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Soluções com futuro Energia A nova casa da Democracia Marqueses da Praia N.º 23 Loures Convida Educação Actividades e equipamentos para todos Super Bock Super Rock Verdadeiro rock ...junto ao rio que vale a pena VERÃ

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Soluções comfuturo

Energia

A nova casada Democracia

Marquesesda Praia

N.º 23

LouresConvida

Educação

Actividadese equipamentospara todos

Super BockSuper Rock

Verdadeiro rock...junto ao rio

que vale a penaVERÃ

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Sumário

CONTACTOS ÚTEIS: Geral, Presidência, Acção Social, Ambiente, Áreas Urbanas de Génese Ilegal, Educação, Desporto, Juventude, Gestão Urbanística, Habitação, Obras Municipais, Recursos Humanos 21 982 98 00• Actividades Económicas 21 982 69 60 • Assembleia Municipal 21 984 88 28 • Biblioteca Municipal José Saramago 21 982 62 02• Comissão de Protecção de Crianças e Jovens 21 984 88 78 • Gabinete de Apoioao Consumidor 21 982 30 62/28 54 • Gabinetes de Atendimento à Juventude: Loures 21 982 07 17, Sacavém 21 941 06 89, Santo António dos Cavaleiros 21 988 18 90/1 • Gesloures 21 982 67 00 • LouresParque 21 982 12 81 • Museu da Cerâmica de Sacavém 21 940 98 90 • Museu Municipal de Loures 21 983 96 00 • Parque Municipal do Cabeço de Montachique 21 985 61 52 • Parque Urbano deSanta Iria de Azóia 21 955 70 50 • Posto de Atendimento ao Cidadão LoureShopping 21 983 14 36, Sacavém 21 949 85 65 • Protecção Civil 21 984 96 00 (24 horas/dia) • Serviço de Apoio à Criação de Empresase Emprego 21 982 69 60 • Serviços Municipalizados de Loures 21 984 85 00, Piquete 21 983 95 00 • Turismo 21 982 98 95 • Veterinário Municipal 21 983 11 47

» Loures Municipal

Fern

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A mudança de hábitos e rotinas das novas tecnologias não pára de nos surpreeender. Se há uns anos as chamas dos isqueiros eram a imagemde marca dos grandes eventos musicais, os novos tempos trouxeram o advento dos telemóveis. Agora, a luminosidade do gás em combustãofoi substituída pelo brilho dos ecrãs. O movimento antitabágico ganhou pontos. A luta contra a pirataria musical continua a perder.

Carnaval Saloio

Conheça “por dentro” o Paláciodos Marqueses da Praia, em Loures,o novo edifício municipal.

Um dos temas“quentes” daactualidade,a energia,é focado“à lupa”nesta edição.

Pág. 6 ––––– Equipamentos

Pág. 25 ––––– Energia

8SuperBock, Super Rock em formato XLJuventude

6Um palácio renovadoEquipamentos

Educação Artes e Rabiscos, um sucesso 13

Segurança20

Oferta de coletes à prova de balaà PSP de Loures

AUGI Legalizações prosseguem 22

SMAS 24Sistema de Telegestão em acção

À Lupa Energia 25

Desporto Torneio Internacional de NataçãoIntegrada 39

Museus Sacavém na rota da cultura europeia 5

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Editorial

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Carlos Teixeira

As questões relativas à produção, fornecimen-to e consumo de energia assumem uma importânciacrucial no mundo de hoje.

Indispensáveis à sobrevivência humana e aodesenvolvimento das actividades económicas, os re-cursos energéticos constituem um bem que é ne-cessário gerir com racionalidade. Nos últimos anos,a humanidade despertou para o problema do es-gotamento dos combustíveis fósseis e iniciou autilização de energias renováveis. Simultaneamen-te, os consumidores foram adquirindo consciênciado impacte ambiental e dos custos económicos asso-ciados à exploração e consumo energéticos.

Sendo este um tema na ordem do dia, a LouresMunicipal apresenta nesta edição o balanço do in-vestimento e dos projectos que têm vindo a ser desen-volvidos no Município. Neste âmbito, a construçãode edifícios públicos com recurso às mais avançadastecnologias de aproveitamento energético e a insta-lação no concelho de semáforos alimentados a ener-gia solar são dois exemplos da atenção que a Câmaradedica a esta matéria e constituem para nós motivode orgulho.

Quanto à actualidade concelhia, o destaque vaipara a inauguração do novo edifício municipal noPalácio dos Marqueses da Praia e de Monforte. Res-taurado e ampliado, este imóvel histórico, que foi aprimeira sede do Município de Loures, entre 1887 e1893, volta a acolher as reuniões dos órgãos autár-quicos, reassumindo assim o papel de sede do poderque lhe coube no passado. As reuniões de Câmara eas reuniões da Assembleia Municipal têm agora lugarneste espaço polivalente, o mesmo sucedendo comas reuniões do Conselho Municipal de Segurança edo Conselho Municipal de Juventude, entre outras.

Uma outra prova da importância que damosaos edifícios históricos reside na apresentação, pe-la Câmara, de um projecto para a recuperação doEdifício 4 de Outubro, o imóvel onde a bandeirada República foi pela primeira vez hasteada, a 4 de

Outubro de 1910. O projecto foi alvo de uma can-didatura ao Mecanismo Financeiro do EspaçoEconómico Europeu, aguardando-se uma decisão.

Porque o trabalho autárquico não se esgota narealização de obras, as escolas do concelho voltarama estar no centro das atenções, com as iniciati-vas “Artes e Rabiscos” e “Escola Encena”. A mostra“Artes e Rabiscos” promoveu a divulgação dos pro-jectos escolares de instituições de ensino básico esimultaneamente proporcionou momentos lúdicosàs crianças dessas escolas. A “Escola Encena” levouaos palcos de Loures e Moscavide espectáculos pro-duzidos por escolas dos ensinos básico e secundário.

O ambiente marcou também a agenda dosúltimos dois meses, com a Semana do Ambiente eda Bicicleta. A saúde esteve em destaque no mêsde Maio, Mês do Coração, com o exercício físico asair à rua, através da iniciativa “Exercício em Acção,Coração de Campeão”.

A recuperação das áreas urbanas de génese ilegalprosseguiu a bom ritmo, com a entrega do alvaráde loteamento ao Bairro da Quinta da Calçada e aaprovação, em reunião de Câmara, do projectode reconversão do Bairro do Tazim. No âmbito doPrograma Especial de Realojamento, mais 16 fa-mílias receberam as chaves de novas habitações.

O desporto esteve mais uma vez em foco, comvárias iniciativas a decorrer um pouco por todo oconcelho, abrangendo diversas modalidades.

De tudo isto e muito mais vos damos contanesta edição.

Neste início da época estival, desejo a todos osleitores umas excelentes férias.

Restaurado e ampliado, este imóvel histórico [Palácio dos Marqueses da Praiae de Monforte], que foi a primeira sede do Município de Loures, entre 1887 e1893, volta a acolher as reuniões dos órgãos autárquicos, reassumindo assimo papel de sede do poder que lhe coube no passado. As reuniões de Câmarae as reuniões da Assembleia Municipal têm agora lugar neste espaçopolivalente, o mesmo sucedendo com as reuniões do Conselho Municipalde Segurança e do Conselho Municipal de Juventude, entre outras.....

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Director

Carlos Teixeira

Directora-adjuntaPaula Costa

CoordenaçãoDivisão de Informaçãoe Relações Públicas

RedacçãoAna AmorimAna Filipa CaçapoAna Rute TeixeiraMiguel SanchoSónia Moreira

RevisãoJorge Reis Amado

FotografiaFernando ZarcosJosé BrancoPaulo Morais

ArquivoFotográfico

Carla PatrícioEdite FrazãoIsabel Martins

Paginaçãoe Grafismo

António LourençoVera Santos

ArquivoMarta Santos

Montagem e ImpressãoHeska Portuguesa,Indústria Tipográfica, SA

PropriedadeCâmara Municipal de LouresPraça da Liberdade2674-501 LOURES

Telefone21 983 85 99

Telefax21 982 02 71

Distribuição gratuitaPeriodicidade: bimestralTiragem: 75 000 exemplaresDepósito legal n.º 183565/02ISSN 1645-5088

Revista Loures Municipal,Av. Dr. António Carvalho Figueiredo,n.º 14B, – 2670-405 Loures

[email protected]

Personalidades

» Loures Municipal

Maio – Junho 2006

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Augusto Dias da Silva nasceu em Lisboa, a 6 deNovembro de 1887. Oriundo de uma família burguesa,tinha uma vida relativamente desafogada, com base,fundamentalmente, na economia de uma pequenaunidade industrial, a Fábrica Nacional de Ferragens.Com a morte do pai, herdou a fábrica e tornou-se seudirector.

Com apenas 18 anos, entra na política partidária,tendo-se filiado no Partido Operário Socialista Portu-guês, mas é só aos 32 que se torna uma figura pública.Deputado durante a I República, Ministro do Trabalhodo Governo presidido por José Relvas (26 de Janeiroa 30 de Março de 1919), e depois por Domingos Pereira(30 de Março a 30 de Junho de 1919), e Vereador daCâmara de Loures entre 1919 e 1926, Augusto Diasda Silva foi um homem empenhado na transformaçãoeconómica, cultural e social do concelho.

É de sua autoria a legislação institucionalizadorado horário de trabalho de oito horas, o plano deconstrução dos bairros sociais e o projecto de ressur-gimento que assentava em acções concretas, taiscomo a regularização do leito do rio Trancão, a cons-trução de uma albufeira a norte do Freixial e aconstrução de um hospital, projecto que continuaactual. Considerando que toda a região saloia erazona turística, fundou ainda uma empresa de trans-portes que realizava viagens recreativas a Montachi-que, Bucelas e Caneças, entre outros locais.

Augusto Dias da Silva viria a morrer cedo, comapenas 40 anos de idade. Actualmente, no concelhode Loures é possível encontrar referências a esta figurahistórica, nomeadamente em arruamentos dasfreguesias de Santo Antão do Tojal e de Santo Antóniodos Cavaleiros.

A partir de agora, este é o espaço dedicado àsnovidades do sítio da Câmara de Loures. Em cadaedição da Loures Municipal destacaremos uma novasecção, para que fique a conhecer, em “primeira-mão”,os serviços e informações que vão sendo colocados àsua disposição.

Desta vez, o destaque vai para o arquivo da LouresMunicipal (inserido no link “Publicações”). A partirde agora, poderá ler todas as edições, desde o primeironúmero, em formato integral. Para isso, só terá dedescarregar o ficheiro em versão PDF (Portable Do-cument Format) no seu computador.

Deixamos-lhe ainda outra dica: aproveite e vejacom atenção a página inicial, com actualização diáriade notícias, uma agenda repleta de eventos, as expo-sições patentes nas galerias e nos museus municipais

Inform@ção sempre actualO sítio oficial da Câmara Municipalde Loures – www.cm-loures.pt –é um meio de comunicação de excelênciaentre a Autarquia e os seus munícipes,visitantes, trabalhadores, estudantesou empresários do concelho. São muitosos cidadãos que, pelos mais diversosmotivos, o visitam diariamente.

e toda uma série de informação útil sobre o seuconcelho, nomeadamente ordens do dia das reuniõesde Câmara e assembleias municipais, legislação,regulamentos de concursos, entre outras temáticas.

Aceite o desafio. Venha navegar connosco!

Loures on-line

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Cultura

Fórum Europeu de Museus

Museu da Cerâmica na rotainternacional da cultura

O Museu da Cerâmica de Sacavémrecebeu, a 12 de Maio, a visitado Fórum Europeu de Museus (FEM).Realizada no âmbito da entregado Prémio de Museu do Ano,que em 2006 decorreu em Portugal,esta visita vem reforçara posição do concelho de Louresno panorama cultural europeu.

Lisboa foi a cidade escolhida para aedição de 2006 da entrega do “EuropeanMuseum of the Year Award”, organizadapelo Fórum Europeu de Museus. O evento,que decorreu entre 10 e 13 de Maio, incluiua visita ao Museu da Cerâmica de Sacavém,galardoado pelo FEM em 2002 com oprémio Luigi Micheletti.

Dia 12 de Maio, Sacavém acolheua visita dos mais altos representantes doFórum Europeu de Museus, bem como dediplomatas e representantes do comércioe da indústria. No discurso que antecedeu avisita ao museu, Wim van der Weiden,Director do FEM, enalteceu o trabalhorealizado pela Rede de Museus de Loures,afirmando que “é relevante que museusdesta qualidade mantenham a identidade dapopulação local”. Satisfeito com esta visita,Carlos Teixeira, Presidente da Câmara deLoures, destacou “o esforço realizado pelaAutarquia no sentido de preservar a diver-

sidade do património cultural do concelho”.Do programa, seguiu-se o almoço-

-convívio e a visita ao museu, com especialdestaque para a exposição comemorativa dos150 anos da Fábrica da Louça de Sacavém,que incluiu um ateliê de construção de peçasem cerâmica, no qual todos puderam parti-cipar. A visita contou ainda com a presençado Vice-Presidente da Câmara de Loures, Bor-ges Neves, dos vereadores João Pedro Domin-gues, Ricardo Leão, Anabela Pacheco e PauloGuedes da Silva.

A cerimónia de entrega dos prémiosdecorreu a 13 de Maio, no Palácio da Ajuda,

na presença de 200 pessoas de 28 paíseseuropeus. Desta feita, o “European Museumof the Year Award”, prémio principal quedistingue o museu eleito como melhordo ano, foi atribuído ao CosmoCaixa, emBarcelona. Por seu lado, o Churchill Mu-seum, de Londres, arrecadou o “Council ofEurope Award”, atribuído ao museu quemelhor contribuição tenha dado na preser-vação do património europeu. Já o “Miche-letti Award”, que premeia o museu maispromissor no domínio técnico ou industrial,foi entregue ao Tom Tits Experiment, emSödertälje, Suécia.

