lagartas a fim de dotar os pelototildees de capacidade para organizaccedilatildeo do
terreno transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas e abertura de brecha em campo
minado atribuindo mobilidade adequada tanto para apoio aos RC Mec quanto para
apoio aos RCB pelos motivos jaacute analisados no capiacutetulo 42
87
Os materiais foram separados por tipo de trabalho realizado explorando as
necessidades de apoio dos regimentos da seguinte forma trabalhos de abertura de
brecha transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua e valas e trabalhos de organizaccedilatildeo do
terreno e desobstruccedilatildeo de vias
Das Viaturas Blindadas Especiais de abertura de brecha destacam-se as
seguintes
A Viatura americana M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de
Abertura de Brechas) construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams a qual eacute
dotada de dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) uma carga linear explosiva que
eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas
A viatura tem capacidade de lanccedilar uma carga explosiva atraveacutes de 100 a 150
metros destruindo minas bombas e IED sem expor a tripulaccedilatildeo que natildeo precisa
desembarcar Aleacutem disso a viatura possui um arado que permite complementar a
seguranccedila da brecha aberta por carga explosiva
O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado
como meio principal pois tem baixa resistecircncia Em meacutedia a cada trecircs minas
removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina implicando em sua
substituiccedilatildeo
A Viatura BMR-3M que consiste em uma viatura blindada russa baseada no
carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos que exercem um
peso superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as prematuramente Aleacutem dos
rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque magneacutetico e um sistema
jammer que impede o acionamento de explosivos controlados por raacutedio A
velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da densidade da mina e das
condiccedilotildees do solo
O sistema de rolo eacute apto para operar em solo seco e relativamente plano Aleacutem
disso deve ser utilizado como complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo
suporta entre trecircs a seis minas devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um
excelente sistema para identificaccedilatildeo do iniacutecio de um campo minado
A viatura alematilde Keiler a qual alega-se que limpa cerca de 98 das minas por
onde passa eacute equipada com um sistema composto por um rotor que eacute interligado a
88
vaacuterios pesos metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado
do solo realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas
explosivasEnquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o
local livre de minas
Viatura que apresenta alta eficiecircncia quando comparado ao MICLIC que natildeo
necessita de um meio complementar e que tem um baixo custo de utilizaccedilatildeo pois
seu sistema natildeo precisa ser recarregado a Viatura Keiler possui uma manutenccedilatildeo
simples apoacutes detonaccedilatildeo pois o acionamento prematuro das minas natildeo afeta seu
sistema podendo afetar peccedilas de faacutecil reposiccedilatildeo o que natildeo ocorre com o sistema
arado e rolo caso sejam utilizados sem complemento do meacutetodo explosivo
O sistema Python eacute um sistema britacircnico consiste em um reboque com uma
carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse
sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Bretanha
pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi
utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo
O implemento lacircmina para desminagem pode ser utilizado nas viaturas
meacutedias de rodas apresentando capacidade limitada de trabalho na remoccedilatildeo de
minas em superfiacutecies pavimentadas
O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um
sistema adicionado agraves viaturas sobre rodas que protege veiacuteculos do efeito de minas
e Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave
frente do veiacuteculo que realiza a abertura (Armytechnology)
Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas
atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para
acionamento de cargas explosivas
O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga
de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja
realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma
brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de
demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de
polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel
detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN)
Dos MEM para transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua ou valas destam-se
89
A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1
BR) eacute viatura modificada da versatildeo alematilde Panzerschnellbruumlcke 1 para o Brasil
Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de transportar montar (a
ponte eacute transportada em duas metades) e lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22
metros sobre um vatildeo de 20 metros
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no
chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m
em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta
viatura que realiza o lanccedilamento vertical tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC
fornecendo um niacutevel muito alto de proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de
consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas terrestres e contra agentes QBRN
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para
transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a
partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem
a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros
A viatura que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo
semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de
gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional no
campo de batalha
O feixe de tubos ou Pipe Fascine ao ser colocado dentro de um Fosso
Anticarro (Fosso AC) estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo
permite a passagem de viatura sobre sua superfiacutecie cumprindo funccedilatildeo semelhante a
da ponte
Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de
Engenharia ou adaptada em outras viaturas ou reboques Uma necessidade para
lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste
ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes
ser lanccedilado
O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema para
viaturas sobre rodas que pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de
transporte de pessoal utilizadas pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens
em pequenos cursos drsquoaacutegua O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System)
por exemplo permite o lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13
metros
90
Dentre os MEM para organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias
destacam-se
Os sistemas lacircmina reta e escavadeira satildeo implementos que podem ser
instalados nas viaturas meacutedias de rodas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo
do terreno
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1
BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil
Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o
qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que realiza
trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de lacircmina de
apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos trabalhos
com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar cortes que
frouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com capacidade de
ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e solda e
policorteesmerilhadeira (Manual de operaccedilatildeo VBE Eng Leo 1 BR p 2)
Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura que seraacute apresentada a
seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada pela Alemanha devido a sua alta
qualidade
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a
versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo
anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que
pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas
junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas
eletromagneacuteticas
A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de
concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2
aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de uma
operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa trabalhos com
escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma blindagem e proteccedilatildeo
contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo de armas pequenas e
projeacuteteis de artilharia
91
Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado de
grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento
rebocado Python
Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos ou
um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo)
De acordo com o que foi apresentado percebe-se que existe uma gama de
materiais disponiacuteveis no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar aos Pel E Cmb
das Cia E Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos
da Bda C Mec
Dentre eles como viatura para abertura de brecha destaca-se o Keiler viatura
que utiliza um sistema barato quando comparado ao MICLIC e completo quando
comparado agraves viaturas arado e rolo Outrossim a manutenccedilatildeo do seu sistema em
combate eacute simples de ser realizada por necessitar de troca de peccedilas de faacutecil
substituiccedilatildeo
Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt Biber
que jaacute eacute utilizada no Brasil e o feixe de tubos para o qual jaacute existem estudos no
Brasil sobre a possibilidade de fabricaccedilatildeo dos tubos Essa tambeacutem eacute uma soluccedilatildeo
barata e eficiente que adaptada sobre uma viatura em desuso como as VBCCC
Leopard 1 que estatildeo no Parque Regional de manutenccedilatildeo ou outra viatura que tenha
o chassi em boas condiccedilotildees de funcionamento onde seja adaptado um braccedilo com
funcionamento hidraacuteulico para lanccedilamento e remoccedilatildeo do feixe
Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as
viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende bem
as tropas blindadas
Este autor buscou apresentar algumas caracteriacutesticas principais desses
materiais buscando analisar pontualmente as funcionalidades dessas viaturas com
base nas capacidades miacutenimas que faltam nos Pel E Cmb que apoiam as Bda C
Mec As viaturas mencionadas possuem muitos outros benefiacutecios os quais natildeo
foram aprofundados por natildeo serem objetivo do presente estudo
433 Caracteriacutesticas dos meios
No Apecircndice A questatildeo 4 as respostas recebidas mostraram opiniatildeo
unacircnime em relaccedilatildeo agrave necessidade de dotar a Cia E Cmb Mec com ponte classe
92
que atenda tanto as VBTP-MR Guarani quanto as VBCCC Leopard (classe 45) e
VBCCC M60 A3-TTS (classe 55) caracteriacutestica que nem o sistema americano para
viaturas sobre rodas REBS possui Como jaacute mencionado na revisatildeo de literatura
esse sistema lanccedila ponte de classe 50
No Apecircndice A questatildeo 5 a grande maioria respondeu que o apoio de
engenharia aos regimentos por VBEL Pnt sobre lagartas eacute pertinente
Os comentaacuterios contribuiacuteram para complementar o raciociacutenio apresentado
pelas questotildees da seguinte forma
- ldquoA vantagem de se ter na OM Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de
VBE lanccediladora de ponte sobre lagartas seria que a mesma poderia atender
com maior mobilidade atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCBrdquo
No Apecircndice B questotildees 4 foi unacircnime a aceitaccedilatildeo da afirmativa que considera
que a classe da ponte da VBEL Pnt deve atender agrave classe da viatura de maior
classe (atualmente a VBCCC M60)
A anaacutelise dos comentaacuterios a seguir apresentados permitiratildeo uma explicaccedilatildeo mais
detalhada
- ldquoA Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros para
Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VBCCC M60 eacute uma soluccedilatildeo paliativa A
VBCCC Padratildeo do EB eacute o Leopardrdquo
Quanto a essa afirmativa foram consideradas duas situaccedilotildees a primeira fruto
da anaacutelise da atual situaccedilatildeo que paleativa ou natildeo eacute a existecircncia da Vtr M60 cuja
classe natildeo eacute suportada pela ponte do sistema REBS a outra fruto da anaacutelise de
uma situaccedilatildeo futura eacute que o Exeacutercito jaacute estaacute pensando no projeto de uma nova
VBCCC para substituir o Leopard 1A5 e consequentemente as viaturas Leopard 1
e o M60 Esse estudo natildeo definiu ateacute o momento entretanto a classe nem o
momento dessa substituiccedilatildeo
Destaco que a maior importacircncia dessa questatildeo foi identificar a opiniatildeo sobre
a capacidade do emprego de viaturas sobre lagartas em atender agraves necessidades
dos regimentos
93
No Apecircndice B questotildees 5 a maioria das respostas foram contraacuterias agrave
utilizaccedilatildeo de pontes lanccediladas por viaturas sobre rodas ao considerar sua falta de
capacidade de suporte agraves viaturas mais pesadas
A exploraccedilatildeo dos seguintes comentaacuterios apresentados permitiratildeo reforccedilar o
resultado atingido
- ldquoA classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves necessidades da
Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas deve ter capacidade de
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartasrdquo
Embora concorde com a afirmaccedilatildeo quando comparamos a diferenccedila de
capacidades entre as VBEL Pnt dos paiacuteses mais desenvolvidos verificamos a
dificuldade das viaturas sobre rodas proporcionarem semelhante capacidade
propiciada pelas sobre lagartas
Essa avaliaccedilatildeo eacute facilitada quando comparamos o implemento para viaturas
sobre rodas e a viatura sobre lagartas empregados pelo mesmo paiacutes
O sistema americano REBS que proporciona suporte para viaturas de classe
50 em vatildeos de ateacute 13 metros mostra-se muito inferior quando comparado agrave
capacidade da viatura Wolverine de lanccedilar uma ponte de classe 70 em vatildeo de ateacute
24 metros Quase o dobro de largura de vatildeo em relaccedilatildeo agrave ponte lanccedilada pelo
sistema REBS
Destarte a crescente demanda de pontes de maior classe torna niacutetidos os
benefiacutecios de investir-se em pontes de pequenas brechas de maior capacidade
- ldquoUm detalhe que deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de
velocidade e manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt
conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo ela
ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui elementos
de Man SL e SR a engenharia orgacircnica tambeacutem deva ter essa caracteriacutestica Assim
eacute vaacutelido pensar que nesse BE Cmb Mec deva existir no miacutenimo uma fraccedilatildeo E Cmb
Bld (SL)rdquo
Pode-se contrapor o referido comentaacuterio por meio da anaacutelise do emprego do
exeacutercito alematildeo o qual apoia a Bda Inf Mec com VBE sobre lagartas permitindo
94
afirmar assim que a utilizaccedilatildeo de tais meios no apoio aos elementos dotados de
viaturas sobre rodas natildeo impactaraacute no acompanhamento dos regimentos
Em complemento a essa anaacutelise pode-se analisar o procedimento
experimental que foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de Blindados constante no
Apecircndice E Com meios sobre lagarta um Pel E Cmb acompanhou toda a manobra
em ambiente virtual de um RC Mec da 3ordf Brigada de Cavalaria Mecanizada natildeo
sendo prejudicado seu apoio pela velocidade dos meios empregados
No Apecircndice C questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas tornando-se mais
adequado a anaacutelise dos comentaacuterios para avaliaccedilatildeo das questotildees propostas
- ldquoConcordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial para
a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em algumas
situaccedilotildees por Vtr SLrdquo
De acordo com o emprego realizado na Alemanha conforme capiacutetulo 3 o apoio
prestado pelas VBE sobre lagartas natildeo eacute um problema que afeta a funccedilatildeo de
combate Movimento e Manobrardquo
- ldquoNatildeo obstante agraves vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade
de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os
meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo ao
Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade natureza
da missatildeo e tipo de tropa apoiadardquo
Quanto agrave flexibilidade de apoio natildeo foi identificada a referida problemaacutetica mas as
vantagens estatildeo de acordo com o que o estudo identificou ateacute agora
No Apecircndice D questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas e devido agrave baixa
quantidade de respostas tornou-se mais adequado analisar seus comentaacuterios como
se segue
- ldquoEacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em
qualquer terreno mas por outro lado impacta enormemente na cauda logiacutestica
Insisto que as Bda C Mec devam manter suas caracteriacutesticas de velocidade
95
principalmente trafegabilidade e mobilidade Recordo que os meios sobre roda
garantem entre outras vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para
as Bda C Mec a velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees
baacutesicas de Rec e Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre
rodas eacute a configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C
Mec do EBrdquo
Do mesmo modo que nossas Bda C Mec a Bda Inf Mec alematilde eacute dotada de
viaturas leves e raacutepidas as quais necessitam ser acompanhadas e apoiadas
adequadamente pelos pelototildees de engenharia Portanto mais uma vez a
comparaccedilatildeo com o emprego da engenharia na brigada alematilde torna-se fundamental
para comprovar a eficiecircncia do apoio com VBE sobre lagartas
- ldquoA Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos
quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o RCB
seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo considerando a maior
diversidade de materiais nesta anaacuteliserdquo
Realmente o custo com suprimentos manutenccedilatildeo e complementando gasto
com combustiacutevel das viaturas sobre lagartas eacute maior que das viaturas sobre rodas
Todavia os benefiacutecios desse investimento seriam
- ganho na compra de um lote maior de viaturas sobre lagartas (quanto maior o
nuacutemero de viaturas menor seraacute o preccedilo)
- ganho em capacidade de trabalho (as viaturas sobre rodas possuem muitas
limitaccedilotildees para a VBEL Pnt a limitaccedilatildeo de classe e para as VBE Eng e VBE
desminagem capacidade muito inferior de utilizar os equipamentos como lacircmina
escavadeira o arado ou rolo atraveacutes campo onde a traccedilatildeo eacute extremamente
necessaacuteria
- ganho na proteccedilatildeo no qual destaca-se em relaccedilatildeo agraves VBTP por ser um meio
mais nobre para as forccedilas amigas e compensador para as inimigas e pela maior
necessidade de exposiccedilatildeo aos fogos haja vista que em operaccedilotildees de abertura de
passagem esse meio seraacute conduzido agrave frente para a realizar a reduccedilatildeo dos
obstaacuteculos
96
434 Quantidade de VBE por BE Cmb
No Apecircndice C questatildeo 6 houve uma aceitaccedilatildeo maior que reprovaccedilatildeo o
que poderaacute ser complementado pela anaacutelise dos comentaacuterios que se seguem
- ldquoDeve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de
manobra a apoiar mas tambeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em que a
Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-se desdobrar
em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades maacuteximas de comando e
controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse levantamento pode-se traccedilar melhor
as necessidades totais de meios de Eng para apoio inclusive com os meios
reservasrdquo
- ldquoPara realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os
batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a necessidade de
uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como implemento para as Vtr
da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito americano como um modelo
(uma ideia) seria interessante ter uma Vtr especializada de engenharia como os
ABV que jaacute possuem o miclic e o arado na mesma Vtrrdquo
A primeira afirmativa talvez seja a situaccedilatildeo ideal de apoio de uma engenharia
de brigada entretanto para se atingir a capacidade miacutenima de apoio a dotaccedilatildeo de
VBE natildeo precisa atingir cada zona de accedilatildeo mas cada regimento empregado pela
brigada com no miacutenimo um meio principal e um reserva
De acordo com o estudo dos meios do exeacutercito americano verifica-se que sua
engenharia de brigada natildeo tem meios para apoiar cinco zonas de accedilatildeo limitando-se
ao apoio das companhias por unidade Desta forma a complementariedade desse
apoio cabe agrave engenharia de divisatildeo agrave brigada
Em relaccedilatildeo a segunda proposiccedilatildeo pela proximidade das caracteriacutesticas da
brigada faz-se mais conveniente analisar a quantidade de meios do batalhatildeo da
Alemanha que dos Estados Unidos
Desta forma identifica-se que cada companhia do batalhatildeo de engenharia da
Alemanha aleacutem de sistema de lanccedilamento de minas e botes de assalto deteacutem 3
(trecircs) viaturas lanccediladoras de ponte 2 (duas) viaturas de abertura de brecha 2 VBE
Eng
97
Esta distribuiccedilatildeo mostra-se coerente com a miacutenima necessidade dos
regimentos da Bda C Mec os quais precisam ser apoiados com no miacutenimo duas
VBE Eng e duas viaturas de abertura de brecha no caso de emprego de dois
esquadrotildees em primeiro escalatildeo
A dotaccedilatildeo de 3 VBEL Pnt tambeacutem justifica-se pois atende a necessidade de
transposiccedilatildeo em trecircs locais simultaneamente ou em dois locais permanecendo com
uma viatura em reserva primando pela seguranccedila da operaccedilatildeo
De acordo com o acima exposto conclui-se que as companhias do batalhatildeo de
engenharia necessitam de trecircs VBEL Pnt duas VBE Eng e duas viaturas para
abertura de brecha
Como conclusatildeo da anaacutelise da Variaacutevel Dependente de acordo com o que
foi analisado concluo parcialmente que o batalhatildeo de engenharia da brigada
composto por duas Companhia Engenharia de Combate deve ter 4 Pelototildees
de Engenharia de Combate por companhia para as cumprir as missotildees de
apoio direto reforccedilo apoio suplementar e apoio ao conjunto
Com base na anaacutelise das brigadas de outros exeacutercitos eacute possiacutevel a
utilizaccedilatildeo de meios sobre lagartas e sobre rodas mesmo que elas tenham
classes e capacidades de mobilidade diferentes para apoio agraves Brigadas de
Cavalaria Mecanizada
Atualmente os meios de dotaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec satildeo inadequados
para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e a inexistecircncia de
viaturas blindadas especiais de engenharia restringe suas capacidades de
apoio sob fogos diretos mesmo de armas de baixo calibre
Para solucionar este problema pocircde-se observar a existecircncia de
materiais no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar os Pel E Cmb das Cia E
Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos da
Bda C Mec
Dentre eles destaca-se a viatura para abertura de brecha Keiler viatura
que utiliza um sistema barato e capaz de realizar sozinha a abertura completa
com manutenccedilatildeo simples
Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt
Biber e o sistema de feixe de tubos A primeira por ser um material eficiente
que jaacute eacute empregado pelas Brigadas Blindadas e a segunda por ser um
98
sistema barato e de faacutecil implementaccedilatildeo em viaturas repotencializadas como
as viaturas Leopard 1 desde que tenham seus sistemas baacutesico em
funcionamento
Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as
viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende
bem as tropas blindadas
De acordo com a anaacutelise realizada o BE Cmb Mec necessita dos
seguintes materiais para reforccedilo das Cia E Cmb 6 (seis) VBEL Pntcom duas
pontes cada 4 (quatro) VBE Eng 4 (quatro) Viaturas lanccediladoras de feixe de
tubos e 4 (quatro) viaturas para abertura de brecha
99
5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES
A presente dissertaccedilatildeo de mestrado classificada quanto agrave sua forma de
abordagem como qualitativa e quanto ao objetivo geral como exploratoacuteria e
descritiva teve como tema a A Engenharia de combate da Brigada de Cavalaria
Mecanizada Uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos
empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas
O problema central da pesquisa balizou o desenvolvimento do trabalho para
atingir o objetivo geral direcionando-o para o desenvolvimento da proposta mais
adequada de emprego da engenharia no apoio agraves Brigadas de Cavalaria
Mecanizada
Embora tenha sido observada a inexistecircncia de algumas bibliografias a
pesquisa bibliograacutefica permitiu atingir plenamente os objetivos especiacuteficos
relacionados agraves questotildees de estudo acima enumeradas
Nessa fase foram analisados os conceitos receacutem introduzidos no Exeacutercito os
materiais adquiridos e em desenvolvimento atraveacutes dos Projetos Leopard e
Guarani a organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a Companhia de
Engenharia de Combate
Por meio deste estudo foram identificadas as capacidades e limitaccedilotildees dos
elementos empregados em primeiro escalatildeo pela brigada e as capacidades
previstas para o apoio dos Pelototildees de Engenharia desta companhia no apoio em
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Observou-se a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas capacidades e limitaccedilotildees dos Pel
E Cmb identificando os materiais existentes para apoio agrave mobilidade dos
Regimentos e a necessidade de reforccedilos pela Cia E Cmb a fim de realizar um apoio
efetivo
Apoacutes o referido estudo buscou-se complementar os estudos de revisatildeo
bibliograacutefica com a aplicaccedilatildeo de questionaacuterios e procedimento experimental
Para cumprir esse objetivo os questionaacuterios foram enviados a comandantes e
ex-comandantes dos regimentos de cavalaria e companhias de engenharia das
Brigadas de Cavalaria Mecanizada os quais tinham experiecircncia no emprego das
tropas estudadas
Em complemento agrave experiecircncia dos grupos citados foram enviados
100
questionaacuterios aos oficiais de engenharia e instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de
Blindados que realizaram curso de comandante de subunidade nos Estados Unidos
ou na Alemanha a fim de contribuiacuterem com experiecircncias e conhecimentos
adquiridos nesses paiacuteses
Desta forma identificou-se a limitaccedilatildeo em meios e em pessoal e
consequentemente ineficiecircncia da companhia de engenharia em realizar um apoio
adequado em uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e ainda apresentar
condiccedilotildees de realizar trabalhos de apoio ao conjunto suplementar e ficar em
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada
Desta feita foram analisadas soluccedilotildees em material e emprego capazes de
tornar o apoio da engenharia suficiente agraves necessidades miacutenimas e imediatas dos
regimentos Assim a anaacutelise seguiu os indicadores e dimensotildees da Variagravevel
Independente e Dependente as quais foram medidas de acordo com as questotildees
constantes nos apecircndices conforme quadros 1 e 2 das Definiccedilatildeo operacional das
variaacuteveis
Isto posto a fim de adequar o emprego e os meios da engenharia da brigada
identificou-se a necessidade de propor uma nova organizaccedilatildeo a fim de solucionar
as suas limitaccedilotildees Com isso concluiu-se que se faz necessaacuteria a mudanccedila do
apoio de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada para um
Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
Para o adequado apoio do Batalhatildeo junto aos Regimentos dotados de
viaturas mecanizadas e blindadas questionou-se a caracteriacutestica dos meios a serem
empregados pela engenharia
A soluccedilatildeo desta questatildeo foi amparada no estudo realizado por meio de
revisatildeo bibliograacutefica pelo procedimento experimental pelas respostas dos
questionaacuterios e seus comentaacuterios
Todos esses procedimentos e instrumentos direcionaram a proposta para a
estrutura de um BE Cmb a duas companhias com quatro pelototildees cada Uma
companhia deve ser dotada de VBTP sobre rodas para apoiar os RC Mec e a
companhia dotada de VBTP sobre lagarta deve apoiar o RCB e se for necessaacuterio
ficar em condiccedilotildees de apoiar o RC Mec
O procedimento experimental contribuiu para identificaccedilatildeo de uma suporte
adequado agrave brigada o qual foi realizado pela Seccedilatildeo de Simuladores do Centro de
Instruccedilatildeo de Blindados por meio do Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual
101
(TTAV) o qual realizou um treinamento com emprego de um RC Mec de uma Bda C
Mec em um Movimento Retroacutegrado que mesmo tendo sido aplicado um tipo
totalmente diferente da operaccedilatildeo em questatildeo permitiu a anaacutelise da capacidade das
viaturas blindadas sobre lagartas no acompanhamento das viaturas blindadas sobre
rodas no cumprimento de suas missotildees
Esse treinamento contribuiu para corroborar com a anaacutelise realizada na
doutrina alematilde que permitiu afirmar que os meios sobre lagartas utilizados pela
engenharia tem condiccedilotildees de apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada mesmo
quando esses meios satildeo empregados junto a um RC Mec
Outrossim chegou-se agrave identificaccedilatildeo dos meios que o Batalhatildeo de
Engenharia de Combate Mecanizado deve possuir para reforccedilar em meiois os Pel E
Cmb de acordo com as necessidades de apoio dos Regimentos de uma Bda C Mec
no Aproveitamento do Ecircxito quais sejam quatro VBE Eng quatro VBE de abertura
de brecha (do tipo Keiler) e seis VBEL Pnt (com duas pontes cada) todas sobre
lagartas
Com as conclusotildees do presente trabalho pretende-se adequar o apoio
prestado pela engenharia da brigada por meio da adequaccedilatildeo de seu emprego e de
seu material e refletindo na sua organizaccedilatildeo a fim de capacitaacute-la a apoiar os
elementos empregados em primeiro escalatildeo pela Brigada de Cavalaria Mecanizada
Como soluccedilatildeo praacutetica o autor apresenta no Anexo B a proposta consolidada
em uma Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash
As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees a qual se apresenta
como base para modificaccedilatildeo do emprego da engenharia da brigada e
consequentemente servir de embriatildeo de um novo manual
Uma sugestatildeo para a experimentaccedilatildeo doutrinaacuteria eacute a transformaccedilatildeo da 3ordf
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada de Dom Pedrito-RS em
batalhatildeo a fim de aproveitar as instalaccedilotildees atuais as quais eram de utilizadas pelo
14ordm Regimento de Cavalaria Mecanizada
O presente trabalho explorou a adequaccedilatildeo do apoio de engenharia da Bda C
Mec a partir da anaacutelise do seu emprego e do seu material no apoio aos elementos
em primeiro escalatildeo em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Outros estudos se fazem necessaacuterios para complementar as capacidades
necessaacuterias a esse batalhatildeo Dessa maneira o autor recomenda por meio do
QUADRO 17 a seguir os seguintes temas
102
QUADRO DE PROPOSTA PARA NOVAS PESQUISAS NA ESAO
Tema sugerido Especialista recomendado
BE Cmb de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma proposta de Quadro de Dotaccedilatildeo de Material (QDM) e Quadro de Cargos Previstos (QCP)
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
Equipagens para transposiccedilatildeo de curso drsquoaacutegua adequaccedilatildeo dos meios de transposiccedilatildeo de uma Bda C Mec
Militar de engenharia que tenha comandado uma Companhia de Engenharia de Pontes
TTP do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado na Operaccedilatildeo de Abertura de Passagem
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
Emprego de feixe de tubos em viaturas blindadas para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas
Oficial que tenha experiecircncia com blindados
Viatura de Abertura de Brecha Keiler Uma viatura para solucionar uma deficiecircncia da engenharia brasileira
Oficial de engenharia com curso de desminagem preferencialmente habilitado em
alematildeo
O emprego de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio na Companhia de Engenharia de Combate de um BE Cmb Mec Uma sugestatildeo de dotaccedilatildeo de meios de emprego junto aos elementos em primeiro escalatildeo pela Cia E Cmb
Oficial que tenha servido em Batalhatildeo de Engenharia preferencialmente que tenha
comandado uma Companhia de Comando e Apoio
Doutrina do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado da Brigada de Cavalaria Mecanizada
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
QUADRO 17 - Propostas de novas pesquisas relacionadas ao apoio de engenharia agrave uma Bda C Mec Fonte O autor
______________________________ Saulo dos Santos Marques
Capitatildeo de Engenharia
103
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109
APEcircNDICE A ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-
COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que jaacute foi comandante de Regimento de Bda C Mec eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
110
A ndash ESCALAtildeO DE APOIO DE ENGENHARIA
1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual
descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a
Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia
Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a
Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a
engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb
Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES
1 Com essa organizaccedilatildeo o BE Cmb Mec poderia empregar uma SU em apoio
direto aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo
ainda uma Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado na Z Accedil da Bda
111
2 Penso que o ideal seria um BE Cmb Mec a 3 Cia com 4 Pel E Cmb cada
permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra da Bda com uma SU Caso a
Bda receba o RC Mec divisionaacuterio deve receber tambeacutem uma SU Eng Cmb
da Divisatildeo
3 Essa eacute dosagem miacutenima tendo em vista a envergadura e pletora de meios da
tropa apoiada
2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia
de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base
nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave
engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo
de valor de um BE Cmb
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
112
1 Embora concorde com a organizaccedilatildeo sugerida no quesito anterior acredito
que natildeo se deva tomar por base uma organizaccedilatildeo do inimigo feita com
finalidades especiacuteficamente escolares A organizaccedilatildeo a ser considerada eacute
aquela adotada por potenciais ameaccedilas
2 Utilizando a mesma dosagem de uma Cia Eng Cmb por Elemento de
manobra valor Batalhatildeo ou Regimento
B ndash QUANTO AOS MEIOS
3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt
Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo
viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos
apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo
com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa
afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo
em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas
ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
113
Comentaacuterio das opiniotildees
1 A Bda C Mec conduz por suas caracteriacutesticas operaccedilotildees de movimento
Destarte todos os meios que facilitem o movimento satildeo importantes para ela
2 Haveria dificuldade de acompanhamento dos Elm 1ordm Esc pela velocidade de
deslocamento
3 Eacute INDISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios pela Eng da Bda
C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS
4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a
possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60
e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe
superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave
classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos
de viaturas
114
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Essa eacute uma assertativa bastante oacutebvia Os meios de transposiccedilatildeo devem
assegurar o movimento de todas as Vtr empregadas pela Bda C Mesc
2 Quem apoia mais apoia menos Esse um princiacutepio que atende plenamente ao
princiacutepio de guerra de economia de meios
5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de
transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente
que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
115
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Volto agrave resposta dada no quesito anterior Os meios de Eng devem ser
necessaacuterios e suficientes para assegurar que TODAS as Vtr da Bda
transponham o obstaacuteculo Como estaacute colocada a questatildeo seria concordar
com que o RCB principal elemento de forccedila da Bda natildeo pudesse empregar
seus CC
2 Sobre a afirmativa eacute bom lembrar as VBE Lccedil Pnt devem deslocar-se com
suas pontes somente em pequenos trechos no compartimento de combate
ateacute o local de lanccedilamento (essas pontes satildeo equipamentos fraacutegeis natildeo
devendo ser deslocadas sobre a VB por longos trechos) Ateacute a aproximaccedilatildeo
desse compartimento as pontes devem ser transportadas em pranchas e se
possiacutevel as VBE Lccedil Pnt sobre lagarta tambeacutem A vantagem de se ter na OM
Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de VB lanccediladora de ponte
sobre lagartas seria que a mesma poderia atender com maior mobilidade
atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCB Essa VB sobre lagarta
deveria como jaacute foi dito possuir uma viatura Cavalo Mecacircnico com prancha
para a aproximaccedilatildeo da VB ateacute o compartimento de combate (onde deveraacute
lanccedilar a Pnt ) e outra para transportar no miacutenimo as suas trẽs pontes de
pequena brecha
116
3 A Eng da Bda deve ter condiccedilotildees de apoiar o movimento de TODOS os meios
da Bda
D ndash SUGESTOtildeES
6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por
um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o
RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais
capacitada a apoiar os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Ver resposta do quesito seguinte
2 Estamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C
Mec Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf
Mec A proposta do CMS ( a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que
apoacutes anaacutelise do projeto decidiu junto com o COTER que o BECmb Mec
117
deveria ter somente 2 Cia Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo
CMS Na visatildeo do CMS 2 Cias apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma
com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria no apoio a toda a brigada (demais OM
em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa decisatildeo de 2017 foi modificada
a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as duas Cia Eng (decisatildeo DEC
COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3 Mec sobre rodas e 1
Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em apoio aos Rgt em
1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE Cmb Mec de Bda
Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB Portanto no BE
Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem somente VB
sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng deve
possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve
possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBE LccedilPnt VBE com
implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas
AC etc)
3 Estudar se uma Cia eacute suficiente para apoiar os dois R C Mec
4 Na minha opiniatildeo o Batalhatildeo de Engenharia deveria ter 3 Cia sendo duas
dotadas de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas para apoiar os dois RC
Mec e uma dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagarta para apoiar
o RCB permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra valor Regimento da
Bda
7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia
a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas
companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
118
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o
que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica
2 Ver observaccedilatildeo do item anterior
3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel
E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e
VB com lagartas As VBE Lccedil Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute
citado em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior
flexibilidade e rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec
como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre rodas
4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de
mobilidadevelocidade igual ou superior
5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1
Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento
orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng
na Boa C Mec Cabe ressaltar que um incremento (transformaccedilatildeo de Cia para
119
Btl) impacta outros sistemas operacionais da Bda (principalmente o logiacutestico)
acarretando uma mudanccedila quase impossiacutevel na Brigada
120
APEcircNDICE B ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-
COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que jaacute foi comandante de Companhia de Engenharia de Bda C Mec
eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
121
A ndash ESCALAtildeO DA ENGENHARIA DA BDA C MEC
1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual
descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a
Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia
Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a
Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a
engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb
Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES
1 Natildeo vejo a necessidade das Cia E Cmb Mec possuam os 04 Pel E Cmb
acredito que 03 Pel E Cmb jaacute seriam adequados
2 Doutrinariamente sim Em tempo de paz acredito que um Batalhatildeo de
Engenharia com 01 Cia E Cmb cumpre bem a missatildeo
122
3 Nas atuais condiccedilotildees do Paiacutes seria muito difiacutecil a migraccedilatildeo de Cia E Cmb
Mec para BE Cmb Mec
4 Em que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai16) prever uma E Bda Inf
Mec compota por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala
de aula da proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para
Mnt do C2 por parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar
pesquisando essa situaccedilatildeo sugiro uma composiccedilatildeo do BECmb Mec (ou Bld)
de 4 CiaECmb a 2 Pel E Cmb e 1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em
Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o
C2 por parte do Cmdo BE bem como a emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de
missotildees
5 A engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE
Cmb Mec a 3 companhias de 3 Pel E Cmb cada
2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia
de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base
nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave
engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo
de valor de um BE Cmb
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
123
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o
que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica
2 Ver observaccedilatildeo do item anterior
3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel
E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e
VB com lagartas As VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado
em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e
rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP
(Pel E) e VBE Eng sobre rodas
4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de
mobilidadevelocidade igual ou superior
5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1
Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento
orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng
B ndash QUANTO AOS MEIOS
124
3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt
Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo
viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos
apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo
com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa
afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo
em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas
ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
1 O Guarani assim como a Viatura Stryker veiacuteculo das tropas mecanizadas
Norte-Americanas deveria possuir os implementos de engenharia
necessaacuterios para a realizaccedilatildeo de abertura de passagem A abertura de
passagem deveria assim como ocorre com a transposiccedilatildeo de curso daacutegua
deveria ser encarada como uma operaccedilatildeo que possui como uma de suas
fases a reduccedilatildeo do obstaacuteculo a ser transporto
125
2 A proteccedilatildeo blindada eacute fundamental para o combatente mecanizado
3 A Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira
de Alta Mobilidade e Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel
de Eqp Eng Bda Mec) e de Vtr Lanccedila Pontes Sobre Rodas (REBS)
4 Eacute INDISPENSAacuteVEL Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de
Bda eacute totalmente ineficiente numa situaccedilatildeo de combate moderno
5 Eacute possiacutevel afirmar que eacute INDISPENSAacuteVEL no combate moderno a utilizaccedilatildeo
desses meios
6 Esses Eqp BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia E
C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS
4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a
possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60
e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe
superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave
classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos
de viaturas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
126
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Com certeza
2 A Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros
para Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VB CC M60 eacute uma soluccedilatildeo
paliativa A VB CC Padratildeo do EB eacute o Leopard
3 Na distribuiccedilatildeo dos meios entre as fraccedilotildees que estaratildeo em Ap Pccedil Man as
que estaratildeo em Ap Fraccedilotildees de Guarani poderatildeo receber Pnt P Bre de menor
classe Ou seja poderatildeo haver Pnt P Bre de classes diferentes Todavia eacute
interessante que a VBL Pnt tenha capacidade de lanccedilar a de maior classe
4 Elas jaacute possuem essa capacidade
5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de
transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente
que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
127
Comentaacuterio das opiniotildees
1 A classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves
necessidades da Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas
deve ter capacidade de transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
2 Uma Brigada Mecanizada possui meios SR e SL Logo um BE Cmb Mec
deve possuir meios SR e SL
3 As VBLPnt sobre lagartas devem ser utilizadas para Bda Bld As VBLPnt
sobre rodas devem ser utilizadas para as Bda Mec
4 Acredito que existam VBEL Pnt sobre rodas que tenha capacidade de
transportar Pnt com Classe para blindados sobre lagartas Um detalhe que
deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de velocidade e
manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt
conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo
ela ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui
elementos de Man SL e SR a engenharia Orgacircnica tambem deva ter essa
caracteriacutestica Assim eacute vaacutelido pensar que nesse BECmbMec deva existir no
miacutenimo uma Fraccedilatildeo E Cmb Bld (SL)
5 O apoio da engenharia ao combate deve ser inexoraacutevel podendo o Batalhatildeo
possuir os dois tipos de Vtr Lccedil Pnt sobe rodas e sobre lagartas
128
D ndash SUGESTOtildeES
6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por
um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o
RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais
capacitada a apoiar os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Natildeo vejo necessidade dessa especializaccedilatildeo das Cia Acredito que elas
devem ter as mesmas capacidades e estar aptas a transpor qualquer tipo de
tropa da Bda C Mec
2 Conforme comentaacuterio anterior
3 Como jaacute apresentei seria mais interessante no miacutenimo 01 CiaECmbBld em
Ap RCB e 02 CiaECmbMec em Ap aos 2 RCMec
129
4 Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado
por um Batalhatildeo a 3 Companhias de 3 Pelototildees sendo uma Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a
apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre rodas mais capacitadas a apoiar os RC Mec
7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia
a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas
companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Sou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que
economiza meios e facilita o planejamento
130
2 Considero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor A situaccedilatildeo do Paiacutes
natildeo favorece estas mudanccedilas
3 Semelhante ao exposto no item 5 um Ap Eng SL a uma fraccedilatildeo C Mec em
situaccedilatildeo de deslocamentos sobre eixos pavimentados ou natildeo poderaacute ser
retardado em relaccedilatildeo aacute velocidade alcanccedilada pelas Vtr SR Aleacutem disso o
valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maior
4 Eacute pertinente afirmar que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seraacute mais
adequado se for realizado por um Batalhatildeo a 3 Companhias com 3 Pelototildees
cada sendo uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre
lagartas mais capacitada a apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de
Viaturas Blindadas Especiais sobre Rodas mais capacitadas a apoiar os RC
Mec
5 Lembre-se que a Cia poderaacute solicitar apoio agrave ED Para a realidade do nosso
Exeacutercito uma Cia E bem equipada cumpriria sua missatildeo
131
APEcircNDICE C ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE
ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA
ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que realizou o curso de comandante de subunidade de engenharia
nos EUA ou Alemanha eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
132
A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS
Figura 1 - Viatura Fennek
Figura 2 - Viatura Dingo
Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas
133
1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais
satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada
utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas
Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para
abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As
viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as
apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C
Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M
60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha
empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo parcialmente pois sou partidaacuterio do emprego da Unidade como um
todo Desta feita as Vtr desta unidade precisam ter as mesmas
caracteriacutesticas ou seja todas SR ou todas SL Os RCB componentes da Bda
C Mec satildeo formados por dois Esqd Fuz (dotados de M 113) e dois Esqd CC
(dotados de Leopard) desta forma atendendo a premissa de que todas as Vtr
134
desta OM possuem a mesma caracteriacutestica de traccedilatildeo Nesta situaccedilatildeo
acredito que a situaccedilatildeo ideal seraacute que ela possua VBC Eng SR para Ap os
RC Mec e VBC Eng SL para Ap o RCB
2 A Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade
nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse
contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo
em usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem
maior potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e
poupando tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para
VBE Eng SR
3 As Bda Inf Mec e C Mec tem como caracteriacutestica a velocidade de seus meios
O emprego de Vtr mais lentas natildeo apenas pela engenharia mas pelos seus
demais Elm de apoio resultaria em fator limitador para as operaccedilotildees
4 Primeiramente para realizar a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio compreender a
constituiccedilatildeo das Bda Mec e Bld alematildes bem como quais as missotildees
destinadas a esse tipo de GU Acredito que e as Vtr Dingo natildeo sejam as
uacutenicas Vtr utilizadas pela Bda em questatildeo Considerando as Vtr empregadas
pelas fraccedilotildees que devem Rlz a accedilatildeo principal devemos considerar a mesma
natureza de mobilidade e proteccedilatildeo blindada para o apoio de engenharia
2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os
Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas
(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas
viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou
estrada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
135
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo deste que seja atendida o preacute requisito do item anterior ou seja
que a Eng desta Bda possua VBC Eng tanto SR quanto SL
2 O transporte dos Elm Eng seratildeo nesse caso adequados para o tipo de tropa
apoiada
3 Deve ser verificada a necessidade de transporte de outros materiais
(ferramentas) para o emprego do Pel E Cmb Nesse caso eacute possiacutevel admitir
uma variante dos modelos do veiacuteculos
B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC
3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e
capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de
mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a
princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard
1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso
AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate
elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego
junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das
viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas
136
operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade
superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre
lagartas ao R C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo parcialmente pois acho muito arriscado vocecirc considerar como
verdade absoluta que natildeo haveraacute velocidade superior a 60 kmh em uma Op
Ofensiva Acredito que a velocidade meacutedia da operaccedilatildeo realmente natildeo seraacute
superior a 60 kmh mas em alguns trechos acredito que a velocidade
necessaacuteria para manter a impulsatildeo da Op poderaacute ser superior a 60 kmh
Aleacutem disso natildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das
caracteriacutesticas de terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que
uma Vtr SL progrida sobre o asfalto
2 Reitero o abordado no item 1 em que a Bda C Mec eacute apta a atuar em
operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural
ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse contexto que as Vtr Eng satildeo
137
empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em usar meios SL para a Bda
C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior potecircncia para a remoccedilatildeo de
obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando tempo nessa atividade o que
pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SR
3 A mobilidade da tropa natildeo pode levar em conta apenas a velocidade de
deslocamento Uma VBE Eng Leopard possui Classe 45 enquanto os
Guarani apenas Cl 20 O emprego em conjunto dos dois meios traz consigo a
necessidade de meios de Tva como Pnt P Bre Prtd etc com maior
capacidade de suporte apenas para atender uma pequena parcela das Vtr da
Bda uma vez que a dotaccedilatildeo prevista para o BE Cmb Mec atualmente eacute de 6
VBE Eng e 4 VBE L Pnt
4 Eacute necessaacuterio que o apoio agrave manobra possua a mesma mobilidade A Manobra
natildeo pode ser regulada pela limitaccedilatildeo das peccedilas de apoio
C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA
4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura
que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que
empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas
Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego
das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o
terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas
Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes
limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a
uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o
RCB e duas Cia E Cmb apoiariam os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas
por todas as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
138
V
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial
para a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em
algumas situaccedilotildees por Vtr SL
2 Natildeo obstante as vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade
de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os
meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo
ao Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade
natureza da missatildeo e tipo de tropa apoiada
3 O emprego de Vtr especializadas de Eng permite um melhor apoio aos Elm
manobra mas esse apoio seria adequado tambeacutem com o emprego de Vtr SR
4 Para poder proceder a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio realizar os mesmos fatores
de comparaccedilatildeo As Bda Stryker no exeacutercito dos EUA eacute uma brigada de
infantaria Mec A Bda C Mec do Brasil eacute de cavalaria A principal diferenccedila
entre essas Bda eacute o tipo de missatildeo a ser realizada por cada uma e por
consequecircncia pode haver variaccedilatildeo no tipo de Vtr Normalmente os RCB e os
RC Mec formam uma FT e dessa forma o apoio de engenharia seraacute definido
139
pela missatildeo Cabe ressaltar que as Bda C Mec possuem 01 Cia E Cmb Mec
portanto o apoio aos Regimentos deveraacute ser realizado pelos Pel E Cmb Mec
D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB
5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de
engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec
apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os
trabalhos de apoio ao conjunto
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Acredito que seria uma situaccedilatildeo muito boa a que vocecirc levantou mas acredito
que um BE Cmb a 2 Cia E Cmb sendo uma delas com vocaccedilatildeo blindada
(para Ap o RCB) e a outra com vocaccedilatildeo Mec (para apoiar os RC Mec) seriam
o suficiente para prestar o Ap Eng agrave Bda C Mec
140
2 Os BE Cmb de Bda doutrinariamente possuem natureza uacutenica satildeo Mec ou
Bld Aleacutem disso a dosagem miacutenima de apoio serve como uma referecircncia
inicial podendo a mesma ser aumentada em funccedilatildeo da missatildeo a
desempenhar e a necessidade de apoio de Eng
3 As Bda Bld possuem maior poder de choque e possuem apenas 1 Btl E Cmb
(com 2 SU x 4 Pelototildees cada = 8 Pel E Cmb) A Bda C Mec teria 12 Pel E
Cmb Para o estudo da dosagem de engenharia para as missotildees da Bda eacute
necessaacuterio verificar a dosagem miacutenima do apoio de engenharia que eacute de 01
Pel E por Btl Nesse caso um regimento estaria recebendo 4 Pel E Cmb Esse
aumento de efetivo e de dosagem iria impactar consideravelmente a
necessidade de Vtr especializadas e em consequecircncia os custos para essa
mobilizaccedilatildeo
E ndash MEIOS DO BE CMB
6) O exeacutercito dos EUA prevecirc para as Operaccedilotildees de Abertura de Passagem a
proporccedilatildeo miacutenima de 50 de meios em reserva para assegurar a continuidade da
operaccedilatildeo no caso de perda de uma das viaturas Isso significa que para a abertura
de duas passagens simultaneamente seratildeo empregadas 2 VBE para abertura e 1
VBE ficaraacute em reserva De acordo com o item anterior a dotaccedilatildeo orgacircnica por tipo
de VBE deve ser na proporccedilatildeo de trecircs por Cia E a fim de apoiar cada regimento
Com isso o BE Cmb deve ter a dotaccedilatildeo de 9 VBE Eng 9 VBEL Pnt com total de 18
pontes 9 VBE rolo 9 VBE arado com carga linear explosiva (CLE) tipo MICLIC
com 2 cargas por viatura e 9 VBE lanccediladora de feixe de tubos
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
141
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Deve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de
manobra a apoiar mas tmbeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em
que a Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-
se desdobrar em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades
maacuteximas de comando e controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse
levantamento pode-se traccedilar melhor as necessidades totais de meios de Eng
para apoio inclusive com os meios reservas
2 Para realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os
batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a
necessidade de uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como
implemento para as Vtr da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito
americano como um modelo (uma ideia) seria interessante ter uma Vtr
especializada de engenharia como os ABV que jaacute possuem o miclic e o
arado na mesma Vtr
142
APEcircNDICE D ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE
INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE
SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que eacute instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados e realizou o
curso de comandante de subunidade nos EUA ou Alemanha eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
143
A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS
Figura 1 - Viatura Fennek
Figura 2 - Viatura Dingo
Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas
144
1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais
satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada
utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas
Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para
abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As
viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as
apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C
Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M
60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha
empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Um dos pontos baacutesicos para discussatildeo eacute a estrutura finalidade e composiccedilatildeo
de meios das Bda C Mec do EB face agraves caracteriacutesticas do combate atual e
do futuro Dotar as Bda C Mec com novos meios eacute importante poreacutem a
reestruturaccedilatildeo dessas brigdas deveria preceder agraves inovaccedilotildees no seu material
145
2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os
Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas
(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas
viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou
estrada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Vide comentaacuterio anterior
2 Dependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode haver necessidade de utilizaccedilatildeo de
algum implemento para apoiar a mobilidade neste sentido apenas VBTP
seria insuficiente prestar o apoio sendo mais indicado a adoccedilatildeo de uma VBE
VBTP eacute a opccedilatildeo no caso de impossibilidade de se dispor de uma VBE
3 Devem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece
maior mobilidade atraveacutes terreno
146
B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC
3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e
capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de
mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a
princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard
1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso
AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate
elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego
junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das
viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas
operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade
superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre
lagartas ao R C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
147
1 As Bda C Mec satildeo destinadas basicamente para as Op de Rec e Seg
podendo ser empregadas em Op OfDef e outras Nesse sentido a destinaccedilatildeo
de Vtr de apoio ao combate deveria em principio atender aos princiacutepios da
velocidade em primeiro lugar e aos princiacutepios da mobilidade Nesse sentido
eacute importante manter-se as caracteriacutesticas dos Rgt Mec dotando-os de meios
sobre rodas O emprego de Vtr sobre lagartas nos RCMec deve ser portanto
judiciosamente aquilatado
2 Existe a necessidade de uma anaacutelise mais profunda para a retirada desse tipo
de conclusatildeo
C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA
4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura
que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que
empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas
Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego
das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o
terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas
Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes
limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a
uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o
RCB e duas Cia E Cmb os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas por todas
as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
148
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Eacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em
qualqer terreno da forccedila dotada desses meios mas por outro lado impacta
enormemente a cauda logiacutestica Insisto que as Bda C Mec devam manter
suas caracteriacutesticas de velocidade principalmente trafegabilidade e
mobilidade Recordo que os meios sobre roda garantem entre outras
vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para as Bda C Mec a
velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees baacutesicas de Rec e
Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre rodas eacute a
configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C
Mec do EB
2 A Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos
quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o
RCB seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo
considerando a maior diversidade de materiais nesta anaacutelise
D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB
5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de
engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec
149
apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os
trabalhos de apoio ao conjunto
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
150
APEcircNDICE E ndash PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
TREINAMENTO DE TTP EM AMBIENTE VIRTUAL (TTAV) DA 3ordf BDA C MEC
O TTAV realizado na semana de 23 a 03 de agosto de 2018 consistiu no
emprego de Quadros da 3ordf Bda C Mec no treinamento de TTP em ambiente
simulado na Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
Um R CMec formado pelos Quadros da Bda foi empregado em um Movimento
Retroacutegrado onde tinha por missatildeo retardar o avanccedilo de uma Bda Inf Mec Vm (meios
blindados)
Para cumprir sua missatildeo a brigada empregou Quadros do 3ordm R C Mec 7ordm R C
Mec e 12ordm R C Mec aleacutem do 25ordm GAC e da 3ordf Cia Eng Cmb Mec
O Pel E foi empregado com uma VBTP Eng M113 e um Leopard 1A5 BR com
implemento do tipo arado em reforccedilo ao Rgt ateacute o final da operaccedilatildeo
O Pel E durante a fase de planejamento realizou o estudo do terreno e
contribuiu com o planejamento de obstaacuteculos de contramobilidade e de trabalhos de
proteccedilatildeo ao longo das posiccedilotildees de retardamento
Durante a operaccedilatildeo pela presenccedila de poucos militares de engenharia o
pelotatildeo foi representado pela viatura M113 reforccedilado pela viatura Leopard com rolo
Por limitaccedilotildees do software empregado e pela necessidade de celeridade nas
posiccedilotildees de retardamento (em uma situaccedilatildeo real tal operaccedilatildeo poderia durar dias) as
accedilotildees do Pel E durante o desenrolar da operaccedilatildeo foram limitadas ao
acompanhamento do Rgt e execuccedilatildeo simulada dos trabalhos supracitadas
Ao final da missatildeo foi prevista a utilizaccedilatildeo de uma Vtr MICLIC para a bertura
de uma passagem atraveacutes do campo minado da P Def amiga poreacutem por questotildees
de tempo tal accedilatildeo natildeo foi realizada
Por fim verifica-se que o Pel E em relaccedilatildeo ao emprego de meios sobre
lagartas natildeo atrasou os deslocamentos do R CMec durante a operaccedilatildeo e cumpriu
sua missatildeo dentro do contexto de um movimento retroacutegrado
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 110)
MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO
Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016
AS ESTRUTURAS DE ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES
IacuteNDICE DE ASSUNTOS
1 FINALIDADE02
2 OBJETIVO02
3 REFEREcircNCIAS02
4 INTRODUCcedilAtildeO02
5ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA02
6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO03
7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE04
8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS06
ANEXOS
A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES E
ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO
AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FORCcedilA TERRESTRE
COMPONENTE08
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 210)
1 FINALIDADE
Orientar a organizaccedilatildeo das estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (TO)
2 OBJETIVO
Apresentar uma visatildeo atualizada das estruturas de Engenharia no TO agrave luz da Doutrina
Militar Terrestre subsidiando exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no
planejamento e execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e
taacuteticos para Emprego da Forccedila Terrestre
3 REFEREcircNCIAS
____ Doutrina de Operaccedilotildees Conjuntas - MD30-M-01 2011
____ Doutrina de Logiacutestica Militar - MD42-M-02
____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007
____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014
____ Forccedila Terrestre Componente - EB20-MC-10202 2014
____ A Forccedila Terrestre Componente nas Operaccedilotildees - EB20-MC-10-301 2014
____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015
____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014
____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015
____ Geoinformaccedilatildeo - EB20-MC-10209 2014
____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014
____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999
4 INTRODUCcedilAtildeO
41 A Doutrina do Exeacutercito Brasileiro em particular a doutrina de emprego da Arma de
Engenharia vive em constante evoluccedilatildeo requerendo atualizaccedilotildees perioacutedicas em funccedilatildeo
da introduccedilatildeo de novos conceitos novos equipamentos e mesmo da observaccedilatildeo do
emprego da Arma nos mais variados conflitos
42 A recente ediccedilatildeo de uma nova seacuterie de manuais doutrinaacuterios tanto pelo Ministeacuterio da
Defesa (MD) quanto pelo Estado-Maior do Exeacutercito (EME) indicou a necessidade de uma
atualizaccedilatildeo do Manual de Campanha C 5-1 (Emprego de Engenharia ediccedilatildeo de 1999)
5 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA
51 Uma vez que a Engenharia exerce sua atividade sobre um fator sempre presente - o
terreno - deve haver em cada escalatildeo uma Engenharia capaz de modificar as condiccedilotildees
do mesmo de acordo com a manobra adotada
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 310)
52 A organizaccedilatildeo da Engenharia tem por base a centralizaccedilatildeo dos meios nos escalotildees
mais elevados permitindo que os mesmos possam suprir as deficiecircncias de Engenharia
dos escalotildees subordinados em face das necessidades especiacuteficas de cada situaccedilatildeo e
ainda atender ao apoio em profundidade de modo a liberar os escalotildees subordinados de
encargos na retaguarda
53 Uma accedilatildeo coordenadora do escalatildeo superior de engenharia sobre os escalotildees
subordinados se faz necessaacuteria e eacute realizada por meio dos canais teacutecnicos de
engenharia
54 O funcionamento adequado desses canais teacutecnicos constitui-se em dos principais
fatores para a eficiecircncia do apoio permitindo que os escalotildees subordinados possam em
tempo uacutetil articular seus meios tomar as providecircncias necessaacuterias e receber apoio
adicional do escalatildeo superior quando for o caso
55 A Engenharia eacute organizada no TO da seguinte forma Engenharia do Comando
Logiacutestico do Teatro de Operaccedilotildees (EngCLTO) Comando de Engenharia da Forccedila
Terrestre Componente (CEFTC) no caso de emprego de duas DE Engenharia
Divisionaacuteria (ED) e Engenharia de Brigada (E Bda)
56 Os escalotildees de Engenharia satildeo constituiacutedos pelos seguintes elementos de emprego
pelototildees de engenharia (Pel Eng) companhias de engenharia (Cia Eng) batalhotildees de
engenharia (Btl Eng) e grupamentos de engenharia (Gpt E) aleacutem das tropas de
engenharia especializadas
57 As tropas de engenharia especializadas oferecem capacidades diferenciadas de
engenharia em razatildeo de possuiacuterem pessoal e equipamentos especiacuteficos Quando
possuem valor igual ou menor que subunidade costumam ser chamadas genericamente
de ldquomoacutedulos especializadosrdquo
58 Satildeo exemplos de moacutedulos especializados Companhia de Engenharia de
Camuflagem Equipe de Mergulho Grupo de Construccedilatildeo Horizontal Turma de Patrimocircnio
Imobiliaacuterio etc
59 O anexo ldquoArdquo apresenta os escalonamentos da Engenharia no TO e os organogramas
das estruturas baacutesicas de Engenharia segundo as situaccedilotildees de emprego da FTC da
Doutrina Militar Terrestre
6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO
61 Na Zona de Administraccedilatildeo (ZA) encontra-se
611 uma estrutura de Engenharia que integra o Comando Logiacutestico do Teatro de
Operaccedilotildees (CLTO) denominada de EngCLTO de forma a apoiar as atividades daquele
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 410)
comando particularmente no planejamento e execuccedilatildeo de obras e de serviccedilos de
Engenharia
612 quando houver necessidade de se apoiar de forma mais cerrada a uma F Cte a
EngCLTO poderaacute organizar a partir dos seus meios um Grupo-Tarefa Logiacutestico de
Engenharia (GT Log Eng) que poderaacute enquadrar unidades de engenharia de combate
construccedilatildeo geoinformaccedilatildeo meio ambiente patrimocircnio imobiliaacuterio e outros
62 A EngCLTO seraacute constituiacuteda conforme as necessidades de trabalhos teacutecnicos e
atividades logiacutesticas de Engenharia O valor e a natureza da tropa dependem mais das
caracteriacutesticas da magnitude e das necessidades de desenvolvimento da infraestrutura
do ambiente operacional do que das forccedilas a serem apoiadas
63 Na ZA prioriza-se a exploraccedilatildeo dos recursos mobilizados e contratados Em
consequecircncia eacute normal a existecircncia de empresas civis especializadas e enquadradas
pela estrutura militar
64 As atividades de engenharia executadas com maior frequecircncia na ZA satildeo as de apoio
geral de engenharia englobando os trabalhos de estradas pontes instalaccedilotildees
geoinformaccedilatildeo manutenccedilatildeo e suprimento que exigem grande capacidade teacutecnica e
meios especializados nesse escalatildeo
65 Considerando o grande volume e complexidade de tarefas na ZA eacute conveniente que
as forccedilas de Engenharia integrantes da EngCLTO sejam enquadradas por
Grupamento(s) de Engenharia possuindo particularmente estruturas de Engenharia de
Construccedilatildeo de Meio Ambiente e de Patrimocircnio Imobiliaacuterio entre outras que se fizerem
necessaacuterias
7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE
71 Na Zona de Combate (ZC) encontram-se
711 Estruturas de Engenharia da Forccedila Terrestre Componente (FTC) e de Divisatildeo (otildees)
de Exeacutercito (DE) com meios para atender agraves necessidades proacuteprias dessas estruturas e
aumentar o apoio aos escalotildees subordinados inclusive assumindo encargos nas aacutereas de
retaguarda destes de modo a liberar suas engenharias para o apoio cerrado aos
elementos de combate
712 A Engenharia orgacircnica das Brigadas com meios para atender agraves necessidades
miacutenimas e imediatas do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate
72 A Engenharia da FTC
721 A FTC constitui o comando essencial para o emprego da engenharia por ser
encarregado de traduzir os aspectos da manobra do niacutevel operacional para o niacutevel taacutetico
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 510)
Tem assim uma visatildeo ampla do terreno e da situaccedilatildeo para poder julgar as necessidades
gerais em apoio e em trabalhos conceber o esquema geral de apoio de engenharia e
exercer efetivamente uma coordenaccedilatildeo dos escalotildees subordinados
722 O apoio de engenharia a uma FTC abrange uma diversidade de trabalhos em apoio
adicional agrave mobilidade e agrave contramobilidade dos elementos de primeiro escalatildeo Abrange
tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o apoio geral de engenharia em
toda a sua aacuterea de atuaccedilatildeo
723 Uma FTC eacute estruturada para atender a um planejamento operacional especiacutefico natildeo
possuindo portanto uma organizaccedilatildeo fixa A Doutrina Militar Terrestre admite para fim
de planejamento diversos tipos de FTC cujos apoios de Engenharia seratildeo organizados
de acordo com as constituiccedilotildees destas
724 O apoio de Engenharia a uma FTC eacute coordenado por uma estrutura denominada de
Comando de Engenharia da FTC (CEFTC) a qual possui como principais elementos
operativos os grupamentos de engenharia (Gpt E) ou batalhotildees de engenharia (Btl Eng)
725 A organizaccedilatildeo e os organogramas dos diversos tipos de CEFTC satildeo apresentados
no Anexo ldquoArdquo
73 O Grupamento de Engenharia
731 O Gpt E controla coordena e supervisiona as tarefas de engenharia executadas
pelos batalhotildees e moacutedulos especializados subordinados sendo a estrutura natural para
enquadrar U e SU de Engenharia
732 Basicamente o Gpt E eacute composto pelo Cmdo EM pela Cia C Ap e por U e SU de
Engenharia Possui capacidade de enquadrar ateacute cinco batalhotildees Considera-se para fim
de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a uma U
74 A Engenharia Divisionaacuteria
741 As accedilotildees que se desenrolam no escalatildeo DE satildeo de natureza nitidamente taacutetica e
em consequecircncia sua engenharia opera em um ambiente no qual o combate eacute o
elemento preponderante
742 O apoio de Engenharia a uma DE eacute prestado por uma estrutura denominada
Engenharia Divisionaacuteria (ED)
743 Em funccedilatildeo da missatildeo da DE apoiada e da(s) hipoacutetese(s) de conflito planejada(s) a
ED pode ser organizada com constituiccedilatildeo variaacutevel desde um BE Cmb ateacute um Gpt E aleacutem
dos moacutedulos de engenharia especializados e dos reforccedilos que forem necessaacuterios
744 A ED apoia basicamente a mobilidade e a contramobilidade dos elementos de
manobra da divisatildeo Realiza tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)
apoio geral de engenharia em toda a zona de accedilatildeo divisionaacuteria suplementando o apoio
prestado pelas E Bda
745 O escalonamento da ED eacute apresentado no anexo A
75 A Engenharia de Brigada (E Bda)
751 A E Bda constitui o escalatildeo de engenharia mais avanccedilado na ZC Nele as
necessidades de apoio dos elementos de combate satildeo sentidas com mais intensidade o
que exige o posicionamento dos meios o mais agrave frente possiacutevel
752 Dentro da caracteriacutestica de apoio em profundidade a E Bda eacute organizada com
meios para atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate e
realiza trabalhos sumaacuterios e raacutepidos Assim quando ocorre uma deficiecircncia de meios
em pessoal ou material a E Bda depende do apoio do escalatildeo superior de engenharia
para suplementaacute-la eou reforccedilaacute-la
753 A Engenharia de Brigada eacute composta basicamente por
7531 Um BE Cmb orgacircnico nas Brigadas Blindadas (Bda Bld) e de Infantaria
Mecanizada (Bda Inf Mec) Neste caso o BE Cmb possuiraacute duas Cia E Cmb a quatro Pel
E Cmb cada uma
7532 Uma Cia E Cmb orgacircnica nas demais brigadas Neste caso a Cia possuiraacute trecircs
Pel E Cmb
7533 A natureza das unidades de Engenharia de Combate de Brigada seraacute a mesma da
brigada apoiada
8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS
81 A Concepccedilatildeo Estrateacutegica do Exeacutercito (CEE) oferece diretrizes importantes para a
organizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo das Forccedilas incluindo-se as tropas de Engenharia
particularmente as orgacircnicas das Brigadas em decorrecircncia das diversas Hipoacuteteses de
Emprego (HE)
82 O preparo prontidatildeo e emprego da Forccedila Terrestre satildeo regulados por meio do
Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT)
83 A adjudicaccedilatildeo de meios inclusive os de Engenharia eacute proposta pelo Plano
Estrateacutegico de Emprego Conjunto das Forccedilas Armadas (PEECFA) (elaborado pelo
EMCFA) que identifica a Estrutura Militar e a composiccedilatildeo dos meios a serem
empregados A adjudicaccedilatildeo eacute confirmada e complementada pelo(s) Plano(s)
Operacional(ais) confeccionados pelos Comandos Operacionais
84 A adjudicaccedilatildeo de meios eacute de fundamental importacircncia para o processo de geraccedilatildeo de
forccedilas Normalmente as Eng Bda orgacircnicas das GU seguem o previsto para a respectiva
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 710)
Bda Jaacute os Gpt E existentes desde o tempo de normalidade possuem estruturas
importantes a considerar na adjudicaccedilatildeo de meios quer seja para a realizaccedilatildeo de
trabalhos na ZI (particularmente para as Op Eng Obras Militares Meio Ambiente e
Patrimocircnio) quer seja na organizaccedilatildeo ou mesmo na evoluccedilatildeo de sua estrutura para as
seguintes forccedilas EngCLTO CEFTC e ED
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 810)
ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TO E ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FTC
1 FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo (1ordm caso)
11 Escalonamento
Figura 1 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia em FTC com mais de um G Cmdo operativo
12 Organograma do CEFTC
Legenda (1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio
Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio (2) Possui Nr variaacutevel de Gpt E (no miacutenimo 1) que enquadram Btl Eng e os Moacutedulos
Especializados (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 2 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo
CEFTC
Cia C Ap Gpt E
(2) Cia Geoinformaccedilatildeo
Moacutedulos Especializados (3)
EM (1)
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 910)
13 Organograma de um Gpt E
Legenda
(1) Possui capacidade de enquadrar de dois a cinco Btl Eng (Cmb ou Cnst) Considera-se para fim de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a um Btl Eng
(2) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 3 - Organograma de um Grupamento de Engenharia
2 FTC organizada com mais de uma GU operativa (2ordm caso)
21 Organizaccedilatildeo
Figura 5 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia EM FTC com mais de um GU operativa
Gpt E
Cia C Ap Btl Eng
(1) Moacutedulos
Especializados (2)
EM
(ED)
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 1010)
22 Organograma do CEFTC (ED)
Legenda
(1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio
(2) Normalmente dois Btl Eng (Cmb ou Cnst) podendo chegar a cinco (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 6 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Unidade operativa
3 FTC eacute organizada com uma GU operativa (3ordm caso)
Neste caso o CEFTC (E Bda) seraacute constituiacutedo pela Unidade ou Subunidade orgacircnica
da GU podendo receber meios adicionais
PAULO RICARDO PINTO SILVA - Cel
Chefe do Centro de Doutrina do Exeacutercito
CEFTC ED
Cia C Ap Btl Eng
(2) Cia Geoinformaccedilatildeo
Moacutedulos Especializados
(3)
EM (1)
161
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 16)
ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NOTA DE COORDENACcedilAtildeO
DOUTRINAacuteRIA NR 022016
MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES
CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO
Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de
2016
O EMPREGO DO BATALHAtildeO DE ENGENHARIA DAS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA
IacuteNDICE DE ASSUNTOS
1 FINALIDADE 02
2 OBJETIVO 02
3 REFEREcircNCIAS 02
4 INTRODUCcedilAtildeO 02
5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA 03
6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA 04
7 EMPREGO DO BATALHAtildeO 04
ANEXOS
A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA DE
CAVALARIA MECANIZADA 06
162
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 26)
1 FINALIDADE
Complementar a orientaccedilatildeo do emprego da engenharia retificando as
informaccedilotildees referentes ao apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada (Bda C
Mec)
2 OBJETIVO
Apresentar uma visatildeo atualizada da organizaccedilatildeo estrutura e emprego da
engenharia que presta apoio agraves Bda C Mec agrave luz da Doutrina Militar Terrestre
subsidiando a exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no planejamento e
execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e taacuteticos para
Emprego da Forccedila Terrestre
3 REFEREcircNCIAS
____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007
____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014
____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015
____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014
____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015
____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014
____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999
____ Brigada de Cavalaria Mecanizada - C 2-30
____ Batalhatildeo de engenharia de combate - C 5-7 2001
____ O apoio de engenharia no escalatildeo brigada - C 5-10 2000
____ Regimento de Cavalaria Mecanizado - C 2-20 2002
____ Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 002 2016 ndash As estruturas de
engenharia no teatro de operaccedilotildees
4 INTRODUCcedilAtildeO
41 A desarmonia entre doutrina e emprego afasta a forccedila da possibilidade de
manutenccedilatildeo de uma efetiva capacidade A mudanccedila em um dos fatores da
doutrina exige um reajuste das demais para que se mantenha um equiliacutebrio entre
Doutrina Organizaccedilatildeo Adestramento Material Emprego Pessoal e Instruccedilatildeo
(DOAMEPI)
163
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 36)
42 O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia (PENSE) Vetor de
Transformaccedilatildeo da Engenharia no Processo de Tranformaccedilatildeo do Exeacutercito foi
concebido com a finalidade de proporcionar uma urgente recuperaccedilatildeo da
capacidade operacional no que tange agraves estruturas organizacionais
competecircncia dos recursos humanos evoluccedilatildeo doutrinaacuteria melhoria da
quantidade e qualidade do material de engenharia e gestatildeo ambiental nas
atividades militares
43 Evoluccedilotildees doutrinaacuterias e aquisiccedilotildees de materiais modernos como as Viaturas
dos Projetos Leopard e Guarani proporcionaram agraves brigadas mecanizadas e
blindadas grande poder de dissuasatildeo exigindo entretanto uma adequaccedilatildeo no
do material pessoal e doutrina da engenharia
5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA
51 O apoio de Engenharia eacute fundamental para que as brigadas blindadas e
mecanizadas tenham capacidade de mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo
Uma engenharia ineficiente elimina as vantagens obtidas por fraccedilotildees dotadas de
modernas viaturas as quais tecircm sua mobilidade ditada por limitaccedilotildees impostas
pelo terreno e por restriccedilotildees determinadas pela engenharia inimiga bem como
sua defesa pelo uso exclusivo do fogo
52 Esta NCD complementa a Nota de Coordenccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31
de maio de 2016 e retifica-a no que tange agrave organizaccedilatildeo da Engenharia em
apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada a qual a mantinha como uma
subunidade
53 Dotada de trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (Pel E Cmb) e um
Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) como elementos executivos e de um
Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) a Subunidade de engenharia natildeo
tem capacidade de proporcionar agrave Bda C Mec mobilidade assegurar a
contramobilidade nem contribuir com sua proteccedilatildeo
54 A Brigada de Cavalaria Mecanizada pode empregar em primeiro escalatildeo ateacute
2 (dois) Regimentos de Cavalaria Mecanizada (RC Mec) e 1 (um) Regimento de
Cavalaria Blindado (RCB) os quais podem receber pelototildees em apoio direto ou
situaccedilatildeo de comando reforccedilo
164
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)
55 O Comandante da engenharia do escalatildeo Brigada entretanto natildeo restringe
sua influecircncia no combate ao apoio de Engenharia no Apoio Direto ou no Reforccedilo
aos regimentos mas emprega os demais pelototildees que estatildeo sob seu comando
no Apoio Suplementar a esses pelototildees no Apoio ao Conjunto realizado em
proveito a mais de um elemento ou agrave brigada como um todo aleacutem de manter
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada
6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA DE CAVALARIA
MECANIZADA
61 A Engenharia da brigada deve atender as necessidades miacutenimas e imediatas
do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate o que para isso conta com
um Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado (BE Cmb Mec)
62 O BE Cmb Mec estaacute organizado com uma Companhia de Engenharia de
Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) uma Companhia de Engenharia de
Combate Blindado (Cia E Cmb Bld) uma Companhia de Comando e Apoio (Cia
C Ap) e uma Companhia de Equipagem de Ponte (C Eq Pnt)
63 A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec)
subunidade mais apta para apoiar os RC Mec e a Cia E Cmb Bld mais apta para
apoiar o RCB possuem cada uma 4 (quatro) Pelototildees de Engenharia de
Combate (Pel E Cmb) como fraccedilatildeo baacutesica de emprego junto aos regimentos
64 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para o comando e logiacutestica do
batalhatildeo e equipamentos de engenharia para as companhias aleacutem de realizar
trabalhos teacutecnicos de manutenccedilatildeo de rede miacutenima de estrada e instalaccedilotildees
necessaacuterios agrave Bda
65 A Cia E Pnt tem a missatildeo apoiar com equipamento especializado a
transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e de pequenas brechas no apoio agrave mobilidade e
reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas do batalhatildeo com material de transposiccedilatildeo
165
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 56)
7 EMPREGO DO BATALHAtildeO
71 O comandante do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
administra o emprego de suas fraccedilotildees e meios a fim de garantir o apoio agrave
mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo da brigada
72 Com o objetivo preciacutepuo de apoio aos elementos em primeiro escalatildeo o
comandante da engenharia da brigada simultaneamente manteacutem condiccedilotildees de
prestar apoio suplementar a esses elementos suprir as necessidades da brigada
no Apoio ao Conjunto e ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando
empregada
73 As Cia E Cmb satildeo os elementos executivos do batalhatildeo
74 Ao Cmt do BE Cmb cabe planejar o emprego de seus meios os quais devem
ser compatiacuteveis com suas possibilidades
75 Para o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo as companhias apoiam com
pelototildees de preferecircncia de mesma natureza do elemento apoiado Cada peccedila
de manobra valor unidade empregado pela Bda recebe normalmente um
pelotatildeo Quando necessaacuterio o reforccedilo em material este deve ser solicitado ao
Cmt Btl
76 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para comando e logiacutestica do
batalhatildeo e Viatura Blindadas Especiais sobre lagartas a fim de reforccedilar os
pelototildees em apoio aos regimentos e equipamentos de engenharia para as Cia E
Cmb
77 A Cia E Pnt tem a missatildeo de apoiar e reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas na
transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e pequenas brechas com equipamento
especializado e VBE sobre lagartas
166
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 66)
ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB MEC ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA
DE CAVALARIA MECANIZADA
1 Organograma do BE Cmb MecBda C Mec
Figura 1 ndash Exemplo de um organograma de BE Cmb Mec de Bda C Mec
TERMO DE AUTORIZACcedilAtildeO PARA PUBLICACcedilAtildeO DE TESES DISSERTACcedilOtildeES
TRABALHOS DE CONCLUSAtildeO DE CURSO E ARTIGOS CIENTIacuteFICOS ELETROcircNICOS NA
BIBLIOTECA DIGITAL DE TRABALHOS CIENTIacuteFICOS
Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicaccedilatildeo autorizo a DESMil e a EsAO a
disponibilizarem atraveacutes de paacutegina eletrocircnica oficial do Estabelecimento de Ensino sem ressarcimento dos
direitos autorais de acordo com a Lei nordm 9610 de 19 de fevereiro de 1998 Lei de Direito Autoral o texto
integral da obra abaixo citada conforme permissotildees assinaladas para fins de leitura impressatildeo eou
download a tiacutetulo de divulgaccedilatildeo da produccedilatildeo cientifica brasileira a partir desta data
Identificaccedilatildeo do material bibliograacutefico
( ) Tese (x) Dissertaccedilatildeo ( ) Trabalho de Conclusatildeo de Curso (x) Artigo Cientiacutefico
Instituiccedilatildeo de Ensino Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO)
Tiacutetulo A doutrina de Engenharia de Combate da Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma sugestatildeo de
adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas
Autor Cap Eng Saulo dos Santos Marques
Idt033373474-7 CPF010094330-67 E-mailmarxemcasahotmailcom
Data de Defesa11 de outubro de 2018 Titulaccedilatildeo Mestrado Profissional
Curso de Poacutes-graduaccedilatildeo Engenharia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Defesa Nacional
Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Agecircncia de fomento (se for o caso)
Autoriza disponibilizar o e-mail na Base de Dados de Teses Dissertaccedilotildees Trabalhos Cientiacuteficos
e Artigos Cientiacuteficos da Biblioteca Digital de Trabalhos Cientiacuteficos
( x ) SIM ( ) NAtildeO
Informaccedilatildeo de acesso ao documento
Liberaccedilatildeo para publicaccedilatildeo (x) Total ( ) Parcial
Em caso de publicaccedilatildeo parcial especifique o(s) tiacutetulo(s) eou capiacutetulo(s) restrito(s)
Tiacutetulo(s) ________________________________________________________________________
Capiacutetulo(s) ______________________________________________________________________
A restriccedilatildeo (parcial ou total poderaacute ser mantida por ateacute um ano a partir da data de autorizaccedilatildeo da
publicaccedilatildeo) A extensatildeo deste prazo suscita justificativa ao Instituto Brasileiro de Informaccedilatildeo em Ciecircncia e
Tecnologia (IBICT) Todo o conteuacutedo resumo e metadados ficaratildeo sempre disponibilizados
Havendo concordacircncia com a publicaccedilatildeo eletrocircnica do Trabalho Cientiacutefico torna-se imprescindiacutevel o
envio do(s) seu(s) arquivo(s) em formato digital sem ser passiacutevel de modificaccedilatildeo do tipo Portable Document
Format (PDF) da Adobe Systems
________________________________________
Saulo dos Santos Marques
MINISTEacuteRIO DA DEFESA
EXEacuteRCITO BRASILEIRO
DECEx - DESMIL
ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS
(EsAO1919)
DIVISAtildeO DE ENSINO SECcedilAtildeO DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO
TERMO DE CESSAtildeO DE DIREITOS SOBRE TRABALHO ACADEcircMICO
TIacuteTULO DO TRABALHO
A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA
MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS
ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
IDENTIFICACcedilAtildeO DO AUTOR
SAULO DOS SANTOS MARQUES ndash Cap Eng
1 Este trabalho nos termos da legislaccedilatildeo que resguarda os direitos autorais eacute considerado de minha
propriedade
2 Autorizo a Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) a utilizar meu trabalho para uso
especiacutefico no aperfeiccediloamento e evoluccedilatildeo da Forccedila Terrestre bem como a divulgaacute-lo por publicaccedilatildeo em
revista teacutecnica da Escola ou outro veiacuteculo de comunicaccedilatildeo do Exeacutercito
3 A EsAO poderaacute fornecer coacutepia do trabalho mediante ressarcimento das despesas de postagem e
reproduccedilatildeo Caso seja de natureza sigilosa a coacutepia somente seraacute fornecida se o pedido for encaminhado
por meio da Organizaccedilatildeo Militar fazendo-se a necessaacuteria anotaccedilatildeo do destino no Livro de Registro
existente na Biblioteca
4 Eacute permitida a transcriccedilatildeo parcial de trechos do trabalho para comentaacuterios e citaccedilotildees desde que sejam
transcritos os dados bibliograacuteficos dos mesmos de acordo com a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais
5 A divulgaccedilatildeo do trabalho em outros meios natildeo pertencentes ao Exeacutercito somente pode ser feita
com a autorizaccedilatildeo do autor ou da Direccedilatildeo de Ensino da EsAO
Rio de Janeiro ___ de _________________ de ________
_______________________________________
O AUTOR
ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS
Cap Eng SAULO DOS SANTOS MARQUES
A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA
MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS
ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES
OFENSIVAS
Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Ciecircncias Militares
Orientador Cel Eng Andreacute Cezar Siqueira
Rio de Janeiro
2018
A Deus por ter-me abenccediloado com mais este trabalho assim como tem feito com minha vida
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador pela paciecircncia e dedicaccedilatildeo em mostrar-me o correto
caminho
Aos instrutores do CAO 2018 pela colaboraccedilatildeo na transmissatildeo de tatildeo
importantes conhecimentos para o capitatildeo da Arma de Engenharia
Aos companheiros do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados - General Walter
Pires pelo inestimaacutevel exemplo do espiacuterito de camaradagem dedicaccedilatildeo e
excelecircncia do ensino cujos pilares me guiaratildeo por toda a minha vida profissional
Agrave minha famiacutelia a qual sou eternamente grato pelas oraccedilotildees a Deus e pelo
oportuno apoio e carinho os quais foram cruciais para a transposiccedilatildeo dos
obstaacuteculos mais difiacuteceis que se apresentaram no presente ano
RESUMO
A capacidade de uma tropa estaacute baseada nos fatores doutrina organizaccedilatildeo adestramento material emprego pessoal e instruccedilatildeo Para o sistema de engenharia destaca-se ainda mais a importacircncia do conjunto formado pelo material pessoal e organizaccedilatildeo O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia visa reestruturar esse sistema que tem influecircncia significativa na capacidade da engenharia cumprir suas missotildees como arma de apoio Alinhado com esse objetivo este trabalho analisou a estrutura das Brigadas de Cavalaria Mecanizada que satildeo compostas por Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindada os quais receberam respectivamente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedias de Rodas Guarani e as Viaturas de Combate Carro de Combate Leopard 1 e M60 A3-TTS Embora os projetos Guarani e Leopard tenham influenciado na melhoria dos materiais utilizados pelos regimentos a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo teve a adequaccedilatildeo dos seus fatores base Entatildeo surgiu a necessidade de por meio da anaacutelise dos fatores emprego e materiais sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo desse apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo da brigada a partir da anaacutelise do apoio a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
ABSTRACT
The capacity of a troop is based on factors doctrine organization training material employment personnel and instruction For the engineering system the importance of the set formed by the material personnel and organization stands out even more The Strategic New Engineering System Project aims to restructure this system which has a significant influence on the ability of engineering to fulfill its missions as a support weapon Aligned with this objective this work analyzed the structure of the Mechanized Cavalry Brigades which are composed of Mechanized Cavalry Regiments and Armored Cavalry Regiments which received respectively the Armored Personnel Carrier Vehicle - Medium Wheeled Type and the Main Battle Tank Leopard 1 and M60 A3-TTS Although the Guarani and Leopard projects influenced the improvement of the materials used by the regiments the Mechanized Combat Engineering Company did not have the adequacy of its base factors Then the need arose through the analysis of the factors of employment and materials to suggest a proposal for adequacy of this support provided to the elements employed in the first step of the brigade based on the analysis of the support for Deliberate Attack
Keywords Mechanized Cavalry Brigades Mechanized Combat Engineering Company Structurant New Engineering System Project Deliberate Attack
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 PROBLEMA 12
12 OBJETIVOS 13
13 QUESTOtildeES DE ESTUDO 14
14 JUSTIFICATIVA 15
2 METODOLOGIA 16
21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO 16
211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis 17
212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 18
213 Alcances e limiteshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 19
22 AMOSTRAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 20
23 DELINEAMENTO DA PESQUISAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21
231 Procedimentos para revisatildeo de literatura 21
2311 Fontes de busca 22
2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados 22
2313 Criteacuterios de inclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22
2314 Criteacuterios de exclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22
232 Procedimentos Metodoloacutegicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23
233 Procedimentos Experimental helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23
234 Instrumentos 23
2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios 24
2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani hellip 24
2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 24
2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)helliphelliphelliphelliphelliphellip
25
2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham
realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip
25
2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25
235 Anaacutelise dos Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26
2351 Tabulaccedilatildeo dos dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 27
31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 28
311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito 28
312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo 29
313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra 29
314 Modularidade 30
315 Projeto Guarani 31
32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 33
321 Regimento de Cavalaria Mecanizado 35
322 Regimento de Cavalaria Blindada 36
33 COMPANHIA DE COMBATE MECANIZADA 38
331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio 40
332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto 40
333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado 43
34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE 45
341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha 46
342 Viatura Blindada Especial de Engenharia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 49
343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha 50
344 Outros sistemas e implementos 55
35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM OUTROS PAIacuteSES
60
351 SBCT a brigada americana Stryker helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60
352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha helliphellip 63
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 71
41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS 71
411 Revisatildeo da literatura 72
412 Entrevistas 73
413 Coleta documental 73
42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO 74
421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo 74
422 Adequabilidade do material 78
43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 79
431 Organizaccedilatildeo adequada 80
432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos 82
433 Caracteriacutesticas dos meios 91
434 Quantidade de VBE por BE Cmb 96
5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES 99
REFEREcircNCIAS 103
APEcircNDICE A - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA 109
APEcircNDICE B - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA 120
APEcircNDICE C - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 131
APEcircNDICE D - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 143
APEcircNDICE E - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 150
ANEXO A ndash NCD NR 022016 151
ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NCD NR 022016 160
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
Os novos manuais doutrinaacuterios publicados a partir do ano de 2014
reformularam as bases da doutrina do Exeacutercito Atraveacutes deles a Doutrina Militar
Terrestre (DMT) ratificou alguns conceitos jaacute existentes mas trouxe novos que devem
ser entendidos e incorporados agraves capacidades da forccedila a fim de acompanhar a
evoluccedilatildeo do combate mundial
O conhecimento de conceitos como Operaccedilatildeo de Amplo Espectro (atuaccedilatildeo
simultacircnea ou sucessiva em Operaccedilotildees Ofensivas Defensivas de Pacificaccedilatildeo e de
Apoio a Oacutergatildeos Governamentais) permite entender quais satildeo as capacidades que
devem ser almejadas pelas Brigadas Mecanizadas (Bda Mec) consideradas Grandes
Unidades (GU) vocacionadas para essa Operaccedilatildeo Destas GU destacam-se as de
Cavalaria Mecanizada que segundo o Manual de DMT tem a aptidatildeo agraves missotildees de
Reconhecimento Vigilacircncia e Seguranccedila
As Brigadas de Cavalaria Mecanizada apresentam limitaccedilotildees como a
vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de minas e
obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos arenosos
pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees
meteoroloacutegicas adversas e com grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria
conforme discriminado pelo manual C 2-30 - Brigada de Cavalaria Mecanizada
(BRASIL 2000 p 1-4)
Tais limitaccedilotildees afetam principalmente a mobilidade da Bda em Operaccedilotildees
Ofensivas na qual os RC Mec (Brasil 2000 p 1-14) estatildeo mais capacitados a
executar as operaccedilotildees altamente moacuteveis as manobras de flanco o aproveitamento
do ecircxito e a perseguiccedilatildeo Por sua vez o RCB que por suas caracteriacutesticas eacute o
elemento de manobra mais eficaz para conduzir as operaccedilotildees ofensivas e defensivas
continuadas da Bda apresenta uma seacuterie de restriccedilotildees na sua capacidade de
manobra diminuindo sua eficaacutecia e eficiecircncia no emprego do fogo do combate
aproximado e da accedilatildeo de choque
Para reduzir as limitaccedilotildees das Brigadas de Cavalaria Mecanizada na mobilidade
contramobilidade e proteccedilatildeo as Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada
(Cia E Cmb Mec) empregam os Pelototildees de Engenharia de Combate Mecanizado
(Pel E Cmb Mec) conforme Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de
maio de 2016 As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (documento de
11
caraacuteter experimental portanto natildeo definitivo) a fim de atender agraves necessidades
miacutenimas dos Regimentos de Cavalaria Mecanizado (RC Mec) e Regimento de
Cavalaria Blindado (RCB)
As atribuiccedilotildees que a Engenharia tem para com seus elementos apoiados se
apresentam da seguinte forma
A Engenharia tem como missatildeo principal apoiar com as vertentes do
combate e construccedilatildeo os elementos de emprego da F Ter nas operaccedilotildees
desencadeadas no amplo espectro dos conflitos Participa das Funccedilotildees de
Combate Movimento e Manobra proporcionando mobilidade agraves armas-base
e contra-mobilidade ao inimigo Proteccedilatildeo aos oacutergatildeos e estruturas de
combate Logiacutestica em diversas atividades dentre outras (BRASIL 2014 p
6-3)
Nesta uacuteltima deacutecada concomitantemente com a atualizaccedilatildeo doutrinaacuteria novos
Materiais de Emprego Militar (MEM) foram distribuiacutedos em diversas OM do Brasil
frutos de Projetos Estrateacutegicos do Exeacutercito (PEE) alterando suas capacidades e
limitaccedilotildees Dentre eles destaca-se para as tropas de natureza blindada o Projeto
Leopard o qual levou agrave troca dos Carros de Combate (CC) M41 pelas Viatura Blindada
de Combate Carro de Combate Leopard 1 A5 BR (VBCCC Leopard 1 A5 BR) desde
2009
Para as tropas mecanizadas o principal impacto foi causado pelo Projeto
Guarani o qual jaacute modernizou a frota de algumas Organizaccedilotildees Militares (OM) com
esta Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas (VBTP-MR) a qual
estaacute em fase de produccedilatildeo e entrega Concomitantemente com a produccedilatildeo dessas
viaturas estatildeo sendo desenvolvidos protoacutetipos e adquiridos materiais para o
desenvolvimento dos demais componentes da Nova Famiacutelia de Blindados Sobre
Rodas Guarani (NFBSR)
O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que
os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo
doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos
Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado
empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi) (BRASIL 2014 p 7-2)
12
O objetivo geral do presente estudo eacute partindo do estudo das Capacidades da
Cia E Cmb Mec analisar no acircmbito da mobilidade as necessidades miacutenimas e
imediatas dos elementos a serem empregados em primeiro escalatildeo Baseado nessa
anaacutelise busca-se apresentar uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Cia
E Cmb Mec no Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi)
11 PROBLEMA
Em manual datado de 1989 C 5-10 - Apoio de Engenharia no Escalatildeo Brigada
e reeditado em 2000 consta a missatildeo organizaccedilatildeo atribuiccedilotildees equipamentos e
forma de emprego do pelotatildeo de engenharia de combate O manual C 5-1 - Emprego
da Engenharia datado de 1999 em sua 3ordf ediccedilatildeo caracteriza o Pel E Cmb como o
elemento responsaacutevel por prestar apoio aos elementos em primeiro escalatildeo da Bda C
Mec
A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 (NCD Nr 0216) trouxe a
atualizaccedilatildeo de alguns conceitos modificando inclusive o escalatildeo de apoio de
engenharia agraves Brigadas Blindadas e de Infantaria Mecanizada (Bda Inf Mec)
passando do valor subunidade (Companhia) para unidade (Batalhatildeo)
Nesta mesma NCD poreacutem foi mantido o estabelecido nos dois manuais citados
acima ratificando que uma Cia E Cmb Mec constituiacuteda por 3 Pel E Cmb Mec eacute o
elemento de apoio aos Regimentos da Bda
O Comandante da Cia E Cmb Mec denominado engenheiro da brigada ao
empregar pelototildees em reforccedilo restringe sua capacidade de realizar um apoio
suplementar a esses pelototildees e de realizar trabalhos em prol da proacutepria companhia
dos demais elementos da brigada e do apoio ao conjunto (mais de um elemento)
Aleacutem disso por sua limitaccedilatildeo em meios na realizaccedilatildeo de trabalhos o Pel E Cmb
na maioria de suas missotildees eacute reforccedilado por equipagens e equipamentos pelo Pelotatildeo
de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Esses poreacutem natildeo
possuem materiais adequados reforccedilar os pelototildees de engenharia de combate
Face ao exposto formulou-se o seguinte problema Em que medida a
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada tem capacidade de atender agraves
necessidades miacutenimas dos elementos empregados em primeiro escalatildeo de uma Bda
C Mec no Aproveitamento do Ecircxito no que tange agrave mobilidade
13
12 OBJETIVOS
O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que
os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo
doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos
Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado
empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Com o intuito de conduzir o estudo para uma soluccedilatildeo foram elencados os
seguintes objetivos especiacuteficos
a Apresentar os conceitos novos ou natildeo que sejam relevantes para a
exploraccedilatildeo do assunto
b Descrever a forma de emprego de uma Bda C Mec em Operaccedilotildees de
Aproveitamento do Ecircxito
c Descrever a organizaccedilatildeo e as caracteriacutesticas dos elementos empregados em
primeiro escalatildeo por uma Bda C Mec
d Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e forma de emprego em Operaccedilotildees
Ofensivas de uma Cia E Cmb Mec
e Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de
um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap)
f Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de
um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass)
g Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas missatildeo possibilidades e limitaccedilotildees
do Pel E Cmb Mec
h Analisar a capacidade do Pel E Cmb Mec em atender agraves necessidades
miacutenimas dos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada em
Operaccedilotildees Ofensivas
i Apresentar viaturas especiais de engenharia disponiacuteveis no mercado
mundial
j Analisar o emprego de uma engenharia de Bda do exeacutercito alematildeo e
estadunidense semelhante agrave Bda C Mec concluindo sobre a adequabilidade
do emprego realizado pelo exeacutercito brasileiro
14
k Apresentar uma proposta de apoio de engenharia capaz de atender agraves
necessidades miacutenimas de regimentos orgacircnicos de uma Bda C Mec
13 QUESTOtildeES DE ESTUDO
Atraveacutes da anaacutelise da capacidade de apoio de um Pel E Cmb orgacircnico de uma
Cia E Cmb Mec frente agraves necessidades de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada agrave
luz dos novos manuais doutrinaacuterios projetos estrateacutegicos e dos meios de dotaccedilatildeo (ou
em aquisiccedilatildeo pelo Exeacutercito) seraacute analisada a adequabilidade desse apoio Para isso
foram relacionadas algumas questotildees de estudo listadas abaixo a fim de guiar o
trabalho ao objetivo proposto
a) quais os conceitos associados ao emprego e ao material satildeo necessaacuterios para
desenvolvimento de uma proposta adequada de organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec
b) como a Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute empregada em uma Operaccedilatildeo de
Aproveitamento do Ecircxito
c) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela
Brigada de Cavalaria Mecanizada
d) como a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada das Brigadas de
Cavalaria Mecanizadas satildeo empregadas em Operaccedilotildees Ofensivas
e) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada
f) quais os meios que disponiacuteveis atualmente para o Pelotatildeo de Engenharia de
Combate Mecanizado apoiar os Regimentos empregados em primeiro escalatildeo no
Aproveitamento do Ecircxito
g) quais os materiais disponiacuteveis no mundo necessaacuterios para atribuir capacidade
de junto aos Regimentos em um Aproveitamento do Ecircxito
h) como eacute prestado o apoio de engenharia em outros paiacuteses a tropas que
possuam organizaccedilatildeo semelhante agrave da Brigada de Cavalaria Mecanizada
i) qual a sugestatildeo de emprego da engenharia de brigada para que seja realizado
um apoio adequado que atenda agraves necessidades miacutenimas dos regimentos orgacircnicos
da Bda C Mec
14 JUSTIFICATIVAS
15
Este trabalho justifica-se pela necessidade de ser avaliada a manutenccedilatildeo ou natildeo
da capacidade da Cia E Cmb Mec frente agraves mudanccedila relacionadas agraves caracteriacutesticas
apresentadas pelos novos cenaacuterios mundiais e pela evoluccedilatildeo do material utilizado
pelo Exeacutercito Brasileiro advindo dos Projetos Leopard e Guarani a fim de
acompanhar o Processo de Transformaccedilatildeo do Exeacutercito Brasileiro que estaacute em
desenvolvimento atualmente
Tal justificativa encontra-se alinhada com os objetivos do Projeto Estruturante
Novo Sistema de Engenharia (PENSE) concebido pelo EME em 2014 o qual teve a
Diretriz de Implantaccedilatildeo aprovada pela Portaria Nordm 031-EME de 26 de fevereiro de
2018
O objetivo decisivo do programa estaacute centrado nos pilares de sustentaccedilatildeo da
capacidade operacional da Engenharia quais sejam a obtenccedilatildeo do Material de
Engenharia adequado e suficiente o desenvolvimento e a atualizaccedilatildeo da doutrina e a
capacitaccedilatildeo de pessoal
A inovaccedilatildeo dos MEM bem como a transformaccedilatildeo doutrinaacuteria demandam
anaacutelises retificaccedilatildeo e ratificaccedilatildeo de conceitos quebra de paradigmas e uma busca
pelo reequiliacutebrio entre as capacidades e necessidades geradas
Com o intuito de corroborar com a evoluccedilatildeo do Sistema Engenharia tendo em
vista a modernizaccedilatildeo doutrinaacuteria e dos novos MEM este trabalho buscaraacute analisar
as Capacidades Operativas desejaacuteveis a fim de propor uma adequaccedilatildeo de apoio de
engenharia na mobilidade dos RC Mec e RCB orgacircnicos de uma Bda C Mec no
Aproveitamento do Ecircxito
Com essa adequaccedilatildeo busca-se dar efetividade agrave doutrina atinente agrave
Engenharia da Brigada tornando-a atual e compatiacutevel com as necessidades dos
elementos apoiados principalmente exequiacutevel e efetiva
16
2 METODOLOGIA
Nesta seccedilatildeo estaacute detalhada a forma que a pesquisa foi dirigida a fim de
atender aos objetivos especiacuteficos os quais visaram desenvolver uma soluccedilatildeo
adequada ao objetivo geral atraveacutes do desenvolvimento de respostas agraves questotildees
de estudo levantadas
Por meio do estudo das possibilidades e limitaccedilotildees da Companhia de
Engenharia de Combate Mecanizada buscou-se apresentar uma anaacutelise da
capacidade de atender agraves necessidades dos elementos empregados em primeiro
escalatildeo pelas Bda C Mec e sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo de sua forma de
emprego e do material necessaacuterio
Para atingir esses objetivos a metodologia foi dividida em objeto formal de
estudo amostra e delineamento de pesquisa
21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO
O presente trabalho eacute classificado quanto agrave sua forma de abordagem
qualitativa e ao seu objetivo geral como exploratoacuteria e descritiva A sua finalidade eacute
desenvolver uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Companhia de
Engenharia de Combate aos Regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada
em Operaccedilotildees Ofensivas por meio do estudo especiacutefico das capacidades
operativas da Cia E Cmb Mec em operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito face agrave
evoluccedilatildeo doutrinaacuteria presente na publicaccedilatildeo dos novos manuais doutrinaacuterios
publicados a partir de 2014 e dos MEM frutos dos Projetos Estrateacutegicos Leopard e
Guarani
Para atingir esse objetivo seraacute descrita a doutrina em vigor relacionada agrave Bda
C Mec e agrave Cia E Cmb que a apoia e analisados os reflexos da transformaccedilatildeo
doutrinaacuteria ocorrida nos uacuteltimos anos (de 2014 a 2017) e da aquisiccedilatildeo de novos
MEM
Com base na anaacutelise das capacidades e limitaccedilotildees seraacute proposta uma soluccedilatildeo
de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia que atribua capacidade de emprego de
acordo com a doutrina baseado na bibliografia vigente e atualizado com base no
emprego de exeacutercitos de outros paiacuteses e no material disponiacutevel no mundo
atualmente
17
Para a pesquisa a variaacutevel ldquoCapacidades Operativas da Companhia de
Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do Ecircxitordquo que analisou
as capacidades em material e de acordo com a organizaccedilatildeo atuais da Companhia
no apoio agrave mobilidade no aproveitamento do ecircxito foi considerada a variaacutevel
independente
Atraveacutes desta procurou-se estudar modificaccedilotildees que influenciassem
significativamente sobre a dependente ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de
uma Brigada de Cavalaria Mecanizadardquo a fim de adequar o apoio prestado aos
regimentos durante a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito pela engenharia da
brigada
A relaccedilatildeo entre a variaacutevel dependente e independente eacute alterada pelo fator
ldquoNecessidades Miacutenimas dos Regimentosrdquo que satildeo as necessidades de trabalhos
de engenharia aos regimentos existentes apoacutes a modernizaccedilatildeo do material e
doutrina nacionais no que tange agrave Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis
ldquoCapacidades Operativas da Companhia de Engenharia de Combate no
Aproveitamento do Ecircxitordquo variaacutevel independente pode ser definida como a
anaacutelise agraves capacidades atuais da Cia E Cmb Mec para emprego do Pel E Cmb em
uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito em apoio ao Rgt de uma Bda C Mec
Para isso foi analisado por meio dos questionaacuterios ldquoArdquo e ldquoBrdquo a adequabilidade
da organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec para apoio aos regimentos de uma Brigada de
Cavalaria Mecanizada e do material disponiacutevel para apoiaacute-los na mobilidade em uma
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
A variaacutevel ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de uma Brigada de
Cavalria Mecanizadardquo pode ser definida como a sugestatildeo doutrinaacuteria para atender
agrave luz dos novos conceitos e fundamentos e materiais as necessidades dos
Regimentos
Por meio das respostas dos questionaacuterio ldquoArdquo ldquoBrdquo ldquoCrdquo e ldquoDrdquo chegou-se a uma
organizaccedilatildeo adequada e atual quando comparada com outros exeacutercitos permitindo
a melhoria do emprego da engenharia no emprego junto aos regimentos de uma
Brigada de Cavalaria Mecanizada
18
Os referidos questionaacuterios tambeacutem permitiram a anaacutelise das caracteriacutesitcas dos
meios e a quantidade de viaturas necessaacuterias para o apoio de engenharia da
brigada na abertura de passagem em obstaacuteculos durante uma Operaccedilatildeo de
Aproveitamento do Ecircxito
Para a variaacutevel interveniente foi considerada as Necessidades Miacutenimas dos
Regimentos no que se refere a apoio de engenharia as quais foram apresentadas
na revisatildeo de literatura reforccedilada pelas respostas presentes nos citados
questionaacuterios cujas respostas foram analisadas individualmente
Esta anaacutelise porcurou confirmar ou refutadar os comentaacuterios presentes nos
questionaacuterios de acordo com as informaccedilotildees encontradas na proacutepria bibliografia
estudada e no Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual (TTAV) realizado no Centro
de Instruccedilatildeo de Blindados
212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis
Nos Quadros 1 e 2 estatildeo expostos a dimensatildeo os indicadores e a forma de
mediccedilatildeo das variaacuteveis independente e dependente a fim de permitir uma
visualizaccedilatildeo de como seratildeo abordados no presente estudo
VARIAacuteVEL
INDEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO
Capacidades
Operativas da Cia
E Cmb no Apvt
Ecircxi
Emprego no
apoio aos Rgt
da Bda C
Mec
Adequabilidade
da organizaccedilatildeo
Questotildees Nr 1 e 2 (Apd A)
e Nr 1 e 2 (Apd B)
Material para
apoio agrave
mobilidade
Adequabilidade
do material
Questotildees Nr 3 (Apd A) e
Nr 3 (Apd B)
QUADRO 1 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Independente Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec no Apvt Ecircxi Fonte O autor
19
VARIAacuteVEL
DEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO
Apoio de
Engenharia aos
Rgt de uma Bda
C Mec
Emprego da
engenharia
Organizaccedilatildeo
adequada
Questotildees 6 e 7 (Apd A)
questotildees 6 e 7 (Apd B)
Comparaccedilatildeo com
outros exeacutercitos
Questatildeo 1 2 e 3 (Apd C) e
questatildeo 1 2 e 3 (Apd D)
Material para
abertura de
passagem em
obstaacuteculo
Caracteriacutesticas dos
meios
Questotildees 4 e 5 (Apd A)
questotildees 4 e 5 (Apd B)
questatildeo 4 e 5 (Apd C) e
questatildeo 4 e 5 (Apd D)
Quantidade de
viaturas Questatildeo 6 (Apd C)
QUADRO 2 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Dependente Apoio de Engenharia aos Rgt da Bda C Mec Fonte O autor
213 Alcances e Limites
Para a anaacutelise das operaccedilotildees ofensivas foram excluiacutedos os tipos de
Reconhecimento em Forccedila Perseguiccedilatildeo Ataque de Oportunidade e Marcha para o
Combate O objetivo do autor foi dar ecircnfase aos trabalhos de mobilidade com
emprego dos pelototildees de forma descentralizada Desta forma o pelotatildeo que
acompanha o regimento precisa conduzir todo o material necessaacuterio natildeo sendo
adequado solicitar apoio agrave companhia devido a sua distacircncia e necessidade de
acompanhamento da velocidade das operaccedilotildees
Nesse sentido foi escolhido o estudo da Operaccedilatildeo de Aproveitamento do
Ecircxito situaccedilatildeo que o Pelotatildeo encontra-se normalmente empregado na situaccedilatildeo de
comando reforccedilo
O sistema Engenharia constituiacutedo por material pessoal e doutrina visa
proporcionar aos elementos apoiados mobilidade contramobilidade proteccedilatildeo e
apoio geral Dentre estes foram abordados neste estudo o apoio agrave mobilidade
20
situaccedilatildeo onde a falta de meios especiais junto aos pelototildees eacute mais niacutetida deixando
de ser trabalhados contramobilidade proteccedilatildeo e apoio geral
Na mobilidade o estudo abarcou trabalhos de abertura de passagens em
obstaacuteculos transposiccedilatildeo de curso de aacutegua obstaacuteculo conservaccedilatildeo e reparaccedilatildeo de
vias e estradas e desorganizaccedilatildeo de posiccedilotildees organizadas do inimigo trabalhos os
quais podem ser realizados por viaturas blindadas especiais Excluiu-se portanto o
estudo da transposiccedilatildeo de curso de aacutegua de vulto ou grande vulto que exigem o
apoio de escalotildees superiores agrave brigada a navegaccedilatildeo e o reconhecimento
Como a Cia E Cmb Mec desdobra seus trabalhos normalmente em toda aacuterea
da Bda o estudo limitou-se aos realizados em prol dos elementos em primeiro
escalatildeo (os regimentos de cavalaria) excluindo o estudo dos trabalhos de apoio ao
conjunto e suplementar
Para tal os meios a serem analisados foram limitados aos de emprego
imediato pelos pelototildees ou seja que seja de dotaccedilatildeo ou passados em reforccedilo ao
pelotatildeo Um exemplo de meio incluiacutedo foi uma Ponte de Pequena Brecha (Pnt P
Bre) pois pode ser transportada por reboque ou por uma viatura blindada Em
contrapartida foi excluiacutedo o estudo do emprego de portada pesada tendo em vista
que a mesma natildeo tem emprego em transposiccedilatildeo imediata mas preparada
22 AMOSTRA
As pesquisas as quais foram enviadas por endereccedilo eletrocircnico atraveacutes de
consulta aos e-mails cadastrados no DGP buscaram abranger em caraacuteter
voluntaacuterio militares que tivessem conhecimentos ligados ao tema
Enquanto algumas pesquisas procuraram abranger militares que tiveram
experiecircncia no emprego do apoio de engenharia (como cliente ou como fornecedor)
outras pesquisas buscaram militares especializados no emprego de blindados e por
fim pesquisas que exploraram a experiecircncia de militares que realizaram curso de
comandante de subunidade no exterior confrontando o questionamento com os
conhecimentos e experiecircncias vividas nos Estados Unidos e na Alemanha
Os questionaacuterios elaborados embora tenha como universo apenas militares
com posto acima de capitatildees aperfeiccediloados natildeo procuraram levar em consideraccedilatildeo
a experiecircncia nos respectivos postos mas a experiecircncia dos mesmos na funccedilatildeo que
exercem ou exerciam ou nos conhecimentos adquiridos no exterior
21
Desta forma foi considerado irrelevante a descriccedilatildeo dos mesmos
considerando apenas as respostas por grupo os quais tiveram por objetivo
demonstrar os diferentes posicionamentos em relaccedilatildeo ao assunto em pauta
Com isso os referidos militares foram divididos em quatro grupos conforme
descrito abaixo
a comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada
de Cavalaria Mecanizada
b comandantes e ex-comandantes de Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada
c oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de
Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha
d oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que
tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados
Unidos ou na Alemanha
23 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O delineamento da pesquisa teve uma abordagem qualitativa em que o estudo
das relaccedilotildees entre variaacutevel dependente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec
no Aproveitamento do Ecircxito) e independente (Apoio de Engenharia aos Regimentos
de uma Bda C Mec) eacute indissociaacutevel e natildeo pode ser traduzida por nuacutemeros
(Rodrigues 2006 p 36)
O meacutetodo de abordagem utilizado foi o indutivo fundamentado na experiecircncia
e construiacutedo a partir da observaccedilatildeo de casos da realidade concreta (Rodrigues
2006 p 29) do emprego do Pel E Cmb Mec apresentados neste trabalho por meio
de situaccedilotildees particulares e anaacutelise de questionaacuterios e procedimento experimental
realizado pela Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
Para responder ao objetivo geral a pesquisa foi abordada de forma descritiva
contando com a experiecircncia do autor que descreveu a relaccedilatildeo entre as variaacuteveis e
contribuiu com a descriccedilatildeo doutrinaacuteria atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica
231 Procedimentos para revisatildeo de literatura
22
Com o objetivo de responder ao problema do trabalho foram realizados os
seguintes procedimentos metodoloacutegicos descritos abaixo
2311 Fontes de busca
Foram utilizados como fontes para descriccedilatildeo do conhecimento doutrinaacuterio que
influencia no emprego da Cia E Cmb Mec e para a construccedilatildeo da proposta do
trabalho manuais monografias dissertaccedilotildees e artigos cientiacuteficos (nacionais dos
Estados Unidos e da Alemanha) livros e Notas de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria (NCD)
2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados
Com a finalidade de estabelecer paracircmetros doutrinaacuterios foram selecionados
documentos que contribuam para o direcionamento e limitaccedilatildeo para uma proposta
mais adequada
Foram realizadas buscas por dados em siacutetios eletrocircnicos na internet como
Google sendo selecionadas dentre os resultados obtidos as paacuteginas oficiais de
instituiccedilotildees como instruccedilotildees trabalhos perioacutedicos e documentos nacionais e
estrangeiros e em estabelecimentos de ensino como Escola de Aperfeiccediloamento
de Oficiais e Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
2313 Criteacuterios de inclusatildeo
Foram selecionados documentos de caraacuteter qualitativo em portuguecircs inglecircs e
alematildeo que estivessem relacionados ao emprego de pelotatildeo de engenharia em
apoio a tropas dotadas de meios blindados e mecanizados nas Operaccedilotildees
Ofensivas
Tambeacutem foram incluiacutedos documentos relacionados aos materiais e programas
de aquisiccedilatildeo de materiais relacionados agraves tropas blindadas e mecanizadas
2314 Criteacuterios de exclusatildeo
23
Dos documentos selecionados foram excluiacutedos os manuais revogados os
documentos que natildeo abrangem tropa blindada ou mecanizada e os que natildeo estatildeo
relacionados com Operaccedilotildees Ofensivas
232 Procedimentos Metodoloacutegicos
Com o propoacutesito de coletar dados e opiniotildees sobre o assunto no que tange ao
emprego em pessoal e material do Pel E Cmb em Operaccedilotildees Ofensivas foram
enviados eletronicamente questionaacuterios aos grupos conforme criteacuterios
anteriormente elencados
Concomitantemente foi realizada a coleta de dados da bibliografia relacionada
e com os dados coletados por meio dos questionaacuterios gerando a base para a
proposta de adequaccedilatildeo de apoio da Cia E Cmb Mec
233 Procedimentos Experimental
O procedimento experimental foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de
Blindados o qual realiza anualmente o Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual
com as brigadas mecanizadas e blindadas
Neste ano foi realizado o treinamento com a 3ordf Brigada de Cavalaria
Mecanizada a qual empregou seus Quadros em ambiente virtual confeccionado
pelo Chefe da Seccedilatildeo de Simuladores
A proposta inicial era empregar uma Bda C Mec em um Aproveitamento do
Ecircxito reforccedilada por um Pel E dotado de Viaturas Blindadas Especiais Entretanto o
exerciacutecio visava o treinamento em uma operaccedilatildeo de Movimento Retroacutegrado o que
embora natildeo tenha sido a situaccedilatildeo ideal natildeo prejudicou o resultado pois o principal
objetivo natildeo foi o emprego em si mas a capacidade de acompanhamento da
velocidade das viaturas dos regimentos mecanizados
234 Instrumentos
Os questionaacuterios enviados a 5 (cinco) grupos conforme anteriormente
definidos tiveram por objetivo principal identificar a opiniatildeo dos especialistas sobre
24
os aspectos relativos ao apoio de engenharia aos elementos de emprego em
primeiro escalatildeo de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada bem como analisar as
necessidades em material e a possibilidade de emprego para atender as
necessidades miacutenimas imediatas dos Regimentos
Assim buscou-se uma reflexatildeo sobre o assunto que fosse rica em sugestotildees
e dados qualitativos para fundamentar uma sugestatildeo baseada em conhecimentos e
experiecircncias distintos
2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios
Tendo em vista o caraacuteter qualitativo da presente pesquisa buscou-se a
confecccedilatildeo de questionaacuterios com questotildees fechadas poreacutem com espaccedilo para
discussatildeo e geraccedilatildeo de sugestotildees sobre o tema
O preacute-teste foi aplicado em militares que jaacute tinham sido instrutores do Centro
de Instruccedilatildeo de Blindados que pelo conhecimento sobre blindados sobre rodas e
sobre lagartas envolvimento em exerciacutecios de simulaccedilatildeo virtual e no terreno e
experiecircncia no exterior apresentam condiccedilotildees de orientar corrigir ou incrementar as
questotildees propostas
2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani
Pretendeu-se por meio da relaccedilatildeo desses militares com o assunto obter uma
anaacutelise do projeto inicial Guarani os objetivos buscados para compra dos
implementos dessa viatura e anaacutelise das capacidades que se espera atingir com o
projeto para que ao final da presente pesquisa a sugestatildeo esteja alinhada ao
projeto Guarani
2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)
25
Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do cliente da engenharia
da brigada a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada atualmente
nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e emprego desse
apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios e apresentar
uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas e sobre
lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica
2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)
Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do fornecedor do apoio
de engenharia a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada
atualmente nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e
emprego desse apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios
e apresentar uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas
e sobre lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica
2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)
Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para
adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar
a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec
2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)
Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para
adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar
a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec
26
As respostas e sugestotildees apresentadas nessas questotildees proporcionaratildeo
ratificaratildeo ou retificaratildeo das ideias iniciais apresentadas no trabalho conduzindo o
autor a uma proposta amparada na experiecircncia e conhecimentos de diferentes
especialistas
235 Anaacutelise dos Dados
Os dados resultantes dos questionaacuterios contribuiram para questionamento e
reforccedilo das ideias inicialmente apresentadas por meio da experiecircncia nas funccedilotildees
de comandantes no emprego de tropas mecanizadas e blindadas e com
conhecimento do emprego de tropas americanas e alematildes
2351 Tabulaccedilatildeo dos dados
Os dados seratildeo categorizados quanto aos aspectos organizacionais
materiais de emprego e logiacutestica por meio do levantamento das diversas amostras
que compotildeem a presente pesquisa
A codificaccedilatildeo e tabulaccedilatildeo seguiraacute a verificaccedilatildeo da correta compreensatildeo dos
questionaacuterios por parte dos participantes e se as respostas foram transcritas de
forma coerente e com linguagem compreensiacutevel
As questotildees fechadas foram diretamente tabuladas dentro do universo de
determinado puacuteblico-alvo Para isso foram estabelecidos graacuteficos como recurso de
representaccedilatildeo dos resultados e analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise
estatiacutestica inferencial
Os comentaacuterios foram posicionados apoacutes a apresentaccedilatildeo dos graacuteficos de
forma a permitir a anaacutelise do conteuacutedo qualitativo apresentado sendo os dados
analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise estatiacutestica descritiva
Ao final de cada resultado das anaacutelises das questotildees foram apresentadas as
conclusotildees parciais referente ao respectivo questionaacuterio
27
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
O conjunto de ideias e entendimentos que define ordena distingue e qualifica
as atividades de organizaccedilatildeo preparo e emprego das Forccedilas Armadas deve ser
harmocircnico de acordo com a definiccedilatildeo de Doutrina Militar (BRASIL 2014 p 1-1)
Com este propoacutesito evoluccedilotildees doutrinaacuterias buscam equilibrar as capacidades
atuais do Exeacutercito com as necessidades projetadas para futuras operaccedilotildees mantecirc-
lo adequado ao futuro imediato em termos de desenvolvimento organizacional
intelectual e tecnoloacutegico (EUA 2011 p ix traduccedilatildeo do autor)
Para que o Exeacutercito acompanhe a transformaccedilatildeo que ocorre na Era do
Conhecimento periacuteodo atual marcado pela raacutepida geraccedilatildeo e obsolescecircncia do
conhecimento essa harmonia deve ser constantemente analisada e retificada
(BRASIL 2014 p 1-1)
A duacutevida quanto agrave efetiva capacidade de uma forccedila em cumprir a missatildeo a que
se destina origina-se da desarmonia entre sua doutrina e emprego (fruto da
ineficiecircncia de um MEM por exemplo) o que deve ser uma premissa satisfatoacuteria
para motivar estudos que contribuam para o alcance da maacutexima prontidatildeo
operativa
Este estudo deve para tanto ser analisado por meio dos fatores
determinantes interrelacionados e indissociaacuteveis doutrina organizaccedilatildeo
adestramento material educaccedilatildeo pessoal e infraestrutura (DOAMEPI) os quais
contribuem para o desenvolvimento de uma das capacidades prioritaacuterias para a F
Terr a efetividade da doutrina (BRASIL 2014 p 3-3)
A fim de facilitar o entendimento esta seccedilatildeo estaacute dividida da seguinte forma
Consideraccedilotildees iniciais onde seratildeo abordados os fundamentos baacutesicos para
entendimento de conceitos que permeiam o assunto contribuindo para uma correta
avaliaccedilatildeo e desenvolvimento de uma soluccedilatildeo doutrinariamente harmoniosa Brigada
de Cavalaria Mecanizada onde seratildeo abordadas as necessidades de apoio de
engenharia nas Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito Companhia de Engenharia
de Combate Mecanizada onde seratildeo apresentadas as caracteriacutesticas de seu
emprego em Operaccedilotildees Ofensivas Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no
mundo para reforccedilo dos Pel E Cmb no apoio agrave mobilidade os quais podem ajustar
as capacidades das Cia E Cmb e por uacuteltimo seraacute analisado o emprego de tropas
28
semelhantes agraves Bda C Mec nos EUA e na Alemanha onde a engenharia de brigada
preste apoio agrave tropa mecanizada que tenha em sua constituiccedilatildeo elementos de
reconhecimento
31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS
As seguintes consideraccedilotildees iniciais satildeo importantes para uma anaacutelise precisa
da capacidade da Cia E Cmb Mec em apoiar os Regimentos da Bda C Mec na
mobilidade em operaccedilotildees ofensivas e consequentemente para a construccedilatildeo de
uma proposta satisfatoacuteria com o objetivo do trabalho
311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito
As Operaccedilotildees Ofensivas satildeo operaccedilotildees decisivas que visam engajar forccedilas
superiores ao do inimigo em local e momento decisivos a fim de destruiacute-lo por
meio do fogo do movimento e da accedilatildeo de choque (BRASIL 2014 p 4-3) A accedilatildeo
de choque por sua vez deve ser entendida como o impacto psicoloacutegico causado
pelo carro de combate ao inimigo por meio do poder de fogo aparente
invulnerabilidade ruiacutedo e capacidade de transpor obstaacuteculos (BRASIL 2016 p 29)
Dentre os tipos de Operaccedilatildeo Ofensiva o trabalho explorou o Aproveitamento
do Ecircxito o qual destaca-se pela maior necessidade de apoio imediato agrave mobilidade
por elementos mais proacuteximos agraves peccedilas de manobra de ataque (os Pel E Cmb)
Nesses casos em que os elementos empregados em primeiro escalatildeo necessitam
de apoio imediato e contiacutenuo normalmente a engenharia da brigada emprega seus
pelototildees sob a Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo (BRASIL 1999 p 2-28)
O Aproveitamento do Ecircxito operaccedilatildeo que conquista os resultados mais
decisivos se discorre apoacutes o aproveitamento de um ataque bem sucedido no qual
a forccedila inimiga encontra dificuldades para se defender O avanccedilo contiacutenuo e raacutepido
sobre as forccedilas inimigas desorganizadas buscam ampliar as vantagens impedindo
uma reorganizaccedilatildeo ou a realizaccedilatildeo de um movimento retroacutegrado (BRASIL 2000 p
5-17)
Na Bda C Mec o RCB normalmente constitui o escalatildeo avanccedilado no
Aproveitamento do Ecircxito Cabe agrave engenharia por sua vez reduzir a accedilatildeo dos
obstaacuteculos naturais ou artificiais permitindo a adoccedilatildeo de um deslocamento de forccedila
29
mais adequado garantindo a conquista de resultados decisivos em menor tempo e
com miacutenimo de perdas Com o intuito de manter o movimento contiacutenuo e
permanente o apoio de engenharia aos regimentos eacute realizado de forma
descentralizada permitindo o apoio a elementos afastados do escalatildeo superior
desde que adequadamente reforccedilado em meios (BRASIL 2000 p 5-18)
Tanto o Aproveitamento do Ecircxito quanto o Ataque de Oportunidade satildeo
accedilotildees que decorrem de uma interpretaccedilatildeo do comandante sobre os acontecimentos
do combate A incerteza de sua realizaccedilatildeo aleacutem de quando onde e como seraacute
realizada seraacute definida pela imediata expediccedilatildeo de ordens fragmentaacuterias pelo
comandante as quais exigem que o pelotatildeo tenha permanentemente condiccedilotildees de
apoiar (BRASIL 2000 p 5-9) Para a engenharia a proximidade e a disponibilidade
de meios adequados determinaraacute a efetividade do apoio prestado aos elementos
em primeiro escalatildeo desta brigada
312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo
Quando empregado em situaccedilatildeo de comando reforccedilo o Pel E Cmb subordina-
se diretamente ao comandante do regimento No aproveitamento do ecircxito esta eacute a
situaccedilatildeo de comando normalmente empregada devido agrave necessidade de plena
autonomia e pela incapacidade de apoio da companhia devido ao seu afastamento
em relaccedilatildeo aos pelototildees (BRASIL 1999 p 1-14)
Cabe ao pelotatildeo portanto o apoio aproximado imediato e contiacutenuo com
equipamentos adequados devendo para isso ser reforccedilado pela Cia E Cmb em
meios e se necessaacuterio em pessoal (BRASIL 1999 p 1-14) garantindo a rapidez
do movimento a fim de multiplicar o poder de combate contribuindo para o melhor
emprego da potecircncia de fogo e da accedilatildeo de choque do elemento apoiado Desta
forma busca-se diminuir o risco com base na premissa de que quanto maior o
tempo de exposiccedilatildeo do escalatildeo de ataque aos fogos maiores seratildeo suas perdas
(BRASIL 2000 p 5-15)
313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra
A Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra estaacute relacionada com o conjunto
de atividades tarefas e sistemas inter-relacionados empregados para deslocar
30
forccedilas de modo a posicionaacute-las em situaccedilatildeo de vantagem em relaccedilatildeo ao inimigo
(BRASIL 2014 p 5-10)
Para este estudo cresce de importacircncia o entendimento de manobra como se
segue
A manobra concentra e dispersa o poder de combate para manter o inimigo
em desvantagem Consegue resultados que de outra forma seriam
dispendiosos Manobra eficaz manteacutem forccedilas inimigas fora do equiliacutebrio
fazendo-as enfrentar novos problemas e novos perigos mais raacutepido do que
eles podem combatecirc-los As forccedilas do Exeacutercito ganham e preservam a
liberdade de accedilatildeo reduzem a vulnerabilidade e exploram o sucesso
atraveacutes da manobra Manobra eacute mais que fogo e movimento Inclui a
aplicaccedilatildeo dinacircmica e flexiacutevel de todos os elementos do poder de combate
(EUA 2011 p A-2 traduccedilatildeo do autor)
O emprego da Engenharia estaacute intimamente ligada agrave funccedilatildeo de combate
movimento e manobra particularmente no que tange agrave promoccedilatildeo da mobilidade agraves
tropas subordinadas ao escalatildeo a que pertence (BRASIL 2014 p 6-3)
314 Modularidade
A modularidade eacute a aptidatildeo de um elemento de combate de receber moacutedulos
que ampliem seu poder de combate ou lhe agreguem capacidades (BRASIL 2014
6-14)
Este conceito surgiu da necessidade de empregar forccedilas em torno de
formaccedilotildees menores e mais versaacuteteis No niacutevel taacutetico e operacional a rotineira
necessidade de operaccedilatildeo em aacutereas natildeo-contiacuteguas por unidades subordinadas se
contrapunha ao contiacuteguo e hieraacuterquico arranjo das forccedilas terrestres (EUA 2011 p
C-1 traduccedilatildeo do autor)
Embora o conceito seja novo a engenharia jaacute emprega seus elementos com
certa modularidade Um exemplo eacute o Pel E Cmb que natildeo possui meios adequados
para por exemplo realizar o lanccedilamento de um campo minado em poucos minutos
Ele necessita que uma viatura dotada de um sistema de dispersatildeo de minas bem
como a guarniccedilatildeo da mesma sejam adicionados ao Pelotatildeo
31
315 Projeto Guarani
O Projeto Guarani teve sua origem a partir da necessidade de substituiccedilatildeo das
Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP) EE-11 Urutu (FIGURA 1) e
Viatura Blindada sobre Rodas (VBR) EE-9 Cascavel (FIGURA 2) as quais se
encontram em fase de obsolescecircncia e atraso tecnoloacutegico perante os moderno
cenaacuterio de batalha conforme informado pelo Escritoacuterio de Projetos do Exeacutercito
(EPEx)
FIGURA 1 ndash Viatura Blindada de Transporte de Pessoal EE-11 Urutu Fonte Siacutetio eletrocircnico Youtube Acesso em 1 ago 2018
FIGURA 2 Viatura Blindada de Rodas EE-9 Cascavel Fonte Siacutetio eletrocircnico Defesanet Acesso em 22 dez 2017
32
O projeto que remonta a origem de sua concepccedilatildeo no final da deacutecada de
1990 tem em sua proposta inicial o objetivo de modernizar as Brigadas de
Infantaria Motorizadas recentemente transformadas em Brigadas de Infantaria
Mecanizada bem como modernizar as Brigadas de Cavalaria Mecanizada
Atualmente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas
(VBTP-MR) Guarani jaacute comeccedilaram a ser distribuiacutedas
FIGURA 3 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas Guarani Fonte Siacutetio eletrocircnico EPEx Acesso em 22 dez 2017
O projeto originalmente era constituiacutedo de duas versotildees de viatura uma 6x6 e
uma 8x8 Esta uacuteltima versatildeo que contaria com um canhatildeo 105 mm encontra-se
atualmente paralisada Aleacutem disso era previsto uma famiacutelia de blindados
constituiacuteda de viaturas morteiro lanccediladoras de ponte especial de engenharia
desminagem entre outras as quais teriam seus protoacutetipos ainda a serem
desenvolvidos (DEFESANET 2017)
Quanto agrave substituiccedilatildeo das Viaturas Cascavel foi adiada conforme Boletim do
Exeacutercito Nr 48 publicado em 1ordm de dezembro de 2017 A portaria cria o Projeto de
Obtenccedilatildeo da Viatura Blindada de Reconhecimento ndash Meacutedia sobre Rodas (VBR-
MSR) 6x6 que consiste na modernizaccedilatildeo da Viatura Cascavel (DEFESANET
2017)
33
As viaturas especiais de engenharia tambeacutem fruto das dificuldades
orccedilamentaacuterias teratildeo seu desenvolvimento adiado Para dirimir essa inexistecircncia de
material para apoiar as tropas mecanizadas a Diretoria de Material de Engenharia
estaacute em processo de aquisiccedilatildeo de implementos de engenharia para serem
incorporados agraves VBTP-MR Guarani conforme informado em visita ao Departamento
de Engenharia e Construccedilatildeo (DEC)
32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
A missatildeo preciacutepua da Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute cumprir missotildees de
seguranccedila conquanto tem a capacidade de executar operaccedilotildees ofensivas e
defensivas em operaccedilotildees de seguranccedila ou como elemento de aplicaccedilatildeo do
princiacutepio de guerra ldquoeconomia de meiosrdquo (BRASIL 2000 p 1-2) Dentre as
operaccedilotildees ofensivas a brigada tem possibilidade de executar as manobras de
flanco o aproveitamento do ecircxito e a perseguiccedilatildeo (BRASIL 2000 p 1-3)
Algumas caracteriacutesticas da Bda C Mec destacam-se pelo impacto que causam
nas necessidades do apoio prestado pela engenharia como a boa mobilidade
taacutetica e estrateacutegica que permite grande raio de accedilatildeo deslocamento em alta
velocidade em estrada e realizaccedilatildeo de manobras raacutepidas e flexiacuteveis a proteccedilatildeo
blindada que permite razoaacutevel grau de seguranccedila no combate embarcado e a
flexibilidade o que permite o emprego em largas frentes e grande profundidade
(BRASIL 2000 p 1-2)
Pelas caracteriacutesticas que lhe atribuem mobilidade destacam-se como
limitaccedilotildees a vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de
minas e obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos
arenosos pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees
meteoroloacutegicas adversas e grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria (BRASIL
2000 p 1-4)
Na Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito a Bda progride em larga frente
sendo mantidas em reserva apenas forccedilas que possibilitem assegurar a
flexibilidade a impulsatildeo e a seguranccedila Para isso eacute empregada tatildeo vigorosamente
quanto possiacutevel contra forccedilas que encontrem dificuldade de manter suas posiccedilotildees
evitando o seu engajamento contra tropas de poder insuficiente para ameaccedilaacute-la a
fim de atingir rapidamente seus objetivos e mantecirc-lo Para isso a decisatildeo de
34
desbordar ou engajar forccedilas pode ser delegada aos Cmt subordinados (BRASIL
2000 p 5-20)
A dependecircncia do deslocamento por estradas estaacute associada aos meios de
transporte utilizada pelas brigadas mecanizadas Suas viaturas sobre rodas tem
uma extrema vulnerabilidade no deslocamento atraveacutes campo principalmente em
deslocamentos em periacuteodos chuvosos ou atraveacutes de terrenos alagadiccedilos
ocasionando normalmente o atolamento das mesmas
A Bda C Mec possui como peccedilas de manobra orgacircnicas para emprego em
primeiro escalatildeo dois Regimentos de Cavalaria Mecanizado e um Regimento de
Cavalaria Blindado (BRASIL 2000 p 1-11) A engenharia responsaacutevel por dirimir
suas restriccedilotildees eacute uma Cia E Cmb Mec conforme demonstrado na FIGURA 4
FIGURA 4 Organograma de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
Depois das brigadas blindadas a Bda C Mec eacute a tropa mais apta para realizar
operaccedilotildees como forccedila de aproveitamento do ecircxito Essa grande unidade pode ser
35
empregada como forccedila de Apvt Ecircxi ou de acompanhamento e apoio do Esc Sup ou
aproveitar o ecircxito de suas proacuteprias operaccedilotildees (BRASIL 2000 p 5-18)
Nesse tipo de operaccedilatildeo a brigada progride em larga frente desde que o
terreno e a rede de estradas permitam permanecendo o miacutenimo de forccedilas em
reserva
321 Regimento de Cavalaria Mecanizado
O Regimento de Cavalaria Mecanizado eacute empregado pela Brigada nas
missotildees de reconhecimento e seguranccedila (BRASIL 2002 p 1-1) ou como elemento
de aplicaccedilatildeo do princiacutepio de economia de meios pela Bda (BRASIL 2002 p 6-1)
O Regimento eacute constituiacutedo organicamente por um comando 3 Esquadrotildees de
Cavalaria Mecanizada (Esqd C Mec) (BRASIL 2000 p 1-11) conforme
representado na Figura 2
FIGURA 5 Organograma de um Regimento de Cavalaria Mecanizado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
Dentre as operaccedilotildees ofensivas o RC Mec considerado unidade blindada leve
eacute o elemento mais apto para as missotildees de aproveitamento do ecircxito e perseguiccedilatildeo
em razatildeo das caracteriacutesticas de suas viaturas (BRASIL 2002 p 1-1)
36
As viaturas empregadas pelo regimento satildeo aleacutem das Viaturas Taacuteticas Leve
as viaturas EE-9 Cascavel e a VBTP-MR 6x6 Guarani (DEFESANET 2017) as
quais possuem grande mobilidade e baixa classe sendo elas respectivamente
classe 11 e 20 poreacutem alta dependecircncia de utilizaccedilatildeo de estradas
A Bda pode ainda organizar o RC Mec como Forccedila-Tarefa (FT) a fim de
aumentar as possibilidades de ecircxito em determinadas funccedilotildees podendo receber
Esquadratildeo de Carro de Combate (Esqd CC) Esquadratildeo de Fuzileiro Blindado
