Escola aberta gover_lideranca_pf_mk_maio2112_apres
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MÓDULO I - FUNDAMENTAL
GOVERNANÇA E LIDERANÇA
PAULA FABIANI E MARCOS KISIL
Paula Fabiani é economista da FEA-USP, com MBA pela Stern School of Business – New
York University, especialização em Endowment Asset Management na London Business
School e Yale e Gestão de Organizações do 3º Setor na FGV. Como Diretora Administrativa
e Financeira da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (foco - a Primeira Infância)
desenvolveu o modelo de gestão patrimonial, operacional e de governança da organização,
modelos considerados parâmetros de excelência no setor. Atuou também como controller do
Instituto Akatu (Organização do 3º setor de Consumo Consciente). Trabalhou no Grupo
Votorantim, primeiro como analista sênior na VNN (braço de Private Equity do grupo) e depois
como responsável pela Área financeira da empresa AnFreixo (um dos investimentos da VNN).
Atuou também no BankBoston nas áreas de Asset Management e M&A, e no Lloyds Bank na
área de Trade Finance. É membro do Comitê de Governança Corporativa do 3º. Setor do
IBGC e membro do Comitê de Investimentos da Fundação Stickel.
Marcos Kisil é diretor-presidente e fundador do IDIS. Anteriormente , foi Diretor Regional para a
América Latina e Caribe da Fundação W.K. Kellogg por 15 anos, onde dirigiu o desenvolvimento
programático e estratégico da atuação da fundação na América Latina. Marcos Kisil é médico
formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Posteriormente, dedicou-se
ao campo da administração de saúde, tendo se doutorado em Administração pela George
Washington University, Washington, DC, USA como bolsista da Fundação W.K.Kellogg. Atuou
como consultor da Organização Pan-Americana de Saúde. Exerce atividades acadêmicas como
Professor Titular da Universidade de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública e é consultor sênior
da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV). Atualmente é membro dos Conselhos da
Resource Alliance e da SAVE Brasil – afiliada da Bird Life International. Kisil foi também presidente
do Conselho do GIFE, Diretor Presidente do Instituto WCF-Brasil e membro do Conselho
Administrativo da Fundação Banco do Brasil e do WWF Brasil. Marcos Kisil é sênior fellow do
Synergos e membro do conselho editorial da revista Alliance Magazine.
OBJETIVOS DA AULA
1. Apresentar os principais conceitos e
práticas de governança organizacional
2. Apresentar os principais conceitos e
práticas de lideranças nas organizações
GOVERNANÇA
PAULA FABIANI
Governança - Conceitos
Wikipedia: Governança corporativa é o
conjunto de processos, costumes, políticas,
leis, regulamentos e instituições que regulam
a maneira como uma organização é dirigida,
administrada ou controlada.
Governança - Conceitos
IBGC: Governança é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas,
monitoradas e incentivadas, envolvendo o relacionamento entre
Conselho, equipe executiva e demais órgãos de controle. As boas
práticas de governança convertem princípios em recomendações
objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar a
reputação da organização e otimizar seu valor social, facilitando seu
acesso a recursos e contribuindo para sua longevidade.
Governança no Terceiro Setor
Processos
Políticas
Regulamentos
Princípios
Monitoramento
Governança no Terceiro Setor
Direção: conselho, equipe executiva e demais
órgãos de controle
Alinhamento de interesses
Preservar a reputação da organização e otimizar
seu valor social
Longevidade
Responsabilidade pela Governança
A responsabilidade é compartilhada entre o Conselho, equipe
(diretor executivo) e órgãos de controle, sendo o Conselho
encarregado primário dessa responsabilidade.
Os principais fatores que influenciam o papel do Conselho são:
história, costumes, estágio organizacional, fundadores e
resistência de seus membros.