A capela do Museu Municipalde Loures acolheu, no passadodia 6 de Maio, o debate“Benza-te Deus!”. A iniciativa,inserida no âmbito da exposiçãoOs sonhos de Constantinoe o mundo de hoje, ajudoua desvendar as práticas mágicasusadas na protecção às crianças.

Patente no Museu Municipal de Louresaté Outubro, a exposição Os sonhos deConstantino e o mundo de hoje foi motepara mais um debate, desta feita dedicado àtemática das práticas mágicas.

Num ambiente acolhedor, a capela doMuseu Municipal da Quinta do Conven-tinho encheu-se de curiosos, que quiseramconhecer um pouco melhor o significadodas tradições de práticas mágicas utili-zadas na protecção às crianças.

Na iniciativa participaram, como ora-dores, Fernando Sequeira Torres, doutoradoem Antropologia pela Universidade Novade Lisboa, que trouxe à memória dos pre-sentes a figura do benzedeiro e as práticasde defesa infantil como o compadrio ouo patrocinato, e Águeda Dinis, de São Juliãodo Tojal, que testemunhou antigas vivên-cias deste tipo de práticas e crenças.

“Histórias de encantar, cantigas deembalar” é o tema do próximo debate, arealizar a 24 de Junho, igualmente no Mu-seu Municipal de Loures.

“Benza-te Deus!”

A tradiçãodas práticasmágicas

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Equipamentos

Foram muitos os convidados que não quiseram faltar à (re)inau-guração do Palácio dos Marqueses da Praia, edifício emblemático doconcelho de Loures, que conta mais de cem anos de existência. De facto,esta data ficará marcada na história do Município como aquela em queas portas das novas instalações municipais foram abertas ao público eàs forças políticas representadas.

Presente no evento esteve Jaime Gama, Presidente da Assembleiada República e convidado especial desta inauguração, distinguidodurante a cerimónia pelo Presidente da Câmara de Loures, Carlos Teixeira,com a medalha de honra do concelho.

Além do Presidente da Câmara, também Pedro Farmhouse, Presidenteda Assembleia Municipal, Francisco Vitorino e Fernando Borges, primeiroe segundo secretários da Assembleia, toda a vereação do Município, assimcomo os líderes dos partidos com assento na Assembleia Municipal,receberam Maria Adelaide Rocha, Governadora Civil de Lisboa, e JaimeGama que, em tom de brincadeira, e aproveitando para valorizar a obrafeita, referiu que ao chegar ficou “com a noção de que estava a aproxi-mar-se da sede do Parlamento Europeu”, transmitindo ainda o “desejosincero de que toda esta modernidade, dinâmica e força dos seus autarcastenha tradução na continuação da revitalização do concelho de Loures”.

Depois da recepção ao som da Banda dos Bombeiros Voluntários deLoures, do descerramento da placa inaugurativa e da assinatura do livrode honra, já no Salão Nobre, seguiu-se a subida à Sala de Sessões. Peran-te o olhar de dezenas de convidados, entre os quais Menezes Rodrigues,

Novo edifício municipal

Palácio dos Marquesesda Praia abre portas

No dia 12 de Maio, o Parque da Cidade, em Loures,engalanou-se para a inauguração do Paláciodos Marqueses da Praia e de Monforte, um edifíciodo século XIX que, após obras de restauro e ampliação,é agora, além de sede da Assembleia Municipal,casa para diversos serviços autárquicos.

A primeira Assembleia Municipalna sua “nova casa”

Jaime Gama no uso da palavradurante a Sessão Solene

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Um pouco de História

Edificado a partir da recuperação e am-pliação do Palácio dos Marqueses da Praia ede Monforte, o novo equipamento, de doispisos, concilia, de forma funcional, as facha-das de uma casa apalaçada de meados do sé-culo XIX, com uma construção moderna quese desenvolve em torno do espaço nuclearque é a ampla sala de sessões. Neste paláciofuncionaram, entre 1887 e 1893, os primei-ros Paços do Concelho de Loures. A título decuriosidade, refira-se que a primeira reuniãode câmara ocorreu no dia 7 de Julho de 1887,sob a presidência de Anselmo BraamcampFreire. Contudo, em 1893, o edifício foi deso-cupado, passando a ser utilizado pelo marquêsda Praia e de Monforte. Em 1999, após anosem estado de ruína e abandono, a empresaCredifilis adquiriu a propriedade aos herdeirosdo marquês, tendo os terrenos e o palácio sidodoados, em Junho de 2000, à Câmara Mu-nicipal de Loures.

Maria José Carrilho, Maria de Lourdes PaivaFernandes, Irene Veloso e Fernando Fontinha(em representação de seu pai), todos ex-Pre-sidentes da Assembleia Municipal de Lou-res, Margarida Almeida, Juíza Presidente daComarca de Loures, Maria de Belém, Depu-tada, administradores dos serviços municipa-lizados e das empresas municipais, presidentesde junta e de assembleias de freguesia, repre-sentantes das forças de segurança, comandan-

tes e presidentes da direcção dos diversos corposde bombeiros do concelho, foi dado início àsessão extraordinária da Assembleia Municipal,que ficou marcada pelas intervenções de CarlosTeixeira, dos representantes das forças parti-dárias com assento na Assembleia Municipal,de Pedro Farmhouse e de Jaime Gama, queassinalaram com convicção e contentamento aimportância deste equipamento na vida demo-crática do concelho.

Representando um investimento de 1,4 mi-lhões de euros, as novas instalações são cons-tituídas por sala de sessões com capacida-de para acolher os 51 deputados municipais eo executivo camarário, dispondo ainda desessenta lugares sentados para o público.Contemplam também átrio com espaço paraexposições, salão nobre, gabinetes para ospresidentes da Câmara e da Assembleia Muni-cipal, salas de trabalho para os diversos grupospolíticos e espaços para funcionamento admi-nistrativo e apoio logístico.

Um momento único:o descerrar da placainaugurativa

As 18 bandeiras das freguesiasque constituem o Concelhode Loures

Um espaço polivalente. A reuniãodo Conselho Municipal de Segurançano novo equipamento é a prova disso mesmo

A partir de agora é aqui quese realiza a Reunião de Câmara.No dia 8 de Junho, houve lugarà primeira sessão

Tiago Abade (PS)“A inauguração deste edifício contribuide forma decisiva para uma maiorcredibilidade da Assembleia Municipalde Loures, o que se traduzirá numa maiorproximidade entre eleitores e eleitos.E é este o desafio que nos colocaa democracia hoje em dia: o desenvol-vimento da democracia participativa.”

Henriqueta Sabino (CDU)“A população já merecia ter um espaçoamplo com acesso mais facilitado quelhe permita ter uma participação nestaassembleia. Faço um apelo para queusemos todos os mecanismos ao nossoalcance na perspectiva de sensibilizaros munícipes a participarem mais numórgão que é deles e para eles.”

Suzana Toscano (PSD)“Uma casa nova é vista, muitas vezes,como um recomeço. A AssembleiaMunicipal tem de saber escrever, nestasua nova casa, a história que vai construir,uma visão política solidária, exigentee intransigente, para irmos de encontro aosinteresses das pessoas e das comunidades.”

Vítor Edmundo (Bloco de Esquerda)“Quero saudar o facto de se inaugurara sede própria da Assembleia Municipal deLoures. Também os partidos, ao lhes serematribuídos espaços próprios, têm condiçõespara exercerem com maior qualidadeo mandato que lhes foi conferido.”

Pedro FarmhousePresidente da Assembleia Municipal«Estas instalações, cuja necessidade hámuito se fazia sentir no concelho, vãopermitir ter uma “porta aberta” paraos munícipes e projectar a AssembleiaMunicipal para novos patamaresde intervenção cívica e política.»

Carlos TeixeiraPresidente da Câmara Municipal de Loures“Acredito que hoje estamos a dar maisum passo importante para responderao desafio que a complexidade dos temposnos coloca: melhorar e credibilizaro funcionamento da nossa democracia,tornando-a cada vez mais eficaz,participada, transparente e responsável.”

Jaime GamaPresidente da Assembleia da República“A Assembleia Municipal é um grandeinstrumento de fiscalização e de debatepolítico moderno e racionalizado. É esteconfronto de ideias que reforça o tecidosocial e político e contribui para que hajadinâmica de crescimento e progresso.Estou certo e seguro de que o concelhode Loures vai nessa direcção.”

Testemunhos

A imagem do passado. Aspecto doPalácio Marqueses da Praia antesdas obras de restauro e ampliação

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Juventude

Há muito aguardado pelos fãs dos fes-tivais de música, o Super Bock Super Rock,que este ano se apresentava em formato XL,não defraudou as expectativas, proporcio-nando quatro dias inesquecíveis de música eanimação no Parque Tejo, em Sacavém.

Dividido em dois actos, o evento,apoiado pela Câmara de Loures e pela Jun-ta de Freguesia de Sacavém, apresentou, nos

dias 25 e 26 de Maio, um cartaz mais“pesado”, dedicando os dias 7 e 8 deJunho às sonoridades do rock, hip-hope reggae.

Os portugueses Ramp abriram ashostes no dia em que também subiram

ao palco principal Moonspell, WithinTemptation e Korn, que apresenta-

ram novos temas do últimoálbum, See you on the otherside. Placebo, Alice in Chains eTool marcaram as actuaçõesdo segundo dia do festival, oque registou maior enchente.

Depois de um curto in-tervalo, que deu lugar àBocktoberFest, o Super BockSuper Rock regressou a 7 de

Junho, com uma invasãode figuras públicas entu-siasmadas para assistiremàs actuações de Keane eFranz Ferdinand. Antesdisso subiram ao palco osveteranos The Cult, com Ian

Super Bock Super Rock XL

Parque Tejoao rubroA 12.ª edição do Super Bock SuperRock, desta feita em formato XL,trouxe ao Parque Tejo quatro diasde muita animação. Os grandesnomes da música nacionale internacional fizeram as delíciasdo público, que vibrou como festival até ao último minuto.

Astury a cativar o público, não só com asmúsicas da banda, mas também com as cons-tantes referências futebolísticas, a dois diasdo início do Mundial de futebol. Também osKeane criaram forte empatia com o público,numa actuação mais intimista. A liderar atabela das expectativas do festival estavam osescoceses Franz Ferdinand, que fizeram vibraro público ao som de temas como Take me out,Matinée ou Walk Away.

O espectáculo do alemão Patrice encerroua 12.ª edição do festival, na mesma noite emque actuaram 50 Cent, Pharrel, Boss AC, entreoutros.

A música alternou entre o palco principale o da Quinta dos Portugueses, que recebeuas novas revelações da música nacional, bemcomo nomes já conhecidos do público, comoBizarra Locomotiva, The Legendary Tiger Man,Mind Da Gap e Mercado Negro.

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BocktoberFest

Festa da Cerveja no “intervalo”Festa da Cerveja no “intervalo”

De 31 de Maio a 4 de Junho, o ParqueTejo recebeu pela primeira vez uma superfestada cerveja, a BocktoberFest, organizada pelaSuper Bock.

Durante cinco dias, o passeio ribeirinho doTrancão foi o ponto de paragem para mi-

Durante o intervalo entre os doisactos do festival Super Bock SuperRock, o Parque Tejo não parou.A música foi uma constantee a cerveja… a rainha da festa.

lhares de visitantes, que não resistiram a provaras várias marcas de cerveja presentes noevento. Cerca de 2400 lugares em esplanada,14 quiosques com petiscos e muita animaçãode rua – insufláveis, andarilhos, pinta-caras,bycicle man, etc. – ajudaram à festa que, comonão podia deixar de ser, só ficou completa como som dos vários artistas que por lá passaram.Canta Bahia, Santos & Pecadores, 2U e FF(Fernando Fernandes), conhecido actor da sérieMorangos com Açúcar, que está a dar osprimeiros passos na música, foram os convi-dados para animar as noites em que a cervejateve o papel principal.

Animação para todos os gostos

Mas o Super Bock Super Rock XL ofereceu muitomais que música... Um pouco por todo o recinto,inúmeras actividades convidavam o público, que corriade stand em stand à procura de novas emoções.

À entrada, a Filipinos transformava os jovens emrepórteres, sendo a melhor reportagem transmitidanos ecrãs gigantes junto ao palco. Já lá dentro, opúblico era convidado a falar para as câmaras du-rante um minuto, com o melhor filme a ser difundidona Internet. Mal tocava a sirene, começava a correriapara conseguir ganhar os cereais oferecidos.

Por seu lado, a CP ofereceu 20 inter-rails paraos destemidos que se arriscaram nas provas My dearbed, Get a train e All you can eat, a retratarem umpouco do quotidiano dos festivais de Verão.

Com vários jogos a desafiar o público, a Wortendeu oportunidade aos vencedores do passatempo “AirGuitar” de assistirem aos concertos em local pri-vilegiado, e ainda de falaremcom alguns dos artistas quepassaram pelo palco principal.

Dança, body painting, pin-tura de T-shirts, massagens emudança de visual foram ou-tras das actividades que des-pertavam a atenção de todos osque passaram pelo Parque Tejo nestes

quatros dias.

1 ––––– Within Temptation2 ––––– Korn3 ––––– Primitive Reason4 ––––– Keane5 ––––– Mercado Negro6 ––––– 50 Cent

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Juventude

Pela primeira vez, o Parque Tejo, emSacavém, acolheu a grande festa dos univer-sitários – o Festival Académico de Lisboa. Du-rante quatro dias, os jovens vibraram ao somdo rock, reggae e hip-hop, e tiveram ainda aoportunidade de conhecer novos projectosda música nacional.

Quinzinho de Portugal abriu as hostes,a 3 de Maio, numa noite dedicada à músicapopular portuguesa, que contou com a actua-ção de Quim Barreiros, Delirium e Tino deRans, acompanhado por Leonor Sousa.