(Esqd Fuz Bld) Companhia de Fuzileiro Blindado (Cia Fuz Bld) FT Esqd CC FT
Esqd Fuz Bld FT Cia Fuz Bld e Cia Fuz Mtz (BRASIL 2002 p 1-9)
322 Regimento de Cavalaria Blindada
O RCB elemento responsaacutevel por proporcionar capacidade ofensiva agrave Bda
(BRASIL 2002 p 7-6) possui uma organizaccedilatildeo semelhante a de uma Forccedila Tarefa
(FT) empregando 2 (dois) esquadrotildees de fuzileiros (Esqd Fuz) e 2 (dois)
esquadrotildees de carro de combate (Esqd CC) aleacutem de um Esquadratildeo de Comando e
Apoio (Esqd C Ap) (BRASIL 2000 p 1-12)
FIGURA 6 Organograma de um Regimento de Cavalaria Blindado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
37
O Esqd Fuz eacute dotado das viaturas de transporte de pessoal VBTP M113
(Mesquita 2015) (FIGURA 7) viatura anfiacutebia de origem americana de classe 11
FIGURA 7 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal M113 Fonte Siacutetio eletrocircnico EXEacuteRCITO BRASILEIRO Acesso em 22 dez 2017
O Esqd CC possui as viaturas de combate VBC CC M60 A3-TTS (Mesquita
2015) (Figura 8) viatura americana de classe 55 e capacidade de transposiccedilatildeo
submersa em curso de aacutegua de ateacute 240 m de profundidade com preparaccedilatildeo
FIGURA 8 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate M60 A3-TTS Fonte Siacutetio eletrocircnico 20RCB Acesso em 22 dez 2017
38
Esta viatura foi substituiacuteda na maioria dos regimentos pela VBC CC Leopard
1 BR (Mesquita 2015) (Figura 9) de origem alematilde classe 45 com capacidade de
transposiccedilatildeo submersa de cursos de aacutegua de ateacute 225 com preparaccedilatildeo e 4 m com
snorkel
FIGURA 9 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate Leopard 1BR Fonte Siacutetio eletrocircnico DEFESANET Acesso em 22 dez 2017
Com suas viaturas sobre lagartas o RCB eacute a forccedila da brigada para emprego
da accedilatildeo de choque proteccedilatildeo blindada e mobilidade (BRASIL 2000 p 6-25) Por
caracteriacutesticas de suas viaturas o regimento possui grande vulnerabilidade a
ataques aeacutereos armas anticarro e minas
33 COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADA
A Cia E Cmb Mec tem por missatildeo multiplicar o poder de combate da Bda
proporcionando-lhe mobilidade contramobilidade e contribuindo para sua proteccedilatildeo
(BRASIL 2000 P 4-1)
39
As capacidades que cabem agrave Cia E Cmb Mec satildeo fruto das necessidades da
Bda C Mec a quem estaacute subordinada Essas capacidade estatildeo intimamente ligadas
agraves limitaccedilotildees dos seus meios
Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto
aos elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos
meios mais agrave frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada (Cia E Cmb) eacute organizada com meios destinados a atender agraves
necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate (BRASIL
2000 p 1-16)
Face agraves necessidades da Brigada serem maiores junto aos elementos em
primeiro escalatildeo a Cia E Cmb menos esses elementos deve ser capaz de realizar
os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da Bda como
um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada (BRASIL 2000 p 2-4)
No aproveitamento do ecircxito as necessidades de apoio ao conjunto aumentam
sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo
com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao
emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo (BRASIL 1999 p
5-14)
O comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na conduta
do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de atender
agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistas (BRASIL
1999 p 5-14)
O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a
forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de
comando reforccedilo normalmente eacute adotada emprego dos pelototildees de combate
(BRASIL 1999 p 5-14)
No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos
Regimentos e sua impulsatildeo do ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos
naturais e artificiais (BRASIL 1999 p 5-4)
Para apoiar o RCB e o RC Mec a Companhia de Engenharia tem a
possibilidade de apoiar ateacute 3 peccedilas de manobra simultaneamente lanccedilar ou
construir obstaacuteculos abrigos e outros trabalhos de organizaccedilatildeo do terreno que
40
requeiram matildeo-de-obra eou equipamentos especializados lanccedilar e remover
obstaacuteculos realizar abertura e fechamento de passagens em obstaacuteculos montar e
operar ateacute duas portadas pesadas lanccedilar trecircs pontes de pequena brecha construir
manter e operar portadas pesadas recebidas do escalatildeo superior conservar e
reparar estradas e realizar o estudo teacutecnico do terreno apontando os corredores de
mobilidade (BRASIL 2000 p 4-2 2-2 e 2-3)
Para isso a Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de
Comando um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de
Assalto e trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (BRASIL 2000 p 4-1)
conforme FIGURA 10
FIGURA 10 Organograma de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Fonte Adaptado do manual BRASIL (2000 p 4-1)
331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio
O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) eacute responsaacutevel por reforccedilar os
Pel E Cmb com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especiais de engenharia
(VBE) equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e
41
equipamentos especializados na guerra com minas conforme previsto no manual
C5-10 (p 4-5)
Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de
Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de
Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de
Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate (BRASIL 1999 p 4-
6) conforme organograma da Figura 11
FIGURA 11 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Fonte Brasil (2000 p 4-1)
Ainda de acordo com o material disponiacutevel descrito no manual C5-10 os
principais materiais e equipamentos com que o Pel E Ap pode reforccedilar os Pel E
Cmb no apoio agrave mobilidade no Aproveitamento do Ecircxito satildeo viaturas blindadas
especiais de engenharia (VBE) reboque com equipamento para abertura de trilhas
em obstaacuteculos (o qual se refere ao equipamento de abertura de brecha) e reboque
com Eqp para disseminaccedilatildeo de minas motosserra compressor de ar e jogo de
ferramentas pneumaacuteticas aparelho de solda arco voltaico e conjunto para
balizamento de passagens
42
Dos citados materiais cabe salientar que natildeo existe nas Cia E Cmb Mec
viaturas especiais de engenharia equipamentos para abertura de brecha para
disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de ferramentas pneumaacuteticas
332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto
O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos
Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal
especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de
aacutegua (BRASIL 1999 p 4-7)
O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto
Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas
(BRASIL 1999 p 4-8) conforme Figura 12
FIGURA 12 Organograma do Pelotatildeo de Engenharia de Assalto Fonte Brasil (2000 p 4-1)
Os principais equipamentos que o pelotatildeo possui satildeo botes de assalto
equipagem de passadeira portada pesada e veiacuteculos lanccediladores de pontes de
pequenas brechas Embora natildeo especificados nos manuais que fazem referecircncia
se seriam sobre rodas ou sobre lagartas foi considerado pelo autor que as viaturas
43
lanccediladoras de ponte de pequena brecha da Cia E Cmb Mec seja sobre rodas
partindo do princiacutepio que no DAMEPLAN existe ponte de classe 30 lanccedilada por
viatura
Dos materiais acima citados com que o Pel E Cmb Mec precisa ser reforccedilado
no Aproveitamento do Ecircxito o principal meio eacute a viatura lanccediladora de pontes sobre
rodas a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro
333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
O pelotatildeo fraccedilatildeo baacutesica de apoio junto agraves armas (BRASIL 1999 p 1-10) que
tem por missatildeo realizar dentro de suas possibilidade os trabalhos teacutecnicos de
engenharia em proveito da brigada como um todo ou da peccedila de manobra da arma-
base apoiada (BRASIL 2000 p 4-9) Composto por um grupo de comando e 3
Grupos de Engenharia (GE) os quais estes constituem elemento baacutesico de
trabalho (BRASIL 1999 p 1-10) o Pel E Cmb estaacute organizado conforme
representado na FIGURA 13
FIGURA 13 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado Fonte Brasil (2000 p 4-1)
44
Segundo o manual C 5-10 nas operaccedilotildees ofensivas o Cmt Cia E designa
normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada (BRASIL
1999 p 4-2) Para isso o Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de
cortina de fumaccedila trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista
que a Cia E Cmb natildeo possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e
de explosivos e trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus
equipamentos de engenharia (BRASIL 1999 p 4-9) (equipamentos inadequados
para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo possuem proteccedilatildeo blindada nem
conseguem acompanhar os elementos apoiados)
Aleacutem disso o pelotatildeo pode conduzir consigo o material para abertura de
passagem em campo de minas O uacutenico material com o qual o Pel E tem contato
por ocasiatildeo do adestramento tanto por tropas mecanizadas como blindadas eacute o
RAMBS
O RAMBS consiste em uma carga linear explosiva que abre uma trilha de 06
metros de largura por 6 metros de comprimento em campo de minas abrindo um
caminho para tropa a peacute (BRASIL 2000 p D-2) portanto ineficiente para a
transposiccedilatildeo de qualquer viatura as quais necessitam de uma abertura de brecha
com medidas miacutenimas de 35 metros (BRASIL 2000 p D-8)
Aleacutem desse equipamento o uacutenico material para remoccedilatildeo de minas eacute o
utilizado em desminagem humanitaacuteria ou seja material de desminagem manual O
material para desminagem manual consiste em bastatildeo de sondagem roupa de
proteccedilatildeo capacete de minas bandeirolas entre outros os quais ineficientes para
abertura de brecha sob fogos inimigos devido a inexistecircncia de proteccedilatildeo para os
membros da equipe embora eficientes para missotildees humanitaacuterias (BRASIL 2000
p 5-18)
Aleacutem desse material baacutesico que acompanha o pelotatildeo outros materiais podem
reforccedilar as capacidades do pelotatildeo conforme o estudo da missatildeo Os meios de
transposiccedilatildeo de obstaacuteculos oriundos da Cia E Cmb satildeo normalmente passados em
reforccedilo pelo Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de
Apoio
Os Pel E Cmb quando natildeo reforccedilados tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de
apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais estatildeo
contidos na caixa de sapador Embora estejam previstas ferramentas pneumaacuteticas
45
suas caixas de sapador satildeo constituiacutedas de materiais baacutesicos como enxada paacute
picareta fateixa boca-de-lobo trena martelo
34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA
REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE
Os meios utilizados em reforccedilo dos Pel E Cmb atribuem a capacidade de
realizar trabalhos e diminuem o tempo de execuccedilatildeo e consequentemente o tempo
de exposiccedilatildeo aos fogos inimigos Para as Cia E Cmb que possuem blindados como
viatura de transporte (Cia E Cmb MecBld) destaca-se a importacircncia dos meios que
podem ser utilizados mantendo a proteccedilatildeo blindada durante sua operaccedilatildeo como eacute
o caso das Viaturas Blindadas de Engenharia aumentando a seguranccedila da
guarniccedilatildeo e do equipamento os quais satildeo considerados meios muito nobres
devido sua especificidade
O emprego das viaturas denominadas especiais proporciona proteccedilatildeo
blindada o que garante consideraacutevel manutenccedilatildeo da funcionalidade da viatura sob
fogos de determinado calibres rapidez na abertura da passagem e seguranccedila Essa
uacuteltima caracteriacutestica contribui para garantir a preservaccedilatildeo do Poder Relativo de
Combate (PRC) o emprego oportuno e eficiente dos meios pelo Cmt Pel conforme
previsto no Manual EB20-MC-10208 ndash Proteccedilatildeo (2015 p 1-1)
As viaturas tambeacutem proporcionam grande mobilidade pois seus meios primam
pelo maacuteximo emprego de seus implementos de forma embarcada Desta forma
aleacutem da seguranccedila evitando a exposiccedilatildeo da guarniccedilatildeo da viatura evita-se a perda
de tempo no desembarque de militares e dos meios embarque e preparaccedilatildeo
No manual C 5-10 - O apoio de engenharia no escalatildeo brigada ndash as viaturas
que o Pel E Ap e o Pel Eq Ass possuem para reforccedilo dos pelototildees satildeo Viatura
Blindada Especial Lanccedila-Pontes (VBEL Pnt) e Viatura Blindada de Combate de
Engenharia (VBCE)
O manual C 5 ndash 37 ndash Minas e armadilhas descreve alguns outros materiais
como o reboque com MICLIC Giant Viper viatura rolo e viatura arado No
DAMEPLAN eacute feito menccedilatildeo ao equipamento para abertura de brecha equipamento
de tubos para transposiccedilatildeo de fosso aleacutem dos implementos lacircmina frontal rolo e
equipamento para disseminaccedilatildeo de mina AC lanccedila para guindaste e
escavadeiraque tambeacutem seraacute abordada natildeo existem nas Cia E Cmb Mec Para
46
entendimento da importacircncia e capacidades de cada um seratildeo abordadas suas
caracteriacutesticas e possibilidades
341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha
Embora natildeo tenha sido encontrado nenhum dado limitador que definisse o
limite para ser considerada uma ponte de pequena brecha foi delimitada pelo autor
como ponte de pequena brecha aquela transportada por uma uacutenica viatura blindada
capaz de ser lanccedilada sem desembarque eou complemento em procedimento por
outro elemento mesmo que embarcado em outra viatura
As VBEL Pnt satildeo viaturas que tem a capacidade de realizar o lanccedilamento de
pontes sobre cursos drsquoaacutegua valetas e como rampas ascendentes ou descendentes
Essas viaturas podem ser divididas em dois tipos de lanccedilamento vertical e
horizontal
O lanccedilamento horizontal cuja sequecircncia de lanccedilamento eacute apresentada na
figura 16 eacute o tipo de lanccedilamento no qual a ponte desloca-se em quase sua
totalidade na horizontal caracteriacutestica esta que diminui a exposiccedilatildeo excessiva da
viatura no campo de batalha
FIGURA 14 Sequecircncia de lanccedilamento do tipo horizontal de ponte de pequena brecha Fonte Siacutetio eletrocircnico FAS Acesso em 3 jul 2018
47
O lanccedilamento vertical eacute o deslocamento realizado onde a ponte projeta-se no
sentido vertical antes de ser projetada na horizontal para lanccedilamento sobre o solo
A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1
BR) eacute viatura alematilde modificada da versatildeo alematilde BIBER para o Brasil Construiacuteda a
partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22
metros sobre um vatildeo de 20 metros (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA
BLINDADA ESPECIAL LANCcedilA-PONTES LEOPARD 1 BR p 2)
O Brasil adquiriu essa viatura junto com a compra dos Leopard 1 A5 BR em
2009 dando agrave tropa blindada a capacidade de transpor obstaacuteculos como cursos
drsquoagravegua e valetas
FIGURA 15 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1 BR Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyvehiclesrdquo Acesso em 30 mar 2018
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no
chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m
em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta
viatura tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC fornecendo um niacutevel muito alto de
proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas
48
terrestres e contra agentes QBRN (Quiacutemico bioloacutegico radioloacutegico e nuclear)
(MILITARY-TODAY201)
A FIGURA 16 a seguir mostra que a viatura realiza um lanccedilamento do tipo
vertical representado pela sequecircncia de imagens abaixo apresentada
FIGURA 16 Viatura lanccediladora de pontes Titan Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 15 ago 2018
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para
transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a
partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem
a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros
(MILITARY-TODAY201)
A VBEL Pnt que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo
semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de
gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional
no campo de batalha (MILITARY-TODAY201)
49
Figura 17 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes M104 Wolverine Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 15 ago 2018
342 Viatura Blindada Especial de Engenharia
Natildeo existe uma padronizaccedilatildeo de nomenclatura para esse tipo de viatura nem
um padratildeo definido mas os recursos variam entre uma lacircmina grande ou arados
para minas um canhatildeo de demoliccedilatildeo de grande calibre perfuratriz guinchos braccedilo
e guindaste de escavadeira ou para iccedilamento de cargas (WIKIPEDIA 20)
Neste trabalho seraacute considerada Viatura Blindada Especial de Engenharia
assim como eacute utilizada na documentaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com
base na definiccedilatildeo constante na Portaria Nr 023 ndash DMB de 20 de novembro de 1998
ndash Normas reguladoras para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos
oficiais no acircmbito do Ministeacuterios do Exeacutercito (NORCRIVE) Essa explicaccedilatildeo se faz
necessaacuteria porque muitos ainda descrevem como nosso manual MD33-M-02 -
Manual de abreviaturas siglas siacutembolos e convenccedilotildees cartograacuteficas das forccedilas
armadas como sendo Viatura Blindada de Combate
A citada norma corretamente considera Viatura Blindada de Combate aquela
eacute dotada de armamento orgacircnico com um apreciaacutevel poder de fogo Por outro
lado considera Viatura Especial aquela dotada de caracteriacutesticas muito
peculiares
Partindo do princiacutepio que o M113 que possui armamento orgacircnico com maior
calibre que o constante na VBE Eng natildeo eacute considerado viatura de combate a
50
viatura de engenharia tambeacutem natildeo pode ser pois seu armamento eacute suficiente
apenas para proteccedilatildeo da viatura e de sua guarniccedilatildeo
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1
BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil
Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta viatura tem as seguintes
capacidades desobstruccedilatildeo escavaccedilatildeo e trabalho de resgate
Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o
qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que
realiza trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de
lacircmina de apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos
trabalhos com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar
cortes que afrouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com
capacidade de ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e
solda e policorteesmerilhadeira (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA
BLINDADA ESPECIAL DE ENGENHARIA LEOPARD 1 BR p 2)
Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura a viatura Pionierpanzer 3
Kodiak a qual seraacute apresentada a seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada
pela Alemanha em territoacuterio nacional e em missotildees no exterior devido a sua alta
qualidade
Figura 18 Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1 BR Fonte Foto do autor
51
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a
versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo
anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que
pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas
junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas
eletromagneacuteticas (MILITARY-TODAY 201)
A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de
concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2
aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de
uma operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador (MILITARY-TODAY 201)
Figura 19 Viatura Blindada Especial Pionierpanzer 3 Kodiak Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 13 ago 2018 Veiacuteculo de engenharia destinado agrave preparaccedilatildeo do campo de batalha na zona
de fogo indireto a Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa
trabalhos com escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma
blindagem e proteccedilatildeo contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo
de armas pequenas e projeacuteteis de artilharia (MILITARY-TODAY 201)
Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado
de grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento
rebocado Python (MILITARY-TODAY 201)
Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos
ou um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo) (MILITARY-
TODAY 201)
52
Figura 20 Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 17 ago 2018
343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha
A M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de Abertura de Brechas)
foi construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams Sua principal caracteriacutestica eacute a
existecircncia de um compartimento bipartido na parte superior da viatura capaz de
lanccedilar dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) de forma independente Essa carga
linear explosiva eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas
(Kidwell e Jaffke 2014)
Aleacutem do MICLIC a viatura possui um arado na parte frontal o qual consegue
realizar o trabalho complementar de comprovaccedilatildeo da abertura da brecha do
explosivo imediatamente apoacutes a sua detonaccedilatildeo (Kidwell e Jaffke 2014)
O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado
como meio principal pois tem baixa resistecircncia De acordo com BRASIL (2000 p
53
D-6) a cada trecircs minas removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina
implicando em sua substituiccedilatildeo
Figura 21 Vehicle Assault Breacher Vehicle (ABV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017
Aleacutem do meacutetodo de abertura de brecha pelo meacutetodo explosivo existem outros
sistemas eficientes como a Viatura de Abertura de Brecha Keiler viatura alematilde
a qual se atribui uma eficiecircncia de limpeza de cerca de 98 das minas por onde
passa Seu sistema eacute composto por um rotor que eacute interligado a vaacuterios pesos
metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado do solo
realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas
explosivas Enquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o
local livre de minas (MILITARY-TODAY 201)
Esse meacutetodo permite a abertura das brechas de um modo mais simples sem
necessidade de complemento por outro sistema e de valor de manutenccedilatildeo mais
baixa pois o acionamento das minas exige apenas a substituiccedilatildeo das peccedilas que
se chocam com o solo
54
Figura 22 Viatura Blindada Especial Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017
A viatura utilizada pela Ruacutessia que tambeacutem utiliza um sistema mecacircnico eacute a
Viatura de Abertura de Brecha BMR-3M que consiste em uma viatura blindada
baseada no carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos
que exercem uma pressatildeo superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as
prematuramente Aleacutem dos rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque
magneacutetico e um sistema jammer que impede o acionamento de explosivos
controlados por raacutedio A velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da
densidade da mina e das condiccedilotildees do solo (MILITARY-TODAY 201)
De acordo com BRASIL (2000 p D-6) o sistema de rolo eacute apto para operar
em solo seco e relativamente plano Aleacutem disso deve ser utilizado como
complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo suporta entre trecircs a seis minas
devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um excelente sistema para identificaccedilatildeo
do iniacutecio de um campo minado
55
Figura 23 Viatura Blindada Especial BMR-3M Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 28 jul 2018
344 Outros sistemas e implementos
O feixe de tubos ou Pipe Fascine foi desenvolvido no Exeacutercito Britacircnico no
iniacutecio dos anos 80 para enfrentar os desafios de assegurar a mobilidade do
movimento na Alemanha Ocidental no caso de um conflito da OTAN com o Pacto de
Varsoacutevia (MILITARY-TODAY 201)
Nesta situaccedilatildeo foi verificada a existecircncia de vaacuterias pequenas valetas e
riachos de aproximadamente 5 a 10 metros de largura e 15 a 25 metros de
profundidade Para solucionar foram conectados tubos que permitissem a
passagem por sobre os riachos permitindo que a aacutegua passasse por dentro deles
Atualmente a viatura britacircnica mais moderna o Trojan conta com um sistema
para lanccedilamento de feixe de tubos dada sua eficiecircncia na transposiccedilatildeo de alguns
obstaacuteculos tornando-se prescindiacutevel a utilizaccedilatildeo das pontes em algumas situaccedilotildees
(MILITARY-TODAY 201)
56
Esse feixe ao ser colocado dentro de um Fosso Anticarro (Fosso AC)
estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo permite a passagem de
viatura sobre sua superfiacutecie
Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de
Engenharia ou adaptada em outras viaturas e reboques Uma necessidade para
lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste
ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes
ser lanccedilado
Figura 24 Feixe de tubos (Pipe Fascine) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoAEGISrdquo Acesso em 25 ago 2018 O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema que
pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de transporte de pessoal utilizadas
pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens em pequenos cursos drsquoaacutegua
O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System) por exemplo permite o
lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13 metros (MILITARY-
TODAY 201)
57
Figura 25 Sistema de lanccedilamento de ponte REBS Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMY-GUIDErdquo Acesso em 22 ago 2018
O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga
de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja
realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma
brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de
demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de
polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel
detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN) (USA 2011 p 23) ndash Department
of Defense Fiscal Year (FY) 2012 Budget Estimates)
Figura 26 Mine Clearance Line Charger (MICLIC) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 20 abr 2018
58
O sistema propelido por foguete Python eacute um sistema britacircnico de
funcionamento semelhante ao MICLIC que consiste em um reboque com uma
carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse
sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Betanha
pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi
utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo
(Armyrecognition) O sistema britacircnico Python pode limpar um caminho longo de 73
m por 180-200 m (WIKIPEDIA 201)
Figura 27 Sistema Python
Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyrecognitionrdquo Acesso em 20 abr 2018
Para as viaturas sobre rodas aleacutem de meios como o MICLIC a maioria dos
exeacutercitos tem anexado implementos agraves viaturas utilizando-as de modo
intercambiaacutevel de modo a adequar a viatura conforme a necessidade de cada
operaccedilatildeo
Cabe salientar que algumas minas modernas como a mina italiana SB-33
tecircm um mecanismo de detonaccedilatildeo que detona a mina se sujeita a uma pressatildeo
gradual e constante mas bloqueia a espoleta se sujeito a um choque suacutebito Isso
pode anular o uso de cargas de linha de limpeza de minas para limpar tais minas
(WIKIPEDIA 201)
59
O implemento lacircmina para desminagem escavadeira e lacircmina reta satildeo
implementos que podem ser utilizados nas viaturas meacutedias de rodas ambas
apresentando capacidade limitada de trabalho sendo a primeira para remoccedilatildeo de
minas em superfiacutecies pavimentadas podendo ainda ser utilizada para retirar
alguns tipos de entulho e as uacuteltimas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo do
terreno (MILITARYSYSTEMS-TECH 20)
Figura 28 M1132 Engineer Squad Vehicle (ESV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoWIKIPEDIArdquo Acesso em 20 mar 2018
O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um
sistema que protege veiacuteculos do efeito de minas e dispositivos explosivos
improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave frente do veiacuteculo que realiza
a abertura (ARMYTECHNOLOGY 2018)
Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas
atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para
acionamento de cargas explosivas (ARMYTECHNOLOGY 2018)
60
Figura 29 Rolo de minas de peso leve (LWMR) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMYTECHNOLOGYrdquo Acesso em 20 mar 2018
35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM
OUTROS PAIacuteSES
Em busca de uma estrutura semelhante agrave Bda C Mec em outros paiacuteses este
autor natildeo encontrou tropa que tenha seu emprego principal no reconhecimento e
seguranccedila
A fim de dar uma soluccedilatildeo a questatildeo proposta este autor escolheu
desconsiderar a finalidade da tropa apoiada concentrando o estudo no emprego
conjunto de tropas que utilizam meios sobre rodas e sobre lagartas onde a
engenharia teraacute que apoiar
351 SBCT a brigada americana Stryker
As Brigade Combat Teams (BCT) satildeo brigadas americanas que geralmente
satildeo empregadas como parte de uma divisatildeo ou forccedila-tarefa
O BCT eacute uma formaccedilatildeo de armas combinadas de todas as funccedilotildees de
combate Embora os modulares BCTs sejam organizaccedilotildees fixas o comandante da
divisatildeo pode ajustar qualquer organizaccedilatildeo de tarefas da BCT para atender aos
requisitos da missatildeo (EUA 2006 p 2-7)
A Stryker Brigade Combat Team (SBCT) da traduccedilatildeo para o portuguecircs Grupo
de Combate Brigada Stryker eacute uma forccedila-tarefa expedicionaacuteria organizada para
61
atender aos requisitos especiacuteficos de cada missatildeo tendo seu emprego baseado na
infantaria embarcada na viatura Stryker (EUA 2015 p 1-1) Essa flexibilidade
organizacional permite que as SBCTs funcionem em toda a gama de operaccedilotildees
militares tendo disponiacuteveis elementos com capacidade de manobra artilharia de
campanha inteligecircncia engenharia QBRN e manutenccedilatildeo
Atualmente existem trecircs tipos de BCTs a proacutepria SBCT a HBCT (tropa de
infantaria que combate embarcada em blindado sobre lagartas) IBCT (tropa de
infantaria transportada por viaturas de baixa proteccedilatildeo blindada que combate
desembarcada) (EUA 2006 p 2-7)
A brigada Stryker tem a seguinte organizaccedilatildeo baacutesica trecircs batalhotildees de
infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees (EUA 2015 p 1-6) um
esquadratildeo de cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de
reconhecimento Stryker um pelotatildeo de reconhecimento QBRN equipado com um
veiacuteculo de reconhecimento quiacutemico bioloacutegico e nuclear M1135 Stryker (EUA 2015
p 1-7) O organograma desta brigada estaacute discriminada na figura Nr 26 a seguir
Figura 30 Organograma de uma Brigada Stryker Fonte Fort Benning (2015)
62
As companhias de engenharia apoacuteiam a SBCT na abertura de passagem por
obstaacuteculos auxilia no assalto de posiccedilotildees fortificadas lanccedila obstaacuteculos para
proteccedilatildeo de forccedilas amigas constroacutei ou melhora posiccedilotildees para proteccedilatildeo realiza
reconhecimento de itineraacuterios e coleta de informaccedilotildees identifica e elimina
dispositivos explosivos improvisados entre outras tarefas durante a accedilatildeo decisiva
(EUA 2015 p 1-10)
A forma de emprego da engenharia dessa brigada foi alterada recentemente
passando de uma companhia para um batalhatildeo de engenharia de combate o qual
fornece atraveacutes de suas subunidades a capacidade miacutenima para executar tarefas
essenciais de mobilidade contra-mobilidade e capacidade de proteccedilatildeo para o
SBCT
O Brigade Engineer Battalion (BEB) tem por missatildeo planejar e executar as
missotildees da brigada com as suas duas companhias orgacircnicas organizadas como
mostra a figura 31 podendo suplementaacute-las no que tange agrave mobilidade com
pontes abertura de brechas desobstruccedilatildeo de vias identificaccedilatildeo de ameaccedilas
explosivas e apoio em construccedilatildeo horizontal Aleacutem disso o batalhatildeo tambeacutem
coordena uma companhias de inteligecircncia militar uma companhia de comunicaccedilotildees
e uma companhia anticarro e por vezes uma companhia QBRN (EUA 2015 p 1-
8)
Figura 31 Organograma das companhias de engenharia das SBCT Fonte Adaptado de EUA (2014 p 1-8 traduccedilatildeo nossa)
63
Em uma Stryker BCT a 1ordf Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees
de engenharia de combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo apoio (dotado de
equipamentos de abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas
lineares (MICLIC) em reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de
comprovaccedilatildeo (rolo e arado) (EUA 2014 p 1-7)
A 2ordf Cia possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate composto por
trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e um grupo de
construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo de minas)
(EUA 2014 p 1-8)
Embora seja notaacutevel a diferenccedila quando comparada com a Brigada de
Cavalaria Mecanizada a brigada Stryker foi identificada pelo autor como a Grande
Unidade americana que mais se aproximou das caracteriacutesticas da Bda C Mec por
ser uma brigada mecanizada apoiada por engenharia orgacircnica com meios Stryker
352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha
A brigada que tem melhores condiccedilotildees de comparaccedilatildeo para este estudo por
sua maior similaridade com a Bda C Mec eacute a Brigada de Infantaria Mecanizada da
Alemanha O emprego das viaturas sobre rodas e sobre lagartas inclusive pelas
proacuteprias tropas de engenharia que apoiam essa brigada contribuiratildeo para uma
anaacutelise mais adequada da Bda C Mec
O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas da
seguinte forma um comando de brigada um batalhatildeo de reconhecimento dotado
de viaturas Fennek (foto 32) trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais
utilizam a viatura de combate Puma (foto 33) um batalhatildeo de rifles que utilizam as
viaturas de combate multipropoacutesito Boxer GTK (foto 34) e um batalhatildeo de
suprimento Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado
conforme demonstrado no quadro organizacional representado pela figura 32
(WIKIPEDIA 201)
64
Figura 32 Organograma de uma Brigada de Infantaria Mecanizada Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoWikipediardquo Acesso em 29 ago 2018
Figura 32 Viatura Fennek Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018
65
Figura 33 Viatura de infantaria de combate Puma Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018
Figura 34 Viatura Boxer Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 19 ago 2018
O batalhatildeo de engenharia que possui organizaccedilatildeo semelhante ao BE Cmb
Bld do Brasil eacute composto por uma companhia de comando duas companhias de
66
engenharia de combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia
com funccedilatildeo semelhante a uma Companhia de Comando e Apoio (CCAp) de um BE
Cmb Bld e uma companhia de pontes flutuantes com funccedilatildeo semelhante a
Companhia de Equipamento de Pontes (Cia E Pnt) de um BE Cmb Bld conforme
representado no organograma da figura 35 (DEUTSCHESHEER 20)
Figura 35 Organograma de uma brigada blindada alematilde Fonte Adaptado de DEUTSCHLAND (2011 p 9 traduccedilatildeo nossa)
Cia E Cmb
(Vtr Fuchs)
Pel DEI
2 VBE Keiler Pel Bld
4 Vtr Skorpion
Sistema ldquoVrdquo
1 Vtr Fennek
Pel Cnst
3 VBE Biber
2 VBE Dachs
Cia Cmdo
Cia Rec
(Vtr Fennek)
Cia E Cmb
(Vtr Fuchs)
Pel DEI
2 VBE Keiler
Pel Bld 4 VBE Skorpion
Sistema ldquoVrdquo
Cia Cnst Pel Cnst Pel DEI Pel Pnt
Batalhatildeo de Engenharia
de Combate Blindado
Pel Cnst
3 VBE Biber
2 VBE Dachs
67
As companhias de combate compostas por quatro pelototildees satildeo organizadas
da seguinte forma uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de engenharia o qual
realiza trabalhos para barrar ou canalizar a tropa inimiga abertura de caminhos por
meio do emprego de explosivos e trabalhos gerais de engenharia um pelotatildeo de
abertura de brecha dotado de meios de limpeza um pelotatildeo de abertura de
brechas pesado e um pelotatildeo de equipamentos pesados responsaacutevel pelo apoio agrave
mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e manutenccedilatildeo de
estradas (DEUTSCHESHEER 20)
As companhias satildeo dotadas ainda das viaturas Fennek e Fuchs para
transporte de pessoal (DeustchesHeer 2011)
A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas
blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de
engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais
(DEUTSCHESHEER 20)
Encontram-se abaixo as viaturas e sistemas utilizados pelo batalhatildeo as
viaturas de transporte de pessoal Fuchs (figura 35) e Fennek a viatura lanccediladora de
ponte Biber (figura 36) a viatura para abertura de brecha em campo de minas Keiler
(figura 37) e a viatura especial de engenharia Dachs (figura 38)
Figura 36 Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 25 ago 2018
68
Figura 37 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Biber Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 24 ago 2018
Figura 37 Viatura Blindada Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 23 ago 2018
69
Figura 38 Viatura Pionierpanzer 1 Dachs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 22 ago 2018 Podemos concluir com a anaacutelise dessa brigada que embora natildeo seja uma
Grande Unidade de emprego semelhante ou seja uma brigada de cavalaria
mecanizada esta apresenta a mesma dificuldade de apoio de engenharia
encontrada nas Bda C Mec quais sejam apoiar elementos de grande mobilidade
dotados de viaturas sobre sobre rodas e viaturas sobre lagartas e que possuem
diferentes classes
Os principais reflexos para esse apoio satildeo as diferenccedilas de pesos e
velocidades o que impacta na capacidade de acompanhamento das viaturas
empregadas pelos elementos da arma base e na capacidade de transposiccedilatildeo dos
meios por ponte por exemplo
Essa diferenccedila eacute percebida quando comparamos as caracteriacutesticas dessas
viaturas conforme apresentado a seguir que satildeo o peso e velocidade
Viatura Fennek (103 ton e 115 kmh) Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs
(235 ton e 105 kmh) utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate
Puma utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Blindada Lanccedila-Pontes
Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia Dachs (43 ton
70
e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha Keiler (53 ton e 50 kmh)
(DEUTSCHESHEER 20)
71
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
O presente capiacutetulo tem por finalidade atingir o objetivo geral da pesquisa que
eacute analisar o apoio de engenharia prestado aos elementos empregados em primeiro
escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada a fim de sugerir uma proposta
de adequaccedilatildeo do apoio prestado em Operaccedilotildees Ofensivas atraveacutes de um estudo
especiacutefico de Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito face agrave evoluccedilatildeo doutrinaacuteria e
do MEM
A fim de atingir os trecircs uacuteltimos objetivos especiacuteficos estabelecidos (objetivos j k
e l) na pesquisa a presente seccedilatildeo pretende sintetizar os resultados obtidos nos
questionaacuterios na revisatildeo de Literatura e na pesquisa de campo agrave luz das dimensotildees
que compotildeem a Variaacutevel Independente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb no
Aproveitamento do Ecircxito) Dependente (Apoio de Engenharia aos Regimentos de
uma Bda C Mec) e Interveniente (Necessidades miacutenimas dos Rgt)
41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS
Para melhor explorar a discussatildeo referente aos instrumentos utilizados e
dados levantados seratildeo retomadas as variaacuteveis que foram objeto de estudo desta
pesquisa
A estruturaccedilatildeo da Variaacutevel Independente ndash Capacidades Operativas da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do
Ecircxito e da Variaacutevel Dependente ndash Apoio de Engenharia aos Regimentos de uma
Brigada de Cavalaria Mecanizada deu-se em torno de dimensotildees que possuiacuteam
indicadores com suas respectivas formas de avaliaccedilatildeo Estas variaacuteveis foram
apresentadas no capiacutetulo 2 no Quadro 1 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel
Independente (VI) e Quadro 2 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel Dependente (VD)
A VI foi explorada a partir da anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb Mec onde
foram identificadas suas deficiecircncias resultante da falta de material e inadequado
emprego no apoio aos regimentos e comparada agraves soluccedilotildees em material e
emprego de outros exeacutercitos Na abordagem da VD buscou-se analisar as
caracteriacutesticas desejadas e adequabilidade logiacutestica de novos materiais e
apresentar uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia quanto agrave
organizaccedilatildeo e caracteriacutesticas desse apoio
72
411 Revisatildeo da literatura
Para o levantamento do material que compocircs a revisatildeo bibliograacutefica
empregada no trabalho foram realizadas pesquisas em bibliotecas virtuais fiacutesicas
e tambeacutem na internet sempre buscando por livros manuais trabalhos cientiacuteficos
reportagens e outras publicaccedilotildees de interesse
Com base nos objetivos geral e especiacuteficos foi elaborado o Capiacutetulo 3-
Revisatildeo da Literatura que foi fracionado em 5 subcapiacutetulos
1) Consideraccedilotildees Iniciais ndash Neste subcapiacutetulo foram apresentados conceitos
preliminares dos quais se faz necessaacuterio o entendimento para uma melhor anaacutelise
e consequentemente a construccedilatildeo de uma proposta mais adequada Este
subcapiacutetulo buscou atingir o objetivo especiacutefico ldquoardquo
2) Brigada de Cavalaria Mecanizada ndash Este subcapiacutetulo apresentou as
caracteriacutesticas organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a forma de
emprego no aproveitamentos do ecircxito a fim de alcanccedilar os objetivos especiacuteficos
ldquobrdquo e ldquocrdquo
3) Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada ndash Foram apresentadas
a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e as forma de emprego da Cia E Cmb Mec bem
como de seus pelototildees constitutivos (Pel E Ap Pel Eq Ass e Pel E Cmb) visando
atingir os objetivos especiacuteficos ldquodrdquo ldquoerdquo ldquofrdquo e ldquogrdquo
4) Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no mundo para reforccedilo aos Pel E
Cmb no apoio agrave mobilidade ndash Apresenta os materiais disponiacuteveis para aquisiccedilatildeo pelo
Exeacutercito Brasileiro a fim de dirimir as deficiecircncias no apoio de engenharia agrave
mobilidade dos Regimentos da Bda C Mec buscando atingir o objetivo especiacutefico
h
5) Apoio de engenharia a forccedilas combinadas de viaturas sobre rodas e sobre
lagartas em outros paiacuteses ndash O presente subparaacutegrafo descreveu brigadas de outros
exeacutercitos que apresentam em sua constituiccedilatildeo meios orgacircnicos sobre rodas e sobre
lagartas que necessitam de apoio de engenharia a fim de atingir o objetivo
especiacutefico j
A revisatildeo de literatura foi suficiente para proporcionar dados que
contribuiacutessem para a anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb e o desenvolvimento de
uma sugestatildeo adequada conforme os objetivos propostos
73
412 Entrevistas
Foram confeccionados ao todo 4 questionaacuterios sendo eles
a) para os Comandantes e ex-Comandantes dos Regimentos de
Cavalaria Mecanizada e Blindada (RC Mec e RCB) das Brigadas de Cavalaria
Mecanizada (resposta no Apecircndice A)
b) para os Comandantes das Companhias de Engenharia de Combate
Mecanizada (Apecircndice B)
c) para os oficiais de engenharia com curso de comandante de
subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no Apecircndice C)
d) para os oficiais instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com
curso de comandante de subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no
Apecircndice D)
O autor tinha interesse em trabalhar com hipoacuteteses de estudo poreacutem tendo em
vista o baixo retorno dos questionaacuterios foi modificado para questotildees de estudo
onde os questionaacuterios respondidos foram aproveitados como apoio para responder
as questotildees selecionadas
Dentre os questionaacuterios enviados aos Comandantes dos Regimentos (Apecircndice
A) foram respondidos apenas 9 questionaacuterios do universo de comandantes dos
regimentos das quatro Bda C Mec e dos questionaacuterios enviados aos Comandantes
das quatro Companhias de Engenharia de Combate Mecanizada (Apecircndice B)
foram respondidos apenas 7 A baixa quantidade de respostas natildeo comprometeu de
forma significativa os resultados devido a mudanccedila da forma de abordagem
Foi observado inclusive que esta abordagem tornou-se muito mais adequada
em relaccedilatildeo agrave relacionada com hipoacuteteses
413 Coleta documental
A coleta documental foi realizada conforme o estipulado no item 231
Procedimentos para a revisatildeo de literatura onde foi encontrada certa dificuldade
no acesso a algumas informaccedilotildees referentes ao emprego do RCB pela inexistecircncia
de um manual especiacutefico sendo aproveitadas as informaccedilotildees constantes no manual
da Brigada de Cavalaria Mecanizada e emprego organizaccedilatildeo e materiais de
74
dotaccedilatildeo das brigadas alematildes os quais natildeo foram tatildeo faacuteceis de responder devido a
maior restriccedilatildeo de informaccedilotildees em relaccedilatildeo ao exeacutercito americano
42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE
COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO
Na presente seccedilatildeo seratildeo discutidas as Variaacutevel Independente a fim de
analisar o apoio em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito onde exige-se um
grande apoio de engenharia o qual se faz sentir principalmente nos elementos de
emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada A mobilidade destas forccedilas depende
da reduccedilatildeo dos obstaacuteculos naturais e dos lanccedilados ou agravados pelo inimigo
As ferramentas de pesquisa colaboraram para complementar as informaccedilotildees
coletadas dirimindo duacutevidas remanescentes ou preenchendo lacunas deixadas pela
literatura atraveacutes da contribuiccedilatildeo realizada por meio de suas experiecircncias
Para tal foram exploradas duacutevidas sobre a adequabilidade da organizaccedilatildeo
no emprego no apoio aos regimentos da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a
adequabilidade do material para apoio agrave mobilidade a organizaccedilatildeo adequada
para o emprego da engenharia e a comparaccedilatildeo com o emprego em outros
exeacutercitos as caracteriacutesticas dos meios de abertura de brecha e a respectiva
quantidade
421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo
A Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de Comando um
Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e trecircs
Pelototildees de Engenharia de Combate
Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto aos
elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos meios mais agrave
frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada eacute organizada
com meios destinados a atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da
frente de combate
Face agraves maiores necessidades da Brigada encontrarem-se junto aos elementos
de primeiro escalatildeo a Cia E Cmb distribui os seus pelototildees a partir do seguinte
caacutelculo total de pelototildees disponiacuteveis menos os pelototildees em apoio direto aos
75
regimentos deve ser capaz de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando
trabalhos de interesse da Bda como um todo ser capaz de aumentar o apoio aos
elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva
quando empregada
Entretanto a engenharia da brigada atualmente possui trecircs pelototildees de
engenharia de combate para apoiar um tipo de operaccedilatildeo onde a Bda necessita
de apoio para ateacute trecircs peccedilas de manobra
No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos
Regimentos e sua impulsatildeo de ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos
naturais e artificiais
O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a
forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de
comando reforccedilo normalmente eacute adotada Situaccedilatildeo essa que o comandante da Cia
E designa normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada
Neste tipo de operaccedilatildeo as necessidades de apoio ao conjunto aumentam
sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo
com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao
emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo
Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de
Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de
Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de
Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate
Esta fraccedilatildeo executante da companhia atualmente possui dentre os seus
equipamentos apenas os de emprego em missotildees de construccedilatildeo natildeo blindados e
inadequados para emprego junto aos elementos empregados em primeiro escalatildeo
O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio eacute responsaacutevel por reforccedilar os Pel E Cmb
com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especial de engenharia (VBE)
equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e
equipamentos especializados na guerra com minas
Entretanto natildeo existe nas Cia E Cmb Mec viaturas especiais de engenharia
equipamentos para abertura de brecha para disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de
ferramentas pneumaacuteticas
O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto
Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas
76
O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos
Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal
especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de
aacutegua
No Aproveitamento do Ecircxito o principal meio para reforccedilo das capacidades do
pelotatildeo eacute a viatura lanccediladora de pontes (sobre rodas de acordo com as informaccedilotildees
disponiacuteveis na literatura encontrada) a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro
O pelotatildeo de engenharia tem capacidade de realizar dentro de suas
possibilidade os trabalhos teacutecnicos de engenharia em proveito da brigada como um
todo ou da peccedila de manobra da arma-base apoiada
Composto por um grupo de comando e 3 Grupos de Engenharia (GE) estes
constituem-se nos elementos baacutesicos de trabalho do pelotatildeo
O Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de cortina de fumaccedila
trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista que a Cia E Cmb natildeo
possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e de explosivos e
trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus equipamentos de
engenharia (equipamentos inadequados para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo
possuem proteccedilatildeo blindada nem conseguem acompanhar os elementos apoiados)
Quando natildeo reforccedilados os pelototildees tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de
apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais consistem
em pequenas ferramentas de trabalho manual
No Apecircndice A questotildees 1 e 2 pode-se observar que eacute unacircnime entre os
militares que responderam que a Bda C Mec deve ser apoiada por um BE Cmb
Essa opiniatildeo foi apresentada pela comparaccedilatildeo com o Exeacutercito Vermelho do
Manual O Inimigo o qual representa um paiacutes que emprega engenharia de valor
batalhatildeo em apoio agrave brigada e pela comparaccedilatildeo com as Brigadas de Infantaria
Mecanizada que empregam a mesma quantidade de Unidades que as Brigadas de
Cavalaria Mecanizada
Dentre os comentaacuterios que contribuiacuteram para a justificaccedilatildeo do emprego de um
BE Cmb destacaram-se os seguintes
- ldquoCom essa organizaccedilatildeo o BE Cmb poderia empregar uma SU em apoio direto
aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo ainda uma
Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado (apoio ao conjunto) na Z Accedil da Bdardquo
77
Esse comentaacuterio corrobora com a revisatildeo literaacuteria conforme capiacutetulo 3 ldquoa Cia
E Cmb menos esses elementos (os Pel E empregados em reforccedilo) deve ser capaz
de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da
Bda como um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda
ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregadardquo
No Apecircndice B questotildees 1 e 2 a grande maioria dos militares foram
partidaacuterios agrave necessidade de mudanccedila do escalatildeo em apoio de valor subunidade
para o valor unidade dentre os quais destaco o seguinte comentaacuterio
- ldquoEm que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai 16) prever uma E Bda Inf Mec
composta por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala de aula da
proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para Mnt do C2 por
parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar pesquisando essa situaccedilatildeo
sugiro uma composiccedilatildeo do BE Cmb Mec (ou Bld) de 4 Cia E Cmb a 2 Pel E Cmb e
1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC
Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o C2 por parte do Cmdo BE bem como a
emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de missotildeesrdquo
O comentaacuterio acima observou algo que o autor natildeo pesquisou mas que tem muita
relevacircncia para a pretendida anaacutelise que satildeo os reflexos da organizaccedilatildeo no
comando e controle
- ldquoEm minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o que
proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmicardquo
- ldquoDeve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel E com VB sobre
lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e VB com lagartas As
VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado em item anterior A
mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e rapidez no apoio
particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre
rodasrdquo
78
A anaacutelise da Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada e as
companhias que reforccedilam os pelototildees de engenharia de combate em material e
pessoal permite verificar por meio da anaacutelise da organizaccedilatildeo e missatildeo a
importacircncia dessas fraccedilotildees no apoio aos regimentos por caber a estas aumentar a
capacidade dos Pel E Cmb a fim de possibilitar um eficiente apoio no
Aproveitamento do Ecircxito
Entretanto notou-se a inexistecircncia de materiais adequados para emprego na
operaccedilatildeo em pauta
A descriccedilatildeo do Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado fraccedilatildeo de
emprego da Cia E Cmb junto aos regimentos permite identificar a limitaccedilatildeo de sua
capacidade de apoio Esta ainda eacute mais reduzida quando natildeo reforccedilada por meios
adequados pelos Pel E Ap e Pel E Ass
422 Adequabilidade do material
O material de organizaccedilatildeo do terreno da Cia E Cmb inclusive as Viaturas
Blindadas Especiais de engenharia satildeo de responsabilidade do Pel E Ap Conforme
consta na seccedilatildeo 331 e com base na experiecircncia do proacuteprio autor que serviu em
uma Cia E Cmb Mec pode-se afirmar que essas viaturas natildeo existem no referido
pelotatildeo das Cia E Cmb Mec
E reafirmando o que consta na mesma seccedilatildeo natildeo existe nenhum outro meio
adequado que possua proteccedilatildeo blindada rapidez necessaacuteria para a execuccedilatildeo do
trabalho ou capacidade de acompanhar as VBR VBTP ou VBCCC
Na seccedilatildeo 331 O pelotatildeo de engenharia de apoio foi mencionada a
existecircncia de mineiros bem como o encargo do pelotatildeo em reforccedilar os Pel E Cmb
com os materiais de abertura de brecha Entretanto o uacutenico material existente no
pelotatildeo eacute o material para desminagem manual o que conforme complementado
pela seccedilatildeo 333 este meacutetodo eacute ldquoo menos preferiacutevelrdquo e quando tiver que ser
utilizada que seja somente para abrir trilhas
Conforme a seccedilatildeo 332 O pelotatildeo de equipagem de assalto o Pel Eq Ass eacute
responsaacutevel por armazenar os materiais relacionados agrave transposiccedilatildeo de curso
drsquoaacutegua como eacute o caso das Viaturas Blindadas Especiais lanccediladoras de pontes e os
feixe de tubos o que conforme jaacute afirmado pelo autor esses materiais natildeo existem
no Pel Eq Ass das Cia E Cmb Mec
79
De acordo com a mesma seccedilatildeo os meios existentes para transposiccedilatildeo satildeo
inadequados para emprego no aproveitamento do ecircxito tendo em vista a falta de
proteccedilatildeo blindada o excessivo tempo para montagem e a necessidade de vaacuterias
viaturas para conduccedilatildeo das partes para montagem
No Apecircndice A questatildeo 3 pode-se observar que a grande maioria
considera que eacute indispensaacutevel a utilizaccedilatildeo das viaturas blindadas especiais para o
cumprimento adequado do apoio de engenharia tendo como benefiacutecios o tempo de
execuccedilatildeo a proteccedilatildeo blindada e a baixa quantidade de militares para execuccedilatildeo do
trabalho No Apecircndice B questatildeo 3 todos os ex-comandantes das Cia E Cmb
concordaram com a maioria dos ex-comandantes dos regimentos
Dos comentaacuterios referentes a esta questatildeo destaco as seguintes
- ldquoEacute indispensaacutevel Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de Bda satildeo
totalmente ineficientes numa situaccedilatildeo de combate modernordquo
- ldquoEsses equipamentos BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia Erdquo
- ldquoA Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira de
Alta Mobilidade Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel de Eqp Eng
Bda Mec) e de Vtr Lanccedila-Pontes Sobre Rodas (REBS)rdquo
Concluo parcialmente em relaccedilatildeo agrave Variaacutevel Independente que eacute urgente
a necessidade de meios adequados conforme revisatildeo de literatura e respostas
dos questionaacuterios A e B sobre a ineficiecircncia dos meios existentes bem como
a falta de Viaturas Blindadas Especial para apoiar os regimentos empregados
em primeiro escalatildeo no aproveitamento do ecircxito
Outrossim que a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo
tem condiccedilotildees de realizar o apoio a uma Brigada de Cavalaria Mecanizada tanto
pela ausecircncia de meios quanto pela limitaccedilatildeo de fraccedilotildees disponiacuteveis para
cumprir suas missotildees de reforccedilo apoio ao conjunto e apoio suplementar
Portanto para apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute necessaacuterio
o apoio de engenharia de brigada seja prestado por um Batalhatildeo de Engenharia
de Combate Mecanizado
43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE
CAVALARIA MECANIZADA
80
No presente subitem seratildeo apresentadas as discussotildees referentes agrave Variaacutevel
Dependente a fim de identificar o apoio de Engenharia necessaacuterio para dar
mobilidade aos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada o qual eacute
imprescindiacutevel aos elementos de emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada
As ferramentas de pesquisa exploraram a experiecircncia dos militares
empregados diretamente seja como ldquofornecedorrdquo seja como ldquoclienterdquo desse apoio
no emprego com viaturas blindadas e com experiecircncia em curso de comandante de
subunidade no exterior
Para tal foram exploradas duacutevidas sobre o emprego da engenharia quanto a
organizaccedilatildeo a comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos a caracteriacutestica dos meios e
a quantidade de viaturas adequadas para apoio aos regimentos
431 Organizaccedilatildeo adequada
O Apecircndice A questotildees 6 e 7 contribui para a anaacutelise da organizaccedilatildeo da
engenharia que apoia a brigada principalmente pelos comentaacuterios dispensados em
cada questatildeo A grande maioria das respostas foi favoraacutevel agrave organizaccedilatildeo do BE
Cmb por duas Cia E Cmb uma dotada de VBE sobre lagartas e uma de VBE sobre
rodas e a maioria desfavoraacutevel a constituiccedilatildeo do batalhatildeo por duas Cia E a quatro
Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas
Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as
opiniotildees que culminaram em tal resultado
- ldquoEstamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C Mec
Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf Mec A
proposta do CMS (a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que apoacutes anaacutelise do
projeto decidiu junto com o COTER que o BE Cmb Mec deveria ter somente 2 Cia
Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo CMS Na visatildeo do CMS 2 Cia
apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria
no apoio a toda a brigada (demais OM em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa
decisatildeo de 2017 foi modificada a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as
duas Cia Eng (decisatildeo DEC COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3
Mec sobre rodas e 1 Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em
apoio aos Rgt em 1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE
81
Cmb Mec de Bda Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB
Portanto no BE Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem
somente VB sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng
deve possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve
possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBEL Pnt VBE com
implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas AC
etc)rdquo
As duas propostas realizadas pelo CMS estatildeo alinhadas com a maioria das
informaccedilotildees presentes neste trabalho
A primeira proposta poreacutem limita a possibilidade de decisatildeo do comandante
do batalhatildeo quanto ao emprego das unidades de acordo com a missatildeo O que limita
as capacidades do comandante da engenharia da brigada conforme descrito no
capiacutetulo 3 ldquoO comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na
conduta do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de
atender agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistasrdquo
No Apecircndice B questotildees 6 e 7 a grande maioria das respostas foi favoraacutevel
agrave organizaccedilatildeo proposta e a maioria favoraacutevel parcialmente agrave dotaccedilatildeo do batalhatildeo de
duas Cia E a quatro Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas
Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as opiniotildees
que culminaram em tal resultado
- ldquoSou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que
economiza meios e facilita o planejamentordquo
- ldquoConsidero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor (dotaccedilatildeo de VBE sobre
lagartas por todas as Cia E do batalhatildeo) A situaccedilatildeo do Paiacutes natildeo favorece estas
mudanccedilasrdquo
- ldquoo valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maiorrdquo
A partir dos comentaacuterios acima auxiliado pela experiecircncia do autor e alinhado aos
itens anteriores e agrave revisatildeo de literatura chegou-se agrave seguinte conclusatildeo
82
A sugestatildeo de uma organizaccedilatildeo ideal para o BE Cmb eacute a seguinte duas Cia E
Cmb uma dotada de VBTP sobre rodas em apoio aos RC Mec e uma Cia com
VBTP sobre lagartas em apoio ao RCB Isso justifica-se pelos seguintes motivos
- manutenccedilatildeo da natureza de cada Cia E Cmb permitindo assim o
acompanhamento dos regimentos por parte dos pelototildees (seja pela velocidade das
viaturas Guarani e Cascavel seja pela capacidade de transpor terrenos mais difiacuteceis
dos Leopard M113 e M60) e
- organizaccedilatildeo das companhias para emprego de um tipo de viatura (ou M113 ou
Guarani) facilitando a logiacutestica dentro da companhia
432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos
Embora a proposta inicial do trabalho fosse analisar a brigada de um exeacutercito
que tivesse uma estrutura semelhante a da Bda C Mec brasileira este autor natildeo
encontrou tal brigada
Para atingir esse objetivo foi realizada a comparaccedilatildeo com duas brigadas
distintas que se aproximam da estrutura desejada de forma diferente
Assim foram analisadas a brigada americana Stryker (SBCT) que eacute uma
Grande Unidade dotada de meios exclusivamente sobre rodas e a Brigada de
Infantaria Mecanizada da Alemanha que possui meios blindados e mecanizados em
suas tropas
A brigada Stryker possui as seguintes tropas da arma-base trecircs batalhotildees de
infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees um esquadratildeo de
cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de reconhecimento Stryker
conforme figura apresentada no capiacutetulo anterior
A engenharia que apoia a brigada eacute um batalhatildeo constituiacutedo de duas
companhias de constituiccedilotildees diferentes entre si
Uma Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees de engenharia de
combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo de apoio dotado de equipamentos de
abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas lineares (MICLIC) em
reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de comprovaccedilatildeo (rolo e arado)
A outra Cia E possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate
composto por trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e
83
um grupo de construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo
de minas)
Com base no estudo do MCoE Supplemental Manual 3-90 Force Structure
Reference Data de 2015 foi possiacutevel analisar que os meios utilizados na SBCT satildeo
basicamente viaturas leves caminhotildees cargo e viaturas Stryker por todos os
componentes da brigada excetuando-se apenas os equipamentos construccedilatildeo e
limpeza de vias de engenharia
O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas
das seguintes tropas de cavalaria e infantaria um batalhatildeo de reconhecimento
dotado de viaturas Fennek trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais
utilizam a viatura de combate Puma e um batalhatildeo de rifles que utiliza as viaturas
de combate multipropoacutesito Boxer GTK
Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado composto
por uma companhia de comando e apoio duas companhias de engenharia de
combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia e uma
companhia de pontes flutuantes
As companhias de combate satildeo compostas por um comando um pelotatildeo de
contramobilidade que constroacutei obstaacuteculos para barrar ou canalizar a forccedila inimiga
um pelotatildeo de abertura de brecha dotado de sistema de limpeza e da viatura Keiler
um pelotatildeo de eliminaccedilatildeo de municcedilatildeo que elimina artefatos explosivos e municcedilotildees
garantindo o traacutefego de tropas e um pelotatildeo de equipamentos responsaacutevel pelo
apoio agrave mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e
manutenccedilatildeo de estradas
A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas
blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de
engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais
conforme figura abaixo
A seguir satildeo apresentadas as viaturas componentes dessas brigadas com
seus respectivos pesos e velocidades viatura sobre rodas Fennek (103 ton e 115
kmh) Viatura de Transporte de Pessoal sobre rodas Fuchs (235 ton e 105 kmh)
utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate sobre lagartas Puma
utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Lanccedila-Pontes sobre lagartas
Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia sobre lagartas
84
Dachs (43 ton e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha sobre lagartas Keiler
(53 ton e 50 kmh)
Embora o trabalho tenha se desenvolvido de forma diferente do planejado
inicialmente este autor considera que foi positiva a anaacutelise pois duas brigadas
distintas de potecircncias beacutelicas que estatildeo sendo empregados em conflitos
atualmente apresentam diferentes formas de apoio
A brigada blindada alematilde mostrou uma proximidade maior agraves caracteriacutesticas da
brigada brasileira em razatildeo da mistura de meios sobre lagartas e sobre rodas o
que natildeo necessariamente conduz a mesma soluccedilatildeo
A anaacutelise permitiu afirmar que eacute possiacutevel o apoio a tropas mecanizadas por
uma engenharia dotada de meios sobre rodas como a Brigada Stryker
Por outro lado tambeacutem eacute possiacutevel que uma brigada mecanizada com viaturas
sobre rodas e viaturas sobre lagartas de classes diferentes e capacidades de
mobilidade diferentes seja apoiada por uma engenharia dotada de meios sobre
lagartas
Conforme Capiacutetulo 3 o apoio de engenharia agrave mobilidade dos regimentos
(RCB e RC Mec) atualmente eacute limitado ao emprego de equipamentos inadequados
para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito devido a inexistecircncia de
VBE
Considerando que na constituiccedilatildeo da brigada existe um RCB dotado de
VBCCC Leopard 1BR e VBCCC M60 A3-TTS foi analisado o emprego dos meios de
engenharia pelo exeacutercito americano e alematildeo onde natildeo foram encontradas
informaccedilotildees sobre apoio de engenharia com meios mecanizados para apoiar
viaturas blindadas sobre lagartas
De outra forma foi observado o emprego de meios especiais sobre lagartas
para apoio agraves tropas dotadas de viaturas sobre lagartas de classe consideraacutevel na
brigada alematilde - como as viaturas Dachs (43 ton) e as viaturas de combate Puma (43
ton) - e viaturas de grande mobilidade sobre rodas - como as viaturas Fennek (115
kmh) e Puma (105 kmh)
No Apecircndice C questotildees 1 2 e 3 foram apresentadas opiniotildees equilibradas
quanto ao emprego das VBE sobre lagartas e unanimidade para emprego dos tipos
de VBTP de acordo com a tropa apoiada (sobre rodas e sobre lagartas)
85
Com base nos comentaacuterios a seguir pretende-se responder agraves problemaacuteticas
levantadas com base na revisatildeo de literatura e reforccedilar as ideias que corroborem
com a proposta do autor
- ldquoA Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade
nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse
contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em
usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior
potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando
tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SRrdquo
Esse comentaacuterio explica como a Bda Inf Mec alematilde consegue realizar suas
missotildees sendo apoiada por um batalhatildeo de engenharia blindado que possui todas
as suas VBE construiacutedas sobre plataformas sobre lagartas E em relaccedilatildeo agrave
capacidade da VBE Eng a experiecircncia do autor permite testemunhar a favor da
afirmaccedilatildeo apresentada sobre a potecircncia e eficiecircncia que as VBE sobre lagartas
possuem e a restriccedilatildeo de trafegabilidade das viaturas sobre rodas no deslocamento
atraveacutes campo
- ldquonatildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das caracteriacutesticas de
terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que uma Vtr SL progrida
sobre o asfaltordquo
A afirmaccedilatildeo acima natildeo eacute verdadeira e seraacute respondida com base na
experiecircncia do autor As viaturas alematildes da famiacutelia Leopard inclusive as Leopard 2
que possuem maior classe satildeo deslocadas na Alemanha atraveacutes de estradas
asfaltadas O deslocamento sobre o asfalto natildeo eacute impedimento nem prejudicial agraves
viaturas sobre lagarta
No Apecircndice D questotildees 1 2 e 3 houve unanimidade quanto ao emprego de VBE
sobre lagartas e equiliacutebrio quanto agrave utilizaccedilatildeo de VBTP de mesmo tipo dos
elementos apoiados
Dos comentaacuterios apresentados foram selecionados os que seguem
86
- ldquoDependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode-se exigir a utilizaccedilatildeo de algum implemento
para apoiar a mobilidaderdquo
Esse comentaacuterio abre margem para avaliaccedilatildeo de uma proposta mais
audaciosa na qual deveria ser analisado o custo-benefiacutecio de empregarem-se
pelototildees embarcados em VBTP com implementos
Esse estudo deve avaliar inicialmente a capacidade de tal meio comportar o
sistema e um GE na mesma viatura e o custo de ter VBE sobre lagartas e VBTP
com implementos
Por falta de tempo para estudo de tal proposta o autor natildeo consideraraacute esta
proposta uma opccedilatildeo para este trabalho
- ldquoDevem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece
maior mobilidade atraveacutes terrenordquo
A utilizaccedilatildeo de VBTP M113 junto aos RC Mec eacute menos vantajoso pois
dificilmente o Pel E buscaraacute apoiar a mobilidade por caminhos natildeo utilizados pelas
VBPT Guarani por ser uma soluccedilatildeo de maior custo haja vista a quantidade de
viaturas que o pelotatildeo utiliza e por tornar-se uma opccedilatildeo de velocidade de apoio
Diferente do emprego das VBE sobre lagarta o emprego das VBTP sobre
lagarta natildeo traz ganho significativo nos trabalhos aleacutem de faacutecil identificaccedilatildeo visual
por parte do inimigo
As companhias do batalhatildeo de engenharia deveratildeo possuir VBTP sobre
lagartas e sobre rodas para apoiar respectivamente os RCB e os RC Mec Cabe
salientar entretanto que o emprego dessas VBTP natildeo devem ser de uso exclusivo
aos respectivos elementos devendo ser considerado seu emprego desta forma
apenas como mais adequado
Quanto agraves VBE o trabalho conduziu para que o batalhatildeo seja dotado de
viaturas sobre lagartas a fim de dotar os pelototildees de capacidade para organizaccedilatildeo do
terreno transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas e abertura de brecha em campo
minado atribuindo mobilidade adequada tanto para apoio aos RC Mec quanto para
apoio aos RCB pelos motivos jaacute analisados no capiacutetulo 42
87
Os materiais foram separados por tipo de trabalho realizado explorando as
necessidades de apoio dos regimentos da seguinte forma trabalhos de abertura de
brecha transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua e valas e trabalhos de organizaccedilatildeo do
terreno e desobstruccedilatildeo de vias
Das Viaturas Blindadas Especiais de abertura de brecha destacam-se as
seguintes
A Viatura americana M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de
Abertura de Brechas) construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams a qual eacute
dotada de dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) uma carga linear explosiva que
eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas
A viatura tem capacidade de lanccedilar uma carga explosiva atraveacutes de 100 a 150
metros destruindo minas bombas e IED sem expor a tripulaccedilatildeo que natildeo precisa
desembarcar Aleacutem disso a viatura possui um arado que permite complementar a
seguranccedila da brecha aberta por carga explosiva
O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado
como meio principal pois tem baixa resistecircncia Em meacutedia a cada trecircs minas
removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina implicando em sua
substituiccedilatildeo
A Viatura BMR-3M que consiste em uma viatura blindada russa baseada no
carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos que exercem um
peso superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as prematuramente Aleacutem dos
rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque magneacutetico e um sistema
jammer que impede o acionamento de explosivos controlados por raacutedio A
velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da densidade da mina e das
condiccedilotildees do solo
O sistema de rolo eacute apto para operar em solo seco e relativamente plano Aleacutem
disso deve ser utilizado como complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo
suporta entre trecircs a seis minas devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um
excelente sistema para identificaccedilatildeo do iniacutecio de um campo minado
A viatura alematilde Keiler a qual alega-se que limpa cerca de 98 das minas por
onde passa eacute equipada com um sistema composto por um rotor que eacute interligado a
88
vaacuterios pesos metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado
do solo realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas
explosivasEnquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o
local livre de minas
Viatura que apresenta alta eficiecircncia quando comparado ao MICLIC que natildeo
necessita de um meio complementar e que tem um baixo custo de utilizaccedilatildeo pois
seu sistema natildeo precisa ser recarregado a Viatura Keiler possui uma manutenccedilatildeo
simples apoacutes detonaccedilatildeo pois o acionamento prematuro das minas natildeo afeta seu
sistema podendo afetar peccedilas de faacutecil reposiccedilatildeo o que natildeo ocorre com o sistema
arado e rolo caso sejam utilizados sem complemento do meacutetodo explosivo
O sistema Python eacute um sistema britacircnico consiste em um reboque com uma
carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse
sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Bretanha
pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi
utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo
O implemento lacircmina para desminagem pode ser utilizado nas viaturas
meacutedias de rodas apresentando capacidade limitada de trabalho na remoccedilatildeo de
minas em superfiacutecies pavimentadas
O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um
sistema adicionado agraves viaturas sobre rodas que protege veiacuteculos do efeito de minas
e Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave
frente do veiacuteculo que realiza a abertura (Armytechnology)
Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas
atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para
acionamento de cargas explosivas
O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga
de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja
realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma
brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de
demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de
polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel
detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN)
Dos MEM para transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua ou valas destam-se
89
A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1
BR) eacute viatura modificada da versatildeo alematilde Panzerschnellbruumlcke 1 para o Brasil
Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de transportar montar (a
ponte eacute transportada em duas metades) e lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22
metros sobre um vatildeo de 20 metros
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no
chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m
em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta
viatura que realiza o lanccedilamento vertical tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC
fornecendo um niacutevel muito alto de proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de
consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas terrestres e contra agentes QBRN
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para
transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a
partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem
a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros
A viatura que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo
semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de
gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional no
campo de batalha
O feixe de tubos ou Pipe Fascine ao ser colocado dentro de um Fosso
Anticarro (Fosso AC) estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo
permite a passagem de viatura sobre sua superfiacutecie cumprindo funccedilatildeo semelhante a
da ponte
Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de
Engenharia ou adaptada em outras viaturas ou reboques Uma necessidade para
lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste
ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes
ser lanccedilado
O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema para
viaturas sobre rodas que pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de
transporte de pessoal utilizadas pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens
em pequenos cursos drsquoaacutegua O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System)
por exemplo permite o lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13
metros
90
Dentre os MEM para organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias
destacam-se
Os sistemas lacircmina reta e escavadeira satildeo implementos que podem ser
instalados nas viaturas meacutedias de rodas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo
do terreno
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1
BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil
Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o
qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que realiza
trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de lacircmina de
apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos trabalhos
com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar cortes que
frouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com capacidade de
ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e solda e
policorteesmerilhadeira (Manual de operaccedilatildeo VBE Eng Leo 1 BR p 2)
Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura que seraacute apresentada a
seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada pela Alemanha devido a sua alta
qualidade
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a
versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo
anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que
pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas
junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas
eletromagneacuteticas
A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de
concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2
aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de uma
operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa trabalhos com
escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma blindagem e proteccedilatildeo
contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo de armas pequenas e
projeacuteteis de artilharia
91
Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado de
grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento
rebocado Python
Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos ou
um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo)
De acordo com o que foi apresentado percebe-se que existe uma gama de
materiais disponiacuteveis no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar aos Pel E Cmb
das Cia E Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos
da Bda C Mec
Dentre eles como viatura para abertura de brecha destaca-se o Keiler viatura
que utiliza um sistema barato quando comparado ao MICLIC e completo quando
comparado agraves viaturas arado e rolo Outrossim a manutenccedilatildeo do seu sistema em
combate eacute simples de ser realizada por necessitar de troca de peccedilas de faacutecil
substituiccedilatildeo
Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt Biber
que jaacute eacute utilizada no Brasil e o feixe de tubos para o qual jaacute existem estudos no
Brasil sobre a possibilidade de fabricaccedilatildeo dos tubos Essa tambeacutem eacute uma soluccedilatildeo
barata e eficiente que adaptada sobre uma viatura em desuso como as VBCCC
Leopard 1 que estatildeo no Parque Regional de manutenccedilatildeo ou outra viatura que tenha
o chassi em boas condiccedilotildees de funcionamento onde seja adaptado um braccedilo com
funcionamento hidraacuteulico para lanccedilamento e remoccedilatildeo do feixe
Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as
viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende bem
as tropas blindadas
Este autor buscou apresentar algumas caracteriacutesticas principais desses
materiais buscando analisar pontualmente as funcionalidades dessas viaturas com
base nas capacidades miacutenimas que faltam nos Pel E Cmb que apoiam as Bda C
Mec As viaturas mencionadas possuem muitos outros benefiacutecios os quais natildeo
foram aprofundados por natildeo serem objetivo do presente estudo
433 Caracteriacutesticas dos meios
No Apecircndice A questatildeo 4 as respostas recebidas mostraram opiniatildeo
unacircnime em relaccedilatildeo agrave necessidade de dotar a Cia E Cmb Mec com ponte classe
92
que atenda tanto as VBTP-MR Guarani quanto as VBCCC Leopard (classe 45) e
VBCCC M60 A3-TTS (classe 55) caracteriacutestica que nem o sistema americano para
viaturas sobre rodas REBS possui Como jaacute mencionado na revisatildeo de literatura
esse sistema lanccedila ponte de classe 50
No Apecircndice A questatildeo 5 a grande maioria respondeu que o apoio de
engenharia aos regimentos por VBEL Pnt sobre lagartas eacute pertinente
Os comentaacuterios contribuiacuteram para complementar o raciociacutenio apresentado
pelas questotildees da seguinte forma
- ldquoA vantagem de se ter na OM Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de
VBE lanccediladora de ponte sobre lagartas seria que a mesma poderia atender
com maior mobilidade atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCBrdquo
No Apecircndice B questotildees 4 foi unacircnime a aceitaccedilatildeo da afirmativa que considera
que a classe da ponte da VBEL Pnt deve atender agrave classe da viatura de maior
classe (atualmente a VBCCC M60)
A anaacutelise dos comentaacuterios a seguir apresentados permitiratildeo uma explicaccedilatildeo mais
detalhada
- ldquoA Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros para
Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VBCCC M60 eacute uma soluccedilatildeo paliativa A
VBCCC Padratildeo do EB eacute o Leopardrdquo
Quanto a essa afirmativa foram consideradas duas situaccedilotildees a primeira fruto
da anaacutelise da atual situaccedilatildeo que paleativa ou natildeo eacute a existecircncia da Vtr M60 cuja
classe natildeo eacute suportada pela ponte do sistema REBS a outra fruto da anaacutelise de
uma situaccedilatildeo futura eacute que o Exeacutercito jaacute estaacute pensando no projeto de uma nova
VBCCC para substituir o Leopard 1A5 e consequentemente as viaturas Leopard 1
e o M60 Esse estudo natildeo definiu ateacute o momento entretanto a classe nem o
momento dessa substituiccedilatildeo
Destaco que a maior importacircncia dessa questatildeo foi identificar a opiniatildeo sobre
a capacidade do emprego de viaturas sobre lagartas em atender agraves necessidades
dos regimentos
93
No Apecircndice B questotildees 5 a maioria das respostas foram contraacuterias agrave
utilizaccedilatildeo de pontes lanccediladas por viaturas sobre rodas ao considerar sua falta de
capacidade de suporte agraves viaturas mais pesadas
A exploraccedilatildeo dos seguintes comentaacuterios apresentados permitiratildeo reforccedilar o
resultado atingido
- ldquoA classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves necessidades da
Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas deve ter capacidade de
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartasrdquo
Embora concorde com a afirmaccedilatildeo quando comparamos a diferenccedila de
capacidades entre as VBEL Pnt dos paiacuteses mais desenvolvidos verificamos a
dificuldade das viaturas sobre rodas proporcionarem semelhante capacidade
propiciada pelas sobre lagartas
Essa avaliaccedilatildeo eacute facilitada quando comparamos o implemento para viaturas
sobre rodas e a viatura sobre lagartas empregados pelo mesmo paiacutes
O sistema americano REBS que proporciona suporte para viaturas de classe
50 em vatildeos de ateacute 13 metros mostra-se muito inferior quando comparado agrave
capacidade da viatura Wolverine de lanccedilar uma ponte de classe 70 em vatildeo de ateacute
24 metros Quase o dobro de largura de vatildeo em relaccedilatildeo agrave ponte lanccedilada pelo
sistema REBS
Destarte a crescente demanda de pontes de maior classe torna niacutetidos os
benefiacutecios de investir-se em pontes de pequenas brechas de maior capacidade
- ldquoUm detalhe que deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de
velocidade e manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt
conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo ela
ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui elementos
de Man SL e SR a engenharia orgacircnica tambeacutem deva ter essa caracteriacutestica Assim
eacute vaacutelido pensar que nesse BE Cmb Mec deva existir no miacutenimo uma fraccedilatildeo E Cmb
Bld (SL)rdquo
Pode-se contrapor o referido comentaacuterio por meio da anaacutelise do emprego do
exeacutercito alematildeo o qual apoia a Bda Inf Mec com VBE sobre lagartas permitindo
94
afirmar assim que a utilizaccedilatildeo de tais meios no apoio aos elementos dotados de
viaturas sobre rodas natildeo impactaraacute no acompanhamento dos regimentos
Em complemento a essa anaacutelise pode-se analisar o procedimento
experimental que foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de Blindados constante no
Apecircndice E Com meios sobre lagarta um Pel E Cmb acompanhou toda a manobra
em ambiente virtual de um RC Mec da 3ordf Brigada de Cavalaria Mecanizada natildeo
sendo prejudicado seu apoio pela velocidade dos meios empregados
No Apecircndice C questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas tornando-se mais
adequado a anaacutelise dos comentaacuterios para avaliaccedilatildeo das questotildees propostas
- ldquoConcordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial para
a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em algumas
situaccedilotildees por Vtr SLrdquo
De acordo com o emprego realizado na Alemanha conforme capiacutetulo 3 o apoio
prestado pelas VBE sobre lagartas natildeo eacute um problema que afeta a funccedilatildeo de
combate Movimento e Manobrardquo
- ldquoNatildeo obstante agraves vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade
de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os
meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo ao
Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade natureza
da missatildeo e tipo de tropa apoiadardquo
Quanto agrave flexibilidade de apoio natildeo foi identificada a referida problemaacutetica mas as
vantagens estatildeo de acordo com o que o estudo identificou ateacute agora
No Apecircndice D questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas e devido agrave baixa
quantidade de respostas tornou-se mais adequado analisar seus comentaacuterios como
se segue
- ldquoEacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em
qualquer terreno mas por outro lado impacta enormemente na cauda logiacutestica
Insisto que as Bda C Mec devam manter suas caracteriacutesticas de velocidade
95
principalmente trafegabilidade e mobilidade Recordo que os meios sobre roda
garantem entre outras vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para
as Bda C Mec a velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees
baacutesicas de Rec e Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre
rodas eacute a configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C
Mec do EBrdquo
Do mesmo modo que nossas Bda C Mec a Bda Inf Mec alematilde eacute dotada de
viaturas leves e raacutepidas as quais necessitam ser acompanhadas e apoiadas
adequadamente pelos pelototildees de engenharia Portanto mais uma vez a
comparaccedilatildeo com o emprego da engenharia na brigada alematilde torna-se fundamental
para comprovar a eficiecircncia do apoio com VBE sobre lagartas
- ldquoA Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos
quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o RCB
seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo considerando a maior
diversidade de materiais nesta anaacuteliserdquo
Realmente o custo com suprimentos manutenccedilatildeo e complementando gasto
com combustiacutevel das viaturas sobre lagartas eacute maior que das viaturas sobre rodas
Todavia os benefiacutecios desse investimento seriam
- ganho na compra de um lote maior de viaturas sobre lagartas (quanto maior o
nuacutemero de viaturas menor seraacute o preccedilo)
- ganho em capacidade de trabalho (as viaturas sobre rodas possuem muitas
limitaccedilotildees para a VBEL Pnt a limitaccedilatildeo de classe e para as VBE Eng e VBE
desminagem capacidade muito inferior de utilizar os equipamentos como lacircmina
escavadeira o arado ou rolo atraveacutes campo onde a traccedilatildeo eacute extremamente
necessaacuteria
- ganho na proteccedilatildeo no qual destaca-se em relaccedilatildeo agraves VBTP por ser um meio
mais nobre para as forccedilas amigas e compensador para as inimigas e pela maior
necessidade de exposiccedilatildeo aos fogos haja vista que em operaccedilotildees de abertura de
passagem esse meio seraacute conduzido agrave frente para a realizar a reduccedilatildeo dos
obstaacuteculos
96
434 Quantidade de VBE por BE Cmb
No Apecircndice C questatildeo 6 houve uma aceitaccedilatildeo maior que reprovaccedilatildeo o
que poderaacute ser complementado pela anaacutelise dos comentaacuterios que se seguem
- ldquoDeve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de
manobra a apoiar mas tambeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em que a
Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-se desdobrar
em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades maacuteximas de comando e
controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse levantamento pode-se traccedilar melhor
as necessidades totais de meios de Eng para apoio inclusive com os meios
reservasrdquo
- ldquoPara realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os
batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a necessidade de
uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como implemento para as Vtr
da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito americano como um modelo
(uma ideia) seria interessante ter uma Vtr especializada de engenharia como os
ABV que jaacute possuem o miclic e o arado na mesma Vtrrdquo
A primeira afirmativa talvez seja a situaccedilatildeo ideal de apoio de uma engenharia
de brigada entretanto para se atingir a capacidade miacutenima de apoio a dotaccedilatildeo de
VBE natildeo precisa atingir cada zona de accedilatildeo mas cada regimento empregado pela
brigada com no miacutenimo um meio principal e um reserva
De acordo com o estudo dos meios do exeacutercito americano verifica-se que sua
engenharia de brigada natildeo tem meios para apoiar cinco zonas de accedilatildeo limitando-se
ao apoio das companhias por unidade Desta forma a complementariedade desse
apoio cabe agrave engenharia de divisatildeo agrave brigada
Em relaccedilatildeo a segunda proposiccedilatildeo pela proximidade das caracteriacutesticas da
brigada faz-se mais conveniente analisar a quantidade de meios do batalhatildeo da
Alemanha que dos Estados Unidos
Desta forma identifica-se que cada companhia do batalhatildeo de engenharia da
Alemanha aleacutem de sistema de lanccedilamento de minas e botes de assalto deteacutem 3
(trecircs) viaturas lanccediladoras de ponte 2 (duas) viaturas de abertura de brecha 2 VBE
Eng
97
Esta distribuiccedilatildeo mostra-se coerente com a miacutenima necessidade dos
regimentos da Bda C Mec os quais precisam ser apoiados com no miacutenimo duas
VBE Eng e duas viaturas de abertura de brecha no caso de emprego de dois
esquadrotildees em primeiro escalatildeo
A dotaccedilatildeo de 3 VBEL Pnt tambeacutem justifica-se pois atende a necessidade de
transposiccedilatildeo em trecircs locais simultaneamente ou em dois locais permanecendo com
uma viatura em reserva primando pela seguranccedila da operaccedilatildeo
De acordo com o acima exposto conclui-se que as companhias do batalhatildeo de
engenharia necessitam de trecircs VBEL Pnt duas VBE Eng e duas viaturas para
abertura de brecha
Como conclusatildeo da anaacutelise da Variaacutevel Dependente de acordo com o que
foi analisado concluo parcialmente que o batalhatildeo de engenharia da brigada
composto por duas Companhia Engenharia de Combate deve ter 4 Pelototildees
de Engenharia de Combate por companhia para as cumprir as missotildees de
apoio direto reforccedilo apoio suplementar e apoio ao conjunto
Com base na anaacutelise das brigadas de outros exeacutercitos eacute possiacutevel a
utilizaccedilatildeo de meios sobre lagartas e sobre rodas mesmo que elas tenham
classes e capacidades de mobilidade diferentes para apoio agraves Brigadas de
Cavalaria Mecanizada
Atualmente os meios de dotaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec satildeo inadequados
para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e a inexistecircncia de
viaturas blindadas especiais de engenharia restringe suas capacidades de
apoio sob fogos diretos mesmo de armas de baixo calibre
Para solucionar este problema pocircde-se observar a existecircncia de
materiais no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar os Pel E Cmb das Cia E
Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos da
Bda C Mec
Dentre eles destaca-se a viatura para abertura de brecha Keiler viatura
que utiliza um sistema barato e capaz de realizar sozinha a abertura completa
com manutenccedilatildeo simples
Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt
Biber e o sistema de feixe de tubos A primeira por ser um material eficiente
que jaacute eacute empregado pelas Brigadas Blindadas e a segunda por ser um
98
sistema barato e de faacutecil implementaccedilatildeo em viaturas repotencializadas como
as viaturas Leopard 1 desde que tenham seus sistemas baacutesico em
funcionamento
Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as
viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende
bem as tropas blindadas
De acordo com a anaacutelise realizada o BE Cmb Mec necessita dos
seguintes materiais para reforccedilo das Cia E Cmb 6 (seis) VBEL Pntcom duas
pontes cada 4 (quatro) VBE Eng 4 (quatro) Viaturas lanccediladoras de feixe de
tubos e 4 (quatro) viaturas para abertura de brecha
99
5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES
A presente dissertaccedilatildeo de mestrado classificada quanto agrave sua forma de
abordagem como qualitativa e quanto ao objetivo geral como exploratoacuteria e
descritiva teve como tema a A Engenharia de combate da Brigada de Cavalaria
Mecanizada Uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos
empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas
O problema central da pesquisa balizou o desenvolvimento do trabalho para
atingir o objetivo geral direcionando-o para o desenvolvimento da proposta mais
adequada de emprego da engenharia no apoio agraves Brigadas de Cavalaria
Mecanizada
Embora tenha sido observada a inexistecircncia de algumas bibliografias a
pesquisa bibliograacutefica permitiu atingir plenamente os objetivos especiacuteficos
relacionados agraves questotildees de estudo acima enumeradas
Nessa fase foram analisados os conceitos receacutem introduzidos no Exeacutercito os
materiais adquiridos e em desenvolvimento atraveacutes dos Projetos Leopard e
Guarani a organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a Companhia de
Engenharia de Combate
Por meio deste estudo foram identificadas as capacidades e limitaccedilotildees dos
elementos empregados em primeiro escalatildeo pela brigada e as capacidades
previstas para o apoio dos Pelototildees de Engenharia desta companhia no apoio em
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Observou-se a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas capacidades e limitaccedilotildees dos Pel
E Cmb identificando os materiais existentes para apoio agrave mobilidade dos
Regimentos e a necessidade de reforccedilos pela Cia E Cmb a fim de realizar um apoio
efetivo
Apoacutes o referido estudo buscou-se complementar os estudos de revisatildeo
bibliograacutefica com a aplicaccedilatildeo de questionaacuterios e procedimento experimental
Para cumprir esse objetivo os questionaacuterios foram enviados a comandantes e
ex-comandantes dos regimentos de cavalaria e companhias de engenharia das
Brigadas de Cavalaria Mecanizada os quais tinham experiecircncia no emprego das
tropas estudadas
Em complemento agrave experiecircncia dos grupos citados foram enviados
100
questionaacuterios aos oficiais de engenharia e instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de
Blindados que realizaram curso de comandante de subunidade nos Estados Unidos
ou na Alemanha a fim de contribuiacuterem com experiecircncias e conhecimentos
adquiridos nesses paiacuteses
Desta forma identificou-se a limitaccedilatildeo em meios e em pessoal e
consequentemente ineficiecircncia da companhia de engenharia em realizar um apoio
adequado em uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e ainda apresentar
condiccedilotildees de realizar trabalhos de apoio ao conjunto suplementar e ficar em
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada
Desta feita foram analisadas soluccedilotildees em material e emprego capazes de
tornar o apoio da engenharia suficiente agraves necessidades miacutenimas e imediatas dos
regimentos Assim a anaacutelise seguiu os indicadores e dimensotildees da Variagravevel
Independente e Dependente as quais foram medidas de acordo com as questotildees
constantes nos apecircndices conforme quadros 1 e 2 das Definiccedilatildeo operacional das
variaacuteveis
Isto posto a fim de adequar o emprego e os meios da engenharia da brigada
identificou-se a necessidade de propor uma nova organizaccedilatildeo a fim de solucionar
as suas limitaccedilotildees Com isso concluiu-se que se faz necessaacuteria a mudanccedila do
apoio de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada para um
Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
Para o adequado apoio do Batalhatildeo junto aos Regimentos dotados de
viaturas mecanizadas e blindadas questionou-se a caracteriacutestica dos meios a serem
empregados pela engenharia
A soluccedilatildeo desta questatildeo foi amparada no estudo realizado por meio de
revisatildeo bibliograacutefica pelo procedimento experimental pelas respostas dos
questionaacuterios e seus comentaacuterios
Todos esses procedimentos e instrumentos direcionaram a proposta para a
estrutura de um BE Cmb a duas companhias com quatro pelototildees cada Uma
companhia deve ser dotada de VBTP sobre rodas para apoiar os RC Mec e a
companhia dotada de VBTP sobre lagarta deve apoiar o RCB e se for necessaacuterio
ficar em condiccedilotildees de apoiar o RC Mec
O procedimento experimental contribuiu para identificaccedilatildeo de uma suporte
adequado agrave brigada o qual foi realizado pela Seccedilatildeo de Simuladores do Centro de
Instruccedilatildeo de Blindados por meio do Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual
101
(TTAV) o qual realizou um treinamento com emprego de um RC Mec de uma Bda C
Mec em um Movimento Retroacutegrado que mesmo tendo sido aplicado um tipo
totalmente diferente da operaccedilatildeo em questatildeo permitiu a anaacutelise da capacidade das
viaturas blindadas sobre lagartas no acompanhamento das viaturas blindadas sobre
rodas no cumprimento de suas missotildees
Esse treinamento contribuiu para corroborar com a anaacutelise realizada na
doutrina alematilde que permitiu afirmar que os meios sobre lagartas utilizados pela
engenharia tem condiccedilotildees de apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada mesmo
quando esses meios satildeo empregados junto a um RC Mec
Outrossim chegou-se agrave identificaccedilatildeo dos meios que o Batalhatildeo de
Engenharia de Combate Mecanizado deve possuir para reforccedilar em meiois os Pel E
Cmb de acordo com as necessidades de apoio dos Regimentos de uma Bda C Mec
no Aproveitamento do Ecircxito quais sejam quatro VBE Eng quatro VBE de abertura
de brecha (do tipo Keiler) e seis VBEL Pnt (com duas pontes cada) todas sobre
lagartas
Com as conclusotildees do presente trabalho pretende-se adequar o apoio
prestado pela engenharia da brigada por meio da adequaccedilatildeo de seu emprego e de
seu material e refletindo na sua organizaccedilatildeo a fim de capacitaacute-la a apoiar os
elementos empregados em primeiro escalatildeo pela Brigada de Cavalaria Mecanizada
Como soluccedilatildeo praacutetica o autor apresenta no Anexo B a proposta consolidada
em uma Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash
As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees a qual se apresenta
como base para modificaccedilatildeo do emprego da engenharia da brigada e
consequentemente servir de embriatildeo de um novo manual
Uma sugestatildeo para a experimentaccedilatildeo doutrinaacuteria eacute a transformaccedilatildeo da 3ordf
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada de Dom Pedrito-RS em
batalhatildeo a fim de aproveitar as instalaccedilotildees atuais as quais eram de utilizadas pelo
14ordm Regimento de Cavalaria Mecanizada
O presente trabalho explorou a adequaccedilatildeo do apoio de engenharia da Bda C
Mec a partir da anaacutelise do seu emprego e do seu material no apoio aos elementos
em primeiro escalatildeo em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Outros estudos se fazem necessaacuterios para complementar as capacidades
necessaacuterias a esse batalhatildeo Dessa maneira o autor recomenda por meio do
QUADRO 17 a seguir os seguintes temas
102
QUADRO DE PROPOSTA PARA NOVAS PESQUISAS NA ESAO
Tema sugerido Especialista recomendado
BE Cmb de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma proposta de Quadro de Dotaccedilatildeo de Material (QDM) e Quadro de Cargos Previstos (QCP)
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
Equipagens para transposiccedilatildeo de curso drsquoaacutegua adequaccedilatildeo dos meios de transposiccedilatildeo de uma Bda C Mec
Militar de engenharia que tenha comandado uma Companhia de Engenharia de Pontes
TTP do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado na Operaccedilatildeo de Abertura de Passagem
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
Emprego de feixe de tubos em viaturas blindadas para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas
Oficial que tenha experiecircncia com blindados
Viatura de Abertura de Brecha Keiler Uma viatura para solucionar uma deficiecircncia da engenharia brasileira
Oficial de engenharia com curso de desminagem preferencialmente habilitado em
alematildeo
O emprego de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio na Companhia de Engenharia de Combate de um BE Cmb Mec Uma sugestatildeo de dotaccedilatildeo de meios de emprego junto aos elementos em primeiro escalatildeo pela Cia E Cmb
Oficial que tenha servido em Batalhatildeo de Engenharia preferencialmente que tenha
comandado uma Companhia de Comando e Apoio
Doutrina do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado da Brigada de Cavalaria Mecanizada
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
QUADRO 17 - Propostas de novas pesquisas relacionadas ao apoio de engenharia agrave uma Bda C Mec Fonte O autor
______________________________ Saulo dos Santos Marques
Capitatildeo de Engenharia
103
REFEREcircNCIAS
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105
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FAN Ricardo CMS promove seminaacuterio interno para discussatildeo sobre a nova viatura a ser adotada pelos RCB Defesanet Brasiacutelia DF 28 mai 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwdefesanetcombrleonoticia6182CMS--promove-seminario-interno-para-discussao-sobre-a-nova-viatura-a-ser-adotada-pelos-RCB-gt Acesso em 13 jun 2018
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109
APEcircNDICE A ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-
COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que jaacute foi comandante de Regimento de Bda C Mec eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
110
A ndash ESCALAtildeO DE APOIO DE ENGENHARIA
1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual
descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a
Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia
Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a
Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a
engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb
Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES
1 Com essa organizaccedilatildeo o BE Cmb Mec poderia empregar uma SU em apoio
direto aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo
ainda uma Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado na Z Accedil da Bda
111
2 Penso que o ideal seria um BE Cmb Mec a 3 Cia com 4 Pel E Cmb cada
permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra da Bda com uma SU Caso a
Bda receba o RC Mec divisionaacuterio deve receber tambeacutem uma SU Eng Cmb
da Divisatildeo
3 Essa eacute dosagem miacutenima tendo em vista a envergadura e pletora de meios da
tropa apoiada
2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia
de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base
nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave
engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo
de valor de um BE Cmb
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
112
1 Embora concorde com a organizaccedilatildeo sugerida no quesito anterior acredito
que natildeo se deva tomar por base uma organizaccedilatildeo do inimigo feita com
finalidades especiacuteficamente escolares A organizaccedilatildeo a ser considerada eacute
aquela adotada por potenciais ameaccedilas
2 Utilizando a mesma dosagem de uma Cia Eng Cmb por Elemento de
manobra valor Batalhatildeo ou Regimento
B ndash QUANTO AOS MEIOS
3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt
Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo
viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos
apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo
com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa
afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo
em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas
ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
113
Comentaacuterio das opiniotildees
1 A Bda C Mec conduz por suas caracteriacutesticas operaccedilotildees de movimento
Destarte todos os meios que facilitem o movimento satildeo importantes para ela
2 Haveria dificuldade de acompanhamento dos Elm 1ordm Esc pela velocidade de
deslocamento
3 Eacute INDISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios pela Eng da Bda
C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS
4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a
possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60
e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe
superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave
classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos
de viaturas
114
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Essa eacute uma assertativa bastante oacutebvia Os meios de transposiccedilatildeo devem
assegurar o movimento de todas as Vtr empregadas pela Bda C Mesc
2 Quem apoia mais apoia menos Esse um princiacutepio que atende plenamente ao
princiacutepio de guerra de economia de meios
5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de
transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente
que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
115
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Volto agrave resposta dada no quesito anterior Os meios de Eng devem ser
necessaacuterios e suficientes para assegurar que TODAS as Vtr da Bda
transponham o obstaacuteculo Como estaacute colocada a questatildeo seria concordar
com que o RCB principal elemento de forccedila da Bda natildeo pudesse empregar
seus CC
2 Sobre a afirmativa eacute bom lembrar as VBE Lccedil Pnt devem deslocar-se com
suas pontes somente em pequenos trechos no compartimento de combate
ateacute o local de lanccedilamento (essas pontes satildeo equipamentos fraacutegeis natildeo
devendo ser deslocadas sobre a VB por longos trechos) Ateacute a aproximaccedilatildeo
desse compartimento as pontes devem ser transportadas em pranchas e se
possiacutevel as VBE Lccedil Pnt sobre lagarta tambeacutem A vantagem de se ter na OM
Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de VB lanccediladora de ponte
sobre lagartas seria que a mesma poderia atender com maior mobilidade
atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCB Essa VB sobre lagarta
deveria como jaacute foi dito possuir uma viatura Cavalo Mecacircnico com prancha
para a aproximaccedilatildeo da VB ateacute o compartimento de combate (onde deveraacute
lanccedilar a Pnt ) e outra para transportar no miacutenimo as suas trẽs pontes de
pequena brecha
116
3 A Eng da Bda deve ter condiccedilotildees de apoiar o movimento de TODOS os meios
da Bda
D ndash SUGESTOtildeES
6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por
um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o
RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais
capacitada a apoiar os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Ver resposta do quesito seguinte
2 Estamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C
Mec Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf
Mec A proposta do CMS ( a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que
apoacutes anaacutelise do projeto decidiu junto com o COTER que o BECmb Mec
117
deveria ter somente 2 Cia Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo
CMS Na visatildeo do CMS 2 Cias apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma
com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria no apoio a toda a brigada (demais OM
em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa decisatildeo de 2017 foi modificada
a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as duas Cia Eng (decisatildeo DEC
COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3 Mec sobre rodas e 1
Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em apoio aos Rgt em
1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE Cmb Mec de Bda
Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB Portanto no BE
Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem somente VB
sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng deve
possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve
possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBE LccedilPnt VBE com
implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas
AC etc)
3 Estudar se uma Cia eacute suficiente para apoiar os dois R C Mec
4 Na minha opiniatildeo o Batalhatildeo de Engenharia deveria ter 3 Cia sendo duas
dotadas de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas para apoiar os dois RC
Mec e uma dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagarta para apoiar
o RCB permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra valor Regimento da
Bda
7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia
a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas
companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
118
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o
que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica
2 Ver observaccedilatildeo do item anterior
3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel
E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e
VB com lagartas As VBE Lccedil Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute
citado em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior
flexibilidade e rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec
como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre rodas
4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de
mobilidadevelocidade igual ou superior
5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1
Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento
orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng
na Boa C Mec Cabe ressaltar que um incremento (transformaccedilatildeo de Cia para
119
Btl) impacta outros sistemas operacionais da Bda (principalmente o logiacutestico)
acarretando uma mudanccedila quase impossiacutevel na Brigada
120
APEcircNDICE B ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-
COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que jaacute foi comandante de Companhia de Engenharia de Bda C Mec
eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
121
A ndash ESCALAtildeO DA ENGENHARIA DA BDA C MEC
1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual
descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a
Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia
Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a
Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a
engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb
Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES
1 Natildeo vejo a necessidade das Cia E Cmb Mec possuam os 04 Pel E Cmb
acredito que 03 Pel E Cmb jaacute seriam adequados
2 Doutrinariamente sim Em tempo de paz acredito que um Batalhatildeo de
Engenharia com 01 Cia E Cmb cumpre bem a missatildeo
122
3 Nas atuais condiccedilotildees do Paiacutes seria muito difiacutecil a migraccedilatildeo de Cia E Cmb
Mec para BE Cmb Mec
4 Em que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai16) prever uma E Bda Inf
Mec compota por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala
de aula da proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para
Mnt do C2 por parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar
pesquisando essa situaccedilatildeo sugiro uma composiccedilatildeo do BECmb Mec (ou Bld)
de 4 CiaECmb a 2 Pel E Cmb e 1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em
Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o
C2 por parte do Cmdo BE bem como a emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de
missotildees
5 A engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE
Cmb Mec a 3 companhias de 3 Pel E Cmb cada
2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia
de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base
nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave
engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo
de valor de um BE Cmb
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
123
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o
que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica
2 Ver observaccedilatildeo do item anterior
3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel
E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e
VB com lagartas As VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado
em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e
rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP
(Pel E) e VBE Eng sobre rodas
4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de
mobilidadevelocidade igual ou superior
5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1
Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento
orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng
B ndash QUANTO AOS MEIOS
124
3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt
Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo
viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos
apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo
com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa
afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo
em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas
ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
1 O Guarani assim como a Viatura Stryker veiacuteculo das tropas mecanizadas
Norte-Americanas deveria possuir os implementos de engenharia
necessaacuterios para a realizaccedilatildeo de abertura de passagem A abertura de
passagem deveria assim como ocorre com a transposiccedilatildeo de curso daacutegua
deveria ser encarada como uma operaccedilatildeo que possui como uma de suas
fases a reduccedilatildeo do obstaacuteculo a ser transporto
125
2 A proteccedilatildeo blindada eacute fundamental para o combatente mecanizado
3 A Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira
de Alta Mobilidade e Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel
de Eqp Eng Bda Mec) e de Vtr Lanccedila Pontes Sobre Rodas (REBS)
4 Eacute INDISPENSAacuteVEL Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de
Bda eacute totalmente ineficiente numa situaccedilatildeo de combate moderno
5 Eacute possiacutevel afirmar que eacute INDISPENSAacuteVEL no combate moderno a utilizaccedilatildeo
desses meios
6 Esses Eqp BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia E
C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS
4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a
possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60
e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe
superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave
classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos
de viaturas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
126
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Com certeza
2 A Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros
para Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VB CC M60 eacute uma soluccedilatildeo
paliativa A VB CC Padratildeo do EB eacute o Leopard
3 Na distribuiccedilatildeo dos meios entre as fraccedilotildees que estaratildeo em Ap Pccedil Man as
que estaratildeo em Ap Fraccedilotildees de Guarani poderatildeo receber Pnt P Bre de menor
classe Ou seja poderatildeo haver Pnt P Bre de classes diferentes Todavia eacute
interessante que a VBL Pnt tenha capacidade de lanccedilar a de maior classe
4 Elas jaacute possuem essa capacidade
5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de
transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente
que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
127
Comentaacuterio das opiniotildees
1 A classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves
necessidades da Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas
deve ter capacidade de transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
2 Uma Brigada Mecanizada possui meios SR e SL Logo um BE Cmb Mec
deve possuir meios SR e SL
3 As VBLPnt sobre lagartas devem ser utilizadas para Bda Bld As VBLPnt
sobre rodas devem ser utilizadas para as Bda Mec
4 Acredito que existam VBEL Pnt sobre rodas que tenha capacidade de
transportar Pnt com Classe para blindados sobre lagartas Um detalhe que
deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de velocidade e
manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt
conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo
ela ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui
elementos de Man SL e SR a engenharia Orgacircnica tambem deva ter essa
caracteriacutestica Assim eacute vaacutelido pensar que nesse BECmbMec deva existir no
miacutenimo uma Fraccedilatildeo E Cmb Bld (SL)
5 O apoio da engenharia ao combate deve ser inexoraacutevel podendo o Batalhatildeo
possuir os dois tipos de Vtr Lccedil Pnt sobe rodas e sobre lagartas
128
D ndash SUGESTOtildeES
6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por
um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o
RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais
capacitada a apoiar os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Natildeo vejo necessidade dessa especializaccedilatildeo das Cia Acredito que elas
devem ter as mesmas capacidades e estar aptas a transpor qualquer tipo de
tropa da Bda C Mec
2 Conforme comentaacuterio anterior
3 Como jaacute apresentei seria mais interessante no miacutenimo 01 CiaECmbBld em
Ap RCB e 02 CiaECmbMec em Ap aos 2 RCMec
129
4 Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado
por um Batalhatildeo a 3 Companhias de 3 Pelototildees sendo uma Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a
apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre rodas mais capacitadas a apoiar os RC Mec
7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia
a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas
companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Sou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que
economiza meios e facilita o planejamento
130
2 Considero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor A situaccedilatildeo do Paiacutes
natildeo favorece estas mudanccedilas
3 Semelhante ao exposto no item 5 um Ap Eng SL a uma fraccedilatildeo C Mec em
situaccedilatildeo de deslocamentos sobre eixos pavimentados ou natildeo poderaacute ser
retardado em relaccedilatildeo aacute velocidade alcanccedilada pelas Vtr SR Aleacutem disso o
valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maior
4 Eacute pertinente afirmar que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seraacute mais
adequado se for realizado por um Batalhatildeo a 3 Companhias com 3 Pelototildees
cada sendo uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre
lagartas mais capacitada a apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de
Viaturas Blindadas Especiais sobre Rodas mais capacitadas a apoiar os RC
Mec
5 Lembre-se que a Cia poderaacute solicitar apoio agrave ED Para a realidade do nosso
Exeacutercito uma Cia E bem equipada cumpriria sua missatildeo
131
APEcircNDICE C ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE
ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA
ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que realizou o curso de comandante de subunidade de engenharia
nos EUA ou Alemanha eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
132
A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS
Figura 1 - Viatura Fennek
Figura 2 - Viatura Dingo
Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas
133
1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais
satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada
utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas
Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para
abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As
viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as
apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C
Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M
60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha
empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo parcialmente pois sou partidaacuterio do emprego da Unidade como um
todo Desta feita as Vtr desta unidade precisam ter as mesmas
caracteriacutesticas ou seja todas SR ou todas SL Os RCB componentes da Bda
C Mec satildeo formados por dois Esqd Fuz (dotados de M 113) e dois Esqd CC
(dotados de Leopard) desta forma atendendo a premissa de que todas as Vtr
134
desta OM possuem a mesma caracteriacutestica de traccedilatildeo Nesta situaccedilatildeo
acredito que a situaccedilatildeo ideal seraacute que ela possua VBC Eng SR para Ap os
RC Mec e VBC Eng SL para Ap o RCB
2 A Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade
nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse
contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo
em usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem
maior potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e
poupando tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para
VBE Eng SR
3 As Bda Inf Mec e C Mec tem como caracteriacutestica a velocidade de seus meios
O emprego de Vtr mais lentas natildeo apenas pela engenharia mas pelos seus
demais Elm de apoio resultaria em fator limitador para as operaccedilotildees
4 Primeiramente para realizar a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio compreender a
constituiccedilatildeo das Bda Mec e Bld alematildes bem como quais as missotildees
destinadas a esse tipo de GU Acredito que e as Vtr Dingo natildeo sejam as
uacutenicas Vtr utilizadas pela Bda em questatildeo Considerando as Vtr empregadas
pelas fraccedilotildees que devem Rlz a accedilatildeo principal devemos considerar a mesma
natureza de mobilidade e proteccedilatildeo blindada para o apoio de engenharia
2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os
Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas
(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas
viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou
estrada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
135
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo deste que seja atendida o preacute requisito do item anterior ou seja
que a Eng desta Bda possua VBC Eng tanto SR quanto SL
2 O transporte dos Elm Eng seratildeo nesse caso adequados para o tipo de tropa
apoiada
3 Deve ser verificada a necessidade de transporte de outros materiais
(ferramentas) para o emprego do Pel E Cmb Nesse caso eacute possiacutevel admitir
uma variante dos modelos do veiacuteculos
B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC
3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e
capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de
mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a
princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard
1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso
AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate
elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego
junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das
viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas
136
operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade
superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre
lagartas ao R C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo parcialmente pois acho muito arriscado vocecirc considerar como
verdade absoluta que natildeo haveraacute velocidade superior a 60 kmh em uma Op
Ofensiva Acredito que a velocidade meacutedia da operaccedilatildeo realmente natildeo seraacute
superior a 60 kmh mas em alguns trechos acredito que a velocidade
necessaacuteria para manter a impulsatildeo da Op poderaacute ser superior a 60 kmh
Aleacutem disso natildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das
caracteriacutesticas de terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que
uma Vtr SL progrida sobre o asfalto
2 Reitero o abordado no item 1 em que a Bda C Mec eacute apta a atuar em
operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural
ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse contexto que as Vtr Eng satildeo
137
empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em usar meios SL para a Bda
C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior potecircncia para a remoccedilatildeo de
obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando tempo nessa atividade o que
pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SR
3 A mobilidade da tropa natildeo pode levar em conta apenas a velocidade de
deslocamento Uma VBE Eng Leopard possui Classe 45 enquanto os
Guarani apenas Cl 20 O emprego em conjunto dos dois meios traz consigo a
necessidade de meios de Tva como Pnt P Bre Prtd etc com maior
capacidade de suporte apenas para atender uma pequena parcela das Vtr da
Bda uma vez que a dotaccedilatildeo prevista para o BE Cmb Mec atualmente eacute de 6
VBE Eng e 4 VBE L Pnt
4 Eacute necessaacuterio que o apoio agrave manobra possua a mesma mobilidade A Manobra
natildeo pode ser regulada pela limitaccedilatildeo das peccedilas de apoio
C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA
4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura
que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que
empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas
Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego
das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o
terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas
Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes
limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a
uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o
RCB e duas Cia E Cmb apoiariam os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas
por todas as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
138
V
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial
para a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em
algumas situaccedilotildees por Vtr SL
2 Natildeo obstante as vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade
de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os
meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo
ao Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade
natureza da missatildeo e tipo de tropa apoiada
3 O emprego de Vtr especializadas de Eng permite um melhor apoio aos Elm
manobra mas esse apoio seria adequado tambeacutem com o emprego de Vtr SR
4 Para poder proceder a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio realizar os mesmos fatores
de comparaccedilatildeo As Bda Stryker no exeacutercito dos EUA eacute uma brigada de
infantaria Mec A Bda C Mec do Brasil eacute de cavalaria A principal diferenccedila
entre essas Bda eacute o tipo de missatildeo a ser realizada por cada uma e por
consequecircncia pode haver variaccedilatildeo no tipo de Vtr Normalmente os RCB e os
RC Mec formam uma FT e dessa forma o apoio de engenharia seraacute definido
139
pela missatildeo Cabe ressaltar que as Bda C Mec possuem 01 Cia E Cmb Mec
portanto o apoio aos Regimentos deveraacute ser realizado pelos Pel E Cmb Mec
D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB
5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de
engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec
apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os
trabalhos de apoio ao conjunto
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Acredito que seria uma situaccedilatildeo muito boa a que vocecirc levantou mas acredito
que um BE Cmb a 2 Cia E Cmb sendo uma delas com vocaccedilatildeo blindada
(para Ap o RCB) e a outra com vocaccedilatildeo Mec (para apoiar os RC Mec) seriam
o suficiente para prestar o Ap Eng agrave Bda C Mec
140
2 Os BE Cmb de Bda doutrinariamente possuem natureza uacutenica satildeo Mec ou
Bld Aleacutem disso a dosagem miacutenima de apoio serve como uma referecircncia
inicial podendo a mesma ser aumentada em funccedilatildeo da missatildeo a
desempenhar e a necessidade de apoio de Eng
3 As Bda Bld possuem maior poder de choque e possuem apenas 1 Btl E Cmb
(com 2 SU x 4 Pelototildees cada = 8 Pel E Cmb) A Bda C Mec teria 12 Pel E
Cmb Para o estudo da dosagem de engenharia para as missotildees da Bda eacute
necessaacuterio verificar a dosagem miacutenima do apoio de engenharia que eacute de 01
Pel E por Btl Nesse caso um regimento estaria recebendo 4 Pel E Cmb Esse
aumento de efetivo e de dosagem iria impactar consideravelmente a
necessidade de Vtr especializadas e em consequecircncia os custos para essa
mobilizaccedilatildeo
E ndash MEIOS DO BE CMB
6) O exeacutercito dos EUA prevecirc para as Operaccedilotildees de Abertura de Passagem a
proporccedilatildeo miacutenima de 50 de meios em reserva para assegurar a continuidade da
operaccedilatildeo no caso de perda de uma das viaturas Isso significa que para a abertura
de duas passagens simultaneamente seratildeo empregadas 2 VBE para abertura e 1
VBE ficaraacute em reserva De acordo com o item anterior a dotaccedilatildeo orgacircnica por tipo
de VBE deve ser na proporccedilatildeo de trecircs por Cia E a fim de apoiar cada regimento
Com isso o BE Cmb deve ter a dotaccedilatildeo de 9 VBE Eng 9 VBEL Pnt com total de 18
pontes 9 VBE rolo 9 VBE arado com carga linear explosiva (CLE) tipo MICLIC
com 2 cargas por viatura e 9 VBE lanccediladora de feixe de tubos
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
141
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Deve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de
manobra a apoiar mas tmbeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em
que a Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-
se desdobrar em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades
maacuteximas de comando e controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse
levantamento pode-se traccedilar melhor as necessidades totais de meios de Eng
para apoio inclusive com os meios reservas
2 Para realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os
batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a
necessidade de uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como
implemento para as Vtr da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito
americano como um modelo (uma ideia) seria interessante ter uma Vtr
especializada de engenharia como os ABV que jaacute possuem o miclic e o
arado na mesma Vtr
142
APEcircNDICE D ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE
INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE
SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que eacute instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados e realizou o
curso de comandante de subunidade nos EUA ou Alemanha eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
143
A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS
Figura 1 - Viatura Fennek
Figura 2 - Viatura Dingo
Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas
144
1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais
satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada
utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas
Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para
abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As
viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as
apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C
Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M
60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha
empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Um dos pontos baacutesicos para discussatildeo eacute a estrutura finalidade e composiccedilatildeo
de meios das Bda C Mec do EB face agraves caracteriacutesticas do combate atual e
do futuro Dotar as Bda C Mec com novos meios eacute importante poreacutem a
reestruturaccedilatildeo dessas brigdas deveria preceder agraves inovaccedilotildees no seu material
145
2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os
Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas
(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas
viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou
estrada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Vide comentaacuterio anterior
2 Dependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode haver necessidade de utilizaccedilatildeo de
algum implemento para apoiar a mobilidade neste sentido apenas VBTP
seria insuficiente prestar o apoio sendo mais indicado a adoccedilatildeo de uma VBE
VBTP eacute a opccedilatildeo no caso de impossibilidade de se dispor de uma VBE
3 Devem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece
maior mobilidade atraveacutes terreno
146
B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC
3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e
capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de
mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a
princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard
1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso
AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate
elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego
junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das
viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas
operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade
superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre
lagartas ao R C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
147
1 As Bda C Mec satildeo destinadas basicamente para as Op de Rec e Seg
podendo ser empregadas em Op OfDef e outras Nesse sentido a destinaccedilatildeo
de Vtr de apoio ao combate deveria em principio atender aos princiacutepios da
velocidade em primeiro lugar e aos princiacutepios da mobilidade Nesse sentido
eacute importante manter-se as caracteriacutesticas dos Rgt Mec dotando-os de meios
sobre rodas O emprego de Vtr sobre lagartas nos RCMec deve ser portanto
judiciosamente aquilatado
2 Existe a necessidade de uma anaacutelise mais profunda para a retirada desse tipo
de conclusatildeo
C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA
4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura
que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que
empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas
Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego
das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o
terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas
Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes
limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a
uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o
RCB e duas Cia E Cmb os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas por todas
as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
148
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Eacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em
qualqer terreno da forccedila dotada desses meios mas por outro lado impacta
enormemente a cauda logiacutestica Insisto que as Bda C Mec devam manter
suas caracteriacutesticas de velocidade principalmente trafegabilidade e
mobilidade Recordo que os meios sobre roda garantem entre outras
vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para as Bda C Mec a
velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees baacutesicas de Rec e
Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre rodas eacute a
configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C
Mec do EB
2 A Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos
quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o
RCB seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo
considerando a maior diversidade de materiais nesta anaacutelise
D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB
5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de
engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec
149
apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os
trabalhos de apoio ao conjunto
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
150
APEcircNDICE E ndash PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
TREINAMENTO DE TTP EM AMBIENTE VIRTUAL (TTAV) DA 3ordf BDA C MEC
O TTAV realizado na semana de 23 a 03 de agosto de 2018 consistiu no
emprego de Quadros da 3ordf Bda C Mec no treinamento de TTP em ambiente
simulado na Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
Um R CMec formado pelos Quadros da Bda foi empregado em um Movimento
Retroacutegrado onde tinha por missatildeo retardar o avanccedilo de uma Bda Inf Mec Vm (meios
blindados)
Para cumprir sua missatildeo a brigada empregou Quadros do 3ordm R C Mec 7ordm R C
Mec e 12ordm R C Mec aleacutem do 25ordm GAC e da 3ordf Cia Eng Cmb Mec
O Pel E foi empregado com uma VBTP Eng M113 e um Leopard 1A5 BR com
implemento do tipo arado em reforccedilo ao Rgt ateacute o final da operaccedilatildeo
O Pel E durante a fase de planejamento realizou o estudo do terreno e
contribuiu com o planejamento de obstaacuteculos de contramobilidade e de trabalhos de
proteccedilatildeo ao longo das posiccedilotildees de retardamento
Durante a operaccedilatildeo pela presenccedila de poucos militares de engenharia o
pelotatildeo foi representado pela viatura M113 reforccedilado pela viatura Leopard com rolo
Por limitaccedilotildees do software empregado e pela necessidade de celeridade nas
posiccedilotildees de retardamento (em uma situaccedilatildeo real tal operaccedilatildeo poderia durar dias) as
accedilotildees do Pel E durante o desenrolar da operaccedilatildeo foram limitadas ao
acompanhamento do Rgt e execuccedilatildeo simulada dos trabalhos supracitadas
Ao final da missatildeo foi prevista a utilizaccedilatildeo de uma Vtr MICLIC para a bertura
de uma passagem atraveacutes do campo minado da P Def amiga poreacutem por questotildees
de tempo tal accedilatildeo natildeo foi realizada
Por fim verifica-se que o Pel E em relaccedilatildeo ao emprego de meios sobre
lagartas natildeo atrasou os deslocamentos do R CMec durante a operaccedilatildeo e cumpriu
sua missatildeo dentro do contexto de um movimento retroacutegrado
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 110)
MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO
Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016
AS ESTRUTURAS DE ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES
IacuteNDICE DE ASSUNTOS
1 FINALIDADE02
2 OBJETIVO02
3 REFEREcircNCIAS02
4 INTRODUCcedilAtildeO02
5ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA02
6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO03
7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE04
8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS06
ANEXOS
A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES E
ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO
AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FORCcedilA TERRESTRE
COMPONENTE08
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 210)
1 FINALIDADE
Orientar a organizaccedilatildeo das estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (TO)
2 OBJETIVO
Apresentar uma visatildeo atualizada das estruturas de Engenharia no TO agrave luz da Doutrina
Militar Terrestre subsidiando exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no
planejamento e execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e
taacuteticos para Emprego da Forccedila Terrestre
3 REFEREcircNCIAS
____ Doutrina de Operaccedilotildees Conjuntas - MD30-M-01 2011
____ Doutrina de Logiacutestica Militar - MD42-M-02
____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007
____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014
____ Forccedila Terrestre Componente - EB20-MC-10202 2014
____ A Forccedila Terrestre Componente nas Operaccedilotildees - EB20-MC-10-301 2014
____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015
____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014
____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015
____ Geoinformaccedilatildeo - EB20-MC-10209 2014
____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014
____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999
4 INTRODUCcedilAtildeO
41 A Doutrina do Exeacutercito Brasileiro em particular a doutrina de emprego da Arma de
Engenharia vive em constante evoluccedilatildeo requerendo atualizaccedilotildees perioacutedicas em funccedilatildeo
da introduccedilatildeo de novos conceitos novos equipamentos e mesmo da observaccedilatildeo do
emprego da Arma nos mais variados conflitos
42 A recente ediccedilatildeo de uma nova seacuterie de manuais doutrinaacuterios tanto pelo Ministeacuterio da
Defesa (MD) quanto pelo Estado-Maior do Exeacutercito (EME) indicou a necessidade de uma
atualizaccedilatildeo do Manual de Campanha C 5-1 (Emprego de Engenharia ediccedilatildeo de 1999)
5 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA
51 Uma vez que a Engenharia exerce sua atividade sobre um fator sempre presente - o
terreno - deve haver em cada escalatildeo uma Engenharia capaz de modificar as condiccedilotildees
do mesmo de acordo com a manobra adotada
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 310)
52 A organizaccedilatildeo da Engenharia tem por base a centralizaccedilatildeo dos meios nos escalotildees
mais elevados permitindo que os mesmos possam suprir as deficiecircncias de Engenharia
dos escalotildees subordinados em face das necessidades especiacuteficas de cada situaccedilatildeo e
ainda atender ao apoio em profundidade de modo a liberar os escalotildees subordinados de
encargos na retaguarda
53 Uma accedilatildeo coordenadora do escalatildeo superior de engenharia sobre os escalotildees
subordinados se faz necessaacuteria e eacute realizada por meio dos canais teacutecnicos de
engenharia
54 O funcionamento adequado desses canais teacutecnicos constitui-se em dos principais
fatores para a eficiecircncia do apoio permitindo que os escalotildees subordinados possam em
tempo uacutetil articular seus meios tomar as providecircncias necessaacuterias e receber apoio
adicional do escalatildeo superior quando for o caso
55 A Engenharia eacute organizada no TO da seguinte forma Engenharia do Comando
Logiacutestico do Teatro de Operaccedilotildees (EngCLTO) Comando de Engenharia da Forccedila
Terrestre Componente (CEFTC) no caso de emprego de duas DE Engenharia
Divisionaacuteria (ED) e Engenharia de Brigada (E Bda)
56 Os escalotildees de Engenharia satildeo constituiacutedos pelos seguintes elementos de emprego
pelototildees de engenharia (Pel Eng) companhias de engenharia (Cia Eng) batalhotildees de
engenharia (Btl Eng) e grupamentos de engenharia (Gpt E) aleacutem das tropas de
engenharia especializadas
57 As tropas de engenharia especializadas oferecem capacidades diferenciadas de
engenharia em razatildeo de possuiacuterem pessoal e equipamentos especiacuteficos Quando
possuem valor igual ou menor que subunidade costumam ser chamadas genericamente
de ldquomoacutedulos especializadosrdquo
58 Satildeo exemplos de moacutedulos especializados Companhia de Engenharia de
Camuflagem Equipe de Mergulho Grupo de Construccedilatildeo Horizontal Turma de Patrimocircnio
Imobiliaacuterio etc
59 O anexo ldquoArdquo apresenta os escalonamentos da Engenharia no TO e os organogramas
das estruturas baacutesicas de Engenharia segundo as situaccedilotildees de emprego da FTC da
Doutrina Militar Terrestre
6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO
61 Na Zona de Administraccedilatildeo (ZA) encontra-se
611 uma estrutura de Engenharia que integra o Comando Logiacutestico do Teatro de
Operaccedilotildees (CLTO) denominada de EngCLTO de forma a apoiar as atividades daquele
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 410)
comando particularmente no planejamento e execuccedilatildeo de obras e de serviccedilos de
Engenharia
612 quando houver necessidade de se apoiar de forma mais cerrada a uma F Cte a
EngCLTO poderaacute organizar a partir dos seus meios um Grupo-Tarefa Logiacutestico de
Engenharia (GT Log Eng) que poderaacute enquadrar unidades de engenharia de combate
construccedilatildeo geoinformaccedilatildeo meio ambiente patrimocircnio imobiliaacuterio e outros
62 A EngCLTO seraacute constituiacuteda conforme as necessidades de trabalhos teacutecnicos e
atividades logiacutesticas de Engenharia O valor e a natureza da tropa dependem mais das
caracteriacutesticas da magnitude e das necessidades de desenvolvimento da infraestrutura
do ambiente operacional do que das forccedilas a serem apoiadas
63 Na ZA prioriza-se a exploraccedilatildeo dos recursos mobilizados e contratados Em
consequecircncia eacute normal a existecircncia de empresas civis especializadas e enquadradas
pela estrutura militar
64 As atividades de engenharia executadas com maior frequecircncia na ZA satildeo as de apoio
geral de engenharia englobando os trabalhos de estradas pontes instalaccedilotildees
geoinformaccedilatildeo manutenccedilatildeo e suprimento que exigem grande capacidade teacutecnica e
meios especializados nesse escalatildeo
65 Considerando o grande volume e complexidade de tarefas na ZA eacute conveniente que
as forccedilas de Engenharia integrantes da EngCLTO sejam enquadradas por
Grupamento(s) de Engenharia possuindo particularmente estruturas de Engenharia de
Construccedilatildeo de Meio Ambiente e de Patrimocircnio Imobiliaacuterio entre outras que se fizerem
necessaacuterias
7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE
71 Na Zona de Combate (ZC) encontram-se
711 Estruturas de Engenharia da Forccedila Terrestre Componente (FTC) e de Divisatildeo (otildees)
de Exeacutercito (DE) com meios para atender agraves necessidades proacuteprias dessas estruturas e
aumentar o apoio aos escalotildees subordinados inclusive assumindo encargos nas aacutereas de
retaguarda destes de modo a liberar suas engenharias para o apoio cerrado aos
elementos de combate
712 A Engenharia orgacircnica das Brigadas com meios para atender agraves necessidades
miacutenimas e imediatas do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate
72 A Engenharia da FTC
721 A FTC constitui o comando essencial para o emprego da engenharia por ser
encarregado de traduzir os aspectos da manobra do niacutevel operacional para o niacutevel taacutetico
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 510)
Tem assim uma visatildeo ampla do terreno e da situaccedilatildeo para poder julgar as necessidades
gerais em apoio e em trabalhos conceber o esquema geral de apoio de engenharia e
exercer efetivamente uma coordenaccedilatildeo dos escalotildees subordinados
722 O apoio de engenharia a uma FTC abrange uma diversidade de trabalhos em apoio
adicional agrave mobilidade e agrave contramobilidade dos elementos de primeiro escalatildeo Abrange
tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o apoio geral de engenharia em
toda a sua aacuterea de atuaccedilatildeo
723 Uma FTC eacute estruturada para atender a um planejamento operacional especiacutefico natildeo
possuindo portanto uma organizaccedilatildeo fixa A Doutrina Militar Terrestre admite para fim
de planejamento diversos tipos de FTC cujos apoios de Engenharia seratildeo organizados
de acordo com as constituiccedilotildees destas
724 O apoio de Engenharia a uma FTC eacute coordenado por uma estrutura denominada de
Comando de Engenharia da FTC (CEFTC) a qual possui como principais elementos
operativos os grupamentos de engenharia (Gpt E) ou batalhotildees de engenharia (Btl Eng)
725 A organizaccedilatildeo e os organogramas dos diversos tipos de CEFTC satildeo apresentados
no Anexo ldquoArdquo
73 O Grupamento de Engenharia
731 O Gpt E controla coordena e supervisiona as tarefas de engenharia executadas
pelos batalhotildees e moacutedulos especializados subordinados sendo a estrutura natural para
enquadrar U e SU de Engenharia
732 Basicamente o Gpt E eacute composto pelo Cmdo EM pela Cia C Ap e por U e SU de
Engenharia Possui capacidade de enquadrar ateacute cinco batalhotildees Considera-se para fim
de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a uma U
74 A Engenharia Divisionaacuteria
741 As accedilotildees que se desenrolam no escalatildeo DE satildeo de natureza nitidamente taacutetica e
em consequecircncia sua engenharia opera em um ambiente no qual o combate eacute o
elemento preponderante
742 O apoio de Engenharia a uma DE eacute prestado por uma estrutura denominada
Engenharia Divisionaacuteria (ED)
743 Em funccedilatildeo da missatildeo da DE apoiada e da(s) hipoacutetese(s) de conflito planejada(s) a
ED pode ser organizada com constituiccedilatildeo variaacutevel desde um BE Cmb ateacute um Gpt E aleacutem
dos moacutedulos de engenharia especializados e dos reforccedilos que forem necessaacuterios
744 A ED apoia basicamente a mobilidade e a contramobilidade dos elementos de
manobra da divisatildeo Realiza tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)
apoio geral de engenharia em toda a zona de accedilatildeo divisionaacuteria suplementando o apoio
prestado pelas E Bda
745 O escalonamento da ED eacute apresentado no anexo A
75 A Engenharia de Brigada (E Bda)
751 A E Bda constitui o escalatildeo de engenharia mais avanccedilado na ZC Nele as
necessidades de apoio dos elementos de combate satildeo sentidas com mais intensidade o
que exige o posicionamento dos meios o mais agrave frente possiacutevel
752 Dentro da caracteriacutestica de apoio em profundidade a E Bda eacute organizada com
meios para atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate e
realiza trabalhos sumaacuterios e raacutepidos Assim quando ocorre uma deficiecircncia de meios
em pessoal ou material a E Bda depende do apoio do escalatildeo superior de engenharia
para suplementaacute-la eou reforccedilaacute-la
753 A Engenharia de Brigada eacute composta basicamente por
7531 Um BE Cmb orgacircnico nas Brigadas Blindadas (Bda Bld) e de Infantaria
Mecanizada (Bda Inf Mec) Neste caso o BE Cmb possuiraacute duas Cia E Cmb a quatro Pel
E Cmb cada uma