Responsabilidade pela Governança
Estágios de desenvolvimento dos
Conselhos:
• Estágio inicial
• Estágio de amadurecimento
• Estágio institucional
Responsabilidades do Conselho
• Prover orientação estratégica
• Assegurar recursos para a execução da
missão
• Monitorar a gestão e o desempenho da
organização
Responsabilidades do Conselho
Prover orientação estratégica
• Desenvolver a missão e a visão organizacional e assegurar sua observância
• Estabelecer as diretrizes estratégicas
• Delegar autoridade para a gestão organizacional
• Sistematizar, proteger e promover os valores organizacionais
Responsabilidades do Conselho
Assegurar recursos para a execução da
missão
• Identificar recursos humanos e financeiros para a operação da organização
• Estabelecer políticas para obtenção e uso desses recursos
• Assegurar que os recursos necessários sejam disponibilizados à operação da organização
Responsabilidades do Conselho
Monitorar a gestão e o desempenho da
organização
• Estabelecer os programas institucionais, as políticas financeiras e garantir a prestação de contas
• Assegurar o cumprimento dos padrões éticos, das leis e dos procedimentos aplicáveis
• Monitorar os progressos e avaliar os resultado
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Desconhecimento sobre seu papel
Inexistência de procedimentos para renovação
Falta de avaliação de desempenho do Conselho e do
Executivo
O que pode levar um Conselho a não
cumprir o seu papel?
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Desmotivação e baixo nível de participação:
• Número de membros
• Pouca diversidade de competências
• Controle exercido por um ou dois membros
(fundador p.e.)
• Qualidade das reuniões
O que pode levar um Conselho a não
cumprir o seu papel?
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Conhecem suas responsabilidades
Sabem a diferença entre governar e administrar
Buscam a diversidade: habilidades, experiências,
conhecimentos
Conselhos que cumprem o seu papel
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Compreendem os diferentes “interessados”
(stakeholders) da organização
Estabelecem processos claros de tomada de decisão
Têm medidas claras para avaliar o sucesso
Conselhos que cumprem o seu papel
Responsabilidades do Diretor Executivo
Dirigir, liderar e representar a organização
Recomendar para a decisão do Conselho ou órgão
superior as estratégias de curto, médio e longo
prazo, da organização
Preparar a proposta de planejamento e orçamento
anual e plurianual da organização
Responsabilidades do Diretor Executivo
Apresentar ao Conselho ou órgão superior os
relatórios de execução de projetos e orçamento
Estabelecer comitês de apoio quando necessário
Zelar pela ética e valores institucionais da
organização
Falta de alinhamento com objetivos da organização
Falta de alinhamento de expectativas/desempenho
esperado
Falta de estrutura organizacional
Desmotivação
Pouca experiência profissional ou de gestão
O que pode levar um Executivo a não
cumprir o seu papel?
Conselho Fiscal
Comitês:
Consultivo (Programas, Projetos, Temas, etc)
Gestão
Comunicação
Investimentos
Auditoria
Outros órgãos de governança
Exemplo de Estrutura de Governança
Outros Comitês
Conselho
Conselho Fiscal
Comitês de Apoio
Programas e Projetos
Comunicação
Financeiro
Administrativo
Diretor Executivo
• No processo de formalização de uma organização, a
governança, ou seja, a definição clara do processo
decisório é de grande relevância.
• A governança passa pela definição de um órgão
(Conselho) que será o responsável pelas decisões
estratégicas e de longo prazo da organização, de um
responsável pela execução (Diretor Executivo) e
regras e processos.
Conclusão
LIDERANÇA
MARCOS KISIL
Definição de Liderança
A habilidade de influenciar pessoas para trabalharem
entusiasticamente visando atingir objetivos comuns,
inspirando confiança por meio da força do seu caráter.
Habilidade: uma capacidade aprendida ou adquirida
Influenciar: fazer com que as pessoas contribuam com entusiasmo, de
preferência com o coração, a mente, a excelência e outros recursos. E se
tornem as melhores que são capazes de ser.
Caráter: reflete nosso empenho em fazer o que é certo, ignorando impulsos
ou caprichos e independentemente dos custos pessoais.
1. Desafiar o estabelecido.
2. Empreender e Inovar
2. Inspirar uma visão compartilhada.
3. Permitir que os outros ajam.
4. Apontar o caminho.
5. Encorajar o coração .
1. Faz as pessoas gostarem de executar o que ele quer.
2. Pessoas querem ajuda-lo e se sintam realizados com isso.
3. Não tem subordinados, tem seguidores. Ele não dá ordens,
mas todo mundo faz o que ele deseja.