Carlos Teixeira, Presidente da Câmara de

Loures, Ricardo Leão, Vereador responsávelpelo pelouro da Juventude, e Fernando Marcos,Presidente da Junta de Freguesia de Sacavém,não faltaram à inauguração do evento, mos-trando-se bastante satisfeitos com a afluênciados estudantes ao Parque Tejo.

Mind Da Gap, Alpha Blondy, Souls of Fire,Mercado Negro, Expensive Soul, Moonspell eBlasted Mechanism foram alguns dos nomesque subiram ao palco nos restantes dias.

A festa continuou no Palco Novas Bandas,dedicado a novos projectos musicais, no PalcoTunas e na Megatenda Discoteca, onde disc joc-

keys (DJ) como Diego Miranda (X-Club), Hands(Roxy Club) ou Pedro Simões (Cenoura do Rio)animaram os mais resistentes pela noite dentro.Empenhada em dar a conhecer novos talentosdo Concelho, a Câmara de Loures promoveu aactuação, no palco secundário, de quatrojovens bandas – Twelve 2Go, WSB, The Astere Império Suburbano –, bem como da Asso-ciação Portuguesa de Capoeira.

O festival oferecia ainda aos jovens umespaço animado pelas diversas associações deestudantes, em stands decorados de formaoriginal, um espaço dedicado ao comércio de

O espírito académico invadiu o Parque Tejo, em Sacavém,durante quatro dias de muita animação. Entre 3 e 6 de Maio,cerca de 40 mil jovens assistiram ao Festival Académicode Lisboa que, uma vez mais, foi um sucesso.

Festival Académico de Lisboa

Estudantes em festa!Festival Académico de Lisboa

Estudantes em festa!

Carolina AndradeUniversidade Católica Portuguesa,residente na Portela

“Já é a segunda vez que venhoao Festival Académico e pensoque está muito animado, apresentaum cartaz muito aliciantee o ambiente também é óptimo.”

Sérgio HenriquesUniversidade Autónoma deLisboa, residente em Odivelas

“Vim ao festival principalmentepelo ambiente e pelo convívio,embora o cartaz também sejamuito bom. Penso que o espaçotambém foi bem escolhido.”

Ana RodriguesEx-universitária,residente em Loures

“Este espaço é muito bom, éamplo, dá para acolher bemas pessoas e é de fácil acesso.Penso que é bom não fazersempre os eventos no centrode Lisboa.”

Diana FerreiraInstituto Superior de Ciências Sociais e Políticas,residente em Alfragide

“Este tipo de eventos permite que haja uma maiorinteracção entre os estudantes das diferentesfaculdades, coisa que não acontece durante o restodo ano lectivo. Estou a gostar muito do ambienteque aqui se vive e também do espaço.”

Ricardo ActoPresidente da Associação Académicade Lisboa

“Fiquei muito satisfeito com as condições oferecidas.É complicado encontrar espaços com estas condiçõesno centro de Lisboa, e uma vez que a Câmarade Loures se disponibilizou desde o início paranos acolher, optámos por realizar aqui o festival.”

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«Loures Municipal 11

A dedicação da Junta de Freguesia de Santo António dos Cavaleirosaos jovens reflectiu-se num magnífico projecto de Ocupação de TemposLivres (OTL), que lhe valeu, por parte da Câmara Municipal de Loures,o primeiro prémio na atribuição de subsídios de excelência.

A escolha dos três melhores projectos de OTL, realizados pelasjuntas de freguesia do concelho em 2005, partiu de uma avaliaçãoque teve em conta, entre outros factores, a diversidade, o objectivodas actividades e o número de jovens destinatários.

Abrangendo áreas como a cultura, a história, o desporto e o la-zer, o projecto de OTL de Santo António dos Cavaleiros incluiu, alémdas habituais “idas à praia”, visitas a museus e a diversos locais deinteresse histórico e cultural, como o Convento de Mafra ou o Portugaldos Pequeninos, e ainda a prática de natação e de desportos radicais.Nestas actividades participaram mais de 350 jovens, o que comprovaa relevância e a qualidade do projecto.

Também as juntas de freguesia de Bucelas e de Moscavide foramdistinguidas, alcançando os segundo e terceiro prémios do subsídiode excelência, respectivamente.

Em Bucelas, os jovens tiveram oportunidade de conhecer emprofundidade o local onde residem, através do desenvolvimento deactividades em contacto com a população e as entidades da freguesia,como os Bombeiros Voluntários ou o Centro de Dia.

No projecto apresentado por Moscavide, destacam-se os ateliêssociopedagógicos que promoveram o convívio, bem como o cres-cimento pessoal dos jovens enquanto pessoas.

OTL

Santo Antóniodos Cavaleirosna linha da frenteA Junta de Freguesia de Santo António dos Cavaleirosrecebeu o primeiro prémio de excelência, concedidopela Câmara Municipal de Loures aos melhoresprojectos de Ocupação de Tempos Livres (OTL)para jovens. A oferta variada e o vasto númerode crianças e jovens beneficiados no projectoforam fundamentais para a atribuição da distinção.

artesanato, bem como um hospital de campanha, equipado de formaa responder a eventuais incidentes.

Quem por lá passou divertiu-se com o que de melhor há no espíritoacadémico. A Associação Académica de Lisboa também se mostroubastante satisfeita com as condições disponibilizadas no Parque Tejoe com o balanço dos quatro dias de festa.

Promover novos talentos

Um dos espaços mais “badalados” do Festival Académico foi aMegatenda Discoteca. Impulsionado pelo Bar/Discoteca Cenoura doRio, no Parque das Nações, em parceria com a Red Bull, este espaçopretendia proporcionar uma alternativa com música electrónica naSemana Académica de Lisboa.

Dar a conhecer novos DJ foi outro dos objectivos deste projecto,como explica Paulo Ribeiro, proprietário do Cenoura do Rio: “Para alémdos cabeças de cartaz, que são DJ profissionais com nome no mercado,idealizámos um projecto para dar oportunidade a jovens DJ uni-versitários, que estão a dar os primeiros passos e que não têm espaçoonde tocar, para se poderem mostrar no mercado onde estão inseridos.”

Os novos DJ não desiludiram e, no final dos festejos, Paulo Ribeirofez um balanço positivo da iniciativa: “Houve uma afluência muitogrande, até acima do que era esperado. Os próprios DJ universitáriosconseguiram dinamizar muito bem este projecto e o próprio espaço.”

Jigar Govinde, estudante do Instituto Superior de Contabilidade eAdministração de Lisboa, residente em Santo António dos Cavaleiros,foi um dos novos DJ a actuar na Megatenda Discoteca: “Estou muitograto pela oportunidade de poder tocar para tanta gente, pois é umcomeço muito bom. Espero que novas portas se abram através deste pro-jecto, para poder ser um DJ requisitado e com bom nome no mercado.”

Luís PalminhaFaculdade de Arquitectura,residente em Lisboa

“Acho que este espaço tem bastante potencial,já é bastante conhecido pela realização de outroseventos e, como tal, tem todas as condiçõespropícias à realização deste evento.”

Cláudia MauríciaEx-universitária,residente no Monte da Caparica

“Apesar de já ter terminado o curso, é a primeira vezque venho a um festival académico e o balançoé muito positivo. O espaço foi bem escolhido,pois é amplo e as ‘barraquinhas’ das faculdadestambém são muito animadas.”

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» Loures Municipal12

Educação

Dando continuidade ao trabalho efectuadono domínio da educação, a Câmara de Lourestem procurado dotar os estabelecimentos deensino de espaços dedicados à leitura. Destemodo, e no âmbito do Programa da Rede deBibliotecas Escolares da DREL, no dia 2 deMaio foi a vez de os alunos da Escola EB1/JIda Apelação comemorarem a inauguração dasua biblioteca escolar.

Na sessão solene, Felix Bolaños, Presidentedo Conselho Executivo do Agrupamento de

Escola EB1/JI Apelação

Nova biblioteca inauguradaNova biblioteca inauguradaA Escola EB1/JI da Apelaçãoinaugurou, a 2 de Maio, a BibliotecaMatilde Rosa Araújo, no âmbitodo Programa da Rede de BibliotecasEscolares da Direcção Regionalde Educação de Lisboa (DREL).As crianças comemoraram a datacom declamação de poemase dramatização de histórias.

Escolas da Apelação, sublinhou “a relevânciadestes momentos na vida da comunidadeescolar”, enquanto Carlos Teixeira, Presidenteda Câmara de Loures, afirmou que “a educa-ção continua a ser uma das prioridades daAutarquia, no sentido de contribuir para oenriquecimento do conhecimento dos jovens”.

A comemoração continuou com um mo-mento de dramatização e declamação depoemas da autoria da patrona da biblioteca,protagonizado pelas crianças da escola. De-pois do descerramento da placa, as criançasdeliciaram-se com as histórias contadas porAntónio Mota e Orlanda Rodrigues, anima-dores da Biblioteca Municipal José Saramago.

A inauguração contou ainda com a pre-sença do Vereador com o pelouro da Educa-ção, Ricardo Leão, dos vereadores AntónioPereira e Anabela Pacheco, do Presidente daJunta de Freguesia da Apelação, José Alves,de Marília Afonso, representante da DREL,Margarida Toscano, da Rede de BibliotecasEscolares, bem como da escritora que deunome à biblioteca, Matilde Rosa Araújo.

Procurando motivar nas crianças o gostopelos livros e pela leitura, este novo espaço édotado de diversos materiais em formato depapel e multimédia, e conta com a colabora-ção de uma equipa de professores e técnicoscom formação adequada.

Rede de Leituras

Encontroscom escritoresA Biblioteca Municipal José Saramago,com o objectivo de cativar os jovenspara a leitura, promoveu,de Janeiro a Maio, encontroscom escritores portugueses.

Inserida no âmbito do Projecto Rede deLeituras, a iniciativa pretendeu, para alémde fomentar o gosto pela leitura, promover odebate e o encontro entre jovens e escritores,criando estímulos para a leitura de obras deautores portugueses.

Ao todo foram seleccionadas dez obras dedez escritores portugueses: Algumas Crónicas,de António Lobo Antunes, Breve tratado dascoisas da arte e do amor, de José Fanha, Cró-nica dos Bons Malandros, de Mário Zambujal,Equador, de Miguel Sousa Tavares, A históriado tesouro perdido, de António Jorge Gon-çalves e argumento de Nuno Artur Silva, O ho-mem duplicado, de José Saramago, O homemsem nome, de João Aguiar, A instrumentalina,de Lídia Jorge, Luz e Sombra, de Ana Eduarda

Santos, e a A Paixão do Conde de Fróis, deMário de Carvalho.

Neste sentido, foram realizados sete en-contros nas escolas secundárias José Afonso eCarvalho Figueiredo, ambas em Loures, JoséCardoso Pires, em Santo António dos Cava-leiros, e nas de Camarate, Portela, Sacavém eSão João da Talha, que contaram com a par-ticipação de José Fanha, João Aguiar, AnaEduarda Santos, Mário Zambujal e Lídia Jorge.

Os encontros envolveram, em cada es-cola, uma média de 50 alunos que, atravésde debates e do fórum de discussão em

www.bmjs-loures.com, partilharam entre sia leitura de uma das dez obras seleccionadas,sendo que no encontro com o autor puderamexpor as suas ideias sobre o livro e perceberum pouco mais sobre a obra.

Associadas a este projecto decorreramainda outras iniciativas, como as “Leituras Ence-nadas”, que consistiram em leituras animadasde excertos das obras do projecto nas escolassecundárias; ou o “Todos em Linha”, que cons-tou de um dia em que os parceiros da Rede deLeituras incentivaram os jovens a deixar men-sagens sobre livros no fórum de discussão.

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«Loures Municipal 13

Concurso “Turma Valormed”

Aluna da EBI de Bucelas premiada

Artes e Rabiscos

CriançadaanimadaO Parque Verde do LoureShoppingfoi, de 24 a 31 de Maio, invadidopor centenas de crianças das escolasdo primeiro ciclo do concelhode Loures, que participaram emmais uma edição do Artes e Rabiscos.

A Valormed – Sociedade Gestora de Re-síduos de Embalagens e Medicamentos, Lda.promoveu, em parceria com o Departamentode Inovação e Desenvolvimento Curricular doMinistério da Educação, um concurso dedesenho infantil sobre o ciclo de vida do medi-camento. Carolina de Oliveira Marques, alunada Escola Básica Integrada de Bucelas, foi umadas seis vencedoras do concurso, intitulado“Turma Valormed”.

Para além de Bucelas, foram ainda pre-miadas as escolas básicas de Boliqueime, Casalde Alcobaça, Esposende, Montemor-o-Novo e

Oliveira do Hospital. Os alunos contem-plados, assim como os colegas de turma erespectivos professores, tiveram a oportu-nidade de fazer uma visita pedagógica aoPavilhão do Conhecimento, no dia 24 deMarço.

Refira-se que a iniciativa teve, desde oinício, uma forte adesão por parte dos alu-nos do ensino básico de todo o país, tendosido remetidos mais de 12 mil trabalhos.Devido à sua excelente qualidade, foramainda atribuídas cem menções honrosas ajovens estudantes de norte a sul do país.

Esta iniciativa municipal, já na sua terceiraedição, pretendeu levar ao conhecimento detodos o apoio autárquico dado à comunidadeeducativa do concelho, criar espaços de ateliêse de animação que sensibilizem alunos e pro-fessores para, através da experimentação, de-senvolverem novas áreas de intervenção e novasformas de aprendizagem, e desenvolver, sob oconceito de cidade educadora, um espaço in-teractivo e integrador das diferentes insti-tuições com actividades no âmbito educativo.