7532 Uma Cia E Cmb orgacircnica nas demais brigadas Neste caso a Cia possuiraacute trecircs
Pel E Cmb
7533 A natureza das unidades de Engenharia de Combate de Brigada seraacute a mesma da
brigada apoiada
8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS
81 A Concepccedilatildeo Estrateacutegica do Exeacutercito (CEE) oferece diretrizes importantes para a
organizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo das Forccedilas incluindo-se as tropas de Engenharia
particularmente as orgacircnicas das Brigadas em decorrecircncia das diversas Hipoacuteteses de
Emprego (HE)
82 O preparo prontidatildeo e emprego da Forccedila Terrestre satildeo regulados por meio do
Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT)
83 A adjudicaccedilatildeo de meios inclusive os de Engenharia eacute proposta pelo Plano
Estrateacutegico de Emprego Conjunto das Forccedilas Armadas (PEECFA) (elaborado pelo
EMCFA) que identifica a Estrutura Militar e a composiccedilatildeo dos meios a serem
empregados A adjudicaccedilatildeo eacute confirmada e complementada pelo(s) Plano(s)
Operacional(ais) confeccionados pelos Comandos Operacionais
84 A adjudicaccedilatildeo de meios eacute de fundamental importacircncia para o processo de geraccedilatildeo de
forccedilas Normalmente as Eng Bda orgacircnicas das GU seguem o previsto para a respectiva
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 710)
Bda Jaacute os Gpt E existentes desde o tempo de normalidade possuem estruturas
importantes a considerar na adjudicaccedilatildeo de meios quer seja para a realizaccedilatildeo de
trabalhos na ZI (particularmente para as Op Eng Obras Militares Meio Ambiente e
Patrimocircnio) quer seja na organizaccedilatildeo ou mesmo na evoluccedilatildeo de sua estrutura para as
seguintes forccedilas EngCLTO CEFTC e ED
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 810)
ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TO E ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FTC
1 FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo (1ordm caso)
11 Escalonamento
Figura 1 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia em FTC com mais de um G Cmdo operativo
12 Organograma do CEFTC
Legenda (1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio
Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio (2) Possui Nr variaacutevel de Gpt E (no miacutenimo 1) que enquadram Btl Eng e os Moacutedulos
Especializados (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 2 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo
CEFTC
Cia C Ap Gpt E
(2) Cia Geoinformaccedilatildeo
Moacutedulos Especializados (3)
EM (1)
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 910)
13 Organograma de um Gpt E
Legenda
(1) Possui capacidade de enquadrar de dois a cinco Btl Eng (Cmb ou Cnst) Considera-se para fim de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a um Btl Eng
(2) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 3 - Organograma de um Grupamento de Engenharia
2 FTC organizada com mais de uma GU operativa (2ordm caso)
21 Organizaccedilatildeo
Figura 5 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia EM FTC com mais de um GU operativa
Gpt E
Cia C Ap Btl Eng
(1) Moacutedulos
Especializados (2)
EM
(ED)
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 1010)
22 Organograma do CEFTC (ED)
Legenda
(1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio
(2) Normalmente dois Btl Eng (Cmb ou Cnst) podendo chegar a cinco (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 6 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Unidade operativa
3 FTC eacute organizada com uma GU operativa (3ordm caso)
Neste caso o CEFTC (E Bda) seraacute constituiacutedo pela Unidade ou Subunidade orgacircnica
da GU podendo receber meios adicionais
PAULO RICARDO PINTO SILVA - Cel
Chefe do Centro de Doutrina do Exeacutercito
CEFTC ED
Cia C Ap Btl Eng
(2) Cia Geoinformaccedilatildeo
Moacutedulos Especializados
(3)
EM (1)
161
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 16)
ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NOTA DE COORDENACcedilAtildeO
DOUTRINAacuteRIA NR 022016
MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES
CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO
Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de
2016
O EMPREGO DO BATALHAtildeO DE ENGENHARIA DAS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA
IacuteNDICE DE ASSUNTOS
1 FINALIDADE 02
2 OBJETIVO 02
3 REFEREcircNCIAS 02
4 INTRODUCcedilAtildeO 02
5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA 03
6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA 04
7 EMPREGO DO BATALHAtildeO 04
ANEXOS
A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA DE
CAVALARIA MECANIZADA 06
162
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 26)
1 FINALIDADE
Complementar a orientaccedilatildeo do emprego da engenharia retificando as
informaccedilotildees referentes ao apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada (Bda C
Mec)
2 OBJETIVO
Apresentar uma visatildeo atualizada da organizaccedilatildeo estrutura e emprego da
engenharia que presta apoio agraves Bda C Mec agrave luz da Doutrina Militar Terrestre
subsidiando a exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no planejamento e
execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e taacuteticos para
Emprego da Forccedila Terrestre
3 REFEREcircNCIAS
____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007
____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014
____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015
____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014
____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015
____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014
____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999
____ Brigada de Cavalaria Mecanizada - C 2-30
____ Batalhatildeo de engenharia de combate - C 5-7 2001
____ O apoio de engenharia no escalatildeo brigada - C 5-10 2000
____ Regimento de Cavalaria Mecanizado - C 2-20 2002
____ Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 002 2016 ndash As estruturas de
engenharia no teatro de operaccedilotildees
4 INTRODUCcedilAtildeO
41 A desarmonia entre doutrina e emprego afasta a forccedila da possibilidade de
manutenccedilatildeo de uma efetiva capacidade A mudanccedila em um dos fatores da
doutrina exige um reajuste das demais para que se mantenha um equiliacutebrio entre
Doutrina Organizaccedilatildeo Adestramento Material Emprego Pessoal e Instruccedilatildeo
(DOAMEPI)
163
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 36)
42 O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia (PENSE) Vetor de
Transformaccedilatildeo da Engenharia no Processo de Tranformaccedilatildeo do Exeacutercito foi
concebido com a finalidade de proporcionar uma urgente recuperaccedilatildeo da
capacidade operacional no que tange agraves estruturas organizacionais
competecircncia dos recursos humanos evoluccedilatildeo doutrinaacuteria melhoria da
quantidade e qualidade do material de engenharia e gestatildeo ambiental nas
atividades militares
43 Evoluccedilotildees doutrinaacuterias e aquisiccedilotildees de materiais modernos como as Viaturas
dos Projetos Leopard e Guarani proporcionaram agraves brigadas mecanizadas e
blindadas grande poder de dissuasatildeo exigindo entretanto uma adequaccedilatildeo no
do material pessoal e doutrina da engenharia
5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA
51 O apoio de Engenharia eacute fundamental para que as brigadas blindadas e
mecanizadas tenham capacidade de mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo
Uma engenharia ineficiente elimina as vantagens obtidas por fraccedilotildees dotadas de
modernas viaturas as quais tecircm sua mobilidade ditada por limitaccedilotildees impostas
pelo terreno e por restriccedilotildees determinadas pela engenharia inimiga bem como
sua defesa pelo uso exclusivo do fogo
52 Esta NCD complementa a Nota de Coordenccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31
de maio de 2016 e retifica-a no que tange agrave organizaccedilatildeo da Engenharia em
apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada a qual a mantinha como uma
subunidade
53 Dotada de trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (Pel E Cmb) e um
Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) como elementos executivos e de um
Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) a Subunidade de engenharia natildeo
tem capacidade de proporcionar agrave Bda C Mec mobilidade assegurar a
contramobilidade nem contribuir com sua proteccedilatildeo
54 A Brigada de Cavalaria Mecanizada pode empregar em primeiro escalatildeo ateacute
2 (dois) Regimentos de Cavalaria Mecanizada (RC Mec) e 1 (um) Regimento de
Cavalaria Blindado (RCB) os quais podem receber pelototildees em apoio direto ou
situaccedilatildeo de comando reforccedilo
164
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)
55 O Comandante da engenharia do escalatildeo Brigada entretanto natildeo restringe
sua influecircncia no combate ao apoio de Engenharia no Apoio Direto ou no Reforccedilo
aos regimentos mas emprega os demais pelototildees que estatildeo sob seu comando
no Apoio Suplementar a esses pelototildees no Apoio ao Conjunto realizado em
proveito a mais de um elemento ou agrave brigada como um todo aleacutem de manter
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada
6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA DE CAVALARIA
MECANIZADA
61 A Engenharia da brigada deve atender as necessidades miacutenimas e imediatas
do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate o que para isso conta com
um Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado (BE Cmb Mec)
62 O BE Cmb Mec estaacute organizado com uma Companhia de Engenharia de
Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) uma Companhia de Engenharia de
Combate Blindado (Cia E Cmb Bld) uma Companhia de Comando e Apoio (Cia
C Ap) e uma Companhia de Equipagem de Ponte (C Eq Pnt)
63 A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec)
subunidade mais apta para apoiar os RC Mec e a Cia E Cmb Bld mais apta para
apoiar o RCB possuem cada uma 4 (quatro) Pelototildees de Engenharia de
Combate (Pel E Cmb) como fraccedilatildeo baacutesica de emprego junto aos regimentos
64 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para o comando e logiacutestica do
batalhatildeo e equipamentos de engenharia para as companhias aleacutem de realizar
trabalhos teacutecnicos de manutenccedilatildeo de rede miacutenima de estrada e instalaccedilotildees
necessaacuterios agrave Bda
65 A Cia E Pnt tem a missatildeo apoiar com equipamento especializado a
transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e de pequenas brechas no apoio agrave mobilidade e
reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas do batalhatildeo com material de transposiccedilatildeo
165
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 56)
7 EMPREGO DO BATALHAtildeO
71 O comandante do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
administra o emprego de suas fraccedilotildees e meios a fim de garantir o apoio agrave
mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo da brigada
72 Com o objetivo preciacutepuo de apoio aos elementos em primeiro escalatildeo o
comandante da engenharia da brigada simultaneamente manteacutem condiccedilotildees de
prestar apoio suplementar a esses elementos suprir as necessidades da brigada
no Apoio ao Conjunto e ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando
empregada
73 As Cia E Cmb satildeo os elementos executivos do batalhatildeo
74 Ao Cmt do BE Cmb cabe planejar o emprego de seus meios os quais devem
ser compatiacuteveis com suas possibilidades
75 Para o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo as companhias apoiam com
pelototildees de preferecircncia de mesma natureza do elemento apoiado Cada peccedila
de manobra valor unidade empregado pela Bda recebe normalmente um
pelotatildeo Quando necessaacuterio o reforccedilo em material este deve ser solicitado ao
Cmt Btl
76 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para comando e logiacutestica do
batalhatildeo e Viatura Blindadas Especiais sobre lagartas a fim de reforccedilar os
pelototildees em apoio aos regimentos e equipamentos de engenharia para as Cia E
Cmb
77 A Cia E Pnt tem a missatildeo de apoiar e reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas na
transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e pequenas brechas com equipamento
especializado e VBE sobre lagartas
166
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 66)
ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB MEC ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA
DE CAVALARIA MECANIZADA
1 Organograma do BE Cmb MecBda C Mec
Figura 1 ndash Exemplo de um organograma de BE Cmb Mec de Bda C Mec
TERMO DE AUTORIZACcedilAtildeO PARA PUBLICACcedilAtildeO DE TESES DISSERTACcedilOtildeES
TRABALHOS DE CONCLUSAtildeO DE CURSO E ARTIGOS CIENTIacuteFICOS ELETROcircNICOS NA
BIBLIOTECA DIGITAL DE TRABALHOS CIENTIacuteFICOS
Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicaccedilatildeo autorizo a DESMil e a EsAO a
disponibilizarem atraveacutes de paacutegina eletrocircnica oficial do Estabelecimento de Ensino sem ressarcimento dos
direitos autorais de acordo com a Lei nordm 9610 de 19 de fevereiro de 1998 Lei de Direito Autoral o texto
integral da obra abaixo citada conforme permissotildees assinaladas para fins de leitura impressatildeo eou
download a tiacutetulo de divulgaccedilatildeo da produccedilatildeo cientifica brasileira a partir desta data
Identificaccedilatildeo do material bibliograacutefico
( ) Tese (x) Dissertaccedilatildeo ( ) Trabalho de Conclusatildeo de Curso (x) Artigo Cientiacutefico
Instituiccedilatildeo de Ensino Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO)
Tiacutetulo A doutrina de Engenharia de Combate da Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma sugestatildeo de
adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas
Autor Cap Eng Saulo dos Santos Marques
Idt033373474-7 CPF010094330-67 E-mailmarxemcasahotmailcom
Data de Defesa11 de outubro de 2018 Titulaccedilatildeo Mestrado Profissional
Curso de Poacutes-graduaccedilatildeo Engenharia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Defesa Nacional
Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Agecircncia de fomento (se for o caso)
Autoriza disponibilizar o e-mail na Base de Dados de Teses Dissertaccedilotildees Trabalhos Cientiacuteficos
e Artigos Cientiacuteficos da Biblioteca Digital de Trabalhos Cientiacuteficos
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publicaccedilatildeo) A extensatildeo deste prazo suscita justificativa ao Instituto Brasileiro de Informaccedilatildeo em Ciecircncia e
Tecnologia (IBICT) Todo o conteuacutedo resumo e metadados ficaratildeo sempre disponibilizados
Havendo concordacircncia com a publicaccedilatildeo eletrocircnica do Trabalho Cientiacutefico torna-se imprescindiacutevel o
envio do(s) seu(s) arquivo(s) em formato digital sem ser passiacutevel de modificaccedilatildeo do tipo Portable Document
Format (PDF) da Adobe Systems
________________________________________
Saulo dos Santos Marques
MINISTEacuteRIO DA DEFESA
EXEacuteRCITO BRASILEIRO
DECEx - DESMIL
ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS
(EsAO1919)
DIVISAtildeO DE ENSINO SECcedilAtildeO DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO
TERMO DE CESSAtildeO DE DIREITOS SOBRE TRABALHO ACADEcircMICO
TIacuteTULO DO TRABALHO
A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA
MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS
ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
IDENTIFICACcedilAtildeO DO AUTOR
SAULO DOS SANTOS MARQUES ndash Cap Eng
1 Este trabalho nos termos da legislaccedilatildeo que resguarda os direitos autorais eacute considerado de minha
propriedade
2 Autorizo a Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) a utilizar meu trabalho para uso
especiacutefico no aperfeiccediloamento e evoluccedilatildeo da Forccedila Terrestre bem como a divulgaacute-lo por publicaccedilatildeo em
revista teacutecnica da Escola ou outro veiacuteculo de comunicaccedilatildeo do Exeacutercito
3 A EsAO poderaacute fornecer coacutepia do trabalho mediante ressarcimento das despesas de postagem e
reproduccedilatildeo Caso seja de natureza sigilosa a coacutepia somente seraacute fornecida se o pedido for encaminhado
por meio da Organizaccedilatildeo Militar fazendo-se a necessaacuteria anotaccedilatildeo do destino no Livro de Registro
existente na Biblioteca
4 Eacute permitida a transcriccedilatildeo parcial de trechos do trabalho para comentaacuterios e citaccedilotildees desde que sejam
transcritos os dados bibliograacuteficos dos mesmos de acordo com a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais
5 A divulgaccedilatildeo do trabalho em outros meios natildeo pertencentes ao Exeacutercito somente pode ser feita
com a autorizaccedilatildeo do autor ou da Direccedilatildeo de Ensino da EsAO
Rio de Janeiro ___ de _________________ de ________
_______________________________________
O AUTOR
A Deus por ter-me abenccediloado com mais este trabalho assim como tem feito com minha vida
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador pela paciecircncia e dedicaccedilatildeo em mostrar-me o correto
caminho
Aos instrutores do CAO 2018 pela colaboraccedilatildeo na transmissatildeo de tatildeo
importantes conhecimentos para o capitatildeo da Arma de Engenharia
Aos companheiros do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados - General Walter
Pires pelo inestimaacutevel exemplo do espiacuterito de camaradagem dedicaccedilatildeo e
excelecircncia do ensino cujos pilares me guiaratildeo por toda a minha vida profissional
Agrave minha famiacutelia a qual sou eternamente grato pelas oraccedilotildees a Deus e pelo
oportuno apoio e carinho os quais foram cruciais para a transposiccedilatildeo dos
obstaacuteculos mais difiacuteceis que se apresentaram no presente ano
RESUMO
A capacidade de uma tropa estaacute baseada nos fatores doutrina organizaccedilatildeo adestramento material emprego pessoal e instruccedilatildeo Para o sistema de engenharia destaca-se ainda mais a importacircncia do conjunto formado pelo material pessoal e organizaccedilatildeo O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia visa reestruturar esse sistema que tem influecircncia significativa na capacidade da engenharia cumprir suas missotildees como arma de apoio Alinhado com esse objetivo este trabalho analisou a estrutura das Brigadas de Cavalaria Mecanizada que satildeo compostas por Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindada os quais receberam respectivamente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedias de Rodas Guarani e as Viaturas de Combate Carro de Combate Leopard 1 e M60 A3-TTS Embora os projetos Guarani e Leopard tenham influenciado na melhoria dos materiais utilizados pelos regimentos a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo teve a adequaccedilatildeo dos seus fatores base Entatildeo surgiu a necessidade de por meio da anaacutelise dos fatores emprego e materiais sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo desse apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo da brigada a partir da anaacutelise do apoio a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
ABSTRACT
The capacity of a troop is based on factors doctrine organization training material employment personnel and instruction For the engineering system the importance of the set formed by the material personnel and organization stands out even more The Strategic New Engineering System Project aims to restructure this system which has a significant influence on the ability of engineering to fulfill its missions as a support weapon Aligned with this objective this work analyzed the structure of the Mechanized Cavalry Brigades which are composed of Mechanized Cavalry Regiments and Armored Cavalry Regiments which received respectively the Armored Personnel Carrier Vehicle - Medium Wheeled Type and the Main Battle Tank Leopard 1 and M60 A3-TTS Although the Guarani and Leopard projects influenced the improvement of the materials used by the regiments the Mechanized Combat Engineering Company did not have the adequacy of its base factors Then the need arose through the analysis of the factors of employment and materials to suggest a proposal for adequacy of this support provided to the elements employed in the first step of the brigade based on the analysis of the support for Deliberate Attack
Keywords Mechanized Cavalry Brigades Mechanized Combat Engineering Company Structurant New Engineering System Project Deliberate Attack
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 PROBLEMA 12
12 OBJETIVOS 13
13 QUESTOtildeES DE ESTUDO 14
14 JUSTIFICATIVA 15
2 METODOLOGIA 16
21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO 16
211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis 17
212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 18
213 Alcances e limiteshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 19
22 AMOSTRAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 20
23 DELINEAMENTO DA PESQUISAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21
231 Procedimentos para revisatildeo de literatura 21
2311 Fontes de busca 22
2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados 22
2313 Criteacuterios de inclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22
2314 Criteacuterios de exclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22
232 Procedimentos Metodoloacutegicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23
233 Procedimentos Experimental helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23
234 Instrumentos 23
2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios 24
2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani hellip 24
2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 24
2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)helliphelliphelliphelliphelliphellip
25
2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham
realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip
25
2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25
235 Anaacutelise dos Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26
2351 Tabulaccedilatildeo dos dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 27
31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 28
311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito 28
312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo 29
313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra 29
314 Modularidade 30
315 Projeto Guarani 31
32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 33
321 Regimento de Cavalaria Mecanizado 35
322 Regimento de Cavalaria Blindada 36
33 COMPANHIA DE COMBATE MECANIZADA 38
331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio 40
332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto 40
333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado 43
34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE 45
341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha 46
342 Viatura Blindada Especial de Engenharia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 49
343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha 50
344 Outros sistemas e implementos 55
35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM OUTROS PAIacuteSES
60
351 SBCT a brigada americana Stryker helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60
352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha helliphellip 63
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 71
41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS 71
411 Revisatildeo da literatura 72
412 Entrevistas 73
413 Coleta documental 73
42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO 74
421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo 74
422 Adequabilidade do material 78
43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 79
431 Organizaccedilatildeo adequada 80
432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos 82
433 Caracteriacutesticas dos meios 91
434 Quantidade de VBE por BE Cmb 96
5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES 99
REFEREcircNCIAS 103
APEcircNDICE A - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA 109
APEcircNDICE B - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA 120
APEcircNDICE C - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 131
APEcircNDICE D - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 143
APEcircNDICE E - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 150
ANEXO A ndash NCD NR 022016 151
ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NCD NR 022016 160
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
Os novos manuais doutrinaacuterios publicados a partir do ano de 2014
reformularam as bases da doutrina do Exeacutercito Atraveacutes deles a Doutrina Militar
Terrestre (DMT) ratificou alguns conceitos jaacute existentes mas trouxe novos que devem
ser entendidos e incorporados agraves capacidades da forccedila a fim de acompanhar a
evoluccedilatildeo do combate mundial
O conhecimento de conceitos como Operaccedilatildeo de Amplo Espectro (atuaccedilatildeo
simultacircnea ou sucessiva em Operaccedilotildees Ofensivas Defensivas de Pacificaccedilatildeo e de
Apoio a Oacutergatildeos Governamentais) permite entender quais satildeo as capacidades que
devem ser almejadas pelas Brigadas Mecanizadas (Bda Mec) consideradas Grandes
Unidades (GU) vocacionadas para essa Operaccedilatildeo Destas GU destacam-se as de
Cavalaria Mecanizada que segundo o Manual de DMT tem a aptidatildeo agraves missotildees de
Reconhecimento Vigilacircncia e Seguranccedila
As Brigadas de Cavalaria Mecanizada apresentam limitaccedilotildees como a
vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de minas e
obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos arenosos
pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees
meteoroloacutegicas adversas e com grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria
conforme discriminado pelo manual C 2-30 - Brigada de Cavalaria Mecanizada
(BRASIL 2000 p 1-4)
Tais limitaccedilotildees afetam principalmente a mobilidade da Bda em Operaccedilotildees
Ofensivas na qual os RC Mec (Brasil 2000 p 1-14) estatildeo mais capacitados a
executar as operaccedilotildees altamente moacuteveis as manobras de flanco o aproveitamento
do ecircxito e a perseguiccedilatildeo Por sua vez o RCB que por suas caracteriacutesticas eacute o
elemento de manobra mais eficaz para conduzir as operaccedilotildees ofensivas e defensivas
continuadas da Bda apresenta uma seacuterie de restriccedilotildees na sua capacidade de
manobra diminuindo sua eficaacutecia e eficiecircncia no emprego do fogo do combate
aproximado e da accedilatildeo de choque
Para reduzir as limitaccedilotildees das Brigadas de Cavalaria Mecanizada na mobilidade
contramobilidade e proteccedilatildeo as Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada
(Cia E Cmb Mec) empregam os Pelototildees de Engenharia de Combate Mecanizado
(Pel E Cmb Mec) conforme Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de
maio de 2016 As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (documento de
11
caraacuteter experimental portanto natildeo definitivo) a fim de atender agraves necessidades
miacutenimas dos Regimentos de Cavalaria Mecanizado (RC Mec) e Regimento de
Cavalaria Blindado (RCB)
As atribuiccedilotildees que a Engenharia tem para com seus elementos apoiados se
apresentam da seguinte forma
A Engenharia tem como missatildeo principal apoiar com as vertentes do
combate e construccedilatildeo os elementos de emprego da F Ter nas operaccedilotildees
desencadeadas no amplo espectro dos conflitos Participa das Funccedilotildees de
Combate Movimento e Manobra proporcionando mobilidade agraves armas-base
e contra-mobilidade ao inimigo Proteccedilatildeo aos oacutergatildeos e estruturas de
combate Logiacutestica em diversas atividades dentre outras (BRASIL 2014 p
6-3)
Nesta uacuteltima deacutecada concomitantemente com a atualizaccedilatildeo doutrinaacuteria novos
Materiais de Emprego Militar (MEM) foram distribuiacutedos em diversas OM do Brasil
frutos de Projetos Estrateacutegicos do Exeacutercito (PEE) alterando suas capacidades e
limitaccedilotildees Dentre eles destaca-se para as tropas de natureza blindada o Projeto
Leopard o qual levou agrave troca dos Carros de Combate (CC) M41 pelas Viatura Blindada
de Combate Carro de Combate Leopard 1 A5 BR (VBCCC Leopard 1 A5 BR) desde
2009
Para as tropas mecanizadas o principal impacto foi causado pelo Projeto
Guarani o qual jaacute modernizou a frota de algumas Organizaccedilotildees Militares (OM) com
esta Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas (VBTP-MR) a qual
estaacute em fase de produccedilatildeo e entrega Concomitantemente com a produccedilatildeo dessas
viaturas estatildeo sendo desenvolvidos protoacutetipos e adquiridos materiais para o
desenvolvimento dos demais componentes da Nova Famiacutelia de Blindados Sobre
Rodas Guarani (NFBSR)
O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que
os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo
doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos
Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado
empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi) (BRASIL 2014 p 7-2)
12
O objetivo geral do presente estudo eacute partindo do estudo das Capacidades da
Cia E Cmb Mec analisar no acircmbito da mobilidade as necessidades miacutenimas e
imediatas dos elementos a serem empregados em primeiro escalatildeo Baseado nessa
anaacutelise busca-se apresentar uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Cia
E Cmb Mec no Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi)
11 PROBLEMA
Em manual datado de 1989 C 5-10 - Apoio de Engenharia no Escalatildeo Brigada
e reeditado em 2000 consta a missatildeo organizaccedilatildeo atribuiccedilotildees equipamentos e
forma de emprego do pelotatildeo de engenharia de combate O manual C 5-1 - Emprego
da Engenharia datado de 1999 em sua 3ordf ediccedilatildeo caracteriza o Pel E Cmb como o
elemento responsaacutevel por prestar apoio aos elementos em primeiro escalatildeo da Bda C
Mec
A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 (NCD Nr 0216) trouxe a
atualizaccedilatildeo de alguns conceitos modificando inclusive o escalatildeo de apoio de
engenharia agraves Brigadas Blindadas e de Infantaria Mecanizada (Bda Inf Mec)
passando do valor subunidade (Companhia) para unidade (Batalhatildeo)
Nesta mesma NCD poreacutem foi mantido o estabelecido nos dois manuais citados
acima ratificando que uma Cia E Cmb Mec constituiacuteda por 3 Pel E Cmb Mec eacute o
elemento de apoio aos Regimentos da Bda
O Comandante da Cia E Cmb Mec denominado engenheiro da brigada ao
empregar pelototildees em reforccedilo restringe sua capacidade de realizar um apoio
suplementar a esses pelototildees e de realizar trabalhos em prol da proacutepria companhia
dos demais elementos da brigada e do apoio ao conjunto (mais de um elemento)
Aleacutem disso por sua limitaccedilatildeo em meios na realizaccedilatildeo de trabalhos o Pel E Cmb
na maioria de suas missotildees eacute reforccedilado por equipagens e equipamentos pelo Pelotatildeo
de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Esses poreacutem natildeo
possuem materiais adequados reforccedilar os pelototildees de engenharia de combate
Face ao exposto formulou-se o seguinte problema Em que medida a
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada tem capacidade de atender agraves
necessidades miacutenimas dos elementos empregados em primeiro escalatildeo de uma Bda
C Mec no Aproveitamento do Ecircxito no que tange agrave mobilidade
13
12 OBJETIVOS
O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que
os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo
doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos
Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado
empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Com o intuito de conduzir o estudo para uma soluccedilatildeo foram elencados os
seguintes objetivos especiacuteficos
a Apresentar os conceitos novos ou natildeo que sejam relevantes para a
exploraccedilatildeo do assunto
b Descrever a forma de emprego de uma Bda C Mec em Operaccedilotildees de
Aproveitamento do Ecircxito
c Descrever a organizaccedilatildeo e as caracteriacutesticas dos elementos empregados em
primeiro escalatildeo por uma Bda C Mec
d Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e forma de emprego em Operaccedilotildees
Ofensivas de uma Cia E Cmb Mec
e Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de
um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap)
f Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de
um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass)
g Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas missatildeo possibilidades e limitaccedilotildees
do Pel E Cmb Mec
h Analisar a capacidade do Pel E Cmb Mec em atender agraves necessidades
miacutenimas dos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada em
Operaccedilotildees Ofensivas
i Apresentar viaturas especiais de engenharia disponiacuteveis no mercado
mundial
j Analisar o emprego de uma engenharia de Bda do exeacutercito alematildeo e
estadunidense semelhante agrave Bda C Mec concluindo sobre a adequabilidade
do emprego realizado pelo exeacutercito brasileiro
14
k Apresentar uma proposta de apoio de engenharia capaz de atender agraves
necessidades miacutenimas de regimentos orgacircnicos de uma Bda C Mec
13 QUESTOtildeES DE ESTUDO
Atraveacutes da anaacutelise da capacidade de apoio de um Pel E Cmb orgacircnico de uma
Cia E Cmb Mec frente agraves necessidades de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada agrave
luz dos novos manuais doutrinaacuterios projetos estrateacutegicos e dos meios de dotaccedilatildeo (ou
em aquisiccedilatildeo pelo Exeacutercito) seraacute analisada a adequabilidade desse apoio Para isso
foram relacionadas algumas questotildees de estudo listadas abaixo a fim de guiar o
trabalho ao objetivo proposto
a) quais os conceitos associados ao emprego e ao material satildeo necessaacuterios para
desenvolvimento de uma proposta adequada de organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec
b) como a Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute empregada em uma Operaccedilatildeo de
Aproveitamento do Ecircxito
c) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela
Brigada de Cavalaria Mecanizada
d) como a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada das Brigadas de
Cavalaria Mecanizadas satildeo empregadas em Operaccedilotildees Ofensivas
e) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada
f) quais os meios que disponiacuteveis atualmente para o Pelotatildeo de Engenharia de
Combate Mecanizado apoiar os Regimentos empregados em primeiro escalatildeo no
Aproveitamento do Ecircxito
g) quais os materiais disponiacuteveis no mundo necessaacuterios para atribuir capacidade
de junto aos Regimentos em um Aproveitamento do Ecircxito
h) como eacute prestado o apoio de engenharia em outros paiacuteses a tropas que
possuam organizaccedilatildeo semelhante agrave da Brigada de Cavalaria Mecanizada
i) qual a sugestatildeo de emprego da engenharia de brigada para que seja realizado
um apoio adequado que atenda agraves necessidades miacutenimas dos regimentos orgacircnicos
da Bda C Mec
14 JUSTIFICATIVAS
15
Este trabalho justifica-se pela necessidade de ser avaliada a manutenccedilatildeo ou natildeo
da capacidade da Cia E Cmb Mec frente agraves mudanccedila relacionadas agraves caracteriacutesticas
apresentadas pelos novos cenaacuterios mundiais e pela evoluccedilatildeo do material utilizado
pelo Exeacutercito Brasileiro advindo dos Projetos Leopard e Guarani a fim de
acompanhar o Processo de Transformaccedilatildeo do Exeacutercito Brasileiro que estaacute em
desenvolvimento atualmente
Tal justificativa encontra-se alinhada com os objetivos do Projeto Estruturante
Novo Sistema de Engenharia (PENSE) concebido pelo EME em 2014 o qual teve a
Diretriz de Implantaccedilatildeo aprovada pela Portaria Nordm 031-EME de 26 de fevereiro de
2018
O objetivo decisivo do programa estaacute centrado nos pilares de sustentaccedilatildeo da
capacidade operacional da Engenharia quais sejam a obtenccedilatildeo do Material de
Engenharia adequado e suficiente o desenvolvimento e a atualizaccedilatildeo da doutrina e a
capacitaccedilatildeo de pessoal
A inovaccedilatildeo dos MEM bem como a transformaccedilatildeo doutrinaacuteria demandam
anaacutelises retificaccedilatildeo e ratificaccedilatildeo de conceitos quebra de paradigmas e uma busca
pelo reequiliacutebrio entre as capacidades e necessidades geradas
Com o intuito de corroborar com a evoluccedilatildeo do Sistema Engenharia tendo em
vista a modernizaccedilatildeo doutrinaacuteria e dos novos MEM este trabalho buscaraacute analisar
as Capacidades Operativas desejaacuteveis a fim de propor uma adequaccedilatildeo de apoio de
engenharia na mobilidade dos RC Mec e RCB orgacircnicos de uma Bda C Mec no
Aproveitamento do Ecircxito
Com essa adequaccedilatildeo busca-se dar efetividade agrave doutrina atinente agrave
Engenharia da Brigada tornando-a atual e compatiacutevel com as necessidades dos
elementos apoiados principalmente exequiacutevel e efetiva
16
2 METODOLOGIA
Nesta seccedilatildeo estaacute detalhada a forma que a pesquisa foi dirigida a fim de
atender aos objetivos especiacuteficos os quais visaram desenvolver uma soluccedilatildeo
adequada ao objetivo geral atraveacutes do desenvolvimento de respostas agraves questotildees
de estudo levantadas
Por meio do estudo das possibilidades e limitaccedilotildees da Companhia de
Engenharia de Combate Mecanizada buscou-se apresentar uma anaacutelise da
capacidade de atender agraves necessidades dos elementos empregados em primeiro
escalatildeo pelas Bda C Mec e sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo de sua forma de
emprego e do material necessaacuterio
Para atingir esses objetivos a metodologia foi dividida em objeto formal de
estudo amostra e delineamento de pesquisa
21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO
O presente trabalho eacute classificado quanto agrave sua forma de abordagem
qualitativa e ao seu objetivo geral como exploratoacuteria e descritiva A sua finalidade eacute
desenvolver uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Companhia de
Engenharia de Combate aos Regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada
em Operaccedilotildees Ofensivas por meio do estudo especiacutefico das capacidades
operativas da Cia E Cmb Mec em operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito face agrave
evoluccedilatildeo doutrinaacuteria presente na publicaccedilatildeo dos novos manuais doutrinaacuterios
publicados a partir de 2014 e dos MEM frutos dos Projetos Estrateacutegicos Leopard e
Guarani
Para atingir esse objetivo seraacute descrita a doutrina em vigor relacionada agrave Bda
C Mec e agrave Cia E Cmb que a apoia e analisados os reflexos da transformaccedilatildeo
doutrinaacuteria ocorrida nos uacuteltimos anos (de 2014 a 2017) e da aquisiccedilatildeo de novos
MEM
Com base na anaacutelise das capacidades e limitaccedilotildees seraacute proposta uma soluccedilatildeo
de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia que atribua capacidade de emprego de
acordo com a doutrina baseado na bibliografia vigente e atualizado com base no
emprego de exeacutercitos de outros paiacuteses e no material disponiacutevel no mundo
atualmente
17
Para a pesquisa a variaacutevel ldquoCapacidades Operativas da Companhia de
Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do Ecircxitordquo que analisou
as capacidades em material e de acordo com a organizaccedilatildeo atuais da Companhia
no apoio agrave mobilidade no aproveitamento do ecircxito foi considerada a variaacutevel
independente
Atraveacutes desta procurou-se estudar modificaccedilotildees que influenciassem
significativamente sobre a dependente ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de
uma Brigada de Cavalaria Mecanizadardquo a fim de adequar o apoio prestado aos
regimentos durante a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito pela engenharia da
brigada
A relaccedilatildeo entre a variaacutevel dependente e independente eacute alterada pelo fator
ldquoNecessidades Miacutenimas dos Regimentosrdquo que satildeo as necessidades de trabalhos
de engenharia aos regimentos existentes apoacutes a modernizaccedilatildeo do material e
doutrina nacionais no que tange agrave Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis
ldquoCapacidades Operativas da Companhia de Engenharia de Combate no
Aproveitamento do Ecircxitordquo variaacutevel independente pode ser definida como a
anaacutelise agraves capacidades atuais da Cia E Cmb Mec para emprego do Pel E Cmb em
uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito em apoio ao Rgt de uma Bda C Mec
Para isso foi analisado por meio dos questionaacuterios ldquoArdquo e ldquoBrdquo a adequabilidade
da organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec para apoio aos regimentos de uma Brigada de
Cavalaria Mecanizada e do material disponiacutevel para apoiaacute-los na mobilidade em uma
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
A variaacutevel ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de uma Brigada de
Cavalria Mecanizadardquo pode ser definida como a sugestatildeo doutrinaacuteria para atender
agrave luz dos novos conceitos e fundamentos e materiais as necessidades dos
Regimentos
Por meio das respostas dos questionaacuterio ldquoArdquo ldquoBrdquo ldquoCrdquo e ldquoDrdquo chegou-se a uma
organizaccedilatildeo adequada e atual quando comparada com outros exeacutercitos permitindo
a melhoria do emprego da engenharia no emprego junto aos regimentos de uma
Brigada de Cavalaria Mecanizada
18
Os referidos questionaacuterios tambeacutem permitiram a anaacutelise das caracteriacutesitcas dos
meios e a quantidade de viaturas necessaacuterias para o apoio de engenharia da
brigada na abertura de passagem em obstaacuteculos durante uma Operaccedilatildeo de
Aproveitamento do Ecircxito
Para a variaacutevel interveniente foi considerada as Necessidades Miacutenimas dos
Regimentos no que se refere a apoio de engenharia as quais foram apresentadas
na revisatildeo de literatura reforccedilada pelas respostas presentes nos citados
questionaacuterios cujas respostas foram analisadas individualmente
Esta anaacutelise porcurou confirmar ou refutadar os comentaacuterios presentes nos
questionaacuterios de acordo com as informaccedilotildees encontradas na proacutepria bibliografia
estudada e no Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual (TTAV) realizado no Centro
de Instruccedilatildeo de Blindados
212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis
Nos Quadros 1 e 2 estatildeo expostos a dimensatildeo os indicadores e a forma de
mediccedilatildeo das variaacuteveis independente e dependente a fim de permitir uma
visualizaccedilatildeo de como seratildeo abordados no presente estudo
VARIAacuteVEL
INDEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO
Capacidades
Operativas da Cia
E Cmb no Apvt
Ecircxi
Emprego no
apoio aos Rgt
da Bda C
Mec
Adequabilidade
da organizaccedilatildeo
Questotildees Nr 1 e 2 (Apd A)
e Nr 1 e 2 (Apd B)
Material para
apoio agrave
mobilidade
Adequabilidade
do material
Questotildees Nr 3 (Apd A) e
Nr 3 (Apd B)
QUADRO 1 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Independente Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec no Apvt Ecircxi Fonte O autor
19
VARIAacuteVEL
DEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO
Apoio de
Engenharia aos
Rgt de uma Bda
C Mec
Emprego da
engenharia
Organizaccedilatildeo
adequada
Questotildees 6 e 7 (Apd A)
questotildees 6 e 7 (Apd B)
Comparaccedilatildeo com
outros exeacutercitos
Questatildeo 1 2 e 3 (Apd C) e
questatildeo 1 2 e 3 (Apd D)
Material para
abertura de
passagem em
obstaacuteculo
Caracteriacutesticas dos
meios
Questotildees 4 e 5 (Apd A)
questotildees 4 e 5 (Apd B)
questatildeo 4 e 5 (Apd C) e
questatildeo 4 e 5 (Apd D)
Quantidade de
viaturas Questatildeo 6 (Apd C)
QUADRO 2 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Dependente Apoio de Engenharia aos Rgt da Bda C Mec Fonte O autor
213 Alcances e Limites
Para a anaacutelise das operaccedilotildees ofensivas foram excluiacutedos os tipos de
Reconhecimento em Forccedila Perseguiccedilatildeo Ataque de Oportunidade e Marcha para o
Combate O objetivo do autor foi dar ecircnfase aos trabalhos de mobilidade com
emprego dos pelototildees de forma descentralizada Desta forma o pelotatildeo que
acompanha o regimento precisa conduzir todo o material necessaacuterio natildeo sendo
adequado solicitar apoio agrave companhia devido a sua distacircncia e necessidade de
acompanhamento da velocidade das operaccedilotildees
Nesse sentido foi escolhido o estudo da Operaccedilatildeo de Aproveitamento do
Ecircxito situaccedilatildeo que o Pelotatildeo encontra-se normalmente empregado na situaccedilatildeo de
comando reforccedilo
O sistema Engenharia constituiacutedo por material pessoal e doutrina visa
proporcionar aos elementos apoiados mobilidade contramobilidade proteccedilatildeo e
apoio geral Dentre estes foram abordados neste estudo o apoio agrave mobilidade
20
situaccedilatildeo onde a falta de meios especiais junto aos pelototildees eacute mais niacutetida deixando
de ser trabalhados contramobilidade proteccedilatildeo e apoio geral
Na mobilidade o estudo abarcou trabalhos de abertura de passagens em
obstaacuteculos transposiccedilatildeo de curso de aacutegua obstaacuteculo conservaccedilatildeo e reparaccedilatildeo de
vias e estradas e desorganizaccedilatildeo de posiccedilotildees organizadas do inimigo trabalhos os
quais podem ser realizados por viaturas blindadas especiais Excluiu-se portanto o
estudo da transposiccedilatildeo de curso de aacutegua de vulto ou grande vulto que exigem o
apoio de escalotildees superiores agrave brigada a navegaccedilatildeo e o reconhecimento
Como a Cia E Cmb Mec desdobra seus trabalhos normalmente em toda aacuterea
da Bda o estudo limitou-se aos realizados em prol dos elementos em primeiro
escalatildeo (os regimentos de cavalaria) excluindo o estudo dos trabalhos de apoio ao
conjunto e suplementar
Para tal os meios a serem analisados foram limitados aos de emprego
imediato pelos pelototildees ou seja que seja de dotaccedilatildeo ou passados em reforccedilo ao
pelotatildeo Um exemplo de meio incluiacutedo foi uma Ponte de Pequena Brecha (Pnt P
Bre) pois pode ser transportada por reboque ou por uma viatura blindada Em
contrapartida foi excluiacutedo o estudo do emprego de portada pesada tendo em vista
que a mesma natildeo tem emprego em transposiccedilatildeo imediata mas preparada
22 AMOSTRA
As pesquisas as quais foram enviadas por endereccedilo eletrocircnico atraveacutes de
consulta aos e-mails cadastrados no DGP buscaram abranger em caraacuteter
voluntaacuterio militares que tivessem conhecimentos ligados ao tema
Enquanto algumas pesquisas procuraram abranger militares que tiveram
experiecircncia no emprego do apoio de engenharia (como cliente ou como fornecedor)
outras pesquisas buscaram militares especializados no emprego de blindados e por
fim pesquisas que exploraram a experiecircncia de militares que realizaram curso de
comandante de subunidade no exterior confrontando o questionamento com os
conhecimentos e experiecircncias vividas nos Estados Unidos e na Alemanha
Os questionaacuterios elaborados embora tenha como universo apenas militares
com posto acima de capitatildees aperfeiccediloados natildeo procuraram levar em consideraccedilatildeo
a experiecircncia nos respectivos postos mas a experiecircncia dos mesmos na funccedilatildeo que
exercem ou exerciam ou nos conhecimentos adquiridos no exterior
21
Desta forma foi considerado irrelevante a descriccedilatildeo dos mesmos
considerando apenas as respostas por grupo os quais tiveram por objetivo
demonstrar os diferentes posicionamentos em relaccedilatildeo ao assunto em pauta
Com isso os referidos militares foram divididos em quatro grupos conforme
descrito abaixo
a comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada
de Cavalaria Mecanizada
b comandantes e ex-comandantes de Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada
c oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de
Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha
d oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que
tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados
Unidos ou na Alemanha
23 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O delineamento da pesquisa teve uma abordagem qualitativa em que o estudo
das relaccedilotildees entre variaacutevel dependente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec
no Aproveitamento do Ecircxito) e independente (Apoio de Engenharia aos Regimentos
de uma Bda C Mec) eacute indissociaacutevel e natildeo pode ser traduzida por nuacutemeros
(Rodrigues 2006 p 36)
O meacutetodo de abordagem utilizado foi o indutivo fundamentado na experiecircncia
e construiacutedo a partir da observaccedilatildeo de casos da realidade concreta (Rodrigues
2006 p 29) do emprego do Pel E Cmb Mec apresentados neste trabalho por meio
de situaccedilotildees particulares e anaacutelise de questionaacuterios e procedimento experimental
realizado pela Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
Para responder ao objetivo geral a pesquisa foi abordada de forma descritiva
contando com a experiecircncia do autor que descreveu a relaccedilatildeo entre as variaacuteveis e
contribuiu com a descriccedilatildeo doutrinaacuteria atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica
231 Procedimentos para revisatildeo de literatura
22
Com o objetivo de responder ao problema do trabalho foram realizados os
seguintes procedimentos metodoloacutegicos descritos abaixo
2311 Fontes de busca
Foram utilizados como fontes para descriccedilatildeo do conhecimento doutrinaacuterio que
influencia no emprego da Cia E Cmb Mec e para a construccedilatildeo da proposta do
trabalho manuais monografias dissertaccedilotildees e artigos cientiacuteficos (nacionais dos
Estados Unidos e da Alemanha) livros e Notas de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria (NCD)
2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados
Com a finalidade de estabelecer paracircmetros doutrinaacuterios foram selecionados
documentos que contribuam para o direcionamento e limitaccedilatildeo para uma proposta
mais adequada
Foram realizadas buscas por dados em siacutetios eletrocircnicos na internet como
Google sendo selecionadas dentre os resultados obtidos as paacuteginas oficiais de
instituiccedilotildees como instruccedilotildees trabalhos perioacutedicos e documentos nacionais e
estrangeiros e em estabelecimentos de ensino como Escola de Aperfeiccediloamento
de Oficiais e Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
2313 Criteacuterios de inclusatildeo
Foram selecionados documentos de caraacuteter qualitativo em portuguecircs inglecircs e
alematildeo que estivessem relacionados ao emprego de pelotatildeo de engenharia em
apoio a tropas dotadas de meios blindados e mecanizados nas Operaccedilotildees
Ofensivas
Tambeacutem foram incluiacutedos documentos relacionados aos materiais e programas
de aquisiccedilatildeo de materiais relacionados agraves tropas blindadas e mecanizadas
2314 Criteacuterios de exclusatildeo
23
Dos documentos selecionados foram excluiacutedos os manuais revogados os
documentos que natildeo abrangem tropa blindada ou mecanizada e os que natildeo estatildeo
relacionados com Operaccedilotildees Ofensivas
232 Procedimentos Metodoloacutegicos
Com o propoacutesito de coletar dados e opiniotildees sobre o assunto no que tange ao
emprego em pessoal e material do Pel E Cmb em Operaccedilotildees Ofensivas foram
enviados eletronicamente questionaacuterios aos grupos conforme criteacuterios
anteriormente elencados
Concomitantemente foi realizada a coleta de dados da bibliografia relacionada
e com os dados coletados por meio dos questionaacuterios gerando a base para a
proposta de adequaccedilatildeo de apoio da Cia E Cmb Mec
233 Procedimentos Experimental
O procedimento experimental foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de
Blindados o qual realiza anualmente o Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual
com as brigadas mecanizadas e blindadas
Neste ano foi realizado o treinamento com a 3ordf Brigada de Cavalaria
Mecanizada a qual empregou seus Quadros em ambiente virtual confeccionado
pelo Chefe da Seccedilatildeo de Simuladores
A proposta inicial era empregar uma Bda C Mec em um Aproveitamento do
Ecircxito reforccedilada por um Pel E dotado de Viaturas Blindadas Especiais Entretanto o
exerciacutecio visava o treinamento em uma operaccedilatildeo de Movimento Retroacutegrado o que
embora natildeo tenha sido a situaccedilatildeo ideal natildeo prejudicou o resultado pois o principal
objetivo natildeo foi o emprego em si mas a capacidade de acompanhamento da
velocidade das viaturas dos regimentos mecanizados
234 Instrumentos
Os questionaacuterios enviados a 5 (cinco) grupos conforme anteriormente
definidos tiveram por objetivo principal identificar a opiniatildeo dos especialistas sobre
24
os aspectos relativos ao apoio de engenharia aos elementos de emprego em
primeiro escalatildeo de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada bem como analisar as
necessidades em material e a possibilidade de emprego para atender as
necessidades miacutenimas imediatas dos Regimentos
Assim buscou-se uma reflexatildeo sobre o assunto que fosse rica em sugestotildees
e dados qualitativos para fundamentar uma sugestatildeo baseada em conhecimentos e
experiecircncias distintos
2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios
Tendo em vista o caraacuteter qualitativo da presente pesquisa buscou-se a
confecccedilatildeo de questionaacuterios com questotildees fechadas poreacutem com espaccedilo para
discussatildeo e geraccedilatildeo de sugestotildees sobre o tema
O preacute-teste foi aplicado em militares que jaacute tinham sido instrutores do Centro
de Instruccedilatildeo de Blindados que pelo conhecimento sobre blindados sobre rodas e
sobre lagartas envolvimento em exerciacutecios de simulaccedilatildeo virtual e no terreno e
experiecircncia no exterior apresentam condiccedilotildees de orientar corrigir ou incrementar as
questotildees propostas
2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani
Pretendeu-se por meio da relaccedilatildeo desses militares com o assunto obter uma
anaacutelise do projeto inicial Guarani os objetivos buscados para compra dos
implementos dessa viatura e anaacutelise das capacidades que se espera atingir com o
projeto para que ao final da presente pesquisa a sugestatildeo esteja alinhada ao
projeto Guarani
2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)
25
Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do cliente da engenharia
da brigada a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada atualmente
nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e emprego desse
apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios e apresentar
uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas e sobre
lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica
2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)
Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do fornecedor do apoio
de engenharia a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada
atualmente nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e
emprego desse apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios
e apresentar uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas
e sobre lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica
2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)
Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para
adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar
a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec
2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)
Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para
adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar
a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec
26
As respostas e sugestotildees apresentadas nessas questotildees proporcionaratildeo
ratificaratildeo ou retificaratildeo das ideias iniciais apresentadas no trabalho conduzindo o
autor a uma proposta amparada na experiecircncia e conhecimentos de diferentes
especialistas
235 Anaacutelise dos Dados
Os dados resultantes dos questionaacuterios contribuiram para questionamento e
reforccedilo das ideias inicialmente apresentadas por meio da experiecircncia nas funccedilotildees
de comandantes no emprego de tropas mecanizadas e blindadas e com
conhecimento do emprego de tropas americanas e alematildes
2351 Tabulaccedilatildeo dos dados
Os dados seratildeo categorizados quanto aos aspectos organizacionais
materiais de emprego e logiacutestica por meio do levantamento das diversas amostras
que compotildeem a presente pesquisa
A codificaccedilatildeo e tabulaccedilatildeo seguiraacute a verificaccedilatildeo da correta compreensatildeo dos
questionaacuterios por parte dos participantes e se as respostas foram transcritas de
forma coerente e com linguagem compreensiacutevel
As questotildees fechadas foram diretamente tabuladas dentro do universo de
determinado puacuteblico-alvo Para isso foram estabelecidos graacuteficos como recurso de
representaccedilatildeo dos resultados e analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise
estatiacutestica inferencial
Os comentaacuterios foram posicionados apoacutes a apresentaccedilatildeo dos graacuteficos de
forma a permitir a anaacutelise do conteuacutedo qualitativo apresentado sendo os dados
analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise estatiacutestica descritiva
Ao final de cada resultado das anaacutelises das questotildees foram apresentadas as
conclusotildees parciais referente ao respectivo questionaacuterio
27
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
O conjunto de ideias e entendimentos que define ordena distingue e qualifica
as atividades de organizaccedilatildeo preparo e emprego das Forccedilas Armadas deve ser
harmocircnico de acordo com a definiccedilatildeo de Doutrina Militar (BRASIL 2014 p 1-1)
Com este propoacutesito evoluccedilotildees doutrinaacuterias buscam equilibrar as capacidades
atuais do Exeacutercito com as necessidades projetadas para futuras operaccedilotildees mantecirc-
lo adequado ao futuro imediato em termos de desenvolvimento organizacional
intelectual e tecnoloacutegico (EUA 2011 p ix traduccedilatildeo do autor)
Para que o Exeacutercito acompanhe a transformaccedilatildeo que ocorre na Era do
Conhecimento periacuteodo atual marcado pela raacutepida geraccedilatildeo e obsolescecircncia do
conhecimento essa harmonia deve ser constantemente analisada e retificada
(BRASIL 2014 p 1-1)
A duacutevida quanto agrave efetiva capacidade de uma forccedila em cumprir a missatildeo a que
se destina origina-se da desarmonia entre sua doutrina e emprego (fruto da
ineficiecircncia de um MEM por exemplo) o que deve ser uma premissa satisfatoacuteria
para motivar estudos que contribuam para o alcance da maacutexima prontidatildeo
operativa
Este estudo deve para tanto ser analisado por meio dos fatores
determinantes interrelacionados e indissociaacuteveis doutrina organizaccedilatildeo
adestramento material educaccedilatildeo pessoal e infraestrutura (DOAMEPI) os quais
contribuem para o desenvolvimento de uma das capacidades prioritaacuterias para a F
Terr a efetividade da doutrina (BRASIL 2014 p 3-3)
A fim de facilitar o entendimento esta seccedilatildeo estaacute dividida da seguinte forma
Consideraccedilotildees iniciais onde seratildeo abordados os fundamentos baacutesicos para
entendimento de conceitos que permeiam o assunto contribuindo para uma correta
avaliaccedilatildeo e desenvolvimento de uma soluccedilatildeo doutrinariamente harmoniosa Brigada
de Cavalaria Mecanizada onde seratildeo abordadas as necessidades de apoio de
engenharia nas Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito Companhia de Engenharia
de Combate Mecanizada onde seratildeo apresentadas as caracteriacutesticas de seu
emprego em Operaccedilotildees Ofensivas Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no
mundo para reforccedilo dos Pel E Cmb no apoio agrave mobilidade os quais podem ajustar
as capacidades das Cia E Cmb e por uacuteltimo seraacute analisado o emprego de tropas
28
semelhantes agraves Bda C Mec nos EUA e na Alemanha onde a engenharia de brigada
preste apoio agrave tropa mecanizada que tenha em sua constituiccedilatildeo elementos de
reconhecimento
31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS
As seguintes consideraccedilotildees iniciais satildeo importantes para uma anaacutelise precisa
da capacidade da Cia E Cmb Mec em apoiar os Regimentos da Bda C Mec na
mobilidade em operaccedilotildees ofensivas e consequentemente para a construccedilatildeo de
uma proposta satisfatoacuteria com o objetivo do trabalho
311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito
As Operaccedilotildees Ofensivas satildeo operaccedilotildees decisivas que visam engajar forccedilas
superiores ao do inimigo em local e momento decisivos a fim de destruiacute-lo por
meio do fogo do movimento e da accedilatildeo de choque (BRASIL 2014 p 4-3) A accedilatildeo
de choque por sua vez deve ser entendida como o impacto psicoloacutegico causado
pelo carro de combate ao inimigo por meio do poder de fogo aparente
invulnerabilidade ruiacutedo e capacidade de transpor obstaacuteculos (BRASIL 2016 p 29)
Dentre os tipos de Operaccedilatildeo Ofensiva o trabalho explorou o Aproveitamento
do Ecircxito o qual destaca-se pela maior necessidade de apoio imediato agrave mobilidade
por elementos mais proacuteximos agraves peccedilas de manobra de ataque (os Pel E Cmb)
Nesses casos em que os elementos empregados em primeiro escalatildeo necessitam
de apoio imediato e contiacutenuo normalmente a engenharia da brigada emprega seus
pelototildees sob a Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo (BRASIL 1999 p 2-28)
O Aproveitamento do Ecircxito operaccedilatildeo que conquista os resultados mais
decisivos se discorre apoacutes o aproveitamento de um ataque bem sucedido no qual
a forccedila inimiga encontra dificuldades para se defender O avanccedilo contiacutenuo e raacutepido
sobre as forccedilas inimigas desorganizadas buscam ampliar as vantagens impedindo
uma reorganizaccedilatildeo ou a realizaccedilatildeo de um movimento retroacutegrado (BRASIL 2000 p
5-17)
Na Bda C Mec o RCB normalmente constitui o escalatildeo avanccedilado no
Aproveitamento do Ecircxito Cabe agrave engenharia por sua vez reduzir a accedilatildeo dos
obstaacuteculos naturais ou artificiais permitindo a adoccedilatildeo de um deslocamento de forccedila
29
mais adequado garantindo a conquista de resultados decisivos em menor tempo e
com miacutenimo de perdas Com o intuito de manter o movimento contiacutenuo e
permanente o apoio de engenharia aos regimentos eacute realizado de forma
descentralizada permitindo o apoio a elementos afastados do escalatildeo superior
desde que adequadamente reforccedilado em meios (BRASIL 2000 p 5-18)
Tanto o Aproveitamento do Ecircxito quanto o Ataque de Oportunidade satildeo
accedilotildees que decorrem de uma interpretaccedilatildeo do comandante sobre os acontecimentos
do combate A incerteza de sua realizaccedilatildeo aleacutem de quando onde e como seraacute
realizada seraacute definida pela imediata expediccedilatildeo de ordens fragmentaacuterias pelo
comandante as quais exigem que o pelotatildeo tenha permanentemente condiccedilotildees de
apoiar (BRASIL 2000 p 5-9) Para a engenharia a proximidade e a disponibilidade
de meios adequados determinaraacute a efetividade do apoio prestado aos elementos
em primeiro escalatildeo desta brigada
312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo
Quando empregado em situaccedilatildeo de comando reforccedilo o Pel E Cmb subordina-
se diretamente ao comandante do regimento No aproveitamento do ecircxito esta eacute a
situaccedilatildeo de comando normalmente empregada devido agrave necessidade de plena
autonomia e pela incapacidade de apoio da companhia devido ao seu afastamento
em relaccedilatildeo aos pelototildees (BRASIL 1999 p 1-14)
Cabe ao pelotatildeo portanto o apoio aproximado imediato e contiacutenuo com
equipamentos adequados devendo para isso ser reforccedilado pela Cia E Cmb em
meios e se necessaacuterio em pessoal (BRASIL 1999 p 1-14) garantindo a rapidez
do movimento a fim de multiplicar o poder de combate contribuindo para o melhor
emprego da potecircncia de fogo e da accedilatildeo de choque do elemento apoiado Desta
forma busca-se diminuir o risco com base na premissa de que quanto maior o
tempo de exposiccedilatildeo do escalatildeo de ataque aos fogos maiores seratildeo suas perdas
(BRASIL 2000 p 5-15)
313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra
A Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra estaacute relacionada com o conjunto
de atividades tarefas e sistemas inter-relacionados empregados para deslocar
30
forccedilas de modo a posicionaacute-las em situaccedilatildeo de vantagem em relaccedilatildeo ao inimigo
(BRASIL 2014 p 5-10)
Para este estudo cresce de importacircncia o entendimento de manobra como se
segue
A manobra concentra e dispersa o poder de combate para manter o inimigo
em desvantagem Consegue resultados que de outra forma seriam
dispendiosos Manobra eficaz manteacutem forccedilas inimigas fora do equiliacutebrio
fazendo-as enfrentar novos problemas e novos perigos mais raacutepido do que
eles podem combatecirc-los As forccedilas do Exeacutercito ganham e preservam a
liberdade de accedilatildeo reduzem a vulnerabilidade e exploram o sucesso
atraveacutes da manobra Manobra eacute mais que fogo e movimento Inclui a
aplicaccedilatildeo dinacircmica e flexiacutevel de todos os elementos do poder de combate
(EUA 2011 p A-2 traduccedilatildeo do autor)
O emprego da Engenharia estaacute intimamente ligada agrave funccedilatildeo de combate
movimento e manobra particularmente no que tange agrave promoccedilatildeo da mobilidade agraves
tropas subordinadas ao escalatildeo a que pertence (BRASIL 2014 p 6-3)
314 Modularidade
A modularidade eacute a aptidatildeo de um elemento de combate de receber moacutedulos
que ampliem seu poder de combate ou lhe agreguem capacidades (BRASIL 2014
6-14)
Este conceito surgiu da necessidade de empregar forccedilas em torno de
formaccedilotildees menores e mais versaacuteteis No niacutevel taacutetico e operacional a rotineira
necessidade de operaccedilatildeo em aacutereas natildeo-contiacuteguas por unidades subordinadas se
contrapunha ao contiacuteguo e hieraacuterquico arranjo das forccedilas terrestres (EUA 2011 p
C-1 traduccedilatildeo do autor)
Embora o conceito seja novo a engenharia jaacute emprega seus elementos com
certa modularidade Um exemplo eacute o Pel E Cmb que natildeo possui meios adequados
para por exemplo realizar o lanccedilamento de um campo minado em poucos minutos
Ele necessita que uma viatura dotada de um sistema de dispersatildeo de minas bem
como a guarniccedilatildeo da mesma sejam adicionados ao Pelotatildeo
31
315 Projeto Guarani
O Projeto Guarani teve sua origem a partir da necessidade de substituiccedilatildeo das
Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP) EE-11 Urutu (FIGURA 1) e
Viatura Blindada sobre Rodas (VBR) EE-9 Cascavel (FIGURA 2) as quais se
encontram em fase de obsolescecircncia e atraso tecnoloacutegico perante os moderno
cenaacuterio de batalha conforme informado pelo Escritoacuterio de Projetos do Exeacutercito
(EPEx)
FIGURA 1 ndash Viatura Blindada de Transporte de Pessoal EE-11 Urutu Fonte Siacutetio eletrocircnico Youtube Acesso em 1 ago 2018
FIGURA 2 Viatura Blindada de Rodas EE-9 Cascavel Fonte Siacutetio eletrocircnico Defesanet Acesso em 22 dez 2017
32
O projeto que remonta a origem de sua concepccedilatildeo no final da deacutecada de
1990 tem em sua proposta inicial o objetivo de modernizar as Brigadas de
Infantaria Motorizadas recentemente transformadas em Brigadas de Infantaria
Mecanizada bem como modernizar as Brigadas de Cavalaria Mecanizada
Atualmente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas
(VBTP-MR) Guarani jaacute comeccedilaram a ser distribuiacutedas
FIGURA 3 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas Guarani Fonte Siacutetio eletrocircnico EPEx Acesso em 22 dez 2017
O projeto originalmente era constituiacutedo de duas versotildees de viatura uma 6x6 e
uma 8x8 Esta uacuteltima versatildeo que contaria com um canhatildeo 105 mm encontra-se
atualmente paralisada Aleacutem disso era previsto uma famiacutelia de blindados
constituiacuteda de viaturas morteiro lanccediladoras de ponte especial de engenharia
desminagem entre outras as quais teriam seus protoacutetipos ainda a serem
desenvolvidos (DEFESANET 2017)
Quanto agrave substituiccedilatildeo das Viaturas Cascavel foi adiada conforme Boletim do
Exeacutercito Nr 48 publicado em 1ordm de dezembro de 2017 A portaria cria o Projeto de
Obtenccedilatildeo da Viatura Blindada de Reconhecimento ndash Meacutedia sobre Rodas (VBR-
MSR) 6x6 que consiste na modernizaccedilatildeo da Viatura Cascavel (DEFESANET
2017)
33
As viaturas especiais de engenharia tambeacutem fruto das dificuldades
orccedilamentaacuterias teratildeo seu desenvolvimento adiado Para dirimir essa inexistecircncia de
material para apoiar as tropas mecanizadas a Diretoria de Material de Engenharia
estaacute em processo de aquisiccedilatildeo de implementos de engenharia para serem
incorporados agraves VBTP-MR Guarani conforme informado em visita ao Departamento
de Engenharia e Construccedilatildeo (DEC)
32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
A missatildeo preciacutepua da Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute cumprir missotildees de
seguranccedila conquanto tem a capacidade de executar operaccedilotildees ofensivas e
defensivas em operaccedilotildees de seguranccedila ou como elemento de aplicaccedilatildeo do
princiacutepio de guerra ldquoeconomia de meiosrdquo (BRASIL 2000 p 1-2) Dentre as
operaccedilotildees ofensivas a brigada tem possibilidade de executar as manobras de
flanco o aproveitamento do ecircxito e a perseguiccedilatildeo (BRASIL 2000 p 1-3)
Algumas caracteriacutesticas da Bda C Mec destacam-se pelo impacto que causam
nas necessidades do apoio prestado pela engenharia como a boa mobilidade
taacutetica e estrateacutegica que permite grande raio de accedilatildeo deslocamento em alta
velocidade em estrada e realizaccedilatildeo de manobras raacutepidas e flexiacuteveis a proteccedilatildeo
blindada que permite razoaacutevel grau de seguranccedila no combate embarcado e a
flexibilidade o que permite o emprego em largas frentes e grande profundidade
(BRASIL 2000 p 1-2)
Pelas caracteriacutesticas que lhe atribuem mobilidade destacam-se como
limitaccedilotildees a vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de
minas e obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos
arenosos pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees
meteoroloacutegicas adversas e grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria (BRASIL
2000 p 1-4)
Na Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito a Bda progride em larga frente
sendo mantidas em reserva apenas forccedilas que possibilitem assegurar a
flexibilidade a impulsatildeo e a seguranccedila Para isso eacute empregada tatildeo vigorosamente
quanto possiacutevel contra forccedilas que encontrem dificuldade de manter suas posiccedilotildees
evitando o seu engajamento contra tropas de poder insuficiente para ameaccedilaacute-la a
fim de atingir rapidamente seus objetivos e mantecirc-lo Para isso a decisatildeo de
34
desbordar ou engajar forccedilas pode ser delegada aos Cmt subordinados (BRASIL
2000 p 5-20)
A dependecircncia do deslocamento por estradas estaacute associada aos meios de
transporte utilizada pelas brigadas mecanizadas Suas viaturas sobre rodas tem
uma extrema vulnerabilidade no deslocamento atraveacutes campo principalmente em
deslocamentos em periacuteodos chuvosos ou atraveacutes de terrenos alagadiccedilos
ocasionando normalmente o atolamento das mesmas
A Bda C Mec possui como peccedilas de manobra orgacircnicas para emprego em
primeiro escalatildeo dois Regimentos de Cavalaria Mecanizado e um Regimento de
Cavalaria Blindado (BRASIL 2000 p 1-11) A engenharia responsaacutevel por dirimir
suas restriccedilotildees eacute uma Cia E Cmb Mec conforme demonstrado na FIGURA 4
FIGURA 4 Organograma de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
Depois das brigadas blindadas a Bda C Mec eacute a tropa mais apta para realizar
operaccedilotildees como forccedila de aproveitamento do ecircxito Essa grande unidade pode ser
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empregada como forccedila de Apvt Ecircxi ou de acompanhamento e apoio do Esc Sup ou
aproveitar o ecircxito de suas proacuteprias operaccedilotildees (BRASIL 2000 p 5-18)
Nesse tipo de operaccedilatildeo a brigada progride em larga frente desde que o
terreno e a rede de estradas permitam permanecendo o miacutenimo de forccedilas em
reserva
321 Regimento de Cavalaria Mecanizado
O Regimento de Cavalaria Mecanizado eacute empregado pela Brigada nas
missotildees de reconhecimento e seguranccedila (BRASIL 2002 p 1-1) ou como elemento
de aplicaccedilatildeo do princiacutepio de economia de meios pela Bda (BRASIL 2002 p 6-1)
O Regimento eacute constituiacutedo organicamente por um comando 3 Esquadrotildees de
Cavalaria Mecanizada (Esqd C Mec) (BRASIL 2000 p 1-11) conforme
representado na Figura 2
FIGURA 5 Organograma de um Regimento de Cavalaria Mecanizado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
Dentre as operaccedilotildees ofensivas o RC Mec considerado unidade blindada leve
eacute o elemento mais apto para as missotildees de aproveitamento do ecircxito e perseguiccedilatildeo
em razatildeo das caracteriacutesticas de suas viaturas (BRASIL 2002 p 1-1)
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As viaturas empregadas pelo regimento satildeo aleacutem das Viaturas Taacuteticas Leve
as viaturas EE-9 Cascavel e a VBTP-MR 6x6 Guarani (DEFESANET 2017) as
quais possuem grande mobilidade e baixa classe sendo elas respectivamente
classe 11 e 20 poreacutem alta dependecircncia de utilizaccedilatildeo de estradas
A Bda pode ainda organizar o RC Mec como Forccedila-Tarefa (FT) a fim de
aumentar as possibilidades de ecircxito em determinadas funccedilotildees podendo receber
Esquadratildeo de Carro de Combate (Esqd CC) Esquadratildeo de Fuzileiro Blindado
(Esqd Fuz Bld) Companhia de Fuzileiro Blindado (Cia Fuz Bld) FT Esqd CC FT
Esqd Fuz Bld FT Cia Fuz Bld e Cia Fuz Mtz (BRASIL 2002 p 1-9)
322 Regimento de Cavalaria Blindada
O RCB elemento responsaacutevel por proporcionar capacidade ofensiva agrave Bda
(BRASIL 2002 p 7-6) possui uma organizaccedilatildeo semelhante a de uma Forccedila Tarefa
(FT) empregando 2 (dois) esquadrotildees de fuzileiros (Esqd Fuz) e 2 (dois)
esquadrotildees de carro de combate (Esqd CC) aleacutem de um Esquadratildeo de Comando e
Apoio (Esqd C Ap) (BRASIL 2000 p 1-12)
FIGURA 6 Organograma de um Regimento de Cavalaria Blindado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
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O Esqd Fuz eacute dotado das viaturas de transporte de pessoal VBTP M113
(Mesquita 2015) (FIGURA 7) viatura anfiacutebia de origem americana de classe 11
FIGURA 7 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal M113 Fonte Siacutetio eletrocircnico EXEacuteRCITO BRASILEIRO Acesso em 22 dez 2017
O Esqd CC possui as viaturas de combate VBC CC M60 A3-TTS (Mesquita
2015) (Figura 8) viatura americana de classe 55 e capacidade de transposiccedilatildeo
submersa em curso de aacutegua de ateacute 240 m de profundidade com preparaccedilatildeo
FIGURA 8 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate M60 A3-TTS Fonte Siacutetio eletrocircnico 20RCB Acesso em 22 dez 2017
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Esta viatura foi substituiacuteda na maioria dos regimentos pela VBC CC Leopard
1 BR (Mesquita 2015) (Figura 9) de origem alematilde classe 45 com capacidade de
transposiccedilatildeo submersa de cursos de aacutegua de ateacute 225 com preparaccedilatildeo e 4 m com
snorkel
FIGURA 9 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate Leopard 1BR Fonte Siacutetio eletrocircnico DEFESANET Acesso em 22 dez 2017
Com suas viaturas sobre lagartas o RCB eacute a forccedila da brigada para emprego
da accedilatildeo de choque proteccedilatildeo blindada e mobilidade (BRASIL 2000 p 6-25) Por
caracteriacutesticas de suas viaturas o regimento possui grande vulnerabilidade a
ataques aeacutereos armas anticarro e minas
33 COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADA
A Cia E Cmb Mec tem por missatildeo multiplicar o poder de combate da Bda
proporcionando-lhe mobilidade contramobilidade e contribuindo para sua proteccedilatildeo
(BRASIL 2000 P 4-1)
39
As capacidades que cabem agrave Cia E Cmb Mec satildeo fruto das necessidades da
Bda C Mec a quem estaacute subordinada Essas capacidade estatildeo intimamente ligadas
agraves limitaccedilotildees dos seus meios
Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto
aos elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos
meios mais agrave frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada (Cia E Cmb) eacute organizada com meios destinados a atender agraves
necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate (BRASIL
2000 p 1-16)
Face agraves necessidades da Brigada serem maiores junto aos elementos em
primeiro escalatildeo a Cia E Cmb menos esses elementos deve ser capaz de realizar
os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da Bda como
um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada (BRASIL 2000 p 2-4)
No aproveitamento do ecircxito as necessidades de apoio ao conjunto aumentam
sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo
com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao
emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo (BRASIL 1999 p
5-14)
O comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na conduta
do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de atender
agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistas (BRASIL
1999 p 5-14)
O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a
forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de
comando reforccedilo normalmente eacute adotada emprego dos pelototildees de combate
(BRASIL 1999 p 5-14)
No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos
Regimentos e sua impulsatildeo do ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos
naturais e artificiais (BRASIL 1999 p 5-4)
Para apoiar o RCB e o RC Mec a Companhia de Engenharia tem a
possibilidade de apoiar ateacute 3 peccedilas de manobra simultaneamente lanccedilar ou
construir obstaacuteculos abrigos e outros trabalhos de organizaccedilatildeo do terreno que
40
requeiram matildeo-de-obra eou equipamentos especializados lanccedilar e remover
obstaacuteculos realizar abertura e fechamento de passagens em obstaacuteculos montar e
operar ateacute duas portadas pesadas lanccedilar trecircs pontes de pequena brecha construir
manter e operar portadas pesadas recebidas do escalatildeo superior conservar e
reparar estradas e realizar o estudo teacutecnico do terreno apontando os corredores de
mobilidade (BRASIL 2000 p 4-2 2-2 e 2-3)
Para isso a Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de
Comando um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de
Assalto e trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (BRASIL 2000 p 4-1)
conforme FIGURA 10
FIGURA 10 Organograma de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Fonte Adaptado do manual BRASIL (2000 p 4-1)
331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio
O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) eacute responsaacutevel por reforccedilar os
Pel E Cmb com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especiais de engenharia
(VBE) equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e
41
equipamentos especializados na guerra com minas conforme previsto no manual
C5-10 (p 4-5)
Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de
Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de
Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de
Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate (BRASIL 1999 p 4-
6) conforme organograma da Figura 11
FIGURA 11 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Fonte Brasil (2000 p 4-1)
Ainda de acordo com o material disponiacutevel descrito no manual C5-10 os
principais materiais e equipamentos com que o Pel E Ap pode reforccedilar os Pel E
Cmb no apoio agrave mobilidade no Aproveitamento do Ecircxito satildeo viaturas blindadas
especiais de engenharia (VBE) reboque com equipamento para abertura de trilhas
em obstaacuteculos (o qual se refere ao equipamento de abertura de brecha) e reboque
com Eqp para disseminaccedilatildeo de minas motosserra compressor de ar e jogo de
ferramentas pneumaacuteticas aparelho de solda arco voltaico e conjunto para
balizamento de passagens
42
Dos citados materiais cabe salientar que natildeo existe nas Cia E Cmb Mec
viaturas especiais de engenharia equipamentos para abertura de brecha para
disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de ferramentas pneumaacuteticas
332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto
O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos
Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal
especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de
aacutegua (BRASIL 1999 p 4-7)
O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto
Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas
(BRASIL 1999 p 4-8) conforme Figura 12
FIGURA 12 Organograma do Pelotatildeo de Engenharia de Assalto Fonte Brasil (2000 p 4-1)
Os principais equipamentos que o pelotatildeo possui satildeo botes de assalto
equipagem de passadeira portada pesada e veiacuteculos lanccediladores de pontes de
pequenas brechas Embora natildeo especificados nos manuais que fazem referecircncia
se seriam sobre rodas ou sobre lagartas foi considerado pelo autor que as viaturas
43
lanccediladoras de ponte de pequena brecha da Cia E Cmb Mec seja sobre rodas
partindo do princiacutepio que no DAMEPLAN existe ponte de classe 30 lanccedilada por
viatura
Dos materiais acima citados com que o Pel E Cmb Mec precisa ser reforccedilado
no Aproveitamento do Ecircxito o principal meio eacute a viatura lanccediladora de pontes sobre
rodas a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro
333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
O pelotatildeo fraccedilatildeo baacutesica de apoio junto agraves armas (BRASIL 1999 p 1-10) que
tem por missatildeo realizar dentro de suas possibilidade os trabalhos teacutecnicos de
engenharia em proveito da brigada como um todo ou da peccedila de manobra da arma-
base apoiada (BRASIL 2000 p 4-9) Composto por um grupo de comando e 3
Grupos de Engenharia (GE) os quais estes constituem elemento baacutesico de
trabalho (BRASIL 1999 p 1-10) o Pel E Cmb estaacute organizado conforme
representado na FIGURA 13
FIGURA 13 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado Fonte Brasil (2000 p 4-1)
44
Segundo o manual C 5-10 nas operaccedilotildees ofensivas o Cmt Cia E designa
normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada (BRASIL
1999 p 4-2) Para isso o Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de
cortina de fumaccedila trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista
que a Cia E Cmb natildeo possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e
de explosivos e trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus
equipamentos de engenharia (BRASIL 1999 p 4-9) (equipamentos inadequados
para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo possuem proteccedilatildeo blindada nem
conseguem acompanhar os elementos apoiados)
Aleacutem disso o pelotatildeo pode conduzir consigo o material para abertura de
passagem em campo de minas O uacutenico material com o qual o Pel E tem contato
por ocasiatildeo do adestramento tanto por tropas mecanizadas como blindadas eacute o
RAMBS
O RAMBS consiste em uma carga linear explosiva que abre uma trilha de 06
metros de largura por 6 metros de comprimento em campo de minas abrindo um
caminho para tropa a peacute (BRASIL 2000 p D-2) portanto ineficiente para a
transposiccedilatildeo de qualquer viatura as quais necessitam de uma abertura de brecha
com medidas miacutenimas de 35 metros (BRASIL 2000 p D-8)
Aleacutem desse equipamento o uacutenico material para remoccedilatildeo de minas eacute o
utilizado em desminagem humanitaacuteria ou seja material de desminagem manual O
material para desminagem manual consiste em bastatildeo de sondagem roupa de
proteccedilatildeo capacete de minas bandeirolas entre outros os quais ineficientes para
abertura de brecha sob fogos inimigos devido a inexistecircncia de proteccedilatildeo para os
membros da equipe embora eficientes para missotildees humanitaacuterias (BRASIL 2000
p 5-18)
Aleacutem desse material baacutesico que acompanha o pelotatildeo outros materiais podem
reforccedilar as capacidades do pelotatildeo conforme o estudo da missatildeo Os meios de
transposiccedilatildeo de obstaacuteculos oriundos da Cia E Cmb satildeo normalmente passados em
reforccedilo pelo Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de
Apoio
Os Pel E Cmb quando natildeo reforccedilados tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de
apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais estatildeo
contidos na caixa de sapador Embora estejam previstas ferramentas pneumaacuteticas
45
suas caixas de sapador satildeo constituiacutedas de materiais baacutesicos como enxada paacute
picareta fateixa boca-de-lobo trena martelo
34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA
REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE
Os meios utilizados em reforccedilo dos Pel E Cmb atribuem a capacidade de
realizar trabalhos e diminuem o tempo de execuccedilatildeo e consequentemente o tempo
de exposiccedilatildeo aos fogos inimigos Para as Cia E Cmb que possuem blindados como
viatura de transporte (Cia E Cmb MecBld) destaca-se a importacircncia dos meios que
podem ser utilizados mantendo a proteccedilatildeo blindada durante sua operaccedilatildeo como eacute
o caso das Viaturas Blindadas de Engenharia aumentando a seguranccedila da
guarniccedilatildeo e do equipamento os quais satildeo considerados meios muito nobres
devido sua especificidade
O emprego das viaturas denominadas especiais proporciona proteccedilatildeo
blindada o que garante consideraacutevel manutenccedilatildeo da funcionalidade da viatura sob
fogos de determinado calibres rapidez na abertura da passagem e seguranccedila Essa
uacuteltima caracteriacutestica contribui para garantir a preservaccedilatildeo do Poder Relativo de
Combate (PRC) o emprego oportuno e eficiente dos meios pelo Cmt Pel conforme
previsto no Manual EB20-MC-10208 ndash Proteccedilatildeo (2015 p 1-1)
As viaturas tambeacutem proporcionam grande mobilidade pois seus meios primam
pelo maacuteximo emprego de seus implementos de forma embarcada Desta forma
aleacutem da seguranccedila evitando a exposiccedilatildeo da guarniccedilatildeo da viatura evita-se a perda
de tempo no desembarque de militares e dos meios embarque e preparaccedilatildeo
No manual C 5-10 - O apoio de engenharia no escalatildeo brigada ndash as viaturas
que o Pel E Ap e o Pel Eq Ass possuem para reforccedilo dos pelototildees satildeo Viatura
Blindada Especial Lanccedila-Pontes (VBEL Pnt) e Viatura Blindada de Combate de
Engenharia (VBCE)
O manual C 5 ndash 37 ndash Minas e armadilhas descreve alguns outros materiais
como o reboque com MICLIC Giant Viper viatura rolo e viatura arado No
DAMEPLAN eacute feito menccedilatildeo ao equipamento para abertura de brecha equipamento
de tubos para transposiccedilatildeo de fosso aleacutem dos implementos lacircmina frontal rolo e
equipamento para disseminaccedilatildeo de mina AC lanccedila para guindaste e
escavadeiraque tambeacutem seraacute abordada natildeo existem nas Cia E Cmb Mec Para
46
entendimento da importacircncia e capacidades de cada um seratildeo abordadas suas
caracteriacutesticas e possibilidades
341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha
Embora natildeo tenha sido encontrado nenhum dado limitador que definisse o
limite para ser considerada uma ponte de pequena brecha foi delimitada pelo autor
como ponte de pequena brecha aquela transportada por uma uacutenica viatura blindada
capaz de ser lanccedilada sem desembarque eou complemento em procedimento por
outro elemento mesmo que embarcado em outra viatura
As VBEL Pnt satildeo viaturas que tem a capacidade de realizar o lanccedilamento de
pontes sobre cursos drsquoaacutegua valetas e como rampas ascendentes ou descendentes
Essas viaturas podem ser divididas em dois tipos de lanccedilamento vertical e
horizontal
O lanccedilamento horizontal cuja sequecircncia de lanccedilamento eacute apresentada na
figura 16 eacute o tipo de lanccedilamento no qual a ponte desloca-se em quase sua
totalidade na horizontal caracteriacutestica esta que diminui a exposiccedilatildeo excessiva da
viatura no campo de batalha
FIGURA 14 Sequecircncia de lanccedilamento do tipo horizontal de ponte de pequena brecha Fonte Siacutetio eletrocircnico FAS Acesso em 3 jul 2018
47
O lanccedilamento vertical eacute o deslocamento realizado onde a ponte projeta-se no
sentido vertical antes de ser projetada na horizontal para lanccedilamento sobre o solo
A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1
BR) eacute viatura alematilde modificada da versatildeo alematilde BIBER para o Brasil Construiacuteda a
partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22
metros sobre um vatildeo de 20 metros (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA
BLINDADA ESPECIAL LANCcedilA-PONTES LEOPARD 1 BR p 2)
O Brasil adquiriu essa viatura junto com a compra dos Leopard 1 A5 BR em
2009 dando agrave tropa blindada a capacidade de transpor obstaacuteculos como cursos
drsquoagravegua e valetas
FIGURA 15 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1 BR Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyvehiclesrdquo Acesso em 30 mar 2018
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no
chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m
em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta
viatura tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC fornecendo um niacutevel muito alto de
proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas
48
terrestres e contra agentes QBRN (Quiacutemico bioloacutegico radioloacutegico e nuclear)
(MILITARY-TODAY201)
A FIGURA 16 a seguir mostra que a viatura realiza um lanccedilamento do tipo
vertical representado pela sequecircncia de imagens abaixo apresentada
FIGURA 16 Viatura lanccediladora de pontes Titan Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 15 ago 2018
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para
transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a
partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem
a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros
(MILITARY-TODAY201)
A VBEL Pnt que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo
semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de
gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional
no campo de batalha (MILITARY-TODAY201)
49
Figura 17 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes M104 Wolverine Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 15 ago 2018
342 Viatura Blindada Especial de Engenharia
Natildeo existe uma padronizaccedilatildeo de nomenclatura para esse tipo de viatura nem
um padratildeo definido mas os recursos variam entre uma lacircmina grande ou arados
para minas um canhatildeo de demoliccedilatildeo de grande calibre perfuratriz guinchos braccedilo
e guindaste de escavadeira ou para iccedilamento de cargas (WIKIPEDIA 20)
Neste trabalho seraacute considerada Viatura Blindada Especial de Engenharia
assim como eacute utilizada na documentaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com
base na definiccedilatildeo constante na Portaria Nr 023 ndash DMB de 20 de novembro de 1998
ndash Normas reguladoras para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos
oficiais no acircmbito do Ministeacuterios do Exeacutercito (NORCRIVE) Essa explicaccedilatildeo se faz
necessaacuteria porque muitos ainda descrevem como nosso manual MD33-M-02 -
Manual de abreviaturas siglas siacutembolos e convenccedilotildees cartograacuteficas das forccedilas
armadas como sendo Viatura Blindada de Combate
A citada norma corretamente considera Viatura Blindada de Combate aquela
eacute dotada de armamento orgacircnico com um apreciaacutevel poder de fogo Por outro
lado considera Viatura Especial aquela dotada de caracteriacutesticas muito
peculiares
Partindo do princiacutepio que o M113 que possui armamento orgacircnico com maior
calibre que o constante na VBE Eng natildeo eacute considerado viatura de combate a
50
viatura de engenharia tambeacutem natildeo pode ser pois seu armamento eacute suficiente
apenas para proteccedilatildeo da viatura e de sua guarniccedilatildeo
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1
BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil
Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta viatura tem as seguintes
capacidades desobstruccedilatildeo escavaccedilatildeo e trabalho de resgate
Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o
qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que
realiza trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de
lacircmina de apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos
trabalhos com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar
cortes que afrouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com
capacidade de ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e
solda e policorteesmerilhadeira (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA
BLINDADA ESPECIAL DE ENGENHARIA LEOPARD 1 BR p 2)
Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura a viatura Pionierpanzer 3
Kodiak a qual seraacute apresentada a seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada
pela Alemanha em territoacuterio nacional e em missotildees no exterior devido a sua alta
qualidade
Figura 18 Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1 BR Fonte Foto do autor
51
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a
versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo
anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que
pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas
junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas
eletromagneacuteticas (MILITARY-TODAY 201)
A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de
concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2
aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de
uma operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador (MILITARY-TODAY 201)
Figura 19 Viatura Blindada Especial Pionierpanzer 3 Kodiak Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 13 ago 2018 Veiacuteculo de engenharia destinado agrave preparaccedilatildeo do campo de batalha na zona
de fogo indireto a Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa
trabalhos com escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma
blindagem e proteccedilatildeo contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo
de armas pequenas e projeacuteteis de artilharia (MILITARY-TODAY 201)
Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado
de grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento
rebocado Python (MILITARY-TODAY 201)
Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos
ou um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo) (MILITARY-
TODAY 201)
52
Figura 20 Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 17 ago 2018
343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha
A M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de Abertura de Brechas)
foi construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams Sua principal caracteriacutestica eacute a
existecircncia de um compartimento bipartido na parte superior da viatura capaz de
lanccedilar dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) de forma independente Essa carga
linear explosiva eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas
(Kidwell e Jaffke 2014)
Aleacutem do MICLIC a viatura possui um arado na parte frontal o qual consegue
realizar o trabalho complementar de comprovaccedilatildeo da abertura da brecha do
explosivo imediatamente apoacutes a sua detonaccedilatildeo (Kidwell e Jaffke 2014)
O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado
como meio principal pois tem baixa resistecircncia De acordo com BRASIL (2000 p
53
D-6) a cada trecircs minas removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina
implicando em sua substituiccedilatildeo
Figura 21 Vehicle Assault Breacher Vehicle (ABV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017
Aleacutem do meacutetodo de abertura de brecha pelo meacutetodo explosivo existem outros
sistemas eficientes como a Viatura de Abertura de Brecha Keiler viatura alematilde
a qual se atribui uma eficiecircncia de limpeza de cerca de 98 das minas por onde
passa Seu sistema eacute composto por um rotor que eacute interligado a vaacuterios pesos
metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado do solo
realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas
explosivas Enquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o
local livre de minas (MILITARY-TODAY 201)
Esse meacutetodo permite a abertura das brechas de um modo mais simples sem
necessidade de complemento por outro sistema e de valor de manutenccedilatildeo mais
baixa pois o acionamento das minas exige apenas a substituiccedilatildeo das peccedilas que
se chocam com o solo
54
Figura 22 Viatura Blindada Especial Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017
A viatura utilizada pela Ruacutessia que tambeacutem utiliza um sistema mecacircnico eacute a
Viatura de Abertura de Brecha BMR-3M que consiste em uma viatura blindada
baseada no carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos
que exercem uma pressatildeo superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as
prematuramente Aleacutem dos rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque
magneacutetico e um sistema jammer que impede o acionamento de explosivos
controlados por raacutedio A velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da
densidade da mina e das condiccedilotildees do solo (MILITARY-TODAY 201)
De acordo com BRASIL (2000 p D-6) o sistema de rolo eacute apto para operar
em solo seco e relativamente plano Aleacutem disso deve ser utilizado como
complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo suporta entre trecircs a seis minas
devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um excelente sistema para identificaccedilatildeo
do iniacutecio de um campo minado
55
Figura 23 Viatura Blindada Especial BMR-3M Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 28 jul 2018
344 Outros sistemas e implementos
O feixe de tubos ou Pipe Fascine foi desenvolvido no Exeacutercito Britacircnico no
iniacutecio dos anos 80 para enfrentar os desafios de assegurar a mobilidade do
movimento na Alemanha Ocidental no caso de um conflito da OTAN com o Pacto de
Varsoacutevia (MILITARY-TODAY 201)
Nesta situaccedilatildeo foi verificada a existecircncia de vaacuterias pequenas valetas e
riachos de aproximadamente 5 a 10 metros de largura e 15 a 25 metros de
profundidade Para solucionar foram conectados tubos que permitissem a
passagem por sobre os riachos permitindo que a aacutegua passasse por dentro deles
Atualmente a viatura britacircnica mais moderna o Trojan conta com um sistema
para lanccedilamento de feixe de tubos dada sua eficiecircncia na transposiccedilatildeo de alguns
obstaacuteculos tornando-se prescindiacutevel a utilizaccedilatildeo das pontes em algumas situaccedilotildees
(MILITARY-TODAY 201)
56
Esse feixe ao ser colocado dentro de um Fosso Anticarro (Fosso AC)
estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo permite a passagem de
viatura sobre sua superfiacutecie
Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de
Engenharia ou adaptada em outras viaturas e reboques Uma necessidade para
lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste
ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes
ser lanccedilado
Figura 24 Feixe de tubos (Pipe Fascine) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoAEGISrdquo Acesso em 25 ago 2018 O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema que
pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de transporte de pessoal utilizadas
pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens em pequenos cursos drsquoaacutegua
O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System) por exemplo permite o
lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13 metros (MILITARY-
TODAY 201)
57
Figura 25 Sistema de lanccedilamento de ponte REBS Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMY-GUIDErdquo Acesso em 22 ago 2018
O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga
de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja
realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma
brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de
demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de
polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel
detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN) (USA 2011 p 23) ndash Department
of Defense Fiscal Year (FY) 2012 Budget Estimates)
Figura 26 Mine Clearance Line Charger (MICLIC) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 20 abr 2018
58
O sistema propelido por foguete Python eacute um sistema britacircnico de
funcionamento semelhante ao MICLIC que consiste em um reboque com uma
carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse
sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Betanha
pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi
utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo
(Armyrecognition) O sistema britacircnico Python pode limpar um caminho longo de 73
m por 180-200 m (WIKIPEDIA 201)
Figura 27 Sistema Python
Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyrecognitionrdquo Acesso em 20 abr 2018
Para as viaturas sobre rodas aleacutem de meios como o MICLIC a maioria dos
exeacutercitos tem anexado implementos agraves viaturas utilizando-as de modo
intercambiaacutevel de modo a adequar a viatura conforme a necessidade de cada
operaccedilatildeo
Cabe salientar que algumas minas modernas como a mina italiana SB-33
tecircm um mecanismo de detonaccedilatildeo que detona a mina se sujeita a uma pressatildeo
gradual e constante mas bloqueia a espoleta se sujeito a um choque suacutebito Isso
pode anular o uso de cargas de linha de limpeza de minas para limpar tais minas
(WIKIPEDIA 201)
59
O implemento lacircmina para desminagem escavadeira e lacircmina reta satildeo
implementos que podem ser utilizados nas viaturas meacutedias de rodas ambas
apresentando capacidade limitada de trabalho sendo a primeira para remoccedilatildeo de
minas em superfiacutecies pavimentadas podendo ainda ser utilizada para retirar
alguns tipos de entulho e as uacuteltimas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo do
terreno (MILITARYSYSTEMS-TECH 20)
Figura 28 M1132 Engineer Squad Vehicle (ESV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoWIKIPEDIArdquo Acesso em 20 mar 2018
O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um
sistema que protege veiacuteculos do efeito de minas e dispositivos explosivos
improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave frente do veiacuteculo que realiza
a abertura (ARMYTECHNOLOGY 2018)
Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas
atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para
acionamento de cargas explosivas (ARMYTECHNOLOGY 2018)
60
Figura 29 Rolo de minas de peso leve (LWMR) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMYTECHNOLOGYrdquo Acesso em 20 mar 2018
35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM
OUTROS PAIacuteSES
Em busca de uma estrutura semelhante agrave Bda C Mec em outros paiacuteses este
autor natildeo encontrou tropa que tenha seu emprego principal no reconhecimento e
seguranccedila
A fim de dar uma soluccedilatildeo a questatildeo proposta este autor escolheu
desconsiderar a finalidade da tropa apoiada concentrando o estudo no emprego
conjunto de tropas que utilizam meios sobre rodas e sobre lagartas onde a
engenharia teraacute que apoiar
351 SBCT a brigada americana Stryker
As Brigade Combat Teams (BCT) satildeo brigadas americanas que geralmente
satildeo empregadas como parte de uma divisatildeo ou forccedila-tarefa
O BCT eacute uma formaccedilatildeo de armas combinadas de todas as funccedilotildees de
combate Embora os modulares BCTs sejam organizaccedilotildees fixas o comandante da
divisatildeo pode ajustar qualquer organizaccedilatildeo de tarefas da BCT para atender aos
requisitos da missatildeo (EUA 2006 p 2-7)
A Stryker Brigade Combat Team (SBCT) da traduccedilatildeo para o portuguecircs Grupo
de Combate Brigada Stryker eacute uma forccedila-tarefa expedicionaacuteria organizada para
61
atender aos requisitos especiacuteficos de cada missatildeo tendo seu emprego baseado na
infantaria embarcada na viatura Stryker (EUA 2015 p 1-1) Essa flexibilidade
organizacional permite que as SBCTs funcionem em toda a gama de operaccedilotildees
militares tendo disponiacuteveis elementos com capacidade de manobra artilharia de
campanha inteligecircncia engenharia QBRN e manutenccedilatildeo
Atualmente existem trecircs tipos de BCTs a proacutepria SBCT a HBCT (tropa de
infantaria que combate embarcada em blindado sobre lagartas) IBCT (tropa de
infantaria transportada por viaturas de baixa proteccedilatildeo blindada que combate
desembarcada) (EUA 2006 p 2-7)
A brigada Stryker tem a seguinte organizaccedilatildeo baacutesica trecircs batalhotildees de
infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees (EUA 2015 p 1-6) um
esquadratildeo de cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de
reconhecimento Stryker um pelotatildeo de reconhecimento QBRN equipado com um
veiacuteculo de reconhecimento quiacutemico bioloacutegico e nuclear M1135 Stryker (EUA 2015
p 1-7) O organograma desta brigada estaacute discriminada na figura Nr 26 a seguir
Figura 30 Organograma de uma Brigada Stryker Fonte Fort Benning (2015)
62
As companhias de engenharia apoacuteiam a SBCT na abertura de passagem por
obstaacuteculos auxilia no assalto de posiccedilotildees fortificadas lanccedila obstaacuteculos para
proteccedilatildeo de forccedilas amigas constroacutei ou melhora posiccedilotildees para proteccedilatildeo realiza
reconhecimento de itineraacuterios e coleta de informaccedilotildees identifica e elimina
dispositivos explosivos improvisados entre outras tarefas durante a accedilatildeo decisiva
(EUA 2015 p 1-10)
A forma de emprego da engenharia dessa brigada foi alterada recentemente
passando de uma companhia para um batalhatildeo de engenharia de combate o qual
fornece atraveacutes de suas subunidades a capacidade miacutenima para executar tarefas
essenciais de mobilidade contra-mobilidade e capacidade de proteccedilatildeo para o
SBCT
O Brigade Engineer Battalion (BEB) tem por missatildeo planejar e executar as
missotildees da brigada com as suas duas companhias orgacircnicas organizadas como
mostra a figura 31 podendo suplementaacute-las no que tange agrave mobilidade com
pontes abertura de brechas desobstruccedilatildeo de vias identificaccedilatildeo de ameaccedilas
explosivas e apoio em construccedilatildeo horizontal Aleacutem disso o batalhatildeo tambeacutem
coordena uma companhias de inteligecircncia militar uma companhia de comunicaccedilotildees
e uma companhia anticarro e por vezes uma companhia QBRN (EUA 2015 p 1-
8)
Figura 31 Organograma das companhias de engenharia das SBCT Fonte Adaptado de EUA (2014 p 1-8 traduccedilatildeo nossa)
63
Em uma Stryker BCT a 1ordf Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees
de engenharia de combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo apoio (dotado de
equipamentos de abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas
lineares (MICLIC) em reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de
comprovaccedilatildeo (rolo e arado) (EUA 2014 p 1-7)
A 2ordf Cia possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate composto por
trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e um grupo de
construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo de minas)
(EUA 2014 p 1-8)
Embora seja notaacutevel a diferenccedila quando comparada com a Brigada de
Cavalaria Mecanizada a brigada Stryker foi identificada pelo autor como a Grande
Unidade americana que mais se aproximou das caracteriacutesticas da Bda C Mec por
ser uma brigada mecanizada apoiada por engenharia orgacircnica com meios Stryker
352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha
A brigada que tem melhores condiccedilotildees de comparaccedilatildeo para este estudo por
sua maior similaridade com a Bda C Mec eacute a Brigada de Infantaria Mecanizada da
Alemanha O emprego das viaturas sobre rodas e sobre lagartas inclusive pelas
proacuteprias tropas de engenharia que apoiam essa brigada contribuiratildeo para uma
anaacutelise mais adequada da Bda C Mec
O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas da
seguinte forma um comando de brigada um batalhatildeo de reconhecimento dotado
de viaturas Fennek (foto 32) trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais
utilizam a viatura de combate Puma (foto 33) um batalhatildeo de rifles que utilizam as
viaturas de combate multipropoacutesito Boxer GTK (foto 34) e um batalhatildeo de
suprimento Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado
conforme demonstrado no quadro organizacional representado pela figura 32
(WIKIPEDIA 201)
64
Figura 32 Organograma de uma Brigada de Infantaria Mecanizada Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoWikipediardquo Acesso em 29 ago 2018
Figura 32 Viatura Fennek Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018
65
Figura 33 Viatura de infantaria de combate Puma Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018
Figura 34 Viatura Boxer Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 19 ago 2018
O batalhatildeo de engenharia que possui organizaccedilatildeo semelhante ao BE Cmb
Bld do Brasil eacute composto por uma companhia de comando duas companhias de
66
engenharia de combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia
com funccedilatildeo semelhante a uma Companhia de Comando e Apoio (CCAp) de um BE
Cmb Bld e uma companhia de pontes flutuantes com funccedilatildeo semelhante a
Companhia de Equipamento de Pontes (Cia E Pnt) de um BE Cmb Bld conforme
representado no organograma da figura 35 (DEUTSCHESHEER 20)
Figura 35 Organograma de uma brigada blindada alematilde Fonte Adaptado de DEUTSCHLAND (2011 p 9 traduccedilatildeo nossa)
Cia E Cmb
(Vtr Fuchs)
Pel DEI
2 VBE Keiler Pel Bld
4 Vtr Skorpion
Sistema ldquoVrdquo
1 Vtr Fennek
Pel Cnst
3 VBE Biber
2 VBE Dachs
Cia Cmdo
Cia Rec
(Vtr Fennek)
Cia E Cmb
(Vtr Fuchs)
Pel DEI
2 VBE Keiler
Pel Bld 4 VBE Skorpion
Sistema ldquoVrdquo
Cia Cnst Pel Cnst Pel DEI Pel Pnt
Batalhatildeo de Engenharia
de Combate Blindado
Pel Cnst
3 VBE Biber
2 VBE Dachs
67
As companhias de combate compostas por quatro pelototildees satildeo organizadas
da seguinte forma uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de engenharia o qual
realiza trabalhos para barrar ou canalizar a tropa inimiga abertura de caminhos por
meio do emprego de explosivos e trabalhos gerais de engenharia um pelotatildeo de
abertura de brecha dotado de meios de limpeza um pelotatildeo de abertura de
brechas pesado e um pelotatildeo de equipamentos pesados responsaacutevel pelo apoio agrave
mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e manutenccedilatildeo de
estradas (DEUTSCHESHEER 20)
As companhias satildeo dotadas ainda das viaturas Fennek e Fuchs para
transporte de pessoal (DeustchesHeer 2011)
A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas
blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de
engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais
(DEUTSCHESHEER 20)
Encontram-se abaixo as viaturas e sistemas utilizados pelo batalhatildeo as
viaturas de transporte de pessoal Fuchs (figura 35) e Fennek a viatura lanccediladora de
ponte Biber (figura 36) a viatura para abertura de brecha em campo de minas Keiler
(figura 37) e a viatura especial de engenharia Dachs (figura 38)
Figura 36 Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 25 ago 2018
68
Figura 37 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Biber Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 24 ago 2018
Figura 37 Viatura Blindada Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 23 ago 2018
69
Figura 38 Viatura Pionierpanzer 1 Dachs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 22 ago 2018 Podemos concluir com a anaacutelise dessa brigada que embora natildeo seja uma
Grande Unidade de emprego semelhante ou seja uma brigada de cavalaria
mecanizada esta apresenta a mesma dificuldade de apoio de engenharia
encontrada nas Bda C Mec quais sejam apoiar elementos de grande mobilidade
dotados de viaturas sobre sobre rodas e viaturas sobre lagartas e que possuem
diferentes classes
Os principais reflexos para esse apoio satildeo as diferenccedilas de pesos e
velocidades o que impacta na capacidade de acompanhamento das viaturas
empregadas pelos elementos da arma base e na capacidade de transposiccedilatildeo dos
meios por ponte por exemplo
Essa diferenccedila eacute percebida quando comparamos as caracteriacutesticas dessas
viaturas conforme apresentado a seguir que satildeo o peso e velocidade
Viatura Fennek (103 ton e 115 kmh) Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs
(235 ton e 105 kmh) utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate
Puma utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Blindada Lanccedila-Pontes
Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia Dachs (43 ton
70
e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha Keiler (53 ton e 50 kmh)
(DEUTSCHESHEER 20)
71
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
O presente capiacutetulo tem por finalidade atingir o objetivo geral da pesquisa que
eacute analisar o apoio de engenharia prestado aos elementos empregados em primeiro
escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada a fim de sugerir uma proposta
de adequaccedilatildeo do apoio prestado em Operaccedilotildees Ofensivas atraveacutes de um estudo
especiacutefico de Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito face agrave evoluccedilatildeo doutrinaacuteria e
do MEM
A fim de atingir os trecircs uacuteltimos objetivos especiacuteficos estabelecidos (objetivos j k
e l) na pesquisa a presente seccedilatildeo pretende sintetizar os resultados obtidos nos
questionaacuterios na revisatildeo de Literatura e na pesquisa de campo agrave luz das dimensotildees
que compotildeem a Variaacutevel Independente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb no
Aproveitamento do Ecircxito) Dependente (Apoio de Engenharia aos Regimentos de
uma Bda C Mec) e Interveniente (Necessidades miacutenimas dos Rgt)
41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS
Para melhor explorar a discussatildeo referente aos instrumentos utilizados e
dados levantados seratildeo retomadas as variaacuteveis que foram objeto de estudo desta
pesquisa
A estruturaccedilatildeo da Variaacutevel Independente ndash Capacidades Operativas da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do
Ecircxito e da Variaacutevel Dependente ndash Apoio de Engenharia aos Regimentos de uma
Brigada de Cavalaria Mecanizada deu-se em torno de dimensotildees que possuiacuteam
indicadores com suas respectivas formas de avaliaccedilatildeo Estas variaacuteveis foram
apresentadas no capiacutetulo 2 no Quadro 1 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel
Independente (VI) e Quadro 2 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel Dependente (VD)
A VI foi explorada a partir da anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb Mec onde
foram identificadas suas deficiecircncias resultante da falta de material e inadequado
emprego no apoio aos regimentos e comparada agraves soluccedilotildees em material e
emprego de outros exeacutercitos Na abordagem da VD buscou-se analisar as
caracteriacutesticas desejadas e adequabilidade logiacutestica de novos materiais e
apresentar uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia quanto agrave
organizaccedilatildeo e caracteriacutesticas desse apoio
72
411 Revisatildeo da literatura
Para o levantamento do material que compocircs a revisatildeo bibliograacutefica
empregada no trabalho foram realizadas pesquisas em bibliotecas virtuais fiacutesicas
e tambeacutem na internet sempre buscando por livros manuais trabalhos cientiacuteficos
reportagens e outras publicaccedilotildees de interesse
Com base nos objetivos geral e especiacuteficos foi elaborado o Capiacutetulo 3-
Revisatildeo da Literatura que foi fracionado em 5 subcapiacutetulos
1) Consideraccedilotildees Iniciais ndash Neste subcapiacutetulo foram apresentados conceitos
preliminares dos quais se faz necessaacuterio o entendimento para uma melhor anaacutelise
e consequentemente a construccedilatildeo de uma proposta mais adequada Este
subcapiacutetulo buscou atingir o objetivo especiacutefico ldquoardquo
2) Brigada de Cavalaria Mecanizada ndash Este subcapiacutetulo apresentou as
caracteriacutesticas organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a forma de
emprego no aproveitamentos do ecircxito a fim de alcanccedilar os objetivos especiacuteficos
ldquobrdquo e ldquocrdquo
3) Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada ndash Foram apresentadas
a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e as forma de emprego da Cia E Cmb Mec bem
como de seus pelototildees constitutivos (Pel E Ap Pel Eq Ass e Pel E Cmb) visando
atingir os objetivos especiacuteficos ldquodrdquo ldquoerdquo ldquofrdquo e ldquogrdquo
4) Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no mundo para reforccedilo aos Pel E
Cmb no apoio agrave mobilidade ndash Apresenta os materiais disponiacuteveis para aquisiccedilatildeo pelo
Exeacutercito Brasileiro a fim de dirimir as deficiecircncias no apoio de engenharia agrave
mobilidade dos Regimentos da Bda C Mec buscando atingir o objetivo especiacutefico
h
5) Apoio de engenharia a forccedilas combinadas de viaturas sobre rodas e sobre
lagartas em outros paiacuteses ndash O presente subparaacutegrafo descreveu brigadas de outros
exeacutercitos que apresentam em sua constituiccedilatildeo meios orgacircnicos sobre rodas e sobre
lagartas que necessitam de apoio de engenharia a fim de atingir o objetivo
especiacutefico j
A revisatildeo de literatura foi suficiente para proporcionar dados que
contribuiacutessem para a anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb e o desenvolvimento de
uma sugestatildeo adequada conforme os objetivos propostos
73
412 Entrevistas
Foram confeccionados ao todo 4 questionaacuterios sendo eles
a) para os Comandantes e ex-Comandantes dos Regimentos de
Cavalaria Mecanizada e Blindada (RC Mec e RCB) das Brigadas de Cavalaria
Mecanizada (resposta no Apecircndice A)
b) para os Comandantes das Companhias de Engenharia de Combate
Mecanizada (Apecircndice B)
c) para os oficiais de engenharia com curso de comandante de
subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no Apecircndice C)
d) para os oficiais instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com
curso de comandante de subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no
Apecircndice D)
O autor tinha interesse em trabalhar com hipoacuteteses de estudo poreacutem tendo em
vista o baixo retorno dos questionaacuterios foi modificado para questotildees de estudo
onde os questionaacuterios respondidos foram aproveitados como apoio para responder
as questotildees selecionadas
Dentre os questionaacuterios enviados aos Comandantes dos Regimentos (Apecircndice
A) foram respondidos apenas 9 questionaacuterios do universo de comandantes dos
regimentos das quatro Bda C Mec e dos questionaacuterios enviados aos Comandantes
das quatro Companhias de Engenharia de Combate Mecanizada (Apecircndice B)
foram respondidos apenas 7 A baixa quantidade de respostas natildeo comprometeu de
forma significativa os resultados devido a mudanccedila da forma de abordagem
Foi observado inclusive que esta abordagem tornou-se muito mais adequada
em relaccedilatildeo agrave relacionada com hipoacuteteses
413 Coleta documental
A coleta documental foi realizada conforme o estipulado no item 231
Procedimentos para a revisatildeo de literatura onde foi encontrada certa dificuldade
no acesso a algumas informaccedilotildees referentes ao emprego do RCB pela inexistecircncia
de um manual especiacutefico sendo aproveitadas as informaccedilotildees constantes no manual
da Brigada de Cavalaria Mecanizada e emprego organizaccedilatildeo e materiais de
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dotaccedilatildeo das brigadas alematildes os quais natildeo foram tatildeo faacuteceis de responder devido a
maior restriccedilatildeo de informaccedilotildees em relaccedilatildeo ao exeacutercito americano
42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE
COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO
Na presente seccedilatildeo seratildeo discutidas as Variaacutevel Independente a fim de
analisar o apoio em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito onde exige-se um
grande apoio de engenharia o qual se faz sentir principalmente nos elementos de
emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada A mobilidade destas forccedilas depende
da reduccedilatildeo dos obstaacuteculos naturais e dos lanccedilados ou agravados pelo inimigo
As ferramentas de pesquisa colaboraram para complementar as informaccedilotildees
coletadas dirimindo duacutevidas remanescentes ou preenchendo lacunas deixadas pela
literatura atraveacutes da contribuiccedilatildeo realizada por meio de suas experiecircncias
Para tal foram exploradas duacutevidas sobre a adequabilidade da organizaccedilatildeo
no emprego no apoio aos regimentos da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a
adequabilidade do material para apoio agrave mobilidade a organizaccedilatildeo adequada
para o emprego da engenharia e a comparaccedilatildeo com o emprego em outros
exeacutercitos as caracteriacutesticas dos meios de abertura de brecha e a respectiva
quantidade
421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo
A Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de Comando um
Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e trecircs
Pelototildees de Engenharia de Combate
Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto aos
elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos meios mais agrave
frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada eacute organizada
com meios destinados a atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da
frente de combate
Face agraves maiores necessidades da Brigada encontrarem-se junto aos elementos
de primeiro escalatildeo a Cia E Cmb distribui os seus pelototildees a partir do seguinte
caacutelculo total de pelototildees disponiacuteveis menos os pelototildees em apoio direto aos
75
regimentos deve ser capaz de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando
trabalhos de interesse da Bda como um todo ser capaz de aumentar o apoio aos
elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva
quando empregada
Entretanto a engenharia da brigada atualmente possui trecircs pelototildees de
engenharia de combate para apoiar um tipo de operaccedilatildeo onde a Bda necessita
de apoio para ateacute trecircs peccedilas de manobra
No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos
Regimentos e sua impulsatildeo de ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos
naturais e artificiais
O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a
forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de
comando reforccedilo normalmente eacute adotada Situaccedilatildeo essa que o comandante da Cia
E designa normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada
Neste tipo de operaccedilatildeo as necessidades de apoio ao conjunto aumentam
sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo
com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao
emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo
Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de
Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de
Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de
Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate
Esta fraccedilatildeo executante da companhia atualmente possui dentre os seus
equipamentos apenas os de emprego em missotildees de construccedilatildeo natildeo blindados e
inadequados para emprego junto aos elementos empregados em primeiro escalatildeo
O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio eacute responsaacutevel por reforccedilar os Pel E Cmb
com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especial de engenharia (VBE)
equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e
equipamentos especializados na guerra com minas
Entretanto natildeo existe nas Cia E Cmb Mec viaturas especiais de engenharia
equipamentos para abertura de brecha para disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de
ferramentas pneumaacuteticas
O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto
Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas
76
O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos
Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal
especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de
aacutegua
No Aproveitamento do Ecircxito o principal meio para reforccedilo das capacidades do
pelotatildeo eacute a viatura lanccediladora de pontes (sobre rodas de acordo com as informaccedilotildees
disponiacuteveis na literatura encontrada) a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro
O pelotatildeo de engenharia tem capacidade de realizar dentro de suas
possibilidade os trabalhos teacutecnicos de engenharia em proveito da brigada como um
todo ou da peccedila de manobra da arma-base apoiada
Composto por um grupo de comando e 3 Grupos de Engenharia (GE) estes
constituem-se nos elementos baacutesicos de trabalho do pelotatildeo
O Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de cortina de fumaccedila
trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista que a Cia E Cmb natildeo
possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e de explosivos e
trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus equipamentos de
engenharia (equipamentos inadequados para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo
possuem proteccedilatildeo blindada nem conseguem acompanhar os elementos apoiados)
Quando natildeo reforccedilados os pelototildees tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de
apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais consistem
em pequenas ferramentas de trabalho manual
No Apecircndice A questotildees 1 e 2 pode-se observar que eacute unacircnime entre os
militares que responderam que a Bda C Mec deve ser apoiada por um BE Cmb
Essa opiniatildeo foi apresentada pela comparaccedilatildeo com o Exeacutercito Vermelho do
Manual O Inimigo o qual representa um paiacutes que emprega engenharia de valor
batalhatildeo em apoio agrave brigada e pela comparaccedilatildeo com as Brigadas de Infantaria
Mecanizada que empregam a mesma quantidade de Unidades que as Brigadas de
Cavalaria Mecanizada
Dentre os comentaacuterios que contribuiacuteram para a justificaccedilatildeo do emprego de um
BE Cmb destacaram-se os seguintes
- ldquoCom essa organizaccedilatildeo o BE Cmb poderia empregar uma SU em apoio direto
aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo ainda uma
Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado (apoio ao conjunto) na Z Accedil da Bdardquo
77
Esse comentaacuterio corrobora com a revisatildeo literaacuteria conforme capiacutetulo 3 ldquoa Cia
E Cmb menos esses elementos (os Pel E empregados em reforccedilo) deve ser capaz
de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da
Bda como um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda
ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregadardquo
No Apecircndice B questotildees 1 e 2 a grande maioria dos militares foram
partidaacuterios agrave necessidade de mudanccedila do escalatildeo em apoio de valor subunidade
para o valor unidade dentre os quais destaco o seguinte comentaacuterio
- ldquoEm que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai 16) prever uma E Bda Inf Mec
composta por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala de aula da
proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para Mnt do C2 por
parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar pesquisando essa situaccedilatildeo
sugiro uma composiccedilatildeo do BE Cmb Mec (ou Bld) de 4 Cia E Cmb a 2 Pel E Cmb e
1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC
Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o C2 por parte do Cmdo BE bem como a
emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de missotildeesrdquo
O comentaacuterio acima observou algo que o autor natildeo pesquisou mas que tem muita
relevacircncia para a pretendida anaacutelise que satildeo os reflexos da organizaccedilatildeo no
comando e controle
- ldquoEm minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o que
proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmicardquo
- ldquoDeve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel E com VB sobre
lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e VB com lagartas As
VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado em item anterior A
mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e rapidez no apoio
particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre
rodasrdquo
78
A anaacutelise da Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada e as
companhias que reforccedilam os pelototildees de engenharia de combate em material e
pessoal permite verificar por meio da anaacutelise da organizaccedilatildeo e missatildeo a
importacircncia dessas fraccedilotildees no apoio aos regimentos por caber a estas aumentar a
capacidade dos Pel E Cmb a fim de possibilitar um eficiente apoio no
Aproveitamento do Ecircxito
Entretanto notou-se a inexistecircncia de materiais adequados para emprego na
operaccedilatildeo em pauta
A descriccedilatildeo do Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado fraccedilatildeo de
emprego da Cia E Cmb junto aos regimentos permite identificar a limitaccedilatildeo de sua
capacidade de apoio Esta ainda eacute mais reduzida quando natildeo reforccedilada por meios
adequados pelos Pel E Ap e Pel E Ass
422 Adequabilidade do material
O material de organizaccedilatildeo do terreno da Cia E Cmb inclusive as Viaturas
Blindadas Especiais de engenharia satildeo de responsabilidade do Pel E Ap Conforme
consta na seccedilatildeo 331 e com base na experiecircncia do proacuteprio autor que serviu em
uma Cia E Cmb Mec pode-se afirmar que essas viaturas natildeo existem no referido
pelotatildeo das Cia E Cmb Mec
E reafirmando o que consta na mesma seccedilatildeo natildeo existe nenhum outro meio
adequado que possua proteccedilatildeo blindada rapidez necessaacuteria para a execuccedilatildeo do
trabalho ou capacidade de acompanhar as VBR VBTP ou VBCCC
Na seccedilatildeo 331 O pelotatildeo de engenharia de apoio foi mencionada a
existecircncia de mineiros bem como o encargo do pelotatildeo em reforccedilar os Pel E Cmb
com os materiais de abertura de brecha Entretanto o uacutenico material existente no
pelotatildeo eacute o material para desminagem manual o que conforme complementado
pela seccedilatildeo 333 este meacutetodo eacute ldquoo menos preferiacutevelrdquo e quando tiver que ser
utilizada que seja somente para abrir trilhas
Conforme a seccedilatildeo 332 O pelotatildeo de equipagem de assalto o Pel Eq Ass eacute
responsaacutevel por armazenar os materiais relacionados agrave transposiccedilatildeo de curso
drsquoaacutegua como eacute o caso das Viaturas Blindadas Especiais lanccediladoras de pontes e os
feixe de tubos o que conforme jaacute afirmado pelo autor esses materiais natildeo existem
no Pel Eq Ass das Cia E Cmb Mec
79
De acordo com a mesma seccedilatildeo os meios existentes para transposiccedilatildeo satildeo
inadequados para emprego no aproveitamento do ecircxito tendo em vista a falta de
proteccedilatildeo blindada o excessivo tempo para montagem e a necessidade de vaacuterias
viaturas para conduccedilatildeo das partes para montagem
No Apecircndice A questatildeo 3 pode-se observar que a grande maioria
considera que eacute indispensaacutevel a utilizaccedilatildeo das viaturas blindadas especiais para o
cumprimento adequado do apoio de engenharia tendo como benefiacutecios o tempo de
execuccedilatildeo a proteccedilatildeo blindada e a baixa quantidade de militares para execuccedilatildeo do
trabalho No Apecircndice B questatildeo 3 todos os ex-comandantes das Cia E Cmb
concordaram com a maioria dos ex-comandantes dos regimentos
Dos comentaacuterios referentes a esta questatildeo destaco as seguintes
- ldquoEacute indispensaacutevel Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de Bda satildeo
totalmente ineficientes numa situaccedilatildeo de combate modernordquo
- ldquoEsses equipamentos BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia Erdquo
- ldquoA Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira de
Alta Mobilidade Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel de Eqp Eng
Bda Mec) e de Vtr Lanccedila-Pontes Sobre Rodas (REBS)rdquo
Concluo parcialmente em relaccedilatildeo agrave Variaacutevel Independente que eacute urgente
a necessidade de meios adequados conforme revisatildeo de literatura e respostas
dos questionaacuterios A e B sobre a ineficiecircncia dos meios existentes bem como
a falta de Viaturas Blindadas Especial para apoiar os regimentos empregados
em primeiro escalatildeo no aproveitamento do ecircxito
Outrossim que a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo
tem condiccedilotildees de realizar o apoio a uma Brigada de Cavalaria Mecanizada tanto
pela ausecircncia de meios quanto pela limitaccedilatildeo de fraccedilotildees disponiacuteveis para
cumprir suas missotildees de reforccedilo apoio ao conjunto e apoio suplementar
Portanto para apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute necessaacuterio
o apoio de engenharia de brigada seja prestado por um Batalhatildeo de Engenharia
de Combate Mecanizado
43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE
CAVALARIA MECANIZADA
80
No presente subitem seratildeo apresentadas as discussotildees referentes agrave Variaacutevel
Dependente a fim de identificar o apoio de Engenharia necessaacuterio para dar
mobilidade aos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada o qual eacute
imprescindiacutevel aos elementos de emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada
As ferramentas de pesquisa exploraram a experiecircncia dos militares
empregados diretamente seja como ldquofornecedorrdquo seja como ldquoclienterdquo desse apoio
no emprego com viaturas blindadas e com experiecircncia em curso de comandante de
subunidade no exterior
Para tal foram exploradas duacutevidas sobre o emprego da engenharia quanto a
organizaccedilatildeo a comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos a caracteriacutestica dos meios e
a quantidade de viaturas adequadas para apoio aos regimentos
431 Organizaccedilatildeo adequada
O Apecircndice A questotildees 6 e 7 contribui para a anaacutelise da organizaccedilatildeo da
engenharia que apoia a brigada principalmente pelos comentaacuterios dispensados em
cada questatildeo A grande maioria das respostas foi favoraacutevel agrave organizaccedilatildeo do BE
Cmb por duas Cia E Cmb uma dotada de VBE sobre lagartas e uma de VBE sobre
rodas e a maioria desfavoraacutevel a constituiccedilatildeo do batalhatildeo por duas Cia E a quatro
Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas
Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as
opiniotildees que culminaram em tal resultado
- ldquoEstamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C Mec
Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf Mec A
proposta do CMS (a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que apoacutes anaacutelise do
projeto decidiu junto com o COTER que o BE Cmb Mec deveria ter somente 2 Cia
Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo CMS Na visatildeo do CMS 2 Cia
apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria
no apoio a toda a brigada (demais OM em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa
decisatildeo de 2017 foi modificada a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as
duas Cia Eng (decisatildeo DEC COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3
Mec sobre rodas e 1 Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em
apoio aos Rgt em 1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE
81
Cmb Mec de Bda Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB
Portanto no BE Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem
somente VB sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng
deve possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve
possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBEL Pnt VBE com
implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas AC
etc)rdquo
As duas propostas realizadas pelo CMS estatildeo alinhadas com a maioria das
informaccedilotildees presentes neste trabalho
A primeira proposta poreacutem limita a possibilidade de decisatildeo do comandante
do batalhatildeo quanto ao emprego das unidades de acordo com a missatildeo O que limita
as capacidades do comandante da engenharia da brigada conforme descrito no
capiacutetulo 3 ldquoO comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na
conduta do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de
atender agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistasrdquo
No Apecircndice B questotildees 6 e 7 a grande maioria das respostas foi favoraacutevel
agrave organizaccedilatildeo proposta e a maioria favoraacutevel parcialmente agrave dotaccedilatildeo do batalhatildeo de
duas Cia E a quatro Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas
Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as opiniotildees
que culminaram em tal resultado
- ldquoSou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que
economiza meios e facilita o planejamentordquo
- ldquoConsidero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor (dotaccedilatildeo de VBE sobre
lagartas por todas as Cia E do batalhatildeo) A situaccedilatildeo do Paiacutes natildeo favorece estas
mudanccedilasrdquo
- ldquoo valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maiorrdquo
A partir dos comentaacuterios acima auxiliado pela experiecircncia do autor e alinhado aos
itens anteriores e agrave revisatildeo de literatura chegou-se agrave seguinte conclusatildeo
82
A sugestatildeo de uma organizaccedilatildeo ideal para o BE Cmb eacute a seguinte duas Cia E
Cmb uma dotada de VBTP sobre rodas em apoio aos RC Mec e uma Cia com
VBTP sobre lagartas em apoio ao RCB Isso justifica-se pelos seguintes motivos
- manutenccedilatildeo da natureza de cada Cia E Cmb permitindo assim o
acompanhamento dos regimentos por parte dos pelototildees (seja pela velocidade das
viaturas Guarani e Cascavel seja pela capacidade de transpor terrenos mais difiacuteceis
dos Leopard M113 e M60) e
- organizaccedilatildeo das companhias para emprego de um tipo de viatura (ou M113 ou
Guarani) facilitando a logiacutestica dentro da companhia
432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos
Embora a proposta inicial do trabalho fosse analisar a brigada de um exeacutercito
que tivesse uma estrutura semelhante a da Bda C Mec brasileira este autor natildeo
encontrou tal brigada
Para atingir esse objetivo foi realizada a comparaccedilatildeo com duas brigadas
distintas que se aproximam da estrutura desejada de forma diferente
Assim foram analisadas a brigada americana Stryker (SBCT) que eacute uma
Grande Unidade dotada de meios exclusivamente sobre rodas e a Brigada de
Infantaria Mecanizada da Alemanha que possui meios blindados e mecanizados em
suas tropas
A brigada Stryker possui as seguintes tropas da arma-base trecircs batalhotildees de
infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees um esquadratildeo de
cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de reconhecimento Stryker
conforme figura apresentada no capiacutetulo anterior
A engenharia que apoia a brigada eacute um batalhatildeo constituiacutedo de duas
companhias de constituiccedilotildees diferentes entre si
Uma Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees de engenharia de
combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo de apoio dotado de equipamentos de
abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas lineares (MICLIC) em
reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de comprovaccedilatildeo (rolo e arado)
A outra Cia E possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate
composto por trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e
83
um grupo de construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo
de minas)
Com base no estudo do MCoE Supplemental Manual 3-90 Force Structure
Reference Data de 2015 foi possiacutevel analisar que os meios utilizados na SBCT satildeo
basicamente viaturas leves caminhotildees cargo e viaturas Stryker por todos os
componentes da brigada excetuando-se apenas os equipamentos construccedilatildeo e
limpeza de vias de engenharia
O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas
das seguintes tropas de cavalaria e infantaria um batalhatildeo de reconhecimento
dotado de viaturas Fennek trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais
utilizam a viatura de combate Puma e um batalhatildeo de rifles que utiliza as viaturas
de combate multipropoacutesito Boxer GTK
Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado composto
por uma companhia de comando e apoio duas companhias de engenharia de
combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia e uma
companhia de pontes flutuantes
As companhias de combate satildeo compostas por um comando um pelotatildeo de
contramobilidade que constroacutei obstaacuteculos para barrar ou canalizar a forccedila inimiga
um pelotatildeo de abertura de brecha dotado de sistema de limpeza e da viatura Keiler
um pelotatildeo de eliminaccedilatildeo de municcedilatildeo que elimina artefatos explosivos e municcedilotildees
garantindo o traacutefego de tropas e um pelotatildeo de equipamentos responsaacutevel pelo
apoio agrave mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e
manutenccedilatildeo de estradas
A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas
blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de
engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais
conforme figura abaixo
A seguir satildeo apresentadas as viaturas componentes dessas brigadas com
seus respectivos pesos e velocidades viatura sobre rodas Fennek (103 ton e 115
kmh) Viatura de Transporte de Pessoal sobre rodas Fuchs (235 ton e 105 kmh)
utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate sobre lagartas Puma
utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Lanccedila-Pontes sobre lagartas
Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia sobre lagartas
84
Dachs (43 ton e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha sobre lagartas Keiler
(53 ton e 50 kmh)
Embora o trabalho tenha se desenvolvido de forma diferente do planejado
inicialmente este autor considera que foi positiva a anaacutelise pois duas brigadas
distintas de potecircncias beacutelicas que estatildeo sendo empregados em conflitos
atualmente apresentam diferentes formas de apoio
A brigada blindada alematilde mostrou uma proximidade maior agraves caracteriacutesticas da
brigada brasileira em razatildeo da mistura de meios sobre lagartas e sobre rodas o
que natildeo necessariamente conduz a mesma soluccedilatildeo
A anaacutelise permitiu afirmar que eacute possiacutevel o apoio a tropas mecanizadas por
uma engenharia dotada de meios sobre rodas como a Brigada Stryker
Por outro lado tambeacutem eacute possiacutevel que uma brigada mecanizada com viaturas
sobre rodas e viaturas sobre lagartas de classes diferentes e capacidades de
mobilidade diferentes seja apoiada por uma engenharia dotada de meios sobre
lagartas
Conforme Capiacutetulo 3 o apoio de engenharia agrave mobilidade dos regimentos
(RCB e RC Mec) atualmente eacute limitado ao emprego de equipamentos inadequados
para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito devido a inexistecircncia de
VBE
Considerando que na constituiccedilatildeo da brigada existe um RCB dotado de
VBCCC Leopard 1BR e VBCCC M60 A3-TTS foi analisado o emprego dos meios de
engenharia pelo exeacutercito americano e alematildeo onde natildeo foram encontradas
informaccedilotildees sobre apoio de engenharia com meios mecanizados para apoiar
viaturas blindadas sobre lagartas
De outra forma foi observado o emprego de meios especiais sobre lagartas
para apoio agraves tropas dotadas de viaturas sobre lagartas de classe consideraacutevel na
brigada alematilde - como as viaturas Dachs (43 ton) e as viaturas de combate Puma (43
ton) - e viaturas de grande mobilidade sobre rodas - como as viaturas Fennek (115
kmh) e Puma (105 kmh)
No Apecircndice C questotildees 1 2 e 3 foram apresentadas opiniotildees equilibradas
quanto ao emprego das VBE sobre lagartas e unanimidade para emprego dos tipos
de VBTP de acordo com a tropa apoiada (sobre rodas e sobre lagartas)
85
Com base nos comentaacuterios a seguir pretende-se responder agraves problemaacuteticas
levantadas com base na revisatildeo de literatura e reforccedilar as ideias que corroborem
com a proposta do autor
- ldquoA Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade
nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse
contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em
usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior
potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando
tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SRrdquo
Esse comentaacuterio explica como a Bda Inf Mec alematilde consegue realizar suas
missotildees sendo apoiada por um batalhatildeo de engenharia blindado que possui todas
as suas VBE construiacutedas sobre plataformas sobre lagartas E em relaccedilatildeo agrave
capacidade da VBE Eng a experiecircncia do autor permite testemunhar a favor da
afirmaccedilatildeo apresentada sobre a potecircncia e eficiecircncia que as VBE sobre lagartas
possuem e a restriccedilatildeo de trafegabilidade das viaturas sobre rodas no deslocamento
atraveacutes campo
- ldquonatildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das caracteriacutesticas de
terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que uma Vtr SL progrida
sobre o asfaltordquo
A afirmaccedilatildeo acima natildeo eacute verdadeira e seraacute respondida com base na
experiecircncia do autor As viaturas alematildes da famiacutelia Leopard inclusive as Leopard 2
que possuem maior classe satildeo deslocadas na Alemanha atraveacutes de estradas
asfaltadas O deslocamento sobre o asfalto natildeo eacute impedimento nem prejudicial agraves
viaturas sobre lagarta
No Apecircndice D questotildees 1 2 e 3 houve unanimidade quanto ao emprego de VBE
sobre lagartas e equiliacutebrio quanto agrave utilizaccedilatildeo de VBTP de mesmo tipo dos
elementos apoiados
Dos comentaacuterios apresentados foram selecionados os que seguem
86
- ldquoDependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode-se exigir a utilizaccedilatildeo de algum implemento
para apoiar a mobilidaderdquo
Esse comentaacuterio abre margem para avaliaccedilatildeo de uma proposta mais
audaciosa na qual deveria ser analisado o custo-benefiacutecio de empregarem-se
pelototildees embarcados em VBTP com implementos
Esse estudo deve avaliar inicialmente a capacidade de tal meio comportar o
sistema e um GE na mesma viatura e o custo de ter VBE sobre lagartas e VBTP
com implementos
Por falta de tempo para estudo de tal proposta o autor natildeo consideraraacute esta
proposta uma opccedilatildeo para este trabalho
- ldquoDevem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece
maior mobilidade atraveacutes terrenordquo
A utilizaccedilatildeo de VBTP M113 junto aos RC Mec eacute menos vantajoso pois
dificilmente o Pel E buscaraacute apoiar a mobilidade por caminhos natildeo utilizados pelas
VBPT Guarani por ser uma soluccedilatildeo de maior custo haja vista a quantidade de
viaturas que o pelotatildeo utiliza e por tornar-se uma opccedilatildeo de velocidade de apoio
Diferente do emprego das VBE sobre lagarta o emprego das VBTP sobre
lagarta natildeo traz ganho significativo nos trabalhos aleacutem de faacutecil identificaccedilatildeo visual
por parte do inimigo
As companhias do batalhatildeo de engenharia deveratildeo possuir VBTP sobre
lagartas e sobre rodas para apoiar respectivamente os RCB e os RC Mec Cabe
salientar entretanto que o emprego dessas VBTP natildeo devem ser de uso exclusivo
aos respectivos elementos devendo ser considerado seu emprego desta forma
apenas como mais adequado
Quanto agraves VBE o trabalho conduziu para que o batalhatildeo seja dotado de
viaturas sobre lagartas a fim de dotar os pelototildees de capacidade para organizaccedilatildeo do
terreno transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas e abertura de brecha em campo
minado atribuindo mobilidade adequada tanto para apoio aos RC Mec quanto para
apoio aos RCB pelos motivos jaacute analisados no capiacutetulo 42
87
Os materiais foram separados por tipo de trabalho realizado explorando as
necessidades de apoio dos regimentos da seguinte forma trabalhos de abertura de
brecha transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua e valas e trabalhos de organizaccedilatildeo do
terreno e desobstruccedilatildeo de vias
Das Viaturas Blindadas Especiais de abertura de brecha destacam-se as
seguintes
A Viatura americana M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de
Abertura de Brechas) construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams a qual eacute
dotada de dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) uma carga linear explosiva que
eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas
A viatura tem capacidade de lanccedilar uma carga explosiva atraveacutes de 100 a 150
metros destruindo minas bombas e IED sem expor a tripulaccedilatildeo que natildeo precisa
desembarcar Aleacutem disso a viatura possui um arado que permite complementar a
seguranccedila da brecha aberta por carga explosiva
O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado
como meio principal pois tem baixa resistecircncia Em meacutedia a cada trecircs minas
removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina implicando em sua
substituiccedilatildeo
A Viatura BMR-3M que consiste em uma viatura blindada russa baseada no
carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos que exercem um
peso superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as prematuramente Aleacutem dos
rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque magneacutetico e um sistema
jammer que impede o acionamento de explosivos controlados por raacutedio A
velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da densidade da mina e das
condiccedilotildees do solo
O sistema de rolo eacute apto para operar em solo seco e relativamente plano Aleacutem
disso deve ser utilizado como complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo
suporta entre trecircs a seis minas devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um
excelente sistema para identificaccedilatildeo do iniacutecio de um campo minado
A viatura alematilde Keiler a qual alega-se que limpa cerca de 98 das minas por
onde passa eacute equipada com um sistema composto por um rotor que eacute interligado a
88
vaacuterios pesos metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado
do solo realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas
explosivasEnquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o
local livre de minas
Viatura que apresenta alta eficiecircncia quando comparado ao MICLIC que natildeo
necessita de um meio complementar e que tem um baixo custo de utilizaccedilatildeo pois
seu sistema natildeo precisa ser recarregado a Viatura Keiler possui uma manutenccedilatildeo
simples apoacutes detonaccedilatildeo pois o acionamento prematuro das minas natildeo afeta seu
sistema podendo afetar peccedilas de faacutecil reposiccedilatildeo o que natildeo ocorre com o sistema
arado e rolo caso sejam utilizados sem complemento do meacutetodo explosivo
O sistema Python eacute um sistema britacircnico consiste em um reboque com uma
carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse
sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Bretanha
pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi
utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo
O implemento lacircmina para desminagem pode ser utilizado nas viaturas
meacutedias de rodas apresentando capacidade limitada de trabalho na remoccedilatildeo de
minas em superfiacutecies pavimentadas
O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um
sistema adicionado agraves viaturas sobre rodas que protege veiacuteculos do efeito de minas
e Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave
frente do veiacuteculo que realiza a abertura (Armytechnology)
Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas
atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para
acionamento de cargas explosivas
O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga
de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja
realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma
brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de
demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de
polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel
detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN)
Dos MEM para transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua ou valas destam-se
89
A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1
BR) eacute viatura modificada da versatildeo alematilde Panzerschnellbruumlcke 1 para o Brasil
Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de transportar montar (a
ponte eacute transportada em duas metades) e lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22
metros sobre um vatildeo de 20 metros
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no
chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m
em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta
viatura que realiza o lanccedilamento vertical tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC
fornecendo um niacutevel muito alto de proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de
consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas terrestres e contra agentes QBRN
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para
transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a
partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem
a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros
A viatura que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo
semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de
gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional no
campo de batalha
O feixe de tubos ou Pipe Fascine ao ser colocado dentro de um Fosso
Anticarro (Fosso AC) estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo
permite a passagem de viatura sobre sua superfiacutecie cumprindo funccedilatildeo semelhante a
da ponte
Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de
Engenharia ou adaptada em outras viaturas ou reboques Uma necessidade para
lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste
ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes
ser lanccedilado
O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema para
viaturas sobre rodas que pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de
transporte de pessoal utilizadas pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens
em pequenos cursos drsquoaacutegua O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System)
por exemplo permite o lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13
metros
90
Dentre os MEM para organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias
destacam-se
Os sistemas lacircmina reta e escavadeira satildeo implementos que podem ser
instalados nas viaturas meacutedias de rodas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo
do terreno
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1
BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil
Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o
qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que realiza
trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de lacircmina de
apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos trabalhos
com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar cortes que
frouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com capacidade de
ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e solda e
policorteesmerilhadeira (Manual de operaccedilatildeo VBE Eng Leo 1 BR p 2)
Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura que seraacute apresentada a
seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada pela Alemanha devido a sua alta
qualidade
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a
versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo
anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que
pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas
junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas
eletromagneacuteticas
A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de
concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2
aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de uma
operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa trabalhos com
escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma blindagem e proteccedilatildeo
contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo de armas pequenas e
projeacuteteis de artilharia
91
Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado de
grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento
rebocado Python
Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos ou
um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo)
De acordo com o que foi apresentado percebe-se que existe uma gama de
materiais disponiacuteveis no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar aos Pel E Cmb
das Cia E Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos
da Bda C Mec
Dentre eles como viatura para abertura de brecha destaca-se o Keiler viatura
que utiliza um sistema barato quando comparado ao MICLIC e completo quando
comparado agraves viaturas arado e rolo Outrossim a manutenccedilatildeo do seu sistema em
combate eacute simples de ser realizada por necessitar de troca de peccedilas de faacutecil
substituiccedilatildeo
Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt Biber
que jaacute eacute utilizada no Brasil e o feixe de tubos para o qual jaacute existem estudos no
Brasil sobre a possibilidade de fabricaccedilatildeo dos tubos Essa tambeacutem eacute uma soluccedilatildeo
barata e eficiente que adaptada sobre uma viatura em desuso como as VBCCC
Leopard 1 que estatildeo no Parque Regional de manutenccedilatildeo ou outra viatura que tenha
o chassi em boas condiccedilotildees de funcionamento onde seja adaptado um braccedilo com
funcionamento hidraacuteulico para lanccedilamento e remoccedilatildeo do feixe
Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as
viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende bem
as tropas blindadas
Este autor buscou apresentar algumas caracteriacutesticas principais desses
materiais buscando analisar pontualmente as funcionalidades dessas viaturas com
base nas capacidades miacutenimas que faltam nos Pel E Cmb que apoiam as Bda C
Mec As viaturas mencionadas possuem muitos outros benefiacutecios os quais natildeo
foram aprofundados por natildeo serem objetivo do presente estudo
433 Caracteriacutesticas dos meios
No Apecircndice A questatildeo 4 as respostas recebidas mostraram opiniatildeo
unacircnime em relaccedilatildeo agrave necessidade de dotar a Cia E Cmb Mec com ponte classe
92
que atenda tanto as VBTP-MR Guarani quanto as VBCCC Leopard (classe 45) e
VBCCC M60 A3-TTS (classe 55) caracteriacutestica que nem o sistema americano para
viaturas sobre rodas REBS possui Como jaacute mencionado na revisatildeo de literatura
esse sistema lanccedila ponte de classe 50
No Apecircndice A questatildeo 5 a grande maioria respondeu que o apoio de
engenharia aos regimentos por VBEL Pnt sobre lagartas eacute pertinente
Os comentaacuterios contribuiacuteram para complementar o raciociacutenio apresentado
pelas questotildees da seguinte forma
- ldquoA vantagem de se ter na OM Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de
VBE lanccediladora de ponte sobre lagartas seria que a mesma poderia atender
com maior mobilidade atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCBrdquo
No Apecircndice B questotildees 4 foi unacircnime a aceitaccedilatildeo da afirmativa que considera
que a classe da ponte da VBEL Pnt deve atender agrave classe da viatura de maior
classe (atualmente a VBCCC M60)
A anaacutelise dos comentaacuterios a seguir apresentados permitiratildeo uma explicaccedilatildeo mais
detalhada
- ldquoA Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros para
Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VBCCC M60 eacute uma soluccedilatildeo paliativa A
VBCCC Padratildeo do EB eacute o Leopardrdquo
Quanto a essa afirmativa foram consideradas duas situaccedilotildees a primeira fruto
da anaacutelise da atual situaccedilatildeo que paleativa ou natildeo eacute a existecircncia da Vtr M60 cuja
classe natildeo eacute suportada pela ponte do sistema REBS a outra fruto da anaacutelise de
uma situaccedilatildeo futura eacute que o Exeacutercito jaacute estaacute pensando no projeto de uma nova
VBCCC para substituir o Leopard 1A5 e consequentemente as viaturas Leopard 1
e o M60 Esse estudo natildeo definiu ateacute o momento entretanto a classe nem o
momento dessa substituiccedilatildeo
Destaco que a maior importacircncia dessa questatildeo foi identificar a opiniatildeo sobre
a capacidade do emprego de viaturas sobre lagartas em atender agraves necessidades
dos regimentos
93
No Apecircndice B questotildees 5 a maioria das respostas foram contraacuterias agrave
utilizaccedilatildeo de pontes lanccediladas por viaturas sobre rodas ao considerar sua falta de
capacidade de suporte agraves viaturas mais pesadas
A exploraccedilatildeo dos seguintes comentaacuterios apresentados permitiratildeo reforccedilar o
resultado atingido
- ldquoA classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves necessidades da
Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas deve ter capacidade de
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartasrdquo
Embora concorde com a afirmaccedilatildeo quando comparamos a diferenccedila de
capacidades entre as VBEL Pnt dos paiacuteses mais desenvolvidos verificamos a
dificuldade das viaturas sobre rodas proporcionarem semelhante capacidade
propiciada pelas sobre lagartas
Essa avaliaccedilatildeo eacute facilitada quando comparamos o implemento para viaturas
sobre rodas e a viatura sobre lagartas empregados pelo mesmo paiacutes
O sistema americano REBS que proporciona suporte para viaturas de classe
50 em vatildeos de ateacute 13 metros mostra-se muito inferior quando comparado agrave
capacidade da viatura Wolverine de lanccedilar uma ponte de classe 70 em vatildeo de ateacute
24 metros Quase o dobro de largura de vatildeo em relaccedilatildeo agrave ponte lanccedilada pelo
sistema REBS
Destarte a crescente demanda de pontes de maior classe torna niacutetidos os
benefiacutecios de investir-se em pontes de pequenas brechas de maior capacidade
- ldquoUm detalhe que deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de
velocidade e manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt
conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo ela
ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui elementos
de Man SL e SR a engenharia orgacircnica tambeacutem deva ter essa caracteriacutestica Assim
eacute vaacutelido pensar que nesse BE Cmb Mec deva existir no miacutenimo uma fraccedilatildeo E Cmb
Bld (SL)rdquo
Pode-se contrapor o referido comentaacuterio por meio da anaacutelise do emprego do
exeacutercito alematildeo o qual apoia a Bda Inf Mec com VBE sobre lagartas permitindo
94
afirmar assim que a utilizaccedilatildeo de tais meios no apoio aos elementos dotados de
viaturas sobre rodas natildeo impactaraacute no acompanhamento dos regimentos
Em complemento a essa anaacutelise pode-se analisar o procedimento
experimental que foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de Blindados constante no
Apecircndice E Com meios sobre lagarta um Pel E Cmb acompanhou toda a manobra
em ambiente virtual de um RC Mec da 3ordf Brigada de Cavalaria Mecanizada natildeo
sendo prejudicado seu apoio pela velocidade dos meios empregados
No Apecircndice C questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas tornando-se mais
adequado a anaacutelise dos comentaacuterios para avaliaccedilatildeo das questotildees propostas
- ldquoConcordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial para
a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em algumas
situaccedilotildees por Vtr SLrdquo
De acordo com o emprego realizado na Alemanha conforme capiacutetulo 3 o apoio
prestado pelas VBE sobre lagartas natildeo eacute um problema que afeta a funccedilatildeo de
combate Movimento e Manobrardquo
- ldquoNatildeo obstante agraves vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade
de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os
meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo ao
Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade natureza
da missatildeo e tipo de tropa apoiadardquo
Quanto agrave flexibilidade de apoio natildeo foi identificada a referida problemaacutetica mas as
vantagens estatildeo de acordo com o que o estudo identificou ateacute agora
No Apecircndice D questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas e devido agrave baixa
quantidade de respostas tornou-se mais adequado analisar seus comentaacuterios como
se segue
- ldquoEacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em
qualquer terreno mas por outro lado impacta enormemente na cauda logiacutestica
Insisto que as Bda C Mec devam manter suas caracteriacutesticas de velocidade
95
principalmente trafegabilidade e mobilidade Recordo que os meios sobre roda
garantem entre outras vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para
as Bda C Mec a velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees
baacutesicas de Rec e Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre
rodas eacute a configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C
Mec do EBrdquo
Do mesmo modo que nossas Bda C Mec a Bda Inf Mec alematilde eacute dotada de
viaturas leves e raacutepidas as quais necessitam ser acompanhadas e apoiadas
adequadamente pelos pelototildees de engenharia Portanto mais uma vez a
comparaccedilatildeo com o emprego da engenharia na brigada alematilde torna-se fundamental
para comprovar a eficiecircncia do apoio com VBE sobre lagartas
- ldquoA Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos
quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o RCB
seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo considerando a maior
diversidade de materiais nesta anaacuteliserdquo
Realmente o custo com suprimentos manutenccedilatildeo e complementando gasto
com combustiacutevel das viaturas sobre lagartas eacute maior que das viaturas sobre rodas
Todavia os benefiacutecios desse investimento seriam
- ganho na compra de um lote maior de viaturas sobre lagartas (quanto maior o
nuacutemero de viaturas menor seraacute o preccedilo)
- ganho em capacidade de trabalho (as viaturas sobre rodas possuem muitas
limitaccedilotildees para a VBEL Pnt a limitaccedilatildeo de classe e para as VBE Eng e VBE
desminagem capacidade muito inferior de utilizar os equipamentos como lacircmina
escavadeira o arado ou rolo atraveacutes campo onde a traccedilatildeo eacute extremamente
necessaacuteria
- ganho na proteccedilatildeo no qual destaca-se em relaccedilatildeo agraves VBTP por ser um meio
mais nobre para as forccedilas amigas e compensador para as inimigas e pela maior
necessidade de exposiccedilatildeo aos fogos haja vista que em operaccedilotildees de abertura de
passagem esse meio seraacute conduzido agrave frente para a realizar a reduccedilatildeo dos
obstaacuteculos
96
434 Quantidade de VBE por BE Cmb
No Apecircndice C questatildeo 6 houve uma aceitaccedilatildeo maior que reprovaccedilatildeo o
que poderaacute ser complementado pela anaacutelise dos comentaacuterios que se seguem
- ldquoDeve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de
manobra a apoiar mas tambeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em que a
Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-se desdobrar
em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades maacuteximas de comando e
controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse levantamento pode-se traccedilar melhor
as necessidades totais de meios de Eng para apoio inclusive com os meios
reservasrdquo
- ldquoPara realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os
batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a necessidade de
uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como implemento para as Vtr
da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito americano como um modelo
(uma ideia) seria interessante ter uma Vtr especializada de engenharia como os
ABV que jaacute possuem o miclic e o arado na mesma Vtrrdquo
A primeira afirmativa talvez seja a situaccedilatildeo ideal de apoio de uma engenharia
de brigada entretanto para se atingir a capacidade miacutenima de apoio a dotaccedilatildeo de
VBE natildeo precisa atingir cada zona de accedilatildeo mas cada regimento empregado pela
brigada com no miacutenimo um meio principal e um reserva
De acordo com o estudo dos meios do exeacutercito americano verifica-se que sua
engenharia de brigada natildeo tem meios para apoiar cinco zonas de accedilatildeo limitando-se
ao apoio das companhias por unidade Desta forma a complementariedade desse
apoio cabe agrave engenharia de divisatildeo agrave brigada
Em relaccedilatildeo a segunda proposiccedilatildeo pela proximidade das caracteriacutesticas da
brigada faz-se mais conveniente analisar a quantidade de meios do batalhatildeo da
Alemanha que dos Estados Unidos
Desta forma identifica-se que cada companhia do batalhatildeo de engenharia da
Alemanha aleacutem de sistema de lanccedilamento de minas e botes de assalto deteacutem 3
(trecircs) viaturas lanccediladoras de ponte 2 (duas) viaturas de abertura de brecha 2 VBE
Eng
97
Esta distribuiccedilatildeo mostra-se coerente com a miacutenima necessidade dos
regimentos da Bda C Mec os quais precisam ser apoiados com no miacutenimo duas
VBE Eng e duas viaturas de abertura de brecha no caso de emprego de dois
esquadrotildees em primeiro escalatildeo
A dotaccedilatildeo de 3 VBEL Pnt tambeacutem justifica-se pois atende a necessidade de
transposiccedilatildeo em trecircs locais simultaneamente ou em dois locais permanecendo com
uma viatura em reserva primando pela seguranccedila da operaccedilatildeo
De acordo com o acima exposto conclui-se que as companhias do batalhatildeo de
engenharia necessitam de trecircs VBEL Pnt duas VBE Eng e duas viaturas para
abertura de brecha
Como conclusatildeo da anaacutelise da Variaacutevel Dependente de acordo com o que
foi analisado concluo parcialmente que o batalhatildeo de engenharia da brigada
composto por duas Companhia Engenharia de Combate deve ter 4 Pelototildees
de Engenharia de Combate por companhia para as cumprir as missotildees de
apoio direto reforccedilo apoio suplementar e apoio ao conjunto
Com base na anaacutelise das brigadas de outros exeacutercitos eacute possiacutevel a
utilizaccedilatildeo de meios sobre lagartas e sobre rodas mesmo que elas tenham
classes e capacidades de mobilidade diferentes para apoio agraves Brigadas de
Cavalaria Mecanizada
Atualmente os meios de dotaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec satildeo inadequados
para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e a inexistecircncia de
viaturas blindadas especiais de engenharia restringe suas capacidades de
apoio sob fogos diretos mesmo de armas de baixo calibre
Para solucionar este problema pocircde-se observar a existecircncia de
materiais no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar os Pel E Cmb das Cia E
Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos da
Bda C Mec
Dentre eles destaca-se a viatura para abertura de brecha Keiler viatura
que utiliza um sistema barato e capaz de realizar sozinha a abertura completa
com manutenccedilatildeo simples
Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt
Biber e o sistema de feixe de tubos A primeira por ser um material eficiente
que jaacute eacute empregado pelas Brigadas Blindadas e a segunda por ser um
98
sistema barato e de faacutecil implementaccedilatildeo em viaturas repotencializadas como
as viaturas Leopard 1 desde que tenham seus sistemas baacutesico em
funcionamento
Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as
viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende
bem as tropas blindadas
De acordo com a anaacutelise realizada o BE Cmb Mec necessita dos
seguintes materiais para reforccedilo das Cia E Cmb 6 (seis) VBEL Pntcom duas
pontes cada 4 (quatro) VBE Eng 4 (quatro) Viaturas lanccediladoras de feixe de
tubos e 4 (quatro) viaturas para abertura de brecha
99
5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES
A presente dissertaccedilatildeo de mestrado classificada quanto agrave sua forma de
abordagem como qualitativa e quanto ao objetivo geral como exploratoacuteria e
descritiva teve como tema a A Engenharia de combate da Brigada de Cavalaria
Mecanizada Uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos
empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas
O problema central da pesquisa balizou o desenvolvimento do trabalho para
atingir o objetivo geral direcionando-o para o desenvolvimento da proposta mais
adequada de emprego da engenharia no apoio agraves Brigadas de Cavalaria
Mecanizada
Embora tenha sido observada a inexistecircncia de algumas bibliografias a
pesquisa bibliograacutefica permitiu atingir plenamente os objetivos especiacuteficos
relacionados agraves questotildees de estudo acima enumeradas
Nessa fase foram analisados os conceitos receacutem introduzidos no Exeacutercito os
materiais adquiridos e em desenvolvimento atraveacutes dos Projetos Leopard e
Guarani a organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a Companhia de
Engenharia de Combate
Por meio deste estudo foram identificadas as capacidades e limitaccedilotildees dos
elementos empregados em primeiro escalatildeo pela brigada e as capacidades
previstas para o apoio dos Pelototildees de Engenharia desta companhia no apoio em
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Observou-se a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas capacidades e limitaccedilotildees dos Pel
E Cmb identificando os materiais existentes para apoio agrave mobilidade dos
Regimentos e a necessidade de reforccedilos pela Cia E Cmb a fim de realizar um apoio
efetivo
Apoacutes o referido estudo buscou-se complementar os estudos de revisatildeo
bibliograacutefica com a aplicaccedilatildeo de questionaacuterios e procedimento experimental
Para cumprir esse objetivo os questionaacuterios foram enviados a comandantes e
ex-comandantes dos regimentos de cavalaria e companhias de engenharia das
Brigadas de Cavalaria Mecanizada os quais tinham experiecircncia no emprego das
tropas estudadas
Em complemento agrave experiecircncia dos grupos citados foram enviados
100
questionaacuterios aos oficiais de engenharia e instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de
Blindados que realizaram curso de comandante de subunidade nos Estados Unidos
ou na Alemanha a fim de contribuiacuterem com experiecircncias e conhecimentos
adquiridos nesses paiacuteses
Desta forma identificou-se a limitaccedilatildeo em meios e em pessoal e
consequentemente ineficiecircncia da companhia de engenharia em realizar um apoio
adequado em uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e ainda apresentar
condiccedilotildees de realizar trabalhos de apoio ao conjunto suplementar e ficar em
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada
Desta feita foram analisadas soluccedilotildees em material e emprego capazes de
tornar o apoio da engenharia suficiente agraves necessidades miacutenimas e imediatas dos
regimentos Assim a anaacutelise seguiu os indicadores e dimensotildees da Variagravevel
Independente e Dependente as quais foram medidas de acordo com as questotildees
constantes nos apecircndices conforme quadros 1 e 2 das Definiccedilatildeo operacional das
variaacuteveis
Isto posto a fim de adequar o emprego e os meios da engenharia da brigada
identificou-se a necessidade de propor uma nova organizaccedilatildeo a fim de solucionar
as suas limitaccedilotildees Com isso concluiu-se que se faz necessaacuteria a mudanccedila do
apoio de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada para um
Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
Para o adequado apoio do Batalhatildeo junto aos Regimentos dotados de
viaturas mecanizadas e blindadas questionou-se a caracteriacutestica dos meios a serem
empregados pela engenharia
A soluccedilatildeo desta questatildeo foi amparada no estudo realizado por meio de
revisatildeo bibliograacutefica pelo procedimento experimental pelas respostas dos
questionaacuterios e seus comentaacuterios
Todos esses procedimentos e instrumentos direcionaram a proposta para a
estrutura de um BE Cmb a duas companhias com quatro pelototildees cada Uma
companhia deve ser dotada de VBTP sobre rodas para apoiar os RC Mec e a
companhia dotada de VBTP sobre lagarta deve apoiar o RCB e se for necessaacuterio
ficar em condiccedilotildees de apoiar o RC Mec
O procedimento experimental contribuiu para identificaccedilatildeo de uma suporte
adequado agrave brigada o qual foi realizado pela Seccedilatildeo de Simuladores do Centro de
Instruccedilatildeo de Blindados por meio do Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual
101
(TTAV) o qual realizou um treinamento com emprego de um RC Mec de uma Bda C
Mec em um Movimento Retroacutegrado que mesmo tendo sido aplicado um tipo
totalmente diferente da operaccedilatildeo em questatildeo permitiu a anaacutelise da capacidade das
viaturas blindadas sobre lagartas no acompanhamento das viaturas blindadas sobre
rodas no cumprimento de suas missotildees
Esse treinamento contribuiu para corroborar com a anaacutelise realizada na
doutrina alematilde que permitiu afirmar que os meios sobre lagartas utilizados pela
engenharia tem condiccedilotildees de apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada mesmo
quando esses meios satildeo empregados junto a um RC Mec
Outrossim chegou-se agrave identificaccedilatildeo dos meios que o Batalhatildeo de
Engenharia de Combate Mecanizado deve possuir para reforccedilar em meiois os Pel E
Cmb de acordo com as necessidades de apoio dos Regimentos de uma Bda C Mec
no Aproveitamento do Ecircxito quais sejam quatro VBE Eng quatro VBE de abertura
de brecha (do tipo Keiler) e seis VBEL Pnt (com duas pontes cada) todas sobre
lagartas
Com as conclusotildees do presente trabalho pretende-se adequar o apoio
prestado pela engenharia da brigada por meio da adequaccedilatildeo de seu emprego e de
seu material e refletindo na sua organizaccedilatildeo a fim de capacitaacute-la a apoiar os
elementos empregados em primeiro escalatildeo pela Brigada de Cavalaria Mecanizada
Como soluccedilatildeo praacutetica o autor apresenta no Anexo B a proposta consolidada
em uma Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash
As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees a qual se apresenta
como base para modificaccedilatildeo do emprego da engenharia da brigada e
consequentemente servir de embriatildeo de um novo manual
Uma sugestatildeo para a experimentaccedilatildeo doutrinaacuteria eacute a transformaccedilatildeo da 3ordf
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada de Dom Pedrito-RS em
batalhatildeo a fim de aproveitar as instalaccedilotildees atuais as quais eram de utilizadas pelo
14ordm Regimento de Cavalaria Mecanizada
O presente trabalho explorou a adequaccedilatildeo do apoio de engenharia da Bda C
Mec a partir da anaacutelise do seu emprego e do seu material no apoio aos elementos
em primeiro escalatildeo em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Outros estudos se fazem necessaacuterios para complementar as capacidades
necessaacuterias a esse batalhatildeo Dessa maneira o autor recomenda por meio do
QUADRO 17 a seguir os seguintes temas
102
QUADRO DE PROPOSTA PARA NOVAS PESQUISAS NA ESAO
Tema sugerido Especialista recomendado
BE Cmb de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma proposta de Quadro de Dotaccedilatildeo de Material (QDM) e Quadro de Cargos Previstos (QCP)
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
Equipagens para transposiccedilatildeo de curso drsquoaacutegua adequaccedilatildeo dos meios de transposiccedilatildeo de uma Bda C Mec
Militar de engenharia que tenha comandado uma Companhia de Engenharia de Pontes
TTP do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado na Operaccedilatildeo de Abertura de Passagem
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
Emprego de feixe de tubos em viaturas blindadas para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas
Oficial que tenha experiecircncia com blindados
Viatura de Abertura de Brecha Keiler Uma viatura para solucionar uma deficiecircncia da engenharia brasileira
Oficial de engenharia com curso de desminagem preferencialmente habilitado em
alematildeo
O emprego de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio na Companhia de Engenharia de Combate de um BE Cmb Mec Uma sugestatildeo de dotaccedilatildeo de meios de emprego junto aos elementos em primeiro escalatildeo pela Cia E Cmb
Oficial que tenha servido em Batalhatildeo de Engenharia preferencialmente que tenha
comandado uma Companhia de Comando e Apoio
Doutrina do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado da Brigada de Cavalaria Mecanizada
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
QUADRO 17 - Propostas de novas pesquisas relacionadas ao apoio de engenharia agrave uma Bda C Mec Fonte O autor
______________________________ Saulo dos Santos Marques
Capitatildeo de Engenharia
103
REFEREcircNCIAS
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______ _______ ______ EB20-MC-10208 proteccedilatildeo 1 ed Brasiacutelia DF 2015b
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109
APEcircNDICE A ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-
COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que jaacute foi comandante de Regimento de Bda C Mec eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
110
A ndash ESCALAtildeO DE APOIO DE ENGENHARIA
1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual
descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a
Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia
Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a
Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a
engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb
Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES
1 Com essa organizaccedilatildeo o BE Cmb Mec poderia empregar uma SU em apoio
direto aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo
ainda uma Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado na Z Accedil da Bda
111
2 Penso que o ideal seria um BE Cmb Mec a 3 Cia com 4 Pel E Cmb cada
permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra da Bda com uma SU Caso a
Bda receba o RC Mec divisionaacuterio deve receber tambeacutem uma SU Eng Cmb
da Divisatildeo
3 Essa eacute dosagem miacutenima tendo em vista a envergadura e pletora de meios da
tropa apoiada
2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia
de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base
nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave
engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo
de valor de um BE Cmb
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
112
1 Embora concorde com a organizaccedilatildeo sugerida no quesito anterior acredito
que natildeo se deva tomar por base uma organizaccedilatildeo do inimigo feita com
finalidades especiacuteficamente escolares A organizaccedilatildeo a ser considerada eacute
aquela adotada por potenciais ameaccedilas
2 Utilizando a mesma dosagem de uma Cia Eng Cmb por Elemento de
manobra valor Batalhatildeo ou Regimento
B ndash QUANTO AOS MEIOS
3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt
Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo
viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos
apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo
com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa
afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo
em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas
ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
113
Comentaacuterio das opiniotildees
1 A Bda C Mec conduz por suas caracteriacutesticas operaccedilotildees de movimento
Destarte todos os meios que facilitem o movimento satildeo importantes para ela
2 Haveria dificuldade de acompanhamento dos Elm 1ordm Esc pela velocidade de
deslocamento
3 Eacute INDISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios pela Eng da Bda
C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS
4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a
possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60
e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe
superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave
classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos
de viaturas
114
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Essa eacute uma assertativa bastante oacutebvia Os meios de transposiccedilatildeo devem
assegurar o movimento de todas as Vtr empregadas pela Bda C Mesc
2 Quem apoia mais apoia menos Esse um princiacutepio que atende plenamente ao
princiacutepio de guerra de economia de meios
5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de
transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente
que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
115
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Volto agrave resposta dada no quesito anterior Os meios de Eng devem ser
necessaacuterios e suficientes para assegurar que TODAS as Vtr da Bda
transponham o obstaacuteculo Como estaacute colocada a questatildeo seria concordar
com que o RCB principal elemento de forccedila da Bda natildeo pudesse empregar
seus CC
2 Sobre a afirmativa eacute bom lembrar as VBE Lccedil Pnt devem deslocar-se com
suas pontes somente em pequenos trechos no compartimento de combate
ateacute o local de lanccedilamento (essas pontes satildeo equipamentos fraacutegeis natildeo
devendo ser deslocadas sobre a VB por longos trechos) Ateacute a aproximaccedilatildeo
desse compartimento as pontes devem ser transportadas em pranchas e se
possiacutevel as VBE Lccedil Pnt sobre lagarta tambeacutem A vantagem de se ter na OM
Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de VB lanccediladora de ponte
sobre lagartas seria que a mesma poderia atender com maior mobilidade
atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCB Essa VB sobre lagarta
deveria como jaacute foi dito possuir uma viatura Cavalo Mecacircnico com prancha
para a aproximaccedilatildeo da VB ateacute o compartimento de combate (onde deveraacute
lanccedilar a Pnt ) e outra para transportar no miacutenimo as suas trẽs pontes de
pequena brecha
116
3 A Eng da Bda deve ter condiccedilotildees de apoiar o movimento de TODOS os meios
da Bda
D ndash SUGESTOtildeES
6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por
um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o
RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais
capacitada a apoiar os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Ver resposta do quesito seguinte
2 Estamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C
Mec Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf
Mec A proposta do CMS ( a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que
apoacutes anaacutelise do projeto decidiu junto com o COTER que o BECmb Mec
117
deveria ter somente 2 Cia Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo
CMS Na visatildeo do CMS 2 Cias apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma
com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria no apoio a toda a brigada (demais OM
em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa decisatildeo de 2017 foi modificada
a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as duas Cia Eng (decisatildeo DEC
COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3 Mec sobre rodas e 1
Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em apoio aos Rgt em
1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE Cmb Mec de Bda
Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB Portanto no BE
Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem somente VB
sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng deve
possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve
possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBE LccedilPnt VBE com
implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas
AC etc)
3 Estudar se uma Cia eacute suficiente para apoiar os dois R C Mec
4 Na minha opiniatildeo o Batalhatildeo de Engenharia deveria ter 3 Cia sendo duas
dotadas de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas para apoiar os dois RC
Mec e uma dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagarta para apoiar
o RCB permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra valor Regimento da
Bda
7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia
a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas
companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
118
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o
que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica
2 Ver observaccedilatildeo do item anterior
3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel
E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e
VB com lagartas As VBE Lccedil Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute
citado em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior
flexibilidade e rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec
como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre rodas
4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de
mobilidadevelocidade igual ou superior
5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1
Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento
orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng
na Boa C Mec Cabe ressaltar que um incremento (transformaccedilatildeo de Cia para
119
Btl) impacta outros sistemas operacionais da Bda (principalmente o logiacutestico)
acarretando uma mudanccedila quase impossiacutevel na Brigada
120
APEcircNDICE B ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-
COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que jaacute foi comandante de Companhia de Engenharia de Bda C Mec
eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
121
A ndash ESCALAtildeO DA ENGENHARIA DA BDA C MEC
1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual
descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a
Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia
Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a
Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a
engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb
Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES
1 Natildeo vejo a necessidade das Cia E Cmb Mec possuam os 04 Pel E Cmb
acredito que 03 Pel E Cmb jaacute seriam adequados
2 Doutrinariamente sim Em tempo de paz acredito que um Batalhatildeo de
Engenharia com 01 Cia E Cmb cumpre bem a missatildeo
122
3 Nas atuais condiccedilotildees do Paiacutes seria muito difiacutecil a migraccedilatildeo de Cia E Cmb
Mec para BE Cmb Mec
4 Em que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai16) prever uma E Bda Inf
Mec compota por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala
de aula da proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para
Mnt do C2 por parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar
pesquisando essa situaccedilatildeo sugiro uma composiccedilatildeo do BECmb Mec (ou Bld)
de 4 CiaECmb a 2 Pel E Cmb e 1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em
Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o
C2 por parte do Cmdo BE bem como a emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de
missotildees
5 A engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE
Cmb Mec a 3 companhias de 3 Pel E Cmb cada
2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia
de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base
nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave
engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo
de valor de um BE Cmb
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
123
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o
que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica
2 Ver observaccedilatildeo do item anterior
3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel
E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e
VB com lagartas As VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado
em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e
rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP
(Pel E) e VBE Eng sobre rodas
4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de
mobilidadevelocidade igual ou superior
5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1
Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento
orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng
B ndash QUANTO AOS MEIOS
124
3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt
Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo
viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos
apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo
com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa
afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo
em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas
ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
1 O Guarani assim como a Viatura Stryker veiacuteculo das tropas mecanizadas
Norte-Americanas deveria possuir os implementos de engenharia
necessaacuterios para a realizaccedilatildeo de abertura de passagem A abertura de
passagem deveria assim como ocorre com a transposiccedilatildeo de curso daacutegua
deveria ser encarada como uma operaccedilatildeo que possui como uma de suas
fases a reduccedilatildeo do obstaacuteculo a ser transporto
125
2 A proteccedilatildeo blindada eacute fundamental para o combatente mecanizado
3 A Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira
de Alta Mobilidade e Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel
de Eqp Eng Bda Mec) e de Vtr Lanccedila Pontes Sobre Rodas (REBS)
4 Eacute INDISPENSAacuteVEL Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de
Bda eacute totalmente ineficiente numa situaccedilatildeo de combate moderno
5 Eacute possiacutevel afirmar que eacute INDISPENSAacuteVEL no combate moderno a utilizaccedilatildeo
desses meios
6 Esses Eqp BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia E
C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS
4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a
possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60
e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe
superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave
classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos
de viaturas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
126
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Com certeza
2 A Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros
para Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VB CC M60 eacute uma soluccedilatildeo
paliativa A VB CC Padratildeo do EB eacute o Leopard
3 Na distribuiccedilatildeo dos meios entre as fraccedilotildees que estaratildeo em Ap Pccedil Man as
que estaratildeo em Ap Fraccedilotildees de Guarani poderatildeo receber Pnt P Bre de menor
classe Ou seja poderatildeo haver Pnt P Bre de classes diferentes Todavia eacute
interessante que a VBL Pnt tenha capacidade de lanccedilar a de maior classe
4 Elas jaacute possuem essa capacidade
5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de
transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente
que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
127
Comentaacuterio das opiniotildees
1 A classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves
necessidades da Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas
deve ter capacidade de transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
2 Uma Brigada Mecanizada possui meios SR e SL Logo um BE Cmb Mec
deve possuir meios SR e SL
3 As VBLPnt sobre lagartas devem ser utilizadas para Bda Bld As VBLPnt
sobre rodas devem ser utilizadas para as Bda Mec
4 Acredito que existam VBEL Pnt sobre rodas que tenha capacidade de
transportar Pnt com Classe para blindados sobre lagartas Um detalhe que
deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de velocidade e
manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt
conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo
ela ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui
elementos de Man SL e SR a engenharia Orgacircnica tambem deva ter essa
caracteriacutestica Assim eacute vaacutelido pensar que nesse BECmbMec deva existir no
miacutenimo uma Fraccedilatildeo E Cmb Bld (SL)
5 O apoio da engenharia ao combate deve ser inexoraacutevel podendo o Batalhatildeo
possuir os dois tipos de Vtr Lccedil Pnt sobe rodas e sobre lagartas
128
D ndash SUGESTOtildeES
6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por
um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o
RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais
capacitada a apoiar os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Natildeo vejo necessidade dessa especializaccedilatildeo das Cia Acredito que elas
devem ter as mesmas capacidades e estar aptas a transpor qualquer tipo de
tropa da Bda C Mec
2 Conforme comentaacuterio anterior
3 Como jaacute apresentei seria mais interessante no miacutenimo 01 CiaECmbBld em
Ap RCB e 02 CiaECmbMec em Ap aos 2 RCMec
129
4 Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado
por um Batalhatildeo a 3 Companhias de 3 Pelototildees sendo uma Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a
apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre rodas mais capacitadas a apoiar os RC Mec
7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia
a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas
companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Sou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que
economiza meios e facilita o planejamento
130
2 Considero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor A situaccedilatildeo do Paiacutes
natildeo favorece estas mudanccedilas
3 Semelhante ao exposto no item 5 um Ap Eng SL a uma fraccedilatildeo C Mec em
situaccedilatildeo de deslocamentos sobre eixos pavimentados ou natildeo poderaacute ser
retardado em relaccedilatildeo aacute velocidade alcanccedilada pelas Vtr SR Aleacutem disso o
valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maior
4 Eacute pertinente afirmar que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seraacute mais
adequado se for realizado por um Batalhatildeo a 3 Companhias com 3 Pelototildees
cada sendo uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre
lagartas mais capacitada a apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de
Viaturas Blindadas Especiais sobre Rodas mais capacitadas a apoiar os RC
Mec
5 Lembre-se que a Cia poderaacute solicitar apoio agrave ED Para a realidade do nosso
Exeacutercito uma Cia E bem equipada cumpriria sua missatildeo
131
APEcircNDICE C ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE
ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA
ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que realizou o curso de comandante de subunidade de engenharia
nos EUA ou Alemanha eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
132
A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS
Figura 1 - Viatura Fennek
Figura 2 - Viatura Dingo
Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas
133
1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais
satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada
utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas
Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para
abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As
viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as
apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C
Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M
60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha
empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo parcialmente pois sou partidaacuterio do emprego da Unidade como um
todo Desta feita as Vtr desta unidade precisam ter as mesmas
caracteriacutesticas ou seja todas SR ou todas SL Os RCB componentes da Bda
C Mec satildeo formados por dois Esqd Fuz (dotados de M 113) e dois Esqd CC
(dotados de Leopard) desta forma atendendo a premissa de que todas as Vtr
134
desta OM possuem a mesma caracteriacutestica de traccedilatildeo Nesta situaccedilatildeo
acredito que a situaccedilatildeo ideal seraacute que ela possua VBC Eng SR para Ap os
RC Mec e VBC Eng SL para Ap o RCB
2 A Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade
nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse
contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo
em usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem
maior potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e
poupando tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para
VBE Eng SR
3 As Bda Inf Mec e C Mec tem como caracteriacutestica a velocidade de seus meios
O emprego de Vtr mais lentas natildeo apenas pela engenharia mas pelos seus
demais Elm de apoio resultaria em fator limitador para as operaccedilotildees
4 Primeiramente para realizar a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio compreender a
constituiccedilatildeo das Bda Mec e Bld alematildes bem como quais as missotildees
destinadas a esse tipo de GU Acredito que e as Vtr Dingo natildeo sejam as
uacutenicas Vtr utilizadas pela Bda em questatildeo Considerando as Vtr empregadas
pelas fraccedilotildees que devem Rlz a accedilatildeo principal devemos considerar a mesma
natureza de mobilidade e proteccedilatildeo blindada para o apoio de engenharia
2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os
Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas
(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas
viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou
estrada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
135
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo deste que seja atendida o preacute requisito do item anterior ou seja
que a Eng desta Bda possua VBC Eng tanto SR quanto SL
2 O transporte dos Elm Eng seratildeo nesse caso adequados para o tipo de tropa
apoiada
3 Deve ser verificada a necessidade de transporte de outros materiais
(ferramentas) para o emprego do Pel E Cmb Nesse caso eacute possiacutevel admitir
uma variante dos modelos do veiacuteculos
B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC
3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e
capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de
mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a
princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard
1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso
AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate
elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego
junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das
viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas
136
operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade
superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre
lagartas ao R C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo parcialmente pois acho muito arriscado vocecirc considerar como
verdade absoluta que natildeo haveraacute velocidade superior a 60 kmh em uma Op
Ofensiva Acredito que a velocidade meacutedia da operaccedilatildeo realmente natildeo seraacute
superior a 60 kmh mas em alguns trechos acredito que a velocidade
necessaacuteria para manter a impulsatildeo da Op poderaacute ser superior a 60 kmh
Aleacutem disso natildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das
caracteriacutesticas de terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que
uma Vtr SL progrida sobre o asfalto
2 Reitero o abordado no item 1 em que a Bda C Mec eacute apta a atuar em
operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural
ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse contexto que as Vtr Eng satildeo
137
empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em usar meios SL para a Bda
C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior potecircncia para a remoccedilatildeo de
obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando tempo nessa atividade o que
pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SR
3 A mobilidade da tropa natildeo pode levar em conta apenas a velocidade de
deslocamento Uma VBE Eng Leopard possui Classe 45 enquanto os
Guarani apenas Cl 20 O emprego em conjunto dos dois meios traz consigo a
necessidade de meios de Tva como Pnt P Bre Prtd etc com maior
capacidade de suporte apenas para atender uma pequena parcela das Vtr da
Bda uma vez que a dotaccedilatildeo prevista para o BE Cmb Mec atualmente eacute de 6
VBE Eng e 4 VBE L Pnt
4 Eacute necessaacuterio que o apoio agrave manobra possua a mesma mobilidade A Manobra
natildeo pode ser regulada pela limitaccedilatildeo das peccedilas de apoio
C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA
4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura
que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que
empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas
Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego
das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o
terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas
Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes
limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a
uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o
RCB e duas Cia E Cmb apoiariam os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas
por todas as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
138
V
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial
para a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em
algumas situaccedilotildees por Vtr SL
2 Natildeo obstante as vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade
de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os
meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo
ao Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade
natureza da missatildeo e tipo de tropa apoiada
3 O emprego de Vtr especializadas de Eng permite um melhor apoio aos Elm
manobra mas esse apoio seria adequado tambeacutem com o emprego de Vtr SR
4 Para poder proceder a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio realizar os mesmos fatores
de comparaccedilatildeo As Bda Stryker no exeacutercito dos EUA eacute uma brigada de
infantaria Mec A Bda C Mec do Brasil eacute de cavalaria A principal diferenccedila
entre essas Bda eacute o tipo de missatildeo a ser realizada por cada uma e por
consequecircncia pode haver variaccedilatildeo no tipo de Vtr Normalmente os RCB e os
RC Mec formam uma FT e dessa forma o apoio de engenharia seraacute definido
139
pela missatildeo Cabe ressaltar que as Bda C Mec possuem 01 Cia E Cmb Mec
portanto o apoio aos Regimentos deveraacute ser realizado pelos Pel E Cmb Mec
D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB
5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de
engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec
apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os
trabalhos de apoio ao conjunto
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Acredito que seria uma situaccedilatildeo muito boa a que vocecirc levantou mas acredito
que um BE Cmb a 2 Cia E Cmb sendo uma delas com vocaccedilatildeo blindada
(para Ap o RCB) e a outra com vocaccedilatildeo Mec (para apoiar os RC Mec) seriam
o suficiente para prestar o Ap Eng agrave Bda C Mec
140
2 Os BE Cmb de Bda doutrinariamente possuem natureza uacutenica satildeo Mec ou
Bld Aleacutem disso a dosagem miacutenima de apoio serve como uma referecircncia
inicial podendo a mesma ser aumentada em funccedilatildeo da missatildeo a
desempenhar e a necessidade de apoio de Eng
3 As Bda Bld possuem maior poder de choque e possuem apenas 1 Btl E Cmb
(com 2 SU x 4 Pelototildees cada = 8 Pel E Cmb) A Bda C Mec teria 12 Pel E
Cmb Para o estudo da dosagem de engenharia para as missotildees da Bda eacute
necessaacuterio verificar a dosagem miacutenima do apoio de engenharia que eacute de 01
Pel E por Btl Nesse caso um regimento estaria recebendo 4 Pel E Cmb Esse
aumento de efetivo e de dosagem iria impactar consideravelmente a
necessidade de Vtr especializadas e em consequecircncia os custos para essa
mobilizaccedilatildeo
E ndash MEIOS DO BE CMB
6) O exeacutercito dos EUA prevecirc para as Operaccedilotildees de Abertura de Passagem a
proporccedilatildeo miacutenima de 50 de meios em reserva para assegurar a continuidade da
operaccedilatildeo no caso de perda de uma das viaturas Isso significa que para a abertura
de duas passagens simultaneamente seratildeo empregadas 2 VBE para abertura e 1
VBE ficaraacute em reserva De acordo com o item anterior a dotaccedilatildeo orgacircnica por tipo
de VBE deve ser na proporccedilatildeo de trecircs por Cia E a fim de apoiar cada regimento
Com isso o BE Cmb deve ter a dotaccedilatildeo de 9 VBE Eng 9 VBEL Pnt com total de 18
pontes 9 VBE rolo 9 VBE arado com carga linear explosiva (CLE) tipo MICLIC
com 2 cargas por viatura e 9 VBE lanccediladora de feixe de tubos
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
141
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Deve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de
manobra a apoiar mas tmbeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em
que a Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-
se desdobrar em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades
maacuteximas de comando e controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse
levantamento pode-se traccedilar melhor as necessidades totais de meios de Eng
para apoio inclusive com os meios reservas
2 Para realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os
batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a
necessidade de uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como
implemento para as Vtr da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito
americano como um modelo (uma ideia) seria interessante ter uma Vtr
especializada de engenharia como os ABV que jaacute possuem o miclic e o
arado na mesma Vtr
142
APEcircNDICE D ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE
INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE
SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que eacute instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados e realizou o
curso de comandante de subunidade nos EUA ou Alemanha eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
143
A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS
Figura 1 - Viatura Fennek
Figura 2 - Viatura Dingo
Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas
144
1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais
satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada
utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas
Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para
abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As
viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as
apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C
Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M
60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha
empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Um dos pontos baacutesicos para discussatildeo eacute a estrutura finalidade e composiccedilatildeo
de meios das Bda C Mec do EB face agraves caracteriacutesticas do combate atual e
do futuro Dotar as Bda C Mec com novos meios eacute importante poreacutem a
reestruturaccedilatildeo dessas brigdas deveria preceder agraves inovaccedilotildees no seu material
145
2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os
Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas
(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas
viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou
estrada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Vide comentaacuterio anterior
2 Dependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode haver necessidade de utilizaccedilatildeo de
algum implemento para apoiar a mobilidade neste sentido apenas VBTP
seria insuficiente prestar o apoio sendo mais indicado a adoccedilatildeo de uma VBE
VBTP eacute a opccedilatildeo no caso de impossibilidade de se dispor de uma VBE
3 Devem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece
maior mobilidade atraveacutes terreno
146
B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC
3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e
capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de
mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a
princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard
1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso
AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate
elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego
junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das
viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas
operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade
superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre
lagartas ao R C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
147
1 As Bda C Mec satildeo destinadas basicamente para as Op de Rec e Seg
podendo ser empregadas em Op OfDef e outras Nesse sentido a destinaccedilatildeo
de Vtr de apoio ao combate deveria em principio atender aos princiacutepios da
velocidade em primeiro lugar e aos princiacutepios da mobilidade Nesse sentido
eacute importante manter-se as caracteriacutesticas dos Rgt Mec dotando-os de meios
sobre rodas O emprego de Vtr sobre lagartas nos RCMec deve ser portanto
judiciosamente aquilatado
2 Existe a necessidade de uma anaacutelise mais profunda para a retirada desse tipo
de conclusatildeo
C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA
4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura
que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que
empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas
Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego
das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o
terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas
Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes
limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a
uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o
RCB e duas Cia E Cmb os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas por todas
as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
148
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Eacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em
qualqer terreno da forccedila dotada desses meios mas por outro lado impacta
enormemente a cauda logiacutestica Insisto que as Bda C Mec devam manter
suas caracteriacutesticas de velocidade principalmente trafegabilidade e
mobilidade Recordo que os meios sobre roda garantem entre outras
vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para as Bda C Mec a
velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees baacutesicas de Rec e
Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre rodas eacute a
configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C
Mec do EB
2 A Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos
quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o
RCB seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo
considerando a maior diversidade de materiais nesta anaacutelise
D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB
5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de
engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec
149
apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os
trabalhos de apoio ao conjunto
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
150
APEcircNDICE E ndash PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
TREINAMENTO DE TTP EM AMBIENTE VIRTUAL (TTAV) DA 3ordf BDA C MEC
O TTAV realizado na semana de 23 a 03 de agosto de 2018 consistiu no
emprego de Quadros da 3ordf Bda C Mec no treinamento de TTP em ambiente
simulado na Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
Um R CMec formado pelos Quadros da Bda foi empregado em um Movimento
Retroacutegrado onde tinha por missatildeo retardar o avanccedilo de uma Bda Inf Mec Vm (meios
blindados)
Para cumprir sua missatildeo a brigada empregou Quadros do 3ordm R C Mec 7ordm R C
Mec e 12ordm R C Mec aleacutem do 25ordm GAC e da 3ordf Cia Eng Cmb Mec
O Pel E foi empregado com uma VBTP Eng M113 e um Leopard 1A5 BR com
implemento do tipo arado em reforccedilo ao Rgt ateacute o final da operaccedilatildeo
O Pel E durante a fase de planejamento realizou o estudo do terreno e
contribuiu com o planejamento de obstaacuteculos de contramobilidade e de trabalhos de
proteccedilatildeo ao longo das posiccedilotildees de retardamento
Durante a operaccedilatildeo pela presenccedila de poucos militares de engenharia o
pelotatildeo foi representado pela viatura M113 reforccedilado pela viatura Leopard com rolo
Por limitaccedilotildees do software empregado e pela necessidade de celeridade nas
posiccedilotildees de retardamento (em uma situaccedilatildeo real tal operaccedilatildeo poderia durar dias) as
accedilotildees do Pel E durante o desenrolar da operaccedilatildeo foram limitadas ao
acompanhamento do Rgt e execuccedilatildeo simulada dos trabalhos supracitadas
Ao final da missatildeo foi prevista a utilizaccedilatildeo de uma Vtr MICLIC para a bertura
de uma passagem atraveacutes do campo minado da P Def amiga poreacutem por questotildees
de tempo tal accedilatildeo natildeo foi realizada
Por fim verifica-se que o Pel E em relaccedilatildeo ao emprego de meios sobre
lagartas natildeo atrasou os deslocamentos do R CMec durante a operaccedilatildeo e cumpriu
sua missatildeo dentro do contexto de um movimento retroacutegrado
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 110)
MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO
Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016
AS ESTRUTURAS DE ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES
IacuteNDICE DE ASSUNTOS
1 FINALIDADE02
2 OBJETIVO02
3 REFEREcircNCIAS02
4 INTRODUCcedilAtildeO02
5ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA02
6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO03
7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE04
8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS06
ANEXOS
A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES E
ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO
AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FORCcedilA TERRESTRE
COMPONENTE08
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 210)
1 FINALIDADE
Orientar a organizaccedilatildeo das estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (TO)
2 OBJETIVO
Apresentar uma visatildeo atualizada das estruturas de Engenharia no TO agrave luz da Doutrina
Militar Terrestre subsidiando exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no
planejamento e execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e
taacuteticos para Emprego da Forccedila Terrestre
3 REFEREcircNCIAS
____ Doutrina de Operaccedilotildees Conjuntas - MD30-M-01 2011
____ Doutrina de Logiacutestica Militar - MD42-M-02
____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007
____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014
____ Forccedila Terrestre Componente - EB20-MC-10202 2014
____ A Forccedila Terrestre Componente nas Operaccedilotildees - EB20-MC-10-301 2014
____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015
____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014
____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015
____ Geoinformaccedilatildeo - EB20-MC-10209 2014
____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014
____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999
4 INTRODUCcedilAtildeO
41 A Doutrina do Exeacutercito Brasileiro em particular a doutrina de emprego da Arma de
Engenharia vive em constante evoluccedilatildeo requerendo atualizaccedilotildees perioacutedicas em funccedilatildeo
da introduccedilatildeo de novos conceitos novos equipamentos e mesmo da observaccedilatildeo do
emprego da Arma nos mais variados conflitos
42 A recente ediccedilatildeo de uma nova seacuterie de manuais doutrinaacuterios tanto pelo Ministeacuterio da
Defesa (MD) quanto pelo Estado-Maior do Exeacutercito (EME) indicou a necessidade de uma
atualizaccedilatildeo do Manual de Campanha C 5-1 (Emprego de Engenharia ediccedilatildeo de 1999)
5 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA
51 Uma vez que a Engenharia exerce sua atividade sobre um fator sempre presente - o
terreno - deve haver em cada escalatildeo uma Engenharia capaz de modificar as condiccedilotildees
do mesmo de acordo com a manobra adotada
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 310)
52 A organizaccedilatildeo da Engenharia tem por base a centralizaccedilatildeo dos meios nos escalotildees
mais elevados permitindo que os mesmos possam suprir as deficiecircncias de Engenharia
dos escalotildees subordinados em face das necessidades especiacuteficas de cada situaccedilatildeo e
ainda atender ao apoio em profundidade de modo a liberar os escalotildees subordinados de
encargos na retaguarda
53 Uma accedilatildeo coordenadora do escalatildeo superior de engenharia sobre os escalotildees
subordinados se faz necessaacuteria e eacute realizada por meio dos canais teacutecnicos de
engenharia
54 O funcionamento adequado desses canais teacutecnicos constitui-se em dos principais
fatores para a eficiecircncia do apoio permitindo que os escalotildees subordinados possam em
tempo uacutetil articular seus meios tomar as providecircncias necessaacuterias e receber apoio
adicional do escalatildeo superior quando for o caso
55 A Engenharia eacute organizada no TO da seguinte forma Engenharia do Comando
Logiacutestico do Teatro de Operaccedilotildees (EngCLTO) Comando de Engenharia da Forccedila
Terrestre Componente (CEFTC) no caso de emprego de duas DE Engenharia
Divisionaacuteria (ED) e Engenharia de Brigada (E Bda)
56 Os escalotildees de Engenharia satildeo constituiacutedos pelos seguintes elementos de emprego
pelototildees de engenharia (Pel Eng) companhias de engenharia (Cia Eng) batalhotildees de
engenharia (Btl Eng) e grupamentos de engenharia (Gpt E) aleacutem das tropas de
engenharia especializadas
57 As tropas de engenharia especializadas oferecem capacidades diferenciadas de
engenharia em razatildeo de possuiacuterem pessoal e equipamentos especiacuteficos Quando
possuem valor igual ou menor que subunidade costumam ser chamadas genericamente
de ldquomoacutedulos especializadosrdquo
58 Satildeo exemplos de moacutedulos especializados Companhia de Engenharia de
Camuflagem Equipe de Mergulho Grupo de Construccedilatildeo Horizontal Turma de Patrimocircnio
Imobiliaacuterio etc
59 O anexo ldquoArdquo apresenta os escalonamentos da Engenharia no TO e os organogramas
das estruturas baacutesicas de Engenharia segundo as situaccedilotildees de emprego da FTC da
Doutrina Militar Terrestre
6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO
61 Na Zona de Administraccedilatildeo (ZA) encontra-se
611 uma estrutura de Engenharia que integra o Comando Logiacutestico do Teatro de
Operaccedilotildees (CLTO) denominada de EngCLTO de forma a apoiar as atividades daquele
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 410)
comando particularmente no planejamento e execuccedilatildeo de obras e de serviccedilos de
Engenharia
612 quando houver necessidade de se apoiar de forma mais cerrada a uma F Cte a
EngCLTO poderaacute organizar a partir dos seus meios um Grupo-Tarefa Logiacutestico de
Engenharia (GT Log Eng) que poderaacute enquadrar unidades de engenharia de combate
construccedilatildeo geoinformaccedilatildeo meio ambiente patrimocircnio imobiliaacuterio e outros
62 A EngCLTO seraacute constituiacuteda conforme as necessidades de trabalhos teacutecnicos e
atividades logiacutesticas de Engenharia O valor e a natureza da tropa dependem mais das
caracteriacutesticas da magnitude e das necessidades de desenvolvimento da infraestrutura
do ambiente operacional do que das forccedilas a serem apoiadas
63 Na ZA prioriza-se a exploraccedilatildeo dos recursos mobilizados e contratados Em
consequecircncia eacute normal a existecircncia de empresas civis especializadas e enquadradas
pela estrutura militar
64 As atividades de engenharia executadas com maior frequecircncia na ZA satildeo as de apoio
geral de engenharia englobando os trabalhos de estradas pontes instalaccedilotildees
geoinformaccedilatildeo manutenccedilatildeo e suprimento que exigem grande capacidade teacutecnica e
meios especializados nesse escalatildeo
65 Considerando o grande volume e complexidade de tarefas na ZA eacute conveniente que
as forccedilas de Engenharia integrantes da EngCLTO sejam enquadradas por
Grupamento(s) de Engenharia possuindo particularmente estruturas de Engenharia de
Construccedilatildeo de Meio Ambiente e de Patrimocircnio Imobiliaacuterio entre outras que se fizerem
necessaacuterias
7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE
71 Na Zona de Combate (ZC) encontram-se
711 Estruturas de Engenharia da Forccedila Terrestre Componente (FTC) e de Divisatildeo (otildees)
de Exeacutercito (DE) com meios para atender agraves necessidades proacuteprias dessas estruturas e
aumentar o apoio aos escalotildees subordinados inclusive assumindo encargos nas aacutereas de
retaguarda destes de modo a liberar suas engenharias para o apoio cerrado aos
elementos de combate
712 A Engenharia orgacircnica das Brigadas com meios para atender agraves necessidades
miacutenimas e imediatas do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate
72 A Engenharia da FTC
721 A FTC constitui o comando essencial para o emprego da engenharia por ser
encarregado de traduzir os aspectos da manobra do niacutevel operacional para o niacutevel taacutetico
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 510)
Tem assim uma visatildeo ampla do terreno e da situaccedilatildeo para poder julgar as necessidades
gerais em apoio e em trabalhos conceber o esquema geral de apoio de engenharia e
exercer efetivamente uma coordenaccedilatildeo dos escalotildees subordinados
722 O apoio de engenharia a uma FTC abrange uma diversidade de trabalhos em apoio
adicional agrave mobilidade e agrave contramobilidade dos elementos de primeiro escalatildeo Abrange
tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o apoio geral de engenharia em
toda a sua aacuterea de atuaccedilatildeo
723 Uma FTC eacute estruturada para atender a um planejamento operacional especiacutefico natildeo
possuindo portanto uma organizaccedilatildeo fixa A Doutrina Militar Terrestre admite para fim
de planejamento diversos tipos de FTC cujos apoios de Engenharia seratildeo organizados
de acordo com as constituiccedilotildees destas
724 O apoio de Engenharia a uma FTC eacute coordenado por uma estrutura denominada de
Comando de Engenharia da FTC (CEFTC) a qual possui como principais elementos
operativos os grupamentos de engenharia (Gpt E) ou batalhotildees de engenharia (Btl Eng)
725 A organizaccedilatildeo e os organogramas dos diversos tipos de CEFTC satildeo apresentados
no Anexo ldquoArdquo
73 O Grupamento de Engenharia
731 O Gpt E controla coordena e supervisiona as tarefas de engenharia executadas
pelos batalhotildees e moacutedulos especializados subordinados sendo a estrutura natural para
enquadrar U e SU de Engenharia
732 Basicamente o Gpt E eacute composto pelo Cmdo EM pela Cia C Ap e por U e SU de
Engenharia Possui capacidade de enquadrar ateacute cinco batalhotildees Considera-se para fim
de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a uma U
74 A Engenharia Divisionaacuteria
741 As accedilotildees que se desenrolam no escalatildeo DE satildeo de natureza nitidamente taacutetica e
em consequecircncia sua engenharia opera em um ambiente no qual o combate eacute o
elemento preponderante
742 O apoio de Engenharia a uma DE eacute prestado por uma estrutura denominada
Engenharia Divisionaacuteria (ED)
743 Em funccedilatildeo da missatildeo da DE apoiada e da(s) hipoacutetese(s) de conflito planejada(s) a
ED pode ser organizada com constituiccedilatildeo variaacutevel desde um BE Cmb ateacute um Gpt E aleacutem
dos moacutedulos de engenharia especializados e dos reforccedilos que forem necessaacuterios
744 A ED apoia basicamente a mobilidade e a contramobilidade dos elementos de
manobra da divisatildeo Realiza tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)
apoio geral de engenharia em toda a zona de accedilatildeo divisionaacuteria suplementando o apoio
prestado pelas E Bda
745 O escalonamento da ED eacute apresentado no anexo A
75 A Engenharia de Brigada (E Bda)
751 A E Bda constitui o escalatildeo de engenharia mais avanccedilado na ZC Nele as
necessidades de apoio dos elementos de combate satildeo sentidas com mais intensidade o
que exige o posicionamento dos meios o mais agrave frente possiacutevel
752 Dentro da caracteriacutestica de apoio em profundidade a E Bda eacute organizada com
meios para atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate e
realiza trabalhos sumaacuterios e raacutepidos Assim quando ocorre uma deficiecircncia de meios
em pessoal ou material a E Bda depende do apoio do escalatildeo superior de engenharia
para suplementaacute-la eou reforccedilaacute-la
753 A Engenharia de Brigada eacute composta basicamente por
7531 Um BE Cmb orgacircnico nas Brigadas Blindadas (Bda Bld) e de Infantaria
Mecanizada (Bda Inf Mec) Neste caso o BE Cmb possuiraacute duas Cia E Cmb a quatro Pel
E Cmb cada uma
7532 Uma Cia E Cmb orgacircnica nas demais brigadas Neste caso a Cia possuiraacute trecircs
Pel E Cmb
7533 A natureza das unidades de Engenharia de Combate de Brigada seraacute a mesma da
brigada apoiada
8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS
81 A Concepccedilatildeo Estrateacutegica do Exeacutercito (CEE) oferece diretrizes importantes para a
organizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo das Forccedilas incluindo-se as tropas de Engenharia
particularmente as orgacircnicas das Brigadas em decorrecircncia das diversas Hipoacuteteses de
Emprego (HE)
82 O preparo prontidatildeo e emprego da Forccedila Terrestre satildeo regulados por meio do
Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT)
83 A adjudicaccedilatildeo de meios inclusive os de Engenharia eacute proposta pelo Plano
Estrateacutegico de Emprego Conjunto das Forccedilas Armadas (PEECFA) (elaborado pelo
EMCFA) que identifica a Estrutura Militar e a composiccedilatildeo dos meios a serem
empregados A adjudicaccedilatildeo eacute confirmada e complementada pelo(s) Plano(s)
Operacional(ais) confeccionados pelos Comandos Operacionais
84 A adjudicaccedilatildeo de meios eacute de fundamental importacircncia para o processo de geraccedilatildeo de
forccedilas Normalmente as Eng Bda orgacircnicas das GU seguem o previsto para a respectiva
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 710)
Bda Jaacute os Gpt E existentes desde o tempo de normalidade possuem estruturas
importantes a considerar na adjudicaccedilatildeo de meios quer seja para a realizaccedilatildeo de
trabalhos na ZI (particularmente para as Op Eng Obras Militares Meio Ambiente e
Patrimocircnio) quer seja na organizaccedilatildeo ou mesmo na evoluccedilatildeo de sua estrutura para as
seguintes forccedilas EngCLTO CEFTC e ED
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 810)
ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TO E ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FTC
1 FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo (1ordm caso)
11 Escalonamento
Figura 1 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia em FTC com mais de um G Cmdo operativo
12 Organograma do CEFTC
Legenda (1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio
Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio (2) Possui Nr variaacutevel de Gpt E (no miacutenimo 1) que enquadram Btl Eng e os Moacutedulos
Especializados (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 2 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo
CEFTC
Cia C Ap Gpt E
(2) Cia Geoinformaccedilatildeo
Moacutedulos Especializados (3)
EM (1)
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 910)
13 Organograma de um Gpt E
Legenda
(1) Possui capacidade de enquadrar de dois a cinco Btl Eng (Cmb ou Cnst) Considera-se para fim de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a um Btl Eng
(2) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 3 - Organograma de um Grupamento de Engenharia
2 FTC organizada com mais de uma GU operativa (2ordm caso)
21 Organizaccedilatildeo
Figura 5 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia EM FTC com mais de um GU operativa
Gpt E
Cia C Ap Btl Eng
(1) Moacutedulos
Especializados (2)
EM
(ED)
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 1010)
22 Organograma do CEFTC (ED)
Legenda
(1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio
(2) Normalmente dois Btl Eng (Cmb ou Cnst) podendo chegar a cinco (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 6 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Unidade operativa
3 FTC eacute organizada com uma GU operativa (3ordm caso)
Neste caso o CEFTC (E Bda) seraacute constituiacutedo pela Unidade ou Subunidade orgacircnica
da GU podendo receber meios adicionais
PAULO RICARDO PINTO SILVA - Cel
Chefe do Centro de Doutrina do Exeacutercito
CEFTC ED
Cia C Ap Btl Eng
(2) Cia Geoinformaccedilatildeo
Moacutedulos Especializados
(3)
EM (1)
161
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 16)
ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NOTA DE COORDENACcedilAtildeO
DOUTRINAacuteRIA NR 022016
MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES
CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO
Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de
2016
O EMPREGO DO BATALHAtildeO DE ENGENHARIA DAS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA
IacuteNDICE DE ASSUNTOS
1 FINALIDADE 02
2 OBJETIVO 02
3 REFEREcircNCIAS 02
4 INTRODUCcedilAtildeO 02
5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA 03
6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA 04
7 EMPREGO DO BATALHAtildeO 04
ANEXOS
A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA DE
CAVALARIA MECANIZADA 06
162
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 26)
1 FINALIDADE
Complementar a orientaccedilatildeo do emprego da engenharia retificando as
informaccedilotildees referentes ao apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada (Bda C
Mec)
2 OBJETIVO
Apresentar uma visatildeo atualizada da organizaccedilatildeo estrutura e emprego da
engenharia que presta apoio agraves Bda C Mec agrave luz da Doutrina Militar Terrestre
subsidiando a exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no planejamento e
execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e taacuteticos para
Emprego da Forccedila Terrestre
3 REFEREcircNCIAS
____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007
____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014
____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015
____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014
____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015
____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014
____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999
____ Brigada de Cavalaria Mecanizada - C 2-30
____ Batalhatildeo de engenharia de combate - C 5-7 2001
____ O apoio de engenharia no escalatildeo brigada - C 5-10 2000
____ Regimento de Cavalaria Mecanizado - C 2-20 2002
____ Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 002 2016 ndash As estruturas de
engenharia no teatro de operaccedilotildees
4 INTRODUCcedilAtildeO
41 A desarmonia entre doutrina e emprego afasta a forccedila da possibilidade de
manutenccedilatildeo de uma efetiva capacidade A mudanccedila em um dos fatores da
doutrina exige um reajuste das demais para que se mantenha um equiliacutebrio entre
Doutrina Organizaccedilatildeo Adestramento Material Emprego Pessoal e Instruccedilatildeo
(DOAMEPI)
163
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 36)
42 O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia (PENSE) Vetor de
Transformaccedilatildeo da Engenharia no Processo de Tranformaccedilatildeo do Exeacutercito foi
concebido com a finalidade de proporcionar uma urgente recuperaccedilatildeo da
capacidade operacional no que tange agraves estruturas organizacionais
competecircncia dos recursos humanos evoluccedilatildeo doutrinaacuteria melhoria da
quantidade e qualidade do material de engenharia e gestatildeo ambiental nas
atividades militares
43 Evoluccedilotildees doutrinaacuterias e aquisiccedilotildees de materiais modernos como as Viaturas
dos Projetos Leopard e Guarani proporcionaram agraves brigadas mecanizadas e
blindadas grande poder de dissuasatildeo exigindo entretanto uma adequaccedilatildeo no
do material pessoal e doutrina da engenharia
5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA
51 O apoio de Engenharia eacute fundamental para que as brigadas blindadas e
mecanizadas tenham capacidade de mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo
Uma engenharia ineficiente elimina as vantagens obtidas por fraccedilotildees dotadas de
modernas viaturas as quais tecircm sua mobilidade ditada por limitaccedilotildees impostas
pelo terreno e por restriccedilotildees determinadas pela engenharia inimiga bem como
sua defesa pelo uso exclusivo do fogo
52 Esta NCD complementa a Nota de Coordenccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31
de maio de 2016 e retifica-a no que tange agrave organizaccedilatildeo da Engenharia em
apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada a qual a mantinha como uma
subunidade
53 Dotada de trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (Pel E Cmb) e um
Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) como elementos executivos e de um
Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) a Subunidade de engenharia natildeo
tem capacidade de proporcionar agrave Bda C Mec mobilidade assegurar a
contramobilidade nem contribuir com sua proteccedilatildeo
54 A Brigada de Cavalaria Mecanizada pode empregar em primeiro escalatildeo ateacute
2 (dois) Regimentos de Cavalaria Mecanizada (RC Mec) e 1 (um) Regimento de
Cavalaria Blindado (RCB) os quais podem receber pelototildees em apoio direto ou
situaccedilatildeo de comando reforccedilo
164
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)
55 O Comandante da engenharia do escalatildeo Brigada entretanto natildeo restringe
sua influecircncia no combate ao apoio de Engenharia no Apoio Direto ou no Reforccedilo
aos regimentos mas emprega os demais pelototildees que estatildeo sob seu comando
no Apoio Suplementar a esses pelototildees no Apoio ao Conjunto realizado em
proveito a mais de um elemento ou agrave brigada como um todo aleacutem de manter
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada
6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA DE CAVALARIA
MECANIZADA
61 A Engenharia da brigada deve atender as necessidades miacutenimas e imediatas
do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate o que para isso conta com
um Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado (BE Cmb Mec)
62 O BE Cmb Mec estaacute organizado com uma Companhia de Engenharia de
Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) uma Companhia de Engenharia de
Combate Blindado (Cia E Cmb Bld) uma Companhia de Comando e Apoio (Cia
C Ap) e uma Companhia de Equipagem de Ponte (C Eq Pnt)
63 A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec)
subunidade mais apta para apoiar os RC Mec e a Cia E Cmb Bld mais apta para
apoiar o RCB possuem cada uma 4 (quatro) Pelototildees de Engenharia de
Combate (Pel E Cmb) como fraccedilatildeo baacutesica de emprego junto aos regimentos
64 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para o comando e logiacutestica do
batalhatildeo e equipamentos de engenharia para as companhias aleacutem de realizar
trabalhos teacutecnicos de manutenccedilatildeo de rede miacutenima de estrada e instalaccedilotildees
necessaacuterios agrave Bda
65 A Cia E Pnt tem a missatildeo apoiar com equipamento especializado a
transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e de pequenas brechas no apoio agrave mobilidade e
reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas do batalhatildeo com material de transposiccedilatildeo
165
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 56)
7 EMPREGO DO BATALHAtildeO
71 O comandante do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
administra o emprego de suas fraccedilotildees e meios a fim de garantir o apoio agrave
mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo da brigada
72 Com o objetivo preciacutepuo de apoio aos elementos em primeiro escalatildeo o
comandante da engenharia da brigada simultaneamente manteacutem condiccedilotildees de
prestar apoio suplementar a esses elementos suprir as necessidades da brigada
no Apoio ao Conjunto e ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando
empregada
73 As Cia E Cmb satildeo os elementos executivos do batalhatildeo
74 Ao Cmt do BE Cmb cabe planejar o emprego de seus meios os quais devem
ser compatiacuteveis com suas possibilidades
75 Para o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo as companhias apoiam com
pelototildees de preferecircncia de mesma natureza do elemento apoiado Cada peccedila
de manobra valor unidade empregado pela Bda recebe normalmente um
pelotatildeo Quando necessaacuterio o reforccedilo em material este deve ser solicitado ao
Cmt Btl
76 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para comando e logiacutestica do
batalhatildeo e Viatura Blindadas Especiais sobre lagartas a fim de reforccedilar os
pelototildees em apoio aos regimentos e equipamentos de engenharia para as Cia E
Cmb
77 A Cia E Pnt tem a missatildeo de apoiar e reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas na
transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e pequenas brechas com equipamento
especializado e VBE sobre lagartas
166
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 66)
ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB MEC ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA
DE CAVALARIA MECANIZADA
1 Organograma do BE Cmb MecBda C Mec
Figura 1 ndash Exemplo de um organograma de BE Cmb Mec de Bda C Mec
TERMO DE AUTORIZACcedilAtildeO PARA PUBLICACcedilAtildeO DE TESES DISSERTACcedilOtildeES
TRABALHOS DE CONCLUSAtildeO DE CURSO E ARTIGOS CIENTIacuteFICOS ELETROcircNICOS NA
BIBLIOTECA DIGITAL DE TRABALHOS CIENTIacuteFICOS
Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicaccedilatildeo autorizo a DESMil e a EsAO a
disponibilizarem atraveacutes de paacutegina eletrocircnica oficial do Estabelecimento de Ensino sem ressarcimento dos
direitos autorais de acordo com a Lei nordm 9610 de 19 de fevereiro de 1998 Lei de Direito Autoral o texto
integral da obra abaixo citada conforme permissotildees assinaladas para fins de leitura impressatildeo eou
download a tiacutetulo de divulgaccedilatildeo da produccedilatildeo cientifica brasileira a partir desta data
Identificaccedilatildeo do material bibliograacutefico
( ) Tese (x) Dissertaccedilatildeo ( ) Trabalho de Conclusatildeo de Curso (x) Artigo Cientiacutefico
Instituiccedilatildeo de Ensino Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO)
Tiacutetulo A doutrina de Engenharia de Combate da Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma sugestatildeo de
adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas
Autor Cap Eng Saulo dos Santos Marques
Idt033373474-7 CPF010094330-67 E-mailmarxemcasahotmailcom
Data de Defesa11 de outubro de 2018 Titulaccedilatildeo Mestrado Profissional
Curso de Poacutes-graduaccedilatildeo Engenharia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Defesa Nacional
Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Agecircncia de fomento (se for o caso)
Autoriza disponibilizar o e-mail na Base de Dados de Teses Dissertaccedilotildees Trabalhos Cientiacuteficos
e Artigos Cientiacuteficos da Biblioteca Digital de Trabalhos Cientiacuteficos
( x ) SIM ( ) NAtildeO
Informaccedilatildeo de acesso ao documento
Liberaccedilatildeo para publicaccedilatildeo (x) Total ( ) Parcial
Em caso de publicaccedilatildeo parcial especifique o(s) tiacutetulo(s) eou capiacutetulo(s) restrito(s)
Tiacutetulo(s) ________________________________________________________________________
Capiacutetulo(s) ______________________________________________________________________
A restriccedilatildeo (parcial ou total poderaacute ser mantida por ateacute um ano a partir da data de autorizaccedilatildeo da
publicaccedilatildeo) A extensatildeo deste prazo suscita justificativa ao Instituto Brasileiro de Informaccedilatildeo em Ciecircncia e
Tecnologia (IBICT) Todo o conteuacutedo resumo e metadados ficaratildeo sempre disponibilizados
Havendo concordacircncia com a publicaccedilatildeo eletrocircnica do Trabalho Cientiacutefico torna-se imprescindiacutevel o
envio do(s) seu(s) arquivo(s) em formato digital sem ser passiacutevel de modificaccedilatildeo do tipo Portable Document
Format (PDF) da Adobe Systems
________________________________________
Saulo dos Santos Marques
MINISTEacuteRIO DA DEFESA
EXEacuteRCITO BRASILEIRO
DECEx - DESMIL
ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS
(EsAO1919)
DIVISAtildeO DE ENSINO SECcedilAtildeO DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO
TERMO DE CESSAtildeO DE DIREITOS SOBRE TRABALHO ACADEcircMICO
TIacuteTULO DO TRABALHO
A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA
MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS
ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
IDENTIFICACcedilAtildeO DO AUTOR
SAULO DOS SANTOS MARQUES ndash Cap Eng
1 Este trabalho nos termos da legislaccedilatildeo que resguarda os direitos autorais eacute considerado de minha
propriedade
2 Autorizo a Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) a utilizar meu trabalho para uso
especiacutefico no aperfeiccediloamento e evoluccedilatildeo da Forccedila Terrestre bem como a divulgaacute-lo por publicaccedilatildeo em
revista teacutecnica da Escola ou outro veiacuteculo de comunicaccedilatildeo do Exeacutercito
3 A EsAO poderaacute fornecer coacutepia do trabalho mediante ressarcimento das despesas de postagem e
reproduccedilatildeo Caso seja de natureza sigilosa a coacutepia somente seraacute fornecida se o pedido for encaminhado
por meio da Organizaccedilatildeo Militar fazendo-se a necessaacuteria anotaccedilatildeo do destino no Livro de Registro
existente na Biblioteca
4 Eacute permitida a transcriccedilatildeo parcial de trechos do trabalho para comentaacuterios e citaccedilotildees desde que sejam
transcritos os dados bibliograacuteficos dos mesmos de acordo com a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais
5 A divulgaccedilatildeo do trabalho em outros meios natildeo pertencentes ao Exeacutercito somente pode ser feita
com a autorizaccedilatildeo do autor ou da Direccedilatildeo de Ensino da EsAO
Rio de Janeiro ___ de _________________ de ________
_______________________________________
O AUTOR
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador pela paciecircncia e dedicaccedilatildeo em mostrar-me o correto
caminho
Aos instrutores do CAO 2018 pela colaboraccedilatildeo na transmissatildeo de tatildeo
importantes conhecimentos para o capitatildeo da Arma de Engenharia
Aos companheiros do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados - General Walter
Pires pelo inestimaacutevel exemplo do espiacuterito de camaradagem dedicaccedilatildeo e
excelecircncia do ensino cujos pilares me guiaratildeo por toda a minha vida profissional
Agrave minha famiacutelia a qual sou eternamente grato pelas oraccedilotildees a Deus e pelo
oportuno apoio e carinho os quais foram cruciais para a transposiccedilatildeo dos
obstaacuteculos mais difiacuteceis que se apresentaram no presente ano
RESUMO
A capacidade de uma tropa estaacute baseada nos fatores doutrina organizaccedilatildeo adestramento material emprego pessoal e instruccedilatildeo Para o sistema de engenharia destaca-se ainda mais a importacircncia do conjunto formado pelo material pessoal e organizaccedilatildeo O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia visa reestruturar esse sistema que tem influecircncia significativa na capacidade da engenharia cumprir suas missotildees como arma de apoio Alinhado com esse objetivo este trabalho analisou a estrutura das Brigadas de Cavalaria Mecanizada que satildeo compostas por Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindada os quais receberam respectivamente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedias de Rodas Guarani e as Viaturas de Combate Carro de Combate Leopard 1 e M60 A3-TTS Embora os projetos Guarani e Leopard tenham influenciado na melhoria dos materiais utilizados pelos regimentos a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo teve a adequaccedilatildeo dos seus fatores base Entatildeo surgiu a necessidade de por meio da anaacutelise dos fatores emprego e materiais sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo desse apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo da brigada a partir da anaacutelise do apoio a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
ABSTRACT
The capacity of a troop is based on factors doctrine organization training material employment personnel and instruction For the engineering system the importance of the set formed by the material personnel and organization stands out even more The Strategic New Engineering System Project aims to restructure this system which has a significant influence on the ability of engineering to fulfill its missions as a support weapon Aligned with this objective this work analyzed the structure of the Mechanized Cavalry Brigades which are composed of Mechanized Cavalry Regiments and Armored Cavalry Regiments which received respectively the Armored Personnel Carrier Vehicle - Medium Wheeled Type and the Main Battle Tank Leopard 1 and M60 A3-TTS Although the Guarani and Leopard projects influenced the improvement of the materials used by the regiments the Mechanized Combat Engineering Company did not have the adequacy of its base factors Then the need arose through the analysis of the factors of employment and materials to suggest a proposal for adequacy of this support provided to the elements employed in the first step of the brigade based on the analysis of the support for Deliberate Attack
Keywords Mechanized Cavalry Brigades Mechanized Combat Engineering Company Structurant New Engineering System Project Deliberate Attack
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 PROBLEMA 12
12 OBJETIVOS 13
13 QUESTOtildeES DE ESTUDO 14
14 JUSTIFICATIVA 15
2 METODOLOGIA 16
21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO 16
211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis 17
212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 18
213 Alcances e limiteshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 19
22 AMOSTRAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 20
23 DELINEAMENTO DA PESQUISAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21
231 Procedimentos para revisatildeo de literatura 21
2311 Fontes de busca 22
2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados 22
2313 Criteacuterios de inclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22
2314 Criteacuterios de exclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22
232 Procedimentos Metodoloacutegicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23
233 Procedimentos Experimental helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23
234 Instrumentos 23
2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios 24
2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani hellip 24
2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 24
2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)helliphelliphelliphelliphelliphellip
25
2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham
realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip
25
2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25
235 Anaacutelise dos Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26
2351 Tabulaccedilatildeo dos dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 27
31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 28
311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito 28
312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo 29
313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra 29
314 Modularidade 30
315 Projeto Guarani 31
32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 33
321 Regimento de Cavalaria Mecanizado 35
322 Regimento de Cavalaria Blindada 36
33 COMPANHIA DE COMBATE MECANIZADA 38
331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio 40
332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto 40
333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado 43
34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE 45
341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha 46
342 Viatura Blindada Especial de Engenharia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 49
343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha 50
344 Outros sistemas e implementos 55
35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM OUTROS PAIacuteSES
60
351 SBCT a brigada americana Stryker helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60
352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha helliphellip 63
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 71
41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS 71
411 Revisatildeo da literatura 72
412 Entrevistas 73
413 Coleta documental 73
42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO 74
421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo 74
422 Adequabilidade do material 78
43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 79
431 Organizaccedilatildeo adequada 80
432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos 82
433 Caracteriacutesticas dos meios 91
434 Quantidade de VBE por BE Cmb 96
5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES 99
REFEREcircNCIAS 103
APEcircNDICE A - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA 109
APEcircNDICE B - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA 120
APEcircNDICE C - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 131
APEcircNDICE D - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 143
APEcircNDICE E - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 150
ANEXO A ndash NCD NR 022016 151
ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NCD NR 022016 160
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
Os novos manuais doutrinaacuterios publicados a partir do ano de 2014
reformularam as bases da doutrina do Exeacutercito Atraveacutes deles a Doutrina Militar
Terrestre (DMT) ratificou alguns conceitos jaacute existentes mas trouxe novos que devem
ser entendidos e incorporados agraves capacidades da forccedila a fim de acompanhar a
evoluccedilatildeo do combate mundial
O conhecimento de conceitos como Operaccedilatildeo de Amplo Espectro (atuaccedilatildeo
simultacircnea ou sucessiva em Operaccedilotildees Ofensivas Defensivas de Pacificaccedilatildeo e de
Apoio a Oacutergatildeos Governamentais) permite entender quais satildeo as capacidades que
devem ser almejadas pelas Brigadas Mecanizadas (Bda Mec) consideradas Grandes
Unidades (GU) vocacionadas para essa Operaccedilatildeo Destas GU destacam-se as de
Cavalaria Mecanizada que segundo o Manual de DMT tem a aptidatildeo agraves missotildees de
Reconhecimento Vigilacircncia e Seguranccedila
As Brigadas de Cavalaria Mecanizada apresentam limitaccedilotildees como a
vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de minas e
obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos arenosos
pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees
meteoroloacutegicas adversas e com grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria
conforme discriminado pelo manual C 2-30 - Brigada de Cavalaria Mecanizada
(BRASIL 2000 p 1-4)
Tais limitaccedilotildees afetam principalmente a mobilidade da Bda em Operaccedilotildees
Ofensivas na qual os RC Mec (Brasil 2000 p 1-14) estatildeo mais capacitados a
executar as operaccedilotildees altamente moacuteveis as manobras de flanco o aproveitamento
do ecircxito e a perseguiccedilatildeo Por sua vez o RCB que por suas caracteriacutesticas eacute o
elemento de manobra mais eficaz para conduzir as operaccedilotildees ofensivas e defensivas
continuadas da Bda apresenta uma seacuterie de restriccedilotildees na sua capacidade de
manobra diminuindo sua eficaacutecia e eficiecircncia no emprego do fogo do combate
aproximado e da accedilatildeo de choque
Para reduzir as limitaccedilotildees das Brigadas de Cavalaria Mecanizada na mobilidade
contramobilidade e proteccedilatildeo as Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada
(Cia E Cmb Mec) empregam os Pelototildees de Engenharia de Combate Mecanizado
(Pel E Cmb Mec) conforme Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de
maio de 2016 As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (documento de
11
caraacuteter experimental portanto natildeo definitivo) a fim de atender agraves necessidades
miacutenimas dos Regimentos de Cavalaria Mecanizado (RC Mec) e Regimento de
Cavalaria Blindado (RCB)
As atribuiccedilotildees que a Engenharia tem para com seus elementos apoiados se
apresentam da seguinte forma
A Engenharia tem como missatildeo principal apoiar com as vertentes do
combate e construccedilatildeo os elementos de emprego da F Ter nas operaccedilotildees
desencadeadas no amplo espectro dos conflitos Participa das Funccedilotildees de
Combate Movimento e Manobra proporcionando mobilidade agraves armas-base
e contra-mobilidade ao inimigo Proteccedilatildeo aos oacutergatildeos e estruturas de
combate Logiacutestica em diversas atividades dentre outras (BRASIL 2014 p
6-3)
Nesta uacuteltima deacutecada concomitantemente com a atualizaccedilatildeo doutrinaacuteria novos
Materiais de Emprego Militar (MEM) foram distribuiacutedos em diversas OM do Brasil
frutos de Projetos Estrateacutegicos do Exeacutercito (PEE) alterando suas capacidades e
limitaccedilotildees Dentre eles destaca-se para as tropas de natureza blindada o Projeto
Leopard o qual levou agrave troca dos Carros de Combate (CC) M41 pelas Viatura Blindada
de Combate Carro de Combate Leopard 1 A5 BR (VBCCC Leopard 1 A5 BR) desde
2009
Para as tropas mecanizadas o principal impacto foi causado pelo Projeto
Guarani o qual jaacute modernizou a frota de algumas Organizaccedilotildees Militares (OM) com
esta Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas (VBTP-MR) a qual
estaacute em fase de produccedilatildeo e entrega Concomitantemente com a produccedilatildeo dessas
viaturas estatildeo sendo desenvolvidos protoacutetipos e adquiridos materiais para o
desenvolvimento dos demais componentes da Nova Famiacutelia de Blindados Sobre
Rodas Guarani (NFBSR)
O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que
os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo
doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos
Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado
empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi) (BRASIL 2014 p 7-2)
12
O objetivo geral do presente estudo eacute partindo do estudo das Capacidades da
Cia E Cmb Mec analisar no acircmbito da mobilidade as necessidades miacutenimas e
imediatas dos elementos a serem empregados em primeiro escalatildeo Baseado nessa
anaacutelise busca-se apresentar uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Cia
E Cmb Mec no Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi)
11 PROBLEMA
Em manual datado de 1989 C 5-10 - Apoio de Engenharia no Escalatildeo Brigada
e reeditado em 2000 consta a missatildeo organizaccedilatildeo atribuiccedilotildees equipamentos e
forma de emprego do pelotatildeo de engenharia de combate O manual C 5-1 - Emprego
da Engenharia datado de 1999 em sua 3ordf ediccedilatildeo caracteriza o Pel E Cmb como o
elemento responsaacutevel por prestar apoio aos elementos em primeiro escalatildeo da Bda C
Mec
A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 (NCD Nr 0216) trouxe a
atualizaccedilatildeo de alguns conceitos modificando inclusive o escalatildeo de apoio de
engenharia agraves Brigadas Blindadas e de Infantaria Mecanizada (Bda Inf Mec)
passando do valor subunidade (Companhia) para unidade (Batalhatildeo)
Nesta mesma NCD poreacutem foi mantido o estabelecido nos dois manuais citados
acima ratificando que uma Cia E Cmb Mec constituiacuteda por 3 Pel E Cmb Mec eacute o
elemento de apoio aos Regimentos da Bda
O Comandante da Cia E Cmb Mec denominado engenheiro da brigada ao
empregar pelototildees em reforccedilo restringe sua capacidade de realizar um apoio
suplementar a esses pelototildees e de realizar trabalhos em prol da proacutepria companhia
dos demais elementos da brigada e do apoio ao conjunto (mais de um elemento)
Aleacutem disso por sua limitaccedilatildeo em meios na realizaccedilatildeo de trabalhos o Pel E Cmb
na maioria de suas missotildees eacute reforccedilado por equipagens e equipamentos pelo Pelotatildeo
de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Esses poreacutem natildeo
possuem materiais adequados reforccedilar os pelototildees de engenharia de combate
Face ao exposto formulou-se o seguinte problema Em que medida a
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada tem capacidade de atender agraves
necessidades miacutenimas dos elementos empregados em primeiro escalatildeo de uma Bda
C Mec no Aproveitamento do Ecircxito no que tange agrave mobilidade
13
12 OBJETIVOS
O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que
os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo
doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos
Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado
empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Com o intuito de conduzir o estudo para uma soluccedilatildeo foram elencados os
seguintes objetivos especiacuteficos
a Apresentar os conceitos novos ou natildeo que sejam relevantes para a
exploraccedilatildeo do assunto
b Descrever a forma de emprego de uma Bda C Mec em Operaccedilotildees de
Aproveitamento do Ecircxito
c Descrever a organizaccedilatildeo e as caracteriacutesticas dos elementos empregados em
primeiro escalatildeo por uma Bda C Mec
d Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e forma de emprego em Operaccedilotildees
Ofensivas de uma Cia E Cmb Mec
e Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de
um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap)
f Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de
um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass)
g Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas missatildeo possibilidades e limitaccedilotildees
do Pel E Cmb Mec
h Analisar a capacidade do Pel E Cmb Mec em atender agraves necessidades
miacutenimas dos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada em
Operaccedilotildees Ofensivas
i Apresentar viaturas especiais de engenharia disponiacuteveis no mercado
mundial
j Analisar o emprego de uma engenharia de Bda do exeacutercito alematildeo e
estadunidense semelhante agrave Bda C Mec concluindo sobre a adequabilidade
do emprego realizado pelo exeacutercito brasileiro
14
k Apresentar uma proposta de apoio de engenharia capaz de atender agraves
necessidades miacutenimas de regimentos orgacircnicos de uma Bda C Mec
13 QUESTOtildeES DE ESTUDO
Atraveacutes da anaacutelise da capacidade de apoio de um Pel E Cmb orgacircnico de uma
Cia E Cmb Mec frente agraves necessidades de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada agrave
luz dos novos manuais doutrinaacuterios projetos estrateacutegicos e dos meios de dotaccedilatildeo (ou
em aquisiccedilatildeo pelo Exeacutercito) seraacute analisada a adequabilidade desse apoio Para isso
foram relacionadas algumas questotildees de estudo listadas abaixo a fim de guiar o
trabalho ao objetivo proposto
a) quais os conceitos associados ao emprego e ao material satildeo necessaacuterios para
desenvolvimento de uma proposta adequada de organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec
b) como a Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute empregada em uma Operaccedilatildeo de
Aproveitamento do Ecircxito
c) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela
Brigada de Cavalaria Mecanizada
d) como a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada das Brigadas de
Cavalaria Mecanizadas satildeo empregadas em Operaccedilotildees Ofensivas
e) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada
f) quais os meios que disponiacuteveis atualmente para o Pelotatildeo de Engenharia de
Combate Mecanizado apoiar os Regimentos empregados em primeiro escalatildeo no
Aproveitamento do Ecircxito
g) quais os materiais disponiacuteveis no mundo necessaacuterios para atribuir capacidade
de junto aos Regimentos em um Aproveitamento do Ecircxito
h) como eacute prestado o apoio de engenharia em outros paiacuteses a tropas que
possuam organizaccedilatildeo semelhante agrave da Brigada de Cavalaria Mecanizada
i) qual a sugestatildeo de emprego da engenharia de brigada para que seja realizado
um apoio adequado que atenda agraves necessidades miacutenimas dos regimentos orgacircnicos
da Bda C Mec
14 JUSTIFICATIVAS
15
Este trabalho justifica-se pela necessidade de ser avaliada a manutenccedilatildeo ou natildeo
da capacidade da Cia E Cmb Mec frente agraves mudanccedila relacionadas agraves caracteriacutesticas
apresentadas pelos novos cenaacuterios mundiais e pela evoluccedilatildeo do material utilizado
pelo Exeacutercito Brasileiro advindo dos Projetos Leopard e Guarani a fim de
acompanhar o Processo de Transformaccedilatildeo do Exeacutercito Brasileiro que estaacute em
desenvolvimento atualmente
Tal justificativa encontra-se alinhada com os objetivos do Projeto Estruturante
Novo Sistema de Engenharia (PENSE) concebido pelo EME em 2014 o qual teve a
Diretriz de Implantaccedilatildeo aprovada pela Portaria Nordm 031-EME de 26 de fevereiro de
2018
O objetivo decisivo do programa estaacute centrado nos pilares de sustentaccedilatildeo da
capacidade operacional da Engenharia quais sejam a obtenccedilatildeo do Material de
Engenharia adequado e suficiente o desenvolvimento e a atualizaccedilatildeo da doutrina e a
capacitaccedilatildeo de pessoal
A inovaccedilatildeo dos MEM bem como a transformaccedilatildeo doutrinaacuteria demandam
anaacutelises retificaccedilatildeo e ratificaccedilatildeo de conceitos quebra de paradigmas e uma busca
pelo reequiliacutebrio entre as capacidades e necessidades geradas
Com o intuito de corroborar com a evoluccedilatildeo do Sistema Engenharia tendo em
vista a modernizaccedilatildeo doutrinaacuteria e dos novos MEM este trabalho buscaraacute analisar
as Capacidades Operativas desejaacuteveis a fim de propor uma adequaccedilatildeo de apoio de
engenharia na mobilidade dos RC Mec e RCB orgacircnicos de uma Bda C Mec no
Aproveitamento do Ecircxito
Com essa adequaccedilatildeo busca-se dar efetividade agrave doutrina atinente agrave
Engenharia da Brigada tornando-a atual e compatiacutevel com as necessidades dos
elementos apoiados principalmente exequiacutevel e efetiva
16
2 METODOLOGIA
Nesta seccedilatildeo estaacute detalhada a forma que a pesquisa foi dirigida a fim de
atender aos objetivos especiacuteficos os quais visaram desenvolver uma soluccedilatildeo
adequada ao objetivo geral atraveacutes do desenvolvimento de respostas agraves questotildees
de estudo levantadas
Por meio do estudo das possibilidades e limitaccedilotildees da Companhia de
Engenharia de Combate Mecanizada buscou-se apresentar uma anaacutelise da
capacidade de atender agraves necessidades dos elementos empregados em primeiro
escalatildeo pelas Bda C Mec e sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo de sua forma de
emprego e do material necessaacuterio
Para atingir esses objetivos a metodologia foi dividida em objeto formal de
estudo amostra e delineamento de pesquisa
21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO
O presente trabalho eacute classificado quanto agrave sua forma de abordagem
qualitativa e ao seu objetivo geral como exploratoacuteria e descritiva A sua finalidade eacute
desenvolver uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Companhia de
Engenharia de Combate aos Regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada
em Operaccedilotildees Ofensivas por meio do estudo especiacutefico das capacidades
operativas da Cia E Cmb Mec em operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito face agrave
evoluccedilatildeo doutrinaacuteria presente na publicaccedilatildeo dos novos manuais doutrinaacuterios
publicados a partir de 2014 e dos MEM frutos dos Projetos Estrateacutegicos Leopard e
Guarani
Para atingir esse objetivo seraacute descrita a doutrina em vigor relacionada agrave Bda
C Mec e agrave Cia E Cmb que a apoia e analisados os reflexos da transformaccedilatildeo
doutrinaacuteria ocorrida nos uacuteltimos anos (de 2014 a 2017) e da aquisiccedilatildeo de novos
MEM
Com base na anaacutelise das capacidades e limitaccedilotildees seraacute proposta uma soluccedilatildeo
de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia que atribua capacidade de emprego de
acordo com a doutrina baseado na bibliografia vigente e atualizado com base no
emprego de exeacutercitos de outros paiacuteses e no material disponiacutevel no mundo
atualmente
17
Para a pesquisa a variaacutevel ldquoCapacidades Operativas da Companhia de
Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do Ecircxitordquo que analisou
as capacidades em material e de acordo com a organizaccedilatildeo atuais da Companhia
no apoio agrave mobilidade no aproveitamento do ecircxito foi considerada a variaacutevel
independente
Atraveacutes desta procurou-se estudar modificaccedilotildees que influenciassem
significativamente sobre a dependente ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de
uma Brigada de Cavalaria Mecanizadardquo a fim de adequar o apoio prestado aos
regimentos durante a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito pela engenharia da
brigada
A relaccedilatildeo entre a variaacutevel dependente e independente eacute alterada pelo fator
ldquoNecessidades Miacutenimas dos Regimentosrdquo que satildeo as necessidades de trabalhos
de engenharia aos regimentos existentes apoacutes a modernizaccedilatildeo do material e
doutrina nacionais no que tange agrave Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis
ldquoCapacidades Operativas da Companhia de Engenharia de Combate no
Aproveitamento do Ecircxitordquo variaacutevel independente pode ser definida como a
anaacutelise agraves capacidades atuais da Cia E Cmb Mec para emprego do Pel E Cmb em
uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito em apoio ao Rgt de uma Bda C Mec
Para isso foi analisado por meio dos questionaacuterios ldquoArdquo e ldquoBrdquo a adequabilidade
da organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec para apoio aos regimentos de uma Brigada de
Cavalaria Mecanizada e do material disponiacutevel para apoiaacute-los na mobilidade em uma
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
A variaacutevel ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de uma Brigada de
Cavalria Mecanizadardquo pode ser definida como a sugestatildeo doutrinaacuteria para atender
agrave luz dos novos conceitos e fundamentos e materiais as necessidades dos
Regimentos
Por meio das respostas dos questionaacuterio ldquoArdquo ldquoBrdquo ldquoCrdquo e ldquoDrdquo chegou-se a uma
organizaccedilatildeo adequada e atual quando comparada com outros exeacutercitos permitindo
a melhoria do emprego da engenharia no emprego junto aos regimentos de uma
Brigada de Cavalaria Mecanizada
18
Os referidos questionaacuterios tambeacutem permitiram a anaacutelise das caracteriacutesitcas dos
meios e a quantidade de viaturas necessaacuterias para o apoio de engenharia da
brigada na abertura de passagem em obstaacuteculos durante uma Operaccedilatildeo de
Aproveitamento do Ecircxito
Para a variaacutevel interveniente foi considerada as Necessidades Miacutenimas dos
Regimentos no que se refere a apoio de engenharia as quais foram apresentadas
na revisatildeo de literatura reforccedilada pelas respostas presentes nos citados
questionaacuterios cujas respostas foram analisadas individualmente
Esta anaacutelise porcurou confirmar ou refutadar os comentaacuterios presentes nos
questionaacuterios de acordo com as informaccedilotildees encontradas na proacutepria bibliografia
estudada e no Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual (TTAV) realizado no Centro
de Instruccedilatildeo de Blindados
212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis
Nos Quadros 1 e 2 estatildeo expostos a dimensatildeo os indicadores e a forma de
mediccedilatildeo das variaacuteveis independente e dependente a fim de permitir uma
visualizaccedilatildeo de como seratildeo abordados no presente estudo
VARIAacuteVEL
INDEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO
Capacidades
Operativas da Cia
E Cmb no Apvt
Ecircxi
Emprego no
apoio aos Rgt
da Bda C
Mec
Adequabilidade
da organizaccedilatildeo
Questotildees Nr 1 e 2 (Apd A)
e Nr 1 e 2 (Apd B)
Material para
apoio agrave
mobilidade
Adequabilidade
do material
Questotildees Nr 3 (Apd A) e
Nr 3 (Apd B)
QUADRO 1 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Independente Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec no Apvt Ecircxi Fonte O autor
19
VARIAacuteVEL
DEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO
Apoio de
Engenharia aos
Rgt de uma Bda
C Mec
Emprego da
engenharia
Organizaccedilatildeo
adequada
Questotildees 6 e 7 (Apd A)
questotildees 6 e 7 (Apd B)
Comparaccedilatildeo com
outros exeacutercitos
Questatildeo 1 2 e 3 (Apd C) e
questatildeo 1 2 e 3 (Apd D)
Material para
abertura de
passagem em
obstaacuteculo
Caracteriacutesticas dos
meios
Questotildees 4 e 5 (Apd A)
questotildees 4 e 5 (Apd B)
questatildeo 4 e 5 (Apd C) e
questatildeo 4 e 5 (Apd D)
Quantidade de
viaturas Questatildeo 6 (Apd C)
QUADRO 2 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Dependente Apoio de Engenharia aos Rgt da Bda C Mec Fonte O autor
213 Alcances e Limites
Para a anaacutelise das operaccedilotildees ofensivas foram excluiacutedos os tipos de
Reconhecimento em Forccedila Perseguiccedilatildeo Ataque de Oportunidade e Marcha para o
Combate O objetivo do autor foi dar ecircnfase aos trabalhos de mobilidade com
emprego dos pelototildees de forma descentralizada Desta forma o pelotatildeo que
acompanha o regimento precisa conduzir todo o material necessaacuterio natildeo sendo
adequado solicitar apoio agrave companhia devido a sua distacircncia e necessidade de
acompanhamento da velocidade das operaccedilotildees
Nesse sentido foi escolhido o estudo da Operaccedilatildeo de Aproveitamento do
Ecircxito situaccedilatildeo que o Pelotatildeo encontra-se normalmente empregado na situaccedilatildeo de
comando reforccedilo
O sistema Engenharia constituiacutedo por material pessoal e doutrina visa
proporcionar aos elementos apoiados mobilidade contramobilidade proteccedilatildeo e
apoio geral Dentre estes foram abordados neste estudo o apoio agrave mobilidade
20
situaccedilatildeo onde a falta de meios especiais junto aos pelototildees eacute mais niacutetida deixando
de ser trabalhados contramobilidade proteccedilatildeo e apoio geral
Na mobilidade o estudo abarcou trabalhos de abertura de passagens em
obstaacuteculos transposiccedilatildeo de curso de aacutegua obstaacuteculo conservaccedilatildeo e reparaccedilatildeo de
vias e estradas e desorganizaccedilatildeo de posiccedilotildees organizadas do inimigo trabalhos os
quais podem ser realizados por viaturas blindadas especiais Excluiu-se portanto o
estudo da transposiccedilatildeo de curso de aacutegua de vulto ou grande vulto que exigem o
apoio de escalotildees superiores agrave brigada a navegaccedilatildeo e o reconhecimento
Como a Cia E Cmb Mec desdobra seus trabalhos normalmente em toda aacuterea
da Bda o estudo limitou-se aos realizados em prol dos elementos em primeiro
escalatildeo (os regimentos de cavalaria) excluindo o estudo dos trabalhos de apoio ao
conjunto e suplementar
Para tal os meios a serem analisados foram limitados aos de emprego
imediato pelos pelototildees ou seja que seja de dotaccedilatildeo ou passados em reforccedilo ao
pelotatildeo Um exemplo de meio incluiacutedo foi uma Ponte de Pequena Brecha (Pnt P
Bre) pois pode ser transportada por reboque ou por uma viatura blindada Em
contrapartida foi excluiacutedo o estudo do emprego de portada pesada tendo em vista
que a mesma natildeo tem emprego em transposiccedilatildeo imediata mas preparada
22 AMOSTRA
As pesquisas as quais foram enviadas por endereccedilo eletrocircnico atraveacutes de
consulta aos e-mails cadastrados no DGP buscaram abranger em caraacuteter
voluntaacuterio militares que tivessem conhecimentos ligados ao tema
Enquanto algumas pesquisas procuraram abranger militares que tiveram
experiecircncia no emprego do apoio de engenharia (como cliente ou como fornecedor)
outras pesquisas buscaram militares especializados no emprego de blindados e por
fim pesquisas que exploraram a experiecircncia de militares que realizaram curso de
comandante de subunidade no exterior confrontando o questionamento com os
conhecimentos e experiecircncias vividas nos Estados Unidos e na Alemanha
Os questionaacuterios elaborados embora tenha como universo apenas militares
com posto acima de capitatildees aperfeiccediloados natildeo procuraram levar em consideraccedilatildeo
a experiecircncia nos respectivos postos mas a experiecircncia dos mesmos na funccedilatildeo que
exercem ou exerciam ou nos conhecimentos adquiridos no exterior
21
Desta forma foi considerado irrelevante a descriccedilatildeo dos mesmos
considerando apenas as respostas por grupo os quais tiveram por objetivo
demonstrar os diferentes posicionamentos em relaccedilatildeo ao assunto em pauta
Com isso os referidos militares foram divididos em quatro grupos conforme
descrito abaixo
a comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada
de Cavalaria Mecanizada
b comandantes e ex-comandantes de Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada
c oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de
Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha
d oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que
tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados
Unidos ou na Alemanha
23 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O delineamento da pesquisa teve uma abordagem qualitativa em que o estudo
das relaccedilotildees entre variaacutevel dependente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec
no Aproveitamento do Ecircxito) e independente (Apoio de Engenharia aos Regimentos
de uma Bda C Mec) eacute indissociaacutevel e natildeo pode ser traduzida por nuacutemeros
(Rodrigues 2006 p 36)
O meacutetodo de abordagem utilizado foi o indutivo fundamentado na experiecircncia
e construiacutedo a partir da observaccedilatildeo de casos da realidade concreta (Rodrigues
2006 p 29) do emprego do Pel E Cmb Mec apresentados neste trabalho por meio
de situaccedilotildees particulares e anaacutelise de questionaacuterios e procedimento experimental
realizado pela Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
Para responder ao objetivo geral a pesquisa foi abordada de forma descritiva
contando com a experiecircncia do autor que descreveu a relaccedilatildeo entre as variaacuteveis e
contribuiu com a descriccedilatildeo doutrinaacuteria atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica
231 Procedimentos para revisatildeo de literatura
22
Com o objetivo de responder ao problema do trabalho foram realizados os
seguintes procedimentos metodoloacutegicos descritos abaixo
2311 Fontes de busca
Foram utilizados como fontes para descriccedilatildeo do conhecimento doutrinaacuterio que
influencia no emprego da Cia E Cmb Mec e para a construccedilatildeo da proposta do
trabalho manuais monografias dissertaccedilotildees e artigos cientiacuteficos (nacionais dos
Estados Unidos e da Alemanha) livros e Notas de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria (NCD)
2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados
Com a finalidade de estabelecer paracircmetros doutrinaacuterios foram selecionados
documentos que contribuam para o direcionamento e limitaccedilatildeo para uma proposta
mais adequada
Foram realizadas buscas por dados em siacutetios eletrocircnicos na internet como
Google sendo selecionadas dentre os resultados obtidos as paacuteginas oficiais de
instituiccedilotildees como instruccedilotildees trabalhos perioacutedicos e documentos nacionais e
estrangeiros e em estabelecimentos de ensino como Escola de Aperfeiccediloamento
de Oficiais e Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
2313 Criteacuterios de inclusatildeo
Foram selecionados documentos de caraacuteter qualitativo em portuguecircs inglecircs e
alematildeo que estivessem relacionados ao emprego de pelotatildeo de engenharia em
apoio a tropas dotadas de meios blindados e mecanizados nas Operaccedilotildees
Ofensivas
Tambeacutem foram incluiacutedos documentos relacionados aos materiais e programas
de aquisiccedilatildeo de materiais relacionados agraves tropas blindadas e mecanizadas
2314 Criteacuterios de exclusatildeo
23
Dos documentos selecionados foram excluiacutedos os manuais revogados os
documentos que natildeo abrangem tropa blindada ou mecanizada e os que natildeo estatildeo
relacionados com Operaccedilotildees Ofensivas
232 Procedimentos Metodoloacutegicos
Com o propoacutesito de coletar dados e opiniotildees sobre o assunto no que tange ao
emprego em pessoal e material do Pel E Cmb em Operaccedilotildees Ofensivas foram
enviados eletronicamente questionaacuterios aos grupos conforme criteacuterios
anteriormente elencados
Concomitantemente foi realizada a coleta de dados da bibliografia relacionada
e com os dados coletados por meio dos questionaacuterios gerando a base para a
proposta de adequaccedilatildeo de apoio da Cia E Cmb Mec
233 Procedimentos Experimental
O procedimento experimental foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de
Blindados o qual realiza anualmente o Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual
com as brigadas mecanizadas e blindadas
Neste ano foi realizado o treinamento com a 3ordf Brigada de Cavalaria
Mecanizada a qual empregou seus Quadros em ambiente virtual confeccionado
pelo Chefe da Seccedilatildeo de Simuladores
A proposta inicial era empregar uma Bda C Mec em um Aproveitamento do
Ecircxito reforccedilada por um Pel E dotado de Viaturas Blindadas Especiais Entretanto o
exerciacutecio visava o treinamento em uma operaccedilatildeo de Movimento Retroacutegrado o que
embora natildeo tenha sido a situaccedilatildeo ideal natildeo prejudicou o resultado pois o principal
objetivo natildeo foi o emprego em si mas a capacidade de acompanhamento da
velocidade das viaturas dos regimentos mecanizados
234 Instrumentos
Os questionaacuterios enviados a 5 (cinco) grupos conforme anteriormente
definidos tiveram por objetivo principal identificar a opiniatildeo dos especialistas sobre
24
os aspectos relativos ao apoio de engenharia aos elementos de emprego em
primeiro escalatildeo de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada bem como analisar as
necessidades em material e a possibilidade de emprego para atender as
necessidades miacutenimas imediatas dos Regimentos
Assim buscou-se uma reflexatildeo sobre o assunto que fosse rica em sugestotildees
e dados qualitativos para fundamentar uma sugestatildeo baseada em conhecimentos e
experiecircncias distintos
2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios
Tendo em vista o caraacuteter qualitativo da presente pesquisa buscou-se a
confecccedilatildeo de questionaacuterios com questotildees fechadas poreacutem com espaccedilo para
discussatildeo e geraccedilatildeo de sugestotildees sobre o tema
O preacute-teste foi aplicado em militares que jaacute tinham sido instrutores do Centro
de Instruccedilatildeo de Blindados que pelo conhecimento sobre blindados sobre rodas e
sobre lagartas envolvimento em exerciacutecios de simulaccedilatildeo virtual e no terreno e
experiecircncia no exterior apresentam condiccedilotildees de orientar corrigir ou incrementar as
questotildees propostas
2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani
Pretendeu-se por meio da relaccedilatildeo desses militares com o assunto obter uma
anaacutelise do projeto inicial Guarani os objetivos buscados para compra dos
implementos dessa viatura e anaacutelise das capacidades que se espera atingir com o
projeto para que ao final da presente pesquisa a sugestatildeo esteja alinhada ao
projeto Guarani
2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)
25
Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do cliente da engenharia
da brigada a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada atualmente
nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e emprego desse
apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios e apresentar
uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas e sobre
lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica
2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)
Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do fornecedor do apoio
de engenharia a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada
atualmente nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e
emprego desse apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios
e apresentar uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas
e sobre lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica
2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)
Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para
adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar
a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec
2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)
Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para
adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar
a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec
26
As respostas e sugestotildees apresentadas nessas questotildees proporcionaratildeo
ratificaratildeo ou retificaratildeo das ideias iniciais apresentadas no trabalho conduzindo o
autor a uma proposta amparada na experiecircncia e conhecimentos de diferentes
especialistas
235 Anaacutelise dos Dados
Os dados resultantes dos questionaacuterios contribuiram para questionamento e
reforccedilo das ideias inicialmente apresentadas por meio da experiecircncia nas funccedilotildees
de comandantes no emprego de tropas mecanizadas e blindadas e com
conhecimento do emprego de tropas americanas e alematildes
2351 Tabulaccedilatildeo dos dados
Os dados seratildeo categorizados quanto aos aspectos organizacionais
materiais de emprego e logiacutestica por meio do levantamento das diversas amostras
que compotildeem a presente pesquisa
A codificaccedilatildeo e tabulaccedilatildeo seguiraacute a verificaccedilatildeo da correta compreensatildeo dos
questionaacuterios por parte dos participantes e se as respostas foram transcritas de
forma coerente e com linguagem compreensiacutevel
As questotildees fechadas foram diretamente tabuladas dentro do universo de
determinado puacuteblico-alvo Para isso foram estabelecidos graacuteficos como recurso de
representaccedilatildeo dos resultados e analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise
estatiacutestica inferencial
Os comentaacuterios foram posicionados apoacutes a apresentaccedilatildeo dos graacuteficos de
forma a permitir a anaacutelise do conteuacutedo qualitativo apresentado sendo os dados
analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise estatiacutestica descritiva
Ao final de cada resultado das anaacutelises das questotildees foram apresentadas as
conclusotildees parciais referente ao respectivo questionaacuterio
27
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
O conjunto de ideias e entendimentos que define ordena distingue e qualifica
as atividades de organizaccedilatildeo preparo e emprego das Forccedilas Armadas deve ser
harmocircnico de acordo com a definiccedilatildeo de Doutrina Militar (BRASIL 2014 p 1-1)
Com este propoacutesito evoluccedilotildees doutrinaacuterias buscam equilibrar as capacidades
atuais do Exeacutercito com as necessidades projetadas para futuras operaccedilotildees mantecirc-
lo adequado ao futuro imediato em termos de desenvolvimento organizacional
intelectual e tecnoloacutegico (EUA 2011 p ix traduccedilatildeo do autor)
Para que o Exeacutercito acompanhe a transformaccedilatildeo que ocorre na Era do
Conhecimento periacuteodo atual marcado pela raacutepida geraccedilatildeo e obsolescecircncia do
conhecimento essa harmonia deve ser constantemente analisada e retificada
(BRASIL 2014 p 1-1)
A duacutevida quanto agrave efetiva capacidade de uma forccedila em cumprir a missatildeo a que
se destina origina-se da desarmonia entre sua doutrina e emprego (fruto da
ineficiecircncia de um MEM por exemplo) o que deve ser uma premissa satisfatoacuteria
para motivar estudos que contribuam para o alcance da maacutexima prontidatildeo
operativa
Este estudo deve para tanto ser analisado por meio dos fatores
determinantes interrelacionados e indissociaacuteveis doutrina organizaccedilatildeo
adestramento material educaccedilatildeo pessoal e infraestrutura (DOAMEPI) os quais
contribuem para o desenvolvimento de uma das capacidades prioritaacuterias para a F
Terr a efetividade da doutrina (BRASIL 2014 p 3-3)
A fim de facilitar o entendimento esta seccedilatildeo estaacute dividida da seguinte forma
Consideraccedilotildees iniciais onde seratildeo abordados os fundamentos baacutesicos para
entendimento de conceitos que permeiam o assunto contribuindo para uma correta
avaliaccedilatildeo e desenvolvimento de uma soluccedilatildeo doutrinariamente harmoniosa Brigada
de Cavalaria Mecanizada onde seratildeo abordadas as necessidades de apoio de
engenharia nas Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito Companhia de Engenharia
de Combate Mecanizada onde seratildeo apresentadas as caracteriacutesticas de seu
emprego em Operaccedilotildees Ofensivas Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no
mundo para reforccedilo dos Pel E Cmb no apoio agrave mobilidade os quais podem ajustar
as capacidades das Cia E Cmb e por uacuteltimo seraacute analisado o emprego de tropas
28
semelhantes agraves Bda C Mec nos EUA e na Alemanha onde a engenharia de brigada
preste apoio agrave tropa mecanizada que tenha em sua constituiccedilatildeo elementos de
reconhecimento
31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS
As seguintes consideraccedilotildees iniciais satildeo importantes para uma anaacutelise precisa
da capacidade da Cia E Cmb Mec em apoiar os Regimentos da Bda C Mec na
mobilidade em operaccedilotildees ofensivas e consequentemente para a construccedilatildeo de
uma proposta satisfatoacuteria com o objetivo do trabalho
311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito
As Operaccedilotildees Ofensivas satildeo operaccedilotildees decisivas que visam engajar forccedilas
superiores ao do inimigo em local e momento decisivos a fim de destruiacute-lo por
meio do fogo do movimento e da accedilatildeo de choque (BRASIL 2014 p 4-3) A accedilatildeo
de choque por sua vez deve ser entendida como o impacto psicoloacutegico causado
pelo carro de combate ao inimigo por meio do poder de fogo aparente
invulnerabilidade ruiacutedo e capacidade de transpor obstaacuteculos (BRASIL 2016 p 29)
Dentre os tipos de Operaccedilatildeo Ofensiva o trabalho explorou o Aproveitamento
do Ecircxito o qual destaca-se pela maior necessidade de apoio imediato agrave mobilidade
por elementos mais proacuteximos agraves peccedilas de manobra de ataque (os Pel E Cmb)
Nesses casos em que os elementos empregados em primeiro escalatildeo necessitam
de apoio imediato e contiacutenuo normalmente a engenharia da brigada emprega seus
pelototildees sob a Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo (BRASIL 1999 p 2-28)
O Aproveitamento do Ecircxito operaccedilatildeo que conquista os resultados mais
decisivos se discorre apoacutes o aproveitamento de um ataque bem sucedido no qual
a forccedila inimiga encontra dificuldades para se defender O avanccedilo contiacutenuo e raacutepido
sobre as forccedilas inimigas desorganizadas buscam ampliar as vantagens impedindo
uma reorganizaccedilatildeo ou a realizaccedilatildeo de um movimento retroacutegrado (BRASIL 2000 p
5-17)
Na Bda C Mec o RCB normalmente constitui o escalatildeo avanccedilado no
Aproveitamento do Ecircxito Cabe agrave engenharia por sua vez reduzir a accedilatildeo dos
obstaacuteculos naturais ou artificiais permitindo a adoccedilatildeo de um deslocamento de forccedila
29
mais adequado garantindo a conquista de resultados decisivos em menor tempo e
com miacutenimo de perdas Com o intuito de manter o movimento contiacutenuo e
permanente o apoio de engenharia aos regimentos eacute realizado de forma
descentralizada permitindo o apoio a elementos afastados do escalatildeo superior
desde que adequadamente reforccedilado em meios (BRASIL 2000 p 5-18)
Tanto o Aproveitamento do Ecircxito quanto o Ataque de Oportunidade satildeo
accedilotildees que decorrem de uma interpretaccedilatildeo do comandante sobre os acontecimentos
do combate A incerteza de sua realizaccedilatildeo aleacutem de quando onde e como seraacute
realizada seraacute definida pela imediata expediccedilatildeo de ordens fragmentaacuterias pelo
comandante as quais exigem que o pelotatildeo tenha permanentemente condiccedilotildees de
apoiar (BRASIL 2000 p 5-9) Para a engenharia a proximidade e a disponibilidade
de meios adequados determinaraacute a efetividade do apoio prestado aos elementos
em primeiro escalatildeo desta brigada
312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo
Quando empregado em situaccedilatildeo de comando reforccedilo o Pel E Cmb subordina-
se diretamente ao comandante do regimento No aproveitamento do ecircxito esta eacute a
situaccedilatildeo de comando normalmente empregada devido agrave necessidade de plena
autonomia e pela incapacidade de apoio da companhia devido ao seu afastamento
em relaccedilatildeo aos pelototildees (BRASIL 1999 p 1-14)
Cabe ao pelotatildeo portanto o apoio aproximado imediato e contiacutenuo com
equipamentos adequados devendo para isso ser reforccedilado pela Cia E Cmb em
meios e se necessaacuterio em pessoal (BRASIL 1999 p 1-14) garantindo a rapidez
do movimento a fim de multiplicar o poder de combate contribuindo para o melhor
emprego da potecircncia de fogo e da accedilatildeo de choque do elemento apoiado Desta
forma busca-se diminuir o risco com base na premissa de que quanto maior o
tempo de exposiccedilatildeo do escalatildeo de ataque aos fogos maiores seratildeo suas perdas
(BRASIL 2000 p 5-15)
313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra
A Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra estaacute relacionada com o conjunto
de atividades tarefas e sistemas inter-relacionados empregados para deslocar
30
forccedilas de modo a posicionaacute-las em situaccedilatildeo de vantagem em relaccedilatildeo ao inimigo
(BRASIL 2014 p 5-10)
Para este estudo cresce de importacircncia o entendimento de manobra como se
segue
A manobra concentra e dispersa o poder de combate para manter o inimigo
em desvantagem Consegue resultados que de outra forma seriam
dispendiosos Manobra eficaz manteacutem forccedilas inimigas fora do equiliacutebrio
fazendo-as enfrentar novos problemas e novos perigos mais raacutepido do que
eles podem combatecirc-los As forccedilas do Exeacutercito ganham e preservam a
liberdade de accedilatildeo reduzem a vulnerabilidade e exploram o sucesso
atraveacutes da manobra Manobra eacute mais que fogo e movimento Inclui a
aplicaccedilatildeo dinacircmica e flexiacutevel de todos os elementos do poder de combate
(EUA 2011 p A-2 traduccedilatildeo do autor)
O emprego da Engenharia estaacute intimamente ligada agrave funccedilatildeo de combate
movimento e manobra particularmente no que tange agrave promoccedilatildeo da mobilidade agraves
tropas subordinadas ao escalatildeo a que pertence (BRASIL 2014 p 6-3)
314 Modularidade
A modularidade eacute a aptidatildeo de um elemento de combate de receber moacutedulos
que ampliem seu poder de combate ou lhe agreguem capacidades (BRASIL 2014
6-14)
Este conceito surgiu da necessidade de empregar forccedilas em torno de
formaccedilotildees menores e mais versaacuteteis No niacutevel taacutetico e operacional a rotineira
necessidade de operaccedilatildeo em aacutereas natildeo-contiacuteguas por unidades subordinadas se
contrapunha ao contiacuteguo e hieraacuterquico arranjo das forccedilas terrestres (EUA 2011 p
C-1 traduccedilatildeo do autor)
Embora o conceito seja novo a engenharia jaacute emprega seus elementos com
certa modularidade Um exemplo eacute o Pel E Cmb que natildeo possui meios adequados
para por exemplo realizar o lanccedilamento de um campo minado em poucos minutos
Ele necessita que uma viatura dotada de um sistema de dispersatildeo de minas bem
como a guarniccedilatildeo da mesma sejam adicionados ao Pelotatildeo
31
315 Projeto Guarani
O Projeto Guarani teve sua origem a partir da necessidade de substituiccedilatildeo das
Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP) EE-11 Urutu (FIGURA 1) e
Viatura Blindada sobre Rodas (VBR) EE-9 Cascavel (FIGURA 2) as quais se
encontram em fase de obsolescecircncia e atraso tecnoloacutegico perante os moderno
cenaacuterio de batalha conforme informado pelo Escritoacuterio de Projetos do Exeacutercito
(EPEx)
FIGURA 1 ndash Viatura Blindada de Transporte de Pessoal EE-11 Urutu Fonte Siacutetio eletrocircnico Youtube Acesso em 1 ago 2018
FIGURA 2 Viatura Blindada de Rodas EE-9 Cascavel Fonte Siacutetio eletrocircnico Defesanet Acesso em 22 dez 2017
32
O projeto que remonta a origem de sua concepccedilatildeo no final da deacutecada de
1990 tem em sua proposta inicial o objetivo de modernizar as Brigadas de
Infantaria Motorizadas recentemente transformadas em Brigadas de Infantaria
Mecanizada bem como modernizar as Brigadas de Cavalaria Mecanizada
Atualmente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas
(VBTP-MR) Guarani jaacute comeccedilaram a ser distribuiacutedas
FIGURA 3 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas Guarani Fonte Siacutetio eletrocircnico EPEx Acesso em 22 dez 2017
O projeto originalmente era constituiacutedo de duas versotildees de viatura uma 6x6 e
uma 8x8 Esta uacuteltima versatildeo que contaria com um canhatildeo 105 mm encontra-se
atualmente paralisada Aleacutem disso era previsto uma famiacutelia de blindados
constituiacuteda de viaturas morteiro lanccediladoras de ponte especial de engenharia
desminagem entre outras as quais teriam seus protoacutetipos ainda a serem
desenvolvidos (DEFESANET 2017)
Quanto agrave substituiccedilatildeo das Viaturas Cascavel foi adiada conforme Boletim do
Exeacutercito Nr 48 publicado em 1ordm de dezembro de 2017 A portaria cria o Projeto de
Obtenccedilatildeo da Viatura Blindada de Reconhecimento ndash Meacutedia sobre Rodas (VBR-
MSR) 6x6 que consiste na modernizaccedilatildeo da Viatura Cascavel (DEFESANET
2017)
33
As viaturas especiais de engenharia tambeacutem fruto das dificuldades
orccedilamentaacuterias teratildeo seu desenvolvimento adiado Para dirimir essa inexistecircncia de
material para apoiar as tropas mecanizadas a Diretoria de Material de Engenharia
estaacute em processo de aquisiccedilatildeo de implementos de engenharia para serem
incorporados agraves VBTP-MR Guarani conforme informado em visita ao Departamento
de Engenharia e Construccedilatildeo (DEC)
32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
A missatildeo preciacutepua da Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute cumprir missotildees de
seguranccedila conquanto tem a capacidade de executar operaccedilotildees ofensivas e
defensivas em operaccedilotildees de seguranccedila ou como elemento de aplicaccedilatildeo do
princiacutepio de guerra ldquoeconomia de meiosrdquo (BRASIL 2000 p 1-2) Dentre as
operaccedilotildees ofensivas a brigada tem possibilidade de executar as manobras de
flanco o aproveitamento do ecircxito e a perseguiccedilatildeo (BRASIL 2000 p 1-3)
Algumas caracteriacutesticas da Bda C Mec destacam-se pelo impacto que causam
nas necessidades do apoio prestado pela engenharia como a boa mobilidade
taacutetica e estrateacutegica que permite grande raio de accedilatildeo deslocamento em alta
velocidade em estrada e realizaccedilatildeo de manobras raacutepidas e flexiacuteveis a proteccedilatildeo
blindada que permite razoaacutevel grau de seguranccedila no combate embarcado e a
flexibilidade o que permite o emprego em largas frentes e grande profundidade
(BRASIL 2000 p 1-2)
Pelas caracteriacutesticas que lhe atribuem mobilidade destacam-se como
limitaccedilotildees a vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de
minas e obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos
arenosos pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees
meteoroloacutegicas adversas e grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria (BRASIL
2000 p 1-4)
Na Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito a Bda progride em larga frente
sendo mantidas em reserva apenas forccedilas que possibilitem assegurar a
flexibilidade a impulsatildeo e a seguranccedila Para isso eacute empregada tatildeo vigorosamente
quanto possiacutevel contra forccedilas que encontrem dificuldade de manter suas posiccedilotildees
evitando o seu engajamento contra tropas de poder insuficiente para ameaccedilaacute-la a
fim de atingir rapidamente seus objetivos e mantecirc-lo Para isso a decisatildeo de
34
desbordar ou engajar forccedilas pode ser delegada aos Cmt subordinados (BRASIL
2000 p 5-20)
A dependecircncia do deslocamento por estradas estaacute associada aos meios de
transporte utilizada pelas brigadas mecanizadas Suas viaturas sobre rodas tem
uma extrema vulnerabilidade no deslocamento atraveacutes campo principalmente em
deslocamentos em periacuteodos chuvosos ou atraveacutes de terrenos alagadiccedilos
ocasionando normalmente o atolamento das mesmas
A Bda C Mec possui como peccedilas de manobra orgacircnicas para emprego em
primeiro escalatildeo dois Regimentos de Cavalaria Mecanizado e um Regimento de
Cavalaria Blindado (BRASIL 2000 p 1-11) A engenharia responsaacutevel por dirimir
suas restriccedilotildees eacute uma Cia E Cmb Mec conforme demonstrado na FIGURA 4
FIGURA 4 Organograma de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
Depois das brigadas blindadas a Bda C Mec eacute a tropa mais apta para realizar
operaccedilotildees como forccedila de aproveitamento do ecircxito Essa grande unidade pode ser
35
empregada como forccedila de Apvt Ecircxi ou de acompanhamento e apoio do Esc Sup ou
aproveitar o ecircxito de suas proacuteprias operaccedilotildees (BRASIL 2000 p 5-18)
Nesse tipo de operaccedilatildeo a brigada progride em larga frente desde que o
terreno e a rede de estradas permitam permanecendo o miacutenimo de forccedilas em
reserva
321 Regimento de Cavalaria Mecanizado
O Regimento de Cavalaria Mecanizado eacute empregado pela Brigada nas
missotildees de reconhecimento e seguranccedila (BRASIL 2002 p 1-1) ou como elemento
de aplicaccedilatildeo do princiacutepio de economia de meios pela Bda (BRASIL 2002 p 6-1)
O Regimento eacute constituiacutedo organicamente por um comando 3 Esquadrotildees de
Cavalaria Mecanizada (Esqd C Mec) (BRASIL 2000 p 1-11) conforme
representado na Figura 2
FIGURA 5 Organograma de um Regimento de Cavalaria Mecanizado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
Dentre as operaccedilotildees ofensivas o RC Mec considerado unidade blindada leve
eacute o elemento mais apto para as missotildees de aproveitamento do ecircxito e perseguiccedilatildeo
em razatildeo das caracteriacutesticas de suas viaturas (BRASIL 2002 p 1-1)
36
As viaturas empregadas pelo regimento satildeo aleacutem das Viaturas Taacuteticas Leve
as viaturas EE-9 Cascavel e a VBTP-MR 6x6 Guarani (DEFESANET 2017) as
quais possuem grande mobilidade e baixa classe sendo elas respectivamente
classe 11 e 20 poreacutem alta dependecircncia de utilizaccedilatildeo de estradas
A Bda pode ainda organizar o RC Mec como Forccedila-Tarefa (FT) a fim de
aumentar as possibilidades de ecircxito em determinadas funccedilotildees podendo receber
Esquadratildeo de Carro de Combate (Esqd CC) Esquadratildeo de Fuzileiro Blindado
(Esqd Fuz Bld) Companhia de Fuzileiro Blindado (Cia Fuz Bld) FT Esqd CC FT
Esqd Fuz Bld FT Cia Fuz Bld e Cia Fuz Mtz (BRASIL 2002 p 1-9)
322 Regimento de Cavalaria Blindada
O RCB elemento responsaacutevel por proporcionar capacidade ofensiva agrave Bda
(BRASIL 2002 p 7-6) possui uma organizaccedilatildeo semelhante a de uma Forccedila Tarefa
(FT) empregando 2 (dois) esquadrotildees de fuzileiros (Esqd Fuz) e 2 (dois)
esquadrotildees de carro de combate (Esqd CC) aleacutem de um Esquadratildeo de Comando e
Apoio (Esqd C Ap) (BRASIL 2000 p 1-12)
FIGURA 6 Organograma de um Regimento de Cavalaria Blindado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
37
O Esqd Fuz eacute dotado das viaturas de transporte de pessoal VBTP M113
(Mesquita 2015) (FIGURA 7) viatura anfiacutebia de origem americana de classe 11
FIGURA 7 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal M113 Fonte Siacutetio eletrocircnico EXEacuteRCITO BRASILEIRO Acesso em 22 dez 2017
O Esqd CC possui as viaturas de combate VBC CC M60 A3-TTS (Mesquita
2015) (Figura 8) viatura americana de classe 55 e capacidade de transposiccedilatildeo
submersa em curso de aacutegua de ateacute 240 m de profundidade com preparaccedilatildeo
FIGURA 8 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate M60 A3-TTS Fonte Siacutetio eletrocircnico 20RCB Acesso em 22 dez 2017
38
Esta viatura foi substituiacuteda na maioria dos regimentos pela VBC CC Leopard
1 BR (Mesquita 2015) (Figura 9) de origem alematilde classe 45 com capacidade de
transposiccedilatildeo submersa de cursos de aacutegua de ateacute 225 com preparaccedilatildeo e 4 m com
snorkel
FIGURA 9 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate Leopard 1BR Fonte Siacutetio eletrocircnico DEFESANET Acesso em 22 dez 2017
Com suas viaturas sobre lagartas o RCB eacute a forccedila da brigada para emprego
da accedilatildeo de choque proteccedilatildeo blindada e mobilidade (BRASIL 2000 p 6-25) Por
caracteriacutesticas de suas viaturas o regimento possui grande vulnerabilidade a
ataques aeacutereos armas anticarro e minas
33 COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADA
A Cia E Cmb Mec tem por missatildeo multiplicar o poder de combate da Bda
proporcionando-lhe mobilidade contramobilidade e contribuindo para sua proteccedilatildeo
(BRASIL 2000 P 4-1)
39
As capacidades que cabem agrave Cia E Cmb Mec satildeo fruto das necessidades da
Bda C Mec a quem estaacute subordinada Essas capacidade estatildeo intimamente ligadas
agraves limitaccedilotildees dos seus meios
Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto
aos elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos
meios mais agrave frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada (Cia E Cmb) eacute organizada com meios destinados a atender agraves
necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate (BRASIL
2000 p 1-16)
Face agraves necessidades da Brigada serem maiores junto aos elementos em
primeiro escalatildeo a Cia E Cmb menos esses elementos deve ser capaz de realizar
os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da Bda como
um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada (BRASIL 2000 p 2-4)
No aproveitamento do ecircxito as necessidades de apoio ao conjunto aumentam
sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo
com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao
emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo (BRASIL 1999 p
5-14)
O comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na conduta
do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de atender
agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistas (BRASIL
1999 p 5-14)
O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a
forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de
comando reforccedilo normalmente eacute adotada emprego dos pelototildees de combate
(BRASIL 1999 p 5-14)
No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos
Regimentos e sua impulsatildeo do ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos
naturais e artificiais (BRASIL 1999 p 5-4)
Para apoiar o RCB e o RC Mec a Companhia de Engenharia tem a
possibilidade de apoiar ateacute 3 peccedilas de manobra simultaneamente lanccedilar ou
construir obstaacuteculos abrigos e outros trabalhos de organizaccedilatildeo do terreno que
40
requeiram matildeo-de-obra eou equipamentos especializados lanccedilar e remover
obstaacuteculos realizar abertura e fechamento de passagens em obstaacuteculos montar e
operar ateacute duas portadas pesadas lanccedilar trecircs pontes de pequena brecha construir
manter e operar portadas pesadas recebidas do escalatildeo superior conservar e
reparar estradas e realizar o estudo teacutecnico do terreno apontando os corredores de
mobilidade (BRASIL 2000 p 4-2 2-2 e 2-3)
Para isso a Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de
Comando um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de
Assalto e trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (BRASIL 2000 p 4-1)
conforme FIGURA 10
FIGURA 10 Organograma de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Fonte Adaptado do manual BRASIL (2000 p 4-1)
331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio
O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) eacute responsaacutevel por reforccedilar os
Pel E Cmb com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especiais de engenharia
(VBE) equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e
41
equipamentos especializados na guerra com minas conforme previsto no manual
C5-10 (p 4-5)
Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de
Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de
Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de
Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate (BRASIL 1999 p 4-
6) conforme organograma da Figura 11
FIGURA 11 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Fonte Brasil (2000 p 4-1)
Ainda de acordo com o material disponiacutevel descrito no manual C5-10 os
principais materiais e equipamentos com que o Pel E Ap pode reforccedilar os Pel E
Cmb no apoio agrave mobilidade no Aproveitamento do Ecircxito satildeo viaturas blindadas
especiais de engenharia (VBE) reboque com equipamento para abertura de trilhas
em obstaacuteculos (o qual se refere ao equipamento de abertura de brecha) e reboque
com Eqp para disseminaccedilatildeo de minas motosserra compressor de ar e jogo de
ferramentas pneumaacuteticas aparelho de solda arco voltaico e conjunto para
balizamento de passagens
42
Dos citados materiais cabe salientar que natildeo existe nas Cia E Cmb Mec
viaturas especiais de engenharia equipamentos para abertura de brecha para
disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de ferramentas pneumaacuteticas
332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto
O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos
Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal
especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de
aacutegua (BRASIL 1999 p 4-7)
O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto
Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas
(BRASIL 1999 p 4-8) conforme Figura 12
FIGURA 12 Organograma do Pelotatildeo de Engenharia de Assalto Fonte Brasil (2000 p 4-1)
Os principais equipamentos que o pelotatildeo possui satildeo botes de assalto
equipagem de passadeira portada pesada e veiacuteculos lanccediladores de pontes de
pequenas brechas Embora natildeo especificados nos manuais que fazem referecircncia
se seriam sobre rodas ou sobre lagartas foi considerado pelo autor que as viaturas
43
lanccediladoras de ponte de pequena brecha da Cia E Cmb Mec seja sobre rodas
partindo do princiacutepio que no DAMEPLAN existe ponte de classe 30 lanccedilada por
viatura
Dos materiais acima citados com que o Pel E Cmb Mec precisa ser reforccedilado