4. Faz com que as pessoas tenham interesse comum ao dele.
5. Transmite segurança, confiança. Ele inspira lealdade.
Características marcantes de
personalidade possuídas pelo Líder
Maneiras e estilos de comportamento
adotados pelo Líder
Adequação do comportamento do Líder
às circunstâncias da situação e dos
liderados
As Teorias Sobre Liderança
Teorias de Traços
de Personalidade
Teorias sobre
Estilos de Liderança
Teorias Situacionais
de Liderança
-Líderes não se criam - já nascem assim.
-Atuam com tal facilidade e eficiência que é
ridículo supor que suas habilidades tenham
sido aprendidas.
É UM EQUÍVOCO
-Líderes executam três atividades principais:
- visão que determina o caminho a seguir,
- fazer com que as pessoas atuem de
acordo com esta visão e
- motivá-las para alcançar esta visão.
EXIGE EXPERIÊNCIA E APRENDIZADO
Líder que escolhe um estilo certo, com as
pessoas certas, na hora certa.
EXIGE EXPERIÊNCIA E APRENDIZADO
1. O chefe conduz as pessoas, o líder aconselha .
2. O chefe inspira medo, o líder entusiasmo.
3. O chefe diz “eu” , o líder, “nós”.. ..
4. O chefe se preocupa com coisas, o líder com
pessoas.
5. O chefe colhe os louros, o líder os distribui.
6. O chefe enxerga o hoje, o líder contempla o
amanhã .
Diferenças entre o Líder e o Gerente
Gerentes Líderes
Atitudes impessoais e passivas em
relação a metas;
Tendência a ver o trabalho como um
processo de possibilidades
envolvendo algumas combinações
de pessoas e ideias interagindo
para estabelecer estratégias e tomar
decisões;
Relacionamento com pessoas de
acordo com o papel que estão
representando numa sequencia de
acontecimentos ou num processo de
tomada de decisão
Atitudes pessoais e ativas em relação
a metas;
Trabalho em posições de alto risco. Buscam o
risco e perigo sobretudo quando as recompensas
são altas;
Relacionamento com as pessoas de
maneira mais intuitiva e com empatia
É a maneira como trabalhamos e
agimos quando procuramos exercer
influência sobre o desempenho de
outros.
Estilos de Liderança
Autocrática – o líder fixa as diretrizes, as formas de execução das tarefas e as atribuições de cada um no grupo.
Subordinados
Líder
Estilos de Liderança
Democrática – as diretrizes, as formas de execução e as tarefas de cada um são debatidas e decididas pelo grupo, com o apoio e estímulo do líder.
Subordinados Líder
Estilos de Liderança
Liberal – as formas de execução e as tarefas de cada um são decididas exclusivamente pelo grupo, sem a participação do líder, que não interfere no curso dos acontecimentos.
Subordinados Líder
Liderança Servidora
“Descobre as necessidades prioritárias dos outros e
tenta atendê-las.”
Robert K. Greenleaf
Flexível e compreensivo. Não tem preconceitos. Valoriza o talento
natural e as virtudes reais de cada um. Se exprime com bondade,
evitando o enfoque negativo. Quando faz críticas, são sempre
construtivas. Sua vontade é que cada ser humano possa revelar o
que tem de melhor, de mais elevado.
.
As pessoas nascem ou se tornam líderes?
Pode haver muitos “líderes natos”, mas são bem poucos para que possamos depender deles. A liderança é uma coisa que deve ser adquirida.
Peter Drucker
“A liderança começa com o processo
de conhecer e controlar a si mesmo.
Somente depois disto podemos então
liderar e servir outros.”
The Leadership Trust Foundation
Desenvolvimento da Liderança
eu
nós outro
Desenvolvimento da Liderança
Atitude - como me comporto - como deveria me comportar
Habilidade - O que sei fazer - O que preciso aprender a fazer
Conhecimento - o que sei - o que preciso saber
Desenvolvimento da Liderança
Eu Auto-conhecimento Auto-análise (pontos fortes e fracos)
Nós potencializar
fortalezas e evitar as
fraquezas
Outro Relacionamento com o outro Conhecer pontos fortes e fracos do outro
Desenvolvimento da Liderança
O Líder Eficaz
procura pela melhor pergunta,
aceita a inexperiência,
mantém-se em movimento,
canaliza as decisões para aqueles que têm à mão o
melhor conhecimento sobre determinado assunto,
cria boas soluções com arte,
é obcecado pela atualização,
encoraja a improvisação e
é profundamente consciente da sua ignorância pessoal”.
(Weich)