No dia de abertura do evento, CarlosTeixeira, Presidente da Câmara Municipal deLoures, deslocou-se ao local e visitou a mostrade trabalhos patente no interior do centrocomercial. Elaboradas no âmbito da educaçãocívica, património, música, teatro, artes eofícios, desporto, saúde, defesa do consumidore ambiente, as obras pretenderam, além detransmitir mensagens relativas a questõessociais, ser ponto de partilha de projectoseducativos desenvolvidos pelas várias escolasdo concelho.

Carlos Teixeira foi recebido por DuarteMorais Cabral, Director do LoureShopping, e,

juntamente com o Vereador responsável pelopelouro da Educação, Ricardo Leão, assistiramao início das actividades que tiveram lugarno Parque Verde, como ateliês de tiro ao arco,jogos tradicionais, desporto-aventura, am-biente, lugar do conto, jornalismo, construçãode fantoches, instrumentos musicais e bonecoscom materiais recicláveis, pinturas faciais, ciên-cia divertida, artes plásticas, hip-hop, capoei-ra, panificação e futebol, entre outras.

A Autarquia, através do Gabinete de Apoioao Consumidor, realizou ainda sessões temá-ticas na área da alimentação saudável e segu-rança alimentar, educação do consumidor eexercício de cidadania e educação financeira.

Projecto de Saúde Oral

Como é já habitual, durante a iniciativadecorreram algumas acções de sensibiliza-ção no âmbito do Projecto de Saúde Oral035, tais como a exposição sobre o progra-ma, patente no interior do centro comercial,e um jogo sobre alimentação saudável.

Recorde-se que este projecto pretendesensibilizar as crianças para a importânciade manterem uma boa higiene oral, alertan-do também professores e encarregados deeducação para a adopção de hábitos alimen-tares saudáveis, de forma a reduzir o índicede dentes cariados, perdidos ou obturados.

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» Loures Municipal14

Educação

O evento, organizado pela Casa do Pro-fessor do Concelho de Loures, revelou-se, umavez mais, como um meio privilegiado dereflexão sobre algumas práticas educativasem vigor, bem como sobre a implementaçãode novas estratégias de ensino adaptadas adiferentes estilos de aprendizagem.

Cerca de uma centena de agentes edu-cativos, entre educadores e professores, pes-

III Encontro de Educação

Aprendizagemadaptadaa cada aluno

soal não docente das escolas, pais e encarre-gados de educação, agentes económicos esociais, discutiram o insucesso e abandonoescolar, a perspectiva da criação de viasalternativas de formação e qualificação dosjovens, o conhecimento de experiências sobrecursos de formação alternativos e o desen-volvimento de uma política de educação eformação profissional articulada a nívelconcelhio.

A sessão de abertura ficou a cargo deCarlos Teixeira, Presidente da Câmara Muni-cipal de Loures, Rui Lourenço, em repre-

sentação da Direcção Regional de Educaçãode Lisboa, Júlia Galego e Ana Cristina Sam-paio, representantes dos Centros de For-mação da Associação de Escolas de Loures,e Manuela Cardoso, Vice-Presidente da Casado Professor do Concelho de Loures.

Os vereadores Ricardo Leão, AntónioPereira e Anabela Pacheco também mar-caram presença num encontro que se carac-terizou por um objectivo comum: criar asmelhores condições para um ensino de qua-lidade e de futuro, tanto para professorescomo para alunos.

O arranque desta iniciativa, organizadapela Câmara Municipal de Loures, foi dadono dia 12 de Maio, no Cine-Teatro dosBombeiros Voluntários de Loures, com oespectáculo intitulado A Família Tavares,protagonizado pela Companhia Portuguesade Bailado Contemporâneo. Para assistir,foram convidadas as crianças das escolas bá-sicas do Alto da Eira, em Santa Iria de Azóia,do Infantado, em Loures, e n.º 4 de São Joãoda Talha, que no final da exibição puderamaprender alguns passos de dança clássica,contemporânea, flamenco e capoeira.

Nos meses de Maio e Junho,centenas de crianças das escolasdo ensino básico e secundáriomostraram os seus dotes na arteda representação dramática,música e artes visuais,numa clara demonstraçãode que a cultura deve fazerparte da formação do cidadão.

De 15 a 17 de Maio, no Centro Culturalde Moscavide, e a 18 do mesmo mês, noCine-Teatro de Loures, alunos de váriasescolas do concelho subiram ao palco comos projectos desenvolvidos na área da Ex-pressão Dramática, Música e Artes Visuais.Alguns espectáculos conjugaram as trêscomponentes, e os temas foram os mais va-riados, já que imaginação não faltou. Desdecontos de fadas à evocação dos 250 anosda morte de Mozart, passando pelo amor ea amizade, todos os espectáculos preten-diam transmitir uma lição de vida.

Durante o evento, no qual participaramcerca de 1700 crianças, estiveram patentesao público trabalhos em cerâmica, azulejo,desenho e pintura. A pequenada pôde aindarealizar workshops de pintura de azulejos emodelação, pintura em vidro e desenho.

De forma a fazer chegar a todos o tra-balho dos mais novos, alguns dos espectá-culos percorreram, de 23 de Maio a 24 deJunho, outros espaços públicos do concelho,como o Centro Social e Cultural da Paróquiada Portela, o Clube Recreativo Bobadelense,o Grupo Dramático e Recreativo Coraçõesde Vale Figueira, a Casa Multiusos deUnhos, o Auditório Tomás Noivo, em Buce-las, o Instituto Português da Juventude, emMoscavide, e a Sociedade Recreativa e Mu-sical 1.º de Agosto Santa Iriense, fazendofuror e encantando o público com a qua-lidade dos jovens artistas.

Realizou-se, no dia 10 de Maio,na Biblioteca Municipal JoséSaramago, em Loures, a terceiraedição do Encontro Municipalde Educação, desta vezsubordinado ao tema da dicotomiaEducação-Formação.

Escola Encena

Crianças sobem ao palco

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Comemorou-se, a 15 de Maio, o centenário do nascimentodo General Humberto Delgado. Para assinalar a data, a Escola EB 2,3General Humberto Delgado, de Santo António dos Cavaleiros, realizouum conjunto de actividades evocativo da vida do homem que se destacouna história da aviação nacional e na luta contra o regime salazarista.

Cronologia15 de Maio de 1906 – Nasce Humberto Delgado, em Boquilobo,

Torres Novas.

1922 – Entra na Escola do Exército.

1926 – Participa no golpe militar de 28 de Maio.

1944 – Nomeado Director do Secretariado de Aviação Civil.

1945 – Funda os Transportes Aéreos Portugueses (TAP).

1952 – Nomeado adido militar na Embaixada de Portugal emWashington e membro do comité dos representantesmilitares da NATO.

1958 – Candidato à Presidência da República.

1959 – É demitido das Forças Armadas, refugiando-sena embaixada do Brasil em Janeiro. Em Abril,parte para o exílio no Brasil.

1961 – Assume a responsabilidade pela tomada do paqueteSanta Maria e participa na revolta de Beja.

1963 – Instala-se na Argélia e assume a chefia da JuntaPatriótica de Libertação Nacional.

1964 – Funda a Frente Nacional de Libertação Nacional.

1965 – É assassinado pela PIDE, perto de Olivença, em Espanha.

1990 – Nomeado, a título póstumo, Marechal da Força Aérea.

“Delgado e a Aviação Civil”

Espaço Ensino

Nascido a 15 de Maio de 1906, Humber-to Delgado marcou profundamente a histórianacional. Conhecido desde a candidatura àspresidenciais de 1958 como o “General semMedo”, lutou contra o regime ditatorial,ficando famosa a sua expressão “Obviamentedemito-o!”, referindo-se ao destino que dariaa Salazar caso vencesse as eleições.

A Escola EB 2,3 General Humberto Del-gado, de Santo António dos Cavaleiros, assi-nalou o centenário do nascimento do seupatrono com diversas actividades, que derama conhecer um pouco mais da sua vida e obra.Realizadas entre 8 e 17 de Maio, as comemo-

rações incluíram uma exposição subordinadaao tema do Estado Novo, ao General e ao pe-ríodo do 25 de Abril, bem como a projecçãodo filme Meu pai, Humberto Delgado,realizado pela Fundação Humberto Delgadocom patrocínio da Câmara de Loures.

O culminar dos festejos aconteceu a 16 deMaio, com o lançamento do livro em bandadesenhada Humberto Delgado, o Generalsem medo, da autoria de José Ruy, e a apre-sentação de uma peça de teatro protago-nizada pelos alunos da Escola EB1/JI deSanto António dos Cavaleiros.

Carlos Teixeira, Presidente da Câmara

Centenário do nascimento de Humberto Delgado

Lembrar o «General sem Medo»de Loures, Iva Delgado, filha do Generale Presidente da Fundação HumbertoDelgado, o Coronel Vila-Lobos, represen-tante da Associação 25 de Abril, Rui Lou-renço, representante da Direcção Regionalde Educação de Lisboa, e Filipa Caldeira,Presidente do Conselho Executivo do Agru-pamento de Escolas Humberto Delgado,participaram num colóquio onde recorda-ram as conquistas do General.

Carlos Teixeira confessou ser difícilfalar de “uma personagem inigualável,como foi Humberto Delgado”, lembrando oseu importante contributo para que Portu-gal conhecesse a liberdade, enquanto IvaDelgado, emocionada com a homenagem aseu pai, deu conta das dificuldades vividasdurante o regime salazarista.

O evento contou ainda com as presen-ças de Maria Iva Delgado e Frederico Rosa,respectivamente viúva e neto do General,Anabela Pacheco, Vereadora da Câmarade Loures, Glória Simões, Presidente daJunta de Freguesia de Santo António dosCavaleiros, e do escritor José Ruy.

Humberto Delgado notabilizou-se tam-bém numa carreira dedicada à aeronáutica eà aviação civil, ainda ao serviço de Salazar,de quem viria a ser opositor. Lembrando essafaceta, a Fundação Humberto Delgado lan-çou, a 15 de Maio, o livro Humberto Delgadoe a Aviação Civil, da autoria de FredericoRosa, neto do General.

A apresentação foi realizada no Aeroportode Lisboa, em cerimónia presidida pelo Mi-nistro das Obras Públicas, Transportes eComunicações, Mário Lino, durante a qualfoi ainda lançado pelos CTT – Correios dePortugal o selo da série “Vultos da História

e da Cultura” dedicado a Humberto Del-gado, e inaugurada a exposição HumbertoDelgado e a Liberdade dos Céus, umainiciativa promovida pela ANA – Aero-portos de Portugal, com a colaboraçãodos alunos da Faculdade de Belas Artesda Universidade de Lisboa.

Na cerimónia participaram FredericoRosa, Iva Delgado, Guilhermino Rodrigues,Presidente da ANA, Pedro Coelho, Vice--Presidente do Conselho de Administraçãodos CTT, e Manuel Serafim Pinto, Professorda Universidade Lusófona de Humanida-des e Tecnologias, e o Chefe de Gabinete daPresidência da Câmara de Loures, AntónioBaldo, em representação do Presidente.

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Assuntos Sociais

A iniciativa, que contou com a colaboraçãodo ACIME – Alto Comissariado para a Imi-gração e Minorias Étnicas, visou proporcionaraos cidadãos o acesso à Justiça, através dadisponibilização de informação e consultasjurídicas, contribuindo para o descongestio-namento dos tribunais e, por consequência,para o incremento da celeridade da Justiça,através da orientação dos cidadãos para orecurso à advocacia preventiva.

Casa da Cultura de Sacavém

Justiça para todosA Ordem dos Advogados (OA) lançou uma campanha pela AdvocaciaPreventiva, com início a 18 de Maio, Dia da Consulta Jurídica.Promovida pelo Conselho Distrital de Lisboa da OA, a iniciativa,que teve a adesão da Câmara de Loures, pretendeu sensibilizara população para a importância do aconselhamento jurídico.

Os participantes – cidadãos portuguesesou estrangeiros que exerçam uma activida-de profissional ou residam no distrito de Lis-boa – foram atendidos gratuitamente por umadvogado, que prestou as informações soli-citadas nas áreas do direito penal, civil, admi-nistrativo, fiscal e laboral, e ainda a nível dalegalização de imigrantes.

Os gabinetes de consulta jurídica funcio-naram nos Centros Locais de Apoio ao Imi-

grante (CLAI) e nas delegações da OA, tendocontemplado os concelhos de Almada, Ama-dora, Barreiro, Benavente, Bombarral, Lisboa,Loures, Mafra, Salvaterra de Magos, Seixal,Sintra, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.

Em Loures, o gabinete de consulta jurí-dica funcionou em dois locais distintos – noCLAI da Casa da Cultura de Sacavém e nadelegação da Ordem, em Loures –, aos quaisdezenas de pessoas se dirigiram com o objec-tivo de encontrar solução para os seus pro-blemas. Manuel Facada, residente no Catujal,foi uma das pessoas que encontraram juntode Anabela Rodrigues, uma das advogadasdestacadas para fazer o aconselhamentojurídico, uma solução para o seu problema.“Em cerca de dez minutos consegui encontrarresposta para o meu problema sem ter queestar meses à espera por uma marcação comuma advogada e, claro, sem ter que pagar”,referiu, com visível satisfação.

Segundo Anabela Rodrigues, “as pessoasvêm com a expectativa de verem os seus pro-blemas resolvidos e não apenas com o intuitode se aconselharem. As questões que colocamprendem-se essencialmente com a imigração,mais especificamente com a sua naciona-lização, vistos de residência, contratos de tra-balho, filhos a cargo e a viabilidade de ostrazerem para Portugal”.

Refira-se que esta campanha pretendeudespertar os cidadãos para o facto de quepodem usufruir, de uma forma mais justa,dos seus direitos de cidadania, exercendo-ospor meios legítimos, e sempre assegurados poradvogado, sendo este o único profissional comcompetência e qualidade para prestar infor-mação e consultadoria jurídica.