no Aproveitamento do Ecircxito o principal meio eacute a viatura lanccediladora de pontes sobre
rodas a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro
333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
O pelotatildeo fraccedilatildeo baacutesica de apoio junto agraves armas (BRASIL 1999 p 1-10) que
tem por missatildeo realizar dentro de suas possibilidade os trabalhos teacutecnicos de
engenharia em proveito da brigada como um todo ou da peccedila de manobra da arma-
base apoiada (BRASIL 2000 p 4-9) Composto por um grupo de comando e 3
Grupos de Engenharia (GE) os quais estes constituem elemento baacutesico de
trabalho (BRASIL 1999 p 1-10) o Pel E Cmb estaacute organizado conforme
representado na FIGURA 13
FIGURA 13 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado Fonte Brasil (2000 p 4-1)
44
Segundo o manual C 5-10 nas operaccedilotildees ofensivas o Cmt Cia E designa
normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada (BRASIL
1999 p 4-2) Para isso o Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de
cortina de fumaccedila trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista
que a Cia E Cmb natildeo possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e
de explosivos e trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus
equipamentos de engenharia (BRASIL 1999 p 4-9) (equipamentos inadequados
para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo possuem proteccedilatildeo blindada nem
conseguem acompanhar os elementos apoiados)
Aleacutem disso o pelotatildeo pode conduzir consigo o material para abertura de
passagem em campo de minas O uacutenico material com o qual o Pel E tem contato
por ocasiatildeo do adestramento tanto por tropas mecanizadas como blindadas eacute o
RAMBS
O RAMBS consiste em uma carga linear explosiva que abre uma trilha de 06
metros de largura por 6 metros de comprimento em campo de minas abrindo um
caminho para tropa a peacute (BRASIL 2000 p D-2) portanto ineficiente para a
transposiccedilatildeo de qualquer viatura as quais necessitam de uma abertura de brecha
com medidas miacutenimas de 35 metros (BRASIL 2000 p D-8)
Aleacutem desse equipamento o uacutenico material para remoccedilatildeo de minas eacute o
utilizado em desminagem humanitaacuteria ou seja material de desminagem manual O
material para desminagem manual consiste em bastatildeo de sondagem roupa de
proteccedilatildeo capacete de minas bandeirolas entre outros os quais ineficientes para
abertura de brecha sob fogos inimigos devido a inexistecircncia de proteccedilatildeo para os
membros da equipe embora eficientes para missotildees humanitaacuterias (BRASIL 2000
p 5-18)
Aleacutem desse material baacutesico que acompanha o pelotatildeo outros materiais podem
reforccedilar as capacidades do pelotatildeo conforme o estudo da missatildeo Os meios de
transposiccedilatildeo de obstaacuteculos oriundos da Cia E Cmb satildeo normalmente passados em
reforccedilo pelo Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de
Apoio
Os Pel E Cmb quando natildeo reforccedilados tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de
apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais estatildeo
contidos na caixa de sapador Embora estejam previstas ferramentas pneumaacuteticas
45
suas caixas de sapador satildeo constituiacutedas de materiais baacutesicos como enxada paacute
picareta fateixa boca-de-lobo trena martelo
34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA
REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE
Os meios utilizados em reforccedilo dos Pel E Cmb atribuem a capacidade de
realizar trabalhos e diminuem o tempo de execuccedilatildeo e consequentemente o tempo
de exposiccedilatildeo aos fogos inimigos Para as Cia E Cmb que possuem blindados como
viatura de transporte (Cia E Cmb MecBld) destaca-se a importacircncia dos meios que
podem ser utilizados mantendo a proteccedilatildeo blindada durante sua operaccedilatildeo como eacute
o caso das Viaturas Blindadas de Engenharia aumentando a seguranccedila da
guarniccedilatildeo e do equipamento os quais satildeo considerados meios muito nobres
devido sua especificidade
O emprego das viaturas denominadas especiais proporciona proteccedilatildeo
blindada o que garante consideraacutevel manutenccedilatildeo da funcionalidade da viatura sob
fogos de determinado calibres rapidez na abertura da passagem e seguranccedila Essa
uacuteltima caracteriacutestica contribui para garantir a preservaccedilatildeo do Poder Relativo de
Combate (PRC) o emprego oportuno e eficiente dos meios pelo Cmt Pel conforme
previsto no Manual EB20-MC-10208 ndash Proteccedilatildeo (2015 p 1-1)
As viaturas tambeacutem proporcionam grande mobilidade pois seus meios primam
pelo maacuteximo emprego de seus implementos de forma embarcada Desta forma
aleacutem da seguranccedila evitando a exposiccedilatildeo da guarniccedilatildeo da viatura evita-se a perda
de tempo no desembarque de militares e dos meios embarque e preparaccedilatildeo
No manual C 5-10 - O apoio de engenharia no escalatildeo brigada ndash as viaturas
que o Pel E Ap e o Pel Eq Ass possuem para reforccedilo dos pelototildees satildeo Viatura
Blindada Especial Lanccedila-Pontes (VBEL Pnt) e Viatura Blindada de Combate de
Engenharia (VBCE)
O manual C 5 ndash 37 ndash Minas e armadilhas descreve alguns outros materiais
como o reboque com MICLIC Giant Viper viatura rolo e viatura arado No
DAMEPLAN eacute feito menccedilatildeo ao equipamento para abertura de brecha equipamento
de tubos para transposiccedilatildeo de fosso aleacutem dos implementos lacircmina frontal rolo e
equipamento para disseminaccedilatildeo de mina AC lanccedila para guindaste e
escavadeiraque tambeacutem seraacute abordada natildeo existem nas Cia E Cmb Mec Para
46
entendimento da importacircncia e capacidades de cada um seratildeo abordadas suas
caracteriacutesticas e possibilidades
341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha
Embora natildeo tenha sido encontrado nenhum dado limitador que definisse o
limite para ser considerada uma ponte de pequena brecha foi delimitada pelo autor
como ponte de pequena brecha aquela transportada por uma uacutenica viatura blindada
capaz de ser lanccedilada sem desembarque eou complemento em procedimento por
outro elemento mesmo que embarcado em outra viatura
As VBEL Pnt satildeo viaturas que tem a capacidade de realizar o lanccedilamento de
pontes sobre cursos drsquoaacutegua valetas e como rampas ascendentes ou descendentes
Essas viaturas podem ser divididas em dois tipos de lanccedilamento vertical e
horizontal
O lanccedilamento horizontal cuja sequecircncia de lanccedilamento eacute apresentada na
figura 16 eacute o tipo de lanccedilamento no qual a ponte desloca-se em quase sua
totalidade na horizontal caracteriacutestica esta que diminui a exposiccedilatildeo excessiva da
viatura no campo de batalha
FIGURA 14 Sequecircncia de lanccedilamento do tipo horizontal de ponte de pequena brecha Fonte Siacutetio eletrocircnico FAS Acesso em 3 jul 2018
47
O lanccedilamento vertical eacute o deslocamento realizado onde a ponte projeta-se no
sentido vertical antes de ser projetada na horizontal para lanccedilamento sobre o solo
A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1
BR) eacute viatura alematilde modificada da versatildeo alematilde BIBER para o Brasil Construiacuteda a
partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22
metros sobre um vatildeo de 20 metros (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA
BLINDADA ESPECIAL LANCcedilA-PONTES LEOPARD 1 BR p 2)
O Brasil adquiriu essa viatura junto com a compra dos Leopard 1 A5 BR em
2009 dando agrave tropa blindada a capacidade de transpor obstaacuteculos como cursos
drsquoagravegua e valetas
FIGURA 15 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1 BR Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyvehiclesrdquo Acesso em 30 mar 2018
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no
chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m
em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta
viatura tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC fornecendo um niacutevel muito alto de
proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas
48
terrestres e contra agentes QBRN (Quiacutemico bioloacutegico radioloacutegico e nuclear)
(MILITARY-TODAY201)
A FIGURA 16 a seguir mostra que a viatura realiza um lanccedilamento do tipo
vertical representado pela sequecircncia de imagens abaixo apresentada
FIGURA 16 Viatura lanccediladora de pontes Titan Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 15 ago 2018
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para
transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a
partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem
a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros
(MILITARY-TODAY201)
A VBEL Pnt que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo
semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de
gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional
no campo de batalha (MILITARY-TODAY201)
49
Figura 17 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes M104 Wolverine Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 15 ago 2018
342 Viatura Blindada Especial de Engenharia
Natildeo existe uma padronizaccedilatildeo de nomenclatura para esse tipo de viatura nem
um padratildeo definido mas os recursos variam entre uma lacircmina grande ou arados
para minas um canhatildeo de demoliccedilatildeo de grande calibre perfuratriz guinchos braccedilo
e guindaste de escavadeira ou para iccedilamento de cargas (WIKIPEDIA 20)
Neste trabalho seraacute considerada Viatura Blindada Especial de Engenharia
assim como eacute utilizada na documentaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com
base na definiccedilatildeo constante na Portaria Nr 023 ndash DMB de 20 de novembro de 1998
ndash Normas reguladoras para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos
oficiais no acircmbito do Ministeacuterios do Exeacutercito (NORCRIVE) Essa explicaccedilatildeo se faz
necessaacuteria porque muitos ainda descrevem como nosso manual MD33-M-02 -
Manual de abreviaturas siglas siacutembolos e convenccedilotildees cartograacuteficas das forccedilas
armadas como sendo Viatura Blindada de Combate
A citada norma corretamente considera Viatura Blindada de Combate aquela
eacute dotada de armamento orgacircnico com um apreciaacutevel poder de fogo Por outro
lado considera Viatura Especial aquela dotada de caracteriacutesticas muito
peculiares
Partindo do princiacutepio que o M113 que possui armamento orgacircnico com maior
calibre que o constante na VBE Eng natildeo eacute considerado viatura de combate a
50
viatura de engenharia tambeacutem natildeo pode ser pois seu armamento eacute suficiente
apenas para proteccedilatildeo da viatura e de sua guarniccedilatildeo
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1
BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil
Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta viatura tem as seguintes
capacidades desobstruccedilatildeo escavaccedilatildeo e trabalho de resgate
Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o
qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que
realiza trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de
lacircmina de apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos
trabalhos com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar
cortes que afrouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com
capacidade de ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e
solda e policorteesmerilhadeira (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA
BLINDADA ESPECIAL DE ENGENHARIA LEOPARD 1 BR p 2)
Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura a viatura Pionierpanzer 3
Kodiak a qual seraacute apresentada a seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada
pela Alemanha em territoacuterio nacional e em missotildees no exterior devido a sua alta
qualidade
Figura 18 Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1 BR Fonte Foto do autor
51
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a
versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo
anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que
pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas
junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas
eletromagneacuteticas (MILITARY-TODAY 201)
A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de
concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2
aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de
uma operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador (MILITARY-TODAY 201)
Figura 19 Viatura Blindada Especial Pionierpanzer 3 Kodiak Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 13 ago 2018 Veiacuteculo de engenharia destinado agrave preparaccedilatildeo do campo de batalha na zona
de fogo indireto a Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa
trabalhos com escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma
blindagem e proteccedilatildeo contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo
de armas pequenas e projeacuteteis de artilharia (MILITARY-TODAY 201)
Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado
de grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento
rebocado Python (MILITARY-TODAY 201)
Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos
ou um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo) (MILITARY-
TODAY 201)
52
Figura 20 Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 17 ago 2018
343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha
A M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de Abertura de Brechas)
foi construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams Sua principal caracteriacutestica eacute a
existecircncia de um compartimento bipartido na parte superior da viatura capaz de
lanccedilar dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) de forma independente Essa carga
linear explosiva eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas
(Kidwell e Jaffke 2014)
Aleacutem do MICLIC a viatura possui um arado na parte frontal o qual consegue
realizar o trabalho complementar de comprovaccedilatildeo da abertura da brecha do
explosivo imediatamente apoacutes a sua detonaccedilatildeo (Kidwell e Jaffke 2014)
O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado
como meio principal pois tem baixa resistecircncia De acordo com BRASIL (2000 p
53
D-6) a cada trecircs minas removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina
implicando em sua substituiccedilatildeo
Figura 21 Vehicle Assault Breacher Vehicle (ABV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017
Aleacutem do meacutetodo de abertura de brecha pelo meacutetodo explosivo existem outros
sistemas eficientes como a Viatura de Abertura de Brecha Keiler viatura alematilde
a qual se atribui uma eficiecircncia de limpeza de cerca de 98 das minas por onde
passa Seu sistema eacute composto por um rotor que eacute interligado a vaacuterios pesos
metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado do solo
realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas
explosivas Enquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o
local livre de minas (MILITARY-TODAY 201)
Esse meacutetodo permite a abertura das brechas de um modo mais simples sem
necessidade de complemento por outro sistema e de valor de manutenccedilatildeo mais
baixa pois o acionamento das minas exige apenas a substituiccedilatildeo das peccedilas que
se chocam com o solo
54
Figura 22 Viatura Blindada Especial Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017
A viatura utilizada pela Ruacutessia que tambeacutem utiliza um sistema mecacircnico eacute a
Viatura de Abertura de Brecha BMR-3M que consiste em uma viatura blindada
baseada no carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos
que exercem uma pressatildeo superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as
prematuramente Aleacutem dos rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque
magneacutetico e um sistema jammer que impede o acionamento de explosivos
controlados por raacutedio A velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da
densidade da mina e das condiccedilotildees do solo (MILITARY-TODAY 201)
De acordo com BRASIL (2000 p D-6) o sistema de rolo eacute apto para operar
em solo seco e relativamente plano Aleacutem disso deve ser utilizado como
complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo suporta entre trecircs a seis minas
devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um excelente sistema para identificaccedilatildeo
do iniacutecio de um campo minado
55
Figura 23 Viatura Blindada Especial BMR-3M Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 28 jul 2018
344 Outros sistemas e implementos
O feixe de tubos ou Pipe Fascine foi desenvolvido no Exeacutercito Britacircnico no
iniacutecio dos anos 80 para enfrentar os desafios de assegurar a mobilidade do
movimento na Alemanha Ocidental no caso de um conflito da OTAN com o Pacto de
Varsoacutevia (MILITARY-TODAY 201)
Nesta situaccedilatildeo foi verificada a existecircncia de vaacuterias pequenas valetas e
riachos de aproximadamente 5 a 10 metros de largura e 15 a 25 metros de
profundidade Para solucionar foram conectados tubos que permitissem a
passagem por sobre os riachos permitindo que a aacutegua passasse por dentro deles
Atualmente a viatura britacircnica mais moderna o Trojan conta com um sistema
para lanccedilamento de feixe de tubos dada sua eficiecircncia na transposiccedilatildeo de alguns
obstaacuteculos tornando-se prescindiacutevel a utilizaccedilatildeo das pontes em algumas situaccedilotildees
(MILITARY-TODAY 201)
56
Esse feixe ao ser colocado dentro de um Fosso Anticarro (Fosso AC)
estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo permite a passagem de
viatura sobre sua superfiacutecie
Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de
Engenharia ou adaptada em outras viaturas e reboques Uma necessidade para
lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste
ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes
ser lanccedilado
Figura 24 Feixe de tubos (Pipe Fascine) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoAEGISrdquo Acesso em 25 ago 2018 O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema que
pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de transporte de pessoal utilizadas
pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens em pequenos cursos drsquoaacutegua
O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System) por exemplo permite o
lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13 metros (MILITARY-
TODAY 201)
57
Figura 25 Sistema de lanccedilamento de ponte REBS Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMY-GUIDErdquo Acesso em 22 ago 2018
O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga
de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja
realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma
brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de
demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de
polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel
detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN) (USA 2011 p 23) ndash Department
of Defense Fiscal Year (FY) 2012 Budget Estimates)
Figura 26 Mine Clearance Line Charger (MICLIC) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 20 abr 2018
58
O sistema propelido por foguete Python eacute um sistema britacircnico de
funcionamento semelhante ao MICLIC que consiste em um reboque com uma
carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse
sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Betanha
pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi
utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo
(Armyrecognition) O sistema britacircnico Python pode limpar um caminho longo de 73
m por 180-200 m (WIKIPEDIA 201)
Figura 27 Sistema Python
Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyrecognitionrdquo Acesso em 20 abr 2018
Para as viaturas sobre rodas aleacutem de meios como o MICLIC a maioria dos
exeacutercitos tem anexado implementos agraves viaturas utilizando-as de modo
intercambiaacutevel de modo a adequar a viatura conforme a necessidade de cada
operaccedilatildeo
Cabe salientar que algumas minas modernas como a mina italiana SB-33
tecircm um mecanismo de detonaccedilatildeo que detona a mina se sujeita a uma pressatildeo
gradual e constante mas bloqueia a espoleta se sujeito a um choque suacutebito Isso
pode anular o uso de cargas de linha de limpeza de minas para limpar tais minas
(WIKIPEDIA 201)
59
O implemento lacircmina para desminagem escavadeira e lacircmina reta satildeo
implementos que podem ser utilizados nas viaturas meacutedias de rodas ambas
apresentando capacidade limitada de trabalho sendo a primeira para remoccedilatildeo de
minas em superfiacutecies pavimentadas podendo ainda ser utilizada para retirar
alguns tipos de entulho e as uacuteltimas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo do
terreno (MILITARYSYSTEMS-TECH 20)
Figura 28 M1132 Engineer Squad Vehicle (ESV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoWIKIPEDIArdquo Acesso em 20 mar 2018
O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um
sistema que protege veiacuteculos do efeito de minas e dispositivos explosivos
improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave frente do veiacuteculo que realiza
a abertura (ARMYTECHNOLOGY 2018)
Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas
atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para
acionamento de cargas explosivas (ARMYTECHNOLOGY 2018)
60
Figura 29 Rolo de minas de peso leve (LWMR) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMYTECHNOLOGYrdquo Acesso em 20 mar 2018
35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM
OUTROS PAIacuteSES
Em busca de uma estrutura semelhante agrave Bda C Mec em outros paiacuteses este
autor natildeo encontrou tropa que tenha seu emprego principal no reconhecimento e
seguranccedila
A fim de dar uma soluccedilatildeo a questatildeo proposta este autor escolheu
desconsiderar a finalidade da tropa apoiada concentrando o estudo no emprego
conjunto de tropas que utilizam meios sobre rodas e sobre lagartas onde a
engenharia teraacute que apoiar
351 SBCT a brigada americana Stryker
As Brigade Combat Teams (BCT) satildeo brigadas americanas que geralmente
satildeo empregadas como parte de uma divisatildeo ou forccedila-tarefa
O BCT eacute uma formaccedilatildeo de armas combinadas de todas as funccedilotildees de
combate Embora os modulares BCTs sejam organizaccedilotildees fixas o comandante da
divisatildeo pode ajustar qualquer organizaccedilatildeo de tarefas da BCT para atender aos
requisitos da missatildeo (EUA 2006 p 2-7)
A Stryker Brigade Combat Team (SBCT) da traduccedilatildeo para o portuguecircs Grupo
de Combate Brigada Stryker eacute uma forccedila-tarefa expedicionaacuteria organizada para
61
atender aos requisitos especiacuteficos de cada missatildeo tendo seu emprego baseado na
infantaria embarcada na viatura Stryker (EUA 2015 p 1-1) Essa flexibilidade
organizacional permite que as SBCTs funcionem em toda a gama de operaccedilotildees
militares tendo disponiacuteveis elementos com capacidade de manobra artilharia de
campanha inteligecircncia engenharia QBRN e manutenccedilatildeo
Atualmente existem trecircs tipos de BCTs a proacutepria SBCT a HBCT (tropa de
infantaria que combate embarcada em blindado sobre lagartas) IBCT (tropa de
infantaria transportada por viaturas de baixa proteccedilatildeo blindada que combate
desembarcada) (EUA 2006 p 2-7)
A brigada Stryker tem a seguinte organizaccedilatildeo baacutesica trecircs batalhotildees de
infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees (EUA 2015 p 1-6) um
esquadratildeo de cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de
reconhecimento Stryker um pelotatildeo de reconhecimento QBRN equipado com um
veiacuteculo de reconhecimento quiacutemico bioloacutegico e nuclear M1135 Stryker (EUA 2015
p 1-7) O organograma desta brigada estaacute discriminada na figura Nr 26 a seguir
Figura 30 Organograma de uma Brigada Stryker Fonte Fort Benning (2015)
62
As companhias de engenharia apoacuteiam a SBCT na abertura de passagem por
obstaacuteculos auxilia no assalto de posiccedilotildees fortificadas lanccedila obstaacuteculos para
proteccedilatildeo de forccedilas amigas constroacutei ou melhora posiccedilotildees para proteccedilatildeo realiza
reconhecimento de itineraacuterios e coleta de informaccedilotildees identifica e elimina
dispositivos explosivos improvisados entre outras tarefas durante a accedilatildeo decisiva
(EUA 2015 p 1-10)
A forma de emprego da engenharia dessa brigada foi alterada recentemente
passando de uma companhia para um batalhatildeo de engenharia de combate o qual
fornece atraveacutes de suas subunidades a capacidade miacutenima para executar tarefas
essenciais de mobilidade contra-mobilidade e capacidade de proteccedilatildeo para o
SBCT
O Brigade Engineer Battalion (BEB) tem por missatildeo planejar e executar as
missotildees da brigada com as suas duas companhias orgacircnicas organizadas como
mostra a figura 31 podendo suplementaacute-las no que tange agrave mobilidade com
pontes abertura de brechas desobstruccedilatildeo de vias identificaccedilatildeo de ameaccedilas
explosivas e apoio em construccedilatildeo horizontal Aleacutem disso o batalhatildeo tambeacutem
coordena uma companhias de inteligecircncia militar uma companhia de comunicaccedilotildees
e uma companhia anticarro e por vezes uma companhia QBRN (EUA 2015 p 1-
8)
Figura 31 Organograma das companhias de engenharia das SBCT Fonte Adaptado de EUA (2014 p 1-8 traduccedilatildeo nossa)
63
Em uma Stryker BCT a 1ordf Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees
de engenharia de combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo apoio (dotado de
equipamentos de abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas
lineares (MICLIC) em reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de
comprovaccedilatildeo (rolo e arado) (EUA 2014 p 1-7)
A 2ordf Cia possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate composto por
trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e um grupo de
construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo de minas)
(EUA 2014 p 1-8)
Embora seja notaacutevel a diferenccedila quando comparada com a Brigada de
Cavalaria Mecanizada a brigada Stryker foi identificada pelo autor como a Grande
Unidade americana que mais se aproximou das caracteriacutesticas da Bda C Mec por
ser uma brigada mecanizada apoiada por engenharia orgacircnica com meios Stryker
352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha
A brigada que tem melhores condiccedilotildees de comparaccedilatildeo para este estudo por
sua maior similaridade com a Bda C Mec eacute a Brigada de Infantaria Mecanizada da
Alemanha O emprego das viaturas sobre rodas e sobre lagartas inclusive pelas
proacuteprias tropas de engenharia que apoiam essa brigada contribuiratildeo para uma
anaacutelise mais adequada da Bda C Mec
O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas da
seguinte forma um comando de brigada um batalhatildeo de reconhecimento dotado
de viaturas Fennek (foto 32) trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais
utilizam a viatura de combate Puma (foto 33) um batalhatildeo de rifles que utilizam as
viaturas de combate multipropoacutesito Boxer GTK (foto 34) e um batalhatildeo de
suprimento Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado
conforme demonstrado no quadro organizacional representado pela figura 32
(WIKIPEDIA 201)
64
Figura 32 Organograma de uma Brigada de Infantaria Mecanizada Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoWikipediardquo Acesso em 29 ago 2018
Figura 32 Viatura Fennek Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018
65
Figura 33 Viatura de infantaria de combate Puma Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018
Figura 34 Viatura Boxer Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 19 ago 2018
O batalhatildeo de engenharia que possui organizaccedilatildeo semelhante ao BE Cmb
Bld do Brasil eacute composto por uma companhia de comando duas companhias de
66
engenharia de combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia
com funccedilatildeo semelhante a uma Companhia de Comando e Apoio (CCAp) de um BE
Cmb Bld e uma companhia de pontes flutuantes com funccedilatildeo semelhante a
Companhia de Equipamento de Pontes (Cia E Pnt) de um BE Cmb Bld conforme
representado no organograma da figura 35 (DEUTSCHESHEER 20)
Figura 35 Organograma de uma brigada blindada alematilde Fonte Adaptado de DEUTSCHLAND (2011 p 9 traduccedilatildeo nossa)
Cia E Cmb
(Vtr Fuchs)
Pel DEI
2 VBE Keiler Pel Bld
4 Vtr Skorpion
Sistema ldquoVrdquo
1 Vtr Fennek
Pel Cnst
3 VBE Biber
2 VBE Dachs
Cia Cmdo
Cia Rec
(Vtr Fennek)
Cia E Cmb
(Vtr Fuchs)
Pel DEI
2 VBE Keiler
Pel Bld 4 VBE Skorpion
Sistema ldquoVrdquo
Cia Cnst Pel Cnst Pel DEI Pel Pnt
Batalhatildeo de Engenharia
de Combate Blindado
Pel Cnst
3 VBE Biber
2 VBE Dachs
67
As companhias de combate compostas por quatro pelototildees satildeo organizadas
da seguinte forma uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de engenharia o qual
realiza trabalhos para barrar ou canalizar a tropa inimiga abertura de caminhos por
meio do emprego de explosivos e trabalhos gerais de engenharia um pelotatildeo de
abertura de brecha dotado de meios de limpeza um pelotatildeo de abertura de
brechas pesado e um pelotatildeo de equipamentos pesados responsaacutevel pelo apoio agrave
mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e manutenccedilatildeo de
estradas (DEUTSCHESHEER 20)
As companhias satildeo dotadas ainda das viaturas Fennek e Fuchs para
transporte de pessoal (DeustchesHeer 2011)
A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas
blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de
engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais
(DEUTSCHESHEER 20)
Encontram-se abaixo as viaturas e sistemas utilizados pelo batalhatildeo as
viaturas de transporte de pessoal Fuchs (figura 35) e Fennek a viatura lanccediladora de
ponte Biber (figura 36) a viatura para abertura de brecha em campo de minas Keiler
(figura 37) e a viatura especial de engenharia Dachs (figura 38)
Figura 36 Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 25 ago 2018
68
Figura 37 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Biber Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 24 ago 2018
Figura 37 Viatura Blindada Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 23 ago 2018
69
Figura 38 Viatura Pionierpanzer 1 Dachs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 22 ago 2018 Podemos concluir com a anaacutelise dessa brigada que embora natildeo seja uma
Grande Unidade de emprego semelhante ou seja uma brigada de cavalaria
mecanizada esta apresenta a mesma dificuldade de apoio de engenharia
encontrada nas Bda C Mec quais sejam apoiar elementos de grande mobilidade
dotados de viaturas sobre sobre rodas e viaturas sobre lagartas e que possuem
diferentes classes
Os principais reflexos para esse apoio satildeo as diferenccedilas de pesos e
velocidades o que impacta na capacidade de acompanhamento das viaturas
empregadas pelos elementos da arma base e na capacidade de transposiccedilatildeo dos
meios por ponte por exemplo
Essa diferenccedila eacute percebida quando comparamos as caracteriacutesticas dessas
viaturas conforme apresentado a seguir que satildeo o peso e velocidade
Viatura Fennek (103 ton e 115 kmh) Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs
(235 ton e 105 kmh) utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate
Puma utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Blindada Lanccedila-Pontes
Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia Dachs (43 ton
70
e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha Keiler (53 ton e 50 kmh)
(DEUTSCHESHEER 20)
71
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
O presente capiacutetulo tem por finalidade atingir o objetivo geral da pesquisa que
eacute analisar o apoio de engenharia prestado aos elementos empregados em primeiro
escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada a fim de sugerir uma proposta
de adequaccedilatildeo do apoio prestado em Operaccedilotildees Ofensivas atraveacutes de um estudo
especiacutefico de Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito face agrave evoluccedilatildeo doutrinaacuteria e
do MEM
A fim de atingir os trecircs uacuteltimos objetivos especiacuteficos estabelecidos (objetivos j k
e l) na pesquisa a presente seccedilatildeo pretende sintetizar os resultados obtidos nos
questionaacuterios na revisatildeo de Literatura e na pesquisa de campo agrave luz das dimensotildees
que compotildeem a Variaacutevel Independente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb no
Aproveitamento do Ecircxito) Dependente (Apoio de Engenharia aos Regimentos de
uma Bda C Mec) e Interveniente (Necessidades miacutenimas dos Rgt)
41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS
Para melhor explorar a discussatildeo referente aos instrumentos utilizados e
dados levantados seratildeo retomadas as variaacuteveis que foram objeto de estudo desta
pesquisa
A estruturaccedilatildeo da Variaacutevel Independente ndash Capacidades Operativas da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do
Ecircxito e da Variaacutevel Dependente ndash Apoio de Engenharia aos Regimentos de uma
Brigada de Cavalaria Mecanizada deu-se em torno de dimensotildees que possuiacuteam
indicadores com suas respectivas formas de avaliaccedilatildeo Estas variaacuteveis foram
apresentadas no capiacutetulo 2 no Quadro 1 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel
Independente (VI) e Quadro 2 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel Dependente (VD)
A VI foi explorada a partir da anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb Mec onde
foram identificadas suas deficiecircncias resultante da falta de material e inadequado
emprego no apoio aos regimentos e comparada agraves soluccedilotildees em material e
emprego de outros exeacutercitos Na abordagem da VD buscou-se analisar as
caracteriacutesticas desejadas e adequabilidade logiacutestica de novos materiais e
apresentar uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia quanto agrave
organizaccedilatildeo e caracteriacutesticas desse apoio
72
411 Revisatildeo da literatura
Para o levantamento do material que compocircs a revisatildeo bibliograacutefica
empregada no trabalho foram realizadas pesquisas em bibliotecas virtuais fiacutesicas
e tambeacutem na internet sempre buscando por livros manuais trabalhos cientiacuteficos
reportagens e outras publicaccedilotildees de interesse
Com base nos objetivos geral e especiacuteficos foi elaborado o Capiacutetulo 3-
Revisatildeo da Literatura que foi fracionado em 5 subcapiacutetulos
1) Consideraccedilotildees Iniciais ndash Neste subcapiacutetulo foram apresentados conceitos
preliminares dos quais se faz necessaacuterio o entendimento para uma melhor anaacutelise
e consequentemente a construccedilatildeo de uma proposta mais adequada Este
subcapiacutetulo buscou atingir o objetivo especiacutefico ldquoardquo
2) Brigada de Cavalaria Mecanizada ndash Este subcapiacutetulo apresentou as
caracteriacutesticas organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a forma de
emprego no aproveitamentos do ecircxito a fim de alcanccedilar os objetivos especiacuteficos
ldquobrdquo e ldquocrdquo
3) Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada ndash Foram apresentadas
a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e as forma de emprego da Cia E Cmb Mec bem
como de seus pelototildees constitutivos (Pel E Ap Pel Eq Ass e Pel E Cmb) visando
atingir os objetivos especiacuteficos ldquodrdquo ldquoerdquo ldquofrdquo e ldquogrdquo
4) Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no mundo para reforccedilo aos Pel E
Cmb no apoio agrave mobilidade ndash Apresenta os materiais disponiacuteveis para aquisiccedilatildeo pelo
Exeacutercito Brasileiro a fim de dirimir as deficiecircncias no apoio de engenharia agrave
mobilidade dos Regimentos da Bda C Mec buscando atingir o objetivo especiacutefico
h
5) Apoio de engenharia a forccedilas combinadas de viaturas sobre rodas e sobre
lagartas em outros paiacuteses ndash O presente subparaacutegrafo descreveu brigadas de outros
exeacutercitos que apresentam em sua constituiccedilatildeo meios orgacircnicos sobre rodas e sobre
lagartas que necessitam de apoio de engenharia a fim de atingir o objetivo
especiacutefico j
A revisatildeo de literatura foi suficiente para proporcionar dados que
contribuiacutessem para a anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb e o desenvolvimento de
uma sugestatildeo adequada conforme os objetivos propostos
73
412 Entrevistas
Foram confeccionados ao todo 4 questionaacuterios sendo eles
a) para os Comandantes e ex-Comandantes dos Regimentos de
Cavalaria Mecanizada e Blindada (RC Mec e RCB) das Brigadas de Cavalaria
Mecanizada (resposta no Apecircndice A)
b) para os Comandantes das Companhias de Engenharia de Combate
Mecanizada (Apecircndice B)
c) para os oficiais de engenharia com curso de comandante de
subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no Apecircndice C)
d) para os oficiais instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com
curso de comandante de subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no
Apecircndice D)
O autor tinha interesse em trabalhar com hipoacuteteses de estudo poreacutem tendo em
vista o baixo retorno dos questionaacuterios foi modificado para questotildees de estudo
onde os questionaacuterios respondidos foram aproveitados como apoio para responder
as questotildees selecionadas
Dentre os questionaacuterios enviados aos Comandantes dos Regimentos (Apecircndice
A) foram respondidos apenas 9 questionaacuterios do universo de comandantes dos
regimentos das quatro Bda C Mec e dos questionaacuterios enviados aos Comandantes
das quatro Companhias de Engenharia de Combate Mecanizada (Apecircndice B)
foram respondidos apenas 7 A baixa quantidade de respostas natildeo comprometeu de
forma significativa os resultados devido a mudanccedila da forma de abordagem
Foi observado inclusive que esta abordagem tornou-se muito mais adequada
em relaccedilatildeo agrave relacionada com hipoacuteteses
413 Coleta documental
A coleta documental foi realizada conforme o estipulado no item 231
Procedimentos para a revisatildeo de literatura onde foi encontrada certa dificuldade
no acesso a algumas informaccedilotildees referentes ao emprego do RCB pela inexistecircncia
de um manual especiacutefico sendo aproveitadas as informaccedilotildees constantes no manual
da Brigada de Cavalaria Mecanizada e emprego organizaccedilatildeo e materiais de
74
dotaccedilatildeo das brigadas alematildes os quais natildeo foram tatildeo faacuteceis de responder devido a
maior restriccedilatildeo de informaccedilotildees em relaccedilatildeo ao exeacutercito americano
42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE
COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO
Na presente seccedilatildeo seratildeo discutidas as Variaacutevel Independente a fim de
analisar o apoio em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito onde exige-se um
grande apoio de engenharia o qual se faz sentir principalmente nos elementos de
emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada A mobilidade destas forccedilas depende
da reduccedilatildeo dos obstaacuteculos naturais e dos lanccedilados ou agravados pelo inimigo
As ferramentas de pesquisa colaboraram para complementar as informaccedilotildees
coletadas dirimindo duacutevidas remanescentes ou preenchendo lacunas deixadas pela
literatura atraveacutes da contribuiccedilatildeo realizada por meio de suas experiecircncias
Para tal foram exploradas duacutevidas sobre a adequabilidade da organizaccedilatildeo
no emprego no apoio aos regimentos da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a
adequabilidade do material para apoio agrave mobilidade a organizaccedilatildeo adequada
para o emprego da engenharia e a comparaccedilatildeo com o emprego em outros
exeacutercitos as caracteriacutesticas dos meios de abertura de brecha e a respectiva
quantidade
421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo
A Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de Comando um
Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e trecircs
Pelototildees de Engenharia de Combate
Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto aos
elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos meios mais agrave
frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada eacute organizada
com meios destinados a atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da
frente de combate
Face agraves maiores necessidades da Brigada encontrarem-se junto aos elementos
de primeiro escalatildeo a Cia E Cmb distribui os seus pelototildees a partir do seguinte
caacutelculo total de pelototildees disponiacuteveis menos os pelototildees em apoio direto aos
75
regimentos deve ser capaz de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando
trabalhos de interesse da Bda como um todo ser capaz de aumentar o apoio aos
elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva
quando empregada
Entretanto a engenharia da brigada atualmente possui trecircs pelototildees de
engenharia de combate para apoiar um tipo de operaccedilatildeo onde a Bda necessita
de apoio para ateacute trecircs peccedilas de manobra
No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos
Regimentos e sua impulsatildeo de ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos
naturais e artificiais
O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a
forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de
comando reforccedilo normalmente eacute adotada Situaccedilatildeo essa que o comandante da Cia
E designa normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada
Neste tipo de operaccedilatildeo as necessidades de apoio ao conjunto aumentam
sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo
com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao
emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo
Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de
Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de
Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de
Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate
Esta fraccedilatildeo executante da companhia atualmente possui dentre os seus
equipamentos apenas os de emprego em missotildees de construccedilatildeo natildeo blindados e
inadequados para emprego junto aos elementos empregados em primeiro escalatildeo
O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio eacute responsaacutevel por reforccedilar os Pel E Cmb
com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especial de engenharia (VBE)
equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e
equipamentos especializados na guerra com minas
Entretanto natildeo existe nas Cia E Cmb Mec viaturas especiais de engenharia
equipamentos para abertura de brecha para disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de
ferramentas pneumaacuteticas
O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto
Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas
76
O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos
Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal
especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de
aacutegua
No Aproveitamento do Ecircxito o principal meio para reforccedilo das capacidades do
pelotatildeo eacute a viatura lanccediladora de pontes (sobre rodas de acordo com as informaccedilotildees
disponiacuteveis na literatura encontrada) a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro
O pelotatildeo de engenharia tem capacidade de realizar dentro de suas
possibilidade os trabalhos teacutecnicos de engenharia em proveito da brigada como um
todo ou da peccedila de manobra da arma-base apoiada
Composto por um grupo de comando e 3 Grupos de Engenharia (GE) estes
constituem-se nos elementos baacutesicos de trabalho do pelotatildeo
O Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de cortina de fumaccedila
trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista que a Cia E Cmb natildeo
possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e de explosivos e
trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus equipamentos de
engenharia (equipamentos inadequados para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo
possuem proteccedilatildeo blindada nem conseguem acompanhar os elementos apoiados)
Quando natildeo reforccedilados os pelototildees tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de
apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais consistem
em pequenas ferramentas de trabalho manual
No Apecircndice A questotildees 1 e 2 pode-se observar que eacute unacircnime entre os
militares que responderam que a Bda C Mec deve ser apoiada por um BE Cmb
Essa opiniatildeo foi apresentada pela comparaccedilatildeo com o Exeacutercito Vermelho do
Manual O Inimigo o qual representa um paiacutes que emprega engenharia de valor
batalhatildeo em apoio agrave brigada e pela comparaccedilatildeo com as Brigadas de Infantaria
Mecanizada que empregam a mesma quantidade de Unidades que as Brigadas de
Cavalaria Mecanizada
Dentre os comentaacuterios que contribuiacuteram para a justificaccedilatildeo do emprego de um
BE Cmb destacaram-se os seguintes
- ldquoCom essa organizaccedilatildeo o BE Cmb poderia empregar uma SU em apoio direto
aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo ainda uma
Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado (apoio ao conjunto) na Z Accedil da Bdardquo
77
Esse comentaacuterio corrobora com a revisatildeo literaacuteria conforme capiacutetulo 3 ldquoa Cia
E Cmb menos esses elementos (os Pel E empregados em reforccedilo) deve ser capaz
de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da
Bda como um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda
ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregadardquo
No Apecircndice B questotildees 1 e 2 a grande maioria dos militares foram
partidaacuterios agrave necessidade de mudanccedila do escalatildeo em apoio de valor subunidade
para o valor unidade dentre os quais destaco o seguinte comentaacuterio
- ldquoEm que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai 16) prever uma E Bda Inf Mec
composta por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala de aula da
proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para Mnt do C2 por
parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar pesquisando essa situaccedilatildeo
sugiro uma composiccedilatildeo do BE Cmb Mec (ou Bld) de 4 Cia E Cmb a 2 Pel E Cmb e
1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC
Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o C2 por parte do Cmdo BE bem como a
emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de missotildeesrdquo
O comentaacuterio acima observou algo que o autor natildeo pesquisou mas que tem muita
relevacircncia para a pretendida anaacutelise que satildeo os reflexos da organizaccedilatildeo no
comando e controle
- ldquoEm minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o que
proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmicardquo
- ldquoDeve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel E com VB sobre
lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e VB com lagartas As
VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado em item anterior A
mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e rapidez no apoio
particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre
rodasrdquo
78
A anaacutelise da Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada e as
companhias que reforccedilam os pelototildees de engenharia de combate em material e
pessoal permite verificar por meio da anaacutelise da organizaccedilatildeo e missatildeo a
importacircncia dessas fraccedilotildees no apoio aos regimentos por caber a estas aumentar a
capacidade dos Pel E Cmb a fim de possibilitar um eficiente apoio no
Aproveitamento do Ecircxito
Entretanto notou-se a inexistecircncia de materiais adequados para emprego na
operaccedilatildeo em pauta
A descriccedilatildeo do Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado fraccedilatildeo de
emprego da Cia E Cmb junto aos regimentos permite identificar a limitaccedilatildeo de sua
capacidade de apoio Esta ainda eacute mais reduzida quando natildeo reforccedilada por meios
adequados pelos Pel E Ap e Pel E Ass
422 Adequabilidade do material
O material de organizaccedilatildeo do terreno da Cia E Cmb inclusive as Viaturas
Blindadas Especiais de engenharia satildeo de responsabilidade do Pel E Ap Conforme
consta na seccedilatildeo 331 e com base na experiecircncia do proacuteprio autor que serviu em
uma Cia E Cmb Mec pode-se afirmar que essas viaturas natildeo existem no referido
pelotatildeo das Cia E Cmb Mec
E reafirmando o que consta na mesma seccedilatildeo natildeo existe nenhum outro meio
adequado que possua proteccedilatildeo blindada rapidez necessaacuteria para a execuccedilatildeo do
trabalho ou capacidade de acompanhar as VBR VBTP ou VBCCC
Na seccedilatildeo 331 O pelotatildeo de engenharia de apoio foi mencionada a
existecircncia de mineiros bem como o encargo do pelotatildeo em reforccedilar os Pel E Cmb
com os materiais de abertura de brecha Entretanto o uacutenico material existente no
pelotatildeo eacute o material para desminagem manual o que conforme complementado
pela seccedilatildeo 333 este meacutetodo eacute ldquoo menos preferiacutevelrdquo e quando tiver que ser
utilizada que seja somente para abrir trilhas
Conforme a seccedilatildeo 332 O pelotatildeo de equipagem de assalto o Pel Eq Ass eacute
responsaacutevel por armazenar os materiais relacionados agrave transposiccedilatildeo de curso
drsquoaacutegua como eacute o caso das Viaturas Blindadas Especiais lanccediladoras de pontes e os
feixe de tubos o que conforme jaacute afirmado pelo autor esses materiais natildeo existem
no Pel Eq Ass das Cia E Cmb Mec
79
De acordo com a mesma seccedilatildeo os meios existentes para transposiccedilatildeo satildeo
inadequados para emprego no aproveitamento do ecircxito tendo em vista a falta de
proteccedilatildeo blindada o excessivo tempo para montagem e a necessidade de vaacuterias
viaturas para conduccedilatildeo das partes para montagem
No Apecircndice A questatildeo 3 pode-se observar que a grande maioria
considera que eacute indispensaacutevel a utilizaccedilatildeo das viaturas blindadas especiais para o
cumprimento adequado do apoio de engenharia tendo como benefiacutecios o tempo de
execuccedilatildeo a proteccedilatildeo blindada e a baixa quantidade de militares para execuccedilatildeo do
trabalho No Apecircndice B questatildeo 3 todos os ex-comandantes das Cia E Cmb
concordaram com a maioria dos ex-comandantes dos regimentos
Dos comentaacuterios referentes a esta questatildeo destaco as seguintes
- ldquoEacute indispensaacutevel Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de Bda satildeo
totalmente ineficientes numa situaccedilatildeo de combate modernordquo
- ldquoEsses equipamentos BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia Erdquo
- ldquoA Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira de
Alta Mobilidade Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel de Eqp Eng
Bda Mec) e de Vtr Lanccedila-Pontes Sobre Rodas (REBS)rdquo
Concluo parcialmente em relaccedilatildeo agrave Variaacutevel Independente que eacute urgente
a necessidade de meios adequados conforme revisatildeo de literatura e respostas
dos questionaacuterios A e B sobre a ineficiecircncia dos meios existentes bem como
a falta de Viaturas Blindadas Especial para apoiar os regimentos empregados
em primeiro escalatildeo no aproveitamento do ecircxito
Outrossim que a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo
tem condiccedilotildees de realizar o apoio a uma Brigada de Cavalaria Mecanizada tanto
pela ausecircncia de meios quanto pela limitaccedilatildeo de fraccedilotildees disponiacuteveis para
cumprir suas missotildees de reforccedilo apoio ao conjunto e apoio suplementar
Portanto para apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute necessaacuterio
o apoio de engenharia de brigada seja prestado por um Batalhatildeo de Engenharia
de Combate Mecanizado
43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE
CAVALARIA MECANIZADA
80
No presente subitem seratildeo apresentadas as discussotildees referentes agrave Variaacutevel
Dependente a fim de identificar o apoio de Engenharia necessaacuterio para dar
mobilidade aos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada o qual eacute
imprescindiacutevel aos elementos de emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada
As ferramentas de pesquisa exploraram a experiecircncia dos militares
empregados diretamente seja como ldquofornecedorrdquo seja como ldquoclienterdquo desse apoio
no emprego com viaturas blindadas e com experiecircncia em curso de comandante de
subunidade no exterior
Para tal foram exploradas duacutevidas sobre o emprego da engenharia quanto a
organizaccedilatildeo a comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos a caracteriacutestica dos meios e
a quantidade de viaturas adequadas para apoio aos regimentos
431 Organizaccedilatildeo adequada
O Apecircndice A questotildees 6 e 7 contribui para a anaacutelise da organizaccedilatildeo da
engenharia que apoia a brigada principalmente pelos comentaacuterios dispensados em
cada questatildeo A grande maioria das respostas foi favoraacutevel agrave organizaccedilatildeo do BE
Cmb por duas Cia E Cmb uma dotada de VBE sobre lagartas e uma de VBE sobre
rodas e a maioria desfavoraacutevel a constituiccedilatildeo do batalhatildeo por duas Cia E a quatro
Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas
Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as
opiniotildees que culminaram em tal resultado
- ldquoEstamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C Mec
Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf Mec A
proposta do CMS (a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que apoacutes anaacutelise do
projeto decidiu junto com o COTER que o BE Cmb Mec deveria ter somente 2 Cia
Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo CMS Na visatildeo do CMS 2 Cia
apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria
no apoio a toda a brigada (demais OM em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa
decisatildeo de 2017 foi modificada a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as
duas Cia Eng (decisatildeo DEC COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3
Mec sobre rodas e 1 Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em
apoio aos Rgt em 1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE
81
Cmb Mec de Bda Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB
Portanto no BE Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem
somente VB sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng
deve possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve
possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBEL Pnt VBE com
implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas AC
etc)rdquo
As duas propostas realizadas pelo CMS estatildeo alinhadas com a maioria das
informaccedilotildees presentes neste trabalho
A primeira proposta poreacutem limita a possibilidade de decisatildeo do comandante
do batalhatildeo quanto ao emprego das unidades de acordo com a missatildeo O que limita
as capacidades do comandante da engenharia da brigada conforme descrito no
capiacutetulo 3 ldquoO comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na
conduta do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de
atender agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistasrdquo
No Apecircndice B questotildees 6 e 7 a grande maioria das respostas foi favoraacutevel
agrave organizaccedilatildeo proposta e a maioria favoraacutevel parcialmente agrave dotaccedilatildeo do batalhatildeo de
duas Cia E a quatro Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas
Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as opiniotildees
que culminaram em tal resultado
- ldquoSou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que
economiza meios e facilita o planejamentordquo
- ldquoConsidero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor (dotaccedilatildeo de VBE sobre
lagartas por todas as Cia E do batalhatildeo) A situaccedilatildeo do Paiacutes natildeo favorece estas
mudanccedilasrdquo
- ldquoo valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maiorrdquo
A partir dos comentaacuterios acima auxiliado pela experiecircncia do autor e alinhado aos
itens anteriores e agrave revisatildeo de literatura chegou-se agrave seguinte conclusatildeo
82
A sugestatildeo de uma organizaccedilatildeo ideal para o BE Cmb eacute a seguinte duas Cia E
Cmb uma dotada de VBTP sobre rodas em apoio aos RC Mec e uma Cia com
VBTP sobre lagartas em apoio ao RCB Isso justifica-se pelos seguintes motivos
- manutenccedilatildeo da natureza de cada Cia E Cmb permitindo assim o
acompanhamento dos regimentos por parte dos pelototildees (seja pela velocidade das
viaturas Guarani e Cascavel seja pela capacidade de transpor terrenos mais difiacuteceis
dos Leopard M113 e M60) e
- organizaccedilatildeo das companhias para emprego de um tipo de viatura (ou M113 ou
Guarani) facilitando a logiacutestica dentro da companhia
432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos
Embora a proposta inicial do trabalho fosse analisar a brigada de um exeacutercito
que tivesse uma estrutura semelhante a da Bda C Mec brasileira este autor natildeo
encontrou tal brigada
Para atingir esse objetivo foi realizada a comparaccedilatildeo com duas brigadas
distintas que se aproximam da estrutura desejada de forma diferente
Assim foram analisadas a brigada americana Stryker (SBCT) que eacute uma
Grande Unidade dotada de meios exclusivamente sobre rodas e a Brigada de
Infantaria Mecanizada da Alemanha que possui meios blindados e mecanizados em
suas tropas
A brigada Stryker possui as seguintes tropas da arma-base trecircs batalhotildees de
infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees um esquadratildeo de
cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de reconhecimento Stryker
conforme figura apresentada no capiacutetulo anterior
A engenharia que apoia a brigada eacute um batalhatildeo constituiacutedo de duas
companhias de constituiccedilotildees diferentes entre si
Uma Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees de engenharia de
combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo de apoio dotado de equipamentos de
abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas lineares (MICLIC) em
reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de comprovaccedilatildeo (rolo e arado)
A outra Cia E possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate
composto por trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e
83
um grupo de construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo
de minas)
Com base no estudo do MCoE Supplemental Manual 3-90 Force Structure
Reference Data de 2015 foi possiacutevel analisar que os meios utilizados na SBCT satildeo
basicamente viaturas leves caminhotildees cargo e viaturas Stryker por todos os
componentes da brigada excetuando-se apenas os equipamentos construccedilatildeo e
limpeza de vias de engenharia
O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas
das seguintes tropas de cavalaria e infantaria um batalhatildeo de reconhecimento
dotado de viaturas Fennek trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais
utilizam a viatura de combate Puma e um batalhatildeo de rifles que utiliza as viaturas
de combate multipropoacutesito Boxer GTK
Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado composto
por uma companhia de comando e apoio duas companhias de engenharia de
combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia e uma
companhia de pontes flutuantes
As companhias de combate satildeo compostas por um comando um pelotatildeo de
contramobilidade que constroacutei obstaacuteculos para barrar ou canalizar a forccedila inimiga
um pelotatildeo de abertura de brecha dotado de sistema de limpeza e da viatura Keiler
um pelotatildeo de eliminaccedilatildeo de municcedilatildeo que elimina artefatos explosivos e municcedilotildees
garantindo o traacutefego de tropas e um pelotatildeo de equipamentos responsaacutevel pelo
apoio agrave mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e
manutenccedilatildeo de estradas
A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas
blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de
engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais
conforme figura abaixo
A seguir satildeo apresentadas as viaturas componentes dessas brigadas com
seus respectivos pesos e velocidades viatura sobre rodas Fennek (103 ton e 115
kmh) Viatura de Transporte de Pessoal sobre rodas Fuchs (235 ton e 105 kmh)
utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate sobre lagartas Puma
utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Lanccedila-Pontes sobre lagartas
Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia sobre lagartas
84
Dachs (43 ton e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha sobre lagartas Keiler
(53 ton e 50 kmh)
Embora o trabalho tenha se desenvolvido de forma diferente do planejado
inicialmente este autor considera que foi positiva a anaacutelise pois duas brigadas
distintas de potecircncias beacutelicas que estatildeo sendo empregados em conflitos
atualmente apresentam diferentes formas de apoio
A brigada blindada alematilde mostrou uma proximidade maior agraves caracteriacutesticas da
brigada brasileira em razatildeo da mistura de meios sobre lagartas e sobre rodas o
que natildeo necessariamente conduz a mesma soluccedilatildeo
A anaacutelise permitiu afirmar que eacute possiacutevel o apoio a tropas mecanizadas por
uma engenharia dotada de meios sobre rodas como a Brigada Stryker
Por outro lado tambeacutem eacute possiacutevel que uma brigada mecanizada com viaturas
sobre rodas e viaturas sobre lagartas de classes diferentes e capacidades de
mobilidade diferentes seja apoiada por uma engenharia dotada de meios sobre
lagartas
Conforme Capiacutetulo 3 o apoio de engenharia agrave mobilidade dos regimentos
(RCB e RC Mec) atualmente eacute limitado ao emprego de equipamentos inadequados
para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito devido a inexistecircncia de
VBE
Considerando que na constituiccedilatildeo da brigada existe um RCB dotado de
VBCCC Leopard 1BR e VBCCC M60 A3-TTS foi analisado o emprego dos meios de
engenharia pelo exeacutercito americano e alematildeo onde natildeo foram encontradas
informaccedilotildees sobre apoio de engenharia com meios mecanizados para apoiar
viaturas blindadas sobre lagartas
De outra forma foi observado o emprego de meios especiais sobre lagartas
para apoio agraves tropas dotadas de viaturas sobre lagartas de classe consideraacutevel na
brigada alematilde - como as viaturas Dachs (43 ton) e as viaturas de combate Puma (43
ton) - e viaturas de grande mobilidade sobre rodas - como as viaturas Fennek (115
kmh) e Puma (105 kmh)
No Apecircndice C questotildees 1 2 e 3 foram apresentadas opiniotildees equilibradas
quanto ao emprego das VBE sobre lagartas e unanimidade para emprego dos tipos
de VBTP de acordo com a tropa apoiada (sobre rodas e sobre lagartas)
85
Com base nos comentaacuterios a seguir pretende-se responder agraves problemaacuteticas
levantadas com base na revisatildeo de literatura e reforccedilar as ideias que corroborem
com a proposta do autor
- ldquoA Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade
nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse
contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em
usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior
potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando
tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SRrdquo
Esse comentaacuterio explica como a Bda Inf Mec alematilde consegue realizar suas
missotildees sendo apoiada por um batalhatildeo de engenharia blindado que possui todas
as suas VBE construiacutedas sobre plataformas sobre lagartas E em relaccedilatildeo agrave
capacidade da VBE Eng a experiecircncia do autor permite testemunhar a favor da
afirmaccedilatildeo apresentada sobre a potecircncia e eficiecircncia que as VBE sobre lagartas
possuem e a restriccedilatildeo de trafegabilidade das viaturas sobre rodas no deslocamento
atraveacutes campo
- ldquonatildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das caracteriacutesticas de
terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que uma Vtr SL progrida
sobre o asfaltordquo
A afirmaccedilatildeo acima natildeo eacute verdadeira e seraacute respondida com base na
experiecircncia do autor As viaturas alematildes da famiacutelia Leopard inclusive as Leopard 2
que possuem maior classe satildeo deslocadas na Alemanha atraveacutes de estradas
asfaltadas O deslocamento sobre o asfalto natildeo eacute impedimento nem prejudicial agraves
viaturas sobre lagarta
No Apecircndice D questotildees 1 2 e 3 houve unanimidade quanto ao emprego de VBE
sobre lagartas e equiliacutebrio quanto agrave utilizaccedilatildeo de VBTP de mesmo tipo dos
elementos apoiados
Dos comentaacuterios apresentados foram selecionados os que seguem
86
- ldquoDependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode-se exigir a utilizaccedilatildeo de algum implemento
para apoiar a mobilidaderdquo
Esse comentaacuterio abre margem para avaliaccedilatildeo de uma proposta mais
audaciosa na qual deveria ser analisado o custo-benefiacutecio de empregarem-se
pelototildees embarcados em VBTP com implementos
Esse estudo deve avaliar inicialmente a capacidade de tal meio comportar o
sistema e um GE na mesma viatura e o custo de ter VBE sobre lagartas e VBTP
com implementos
Por falta de tempo para estudo de tal proposta o autor natildeo consideraraacute esta
proposta uma opccedilatildeo para este trabalho
- ldquoDevem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece
maior mobilidade atraveacutes terrenordquo
A utilizaccedilatildeo de VBTP M113 junto aos RC Mec eacute menos vantajoso pois
dificilmente o Pel E buscaraacute apoiar a mobilidade por caminhos natildeo utilizados pelas
VBPT Guarani por ser uma soluccedilatildeo de maior custo haja vista a quantidade de
viaturas que o pelotatildeo utiliza e por tornar-se uma opccedilatildeo de velocidade de apoio
Diferente do emprego das VBE sobre lagarta o emprego das VBTP sobre
lagarta natildeo traz ganho significativo nos trabalhos aleacutem de faacutecil identificaccedilatildeo visual
por parte do inimigo
As companhias do batalhatildeo de engenharia deveratildeo possuir VBTP sobre
lagartas e sobre rodas para apoiar respectivamente os RCB e os RC Mec Cabe
salientar entretanto que o emprego dessas VBTP natildeo devem ser de uso exclusivo
aos respectivos elementos devendo ser considerado seu emprego desta forma
apenas como mais adequado
Quanto agraves VBE o trabalho conduziu para que o batalhatildeo seja dotado de
viaturas sobre lagartas a fim de dotar os pelototildees de capacidade para organizaccedilatildeo do
terreno transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas e abertura de brecha em campo
minado atribuindo mobilidade adequada tanto para apoio aos RC Mec quanto para
apoio aos RCB pelos motivos jaacute analisados no capiacutetulo 42
87
Os materiais foram separados por tipo de trabalho realizado explorando as
necessidades de apoio dos regimentos da seguinte forma trabalhos de abertura de
brecha transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua e valas e trabalhos de organizaccedilatildeo do
terreno e desobstruccedilatildeo de vias
Das Viaturas Blindadas Especiais de abertura de brecha destacam-se as
seguintes
A Viatura americana M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de
Abertura de Brechas) construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams a qual eacute
dotada de dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) uma carga linear explosiva que
eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas
A viatura tem capacidade de lanccedilar uma carga explosiva atraveacutes de 100 a 150
metros destruindo minas bombas e IED sem expor a tripulaccedilatildeo que natildeo precisa
desembarcar Aleacutem disso a viatura possui um arado que permite complementar a
seguranccedila da brecha aberta por carga explosiva
O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado
como meio principal pois tem baixa resistecircncia Em meacutedia a cada trecircs minas
removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina implicando em sua
substituiccedilatildeo
A Viatura BMR-3M que consiste em uma viatura blindada russa baseada no
carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos que exercem um
peso superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as prematuramente Aleacutem dos
rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque magneacutetico e um sistema
jammer que impede o acionamento de explosivos controlados por raacutedio A
velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da densidade da mina e das
condiccedilotildees do solo
O sistema de rolo eacute apto para operar em solo seco e relativamente plano Aleacutem
disso deve ser utilizado como complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo
suporta entre trecircs a seis minas devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um
excelente sistema para identificaccedilatildeo do iniacutecio de um campo minado
A viatura alematilde Keiler a qual alega-se que limpa cerca de 98 das minas por
onde passa eacute equipada com um sistema composto por um rotor que eacute interligado a
88
vaacuterios pesos metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado
do solo realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas
explosivasEnquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o
local livre de minas
Viatura que apresenta alta eficiecircncia quando comparado ao MICLIC que natildeo
necessita de um meio complementar e que tem um baixo custo de utilizaccedilatildeo pois
seu sistema natildeo precisa ser recarregado a Viatura Keiler possui uma manutenccedilatildeo
simples apoacutes detonaccedilatildeo pois o acionamento prematuro das minas natildeo afeta seu
sistema podendo afetar peccedilas de faacutecil reposiccedilatildeo o que natildeo ocorre com o sistema
arado e rolo caso sejam utilizados sem complemento do meacutetodo explosivo
O sistema Python eacute um sistema britacircnico consiste em um reboque com uma
carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse
sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Bretanha
pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi
utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo
O implemento lacircmina para desminagem pode ser utilizado nas viaturas
meacutedias de rodas apresentando capacidade limitada de trabalho na remoccedilatildeo de
minas em superfiacutecies pavimentadas
O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um
sistema adicionado agraves viaturas sobre rodas que protege veiacuteculos do efeito de minas
e Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave
frente do veiacuteculo que realiza a abertura (Armytechnology)
Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas
atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para
acionamento de cargas explosivas
O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga
de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja
realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma
brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de
demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de
polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel
detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN)
Dos MEM para transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua ou valas destam-se
89
A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1
BR) eacute viatura modificada da versatildeo alematilde Panzerschnellbruumlcke 1 para o Brasil
Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de transportar montar (a
ponte eacute transportada em duas metades) e lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22
metros sobre um vatildeo de 20 metros
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no
chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m
em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta
viatura que realiza o lanccedilamento vertical tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC
fornecendo um niacutevel muito alto de proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de
consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas terrestres e contra agentes QBRN
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para
transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a
partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem
a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros
A viatura que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo
semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de
gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional no
campo de batalha
O feixe de tubos ou Pipe Fascine ao ser colocado dentro de um Fosso
Anticarro (Fosso AC) estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo
permite a passagem de viatura sobre sua superfiacutecie cumprindo funccedilatildeo semelhante a
da ponte
Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de
Engenharia ou adaptada em outras viaturas ou reboques Uma necessidade para
lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste
ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes
ser lanccedilado
O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema para
viaturas sobre rodas que pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de
transporte de pessoal utilizadas pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens
em pequenos cursos drsquoaacutegua O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System)
por exemplo permite o lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13
metros
90
Dentre os MEM para organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias
destacam-se
Os sistemas lacircmina reta e escavadeira satildeo implementos que podem ser
instalados nas viaturas meacutedias de rodas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo
do terreno
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1
BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil
Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o
qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que realiza
trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de lacircmina de
apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos trabalhos
com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar cortes que
frouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com capacidade de
ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e solda e
policorteesmerilhadeira (Manual de operaccedilatildeo VBE Eng Leo 1 BR p 2)
Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura que seraacute apresentada a
seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada pela Alemanha devido a sua alta
qualidade
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a
versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo
anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que
pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas
junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas
eletromagneacuteticas
A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de
concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2
aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de uma
operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa trabalhos com
escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma blindagem e proteccedilatildeo
contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo de armas pequenas e
projeacuteteis de artilharia
91
Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado de
grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento
rebocado Python
Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos ou
um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo)
De acordo com o que foi apresentado percebe-se que existe uma gama de
materiais disponiacuteveis no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar aos Pel E Cmb
das Cia E Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos
da Bda C Mec
Dentre eles como viatura para abertura de brecha destaca-se o Keiler viatura
que utiliza um sistema barato quando comparado ao MICLIC e completo quando
comparado agraves viaturas arado e rolo Outrossim a manutenccedilatildeo do seu sistema em
combate eacute simples de ser realizada por necessitar de troca de peccedilas de faacutecil
substituiccedilatildeo
Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt Biber
que jaacute eacute utilizada no Brasil e o feixe de tubos para o qual jaacute existem estudos no
Brasil sobre a possibilidade de fabricaccedilatildeo dos tubos Essa tambeacutem eacute uma soluccedilatildeo
barata e eficiente que adaptada sobre uma viatura em desuso como as VBCCC
Leopard 1 que estatildeo no Parque Regional de manutenccedilatildeo ou outra viatura que tenha
o chassi em boas condiccedilotildees de funcionamento onde seja adaptado um braccedilo com
funcionamento hidraacuteulico para lanccedilamento e remoccedilatildeo do feixe
Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as
viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende bem
as tropas blindadas
Este autor buscou apresentar algumas caracteriacutesticas principais desses
materiais buscando analisar pontualmente as funcionalidades dessas viaturas com
base nas capacidades miacutenimas que faltam nos Pel E Cmb que apoiam as Bda C
Mec As viaturas mencionadas possuem muitos outros benefiacutecios os quais natildeo
foram aprofundados por natildeo serem objetivo do presente estudo
433 Caracteriacutesticas dos meios
No Apecircndice A questatildeo 4 as respostas recebidas mostraram opiniatildeo
unacircnime em relaccedilatildeo agrave necessidade de dotar a Cia E Cmb Mec com ponte classe
92
que atenda tanto as VBTP-MR Guarani quanto as VBCCC Leopard (classe 45) e
VBCCC M60 A3-TTS (classe 55) caracteriacutestica que nem o sistema americano para
viaturas sobre rodas REBS possui Como jaacute mencionado na revisatildeo de literatura
esse sistema lanccedila ponte de classe 50
No Apecircndice A questatildeo 5 a grande maioria respondeu que o apoio de
engenharia aos regimentos por VBEL Pnt sobre lagartas eacute pertinente
Os comentaacuterios contribuiacuteram para complementar o raciociacutenio apresentado
pelas questotildees da seguinte forma
- ldquoA vantagem de se ter na OM Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de
VBE lanccediladora de ponte sobre lagartas seria que a mesma poderia atender
com maior mobilidade atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCBrdquo
No Apecircndice B questotildees 4 foi unacircnime a aceitaccedilatildeo da afirmativa que considera
que a classe da ponte da VBEL Pnt deve atender agrave classe da viatura de maior
classe (atualmente a VBCCC M60)
A anaacutelise dos comentaacuterios a seguir apresentados permitiratildeo uma explicaccedilatildeo mais
detalhada
- ldquoA Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros para
Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VBCCC M60 eacute uma soluccedilatildeo paliativa A
VBCCC Padratildeo do EB eacute o Leopardrdquo
Quanto a essa afirmativa foram consideradas duas situaccedilotildees a primeira fruto
da anaacutelise da atual situaccedilatildeo que paleativa ou natildeo eacute a existecircncia da Vtr M60 cuja
classe natildeo eacute suportada pela ponte do sistema REBS a outra fruto da anaacutelise de
uma situaccedilatildeo futura eacute que o Exeacutercito jaacute estaacute pensando no projeto de uma nova
VBCCC para substituir o Leopard 1A5 e consequentemente as viaturas Leopard 1
e o M60 Esse estudo natildeo definiu ateacute o momento entretanto a classe nem o
momento dessa substituiccedilatildeo
Destaco que a maior importacircncia dessa questatildeo foi identificar a opiniatildeo sobre
a capacidade do emprego de viaturas sobre lagartas em atender agraves necessidades
dos regimentos
93
No Apecircndice B questotildees 5 a maioria das respostas foram contraacuterias agrave
utilizaccedilatildeo de pontes lanccediladas por viaturas sobre rodas ao considerar sua falta de
capacidade de suporte agraves viaturas mais pesadas
A exploraccedilatildeo dos seguintes comentaacuterios apresentados permitiratildeo reforccedilar o
resultado atingido
- ldquoA classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves necessidades da
Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas deve ter capacidade de
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartasrdquo
Embora concorde com a afirmaccedilatildeo quando comparamos a diferenccedila de
capacidades entre as VBEL Pnt dos paiacuteses mais desenvolvidos verificamos a
dificuldade das viaturas sobre rodas proporcionarem semelhante capacidade
propiciada pelas sobre lagartas
Essa avaliaccedilatildeo eacute facilitada quando comparamos o implemento para viaturas
sobre rodas e a viatura sobre lagartas empregados pelo mesmo paiacutes
O sistema americano REBS que proporciona suporte para viaturas de classe
50 em vatildeos de ateacute 13 metros mostra-se muito inferior quando comparado agrave
capacidade da viatura Wolverine de lanccedilar uma ponte de classe 70 em vatildeo de ateacute
24 metros Quase o dobro de largura de vatildeo em relaccedilatildeo agrave ponte lanccedilada pelo
sistema REBS
Destarte a crescente demanda de pontes de maior classe torna niacutetidos os
benefiacutecios de investir-se em pontes de pequenas brechas de maior capacidade
- ldquoUm detalhe que deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de
velocidade e manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt
conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo ela
ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui elementos
de Man SL e SR a engenharia orgacircnica tambeacutem deva ter essa caracteriacutestica Assim
eacute vaacutelido pensar que nesse BE Cmb Mec deva existir no miacutenimo uma fraccedilatildeo E Cmb
Bld (SL)rdquo
Pode-se contrapor o referido comentaacuterio por meio da anaacutelise do emprego do
exeacutercito alematildeo o qual apoia a Bda Inf Mec com VBE sobre lagartas permitindo
94
afirmar assim que a utilizaccedilatildeo de tais meios no apoio aos elementos dotados de
viaturas sobre rodas natildeo impactaraacute no acompanhamento dos regimentos
Em complemento a essa anaacutelise pode-se analisar o procedimento
experimental que foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de Blindados constante no
Apecircndice E Com meios sobre lagarta um Pel E Cmb acompanhou toda a manobra
em ambiente virtual de um RC Mec da 3ordf Brigada de Cavalaria Mecanizada natildeo
sendo prejudicado seu apoio pela velocidade dos meios empregados
No Apecircndice C questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas tornando-se mais
adequado a anaacutelise dos comentaacuterios para avaliaccedilatildeo das questotildees propostas
- ldquoConcordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial para
a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em algumas
situaccedilotildees por Vtr SLrdquo
De acordo com o emprego realizado na Alemanha conforme capiacutetulo 3 o apoio
prestado pelas VBE sobre lagartas natildeo eacute um problema que afeta a funccedilatildeo de
combate Movimento e Manobrardquo
- ldquoNatildeo obstante agraves vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade
de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os
meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo ao
Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade natureza
da missatildeo e tipo de tropa apoiadardquo
Quanto agrave flexibilidade de apoio natildeo foi identificada a referida problemaacutetica mas as
vantagens estatildeo de acordo com o que o estudo identificou ateacute agora
No Apecircndice D questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas e devido agrave baixa
quantidade de respostas tornou-se mais adequado analisar seus comentaacuterios como
se segue
- ldquoEacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em
qualquer terreno mas por outro lado impacta enormemente na cauda logiacutestica
Insisto que as Bda C Mec devam manter suas caracteriacutesticas de velocidade
95
principalmente trafegabilidade e mobilidade Recordo que os meios sobre roda
garantem entre outras vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para
as Bda C Mec a velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees
baacutesicas de Rec e Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre
rodas eacute a configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C
Mec do EBrdquo
Do mesmo modo que nossas Bda C Mec a Bda Inf Mec alematilde eacute dotada de
viaturas leves e raacutepidas as quais necessitam ser acompanhadas e apoiadas
adequadamente pelos pelototildees de engenharia Portanto mais uma vez a
comparaccedilatildeo com o emprego da engenharia na brigada alematilde torna-se fundamental
para comprovar a eficiecircncia do apoio com VBE sobre lagartas
- ldquoA Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos
quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o RCB
seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo considerando a maior
diversidade de materiais nesta anaacuteliserdquo
Realmente o custo com suprimentos manutenccedilatildeo e complementando gasto
com combustiacutevel das viaturas sobre lagartas eacute maior que das viaturas sobre rodas
Todavia os benefiacutecios desse investimento seriam
- ganho na compra de um lote maior de viaturas sobre lagartas (quanto maior o
nuacutemero de viaturas menor seraacute o preccedilo)
- ganho em capacidade de trabalho (as viaturas sobre rodas possuem muitas
limitaccedilotildees para a VBEL Pnt a limitaccedilatildeo de classe e para as VBE Eng e VBE
desminagem capacidade muito inferior de utilizar os equipamentos como lacircmina
escavadeira o arado ou rolo atraveacutes campo onde a traccedilatildeo eacute extremamente
necessaacuteria
- ganho na proteccedilatildeo no qual destaca-se em relaccedilatildeo agraves VBTP por ser um meio
mais nobre para as forccedilas amigas e compensador para as inimigas e pela maior
necessidade de exposiccedilatildeo aos fogos haja vista que em operaccedilotildees de abertura de
passagem esse meio seraacute conduzido agrave frente para a realizar a reduccedilatildeo dos
obstaacuteculos
96
434 Quantidade de VBE por BE Cmb
No Apecircndice C questatildeo 6 houve uma aceitaccedilatildeo maior que reprovaccedilatildeo o
que poderaacute ser complementado pela anaacutelise dos comentaacuterios que se seguem
- ldquoDeve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de
manobra a apoiar mas tambeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em que a
Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-se desdobrar
em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades maacuteximas de comando e
controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse levantamento pode-se traccedilar melhor
as necessidades totais de meios de Eng para apoio inclusive com os meios
reservasrdquo
- ldquoPara realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os
batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a necessidade de
uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como implemento para as Vtr
da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito americano como um modelo
(uma ideia) seria interessante ter uma Vtr especializada de engenharia como os
ABV que jaacute possuem o miclic e o arado na mesma Vtrrdquo
A primeira afirmativa talvez seja a situaccedilatildeo ideal de apoio de uma engenharia
de brigada entretanto para se atingir a capacidade miacutenima de apoio a dotaccedilatildeo de
VBE natildeo precisa atingir cada zona de accedilatildeo mas cada regimento empregado pela
brigada com no miacutenimo um meio principal e um reserva
De acordo com o estudo dos meios do exeacutercito americano verifica-se que sua
engenharia de brigada natildeo tem meios para apoiar cinco zonas de accedilatildeo limitando-se
ao apoio das companhias por unidade Desta forma a complementariedade desse
apoio cabe agrave engenharia de divisatildeo agrave brigada
Em relaccedilatildeo a segunda proposiccedilatildeo pela proximidade das caracteriacutesticas da
brigada faz-se mais conveniente analisar a quantidade de meios do batalhatildeo da
Alemanha que dos Estados Unidos
Desta forma identifica-se que cada companhia do batalhatildeo de engenharia da
Alemanha aleacutem de sistema de lanccedilamento de minas e botes de assalto deteacutem 3
(trecircs) viaturas lanccediladoras de ponte 2 (duas) viaturas de abertura de brecha 2 VBE
Eng
97
Esta distribuiccedilatildeo mostra-se coerente com a miacutenima necessidade dos
regimentos da Bda C Mec os quais precisam ser apoiados com no miacutenimo duas
VBE Eng e duas viaturas de abertura de brecha no caso de emprego de dois
esquadrotildees em primeiro escalatildeo
A dotaccedilatildeo de 3 VBEL Pnt tambeacutem justifica-se pois atende a necessidade de
transposiccedilatildeo em trecircs locais simultaneamente ou em dois locais permanecendo com
uma viatura em reserva primando pela seguranccedila da operaccedilatildeo
De acordo com o acima exposto conclui-se que as companhias do batalhatildeo de
engenharia necessitam de trecircs VBEL Pnt duas VBE Eng e duas viaturas para
abertura de brecha
Como conclusatildeo da anaacutelise da Variaacutevel Dependente de acordo com o que
foi analisado concluo parcialmente que o batalhatildeo de engenharia da brigada
composto por duas Companhia Engenharia de Combate deve ter 4 Pelototildees
de Engenharia de Combate por companhia para as cumprir as missotildees de
apoio direto reforccedilo apoio suplementar e apoio ao conjunto
Com base na anaacutelise das brigadas de outros exeacutercitos eacute possiacutevel a
utilizaccedilatildeo de meios sobre lagartas e sobre rodas mesmo que elas tenham
classes e capacidades de mobilidade diferentes para apoio agraves Brigadas de
Cavalaria Mecanizada
Atualmente os meios de dotaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec satildeo inadequados
para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e a inexistecircncia de
viaturas blindadas especiais de engenharia restringe suas capacidades de
apoio sob fogos diretos mesmo de armas de baixo calibre
Para solucionar este problema pocircde-se observar a existecircncia de
materiais no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar os Pel E Cmb das Cia E
Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos da
Bda C Mec
Dentre eles destaca-se a viatura para abertura de brecha Keiler viatura
que utiliza um sistema barato e capaz de realizar sozinha a abertura completa
com manutenccedilatildeo simples
Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt
Biber e o sistema de feixe de tubos A primeira por ser um material eficiente
que jaacute eacute empregado pelas Brigadas Blindadas e a segunda por ser um
98
sistema barato e de faacutecil implementaccedilatildeo em viaturas repotencializadas como
as viaturas Leopard 1 desde que tenham seus sistemas baacutesico em
funcionamento
Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as
viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende
bem as tropas blindadas
De acordo com a anaacutelise realizada o BE Cmb Mec necessita dos
seguintes materiais para reforccedilo das Cia E Cmb 6 (seis) VBEL Pntcom duas
pontes cada 4 (quatro) VBE Eng 4 (quatro) Viaturas lanccediladoras de feixe de
tubos e 4 (quatro) viaturas para abertura de brecha
99
5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES
A presente dissertaccedilatildeo de mestrado classificada quanto agrave sua forma de
abordagem como qualitativa e quanto ao objetivo geral como exploratoacuteria e
descritiva teve como tema a A Engenharia de combate da Brigada de Cavalaria
Mecanizada Uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos
empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas
O problema central da pesquisa balizou o desenvolvimento do trabalho para
atingir o objetivo geral direcionando-o para o desenvolvimento da proposta mais
adequada de emprego da engenharia no apoio agraves Brigadas de Cavalaria
Mecanizada
Embora tenha sido observada a inexistecircncia de algumas bibliografias a
pesquisa bibliograacutefica permitiu atingir plenamente os objetivos especiacuteficos
relacionados agraves questotildees de estudo acima enumeradas
Nessa fase foram analisados os conceitos receacutem introduzidos no Exeacutercito os
materiais adquiridos e em desenvolvimento atraveacutes dos Projetos Leopard e
Guarani a organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a Companhia de
Engenharia de Combate
Por meio deste estudo foram identificadas as capacidades e limitaccedilotildees dos
elementos empregados em primeiro escalatildeo pela brigada e as capacidades
previstas para o apoio dos Pelototildees de Engenharia desta companhia no apoio em
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Observou-se a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas capacidades e limitaccedilotildees dos Pel
E Cmb identificando os materiais existentes para apoio agrave mobilidade dos
Regimentos e a necessidade de reforccedilos pela Cia E Cmb a fim de realizar um apoio
efetivo
Apoacutes o referido estudo buscou-se complementar os estudos de revisatildeo
bibliograacutefica com a aplicaccedilatildeo de questionaacuterios e procedimento experimental
Para cumprir esse objetivo os questionaacuterios foram enviados a comandantes e
ex-comandantes dos regimentos de cavalaria e companhias de engenharia das
Brigadas de Cavalaria Mecanizada os quais tinham experiecircncia no emprego das
tropas estudadas
Em complemento agrave experiecircncia dos grupos citados foram enviados
100
questionaacuterios aos oficiais de engenharia e instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de
Blindados que realizaram curso de comandante de subunidade nos Estados Unidos
ou na Alemanha a fim de contribuiacuterem com experiecircncias e conhecimentos
adquiridos nesses paiacuteses
Desta forma identificou-se a limitaccedilatildeo em meios e em pessoal e
consequentemente ineficiecircncia da companhia de engenharia em realizar um apoio
adequado em uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e ainda apresentar
condiccedilotildees de realizar trabalhos de apoio ao conjunto suplementar e ficar em
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada
Desta feita foram analisadas soluccedilotildees em material e emprego capazes de
tornar o apoio da engenharia suficiente agraves necessidades miacutenimas e imediatas dos
regimentos Assim a anaacutelise seguiu os indicadores e dimensotildees da Variagravevel
Independente e Dependente as quais foram medidas de acordo com as questotildees
constantes nos apecircndices conforme quadros 1 e 2 das Definiccedilatildeo operacional das
variaacuteveis
Isto posto a fim de adequar o emprego e os meios da engenharia da brigada
identificou-se a necessidade de propor uma nova organizaccedilatildeo a fim de solucionar
as suas limitaccedilotildees Com isso concluiu-se que se faz necessaacuteria a mudanccedila do
apoio de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada para um
Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
Para o adequado apoio do Batalhatildeo junto aos Regimentos dotados de
viaturas mecanizadas e blindadas questionou-se a caracteriacutestica dos meios a serem
empregados pela engenharia
A soluccedilatildeo desta questatildeo foi amparada no estudo realizado por meio de
revisatildeo bibliograacutefica pelo procedimento experimental pelas respostas dos
questionaacuterios e seus comentaacuterios
Todos esses procedimentos e instrumentos direcionaram a proposta para a
estrutura de um BE Cmb a duas companhias com quatro pelototildees cada Uma
companhia deve ser dotada de VBTP sobre rodas para apoiar os RC Mec e a
companhia dotada de VBTP sobre lagarta deve apoiar o RCB e se for necessaacuterio
ficar em condiccedilotildees de apoiar o RC Mec
O procedimento experimental contribuiu para identificaccedilatildeo de uma suporte
adequado agrave brigada o qual foi realizado pela Seccedilatildeo de Simuladores do Centro de
Instruccedilatildeo de Blindados por meio do Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual
101
(TTAV) o qual realizou um treinamento com emprego de um RC Mec de uma Bda C
Mec em um Movimento Retroacutegrado que mesmo tendo sido aplicado um tipo
totalmente diferente da operaccedilatildeo em questatildeo permitiu a anaacutelise da capacidade das
viaturas blindadas sobre lagartas no acompanhamento das viaturas blindadas sobre
rodas no cumprimento de suas missotildees
Esse treinamento contribuiu para corroborar com a anaacutelise realizada na
doutrina alematilde que permitiu afirmar que os meios sobre lagartas utilizados pela
engenharia tem condiccedilotildees de apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada mesmo
quando esses meios satildeo empregados junto a um RC Mec
Outrossim chegou-se agrave identificaccedilatildeo dos meios que o Batalhatildeo de
Engenharia de Combate Mecanizado deve possuir para reforccedilar em meiois os Pel E
Cmb de acordo com as necessidades de apoio dos Regimentos de uma Bda C Mec
no Aproveitamento do Ecircxito quais sejam quatro VBE Eng quatro VBE de abertura
de brecha (do tipo Keiler) e seis VBEL Pnt (com duas pontes cada) todas sobre
lagartas
Com as conclusotildees do presente trabalho pretende-se adequar o apoio
prestado pela engenharia da brigada por meio da adequaccedilatildeo de seu emprego e de
seu material e refletindo na sua organizaccedilatildeo a fim de capacitaacute-la a apoiar os
elementos empregados em primeiro escalatildeo pela Brigada de Cavalaria Mecanizada
Como soluccedilatildeo praacutetica o autor apresenta no Anexo B a proposta consolidada
em uma Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash
As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees a qual se apresenta
como base para modificaccedilatildeo do emprego da engenharia da brigada e
consequentemente servir de embriatildeo de um novo manual
Uma sugestatildeo para a experimentaccedilatildeo doutrinaacuteria eacute a transformaccedilatildeo da 3ordf
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada de Dom Pedrito-RS em
batalhatildeo a fim de aproveitar as instalaccedilotildees atuais as quais eram de utilizadas pelo
14ordm Regimento de Cavalaria Mecanizada
O presente trabalho explorou a adequaccedilatildeo do apoio de engenharia da Bda C
Mec a partir da anaacutelise do seu emprego e do seu material no apoio aos elementos
em primeiro escalatildeo em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Outros estudos se fazem necessaacuterios para complementar as capacidades
necessaacuterias a esse batalhatildeo Dessa maneira o autor recomenda por meio do
QUADRO 17 a seguir os seguintes temas
102
QUADRO DE PROPOSTA PARA NOVAS PESQUISAS NA ESAO
Tema sugerido Especialista recomendado
BE Cmb de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma proposta de Quadro de Dotaccedilatildeo de Material (QDM) e Quadro de Cargos Previstos (QCP)
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
Equipagens para transposiccedilatildeo de curso drsquoaacutegua adequaccedilatildeo dos meios de transposiccedilatildeo de uma Bda C Mec
Militar de engenharia que tenha comandado uma Companhia de Engenharia de Pontes
TTP do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado na Operaccedilatildeo de Abertura de Passagem
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
Emprego de feixe de tubos em viaturas blindadas para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas
Oficial que tenha experiecircncia com blindados
Viatura de Abertura de Brecha Keiler Uma viatura para solucionar uma deficiecircncia da engenharia brasileira
Oficial de engenharia com curso de desminagem preferencialmente habilitado em
alematildeo
O emprego de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio na Companhia de Engenharia de Combate de um BE Cmb Mec Uma sugestatildeo de dotaccedilatildeo de meios de emprego junto aos elementos em primeiro escalatildeo pela Cia E Cmb
Oficial que tenha servido em Batalhatildeo de Engenharia preferencialmente que tenha
comandado uma Companhia de Comando e Apoio
Doutrina do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado da Brigada de Cavalaria Mecanizada
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
QUADRO 17 - Propostas de novas pesquisas relacionadas ao apoio de engenharia agrave uma Bda C Mec Fonte O autor
______________________________ Saulo dos Santos Marques
Capitatildeo de Engenharia
103
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109
APEcircNDICE A ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-
COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que jaacute foi comandante de Regimento de Bda C Mec eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
110
A ndash ESCALAtildeO DE APOIO DE ENGENHARIA
1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual
descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a
Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia
Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a
Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a
engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb
Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES
1 Com essa organizaccedilatildeo o BE Cmb Mec poderia empregar uma SU em apoio
direto aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo
ainda uma Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado na Z Accedil da Bda
111
2 Penso que o ideal seria um BE Cmb Mec a 3 Cia com 4 Pel E Cmb cada
permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra da Bda com uma SU Caso a
Bda receba o RC Mec divisionaacuterio deve receber tambeacutem uma SU Eng Cmb
da Divisatildeo
3 Essa eacute dosagem miacutenima tendo em vista a envergadura e pletora de meios da
tropa apoiada
2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia
de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base
nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave
engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo
de valor de um BE Cmb
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
112
1 Embora concorde com a organizaccedilatildeo sugerida no quesito anterior acredito
que natildeo se deva tomar por base uma organizaccedilatildeo do inimigo feita com
finalidades especiacuteficamente escolares A organizaccedilatildeo a ser considerada eacute
aquela adotada por potenciais ameaccedilas
2 Utilizando a mesma dosagem de uma Cia Eng Cmb por Elemento de
manobra valor Batalhatildeo ou Regimento
B ndash QUANTO AOS MEIOS
3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt
Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo
viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos
apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo
com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa
afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo
em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas
ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
113
Comentaacuterio das opiniotildees
1 A Bda C Mec conduz por suas caracteriacutesticas operaccedilotildees de movimento
Destarte todos os meios que facilitem o movimento satildeo importantes para ela
2 Haveria dificuldade de acompanhamento dos Elm 1ordm Esc pela velocidade de
deslocamento
3 Eacute INDISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios pela Eng da Bda
C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS
4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a
possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60
e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe
superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave
classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos
de viaturas
114
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Essa eacute uma assertativa bastante oacutebvia Os meios de transposiccedilatildeo devem
assegurar o movimento de todas as Vtr empregadas pela Bda C Mesc
2 Quem apoia mais apoia menos Esse um princiacutepio que atende plenamente ao
princiacutepio de guerra de economia de meios
5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de
transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente
que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
115
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Volto agrave resposta dada no quesito anterior Os meios de Eng devem ser
necessaacuterios e suficientes para assegurar que TODAS as Vtr da Bda
transponham o obstaacuteculo Como estaacute colocada a questatildeo seria concordar
com que o RCB principal elemento de forccedila da Bda natildeo pudesse empregar
seus CC
2 Sobre a afirmativa eacute bom lembrar as VBE Lccedil Pnt devem deslocar-se com
suas pontes somente em pequenos trechos no compartimento de combate
ateacute o local de lanccedilamento (essas pontes satildeo equipamentos fraacutegeis natildeo
devendo ser deslocadas sobre a VB por longos trechos) Ateacute a aproximaccedilatildeo
desse compartimento as pontes devem ser transportadas em pranchas e se
possiacutevel as VBE Lccedil Pnt sobre lagarta tambeacutem A vantagem de se ter na OM
Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de VB lanccediladora de ponte
sobre lagartas seria que a mesma poderia atender com maior mobilidade
atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCB Essa VB sobre lagarta
deveria como jaacute foi dito possuir uma viatura Cavalo Mecacircnico com prancha
para a aproximaccedilatildeo da VB ateacute o compartimento de combate (onde deveraacute
lanccedilar a Pnt ) e outra para transportar no miacutenimo as suas trẽs pontes de
pequena brecha
116
3 A Eng da Bda deve ter condiccedilotildees de apoiar o movimento de TODOS os meios
da Bda
D ndash SUGESTOtildeES
6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por
um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o
RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais
capacitada a apoiar os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Ver resposta do quesito seguinte
2 Estamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C
Mec Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf
Mec A proposta do CMS ( a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que
apoacutes anaacutelise do projeto decidiu junto com o COTER que o BECmb Mec
117
deveria ter somente 2 Cia Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo
CMS Na visatildeo do CMS 2 Cias apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma
com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria no apoio a toda a brigada (demais OM
em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa decisatildeo de 2017 foi modificada
a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as duas Cia Eng (decisatildeo DEC
COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3 Mec sobre rodas e 1
Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em apoio aos Rgt em
1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE Cmb Mec de Bda
Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB Portanto no BE
Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem somente VB
sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng deve
possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve
possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBE LccedilPnt VBE com
implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas
AC etc)
3 Estudar se uma Cia eacute suficiente para apoiar os dois R C Mec
4 Na minha opiniatildeo o Batalhatildeo de Engenharia deveria ter 3 Cia sendo duas
dotadas de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas para apoiar os dois RC
Mec e uma dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagarta para apoiar
o RCB permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra valor Regimento da
Bda
7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia
a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas
companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
118
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o
que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica
2 Ver observaccedilatildeo do item anterior
3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel
E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e
VB com lagartas As VBE Lccedil Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute
citado em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior
flexibilidade e rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec
como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre rodas
4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de
mobilidadevelocidade igual ou superior
5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1
Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento
orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng
na Boa C Mec Cabe ressaltar que um incremento (transformaccedilatildeo de Cia para
119
Btl) impacta outros sistemas operacionais da Bda (principalmente o logiacutestico)
acarretando uma mudanccedila quase impossiacutevel na Brigada
120
APEcircNDICE B ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-
COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que jaacute foi comandante de Companhia de Engenharia de Bda C Mec
eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
121
A ndash ESCALAtildeO DA ENGENHARIA DA BDA C MEC
1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual
descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a
Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia
Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a
Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a
engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb
Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES
1 Natildeo vejo a necessidade das Cia E Cmb Mec possuam os 04 Pel E Cmb
acredito que 03 Pel E Cmb jaacute seriam adequados
2 Doutrinariamente sim Em tempo de paz acredito que um Batalhatildeo de
Engenharia com 01 Cia E Cmb cumpre bem a missatildeo
122
3 Nas atuais condiccedilotildees do Paiacutes seria muito difiacutecil a migraccedilatildeo de Cia E Cmb
Mec para BE Cmb Mec
4 Em que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai16) prever uma E Bda Inf
Mec compota por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala
de aula da proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para
Mnt do C2 por parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar
pesquisando essa situaccedilatildeo sugiro uma composiccedilatildeo do BECmb Mec (ou Bld)
de 4 CiaECmb a 2 Pel E Cmb e 1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em
Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o
C2 por parte do Cmdo BE bem como a emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de
missotildees
5 A engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE
Cmb Mec a 3 companhias de 3 Pel E Cmb cada
2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia
de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base
nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave
engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo
de valor de um BE Cmb
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
123
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o
que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica
2 Ver observaccedilatildeo do item anterior
3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel
E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e
VB com lagartas As VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado
em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e
rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP
(Pel E) e VBE Eng sobre rodas
4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de
mobilidadevelocidade igual ou superior
5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1
Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento
orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng
B ndash QUANTO AOS MEIOS
124
3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt
Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo
viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos
apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo
com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa
afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo
em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas
ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
1 O Guarani assim como a Viatura Stryker veiacuteculo das tropas mecanizadas
Norte-Americanas deveria possuir os implementos de engenharia
necessaacuterios para a realizaccedilatildeo de abertura de passagem A abertura de
passagem deveria assim como ocorre com a transposiccedilatildeo de curso daacutegua
deveria ser encarada como uma operaccedilatildeo que possui como uma de suas
fases a reduccedilatildeo do obstaacuteculo a ser transporto
125
2 A proteccedilatildeo blindada eacute fundamental para o combatente mecanizado
3 A Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira
de Alta Mobilidade e Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel
de Eqp Eng Bda Mec) e de Vtr Lanccedila Pontes Sobre Rodas (REBS)
4 Eacute INDISPENSAacuteVEL Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de
Bda eacute totalmente ineficiente numa situaccedilatildeo de combate moderno
5 Eacute possiacutevel afirmar que eacute INDISPENSAacuteVEL no combate moderno a utilizaccedilatildeo
desses meios
6 Esses Eqp BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia E
C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS
4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a
possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60
e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe
superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave
classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos
de viaturas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
126
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Com certeza
2 A Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros
para Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VB CC M60 eacute uma soluccedilatildeo
paliativa A VB CC Padratildeo do EB eacute o Leopard
3 Na distribuiccedilatildeo dos meios entre as fraccedilotildees que estaratildeo em Ap Pccedil Man as
que estaratildeo em Ap Fraccedilotildees de Guarani poderatildeo receber Pnt P Bre de menor
classe Ou seja poderatildeo haver Pnt P Bre de classes diferentes Todavia eacute
interessante que a VBL Pnt tenha capacidade de lanccedilar a de maior classe
4 Elas jaacute possuem essa capacidade
5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de
transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente
que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
127
Comentaacuterio das opiniotildees
1 A classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves
necessidades da Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas
deve ter capacidade de transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
2 Uma Brigada Mecanizada possui meios SR e SL Logo um BE Cmb Mec
deve possuir meios SR e SL
3 As VBLPnt sobre lagartas devem ser utilizadas para Bda Bld As VBLPnt
sobre rodas devem ser utilizadas para as Bda Mec
4 Acredito que existam VBEL Pnt sobre rodas que tenha capacidade de
transportar Pnt com Classe para blindados sobre lagartas Um detalhe que
deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de velocidade e
manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt
conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo
ela ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui
elementos de Man SL e SR a engenharia Orgacircnica tambem deva ter essa
caracteriacutestica Assim eacute vaacutelido pensar que nesse BECmbMec deva existir no
miacutenimo uma Fraccedilatildeo E Cmb Bld (SL)
5 O apoio da engenharia ao combate deve ser inexoraacutevel podendo o Batalhatildeo
possuir os dois tipos de Vtr Lccedil Pnt sobe rodas e sobre lagartas
128
D ndash SUGESTOtildeES
6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por
um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o
RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais
capacitada a apoiar os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Natildeo vejo necessidade dessa especializaccedilatildeo das Cia Acredito que elas
devem ter as mesmas capacidades e estar aptas a transpor qualquer tipo de
tropa da Bda C Mec
2 Conforme comentaacuterio anterior
3 Como jaacute apresentei seria mais interessante no miacutenimo 01 CiaECmbBld em
Ap RCB e 02 CiaECmbMec em Ap aos 2 RCMec
129
4 Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado
por um Batalhatildeo a 3 Companhias de 3 Pelototildees sendo uma Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a
apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre rodas mais capacitadas a apoiar os RC Mec
7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia
a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas
companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Sou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que
economiza meios e facilita o planejamento
130
2 Considero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor A situaccedilatildeo do Paiacutes
natildeo favorece estas mudanccedilas
3 Semelhante ao exposto no item 5 um Ap Eng SL a uma fraccedilatildeo C Mec em
situaccedilatildeo de deslocamentos sobre eixos pavimentados ou natildeo poderaacute ser
retardado em relaccedilatildeo aacute velocidade alcanccedilada pelas Vtr SR Aleacutem disso o
valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maior
4 Eacute pertinente afirmar que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seraacute mais
adequado se for realizado por um Batalhatildeo a 3 Companhias com 3 Pelototildees
cada sendo uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre
lagartas mais capacitada a apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de
Viaturas Blindadas Especiais sobre Rodas mais capacitadas a apoiar os RC
Mec
5 Lembre-se que a Cia poderaacute solicitar apoio agrave ED Para a realidade do nosso
Exeacutercito uma Cia E bem equipada cumpriria sua missatildeo
131
APEcircNDICE C ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE
ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA
ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que realizou o curso de comandante de subunidade de engenharia
nos EUA ou Alemanha eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
132
A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS
Figura 1 - Viatura Fennek
Figura 2 - Viatura Dingo
Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas
133
1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais
satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada
utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas
Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para
abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As
viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as
apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C
Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M
60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha
empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo parcialmente pois sou partidaacuterio do emprego da Unidade como um
todo Desta feita as Vtr desta unidade precisam ter as mesmas
caracteriacutesticas ou seja todas SR ou todas SL Os RCB componentes da Bda
C Mec satildeo formados por dois Esqd Fuz (dotados de M 113) e dois Esqd CC
(dotados de Leopard) desta forma atendendo a premissa de que todas as Vtr
134
desta OM possuem a mesma caracteriacutestica de traccedilatildeo Nesta situaccedilatildeo
acredito que a situaccedilatildeo ideal seraacute que ela possua VBC Eng SR para Ap os
RC Mec e VBC Eng SL para Ap o RCB
2 A Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade
nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse
contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo
em usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem
maior potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e
poupando tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para
VBE Eng SR
3 As Bda Inf Mec e C Mec tem como caracteriacutestica a velocidade de seus meios
O emprego de Vtr mais lentas natildeo apenas pela engenharia mas pelos seus
demais Elm de apoio resultaria em fator limitador para as operaccedilotildees
4 Primeiramente para realizar a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio compreender a
constituiccedilatildeo das Bda Mec e Bld alematildes bem como quais as missotildees
destinadas a esse tipo de GU Acredito que e as Vtr Dingo natildeo sejam as
uacutenicas Vtr utilizadas pela Bda em questatildeo Considerando as Vtr empregadas
pelas fraccedilotildees que devem Rlz a accedilatildeo principal devemos considerar a mesma
natureza de mobilidade e proteccedilatildeo blindada para o apoio de engenharia
2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os
Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas
(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas
viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou
estrada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
135
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo deste que seja atendida o preacute requisito do item anterior ou seja
que a Eng desta Bda possua VBC Eng tanto SR quanto SL
2 O transporte dos Elm Eng seratildeo nesse caso adequados para o tipo de tropa
apoiada
3 Deve ser verificada a necessidade de transporte de outros materiais
(ferramentas) para o emprego do Pel E Cmb Nesse caso eacute possiacutevel admitir
uma variante dos modelos do veiacuteculos
B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC
3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e
capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de
mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a
princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard
1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso
AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate
elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego
junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das
viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas
136
operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade
superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre
lagartas ao R C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo parcialmente pois acho muito arriscado vocecirc considerar como
verdade absoluta que natildeo haveraacute velocidade superior a 60 kmh em uma Op
Ofensiva Acredito que a velocidade meacutedia da operaccedilatildeo realmente natildeo seraacute
superior a 60 kmh mas em alguns trechos acredito que a velocidade
necessaacuteria para manter a impulsatildeo da Op poderaacute ser superior a 60 kmh
Aleacutem disso natildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das
caracteriacutesticas de terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que
uma Vtr SL progrida sobre o asfalto
2 Reitero o abordado no item 1 em que a Bda C Mec eacute apta a atuar em
operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural
ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse contexto que as Vtr Eng satildeo
137
empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em usar meios SL para a Bda
C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior potecircncia para a remoccedilatildeo de
obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando tempo nessa atividade o que
pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SR
3 A mobilidade da tropa natildeo pode levar em conta apenas a velocidade de
deslocamento Uma VBE Eng Leopard possui Classe 45 enquanto os
Guarani apenas Cl 20 O emprego em conjunto dos dois meios traz consigo a
necessidade de meios de Tva como Pnt P Bre Prtd etc com maior
capacidade de suporte apenas para atender uma pequena parcela das Vtr da
Bda uma vez que a dotaccedilatildeo prevista para o BE Cmb Mec atualmente eacute de 6
VBE Eng e 4 VBE L Pnt
4 Eacute necessaacuterio que o apoio agrave manobra possua a mesma mobilidade A Manobra
natildeo pode ser regulada pela limitaccedilatildeo das peccedilas de apoio
C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA
4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura
que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que
empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas
Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego
das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o
terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas
Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes
limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a
uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o
RCB e duas Cia E Cmb apoiariam os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas
por todas as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
138
V
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial
para a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em
algumas situaccedilotildees por Vtr SL
2 Natildeo obstante as vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade
de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os
meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo
ao Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade
natureza da missatildeo e tipo de tropa apoiada
3 O emprego de Vtr especializadas de Eng permite um melhor apoio aos Elm
manobra mas esse apoio seria adequado tambeacutem com o emprego de Vtr SR
4 Para poder proceder a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio realizar os mesmos fatores
de comparaccedilatildeo As Bda Stryker no exeacutercito dos EUA eacute uma brigada de
infantaria Mec A Bda C Mec do Brasil eacute de cavalaria A principal diferenccedila
entre essas Bda eacute o tipo de missatildeo a ser realizada por cada uma e por
consequecircncia pode haver variaccedilatildeo no tipo de Vtr Normalmente os RCB e os
RC Mec formam uma FT e dessa forma o apoio de engenharia seraacute definido
139
pela missatildeo Cabe ressaltar que as Bda C Mec possuem 01 Cia E Cmb Mec
portanto o apoio aos Regimentos deveraacute ser realizado pelos Pel E Cmb Mec
D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB
5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de
engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec
apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os
trabalhos de apoio ao conjunto
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Acredito que seria uma situaccedilatildeo muito boa a que vocecirc levantou mas acredito
que um BE Cmb a 2 Cia E Cmb sendo uma delas com vocaccedilatildeo blindada
(para Ap o RCB) e a outra com vocaccedilatildeo Mec (para apoiar os RC Mec) seriam
o suficiente para prestar o Ap Eng agrave Bda C Mec
140
2 Os BE Cmb de Bda doutrinariamente possuem natureza uacutenica satildeo Mec ou
Bld Aleacutem disso a dosagem miacutenima de apoio serve como uma referecircncia
inicial podendo a mesma ser aumentada em funccedilatildeo da missatildeo a
desempenhar e a necessidade de apoio de Eng
3 As Bda Bld possuem maior poder de choque e possuem apenas 1 Btl E Cmb
(com 2 SU x 4 Pelototildees cada = 8 Pel E Cmb) A Bda C Mec teria 12 Pel E
Cmb Para o estudo da dosagem de engenharia para as missotildees da Bda eacute
necessaacuterio verificar a dosagem miacutenima do apoio de engenharia que eacute de 01
Pel E por Btl Nesse caso um regimento estaria recebendo 4 Pel E Cmb Esse
aumento de efetivo e de dosagem iria impactar consideravelmente a
necessidade de Vtr especializadas e em consequecircncia os custos para essa
mobilizaccedilatildeo
E ndash MEIOS DO BE CMB
6) O exeacutercito dos EUA prevecirc para as Operaccedilotildees de Abertura de Passagem a
proporccedilatildeo miacutenima de 50 de meios em reserva para assegurar a continuidade da
operaccedilatildeo no caso de perda de uma das viaturas Isso significa que para a abertura
de duas passagens simultaneamente seratildeo empregadas 2 VBE para abertura e 1
VBE ficaraacute em reserva De acordo com o item anterior a dotaccedilatildeo orgacircnica por tipo
de VBE deve ser na proporccedilatildeo de trecircs por Cia E a fim de apoiar cada regimento
Com isso o BE Cmb deve ter a dotaccedilatildeo de 9 VBE Eng 9 VBEL Pnt com total de 18
pontes 9 VBE rolo 9 VBE arado com carga linear explosiva (CLE) tipo MICLIC
com 2 cargas por viatura e 9 VBE lanccediladora de feixe de tubos
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
141
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Deve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de
manobra a apoiar mas tmbeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em
que a Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-
se desdobrar em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades
maacuteximas de comando e controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse
levantamento pode-se traccedilar melhor as necessidades totais de meios de Eng
para apoio inclusive com os meios reservas
2 Para realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os
batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a
necessidade de uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como
implemento para as Vtr da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito
americano como um modelo (uma ideia) seria interessante ter uma Vtr
especializada de engenharia como os ABV que jaacute possuem o miclic e o
arado na mesma Vtr
142
APEcircNDICE D ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE
INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE
SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que eacute instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados e realizou o
curso de comandante de subunidade nos EUA ou Alemanha eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
143
A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS
Figura 1 - Viatura Fennek
Figura 2 - Viatura Dingo
Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas
144
1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais
satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada
utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas
Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para
abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As
viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as
apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C
Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M
60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha
empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Um dos pontos baacutesicos para discussatildeo eacute a estrutura finalidade e composiccedilatildeo
de meios das Bda C Mec do EB face agraves caracteriacutesticas do combate atual e
do futuro Dotar as Bda C Mec com novos meios eacute importante poreacutem a
reestruturaccedilatildeo dessas brigdas deveria preceder agraves inovaccedilotildees no seu material
145
2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os
Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas
(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas
viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou
estrada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Vide comentaacuterio anterior
2 Dependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode haver necessidade de utilizaccedilatildeo de
algum implemento para apoiar a mobilidade neste sentido apenas VBTP
seria insuficiente prestar o apoio sendo mais indicado a adoccedilatildeo de uma VBE
VBTP eacute a opccedilatildeo no caso de impossibilidade de se dispor de uma VBE
3 Devem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece
maior mobilidade atraveacutes terreno
146
B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC
3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e
capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de
mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a
princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard
1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso
AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate
elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego
junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das
viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas
operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade
superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre
lagartas ao R C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
147
1 As Bda C Mec satildeo destinadas basicamente para as Op de Rec e Seg
podendo ser empregadas em Op OfDef e outras Nesse sentido a destinaccedilatildeo
de Vtr de apoio ao combate deveria em principio atender aos princiacutepios da
velocidade em primeiro lugar e aos princiacutepios da mobilidade Nesse sentido
eacute importante manter-se as caracteriacutesticas dos Rgt Mec dotando-os de meios
sobre rodas O emprego de Vtr sobre lagartas nos RCMec deve ser portanto
judiciosamente aquilatado
2 Existe a necessidade de uma anaacutelise mais profunda para a retirada desse tipo
de conclusatildeo
C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA
4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura
que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que
empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas
Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego
das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o
terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas
Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes
limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a
uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o
RCB e duas Cia E Cmb os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas por todas
as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
148
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Eacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em
qualqer terreno da forccedila dotada desses meios mas por outro lado impacta
enormemente a cauda logiacutestica Insisto que as Bda C Mec devam manter
suas caracteriacutesticas de velocidade principalmente trafegabilidade e
mobilidade Recordo que os meios sobre roda garantem entre outras
vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para as Bda C Mec a
velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees baacutesicas de Rec e
Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre rodas eacute a
configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C
Mec do EB
2 A Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos
quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o
RCB seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo
considerando a maior diversidade de materiais nesta anaacutelise
D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB
5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de
engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec
149
apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os
trabalhos de apoio ao conjunto
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
150
APEcircNDICE E ndash PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
TREINAMENTO DE TTP EM AMBIENTE VIRTUAL (TTAV) DA 3ordf BDA C MEC
O TTAV realizado na semana de 23 a 03 de agosto de 2018 consistiu no
emprego de Quadros da 3ordf Bda C Mec no treinamento de TTP em ambiente
simulado na Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
Um R CMec formado pelos Quadros da Bda foi empregado em um Movimento
Retroacutegrado onde tinha por missatildeo retardar o avanccedilo de uma Bda Inf Mec Vm (meios
blindados)
Para cumprir sua missatildeo a brigada empregou Quadros do 3ordm R C Mec 7ordm R C
Mec e 12ordm R C Mec aleacutem do 25ordm GAC e da 3ordf Cia Eng Cmb Mec
O Pel E foi empregado com uma VBTP Eng M113 e um Leopard 1A5 BR com
implemento do tipo arado em reforccedilo ao Rgt ateacute o final da operaccedilatildeo
O Pel E durante a fase de planejamento realizou o estudo do terreno e
contribuiu com o planejamento de obstaacuteculos de contramobilidade e de trabalhos de
proteccedilatildeo ao longo das posiccedilotildees de retardamento
Durante a operaccedilatildeo pela presenccedila de poucos militares de engenharia o
pelotatildeo foi representado pela viatura M113 reforccedilado pela viatura Leopard com rolo
Por limitaccedilotildees do software empregado e pela necessidade de celeridade nas
posiccedilotildees de retardamento (em uma situaccedilatildeo real tal operaccedilatildeo poderia durar dias) as
accedilotildees do Pel E durante o desenrolar da operaccedilatildeo foram limitadas ao
acompanhamento do Rgt e execuccedilatildeo simulada dos trabalhos supracitadas
Ao final da missatildeo foi prevista a utilizaccedilatildeo de uma Vtr MICLIC para a bertura
de uma passagem atraveacutes do campo minado da P Def amiga poreacutem por questotildees
de tempo tal accedilatildeo natildeo foi realizada
Por fim verifica-se que o Pel E em relaccedilatildeo ao emprego de meios sobre
lagartas natildeo atrasou os deslocamentos do R CMec durante a operaccedilatildeo e cumpriu
sua missatildeo dentro do contexto de um movimento retroacutegrado
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 110)
MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO
Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016
AS ESTRUTURAS DE ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES
IacuteNDICE DE ASSUNTOS
1 FINALIDADE02
2 OBJETIVO02
3 REFEREcircNCIAS02
4 INTRODUCcedilAtildeO02
5ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA02
6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO03
7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE04
8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS06
ANEXOS
A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES E
ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO
AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FORCcedilA TERRESTRE
COMPONENTE08
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 210)
1 FINALIDADE
Orientar a organizaccedilatildeo das estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (TO)
2 OBJETIVO
Apresentar uma visatildeo atualizada das estruturas de Engenharia no TO agrave luz da Doutrina
Militar Terrestre subsidiando exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no
planejamento e execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e
taacuteticos para Emprego da Forccedila Terrestre
3 REFEREcircNCIAS
____ Doutrina de Operaccedilotildees Conjuntas - MD30-M-01 2011
____ Doutrina de Logiacutestica Militar - MD42-M-02
____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007
____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014
____ Forccedila Terrestre Componente - EB20-MC-10202 2014
____ A Forccedila Terrestre Componente nas Operaccedilotildees - EB20-MC-10-301 2014
____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015
____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014
____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015
____ Geoinformaccedilatildeo - EB20-MC-10209 2014
____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014
____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999
4 INTRODUCcedilAtildeO
41 A Doutrina do Exeacutercito Brasileiro em particular a doutrina de emprego da Arma de
Engenharia vive em constante evoluccedilatildeo requerendo atualizaccedilotildees perioacutedicas em funccedilatildeo
da introduccedilatildeo de novos conceitos novos equipamentos e mesmo da observaccedilatildeo do
emprego da Arma nos mais variados conflitos
42 A recente ediccedilatildeo de uma nova seacuterie de manuais doutrinaacuterios tanto pelo Ministeacuterio da
Defesa (MD) quanto pelo Estado-Maior do Exeacutercito (EME) indicou a necessidade de uma
atualizaccedilatildeo do Manual de Campanha C 5-1 (Emprego de Engenharia ediccedilatildeo de 1999)
5 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA
51 Uma vez que a Engenharia exerce sua atividade sobre um fator sempre presente - o
terreno - deve haver em cada escalatildeo uma Engenharia capaz de modificar as condiccedilotildees
do mesmo de acordo com a manobra adotada
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 310)
52 A organizaccedilatildeo da Engenharia tem por base a centralizaccedilatildeo dos meios nos escalotildees
mais elevados permitindo que os mesmos possam suprir as deficiecircncias de Engenharia
dos escalotildees subordinados em face das necessidades especiacuteficas de cada situaccedilatildeo e
ainda atender ao apoio em profundidade de modo a liberar os escalotildees subordinados de
encargos na retaguarda
53 Uma accedilatildeo coordenadora do escalatildeo superior de engenharia sobre os escalotildees
subordinados se faz necessaacuteria e eacute realizada por meio dos canais teacutecnicos de
engenharia
54 O funcionamento adequado desses canais teacutecnicos constitui-se em dos principais
fatores para a eficiecircncia do apoio permitindo que os escalotildees subordinados possam em
tempo uacutetil articular seus meios tomar as providecircncias necessaacuterias e receber apoio
adicional do escalatildeo superior quando for o caso
55 A Engenharia eacute organizada no TO da seguinte forma Engenharia do Comando
Logiacutestico do Teatro de Operaccedilotildees (EngCLTO) Comando de Engenharia da Forccedila
Terrestre Componente (CEFTC) no caso de emprego de duas DE Engenharia
Divisionaacuteria (ED) e Engenharia de Brigada (E Bda)
56 Os escalotildees de Engenharia satildeo constituiacutedos pelos seguintes elementos de emprego
pelototildees de engenharia (Pel Eng) companhias de engenharia (Cia Eng) batalhotildees de
engenharia (Btl Eng) e grupamentos de engenharia (Gpt E) aleacutem das tropas de
engenharia especializadas
57 As tropas de engenharia especializadas oferecem capacidades diferenciadas de
engenharia em razatildeo de possuiacuterem pessoal e equipamentos especiacuteficos Quando
possuem valor igual ou menor que subunidade costumam ser chamadas genericamente
de ldquomoacutedulos especializadosrdquo
58 Satildeo exemplos de moacutedulos especializados Companhia de Engenharia de
Camuflagem Equipe de Mergulho Grupo de Construccedilatildeo Horizontal Turma de Patrimocircnio
Imobiliaacuterio etc
59 O anexo ldquoArdquo apresenta os escalonamentos da Engenharia no TO e os organogramas
das estruturas baacutesicas de Engenharia segundo as situaccedilotildees de emprego da FTC da
Doutrina Militar Terrestre
6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO
61 Na Zona de Administraccedilatildeo (ZA) encontra-se
611 uma estrutura de Engenharia que integra o Comando Logiacutestico do Teatro de
Operaccedilotildees (CLTO) denominada de EngCLTO de forma a apoiar as atividades daquele
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 410)
comando particularmente no planejamento e execuccedilatildeo de obras e de serviccedilos de
Engenharia
612 quando houver necessidade de se apoiar de forma mais cerrada a uma F Cte a
EngCLTO poderaacute organizar a partir dos seus meios um Grupo-Tarefa Logiacutestico de
Engenharia (GT Log Eng) que poderaacute enquadrar unidades de engenharia de combate
construccedilatildeo geoinformaccedilatildeo meio ambiente patrimocircnio imobiliaacuterio e outros
62 A EngCLTO seraacute constituiacuteda conforme as necessidades de trabalhos teacutecnicos e
atividades logiacutesticas de Engenharia O valor e a natureza da tropa dependem mais das
caracteriacutesticas da magnitude e das necessidades de desenvolvimento da infraestrutura
do ambiente operacional do que das forccedilas a serem apoiadas
63 Na ZA prioriza-se a exploraccedilatildeo dos recursos mobilizados e contratados Em
consequecircncia eacute normal a existecircncia de empresas civis especializadas e enquadradas
pela estrutura militar
64 As atividades de engenharia executadas com maior frequecircncia na ZA satildeo as de apoio
geral de engenharia englobando os trabalhos de estradas pontes instalaccedilotildees
geoinformaccedilatildeo manutenccedilatildeo e suprimento que exigem grande capacidade teacutecnica e
meios especializados nesse escalatildeo
65 Considerando o grande volume e complexidade de tarefas na ZA eacute conveniente que
as forccedilas de Engenharia integrantes da EngCLTO sejam enquadradas por
Grupamento(s) de Engenharia possuindo particularmente estruturas de Engenharia de
Construccedilatildeo de Meio Ambiente e de Patrimocircnio Imobiliaacuterio entre outras que se fizerem
necessaacuterias
7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE
71 Na Zona de Combate (ZC) encontram-se
711 Estruturas de Engenharia da Forccedila Terrestre Componente (FTC) e de Divisatildeo (otildees)
de Exeacutercito (DE) com meios para atender agraves necessidades proacuteprias dessas estruturas e
aumentar o apoio aos escalotildees subordinados inclusive assumindo encargos nas aacutereas de
retaguarda destes de modo a liberar suas engenharias para o apoio cerrado aos
elementos de combate
712 A Engenharia orgacircnica das Brigadas com meios para atender agraves necessidades
miacutenimas e imediatas do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate
72 A Engenharia da FTC
721 A FTC constitui o comando essencial para o emprego da engenharia por ser
encarregado de traduzir os aspectos da manobra do niacutevel operacional para o niacutevel taacutetico
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 510)
Tem assim uma visatildeo ampla do terreno e da situaccedilatildeo para poder julgar as necessidades
gerais em apoio e em trabalhos conceber o esquema geral de apoio de engenharia e
exercer efetivamente uma coordenaccedilatildeo dos escalotildees subordinados
722 O apoio de engenharia a uma FTC abrange uma diversidade de trabalhos em apoio
adicional agrave mobilidade e agrave contramobilidade dos elementos de primeiro escalatildeo Abrange
tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o apoio geral de engenharia em
toda a sua aacuterea de atuaccedilatildeo
723 Uma FTC eacute estruturada para atender a um planejamento operacional especiacutefico natildeo
possuindo portanto uma organizaccedilatildeo fixa A Doutrina Militar Terrestre admite para fim
de planejamento diversos tipos de FTC cujos apoios de Engenharia seratildeo organizados
de acordo com as constituiccedilotildees destas
724 O apoio de Engenharia a uma FTC eacute coordenado por uma estrutura denominada de
Comando de Engenharia da FTC (CEFTC) a qual possui como principais elementos
operativos os grupamentos de engenharia (Gpt E) ou batalhotildees de engenharia (Btl Eng)
725 A organizaccedilatildeo e os organogramas dos diversos tipos de CEFTC satildeo apresentados
no Anexo ldquoArdquo
73 O Grupamento de Engenharia
731 O Gpt E controla coordena e supervisiona as tarefas de engenharia executadas
pelos batalhotildees e moacutedulos especializados subordinados sendo a estrutura natural para
enquadrar U e SU de Engenharia
732 Basicamente o Gpt E eacute composto pelo Cmdo EM pela Cia C Ap e por U e SU de
Engenharia Possui capacidade de enquadrar ateacute cinco batalhotildees Considera-se para fim
de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a uma U
74 A Engenharia Divisionaacuteria
741 As accedilotildees que se desenrolam no escalatildeo DE satildeo de natureza nitidamente taacutetica e
em consequecircncia sua engenharia opera em um ambiente no qual o combate eacute o
elemento preponderante
742 O apoio de Engenharia a uma DE eacute prestado por uma estrutura denominada
Engenharia Divisionaacuteria (ED)
743 Em funccedilatildeo da missatildeo da DE apoiada e da(s) hipoacutetese(s) de conflito planejada(s) a
ED pode ser organizada com constituiccedilatildeo variaacutevel desde um BE Cmb ateacute um Gpt E aleacutem
dos moacutedulos de engenharia especializados e dos reforccedilos que forem necessaacuterios
744 A ED apoia basicamente a mobilidade e a contramobilidade dos elementos de
manobra da divisatildeo Realiza tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)
apoio geral de engenharia em toda a zona de accedilatildeo divisionaacuteria suplementando o apoio
prestado pelas E Bda
745 O escalonamento da ED eacute apresentado no anexo A
75 A Engenharia de Brigada (E Bda)
751 A E Bda constitui o escalatildeo de engenharia mais avanccedilado na ZC Nele as
necessidades de apoio dos elementos de combate satildeo sentidas com mais intensidade o
que exige o posicionamento dos meios o mais agrave frente possiacutevel
752 Dentro da caracteriacutestica de apoio em profundidade a E Bda eacute organizada com
meios para atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate e
realiza trabalhos sumaacuterios e raacutepidos Assim quando ocorre uma deficiecircncia de meios
em pessoal ou material a E Bda depende do apoio do escalatildeo superior de engenharia
para suplementaacute-la eou reforccedilaacute-la
753 A Engenharia de Brigada eacute composta basicamente por
7531 Um BE Cmb orgacircnico nas Brigadas Blindadas (Bda Bld) e de Infantaria
Mecanizada (Bda Inf Mec) Neste caso o BE Cmb possuiraacute duas Cia E Cmb a quatro Pel
E Cmb cada uma
7532 Uma Cia E Cmb orgacircnica nas demais brigadas Neste caso a Cia possuiraacute trecircs
Pel E Cmb
7533 A natureza das unidades de Engenharia de Combate de Brigada seraacute a mesma da
brigada apoiada
8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS
81 A Concepccedilatildeo Estrateacutegica do Exeacutercito (CEE) oferece diretrizes importantes para a
organizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo das Forccedilas incluindo-se as tropas de Engenharia
particularmente as orgacircnicas das Brigadas em decorrecircncia das diversas Hipoacuteteses de
Emprego (HE)
82 O preparo prontidatildeo e emprego da Forccedila Terrestre satildeo regulados por meio do
Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT)
83 A adjudicaccedilatildeo de meios inclusive os de Engenharia eacute proposta pelo Plano
Estrateacutegico de Emprego Conjunto das Forccedilas Armadas (PEECFA) (elaborado pelo
EMCFA) que identifica a Estrutura Militar e a composiccedilatildeo dos meios a serem
empregados A adjudicaccedilatildeo eacute confirmada e complementada pelo(s) Plano(s)
Operacional(ais) confeccionados pelos Comandos Operacionais
84 A adjudicaccedilatildeo de meios eacute de fundamental importacircncia para o processo de geraccedilatildeo de
forccedilas Normalmente as Eng Bda orgacircnicas das GU seguem o previsto para a respectiva
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 710)
Bda Jaacute os Gpt E existentes desde o tempo de normalidade possuem estruturas
importantes a considerar na adjudicaccedilatildeo de meios quer seja para a realizaccedilatildeo de
trabalhos na ZI (particularmente para as Op Eng Obras Militares Meio Ambiente e
Patrimocircnio) quer seja na organizaccedilatildeo ou mesmo na evoluccedilatildeo de sua estrutura para as
seguintes forccedilas EngCLTO CEFTC e ED
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 810)
ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TO E ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FTC
1 FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo (1ordm caso)
11 Escalonamento
Figura 1 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia em FTC com mais de um G Cmdo operativo
12 Organograma do CEFTC
Legenda (1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio
Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio (2) Possui Nr variaacutevel de Gpt E (no miacutenimo 1) que enquadram Btl Eng e os Moacutedulos
Especializados (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 2 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo
CEFTC
Cia C Ap Gpt E
(2) Cia Geoinformaccedilatildeo
Moacutedulos Especializados (3)
EM (1)
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 910)
13 Organograma de um Gpt E
Legenda
(1) Possui capacidade de enquadrar de dois a cinco Btl Eng (Cmb ou Cnst) Considera-se para fim de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a um Btl Eng
(2) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 3 - Organograma de um Grupamento de Engenharia
2 FTC organizada com mais de uma GU operativa (2ordm caso)
21 Organizaccedilatildeo
Figura 5 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia EM FTC com mais de um GU operativa
Gpt E
Cia C Ap Btl Eng
(1) Moacutedulos
Especializados (2)
EM
(ED)
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 1010)
22 Organograma do CEFTC (ED)
Legenda
(1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio
(2) Normalmente dois Btl Eng (Cmb ou Cnst) podendo chegar a cinco (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 6 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Unidade operativa
3 FTC eacute organizada com uma GU operativa (3ordm caso)
Neste caso o CEFTC (E Bda) seraacute constituiacutedo pela Unidade ou Subunidade orgacircnica
da GU podendo receber meios adicionais
PAULO RICARDO PINTO SILVA - Cel
Chefe do Centro de Doutrina do Exeacutercito
CEFTC ED
Cia C Ap Btl Eng
(2) Cia Geoinformaccedilatildeo
Moacutedulos Especializados
(3)
EM (1)
161
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 16)
ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NOTA DE COORDENACcedilAtildeO
DOUTRINAacuteRIA NR 022016
MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES
CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO
Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de
2016
O EMPREGO DO BATALHAtildeO DE ENGENHARIA DAS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA
IacuteNDICE DE ASSUNTOS
1 FINALIDADE 02
2 OBJETIVO 02
3 REFEREcircNCIAS 02
4 INTRODUCcedilAtildeO 02
5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA 03
6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA 04
7 EMPREGO DO BATALHAtildeO 04
ANEXOS
A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA DE
CAVALARIA MECANIZADA 06
162
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 26)
1 FINALIDADE
Complementar a orientaccedilatildeo do emprego da engenharia retificando as
informaccedilotildees referentes ao apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada (Bda C
Mec)
2 OBJETIVO
Apresentar uma visatildeo atualizada da organizaccedilatildeo estrutura e emprego da
engenharia que presta apoio agraves Bda C Mec agrave luz da Doutrina Militar Terrestre
subsidiando a exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no planejamento e
execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e taacuteticos para
Emprego da Forccedila Terrestre
3 REFEREcircNCIAS
____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007
____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014
____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015
____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014
____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015
____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014
____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999
____ Brigada de Cavalaria Mecanizada - C 2-30
____ Batalhatildeo de engenharia de combate - C 5-7 2001
____ O apoio de engenharia no escalatildeo brigada - C 5-10 2000
____ Regimento de Cavalaria Mecanizado - C 2-20 2002
____ Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 002 2016 ndash As estruturas de
engenharia no teatro de operaccedilotildees
4 INTRODUCcedilAtildeO
41 A desarmonia entre doutrina e emprego afasta a forccedila da possibilidade de
manutenccedilatildeo de uma efetiva capacidade A mudanccedila em um dos fatores da
doutrina exige um reajuste das demais para que se mantenha um equiliacutebrio entre
Doutrina Organizaccedilatildeo Adestramento Material Emprego Pessoal e Instruccedilatildeo
(DOAMEPI)
163
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 36)
42 O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia (PENSE) Vetor de
Transformaccedilatildeo da Engenharia no Processo de Tranformaccedilatildeo do Exeacutercito foi
concebido com a finalidade de proporcionar uma urgente recuperaccedilatildeo da
capacidade operacional no que tange agraves estruturas organizacionais
competecircncia dos recursos humanos evoluccedilatildeo doutrinaacuteria melhoria da
quantidade e qualidade do material de engenharia e gestatildeo ambiental nas
atividades militares
43 Evoluccedilotildees doutrinaacuterias e aquisiccedilotildees de materiais modernos como as Viaturas
dos Projetos Leopard e Guarani proporcionaram agraves brigadas mecanizadas e
blindadas grande poder de dissuasatildeo exigindo entretanto uma adequaccedilatildeo no
do material pessoal e doutrina da engenharia
5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA
51 O apoio de Engenharia eacute fundamental para que as brigadas blindadas e
mecanizadas tenham capacidade de mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo
Uma engenharia ineficiente elimina as vantagens obtidas por fraccedilotildees dotadas de
modernas viaturas as quais tecircm sua mobilidade ditada por limitaccedilotildees impostas
pelo terreno e por restriccedilotildees determinadas pela engenharia inimiga bem como
sua defesa pelo uso exclusivo do fogo
52 Esta NCD complementa a Nota de Coordenccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31
de maio de 2016 e retifica-a no que tange agrave organizaccedilatildeo da Engenharia em
apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada a qual a mantinha como uma
subunidade
53 Dotada de trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (Pel E Cmb) e um
Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) como elementos executivos e de um
Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) a Subunidade de engenharia natildeo
tem capacidade de proporcionar agrave Bda C Mec mobilidade assegurar a
contramobilidade nem contribuir com sua proteccedilatildeo
54 A Brigada de Cavalaria Mecanizada pode empregar em primeiro escalatildeo ateacute
2 (dois) Regimentos de Cavalaria Mecanizada (RC Mec) e 1 (um) Regimento de
Cavalaria Blindado (RCB) os quais podem receber pelototildees em apoio direto ou
situaccedilatildeo de comando reforccedilo
164
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)
55 O Comandante da engenharia do escalatildeo Brigada entretanto natildeo restringe
sua influecircncia no combate ao apoio de Engenharia no Apoio Direto ou no Reforccedilo
aos regimentos mas emprega os demais pelototildees que estatildeo sob seu comando
no Apoio Suplementar a esses pelototildees no Apoio ao Conjunto realizado em
proveito a mais de um elemento ou agrave brigada como um todo aleacutem de manter
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada
6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA DE CAVALARIA
MECANIZADA
61 A Engenharia da brigada deve atender as necessidades miacutenimas e imediatas
do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate o que para isso conta com
um Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado (BE Cmb Mec)
62 O BE Cmb Mec estaacute organizado com uma Companhia de Engenharia de
Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) uma Companhia de Engenharia de
Combate Blindado (Cia E Cmb Bld) uma Companhia de Comando e Apoio (Cia
C Ap) e uma Companhia de Equipagem de Ponte (C Eq Pnt)
63 A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec)
subunidade mais apta para apoiar os RC Mec e a Cia E Cmb Bld mais apta para
apoiar o RCB possuem cada uma 4 (quatro) Pelototildees de Engenharia de
Combate (Pel E Cmb) como fraccedilatildeo baacutesica de emprego junto aos regimentos
64 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para o comando e logiacutestica do
batalhatildeo e equipamentos de engenharia para as companhias aleacutem de realizar
trabalhos teacutecnicos de manutenccedilatildeo de rede miacutenima de estrada e instalaccedilotildees
necessaacuterios agrave Bda
65 A Cia E Pnt tem a missatildeo apoiar com equipamento especializado a
transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e de pequenas brechas no apoio agrave mobilidade e
reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas do batalhatildeo com material de transposiccedilatildeo
165
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 56)
7 EMPREGO DO BATALHAtildeO
71 O comandante do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
administra o emprego de suas fraccedilotildees e meios a fim de garantir o apoio agrave
mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo da brigada
72 Com o objetivo preciacutepuo de apoio aos elementos em primeiro escalatildeo o
comandante da engenharia da brigada simultaneamente manteacutem condiccedilotildees de
prestar apoio suplementar a esses elementos suprir as necessidades da brigada
no Apoio ao Conjunto e ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando
empregada
73 As Cia E Cmb satildeo os elementos executivos do batalhatildeo
74 Ao Cmt do BE Cmb cabe planejar o emprego de seus meios os quais devem
ser compatiacuteveis com suas possibilidades
75 Para o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo as companhias apoiam com
pelototildees de preferecircncia de mesma natureza do elemento apoiado Cada peccedila
de manobra valor unidade empregado pela Bda recebe normalmente um
pelotatildeo Quando necessaacuterio o reforccedilo em material este deve ser solicitado ao
Cmt Btl
76 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para comando e logiacutestica do
batalhatildeo e Viatura Blindadas Especiais sobre lagartas a fim de reforccedilar os
pelototildees em apoio aos regimentos e equipamentos de engenharia para as Cia E
Cmb
77 A Cia E Pnt tem a missatildeo de apoiar e reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas na
transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e pequenas brechas com equipamento
especializado e VBE sobre lagartas
166
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 66)
ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB MEC ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA
DE CAVALARIA MECANIZADA
1 Organograma do BE Cmb MecBda C Mec
Figura 1 ndash Exemplo de um organograma de BE Cmb Mec de Bda C Mec
TERMO DE AUTORIZACcedilAtildeO PARA PUBLICACcedilAtildeO DE TESES DISSERTACcedilOtildeES
TRABALHOS DE CONCLUSAtildeO DE CURSO E ARTIGOS CIENTIacuteFICOS ELETROcircNICOS NA
BIBLIOTECA DIGITAL DE TRABALHOS CIENTIacuteFICOS
Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicaccedilatildeo autorizo a DESMil e a EsAO a
disponibilizarem atraveacutes de paacutegina eletrocircnica oficial do Estabelecimento de Ensino sem ressarcimento dos
direitos autorais de acordo com a Lei nordm 9610 de 19 de fevereiro de 1998 Lei de Direito Autoral o texto
integral da obra abaixo citada conforme permissotildees assinaladas para fins de leitura impressatildeo eou
download a tiacutetulo de divulgaccedilatildeo da produccedilatildeo cientifica brasileira a partir desta data
Identificaccedilatildeo do material bibliograacutefico
( ) Tese (x) Dissertaccedilatildeo ( ) Trabalho de Conclusatildeo de Curso (x) Artigo Cientiacutefico
Instituiccedilatildeo de Ensino Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO)
Tiacutetulo A doutrina de Engenharia de Combate da Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma sugestatildeo de
adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas
Autor Cap Eng Saulo dos Santos Marques
Idt033373474-7 CPF010094330-67 E-mailmarxemcasahotmailcom
Data de Defesa11 de outubro de 2018 Titulaccedilatildeo Mestrado Profissional
Curso de Poacutes-graduaccedilatildeo Engenharia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Defesa Nacional
Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Agecircncia de fomento (se for o caso)
Autoriza disponibilizar o e-mail na Base de Dados de Teses Dissertaccedilotildees Trabalhos Cientiacuteficos
e Artigos Cientiacuteficos da Biblioteca Digital de Trabalhos Cientiacuteficos
( x ) SIM ( ) NAtildeO
Informaccedilatildeo de acesso ao documento
Liberaccedilatildeo para publicaccedilatildeo (x) Total ( ) Parcial
Em caso de publicaccedilatildeo parcial especifique o(s) tiacutetulo(s) eou capiacutetulo(s) restrito(s)
Tiacutetulo(s) ________________________________________________________________________
Capiacutetulo(s) ______________________________________________________________________
A restriccedilatildeo (parcial ou total poderaacute ser mantida por ateacute um ano a partir da data de autorizaccedilatildeo da
publicaccedilatildeo) A extensatildeo deste prazo suscita justificativa ao Instituto Brasileiro de Informaccedilatildeo em Ciecircncia e
Tecnologia (IBICT) Todo o conteuacutedo resumo e metadados ficaratildeo sempre disponibilizados
Havendo concordacircncia com a publicaccedilatildeo eletrocircnica do Trabalho Cientiacutefico torna-se imprescindiacutevel o
envio do(s) seu(s) arquivo(s) em formato digital sem ser passiacutevel de modificaccedilatildeo do tipo Portable Document
Format (PDF) da Adobe Systems
________________________________________
Saulo dos Santos Marques
MINISTEacuteRIO DA DEFESA
EXEacuteRCITO BRASILEIRO
DECEx - DESMIL
ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS
(EsAO1919)
DIVISAtildeO DE ENSINO SECcedilAtildeO DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO
TERMO DE CESSAtildeO DE DIREITOS SOBRE TRABALHO ACADEcircMICO
TIacuteTULO DO TRABALHO
A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA
MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS
ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
IDENTIFICACcedilAtildeO DO AUTOR
SAULO DOS SANTOS MARQUES ndash Cap Eng
1 Este trabalho nos termos da legislaccedilatildeo que resguarda os direitos autorais eacute considerado de minha
propriedade
2 Autorizo a Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) a utilizar meu trabalho para uso
especiacutefico no aperfeiccediloamento e evoluccedilatildeo da Forccedila Terrestre bem como a divulgaacute-lo por publicaccedilatildeo em
revista teacutecnica da Escola ou outro veiacuteculo de comunicaccedilatildeo do Exeacutercito
3 A EsAO poderaacute fornecer coacutepia do trabalho mediante ressarcimento das despesas de postagem e
reproduccedilatildeo Caso seja de natureza sigilosa a coacutepia somente seraacute fornecida se o pedido for encaminhado
por meio da Organizaccedilatildeo Militar fazendo-se a necessaacuteria anotaccedilatildeo do destino no Livro de Registro
existente na Biblioteca
4 Eacute permitida a transcriccedilatildeo parcial de trechos do trabalho para comentaacuterios e citaccedilotildees desde que sejam
transcritos os dados bibliograacuteficos dos mesmos de acordo com a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais
5 A divulgaccedilatildeo do trabalho em outros meios natildeo pertencentes ao Exeacutercito somente pode ser feita
com a autorizaccedilatildeo do autor ou da Direccedilatildeo de Ensino da EsAO
Rio de Janeiro ___ de _________________ de ________
_______________________________________
O AUTOR
RESUMO
A capacidade de uma tropa estaacute baseada nos fatores doutrina organizaccedilatildeo adestramento material emprego pessoal e instruccedilatildeo Para o sistema de engenharia destaca-se ainda mais a importacircncia do conjunto formado pelo material pessoal e organizaccedilatildeo O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia visa reestruturar esse sistema que tem influecircncia significativa na capacidade da engenharia cumprir suas missotildees como arma de apoio Alinhado com esse objetivo este trabalho analisou a estrutura das Brigadas de Cavalaria Mecanizada que satildeo compostas por Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindada os quais receberam respectivamente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedias de Rodas Guarani e as Viaturas de Combate Carro de Combate Leopard 1 e M60 A3-TTS Embora os projetos Guarani e Leopard tenham influenciado na melhoria dos materiais utilizados pelos regimentos a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo teve a adequaccedilatildeo dos seus fatores base Entatildeo surgiu a necessidade de por meio da anaacutelise dos fatores emprego e materiais sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo desse apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo da brigada a partir da anaacutelise do apoio a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
ABSTRACT
The capacity of a troop is based on factors doctrine organization training material employment personnel and instruction For the engineering system the importance of the set formed by the material personnel and organization stands out even more The Strategic New Engineering System Project aims to restructure this system which has a significant influence on the ability of engineering to fulfill its missions as a support weapon Aligned with this objective this work analyzed the structure of the Mechanized Cavalry Brigades which are composed of Mechanized Cavalry Regiments and Armored Cavalry Regiments which received respectively the Armored Personnel Carrier Vehicle - Medium Wheeled Type and the Main Battle Tank Leopard 1 and M60 A3-TTS Although the Guarani and Leopard projects influenced the improvement of the materials used by the regiments the Mechanized Combat Engineering Company did not have the adequacy of its base factors Then the need arose through the analysis of the factors of employment and materials to suggest a proposal for adequacy of this support provided to the elements employed in the first step of the brigade based on the analysis of the support for Deliberate Attack
Keywords Mechanized Cavalry Brigades Mechanized Combat Engineering Company Structurant New Engineering System Project Deliberate Attack
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 PROBLEMA 12
12 OBJETIVOS 13
13 QUESTOtildeES DE ESTUDO 14
14 JUSTIFICATIVA 15
2 METODOLOGIA 16
21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO 16
211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis 17
212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 18
213 Alcances e limiteshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 19
22 AMOSTRAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 20
23 DELINEAMENTO DA PESQUISAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21
231 Procedimentos para revisatildeo de literatura 21
2311 Fontes de busca 22
2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados 22
2313 Criteacuterios de inclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22
2314 Criteacuterios de exclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22
232 Procedimentos Metodoloacutegicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23
233 Procedimentos Experimental helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23
234 Instrumentos 23
2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios 24
2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani hellip 24
2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 24
2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)helliphelliphelliphelliphelliphellip
25
2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham
realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip
25
2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25
235 Anaacutelise dos Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26
2351 Tabulaccedilatildeo dos dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 27
31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 28
311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito 28
312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo 29
313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra 29
314 Modularidade 30
315 Projeto Guarani 31
32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 33
321 Regimento de Cavalaria Mecanizado 35
322 Regimento de Cavalaria Blindada 36
33 COMPANHIA DE COMBATE MECANIZADA 38
331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio 40
332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto 40
333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado 43
34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE 45
341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha 46
342 Viatura Blindada Especial de Engenharia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 49
343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha 50
344 Outros sistemas e implementos 55
35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM OUTROS PAIacuteSES
60
351 SBCT a brigada americana Stryker helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60
352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha helliphellip 63
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 71
41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS 71
411 Revisatildeo da literatura 72
412 Entrevistas 73
413 Coleta documental 73
42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO 74
421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo 74
422 Adequabilidade do material 78
43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 79
431 Organizaccedilatildeo adequada 80
432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos 82
433 Caracteriacutesticas dos meios 91
434 Quantidade de VBE por BE Cmb 96
5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES 99
REFEREcircNCIAS 103
APEcircNDICE A - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA 109
APEcircNDICE B - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA 120
APEcircNDICE C - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 131
APEcircNDICE D - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 143
APEcircNDICE E - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 150
ANEXO A ndash NCD NR 022016 151
ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NCD NR 022016 160
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
Os novos manuais doutrinaacuterios publicados a partir do ano de 2014
reformularam as bases da doutrina do Exeacutercito Atraveacutes deles a Doutrina Militar
Terrestre (DMT) ratificou alguns conceitos jaacute existentes mas trouxe novos que devem
ser entendidos e incorporados agraves capacidades da forccedila a fim de acompanhar a
evoluccedilatildeo do combate mundial
O conhecimento de conceitos como Operaccedilatildeo de Amplo Espectro (atuaccedilatildeo
simultacircnea ou sucessiva em Operaccedilotildees Ofensivas Defensivas de Pacificaccedilatildeo e de
Apoio a Oacutergatildeos Governamentais) permite entender quais satildeo as capacidades que
devem ser almejadas pelas Brigadas Mecanizadas (Bda Mec) consideradas Grandes
Unidades (GU) vocacionadas para essa Operaccedilatildeo Destas GU destacam-se as de
Cavalaria Mecanizada que segundo o Manual de DMT tem a aptidatildeo agraves missotildees de
Reconhecimento Vigilacircncia e Seguranccedila
As Brigadas de Cavalaria Mecanizada apresentam limitaccedilotildees como a
vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de minas e
obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos arenosos
pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees
meteoroloacutegicas adversas e com grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria
conforme discriminado pelo manual C 2-30 - Brigada de Cavalaria Mecanizada
(BRASIL 2000 p 1-4)
Tais limitaccedilotildees afetam principalmente a mobilidade da Bda em Operaccedilotildees
Ofensivas na qual os RC Mec (Brasil 2000 p 1-14) estatildeo mais capacitados a
executar as operaccedilotildees altamente moacuteveis as manobras de flanco o aproveitamento
do ecircxito e a perseguiccedilatildeo Por sua vez o RCB que por suas caracteriacutesticas eacute o
elemento de manobra mais eficaz para conduzir as operaccedilotildees ofensivas e defensivas
continuadas da Bda apresenta uma seacuterie de restriccedilotildees na sua capacidade de
manobra diminuindo sua eficaacutecia e eficiecircncia no emprego do fogo do combate
aproximado e da accedilatildeo de choque
Para reduzir as limitaccedilotildees das Brigadas de Cavalaria Mecanizada na mobilidade
contramobilidade e proteccedilatildeo as Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada
(Cia E Cmb Mec) empregam os Pelototildees de Engenharia de Combate Mecanizado
(Pel E Cmb Mec) conforme Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de
maio de 2016 As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (documento de
11
caraacuteter experimental portanto natildeo definitivo) a fim de atender agraves necessidades
miacutenimas dos Regimentos de Cavalaria Mecanizado (RC Mec) e Regimento de
Cavalaria Blindado (RCB)
As atribuiccedilotildees que a Engenharia tem para com seus elementos apoiados se
apresentam da seguinte forma
A Engenharia tem como missatildeo principal apoiar com as vertentes do
combate e construccedilatildeo os elementos de emprego da F Ter nas operaccedilotildees
desencadeadas no amplo espectro dos conflitos Participa das Funccedilotildees de
Combate Movimento e Manobra proporcionando mobilidade agraves armas-base
e contra-mobilidade ao inimigo Proteccedilatildeo aos oacutergatildeos e estruturas de
combate Logiacutestica em diversas atividades dentre outras (BRASIL 2014 p
6-3)
Nesta uacuteltima deacutecada concomitantemente com a atualizaccedilatildeo doutrinaacuteria novos
Materiais de Emprego Militar (MEM) foram distribuiacutedos em diversas OM do Brasil
frutos de Projetos Estrateacutegicos do Exeacutercito (PEE) alterando suas capacidades e
limitaccedilotildees Dentre eles destaca-se para as tropas de natureza blindada o Projeto
Leopard o qual levou agrave troca dos Carros de Combate (CC) M41 pelas Viatura Blindada
de Combate Carro de Combate Leopard 1 A5 BR (VBCCC Leopard 1 A5 BR) desde
2009
Para as tropas mecanizadas o principal impacto foi causado pelo Projeto
Guarani o qual jaacute modernizou a frota de algumas Organizaccedilotildees Militares (OM) com
esta Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas (VBTP-MR) a qual
estaacute em fase de produccedilatildeo e entrega Concomitantemente com a produccedilatildeo dessas
viaturas estatildeo sendo desenvolvidos protoacutetipos e adquiridos materiais para o
desenvolvimento dos demais componentes da Nova Famiacutelia de Blindados Sobre
Rodas Guarani (NFBSR)
O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que
os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo
doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos
Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado
empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi) (BRASIL 2014 p 7-2)
12
O objetivo geral do presente estudo eacute partindo do estudo das Capacidades da
Cia E Cmb Mec analisar no acircmbito da mobilidade as necessidades miacutenimas e
imediatas dos elementos a serem empregados em primeiro escalatildeo Baseado nessa
anaacutelise busca-se apresentar uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Cia
E Cmb Mec no Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi)
11 PROBLEMA
Em manual datado de 1989 C 5-10 - Apoio de Engenharia no Escalatildeo Brigada
e reeditado em 2000 consta a missatildeo organizaccedilatildeo atribuiccedilotildees equipamentos e
forma de emprego do pelotatildeo de engenharia de combate O manual C 5-1 - Emprego
da Engenharia datado de 1999 em sua 3ordf ediccedilatildeo caracteriza o Pel E Cmb como o
elemento responsaacutevel por prestar apoio aos elementos em primeiro escalatildeo da Bda C
Mec
A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 (NCD Nr 0216) trouxe a
atualizaccedilatildeo de alguns conceitos modificando inclusive o escalatildeo de apoio de
engenharia agraves Brigadas Blindadas e de Infantaria Mecanizada (Bda Inf Mec)
passando do valor subunidade (Companhia) para unidade (Batalhatildeo)
Nesta mesma NCD poreacutem foi mantido o estabelecido nos dois manuais citados
acima ratificando que uma Cia E Cmb Mec constituiacuteda por 3 Pel E Cmb Mec eacute o
elemento de apoio aos Regimentos da Bda
O Comandante da Cia E Cmb Mec denominado engenheiro da brigada ao
empregar pelototildees em reforccedilo restringe sua capacidade de realizar um apoio
suplementar a esses pelototildees e de realizar trabalhos em prol da proacutepria companhia
dos demais elementos da brigada e do apoio ao conjunto (mais de um elemento)
Aleacutem disso por sua limitaccedilatildeo em meios na realizaccedilatildeo de trabalhos o Pel E Cmb
na maioria de suas missotildees eacute reforccedilado por equipagens e equipamentos pelo Pelotatildeo
de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Esses poreacutem natildeo
possuem materiais adequados reforccedilar os pelototildees de engenharia de combate
Face ao exposto formulou-se o seguinte problema Em que medida a
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada tem capacidade de atender agraves
necessidades miacutenimas dos elementos empregados em primeiro escalatildeo de uma Bda
C Mec no Aproveitamento do Ecircxito no que tange agrave mobilidade
13
12 OBJETIVOS
O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que
os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo
doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos
Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado
empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Com o intuito de conduzir o estudo para uma soluccedilatildeo foram elencados os
seguintes objetivos especiacuteficos
a Apresentar os conceitos novos ou natildeo que sejam relevantes para a
exploraccedilatildeo do assunto
b Descrever a forma de emprego de uma Bda C Mec em Operaccedilotildees de
Aproveitamento do Ecircxito
c Descrever a organizaccedilatildeo e as caracteriacutesticas dos elementos empregados em
primeiro escalatildeo por uma Bda C Mec
d Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e forma de emprego em Operaccedilotildees
Ofensivas de uma Cia E Cmb Mec
e Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de
um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap)
f Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de
um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass)
g Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas missatildeo possibilidades e limitaccedilotildees
do Pel E Cmb Mec
h Analisar a capacidade do Pel E Cmb Mec em atender agraves necessidades
miacutenimas dos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada em
Operaccedilotildees Ofensivas
i Apresentar viaturas especiais de engenharia disponiacuteveis no mercado
mundial
j Analisar o emprego de uma engenharia de Bda do exeacutercito alematildeo e
estadunidense semelhante agrave Bda C Mec concluindo sobre a adequabilidade
do emprego realizado pelo exeacutercito brasileiro
14
k Apresentar uma proposta de apoio de engenharia capaz de atender agraves
necessidades miacutenimas de regimentos orgacircnicos de uma Bda C Mec
13 QUESTOtildeES DE ESTUDO
Atraveacutes da anaacutelise da capacidade de apoio de um Pel E Cmb orgacircnico de uma
Cia E Cmb Mec frente agraves necessidades de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada agrave
luz dos novos manuais doutrinaacuterios projetos estrateacutegicos e dos meios de dotaccedilatildeo (ou
em aquisiccedilatildeo pelo Exeacutercito) seraacute analisada a adequabilidade desse apoio Para isso
foram relacionadas algumas questotildees de estudo listadas abaixo a fim de guiar o
trabalho ao objetivo proposto
a) quais os conceitos associados ao emprego e ao material satildeo necessaacuterios para
desenvolvimento de uma proposta adequada de organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec
b) como a Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute empregada em uma Operaccedilatildeo de
Aproveitamento do Ecircxito
c) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela
Brigada de Cavalaria Mecanizada
d) como a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada das Brigadas de
Cavalaria Mecanizadas satildeo empregadas em Operaccedilotildees Ofensivas
e) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada
f) quais os meios que disponiacuteveis atualmente para o Pelotatildeo de Engenharia de
Combate Mecanizado apoiar os Regimentos empregados em primeiro escalatildeo no
Aproveitamento do Ecircxito
g) quais os materiais disponiacuteveis no mundo necessaacuterios para atribuir capacidade
de junto aos Regimentos em um Aproveitamento do Ecircxito
h) como eacute prestado o apoio de engenharia em outros paiacuteses a tropas que
possuam organizaccedilatildeo semelhante agrave da Brigada de Cavalaria Mecanizada
i) qual a sugestatildeo de emprego da engenharia de brigada para que seja realizado
um apoio adequado que atenda agraves necessidades miacutenimas dos regimentos orgacircnicos
da Bda C Mec
14 JUSTIFICATIVAS
15
Este trabalho justifica-se pela necessidade de ser avaliada a manutenccedilatildeo ou natildeo
da capacidade da Cia E Cmb Mec frente agraves mudanccedila relacionadas agraves caracteriacutesticas
apresentadas pelos novos cenaacuterios mundiais e pela evoluccedilatildeo do material utilizado
pelo Exeacutercito Brasileiro advindo dos Projetos Leopard e Guarani a fim de
acompanhar o Processo de Transformaccedilatildeo do Exeacutercito Brasileiro que estaacute em
desenvolvimento atualmente
Tal justificativa encontra-se alinhada com os objetivos do Projeto Estruturante
Novo Sistema de Engenharia (PENSE) concebido pelo EME em 2014 o qual teve a
Diretriz de Implantaccedilatildeo aprovada pela Portaria Nordm 031-EME de 26 de fevereiro de
2018
O objetivo decisivo do programa estaacute centrado nos pilares de sustentaccedilatildeo da
capacidade operacional da Engenharia quais sejam a obtenccedilatildeo do Material de
Engenharia adequado e suficiente o desenvolvimento e a atualizaccedilatildeo da doutrina e a
capacitaccedilatildeo de pessoal
A inovaccedilatildeo dos MEM bem como a transformaccedilatildeo doutrinaacuteria demandam
anaacutelises retificaccedilatildeo e ratificaccedilatildeo de conceitos quebra de paradigmas e uma busca
pelo reequiliacutebrio entre as capacidades e necessidades geradas
Com o intuito de corroborar com a evoluccedilatildeo do Sistema Engenharia tendo em
vista a modernizaccedilatildeo doutrinaacuteria e dos novos MEM este trabalho buscaraacute analisar
as Capacidades Operativas desejaacuteveis a fim de propor uma adequaccedilatildeo de apoio de
engenharia na mobilidade dos RC Mec e RCB orgacircnicos de uma Bda C Mec no
Aproveitamento do Ecircxito
Com essa adequaccedilatildeo busca-se dar efetividade agrave doutrina atinente agrave
Engenharia da Brigada tornando-a atual e compatiacutevel com as necessidades dos
elementos apoiados principalmente exequiacutevel e efetiva
16
2 METODOLOGIA
Nesta seccedilatildeo estaacute detalhada a forma que a pesquisa foi dirigida a fim de
atender aos objetivos especiacuteficos os quais visaram desenvolver uma soluccedilatildeo
adequada ao objetivo geral atraveacutes do desenvolvimento de respostas agraves questotildees
de estudo levantadas
Por meio do estudo das possibilidades e limitaccedilotildees da Companhia de
Engenharia de Combate Mecanizada buscou-se apresentar uma anaacutelise da
capacidade de atender agraves necessidades dos elementos empregados em primeiro
escalatildeo pelas Bda C Mec e sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo de sua forma de
emprego e do material necessaacuterio
Para atingir esses objetivos a metodologia foi dividida em objeto formal de
estudo amostra e delineamento de pesquisa
21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO
O presente trabalho eacute classificado quanto agrave sua forma de abordagem
qualitativa e ao seu objetivo geral como exploratoacuteria e descritiva A sua finalidade eacute
desenvolver uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Companhia de
Engenharia de Combate aos Regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada
em Operaccedilotildees Ofensivas por meio do estudo especiacutefico das capacidades
operativas da Cia E Cmb Mec em operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito face agrave
evoluccedilatildeo doutrinaacuteria presente na publicaccedilatildeo dos novos manuais doutrinaacuterios
publicados a partir de 2014 e dos MEM frutos dos Projetos Estrateacutegicos Leopard e
Guarani
Para atingir esse objetivo seraacute descrita a doutrina em vigor relacionada agrave Bda
C Mec e agrave Cia E Cmb que a apoia e analisados os reflexos da transformaccedilatildeo
doutrinaacuteria ocorrida nos uacuteltimos anos (de 2014 a 2017) e da aquisiccedilatildeo de novos
MEM
Com base na anaacutelise das capacidades e limitaccedilotildees seraacute proposta uma soluccedilatildeo
de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia que atribua capacidade de emprego de
acordo com a doutrina baseado na bibliografia vigente e atualizado com base no
emprego de exeacutercitos de outros paiacuteses e no material disponiacutevel no mundo
atualmente
17
Para a pesquisa a variaacutevel ldquoCapacidades Operativas da Companhia de
Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do Ecircxitordquo que analisou
as capacidades em material e de acordo com a organizaccedilatildeo atuais da Companhia
no apoio agrave mobilidade no aproveitamento do ecircxito foi considerada a variaacutevel
independente
Atraveacutes desta procurou-se estudar modificaccedilotildees que influenciassem
significativamente sobre a dependente ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de
uma Brigada de Cavalaria Mecanizadardquo a fim de adequar o apoio prestado aos
regimentos durante a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito pela engenharia da
brigada
A relaccedilatildeo entre a variaacutevel dependente e independente eacute alterada pelo fator
ldquoNecessidades Miacutenimas dos Regimentosrdquo que satildeo as necessidades de trabalhos
de engenharia aos regimentos existentes apoacutes a modernizaccedilatildeo do material e
doutrina nacionais no que tange agrave Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis
ldquoCapacidades Operativas da Companhia de Engenharia de Combate no
Aproveitamento do Ecircxitordquo variaacutevel independente pode ser definida como a
anaacutelise agraves capacidades atuais da Cia E Cmb Mec para emprego do Pel E Cmb em
uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito em apoio ao Rgt de uma Bda C Mec
Para isso foi analisado por meio dos questionaacuterios ldquoArdquo e ldquoBrdquo a adequabilidade
da organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec para apoio aos regimentos de uma Brigada de
Cavalaria Mecanizada e do material disponiacutevel para apoiaacute-los na mobilidade em uma
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
A variaacutevel ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de uma Brigada de
Cavalria Mecanizadardquo pode ser definida como a sugestatildeo doutrinaacuteria para atender
agrave luz dos novos conceitos e fundamentos e materiais as necessidades dos
Regimentos
Por meio das respostas dos questionaacuterio ldquoArdquo ldquoBrdquo ldquoCrdquo e ldquoDrdquo chegou-se a uma
organizaccedilatildeo adequada e atual quando comparada com outros exeacutercitos permitindo
a melhoria do emprego da engenharia no emprego junto aos regimentos de uma
Brigada de Cavalaria Mecanizada
18
Os referidos questionaacuterios tambeacutem permitiram a anaacutelise das caracteriacutesitcas dos
meios e a quantidade de viaturas necessaacuterias para o apoio de engenharia da
brigada na abertura de passagem em obstaacuteculos durante uma Operaccedilatildeo de
Aproveitamento do Ecircxito
Para a variaacutevel interveniente foi considerada as Necessidades Miacutenimas dos
Regimentos no que se refere a apoio de engenharia as quais foram apresentadas
na revisatildeo de literatura reforccedilada pelas respostas presentes nos citados
questionaacuterios cujas respostas foram analisadas individualmente
Esta anaacutelise porcurou confirmar ou refutadar os comentaacuterios presentes nos
questionaacuterios de acordo com as informaccedilotildees encontradas na proacutepria bibliografia
estudada e no Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual (TTAV) realizado no Centro
de Instruccedilatildeo de Blindados
212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis
Nos Quadros 1 e 2 estatildeo expostos a dimensatildeo os indicadores e a forma de
mediccedilatildeo das variaacuteveis independente e dependente a fim de permitir uma
visualizaccedilatildeo de como seratildeo abordados no presente estudo
VARIAacuteVEL
INDEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO
Capacidades
Operativas da Cia
E Cmb no Apvt
Ecircxi
Emprego no
apoio aos Rgt
da Bda C
Mec
Adequabilidade
da organizaccedilatildeo
Questotildees Nr 1 e 2 (Apd A)
e Nr 1 e 2 (Apd B)
Material para
apoio agrave
mobilidade
Adequabilidade
do material
Questotildees Nr 3 (Apd A) e
Nr 3 (Apd B)
QUADRO 1 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Independente Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec no Apvt Ecircxi Fonte O autor
19
VARIAacuteVEL
DEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO
Apoio de
Engenharia aos
Rgt de uma Bda
C Mec
Emprego da
engenharia
Organizaccedilatildeo
adequada
Questotildees 6 e 7 (Apd A)
questotildees 6 e 7 (Apd B)
Comparaccedilatildeo com
outros exeacutercitos
Questatildeo 1 2 e 3 (Apd C) e
questatildeo 1 2 e 3 (Apd D)
Material para
abertura de
passagem em
obstaacuteculo
Caracteriacutesticas dos
meios
Questotildees 4 e 5 (Apd A)
questotildees 4 e 5 (Apd B)
questatildeo 4 e 5 (Apd C) e
questatildeo 4 e 5 (Apd D)
Quantidade de
viaturas Questatildeo 6 (Apd C)
QUADRO 2 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Dependente Apoio de Engenharia aos Rgt da Bda C Mec Fonte O autor
213 Alcances e Limites
Para a anaacutelise das operaccedilotildees ofensivas foram excluiacutedos os tipos de
Reconhecimento em Forccedila Perseguiccedilatildeo Ataque de Oportunidade e Marcha para o
Combate O objetivo do autor foi dar ecircnfase aos trabalhos de mobilidade com
emprego dos pelototildees de forma descentralizada Desta forma o pelotatildeo que
acompanha o regimento precisa conduzir todo o material necessaacuterio natildeo sendo
adequado solicitar apoio agrave companhia devido a sua distacircncia e necessidade de
acompanhamento da velocidade das operaccedilotildees
Nesse sentido foi escolhido o estudo da Operaccedilatildeo de Aproveitamento do
Ecircxito situaccedilatildeo que o Pelotatildeo encontra-se normalmente empregado na situaccedilatildeo de
comando reforccedilo
O sistema Engenharia constituiacutedo por material pessoal e doutrina visa
proporcionar aos elementos apoiados mobilidade contramobilidade proteccedilatildeo e
apoio geral Dentre estes foram abordados neste estudo o apoio agrave mobilidade
20
situaccedilatildeo onde a falta de meios especiais junto aos pelototildees eacute mais niacutetida deixando
de ser trabalhados contramobilidade proteccedilatildeo e apoio geral
Na mobilidade o estudo abarcou trabalhos de abertura de passagens em
obstaacuteculos transposiccedilatildeo de curso de aacutegua obstaacuteculo conservaccedilatildeo e reparaccedilatildeo de
vias e estradas e desorganizaccedilatildeo de posiccedilotildees organizadas do inimigo trabalhos os
quais podem ser realizados por viaturas blindadas especiais Excluiu-se portanto o
estudo da transposiccedilatildeo de curso de aacutegua de vulto ou grande vulto que exigem o
apoio de escalotildees superiores agrave brigada a navegaccedilatildeo e o reconhecimento
Como a Cia E Cmb Mec desdobra seus trabalhos normalmente em toda aacuterea
da Bda o estudo limitou-se aos realizados em prol dos elementos em primeiro
escalatildeo (os regimentos de cavalaria) excluindo o estudo dos trabalhos de apoio ao
conjunto e suplementar
Para tal os meios a serem analisados foram limitados aos de emprego
imediato pelos pelototildees ou seja que seja de dotaccedilatildeo ou passados em reforccedilo ao
pelotatildeo Um exemplo de meio incluiacutedo foi uma Ponte de Pequena Brecha (Pnt P
Bre) pois pode ser transportada por reboque ou por uma viatura blindada Em
contrapartida foi excluiacutedo o estudo do emprego de portada pesada tendo em vista
que a mesma natildeo tem emprego em transposiccedilatildeo imediata mas preparada
22 AMOSTRA
As pesquisas as quais foram enviadas por endereccedilo eletrocircnico atraveacutes de
consulta aos e-mails cadastrados no DGP buscaram abranger em caraacuteter
voluntaacuterio militares que tivessem conhecimentos ligados ao tema
Enquanto algumas pesquisas procuraram abranger militares que tiveram
experiecircncia no emprego do apoio de engenharia (como cliente ou como fornecedor)
outras pesquisas buscaram militares especializados no emprego de blindados e por
fim pesquisas que exploraram a experiecircncia de militares que realizaram curso de
comandante de subunidade no exterior confrontando o questionamento com os
conhecimentos e experiecircncias vividas nos Estados Unidos e na Alemanha
Os questionaacuterios elaborados embora tenha como universo apenas militares
com posto acima de capitatildees aperfeiccediloados natildeo procuraram levar em consideraccedilatildeo
a experiecircncia nos respectivos postos mas a experiecircncia dos mesmos na funccedilatildeo que
exercem ou exerciam ou nos conhecimentos adquiridos no exterior
21
Desta forma foi considerado irrelevante a descriccedilatildeo dos mesmos
considerando apenas as respostas por grupo os quais tiveram por objetivo
demonstrar os diferentes posicionamentos em relaccedilatildeo ao assunto em pauta
Com isso os referidos militares foram divididos em quatro grupos conforme
descrito abaixo
a comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada
de Cavalaria Mecanizada
b comandantes e ex-comandantes de Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada
c oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de
Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha
d oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que
tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados
Unidos ou na Alemanha
23 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O delineamento da pesquisa teve uma abordagem qualitativa em que o estudo
das relaccedilotildees entre variaacutevel dependente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec
no Aproveitamento do Ecircxito) e independente (Apoio de Engenharia aos Regimentos
de uma Bda C Mec) eacute indissociaacutevel e natildeo pode ser traduzida por nuacutemeros
(Rodrigues 2006 p 36)
O meacutetodo de abordagem utilizado foi o indutivo fundamentado na experiecircncia
e construiacutedo a partir da observaccedilatildeo de casos da realidade concreta (Rodrigues
2006 p 29) do emprego do Pel E Cmb Mec apresentados neste trabalho por meio
de situaccedilotildees particulares e anaacutelise de questionaacuterios e procedimento experimental
realizado pela Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
Para responder ao objetivo geral a pesquisa foi abordada de forma descritiva
contando com a experiecircncia do autor que descreveu a relaccedilatildeo entre as variaacuteveis e
contribuiu com a descriccedilatildeo doutrinaacuteria atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica
231 Procedimentos para revisatildeo de literatura
22
Com o objetivo de responder ao problema do trabalho foram realizados os
seguintes procedimentos metodoloacutegicos descritos abaixo
2311 Fontes de busca
Foram utilizados como fontes para descriccedilatildeo do conhecimento doutrinaacuterio que
influencia no emprego da Cia E Cmb Mec e para a construccedilatildeo da proposta do
trabalho manuais monografias dissertaccedilotildees e artigos cientiacuteficos (nacionais dos
Estados Unidos e da Alemanha) livros e Notas de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria (NCD)
2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados
Com a finalidade de estabelecer paracircmetros doutrinaacuterios foram selecionados
documentos que contribuam para o direcionamento e limitaccedilatildeo para uma proposta
mais adequada
Foram realizadas buscas por dados em siacutetios eletrocircnicos na internet como
Google sendo selecionadas dentre os resultados obtidos as paacuteginas oficiais de
instituiccedilotildees como instruccedilotildees trabalhos perioacutedicos e documentos nacionais e
estrangeiros e em estabelecimentos de ensino como Escola de Aperfeiccediloamento
de Oficiais e Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
2313 Criteacuterios de inclusatildeo
Foram selecionados documentos de caraacuteter qualitativo em portuguecircs inglecircs e
alematildeo que estivessem relacionados ao emprego de pelotatildeo de engenharia em
apoio a tropas dotadas de meios blindados e mecanizados nas Operaccedilotildees
Ofensivas
Tambeacutem foram incluiacutedos documentos relacionados aos materiais e programas
de aquisiccedilatildeo de materiais relacionados agraves tropas blindadas e mecanizadas
2314 Criteacuterios de exclusatildeo
23
Dos documentos selecionados foram excluiacutedos os manuais revogados os
documentos que natildeo abrangem tropa blindada ou mecanizada e os que natildeo estatildeo
relacionados com Operaccedilotildees Ofensivas
232 Procedimentos Metodoloacutegicos
Com o propoacutesito de coletar dados e opiniotildees sobre o assunto no que tange ao
emprego em pessoal e material do Pel E Cmb em Operaccedilotildees Ofensivas foram
enviados eletronicamente questionaacuterios aos grupos conforme criteacuterios
anteriormente elencados
Concomitantemente foi realizada a coleta de dados da bibliografia relacionada
e com os dados coletados por meio dos questionaacuterios gerando a base para a
proposta de adequaccedilatildeo de apoio da Cia E Cmb Mec
233 Procedimentos Experimental
O procedimento experimental foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de
Blindados o qual realiza anualmente o Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual
com as brigadas mecanizadas e blindadas
Neste ano foi realizado o treinamento com a 3ordf Brigada de Cavalaria
Mecanizada a qual empregou seus Quadros em ambiente virtual confeccionado
pelo Chefe da Seccedilatildeo de Simuladores
A proposta inicial era empregar uma Bda C Mec em um Aproveitamento do
Ecircxito reforccedilada por um Pel E dotado de Viaturas Blindadas Especiais Entretanto o
exerciacutecio visava o treinamento em uma operaccedilatildeo de Movimento Retroacutegrado o que
embora natildeo tenha sido a situaccedilatildeo ideal natildeo prejudicou o resultado pois o principal
objetivo natildeo foi o emprego em si mas a capacidade de acompanhamento da
velocidade das viaturas dos regimentos mecanizados
234 Instrumentos
Os questionaacuterios enviados a 5 (cinco) grupos conforme anteriormente
definidos tiveram por objetivo principal identificar a opiniatildeo dos especialistas sobre
24
os aspectos relativos ao apoio de engenharia aos elementos de emprego em
primeiro escalatildeo de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada bem como analisar as
necessidades em material e a possibilidade de emprego para atender as
necessidades miacutenimas imediatas dos Regimentos
Assim buscou-se uma reflexatildeo sobre o assunto que fosse rica em sugestotildees
e dados qualitativos para fundamentar uma sugestatildeo baseada em conhecimentos e
experiecircncias distintos
2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios
Tendo em vista o caraacuteter qualitativo da presente pesquisa buscou-se a
confecccedilatildeo de questionaacuterios com questotildees fechadas poreacutem com espaccedilo para
discussatildeo e geraccedilatildeo de sugestotildees sobre o tema
O preacute-teste foi aplicado em militares que jaacute tinham sido instrutores do Centro
de Instruccedilatildeo de Blindados que pelo conhecimento sobre blindados sobre rodas e
sobre lagartas envolvimento em exerciacutecios de simulaccedilatildeo virtual e no terreno e
experiecircncia no exterior apresentam condiccedilotildees de orientar corrigir ou incrementar as
questotildees propostas
2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani
Pretendeu-se por meio da relaccedilatildeo desses militares com o assunto obter uma
anaacutelise do projeto inicial Guarani os objetivos buscados para compra dos
implementos dessa viatura e anaacutelise das capacidades que se espera atingir com o
projeto para que ao final da presente pesquisa a sugestatildeo esteja alinhada ao
projeto Guarani
2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)
25
Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do cliente da engenharia
da brigada a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada atualmente
nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e emprego desse
apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios e apresentar
uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas e sobre
lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica
2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)
Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do fornecedor do apoio
de engenharia a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada
atualmente nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e
emprego desse apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios
e apresentar uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas
e sobre lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica
2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)
Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para
adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar
a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec
2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)
Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para
adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar
a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec
26
As respostas e sugestotildees apresentadas nessas questotildees proporcionaratildeo
ratificaratildeo ou retificaratildeo das ideias iniciais apresentadas no trabalho conduzindo o
autor a uma proposta amparada na experiecircncia e conhecimentos de diferentes
especialistas
235 Anaacutelise dos Dados
Os dados resultantes dos questionaacuterios contribuiram para questionamento e
reforccedilo das ideias inicialmente apresentadas por meio da experiecircncia nas funccedilotildees
de comandantes no emprego de tropas mecanizadas e blindadas e com
conhecimento do emprego de tropas americanas e alematildes
2351 Tabulaccedilatildeo dos dados
Os dados seratildeo categorizados quanto aos aspectos organizacionais
materiais de emprego e logiacutestica por meio do levantamento das diversas amostras
que compotildeem a presente pesquisa
A codificaccedilatildeo e tabulaccedilatildeo seguiraacute a verificaccedilatildeo da correta compreensatildeo dos
questionaacuterios por parte dos participantes e se as respostas foram transcritas de
forma coerente e com linguagem compreensiacutevel
As questotildees fechadas foram diretamente tabuladas dentro do universo de
determinado puacuteblico-alvo Para isso foram estabelecidos graacuteficos como recurso de
representaccedilatildeo dos resultados e analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise
estatiacutestica inferencial
Os comentaacuterios foram posicionados apoacutes a apresentaccedilatildeo dos graacuteficos de
forma a permitir a anaacutelise do conteuacutedo qualitativo apresentado sendo os dados
analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise estatiacutestica descritiva
Ao final de cada resultado das anaacutelises das questotildees foram apresentadas as
conclusotildees parciais referente ao respectivo questionaacuterio
27
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
O conjunto de ideias e entendimentos que define ordena distingue e qualifica
as atividades de organizaccedilatildeo preparo e emprego das Forccedilas Armadas deve ser
harmocircnico de acordo com a definiccedilatildeo de Doutrina Militar (BRASIL 2014 p 1-1)
Com este propoacutesito evoluccedilotildees doutrinaacuterias buscam equilibrar as capacidades
atuais do Exeacutercito com as necessidades projetadas para futuras operaccedilotildees mantecirc-
lo adequado ao futuro imediato em termos de desenvolvimento organizacional
intelectual e tecnoloacutegico (EUA 2011 p ix traduccedilatildeo do autor)
Para que o Exeacutercito acompanhe a transformaccedilatildeo que ocorre na Era do
Conhecimento periacuteodo atual marcado pela raacutepida geraccedilatildeo e obsolescecircncia do
conhecimento essa harmonia deve ser constantemente analisada e retificada
(BRASIL 2014 p 1-1)
A duacutevida quanto agrave efetiva capacidade de uma forccedila em cumprir a missatildeo a que
se destina origina-se da desarmonia entre sua doutrina e emprego (fruto da
ineficiecircncia de um MEM por exemplo) o que deve ser uma premissa satisfatoacuteria
para motivar estudos que contribuam para o alcance da maacutexima prontidatildeo
operativa
Este estudo deve para tanto ser analisado por meio dos fatores
determinantes interrelacionados e indissociaacuteveis doutrina organizaccedilatildeo
adestramento material educaccedilatildeo pessoal e infraestrutura (DOAMEPI) os quais
contribuem para o desenvolvimento de uma das capacidades prioritaacuterias para a F
Terr a efetividade da doutrina (BRASIL 2014 p 3-3)
A fim de facilitar o entendimento esta seccedilatildeo estaacute dividida da seguinte forma
Consideraccedilotildees iniciais onde seratildeo abordados os fundamentos baacutesicos para
entendimento de conceitos que permeiam o assunto contribuindo para uma correta
avaliaccedilatildeo e desenvolvimento de uma soluccedilatildeo doutrinariamente harmoniosa Brigada
de Cavalaria Mecanizada onde seratildeo abordadas as necessidades de apoio de
engenharia nas Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito Companhia de Engenharia
de Combate Mecanizada onde seratildeo apresentadas as caracteriacutesticas de seu
emprego em Operaccedilotildees Ofensivas Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no
mundo para reforccedilo dos Pel E Cmb no apoio agrave mobilidade os quais podem ajustar
as capacidades das Cia E Cmb e por uacuteltimo seraacute analisado o emprego de tropas
28
semelhantes agraves Bda C Mec nos EUA e na Alemanha onde a engenharia de brigada
preste apoio agrave tropa mecanizada que tenha em sua constituiccedilatildeo elementos de
reconhecimento
31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS
As seguintes consideraccedilotildees iniciais satildeo importantes para uma anaacutelise precisa
da capacidade da Cia E Cmb Mec em apoiar os Regimentos da Bda C Mec na
mobilidade em operaccedilotildees ofensivas e consequentemente para a construccedilatildeo de
uma proposta satisfatoacuteria com o objetivo do trabalho
311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito
As Operaccedilotildees Ofensivas satildeo operaccedilotildees decisivas que visam engajar forccedilas
superiores ao do inimigo em local e momento decisivos a fim de destruiacute-lo por
meio do fogo do movimento e da accedilatildeo de choque (BRASIL 2014 p 4-3) A accedilatildeo
de choque por sua vez deve ser entendida como o impacto psicoloacutegico causado
pelo carro de combate ao inimigo por meio do poder de fogo aparente
invulnerabilidade ruiacutedo e capacidade de transpor obstaacuteculos (BRASIL 2016 p 29)
Dentre os tipos de Operaccedilatildeo Ofensiva o trabalho explorou o Aproveitamento
do Ecircxito o qual destaca-se pela maior necessidade de apoio imediato agrave mobilidade
por elementos mais proacuteximos agraves peccedilas de manobra de ataque (os Pel E Cmb)
Nesses casos em que os elementos empregados em primeiro escalatildeo necessitam
de apoio imediato e contiacutenuo normalmente a engenharia da brigada emprega seus
pelototildees sob a Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo (BRASIL 1999 p 2-28)
O Aproveitamento do Ecircxito operaccedilatildeo que conquista os resultados mais
decisivos se discorre apoacutes o aproveitamento de um ataque bem sucedido no qual
a forccedila inimiga encontra dificuldades para se defender O avanccedilo contiacutenuo e raacutepido
sobre as forccedilas inimigas desorganizadas buscam ampliar as vantagens impedindo
uma reorganizaccedilatildeo ou a realizaccedilatildeo de um movimento retroacutegrado (BRASIL 2000 p
5-17)
Na Bda C Mec o RCB normalmente constitui o escalatildeo avanccedilado no
Aproveitamento do Ecircxito Cabe agrave engenharia por sua vez reduzir a accedilatildeo dos
obstaacuteculos naturais ou artificiais permitindo a adoccedilatildeo de um deslocamento de forccedila
29
mais adequado garantindo a conquista de resultados decisivos em menor tempo e
com miacutenimo de perdas Com o intuito de manter o movimento contiacutenuo e
permanente o apoio de engenharia aos regimentos eacute realizado de forma
descentralizada permitindo o apoio a elementos afastados do escalatildeo superior
desde que adequadamente reforccedilado em meios (BRASIL 2000 p 5-18)
Tanto o Aproveitamento do Ecircxito quanto o Ataque de Oportunidade satildeo
accedilotildees que decorrem de uma interpretaccedilatildeo do comandante sobre os acontecimentos
do combate A incerteza de sua realizaccedilatildeo aleacutem de quando onde e como seraacute
realizada seraacute definida pela imediata expediccedilatildeo de ordens fragmentaacuterias pelo
comandante as quais exigem que o pelotatildeo tenha permanentemente condiccedilotildees de
apoiar (BRASIL 2000 p 5-9) Para a engenharia a proximidade e a disponibilidade
de meios adequados determinaraacute a efetividade do apoio prestado aos elementos
em primeiro escalatildeo desta brigada
312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo
Quando empregado em situaccedilatildeo de comando reforccedilo o Pel E Cmb subordina-
se diretamente ao comandante do regimento No aproveitamento do ecircxito esta eacute a
situaccedilatildeo de comando normalmente empregada devido agrave necessidade de plena
autonomia e pela incapacidade de apoio da companhia devido ao seu afastamento
em relaccedilatildeo aos pelototildees (BRASIL 1999 p 1-14)
Cabe ao pelotatildeo portanto o apoio aproximado imediato e contiacutenuo com
equipamentos adequados devendo para isso ser reforccedilado pela Cia E Cmb em
meios e se necessaacuterio em pessoal (BRASIL 1999 p 1-14) garantindo a rapidez
do movimento a fim de multiplicar o poder de combate contribuindo para o melhor
emprego da potecircncia de fogo e da accedilatildeo de choque do elemento apoiado Desta
forma busca-se diminuir o risco com base na premissa de que quanto maior o
tempo de exposiccedilatildeo do escalatildeo de ataque aos fogos maiores seratildeo suas perdas
(BRASIL 2000 p 5-15)
313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra
A Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra estaacute relacionada com o conjunto
de atividades tarefas e sistemas inter-relacionados empregados para deslocar
30
forccedilas de modo a posicionaacute-las em situaccedilatildeo de vantagem em relaccedilatildeo ao inimigo
(BRASIL 2014 p 5-10)
Para este estudo cresce de importacircncia o entendimento de manobra como se
segue
A manobra concentra e dispersa o poder de combate para manter o inimigo
em desvantagem Consegue resultados que de outra forma seriam
dispendiosos Manobra eficaz manteacutem forccedilas inimigas fora do equiliacutebrio
fazendo-as enfrentar novos problemas e novos perigos mais raacutepido do que
eles podem combatecirc-los As forccedilas do Exeacutercito ganham e preservam a
liberdade de accedilatildeo reduzem a vulnerabilidade e exploram o sucesso
atraveacutes da manobra Manobra eacute mais que fogo e movimento Inclui a
aplicaccedilatildeo dinacircmica e flexiacutevel de todos os elementos do poder de combate
(EUA 2011 p A-2 traduccedilatildeo do autor)
O emprego da Engenharia estaacute intimamente ligada agrave funccedilatildeo de combate
movimento e manobra particularmente no que tange agrave promoccedilatildeo da mobilidade agraves
tropas subordinadas ao escalatildeo a que pertence (BRASIL 2014 p 6-3)
314 Modularidade
A modularidade eacute a aptidatildeo de um elemento de combate de receber moacutedulos
que ampliem seu poder de combate ou lhe agreguem capacidades (BRASIL 2014
6-14)
Este conceito surgiu da necessidade de empregar forccedilas em torno de
formaccedilotildees menores e mais versaacuteteis No niacutevel taacutetico e operacional a rotineira
necessidade de operaccedilatildeo em aacutereas natildeo-contiacuteguas por unidades subordinadas se
contrapunha ao contiacuteguo e hieraacuterquico arranjo das forccedilas terrestres (EUA 2011 p
C-1 traduccedilatildeo do autor)
Embora o conceito seja novo a engenharia jaacute emprega seus elementos com
certa modularidade Um exemplo eacute o Pel E Cmb que natildeo possui meios adequados
para por exemplo realizar o lanccedilamento de um campo minado em poucos minutos
Ele necessita que uma viatura dotada de um sistema de dispersatildeo de minas bem
como a guarniccedilatildeo da mesma sejam adicionados ao Pelotatildeo
31
315 Projeto Guarani
O Projeto Guarani teve sua origem a partir da necessidade de substituiccedilatildeo das
Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP) EE-11 Urutu (FIGURA 1) e
Viatura Blindada sobre Rodas (VBR) EE-9 Cascavel (FIGURA 2) as quais se
encontram em fase de obsolescecircncia e atraso tecnoloacutegico perante os moderno
cenaacuterio de batalha conforme informado pelo Escritoacuterio de Projetos do Exeacutercito
(EPEx)
FIGURA 1 ndash Viatura Blindada de Transporte de Pessoal EE-11 Urutu Fonte Siacutetio eletrocircnico Youtube Acesso em 1 ago 2018
FIGURA 2 Viatura Blindada de Rodas EE-9 Cascavel Fonte Siacutetio eletrocircnico Defesanet Acesso em 22 dez 2017
32
O projeto que remonta a origem de sua concepccedilatildeo no final da deacutecada de
1990 tem em sua proposta inicial o objetivo de modernizar as Brigadas de
Infantaria Motorizadas recentemente transformadas em Brigadas de Infantaria
Mecanizada bem como modernizar as Brigadas de Cavalaria Mecanizada
Atualmente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas
(VBTP-MR) Guarani jaacute comeccedilaram a ser distribuiacutedas
FIGURA 3 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas Guarani Fonte Siacutetio eletrocircnico EPEx Acesso em 22 dez 2017
O projeto originalmente era constituiacutedo de duas versotildees de viatura uma 6x6 e
uma 8x8 Esta uacuteltima versatildeo que contaria com um canhatildeo 105 mm encontra-se
atualmente paralisada Aleacutem disso era previsto uma famiacutelia de blindados
constituiacuteda de viaturas morteiro lanccediladoras de ponte especial de engenharia
desminagem entre outras as quais teriam seus protoacutetipos ainda a serem
desenvolvidos (DEFESANET 2017)
Quanto agrave substituiccedilatildeo das Viaturas Cascavel foi adiada conforme Boletim do
Exeacutercito Nr 48 publicado em 1ordm de dezembro de 2017 A portaria cria o Projeto de
Obtenccedilatildeo da Viatura Blindada de Reconhecimento ndash Meacutedia sobre Rodas (VBR-
MSR) 6x6 que consiste na modernizaccedilatildeo da Viatura Cascavel (DEFESANET
2017)
33
As viaturas especiais de engenharia tambeacutem fruto das dificuldades
orccedilamentaacuterias teratildeo seu desenvolvimento adiado Para dirimir essa inexistecircncia de
material para apoiar as tropas mecanizadas a Diretoria de Material de Engenharia
estaacute em processo de aquisiccedilatildeo de implementos de engenharia para serem
incorporados agraves VBTP-MR Guarani conforme informado em visita ao Departamento
de Engenharia e Construccedilatildeo (DEC)
32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
A missatildeo preciacutepua da Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute cumprir missotildees de
seguranccedila conquanto tem a capacidade de executar operaccedilotildees ofensivas e
defensivas em operaccedilotildees de seguranccedila ou como elemento de aplicaccedilatildeo do
princiacutepio de guerra ldquoeconomia de meiosrdquo (BRASIL 2000 p 1-2) Dentre as
operaccedilotildees ofensivas a brigada tem possibilidade de executar as manobras de
flanco o aproveitamento do ecircxito e a perseguiccedilatildeo (BRASIL 2000 p 1-3)
Algumas caracteriacutesticas da Bda C Mec destacam-se pelo impacto que causam
nas necessidades do apoio prestado pela engenharia como a boa mobilidade
taacutetica e estrateacutegica que permite grande raio de accedilatildeo deslocamento em alta
velocidade em estrada e realizaccedilatildeo de manobras raacutepidas e flexiacuteveis a proteccedilatildeo
blindada que permite razoaacutevel grau de seguranccedila no combate embarcado e a
flexibilidade o que permite o emprego em largas frentes e grande profundidade
(BRASIL 2000 p 1-2)
Pelas caracteriacutesticas que lhe atribuem mobilidade destacam-se como
limitaccedilotildees a vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de
minas e obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos
arenosos pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees
meteoroloacutegicas adversas e grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria (BRASIL
2000 p 1-4)
Na Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito a Bda progride em larga frente
sendo mantidas em reserva apenas forccedilas que possibilitem assegurar a
flexibilidade a impulsatildeo e a seguranccedila Para isso eacute empregada tatildeo vigorosamente
quanto possiacutevel contra forccedilas que encontrem dificuldade de manter suas posiccedilotildees
evitando o seu engajamento contra tropas de poder insuficiente para ameaccedilaacute-la a
fim de atingir rapidamente seus objetivos e mantecirc-lo Para isso a decisatildeo de
34
desbordar ou engajar forccedilas pode ser delegada aos Cmt subordinados (BRASIL
2000 p 5-20)
A dependecircncia do deslocamento por estradas estaacute associada aos meios de
transporte utilizada pelas brigadas mecanizadas Suas viaturas sobre rodas tem
uma extrema vulnerabilidade no deslocamento atraveacutes campo principalmente em
deslocamentos em periacuteodos chuvosos ou atraveacutes de terrenos alagadiccedilos
ocasionando normalmente o atolamento das mesmas
A Bda C Mec possui como peccedilas de manobra orgacircnicas para emprego em
primeiro escalatildeo dois Regimentos de Cavalaria Mecanizado e um Regimento de
Cavalaria Blindado (BRASIL 2000 p 1-11) A engenharia responsaacutevel por dirimir
suas restriccedilotildees eacute uma Cia E Cmb Mec conforme demonstrado na FIGURA 4
FIGURA 4 Organograma de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
Depois das brigadas blindadas a Bda C Mec eacute a tropa mais apta para realizar
operaccedilotildees como forccedila de aproveitamento do ecircxito Essa grande unidade pode ser
35
empregada como forccedila de Apvt Ecircxi ou de acompanhamento e apoio do Esc Sup ou
aproveitar o ecircxito de suas proacuteprias operaccedilotildees (BRASIL 2000 p 5-18)
Nesse tipo de operaccedilatildeo a brigada progride em larga frente desde que o
terreno e a rede de estradas permitam permanecendo o miacutenimo de forccedilas em
reserva
321 Regimento de Cavalaria Mecanizado
O Regimento de Cavalaria Mecanizado eacute empregado pela Brigada nas
missotildees de reconhecimento e seguranccedila (BRASIL 2002 p 1-1) ou como elemento
de aplicaccedilatildeo do princiacutepio de economia de meios pela Bda (BRASIL 2002 p 6-1)
O Regimento eacute constituiacutedo organicamente por um comando 3 Esquadrotildees de
Cavalaria Mecanizada (Esqd C Mec) (BRASIL 2000 p 1-11) conforme
representado na Figura 2
FIGURA 5 Organograma de um Regimento de Cavalaria Mecanizado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
Dentre as operaccedilotildees ofensivas o RC Mec considerado unidade blindada leve
eacute o elemento mais apto para as missotildees de aproveitamento do ecircxito e perseguiccedilatildeo
em razatildeo das caracteriacutesticas de suas viaturas (BRASIL 2002 p 1-1)
36
As viaturas empregadas pelo regimento satildeo aleacutem das Viaturas Taacuteticas Leve
as viaturas EE-9 Cascavel e a VBTP-MR 6x6 Guarani (DEFESANET 2017) as
quais possuem grande mobilidade e baixa classe sendo elas respectivamente
classe 11 e 20 poreacutem alta dependecircncia de utilizaccedilatildeo de estradas
A Bda pode ainda organizar o RC Mec como Forccedila-Tarefa (FT) a fim de
aumentar as possibilidades de ecircxito em determinadas funccedilotildees podendo receber
Esquadratildeo de Carro de Combate (Esqd CC) Esquadratildeo de Fuzileiro Blindado
(Esqd Fuz Bld) Companhia de Fuzileiro Blindado (Cia Fuz Bld) FT Esqd CC FT
Esqd Fuz Bld FT Cia Fuz Bld e Cia Fuz Mtz (BRASIL 2002 p 1-9)
322 Regimento de Cavalaria Blindada
O RCB elemento responsaacutevel por proporcionar capacidade ofensiva agrave Bda
(BRASIL 2002 p 7-6) possui uma organizaccedilatildeo semelhante a de uma Forccedila Tarefa
(FT) empregando 2 (dois) esquadrotildees de fuzileiros (Esqd Fuz) e 2 (dois)
esquadrotildees de carro de combate (Esqd CC) aleacutem de um Esquadratildeo de Comando e
Apoio (Esqd C Ap) (BRASIL 2000 p 1-12)
FIGURA 6 Organograma de um Regimento de Cavalaria Blindado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
37
O Esqd Fuz eacute dotado das viaturas de transporte de pessoal VBTP M113
(Mesquita 2015) (FIGURA 7) viatura anfiacutebia de origem americana de classe 11
FIGURA 7 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal M113 Fonte Siacutetio eletrocircnico EXEacuteRCITO BRASILEIRO Acesso em 22 dez 2017
O Esqd CC possui as viaturas de combate VBC CC M60 A3-TTS (Mesquita
2015) (Figura 8) viatura americana de classe 55 e capacidade de transposiccedilatildeo
submersa em curso de aacutegua de ateacute 240 m de profundidade com preparaccedilatildeo
FIGURA 8 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate M60 A3-TTS Fonte Siacutetio eletrocircnico 20RCB Acesso em 22 dez 2017
38
Esta viatura foi substituiacuteda na maioria dos regimentos pela VBC CC Leopard
1 BR (Mesquita 2015) (Figura 9) de origem alematilde classe 45 com capacidade de
transposiccedilatildeo submersa de cursos de aacutegua de ateacute 225 com preparaccedilatildeo e 4 m com
snorkel
FIGURA 9 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate Leopard 1BR Fonte Siacutetio eletrocircnico DEFESANET Acesso em 22 dez 2017
Com suas viaturas sobre lagartas o RCB eacute a forccedila da brigada para emprego
da accedilatildeo de choque proteccedilatildeo blindada e mobilidade (BRASIL 2000 p 6-25) Por
caracteriacutesticas de suas viaturas o regimento possui grande vulnerabilidade a
ataques aeacutereos armas anticarro e minas
33 COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADA
A Cia E Cmb Mec tem por missatildeo multiplicar o poder de combate da Bda
proporcionando-lhe mobilidade contramobilidade e contribuindo para sua proteccedilatildeo
(BRASIL 2000 P 4-1)
39
As capacidades que cabem agrave Cia E Cmb Mec satildeo fruto das necessidades da
Bda C Mec a quem estaacute subordinada Essas capacidade estatildeo intimamente ligadas
agraves limitaccedilotildees dos seus meios
Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto
aos elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos
meios mais agrave frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada (Cia E Cmb) eacute organizada com meios destinados a atender agraves
necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate (BRASIL
2000 p 1-16)
Face agraves necessidades da Brigada serem maiores junto aos elementos em
primeiro escalatildeo a Cia E Cmb menos esses elementos deve ser capaz de realizar
os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da Bda como
um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada (BRASIL 2000 p 2-4)
No aproveitamento do ecircxito as necessidades de apoio ao conjunto aumentam
sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo
com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao
emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo (BRASIL 1999 p
5-14)
O comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na conduta
do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de atender
agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistas (BRASIL
1999 p 5-14)
O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a
forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de
comando reforccedilo normalmente eacute adotada emprego dos pelototildees de combate
(BRASIL 1999 p 5-14)
No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos
Regimentos e sua impulsatildeo do ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos
naturais e artificiais (BRASIL 1999 p 5-4)
Para apoiar o RCB e o RC Mec a Companhia de Engenharia tem a
possibilidade de apoiar ateacute 3 peccedilas de manobra simultaneamente lanccedilar ou
construir obstaacuteculos abrigos e outros trabalhos de organizaccedilatildeo do terreno que
40
requeiram matildeo-de-obra eou equipamentos especializados lanccedilar e remover
obstaacuteculos realizar abertura e fechamento de passagens em obstaacuteculos montar e
operar ateacute duas portadas pesadas lanccedilar trecircs pontes de pequena brecha construir
manter e operar portadas pesadas recebidas do escalatildeo superior conservar e
reparar estradas e realizar o estudo teacutecnico do terreno apontando os corredores de
mobilidade (BRASIL 2000 p 4-2 2-2 e 2-3)
Para isso a Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de
Comando um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de
Assalto e trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (BRASIL 2000 p 4-1)
conforme FIGURA 10
FIGURA 10 Organograma de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Fonte Adaptado do manual BRASIL (2000 p 4-1)
331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio
O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) eacute responsaacutevel por reforccedilar os
Pel E Cmb com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especiais de engenharia
(VBE) equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e
41
equipamentos especializados na guerra com minas conforme previsto no manual
C5-10 (p 4-5)
Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de
Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de
Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de
Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate (BRASIL 1999 p 4-
6) conforme organograma da Figura 11
FIGURA 11 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Fonte Brasil (2000 p 4-1)
Ainda de acordo com o material disponiacutevel descrito no manual C5-10 os
principais materiais e equipamentos com que o Pel E Ap pode reforccedilar os Pel E
Cmb no apoio agrave mobilidade no Aproveitamento do Ecircxito satildeo viaturas blindadas
especiais de engenharia (VBE) reboque com equipamento para abertura de trilhas
em obstaacuteculos (o qual se refere ao equipamento de abertura de brecha) e reboque
com Eqp para disseminaccedilatildeo de minas motosserra compressor de ar e jogo de
ferramentas pneumaacuteticas aparelho de solda arco voltaico e conjunto para
balizamento de passagens
42
Dos citados materiais cabe salientar que natildeo existe nas Cia E Cmb Mec
viaturas especiais de engenharia equipamentos para abertura de brecha para
disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de ferramentas pneumaacuteticas
332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto
O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos
Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal
especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de
aacutegua (BRASIL 1999 p 4-7)
O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto
Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas
(BRASIL 1999 p 4-8) conforme Figura 12
FIGURA 12 Organograma do Pelotatildeo de Engenharia de Assalto Fonte Brasil (2000 p 4-1)
Os principais equipamentos que o pelotatildeo possui satildeo botes de assalto
equipagem de passadeira portada pesada e veiacuteculos lanccediladores de pontes de
pequenas brechas Embora natildeo especificados nos manuais que fazem referecircncia
se seriam sobre rodas ou sobre lagartas foi considerado pelo autor que as viaturas
43
lanccediladoras de ponte de pequena brecha da Cia E Cmb Mec seja sobre rodas
partindo do princiacutepio que no DAMEPLAN existe ponte de classe 30 lanccedilada por
viatura
Dos materiais acima citados com que o Pel E Cmb Mec precisa ser reforccedilado
no Aproveitamento do Ecircxito o principal meio eacute a viatura lanccediladora de pontes sobre
rodas a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro
333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
O pelotatildeo fraccedilatildeo baacutesica de apoio junto agraves armas (BRASIL 1999 p 1-10) que
tem por missatildeo realizar dentro de suas possibilidade os trabalhos teacutecnicos de
engenharia em proveito da brigada como um todo ou da peccedila de manobra da arma-
base apoiada (BRASIL 2000 p 4-9) Composto por um grupo de comando e 3
Grupos de Engenharia (GE) os quais estes constituem elemento baacutesico de
trabalho (BRASIL 1999 p 1-10) o Pel E Cmb estaacute organizado conforme
representado na FIGURA 13
FIGURA 13 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado Fonte Brasil (2000 p 4-1)
44
Segundo o manual C 5-10 nas operaccedilotildees ofensivas o Cmt Cia E designa
normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada (BRASIL
1999 p 4-2) Para isso o Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de
cortina de fumaccedila trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista
que a Cia E Cmb natildeo possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e
de explosivos e trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus
equipamentos de engenharia (BRASIL 1999 p 4-9) (equipamentos inadequados
para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo possuem proteccedilatildeo blindada nem
conseguem acompanhar os elementos apoiados)
Aleacutem disso o pelotatildeo pode conduzir consigo o material para abertura de
passagem em campo de minas O uacutenico material com o qual o Pel E tem contato
por ocasiatildeo do adestramento tanto por tropas mecanizadas como blindadas eacute o
RAMBS
O RAMBS consiste em uma carga linear explosiva que abre uma trilha de 06
metros de largura por 6 metros de comprimento em campo de minas abrindo um
caminho para tropa a peacute (BRASIL 2000 p D-2) portanto ineficiente para a
transposiccedilatildeo de qualquer viatura as quais necessitam de uma abertura de brecha
com medidas miacutenimas de 35 metros (BRASIL 2000 p D-8)
Aleacutem desse equipamento o uacutenico material para remoccedilatildeo de minas eacute o
utilizado em desminagem humanitaacuteria ou seja material de desminagem manual O
material para desminagem manual consiste em bastatildeo de sondagem roupa de
proteccedilatildeo capacete de minas bandeirolas entre outros os quais ineficientes para
abertura de brecha sob fogos inimigos devido a inexistecircncia de proteccedilatildeo para os
membros da equipe embora eficientes para missotildees humanitaacuterias (BRASIL 2000
p 5-18)
Aleacutem desse material baacutesico que acompanha o pelotatildeo outros materiais podem
reforccedilar as capacidades do pelotatildeo conforme o estudo da missatildeo Os meios de
transposiccedilatildeo de obstaacuteculos oriundos da Cia E Cmb satildeo normalmente passados em
reforccedilo pelo Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de
Apoio
Os Pel E Cmb quando natildeo reforccedilados tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de
apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais estatildeo
contidos na caixa de sapador Embora estejam previstas ferramentas pneumaacuteticas
45
suas caixas de sapador satildeo constituiacutedas de materiais baacutesicos como enxada paacute
picareta fateixa boca-de-lobo trena martelo
34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA
REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE
Os meios utilizados em reforccedilo dos Pel E Cmb atribuem a capacidade de
realizar trabalhos e diminuem o tempo de execuccedilatildeo e consequentemente o tempo
de exposiccedilatildeo aos fogos inimigos Para as Cia E Cmb que possuem blindados como
viatura de transporte (Cia E Cmb MecBld) destaca-se a importacircncia dos meios que
podem ser utilizados mantendo a proteccedilatildeo blindada durante sua operaccedilatildeo como eacute
o caso das Viaturas Blindadas de Engenharia aumentando a seguranccedila da
guarniccedilatildeo e do equipamento os quais satildeo considerados meios muito nobres
devido sua especificidade
O emprego das viaturas denominadas especiais proporciona proteccedilatildeo
blindada o que garante consideraacutevel manutenccedilatildeo da funcionalidade da viatura sob
fogos de determinado calibres rapidez na abertura da passagem e seguranccedila Essa
uacuteltima caracteriacutestica contribui para garantir a preservaccedilatildeo do Poder Relativo de
Combate (PRC) o emprego oportuno e eficiente dos meios pelo Cmt Pel conforme
previsto no Manual EB20-MC-10208 ndash Proteccedilatildeo (2015 p 1-1)
As viaturas tambeacutem proporcionam grande mobilidade pois seus meios primam
pelo maacuteximo emprego de seus implementos de forma embarcada Desta forma
aleacutem da seguranccedila evitando a exposiccedilatildeo da guarniccedilatildeo da viatura evita-se a perda
de tempo no desembarque de militares e dos meios embarque e preparaccedilatildeo
No manual C 5-10 - O apoio de engenharia no escalatildeo brigada ndash as viaturas
que o Pel E Ap e o Pel Eq Ass possuem para reforccedilo dos pelototildees satildeo Viatura
Blindada Especial Lanccedila-Pontes (VBEL Pnt) e Viatura Blindada de Combate de
Engenharia (VBCE)
O manual C 5 ndash 37 ndash Minas e armadilhas descreve alguns outros materiais
como o reboque com MICLIC Giant Viper viatura rolo e viatura arado No
DAMEPLAN eacute feito menccedilatildeo ao equipamento para abertura de brecha equipamento
de tubos para transposiccedilatildeo de fosso aleacutem dos implementos lacircmina frontal rolo e
equipamento para disseminaccedilatildeo de mina AC lanccedila para guindaste e
escavadeiraque tambeacutem seraacute abordada natildeo existem nas Cia E Cmb Mec Para
46
entendimento da importacircncia e capacidades de cada um seratildeo abordadas suas
caracteriacutesticas e possibilidades
341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha
Embora natildeo tenha sido encontrado nenhum dado limitador que definisse o
limite para ser considerada uma ponte de pequena brecha foi delimitada pelo autor
como ponte de pequena brecha aquela transportada por uma uacutenica viatura blindada
capaz de ser lanccedilada sem desembarque eou complemento em procedimento por
outro elemento mesmo que embarcado em outra viatura
As VBEL Pnt satildeo viaturas que tem a capacidade de realizar o lanccedilamento de
pontes sobre cursos drsquoaacutegua valetas e como rampas ascendentes ou descendentes
Essas viaturas podem ser divididas em dois tipos de lanccedilamento vertical e
horizontal
O lanccedilamento horizontal cuja sequecircncia de lanccedilamento eacute apresentada na
figura 16 eacute o tipo de lanccedilamento no qual a ponte desloca-se em quase sua
totalidade na horizontal caracteriacutestica esta que diminui a exposiccedilatildeo excessiva da
viatura no campo de batalha
FIGURA 14 Sequecircncia de lanccedilamento do tipo horizontal de ponte de pequena brecha Fonte Siacutetio eletrocircnico FAS Acesso em 3 jul 2018
47
O lanccedilamento vertical eacute o deslocamento realizado onde a ponte projeta-se no
sentido vertical antes de ser projetada na horizontal para lanccedilamento sobre o solo
A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1
BR) eacute viatura alematilde modificada da versatildeo alematilde BIBER para o Brasil Construiacuteda a
partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22
metros sobre um vatildeo de 20 metros (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA
BLINDADA ESPECIAL LANCcedilA-PONTES LEOPARD 1 BR p 2)
O Brasil adquiriu essa viatura junto com a compra dos Leopard 1 A5 BR em
2009 dando agrave tropa blindada a capacidade de transpor obstaacuteculos como cursos
drsquoagravegua e valetas
FIGURA 15 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1 BR Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyvehiclesrdquo Acesso em 30 mar 2018
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no
chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m
em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta
viatura tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC fornecendo um niacutevel muito alto de
proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas
48
terrestres e contra agentes QBRN (Quiacutemico bioloacutegico radioloacutegico e nuclear)
(MILITARY-TODAY201)
A FIGURA 16 a seguir mostra que a viatura realiza um lanccedilamento do tipo
vertical representado pela sequecircncia de imagens abaixo apresentada
FIGURA 16 Viatura lanccediladora de pontes Titan Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 15 ago 2018
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para
transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a
partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem
a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros
(MILITARY-TODAY201)
A VBEL Pnt que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo
semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de
gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional
no campo de batalha (MILITARY-TODAY201)
49
Figura 17 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes M104 Wolverine Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 15 ago 2018
342 Viatura Blindada Especial de Engenharia
Natildeo existe uma padronizaccedilatildeo de nomenclatura para esse tipo de viatura nem
um padratildeo definido mas os recursos variam entre uma lacircmina grande ou arados
para minas um canhatildeo de demoliccedilatildeo de grande calibre perfuratriz guinchos braccedilo
e guindaste de escavadeira ou para iccedilamento de cargas (WIKIPEDIA 20)
Neste trabalho seraacute considerada Viatura Blindada Especial de Engenharia
assim como eacute utilizada na documentaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com
base na definiccedilatildeo constante na Portaria Nr 023 ndash DMB de 20 de novembro de 1998
ndash Normas reguladoras para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos
oficiais no acircmbito do Ministeacuterios do Exeacutercito (NORCRIVE) Essa explicaccedilatildeo se faz
necessaacuteria porque muitos ainda descrevem como nosso manual MD33-M-02 -
Manual de abreviaturas siglas siacutembolos e convenccedilotildees cartograacuteficas das forccedilas
armadas como sendo Viatura Blindada de Combate
A citada norma corretamente considera Viatura Blindada de Combate aquela
eacute dotada de armamento orgacircnico com um apreciaacutevel poder de fogo Por outro
lado considera Viatura Especial aquela dotada de caracteriacutesticas muito
peculiares
Partindo do princiacutepio que o M113 que possui armamento orgacircnico com maior
calibre que o constante na VBE Eng natildeo eacute considerado viatura de combate a
50
viatura de engenharia tambeacutem natildeo pode ser pois seu armamento eacute suficiente
apenas para proteccedilatildeo da viatura e de sua guarniccedilatildeo
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1
BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil
Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta viatura tem as seguintes
capacidades desobstruccedilatildeo escavaccedilatildeo e trabalho de resgate
Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o
qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que
realiza trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de
lacircmina de apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos
trabalhos com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar
cortes que afrouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com
capacidade de ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e
solda e policorteesmerilhadeira (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA
BLINDADA ESPECIAL DE ENGENHARIA LEOPARD 1 BR p 2)
Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura a viatura Pionierpanzer 3
Kodiak a qual seraacute apresentada a seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada
pela Alemanha em territoacuterio nacional e em missotildees no exterior devido a sua alta
qualidade
Figura 18 Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1 BR Fonte Foto do autor
51
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a
versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo
anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que
pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas
junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas
eletromagneacuteticas (MILITARY-TODAY 201)
A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de
concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2
aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de
uma operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador (MILITARY-TODAY 201)
Figura 19 Viatura Blindada Especial Pionierpanzer 3 Kodiak Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 13 ago 2018 Veiacuteculo de engenharia destinado agrave preparaccedilatildeo do campo de batalha na zona
de fogo indireto a Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa
trabalhos com escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma
blindagem e proteccedilatildeo contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo
de armas pequenas e projeacuteteis de artilharia (MILITARY-TODAY 201)
Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado
de grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento
rebocado Python (MILITARY-TODAY 201)
Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos
ou um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo) (MILITARY-
TODAY 201)
52
Figura 20 Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 17 ago 2018
343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha
A M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de Abertura de Brechas)
foi construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams Sua principal caracteriacutestica eacute a
existecircncia de um compartimento bipartido na parte superior da viatura capaz de
lanccedilar dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) de forma independente Essa carga
linear explosiva eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas
(Kidwell e Jaffke 2014)
Aleacutem do MICLIC a viatura possui um arado na parte frontal o qual consegue
realizar o trabalho complementar de comprovaccedilatildeo da abertura da brecha do
explosivo imediatamente apoacutes a sua detonaccedilatildeo (Kidwell e Jaffke 2014)
O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado
como meio principal pois tem baixa resistecircncia De acordo com BRASIL (2000 p
53
D-6) a cada trecircs minas removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina
implicando em sua substituiccedilatildeo
Figura 21 Vehicle Assault Breacher Vehicle (ABV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017
Aleacutem do meacutetodo de abertura de brecha pelo meacutetodo explosivo existem outros
sistemas eficientes como a Viatura de Abertura de Brecha Keiler viatura alematilde
a qual se atribui uma eficiecircncia de limpeza de cerca de 98 das minas por onde
passa Seu sistema eacute composto por um rotor que eacute interligado a vaacuterios pesos
metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado do solo
realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas
explosivas Enquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o
local livre de minas (MILITARY-TODAY 201)
Esse meacutetodo permite a abertura das brechas de um modo mais simples sem
necessidade de complemento por outro sistema e de valor de manutenccedilatildeo mais
baixa pois o acionamento das minas exige apenas a substituiccedilatildeo das peccedilas que
se chocam com o solo
54
Figura 22 Viatura Blindada Especial Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017
A viatura utilizada pela Ruacutessia que tambeacutem utiliza um sistema mecacircnico eacute a
Viatura de Abertura de Brecha BMR-3M que consiste em uma viatura blindada
baseada no carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos
que exercem uma pressatildeo superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as
prematuramente Aleacutem dos rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque
magneacutetico e um sistema jammer que impede o acionamento de explosivos
controlados por raacutedio A velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da
densidade da mina e das condiccedilotildees do solo (MILITARY-TODAY 201)
De acordo com BRASIL (2000 p D-6) o sistema de rolo eacute apto para operar
em solo seco e relativamente plano Aleacutem disso deve ser utilizado como
complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo suporta entre trecircs a seis minas
devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um excelente sistema para identificaccedilatildeo
do iniacutecio de um campo minado
55
Figura 23 Viatura Blindada Especial BMR-3M Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 28 jul 2018
344 Outros sistemas e implementos
O feixe de tubos ou Pipe Fascine foi desenvolvido no Exeacutercito Britacircnico no
iniacutecio dos anos 80 para enfrentar os desafios de assegurar a mobilidade do
movimento na Alemanha Ocidental no caso de um conflito da OTAN com o Pacto de
Varsoacutevia (MILITARY-TODAY 201)
Nesta situaccedilatildeo foi verificada a existecircncia de vaacuterias pequenas valetas e
riachos de aproximadamente 5 a 10 metros de largura e 15 a 25 metros de
profundidade Para solucionar foram conectados tubos que permitissem a
passagem por sobre os riachos permitindo que a aacutegua passasse por dentro deles
Atualmente a viatura britacircnica mais moderna o Trojan conta com um sistema
para lanccedilamento de feixe de tubos dada sua eficiecircncia na transposiccedilatildeo de alguns
obstaacuteculos tornando-se prescindiacutevel a utilizaccedilatildeo das pontes em algumas situaccedilotildees
(MILITARY-TODAY 201)
56
Esse feixe ao ser colocado dentro de um Fosso Anticarro (Fosso AC)
estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo permite a passagem de
viatura sobre sua superfiacutecie
Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de
Engenharia ou adaptada em outras viaturas e reboques Uma necessidade para
lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste
ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes
ser lanccedilado
Figura 24 Feixe de tubos (Pipe Fascine) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoAEGISrdquo Acesso em 25 ago 2018 O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema que
pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de transporte de pessoal utilizadas
pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens em pequenos cursos drsquoaacutegua
O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System) por exemplo permite o
lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13 metros (MILITARY-
TODAY 201)
57
Figura 25 Sistema de lanccedilamento de ponte REBS Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMY-GUIDErdquo Acesso em 22 ago 2018
O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga
de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja
realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma
brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de
demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de
polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel
detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN) (USA 2011 p 23) ndash Department
of Defense Fiscal Year (FY) 2012 Budget Estimates)
Figura 26 Mine Clearance Line Charger (MICLIC) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 20 abr 2018
58
O sistema propelido por foguete Python eacute um sistema britacircnico de
funcionamento semelhante ao MICLIC que consiste em um reboque com uma
carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse
sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Betanha
pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi
utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo
(Armyrecognition) O sistema britacircnico Python pode limpar um caminho longo de 73
m por 180-200 m (WIKIPEDIA 201)
Figura 27 Sistema Python
Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyrecognitionrdquo Acesso em 20 abr 2018
Para as viaturas sobre rodas aleacutem de meios como o MICLIC a maioria dos
exeacutercitos tem anexado implementos agraves viaturas utilizando-as de modo
intercambiaacutevel de modo a adequar a viatura conforme a necessidade de cada
operaccedilatildeo
Cabe salientar que algumas minas modernas como a mina italiana SB-33
tecircm um mecanismo de detonaccedilatildeo que detona a mina se sujeita a uma pressatildeo
gradual e constante mas bloqueia a espoleta se sujeito a um choque suacutebito Isso
pode anular o uso de cargas de linha de limpeza de minas para limpar tais minas
(WIKIPEDIA 201)
59
O implemento lacircmina para desminagem escavadeira e lacircmina reta satildeo
implementos que podem ser utilizados nas viaturas meacutedias de rodas ambas
apresentando capacidade limitada de trabalho sendo a primeira para remoccedilatildeo de
minas em superfiacutecies pavimentadas podendo ainda ser utilizada para retirar
alguns tipos de entulho e as uacuteltimas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo do
terreno (MILITARYSYSTEMS-TECH 20)
Figura 28 M1132 Engineer Squad Vehicle (ESV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoWIKIPEDIArdquo Acesso em 20 mar 2018
O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um
sistema que protege veiacuteculos do efeito de minas e dispositivos explosivos
improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave frente do veiacuteculo que realiza
a abertura (ARMYTECHNOLOGY 2018)
Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas
atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para
acionamento de cargas explosivas (ARMYTECHNOLOGY 2018)
60
Figura 29 Rolo de minas de peso leve (LWMR) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMYTECHNOLOGYrdquo Acesso em 20 mar 2018
35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM
OUTROS PAIacuteSES
Em busca de uma estrutura semelhante agrave Bda C Mec em outros paiacuteses este
autor natildeo encontrou tropa que tenha seu emprego principal no reconhecimento e
seguranccedila
A fim de dar uma soluccedilatildeo a questatildeo proposta este autor escolheu
desconsiderar a finalidade da tropa apoiada concentrando o estudo no emprego
conjunto de tropas que utilizam meios sobre rodas e sobre lagartas onde a
engenharia teraacute que apoiar
351 SBCT a brigada americana Stryker
As Brigade Combat Teams (BCT) satildeo brigadas americanas que geralmente
satildeo empregadas como parte de uma divisatildeo ou forccedila-tarefa
O BCT eacute uma formaccedilatildeo de armas combinadas de todas as funccedilotildees de
combate Embora os modulares BCTs sejam organizaccedilotildees fixas o comandante da
divisatildeo pode ajustar qualquer organizaccedilatildeo de tarefas da BCT para atender aos
requisitos da missatildeo (EUA 2006 p 2-7)
A Stryker Brigade Combat Team (SBCT) da traduccedilatildeo para o portuguecircs Grupo
de Combate Brigada Stryker eacute uma forccedila-tarefa expedicionaacuteria organizada para
61
atender aos requisitos especiacuteficos de cada missatildeo tendo seu emprego baseado na
infantaria embarcada na viatura Stryker (EUA 2015 p 1-1) Essa flexibilidade
organizacional permite que as SBCTs funcionem em toda a gama de operaccedilotildees
militares tendo disponiacuteveis elementos com capacidade de manobra artilharia de
campanha inteligecircncia engenharia QBRN e manutenccedilatildeo
Atualmente existem trecircs tipos de BCTs a proacutepria SBCT a HBCT (tropa de
infantaria que combate embarcada em blindado sobre lagartas) IBCT (tropa de
infantaria transportada por viaturas de baixa proteccedilatildeo blindada que combate
desembarcada) (EUA 2006 p 2-7)
A brigada Stryker tem a seguinte organizaccedilatildeo baacutesica trecircs batalhotildees de
infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees (EUA 2015 p 1-6) um
esquadratildeo de cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de
reconhecimento Stryker um pelotatildeo de reconhecimento QBRN equipado com um
veiacuteculo de reconhecimento quiacutemico bioloacutegico e nuclear M1135 Stryker (EUA 2015
p 1-7) O organograma desta brigada estaacute discriminada na figura Nr 26 a seguir
Figura 30 Organograma de uma Brigada Stryker Fonte Fort Benning (2015)
62
As companhias de engenharia apoacuteiam a SBCT na abertura de passagem por
obstaacuteculos auxilia no assalto de posiccedilotildees fortificadas lanccedila obstaacuteculos para
proteccedilatildeo de forccedilas amigas constroacutei ou melhora posiccedilotildees para proteccedilatildeo realiza
reconhecimento de itineraacuterios e coleta de informaccedilotildees identifica e elimina
dispositivos explosivos improvisados entre outras tarefas durante a accedilatildeo decisiva
(EUA 2015 p 1-10)
A forma de emprego da engenharia dessa brigada foi alterada recentemente
passando de uma companhia para um batalhatildeo de engenharia de combate o qual
fornece atraveacutes de suas subunidades a capacidade miacutenima para executar tarefas
essenciais de mobilidade contra-mobilidade e capacidade de proteccedilatildeo para o
SBCT
O Brigade Engineer Battalion (BEB) tem por missatildeo planejar e executar as
missotildees da brigada com as suas duas companhias orgacircnicas organizadas como
mostra a figura 31 podendo suplementaacute-las no que tange agrave mobilidade com
pontes abertura de brechas desobstruccedilatildeo de vias identificaccedilatildeo de ameaccedilas
explosivas e apoio em construccedilatildeo horizontal Aleacutem disso o batalhatildeo tambeacutem
coordena uma companhias de inteligecircncia militar uma companhia de comunicaccedilotildees
e uma companhia anticarro e por vezes uma companhia QBRN (EUA 2015 p 1-
8)
Figura 31 Organograma das companhias de engenharia das SBCT Fonte Adaptado de EUA (2014 p 1-8 traduccedilatildeo nossa)
63
Em uma Stryker BCT a 1ordf Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees
de engenharia de combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo apoio (dotado de
equipamentos de abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas
lineares (MICLIC) em reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de
comprovaccedilatildeo (rolo e arado) (EUA 2014 p 1-7)
A 2ordf Cia possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate composto por
trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e um grupo de
construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo de minas)
(EUA 2014 p 1-8)
Embora seja notaacutevel a diferenccedila quando comparada com a Brigada de
Cavalaria Mecanizada a brigada Stryker foi identificada pelo autor como a Grande
Unidade americana que mais se aproximou das caracteriacutesticas da Bda C Mec por
ser uma brigada mecanizada apoiada por engenharia orgacircnica com meios Stryker
352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha
A brigada que tem melhores condiccedilotildees de comparaccedilatildeo para este estudo por
sua maior similaridade com a Bda C Mec eacute a Brigada de Infantaria Mecanizada da
Alemanha O emprego das viaturas sobre rodas e sobre lagartas inclusive pelas
proacuteprias tropas de engenharia que apoiam essa brigada contribuiratildeo para uma
anaacutelise mais adequada da Bda C Mec
O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas da
seguinte forma um comando de brigada um batalhatildeo de reconhecimento dotado
de viaturas Fennek (foto 32) trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais
utilizam a viatura de combate Puma (foto 33) um batalhatildeo de rifles que utilizam as
viaturas de combate multipropoacutesito Boxer GTK (foto 34) e um batalhatildeo de
suprimento Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado
conforme demonstrado no quadro organizacional representado pela figura 32
(WIKIPEDIA 201)
64
Figura 32 Organograma de uma Brigada de Infantaria Mecanizada Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoWikipediardquo Acesso em 29 ago 2018
Figura 32 Viatura Fennek Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018
65
Figura 33 Viatura de infantaria de combate Puma Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018
Figura 34 Viatura Boxer Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 19 ago 2018
O batalhatildeo de engenharia que possui organizaccedilatildeo semelhante ao BE Cmb
Bld do Brasil eacute composto por uma companhia de comando duas companhias de
66
engenharia de combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia
com funccedilatildeo semelhante a uma Companhia de Comando e Apoio (CCAp) de um BE
Cmb Bld e uma companhia de pontes flutuantes com funccedilatildeo semelhante a
Companhia de Equipamento de Pontes (Cia E Pnt) de um BE Cmb Bld conforme
representado no organograma da figura 35 (DEUTSCHESHEER 20)
Figura 35 Organograma de uma brigada blindada alematilde Fonte Adaptado de DEUTSCHLAND (2011 p 9 traduccedilatildeo nossa)
Cia E Cmb
(Vtr Fuchs)
Pel DEI
2 VBE Keiler Pel Bld
4 Vtr Skorpion
Sistema ldquoVrdquo
1 Vtr Fennek
Pel Cnst
3 VBE Biber
2 VBE Dachs
Cia Cmdo
Cia Rec
(Vtr Fennek)
Cia E Cmb
(Vtr Fuchs)
Pel DEI
2 VBE Keiler
Pel Bld 4 VBE Skorpion
Sistema ldquoVrdquo
Cia Cnst Pel Cnst Pel DEI Pel Pnt
Batalhatildeo de Engenharia
de Combate Blindado
Pel Cnst
3 VBE Biber
2 VBE Dachs
67
As companhias de combate compostas por quatro pelototildees satildeo organizadas
da seguinte forma uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de engenharia o qual
realiza trabalhos para barrar ou canalizar a tropa inimiga abertura de caminhos por
meio do emprego de explosivos e trabalhos gerais de engenharia um pelotatildeo de
abertura de brecha dotado de meios de limpeza um pelotatildeo de abertura de
brechas pesado e um pelotatildeo de equipamentos pesados responsaacutevel pelo apoio agrave
mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e manutenccedilatildeo de
estradas (DEUTSCHESHEER 20)
As companhias satildeo dotadas ainda das viaturas Fennek e Fuchs para
transporte de pessoal (DeustchesHeer 2011)
A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas
blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de
engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais
(DEUTSCHESHEER 20)
Encontram-se abaixo as viaturas e sistemas utilizados pelo batalhatildeo as
viaturas de transporte de pessoal Fuchs (figura 35) e Fennek a viatura lanccediladora de
ponte Biber (figura 36) a viatura para abertura de brecha em campo de minas Keiler
(figura 37) e a viatura especial de engenharia Dachs (figura 38)
Figura 36 Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 25 ago 2018
68
Figura 37 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Biber Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 24 ago 2018
Figura 37 Viatura Blindada Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 23 ago 2018
69
Figura 38 Viatura Pionierpanzer 1 Dachs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 22 ago 2018 Podemos concluir com a anaacutelise dessa brigada que embora natildeo seja uma
Grande Unidade de emprego semelhante ou seja uma brigada de cavalaria
mecanizada esta apresenta a mesma dificuldade de apoio de engenharia
encontrada nas Bda C Mec quais sejam apoiar elementos de grande mobilidade
dotados de viaturas sobre sobre rodas e viaturas sobre lagartas e que possuem
diferentes classes
Os principais reflexos para esse apoio satildeo as diferenccedilas de pesos e
velocidades o que impacta na capacidade de acompanhamento das viaturas
empregadas pelos elementos da arma base e na capacidade de transposiccedilatildeo dos
meios por ponte por exemplo
Essa diferenccedila eacute percebida quando comparamos as caracteriacutesticas dessas
viaturas conforme apresentado a seguir que satildeo o peso e velocidade
Viatura Fennek (103 ton e 115 kmh) Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs
(235 ton e 105 kmh) utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate
Puma utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Blindada Lanccedila-Pontes
Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia Dachs (43 ton
70
e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha Keiler (53 ton e 50 kmh)
(DEUTSCHESHEER 20)
71
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
O presente capiacutetulo tem por finalidade atingir o objetivo geral da pesquisa que
eacute analisar o apoio de engenharia prestado aos elementos empregados em primeiro
escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada a fim de sugerir uma proposta
de adequaccedilatildeo do apoio prestado em Operaccedilotildees Ofensivas atraveacutes de um estudo
especiacutefico de Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito face agrave evoluccedilatildeo doutrinaacuteria e
do MEM
A fim de atingir os trecircs uacuteltimos objetivos especiacuteficos estabelecidos (objetivos j k
e l) na pesquisa a presente seccedilatildeo pretende sintetizar os resultados obtidos nos
questionaacuterios na revisatildeo de Literatura e na pesquisa de campo agrave luz das dimensotildees
que compotildeem a Variaacutevel Independente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb no
Aproveitamento do Ecircxito) Dependente (Apoio de Engenharia aos Regimentos de
uma Bda C Mec) e Interveniente (Necessidades miacutenimas dos Rgt)
41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS
Para melhor explorar a discussatildeo referente aos instrumentos utilizados e
dados levantados seratildeo retomadas as variaacuteveis que foram objeto de estudo desta
pesquisa
A estruturaccedilatildeo da Variaacutevel Independente ndash Capacidades Operativas da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do
Ecircxito e da Variaacutevel Dependente ndash Apoio de Engenharia aos Regimentos de uma
Brigada de Cavalaria Mecanizada deu-se em torno de dimensotildees que possuiacuteam
indicadores com suas respectivas formas de avaliaccedilatildeo Estas variaacuteveis foram
apresentadas no capiacutetulo 2 no Quadro 1 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel
Independente (VI) e Quadro 2 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel Dependente (VD)
A VI foi explorada a partir da anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb Mec onde
foram identificadas suas deficiecircncias resultante da falta de material e inadequado
emprego no apoio aos regimentos e comparada agraves soluccedilotildees em material e
emprego de outros exeacutercitos Na abordagem da VD buscou-se analisar as
caracteriacutesticas desejadas e adequabilidade logiacutestica de novos materiais e
apresentar uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia quanto agrave
organizaccedilatildeo e caracteriacutesticas desse apoio
72
411 Revisatildeo da literatura
Para o levantamento do material que compocircs a revisatildeo bibliograacutefica
empregada no trabalho foram realizadas pesquisas em bibliotecas virtuais fiacutesicas
e tambeacutem na internet sempre buscando por livros manuais trabalhos cientiacuteficos
reportagens e outras publicaccedilotildees de interesse
Com base nos objetivos geral e especiacuteficos foi elaborado o Capiacutetulo 3-
Revisatildeo da Literatura que foi fracionado em 5 subcapiacutetulos
1) Consideraccedilotildees Iniciais ndash Neste subcapiacutetulo foram apresentados conceitos
preliminares dos quais se faz necessaacuterio o entendimento para uma melhor anaacutelise
e consequentemente a construccedilatildeo de uma proposta mais adequada Este
subcapiacutetulo buscou atingir o objetivo especiacutefico ldquoardquo
2) Brigada de Cavalaria Mecanizada ndash Este subcapiacutetulo apresentou as
caracteriacutesticas organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a forma de
emprego no aproveitamentos do ecircxito a fim de alcanccedilar os objetivos especiacuteficos
ldquobrdquo e ldquocrdquo
3) Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada ndash Foram apresentadas
a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e as forma de emprego da Cia E Cmb Mec bem
como de seus pelototildees constitutivos (Pel E Ap Pel Eq Ass e Pel E Cmb) visando
atingir os objetivos especiacuteficos ldquodrdquo ldquoerdquo ldquofrdquo e ldquogrdquo
4) Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no mundo para reforccedilo aos Pel E
Cmb no apoio agrave mobilidade ndash Apresenta os materiais disponiacuteveis para aquisiccedilatildeo pelo
Exeacutercito Brasileiro a fim de dirimir as deficiecircncias no apoio de engenharia agrave
mobilidade dos Regimentos da Bda C Mec buscando atingir o objetivo especiacutefico
h
5) Apoio de engenharia a forccedilas combinadas de viaturas sobre rodas e sobre
lagartas em outros paiacuteses ndash O presente subparaacutegrafo descreveu brigadas de outros
exeacutercitos que apresentam em sua constituiccedilatildeo meios orgacircnicos sobre rodas e sobre
lagartas que necessitam de apoio de engenharia a fim de atingir o objetivo
especiacutefico j
A revisatildeo de literatura foi suficiente para proporcionar dados que
contribuiacutessem para a anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb e o desenvolvimento de
uma sugestatildeo adequada conforme os objetivos propostos
73
412 Entrevistas
Foram confeccionados ao todo 4 questionaacuterios sendo eles
a) para os Comandantes e ex-Comandantes dos Regimentos de
Cavalaria Mecanizada e Blindada (RC Mec e RCB) das Brigadas de Cavalaria
Mecanizada (resposta no Apecircndice A)
b) para os Comandantes das Companhias de Engenharia de Combate
Mecanizada (Apecircndice B)
c) para os oficiais de engenharia com curso de comandante de
subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no Apecircndice C)
d) para os oficiais instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com
curso de comandante de subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no
Apecircndice D)
O autor tinha interesse em trabalhar com hipoacuteteses de estudo poreacutem tendo em
vista o baixo retorno dos questionaacuterios foi modificado para questotildees de estudo
onde os questionaacuterios respondidos foram aproveitados como apoio para responder
as questotildees selecionadas
Dentre os questionaacuterios enviados aos Comandantes dos Regimentos (Apecircndice
A) foram respondidos apenas 9 questionaacuterios do universo de comandantes dos
regimentos das quatro Bda C Mec e dos questionaacuterios enviados aos Comandantes
das quatro Companhias de Engenharia de Combate Mecanizada (Apecircndice B)
foram respondidos apenas 7 A baixa quantidade de respostas natildeo comprometeu de
forma significativa os resultados devido a mudanccedila da forma de abordagem
Foi observado inclusive que esta abordagem tornou-se muito mais adequada
em relaccedilatildeo agrave relacionada com hipoacuteteses
413 Coleta documental
A coleta documental foi realizada conforme o estipulado no item 231
Procedimentos para a revisatildeo de literatura onde foi encontrada certa dificuldade
no acesso a algumas informaccedilotildees referentes ao emprego do RCB pela inexistecircncia
de um manual especiacutefico sendo aproveitadas as informaccedilotildees constantes no manual
da Brigada de Cavalaria Mecanizada e emprego organizaccedilatildeo e materiais de
74
dotaccedilatildeo das brigadas alematildes os quais natildeo foram tatildeo faacuteceis de responder devido a
maior restriccedilatildeo de informaccedilotildees em relaccedilatildeo ao exeacutercito americano
42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE
COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO
Na presente seccedilatildeo seratildeo discutidas as Variaacutevel Independente a fim de
analisar o apoio em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito onde exige-se um
grande apoio de engenharia o qual se faz sentir principalmente nos elementos de
emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada A mobilidade destas forccedilas depende
da reduccedilatildeo dos obstaacuteculos naturais e dos lanccedilados ou agravados pelo inimigo
As ferramentas de pesquisa colaboraram para complementar as informaccedilotildees
coletadas dirimindo duacutevidas remanescentes ou preenchendo lacunas deixadas pela
literatura atraveacutes da contribuiccedilatildeo realizada por meio de suas experiecircncias
Para tal foram exploradas duacutevidas sobre a adequabilidade da organizaccedilatildeo
no emprego no apoio aos regimentos da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a
adequabilidade do material para apoio agrave mobilidade a organizaccedilatildeo adequada
para o emprego da engenharia e a comparaccedilatildeo com o emprego em outros
exeacutercitos as caracteriacutesticas dos meios de abertura de brecha e a respectiva
quantidade
421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo
A Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de Comando um
Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e trecircs
Pelototildees de Engenharia de Combate
Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto aos
elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos meios mais agrave
frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada eacute organizada
com meios destinados a atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da
frente de combate
Face agraves maiores necessidades da Brigada encontrarem-se junto aos elementos
de primeiro escalatildeo a Cia E Cmb distribui os seus pelototildees a partir do seguinte
caacutelculo total de pelototildees disponiacuteveis menos os pelototildees em apoio direto aos
75
regimentos deve ser capaz de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando
trabalhos de interesse da Bda como um todo ser capaz de aumentar o apoio aos
elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva
quando empregada
Entretanto a engenharia da brigada atualmente possui trecircs pelototildees de
engenharia de combate para apoiar um tipo de operaccedilatildeo onde a Bda necessita
de apoio para ateacute trecircs peccedilas de manobra
No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos
Regimentos e sua impulsatildeo de ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos
naturais e artificiais
O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a
forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de
comando reforccedilo normalmente eacute adotada Situaccedilatildeo essa que o comandante da Cia
E designa normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada
Neste tipo de operaccedilatildeo as necessidades de apoio ao conjunto aumentam
sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo
com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao
emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo
Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de
Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de
Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de
Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate
Esta fraccedilatildeo executante da companhia atualmente possui dentre os seus
equipamentos apenas os de emprego em missotildees de construccedilatildeo natildeo blindados e
inadequados para emprego junto aos elementos empregados em primeiro escalatildeo
O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio eacute responsaacutevel por reforccedilar os Pel E Cmb
com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especial de engenharia (VBE)
equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e
equipamentos especializados na guerra com minas
Entretanto natildeo existe nas Cia E Cmb Mec viaturas especiais de engenharia
equipamentos para abertura de brecha para disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de
ferramentas pneumaacuteticas
O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto
Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas
76
O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos
Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal
especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de
aacutegua
No Aproveitamento do Ecircxito o principal meio para reforccedilo das capacidades do
pelotatildeo eacute a viatura lanccediladora de pontes (sobre rodas de acordo com as informaccedilotildees
disponiacuteveis na literatura encontrada) a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro
O pelotatildeo de engenharia tem capacidade de realizar dentro de suas
possibilidade os trabalhos teacutecnicos de engenharia em proveito da brigada como um
todo ou da peccedila de manobra da arma-base apoiada
Composto por um grupo de comando e 3 Grupos de Engenharia (GE) estes
constituem-se nos elementos baacutesicos de trabalho do pelotatildeo
O Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de cortina de fumaccedila
trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista que a Cia E Cmb natildeo
possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e de explosivos e
trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus equipamentos de
engenharia (equipamentos inadequados para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo
possuem proteccedilatildeo blindada nem conseguem acompanhar os elementos apoiados)
Quando natildeo reforccedilados os pelototildees tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de
apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais consistem
em pequenas ferramentas de trabalho manual
No Apecircndice A questotildees 1 e 2 pode-se observar que eacute unacircnime entre os
militares que responderam que a Bda C Mec deve ser apoiada por um BE Cmb
Essa opiniatildeo foi apresentada pela comparaccedilatildeo com o Exeacutercito Vermelho do
Manual O Inimigo o qual representa um paiacutes que emprega engenharia de valor
batalhatildeo em apoio agrave brigada e pela comparaccedilatildeo com as Brigadas de Infantaria
Mecanizada que empregam a mesma quantidade de Unidades que as Brigadas de
Cavalaria Mecanizada
Dentre os comentaacuterios que contribuiacuteram para a justificaccedilatildeo do emprego de um
BE Cmb destacaram-se os seguintes
- ldquoCom essa organizaccedilatildeo o BE Cmb poderia empregar uma SU em apoio direto
aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo ainda uma
Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado (apoio ao conjunto) na Z Accedil da Bdardquo
77
Esse comentaacuterio corrobora com a revisatildeo literaacuteria conforme capiacutetulo 3 ldquoa Cia
E Cmb menos esses elementos (os Pel E empregados em reforccedilo) deve ser capaz
de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da
Bda como um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda
ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregadardquo
No Apecircndice B questotildees 1 e 2 a grande maioria dos militares foram
partidaacuterios agrave necessidade de mudanccedila do escalatildeo em apoio de valor subunidade
para o valor unidade dentre os quais destaco o seguinte comentaacuterio
- ldquoEm que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai 16) prever uma E Bda Inf Mec
composta por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala de aula da
proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para Mnt do C2 por
parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar pesquisando essa situaccedilatildeo
sugiro uma composiccedilatildeo do BE Cmb Mec (ou Bld) de 4 Cia E Cmb a 2 Pel E Cmb e
1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC
Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o C2 por parte do Cmdo BE bem como a
emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de missotildeesrdquo
O comentaacuterio acima observou algo que o autor natildeo pesquisou mas que tem muita
relevacircncia para a pretendida anaacutelise que satildeo os reflexos da organizaccedilatildeo no
comando e controle
- ldquoEm minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o que
proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmicardquo
- ldquoDeve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel E com VB sobre
lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e VB com lagartas As
VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado em item anterior A
mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e rapidez no apoio
particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre
rodasrdquo
78
A anaacutelise da Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada e as
companhias que reforccedilam os pelototildees de engenharia de combate em material e
pessoal permite verificar por meio da anaacutelise da organizaccedilatildeo e missatildeo a
importacircncia dessas fraccedilotildees no apoio aos regimentos por caber a estas aumentar a
capacidade dos Pel E Cmb a fim de possibilitar um eficiente apoio no
Aproveitamento do Ecircxito
Entretanto notou-se a inexistecircncia de materiais adequados para emprego na
operaccedilatildeo em pauta
A descriccedilatildeo do Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado fraccedilatildeo de
emprego da Cia E Cmb junto aos regimentos permite identificar a limitaccedilatildeo de sua
capacidade de apoio Esta ainda eacute mais reduzida quando natildeo reforccedilada por meios
adequados pelos Pel E Ap e Pel E Ass
422 Adequabilidade do material
O material de organizaccedilatildeo do terreno da Cia E Cmb inclusive as Viaturas
Blindadas Especiais de engenharia satildeo de responsabilidade do Pel E Ap Conforme
consta na seccedilatildeo 331 e com base na experiecircncia do proacuteprio autor que serviu em
uma Cia E Cmb Mec pode-se afirmar que essas viaturas natildeo existem no referido
pelotatildeo das Cia E Cmb Mec
E reafirmando o que consta na mesma seccedilatildeo natildeo existe nenhum outro meio
adequado que possua proteccedilatildeo blindada rapidez necessaacuteria para a execuccedilatildeo do
trabalho ou capacidade de acompanhar as VBR VBTP ou VBCCC
Na seccedilatildeo 331 O pelotatildeo de engenharia de apoio foi mencionada a
existecircncia de mineiros bem como o encargo do pelotatildeo em reforccedilar os Pel E Cmb
com os materiais de abertura de brecha Entretanto o uacutenico material existente no
pelotatildeo eacute o material para desminagem manual o que conforme complementado
pela seccedilatildeo 333 este meacutetodo eacute ldquoo menos preferiacutevelrdquo e quando tiver que ser
utilizada que seja somente para abrir trilhas
Conforme a seccedilatildeo 332 O pelotatildeo de equipagem de assalto o Pel Eq Ass eacute
responsaacutevel por armazenar os materiais relacionados agrave transposiccedilatildeo de curso
drsquoaacutegua como eacute o caso das Viaturas Blindadas Especiais lanccediladoras de pontes e os
feixe de tubos o que conforme jaacute afirmado pelo autor esses materiais natildeo existem
no Pel Eq Ass das Cia E Cmb Mec
79
De acordo com a mesma seccedilatildeo os meios existentes para transposiccedilatildeo satildeo
inadequados para emprego no aproveitamento do ecircxito tendo em vista a falta de
proteccedilatildeo blindada o excessivo tempo para montagem e a necessidade de vaacuterias
viaturas para conduccedilatildeo das partes para montagem
No Apecircndice A questatildeo 3 pode-se observar que a grande maioria
considera que eacute indispensaacutevel a utilizaccedilatildeo das viaturas blindadas especiais para o
cumprimento adequado do apoio de engenharia tendo como benefiacutecios o tempo de
execuccedilatildeo a proteccedilatildeo blindada e a baixa quantidade de militares para execuccedilatildeo do
trabalho No Apecircndice B questatildeo 3 todos os ex-comandantes das Cia E Cmb
concordaram com a maioria dos ex-comandantes dos regimentos
Dos comentaacuterios referentes a esta questatildeo destaco as seguintes
- ldquoEacute indispensaacutevel Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de Bda satildeo
totalmente ineficientes numa situaccedilatildeo de combate modernordquo
- ldquoEsses equipamentos BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia Erdquo
- ldquoA Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira de
Alta Mobilidade Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel de Eqp Eng
Bda Mec) e de Vtr Lanccedila-Pontes Sobre Rodas (REBS)rdquo
Concluo parcialmente em relaccedilatildeo agrave Variaacutevel Independente que eacute urgente
a necessidade de meios adequados conforme revisatildeo de literatura e respostas
dos questionaacuterios A e B sobre a ineficiecircncia dos meios existentes bem como
a falta de Viaturas Blindadas Especial para apoiar os regimentos empregados
em primeiro escalatildeo no aproveitamento do ecircxito
Outrossim que a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo
tem condiccedilotildees de realizar o apoio a uma Brigada de Cavalaria Mecanizada tanto
pela ausecircncia de meios quanto pela limitaccedilatildeo de fraccedilotildees disponiacuteveis para
cumprir suas missotildees de reforccedilo apoio ao conjunto e apoio suplementar
Portanto para apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute necessaacuterio
o apoio de engenharia de brigada seja prestado por um Batalhatildeo de Engenharia
de Combate Mecanizado
43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE
CAVALARIA MECANIZADA
80
No presente subitem seratildeo apresentadas as discussotildees referentes agrave Variaacutevel
Dependente a fim de identificar o apoio de Engenharia necessaacuterio para dar
mobilidade aos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada o qual eacute
imprescindiacutevel aos elementos de emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada
As ferramentas de pesquisa exploraram a experiecircncia dos militares
empregados diretamente seja como ldquofornecedorrdquo seja como ldquoclienterdquo desse apoio
no emprego com viaturas blindadas e com experiecircncia em curso de comandante de
subunidade no exterior
Para tal foram exploradas duacutevidas sobre o emprego da engenharia quanto a
organizaccedilatildeo a comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos a caracteriacutestica dos meios e
a quantidade de viaturas adequadas para apoio aos regimentos
431 Organizaccedilatildeo adequada
O Apecircndice A questotildees 6 e 7 contribui para a anaacutelise da organizaccedilatildeo da
engenharia que apoia a brigada principalmente pelos comentaacuterios dispensados em
cada questatildeo A grande maioria das respostas foi favoraacutevel agrave organizaccedilatildeo do BE
Cmb por duas Cia E Cmb uma dotada de VBE sobre lagartas e uma de VBE sobre
rodas e a maioria desfavoraacutevel a constituiccedilatildeo do batalhatildeo por duas Cia E a quatro
Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas
Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as
opiniotildees que culminaram em tal resultado
- ldquoEstamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C Mec
Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf Mec A
proposta do CMS (a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que apoacutes anaacutelise do
projeto decidiu junto com o COTER que o BE Cmb Mec deveria ter somente 2 Cia
Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo CMS Na visatildeo do CMS 2 Cia
apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria
no apoio a toda a brigada (demais OM em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa
decisatildeo de 2017 foi modificada a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as
duas Cia Eng (decisatildeo DEC COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3
Mec sobre rodas e 1 Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em
apoio aos Rgt em 1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE
81
Cmb Mec de Bda Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB
Portanto no BE Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem
somente VB sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng
deve possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve
possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBEL Pnt VBE com
implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas AC
etc)rdquo
As duas propostas realizadas pelo CMS estatildeo alinhadas com a maioria das
informaccedilotildees presentes neste trabalho
A primeira proposta poreacutem limita a possibilidade de decisatildeo do comandante
do batalhatildeo quanto ao emprego das unidades de acordo com a missatildeo O que limita
as capacidades do comandante da engenharia da brigada conforme descrito no
capiacutetulo 3 ldquoO comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na
conduta do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de
atender agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistasrdquo
No Apecircndice B questotildees 6 e 7 a grande maioria das respostas foi favoraacutevel
agrave organizaccedilatildeo proposta e a maioria favoraacutevel parcialmente agrave dotaccedilatildeo do batalhatildeo de
duas Cia E a quatro Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas
Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as opiniotildees
que culminaram em tal resultado
- ldquoSou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que
economiza meios e facilita o planejamentordquo
- ldquoConsidero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor (dotaccedilatildeo de VBE sobre
lagartas por todas as Cia E do batalhatildeo) A situaccedilatildeo do Paiacutes natildeo favorece estas
mudanccedilasrdquo
- ldquoo valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maiorrdquo
A partir dos comentaacuterios acima auxiliado pela experiecircncia do autor e alinhado aos
itens anteriores e agrave revisatildeo de literatura chegou-se agrave seguinte conclusatildeo
82
A sugestatildeo de uma organizaccedilatildeo ideal para o BE Cmb eacute a seguinte duas Cia E
Cmb uma dotada de VBTP sobre rodas em apoio aos RC Mec e uma Cia com
VBTP sobre lagartas em apoio ao RCB Isso justifica-se pelos seguintes motivos
- manutenccedilatildeo da natureza de cada Cia E Cmb permitindo assim o
acompanhamento dos regimentos por parte dos pelototildees (seja pela velocidade das
viaturas Guarani e Cascavel seja pela capacidade de transpor terrenos mais difiacuteceis
dos Leopard M113 e M60) e
- organizaccedilatildeo das companhias para emprego de um tipo de viatura (ou M113 ou
Guarani) facilitando a logiacutestica dentro da companhia
432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos
Embora a proposta inicial do trabalho fosse analisar a brigada de um exeacutercito
que tivesse uma estrutura semelhante a da Bda C Mec brasileira este autor natildeo
encontrou tal brigada
Para atingir esse objetivo foi realizada a comparaccedilatildeo com duas brigadas
distintas que se aproximam da estrutura desejada de forma diferente
Assim foram analisadas a brigada americana Stryker (SBCT) que eacute uma
Grande Unidade dotada de meios exclusivamente sobre rodas e a Brigada de
Infantaria Mecanizada da Alemanha que possui meios blindados e mecanizados em
suas tropas
A brigada Stryker possui as seguintes tropas da arma-base trecircs batalhotildees de
infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees um esquadratildeo de
cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de reconhecimento Stryker
conforme figura apresentada no capiacutetulo anterior
A engenharia que apoia a brigada eacute um batalhatildeo constituiacutedo de duas
companhias de constituiccedilotildees diferentes entre si
Uma Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees de engenharia de
combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo de apoio dotado de equipamentos de
abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas lineares (MICLIC) em
reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de comprovaccedilatildeo (rolo e arado)
A outra Cia E possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate
composto por trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e
83
um grupo de construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo
de minas)
Com base no estudo do MCoE Supplemental Manual 3-90 Force Structure
Reference Data de 2015 foi possiacutevel analisar que os meios utilizados na SBCT satildeo
basicamente viaturas leves caminhotildees cargo e viaturas Stryker por todos os
componentes da brigada excetuando-se apenas os equipamentos construccedilatildeo e
limpeza de vias de engenharia
O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas
das seguintes tropas de cavalaria e infantaria um batalhatildeo de reconhecimento
dotado de viaturas Fennek trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais
utilizam a viatura de combate Puma e um batalhatildeo de rifles que utiliza as viaturas
de combate multipropoacutesito Boxer GTK
Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado composto
por uma companhia de comando e apoio duas companhias de engenharia de
combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia e uma
companhia de pontes flutuantes
As companhias de combate satildeo compostas por um comando um pelotatildeo de
contramobilidade que constroacutei obstaacuteculos para barrar ou canalizar a forccedila inimiga
um pelotatildeo de abertura de brecha dotado de sistema de limpeza e da viatura Keiler
um pelotatildeo de eliminaccedilatildeo de municcedilatildeo que elimina artefatos explosivos e municcedilotildees
garantindo o traacutefego de tropas e um pelotatildeo de equipamentos responsaacutevel pelo
apoio agrave mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e
manutenccedilatildeo de estradas
A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas
blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de
engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais
conforme figura abaixo
A seguir satildeo apresentadas as viaturas componentes dessas brigadas com
seus respectivos pesos e velocidades viatura sobre rodas Fennek (103 ton e 115
kmh) Viatura de Transporte de Pessoal sobre rodas Fuchs (235 ton e 105 kmh)
utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate sobre lagartas Puma
utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Lanccedila-Pontes sobre lagartas
Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia sobre lagartas
84
Dachs (43 ton e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha sobre lagartas Keiler
(53 ton e 50 kmh)
Embora o trabalho tenha se desenvolvido de forma diferente do planejado
inicialmente este autor considera que foi positiva a anaacutelise pois duas brigadas
distintas de potecircncias beacutelicas que estatildeo sendo empregados em conflitos
atualmente apresentam diferentes formas de apoio
A brigada blindada alematilde mostrou uma proximidade maior agraves caracteriacutesticas da
brigada brasileira em razatildeo da mistura de meios sobre lagartas e sobre rodas o
que natildeo necessariamente conduz a mesma soluccedilatildeo
A anaacutelise permitiu afirmar que eacute possiacutevel o apoio a tropas mecanizadas por
uma engenharia dotada de meios sobre rodas como a Brigada Stryker
Por outro lado tambeacutem eacute possiacutevel que uma brigada mecanizada com viaturas
sobre rodas e viaturas sobre lagartas de classes diferentes e capacidades de
mobilidade diferentes seja apoiada por uma engenharia dotada de meios sobre
lagartas
Conforme Capiacutetulo 3 o apoio de engenharia agrave mobilidade dos regimentos
(RCB e RC Mec) atualmente eacute limitado ao emprego de equipamentos inadequados
para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito devido a inexistecircncia de
VBE
Considerando que na constituiccedilatildeo da brigada existe um RCB dotado de
VBCCC Leopard 1BR e VBCCC M60 A3-TTS foi analisado o emprego dos meios de
engenharia pelo exeacutercito americano e alematildeo onde natildeo foram encontradas
informaccedilotildees sobre apoio de engenharia com meios mecanizados para apoiar
viaturas blindadas sobre lagartas
De outra forma foi observado o emprego de meios especiais sobre lagartas
para apoio agraves tropas dotadas de viaturas sobre lagartas de classe consideraacutevel na
brigada alematilde - como as viaturas Dachs (43 ton) e as viaturas de combate Puma (43
ton) - e viaturas de grande mobilidade sobre rodas - como as viaturas Fennek (115
kmh) e Puma (105 kmh)
No Apecircndice C questotildees 1 2 e 3 foram apresentadas opiniotildees equilibradas
quanto ao emprego das VBE sobre lagartas e unanimidade para emprego dos tipos
de VBTP de acordo com a tropa apoiada (sobre rodas e sobre lagartas)
85
Com base nos comentaacuterios a seguir pretende-se responder agraves problemaacuteticas
levantadas com base na revisatildeo de literatura e reforccedilar as ideias que corroborem
com a proposta do autor
- ldquoA Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade
nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse
contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em
usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior
potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando
tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SRrdquo
Esse comentaacuterio explica como a Bda Inf Mec alematilde consegue realizar suas
missotildees sendo apoiada por um batalhatildeo de engenharia blindado que possui todas
as suas VBE construiacutedas sobre plataformas sobre lagartas E em relaccedilatildeo agrave
capacidade da VBE Eng a experiecircncia do autor permite testemunhar a favor da
afirmaccedilatildeo apresentada sobre a potecircncia e eficiecircncia que as VBE sobre lagartas
possuem e a restriccedilatildeo de trafegabilidade das viaturas sobre rodas no deslocamento
atraveacutes campo
- ldquonatildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das caracteriacutesticas de
terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que uma Vtr SL progrida
sobre o asfaltordquo
A afirmaccedilatildeo acima natildeo eacute verdadeira e seraacute respondida com base na
experiecircncia do autor As viaturas alematildes da famiacutelia Leopard inclusive as Leopard 2
que possuem maior classe satildeo deslocadas na Alemanha atraveacutes de estradas
asfaltadas O deslocamento sobre o asfalto natildeo eacute impedimento nem prejudicial agraves
viaturas sobre lagarta
No Apecircndice D questotildees 1 2 e 3 houve unanimidade quanto ao emprego de VBE
sobre lagartas e equiliacutebrio quanto agrave utilizaccedilatildeo de VBTP de mesmo tipo dos
elementos apoiados
Dos comentaacuterios apresentados foram selecionados os que seguem
86
- ldquoDependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode-se exigir a utilizaccedilatildeo de algum implemento
para apoiar a mobilidaderdquo
Esse comentaacuterio abre margem para avaliaccedilatildeo de uma proposta mais
audaciosa na qual deveria ser analisado o custo-benefiacutecio de empregarem-se
pelototildees embarcados em VBTP com implementos
Esse estudo deve avaliar inicialmente a capacidade de tal meio comportar o
sistema e um GE na mesma viatura e o custo de ter VBE sobre lagartas e VBTP
com implementos
Por falta de tempo para estudo de tal proposta o autor natildeo consideraraacute esta
proposta uma opccedilatildeo para este trabalho
- ldquoDevem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece
maior mobilidade atraveacutes terrenordquo
A utilizaccedilatildeo de VBTP M113 junto aos RC Mec eacute menos vantajoso pois
dificilmente o Pel E buscaraacute apoiar a mobilidade por caminhos natildeo utilizados pelas
VBPT Guarani por ser uma soluccedilatildeo de maior custo haja vista a quantidade de
viaturas que o pelotatildeo utiliza e por tornar-se uma opccedilatildeo de velocidade de apoio
Diferente do emprego das VBE sobre lagarta o emprego das VBTP sobre
lagarta natildeo traz ganho significativo nos trabalhos aleacutem de faacutecil identificaccedilatildeo visual
por parte do inimigo
As companhias do batalhatildeo de engenharia deveratildeo possuir VBTP sobre
lagartas e sobre rodas para apoiar respectivamente os RCB e os RC Mec Cabe
salientar entretanto que o emprego dessas VBTP natildeo devem ser de uso exclusivo
aos respectivos elementos devendo ser considerado seu emprego desta forma
apenas como mais adequado
Quanto agraves VBE o trabalho conduziu para que o batalhatildeo seja dotado de
viaturas sobre lagartas a fim de dotar os pelototildees de capacidade para organizaccedilatildeo do
terreno transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas e abertura de brecha em campo
minado atribuindo mobilidade adequada tanto para apoio aos RC Mec quanto para
apoio aos RCB pelos motivos jaacute analisados no capiacutetulo 42
87
Os materiais foram separados por tipo de trabalho realizado explorando as
necessidades de apoio dos regimentos da seguinte forma trabalhos de abertura de
brecha transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua e valas e trabalhos de organizaccedilatildeo do
terreno e desobstruccedilatildeo de vias
Das Viaturas Blindadas Especiais de abertura de brecha destacam-se as
seguintes
A Viatura americana M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de
Abertura de Brechas) construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams a qual eacute
dotada de dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) uma carga linear explosiva que
eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas
A viatura tem capacidade de lanccedilar uma carga explosiva atraveacutes de 100 a 150
metros destruindo minas bombas e IED sem expor a tripulaccedilatildeo que natildeo precisa
desembarcar Aleacutem disso a viatura possui um arado que permite complementar a
seguranccedila da brecha aberta por carga explosiva
O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado
como meio principal pois tem baixa resistecircncia Em meacutedia a cada trecircs minas
removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina implicando em sua
substituiccedilatildeo
A Viatura BMR-3M que consiste em uma viatura blindada russa baseada no
carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos que exercem um
peso superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as prematuramente Aleacutem dos
rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque magneacutetico e um sistema
jammer que impede o acionamento de explosivos controlados por raacutedio A
velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da densidade da mina e das
condiccedilotildees do solo
O sistema de rolo eacute apto para operar em solo seco e relativamente plano Aleacutem
disso deve ser utilizado como complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo
suporta entre trecircs a seis minas devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um
excelente sistema para identificaccedilatildeo do iniacutecio de um campo minado
A viatura alematilde Keiler a qual alega-se que limpa cerca de 98 das minas por
onde passa eacute equipada com um sistema composto por um rotor que eacute interligado a
88
vaacuterios pesos metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado
do solo realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas
explosivasEnquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o
local livre de minas
Viatura que apresenta alta eficiecircncia quando comparado ao MICLIC que natildeo
necessita de um meio complementar e que tem um baixo custo de utilizaccedilatildeo pois
seu sistema natildeo precisa ser recarregado a Viatura Keiler possui uma manutenccedilatildeo
simples apoacutes detonaccedilatildeo pois o acionamento prematuro das minas natildeo afeta seu
sistema podendo afetar peccedilas de faacutecil reposiccedilatildeo o que natildeo ocorre com o sistema
arado e rolo caso sejam utilizados sem complemento do meacutetodo explosivo
O sistema Python eacute um sistema britacircnico consiste em um reboque com uma
carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse
sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Bretanha
pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi
utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo
O implemento lacircmina para desminagem pode ser utilizado nas viaturas
meacutedias de rodas apresentando capacidade limitada de trabalho na remoccedilatildeo de
minas em superfiacutecies pavimentadas
O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um
sistema adicionado agraves viaturas sobre rodas que protege veiacuteculos do efeito de minas
e Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave
frente do veiacuteculo que realiza a abertura (Armytechnology)
Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas
atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para
acionamento de cargas explosivas
O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga
de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja
realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma
brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de
demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de
polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel
detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN)
Dos MEM para transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua ou valas destam-se
89
A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1
BR) eacute viatura modificada da versatildeo alematilde Panzerschnellbruumlcke 1 para o Brasil
Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de transportar montar (a
ponte eacute transportada em duas metades) e lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22
metros sobre um vatildeo de 20 metros
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no
chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m
em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta
viatura que realiza o lanccedilamento vertical tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC
fornecendo um niacutevel muito alto de proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de
consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas terrestres e contra agentes QBRN
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para
transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a
partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem
a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros
A viatura que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo
semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de
gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional no
campo de batalha
O feixe de tubos ou Pipe Fascine ao ser colocado dentro de um Fosso
Anticarro (Fosso AC) estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo
permite a passagem de viatura sobre sua superfiacutecie cumprindo funccedilatildeo semelhante a
da ponte
Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de
Engenharia ou adaptada em outras viaturas ou reboques Uma necessidade para
lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste
ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes
ser lanccedilado
O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema para
viaturas sobre rodas que pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de
transporte de pessoal utilizadas pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens
em pequenos cursos drsquoaacutegua O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System)
por exemplo permite o lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13
metros
90
Dentre os MEM para organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias
destacam-se
Os sistemas lacircmina reta e escavadeira satildeo implementos que podem ser
instalados nas viaturas meacutedias de rodas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo
do terreno
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1
BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil
Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o
qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que realiza
trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de lacircmina de
apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos trabalhos
com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar cortes que
frouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com capacidade de
ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e solda e
policorteesmerilhadeira (Manual de operaccedilatildeo VBE Eng Leo 1 BR p 2)
Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura que seraacute apresentada a
seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada pela Alemanha devido a sua alta
qualidade
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a
versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo
anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que
pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas
junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas
eletromagneacuteticas
A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de
concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2
aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de uma
operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa trabalhos com
escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma blindagem e proteccedilatildeo
contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo de armas pequenas e
projeacuteteis de artilharia
91
Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado de
grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento
rebocado Python
Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos ou
um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo)
De acordo com o que foi apresentado percebe-se que existe uma gama de
materiais disponiacuteveis no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar aos Pel E Cmb
das Cia E Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos
da Bda C Mec
Dentre eles como viatura para abertura de brecha destaca-se o Keiler viatura
que utiliza um sistema barato quando comparado ao MICLIC e completo quando
comparado agraves viaturas arado e rolo Outrossim a manutenccedilatildeo do seu sistema em
combate eacute simples de ser realizada por necessitar de troca de peccedilas de faacutecil
substituiccedilatildeo
Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt Biber
que jaacute eacute utilizada no Brasil e o feixe de tubos para o qual jaacute existem estudos no
Brasil sobre a possibilidade de fabricaccedilatildeo dos tubos Essa tambeacutem eacute uma soluccedilatildeo
barata e eficiente que adaptada sobre uma viatura em desuso como as VBCCC
Leopard 1 que estatildeo no Parque Regional de manutenccedilatildeo ou outra viatura que tenha
o chassi em boas condiccedilotildees de funcionamento onde seja adaptado um braccedilo com
funcionamento hidraacuteulico para lanccedilamento e remoccedilatildeo do feixe
Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as
viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende bem
as tropas blindadas
Este autor buscou apresentar algumas caracteriacutesticas principais desses
materiais buscando analisar pontualmente as funcionalidades dessas viaturas com
base nas capacidades miacutenimas que faltam nos Pel E Cmb que apoiam as Bda C
Mec As viaturas mencionadas possuem muitos outros benefiacutecios os quais natildeo
foram aprofundados por natildeo serem objetivo do presente estudo
433 Caracteriacutesticas dos meios
No Apecircndice A questatildeo 4 as respostas recebidas mostraram opiniatildeo
unacircnime em relaccedilatildeo agrave necessidade de dotar a Cia E Cmb Mec com ponte classe
92
que atenda tanto as VBTP-MR Guarani quanto as VBCCC Leopard (classe 45) e
VBCCC M60 A3-TTS (classe 55) caracteriacutestica que nem o sistema americano para
viaturas sobre rodas REBS possui Como jaacute mencionado na revisatildeo de literatura
esse sistema lanccedila ponte de classe 50
No Apecircndice A questatildeo 5 a grande maioria respondeu que o apoio de
engenharia aos regimentos por VBEL Pnt sobre lagartas eacute pertinente
Os comentaacuterios contribuiacuteram para complementar o raciociacutenio apresentado
pelas questotildees da seguinte forma
- ldquoA vantagem de se ter na OM Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de
VBE lanccediladora de ponte sobre lagartas seria que a mesma poderia atender
com maior mobilidade atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCBrdquo
No Apecircndice B questotildees 4 foi unacircnime a aceitaccedilatildeo da afirmativa que considera
que a classe da ponte da VBEL Pnt deve atender agrave classe da viatura de maior
classe (atualmente a VBCCC M60)
A anaacutelise dos comentaacuterios a seguir apresentados permitiratildeo uma explicaccedilatildeo mais
detalhada
- ldquoA Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros para
Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VBCCC M60 eacute uma soluccedilatildeo paliativa A
VBCCC Padratildeo do EB eacute o Leopardrdquo
Quanto a essa afirmativa foram consideradas duas situaccedilotildees a primeira fruto
da anaacutelise da atual situaccedilatildeo que paleativa ou natildeo eacute a existecircncia da Vtr M60 cuja
classe natildeo eacute suportada pela ponte do sistema REBS a outra fruto da anaacutelise de
uma situaccedilatildeo futura eacute que o Exeacutercito jaacute estaacute pensando no projeto de uma nova
VBCCC para substituir o Leopard 1A5 e consequentemente as viaturas Leopard 1
e o M60 Esse estudo natildeo definiu ateacute o momento entretanto a classe nem o
momento dessa substituiccedilatildeo
Destaco que a maior importacircncia dessa questatildeo foi identificar a opiniatildeo sobre
a capacidade do emprego de viaturas sobre lagartas em atender agraves necessidades
dos regimentos
93
No Apecircndice B questotildees 5 a maioria das respostas foram contraacuterias agrave
utilizaccedilatildeo de pontes lanccediladas por viaturas sobre rodas ao considerar sua falta de
capacidade de suporte agraves viaturas mais pesadas
A exploraccedilatildeo dos seguintes comentaacuterios apresentados permitiratildeo reforccedilar o
resultado atingido
- ldquoA classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves necessidades da
Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas deve ter capacidade de
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartasrdquo
Embora concorde com a afirmaccedilatildeo quando comparamos a diferenccedila de
capacidades entre as VBEL Pnt dos paiacuteses mais desenvolvidos verificamos a
dificuldade das viaturas sobre rodas proporcionarem semelhante capacidade
propiciada pelas sobre lagartas
Essa avaliaccedilatildeo eacute facilitada quando comparamos o implemento para viaturas
sobre rodas e a viatura sobre lagartas empregados pelo mesmo paiacutes
O sistema americano REBS que proporciona suporte para viaturas de classe
50 em vatildeos de ateacute 13 metros mostra-se muito inferior quando comparado agrave
capacidade da viatura Wolverine de lanccedilar uma ponte de classe 70 em vatildeo de ateacute
24 metros Quase o dobro de largura de vatildeo em relaccedilatildeo agrave ponte lanccedilada pelo
sistema REBS
Destarte a crescente demanda de pontes de maior classe torna niacutetidos os
benefiacutecios de investir-se em pontes de pequenas brechas de maior capacidade
- ldquoUm detalhe que deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de
velocidade e manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt
conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo ela
ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui elementos
de Man SL e SR a engenharia orgacircnica tambeacutem deva ter essa caracteriacutestica Assim
eacute vaacutelido pensar que nesse BE Cmb Mec deva existir no miacutenimo uma fraccedilatildeo E Cmb
Bld (SL)rdquo
Pode-se contrapor o referido comentaacuterio por meio da anaacutelise do emprego do
exeacutercito alematildeo o qual apoia a Bda Inf Mec com VBE sobre lagartas permitindo
94
afirmar assim que a utilizaccedilatildeo de tais meios no apoio aos elementos dotados de
viaturas sobre rodas natildeo impactaraacute no acompanhamento dos regimentos
Em complemento a essa anaacutelise pode-se analisar o procedimento
experimental que foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de Blindados constante no
Apecircndice E Com meios sobre lagarta um Pel E Cmb acompanhou toda a manobra
em ambiente virtual de um RC Mec da 3ordf Brigada de Cavalaria Mecanizada natildeo
sendo prejudicado seu apoio pela velocidade dos meios empregados
No Apecircndice C questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas tornando-se mais
adequado a anaacutelise dos comentaacuterios para avaliaccedilatildeo das questotildees propostas
- ldquoConcordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial para
a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em algumas
situaccedilotildees por Vtr SLrdquo
De acordo com o emprego realizado na Alemanha conforme capiacutetulo 3 o apoio