“À tua medida”

A loA loja certa paraja certa paraos pequenos consumos pequenos consumidores

A Casa da Cultura de Sacavém voltou aacolher, de 6 a 9 de Junho, a iniciativa “À tuamedida”, uma loja pedagógica promovida pelaCooperativa Socio-Educativa para o Desen-volvimento Comunitário (CSEPDC), em par-ceria com a Autarquia.

Dirigido a crianças e jovens da antiga Quintado Mocho, o projecto consiste na recriação deuma loja de roupa e calçado, onde as criançaspodem adquirir os produtos de acordo com ospontos obtidos por bom comportamento e em-penhamento nas tarefas diárias e escolares.

Entusiasmadas, escolheram e experimen-taram a roupa, tendo em conta o limite depontos disponíveis para gastar, seguindo-se

um momento de reflexão sobre as escolhasefectuadas, com a colaboração de psicólogas.

O Vereador responsável pelo pelouro dosAssuntos Sociais, António Pereira, não faltouà inauguração desta loja, manifestando-sesatisfeito com o resultado da iniciativa, visívelna animação dos mais pequenos.

O projecto, realizado com regularidadedesde 2003, tem tido grande impacte juntodas crianças e dos respectivos pais, espe-cialmente no que respeita à apreensão de con-ceitos como “mérito”, “gestão de orçamento”e “definição de prioridades”, promovendoainda a adopção de comportamentos ade-quados em espaços comerciais.

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Idosos

Comemorações do Dia Mundial da Criança

Festa no Museu

A iniciativa, organizada pela Câmara Municipal de Loures, atravésdo Gabinete de Assuntos Religiosos e Sociais Específicos, teve comoobjectivo proporcionar um dia diferente a cerca de seis centenas decrianças de 15 instituições particulares de solidariedade social doconcelho e de sete bairros municipais.

As crianças, dos três aos seis anos de idade, tiveram oportunidadede visitar as instalações do Museu e a exposição Os sonhos de

Constantino e o mundo de hoje,bem como participar em diversasactividades desportivas e lúdicas,tais como ateliês de pintura, dra-matização de histórias infantis oujogos tradicionais.

Durante a manhã do dia 1, ascrianças receberam ainda a visitado Vereador responsável pelo pe-louro dos Assuntos Sociais, An-tónio Pereira, e da Presidente daJunta de Freguesia de Santo An-tónio dos Cavaleiros, Glória Si-mões, que aproveitaram a ocasiãopara participar nas comemora-ções de um dia que foi criado a

pensar nos milhares de crianças espalhados por todo o mundo, e paraquem os princípios exarados na Declaração Universal dos Direitos daCriança são ainda uma miragem.

De salientar que esta iniciativa se insere no âmbito do “VamosViver 2006”, programa vocacionado para visitas de carácter lúdico--cultural e desportivo.

Centenas de crianças passaram, nos dias 1, 2 e 3 deJunho, pelo Museu Municipal de Loures, na Quintado Conventinho, para participarem nas comemoraçõesdo Dia Mundial da Criança, celebrado a 1 de Junho.

VI Festival de Desporto Sénior

Desporto nãoescolhe idades

Mais de 400 atletas, em representação de dez colectividades doconcelho, marcaram presença no VI Festival de Desporto Sénior, umainiciativa da Divisão de Desporto da Câmara Municipal de Loures.

Do programa deste ano constavam duas actividades distintas:Durante a manhã, na piscina municipal de Loures, a população séniormostrou os seus predicados nos desportos aquáticos, nomeadamenteatravés de demonstrações de hidroginástica; à tarde, o pavilhão da EscolaEB 2,3 General Humberto Delgado encheu-se de cores e sons para, numaprimeira fase, os participantes “recuperarem” do esforço matinal com umpequeno bailarico ao som do conjunto Melodias Vivas, e para pro-cederem depois ao desfile de todas as classes participantes, seguindo-seas demonstrações de ginástica, divididas por classes e colectividades.

A conclusão do evento ocorreu no final do dia numa aula de gi-nástica colectiva – aberta a todos –, na qual participaram as classes deginástica da Academia Recreativa e Musical de Sacavém, AssociaçãoDesportiva Bobadelense, Associação de Moradores da Portela, Atléti-co Clube de Moscavide, Casa do Povo de Bucelas, CCD da Câmara deLoures, Grupo Desportivo de Lousa, Sociedade 1.º de Agosto Santa Iriense,Grupo Recreativo Apelaçonense e Centro Cultural e Social de SantoAntónio dos Cavaleiros.

Ricardo Leão, Vereador do pelouro do Desporto, e António Pereira,Vereador com a tutela da Área de Idosos, marcaram presença no encer-ramento das festividades, reforçando a importância conferida pelaAutarquia a uma iniciativa que é já um marco no calendário desportivodo concelho.

Loures e Santo António dos Cavaleiros acolheram,a 28 de Maio, a sexta edição do Festival de DesportoSénior, um dos mais visíveis exemplos do trabalhoda Autarquia junto das faixas etáriasmais elevadas da população.

idores

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Saúde

Coração de Campeão

Alertarpara prevenir

Em todo o mundo ocidental, as doençascardiovasculares constituem a principal causade morte. Sedentarismo, hipertensão, taba-gismo, stress e obesidade são alguns dos fac-tores apontados pela Fundação Portuguesade Cardiologia (FPC) como potenciadores dorisco de problemas coronários.

Porque Maio é o Mês do Coração, a Câ-mara de Loures aproveitou a ocasião paradesenvolver acções de prevenção, desta for-ma contribuindo para a melhoria da qua-lidade de vida da sua população.

Inserida no âmbito do Projectode Prevenção das DoençasCardiovasculares, a CâmaraMunicipal de Loures levou a cabo,durante os quatro domingosde Maio, a iniciativa Exercícioem Acção, Coração de Campeão.

Vocacionado para a reabilitação e con-valescença de doentes pós-agudos e pós--cirúrgicos, e ainda para a prestação decuidados continuados e paliativos, o HospitalResidencial do Mar, situado na zona ribei-rinha da Bobadela, conta com duas unidadesde dia, para além de 88 quartos para inter-namento. Desenvolvido pelo grupo EspíritoSanto Saúde e projectado pelo arquitectoespanhol Albert de Pineda, o hospital dispõede unidade destinada às demências, emparticular à doença de Alzheimer, de carac-terísticas pioneiras a nível europeu.

Em visita conduzida por Manuel Caldasde Almeida, Administrador da nova unida-de hospitalar, Carlos Teixeira, Presidente da

Câmara de Loures, manifestou-se satisfeitopelas inovações, quer de âmbito arqui-tectónico, quer no que ao tratamento dizrespeito, salientando a necessidade daexistência de “equipamentos de qualida-de no concelho”. A acompanhar a visitaestiveram ainda o Vereador João PedroDomingues, o Presidente da Junta deFreguesia da Bobadela, Fernando Car-valho, bem como Tomás Branquinho daFonseca e João Novais, administradoresdo grupo Espírito Santo Saúde, e aindaIsabel Vaz, Presidente da Comissão Exe-cutiva do mesmo grupo.

De acordo com Manuel Caldas deAlmeida, no Hospital Residencial do Marprocura-se “adequar o tratamento às ne-cessidades de cada doente”, de acordo como diagnóstico efectuado previamente.

As infra-estruturas inovadoras do hos-pital, com espaços amplos, abundância deluz natural e jardim terapêutico, procuramproporcionar um ambiente confortávele familiar aos pacientes, sendo que a uni-dade de demências e Alzheimer foi criadade forma a potenciar mobilidade física eestimulação cognitiva nos doentes, comvista à reabilitação e retorno à autonomia.

Autarcas visitam Hospital Residencial do Mar

Unidade pioneirade reabilitação na BobadelaO Hospital Residencial do Mar, localizado na Bobadela, recebeu,no passado dia 23 de Maio, a visita de Carlos Teixeira, Presidenteda Câmara de Loures, que se mostrou satisfeito com a inovaçãonesta unidade de reabilitação situada no concelho.

Assim, todos os cidadãos que nas manhãsde domingo se dirigiram ao Parque da Cida-de, em Loures, e ao Parque nas Nações, emMoscavide, puderam participar nas aulas detai-chi, hip-hop, aeróbica e ginástica de ma-nutenção, realizar rastreios medindo a ten-são arterial, o nível de glicémia e o índice demassa corporal, bem como esclarecer dúvidascom os profissionais presentes.

Uma vez mais, a iniciativa, à qual ade-riram centenas de pessoas, teve como prin-cipal objectivo informar a população sobreos factores de risco das doenças cardiovas-culares.

Refira-se que, além da FPC, a iniciativacontou com o apoio da Associação Inter-nacional das Temperanças, LaboratóriosAbbott, centros de saúde de Sacavém e deLoures, assim como das juntas de freguesiade Loures e de Moscavide.

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«Loures Municipal 19

Ambiente

Desenvolvido pelos SMAS de Loures, oPrograma de Educação Ambiental procurasensibilizar a população escolar para a temá-tica dos resíduos sólidos urbanos e sua se-paração, através de três projectos destinadosa diferentes faixas etárias. À semelhança deanos lectivos anteriores, as escolas responde-ram de forma entusiástica ao desafio lança-do, realizando trabalhos originais e criativosno âmbito da reciclagem, numa iniciativa que

Centenas de jovens mostraram, a 17 de Maio, no Teatro Armando Cortez,em Lisboa, o resultado das acções de sensibilização desenvolvidasao longo do ano lectivo, no âmbito do Programa de Educação Ambientalpara os Resíduos Sólidos, dos Serviços Municipalizados de Loures (SMAS).Mais uma vez, a iniciativa, que promoveu comportamentos amigosdo ambiente, foi um sucesso.

contou com o apoio da Valorsul, da Hovione,da Biological e da revista Água e Ambiente.

Alguns dos trabalhos elaborados pelosjovens, como peças de teatro e vídeos, foramapresentados na festa de encerramento doPrograma, realizado a 17 de Maio, no Tea-tro Armando Cortez, na Casa do Artista, emLisboa.

Dirigido a crianças de jardins-de-infânciae escolas do 1.º ciclo dos concelhos de Loures

Parque Urbano de Santa Iria

Elogio ao ambienteElogio ao ambiente

A semana foi de calor intenso, mas oprograma, organizado com vista a celebraro Dia Mundial do Ambiente, conseguiu atrairnumerosos visitantes, que participaram nasactividades preparadas.

Além de poder utilizar gratuitamenteas bicicletas do parque, quem por lá passouteve ainda a oportunidade de assistir ademonstrações de slide e salto protagoni-zadas pela Associação de Pára-Quedistasde Loures, experimentar tiro com arco,admirar a graciosidade dos pequenos aviõesque sobrevoavam a encosta do parque,

Uma vez mais, o Parque Urbano de Santa Iria de Azóia(PUSIA) foi o espaço escolhido para a comemoraçãoda Semana do Ambiente e da Bicicleta. De 3 a 9 deJunho, foram muitas as actividades desenvolvidas.

Programa de Educação Ambiental dos SMAS

Amigos do ambiente premiadose Odivelas, o concurso de desenhos “Vamosdar cor ao lixo” teve em vista a elaboraçãode um calendário dos resíduos sólidos parao ano de 2007. Foram para isso escolhidos13 desenhos, de um total de 400, prove-nientes das 20 escolas participantes.

Promovendo a correcta utilização docontentor amarelo dos ecopontos, o con-curso “No Amarelo é Limpinho” contou coma participação de 24 escolas, que recolheramseis toneladas e meia de embalagens reci-cláveis. Neste âmbito, foram premiados ostrabalhos das escolas EB1 Maria MáximaVaz, de Odivelas, EB1/JI N.º 1 de Caneças,EB 2,3 Avelar Brotero, de Odivelas, e Secun-dária de São João da Talha.

Finalmente, o Projecto Resíduos 21, queincentiva a certificação das escolas emtermos de gestão de resíduos, apresentou amodalidade “Melhoria Contínua”, dirigidaàs escolas já certificadas em anos anteriores.As equipas inscritas tiveram de criar e ga-rantir as condições necessárias para a cor-recta separação dos resíduos e respectivoencaminhamento, tendo participado no pro-jecto as escolas secundárias da Portela,Sacavém, São João da Talha e Odivelas.

Carlos Teixeira, Presidente da Câmarade Loures e do Conselho de Administraçãodos SMAS, Fernando Queirós, Adminis-trador da Valorsul, Carlos Martins, Admi-nistrador dos SMAS, e Armando Simões,Administrador da Hovione, entregaramas bandeiras de certificação e os prémios àsescolas cujo trabalho foi distinguido nosvários projectos.

controlados pela As-sociação de Plana-dores de Santa Iria deAzóia, ou visitar, noCentro de EducaçãoAmbiental, uma exposição alusiva ao estuá-rio do Tejo, patente até 30 de Junho.

Os mais pequenos também não foramesquecidos, e por isso tiveram à sua dis-posição dois insufláveis da Valorsul e diversosateliês ao ar livre, onde puderam participarem jogos e dedicar-se à pintura de aves, acti-vidade também ela alusiva ao estuário do

Tejo. Presente num dos ateliês esteve aassociação juvenil Ideias e SoluçõesAssociadas (ISA), organizando actividadesvárias, entre elas pinturas faciais e es-culturas de balões, tendo a equipa de ani-mação da Biblioteca José Saramagoprocedido à leitura animada de contosinfantis.

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Habitação Segurança

«Portugal sem fogosdepende de todos»

Novos meiosde combatea incêndios

O Ministro da Administração Interna,António Costa, apresentou a 7 deMaio, em Belém, o novo dispositivonacional de combate aos fogosflorestais. A detecção rápidae a integração de todos os meiosdisponíveis numa única equipasão a grande aposta do Executivopara aumentar a eficáciana extinção dos incêndios.

Acção de sensibilização da PSP

Aproximar a comunidade escolar

Os “agentes caninos” foram os principaisprotagonistas deste espectáculo, organizadopelo Grupo Cinotécnico do Corpo de Inter-venção, que teve como principal objectivoaproximar a comunidade escolar dos profis-sionais da PSP.

Dezenas de cães de várias raças mostraramas suas habilidades, efectuando alguns exer-cícios de obediência canina, nomeadamente

O Pavilhão Paz e Amizade acolheu,no dia 28 de Abril, largas centenasde crianças que assistiram a umademonstração de actividadesapresentada pelo Grupo Cinotécnicodo Corpo de Intervenção da Políciade Segurança Pública (PSP).A iniciativa ficou ainda marcadapela entrega à PSP de Louresde 14 coletes à prova de bala.

No sentido de proporcionar habitaçõesdignas para a população e dando conti-nuidade à política de realojamento que temsido desenvolvida, a Câmara de Loures en-tregou as chaves de 16 novas habitações afamílias do concelho.

Recenseados no âmbito do PER, estesagregados irão ficar realojados em fogosmunicipais situados nas freguesias da Ape-lação, Camarate, Sacavém, Santo Antão doTojal, Santo António dos Cavaleiros e Unhos.

PER

HabitaçõesentreguesEm cerimónia realizada nos Paçosdo Concelho a 28 de Abril,mais 16 famílias recenseadasno âmbito do Programa Especialde Realojamento (PER) receberamas chaves da nova habitação.

Carlos Teixeira, Presidente da Câmarade Loures, acompanhado pelo Vereador res-ponsável pelo pelouro da Habitação, JoãoPedro Domingues, entregou em mãos, a28 de Abril, nos Paços do Concelho, as cha-ves das habitações às respectivas famílias.

No discurso que antecedeu a cerimónia,Carlos Teixeira sublinhou a disponibilidadeda Autarquia para continuar a ajudar as fa-mílias agora realojadas, referindo ainda que“é necessário estimar as novas habitações”.

Eleva-se assim a 2118 o número de agre-gados familiares já realojados no âmbito doPER, faltando ainda proceder ao realo-jamento de cerca de 1300 famílias.

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Depois de percorrer os 18 distritos doPaís, António Costa terminou a apresentaçãodo novo dispositivo de combate aos incên-dios, em cerimónia realizada em Belém, a7 de Maio. Sendo este um dos flagelos maispreocupantes a nível nacional, Carlos Teixeiranão faltou ao evento, acompanhado pelo seuChefe de Gabinete, António Baldo. A cerimónia,que contou ainda com a presença do Ministroda Agricultura, Jaime Silva, da GovernadoraCivil de Lisboa, Maria Adelaide Rocha, doSecretário de Estado Adjunto da Administra-ção Local, Eduardo Cabrita, do ComandanteOperacional Nacional do Serviço Nacional deBombeiros e Protecção Civil, Gil Martins, doComandante Distrital de Lisboa, JoaquimVicente, do Presidente da Liga de BombeirosPortugueses, Duarte Caldeira, de responsá-veis da Protecção Civil e do Instituto de Con-servação da Natureza, de várias corporaçõesde bombeiros, elementos da GNR e demaisautarcas do distrito de Lisboa.

No Centro Cultural de Belém, foram ex-plicados em pormenor os vários princípios donovo dispositivo, com especial destaque paraas novidades introduzidas face ao ano ante-rior.

A criação de um Grupo de Intervenção deProtecção e Socorro (GIPS) da GNR, e o factode o Estado dispor de meios aéreos própriosde combate a fogos, foram algumas das no-vidades apresentadas. Além disso, deixou de

existir uma época oficial de incêndios, con-siderando-se três fases de perigo ao longodo ano: “Alfa”, que vai do início de Janeiro a15 de Maio; “Bravo”, de 16 de Maio a 30 deJunho; “Charlie”, entre 1 de Julho e 30 de Se-tembro; e “Delta”, no período de 1 de Outubroa 31 de Dezembro.

Durante a fase de maior risco, cerca de5100 bombeiros, 1400 militares da GNR e200 operacionais disponibilizados pela asso-ciação de fábricas de celulose estarão empe-nhados no combate aos incêndios, contando,no que respeita a meios, com 1194 veículos e50 aeronaves.

O titular da pasta da Administração Inter-na apelou “à mobilização de todos os portu-gueses na limpeza das florestas e na eliminaçãode comportamentos de risco”, sublinhando que“esta é uma missão de todos”.

A cerimónia terminou com o desfile, naPraça do Império, das corporações de bom-beiros presentes, bem como de alguns meiosa utilizar este Verão no combate aos incên-dios.

Recorde-se que, em 2005, os fogos emterritório nacional mataram 16 pessoas e de-vastaram 325 226 hectares de floresta.

Tendo em conta que é um assunto que atodos respeita, não se esqueça de alertar asautoridades caso se aperceba de alguma si-tuação de risco, através do número nacionalde protecção à floresta 117.

de busca e salvamento e captura de crimino-sos em fuga, a que as crianças assistiramentusiasmadas. À saída do pavilhão, puderamtambém experimentar algumas peças do far-damento da PSP, como capacetes e coletes àprova de bala.

No exterior do pavilhão, o Grupo de Ope-rações Especiais fez uma demonstração deslide, à qual muitos corajosos aderiram,enquanto que o Centro de Inactivação de En-genhos Explosivos de Subsolo expôs um apa-relho que permite desmontar bombas.

Entrega de coletesà PSP de Loures

A manhã foi ainda preenchida pela ceri-mónia de entrega de 14 coletes à prova debala à PSP de Loures. Os coletes, adquiridospela EPAL (Empresa Portuguesa de ÁguasLivres), foram cedidos à Câmara Municipalde Loures que, numa acção de parceria resul-tante da necessidade da melhoria das condi-ções de segurança das forças policiais doconcelho, os doou à PSP de Loures.

A entrega dos coletes foi feita por CarlosTeixeira, Presidente da Câmara de Loures.Estiveram presentes Ricardo Leão, Vereadorcom o pelouro da Educação, António Baldo,Chefe de Gabinete da Presidência da Câma-ra, João Fidalgo, Presidente do Conselho deAdministração da EPAL, e Floribela Carrilho,

representante da Divisão de Loures da PSP.Visivelmente satisfeito com este acto, CarlosTeixeira manifestou o desejo de que “estesequipamentos nunca sejam necessários”e que, quando o forem, “sirvam para sal-var vidas e garantir a segurança dos cida-dãos”.

Regulamento Municipalde Fogueiras e Queimadas

Aprovado em Assembleia Municipal,no dia 8 de Junho, prevê-se que o novoRegulamento Municipal de Fogueiras eQueimadas entre brevemente em vigor.

O documento estabelece o índicediário de risco de incêndio – reduzido (1),moderado (2), elevado (3), muito elevado(4) e máximo (5) – e as condições de usodas várias formas de fogo, tais como quei-madas, queimas, fogueiras, fogo con-trolado e pirotecnia.

No chamado “período crítico”, com-preendido entre 1 de Julho e 30 de Se-tembro, não é permitido qualquer tipode lume em espaços rurais. Fora desseperíodo, a realização de fogueiras e quei-madas só poderá ter lugar se o índicediário de risco de incêndio for inferiorao nível elevado, e após licenciamento daCâmara. Já o lançamento de foguetesou outros artefactos pirotécnicos só po-derá ser licenciado pelas autoridadespoliciais.

As infracções constituem contra--ordenações puníveis com coima, quepode variar entre 100 e 44 500 euros.Para mais informações, consultar o sítioda Câmara em www.cm-loures.pt.

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AUGI

Vários anos após ter iniciado o processode legalização, o bairro da Quinta da Cal-çada, na freguesia de Unhos, recebeu orespectivo alvará de loteamento no passadodia 27 de Maio. A atribuição do alvará foipossível graças à congregação de esforçosda Comissão de Moradores e da Câmara deLoures, no âmbito da política de resolução

das situações problemáticas das ÁreasUrbanas de Génese Ilegal (AUGI) prosse-guida pela Autarquia.

Na cerimónia, Carlos Teixeira, Presi-dente da Câmara de Loures, elogiou oempenho da Comissão de Moradores,salientando a relevância “do envolvimentode todos no processo que conduz à lega-lização do bairro”. Neste momento solene,marcaram ainda presença os vereadoresJoão Pedro Domingues e José ManuelAbrantes, os administradores dos ServiçosMunicipalizados de Loures, Jorge Baptistae João Breia, bem como José Varela e Fer-nando Martins, respectivamente presi-dentes das juntas de freguesia de Unhos ede São Julião do Tojal.

Para Carlos Lopes, Presidente da Comis-são Administrativa do bairro, este foi ape-nas “o culminar de uma fase do processode legalização, iniciando-se agora uma no-va etapa”.

A área total do bairro soma 26 milmetros quadrados, que se dividem em52 lotes, correspondentes a 72 fogos. Como alvará de loteamento agora entregue, osproprietários têm a possibilidade de pro-ceder ao registo de propriedade.

Unhos

Alvará para Bairroda Quinta da CalçadaA Câmara de Loures entregou,a 27 de Maio, o alvará deloteamento ao bairro da Quintada Calçada, na freguesia de Unhos.Depois de vários anos de espera,este foi mais um importantepasso rumo à legalização.

Bairro do Tazim ––––– São Julião do Tojal

Legalização a bom ritmo

Procurando dar continuidade ao trabalhorealizado no domínio das Áreas Urbanas deGénese Ilegal (AUGI), a Câmara de Louresaprovou, em reunião de Executivo realizadaa 11 de Maio, o projecto de reconversão deloteamento do bairro do Tazim, situado nafreguesia de São Julião do Tojal. Na mesmareunião, procedeu ainda à aprovação dosprojectos de infra-estruturas e análise dasobras de urbanização executadas, do valordas taxas de emissão, de infra-estruturase de compensação pela área de cedência emfalta, da emissão do alvará de licença deloteamento e das respectivas condições nostermos propostos, bem como à homologação

Foi deliberada, em reunião de Câmarado passado dia 11 de Maio,a aprovação do projectode reconversão do bairro do Tazim,freguesia de São Julião do Tojal,um passo determinante noprocesso de legalização do bairro.

do Auto de Vistoria, fixação do valor dacaução e das condições para a recepçãodefinitiva das obras de urbanização, apósemissão do respectivo alvará de loteamento.

Recorde-se que este bairro é constituídopor 198 lotes e 234 fogos, e o total da áreaa integrar no domínio público para equipa-mentos é de mais de oito mil metros qua-

drados. Encontra-se ocupado em cerca de55 por cento, maioritariamente por mora-dias desenvolvidas em dois pisos, isola-das, de forma geral passíveis de futuralegalização após introdução de algumasrectificações, sendo que a proposta dereconversão visa também uma ocupaçãocomercial de 2,25 por cento.

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Património

No passado dia 12 de Junho, o salão nobre dos Paços doConcelho acolheu mais uma cerimónia no âmbito do RAME. Destavez, foram duas as instituições contempladas com cedências deterrenos: o Agrupamento de Escuteiros 582, de Moscavide, e aAssociação “A Barquinha da Criança”, de São João da Talha,representadas respectivamente por Luís Alberto Lopes, Chefedo Agrupamento, e Maria Helena Freire, Presidente da associação.

Depois da assinatura, Carlos Teixeira, Presidente da Câmarade Loures, aproveitou a ocasião para salientar “a importânciadeste acto pelo qual estas entidades tanto ansiavam”. Também osrepresentantes de ambas as instituições proferiram algumas palavrasde agradecimento pela concretização deste protocolo. Luís AlbertoLopes apelou à ajuda de todos: “esperamos contar com a vossa

A Câmara Municipal de Loures cedeu, ao abrigodo Regime de Apoio Municipal à Criação e Beneficiaçãode Equipamentos Colectivos no Concelho de Loures(RAME), dois lotes de terreno para construçãodas sedes da Associação “A Barquinha da Criança”e do Agrupamento 582 de Moscavide do CorpoNacional de Escutas.

Moscavide e São João da Talha

Mais dois terrenos cedidos

ajuda e penso que num futuro muito próximo os estaremos aconvidar para inaugurar o novo espaço”. Já Dias Baptista, queusou da palavra em nome da Associação “A Barquinha da Criança”,realçou a importância do momento, “sobretudo para as criançasque beneficiarão deste projecto”.

Refira-se que o Agrupamento 582 foi fundado em 1983, e éuma associação sem fins lucrativos destinada à formação integralde jovens escuteiros. O terreno, com uma área de 619 metrosquadrados, e avaliado em 93 mil euros, destina-se à construçãodo edifício-sede da instituição e fica situado junto ao SeminárioMaior de Cristo Rei.

Por sua vez, “A Barquinha da Criança” é uma instituiçãoparticular de solidariedade social, que tem como principaisactividades o acolhimento de crianças carenciadas, sua educaçãoe integração na sociedade. O terreno cedido destina-se à construçãode um centro de acolhimento, para crianças entre os 4 e os 12 anos,e situa-se no Bairro da Vinha Grande, na freguesia de São Joãoda Talha, tendo aproximadamente uma área de 2018 metrosquadrados, estando avaliado em cerca de 150 mil euros.

Edifício 4 de Outubro

Reabilitaçãoem perspectiva

O Edifício 4 de Outubro é um imóvel de valor histórico e culturalúnico no concelho de Loures. Foi ali que, a 4 de Outubro de 1910,um dia antes da revolução que levou à implantação da República noresto do país, um grupo de republicanos tomou os Paços do Concelho,que na altura funcionavam nesse edifício, e içou pela primeira vez abandeira verde e vermelha.

Tendo em conta tal facto, e consciente da precária situaçãoestrutural do edifício, uma equipa técnica municipal elaborou umprojecto que visa a recuperação, reabilitação e valorização do imóvel,formulando uma candidatura ao Mecanismo Financeiro do EspaçoEconómico Europeu.