prestado pelas VBE sobre lagartas natildeo eacute um problema que afeta a funccedilatildeo de
combate Movimento e Manobrardquo
- ldquoNatildeo obstante agraves vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade
de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os
meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo ao
Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade natureza
da missatildeo e tipo de tropa apoiadardquo
Quanto agrave flexibilidade de apoio natildeo foi identificada a referida problemaacutetica mas as
vantagens estatildeo de acordo com o que o estudo identificou ateacute agora
No Apecircndice D questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas e devido agrave baixa
quantidade de respostas tornou-se mais adequado analisar seus comentaacuterios como
se segue
- ldquoEacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em
qualquer terreno mas por outro lado impacta enormemente na cauda logiacutestica
Insisto que as Bda C Mec devam manter suas caracteriacutesticas de velocidade
95
principalmente trafegabilidade e mobilidade Recordo que os meios sobre roda
garantem entre outras vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para
as Bda C Mec a velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees
baacutesicas de Rec e Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre
rodas eacute a configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C
Mec do EBrdquo
Do mesmo modo que nossas Bda C Mec a Bda Inf Mec alematilde eacute dotada de
viaturas leves e raacutepidas as quais necessitam ser acompanhadas e apoiadas
adequadamente pelos pelototildees de engenharia Portanto mais uma vez a
comparaccedilatildeo com o emprego da engenharia na brigada alematilde torna-se fundamental
para comprovar a eficiecircncia do apoio com VBE sobre lagartas
- ldquoA Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos
quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o RCB
seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo considerando a maior
diversidade de materiais nesta anaacuteliserdquo
Realmente o custo com suprimentos manutenccedilatildeo e complementando gasto
com combustiacutevel das viaturas sobre lagartas eacute maior que das viaturas sobre rodas
Todavia os benefiacutecios desse investimento seriam
- ganho na compra de um lote maior de viaturas sobre lagartas (quanto maior o
nuacutemero de viaturas menor seraacute o preccedilo)
- ganho em capacidade de trabalho (as viaturas sobre rodas possuem muitas
limitaccedilotildees para a VBEL Pnt a limitaccedilatildeo de classe e para as VBE Eng e VBE
desminagem capacidade muito inferior de utilizar os equipamentos como lacircmina
escavadeira o arado ou rolo atraveacutes campo onde a traccedilatildeo eacute extremamente
necessaacuteria
- ganho na proteccedilatildeo no qual destaca-se em relaccedilatildeo agraves VBTP por ser um meio
mais nobre para as forccedilas amigas e compensador para as inimigas e pela maior
necessidade de exposiccedilatildeo aos fogos haja vista que em operaccedilotildees de abertura de
passagem esse meio seraacute conduzido agrave frente para a realizar a reduccedilatildeo dos
obstaacuteculos
96
434 Quantidade de VBE por BE Cmb
No Apecircndice C questatildeo 6 houve uma aceitaccedilatildeo maior que reprovaccedilatildeo o
que poderaacute ser complementado pela anaacutelise dos comentaacuterios que se seguem
- ldquoDeve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de
manobra a apoiar mas tambeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em que a
Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-se desdobrar
em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades maacuteximas de comando e
controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse levantamento pode-se traccedilar melhor
as necessidades totais de meios de Eng para apoio inclusive com os meios
reservasrdquo
- ldquoPara realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os
batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a necessidade de
uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como implemento para as Vtr
da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito americano como um modelo
(uma ideia) seria interessante ter uma Vtr especializada de engenharia como os
ABV que jaacute possuem o miclic e o arado na mesma Vtrrdquo
A primeira afirmativa talvez seja a situaccedilatildeo ideal de apoio de uma engenharia
de brigada entretanto para se atingir a capacidade miacutenima de apoio a dotaccedilatildeo de
VBE natildeo precisa atingir cada zona de accedilatildeo mas cada regimento empregado pela
brigada com no miacutenimo um meio principal e um reserva
De acordo com o estudo dos meios do exeacutercito americano verifica-se que sua
engenharia de brigada natildeo tem meios para apoiar cinco zonas de accedilatildeo limitando-se
ao apoio das companhias por unidade Desta forma a complementariedade desse
apoio cabe agrave engenharia de divisatildeo agrave brigada
Em relaccedilatildeo a segunda proposiccedilatildeo pela proximidade das caracteriacutesticas da
brigada faz-se mais conveniente analisar a quantidade de meios do batalhatildeo da
Alemanha que dos Estados Unidos
Desta forma identifica-se que cada companhia do batalhatildeo de engenharia da
Alemanha aleacutem de sistema de lanccedilamento de minas e botes de assalto deteacutem 3
(trecircs) viaturas lanccediladoras de ponte 2 (duas) viaturas de abertura de brecha 2 VBE
Eng
97
Esta distribuiccedilatildeo mostra-se coerente com a miacutenima necessidade dos
regimentos da Bda C Mec os quais precisam ser apoiados com no miacutenimo duas
VBE Eng e duas viaturas de abertura de brecha no caso de emprego de dois
esquadrotildees em primeiro escalatildeo
A dotaccedilatildeo de 3 VBEL Pnt tambeacutem justifica-se pois atende a necessidade de
transposiccedilatildeo em trecircs locais simultaneamente ou em dois locais permanecendo com
uma viatura em reserva primando pela seguranccedila da operaccedilatildeo
De acordo com o acima exposto conclui-se que as companhias do batalhatildeo de
engenharia necessitam de trecircs VBEL Pnt duas VBE Eng e duas viaturas para
abertura de brecha
Como conclusatildeo da anaacutelise da Variaacutevel Dependente de acordo com o que
foi analisado concluo parcialmente que o batalhatildeo de engenharia da brigada
composto por duas Companhia Engenharia de Combate deve ter 4 Pelototildees
de Engenharia de Combate por companhia para as cumprir as missotildees de
apoio direto reforccedilo apoio suplementar e apoio ao conjunto
Com base na anaacutelise das brigadas de outros exeacutercitos eacute possiacutevel a
utilizaccedilatildeo de meios sobre lagartas e sobre rodas mesmo que elas tenham
classes e capacidades de mobilidade diferentes para apoio agraves Brigadas de
Cavalaria Mecanizada
Atualmente os meios de dotaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec satildeo inadequados
para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e a inexistecircncia de
viaturas blindadas especiais de engenharia restringe suas capacidades de
apoio sob fogos diretos mesmo de armas de baixo calibre
Para solucionar este problema pocircde-se observar a existecircncia de
materiais no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar os Pel E Cmb das Cia E
Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos da
Bda C Mec
Dentre eles destaca-se a viatura para abertura de brecha Keiler viatura
que utiliza um sistema barato e capaz de realizar sozinha a abertura completa
com manutenccedilatildeo simples
Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt
Biber e o sistema de feixe de tubos A primeira por ser um material eficiente
que jaacute eacute empregado pelas Brigadas Blindadas e a segunda por ser um
98
sistema barato e de faacutecil implementaccedilatildeo em viaturas repotencializadas como
as viaturas Leopard 1 desde que tenham seus sistemas baacutesico em
funcionamento
Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as
viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende
bem as tropas blindadas
De acordo com a anaacutelise realizada o BE Cmb Mec necessita dos
seguintes materiais para reforccedilo das Cia E Cmb 6 (seis) VBEL Pntcom duas
pontes cada 4 (quatro) VBE Eng 4 (quatro) Viaturas lanccediladoras de feixe de
tubos e 4 (quatro) viaturas para abertura de brecha
99
5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES
A presente dissertaccedilatildeo de mestrado classificada quanto agrave sua forma de
abordagem como qualitativa e quanto ao objetivo geral como exploratoacuteria e
descritiva teve como tema a A Engenharia de combate da Brigada de Cavalaria
Mecanizada Uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos
empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas
O problema central da pesquisa balizou o desenvolvimento do trabalho para
atingir o objetivo geral direcionando-o para o desenvolvimento da proposta mais
adequada de emprego da engenharia no apoio agraves Brigadas de Cavalaria
Mecanizada
Embora tenha sido observada a inexistecircncia de algumas bibliografias a
pesquisa bibliograacutefica permitiu atingir plenamente os objetivos especiacuteficos
relacionados agraves questotildees de estudo acima enumeradas
Nessa fase foram analisados os conceitos receacutem introduzidos no Exeacutercito os
materiais adquiridos e em desenvolvimento atraveacutes dos Projetos Leopard e
Guarani a organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a Companhia de
Engenharia de Combate
Por meio deste estudo foram identificadas as capacidades e limitaccedilotildees dos
elementos empregados em primeiro escalatildeo pela brigada e as capacidades
previstas para o apoio dos Pelototildees de Engenharia desta companhia no apoio em
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Observou-se a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas capacidades e limitaccedilotildees dos Pel
E Cmb identificando os materiais existentes para apoio agrave mobilidade dos
Regimentos e a necessidade de reforccedilos pela Cia E Cmb a fim de realizar um apoio
efetivo
Apoacutes o referido estudo buscou-se complementar os estudos de revisatildeo
bibliograacutefica com a aplicaccedilatildeo de questionaacuterios e procedimento experimental
Para cumprir esse objetivo os questionaacuterios foram enviados a comandantes e
ex-comandantes dos regimentos de cavalaria e companhias de engenharia das
Brigadas de Cavalaria Mecanizada os quais tinham experiecircncia no emprego das
tropas estudadas
Em complemento agrave experiecircncia dos grupos citados foram enviados
100
questionaacuterios aos oficiais de engenharia e instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de
Blindados que realizaram curso de comandante de subunidade nos Estados Unidos
ou na Alemanha a fim de contribuiacuterem com experiecircncias e conhecimentos
adquiridos nesses paiacuteses
Desta forma identificou-se a limitaccedilatildeo em meios e em pessoal e
consequentemente ineficiecircncia da companhia de engenharia em realizar um apoio
adequado em uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e ainda apresentar
condiccedilotildees de realizar trabalhos de apoio ao conjunto suplementar e ficar em
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada
Desta feita foram analisadas soluccedilotildees em material e emprego capazes de
tornar o apoio da engenharia suficiente agraves necessidades miacutenimas e imediatas dos
regimentos Assim a anaacutelise seguiu os indicadores e dimensotildees da Variagravevel
Independente e Dependente as quais foram medidas de acordo com as questotildees
constantes nos apecircndices conforme quadros 1 e 2 das Definiccedilatildeo operacional das
variaacuteveis
Isto posto a fim de adequar o emprego e os meios da engenharia da brigada
identificou-se a necessidade de propor uma nova organizaccedilatildeo a fim de solucionar
as suas limitaccedilotildees Com isso concluiu-se que se faz necessaacuteria a mudanccedila do
apoio de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada para um
Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
Para o adequado apoio do Batalhatildeo junto aos Regimentos dotados de
viaturas mecanizadas e blindadas questionou-se a caracteriacutestica dos meios a serem
empregados pela engenharia
A soluccedilatildeo desta questatildeo foi amparada no estudo realizado por meio de
revisatildeo bibliograacutefica pelo procedimento experimental pelas respostas dos
questionaacuterios e seus comentaacuterios
Todos esses procedimentos e instrumentos direcionaram a proposta para a
estrutura de um BE Cmb a duas companhias com quatro pelototildees cada Uma
companhia deve ser dotada de VBTP sobre rodas para apoiar os RC Mec e a
companhia dotada de VBTP sobre lagarta deve apoiar o RCB e se for necessaacuterio
ficar em condiccedilotildees de apoiar o RC Mec
O procedimento experimental contribuiu para identificaccedilatildeo de uma suporte
adequado agrave brigada o qual foi realizado pela Seccedilatildeo de Simuladores do Centro de
Instruccedilatildeo de Blindados por meio do Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual
101
(TTAV) o qual realizou um treinamento com emprego de um RC Mec de uma Bda C
Mec em um Movimento Retroacutegrado que mesmo tendo sido aplicado um tipo
totalmente diferente da operaccedilatildeo em questatildeo permitiu a anaacutelise da capacidade das
viaturas blindadas sobre lagartas no acompanhamento das viaturas blindadas sobre
rodas no cumprimento de suas missotildees
Esse treinamento contribuiu para corroborar com a anaacutelise realizada na
doutrina alematilde que permitiu afirmar que os meios sobre lagartas utilizados pela
engenharia tem condiccedilotildees de apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada mesmo
quando esses meios satildeo empregados junto a um RC Mec
Outrossim chegou-se agrave identificaccedilatildeo dos meios que o Batalhatildeo de
Engenharia de Combate Mecanizado deve possuir para reforccedilar em meiois os Pel E
Cmb de acordo com as necessidades de apoio dos Regimentos de uma Bda C Mec
no Aproveitamento do Ecircxito quais sejam quatro VBE Eng quatro VBE de abertura
de brecha (do tipo Keiler) e seis VBEL Pnt (com duas pontes cada) todas sobre
lagartas
Com as conclusotildees do presente trabalho pretende-se adequar o apoio
prestado pela engenharia da brigada por meio da adequaccedilatildeo de seu emprego e de
seu material e refletindo na sua organizaccedilatildeo a fim de capacitaacute-la a apoiar os
elementos empregados em primeiro escalatildeo pela Brigada de Cavalaria Mecanizada
Como soluccedilatildeo praacutetica o autor apresenta no Anexo B a proposta consolidada
em uma Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash
As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees a qual se apresenta
como base para modificaccedilatildeo do emprego da engenharia da brigada e
consequentemente servir de embriatildeo de um novo manual
Uma sugestatildeo para a experimentaccedilatildeo doutrinaacuteria eacute a transformaccedilatildeo da 3ordf
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada de Dom Pedrito-RS em
batalhatildeo a fim de aproveitar as instalaccedilotildees atuais as quais eram de utilizadas pelo
14ordm Regimento de Cavalaria Mecanizada
O presente trabalho explorou a adequaccedilatildeo do apoio de engenharia da Bda C
Mec a partir da anaacutelise do seu emprego e do seu material no apoio aos elementos
em primeiro escalatildeo em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Outros estudos se fazem necessaacuterios para complementar as capacidades
necessaacuterias a esse batalhatildeo Dessa maneira o autor recomenda por meio do
QUADRO 17 a seguir os seguintes temas
102
QUADRO DE PROPOSTA PARA NOVAS PESQUISAS NA ESAO
Tema sugerido Especialista recomendado
BE Cmb de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma proposta de Quadro de Dotaccedilatildeo de Material (QDM) e Quadro de Cargos Previstos (QCP)
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
Equipagens para transposiccedilatildeo de curso drsquoaacutegua adequaccedilatildeo dos meios de transposiccedilatildeo de uma Bda C Mec
Militar de engenharia que tenha comandado uma Companhia de Engenharia de Pontes
TTP do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado na Operaccedilatildeo de Abertura de Passagem
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
Emprego de feixe de tubos em viaturas blindadas para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas
Oficial que tenha experiecircncia com blindados
Viatura de Abertura de Brecha Keiler Uma viatura para solucionar uma deficiecircncia da engenharia brasileira
Oficial de engenharia com curso de desminagem preferencialmente habilitado em
alematildeo
O emprego de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio na Companhia de Engenharia de Combate de um BE Cmb Mec Uma sugestatildeo de dotaccedilatildeo de meios de emprego junto aos elementos em primeiro escalatildeo pela Cia E Cmb
Oficial que tenha servido em Batalhatildeo de Engenharia preferencialmente que tenha
comandado uma Companhia de Comando e Apoio
Doutrina do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado da Brigada de Cavalaria Mecanizada
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
QUADRO 17 - Propostas de novas pesquisas relacionadas ao apoio de engenharia agrave uma Bda C Mec Fonte O autor
______________________________ Saulo dos Santos Marques
Capitatildeo de Engenharia
103
REFEREcircNCIAS
Assault Breacher Vehicle Military-today c2017 Disponiacutevel em lthttpwww military-todaycomengineeringabv_imageshtmgt Acesso em 13 ago 2018
BMR-3M Mine clearing vehicle Military-today c2006 Disponiacutevel em lthttp wwwmilitary-todaycomengineeringbmr_3mhtmgt Acesso em 1 fev 2018
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APEcircNDICE A ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-
COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que jaacute foi comandante de Regimento de Bda C Mec eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
110
A ndash ESCALAtildeO DE APOIO DE ENGENHARIA
1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual
descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a
Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia
Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a
Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a
engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb
Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES
1 Com essa organizaccedilatildeo o BE Cmb Mec poderia empregar uma SU em apoio
direto aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo
ainda uma Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado na Z Accedil da Bda
111
2 Penso que o ideal seria um BE Cmb Mec a 3 Cia com 4 Pel E Cmb cada
permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra da Bda com uma SU Caso a
Bda receba o RC Mec divisionaacuterio deve receber tambeacutem uma SU Eng Cmb
da Divisatildeo
3 Essa eacute dosagem miacutenima tendo em vista a envergadura e pletora de meios da
tropa apoiada
2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia
de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base
nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave
engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo
de valor de um BE Cmb
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
112
1 Embora concorde com a organizaccedilatildeo sugerida no quesito anterior acredito
que natildeo se deva tomar por base uma organizaccedilatildeo do inimigo feita com
finalidades especiacuteficamente escolares A organizaccedilatildeo a ser considerada eacute
aquela adotada por potenciais ameaccedilas
2 Utilizando a mesma dosagem de uma Cia Eng Cmb por Elemento de
manobra valor Batalhatildeo ou Regimento
B ndash QUANTO AOS MEIOS
3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt
Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo
viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos
apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo
com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa
afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo
em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas
ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
113
Comentaacuterio das opiniotildees
1 A Bda C Mec conduz por suas caracteriacutesticas operaccedilotildees de movimento
Destarte todos os meios que facilitem o movimento satildeo importantes para ela
2 Haveria dificuldade de acompanhamento dos Elm 1ordm Esc pela velocidade de
deslocamento
3 Eacute INDISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios pela Eng da Bda
C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS
4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a
possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60
e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe
superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave
classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos
de viaturas
114
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Essa eacute uma assertativa bastante oacutebvia Os meios de transposiccedilatildeo devem
assegurar o movimento de todas as Vtr empregadas pela Bda C Mesc
2 Quem apoia mais apoia menos Esse um princiacutepio que atende plenamente ao
princiacutepio de guerra de economia de meios
5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de
transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente
que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
115
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Volto agrave resposta dada no quesito anterior Os meios de Eng devem ser
necessaacuterios e suficientes para assegurar que TODAS as Vtr da Bda
transponham o obstaacuteculo Como estaacute colocada a questatildeo seria concordar
com que o RCB principal elemento de forccedila da Bda natildeo pudesse empregar
seus CC
2 Sobre a afirmativa eacute bom lembrar as VBE Lccedil Pnt devem deslocar-se com
suas pontes somente em pequenos trechos no compartimento de combate
ateacute o local de lanccedilamento (essas pontes satildeo equipamentos fraacutegeis natildeo
devendo ser deslocadas sobre a VB por longos trechos) Ateacute a aproximaccedilatildeo
desse compartimento as pontes devem ser transportadas em pranchas e se
possiacutevel as VBE Lccedil Pnt sobre lagarta tambeacutem A vantagem de se ter na OM
Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de VB lanccediladora de ponte
sobre lagartas seria que a mesma poderia atender com maior mobilidade
atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCB Essa VB sobre lagarta
deveria como jaacute foi dito possuir uma viatura Cavalo Mecacircnico com prancha
para a aproximaccedilatildeo da VB ateacute o compartimento de combate (onde deveraacute
lanccedilar a Pnt ) e outra para transportar no miacutenimo as suas trẽs pontes de
pequena brecha
116
3 A Eng da Bda deve ter condiccedilotildees de apoiar o movimento de TODOS os meios
da Bda
D ndash SUGESTOtildeES
6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por
um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o
RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais
capacitada a apoiar os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Ver resposta do quesito seguinte
2 Estamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C
Mec Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf
Mec A proposta do CMS ( a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que
apoacutes anaacutelise do projeto decidiu junto com o COTER que o BECmb Mec
117
deveria ter somente 2 Cia Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo
CMS Na visatildeo do CMS 2 Cias apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma
com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria no apoio a toda a brigada (demais OM
em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa decisatildeo de 2017 foi modificada
a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as duas Cia Eng (decisatildeo DEC
COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3 Mec sobre rodas e 1
Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em apoio aos Rgt em
1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE Cmb Mec de Bda
Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB Portanto no BE
Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem somente VB
sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng deve
possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve
possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBE LccedilPnt VBE com
implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas
AC etc)
3 Estudar se uma Cia eacute suficiente para apoiar os dois R C Mec
4 Na minha opiniatildeo o Batalhatildeo de Engenharia deveria ter 3 Cia sendo duas
dotadas de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas para apoiar os dois RC
Mec e uma dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagarta para apoiar
o RCB permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra valor Regimento da
Bda
7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia
a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas
companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
118
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o
que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica
2 Ver observaccedilatildeo do item anterior
3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel
E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e
VB com lagartas As VBE Lccedil Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute
citado em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior
flexibilidade e rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec
como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre rodas
4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de
mobilidadevelocidade igual ou superior
5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1
Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento
orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng
na Boa C Mec Cabe ressaltar que um incremento (transformaccedilatildeo de Cia para
119
Btl) impacta outros sistemas operacionais da Bda (principalmente o logiacutestico)
acarretando uma mudanccedila quase impossiacutevel na Brigada
120
APEcircNDICE B ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-
COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que jaacute foi comandante de Companhia de Engenharia de Bda C Mec
eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
121
A ndash ESCALAtildeO DA ENGENHARIA DA BDA C MEC
1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual
descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a
Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia
Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a
Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a
engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb
Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES
1 Natildeo vejo a necessidade das Cia E Cmb Mec possuam os 04 Pel E Cmb
acredito que 03 Pel E Cmb jaacute seriam adequados
2 Doutrinariamente sim Em tempo de paz acredito que um Batalhatildeo de
Engenharia com 01 Cia E Cmb cumpre bem a missatildeo
122
3 Nas atuais condiccedilotildees do Paiacutes seria muito difiacutecil a migraccedilatildeo de Cia E Cmb
Mec para BE Cmb Mec
4 Em que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai16) prever uma E Bda Inf
Mec compota por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala
de aula da proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para
Mnt do C2 por parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar
pesquisando essa situaccedilatildeo sugiro uma composiccedilatildeo do BECmb Mec (ou Bld)
de 4 CiaECmb a 2 Pel E Cmb e 1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em
Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o
C2 por parte do Cmdo BE bem como a emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de
missotildees
5 A engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE
Cmb Mec a 3 companhias de 3 Pel E Cmb cada
2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia
de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base
nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave
engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo
de valor de um BE Cmb
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
123
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o
que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica
2 Ver observaccedilatildeo do item anterior
3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel
E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e
VB com lagartas As VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado
em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e
rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP
(Pel E) e VBE Eng sobre rodas
4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de
mobilidadevelocidade igual ou superior
5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1
Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento
orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng
B ndash QUANTO AOS MEIOS
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3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt
Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo
viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos
apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo
com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa
afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo
em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas
ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
1 O Guarani assim como a Viatura Stryker veiacuteculo das tropas mecanizadas
Norte-Americanas deveria possuir os implementos de engenharia
necessaacuterios para a realizaccedilatildeo de abertura de passagem A abertura de
passagem deveria assim como ocorre com a transposiccedilatildeo de curso daacutegua
deveria ser encarada como uma operaccedilatildeo que possui como uma de suas
fases a reduccedilatildeo do obstaacuteculo a ser transporto
125
2 A proteccedilatildeo blindada eacute fundamental para o combatente mecanizado
3 A Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira
de Alta Mobilidade e Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel
de Eqp Eng Bda Mec) e de Vtr Lanccedila Pontes Sobre Rodas (REBS)
4 Eacute INDISPENSAacuteVEL Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de
Bda eacute totalmente ineficiente numa situaccedilatildeo de combate moderno
5 Eacute possiacutevel afirmar que eacute INDISPENSAacuteVEL no combate moderno a utilizaccedilatildeo
desses meios
6 Esses Eqp BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia E
C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS
4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a
possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60
e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe
superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave
classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos
de viaturas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
126
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Com certeza
2 A Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros
para Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VB CC M60 eacute uma soluccedilatildeo
paliativa A VB CC Padratildeo do EB eacute o Leopard
3 Na distribuiccedilatildeo dos meios entre as fraccedilotildees que estaratildeo em Ap Pccedil Man as
que estaratildeo em Ap Fraccedilotildees de Guarani poderatildeo receber Pnt P Bre de menor
classe Ou seja poderatildeo haver Pnt P Bre de classes diferentes Todavia eacute
interessante que a VBL Pnt tenha capacidade de lanccedilar a de maior classe
4 Elas jaacute possuem essa capacidade
5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de
transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente
que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
127
Comentaacuterio das opiniotildees
1 A classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves
necessidades da Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas
deve ter capacidade de transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
2 Uma Brigada Mecanizada possui meios SR e SL Logo um BE Cmb Mec
deve possuir meios SR e SL
3 As VBLPnt sobre lagartas devem ser utilizadas para Bda Bld As VBLPnt
sobre rodas devem ser utilizadas para as Bda Mec
4 Acredito que existam VBEL Pnt sobre rodas que tenha capacidade de
transportar Pnt com Classe para blindados sobre lagartas Um detalhe que
deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de velocidade e
manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt
conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo
ela ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui
elementos de Man SL e SR a engenharia Orgacircnica tambem deva ter essa
caracteriacutestica Assim eacute vaacutelido pensar que nesse BECmbMec deva existir no
miacutenimo uma Fraccedilatildeo E Cmb Bld (SL)
5 O apoio da engenharia ao combate deve ser inexoraacutevel podendo o Batalhatildeo
possuir os dois tipos de Vtr Lccedil Pnt sobe rodas e sobre lagartas
128
D ndash SUGESTOtildeES
6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por
um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o
RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais
capacitada a apoiar os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Natildeo vejo necessidade dessa especializaccedilatildeo das Cia Acredito que elas
devem ter as mesmas capacidades e estar aptas a transpor qualquer tipo de
tropa da Bda C Mec
2 Conforme comentaacuterio anterior
3 Como jaacute apresentei seria mais interessante no miacutenimo 01 CiaECmbBld em
Ap RCB e 02 CiaECmbMec em Ap aos 2 RCMec
129
4 Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado
por um Batalhatildeo a 3 Companhias de 3 Pelototildees sendo uma Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a
apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre rodas mais capacitadas a apoiar os RC Mec
7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia
a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas
companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Sou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que
economiza meios e facilita o planejamento
130
2 Considero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor A situaccedilatildeo do Paiacutes
natildeo favorece estas mudanccedilas
3 Semelhante ao exposto no item 5 um Ap Eng SL a uma fraccedilatildeo C Mec em
situaccedilatildeo de deslocamentos sobre eixos pavimentados ou natildeo poderaacute ser
retardado em relaccedilatildeo aacute velocidade alcanccedilada pelas Vtr SR Aleacutem disso o
valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maior
4 Eacute pertinente afirmar que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seraacute mais
adequado se for realizado por um Batalhatildeo a 3 Companhias com 3 Pelototildees
cada sendo uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre
lagartas mais capacitada a apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de
Viaturas Blindadas Especiais sobre Rodas mais capacitadas a apoiar os RC
Mec
5 Lembre-se que a Cia poderaacute solicitar apoio agrave ED Para a realidade do nosso
Exeacutercito uma Cia E bem equipada cumpriria sua missatildeo
131
APEcircNDICE C ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE
ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA
ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que realizou o curso de comandante de subunidade de engenharia
nos EUA ou Alemanha eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
132
A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS
Figura 1 - Viatura Fennek
Figura 2 - Viatura Dingo
Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas
133
1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais
satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada
utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas
Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para
abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As
viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as
apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C
Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M
60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha
empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo parcialmente pois sou partidaacuterio do emprego da Unidade como um
todo Desta feita as Vtr desta unidade precisam ter as mesmas
caracteriacutesticas ou seja todas SR ou todas SL Os RCB componentes da Bda
C Mec satildeo formados por dois Esqd Fuz (dotados de M 113) e dois Esqd CC
(dotados de Leopard) desta forma atendendo a premissa de que todas as Vtr
134
desta OM possuem a mesma caracteriacutestica de traccedilatildeo Nesta situaccedilatildeo
acredito que a situaccedilatildeo ideal seraacute que ela possua VBC Eng SR para Ap os
RC Mec e VBC Eng SL para Ap o RCB
2 A Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade
nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse
contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo
em usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem
maior potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e
poupando tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para
VBE Eng SR
3 As Bda Inf Mec e C Mec tem como caracteriacutestica a velocidade de seus meios
O emprego de Vtr mais lentas natildeo apenas pela engenharia mas pelos seus
demais Elm de apoio resultaria em fator limitador para as operaccedilotildees
4 Primeiramente para realizar a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio compreender a
constituiccedilatildeo das Bda Mec e Bld alematildes bem como quais as missotildees
destinadas a esse tipo de GU Acredito que e as Vtr Dingo natildeo sejam as
uacutenicas Vtr utilizadas pela Bda em questatildeo Considerando as Vtr empregadas
pelas fraccedilotildees que devem Rlz a accedilatildeo principal devemos considerar a mesma
natureza de mobilidade e proteccedilatildeo blindada para o apoio de engenharia
2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os
Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas
(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas
viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou
estrada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
135
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo deste que seja atendida o preacute requisito do item anterior ou seja
que a Eng desta Bda possua VBC Eng tanto SR quanto SL
2 O transporte dos Elm Eng seratildeo nesse caso adequados para o tipo de tropa
apoiada
3 Deve ser verificada a necessidade de transporte de outros materiais
(ferramentas) para o emprego do Pel E Cmb Nesse caso eacute possiacutevel admitir
uma variante dos modelos do veiacuteculos
B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC
3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e
capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de
mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a
princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard
1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso
AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate
elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego
junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das
viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas
136
operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade
superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre
lagartas ao R C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo parcialmente pois acho muito arriscado vocecirc considerar como
verdade absoluta que natildeo haveraacute velocidade superior a 60 kmh em uma Op
Ofensiva Acredito que a velocidade meacutedia da operaccedilatildeo realmente natildeo seraacute
superior a 60 kmh mas em alguns trechos acredito que a velocidade
necessaacuteria para manter a impulsatildeo da Op poderaacute ser superior a 60 kmh
Aleacutem disso natildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das
caracteriacutesticas de terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que
uma Vtr SL progrida sobre o asfalto
2 Reitero o abordado no item 1 em que a Bda C Mec eacute apta a atuar em
operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural
ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse contexto que as Vtr Eng satildeo
137
empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em usar meios SL para a Bda
C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior potecircncia para a remoccedilatildeo de
obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando tempo nessa atividade o que
pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SR
3 A mobilidade da tropa natildeo pode levar em conta apenas a velocidade de
deslocamento Uma VBE Eng Leopard possui Classe 45 enquanto os
Guarani apenas Cl 20 O emprego em conjunto dos dois meios traz consigo a
necessidade de meios de Tva como Pnt P Bre Prtd etc com maior
capacidade de suporte apenas para atender uma pequena parcela das Vtr da
Bda uma vez que a dotaccedilatildeo prevista para o BE Cmb Mec atualmente eacute de 6
VBE Eng e 4 VBE L Pnt
4 Eacute necessaacuterio que o apoio agrave manobra possua a mesma mobilidade A Manobra
natildeo pode ser regulada pela limitaccedilatildeo das peccedilas de apoio
C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA
4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura
que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que
empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas
Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego
das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o
terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas
Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes
limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a
uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o
RCB e duas Cia E Cmb apoiariam os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas
por todas as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
138
V
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial
para a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em
algumas situaccedilotildees por Vtr SL
2 Natildeo obstante as vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade
de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os
meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo
ao Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade
natureza da missatildeo e tipo de tropa apoiada
3 O emprego de Vtr especializadas de Eng permite um melhor apoio aos Elm
manobra mas esse apoio seria adequado tambeacutem com o emprego de Vtr SR
4 Para poder proceder a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio realizar os mesmos fatores
de comparaccedilatildeo As Bda Stryker no exeacutercito dos EUA eacute uma brigada de
infantaria Mec A Bda C Mec do Brasil eacute de cavalaria A principal diferenccedila
entre essas Bda eacute o tipo de missatildeo a ser realizada por cada uma e por
consequecircncia pode haver variaccedilatildeo no tipo de Vtr Normalmente os RCB e os
RC Mec formam uma FT e dessa forma o apoio de engenharia seraacute definido
139
pela missatildeo Cabe ressaltar que as Bda C Mec possuem 01 Cia E Cmb Mec
portanto o apoio aos Regimentos deveraacute ser realizado pelos Pel E Cmb Mec
D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB
5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de
engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec
apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os
trabalhos de apoio ao conjunto
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Acredito que seria uma situaccedilatildeo muito boa a que vocecirc levantou mas acredito
que um BE Cmb a 2 Cia E Cmb sendo uma delas com vocaccedilatildeo blindada
(para Ap o RCB) e a outra com vocaccedilatildeo Mec (para apoiar os RC Mec) seriam
o suficiente para prestar o Ap Eng agrave Bda C Mec
140
2 Os BE Cmb de Bda doutrinariamente possuem natureza uacutenica satildeo Mec ou
Bld Aleacutem disso a dosagem miacutenima de apoio serve como uma referecircncia
inicial podendo a mesma ser aumentada em funccedilatildeo da missatildeo a
desempenhar e a necessidade de apoio de Eng
3 As Bda Bld possuem maior poder de choque e possuem apenas 1 Btl E Cmb
(com 2 SU x 4 Pelototildees cada = 8 Pel E Cmb) A Bda C Mec teria 12 Pel E
Cmb Para o estudo da dosagem de engenharia para as missotildees da Bda eacute
necessaacuterio verificar a dosagem miacutenima do apoio de engenharia que eacute de 01
Pel E por Btl Nesse caso um regimento estaria recebendo 4 Pel E Cmb Esse
aumento de efetivo e de dosagem iria impactar consideravelmente a
necessidade de Vtr especializadas e em consequecircncia os custos para essa
mobilizaccedilatildeo
E ndash MEIOS DO BE CMB
6) O exeacutercito dos EUA prevecirc para as Operaccedilotildees de Abertura de Passagem a
proporccedilatildeo miacutenima de 50 de meios em reserva para assegurar a continuidade da
operaccedilatildeo no caso de perda de uma das viaturas Isso significa que para a abertura
de duas passagens simultaneamente seratildeo empregadas 2 VBE para abertura e 1
VBE ficaraacute em reserva De acordo com o item anterior a dotaccedilatildeo orgacircnica por tipo
de VBE deve ser na proporccedilatildeo de trecircs por Cia E a fim de apoiar cada regimento
Com isso o BE Cmb deve ter a dotaccedilatildeo de 9 VBE Eng 9 VBEL Pnt com total de 18
pontes 9 VBE rolo 9 VBE arado com carga linear explosiva (CLE) tipo MICLIC
com 2 cargas por viatura e 9 VBE lanccediladora de feixe de tubos
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
141
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Deve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de
manobra a apoiar mas tmbeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em
que a Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-
se desdobrar em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades
maacuteximas de comando e controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse
levantamento pode-se traccedilar melhor as necessidades totais de meios de Eng
para apoio inclusive com os meios reservas
2 Para realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os
batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a
necessidade de uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como
implemento para as Vtr da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito
americano como um modelo (uma ideia) seria interessante ter uma Vtr
especializada de engenharia como os ABV que jaacute possuem o miclic e o
arado na mesma Vtr
142
APEcircNDICE D ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE
INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE
SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que eacute instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados e realizou o
curso de comandante de subunidade nos EUA ou Alemanha eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
143
A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS
Figura 1 - Viatura Fennek
Figura 2 - Viatura Dingo
Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas
144
1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais
satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada
utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas
Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para
abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As
viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as
apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C
Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M
60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha
empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Um dos pontos baacutesicos para discussatildeo eacute a estrutura finalidade e composiccedilatildeo
de meios das Bda C Mec do EB face agraves caracteriacutesticas do combate atual e
do futuro Dotar as Bda C Mec com novos meios eacute importante poreacutem a
reestruturaccedilatildeo dessas brigdas deveria preceder agraves inovaccedilotildees no seu material
145
2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os
Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas
(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas
viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou
estrada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Vide comentaacuterio anterior
2 Dependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode haver necessidade de utilizaccedilatildeo de
algum implemento para apoiar a mobilidade neste sentido apenas VBTP
seria insuficiente prestar o apoio sendo mais indicado a adoccedilatildeo de uma VBE
VBTP eacute a opccedilatildeo no caso de impossibilidade de se dispor de uma VBE
3 Devem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece
maior mobilidade atraveacutes terreno
146
B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC
3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e
capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de
mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a
princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard
1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso
AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate
elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego
junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das
viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas
operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade
superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre
lagartas ao R C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
147
1 As Bda C Mec satildeo destinadas basicamente para as Op de Rec e Seg
podendo ser empregadas em Op OfDef e outras Nesse sentido a destinaccedilatildeo
de Vtr de apoio ao combate deveria em principio atender aos princiacutepios da
velocidade em primeiro lugar e aos princiacutepios da mobilidade Nesse sentido
eacute importante manter-se as caracteriacutesticas dos Rgt Mec dotando-os de meios
sobre rodas O emprego de Vtr sobre lagartas nos RCMec deve ser portanto
judiciosamente aquilatado
2 Existe a necessidade de uma anaacutelise mais profunda para a retirada desse tipo
de conclusatildeo
C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA
4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura
que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que
empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas
Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego
das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o
terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas
Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes
limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a
uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o
RCB e duas Cia E Cmb os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas por todas
as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
148
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Eacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em
qualqer terreno da forccedila dotada desses meios mas por outro lado impacta
enormemente a cauda logiacutestica Insisto que as Bda C Mec devam manter
suas caracteriacutesticas de velocidade principalmente trafegabilidade e
mobilidade Recordo que os meios sobre roda garantem entre outras
vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para as Bda C Mec a
velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees baacutesicas de Rec e
Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre rodas eacute a
configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C
Mec do EB
2 A Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos
quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o
RCB seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo
considerando a maior diversidade de materiais nesta anaacutelise
D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB
5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de
engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec
149
apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os
trabalhos de apoio ao conjunto
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
150
APEcircNDICE E ndash PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
TREINAMENTO DE TTP EM AMBIENTE VIRTUAL (TTAV) DA 3ordf BDA C MEC
O TTAV realizado na semana de 23 a 03 de agosto de 2018 consistiu no
emprego de Quadros da 3ordf Bda C Mec no treinamento de TTP em ambiente
simulado na Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
Um R CMec formado pelos Quadros da Bda foi empregado em um Movimento
Retroacutegrado onde tinha por missatildeo retardar o avanccedilo de uma Bda Inf Mec Vm (meios
blindados)
Para cumprir sua missatildeo a brigada empregou Quadros do 3ordm R C Mec 7ordm R C
Mec e 12ordm R C Mec aleacutem do 25ordm GAC e da 3ordf Cia Eng Cmb Mec
O Pel E foi empregado com uma VBTP Eng M113 e um Leopard 1A5 BR com
implemento do tipo arado em reforccedilo ao Rgt ateacute o final da operaccedilatildeo
O Pel E durante a fase de planejamento realizou o estudo do terreno e
contribuiu com o planejamento de obstaacuteculos de contramobilidade e de trabalhos de
proteccedilatildeo ao longo das posiccedilotildees de retardamento
Durante a operaccedilatildeo pela presenccedila de poucos militares de engenharia o
pelotatildeo foi representado pela viatura M113 reforccedilado pela viatura Leopard com rolo
Por limitaccedilotildees do software empregado e pela necessidade de celeridade nas
posiccedilotildees de retardamento (em uma situaccedilatildeo real tal operaccedilatildeo poderia durar dias) as
accedilotildees do Pel E durante o desenrolar da operaccedilatildeo foram limitadas ao
acompanhamento do Rgt e execuccedilatildeo simulada dos trabalhos supracitadas
Ao final da missatildeo foi prevista a utilizaccedilatildeo de uma Vtr MICLIC para a bertura
de uma passagem atraveacutes do campo minado da P Def amiga poreacutem por questotildees
de tempo tal accedilatildeo natildeo foi realizada
Por fim verifica-se que o Pel E em relaccedilatildeo ao emprego de meios sobre
lagartas natildeo atrasou os deslocamentos do R CMec durante a operaccedilatildeo e cumpriu
sua missatildeo dentro do contexto de um movimento retroacutegrado
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 110)
MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO
Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016
AS ESTRUTURAS DE ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES
IacuteNDICE DE ASSUNTOS
1 FINALIDADE02
2 OBJETIVO02
3 REFEREcircNCIAS02
4 INTRODUCcedilAtildeO02
5ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA02
6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO03
7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE04
8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS06
ANEXOS
A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES E
ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO
AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FORCcedilA TERRESTRE
COMPONENTE08
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 210)
1 FINALIDADE
Orientar a organizaccedilatildeo das estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (TO)
2 OBJETIVO
Apresentar uma visatildeo atualizada das estruturas de Engenharia no TO agrave luz da Doutrina
Militar Terrestre subsidiando exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no
planejamento e execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e
taacuteticos para Emprego da Forccedila Terrestre
3 REFEREcircNCIAS
____ Doutrina de Operaccedilotildees Conjuntas - MD30-M-01 2011
____ Doutrina de Logiacutestica Militar - MD42-M-02
____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007
____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014
____ Forccedila Terrestre Componente - EB20-MC-10202 2014
____ A Forccedila Terrestre Componente nas Operaccedilotildees - EB20-MC-10-301 2014
____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015
____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014
____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015
____ Geoinformaccedilatildeo - EB20-MC-10209 2014
____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014
____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999
4 INTRODUCcedilAtildeO
41 A Doutrina do Exeacutercito Brasileiro em particular a doutrina de emprego da Arma de
Engenharia vive em constante evoluccedilatildeo requerendo atualizaccedilotildees perioacutedicas em funccedilatildeo
da introduccedilatildeo de novos conceitos novos equipamentos e mesmo da observaccedilatildeo do
emprego da Arma nos mais variados conflitos
42 A recente ediccedilatildeo de uma nova seacuterie de manuais doutrinaacuterios tanto pelo Ministeacuterio da
Defesa (MD) quanto pelo Estado-Maior do Exeacutercito (EME) indicou a necessidade de uma
atualizaccedilatildeo do Manual de Campanha C 5-1 (Emprego de Engenharia ediccedilatildeo de 1999)
5 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA
51 Uma vez que a Engenharia exerce sua atividade sobre um fator sempre presente - o
terreno - deve haver em cada escalatildeo uma Engenharia capaz de modificar as condiccedilotildees
do mesmo de acordo com a manobra adotada
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 310)
52 A organizaccedilatildeo da Engenharia tem por base a centralizaccedilatildeo dos meios nos escalotildees
mais elevados permitindo que os mesmos possam suprir as deficiecircncias de Engenharia
dos escalotildees subordinados em face das necessidades especiacuteficas de cada situaccedilatildeo e
ainda atender ao apoio em profundidade de modo a liberar os escalotildees subordinados de
encargos na retaguarda
53 Uma accedilatildeo coordenadora do escalatildeo superior de engenharia sobre os escalotildees
subordinados se faz necessaacuteria e eacute realizada por meio dos canais teacutecnicos de
engenharia
54 O funcionamento adequado desses canais teacutecnicos constitui-se em dos principais
fatores para a eficiecircncia do apoio permitindo que os escalotildees subordinados possam em
tempo uacutetil articular seus meios tomar as providecircncias necessaacuterias e receber apoio
adicional do escalatildeo superior quando for o caso
55 A Engenharia eacute organizada no TO da seguinte forma Engenharia do Comando
Logiacutestico do Teatro de Operaccedilotildees (EngCLTO) Comando de Engenharia da Forccedila
Terrestre Componente (CEFTC) no caso de emprego de duas DE Engenharia
Divisionaacuteria (ED) e Engenharia de Brigada (E Bda)
56 Os escalotildees de Engenharia satildeo constituiacutedos pelos seguintes elementos de emprego
pelototildees de engenharia (Pel Eng) companhias de engenharia (Cia Eng) batalhotildees de
engenharia (Btl Eng) e grupamentos de engenharia (Gpt E) aleacutem das tropas de
engenharia especializadas
57 As tropas de engenharia especializadas oferecem capacidades diferenciadas de
engenharia em razatildeo de possuiacuterem pessoal e equipamentos especiacuteficos Quando
possuem valor igual ou menor que subunidade costumam ser chamadas genericamente
de ldquomoacutedulos especializadosrdquo
58 Satildeo exemplos de moacutedulos especializados Companhia de Engenharia de
Camuflagem Equipe de Mergulho Grupo de Construccedilatildeo Horizontal Turma de Patrimocircnio
Imobiliaacuterio etc
59 O anexo ldquoArdquo apresenta os escalonamentos da Engenharia no TO e os organogramas
das estruturas baacutesicas de Engenharia segundo as situaccedilotildees de emprego da FTC da
Doutrina Militar Terrestre
6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO
61 Na Zona de Administraccedilatildeo (ZA) encontra-se
611 uma estrutura de Engenharia que integra o Comando Logiacutestico do Teatro de
Operaccedilotildees (CLTO) denominada de EngCLTO de forma a apoiar as atividades daquele
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 410)
comando particularmente no planejamento e execuccedilatildeo de obras e de serviccedilos de
Engenharia
612 quando houver necessidade de se apoiar de forma mais cerrada a uma F Cte a
EngCLTO poderaacute organizar a partir dos seus meios um Grupo-Tarefa Logiacutestico de
Engenharia (GT Log Eng) que poderaacute enquadrar unidades de engenharia de combate
construccedilatildeo geoinformaccedilatildeo meio ambiente patrimocircnio imobiliaacuterio e outros
62 A EngCLTO seraacute constituiacuteda conforme as necessidades de trabalhos teacutecnicos e
atividades logiacutesticas de Engenharia O valor e a natureza da tropa dependem mais das
caracteriacutesticas da magnitude e das necessidades de desenvolvimento da infraestrutura
do ambiente operacional do que das forccedilas a serem apoiadas
63 Na ZA prioriza-se a exploraccedilatildeo dos recursos mobilizados e contratados Em
consequecircncia eacute normal a existecircncia de empresas civis especializadas e enquadradas
pela estrutura militar
64 As atividades de engenharia executadas com maior frequecircncia na ZA satildeo as de apoio
geral de engenharia englobando os trabalhos de estradas pontes instalaccedilotildees
geoinformaccedilatildeo manutenccedilatildeo e suprimento que exigem grande capacidade teacutecnica e
meios especializados nesse escalatildeo
65 Considerando o grande volume e complexidade de tarefas na ZA eacute conveniente que
as forccedilas de Engenharia integrantes da EngCLTO sejam enquadradas por
Grupamento(s) de Engenharia possuindo particularmente estruturas de Engenharia de
Construccedilatildeo de Meio Ambiente e de Patrimocircnio Imobiliaacuterio entre outras que se fizerem
necessaacuterias
7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE
71 Na Zona de Combate (ZC) encontram-se
711 Estruturas de Engenharia da Forccedila Terrestre Componente (FTC) e de Divisatildeo (otildees)
de Exeacutercito (DE) com meios para atender agraves necessidades proacuteprias dessas estruturas e
aumentar o apoio aos escalotildees subordinados inclusive assumindo encargos nas aacutereas de
retaguarda destes de modo a liberar suas engenharias para o apoio cerrado aos
elementos de combate
712 A Engenharia orgacircnica das Brigadas com meios para atender agraves necessidades
miacutenimas e imediatas do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate
72 A Engenharia da FTC
721 A FTC constitui o comando essencial para o emprego da engenharia por ser
encarregado de traduzir os aspectos da manobra do niacutevel operacional para o niacutevel taacutetico
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 510)
Tem assim uma visatildeo ampla do terreno e da situaccedilatildeo para poder julgar as necessidades
gerais em apoio e em trabalhos conceber o esquema geral de apoio de engenharia e
exercer efetivamente uma coordenaccedilatildeo dos escalotildees subordinados
722 O apoio de engenharia a uma FTC abrange uma diversidade de trabalhos em apoio
adicional agrave mobilidade e agrave contramobilidade dos elementos de primeiro escalatildeo Abrange
tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o apoio geral de engenharia em
toda a sua aacuterea de atuaccedilatildeo
723 Uma FTC eacute estruturada para atender a um planejamento operacional especiacutefico natildeo
possuindo portanto uma organizaccedilatildeo fixa A Doutrina Militar Terrestre admite para fim
de planejamento diversos tipos de FTC cujos apoios de Engenharia seratildeo organizados
de acordo com as constituiccedilotildees destas
724 O apoio de Engenharia a uma FTC eacute coordenado por uma estrutura denominada de
Comando de Engenharia da FTC (CEFTC) a qual possui como principais elementos
operativos os grupamentos de engenharia (Gpt E) ou batalhotildees de engenharia (Btl Eng)
725 A organizaccedilatildeo e os organogramas dos diversos tipos de CEFTC satildeo apresentados
no Anexo ldquoArdquo
73 O Grupamento de Engenharia
731 O Gpt E controla coordena e supervisiona as tarefas de engenharia executadas
pelos batalhotildees e moacutedulos especializados subordinados sendo a estrutura natural para
enquadrar U e SU de Engenharia
732 Basicamente o Gpt E eacute composto pelo Cmdo EM pela Cia C Ap e por U e SU de
Engenharia Possui capacidade de enquadrar ateacute cinco batalhotildees Considera-se para fim
de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a uma U
74 A Engenharia Divisionaacuteria
741 As accedilotildees que se desenrolam no escalatildeo DE satildeo de natureza nitidamente taacutetica e
em consequecircncia sua engenharia opera em um ambiente no qual o combate eacute o
elemento preponderante
742 O apoio de Engenharia a uma DE eacute prestado por uma estrutura denominada
Engenharia Divisionaacuteria (ED)
743 Em funccedilatildeo da missatildeo da DE apoiada e da(s) hipoacutetese(s) de conflito planejada(s) a
ED pode ser organizada com constituiccedilatildeo variaacutevel desde um BE Cmb ateacute um Gpt E aleacutem
dos moacutedulos de engenharia especializados e dos reforccedilos que forem necessaacuterios
744 A ED apoia basicamente a mobilidade e a contramobilidade dos elementos de
manobra da divisatildeo Realiza tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)
apoio geral de engenharia em toda a zona de accedilatildeo divisionaacuteria suplementando o apoio
prestado pelas E Bda
745 O escalonamento da ED eacute apresentado no anexo A
75 A Engenharia de Brigada (E Bda)
751 A E Bda constitui o escalatildeo de engenharia mais avanccedilado na ZC Nele as
necessidades de apoio dos elementos de combate satildeo sentidas com mais intensidade o
que exige o posicionamento dos meios o mais agrave frente possiacutevel
752 Dentro da caracteriacutestica de apoio em profundidade a E Bda eacute organizada com
meios para atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate e
realiza trabalhos sumaacuterios e raacutepidos Assim quando ocorre uma deficiecircncia de meios
em pessoal ou material a E Bda depende do apoio do escalatildeo superior de engenharia
para suplementaacute-la eou reforccedilaacute-la
753 A Engenharia de Brigada eacute composta basicamente por
7531 Um BE Cmb orgacircnico nas Brigadas Blindadas (Bda Bld) e de Infantaria
Mecanizada (Bda Inf Mec) Neste caso o BE Cmb possuiraacute duas Cia E Cmb a quatro Pel
E Cmb cada uma
7532 Uma Cia E Cmb orgacircnica nas demais brigadas Neste caso a Cia possuiraacute trecircs
Pel E Cmb
7533 A natureza das unidades de Engenharia de Combate de Brigada seraacute a mesma da
brigada apoiada
8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS
81 A Concepccedilatildeo Estrateacutegica do Exeacutercito (CEE) oferece diretrizes importantes para a
organizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo das Forccedilas incluindo-se as tropas de Engenharia
particularmente as orgacircnicas das Brigadas em decorrecircncia das diversas Hipoacuteteses de
Emprego (HE)
82 O preparo prontidatildeo e emprego da Forccedila Terrestre satildeo regulados por meio do
Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT)
83 A adjudicaccedilatildeo de meios inclusive os de Engenharia eacute proposta pelo Plano
Estrateacutegico de Emprego Conjunto das Forccedilas Armadas (PEECFA) (elaborado pelo
EMCFA) que identifica a Estrutura Militar e a composiccedilatildeo dos meios a serem
empregados A adjudicaccedilatildeo eacute confirmada e complementada pelo(s) Plano(s)
Operacional(ais) confeccionados pelos Comandos Operacionais
84 A adjudicaccedilatildeo de meios eacute de fundamental importacircncia para o processo de geraccedilatildeo de
forccedilas Normalmente as Eng Bda orgacircnicas das GU seguem o previsto para a respectiva
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 710)
Bda Jaacute os Gpt E existentes desde o tempo de normalidade possuem estruturas
importantes a considerar na adjudicaccedilatildeo de meios quer seja para a realizaccedilatildeo de
trabalhos na ZI (particularmente para as Op Eng Obras Militares Meio Ambiente e
Patrimocircnio) quer seja na organizaccedilatildeo ou mesmo na evoluccedilatildeo de sua estrutura para as
seguintes forccedilas EngCLTO CEFTC e ED
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 810)
ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TO E ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FTC
1 FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo (1ordm caso)
11 Escalonamento
Figura 1 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia em FTC com mais de um G Cmdo operativo
12 Organograma do CEFTC
Legenda (1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio
Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio (2) Possui Nr variaacutevel de Gpt E (no miacutenimo 1) que enquadram Btl Eng e os Moacutedulos
Especializados (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 2 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo
CEFTC
Cia C Ap Gpt E
(2) Cia Geoinformaccedilatildeo
Moacutedulos Especializados (3)
EM (1)
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 910)
13 Organograma de um Gpt E
Legenda
(1) Possui capacidade de enquadrar de dois a cinco Btl Eng (Cmb ou Cnst) Considera-se para fim de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a um Btl Eng
(2) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 3 - Organograma de um Grupamento de Engenharia
2 FTC organizada com mais de uma GU operativa (2ordm caso)
21 Organizaccedilatildeo
Figura 5 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia EM FTC com mais de um GU operativa
Gpt E
Cia C Ap Btl Eng
(1) Moacutedulos
Especializados (2)
EM
(ED)
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 1010)
22 Organograma do CEFTC (ED)
Legenda
(1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio
(2) Normalmente dois Btl Eng (Cmb ou Cnst) podendo chegar a cinco (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 6 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Unidade operativa
3 FTC eacute organizada com uma GU operativa (3ordm caso)
Neste caso o CEFTC (E Bda) seraacute constituiacutedo pela Unidade ou Subunidade orgacircnica
da GU podendo receber meios adicionais
PAULO RICARDO PINTO SILVA - Cel
Chefe do Centro de Doutrina do Exeacutercito
CEFTC ED
Cia C Ap Btl Eng
(2) Cia Geoinformaccedilatildeo
Moacutedulos Especializados
(3)
EM (1)
161
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 16)
ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NOTA DE COORDENACcedilAtildeO
DOUTRINAacuteRIA NR 022016
MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES
CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO
Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de
2016
O EMPREGO DO BATALHAtildeO DE ENGENHARIA DAS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA
IacuteNDICE DE ASSUNTOS
1 FINALIDADE 02
2 OBJETIVO 02
3 REFEREcircNCIAS 02
4 INTRODUCcedilAtildeO 02
5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA 03
6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA 04
7 EMPREGO DO BATALHAtildeO 04
ANEXOS
A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA DE
CAVALARIA MECANIZADA 06
162
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 26)
1 FINALIDADE
Complementar a orientaccedilatildeo do emprego da engenharia retificando as
informaccedilotildees referentes ao apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada (Bda C
Mec)
2 OBJETIVO
Apresentar uma visatildeo atualizada da organizaccedilatildeo estrutura e emprego da
engenharia que presta apoio agraves Bda C Mec agrave luz da Doutrina Militar Terrestre
subsidiando a exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no planejamento e
execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e taacuteticos para
Emprego da Forccedila Terrestre
3 REFEREcircNCIAS
____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007
____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014
____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015
____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014
____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015
____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014
____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999
____ Brigada de Cavalaria Mecanizada - C 2-30
____ Batalhatildeo de engenharia de combate - C 5-7 2001
____ O apoio de engenharia no escalatildeo brigada - C 5-10 2000
____ Regimento de Cavalaria Mecanizado - C 2-20 2002
____ Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 002 2016 ndash As estruturas de
engenharia no teatro de operaccedilotildees
4 INTRODUCcedilAtildeO
41 A desarmonia entre doutrina e emprego afasta a forccedila da possibilidade de
manutenccedilatildeo de uma efetiva capacidade A mudanccedila em um dos fatores da
doutrina exige um reajuste das demais para que se mantenha um equiliacutebrio entre
Doutrina Organizaccedilatildeo Adestramento Material Emprego Pessoal e Instruccedilatildeo
(DOAMEPI)
163
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 36)
42 O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia (PENSE) Vetor de
Transformaccedilatildeo da Engenharia no Processo de Tranformaccedilatildeo do Exeacutercito foi
concebido com a finalidade de proporcionar uma urgente recuperaccedilatildeo da
capacidade operacional no que tange agraves estruturas organizacionais
competecircncia dos recursos humanos evoluccedilatildeo doutrinaacuteria melhoria da
quantidade e qualidade do material de engenharia e gestatildeo ambiental nas
atividades militares
43 Evoluccedilotildees doutrinaacuterias e aquisiccedilotildees de materiais modernos como as Viaturas
dos Projetos Leopard e Guarani proporcionaram agraves brigadas mecanizadas e
blindadas grande poder de dissuasatildeo exigindo entretanto uma adequaccedilatildeo no
do material pessoal e doutrina da engenharia
5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA
51 O apoio de Engenharia eacute fundamental para que as brigadas blindadas e
mecanizadas tenham capacidade de mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo
Uma engenharia ineficiente elimina as vantagens obtidas por fraccedilotildees dotadas de
modernas viaturas as quais tecircm sua mobilidade ditada por limitaccedilotildees impostas
pelo terreno e por restriccedilotildees determinadas pela engenharia inimiga bem como
sua defesa pelo uso exclusivo do fogo
52 Esta NCD complementa a Nota de Coordenccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31
de maio de 2016 e retifica-a no que tange agrave organizaccedilatildeo da Engenharia em
apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada a qual a mantinha como uma
subunidade
53 Dotada de trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (Pel E Cmb) e um
Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) como elementos executivos e de um
Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) a Subunidade de engenharia natildeo
tem capacidade de proporcionar agrave Bda C Mec mobilidade assegurar a
contramobilidade nem contribuir com sua proteccedilatildeo
54 A Brigada de Cavalaria Mecanizada pode empregar em primeiro escalatildeo ateacute
2 (dois) Regimentos de Cavalaria Mecanizada (RC Mec) e 1 (um) Regimento de
Cavalaria Blindado (RCB) os quais podem receber pelototildees em apoio direto ou
situaccedilatildeo de comando reforccedilo
164
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)
55 O Comandante da engenharia do escalatildeo Brigada entretanto natildeo restringe
sua influecircncia no combate ao apoio de Engenharia no Apoio Direto ou no Reforccedilo
aos regimentos mas emprega os demais pelototildees que estatildeo sob seu comando
no Apoio Suplementar a esses pelototildees no Apoio ao Conjunto realizado em
proveito a mais de um elemento ou agrave brigada como um todo aleacutem de manter
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada
6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA DE CAVALARIA
MECANIZADA
61 A Engenharia da brigada deve atender as necessidades miacutenimas e imediatas
do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate o que para isso conta com
um Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado (BE Cmb Mec)
62 O BE Cmb Mec estaacute organizado com uma Companhia de Engenharia de
Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) uma Companhia de Engenharia de
Combate Blindado (Cia E Cmb Bld) uma Companhia de Comando e Apoio (Cia
C Ap) e uma Companhia de Equipagem de Ponte (C Eq Pnt)
63 A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec)
subunidade mais apta para apoiar os RC Mec e a Cia E Cmb Bld mais apta para
apoiar o RCB possuem cada uma 4 (quatro) Pelototildees de Engenharia de
Combate (Pel E Cmb) como fraccedilatildeo baacutesica de emprego junto aos regimentos
64 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para o comando e logiacutestica do
batalhatildeo e equipamentos de engenharia para as companhias aleacutem de realizar
trabalhos teacutecnicos de manutenccedilatildeo de rede miacutenima de estrada e instalaccedilotildees
necessaacuterios agrave Bda
65 A Cia E Pnt tem a missatildeo apoiar com equipamento especializado a
transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e de pequenas brechas no apoio agrave mobilidade e
reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas do batalhatildeo com material de transposiccedilatildeo
165
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 56)
7 EMPREGO DO BATALHAtildeO
71 O comandante do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
administra o emprego de suas fraccedilotildees e meios a fim de garantir o apoio agrave
mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo da brigada
72 Com o objetivo preciacutepuo de apoio aos elementos em primeiro escalatildeo o
comandante da engenharia da brigada simultaneamente manteacutem condiccedilotildees de
prestar apoio suplementar a esses elementos suprir as necessidades da brigada
no Apoio ao Conjunto e ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando
empregada
73 As Cia E Cmb satildeo os elementos executivos do batalhatildeo
74 Ao Cmt do BE Cmb cabe planejar o emprego de seus meios os quais devem
ser compatiacuteveis com suas possibilidades
75 Para o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo as companhias apoiam com
pelototildees de preferecircncia de mesma natureza do elemento apoiado Cada peccedila
de manobra valor unidade empregado pela Bda recebe normalmente um
pelotatildeo Quando necessaacuterio o reforccedilo em material este deve ser solicitado ao
Cmt Btl
76 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para comando e logiacutestica do
batalhatildeo e Viatura Blindadas Especiais sobre lagartas a fim de reforccedilar os
pelototildees em apoio aos regimentos e equipamentos de engenharia para as Cia E
Cmb
77 A Cia E Pnt tem a missatildeo de apoiar e reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas na
transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e pequenas brechas com equipamento
especializado e VBE sobre lagartas
166
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 66)
ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB MEC ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA
DE CAVALARIA MECANIZADA
1 Organograma do BE Cmb MecBda C Mec
Figura 1 ndash Exemplo de um organograma de BE Cmb Mec de Bda C Mec
TERMO DE AUTORIZACcedilAtildeO PARA PUBLICACcedilAtildeO DE TESES DISSERTACcedilOtildeES
TRABALHOS DE CONCLUSAtildeO DE CURSO E ARTIGOS CIENTIacuteFICOS ELETROcircNICOS NA
BIBLIOTECA DIGITAL DE TRABALHOS CIENTIacuteFICOS
Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicaccedilatildeo autorizo a DESMil e a EsAO a
disponibilizarem atraveacutes de paacutegina eletrocircnica oficial do Estabelecimento de Ensino sem ressarcimento dos
direitos autorais de acordo com a Lei nordm 9610 de 19 de fevereiro de 1998 Lei de Direito Autoral o texto
integral da obra abaixo citada conforme permissotildees assinaladas para fins de leitura impressatildeo eou
download a tiacutetulo de divulgaccedilatildeo da produccedilatildeo cientifica brasileira a partir desta data
Identificaccedilatildeo do material bibliograacutefico
( ) Tese (x) Dissertaccedilatildeo ( ) Trabalho de Conclusatildeo de Curso (x) Artigo Cientiacutefico
Instituiccedilatildeo de Ensino Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO)
Tiacutetulo A doutrina de Engenharia de Combate da Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma sugestatildeo de
adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas
Autor Cap Eng Saulo dos Santos Marques
Idt033373474-7 CPF010094330-67 E-mailmarxemcasahotmailcom
Data de Defesa11 de outubro de 2018 Titulaccedilatildeo Mestrado Profissional
Curso de Poacutes-graduaccedilatildeo Engenharia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Defesa Nacional
Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Agecircncia de fomento (se for o caso)
Autoriza disponibilizar o e-mail na Base de Dados de Teses Dissertaccedilotildees Trabalhos Cientiacuteficos
e Artigos Cientiacuteficos da Biblioteca Digital de Trabalhos Cientiacuteficos
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publicaccedilatildeo) A extensatildeo deste prazo suscita justificativa ao Instituto Brasileiro de Informaccedilatildeo em Ciecircncia e
Tecnologia (IBICT) Todo o conteuacutedo resumo e metadados ficaratildeo sempre disponibilizados
Havendo concordacircncia com a publicaccedilatildeo eletrocircnica do Trabalho Cientiacutefico torna-se imprescindiacutevel o
envio do(s) seu(s) arquivo(s) em formato digital sem ser passiacutevel de modificaccedilatildeo do tipo Portable Document
Format (PDF) da Adobe Systems
________________________________________
Saulo dos Santos Marques
MINISTEacuteRIO DA DEFESA
EXEacuteRCITO BRASILEIRO
DECEx - DESMIL
ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS
(EsAO1919)
DIVISAtildeO DE ENSINO SECcedilAtildeO DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO
TERMO DE CESSAtildeO DE DIREITOS SOBRE TRABALHO ACADEcircMICO
TIacuteTULO DO TRABALHO
A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA
MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS
ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
IDENTIFICACcedilAtildeO DO AUTOR
SAULO DOS SANTOS MARQUES ndash Cap Eng
1 Este trabalho nos termos da legislaccedilatildeo que resguarda os direitos autorais eacute considerado de minha
propriedade
2 Autorizo a Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) a utilizar meu trabalho para uso
especiacutefico no aperfeiccediloamento e evoluccedilatildeo da Forccedila Terrestre bem como a divulgaacute-lo por publicaccedilatildeo em
revista teacutecnica da Escola ou outro veiacuteculo de comunicaccedilatildeo do Exeacutercito
3 A EsAO poderaacute fornecer coacutepia do trabalho mediante ressarcimento das despesas de postagem e
reproduccedilatildeo Caso seja de natureza sigilosa a coacutepia somente seraacute fornecida se o pedido for encaminhado
por meio da Organizaccedilatildeo Militar fazendo-se a necessaacuteria anotaccedilatildeo do destino no Livro de Registro
existente na Biblioteca
4 Eacute permitida a transcriccedilatildeo parcial de trechos do trabalho para comentaacuterios e citaccedilotildees desde que sejam
transcritos os dados bibliograacuteficos dos mesmos de acordo com a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais
5 A divulgaccedilatildeo do trabalho em outros meios natildeo pertencentes ao Exeacutercito somente pode ser feita
com a autorizaccedilatildeo do autor ou da Direccedilatildeo de Ensino da EsAO
Rio de Janeiro ___ de _________________ de ________
_______________________________________
O AUTOR
ABSTRACT
The capacity of a troop is based on factors doctrine organization training material employment personnel and instruction For the engineering system the importance of the set formed by the material personnel and organization stands out even more The Strategic New Engineering System Project aims to restructure this system which has a significant influence on the ability of engineering to fulfill its missions as a support weapon Aligned with this objective this work analyzed the structure of the Mechanized Cavalry Brigades which are composed of Mechanized Cavalry Regiments and Armored Cavalry Regiments which received respectively the Armored Personnel Carrier Vehicle - Medium Wheeled Type and the Main Battle Tank Leopard 1 and M60 A3-TTS Although the Guarani and Leopard projects influenced the improvement of the materials used by the regiments the Mechanized Combat Engineering Company did not have the adequacy of its base factors Then the need arose through the analysis of the factors of employment and materials to suggest a proposal for adequacy of this support provided to the elements employed in the first step of the brigade based on the analysis of the support for Deliberate Attack
Keywords Mechanized Cavalry Brigades Mechanized Combat Engineering Company Structurant New Engineering System Project Deliberate Attack
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 PROBLEMA 12
12 OBJETIVOS 13
13 QUESTOtildeES DE ESTUDO 14
14 JUSTIFICATIVA 15
2 METODOLOGIA 16
21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO 16
211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis 17
212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 18
213 Alcances e limiteshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 19
22 AMOSTRAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 20
23 DELINEAMENTO DA PESQUISAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21
231 Procedimentos para revisatildeo de literatura 21
2311 Fontes de busca 22
2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados 22
2313 Criteacuterios de inclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22
2314 Criteacuterios de exclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22
232 Procedimentos Metodoloacutegicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23
233 Procedimentos Experimental helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23
234 Instrumentos 23
2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios 24
2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani hellip 24
2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 24
2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)helliphelliphelliphelliphelliphellip
25
2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham
realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip
25
2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25
235 Anaacutelise dos Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26
2351 Tabulaccedilatildeo dos dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 27
31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 28
311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito 28
312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo 29
313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra 29
314 Modularidade 30
315 Projeto Guarani 31
32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 33
321 Regimento de Cavalaria Mecanizado 35
322 Regimento de Cavalaria Blindada 36
33 COMPANHIA DE COMBATE MECANIZADA 38
331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio 40
332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto 40
333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado 43
34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE 45
341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha 46
342 Viatura Blindada Especial de Engenharia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 49
343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha 50
344 Outros sistemas e implementos 55
35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM OUTROS PAIacuteSES
60
351 SBCT a brigada americana Stryker helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60
352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha helliphellip 63
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 71
41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS 71
411 Revisatildeo da literatura 72
412 Entrevistas 73
413 Coleta documental 73
42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO 74
421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo 74
422 Adequabilidade do material 78
43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 79
431 Organizaccedilatildeo adequada 80
432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos 82
433 Caracteriacutesticas dos meios 91
434 Quantidade de VBE por BE Cmb 96
5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES 99
REFEREcircNCIAS 103
APEcircNDICE A - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA 109
APEcircNDICE B - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA 120
APEcircNDICE C - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 131
APEcircNDICE D - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 143
APEcircNDICE E - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 150
ANEXO A ndash NCD NR 022016 151
ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NCD NR 022016 160
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
Os novos manuais doutrinaacuterios publicados a partir do ano de 2014
reformularam as bases da doutrina do Exeacutercito Atraveacutes deles a Doutrina Militar
Terrestre (DMT) ratificou alguns conceitos jaacute existentes mas trouxe novos que devem
ser entendidos e incorporados agraves capacidades da forccedila a fim de acompanhar a
evoluccedilatildeo do combate mundial
O conhecimento de conceitos como Operaccedilatildeo de Amplo Espectro (atuaccedilatildeo
simultacircnea ou sucessiva em Operaccedilotildees Ofensivas Defensivas de Pacificaccedilatildeo e de
Apoio a Oacutergatildeos Governamentais) permite entender quais satildeo as capacidades que
devem ser almejadas pelas Brigadas Mecanizadas (Bda Mec) consideradas Grandes
Unidades (GU) vocacionadas para essa Operaccedilatildeo Destas GU destacam-se as de
Cavalaria Mecanizada que segundo o Manual de DMT tem a aptidatildeo agraves missotildees de
Reconhecimento Vigilacircncia e Seguranccedila
As Brigadas de Cavalaria Mecanizada apresentam limitaccedilotildees como a
vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de minas e
obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos arenosos
pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees
meteoroloacutegicas adversas e com grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria
conforme discriminado pelo manual C 2-30 - Brigada de Cavalaria Mecanizada
(BRASIL 2000 p 1-4)
Tais limitaccedilotildees afetam principalmente a mobilidade da Bda em Operaccedilotildees
Ofensivas na qual os RC Mec (Brasil 2000 p 1-14) estatildeo mais capacitados a
executar as operaccedilotildees altamente moacuteveis as manobras de flanco o aproveitamento
do ecircxito e a perseguiccedilatildeo Por sua vez o RCB que por suas caracteriacutesticas eacute o
elemento de manobra mais eficaz para conduzir as operaccedilotildees ofensivas e defensivas
continuadas da Bda apresenta uma seacuterie de restriccedilotildees na sua capacidade de
manobra diminuindo sua eficaacutecia e eficiecircncia no emprego do fogo do combate
aproximado e da accedilatildeo de choque
Para reduzir as limitaccedilotildees das Brigadas de Cavalaria Mecanizada na mobilidade
contramobilidade e proteccedilatildeo as Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada
(Cia E Cmb Mec) empregam os Pelototildees de Engenharia de Combate Mecanizado
(Pel E Cmb Mec) conforme Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de
maio de 2016 As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (documento de
11
caraacuteter experimental portanto natildeo definitivo) a fim de atender agraves necessidades
miacutenimas dos Regimentos de Cavalaria Mecanizado (RC Mec) e Regimento de
Cavalaria Blindado (RCB)
As atribuiccedilotildees que a Engenharia tem para com seus elementos apoiados se
apresentam da seguinte forma
A Engenharia tem como missatildeo principal apoiar com as vertentes do
combate e construccedilatildeo os elementos de emprego da F Ter nas operaccedilotildees
desencadeadas no amplo espectro dos conflitos Participa das Funccedilotildees de
Combate Movimento e Manobra proporcionando mobilidade agraves armas-base
e contra-mobilidade ao inimigo Proteccedilatildeo aos oacutergatildeos e estruturas de
combate Logiacutestica em diversas atividades dentre outras (BRASIL 2014 p
6-3)
Nesta uacuteltima deacutecada concomitantemente com a atualizaccedilatildeo doutrinaacuteria novos
Materiais de Emprego Militar (MEM) foram distribuiacutedos em diversas OM do Brasil
frutos de Projetos Estrateacutegicos do Exeacutercito (PEE) alterando suas capacidades e
limitaccedilotildees Dentre eles destaca-se para as tropas de natureza blindada o Projeto
Leopard o qual levou agrave troca dos Carros de Combate (CC) M41 pelas Viatura Blindada
de Combate Carro de Combate Leopard 1 A5 BR (VBCCC Leopard 1 A5 BR) desde
2009
Para as tropas mecanizadas o principal impacto foi causado pelo Projeto
Guarani o qual jaacute modernizou a frota de algumas Organizaccedilotildees Militares (OM) com
esta Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas (VBTP-MR) a qual
estaacute em fase de produccedilatildeo e entrega Concomitantemente com a produccedilatildeo dessas
viaturas estatildeo sendo desenvolvidos protoacutetipos e adquiridos materiais para o
desenvolvimento dos demais componentes da Nova Famiacutelia de Blindados Sobre
Rodas Guarani (NFBSR)
O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que
os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo
doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos
Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado
empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi) (BRASIL 2014 p 7-2)
12
O objetivo geral do presente estudo eacute partindo do estudo das Capacidades da
Cia E Cmb Mec analisar no acircmbito da mobilidade as necessidades miacutenimas e
imediatas dos elementos a serem empregados em primeiro escalatildeo Baseado nessa
anaacutelise busca-se apresentar uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Cia
E Cmb Mec no Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi)
11 PROBLEMA
Em manual datado de 1989 C 5-10 - Apoio de Engenharia no Escalatildeo Brigada
e reeditado em 2000 consta a missatildeo organizaccedilatildeo atribuiccedilotildees equipamentos e
forma de emprego do pelotatildeo de engenharia de combate O manual C 5-1 - Emprego
da Engenharia datado de 1999 em sua 3ordf ediccedilatildeo caracteriza o Pel E Cmb como o
elemento responsaacutevel por prestar apoio aos elementos em primeiro escalatildeo da Bda C
Mec
A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 (NCD Nr 0216) trouxe a
atualizaccedilatildeo de alguns conceitos modificando inclusive o escalatildeo de apoio de
engenharia agraves Brigadas Blindadas e de Infantaria Mecanizada (Bda Inf Mec)
passando do valor subunidade (Companhia) para unidade (Batalhatildeo)
Nesta mesma NCD poreacutem foi mantido o estabelecido nos dois manuais citados
acima ratificando que uma Cia E Cmb Mec constituiacuteda por 3 Pel E Cmb Mec eacute o
elemento de apoio aos Regimentos da Bda
O Comandante da Cia E Cmb Mec denominado engenheiro da brigada ao
empregar pelototildees em reforccedilo restringe sua capacidade de realizar um apoio
suplementar a esses pelototildees e de realizar trabalhos em prol da proacutepria companhia
dos demais elementos da brigada e do apoio ao conjunto (mais de um elemento)
Aleacutem disso por sua limitaccedilatildeo em meios na realizaccedilatildeo de trabalhos o Pel E Cmb
na maioria de suas missotildees eacute reforccedilado por equipagens e equipamentos pelo Pelotatildeo
de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Esses poreacutem natildeo
possuem materiais adequados reforccedilar os pelototildees de engenharia de combate
Face ao exposto formulou-se o seguinte problema Em que medida a
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada tem capacidade de atender agraves
necessidades miacutenimas dos elementos empregados em primeiro escalatildeo de uma Bda
C Mec no Aproveitamento do Ecircxito no que tange agrave mobilidade
13
12 OBJETIVOS
O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que
os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo
doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos
Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado
empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Com o intuito de conduzir o estudo para uma soluccedilatildeo foram elencados os
seguintes objetivos especiacuteficos
a Apresentar os conceitos novos ou natildeo que sejam relevantes para a
exploraccedilatildeo do assunto
b Descrever a forma de emprego de uma Bda C Mec em Operaccedilotildees de
Aproveitamento do Ecircxito
c Descrever a organizaccedilatildeo e as caracteriacutesticas dos elementos empregados em
primeiro escalatildeo por uma Bda C Mec
d Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e forma de emprego em Operaccedilotildees
Ofensivas de uma Cia E Cmb Mec
e Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de
um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap)
f Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de
um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass)
g Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas missatildeo possibilidades e limitaccedilotildees
do Pel E Cmb Mec
h Analisar a capacidade do Pel E Cmb Mec em atender agraves necessidades
miacutenimas dos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada em
Operaccedilotildees Ofensivas
i Apresentar viaturas especiais de engenharia disponiacuteveis no mercado
mundial
j Analisar o emprego de uma engenharia de Bda do exeacutercito alematildeo e
estadunidense semelhante agrave Bda C Mec concluindo sobre a adequabilidade
do emprego realizado pelo exeacutercito brasileiro
14
k Apresentar uma proposta de apoio de engenharia capaz de atender agraves
necessidades miacutenimas de regimentos orgacircnicos de uma Bda C Mec
13 QUESTOtildeES DE ESTUDO
Atraveacutes da anaacutelise da capacidade de apoio de um Pel E Cmb orgacircnico de uma
Cia E Cmb Mec frente agraves necessidades de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada agrave
luz dos novos manuais doutrinaacuterios projetos estrateacutegicos e dos meios de dotaccedilatildeo (ou
em aquisiccedilatildeo pelo Exeacutercito) seraacute analisada a adequabilidade desse apoio Para isso
foram relacionadas algumas questotildees de estudo listadas abaixo a fim de guiar o
trabalho ao objetivo proposto
a) quais os conceitos associados ao emprego e ao material satildeo necessaacuterios para
desenvolvimento de uma proposta adequada de organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec
b) como a Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute empregada em uma Operaccedilatildeo de
Aproveitamento do Ecircxito
c) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela
Brigada de Cavalaria Mecanizada
d) como a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada das Brigadas de
Cavalaria Mecanizadas satildeo empregadas em Operaccedilotildees Ofensivas
e) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada
f) quais os meios que disponiacuteveis atualmente para o Pelotatildeo de Engenharia de
Combate Mecanizado apoiar os Regimentos empregados em primeiro escalatildeo no
Aproveitamento do Ecircxito
g) quais os materiais disponiacuteveis no mundo necessaacuterios para atribuir capacidade
de junto aos Regimentos em um Aproveitamento do Ecircxito
h) como eacute prestado o apoio de engenharia em outros paiacuteses a tropas que
possuam organizaccedilatildeo semelhante agrave da Brigada de Cavalaria Mecanizada
i) qual a sugestatildeo de emprego da engenharia de brigada para que seja realizado
um apoio adequado que atenda agraves necessidades miacutenimas dos regimentos orgacircnicos
da Bda C Mec
14 JUSTIFICATIVAS
15
Este trabalho justifica-se pela necessidade de ser avaliada a manutenccedilatildeo ou natildeo
da capacidade da Cia E Cmb Mec frente agraves mudanccedila relacionadas agraves caracteriacutesticas
apresentadas pelos novos cenaacuterios mundiais e pela evoluccedilatildeo do material utilizado
pelo Exeacutercito Brasileiro advindo dos Projetos Leopard e Guarani a fim de
acompanhar o Processo de Transformaccedilatildeo do Exeacutercito Brasileiro que estaacute em
desenvolvimento atualmente
Tal justificativa encontra-se alinhada com os objetivos do Projeto Estruturante
Novo Sistema de Engenharia (PENSE) concebido pelo EME em 2014 o qual teve a
Diretriz de Implantaccedilatildeo aprovada pela Portaria Nordm 031-EME de 26 de fevereiro de
2018
O objetivo decisivo do programa estaacute centrado nos pilares de sustentaccedilatildeo da
capacidade operacional da Engenharia quais sejam a obtenccedilatildeo do Material de
Engenharia adequado e suficiente o desenvolvimento e a atualizaccedilatildeo da doutrina e a
capacitaccedilatildeo de pessoal
A inovaccedilatildeo dos MEM bem como a transformaccedilatildeo doutrinaacuteria demandam
anaacutelises retificaccedilatildeo e ratificaccedilatildeo de conceitos quebra de paradigmas e uma busca
pelo reequiliacutebrio entre as capacidades e necessidades geradas
Com o intuito de corroborar com a evoluccedilatildeo do Sistema Engenharia tendo em
vista a modernizaccedilatildeo doutrinaacuteria e dos novos MEM este trabalho buscaraacute analisar
as Capacidades Operativas desejaacuteveis a fim de propor uma adequaccedilatildeo de apoio de
engenharia na mobilidade dos RC Mec e RCB orgacircnicos de uma Bda C Mec no
Aproveitamento do Ecircxito
Com essa adequaccedilatildeo busca-se dar efetividade agrave doutrina atinente agrave
Engenharia da Brigada tornando-a atual e compatiacutevel com as necessidades dos
elementos apoiados principalmente exequiacutevel e efetiva
16
2 METODOLOGIA
Nesta seccedilatildeo estaacute detalhada a forma que a pesquisa foi dirigida a fim de
atender aos objetivos especiacuteficos os quais visaram desenvolver uma soluccedilatildeo
adequada ao objetivo geral atraveacutes do desenvolvimento de respostas agraves questotildees
de estudo levantadas
Por meio do estudo das possibilidades e limitaccedilotildees da Companhia de
Engenharia de Combate Mecanizada buscou-se apresentar uma anaacutelise da
capacidade de atender agraves necessidades dos elementos empregados em primeiro
escalatildeo pelas Bda C Mec e sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo de sua forma de
emprego e do material necessaacuterio
Para atingir esses objetivos a metodologia foi dividida em objeto formal de
estudo amostra e delineamento de pesquisa
21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO
O presente trabalho eacute classificado quanto agrave sua forma de abordagem
qualitativa e ao seu objetivo geral como exploratoacuteria e descritiva A sua finalidade eacute
desenvolver uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Companhia de
Engenharia de Combate aos Regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada
em Operaccedilotildees Ofensivas por meio do estudo especiacutefico das capacidades
operativas da Cia E Cmb Mec em operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito face agrave
evoluccedilatildeo doutrinaacuteria presente na publicaccedilatildeo dos novos manuais doutrinaacuterios
publicados a partir de 2014 e dos MEM frutos dos Projetos Estrateacutegicos Leopard e
Guarani
Para atingir esse objetivo seraacute descrita a doutrina em vigor relacionada agrave Bda
C Mec e agrave Cia E Cmb que a apoia e analisados os reflexos da transformaccedilatildeo
doutrinaacuteria ocorrida nos uacuteltimos anos (de 2014 a 2017) e da aquisiccedilatildeo de novos
MEM
Com base na anaacutelise das capacidades e limitaccedilotildees seraacute proposta uma soluccedilatildeo
de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia que atribua capacidade de emprego de
acordo com a doutrina baseado na bibliografia vigente e atualizado com base no
emprego de exeacutercitos de outros paiacuteses e no material disponiacutevel no mundo
atualmente
17
Para a pesquisa a variaacutevel ldquoCapacidades Operativas da Companhia de
Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do Ecircxitordquo que analisou
as capacidades em material e de acordo com a organizaccedilatildeo atuais da Companhia
no apoio agrave mobilidade no aproveitamento do ecircxito foi considerada a variaacutevel
independente
Atraveacutes desta procurou-se estudar modificaccedilotildees que influenciassem
significativamente sobre a dependente ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de
uma Brigada de Cavalaria Mecanizadardquo a fim de adequar o apoio prestado aos
regimentos durante a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito pela engenharia da
brigada
A relaccedilatildeo entre a variaacutevel dependente e independente eacute alterada pelo fator
ldquoNecessidades Miacutenimas dos Regimentosrdquo que satildeo as necessidades de trabalhos
de engenharia aos regimentos existentes apoacutes a modernizaccedilatildeo do material e
doutrina nacionais no que tange agrave Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis
ldquoCapacidades Operativas da Companhia de Engenharia de Combate no
Aproveitamento do Ecircxitordquo variaacutevel independente pode ser definida como a
anaacutelise agraves capacidades atuais da Cia E Cmb Mec para emprego do Pel E Cmb em
uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito em apoio ao Rgt de uma Bda C Mec
Para isso foi analisado por meio dos questionaacuterios ldquoArdquo e ldquoBrdquo a adequabilidade
da organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec para apoio aos regimentos de uma Brigada de
Cavalaria Mecanizada e do material disponiacutevel para apoiaacute-los na mobilidade em uma
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
A variaacutevel ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de uma Brigada de
Cavalria Mecanizadardquo pode ser definida como a sugestatildeo doutrinaacuteria para atender
agrave luz dos novos conceitos e fundamentos e materiais as necessidades dos
Regimentos
Por meio das respostas dos questionaacuterio ldquoArdquo ldquoBrdquo ldquoCrdquo e ldquoDrdquo chegou-se a uma
organizaccedilatildeo adequada e atual quando comparada com outros exeacutercitos permitindo
a melhoria do emprego da engenharia no emprego junto aos regimentos de uma
Brigada de Cavalaria Mecanizada
18
Os referidos questionaacuterios tambeacutem permitiram a anaacutelise das caracteriacutesitcas dos
meios e a quantidade de viaturas necessaacuterias para o apoio de engenharia da
brigada na abertura de passagem em obstaacuteculos durante uma Operaccedilatildeo de
Aproveitamento do Ecircxito
Para a variaacutevel interveniente foi considerada as Necessidades Miacutenimas dos
Regimentos no que se refere a apoio de engenharia as quais foram apresentadas
na revisatildeo de literatura reforccedilada pelas respostas presentes nos citados
questionaacuterios cujas respostas foram analisadas individualmente
Esta anaacutelise porcurou confirmar ou refutadar os comentaacuterios presentes nos
questionaacuterios de acordo com as informaccedilotildees encontradas na proacutepria bibliografia
estudada e no Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual (TTAV) realizado no Centro
de Instruccedilatildeo de Blindados
212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis
Nos Quadros 1 e 2 estatildeo expostos a dimensatildeo os indicadores e a forma de
mediccedilatildeo das variaacuteveis independente e dependente a fim de permitir uma
visualizaccedilatildeo de como seratildeo abordados no presente estudo
VARIAacuteVEL
INDEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO
Capacidades
Operativas da Cia
E Cmb no Apvt
Ecircxi
Emprego no
apoio aos Rgt
da Bda C
Mec
Adequabilidade
da organizaccedilatildeo
Questotildees Nr 1 e 2 (Apd A)
e Nr 1 e 2 (Apd B)
Material para
apoio agrave
mobilidade
Adequabilidade
do material
Questotildees Nr 3 (Apd A) e
Nr 3 (Apd B)
QUADRO 1 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Independente Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec no Apvt Ecircxi Fonte O autor
19
VARIAacuteVEL
DEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO
Apoio de
Engenharia aos
Rgt de uma Bda
C Mec
Emprego da
engenharia
Organizaccedilatildeo
adequada
Questotildees 6 e 7 (Apd A)
questotildees 6 e 7 (Apd B)
Comparaccedilatildeo com
outros exeacutercitos
Questatildeo 1 2 e 3 (Apd C) e
questatildeo 1 2 e 3 (Apd D)
Material para
abertura de
passagem em
obstaacuteculo
Caracteriacutesticas dos
meios
Questotildees 4 e 5 (Apd A)
questotildees 4 e 5 (Apd B)
questatildeo 4 e 5 (Apd C) e
questatildeo 4 e 5 (Apd D)
Quantidade de
viaturas Questatildeo 6 (Apd C)
QUADRO 2 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Dependente Apoio de Engenharia aos Rgt da Bda C Mec Fonte O autor
213 Alcances e Limites
Para a anaacutelise das operaccedilotildees ofensivas foram excluiacutedos os tipos de
Reconhecimento em Forccedila Perseguiccedilatildeo Ataque de Oportunidade e Marcha para o
Combate O objetivo do autor foi dar ecircnfase aos trabalhos de mobilidade com
emprego dos pelototildees de forma descentralizada Desta forma o pelotatildeo que
acompanha o regimento precisa conduzir todo o material necessaacuterio natildeo sendo
adequado solicitar apoio agrave companhia devido a sua distacircncia e necessidade de
acompanhamento da velocidade das operaccedilotildees
Nesse sentido foi escolhido o estudo da Operaccedilatildeo de Aproveitamento do
Ecircxito situaccedilatildeo que o Pelotatildeo encontra-se normalmente empregado na situaccedilatildeo de
comando reforccedilo
O sistema Engenharia constituiacutedo por material pessoal e doutrina visa
proporcionar aos elementos apoiados mobilidade contramobilidade proteccedilatildeo e
apoio geral Dentre estes foram abordados neste estudo o apoio agrave mobilidade
20
situaccedilatildeo onde a falta de meios especiais junto aos pelototildees eacute mais niacutetida deixando
de ser trabalhados contramobilidade proteccedilatildeo e apoio geral
Na mobilidade o estudo abarcou trabalhos de abertura de passagens em
obstaacuteculos transposiccedilatildeo de curso de aacutegua obstaacuteculo conservaccedilatildeo e reparaccedilatildeo de
vias e estradas e desorganizaccedilatildeo de posiccedilotildees organizadas do inimigo trabalhos os
quais podem ser realizados por viaturas blindadas especiais Excluiu-se portanto o
estudo da transposiccedilatildeo de curso de aacutegua de vulto ou grande vulto que exigem o
apoio de escalotildees superiores agrave brigada a navegaccedilatildeo e o reconhecimento
Como a Cia E Cmb Mec desdobra seus trabalhos normalmente em toda aacuterea
da Bda o estudo limitou-se aos realizados em prol dos elementos em primeiro
escalatildeo (os regimentos de cavalaria) excluindo o estudo dos trabalhos de apoio ao
conjunto e suplementar
Para tal os meios a serem analisados foram limitados aos de emprego
imediato pelos pelototildees ou seja que seja de dotaccedilatildeo ou passados em reforccedilo ao
pelotatildeo Um exemplo de meio incluiacutedo foi uma Ponte de Pequena Brecha (Pnt P
Bre) pois pode ser transportada por reboque ou por uma viatura blindada Em
contrapartida foi excluiacutedo o estudo do emprego de portada pesada tendo em vista
que a mesma natildeo tem emprego em transposiccedilatildeo imediata mas preparada
22 AMOSTRA
As pesquisas as quais foram enviadas por endereccedilo eletrocircnico atraveacutes de
consulta aos e-mails cadastrados no DGP buscaram abranger em caraacuteter
voluntaacuterio militares que tivessem conhecimentos ligados ao tema
Enquanto algumas pesquisas procuraram abranger militares que tiveram
experiecircncia no emprego do apoio de engenharia (como cliente ou como fornecedor)
outras pesquisas buscaram militares especializados no emprego de blindados e por
fim pesquisas que exploraram a experiecircncia de militares que realizaram curso de
comandante de subunidade no exterior confrontando o questionamento com os
conhecimentos e experiecircncias vividas nos Estados Unidos e na Alemanha
Os questionaacuterios elaborados embora tenha como universo apenas militares
com posto acima de capitatildees aperfeiccediloados natildeo procuraram levar em consideraccedilatildeo
a experiecircncia nos respectivos postos mas a experiecircncia dos mesmos na funccedilatildeo que
exercem ou exerciam ou nos conhecimentos adquiridos no exterior
21
Desta forma foi considerado irrelevante a descriccedilatildeo dos mesmos
considerando apenas as respostas por grupo os quais tiveram por objetivo
demonstrar os diferentes posicionamentos em relaccedilatildeo ao assunto em pauta
Com isso os referidos militares foram divididos em quatro grupos conforme
descrito abaixo
a comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada
de Cavalaria Mecanizada
b comandantes e ex-comandantes de Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada
c oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de
Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha
d oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que
tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados
Unidos ou na Alemanha
23 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O delineamento da pesquisa teve uma abordagem qualitativa em que o estudo
das relaccedilotildees entre variaacutevel dependente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec
no Aproveitamento do Ecircxito) e independente (Apoio de Engenharia aos Regimentos
de uma Bda C Mec) eacute indissociaacutevel e natildeo pode ser traduzida por nuacutemeros
(Rodrigues 2006 p 36)
O meacutetodo de abordagem utilizado foi o indutivo fundamentado na experiecircncia
e construiacutedo a partir da observaccedilatildeo de casos da realidade concreta (Rodrigues
2006 p 29) do emprego do Pel E Cmb Mec apresentados neste trabalho por meio
de situaccedilotildees particulares e anaacutelise de questionaacuterios e procedimento experimental
realizado pela Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
Para responder ao objetivo geral a pesquisa foi abordada de forma descritiva
contando com a experiecircncia do autor que descreveu a relaccedilatildeo entre as variaacuteveis e
contribuiu com a descriccedilatildeo doutrinaacuteria atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica
231 Procedimentos para revisatildeo de literatura
22
Com o objetivo de responder ao problema do trabalho foram realizados os
seguintes procedimentos metodoloacutegicos descritos abaixo
2311 Fontes de busca
Foram utilizados como fontes para descriccedilatildeo do conhecimento doutrinaacuterio que
influencia no emprego da Cia E Cmb Mec e para a construccedilatildeo da proposta do
trabalho manuais monografias dissertaccedilotildees e artigos cientiacuteficos (nacionais dos
Estados Unidos e da Alemanha) livros e Notas de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria (NCD)
2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados
Com a finalidade de estabelecer paracircmetros doutrinaacuterios foram selecionados
documentos que contribuam para o direcionamento e limitaccedilatildeo para uma proposta
mais adequada
Foram realizadas buscas por dados em siacutetios eletrocircnicos na internet como
Google sendo selecionadas dentre os resultados obtidos as paacuteginas oficiais de
instituiccedilotildees como instruccedilotildees trabalhos perioacutedicos e documentos nacionais e
estrangeiros e em estabelecimentos de ensino como Escola de Aperfeiccediloamento
de Oficiais e Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
2313 Criteacuterios de inclusatildeo
Foram selecionados documentos de caraacuteter qualitativo em portuguecircs inglecircs e
alematildeo que estivessem relacionados ao emprego de pelotatildeo de engenharia em
apoio a tropas dotadas de meios blindados e mecanizados nas Operaccedilotildees
Ofensivas
Tambeacutem foram incluiacutedos documentos relacionados aos materiais e programas
de aquisiccedilatildeo de materiais relacionados agraves tropas blindadas e mecanizadas
2314 Criteacuterios de exclusatildeo
23
Dos documentos selecionados foram excluiacutedos os manuais revogados os
documentos que natildeo abrangem tropa blindada ou mecanizada e os que natildeo estatildeo
relacionados com Operaccedilotildees Ofensivas
232 Procedimentos Metodoloacutegicos
Com o propoacutesito de coletar dados e opiniotildees sobre o assunto no que tange ao
emprego em pessoal e material do Pel E Cmb em Operaccedilotildees Ofensivas foram
enviados eletronicamente questionaacuterios aos grupos conforme criteacuterios
anteriormente elencados
Concomitantemente foi realizada a coleta de dados da bibliografia relacionada
e com os dados coletados por meio dos questionaacuterios gerando a base para a
proposta de adequaccedilatildeo de apoio da Cia E Cmb Mec
233 Procedimentos Experimental
O procedimento experimental foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de
Blindados o qual realiza anualmente o Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual
com as brigadas mecanizadas e blindadas
Neste ano foi realizado o treinamento com a 3ordf Brigada de Cavalaria
Mecanizada a qual empregou seus Quadros em ambiente virtual confeccionado
pelo Chefe da Seccedilatildeo de Simuladores
A proposta inicial era empregar uma Bda C Mec em um Aproveitamento do
Ecircxito reforccedilada por um Pel E dotado de Viaturas Blindadas Especiais Entretanto o
exerciacutecio visava o treinamento em uma operaccedilatildeo de Movimento Retroacutegrado o que
embora natildeo tenha sido a situaccedilatildeo ideal natildeo prejudicou o resultado pois o principal
objetivo natildeo foi o emprego em si mas a capacidade de acompanhamento da
velocidade das viaturas dos regimentos mecanizados
234 Instrumentos
Os questionaacuterios enviados a 5 (cinco) grupos conforme anteriormente
definidos tiveram por objetivo principal identificar a opiniatildeo dos especialistas sobre
24
os aspectos relativos ao apoio de engenharia aos elementos de emprego em
primeiro escalatildeo de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada bem como analisar as
necessidades em material e a possibilidade de emprego para atender as
necessidades miacutenimas imediatas dos Regimentos
Assim buscou-se uma reflexatildeo sobre o assunto que fosse rica em sugestotildees
e dados qualitativos para fundamentar uma sugestatildeo baseada em conhecimentos e
experiecircncias distintos
2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios
Tendo em vista o caraacuteter qualitativo da presente pesquisa buscou-se a
confecccedilatildeo de questionaacuterios com questotildees fechadas poreacutem com espaccedilo para
discussatildeo e geraccedilatildeo de sugestotildees sobre o tema
O preacute-teste foi aplicado em militares que jaacute tinham sido instrutores do Centro
de Instruccedilatildeo de Blindados que pelo conhecimento sobre blindados sobre rodas e
sobre lagartas envolvimento em exerciacutecios de simulaccedilatildeo virtual e no terreno e
experiecircncia no exterior apresentam condiccedilotildees de orientar corrigir ou incrementar as
questotildees propostas
2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani
Pretendeu-se por meio da relaccedilatildeo desses militares com o assunto obter uma
anaacutelise do projeto inicial Guarani os objetivos buscados para compra dos
implementos dessa viatura e anaacutelise das capacidades que se espera atingir com o
projeto para que ao final da presente pesquisa a sugestatildeo esteja alinhada ao
projeto Guarani
2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)
25
Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do cliente da engenharia
da brigada a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada atualmente
nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e emprego desse
apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios e apresentar
uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas e sobre
lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica
2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)
Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do fornecedor do apoio
de engenharia a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada
atualmente nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e
emprego desse apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios
e apresentar uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas
e sobre lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica
2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)
Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para
adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar
a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec
2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)
Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para
adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar
a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec
26
As respostas e sugestotildees apresentadas nessas questotildees proporcionaratildeo
ratificaratildeo ou retificaratildeo das ideias iniciais apresentadas no trabalho conduzindo o
autor a uma proposta amparada na experiecircncia e conhecimentos de diferentes
especialistas
235 Anaacutelise dos Dados
Os dados resultantes dos questionaacuterios contribuiram para questionamento e
reforccedilo das ideias inicialmente apresentadas por meio da experiecircncia nas funccedilotildees
de comandantes no emprego de tropas mecanizadas e blindadas e com
conhecimento do emprego de tropas americanas e alematildes
2351 Tabulaccedilatildeo dos dados
Os dados seratildeo categorizados quanto aos aspectos organizacionais
materiais de emprego e logiacutestica por meio do levantamento das diversas amostras
que compotildeem a presente pesquisa
A codificaccedilatildeo e tabulaccedilatildeo seguiraacute a verificaccedilatildeo da correta compreensatildeo dos
questionaacuterios por parte dos participantes e se as respostas foram transcritas de
forma coerente e com linguagem compreensiacutevel
As questotildees fechadas foram diretamente tabuladas dentro do universo de
determinado puacuteblico-alvo Para isso foram estabelecidos graacuteficos como recurso de
representaccedilatildeo dos resultados e analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise
estatiacutestica inferencial
Os comentaacuterios foram posicionados apoacutes a apresentaccedilatildeo dos graacuteficos de
forma a permitir a anaacutelise do conteuacutedo qualitativo apresentado sendo os dados
analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise estatiacutestica descritiva
Ao final de cada resultado das anaacutelises das questotildees foram apresentadas as
conclusotildees parciais referente ao respectivo questionaacuterio
27
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
O conjunto de ideias e entendimentos que define ordena distingue e qualifica
as atividades de organizaccedilatildeo preparo e emprego das Forccedilas Armadas deve ser
harmocircnico de acordo com a definiccedilatildeo de Doutrina Militar (BRASIL 2014 p 1-1)
Com este propoacutesito evoluccedilotildees doutrinaacuterias buscam equilibrar as capacidades
atuais do Exeacutercito com as necessidades projetadas para futuras operaccedilotildees mantecirc-
lo adequado ao futuro imediato em termos de desenvolvimento organizacional
intelectual e tecnoloacutegico (EUA 2011 p ix traduccedilatildeo do autor)
Para que o Exeacutercito acompanhe a transformaccedilatildeo que ocorre na Era do
Conhecimento periacuteodo atual marcado pela raacutepida geraccedilatildeo e obsolescecircncia do
conhecimento essa harmonia deve ser constantemente analisada e retificada
(BRASIL 2014 p 1-1)
A duacutevida quanto agrave efetiva capacidade de uma forccedila em cumprir a missatildeo a que
se destina origina-se da desarmonia entre sua doutrina e emprego (fruto da
ineficiecircncia de um MEM por exemplo) o que deve ser uma premissa satisfatoacuteria
para motivar estudos que contribuam para o alcance da maacutexima prontidatildeo
operativa
Este estudo deve para tanto ser analisado por meio dos fatores
determinantes interrelacionados e indissociaacuteveis doutrina organizaccedilatildeo
adestramento material educaccedilatildeo pessoal e infraestrutura (DOAMEPI) os quais
contribuem para o desenvolvimento de uma das capacidades prioritaacuterias para a F
Terr a efetividade da doutrina (BRASIL 2014 p 3-3)
A fim de facilitar o entendimento esta seccedilatildeo estaacute dividida da seguinte forma
Consideraccedilotildees iniciais onde seratildeo abordados os fundamentos baacutesicos para
entendimento de conceitos que permeiam o assunto contribuindo para uma correta
avaliaccedilatildeo e desenvolvimento de uma soluccedilatildeo doutrinariamente harmoniosa Brigada
de Cavalaria Mecanizada onde seratildeo abordadas as necessidades de apoio de
engenharia nas Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito Companhia de Engenharia
de Combate Mecanizada onde seratildeo apresentadas as caracteriacutesticas de seu
emprego em Operaccedilotildees Ofensivas Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no
mundo para reforccedilo dos Pel E Cmb no apoio agrave mobilidade os quais podem ajustar
as capacidades das Cia E Cmb e por uacuteltimo seraacute analisado o emprego de tropas
28
semelhantes agraves Bda C Mec nos EUA e na Alemanha onde a engenharia de brigada
preste apoio agrave tropa mecanizada que tenha em sua constituiccedilatildeo elementos de
reconhecimento
31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS
As seguintes consideraccedilotildees iniciais satildeo importantes para uma anaacutelise precisa
da capacidade da Cia E Cmb Mec em apoiar os Regimentos da Bda C Mec na
mobilidade em operaccedilotildees ofensivas e consequentemente para a construccedilatildeo de
uma proposta satisfatoacuteria com o objetivo do trabalho
311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito
As Operaccedilotildees Ofensivas satildeo operaccedilotildees decisivas que visam engajar forccedilas
superiores ao do inimigo em local e momento decisivos a fim de destruiacute-lo por
meio do fogo do movimento e da accedilatildeo de choque (BRASIL 2014 p 4-3) A accedilatildeo
de choque por sua vez deve ser entendida como o impacto psicoloacutegico causado
pelo carro de combate ao inimigo por meio do poder de fogo aparente
invulnerabilidade ruiacutedo e capacidade de transpor obstaacuteculos (BRASIL 2016 p 29)
Dentre os tipos de Operaccedilatildeo Ofensiva o trabalho explorou o Aproveitamento
do Ecircxito o qual destaca-se pela maior necessidade de apoio imediato agrave mobilidade
por elementos mais proacuteximos agraves peccedilas de manobra de ataque (os Pel E Cmb)
Nesses casos em que os elementos empregados em primeiro escalatildeo necessitam
de apoio imediato e contiacutenuo normalmente a engenharia da brigada emprega seus
pelototildees sob a Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo (BRASIL 1999 p 2-28)
O Aproveitamento do Ecircxito operaccedilatildeo que conquista os resultados mais
decisivos se discorre apoacutes o aproveitamento de um ataque bem sucedido no qual
a forccedila inimiga encontra dificuldades para se defender O avanccedilo contiacutenuo e raacutepido
sobre as forccedilas inimigas desorganizadas buscam ampliar as vantagens impedindo
uma reorganizaccedilatildeo ou a realizaccedilatildeo de um movimento retroacutegrado (BRASIL 2000 p
5-17)
Na Bda C Mec o RCB normalmente constitui o escalatildeo avanccedilado no
Aproveitamento do Ecircxito Cabe agrave engenharia por sua vez reduzir a accedilatildeo dos
obstaacuteculos naturais ou artificiais permitindo a adoccedilatildeo de um deslocamento de forccedila
29
mais adequado garantindo a conquista de resultados decisivos em menor tempo e
com miacutenimo de perdas Com o intuito de manter o movimento contiacutenuo e
permanente o apoio de engenharia aos regimentos eacute realizado de forma
descentralizada permitindo o apoio a elementos afastados do escalatildeo superior
desde que adequadamente reforccedilado em meios (BRASIL 2000 p 5-18)
Tanto o Aproveitamento do Ecircxito quanto o Ataque de Oportunidade satildeo
accedilotildees que decorrem de uma interpretaccedilatildeo do comandante sobre os acontecimentos
do combate A incerteza de sua realizaccedilatildeo aleacutem de quando onde e como seraacute
realizada seraacute definida pela imediata expediccedilatildeo de ordens fragmentaacuterias pelo
comandante as quais exigem que o pelotatildeo tenha permanentemente condiccedilotildees de
apoiar (BRASIL 2000 p 5-9) Para a engenharia a proximidade e a disponibilidade
de meios adequados determinaraacute a efetividade do apoio prestado aos elementos
em primeiro escalatildeo desta brigada
312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo
Quando empregado em situaccedilatildeo de comando reforccedilo o Pel E Cmb subordina-
se diretamente ao comandante do regimento No aproveitamento do ecircxito esta eacute a
situaccedilatildeo de comando normalmente empregada devido agrave necessidade de plena
autonomia e pela incapacidade de apoio da companhia devido ao seu afastamento
em relaccedilatildeo aos pelototildees (BRASIL 1999 p 1-14)
Cabe ao pelotatildeo portanto o apoio aproximado imediato e contiacutenuo com
equipamentos adequados devendo para isso ser reforccedilado pela Cia E Cmb em
meios e se necessaacuterio em pessoal (BRASIL 1999 p 1-14) garantindo a rapidez
do movimento a fim de multiplicar o poder de combate contribuindo para o melhor
emprego da potecircncia de fogo e da accedilatildeo de choque do elemento apoiado Desta
forma busca-se diminuir o risco com base na premissa de que quanto maior o
tempo de exposiccedilatildeo do escalatildeo de ataque aos fogos maiores seratildeo suas perdas
(BRASIL 2000 p 5-15)
313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra
A Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra estaacute relacionada com o conjunto
de atividades tarefas e sistemas inter-relacionados empregados para deslocar
30
forccedilas de modo a posicionaacute-las em situaccedilatildeo de vantagem em relaccedilatildeo ao inimigo
(BRASIL 2014 p 5-10)
Para este estudo cresce de importacircncia o entendimento de manobra como se
segue
A manobra concentra e dispersa o poder de combate para manter o inimigo
em desvantagem Consegue resultados que de outra forma seriam
dispendiosos Manobra eficaz manteacutem forccedilas inimigas fora do equiliacutebrio
fazendo-as enfrentar novos problemas e novos perigos mais raacutepido do que
eles podem combatecirc-los As forccedilas do Exeacutercito ganham e preservam a
liberdade de accedilatildeo reduzem a vulnerabilidade e exploram o sucesso
atraveacutes da manobra Manobra eacute mais que fogo e movimento Inclui a
aplicaccedilatildeo dinacircmica e flexiacutevel de todos os elementos do poder de combate
(EUA 2011 p A-2 traduccedilatildeo do autor)
O emprego da Engenharia estaacute intimamente ligada agrave funccedilatildeo de combate
movimento e manobra particularmente no que tange agrave promoccedilatildeo da mobilidade agraves
tropas subordinadas ao escalatildeo a que pertence (BRASIL 2014 p 6-3)
314 Modularidade
A modularidade eacute a aptidatildeo de um elemento de combate de receber moacutedulos
que ampliem seu poder de combate ou lhe agreguem capacidades (BRASIL 2014
6-14)
Este conceito surgiu da necessidade de empregar forccedilas em torno de
formaccedilotildees menores e mais versaacuteteis No niacutevel taacutetico e operacional a rotineira
necessidade de operaccedilatildeo em aacutereas natildeo-contiacuteguas por unidades subordinadas se
contrapunha ao contiacuteguo e hieraacuterquico arranjo das forccedilas terrestres (EUA 2011 p
C-1 traduccedilatildeo do autor)
Embora o conceito seja novo a engenharia jaacute emprega seus elementos com
certa modularidade Um exemplo eacute o Pel E Cmb que natildeo possui meios adequados
para por exemplo realizar o lanccedilamento de um campo minado em poucos minutos
Ele necessita que uma viatura dotada de um sistema de dispersatildeo de minas bem
como a guarniccedilatildeo da mesma sejam adicionados ao Pelotatildeo
31
315 Projeto Guarani
O Projeto Guarani teve sua origem a partir da necessidade de substituiccedilatildeo das
Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP) EE-11 Urutu (FIGURA 1) e
Viatura Blindada sobre Rodas (VBR) EE-9 Cascavel (FIGURA 2) as quais se
encontram em fase de obsolescecircncia e atraso tecnoloacutegico perante os moderno
cenaacuterio de batalha conforme informado pelo Escritoacuterio de Projetos do Exeacutercito
(EPEx)
FIGURA 1 ndash Viatura Blindada de Transporte de Pessoal EE-11 Urutu Fonte Siacutetio eletrocircnico Youtube Acesso em 1 ago 2018
FIGURA 2 Viatura Blindada de Rodas EE-9 Cascavel Fonte Siacutetio eletrocircnico Defesanet Acesso em 22 dez 2017
32
O projeto que remonta a origem de sua concepccedilatildeo no final da deacutecada de
1990 tem em sua proposta inicial o objetivo de modernizar as Brigadas de
Infantaria Motorizadas recentemente transformadas em Brigadas de Infantaria
Mecanizada bem como modernizar as Brigadas de Cavalaria Mecanizada
Atualmente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas
(VBTP-MR) Guarani jaacute comeccedilaram a ser distribuiacutedas
FIGURA 3 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas Guarani Fonte Siacutetio eletrocircnico EPEx Acesso em 22 dez 2017
O projeto originalmente era constituiacutedo de duas versotildees de viatura uma 6x6 e
uma 8x8 Esta uacuteltima versatildeo que contaria com um canhatildeo 105 mm encontra-se
atualmente paralisada Aleacutem disso era previsto uma famiacutelia de blindados
constituiacuteda de viaturas morteiro lanccediladoras de ponte especial de engenharia
desminagem entre outras as quais teriam seus protoacutetipos ainda a serem
desenvolvidos (DEFESANET 2017)
Quanto agrave substituiccedilatildeo das Viaturas Cascavel foi adiada conforme Boletim do
Exeacutercito Nr 48 publicado em 1ordm de dezembro de 2017 A portaria cria o Projeto de
Obtenccedilatildeo da Viatura Blindada de Reconhecimento ndash Meacutedia sobre Rodas (VBR-
MSR) 6x6 que consiste na modernizaccedilatildeo da Viatura Cascavel (DEFESANET
2017)
33
As viaturas especiais de engenharia tambeacutem fruto das dificuldades
orccedilamentaacuterias teratildeo seu desenvolvimento adiado Para dirimir essa inexistecircncia de
material para apoiar as tropas mecanizadas a Diretoria de Material de Engenharia
estaacute em processo de aquisiccedilatildeo de implementos de engenharia para serem
incorporados agraves VBTP-MR Guarani conforme informado em visita ao Departamento
de Engenharia e Construccedilatildeo (DEC)
32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
A missatildeo preciacutepua da Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute cumprir missotildees de
seguranccedila conquanto tem a capacidade de executar operaccedilotildees ofensivas e
defensivas em operaccedilotildees de seguranccedila ou como elemento de aplicaccedilatildeo do
princiacutepio de guerra ldquoeconomia de meiosrdquo (BRASIL 2000 p 1-2) Dentre as
operaccedilotildees ofensivas a brigada tem possibilidade de executar as manobras de
flanco o aproveitamento do ecircxito e a perseguiccedilatildeo (BRASIL 2000 p 1-3)
Algumas caracteriacutesticas da Bda C Mec destacam-se pelo impacto que causam
nas necessidades do apoio prestado pela engenharia como a boa mobilidade
taacutetica e estrateacutegica que permite grande raio de accedilatildeo deslocamento em alta
velocidade em estrada e realizaccedilatildeo de manobras raacutepidas e flexiacuteveis a proteccedilatildeo
blindada que permite razoaacutevel grau de seguranccedila no combate embarcado e a
flexibilidade o que permite o emprego em largas frentes e grande profundidade
(BRASIL 2000 p 1-2)
Pelas caracteriacutesticas que lhe atribuem mobilidade destacam-se como
limitaccedilotildees a vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de
minas e obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos
arenosos pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees
meteoroloacutegicas adversas e grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria (BRASIL
2000 p 1-4)
Na Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito a Bda progride em larga frente
sendo mantidas em reserva apenas forccedilas que possibilitem assegurar a
flexibilidade a impulsatildeo e a seguranccedila Para isso eacute empregada tatildeo vigorosamente
quanto possiacutevel contra forccedilas que encontrem dificuldade de manter suas posiccedilotildees
evitando o seu engajamento contra tropas de poder insuficiente para ameaccedilaacute-la a
fim de atingir rapidamente seus objetivos e mantecirc-lo Para isso a decisatildeo de
34
desbordar ou engajar forccedilas pode ser delegada aos Cmt subordinados (BRASIL
2000 p 5-20)
A dependecircncia do deslocamento por estradas estaacute associada aos meios de
transporte utilizada pelas brigadas mecanizadas Suas viaturas sobre rodas tem
uma extrema vulnerabilidade no deslocamento atraveacutes campo principalmente em
deslocamentos em periacuteodos chuvosos ou atraveacutes de terrenos alagadiccedilos
ocasionando normalmente o atolamento das mesmas
A Bda C Mec possui como peccedilas de manobra orgacircnicas para emprego em
primeiro escalatildeo dois Regimentos de Cavalaria Mecanizado e um Regimento de
Cavalaria Blindado (BRASIL 2000 p 1-11) A engenharia responsaacutevel por dirimir
suas restriccedilotildees eacute uma Cia E Cmb Mec conforme demonstrado na FIGURA 4
FIGURA 4 Organograma de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
Depois das brigadas blindadas a Bda C Mec eacute a tropa mais apta para realizar
operaccedilotildees como forccedila de aproveitamento do ecircxito Essa grande unidade pode ser
35
empregada como forccedila de Apvt Ecircxi ou de acompanhamento e apoio do Esc Sup ou
aproveitar o ecircxito de suas proacuteprias operaccedilotildees (BRASIL 2000 p 5-18)
Nesse tipo de operaccedilatildeo a brigada progride em larga frente desde que o
terreno e a rede de estradas permitam permanecendo o miacutenimo de forccedilas em
reserva
321 Regimento de Cavalaria Mecanizado
O Regimento de Cavalaria Mecanizado eacute empregado pela Brigada nas
missotildees de reconhecimento e seguranccedila (BRASIL 2002 p 1-1) ou como elemento
de aplicaccedilatildeo do princiacutepio de economia de meios pela Bda (BRASIL 2002 p 6-1)
O Regimento eacute constituiacutedo organicamente por um comando 3 Esquadrotildees de
Cavalaria Mecanizada (Esqd C Mec) (BRASIL 2000 p 1-11) conforme
representado na Figura 2
FIGURA 5 Organograma de um Regimento de Cavalaria Mecanizado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
Dentre as operaccedilotildees ofensivas o RC Mec considerado unidade blindada leve
eacute o elemento mais apto para as missotildees de aproveitamento do ecircxito e perseguiccedilatildeo
em razatildeo das caracteriacutesticas de suas viaturas (BRASIL 2002 p 1-1)
36
As viaturas empregadas pelo regimento satildeo aleacutem das Viaturas Taacuteticas Leve
as viaturas EE-9 Cascavel e a VBTP-MR 6x6 Guarani (DEFESANET 2017) as
quais possuem grande mobilidade e baixa classe sendo elas respectivamente
classe 11 e 20 poreacutem alta dependecircncia de utilizaccedilatildeo de estradas
A Bda pode ainda organizar o RC Mec como Forccedila-Tarefa (FT) a fim de
aumentar as possibilidades de ecircxito em determinadas funccedilotildees podendo receber
Esquadratildeo de Carro de Combate (Esqd CC) Esquadratildeo de Fuzileiro Blindado
(Esqd Fuz Bld) Companhia de Fuzileiro Blindado (Cia Fuz Bld) FT Esqd CC FT
Esqd Fuz Bld FT Cia Fuz Bld e Cia Fuz Mtz (BRASIL 2002 p 1-9)
322 Regimento de Cavalaria Blindada
O RCB elemento responsaacutevel por proporcionar capacidade ofensiva agrave Bda
(BRASIL 2002 p 7-6) possui uma organizaccedilatildeo semelhante a de uma Forccedila Tarefa
(FT) empregando 2 (dois) esquadrotildees de fuzileiros (Esqd Fuz) e 2 (dois)
esquadrotildees de carro de combate (Esqd CC) aleacutem de um Esquadratildeo de Comando e
Apoio (Esqd C Ap) (BRASIL 2000 p 1-12)
FIGURA 6 Organograma de um Regimento de Cavalaria Blindado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld
37
O Esqd Fuz eacute dotado das viaturas de transporte de pessoal VBTP M113
(Mesquita 2015) (FIGURA 7) viatura anfiacutebia de origem americana de classe 11
FIGURA 7 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal M113 Fonte Siacutetio eletrocircnico EXEacuteRCITO BRASILEIRO Acesso em 22 dez 2017
O Esqd CC possui as viaturas de combate VBC CC M60 A3-TTS (Mesquita
2015) (Figura 8) viatura americana de classe 55 e capacidade de transposiccedilatildeo
submersa em curso de aacutegua de ateacute 240 m de profundidade com preparaccedilatildeo
FIGURA 8 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate M60 A3-TTS Fonte Siacutetio eletrocircnico 20RCB Acesso em 22 dez 2017
38
Esta viatura foi substituiacuteda na maioria dos regimentos pela VBC CC Leopard
1 BR (Mesquita 2015) (Figura 9) de origem alematilde classe 45 com capacidade de
transposiccedilatildeo submersa de cursos de aacutegua de ateacute 225 com preparaccedilatildeo e 4 m com
snorkel
FIGURA 9 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate Leopard 1BR Fonte Siacutetio eletrocircnico DEFESANET Acesso em 22 dez 2017
Com suas viaturas sobre lagartas o RCB eacute a forccedila da brigada para emprego
da accedilatildeo de choque proteccedilatildeo blindada e mobilidade (BRASIL 2000 p 6-25) Por
caracteriacutesticas de suas viaturas o regimento possui grande vulnerabilidade a
ataques aeacutereos armas anticarro e minas
33 COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADA
A Cia E Cmb Mec tem por missatildeo multiplicar o poder de combate da Bda
proporcionando-lhe mobilidade contramobilidade e contribuindo para sua proteccedilatildeo
(BRASIL 2000 P 4-1)
39
As capacidades que cabem agrave Cia E Cmb Mec satildeo fruto das necessidades da
Bda C Mec a quem estaacute subordinada Essas capacidade estatildeo intimamente ligadas
agraves limitaccedilotildees dos seus meios
Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto
aos elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos
meios mais agrave frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada (Cia E Cmb) eacute organizada com meios destinados a atender agraves
necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate (BRASIL
2000 p 1-16)
Face agraves necessidades da Brigada serem maiores junto aos elementos em
primeiro escalatildeo a Cia E Cmb menos esses elementos deve ser capaz de realizar
os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da Bda como
um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada (BRASIL 2000 p 2-4)
No aproveitamento do ecircxito as necessidades de apoio ao conjunto aumentam
sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo
com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao
emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo (BRASIL 1999 p
5-14)
O comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na conduta
do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de atender
agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistas (BRASIL
1999 p 5-14)
O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a
forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de
comando reforccedilo normalmente eacute adotada emprego dos pelototildees de combate
(BRASIL 1999 p 5-14)
No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos
Regimentos e sua impulsatildeo do ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos
naturais e artificiais (BRASIL 1999 p 5-4)
Para apoiar o RCB e o RC Mec a Companhia de Engenharia tem a
possibilidade de apoiar ateacute 3 peccedilas de manobra simultaneamente lanccedilar ou
construir obstaacuteculos abrigos e outros trabalhos de organizaccedilatildeo do terreno que
40
requeiram matildeo-de-obra eou equipamentos especializados lanccedilar e remover
obstaacuteculos realizar abertura e fechamento de passagens em obstaacuteculos montar e
operar ateacute duas portadas pesadas lanccedilar trecircs pontes de pequena brecha construir
manter e operar portadas pesadas recebidas do escalatildeo superior conservar e
reparar estradas e realizar o estudo teacutecnico do terreno apontando os corredores de
mobilidade (BRASIL 2000 p 4-2 2-2 e 2-3)
Para isso a Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de
Comando um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de
Assalto e trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (BRASIL 2000 p 4-1)
conforme FIGURA 10
FIGURA 10 Organograma de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Fonte Adaptado do manual BRASIL (2000 p 4-1)
331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio
O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) eacute responsaacutevel por reforccedilar os
Pel E Cmb com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especiais de engenharia
(VBE) equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e
41
equipamentos especializados na guerra com minas conforme previsto no manual
C5-10 (p 4-5)
Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de
Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de
Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de
Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate (BRASIL 1999 p 4-
6) conforme organograma da Figura 11
FIGURA 11 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Fonte Brasil (2000 p 4-1)
Ainda de acordo com o material disponiacutevel descrito no manual C5-10 os
principais materiais e equipamentos com que o Pel E Ap pode reforccedilar os Pel E
Cmb no apoio agrave mobilidade no Aproveitamento do Ecircxito satildeo viaturas blindadas
especiais de engenharia (VBE) reboque com equipamento para abertura de trilhas
em obstaacuteculos (o qual se refere ao equipamento de abertura de brecha) e reboque
com Eqp para disseminaccedilatildeo de minas motosserra compressor de ar e jogo de
ferramentas pneumaacuteticas aparelho de solda arco voltaico e conjunto para
balizamento de passagens
42
Dos citados materiais cabe salientar que natildeo existe nas Cia E Cmb Mec
viaturas especiais de engenharia equipamentos para abertura de brecha para
disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de ferramentas pneumaacuteticas
332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto
O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos
Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal
especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de
aacutegua (BRASIL 1999 p 4-7)
O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto
Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas
(BRASIL 1999 p 4-8) conforme Figura 12
FIGURA 12 Organograma do Pelotatildeo de Engenharia de Assalto Fonte Brasil (2000 p 4-1)
Os principais equipamentos que o pelotatildeo possui satildeo botes de assalto
equipagem de passadeira portada pesada e veiacuteculos lanccediladores de pontes de
pequenas brechas Embora natildeo especificados nos manuais que fazem referecircncia
se seriam sobre rodas ou sobre lagartas foi considerado pelo autor que as viaturas
43
lanccediladoras de ponte de pequena brecha da Cia E Cmb Mec seja sobre rodas
partindo do princiacutepio que no DAMEPLAN existe ponte de classe 30 lanccedilada por
viatura
Dos materiais acima citados com que o Pel E Cmb Mec precisa ser reforccedilado
no Aproveitamento do Ecircxito o principal meio eacute a viatura lanccediladora de pontes sobre
rodas a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro
333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
O pelotatildeo fraccedilatildeo baacutesica de apoio junto agraves armas (BRASIL 1999 p 1-10) que
tem por missatildeo realizar dentro de suas possibilidade os trabalhos teacutecnicos de
engenharia em proveito da brigada como um todo ou da peccedila de manobra da arma-
base apoiada (BRASIL 2000 p 4-9) Composto por um grupo de comando e 3
Grupos de Engenharia (GE) os quais estes constituem elemento baacutesico de
trabalho (BRASIL 1999 p 1-10) o Pel E Cmb estaacute organizado conforme
representado na FIGURA 13
FIGURA 13 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado Fonte Brasil (2000 p 4-1)
44
Segundo o manual C 5-10 nas operaccedilotildees ofensivas o Cmt Cia E designa
normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada (BRASIL
1999 p 4-2) Para isso o Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de
cortina de fumaccedila trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista
que a Cia E Cmb natildeo possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e
de explosivos e trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus
equipamentos de engenharia (BRASIL 1999 p 4-9) (equipamentos inadequados
para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo possuem proteccedilatildeo blindada nem
conseguem acompanhar os elementos apoiados)
Aleacutem disso o pelotatildeo pode conduzir consigo o material para abertura de
passagem em campo de minas O uacutenico material com o qual o Pel E tem contato
por ocasiatildeo do adestramento tanto por tropas mecanizadas como blindadas eacute o
RAMBS
O RAMBS consiste em uma carga linear explosiva que abre uma trilha de 06
metros de largura por 6 metros de comprimento em campo de minas abrindo um
caminho para tropa a peacute (BRASIL 2000 p D-2) portanto ineficiente para a
transposiccedilatildeo de qualquer viatura as quais necessitam de uma abertura de brecha
com medidas miacutenimas de 35 metros (BRASIL 2000 p D-8)
Aleacutem desse equipamento o uacutenico material para remoccedilatildeo de minas eacute o
utilizado em desminagem humanitaacuteria ou seja material de desminagem manual O
material para desminagem manual consiste em bastatildeo de sondagem roupa de
proteccedilatildeo capacete de minas bandeirolas entre outros os quais ineficientes para
abertura de brecha sob fogos inimigos devido a inexistecircncia de proteccedilatildeo para os
membros da equipe embora eficientes para missotildees humanitaacuterias (BRASIL 2000
p 5-18)
Aleacutem desse material baacutesico que acompanha o pelotatildeo outros materiais podem
reforccedilar as capacidades do pelotatildeo conforme o estudo da missatildeo Os meios de
transposiccedilatildeo de obstaacuteculos oriundos da Cia E Cmb satildeo normalmente passados em
reforccedilo pelo Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de
Apoio
Os Pel E Cmb quando natildeo reforccedilados tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de
apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais estatildeo
contidos na caixa de sapador Embora estejam previstas ferramentas pneumaacuteticas
45
suas caixas de sapador satildeo constituiacutedas de materiais baacutesicos como enxada paacute
picareta fateixa boca-de-lobo trena martelo
34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA
REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE
Os meios utilizados em reforccedilo dos Pel E Cmb atribuem a capacidade de
realizar trabalhos e diminuem o tempo de execuccedilatildeo e consequentemente o tempo
de exposiccedilatildeo aos fogos inimigos Para as Cia E Cmb que possuem blindados como
viatura de transporte (Cia E Cmb MecBld) destaca-se a importacircncia dos meios que
podem ser utilizados mantendo a proteccedilatildeo blindada durante sua operaccedilatildeo como eacute
o caso das Viaturas Blindadas de Engenharia aumentando a seguranccedila da
guarniccedilatildeo e do equipamento os quais satildeo considerados meios muito nobres
devido sua especificidade
O emprego das viaturas denominadas especiais proporciona proteccedilatildeo
blindada o que garante consideraacutevel manutenccedilatildeo da funcionalidade da viatura sob
fogos de determinado calibres rapidez na abertura da passagem e seguranccedila Essa
uacuteltima caracteriacutestica contribui para garantir a preservaccedilatildeo do Poder Relativo de
Combate (PRC) o emprego oportuno e eficiente dos meios pelo Cmt Pel conforme
previsto no Manual EB20-MC-10208 ndash Proteccedilatildeo (2015 p 1-1)
As viaturas tambeacutem proporcionam grande mobilidade pois seus meios primam
pelo maacuteximo emprego de seus implementos de forma embarcada Desta forma
aleacutem da seguranccedila evitando a exposiccedilatildeo da guarniccedilatildeo da viatura evita-se a perda
de tempo no desembarque de militares e dos meios embarque e preparaccedilatildeo
No manual C 5-10 - O apoio de engenharia no escalatildeo brigada ndash as viaturas
que o Pel E Ap e o Pel Eq Ass possuem para reforccedilo dos pelototildees satildeo Viatura
Blindada Especial Lanccedila-Pontes (VBEL Pnt) e Viatura Blindada de Combate de
Engenharia (VBCE)
O manual C 5 ndash 37 ndash Minas e armadilhas descreve alguns outros materiais
como o reboque com MICLIC Giant Viper viatura rolo e viatura arado No
DAMEPLAN eacute feito menccedilatildeo ao equipamento para abertura de brecha equipamento
de tubos para transposiccedilatildeo de fosso aleacutem dos implementos lacircmina frontal rolo e
equipamento para disseminaccedilatildeo de mina AC lanccedila para guindaste e
escavadeiraque tambeacutem seraacute abordada natildeo existem nas Cia E Cmb Mec Para
46
entendimento da importacircncia e capacidades de cada um seratildeo abordadas suas
caracteriacutesticas e possibilidades
341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha
Embora natildeo tenha sido encontrado nenhum dado limitador que definisse o
limite para ser considerada uma ponte de pequena brecha foi delimitada pelo autor
como ponte de pequena brecha aquela transportada por uma uacutenica viatura blindada
capaz de ser lanccedilada sem desembarque eou complemento em procedimento por
outro elemento mesmo que embarcado em outra viatura
As VBEL Pnt satildeo viaturas que tem a capacidade de realizar o lanccedilamento de
pontes sobre cursos drsquoaacutegua valetas e como rampas ascendentes ou descendentes
Essas viaturas podem ser divididas em dois tipos de lanccedilamento vertical e
horizontal
O lanccedilamento horizontal cuja sequecircncia de lanccedilamento eacute apresentada na
figura 16 eacute o tipo de lanccedilamento no qual a ponte desloca-se em quase sua
totalidade na horizontal caracteriacutestica esta que diminui a exposiccedilatildeo excessiva da
viatura no campo de batalha
FIGURA 14 Sequecircncia de lanccedilamento do tipo horizontal de ponte de pequena brecha Fonte Siacutetio eletrocircnico FAS Acesso em 3 jul 2018
47
O lanccedilamento vertical eacute o deslocamento realizado onde a ponte projeta-se no
sentido vertical antes de ser projetada na horizontal para lanccedilamento sobre o solo
A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1
BR) eacute viatura alematilde modificada da versatildeo alematilde BIBER para o Brasil Construiacuteda a
partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22
metros sobre um vatildeo de 20 metros (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA
BLINDADA ESPECIAL LANCcedilA-PONTES LEOPARD 1 BR p 2)
O Brasil adquiriu essa viatura junto com a compra dos Leopard 1 A5 BR em
2009 dando agrave tropa blindada a capacidade de transpor obstaacuteculos como cursos
drsquoagravegua e valetas
FIGURA 15 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1 BR Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyvehiclesrdquo Acesso em 30 mar 2018
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no
chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m
em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta
viatura tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC fornecendo um niacutevel muito alto de
proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas
48
terrestres e contra agentes QBRN (Quiacutemico bioloacutegico radioloacutegico e nuclear)
(MILITARY-TODAY201)
A FIGURA 16 a seguir mostra que a viatura realiza um lanccedilamento do tipo
vertical representado pela sequecircncia de imagens abaixo apresentada
FIGURA 16 Viatura lanccediladora de pontes Titan Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 15 ago 2018
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para
transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a
partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem
a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros
(MILITARY-TODAY201)
A VBEL Pnt que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo
semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de
gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional
no campo de batalha (MILITARY-TODAY201)
49
Figura 17 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes M104 Wolverine Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 15 ago 2018
342 Viatura Blindada Especial de Engenharia
Natildeo existe uma padronizaccedilatildeo de nomenclatura para esse tipo de viatura nem
um padratildeo definido mas os recursos variam entre uma lacircmina grande ou arados
para minas um canhatildeo de demoliccedilatildeo de grande calibre perfuratriz guinchos braccedilo
e guindaste de escavadeira ou para iccedilamento de cargas (WIKIPEDIA 20)
Neste trabalho seraacute considerada Viatura Blindada Especial de Engenharia
assim como eacute utilizada na documentaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com
base na definiccedilatildeo constante na Portaria Nr 023 ndash DMB de 20 de novembro de 1998
ndash Normas reguladoras para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos
oficiais no acircmbito do Ministeacuterios do Exeacutercito (NORCRIVE) Essa explicaccedilatildeo se faz
necessaacuteria porque muitos ainda descrevem como nosso manual MD33-M-02 -
Manual de abreviaturas siglas siacutembolos e convenccedilotildees cartograacuteficas das forccedilas
armadas como sendo Viatura Blindada de Combate
A citada norma corretamente considera Viatura Blindada de Combate aquela
eacute dotada de armamento orgacircnico com um apreciaacutevel poder de fogo Por outro
lado considera Viatura Especial aquela dotada de caracteriacutesticas muito
peculiares
Partindo do princiacutepio que o M113 que possui armamento orgacircnico com maior
calibre que o constante na VBE Eng natildeo eacute considerado viatura de combate a
50
viatura de engenharia tambeacutem natildeo pode ser pois seu armamento eacute suficiente
apenas para proteccedilatildeo da viatura e de sua guarniccedilatildeo
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1
BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil
Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta viatura tem as seguintes
capacidades desobstruccedilatildeo escavaccedilatildeo e trabalho de resgate
Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o
qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que
realiza trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de
lacircmina de apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos
trabalhos com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar
cortes que afrouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com
capacidade de ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e
solda e policorteesmerilhadeira (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA
BLINDADA ESPECIAL DE ENGENHARIA LEOPARD 1 BR p 2)
Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura a viatura Pionierpanzer 3
Kodiak a qual seraacute apresentada a seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada
pela Alemanha em territoacuterio nacional e em missotildees no exterior devido a sua alta
qualidade
Figura 18 Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1 BR Fonte Foto do autor
51
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a
versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo
anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que
pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas
junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas
eletromagneacuteticas (MILITARY-TODAY 201)
A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de
concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2
aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de
uma operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador (MILITARY-TODAY 201)
Figura 19 Viatura Blindada Especial Pionierpanzer 3 Kodiak Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 13 ago 2018 Veiacuteculo de engenharia destinado agrave preparaccedilatildeo do campo de batalha na zona
de fogo indireto a Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa
trabalhos com escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma
blindagem e proteccedilatildeo contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo
de armas pequenas e projeacuteteis de artilharia (MILITARY-TODAY 201)
Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado
de grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento
rebocado Python (MILITARY-TODAY 201)
Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos
ou um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo) (MILITARY-
TODAY 201)
52
Figura 20 Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 17 ago 2018
343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha
A M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de Abertura de Brechas)
foi construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams Sua principal caracteriacutestica eacute a
existecircncia de um compartimento bipartido na parte superior da viatura capaz de
lanccedilar dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) de forma independente Essa carga
linear explosiva eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas
(Kidwell e Jaffke 2014)
Aleacutem do MICLIC a viatura possui um arado na parte frontal o qual consegue
realizar o trabalho complementar de comprovaccedilatildeo da abertura da brecha do
explosivo imediatamente apoacutes a sua detonaccedilatildeo (Kidwell e Jaffke 2014)
O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado
como meio principal pois tem baixa resistecircncia De acordo com BRASIL (2000 p
53
D-6) a cada trecircs minas removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina
implicando em sua substituiccedilatildeo
Figura 21 Vehicle Assault Breacher Vehicle (ABV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017
Aleacutem do meacutetodo de abertura de brecha pelo meacutetodo explosivo existem outros
sistemas eficientes como a Viatura de Abertura de Brecha Keiler viatura alematilde
a qual se atribui uma eficiecircncia de limpeza de cerca de 98 das minas por onde
passa Seu sistema eacute composto por um rotor que eacute interligado a vaacuterios pesos
metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado do solo
realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas
explosivas Enquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o
local livre de minas (MILITARY-TODAY 201)
Esse meacutetodo permite a abertura das brechas de um modo mais simples sem
necessidade de complemento por outro sistema e de valor de manutenccedilatildeo mais
baixa pois o acionamento das minas exige apenas a substituiccedilatildeo das peccedilas que
se chocam com o solo
54
Figura 22 Viatura Blindada Especial Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017
A viatura utilizada pela Ruacutessia que tambeacutem utiliza um sistema mecacircnico eacute a
Viatura de Abertura de Brecha BMR-3M que consiste em uma viatura blindada
baseada no carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos
que exercem uma pressatildeo superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as
prematuramente Aleacutem dos rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque
magneacutetico e um sistema jammer que impede o acionamento de explosivos
controlados por raacutedio A velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da
densidade da mina e das condiccedilotildees do solo (MILITARY-TODAY 201)
De acordo com BRASIL (2000 p D-6) o sistema de rolo eacute apto para operar
em solo seco e relativamente plano Aleacutem disso deve ser utilizado como
complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo suporta entre trecircs a seis minas
devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um excelente sistema para identificaccedilatildeo
do iniacutecio de um campo minado
55
Figura 23 Viatura Blindada Especial BMR-3M Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 28 jul 2018
344 Outros sistemas e implementos
O feixe de tubos ou Pipe Fascine foi desenvolvido no Exeacutercito Britacircnico no
iniacutecio dos anos 80 para enfrentar os desafios de assegurar a mobilidade do
movimento na Alemanha Ocidental no caso de um conflito da OTAN com o Pacto de
Varsoacutevia (MILITARY-TODAY 201)
Nesta situaccedilatildeo foi verificada a existecircncia de vaacuterias pequenas valetas e
riachos de aproximadamente 5 a 10 metros de largura e 15 a 25 metros de
profundidade Para solucionar foram conectados tubos que permitissem a
passagem por sobre os riachos permitindo que a aacutegua passasse por dentro deles
Atualmente a viatura britacircnica mais moderna o Trojan conta com um sistema
para lanccedilamento de feixe de tubos dada sua eficiecircncia na transposiccedilatildeo de alguns
obstaacuteculos tornando-se prescindiacutevel a utilizaccedilatildeo das pontes em algumas situaccedilotildees
(MILITARY-TODAY 201)
56
Esse feixe ao ser colocado dentro de um Fosso Anticarro (Fosso AC)
estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo permite a passagem de
viatura sobre sua superfiacutecie
Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de
Engenharia ou adaptada em outras viaturas e reboques Uma necessidade para
lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste
ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes
ser lanccedilado
Figura 24 Feixe de tubos (Pipe Fascine) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoAEGISrdquo Acesso em 25 ago 2018 O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema que
pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de transporte de pessoal utilizadas
pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens em pequenos cursos drsquoaacutegua
O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System) por exemplo permite o
lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13 metros (MILITARY-
TODAY 201)
57
Figura 25 Sistema de lanccedilamento de ponte REBS Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMY-GUIDErdquo Acesso em 22 ago 2018
O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga
de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja
realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma
brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de
demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de
polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel
detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN) (USA 2011 p 23) ndash Department
of Defense Fiscal Year (FY) 2012 Budget Estimates)
Figura 26 Mine Clearance Line Charger (MICLIC) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 20 abr 2018
58
O sistema propelido por foguete Python eacute um sistema britacircnico de
funcionamento semelhante ao MICLIC que consiste em um reboque com uma
carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse
sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Betanha
pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi
utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo
(Armyrecognition) O sistema britacircnico Python pode limpar um caminho longo de 73
m por 180-200 m (WIKIPEDIA 201)
Figura 27 Sistema Python
Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyrecognitionrdquo Acesso em 20 abr 2018
Para as viaturas sobre rodas aleacutem de meios como o MICLIC a maioria dos
exeacutercitos tem anexado implementos agraves viaturas utilizando-as de modo
intercambiaacutevel de modo a adequar a viatura conforme a necessidade de cada
operaccedilatildeo
Cabe salientar que algumas minas modernas como a mina italiana SB-33
tecircm um mecanismo de detonaccedilatildeo que detona a mina se sujeita a uma pressatildeo
gradual e constante mas bloqueia a espoleta se sujeito a um choque suacutebito Isso
pode anular o uso de cargas de linha de limpeza de minas para limpar tais minas
(WIKIPEDIA 201)
59
O implemento lacircmina para desminagem escavadeira e lacircmina reta satildeo
implementos que podem ser utilizados nas viaturas meacutedias de rodas ambas
apresentando capacidade limitada de trabalho sendo a primeira para remoccedilatildeo de
minas em superfiacutecies pavimentadas podendo ainda ser utilizada para retirar
alguns tipos de entulho e as uacuteltimas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo do
terreno (MILITARYSYSTEMS-TECH 20)
Figura 28 M1132 Engineer Squad Vehicle (ESV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoWIKIPEDIArdquo Acesso em 20 mar 2018
O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um
sistema que protege veiacuteculos do efeito de minas e dispositivos explosivos
improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave frente do veiacuteculo que realiza
a abertura (ARMYTECHNOLOGY 2018)
Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas
atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para
acionamento de cargas explosivas (ARMYTECHNOLOGY 2018)
60
Figura 29 Rolo de minas de peso leve (LWMR) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMYTECHNOLOGYrdquo Acesso em 20 mar 2018
35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM
OUTROS PAIacuteSES
Em busca de uma estrutura semelhante agrave Bda C Mec em outros paiacuteses este
autor natildeo encontrou tropa que tenha seu emprego principal no reconhecimento e
seguranccedila
A fim de dar uma soluccedilatildeo a questatildeo proposta este autor escolheu
desconsiderar a finalidade da tropa apoiada concentrando o estudo no emprego
conjunto de tropas que utilizam meios sobre rodas e sobre lagartas onde a
engenharia teraacute que apoiar
351 SBCT a brigada americana Stryker
As Brigade Combat Teams (BCT) satildeo brigadas americanas que geralmente
satildeo empregadas como parte de uma divisatildeo ou forccedila-tarefa
O BCT eacute uma formaccedilatildeo de armas combinadas de todas as funccedilotildees de
combate Embora os modulares BCTs sejam organizaccedilotildees fixas o comandante da
divisatildeo pode ajustar qualquer organizaccedilatildeo de tarefas da BCT para atender aos
requisitos da missatildeo (EUA 2006 p 2-7)
A Stryker Brigade Combat Team (SBCT) da traduccedilatildeo para o portuguecircs Grupo
de Combate Brigada Stryker eacute uma forccedila-tarefa expedicionaacuteria organizada para
61
atender aos requisitos especiacuteficos de cada missatildeo tendo seu emprego baseado na
infantaria embarcada na viatura Stryker (EUA 2015 p 1-1) Essa flexibilidade
organizacional permite que as SBCTs funcionem em toda a gama de operaccedilotildees
militares tendo disponiacuteveis elementos com capacidade de manobra artilharia de
campanha inteligecircncia engenharia QBRN e manutenccedilatildeo
Atualmente existem trecircs tipos de BCTs a proacutepria SBCT a HBCT (tropa de
infantaria que combate embarcada em blindado sobre lagartas) IBCT (tropa de
infantaria transportada por viaturas de baixa proteccedilatildeo blindada que combate
desembarcada) (EUA 2006 p 2-7)
A brigada Stryker tem a seguinte organizaccedilatildeo baacutesica trecircs batalhotildees de
infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees (EUA 2015 p 1-6) um
esquadratildeo de cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de
reconhecimento Stryker um pelotatildeo de reconhecimento QBRN equipado com um
veiacuteculo de reconhecimento quiacutemico bioloacutegico e nuclear M1135 Stryker (EUA 2015
p 1-7) O organograma desta brigada estaacute discriminada na figura Nr 26 a seguir
Figura 30 Organograma de uma Brigada Stryker Fonte Fort Benning (2015)
62
As companhias de engenharia apoacuteiam a SBCT na abertura de passagem por
obstaacuteculos auxilia no assalto de posiccedilotildees fortificadas lanccedila obstaacuteculos para
proteccedilatildeo de forccedilas amigas constroacutei ou melhora posiccedilotildees para proteccedilatildeo realiza
reconhecimento de itineraacuterios e coleta de informaccedilotildees identifica e elimina
dispositivos explosivos improvisados entre outras tarefas durante a accedilatildeo decisiva
(EUA 2015 p 1-10)
A forma de emprego da engenharia dessa brigada foi alterada recentemente
passando de uma companhia para um batalhatildeo de engenharia de combate o qual
fornece atraveacutes de suas subunidades a capacidade miacutenima para executar tarefas
essenciais de mobilidade contra-mobilidade e capacidade de proteccedilatildeo para o
SBCT
O Brigade Engineer Battalion (BEB) tem por missatildeo planejar e executar as
missotildees da brigada com as suas duas companhias orgacircnicas organizadas como
mostra a figura 31 podendo suplementaacute-las no que tange agrave mobilidade com
pontes abertura de brechas desobstruccedilatildeo de vias identificaccedilatildeo de ameaccedilas
explosivas e apoio em construccedilatildeo horizontal Aleacutem disso o batalhatildeo tambeacutem
coordena uma companhias de inteligecircncia militar uma companhia de comunicaccedilotildees
e uma companhia anticarro e por vezes uma companhia QBRN (EUA 2015 p 1-
8)
Figura 31 Organograma das companhias de engenharia das SBCT Fonte Adaptado de EUA (2014 p 1-8 traduccedilatildeo nossa)
63
Em uma Stryker BCT a 1ordf Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees
de engenharia de combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo apoio (dotado de
equipamentos de abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas
lineares (MICLIC) em reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de
comprovaccedilatildeo (rolo e arado) (EUA 2014 p 1-7)
A 2ordf Cia possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate composto por
trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e um grupo de
construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo de minas)
(EUA 2014 p 1-8)
Embora seja notaacutevel a diferenccedila quando comparada com a Brigada de
Cavalaria Mecanizada a brigada Stryker foi identificada pelo autor como a Grande
Unidade americana que mais se aproximou das caracteriacutesticas da Bda C Mec por
ser uma brigada mecanizada apoiada por engenharia orgacircnica com meios Stryker
352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha
A brigada que tem melhores condiccedilotildees de comparaccedilatildeo para este estudo por
sua maior similaridade com a Bda C Mec eacute a Brigada de Infantaria Mecanizada da
Alemanha O emprego das viaturas sobre rodas e sobre lagartas inclusive pelas
proacuteprias tropas de engenharia que apoiam essa brigada contribuiratildeo para uma
anaacutelise mais adequada da Bda C Mec
O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas da
seguinte forma um comando de brigada um batalhatildeo de reconhecimento dotado
de viaturas Fennek (foto 32) trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais
utilizam a viatura de combate Puma (foto 33) um batalhatildeo de rifles que utilizam as
viaturas de combate multipropoacutesito Boxer GTK (foto 34) e um batalhatildeo de
suprimento Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado
conforme demonstrado no quadro organizacional representado pela figura 32
(WIKIPEDIA 201)
64
Figura 32 Organograma de uma Brigada de Infantaria Mecanizada Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoWikipediardquo Acesso em 29 ago 2018
Figura 32 Viatura Fennek Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018
65
Figura 33 Viatura de infantaria de combate Puma Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018
Figura 34 Viatura Boxer Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 19 ago 2018
O batalhatildeo de engenharia que possui organizaccedilatildeo semelhante ao BE Cmb
Bld do Brasil eacute composto por uma companhia de comando duas companhias de
66
engenharia de combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia
com funccedilatildeo semelhante a uma Companhia de Comando e Apoio (CCAp) de um BE
Cmb Bld e uma companhia de pontes flutuantes com funccedilatildeo semelhante a
Companhia de Equipamento de Pontes (Cia E Pnt) de um BE Cmb Bld conforme
representado no organograma da figura 35 (DEUTSCHESHEER 20)
Figura 35 Organograma de uma brigada blindada alematilde Fonte Adaptado de DEUTSCHLAND (2011 p 9 traduccedilatildeo nossa)
Cia E Cmb
(Vtr Fuchs)
Pel DEI
2 VBE Keiler Pel Bld
4 Vtr Skorpion
Sistema ldquoVrdquo
1 Vtr Fennek
Pel Cnst
3 VBE Biber
2 VBE Dachs
Cia Cmdo
Cia Rec
(Vtr Fennek)
Cia E Cmb
(Vtr Fuchs)
Pel DEI
2 VBE Keiler
Pel Bld 4 VBE Skorpion
Sistema ldquoVrdquo
Cia Cnst Pel Cnst Pel DEI Pel Pnt
Batalhatildeo de Engenharia
de Combate Blindado
Pel Cnst
3 VBE Biber
2 VBE Dachs
67
As companhias de combate compostas por quatro pelototildees satildeo organizadas
da seguinte forma uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de engenharia o qual
realiza trabalhos para barrar ou canalizar a tropa inimiga abertura de caminhos por
meio do emprego de explosivos e trabalhos gerais de engenharia um pelotatildeo de
abertura de brecha dotado de meios de limpeza um pelotatildeo de abertura de
brechas pesado e um pelotatildeo de equipamentos pesados responsaacutevel pelo apoio agrave
mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e manutenccedilatildeo de
estradas (DEUTSCHESHEER 20)
As companhias satildeo dotadas ainda das viaturas Fennek e Fuchs para
transporte de pessoal (DeustchesHeer 2011)
A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas
blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de
engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais
(DEUTSCHESHEER 20)
Encontram-se abaixo as viaturas e sistemas utilizados pelo batalhatildeo as
viaturas de transporte de pessoal Fuchs (figura 35) e Fennek a viatura lanccediladora de
ponte Biber (figura 36) a viatura para abertura de brecha em campo de minas Keiler
(figura 37) e a viatura especial de engenharia Dachs (figura 38)
Figura 36 Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 25 ago 2018
68
Figura 37 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Biber Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 24 ago 2018
Figura 37 Viatura Blindada Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 23 ago 2018
69
Figura 38 Viatura Pionierpanzer 1 Dachs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 22 ago 2018 Podemos concluir com a anaacutelise dessa brigada que embora natildeo seja uma
Grande Unidade de emprego semelhante ou seja uma brigada de cavalaria
mecanizada esta apresenta a mesma dificuldade de apoio de engenharia
encontrada nas Bda C Mec quais sejam apoiar elementos de grande mobilidade
dotados de viaturas sobre sobre rodas e viaturas sobre lagartas e que possuem
diferentes classes
Os principais reflexos para esse apoio satildeo as diferenccedilas de pesos e
velocidades o que impacta na capacidade de acompanhamento das viaturas
empregadas pelos elementos da arma base e na capacidade de transposiccedilatildeo dos
meios por ponte por exemplo
Essa diferenccedila eacute percebida quando comparamos as caracteriacutesticas dessas
viaturas conforme apresentado a seguir que satildeo o peso e velocidade
Viatura Fennek (103 ton e 115 kmh) Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs
(235 ton e 105 kmh) utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate
Puma utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Blindada Lanccedila-Pontes
Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia Dachs (43 ton
70
e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha Keiler (53 ton e 50 kmh)
(DEUTSCHESHEER 20)
71
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
O presente capiacutetulo tem por finalidade atingir o objetivo geral da pesquisa que
eacute analisar o apoio de engenharia prestado aos elementos empregados em primeiro
escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada a fim de sugerir uma proposta
de adequaccedilatildeo do apoio prestado em Operaccedilotildees Ofensivas atraveacutes de um estudo
especiacutefico de Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito face agrave evoluccedilatildeo doutrinaacuteria e
do MEM
A fim de atingir os trecircs uacuteltimos objetivos especiacuteficos estabelecidos (objetivos j k
e l) na pesquisa a presente seccedilatildeo pretende sintetizar os resultados obtidos nos
questionaacuterios na revisatildeo de Literatura e na pesquisa de campo agrave luz das dimensotildees
que compotildeem a Variaacutevel Independente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb no
Aproveitamento do Ecircxito) Dependente (Apoio de Engenharia aos Regimentos de
uma Bda C Mec) e Interveniente (Necessidades miacutenimas dos Rgt)
41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS
Para melhor explorar a discussatildeo referente aos instrumentos utilizados e
dados levantados seratildeo retomadas as variaacuteveis que foram objeto de estudo desta
pesquisa
A estruturaccedilatildeo da Variaacutevel Independente ndash Capacidades Operativas da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do
Ecircxito e da Variaacutevel Dependente ndash Apoio de Engenharia aos Regimentos de uma
Brigada de Cavalaria Mecanizada deu-se em torno de dimensotildees que possuiacuteam
indicadores com suas respectivas formas de avaliaccedilatildeo Estas variaacuteveis foram
apresentadas no capiacutetulo 2 no Quadro 1 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel
Independente (VI) e Quadro 2 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel Dependente (VD)
A VI foi explorada a partir da anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb Mec onde
foram identificadas suas deficiecircncias resultante da falta de material e inadequado
emprego no apoio aos regimentos e comparada agraves soluccedilotildees em material e
emprego de outros exeacutercitos Na abordagem da VD buscou-se analisar as
caracteriacutesticas desejadas e adequabilidade logiacutestica de novos materiais e
apresentar uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia quanto agrave
organizaccedilatildeo e caracteriacutesticas desse apoio
72
411 Revisatildeo da literatura
Para o levantamento do material que compocircs a revisatildeo bibliograacutefica
empregada no trabalho foram realizadas pesquisas em bibliotecas virtuais fiacutesicas
e tambeacutem na internet sempre buscando por livros manuais trabalhos cientiacuteficos
reportagens e outras publicaccedilotildees de interesse
Com base nos objetivos geral e especiacuteficos foi elaborado o Capiacutetulo 3-
Revisatildeo da Literatura que foi fracionado em 5 subcapiacutetulos
1) Consideraccedilotildees Iniciais ndash Neste subcapiacutetulo foram apresentados conceitos
preliminares dos quais se faz necessaacuterio o entendimento para uma melhor anaacutelise
e consequentemente a construccedilatildeo de uma proposta mais adequada Este
subcapiacutetulo buscou atingir o objetivo especiacutefico ldquoardquo
2) Brigada de Cavalaria Mecanizada ndash Este subcapiacutetulo apresentou as
caracteriacutesticas organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a forma de
emprego no aproveitamentos do ecircxito a fim de alcanccedilar os objetivos especiacuteficos
ldquobrdquo e ldquocrdquo
3) Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada ndash Foram apresentadas
a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e as forma de emprego da Cia E Cmb Mec bem
como de seus pelototildees constitutivos (Pel E Ap Pel Eq Ass e Pel E Cmb) visando
atingir os objetivos especiacuteficos ldquodrdquo ldquoerdquo ldquofrdquo e ldquogrdquo
4) Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no mundo para reforccedilo aos Pel E
Cmb no apoio agrave mobilidade ndash Apresenta os materiais disponiacuteveis para aquisiccedilatildeo pelo
Exeacutercito Brasileiro a fim de dirimir as deficiecircncias no apoio de engenharia agrave
mobilidade dos Regimentos da Bda C Mec buscando atingir o objetivo especiacutefico
h
5) Apoio de engenharia a forccedilas combinadas de viaturas sobre rodas e sobre
lagartas em outros paiacuteses ndash O presente subparaacutegrafo descreveu brigadas de outros
exeacutercitos que apresentam em sua constituiccedilatildeo meios orgacircnicos sobre rodas e sobre
lagartas que necessitam de apoio de engenharia a fim de atingir o objetivo
especiacutefico j
A revisatildeo de literatura foi suficiente para proporcionar dados que
contribuiacutessem para a anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb e o desenvolvimento de
uma sugestatildeo adequada conforme os objetivos propostos
73
412 Entrevistas
Foram confeccionados ao todo 4 questionaacuterios sendo eles
a) para os Comandantes e ex-Comandantes dos Regimentos de
Cavalaria Mecanizada e Blindada (RC Mec e RCB) das Brigadas de Cavalaria
Mecanizada (resposta no Apecircndice A)
b) para os Comandantes das Companhias de Engenharia de Combate
Mecanizada (Apecircndice B)
c) para os oficiais de engenharia com curso de comandante de
subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no Apecircndice C)
d) para os oficiais instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com
curso de comandante de subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no
Apecircndice D)
O autor tinha interesse em trabalhar com hipoacuteteses de estudo poreacutem tendo em
vista o baixo retorno dos questionaacuterios foi modificado para questotildees de estudo
onde os questionaacuterios respondidos foram aproveitados como apoio para responder
as questotildees selecionadas
Dentre os questionaacuterios enviados aos Comandantes dos Regimentos (Apecircndice
A) foram respondidos apenas 9 questionaacuterios do universo de comandantes dos
regimentos das quatro Bda C Mec e dos questionaacuterios enviados aos Comandantes
das quatro Companhias de Engenharia de Combate Mecanizada (Apecircndice B)
foram respondidos apenas 7 A baixa quantidade de respostas natildeo comprometeu de
forma significativa os resultados devido a mudanccedila da forma de abordagem
Foi observado inclusive que esta abordagem tornou-se muito mais adequada
em relaccedilatildeo agrave relacionada com hipoacuteteses
413 Coleta documental
A coleta documental foi realizada conforme o estipulado no item 231
Procedimentos para a revisatildeo de literatura onde foi encontrada certa dificuldade
no acesso a algumas informaccedilotildees referentes ao emprego do RCB pela inexistecircncia
de um manual especiacutefico sendo aproveitadas as informaccedilotildees constantes no manual
da Brigada de Cavalaria Mecanizada e emprego organizaccedilatildeo e materiais de
74
dotaccedilatildeo das brigadas alematildes os quais natildeo foram tatildeo faacuteceis de responder devido a
maior restriccedilatildeo de informaccedilotildees em relaccedilatildeo ao exeacutercito americano
42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE
COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO
Na presente seccedilatildeo seratildeo discutidas as Variaacutevel Independente a fim de
analisar o apoio em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito onde exige-se um
grande apoio de engenharia o qual se faz sentir principalmente nos elementos de
emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada A mobilidade destas forccedilas depende
da reduccedilatildeo dos obstaacuteculos naturais e dos lanccedilados ou agravados pelo inimigo
As ferramentas de pesquisa colaboraram para complementar as informaccedilotildees
coletadas dirimindo duacutevidas remanescentes ou preenchendo lacunas deixadas pela
literatura atraveacutes da contribuiccedilatildeo realizada por meio de suas experiecircncias
Para tal foram exploradas duacutevidas sobre a adequabilidade da organizaccedilatildeo
no emprego no apoio aos regimentos da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a
adequabilidade do material para apoio agrave mobilidade a organizaccedilatildeo adequada
para o emprego da engenharia e a comparaccedilatildeo com o emprego em outros
exeacutercitos as caracteriacutesticas dos meios de abertura de brecha e a respectiva
quantidade
421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo
A Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de Comando um
Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e trecircs
Pelototildees de Engenharia de Combate
Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto aos
elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos meios mais agrave
frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada eacute organizada
com meios destinados a atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da
frente de combate
Face agraves maiores necessidades da Brigada encontrarem-se junto aos elementos
de primeiro escalatildeo a Cia E Cmb distribui os seus pelototildees a partir do seguinte
caacutelculo total de pelototildees disponiacuteveis menos os pelototildees em apoio direto aos
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regimentos deve ser capaz de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando
trabalhos de interesse da Bda como um todo ser capaz de aumentar o apoio aos
elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva
quando empregada
Entretanto a engenharia da brigada atualmente possui trecircs pelototildees de
engenharia de combate para apoiar um tipo de operaccedilatildeo onde a Bda necessita
de apoio para ateacute trecircs peccedilas de manobra
No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos
Regimentos e sua impulsatildeo de ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos
naturais e artificiais
O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a
forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de
comando reforccedilo normalmente eacute adotada Situaccedilatildeo essa que o comandante da Cia
E designa normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada
Neste tipo de operaccedilatildeo as necessidades de apoio ao conjunto aumentam
sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo
com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao
emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo
Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de
Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de
Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de
Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate
Esta fraccedilatildeo executante da companhia atualmente possui dentre os seus
equipamentos apenas os de emprego em missotildees de construccedilatildeo natildeo blindados e
inadequados para emprego junto aos elementos empregados em primeiro escalatildeo
O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio eacute responsaacutevel por reforccedilar os Pel E Cmb
com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especial de engenharia (VBE)
equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e
equipamentos especializados na guerra com minas
Entretanto natildeo existe nas Cia E Cmb Mec viaturas especiais de engenharia
equipamentos para abertura de brecha para disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de
ferramentas pneumaacuteticas
O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto
Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas
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O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos
Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal
especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de
aacutegua
No Aproveitamento do Ecircxito o principal meio para reforccedilo das capacidades do
pelotatildeo eacute a viatura lanccediladora de pontes (sobre rodas de acordo com as informaccedilotildees
disponiacuteveis na literatura encontrada) a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro
O pelotatildeo de engenharia tem capacidade de realizar dentro de suas
possibilidade os trabalhos teacutecnicos de engenharia em proveito da brigada como um
todo ou da peccedila de manobra da arma-base apoiada
Composto por um grupo de comando e 3 Grupos de Engenharia (GE) estes
constituem-se nos elementos baacutesicos de trabalho do pelotatildeo
O Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de cortina de fumaccedila
trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista que a Cia E Cmb natildeo
possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e de explosivos e
trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus equipamentos de
engenharia (equipamentos inadequados para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo
possuem proteccedilatildeo blindada nem conseguem acompanhar os elementos apoiados)
Quando natildeo reforccedilados os pelototildees tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de
apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais consistem
em pequenas ferramentas de trabalho manual
No Apecircndice A questotildees 1 e 2 pode-se observar que eacute unacircnime entre os
militares que responderam que a Bda C Mec deve ser apoiada por um BE Cmb
Essa opiniatildeo foi apresentada pela comparaccedilatildeo com o Exeacutercito Vermelho do
Manual O Inimigo o qual representa um paiacutes que emprega engenharia de valor
batalhatildeo em apoio agrave brigada e pela comparaccedilatildeo com as Brigadas de Infantaria
Mecanizada que empregam a mesma quantidade de Unidades que as Brigadas de
Cavalaria Mecanizada
Dentre os comentaacuterios que contribuiacuteram para a justificaccedilatildeo do emprego de um
BE Cmb destacaram-se os seguintes
- ldquoCom essa organizaccedilatildeo o BE Cmb poderia empregar uma SU em apoio direto
aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo ainda uma
Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado (apoio ao conjunto) na Z Accedil da Bdardquo
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Esse comentaacuterio corrobora com a revisatildeo literaacuteria conforme capiacutetulo 3 ldquoa Cia
E Cmb menos esses elementos (os Pel E empregados em reforccedilo) deve ser capaz
de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da
Bda como um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda
ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregadardquo
No Apecircndice B questotildees 1 e 2 a grande maioria dos militares foram
partidaacuterios agrave necessidade de mudanccedila do escalatildeo em apoio de valor subunidade
para o valor unidade dentre os quais destaco o seguinte comentaacuterio
- ldquoEm que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai 16) prever uma E Bda Inf Mec
composta por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala de aula da
proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para Mnt do C2 por
parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar pesquisando essa situaccedilatildeo
sugiro uma composiccedilatildeo do BE Cmb Mec (ou Bld) de 4 Cia E Cmb a 2 Pel E Cmb e
1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC
Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o C2 por parte do Cmdo BE bem como a
emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de missotildeesrdquo
O comentaacuterio acima observou algo que o autor natildeo pesquisou mas que tem muita
relevacircncia para a pretendida anaacutelise que satildeo os reflexos da organizaccedilatildeo no
comando e controle
- ldquoEm minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o que
proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmicardquo
- ldquoDeve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel E com VB sobre
lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e VB com lagartas As
VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado em item anterior A
mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e rapidez no apoio
particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre
rodasrdquo
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A anaacutelise da Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada e as
companhias que reforccedilam os pelototildees de engenharia de combate em material e
pessoal permite verificar por meio da anaacutelise da organizaccedilatildeo e missatildeo a
importacircncia dessas fraccedilotildees no apoio aos regimentos por caber a estas aumentar a
capacidade dos Pel E Cmb a fim de possibilitar um eficiente apoio no
Aproveitamento do Ecircxito
Entretanto notou-se a inexistecircncia de materiais adequados para emprego na
operaccedilatildeo em pauta
A descriccedilatildeo do Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado fraccedilatildeo de
emprego da Cia E Cmb junto aos regimentos permite identificar a limitaccedilatildeo de sua
capacidade de apoio Esta ainda eacute mais reduzida quando natildeo reforccedilada por meios
adequados pelos Pel E Ap e Pel E Ass
422 Adequabilidade do material
O material de organizaccedilatildeo do terreno da Cia E Cmb inclusive as Viaturas
Blindadas Especiais de engenharia satildeo de responsabilidade do Pel E Ap Conforme
consta na seccedilatildeo 331 e com base na experiecircncia do proacuteprio autor que serviu em
uma Cia E Cmb Mec pode-se afirmar que essas viaturas natildeo existem no referido
pelotatildeo das Cia E Cmb Mec
E reafirmando o que consta na mesma seccedilatildeo natildeo existe nenhum outro meio
adequado que possua proteccedilatildeo blindada rapidez necessaacuteria para a execuccedilatildeo do
trabalho ou capacidade de acompanhar as VBR VBTP ou VBCCC
Na seccedilatildeo 331 O pelotatildeo de engenharia de apoio foi mencionada a
existecircncia de mineiros bem como o encargo do pelotatildeo em reforccedilar os Pel E Cmb
com os materiais de abertura de brecha Entretanto o uacutenico material existente no
pelotatildeo eacute o material para desminagem manual o que conforme complementado
pela seccedilatildeo 333 este meacutetodo eacute ldquoo menos preferiacutevelrdquo e quando tiver que ser
utilizada que seja somente para abrir trilhas
Conforme a seccedilatildeo 332 O pelotatildeo de equipagem de assalto o Pel Eq Ass eacute
responsaacutevel por armazenar os materiais relacionados agrave transposiccedilatildeo de curso
drsquoaacutegua como eacute o caso das Viaturas Blindadas Especiais lanccediladoras de pontes e os
feixe de tubos o que conforme jaacute afirmado pelo autor esses materiais natildeo existem
no Pel Eq Ass das Cia E Cmb Mec
79
De acordo com a mesma seccedilatildeo os meios existentes para transposiccedilatildeo satildeo
inadequados para emprego no aproveitamento do ecircxito tendo em vista a falta de
proteccedilatildeo blindada o excessivo tempo para montagem e a necessidade de vaacuterias
viaturas para conduccedilatildeo das partes para montagem
No Apecircndice A questatildeo 3 pode-se observar que a grande maioria
considera que eacute indispensaacutevel a utilizaccedilatildeo das viaturas blindadas especiais para o
cumprimento adequado do apoio de engenharia tendo como benefiacutecios o tempo de
execuccedilatildeo a proteccedilatildeo blindada e a baixa quantidade de militares para execuccedilatildeo do
trabalho No Apecircndice B questatildeo 3 todos os ex-comandantes das Cia E Cmb
concordaram com a maioria dos ex-comandantes dos regimentos
Dos comentaacuterios referentes a esta questatildeo destaco as seguintes
- ldquoEacute indispensaacutevel Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de Bda satildeo
totalmente ineficientes numa situaccedilatildeo de combate modernordquo
- ldquoEsses equipamentos BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia Erdquo
- ldquoA Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira de
Alta Mobilidade Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel de Eqp Eng
Bda Mec) e de Vtr Lanccedila-Pontes Sobre Rodas (REBS)rdquo
Concluo parcialmente em relaccedilatildeo agrave Variaacutevel Independente que eacute urgente
a necessidade de meios adequados conforme revisatildeo de literatura e respostas
dos questionaacuterios A e B sobre a ineficiecircncia dos meios existentes bem como
a falta de Viaturas Blindadas Especial para apoiar os regimentos empregados
em primeiro escalatildeo no aproveitamento do ecircxito
Outrossim que a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo
tem condiccedilotildees de realizar o apoio a uma Brigada de Cavalaria Mecanizada tanto
pela ausecircncia de meios quanto pela limitaccedilatildeo de fraccedilotildees disponiacuteveis para
cumprir suas missotildees de reforccedilo apoio ao conjunto e apoio suplementar
Portanto para apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute necessaacuterio
o apoio de engenharia de brigada seja prestado por um Batalhatildeo de Engenharia
de Combate Mecanizado
43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE
CAVALARIA MECANIZADA
80
No presente subitem seratildeo apresentadas as discussotildees referentes agrave Variaacutevel
Dependente a fim de identificar o apoio de Engenharia necessaacuterio para dar
mobilidade aos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada o qual eacute
imprescindiacutevel aos elementos de emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada
As ferramentas de pesquisa exploraram a experiecircncia dos militares
empregados diretamente seja como ldquofornecedorrdquo seja como ldquoclienterdquo desse apoio
no emprego com viaturas blindadas e com experiecircncia em curso de comandante de
subunidade no exterior
Para tal foram exploradas duacutevidas sobre o emprego da engenharia quanto a
organizaccedilatildeo a comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos a caracteriacutestica dos meios e
a quantidade de viaturas adequadas para apoio aos regimentos
431 Organizaccedilatildeo adequada
O Apecircndice A questotildees 6 e 7 contribui para a anaacutelise da organizaccedilatildeo da
engenharia que apoia a brigada principalmente pelos comentaacuterios dispensados em
cada questatildeo A grande maioria das respostas foi favoraacutevel agrave organizaccedilatildeo do BE
Cmb por duas Cia E Cmb uma dotada de VBE sobre lagartas e uma de VBE sobre
rodas e a maioria desfavoraacutevel a constituiccedilatildeo do batalhatildeo por duas Cia E a quatro
Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas
Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as
opiniotildees que culminaram em tal resultado
- ldquoEstamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C Mec
Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf Mec A
proposta do CMS (a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que apoacutes anaacutelise do
projeto decidiu junto com o COTER que o BE Cmb Mec deveria ter somente 2 Cia
Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo CMS Na visatildeo do CMS 2 Cia
apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria
no apoio a toda a brigada (demais OM em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa
decisatildeo de 2017 foi modificada a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as
duas Cia Eng (decisatildeo DEC COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3
Mec sobre rodas e 1 Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em
apoio aos Rgt em 1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE
81
Cmb Mec de Bda Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB
Portanto no BE Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem
somente VB sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng
deve possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve
possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBEL Pnt VBE com
implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas AC
etc)rdquo
As duas propostas realizadas pelo CMS estatildeo alinhadas com a maioria das
informaccedilotildees presentes neste trabalho
A primeira proposta poreacutem limita a possibilidade de decisatildeo do comandante
do batalhatildeo quanto ao emprego das unidades de acordo com a missatildeo O que limita
as capacidades do comandante da engenharia da brigada conforme descrito no
capiacutetulo 3 ldquoO comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na
conduta do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de
atender agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistasrdquo
No Apecircndice B questotildees 6 e 7 a grande maioria das respostas foi favoraacutevel
agrave organizaccedilatildeo proposta e a maioria favoraacutevel parcialmente agrave dotaccedilatildeo do batalhatildeo de
duas Cia E a quatro Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas
Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as opiniotildees
que culminaram em tal resultado
- ldquoSou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que
economiza meios e facilita o planejamentordquo
- ldquoConsidero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor (dotaccedilatildeo de VBE sobre
lagartas por todas as Cia E do batalhatildeo) A situaccedilatildeo do Paiacutes natildeo favorece estas
mudanccedilasrdquo
- ldquoo valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maiorrdquo
A partir dos comentaacuterios acima auxiliado pela experiecircncia do autor e alinhado aos
itens anteriores e agrave revisatildeo de literatura chegou-se agrave seguinte conclusatildeo
82
A sugestatildeo de uma organizaccedilatildeo ideal para o BE Cmb eacute a seguinte duas Cia E
Cmb uma dotada de VBTP sobre rodas em apoio aos RC Mec e uma Cia com
VBTP sobre lagartas em apoio ao RCB Isso justifica-se pelos seguintes motivos
- manutenccedilatildeo da natureza de cada Cia E Cmb permitindo assim o
acompanhamento dos regimentos por parte dos pelototildees (seja pela velocidade das
viaturas Guarani e Cascavel seja pela capacidade de transpor terrenos mais difiacuteceis
dos Leopard M113 e M60) e
- organizaccedilatildeo das companhias para emprego de um tipo de viatura (ou M113 ou
Guarani) facilitando a logiacutestica dentro da companhia
432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos
Embora a proposta inicial do trabalho fosse analisar a brigada de um exeacutercito
que tivesse uma estrutura semelhante a da Bda C Mec brasileira este autor natildeo
encontrou tal brigada
Para atingir esse objetivo foi realizada a comparaccedilatildeo com duas brigadas
distintas que se aproximam da estrutura desejada de forma diferente
Assim foram analisadas a brigada americana Stryker (SBCT) que eacute uma
Grande Unidade dotada de meios exclusivamente sobre rodas e a Brigada de
Infantaria Mecanizada da Alemanha que possui meios blindados e mecanizados em
suas tropas
A brigada Stryker possui as seguintes tropas da arma-base trecircs batalhotildees de
infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees um esquadratildeo de
cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de reconhecimento Stryker
conforme figura apresentada no capiacutetulo anterior
A engenharia que apoia a brigada eacute um batalhatildeo constituiacutedo de duas
companhias de constituiccedilotildees diferentes entre si
Uma Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees de engenharia de
combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo de apoio dotado de equipamentos de
abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas lineares (MICLIC) em
reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de comprovaccedilatildeo (rolo e arado)
A outra Cia E possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate
composto por trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e
83
um grupo de construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo
de minas)
Com base no estudo do MCoE Supplemental Manual 3-90 Force Structure
Reference Data de 2015 foi possiacutevel analisar que os meios utilizados na SBCT satildeo
basicamente viaturas leves caminhotildees cargo e viaturas Stryker por todos os
componentes da brigada excetuando-se apenas os equipamentos construccedilatildeo e
limpeza de vias de engenharia
O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas
das seguintes tropas de cavalaria e infantaria um batalhatildeo de reconhecimento
dotado de viaturas Fennek trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais
utilizam a viatura de combate Puma e um batalhatildeo de rifles que utiliza as viaturas
de combate multipropoacutesito Boxer GTK
Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado composto
por uma companhia de comando e apoio duas companhias de engenharia de
combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia e uma
companhia de pontes flutuantes
As companhias de combate satildeo compostas por um comando um pelotatildeo de
contramobilidade que constroacutei obstaacuteculos para barrar ou canalizar a forccedila inimiga
um pelotatildeo de abertura de brecha dotado de sistema de limpeza e da viatura Keiler
um pelotatildeo de eliminaccedilatildeo de municcedilatildeo que elimina artefatos explosivos e municcedilotildees
garantindo o traacutefego de tropas e um pelotatildeo de equipamentos responsaacutevel pelo
apoio agrave mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e
manutenccedilatildeo de estradas
A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas
blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de
engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais
conforme figura abaixo
A seguir satildeo apresentadas as viaturas componentes dessas brigadas com
seus respectivos pesos e velocidades viatura sobre rodas Fennek (103 ton e 115
kmh) Viatura de Transporte de Pessoal sobre rodas Fuchs (235 ton e 105 kmh)
utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate sobre lagartas Puma
utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Lanccedila-Pontes sobre lagartas
Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia sobre lagartas
84
Dachs (43 ton e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha sobre lagartas Keiler
(53 ton e 50 kmh)
Embora o trabalho tenha se desenvolvido de forma diferente do planejado
inicialmente este autor considera que foi positiva a anaacutelise pois duas brigadas
distintas de potecircncias beacutelicas que estatildeo sendo empregados em conflitos
atualmente apresentam diferentes formas de apoio
A brigada blindada alematilde mostrou uma proximidade maior agraves caracteriacutesticas da
brigada brasileira em razatildeo da mistura de meios sobre lagartas e sobre rodas o
que natildeo necessariamente conduz a mesma soluccedilatildeo
A anaacutelise permitiu afirmar que eacute possiacutevel o apoio a tropas mecanizadas por
uma engenharia dotada de meios sobre rodas como a Brigada Stryker
Por outro lado tambeacutem eacute possiacutevel que uma brigada mecanizada com viaturas
sobre rodas e viaturas sobre lagartas de classes diferentes e capacidades de
mobilidade diferentes seja apoiada por uma engenharia dotada de meios sobre
lagartas
Conforme Capiacutetulo 3 o apoio de engenharia agrave mobilidade dos regimentos
(RCB e RC Mec) atualmente eacute limitado ao emprego de equipamentos inadequados
para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito devido a inexistecircncia de
VBE
Considerando que na constituiccedilatildeo da brigada existe um RCB dotado de
VBCCC Leopard 1BR e VBCCC M60 A3-TTS foi analisado o emprego dos meios de
engenharia pelo exeacutercito americano e alematildeo onde natildeo foram encontradas
informaccedilotildees sobre apoio de engenharia com meios mecanizados para apoiar
viaturas blindadas sobre lagartas
De outra forma foi observado o emprego de meios especiais sobre lagartas
para apoio agraves tropas dotadas de viaturas sobre lagartas de classe consideraacutevel na
brigada alematilde - como as viaturas Dachs (43 ton) e as viaturas de combate Puma (43
ton) - e viaturas de grande mobilidade sobre rodas - como as viaturas Fennek (115
kmh) e Puma (105 kmh)
No Apecircndice C questotildees 1 2 e 3 foram apresentadas opiniotildees equilibradas
quanto ao emprego das VBE sobre lagartas e unanimidade para emprego dos tipos
de VBTP de acordo com a tropa apoiada (sobre rodas e sobre lagartas)
85
Com base nos comentaacuterios a seguir pretende-se responder agraves problemaacuteticas
levantadas com base na revisatildeo de literatura e reforccedilar as ideias que corroborem
com a proposta do autor
- ldquoA Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade
nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse
contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em
usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior
potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando
tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SRrdquo
Esse comentaacuterio explica como a Bda Inf Mec alematilde consegue realizar suas
missotildees sendo apoiada por um batalhatildeo de engenharia blindado que possui todas
as suas VBE construiacutedas sobre plataformas sobre lagartas E em relaccedilatildeo agrave
capacidade da VBE Eng a experiecircncia do autor permite testemunhar a favor da
afirmaccedilatildeo apresentada sobre a potecircncia e eficiecircncia que as VBE sobre lagartas
possuem e a restriccedilatildeo de trafegabilidade das viaturas sobre rodas no deslocamento
atraveacutes campo
- ldquonatildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das caracteriacutesticas de
terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que uma Vtr SL progrida
sobre o asfaltordquo
A afirmaccedilatildeo acima natildeo eacute verdadeira e seraacute respondida com base na
experiecircncia do autor As viaturas alematildes da famiacutelia Leopard inclusive as Leopard 2
que possuem maior classe satildeo deslocadas na Alemanha atraveacutes de estradas
asfaltadas O deslocamento sobre o asfalto natildeo eacute impedimento nem prejudicial agraves
viaturas sobre lagarta
No Apecircndice D questotildees 1 2 e 3 houve unanimidade quanto ao emprego de VBE
sobre lagartas e equiliacutebrio quanto agrave utilizaccedilatildeo de VBTP de mesmo tipo dos
elementos apoiados
Dos comentaacuterios apresentados foram selecionados os que seguem
86
- ldquoDependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode-se exigir a utilizaccedilatildeo de algum implemento
para apoiar a mobilidaderdquo
Esse comentaacuterio abre margem para avaliaccedilatildeo de uma proposta mais
audaciosa na qual deveria ser analisado o custo-benefiacutecio de empregarem-se
pelototildees embarcados em VBTP com implementos
Esse estudo deve avaliar inicialmente a capacidade de tal meio comportar o
sistema e um GE na mesma viatura e o custo de ter VBE sobre lagartas e VBTP
com implementos
Por falta de tempo para estudo de tal proposta o autor natildeo consideraraacute esta
proposta uma opccedilatildeo para este trabalho
- ldquoDevem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece
maior mobilidade atraveacutes terrenordquo
A utilizaccedilatildeo de VBTP M113 junto aos RC Mec eacute menos vantajoso pois
dificilmente o Pel E buscaraacute apoiar a mobilidade por caminhos natildeo utilizados pelas
VBPT Guarani por ser uma soluccedilatildeo de maior custo haja vista a quantidade de
viaturas que o pelotatildeo utiliza e por tornar-se uma opccedilatildeo de velocidade de apoio
Diferente do emprego das VBE sobre lagarta o emprego das VBTP sobre
lagarta natildeo traz ganho significativo nos trabalhos aleacutem de faacutecil identificaccedilatildeo visual
por parte do inimigo
As companhias do batalhatildeo de engenharia deveratildeo possuir VBTP sobre
lagartas e sobre rodas para apoiar respectivamente os RCB e os RC Mec Cabe
salientar entretanto que o emprego dessas VBTP natildeo devem ser de uso exclusivo
aos respectivos elementos devendo ser considerado seu emprego desta forma
apenas como mais adequado
Quanto agraves VBE o trabalho conduziu para que o batalhatildeo seja dotado de
viaturas sobre lagartas a fim de dotar os pelototildees de capacidade para organizaccedilatildeo do
terreno transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas e abertura de brecha em campo
minado atribuindo mobilidade adequada tanto para apoio aos RC Mec quanto para
apoio aos RCB pelos motivos jaacute analisados no capiacutetulo 42
87
Os materiais foram separados por tipo de trabalho realizado explorando as
necessidades de apoio dos regimentos da seguinte forma trabalhos de abertura de
brecha transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua e valas e trabalhos de organizaccedilatildeo do
terreno e desobstruccedilatildeo de vias
Das Viaturas Blindadas Especiais de abertura de brecha destacam-se as
seguintes
A Viatura americana M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de
Abertura de Brechas) construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams a qual eacute
dotada de dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) uma carga linear explosiva que
eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas
A viatura tem capacidade de lanccedilar uma carga explosiva atraveacutes de 100 a 150
metros destruindo minas bombas e IED sem expor a tripulaccedilatildeo que natildeo precisa
desembarcar Aleacutem disso a viatura possui um arado que permite complementar a
seguranccedila da brecha aberta por carga explosiva
O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado
como meio principal pois tem baixa resistecircncia Em meacutedia a cada trecircs minas
removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina implicando em sua
substituiccedilatildeo
A Viatura BMR-3M que consiste em uma viatura blindada russa baseada no
carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos que exercem um
peso superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as prematuramente Aleacutem dos
rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque magneacutetico e um sistema
jammer que impede o acionamento de explosivos controlados por raacutedio A
velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da densidade da mina e das
condiccedilotildees do solo
O sistema de rolo eacute apto para operar em solo seco e relativamente plano Aleacutem
disso deve ser utilizado como complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo
suporta entre trecircs a seis minas devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um
excelente sistema para identificaccedilatildeo do iniacutecio de um campo minado
A viatura alematilde Keiler a qual alega-se que limpa cerca de 98 das minas por
onde passa eacute equipada com um sistema composto por um rotor que eacute interligado a
88
vaacuterios pesos metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado
do solo realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas
explosivasEnquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o
local livre de minas
Viatura que apresenta alta eficiecircncia quando comparado ao MICLIC que natildeo
necessita de um meio complementar e que tem um baixo custo de utilizaccedilatildeo pois
seu sistema natildeo precisa ser recarregado a Viatura Keiler possui uma manutenccedilatildeo
simples apoacutes detonaccedilatildeo pois o acionamento prematuro das minas natildeo afeta seu
sistema podendo afetar peccedilas de faacutecil reposiccedilatildeo o que natildeo ocorre com o sistema
arado e rolo caso sejam utilizados sem complemento do meacutetodo explosivo
O sistema Python eacute um sistema britacircnico consiste em um reboque com uma
carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse
sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Bretanha
pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi
utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo
O implemento lacircmina para desminagem pode ser utilizado nas viaturas
meacutedias de rodas apresentando capacidade limitada de trabalho na remoccedilatildeo de
minas em superfiacutecies pavimentadas
O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um
sistema adicionado agraves viaturas sobre rodas que protege veiacuteculos do efeito de minas
e Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave
frente do veiacuteculo que realiza a abertura (Armytechnology)
Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas
atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para
acionamento de cargas explosivas
O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga
de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja
realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma
brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de
demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de
polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel
detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN)
Dos MEM para transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua ou valas destam-se
89
A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1
BR) eacute viatura modificada da versatildeo alematilde Panzerschnellbruumlcke 1 para o Brasil
Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de transportar montar (a
ponte eacute transportada em duas metades) e lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22
metros sobre um vatildeo de 20 metros
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no
chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m
em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta
viatura que realiza o lanccedilamento vertical tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC
fornecendo um niacutevel muito alto de proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de
consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas terrestres e contra agentes QBRN
A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para
transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a
partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem
a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros
A viatura que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo
semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de
gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional no
campo de batalha
O feixe de tubos ou Pipe Fascine ao ser colocado dentro de um Fosso
Anticarro (Fosso AC) estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo
permite a passagem de viatura sobre sua superfiacutecie cumprindo funccedilatildeo semelhante a
da ponte
Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de
Engenharia ou adaptada em outras viaturas ou reboques Uma necessidade para
lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste
ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes
ser lanccedilado
O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema para
viaturas sobre rodas que pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de
transporte de pessoal utilizadas pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens
em pequenos cursos drsquoaacutegua O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System)
por exemplo permite o lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13
metros
90
Dentre os MEM para organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias
destacam-se
Os sistemas lacircmina reta e escavadeira satildeo implementos que podem ser
instalados nas viaturas meacutedias de rodas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo
do terreno
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1
BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil
Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o
qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que realiza
trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de lacircmina de
apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos trabalhos
com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar cortes que
frouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com capacidade de
ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e solda e
policorteesmerilhadeira (Manual de operaccedilatildeo VBE Eng Leo 1 BR p 2)
Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura que seraacute apresentada a
seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada pela Alemanha devido a sua alta
qualidade
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a
versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo
anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que
pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas
junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas
eletromagneacuteticas
A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de
concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2
aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de uma
operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador
A Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa trabalhos com
escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma blindagem e proteccedilatildeo
contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo de armas pequenas e
projeacuteteis de artilharia
91
Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado de
grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento
rebocado Python
Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos ou
um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo)
De acordo com o que foi apresentado percebe-se que existe uma gama de
materiais disponiacuteveis no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar aos Pel E Cmb
das Cia E Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos
da Bda C Mec
Dentre eles como viatura para abertura de brecha destaca-se o Keiler viatura
que utiliza um sistema barato quando comparado ao MICLIC e completo quando
comparado agraves viaturas arado e rolo Outrossim a manutenccedilatildeo do seu sistema em
combate eacute simples de ser realizada por necessitar de troca de peccedilas de faacutecil
substituiccedilatildeo
Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt Biber
que jaacute eacute utilizada no Brasil e o feixe de tubos para o qual jaacute existem estudos no
Brasil sobre a possibilidade de fabricaccedilatildeo dos tubos Essa tambeacutem eacute uma soluccedilatildeo
barata e eficiente que adaptada sobre uma viatura em desuso como as VBCCC
Leopard 1 que estatildeo no Parque Regional de manutenccedilatildeo ou outra viatura que tenha
o chassi em boas condiccedilotildees de funcionamento onde seja adaptado um braccedilo com
funcionamento hidraacuteulico para lanccedilamento e remoccedilatildeo do feixe
Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as
viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende bem
as tropas blindadas
Este autor buscou apresentar algumas caracteriacutesticas principais desses
materiais buscando analisar pontualmente as funcionalidades dessas viaturas com
base nas capacidades miacutenimas que faltam nos Pel E Cmb que apoiam as Bda C
Mec As viaturas mencionadas possuem muitos outros benefiacutecios os quais natildeo
foram aprofundados por natildeo serem objetivo do presente estudo
433 Caracteriacutesticas dos meios
No Apecircndice A questatildeo 4 as respostas recebidas mostraram opiniatildeo
unacircnime em relaccedilatildeo agrave necessidade de dotar a Cia E Cmb Mec com ponte classe
92
que atenda tanto as VBTP-MR Guarani quanto as VBCCC Leopard (classe 45) e
VBCCC M60 A3-TTS (classe 55) caracteriacutestica que nem o sistema americano para
viaturas sobre rodas REBS possui Como jaacute mencionado na revisatildeo de literatura
esse sistema lanccedila ponte de classe 50
No Apecircndice A questatildeo 5 a grande maioria respondeu que o apoio de
engenharia aos regimentos por VBEL Pnt sobre lagartas eacute pertinente
Os comentaacuterios contribuiacuteram para complementar o raciociacutenio apresentado
pelas questotildees da seguinte forma
- ldquoA vantagem de se ter na OM Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de
VBE lanccediladora de ponte sobre lagartas seria que a mesma poderia atender
com maior mobilidade atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCBrdquo
No Apecircndice B questotildees 4 foi unacircnime a aceitaccedilatildeo da afirmativa que considera
que a classe da ponte da VBEL Pnt deve atender agrave classe da viatura de maior
classe (atualmente a VBCCC M60)
A anaacutelise dos comentaacuterios a seguir apresentados permitiratildeo uma explicaccedilatildeo mais
detalhada
- ldquoA Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros para
Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VBCCC M60 eacute uma soluccedilatildeo paliativa A
VBCCC Padratildeo do EB eacute o Leopardrdquo
Quanto a essa afirmativa foram consideradas duas situaccedilotildees a primeira fruto
da anaacutelise da atual situaccedilatildeo que paleativa ou natildeo eacute a existecircncia da Vtr M60 cuja
classe natildeo eacute suportada pela ponte do sistema REBS a outra fruto da anaacutelise de
uma situaccedilatildeo futura eacute que o Exeacutercito jaacute estaacute pensando no projeto de uma nova
VBCCC para substituir o Leopard 1A5 e consequentemente as viaturas Leopard 1
e o M60 Esse estudo natildeo definiu ateacute o momento entretanto a classe nem o
momento dessa substituiccedilatildeo
Destaco que a maior importacircncia dessa questatildeo foi identificar a opiniatildeo sobre
a capacidade do emprego de viaturas sobre lagartas em atender agraves necessidades
dos regimentos
93
No Apecircndice B questotildees 5 a maioria das respostas foram contraacuterias agrave
utilizaccedilatildeo de pontes lanccediladas por viaturas sobre rodas ao considerar sua falta de
capacidade de suporte agraves viaturas mais pesadas
A exploraccedilatildeo dos seguintes comentaacuterios apresentados permitiratildeo reforccedilar o
resultado atingido
- ldquoA classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves necessidades da
Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas deve ter capacidade de
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartasrdquo
Embora concorde com a afirmaccedilatildeo quando comparamos a diferenccedila de
capacidades entre as VBEL Pnt dos paiacuteses mais desenvolvidos verificamos a
dificuldade das viaturas sobre rodas proporcionarem semelhante capacidade
propiciada pelas sobre lagartas
Essa avaliaccedilatildeo eacute facilitada quando comparamos o implemento para viaturas
sobre rodas e a viatura sobre lagartas empregados pelo mesmo paiacutes
O sistema americano REBS que proporciona suporte para viaturas de classe
50 em vatildeos de ateacute 13 metros mostra-se muito inferior quando comparado agrave
capacidade da viatura Wolverine de lanccedilar uma ponte de classe 70 em vatildeo de ateacute
24 metros Quase o dobro de largura de vatildeo em relaccedilatildeo agrave ponte lanccedilada pelo
sistema REBS
Destarte a crescente demanda de pontes de maior classe torna niacutetidos os
benefiacutecios de investir-se em pontes de pequenas brechas de maior capacidade
- ldquoUm detalhe que deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de
velocidade e manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt
conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo ela
ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui elementos
de Man SL e SR a engenharia orgacircnica tambeacutem deva ter essa caracteriacutestica Assim
eacute vaacutelido pensar que nesse BE Cmb Mec deva existir no miacutenimo uma fraccedilatildeo E Cmb
Bld (SL)rdquo
Pode-se contrapor o referido comentaacuterio por meio da anaacutelise do emprego do
exeacutercito alematildeo o qual apoia a Bda Inf Mec com VBE sobre lagartas permitindo
94
afirmar assim que a utilizaccedilatildeo de tais meios no apoio aos elementos dotados de
viaturas sobre rodas natildeo impactaraacute no acompanhamento dos regimentos
Em complemento a essa anaacutelise pode-se analisar o procedimento
experimental que foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de Blindados constante no
Apecircndice E Com meios sobre lagarta um Pel E Cmb acompanhou toda a manobra
em ambiente virtual de um RC Mec da 3ordf Brigada de Cavalaria Mecanizada natildeo
sendo prejudicado seu apoio pela velocidade dos meios empregados
No Apecircndice C questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas tornando-se mais
adequado a anaacutelise dos comentaacuterios para avaliaccedilatildeo das questotildees propostas
- ldquoConcordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial para
a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em algumas
situaccedilotildees por Vtr SLrdquo
De acordo com o emprego realizado na Alemanha conforme capiacutetulo 3 o apoio
prestado pelas VBE sobre lagartas natildeo eacute um problema que afeta a funccedilatildeo de
combate Movimento e Manobrardquo
- ldquoNatildeo obstante agraves vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade
de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os
meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo ao
Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade natureza
da missatildeo e tipo de tropa apoiadardquo
Quanto agrave flexibilidade de apoio natildeo foi identificada a referida problemaacutetica mas as
vantagens estatildeo de acordo com o que o estudo identificou ateacute agora
No Apecircndice D questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas e devido agrave baixa
quantidade de respostas tornou-se mais adequado analisar seus comentaacuterios como
se segue
- ldquoEacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em
qualquer terreno mas por outro lado impacta enormemente na cauda logiacutestica
Insisto que as Bda C Mec devam manter suas caracteriacutesticas de velocidade
95
principalmente trafegabilidade e mobilidade Recordo que os meios sobre roda
garantem entre outras vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para
as Bda C Mec a velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees
baacutesicas de Rec e Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre
rodas eacute a configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C
Mec do EBrdquo
Do mesmo modo que nossas Bda C Mec a Bda Inf Mec alematilde eacute dotada de
viaturas leves e raacutepidas as quais necessitam ser acompanhadas e apoiadas
adequadamente pelos pelototildees de engenharia Portanto mais uma vez a
comparaccedilatildeo com o emprego da engenharia na brigada alematilde torna-se fundamental
para comprovar a eficiecircncia do apoio com VBE sobre lagartas
- ldquoA Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos
quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o RCB
seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo considerando a maior
diversidade de materiais nesta anaacuteliserdquo
Realmente o custo com suprimentos manutenccedilatildeo e complementando gasto
com combustiacutevel das viaturas sobre lagartas eacute maior que das viaturas sobre rodas
Todavia os benefiacutecios desse investimento seriam
- ganho na compra de um lote maior de viaturas sobre lagartas (quanto maior o
nuacutemero de viaturas menor seraacute o preccedilo)
- ganho em capacidade de trabalho (as viaturas sobre rodas possuem muitas
limitaccedilotildees para a VBEL Pnt a limitaccedilatildeo de classe e para as VBE Eng e VBE
desminagem capacidade muito inferior de utilizar os equipamentos como lacircmina
escavadeira o arado ou rolo atraveacutes campo onde a traccedilatildeo eacute extremamente
necessaacuteria
- ganho na proteccedilatildeo no qual destaca-se em relaccedilatildeo agraves VBTP por ser um meio
mais nobre para as forccedilas amigas e compensador para as inimigas e pela maior
necessidade de exposiccedilatildeo aos fogos haja vista que em operaccedilotildees de abertura de
passagem esse meio seraacute conduzido agrave frente para a realizar a reduccedilatildeo dos
obstaacuteculos
96
434 Quantidade de VBE por BE Cmb
No Apecircndice C questatildeo 6 houve uma aceitaccedilatildeo maior que reprovaccedilatildeo o
que poderaacute ser complementado pela anaacutelise dos comentaacuterios que se seguem
- ldquoDeve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de
manobra a apoiar mas tambeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em que a
Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-se desdobrar
em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades maacuteximas de comando e
controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse levantamento pode-se traccedilar melhor
as necessidades totais de meios de Eng para apoio inclusive com os meios
reservasrdquo
- ldquoPara realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os
batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a necessidade de
uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como implemento para as Vtr
da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito americano como um modelo
(uma ideia) seria interessante ter uma Vtr especializada de engenharia como os
ABV que jaacute possuem o miclic e o arado na mesma Vtrrdquo
A primeira afirmativa talvez seja a situaccedilatildeo ideal de apoio de uma engenharia
de brigada entretanto para se atingir a capacidade miacutenima de apoio a dotaccedilatildeo de
VBE natildeo precisa atingir cada zona de accedilatildeo mas cada regimento empregado pela
brigada com no miacutenimo um meio principal e um reserva
De acordo com o estudo dos meios do exeacutercito americano verifica-se que sua
engenharia de brigada natildeo tem meios para apoiar cinco zonas de accedilatildeo limitando-se
ao apoio das companhias por unidade Desta forma a complementariedade desse
apoio cabe agrave engenharia de divisatildeo agrave brigada
Em relaccedilatildeo a segunda proposiccedilatildeo pela proximidade das caracteriacutesticas da
brigada faz-se mais conveniente analisar a quantidade de meios do batalhatildeo da
Alemanha que dos Estados Unidos
Desta forma identifica-se que cada companhia do batalhatildeo de engenharia da
Alemanha aleacutem de sistema de lanccedilamento de minas e botes de assalto deteacutem 3
(trecircs) viaturas lanccediladoras de ponte 2 (duas) viaturas de abertura de brecha 2 VBE
Eng
97
Esta distribuiccedilatildeo mostra-se coerente com a miacutenima necessidade dos
regimentos da Bda C Mec os quais precisam ser apoiados com no miacutenimo duas
VBE Eng e duas viaturas de abertura de brecha no caso de emprego de dois
esquadrotildees em primeiro escalatildeo
A dotaccedilatildeo de 3 VBEL Pnt tambeacutem justifica-se pois atende a necessidade de
transposiccedilatildeo em trecircs locais simultaneamente ou em dois locais permanecendo com
uma viatura em reserva primando pela seguranccedila da operaccedilatildeo
De acordo com o acima exposto conclui-se que as companhias do batalhatildeo de
engenharia necessitam de trecircs VBEL Pnt duas VBE Eng e duas viaturas para
abertura de brecha
Como conclusatildeo da anaacutelise da Variaacutevel Dependente de acordo com o que
foi analisado concluo parcialmente que o batalhatildeo de engenharia da brigada
composto por duas Companhia Engenharia de Combate deve ter 4 Pelototildees
de Engenharia de Combate por companhia para as cumprir as missotildees de
apoio direto reforccedilo apoio suplementar e apoio ao conjunto
Com base na anaacutelise das brigadas de outros exeacutercitos eacute possiacutevel a
utilizaccedilatildeo de meios sobre lagartas e sobre rodas mesmo que elas tenham
classes e capacidades de mobilidade diferentes para apoio agraves Brigadas de
Cavalaria Mecanizada
Atualmente os meios de dotaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec satildeo inadequados
para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e a inexistecircncia de
viaturas blindadas especiais de engenharia restringe suas capacidades de
apoio sob fogos diretos mesmo de armas de baixo calibre
Para solucionar este problema pocircde-se observar a existecircncia de
materiais no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar os Pel E Cmb das Cia E
Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos da
Bda C Mec
Dentre eles destaca-se a viatura para abertura de brecha Keiler viatura
que utiliza um sistema barato e capaz de realizar sozinha a abertura completa
com manutenccedilatildeo simples
Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt
Biber e o sistema de feixe de tubos A primeira por ser um material eficiente
que jaacute eacute empregado pelas Brigadas Blindadas e a segunda por ser um
98
sistema barato e de faacutecil implementaccedilatildeo em viaturas repotencializadas como
as viaturas Leopard 1 desde que tenham seus sistemas baacutesico em
funcionamento
Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as
viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende
bem as tropas blindadas
De acordo com a anaacutelise realizada o BE Cmb Mec necessita dos
seguintes materiais para reforccedilo das Cia E Cmb 6 (seis) VBEL Pntcom duas
pontes cada 4 (quatro) VBE Eng 4 (quatro) Viaturas lanccediladoras de feixe de
tubos e 4 (quatro) viaturas para abertura de brecha
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5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES
A presente dissertaccedilatildeo de mestrado classificada quanto agrave sua forma de
abordagem como qualitativa e quanto ao objetivo geral como exploratoacuteria e
descritiva teve como tema a A Engenharia de combate da Brigada de Cavalaria
Mecanizada Uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos
empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas
O problema central da pesquisa balizou o desenvolvimento do trabalho para
atingir o objetivo geral direcionando-o para o desenvolvimento da proposta mais
adequada de emprego da engenharia no apoio agraves Brigadas de Cavalaria
Mecanizada
Embora tenha sido observada a inexistecircncia de algumas bibliografias a
pesquisa bibliograacutefica permitiu atingir plenamente os objetivos especiacuteficos
relacionados agraves questotildees de estudo acima enumeradas
Nessa fase foram analisados os conceitos receacutem introduzidos no Exeacutercito os
materiais adquiridos e em desenvolvimento atraveacutes dos Projetos Leopard e
Guarani a organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a Companhia de
Engenharia de Combate
Por meio deste estudo foram identificadas as capacidades e limitaccedilotildees dos
elementos empregados em primeiro escalatildeo pela brigada e as capacidades
previstas para o apoio dos Pelototildees de Engenharia desta companhia no apoio em
Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Observou-se a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas capacidades e limitaccedilotildees dos Pel
E Cmb identificando os materiais existentes para apoio agrave mobilidade dos
Regimentos e a necessidade de reforccedilos pela Cia E Cmb a fim de realizar um apoio
efetivo
Apoacutes o referido estudo buscou-se complementar os estudos de revisatildeo
bibliograacutefica com a aplicaccedilatildeo de questionaacuterios e procedimento experimental
Para cumprir esse objetivo os questionaacuterios foram enviados a comandantes e
ex-comandantes dos regimentos de cavalaria e companhias de engenharia das
Brigadas de Cavalaria Mecanizada os quais tinham experiecircncia no emprego das
tropas estudadas
Em complemento agrave experiecircncia dos grupos citados foram enviados
100
questionaacuterios aos oficiais de engenharia e instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de
Blindados que realizaram curso de comandante de subunidade nos Estados Unidos
ou na Alemanha a fim de contribuiacuterem com experiecircncias e conhecimentos
adquiridos nesses paiacuteses
Desta forma identificou-se a limitaccedilatildeo em meios e em pessoal e
consequentemente ineficiecircncia da companhia de engenharia em realizar um apoio
adequado em uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e ainda apresentar
condiccedilotildees de realizar trabalhos de apoio ao conjunto suplementar e ficar em
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada
Desta feita foram analisadas soluccedilotildees em material e emprego capazes de
tornar o apoio da engenharia suficiente agraves necessidades miacutenimas e imediatas dos
regimentos Assim a anaacutelise seguiu os indicadores e dimensotildees da Variagravevel
Independente e Dependente as quais foram medidas de acordo com as questotildees
constantes nos apecircndices conforme quadros 1 e 2 das Definiccedilatildeo operacional das
variaacuteveis
Isto posto a fim de adequar o emprego e os meios da engenharia da brigada
identificou-se a necessidade de propor uma nova organizaccedilatildeo a fim de solucionar
as suas limitaccedilotildees Com isso concluiu-se que se faz necessaacuteria a mudanccedila do
apoio de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada para um
Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
Para o adequado apoio do Batalhatildeo junto aos Regimentos dotados de
viaturas mecanizadas e blindadas questionou-se a caracteriacutestica dos meios a serem
empregados pela engenharia
A soluccedilatildeo desta questatildeo foi amparada no estudo realizado por meio de
revisatildeo bibliograacutefica pelo procedimento experimental pelas respostas dos
questionaacuterios e seus comentaacuterios
Todos esses procedimentos e instrumentos direcionaram a proposta para a
estrutura de um BE Cmb a duas companhias com quatro pelototildees cada Uma
companhia deve ser dotada de VBTP sobre rodas para apoiar os RC Mec e a
companhia dotada de VBTP sobre lagarta deve apoiar o RCB e se for necessaacuterio
ficar em condiccedilotildees de apoiar o RC Mec
O procedimento experimental contribuiu para identificaccedilatildeo de uma suporte
adequado agrave brigada o qual foi realizado pela Seccedilatildeo de Simuladores do Centro de
Instruccedilatildeo de Blindados por meio do Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual
101
(TTAV) o qual realizou um treinamento com emprego de um RC Mec de uma Bda C
Mec em um Movimento Retroacutegrado que mesmo tendo sido aplicado um tipo
totalmente diferente da operaccedilatildeo em questatildeo permitiu a anaacutelise da capacidade das
viaturas blindadas sobre lagartas no acompanhamento das viaturas blindadas sobre
rodas no cumprimento de suas missotildees
Esse treinamento contribuiu para corroborar com a anaacutelise realizada na
doutrina alematilde que permitiu afirmar que os meios sobre lagartas utilizados pela
engenharia tem condiccedilotildees de apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada mesmo
quando esses meios satildeo empregados junto a um RC Mec
Outrossim chegou-se agrave identificaccedilatildeo dos meios que o Batalhatildeo de
Engenharia de Combate Mecanizado deve possuir para reforccedilar em meiois os Pel E
Cmb de acordo com as necessidades de apoio dos Regimentos de uma Bda C Mec
no Aproveitamento do Ecircxito quais sejam quatro VBE Eng quatro VBE de abertura
de brecha (do tipo Keiler) e seis VBEL Pnt (com duas pontes cada) todas sobre
lagartas
Com as conclusotildees do presente trabalho pretende-se adequar o apoio
prestado pela engenharia da brigada por meio da adequaccedilatildeo de seu emprego e de
seu material e refletindo na sua organizaccedilatildeo a fim de capacitaacute-la a apoiar os
elementos empregados em primeiro escalatildeo pela Brigada de Cavalaria Mecanizada
Como soluccedilatildeo praacutetica o autor apresenta no Anexo B a proposta consolidada
em uma Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash
As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees a qual se apresenta
como base para modificaccedilatildeo do emprego da engenharia da brigada e
consequentemente servir de embriatildeo de um novo manual
Uma sugestatildeo para a experimentaccedilatildeo doutrinaacuteria eacute a transformaccedilatildeo da 3ordf
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada de Dom Pedrito-RS em
batalhatildeo a fim de aproveitar as instalaccedilotildees atuais as quais eram de utilizadas pelo
14ordm Regimento de Cavalaria Mecanizada
O presente trabalho explorou a adequaccedilatildeo do apoio de engenharia da Bda C
Mec a partir da anaacutelise do seu emprego e do seu material no apoio aos elementos
em primeiro escalatildeo em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Outros estudos se fazem necessaacuterios para complementar as capacidades
necessaacuterias a esse batalhatildeo Dessa maneira o autor recomenda por meio do
QUADRO 17 a seguir os seguintes temas
102
QUADRO DE PROPOSTA PARA NOVAS PESQUISAS NA ESAO
Tema sugerido Especialista recomendado
BE Cmb de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma proposta de Quadro de Dotaccedilatildeo de Material (QDM) e Quadro de Cargos Previstos (QCP)
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
Equipagens para transposiccedilatildeo de curso drsquoaacutegua adequaccedilatildeo dos meios de transposiccedilatildeo de uma Bda C Mec
Militar de engenharia que tenha comandado uma Companhia de Engenharia de Pontes
TTP do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado na Operaccedilatildeo de Abertura de Passagem
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
Emprego de feixe de tubos em viaturas blindadas para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas
Oficial que tenha experiecircncia com blindados
Viatura de Abertura de Brecha Keiler Uma viatura para solucionar uma deficiecircncia da engenharia brasileira
Oficial de engenharia com curso de desminagem preferencialmente habilitado em
alematildeo
O emprego de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio na Companhia de Engenharia de Combate de um BE Cmb Mec Uma sugestatildeo de dotaccedilatildeo de meios de emprego junto aos elementos em primeiro escalatildeo pela Cia E Cmb
Oficial que tenha servido em Batalhatildeo de Engenharia preferencialmente que tenha
comandado uma Companhia de Comando e Apoio
Doutrina do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado da Brigada de Cavalaria Mecanizada
Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada
QUADRO 17 - Propostas de novas pesquisas relacionadas ao apoio de engenharia agrave uma Bda C Mec Fonte O autor
______________________________ Saulo dos Santos Marques
Capitatildeo de Engenharia
103
REFEREcircNCIAS
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104
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______ _______ ______ EB20-MC-10208 proteccedilatildeo 1 ed Brasiacutelia DF 2015b
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109
APEcircNDICE A ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-
COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que jaacute foi comandante de Regimento de Bda C Mec eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
110
A ndash ESCALAtildeO DE APOIO DE ENGENHARIA
1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual
descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a
Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia
Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a
Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a
engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb
Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES
1 Com essa organizaccedilatildeo o BE Cmb Mec poderia empregar uma SU em apoio
direto aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo
ainda uma Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado na Z Accedil da Bda
111
2 Penso que o ideal seria um BE Cmb Mec a 3 Cia com 4 Pel E Cmb cada
permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra da Bda com uma SU Caso a
Bda receba o RC Mec divisionaacuterio deve receber tambeacutem uma SU Eng Cmb
da Divisatildeo
3 Essa eacute dosagem miacutenima tendo em vista a envergadura e pletora de meios da
tropa apoiada
2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia
de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base
nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave
engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo
de valor de um BE Cmb
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
112
1 Embora concorde com a organizaccedilatildeo sugerida no quesito anterior acredito
que natildeo se deva tomar por base uma organizaccedilatildeo do inimigo feita com
finalidades especiacuteficamente escolares A organizaccedilatildeo a ser considerada eacute
aquela adotada por potenciais ameaccedilas
2 Utilizando a mesma dosagem de uma Cia Eng Cmb por Elemento de
manobra valor Batalhatildeo ou Regimento
B ndash QUANTO AOS MEIOS
3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt
Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo
viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos
apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo
com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa
afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo
em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas
ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
113
Comentaacuterio das opiniotildees
1 A Bda C Mec conduz por suas caracteriacutesticas operaccedilotildees de movimento
Destarte todos os meios que facilitem o movimento satildeo importantes para ela
2 Haveria dificuldade de acompanhamento dos Elm 1ordm Esc pela velocidade de
deslocamento
3 Eacute INDISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios pela Eng da Bda
C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS
4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a
possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60
e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe
superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave
classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos
de viaturas
114
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Essa eacute uma assertativa bastante oacutebvia Os meios de transposiccedilatildeo devem
assegurar o movimento de todas as Vtr empregadas pela Bda C Mesc
2 Quem apoia mais apoia menos Esse um princiacutepio que atende plenamente ao
princiacutepio de guerra de economia de meios
5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de
transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente
que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
115
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Volto agrave resposta dada no quesito anterior Os meios de Eng devem ser
necessaacuterios e suficientes para assegurar que TODAS as Vtr da Bda
transponham o obstaacuteculo Como estaacute colocada a questatildeo seria concordar
com que o RCB principal elemento de forccedila da Bda natildeo pudesse empregar
seus CC
2 Sobre a afirmativa eacute bom lembrar as VBE Lccedil Pnt devem deslocar-se com
suas pontes somente em pequenos trechos no compartimento de combate
ateacute o local de lanccedilamento (essas pontes satildeo equipamentos fraacutegeis natildeo
devendo ser deslocadas sobre a VB por longos trechos) Ateacute a aproximaccedilatildeo
desse compartimento as pontes devem ser transportadas em pranchas e se
possiacutevel as VBE Lccedil Pnt sobre lagarta tambeacutem A vantagem de se ter na OM
Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de VB lanccediladora de ponte
sobre lagartas seria que a mesma poderia atender com maior mobilidade
atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCB Essa VB sobre lagarta
deveria como jaacute foi dito possuir uma viatura Cavalo Mecacircnico com prancha
para a aproximaccedilatildeo da VB ateacute o compartimento de combate (onde deveraacute
lanccedilar a Pnt ) e outra para transportar no miacutenimo as suas trẽs pontes de
pequena brecha
116
3 A Eng da Bda deve ter condiccedilotildees de apoiar o movimento de TODOS os meios
da Bda
D ndash SUGESTOtildeES
6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por
um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o
RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais
capacitada a apoiar os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Ver resposta do quesito seguinte
2 Estamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C
Mec Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf
Mec A proposta do CMS ( a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que
apoacutes anaacutelise do projeto decidiu junto com o COTER que o BECmb Mec
117
deveria ter somente 2 Cia Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo
CMS Na visatildeo do CMS 2 Cias apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma
com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria no apoio a toda a brigada (demais OM
em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa decisatildeo de 2017 foi modificada
a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as duas Cia Eng (decisatildeo DEC
COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3 Mec sobre rodas e 1
Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em apoio aos Rgt em
1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE Cmb Mec de Bda
Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB Portanto no BE
Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem somente VB
sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng deve
possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve
possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBE LccedilPnt VBE com
implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas
AC etc)
3 Estudar se uma Cia eacute suficiente para apoiar os dois R C Mec
4 Na minha opiniatildeo o Batalhatildeo de Engenharia deveria ter 3 Cia sendo duas
dotadas de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas para apoiar os dois RC
Mec e uma dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagarta para apoiar
o RCB permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra valor Regimento da
Bda
7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia
a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas
companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
118
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o
que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica
2 Ver observaccedilatildeo do item anterior
3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel
E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e
VB com lagartas As VBE Lccedil Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute
citado em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior
flexibilidade e rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec
como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre rodas
4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de
mobilidadevelocidade igual ou superior
5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1
Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento
orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng
na Boa C Mec Cabe ressaltar que um incremento (transformaccedilatildeo de Cia para
119
Btl) impacta outros sistemas operacionais da Bda (principalmente o logiacutestico)
acarretando uma mudanccedila quase impossiacutevel na Brigada
120
APEcircNDICE B ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-
COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que jaacute foi comandante de Companhia de Engenharia de Bda C Mec
eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
121
A ndash ESCALAtildeO DA ENGENHARIA DA BDA C MEC
1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual
descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a
Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia
Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a
Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a
engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb
Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES
1 Natildeo vejo a necessidade das Cia E Cmb Mec possuam os 04 Pel E Cmb
acredito que 03 Pel E Cmb jaacute seriam adequados
2 Doutrinariamente sim Em tempo de paz acredito que um Batalhatildeo de
Engenharia com 01 Cia E Cmb cumpre bem a missatildeo
122
3 Nas atuais condiccedilotildees do Paiacutes seria muito difiacutecil a migraccedilatildeo de Cia E Cmb
Mec para BE Cmb Mec
4 Em que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai16) prever uma E Bda Inf
Mec compota por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala
de aula da proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para
Mnt do C2 por parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar
pesquisando essa situaccedilatildeo sugiro uma composiccedilatildeo do BECmb Mec (ou Bld)
de 4 CiaECmb a 2 Pel E Cmb e 1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em
Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o
C2 por parte do Cmdo BE bem como a emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de
missotildees
5 A engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE
Cmb Mec a 3 companhias de 3 Pel E Cmb cada
2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia
de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base
nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave
engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo
de valor de um BE Cmb
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
123
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o
que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica
2 Ver observaccedilatildeo do item anterior
3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel
E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e
VB com lagartas As VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado
em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e
rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP
(Pel E) e VBE Eng sobre rodas
4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de
mobilidadevelocidade igual ou superior
5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1
Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento
orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng
B ndash QUANTO AOS MEIOS
124
3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt
Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo
viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos
apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo
com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa
afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo
em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas
ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterio das opiniotildees
1 O Guarani assim como a Viatura Stryker veiacuteculo das tropas mecanizadas
Norte-Americanas deveria possuir os implementos de engenharia
necessaacuterios para a realizaccedilatildeo de abertura de passagem A abertura de
passagem deveria assim como ocorre com a transposiccedilatildeo de curso daacutegua
deveria ser encarada como uma operaccedilatildeo que possui como uma de suas
fases a reduccedilatildeo do obstaacuteculo a ser transporto
125
2 A proteccedilatildeo blindada eacute fundamental para o combatente mecanizado
3 A Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira
de Alta Mobilidade e Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel
de Eqp Eng Bda Mec) e de Vtr Lanccedila Pontes Sobre Rodas (REBS)
4 Eacute INDISPENSAacuteVEL Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de
Bda eacute totalmente ineficiente numa situaccedilatildeo de combate moderno
5 Eacute possiacutevel afirmar que eacute INDISPENSAacuteVEL no combate moderno a utilizaccedilatildeo
desses meios
6 Esses Eqp BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia E
C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS
4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a
possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60
e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe
superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave
classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos
de viaturas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
126
Comentaacuterio das opiniotildees
1 Com certeza
2 A Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros
para Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VB CC M60 eacute uma soluccedilatildeo
paliativa A VB CC Padratildeo do EB eacute o Leopard
3 Na distribuiccedilatildeo dos meios entre as fraccedilotildees que estaratildeo em Ap Pccedil Man as
que estaratildeo em Ap Fraccedilotildees de Guarani poderatildeo receber Pnt P Bre de menor
classe Ou seja poderatildeo haver Pnt P Bre de classes diferentes Todavia eacute
interessante que a VBL Pnt tenha capacidade de lanccedilar a de maior classe
4 Elas jaacute possuem essa capacidade
5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de
transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente
que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a
transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
127
Comentaacuterio das opiniotildees
1 A classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves
necessidades da Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas
deve ter capacidade de transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas
2 Uma Brigada Mecanizada possui meios SR e SL Logo um BE Cmb Mec
deve possuir meios SR e SL
3 As VBLPnt sobre lagartas devem ser utilizadas para Bda Bld As VBLPnt
sobre rodas devem ser utilizadas para as Bda Mec
4 Acredito que existam VBEL Pnt sobre rodas que tenha capacidade de
transportar Pnt com Classe para blindados sobre lagartas Um detalhe que
deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de velocidade e
manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt
conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo
ela ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui
elementos de Man SL e SR a engenharia Orgacircnica tambem deva ter essa
caracteriacutestica Assim eacute vaacutelido pensar que nesse BECmbMec deva existir no
miacutenimo uma Fraccedilatildeo E Cmb Bld (SL)
5 O apoio da engenharia ao combate deve ser inexoraacutevel podendo o Batalhatildeo
possuir os dois tipos de Vtr Lccedil Pnt sobe rodas e sobre lagartas
128
D ndash SUGESTOtildeES
6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por
um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o
RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais
capacitada a apoiar os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Natildeo vejo necessidade dessa especializaccedilatildeo das Cia Acredito que elas
devem ter as mesmas capacidades e estar aptas a transpor qualquer tipo de
tropa da Bda C Mec
2 Conforme comentaacuterio anterior
3 Como jaacute apresentei seria mais interessante no miacutenimo 01 CiaECmbBld em
Ap RCB e 02 CiaECmbMec em Ap aos 2 RCMec
129
4 Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado
por um Batalhatildeo a 3 Companhias de 3 Pelototildees sendo uma Cia E Cmb
dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a
apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre rodas mais capacitadas a apoiar os RC Mec
7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia
a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas
companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais
sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Sou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que
economiza meios e facilita o planejamento
130
2 Considero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor A situaccedilatildeo do Paiacutes
natildeo favorece estas mudanccedilas
3 Semelhante ao exposto no item 5 um Ap Eng SL a uma fraccedilatildeo C Mec em
situaccedilatildeo de deslocamentos sobre eixos pavimentados ou natildeo poderaacute ser
retardado em relaccedilatildeo aacute velocidade alcanccedilada pelas Vtr SR Aleacutem disso o
valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maior
4 Eacute pertinente afirmar que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seraacute mais
adequado se for realizado por um Batalhatildeo a 3 Companhias com 3 Pelototildees
cada sendo uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre
lagartas mais capacitada a apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de
Viaturas Blindadas Especiais sobre Rodas mais capacitadas a apoiar os RC
Mec
5 Lembre-se que a Cia poderaacute solicitar apoio agrave ED Para a realidade do nosso
Exeacutercito uma Cia E bem equipada cumpriria sua missatildeo
131
APEcircNDICE C ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE
ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA
ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que realizou o curso de comandante de subunidade de engenharia
nos EUA ou Alemanha eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
132
A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS
Figura 1 - Viatura Fennek
Figura 2 - Viatura Dingo
Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas
133
1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais
satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada
utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas
Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para
abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As
viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as
apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C
Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M
60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha
empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo parcialmente pois sou partidaacuterio do emprego da Unidade como um
todo Desta feita as Vtr desta unidade precisam ter as mesmas
caracteriacutesticas ou seja todas SR ou todas SL Os RCB componentes da Bda
C Mec satildeo formados por dois Esqd Fuz (dotados de M 113) e dois Esqd CC
(dotados de Leopard) desta forma atendendo a premissa de que todas as Vtr
134
desta OM possuem a mesma caracteriacutestica de traccedilatildeo Nesta situaccedilatildeo
acredito que a situaccedilatildeo ideal seraacute que ela possua VBC Eng SR para Ap os
RC Mec e VBC Eng SL para Ap o RCB
2 A Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade
nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse
contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo
em usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem
maior potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e
poupando tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para
VBE Eng SR
3 As Bda Inf Mec e C Mec tem como caracteriacutestica a velocidade de seus meios
O emprego de Vtr mais lentas natildeo apenas pela engenharia mas pelos seus
demais Elm de apoio resultaria em fator limitador para as operaccedilotildees
4 Primeiramente para realizar a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio compreender a
constituiccedilatildeo das Bda Mec e Bld alematildes bem como quais as missotildees
destinadas a esse tipo de GU Acredito que e as Vtr Dingo natildeo sejam as
uacutenicas Vtr utilizadas pela Bda em questatildeo Considerando as Vtr empregadas
pelas fraccedilotildees que devem Rlz a accedilatildeo principal devemos considerar a mesma
natureza de mobilidade e proteccedilatildeo blindada para o apoio de engenharia
2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os
Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas
(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas
viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou
estrada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
135
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo deste que seja atendida o preacute requisito do item anterior ou seja
que a Eng desta Bda possua VBC Eng tanto SR quanto SL
2 O transporte dos Elm Eng seratildeo nesse caso adequados para o tipo de tropa
apoiada
3 Deve ser verificada a necessidade de transporte de outros materiais
(ferramentas) para o emprego do Pel E Cmb Nesse caso eacute possiacutevel admitir
uma variante dos modelos do veiacuteculos
B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC
3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e
capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de
mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a
princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard
1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso
AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate
elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego
junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das
viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas
136
operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade
superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre
lagartas ao R C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo parcialmente pois acho muito arriscado vocecirc considerar como
verdade absoluta que natildeo haveraacute velocidade superior a 60 kmh em uma Op
Ofensiva Acredito que a velocidade meacutedia da operaccedilatildeo realmente natildeo seraacute
superior a 60 kmh mas em alguns trechos acredito que a velocidade
necessaacuteria para manter a impulsatildeo da Op poderaacute ser superior a 60 kmh
Aleacutem disso natildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das
caracteriacutesticas de terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que
uma Vtr SL progrida sobre o asfalto
2 Reitero o abordado no item 1 em que a Bda C Mec eacute apta a atuar em
operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural
ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse contexto que as Vtr Eng satildeo
137
empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em usar meios SL para a Bda
C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior potecircncia para a remoccedilatildeo de
obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando tempo nessa atividade o que
pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SR
3 A mobilidade da tropa natildeo pode levar em conta apenas a velocidade de
deslocamento Uma VBE Eng Leopard possui Classe 45 enquanto os
Guarani apenas Cl 20 O emprego em conjunto dos dois meios traz consigo a
necessidade de meios de Tva como Pnt P Bre Prtd etc com maior
capacidade de suporte apenas para atender uma pequena parcela das Vtr da
Bda uma vez que a dotaccedilatildeo prevista para o BE Cmb Mec atualmente eacute de 6
VBE Eng e 4 VBE L Pnt
4 Eacute necessaacuterio que o apoio agrave manobra possua a mesma mobilidade A Manobra
natildeo pode ser regulada pela limitaccedilatildeo das peccedilas de apoio
C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA
4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura
que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que
empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas
Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego
das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o
terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas
Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes
limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a
uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o
RCB e duas Cia E Cmb apoiariam os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas
por todas as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
138
V
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Concordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial
para a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em
algumas situaccedilotildees por Vtr SL
2 Natildeo obstante as vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade
de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os
meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo
ao Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade
natureza da missatildeo e tipo de tropa apoiada
3 O emprego de Vtr especializadas de Eng permite um melhor apoio aos Elm
manobra mas esse apoio seria adequado tambeacutem com o emprego de Vtr SR
4 Para poder proceder a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio realizar os mesmos fatores
de comparaccedilatildeo As Bda Stryker no exeacutercito dos EUA eacute uma brigada de
infantaria Mec A Bda C Mec do Brasil eacute de cavalaria A principal diferenccedila
entre essas Bda eacute o tipo de missatildeo a ser realizada por cada uma e por
consequecircncia pode haver variaccedilatildeo no tipo de Vtr Normalmente os RCB e os
RC Mec formam uma FT e dessa forma o apoio de engenharia seraacute definido
139
pela missatildeo Cabe ressaltar que as Bda C Mec possuem 01 Cia E Cmb Mec
portanto o apoio aos Regimentos deveraacute ser realizado pelos Pel E Cmb Mec
D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB
5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de
engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec
apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os
trabalhos de apoio ao conjunto
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Acredito que seria uma situaccedilatildeo muito boa a que vocecirc levantou mas acredito
que um BE Cmb a 2 Cia E Cmb sendo uma delas com vocaccedilatildeo blindada
(para Ap o RCB) e a outra com vocaccedilatildeo Mec (para apoiar os RC Mec) seriam
o suficiente para prestar o Ap Eng agrave Bda C Mec
140
2 Os BE Cmb de Bda doutrinariamente possuem natureza uacutenica satildeo Mec ou
Bld Aleacutem disso a dosagem miacutenima de apoio serve como uma referecircncia
inicial podendo a mesma ser aumentada em funccedilatildeo da missatildeo a
desempenhar e a necessidade de apoio de Eng
3 As Bda Bld possuem maior poder de choque e possuem apenas 1 Btl E Cmb
(com 2 SU x 4 Pelototildees cada = 8 Pel E Cmb) A Bda C Mec teria 12 Pel E
Cmb Para o estudo da dosagem de engenharia para as missotildees da Bda eacute
necessaacuterio verificar a dosagem miacutenima do apoio de engenharia que eacute de 01
Pel E por Btl Nesse caso um regimento estaria recebendo 4 Pel E Cmb Esse
aumento de efetivo e de dosagem iria impactar consideravelmente a
necessidade de Vtr especializadas e em consequecircncia os custos para essa
mobilizaccedilatildeo
E ndash MEIOS DO BE CMB
6) O exeacutercito dos EUA prevecirc para as Operaccedilotildees de Abertura de Passagem a
proporccedilatildeo miacutenima de 50 de meios em reserva para assegurar a continuidade da
operaccedilatildeo no caso de perda de uma das viaturas Isso significa que para a abertura
de duas passagens simultaneamente seratildeo empregadas 2 VBE para abertura e 1
VBE ficaraacute em reserva De acordo com o item anterior a dotaccedilatildeo orgacircnica por tipo
de VBE deve ser na proporccedilatildeo de trecircs por Cia E a fim de apoiar cada regimento
Com isso o BE Cmb deve ter a dotaccedilatildeo de 9 VBE Eng 9 VBEL Pnt com total de 18
pontes 9 VBE rolo 9 VBE arado com carga linear explosiva (CLE) tipo MICLIC
com 2 cargas por viatura e 9 VBE lanccediladora de feixe de tubos
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
141
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Deve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de
manobra a apoiar mas tmbeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em
que a Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-
se desdobrar em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades
maacuteximas de comando e controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse
levantamento pode-se traccedilar melhor as necessidades totais de meios de Eng
para apoio inclusive com os meios reservas
2 Para realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os
batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a
necessidade de uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como
implemento para as Vtr da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito
americano como um modelo (uma ideia) seria interessante ter uma Vtr
especializada de engenharia como os ABV que jaacute possuem o miclic e o
arado na mesma Vtr
142
APEcircNDICE D ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE
INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE
SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS
O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias
Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A
ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS
EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia
cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA
instrutor desse Estabelecimento de Ensino
O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da
Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da
doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo
partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)
Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia
do senhor que eacute instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados e realizou o
curso de comandante de subunidade nos EUA ou Alemanha eacute fundamental
Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor
corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa
natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou
opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos
espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo
Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos
para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados
pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados
por grupos de acordo com o universo ora abordado
Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo
Com os melhores cumprimentos
Saulo dos Santos Marques - Cap Eng
143
A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS
Figura 1 - Viatura Fennek
Figura 2 - Viatura Dingo
Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas
144
1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais
satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada
utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas
Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para
abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As
viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as
apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C
Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M
60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha
empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Um dos pontos baacutesicos para discussatildeo eacute a estrutura finalidade e composiccedilatildeo
de meios das Bda C Mec do EB face agraves caracteriacutesticas do combate atual e
do futuro Dotar as Bda C Mec com novos meios eacute importante poreacutem a
reestruturaccedilatildeo dessas brigdas deveria preceder agraves inovaccedilotildees no seu material
145
2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os
Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas
(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas
viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou
estrada
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Vide comentaacuterio anterior
2 Dependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode haver necessidade de utilizaccedilatildeo de
algum implemento para apoiar a mobilidade neste sentido apenas VBTP
seria insuficiente prestar o apoio sendo mais indicado a adoccedilatildeo de uma VBE
VBTP eacute a opccedilatildeo no caso de impossibilidade de se dispor de uma VBE
3 Devem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece
maior mobilidade atraveacutes terreno
146
B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC
3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e
capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de
mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a
princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard
1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso
AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate
elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego
junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das
viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas
operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade
superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre
lagartas ao R C Mec
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
Comentaacuterios das opiniotildees
147
1 As Bda C Mec satildeo destinadas basicamente para as Op de Rec e Seg
podendo ser empregadas em Op OfDef e outras Nesse sentido a destinaccedilatildeo
de Vtr de apoio ao combate deveria em principio atender aos princiacutepios da
velocidade em primeiro lugar e aos princiacutepios da mobilidade Nesse sentido
eacute importante manter-se as caracteriacutesticas dos Rgt Mec dotando-os de meios
sobre rodas O emprego de Vtr sobre lagartas nos RCMec deve ser portanto
judiciosamente aquilatado
2 Existe a necessidade de uma anaacutelise mais profunda para a retirada desse tipo
de conclusatildeo
C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA
4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura
que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que
empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas
Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego
das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o
terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas
Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes
limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a
uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o
RCB e duas Cia E Cmb os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas por todas
as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
148
Comentaacuterios das opiniotildees
1 Eacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em
qualqer terreno da forccedila dotada desses meios mas por outro lado impacta
enormemente a cauda logiacutestica Insisto que as Bda C Mec devam manter
suas caracteriacutesticas de velocidade principalmente trafegabilidade e
mobilidade Recordo que os meios sobre roda garantem entre outras
vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para as Bda C Mec a
velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees baacutesicas de Rec e
Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre rodas eacute a
configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C
Mec do EB
2 A Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos
quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o
RCB seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo
considerando a maior diversidade de materiais nesta anaacutelise
D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB
5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de
engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec
149
apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os
trabalhos de apoio ao conjunto
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo
( ) Discordo plenamente
150
APEcircNDICE E ndash PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
TREINAMENTO DE TTP EM AMBIENTE VIRTUAL (TTAV) DA 3ordf BDA C MEC
O TTAV realizado na semana de 23 a 03 de agosto de 2018 consistiu no
emprego de Quadros da 3ordf Bda C Mec no treinamento de TTP em ambiente
simulado na Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados
Um R CMec formado pelos Quadros da Bda foi empregado em um Movimento
Retroacutegrado onde tinha por missatildeo retardar o avanccedilo de uma Bda Inf Mec Vm (meios
blindados)
Para cumprir sua missatildeo a brigada empregou Quadros do 3ordm R C Mec 7ordm R C
Mec e 12ordm R C Mec aleacutem do 25ordm GAC e da 3ordf Cia Eng Cmb Mec
O Pel E foi empregado com uma VBTP Eng M113 e um Leopard 1A5 BR com
implemento do tipo arado em reforccedilo ao Rgt ateacute o final da operaccedilatildeo
O Pel E durante a fase de planejamento realizou o estudo do terreno e
contribuiu com o planejamento de obstaacuteculos de contramobilidade e de trabalhos de
proteccedilatildeo ao longo das posiccedilotildees de retardamento
Durante a operaccedilatildeo pela presenccedila de poucos militares de engenharia o
pelotatildeo foi representado pela viatura M113 reforccedilado pela viatura Leopard com rolo
Por limitaccedilotildees do software empregado e pela necessidade de celeridade nas
posiccedilotildees de retardamento (em uma situaccedilatildeo real tal operaccedilatildeo poderia durar dias) as
accedilotildees do Pel E durante o desenrolar da operaccedilatildeo foram limitadas ao
acompanhamento do Rgt e execuccedilatildeo simulada dos trabalhos supracitadas
Ao final da missatildeo foi prevista a utilizaccedilatildeo de uma Vtr MICLIC para a bertura
de uma passagem atraveacutes do campo minado da P Def amiga poreacutem por questotildees
de tempo tal accedilatildeo natildeo foi realizada
Por fim verifica-se que o Pel E em relaccedilatildeo ao emprego de meios sobre
lagartas natildeo atrasou os deslocamentos do R CMec durante a operaccedilatildeo e cumpriu
sua missatildeo dentro do contexto de um movimento retroacutegrado
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 110)
MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO
Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016
AS ESTRUTURAS DE ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES
IacuteNDICE DE ASSUNTOS
1 FINALIDADE02
2 OBJETIVO02
3 REFEREcircNCIAS02
4 INTRODUCcedilAtildeO02
5ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA02
6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO03
7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE04
8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS06
ANEXOS
A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES E
ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO
AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FORCcedilA TERRESTRE
COMPONENTE08
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 210)
1 FINALIDADE
Orientar a organizaccedilatildeo das estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (TO)
2 OBJETIVO
Apresentar uma visatildeo atualizada das estruturas de Engenharia no TO agrave luz da Doutrina
Militar Terrestre subsidiando exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no
planejamento e execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e
taacuteticos para Emprego da Forccedila Terrestre
3 REFEREcircNCIAS
____ Doutrina de Operaccedilotildees Conjuntas - MD30-M-01 2011
____ Doutrina de Logiacutestica Militar - MD42-M-02
____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007
____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014
____ Forccedila Terrestre Componente - EB20-MC-10202 2014
____ A Forccedila Terrestre Componente nas Operaccedilotildees - EB20-MC-10-301 2014
____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015
____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014
____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015
____ Geoinformaccedilatildeo - EB20-MC-10209 2014
____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014
____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999
4 INTRODUCcedilAtildeO
41 A Doutrina do Exeacutercito Brasileiro em particular a doutrina de emprego da Arma de
Engenharia vive em constante evoluccedilatildeo requerendo atualizaccedilotildees perioacutedicas em funccedilatildeo
da introduccedilatildeo de novos conceitos novos equipamentos e mesmo da observaccedilatildeo do
emprego da Arma nos mais variados conflitos
42 A recente ediccedilatildeo de uma nova seacuterie de manuais doutrinaacuterios tanto pelo Ministeacuterio da
Defesa (MD) quanto pelo Estado-Maior do Exeacutercito (EME) indicou a necessidade de uma
atualizaccedilatildeo do Manual de Campanha C 5-1 (Emprego de Engenharia ediccedilatildeo de 1999)
5 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA
51 Uma vez que a Engenharia exerce sua atividade sobre um fator sempre presente - o
terreno - deve haver em cada escalatildeo uma Engenharia capaz de modificar as condiccedilotildees
do mesmo de acordo com a manobra adotada
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 310)
52 A organizaccedilatildeo da Engenharia tem por base a centralizaccedilatildeo dos meios nos escalotildees
mais elevados permitindo que os mesmos possam suprir as deficiecircncias de Engenharia
dos escalotildees subordinados em face das necessidades especiacuteficas de cada situaccedilatildeo e
ainda atender ao apoio em profundidade de modo a liberar os escalotildees subordinados de
encargos na retaguarda
53 Uma accedilatildeo coordenadora do escalatildeo superior de engenharia sobre os escalotildees
subordinados se faz necessaacuteria e eacute realizada por meio dos canais teacutecnicos de
engenharia
54 O funcionamento adequado desses canais teacutecnicos constitui-se em dos principais
fatores para a eficiecircncia do apoio permitindo que os escalotildees subordinados possam em
tempo uacutetil articular seus meios tomar as providecircncias necessaacuterias e receber apoio
adicional do escalatildeo superior quando for o caso
55 A Engenharia eacute organizada no TO da seguinte forma Engenharia do Comando
Logiacutestico do Teatro de Operaccedilotildees (EngCLTO) Comando de Engenharia da Forccedila
Terrestre Componente (CEFTC) no caso de emprego de duas DE Engenharia
Divisionaacuteria (ED) e Engenharia de Brigada (E Bda)
56 Os escalotildees de Engenharia satildeo constituiacutedos pelos seguintes elementos de emprego
pelototildees de engenharia (Pel Eng) companhias de engenharia (Cia Eng) batalhotildees de
engenharia (Btl Eng) e grupamentos de engenharia (Gpt E) aleacutem das tropas de
engenharia especializadas
57 As tropas de engenharia especializadas oferecem capacidades diferenciadas de
engenharia em razatildeo de possuiacuterem pessoal e equipamentos especiacuteficos Quando
possuem valor igual ou menor que subunidade costumam ser chamadas genericamente
de ldquomoacutedulos especializadosrdquo
58 Satildeo exemplos de moacutedulos especializados Companhia de Engenharia de
Camuflagem Equipe de Mergulho Grupo de Construccedilatildeo Horizontal Turma de Patrimocircnio
Imobiliaacuterio etc
59 O anexo ldquoArdquo apresenta os escalonamentos da Engenharia no TO e os organogramas
das estruturas baacutesicas de Engenharia segundo as situaccedilotildees de emprego da FTC da
Doutrina Militar Terrestre
6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO
61 Na Zona de Administraccedilatildeo (ZA) encontra-se
611 uma estrutura de Engenharia que integra o Comando Logiacutestico do Teatro de
Operaccedilotildees (CLTO) denominada de EngCLTO de forma a apoiar as atividades daquele
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 410)
comando particularmente no planejamento e execuccedilatildeo de obras e de serviccedilos de
Engenharia
612 quando houver necessidade de se apoiar de forma mais cerrada a uma F Cte a
EngCLTO poderaacute organizar a partir dos seus meios um Grupo-Tarefa Logiacutestico de
Engenharia (GT Log Eng) que poderaacute enquadrar unidades de engenharia de combate
construccedilatildeo geoinformaccedilatildeo meio ambiente patrimocircnio imobiliaacuterio e outros
62 A EngCLTO seraacute constituiacuteda conforme as necessidades de trabalhos teacutecnicos e
atividades logiacutesticas de Engenharia O valor e a natureza da tropa dependem mais das
caracteriacutesticas da magnitude e das necessidades de desenvolvimento da infraestrutura
do ambiente operacional do que das forccedilas a serem apoiadas
63 Na ZA prioriza-se a exploraccedilatildeo dos recursos mobilizados e contratados Em
consequecircncia eacute normal a existecircncia de empresas civis especializadas e enquadradas
pela estrutura militar
64 As atividades de engenharia executadas com maior frequecircncia na ZA satildeo as de apoio
geral de engenharia englobando os trabalhos de estradas pontes instalaccedilotildees
geoinformaccedilatildeo manutenccedilatildeo e suprimento que exigem grande capacidade teacutecnica e
meios especializados nesse escalatildeo
65 Considerando o grande volume e complexidade de tarefas na ZA eacute conveniente que
as forccedilas de Engenharia integrantes da EngCLTO sejam enquadradas por
Grupamento(s) de Engenharia possuindo particularmente estruturas de Engenharia de
Construccedilatildeo de Meio Ambiente e de Patrimocircnio Imobiliaacuterio entre outras que se fizerem
necessaacuterias
7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE
71 Na Zona de Combate (ZC) encontram-se
711 Estruturas de Engenharia da Forccedila Terrestre Componente (FTC) e de Divisatildeo (otildees)
de Exeacutercito (DE) com meios para atender agraves necessidades proacuteprias dessas estruturas e
aumentar o apoio aos escalotildees subordinados inclusive assumindo encargos nas aacutereas de
retaguarda destes de modo a liberar suas engenharias para o apoio cerrado aos
elementos de combate
712 A Engenharia orgacircnica das Brigadas com meios para atender agraves necessidades
miacutenimas e imediatas do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate
72 A Engenharia da FTC
721 A FTC constitui o comando essencial para o emprego da engenharia por ser
encarregado de traduzir os aspectos da manobra do niacutevel operacional para o niacutevel taacutetico
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 510)
Tem assim uma visatildeo ampla do terreno e da situaccedilatildeo para poder julgar as necessidades
gerais em apoio e em trabalhos conceber o esquema geral de apoio de engenharia e
exercer efetivamente uma coordenaccedilatildeo dos escalotildees subordinados
722 O apoio de engenharia a uma FTC abrange uma diversidade de trabalhos em apoio
adicional agrave mobilidade e agrave contramobilidade dos elementos de primeiro escalatildeo Abrange
tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o apoio geral de engenharia em
toda a sua aacuterea de atuaccedilatildeo
723 Uma FTC eacute estruturada para atender a um planejamento operacional especiacutefico natildeo
possuindo portanto uma organizaccedilatildeo fixa A Doutrina Militar Terrestre admite para fim
de planejamento diversos tipos de FTC cujos apoios de Engenharia seratildeo organizados
de acordo com as constituiccedilotildees destas
724 O apoio de Engenharia a uma FTC eacute coordenado por uma estrutura denominada de
Comando de Engenharia da FTC (CEFTC) a qual possui como principais elementos
operativos os grupamentos de engenharia (Gpt E) ou batalhotildees de engenharia (Btl Eng)
725 A organizaccedilatildeo e os organogramas dos diversos tipos de CEFTC satildeo apresentados
no Anexo ldquoArdquo
73 O Grupamento de Engenharia
731 O Gpt E controla coordena e supervisiona as tarefas de engenharia executadas
pelos batalhotildees e moacutedulos especializados subordinados sendo a estrutura natural para
enquadrar U e SU de Engenharia
732 Basicamente o Gpt E eacute composto pelo Cmdo EM pela Cia C Ap e por U e SU de
Engenharia Possui capacidade de enquadrar ateacute cinco batalhotildees Considera-se para fim
de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a uma U
74 A Engenharia Divisionaacuteria
741 As accedilotildees que se desenrolam no escalatildeo DE satildeo de natureza nitidamente taacutetica e
em consequecircncia sua engenharia opera em um ambiente no qual o combate eacute o
elemento preponderante
742 O apoio de Engenharia a uma DE eacute prestado por uma estrutura denominada
Engenharia Divisionaacuteria (ED)
743 Em funccedilatildeo da missatildeo da DE apoiada e da(s) hipoacutetese(s) de conflito planejada(s) a
ED pode ser organizada com constituiccedilatildeo variaacutevel desde um BE Cmb ateacute um Gpt E aleacutem
dos moacutedulos de engenharia especializados e dos reforccedilos que forem necessaacuterios
744 A ED apoia basicamente a mobilidade e a contramobilidade dos elementos de
manobra da divisatildeo Realiza tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)
apoio geral de engenharia em toda a zona de accedilatildeo divisionaacuteria suplementando o apoio
prestado pelas E Bda
745 O escalonamento da ED eacute apresentado no anexo A
75 A Engenharia de Brigada (E Bda)
751 A E Bda constitui o escalatildeo de engenharia mais avanccedilado na ZC Nele as
necessidades de apoio dos elementos de combate satildeo sentidas com mais intensidade o
que exige o posicionamento dos meios o mais agrave frente possiacutevel
752 Dentro da caracteriacutestica de apoio em profundidade a E Bda eacute organizada com
meios para atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate e
realiza trabalhos sumaacuterios e raacutepidos Assim quando ocorre uma deficiecircncia de meios
em pessoal ou material a E Bda depende do apoio do escalatildeo superior de engenharia
para suplementaacute-la eou reforccedilaacute-la
753 A Engenharia de Brigada eacute composta basicamente por
7531 Um BE Cmb orgacircnico nas Brigadas Blindadas (Bda Bld) e de Infantaria
Mecanizada (Bda Inf Mec) Neste caso o BE Cmb possuiraacute duas Cia E Cmb a quatro Pel
E Cmb cada uma
7532 Uma Cia E Cmb orgacircnica nas demais brigadas Neste caso a Cia possuiraacute trecircs
Pel E Cmb
7533 A natureza das unidades de Engenharia de Combate de Brigada seraacute a mesma da
brigada apoiada
8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS
81 A Concepccedilatildeo Estrateacutegica do Exeacutercito (CEE) oferece diretrizes importantes para a
organizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo das Forccedilas incluindo-se as tropas de Engenharia
particularmente as orgacircnicas das Brigadas em decorrecircncia das diversas Hipoacuteteses de
Emprego (HE)
82 O preparo prontidatildeo e emprego da Forccedila Terrestre satildeo regulados por meio do
Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT)
83 A adjudicaccedilatildeo de meios inclusive os de Engenharia eacute proposta pelo Plano
Estrateacutegico de Emprego Conjunto das Forccedilas Armadas (PEECFA) (elaborado pelo
EMCFA) que identifica a Estrutura Militar e a composiccedilatildeo dos meios a serem
empregados A adjudicaccedilatildeo eacute confirmada e complementada pelo(s) Plano(s)
Operacional(ais) confeccionados pelos Comandos Operacionais
84 A adjudicaccedilatildeo de meios eacute de fundamental importacircncia para o processo de geraccedilatildeo de
forccedilas Normalmente as Eng Bda orgacircnicas das GU seguem o previsto para a respectiva
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 710)
Bda Jaacute os Gpt E existentes desde o tempo de normalidade possuem estruturas
importantes a considerar na adjudicaccedilatildeo de meios quer seja para a realizaccedilatildeo de
trabalhos na ZI (particularmente para as Op Eng Obras Militares Meio Ambiente e
Patrimocircnio) quer seja na organizaccedilatildeo ou mesmo na evoluccedilatildeo de sua estrutura para as
seguintes forccedilas EngCLTO CEFTC e ED
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 810)
ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TO E ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FTC
1 FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo (1ordm caso)
11 Escalonamento
Figura 1 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia em FTC com mais de um G Cmdo operativo
12 Organograma do CEFTC
Legenda (1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio
Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio (2) Possui Nr variaacutevel de Gpt E (no miacutenimo 1) que enquadram Btl Eng e os Moacutedulos
Especializados (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 2 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo
CEFTC
Cia C Ap Gpt E
(2) Cia Geoinformaccedilatildeo
Moacutedulos Especializados (3)
EM (1)
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 910)
13 Organograma de um Gpt E
Legenda
(1) Possui capacidade de enquadrar de dois a cinco Btl Eng (Cmb ou Cnst) Considera-se para fim de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a um Btl Eng
(2) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 3 - Organograma de um Grupamento de Engenharia
2 FTC organizada com mais de uma GU operativa (2ordm caso)
21 Organizaccedilatildeo
Figura 5 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia EM FTC com mais de um GU operativa
Gpt E
Cia C Ap Btl Eng
(1) Moacutedulos
Especializados (2)
EM
(ED)
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 1010)
22 Organograma do CEFTC (ED)
Legenda
(1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio
(2) Normalmente dois Btl Eng (Cmb ou Cnst) podendo chegar a cinco (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados
Figura 6 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Unidade operativa
3 FTC eacute organizada com uma GU operativa (3ordm caso)
Neste caso o CEFTC (E Bda) seraacute constituiacutedo pela Unidade ou Subunidade orgacircnica
da GU podendo receber meios adicionais
PAULO RICARDO PINTO SILVA - Cel
Chefe do Centro de Doutrina do Exeacutercito
CEFTC ED
Cia C Ap Btl Eng
(2) Cia Geoinformaccedilatildeo
Moacutedulos Especializados
(3)
EM (1)
161
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 16)
ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NOTA DE COORDENACcedilAtildeO
DOUTRINAacuteRIA NR 022016
MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES
CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO
Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de
2016
O EMPREGO DO BATALHAtildeO DE ENGENHARIA DAS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA
IacuteNDICE DE ASSUNTOS
1 FINALIDADE 02
2 OBJETIVO 02
3 REFEREcircNCIAS 02
4 INTRODUCcedilAtildeO 02
5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA
MECANIZADA 03
6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA 04
7 EMPREGO DO BATALHAtildeO 04
ANEXOS
A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA DE
CAVALARIA MECANIZADA 06
162
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 26)
1 FINALIDADE
Complementar a orientaccedilatildeo do emprego da engenharia retificando as
informaccedilotildees referentes ao apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada (Bda C
Mec)
2 OBJETIVO
Apresentar uma visatildeo atualizada da organizaccedilatildeo estrutura e emprego da
engenharia que presta apoio agraves Bda C Mec agrave luz da Doutrina Militar Terrestre
subsidiando a exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no planejamento e
execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e taacuteticos para
Emprego da Forccedila Terrestre
3 REFEREcircNCIAS
____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007
____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014
____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015
____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014
____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015
____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014
____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999
____ Brigada de Cavalaria Mecanizada - C 2-30
____ Batalhatildeo de engenharia de combate - C 5-7 2001
____ O apoio de engenharia no escalatildeo brigada - C 5-10 2000
____ Regimento de Cavalaria Mecanizado - C 2-20 2002
____ Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 002 2016 ndash As estruturas de
engenharia no teatro de operaccedilotildees
4 INTRODUCcedilAtildeO
41 A desarmonia entre doutrina e emprego afasta a forccedila da possibilidade de
manutenccedilatildeo de uma efetiva capacidade A mudanccedila em um dos fatores da
doutrina exige um reajuste das demais para que se mantenha um equiliacutebrio entre
Doutrina Organizaccedilatildeo Adestramento Material Emprego Pessoal e Instruccedilatildeo
(DOAMEPI)
163
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 36)
42 O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia (PENSE) Vetor de
Transformaccedilatildeo da Engenharia no Processo de Tranformaccedilatildeo do Exeacutercito foi
concebido com a finalidade de proporcionar uma urgente recuperaccedilatildeo da
capacidade operacional no que tange agraves estruturas organizacionais
competecircncia dos recursos humanos evoluccedilatildeo doutrinaacuteria melhoria da
quantidade e qualidade do material de engenharia e gestatildeo ambiental nas
atividades militares
43 Evoluccedilotildees doutrinaacuterias e aquisiccedilotildees de materiais modernos como as Viaturas
dos Projetos Leopard e Guarani proporcionaram agraves brigadas mecanizadas e
blindadas grande poder de dissuasatildeo exigindo entretanto uma adequaccedilatildeo no
do material pessoal e doutrina da engenharia
5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA
51 O apoio de Engenharia eacute fundamental para que as brigadas blindadas e
mecanizadas tenham capacidade de mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo
Uma engenharia ineficiente elimina as vantagens obtidas por fraccedilotildees dotadas de
modernas viaturas as quais tecircm sua mobilidade ditada por limitaccedilotildees impostas
pelo terreno e por restriccedilotildees determinadas pela engenharia inimiga bem como
sua defesa pelo uso exclusivo do fogo
52 Esta NCD complementa a Nota de Coordenccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31
de maio de 2016 e retifica-a no que tange agrave organizaccedilatildeo da Engenharia em
apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada a qual a mantinha como uma
subunidade
53 Dotada de trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (Pel E Cmb) e um
Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) como elementos executivos e de um
Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) a Subunidade de engenharia natildeo
tem capacidade de proporcionar agrave Bda C Mec mobilidade assegurar a
contramobilidade nem contribuir com sua proteccedilatildeo
54 A Brigada de Cavalaria Mecanizada pode empregar em primeiro escalatildeo ateacute
2 (dois) Regimentos de Cavalaria Mecanizada (RC Mec) e 1 (um) Regimento de
Cavalaria Blindado (RCB) os quais podem receber pelototildees em apoio direto ou
situaccedilatildeo de comando reforccedilo
164
(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)
55 O Comandante da engenharia do escalatildeo Brigada entretanto natildeo restringe
sua influecircncia no combate ao apoio de Engenharia no Apoio Direto ou no Reforccedilo
aos regimentos mas emprega os demais pelototildees que estatildeo sob seu comando
no Apoio Suplementar a esses pelototildees no Apoio ao Conjunto realizado em
proveito a mais de um elemento ou agrave brigada como um todo aleacutem de manter
condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada
6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA DE CAVALARIA
MECANIZADA
61 A Engenharia da brigada deve atender as necessidades miacutenimas e imediatas
do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate o que para isso conta com
um Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado (BE Cmb Mec)
62 O BE Cmb Mec estaacute organizado com uma Companhia de Engenharia de
Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) uma Companhia de Engenharia de
Combate Blindado (Cia E Cmb Bld) uma Companhia de Comando e Apoio (Cia
C Ap) e uma Companhia de Equipagem de Ponte (C Eq Pnt)
63 A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec)
subunidade mais apta para apoiar os RC Mec e a Cia E Cmb Bld mais apta para
apoiar o RCB possuem cada uma 4 (quatro) Pelototildees de Engenharia de
Combate (Pel E Cmb) como fraccedilatildeo baacutesica de emprego junto aos regimentos
64 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para o comando e logiacutestica do
batalhatildeo e equipamentos de engenharia para as companhias aleacutem de realizar
trabalhos teacutecnicos de manutenccedilatildeo de rede miacutenima de estrada e instalaccedilotildees
necessaacuterios agrave Bda
65 A Cia E Pnt tem a missatildeo apoiar com equipamento especializado a
transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e de pequenas brechas no apoio agrave mobilidade e
reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas do batalhatildeo com material de transposiccedilatildeo
165
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 56)
7 EMPREGO DO BATALHAtildeO
71 O comandante do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado
administra o emprego de suas fraccedilotildees e meios a fim de garantir o apoio agrave
mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo da brigada
72 Com o objetivo preciacutepuo de apoio aos elementos em primeiro escalatildeo o
comandante da engenharia da brigada simultaneamente manteacutem condiccedilotildees de
prestar apoio suplementar a esses elementos suprir as necessidades da brigada
no Apoio ao Conjunto e ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando
empregada
73 As Cia E Cmb satildeo os elementos executivos do batalhatildeo
74 Ao Cmt do BE Cmb cabe planejar o emprego de seus meios os quais devem
ser compatiacuteveis com suas possibilidades
75 Para o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo as companhias apoiam com
pelototildees de preferecircncia de mesma natureza do elemento apoiado Cada peccedila
de manobra valor unidade empregado pela Bda recebe normalmente um
pelotatildeo Quando necessaacuterio o reforccedilo em material este deve ser solicitado ao
Cmt Btl
76 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para comando e logiacutestica do
batalhatildeo e Viatura Blindadas Especiais sobre lagartas a fim de reforccedilar os
pelototildees em apoio aos regimentos e equipamentos de engenharia para as Cia E
Cmb
77 A Cia E Pnt tem a missatildeo de apoiar e reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas na
transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e pequenas brechas com equipamento
especializado e VBE sobre lagartas
166
(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 66)
ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB MEC ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA
DE CAVALARIA MECANIZADA
1 Organograma do BE Cmb MecBda C Mec
Figura 1 ndash Exemplo de um organograma de BE Cmb Mec de Bda C Mec
TERMO DE AUTORIZACcedilAtildeO PARA PUBLICACcedilAtildeO DE TESES DISSERTACcedilOtildeES
TRABALHOS DE CONCLUSAtildeO DE CURSO E ARTIGOS CIENTIacuteFICOS ELETROcircNICOS NA
BIBLIOTECA DIGITAL DE TRABALHOS CIENTIacuteFICOS
Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicaccedilatildeo autorizo a DESMil e a EsAO a
disponibilizarem atraveacutes de paacutegina eletrocircnica oficial do Estabelecimento de Ensino sem ressarcimento dos
direitos autorais de acordo com a Lei nordm 9610 de 19 de fevereiro de 1998 Lei de Direito Autoral o texto
integral da obra abaixo citada conforme permissotildees assinaladas para fins de leitura impressatildeo eou
download a tiacutetulo de divulgaccedilatildeo da produccedilatildeo cientifica brasileira a partir desta data
Identificaccedilatildeo do material bibliograacutefico
( ) Tese (x) Dissertaccedilatildeo ( ) Trabalho de Conclusatildeo de Curso (x) Artigo Cientiacutefico
Instituiccedilatildeo de Ensino Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO)
Tiacutetulo A doutrina de Engenharia de Combate da Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma sugestatildeo de
adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas
Autor Cap Eng Saulo dos Santos Marques
Idt033373474-7 CPF010094330-67 E-mailmarxemcasahotmailcom
Data de Defesa11 de outubro de 2018 Titulaccedilatildeo Mestrado Profissional
Curso de Poacutes-graduaccedilatildeo Engenharia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Defesa Nacional
Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate
Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito
Agecircncia de fomento (se for o caso)
Autoriza disponibilizar o e-mail na Base de Dados de Teses Dissertaccedilotildees Trabalhos Cientiacuteficos
e Artigos Cientiacuteficos da Biblioteca Digital de Trabalhos Cientiacuteficos
( x ) SIM ( ) NAtildeO
Informaccedilatildeo de acesso ao documento
Liberaccedilatildeo para publicaccedilatildeo (x) Total ( ) Parcial
Em caso de publicaccedilatildeo parcial especifique o(s) tiacutetulo(s) eou capiacutetulo(s) restrito(s)
Tiacutetulo(s) ________________________________________________________________________
Capiacutetulo(s) ______________________________________________________________________
A restriccedilatildeo (parcial ou total poderaacute ser mantida por ateacute um ano a partir da data de autorizaccedilatildeo da
publicaccedilatildeo) A extensatildeo deste prazo suscita justificativa ao Instituto Brasileiro de Informaccedilatildeo em Ciecircncia e
Tecnologia (IBICT) Todo o conteuacutedo resumo e metadados ficaratildeo sempre disponibilizados
Havendo concordacircncia com a publicaccedilatildeo eletrocircnica do Trabalho Cientiacutefico torna-se imprescindiacutevel o
envio do(s) seu(s) arquivo(s) em formato digital sem ser passiacutevel de modificaccedilatildeo do tipo Portable Document
Format (PDF) da Adobe Systems
________________________________________
Saulo dos Santos Marques
MINISTEacuteRIO DA DEFESA
EXEacuteRCITO BRASILEIRO
DECEx - DESMIL
ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS
(EsAO1919)
DIVISAtildeO DE ENSINO SECcedilAtildeO DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO
TERMO DE CESSAtildeO DE DIREITOS SOBRE TRABALHO ACADEcircMICO
TIacuteTULO DO TRABALHO
A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA
MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS
ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS
IDENTIFICACcedilAtildeO DO AUTOR
SAULO DOS SANTOS MARQUES ndash Cap Eng
1 Este trabalho nos termos da legislaccedilatildeo que resguarda os direitos autorais eacute considerado de minha
propriedade
2 Autorizo a Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) a utilizar meu trabalho para uso
especiacutefico no aperfeiccediloamento e evoluccedilatildeo da Forccedila Terrestre bem como a divulgaacute-lo por publicaccedilatildeo em
revista teacutecnica da Escola ou outro veiacuteculo de comunicaccedilatildeo do Exeacutercito
3 A EsAO poderaacute fornecer coacutepia do trabalho mediante ressarcimento das despesas de postagem e
reproduccedilatildeo Caso seja de natureza sigilosa a coacutepia somente seraacute fornecida se o pedido for encaminhado
por meio da Organizaccedilatildeo Militar fazendo-se a necessaacuteria anotaccedilatildeo do destino no Livro de Registro
existente na Biblioteca
4 Eacute permitida a transcriccedilatildeo parcial de trechos do trabalho para comentaacuterios e citaccedilotildees desde que sejam
transcritos os dados bibliograacuteficos dos mesmos de acordo com a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais
5 A divulgaccedilatildeo do trabalho em outros meios natildeo pertencentes ao Exeacutercito somente pode ser feita
com a autorizaccedilatildeo do autor ou da Direccedilatildeo de Ensino da EsAO
Rio de Janeiro ___ de _________________ de ________
_______________________________________
O AUTOR