Esta instituição, criada no âmbito do Acordo do Espaço EconómicoEuropeu (EEE), visa o fortalecimento contínuo e equilibrado docomércio e das relações económicas entre os Estados-Membros, tendopor objectivo contribuir para a redução das disparidades económicase sociais, fortalecendo as relações bilaterais entre estados.

As obras referentes ao projecto prevêem, além da beneficiação doespaço, a implantação de um Posto de Informação Turística e de umnúcleo museológico dedicado à implantação da República.

A Câmara de Loures formalizou uma candidaturaao concurso público para projectos no âmbitodo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu.O projecto diz respeito ao Edifício 4 de Outubro,um marco na história do concelho.

RAME

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SMAS

SMAS

Consumo de águaConsumo de águamais eficientemais eficiente

No dia 5 de Junho, o auditório dasSete Casas encheu-se para a apresentaçãodo novo Sistema de Telegestão, um equi-pamento que pretende garantir um serviçode qualidade, permitindo uma melhor ges-tão e um controlo directo em tempo realde várias unidades de exploração de abas-tecimento, reduzindo custos de exploraçãoe perdas de água.

Presentes na cerimónia de inauguraçãoestiveram Carlos Teixeira, Presidente daCâmara e do Conselho de Administraçãodos SMAS, igualmente representado pelosvogais Carlos Martins, Jorge Baptista e JoãoBreia. José Manuel Cruz, em representaçãoda Tecnilab – empresa de comercializaçãode equipamentos de laboratório –, expli-cou publicamente o modo de funciona-mento do sistema, destacando o seu carácterinovador. Carlos Martins proferiu palavrasde agradecimento a toda a equipa que tra-balhou no projecto, salientando que “o sis-tema de distribuição de água operado pelosSMAS é um dos mais complexos do País,pois conta com mais de 80 reservatórios emais de seis dezenas de estações eleva-tórias”, acrescentando ainda que “o in-vestimento no sistema de telegestão visa

O Sistema de Telegestão de Águas já está em plenofuncionamento. A partir de agora, os ServiçosMunicipalizados de Loures têm ao seu dispor umaferramenta que permitirá a realização do controlo efectivo,em tempo real, de todo o sistema de abastecimentode água a partir de um único ponto central.

colmatar um atraso tecnológico de mais de20 anos”.

Após exibição de um filme sobre o pro-cesso de telegestão, Carlos Teixeira encerroua sessão referindo que “a partir de agora po-demos fazer um controlo mais eficaz das per-das de água, um bem precioso que é precisopoupar”. No final da cerimónia, o Presidentedo Conselho de Administração, em acçãosimbólica, abriu a porta da sala de telegestãoe colocou o sistema em funcionamento.

Entre os convidados encontravam-se tam-bém os vereadores António Pereira e PauloGuedes da Silva, bem como os presidentesdas juntas de freguesia da Apelação, Boba-dela, Frielas, Portela, Sacavém e São Juliãodo Tojal.

Livro Azul ajuda a poupar

A efeméride foi ainda aproveitada paraapresentação do Livro Azul, uma obra com-pleta e adequada aos objectivos de sensi-bilização do uso eficiente da água.

Segundo Carlos Martins, este livro, edi-tado pela Associação Portuguesa de Distri-

buição e Drenagem de Águas (APDA) epatrocinado pelos SMAS, pretende ser uminstrumento pedagógico útil na área daeducação e sensibilização ambiental, noque se refere à gestão da água e sua dis-tribuição domiciliária. O livro apresentaconteúdos diversos, vocacionados para asensibilização, assim como uma trans-crição integral da Carta Europeia da Águado Conselho da Europa, proclamada emEstrasburgo a 6 de Maio de 1968.

“T-shirts” recordam“Cidades Limpas”

Face ao facto de o Município de Lourester sido recentemente galardoado coma Bandeira Verde “Cidades Limpas”, osSMAS conceberam uma T-shirt alusiva aoprémio, entregue por Carlos Teixeira aalguns funcionários dos SMAS pouco an-tes do início da cerimónia, como provade agradecimento pelo seu empenho eprofissionalismo demonstrado na gestãodos resíduos sólidos.

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À lupa

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Energia

Ventosde mudança

A energia suporta um grande número de actividades humanase é um factor base do desenvolvimento e da melhoria da qualidadede vida, apresentando-se na Natureza das diversas formas – petróleo,carvão, gás natural, nuclear, geotérmica, biomassa, hídrica, hidro-génio, entre muitas outras –, podendo ser convertida noutras formasde energia mais adequadas a cada utilização, das quais se destaca,por exemplo, a energia eléctrica.

Hoje em dia, o modelo energético mais usado em quase todo omundo é baseado na queima de combustíveis fósseis, ou seja, nasenergias não renováveis, o que acarreta uma série de problema de di-fícil resolução, tais como a contaminação ambiental, a dependênciado exterior por parte dos países não produtores, ou ainda o esgotar dasreservas mundiais de petróleo, carvão e gás natural.

Um dos maiores problemas que o planeta enfrenta são as alteraçõesclimáticas. Por isso, um dos passos dados pela comunidade internacionalconsistiu em assumir o compromisso de redução das emissões de gasescom efeito de estufa de pelo menos cinco por cento, a níveis de 1990,entre 2008 e 2012.

Uma alternativa ao modelo actual consiste em promover o uso dasenergias renováveis, de modo a que se abandonem hábitos de consumoincorrectos, privilegiando a eficiência energética e a utilização racional deenergia. Como não poderia deixar de ser, até pelo peso que representampara o País, os municípios também têm um papel de destaque no cumprimentodos compromissos assumidos por Portugal perante a União Europeia.

Nas páginas seguintes, a Loures Municipal ajuda-o a saber um poucomais sobre as diversas formas de energia existentes no planeta, dando-lhe aconhecer os projectos da Câmara de Loures nesta área, e o seu esforço paraadquirir hábitos mais “amigos do ambiente”.

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À lupa

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O petróleo é um óleo mineral basicamenteconstituído por hidrocarbonetos. A refinaçãodo petróleo bruto consiste na sua separaçãoem diversos componentes, permitindo obter os

O dióxido de carbono (CO2)representa cercade 80 por centodas emissões de gasescom efeito de estufa(GEE) em Portugal.Na liderança das

principais fontes deemissão de CO2, e com pesossemelhantes, encontram-sea queima de combustíveisfósseis e o consumode combustíveis pelos veículosautomóveis, representandono conjunto aproximadamente50 por cento do total.Embora as emissões globaisdestes gases assumam emPortugal um dos valores maisbaixos da União Europeia,o seu aumento foi de 37 porcento entre 1990 e 2003.Além disso, a dependênciade fontes de energia primária(petróleo bruto, carvão e gásnatural) importadas é extre-mamente elevada, factoagravado pela volatilidadee tendência de aumentodos preços desses recursosnão renováveis. Acresce queestas energias têm reservasfinitas, sendo necessáriomuito tempo para as repor.

Petróleo

Ouro negro em “alta”

Energias Não Renováveis

Presentesenvenenados

mais variados combustíveis e matérias-primas.Um dos principais objectivos das refinarias éobter a maior quantidade possível de gasolina.Esta é a forma mais utilizada e a mais rentáveldo petróleo, tanto para a indústria de refinaçãocomo para o Estado. Se se concretizasse o pro-jecto da construção de uma nova refinaria,Portugal poderia aumentar as exportações edesenvolver a sua base industrial. Contudo, operigo de contaminação através dos resíduosdestas unidades industriais e a emissão de GEEpara a atmosfera seriam alguns dos problemasa ter em conta.

De facto, o petróleo é um combustívelperigoso para o ambiente, devido à possibi-lidade da ocorrência de derrames, não só nasfases de extracção, refinação e combustão,mas também durante o próprio transporte.

2001

Evolução do consumo de combustíveis

Tomando como exemplo o posto de abastecimento de combustíveis das Oficinas Municipais, em Loures, é possível verificara evolução do consumo de combustíveis da Câmara e dos Serviços Municipalizados entre 2001 e 2005. Da visualização dográfico, alguns aspectos ressaltam à vista, nomeadamente um consumo mais acentuado de gasóleo em relação à gasolina,devido ao facto de a frota de viaturas ser maioritariamente constituída por veículos pesados, essencialmente movidos adiesel. Quanto aos valores gerais, estes têm-se mantido relativamente estáveis, o que evidencia uma normalização nosabastecimentos e estabilidade na aquisição e abate de viaturas.

2001 2002 2003 2004 2005

litros

Gasolinas/ chumbo 95

Gasóleo

1 400 000

1 200 000

1 000 000

800 000

600 000

400 000

200 000

0

Gasóleo

TOTAL

Gasolina s/chumbo 952002 2003 2004 2005

215 000

1 602 700

1 817 700

209 350

1 528 100

1 737 450

221 698

1 456 487

1 678 185

219 900

1 497 246

1 717 146

227 401

1 514 925

1 742 326

1 600 000

1 800 000

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«Loures Municipal 27

Energia

Tal como o petróleo, o gás natural en-contra-se em jazidas subterrâneas, podendoser usado tal como é extraído, sem necessidadede refinação.

As aplicações são diversas, desde o con-sumo doméstico ao industrial, para a produ-ção de energia eléctrica e para os transportes.O gás natural apresenta-se mesmo como umaalternativa ao petróleo para as próximas déca-das, devido à sua aplicabilidade e à existênciade reservas em quantidade considerável.

Hoje em dia, devido ao petróleo e seusderivados, o carvão deixou de ser utilizadona indústria, com excepção da metalúrgicae do sector doméstico.

O principal problema da utilizaçãodesta fonte energética prende-se com ospoluentes resultantes da combustão, con-duzindo à formação de cinzas, dióxido decarbono, óxidos de enxofre e de azoto ca-pazes de provocarem uma série de modi-ficações ambientais graves.

A própria exploração é, também ela,um problema, pois são publicamenteconhecidos os efeitos nocivos para a saúdehumana que resultam do trabalho em minasde carvão. Por outro lado, a questão dasegurança das minas está frequentementena ordem do dia, face aos inúmeros aci-dentes ocorridos nestes espaços um poucopor todo o mundo, em especial nos paísesmenos desenvolvidos.

Carvão

A locomotivade outros tempos

Gás natural

Solução de recursoActualmente, Portugal recebe o gás natu-

ral proveniente da Argélia através de gaso-duto. Junto às zonas de consumo urbano eindustrial, o gás natural passa dos gasodutospara as redes de distribuição, geralmente ins-taladas por debaixo dos passeios e das bermasdas estradas, chegando até aos consumidores.

O gás natural apresenta uma combustãomais limpa do que qualquer outro derivado dopetróleo, estimando-se que em 2010 tenhaum peso superior a 20 por cento na energiaprimária nacional, originando um crescimen-to dos consumos, nomeadamente no sectorindustrial e na produção de energia eléctrica.

A escalada do preço do petróleo e os com-promissos assumidos no âmbito do Protocolode Quioto relançam o debate sobre a opçãoda energia nuclear em Portugal.

A questão está longe de ser pacífica. Deacordo com os defensores desta opção, aenergia nuclear permite a obtenção de umconjunto alargado de vantagens e a resoluçãode vários problemas com que o País se vê con-frontado: É 28 por cento mais barata queo carvão, 24 por cento que o gás natural e53 por cento que a energia eólica, sendo aindauma energia “limpa”, não emitindo dióxidode carbono para atmosfera. A construção deuma central nuclear no País permitiria, assim,reduzir o deficit comercial, aumentar a com-petitividade, inverter a posição de Portugal,de “importador de energia” para “exportadorde energia”, e cumprir o Protocolo de Quioto.Quanto às questões de segurança, quem sus-tenta o nuclear alerta para a realidade de Por-tugal já correr os riscos inerentes a tal activida-de – face à central nuclear espanhola situada

a apenas 100 km da fronteira portuguesa – eque, se assim acontece, resta apenas ao Paíscolher os “benefícios financeiros” que esta so-lução proporcionará.

Para os opositores do nuclear, a questão émais complexa. A produção de energia por cen-trais nucleares não é isenta em termos de emis-sões de gases de efeito de estufa, para além doperigo dos resíduos radioactivos. Defendemainda que o nuclear apenas produz electrici-dade, que corresponde a 20/25 por cento daenergia final consumida em Portugal. Não éconsiderada uma energia barata, pois se foremcontabilizados todos os custos associados ao ci-clo de vida das centrais, o custo de produção deelectricidade por kilowatt/hora é superior ao dageneralidade das fontes de energia renováveis.

Se para uns a energia nuclear é opçãopara Portugal, para outros seria mais vanta-joso apostar no desenvolvimento de tecnolo-gias em áreas onde o nosso país tem vantagenscompetitivas naturais, como são a solar foto-voltaica e a energia das ondas.

Nuclear

Opção paraPortugal?

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À lupa

» Loures Municipal28

Energia renovável é a que écriada a partir de uma fonteinesgotável, por exemplo o Sol,o vento, o mar, ou a partirde recursos substituíveis, comoa biomassa. Ao utilizarmosfontes de energia renováveis,estamos a contribuir paraa diminuição da poluiçãodo meio ambiente e paragarantir a disponibilidadede recursos naturais para asgerações futuras. A utilizaçãode fontes de energia renováveis,juntamente com outras formastradicionais de energia, podecontribuir de forma positivapara abrandar o fenómenodas alterações climáticas,em particularo aquecimento global.

Energias Renováveis

A apostacerta

Com uma média superior a 2500 horasde sol por ano, Portugal é um dos países daEuropa com maior potencial de aproveita-mento de energia solar, podendo esta serutilizada de forma passiva ou activa.

A primeira consiste no aproveitamentoda energia para aquecimento de edifíciostecnicamente bem concebidos, que permi-tem significativas poupanças energéticas,nomeadamente através do aproveitamentodos ganhos solares no Inverno, minimizandoas suas perdas para o exterior e restringindoos ganhos excessivos de calor no Verão.

A forma activa apresenta dois modelosde conversão: térmica e eléctrica. As instala-ções solares térmicas estão ligadas quaseexclusivamente ao aquecimento de águas.Os painéis solares instalados em Portugalpermitiram, em 2004, poupar o equivalentea 176 mil barris de petróleo. Contudo, ospoucos incentivos fiscais e a falta de legisla-ção específica têm impedido o desenvol-vimento do sector, tornando impossível ter,como previsto, um milhão de metros quadra-dos de painéis instalados em 2010. Mesmoassim, algumas melhorias têm sido intro-

Solar

Rentabilizar o “Rei Sol”duzidas. Em Janeiro deste ano, foi estipula-da a obrigatoriedade da instalação de painéissolares nos novos edifícios, desde que otelhado esteja orientado para sul e não se en-contre na sombra nas horas de maior inso-lação. Trata-se de uma medida inserida numconjunto que inclui a criação de um Sistemade Certificação Energética dos Edifícios, emque todas as construções terão um certifica-do caracterizando o seu consumo energético.

No caso da energia solar fotovoltaica, aconversão da energia solar em electricidadeocorre em células fotovoltaicas. Para a ge-ração de electricidade, este sistema necessitade luz, não de sol, embora a sua presençarepresente uma maior produção de energia.As suas características fazem com que ainstalação deste tipo de sistemas seja muitoatractiva em locais onde não exista rede dedistribuição de energia eléctrica. Em Por-tugal, a electricidade produzida pode serconsumida na habitação ou vendida à redepública de distribuição de energia.

No Município de Loures, a preocupaçãoem recorrer às energias renováveis é visível, no-meadamente no momento da concepção deedifícios.

A EB1 de São Julião do Tojal é disso umbom exemplo, tendo desde o início definido aintrodução de equipamento de apoio ener-gético, através da instalação de caldeiras agás e emissores de calor e de um sistema solartérmico. A interligação entre estes compo-nentes foi também considerada, de modo apermitir que o sistema abasteça os radiadoressempre que a temperatura ideal seja atingida.

O próximo projecto que contemplará aintegração da energia solar será o das Piscinasda Portela. A instalação para aquecimento daágua das piscinas e produção de águas quen-tes sanitárias terá como principal energia asolar e como energia secundária o gás natural,possibilitando a redução de emissões de CO2

e da factura energética e os custos de explo-

ração e produção no aquecimento de águas.Também em relação à aplicação da tec-

nologia solar fotovoltaica, há já alguns bonsexemplos em Loures.

Tal como noticiámos na última edição, aAutarquia instalou semáforos alimentadosa energia solar em alguns pontos do concelho.Os semáforos LED, assim designados, nãogastam energia e entram em funcionamentoimediatamente após a sua instalação. Inova-dor será também o projecto criado para ostaludes do Parque Urbano de Santa Iria deAzóia, que constituem uma área de 57 milmetros quadrados. Aí será instalado um con-junto de painéis solares fotovoltaicos, comuma potência instalada de cerca de 3 MW.Considerando um número médio de cincohoras de sol por dia, e fornecendo a electri-cidade produzida à rede eléctrica nacionalao preço de 0,37 euros o kW, obter-se-á umafacturação anual superior a 200 mil euros.

Loures

Concelho comboas práticas

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«Loures Municipal 29

Energia

Oceanos

Entre ondas e marésCaracteriza-se por ser a energia térmica

proveniente do interior da Terra. Vulcões, fon-tes termais e fumarolas são exemplos destafonte de energia. Actualmente, é utilizada emestações termais para fins medicinais e de lazer,mas pode também ser utilizada no aquecimentoambiente e de águas sanitárias, assim comoem estufas e instalações industriais.

Existem em Portugal alguns exemplos deaproveitamento deste tipo de energia, caso dacentral geotérmica da Ribeira Grande, nos Aço-res, que produz energia eléctrica com potencialpara garantir o fornecimento de 50 a 60 porcento das necessidades da ilha de São Miguel.

As grandes vantagens desta fonte de ener-

O aproveitamento da biomassa consistena combustão de madeira, resíduos flores-tais ou outros, provenientes de exploraçõesagro-alimentares, para produção de calorou electricidade para utilização em habita-ções, edifícios ou complexos industriais.

Uma componente importante no apro-veitamento deste tipo de recurso está rela-cionada com as políticas de limpeza econservação da floresta. Portugal possui umagrande área florestal, muitas vezes desa-proveitada, que representa um enorme po-tencial de abastecimento da biomassa. Estetipo de resíduos, que facilitam a propagaçãodos incêndios florestais, podem ser aprovei-tados como fonte energética. A limpeza deterrenos de uma forma sustentada permiteque seja alcançado um equilíbrio, preser-vando-se por um lado um recurso vital que

Biomassa

Resíduos florestaiscom mais valor

Geotérmica

A força da Terra

gia consistem em não ser poluente e no factode as centrais não necessitarem de muito espa-ço, pelo que o impacte ambiental é reduzido.

é a floresta, e por outro procedendo-se àvalorização energética.

A biomassa pode ainda ser valorizadaatravés da “reciclagem”. No concelho deLoures, a freguesia da Bobadela é um bomexemplo desta prática sustentável. Atravésda utilização, em canteiros e jardins, de esti-lha de madeira resultante de podas de árvorestrituradas, é possível reincorporar carbono enutrientes no solo, poupando na aquisiçãode outros materiais que seriam destinados àaplicação em jardins. Além disso, evita o cres-cimento de ervas daninhas, mantendo ahumidade do solo, o que reduz a necessidadede rega, e a temperatura.

Actualmente, podemos dividir os apro-veitamentos energéticos do oceano em duasáreas distintas: ondas e marés.

As zonas costeiras portuguesas têm ex-celentes condições naturais para o aprovei-tamento da energia das ondas. Contudo, astecnologias de conversão desta energia estãoainda em fase de desenvolvimento. Apesardisso, Portugal é, em termos de investigação,um dos países pioneiros, contando já comduas centrais de aproveitamento de energiadas ondas, uma delas na ilha do Pico e outraem Viana do Castelo. Também a Póvoa doVarzim irá ter o primeiro parque mundial deaproveitamento da energia das ondas, preven-do-se que em 2008 a energia total produzidaseja suficiente para abastecer uma populaçãode 250 mil habitantes. A tecnologia, de nomePelamis, consiste em vários tubos cilíndricosque acompanham a onda. Entre eles funcionaum sistema hidráulico que acciona um geradoreléctrico. A energia é depois transportada atéà subestação por via de um cabo submarino.

Outra forma de aproveitar a energia dosoceanos é tirando partido do movimentoconstante das marés. A energia eléctrica podeser obtida com a paragem do movimento daágua das marés através de um dique, sendodepois utilizada a diferença de nível da super-fície da água entre os dois lados do diquepara accionar os geradores de electricidade.

Em Portugal sempre existiu aproveita-mento da energia das marés. A partir doséculo XIII, do Minho ao Algarve foram cons-truídos moinhos de maré em rios e estuários,que documentam a intensa actividade moa-geira desenvolvida no nosso país.

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À lupa

» Loures Municipal30

Em Portugal, a produção hidroeléctricatem um peso significativo (80 por cento) nobalanço energético, a ela se devendo umagrande parte da produção nacional de ener-gia. De facto, as energias renováveis garan-

Energia Hídrica

Electricidade através da água

tiram, em 2003, no nosso país, 36 por centodas necessidades do consumo bruto de energiaeléctrica, quando a meta estabelecida pelaUnião Europeia para Portugal é de 39 porcento em 2010.

Eólica

Moinhos do futuro

Ao longo do século XX, a produção de hidro-electricidade foi efectuada, sobretudo, atravésda construção de barragens de grande ou mé-dia capacidade, que convertem a energia mecâ-nica existente num curso de água, em energiaeléctrica, que pode depois ser transportada agrandes distâncias.

Contudo, as grandes hidroeléctricas ori-ginam lagos e albufeiras de grandes dimensões,que têm por vezes associados impactes am-bientais e sociais: transformam a paisagem,podem destruir florestas e habitats selvagens,contaminar os recursos hídricos, ou até mesmoreduzir a biodiversidade aquática.

Como os locais disponíveis para a cons-trução de grandes aproveitamentos começama escassear, a tendência actual e ambiental-mente mais correcta é optar pela instalaçãode mini-hídricas, de menor impacte ambientale de fácil introdução em infra-estruturas ur-banas já existentes.

Todavia, é preciso referir que este tipo deenergia está directamente dependente dachuva. Quando a precipitação é mais abun-dante, a contribuição destas centrais atingeos 40 por cento. Nos anos mais secos, apenas20 por cento da energia total consumidaprovém dos recursos hídricos.

Poupar

Actualmente, o vento é utilizado emtodo o mundo para a produção de energiaeléctrica, existindo em Portugal locais ondeo potencial da energia eólica justifica a suaexploração comercial. O total de potêncialicenciada renovável está concentrado noNorte do país, essencialmente devido à loca-lização das grandes hídricas e de um nú-mero significativo de parques eólicos.Os distritos de Lisboa, Leiria e CasteloBranco apresentam uma fortecomponente eólica, su-perior a 50 porcento da po-tência renová-vel desses mesmos distritos.

Os cinco principais mercadoseuropeus em 2005 foram a Ale-manha (1808 MW), a Espanha

(1764 MW), Portugal (500 MW), Itália (452 MW)e o Reino Unido (446 MW). Em termos decapacidade acumulada, Portugal conta com1022 MW ligados à Rede Eléctrica Nacional,encontrando-se em fase de construção mais953 MW.

A energia eólica também já granjeou oseu espaço no concelho de Loures. Actualmente,são 13 os aerogeradores em funcionamento,distribuídos pelos parques eólicos de Bolores ede Fanhões, capazes de produzir energia parauma cidade de mais de vinte mil habitantes.Com uma capacidade de produção de energiana ordem dos 1300 kW por cada torre, o par-que de Bolores está, no entanto, condicionadocom a potência dos postos de transformaçãoe subestações existentes no concelho, jáque, para aumentar a sua capacidade, a EDP

teria de fazer obras de remodelação dosseus equipamentos, implicando um forteinvestimento nesta área. Já o parque de

Fanhões, concluído no início de 2005, possi-bilita, actualmente, a produção de 18 MW deuma energia limpa e renovável, mais amigado ambiente, indo ao encontro das directrizesda União Europeia que prevêem a criação dealternativas aos combustíveis fósseis.

A aposta na região oeste prende-se com ofacto de toda esta zona reunir condições técni-cas e naturais para explorar a energia eólica,nomeadamente a existência de ventos cons-tantes e de grande intensidade.

Depois dos pequenos moinhos de ventoque antigamente serviam para moer cereais

ou bombear água, é de esperar que,com naturalidade, os novos aero-geradores passem a marcar a pai-sagem de Portugal.

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«Loures Municipal 31

Energia

Água e Luz

Poupare preservare preservar

Água

Como areia entre dedos

É um facto reconhecido que Portugal dispõede excelentes recursos hídricos. Contudo, saben-do que é um recurso finito e um elemento vitalna produção energética, não é demais recordara urgência na tomada de medidas que visem aredução do seu consumo.

Conhecedores da importância deste facto,Câmara e SMAS preparam-se para implementarum sistema inovador no que concerne à reduçãodos consumos próprios e à minimização das per-das na rede. No que respeita à Autarquia, o pro-jecto tem o nome de “Gota-a-Gota” e insere-seno Sistema de Gestão Ambiental que no presentemomento se encontra a ser implementado. Emtraços gerais, o plano passa pelo aproveitamentodas águas das estações de tratamento na limpezadas vias públicas e na captação de água de poçospara a rega de espaços verdes, prevendo-se aindaa colocação de torneiras temporizadas nas casasde banho dos diversos serviços municipais.

Água e luz. Ambas sãoessenciais para umahabitabilidade plena.É verdade que, em plenoséculo XXI, já não imaginamoscomo possível a ausênciadestes dois elementosno nosso quotidiano.Contudo, milhões de pessoasno mundo não dispõem destesbens vitais, e não passarammuitos anos sobre os temposem que essa realidade tambémse estendia a Portugal.Neste trabalho sobre energia,não poderíamos deixar de falardestas duas áreas, nas quaiso Poder Local tem umaimportância acrescida.No caso da electricidade,falamos da tutela sobre todaa iluminação pública – comexcepção das estradasnacionais e auto-estradas –,e do financiamentoda iluminação de maisde um milhar de equipamentospúblicos espalhadospor todo o concelho. Quantoà água, a responsabilidadedo Município – inscritana matriz de actividadedos Serviços Municipalizados –passa pela aquisição,distribuição e abastecimentoa mais de 300 mil pessoas,divididas pelos concelhosde Loures e Odivelas.

Quanto aos SMAS, o sistema de Telegestão(ver página 24) permitirá uma melhor iden-tificação de problemas na rede, reduzindo-seassim drasticamente os tempos de intervenção ea consequente perda de água durante umaeventual ruptura no sistema.

A par destas medidas, e em especial depoisdo regime de seca que Portugal viveu em 2005,nunca é demais reforçar que a redução dos con-sumos terá sempre de passar por uma conscien-cialização dos cidadãos, com especial incidênciaem todos aqueles que desenvolvem actividadesligadas à agricultura, já que 88 por cento daágua doce consumida se destina precisamente àrega dos campos de cultivo.

Para que a água continue a ser um elementodisponível para a produção de energia – nomea-damente através do aproveitamento de barra-gens –, e que não nos fuja entre os dedos comoareia, resta esperar que a interiorização dos con-ceitos de “poupança” e “consumo moderado” en-trem finalmente no dicionário dos portugueses.

“Loures Energia” é o nome do projectoefectuado no âmbito do Sistema de GestãoAmbiental (SGA) com o objectivo de racionalizaro consumo de energia eléctrica no Município econhecer melhor como é consumida a electrici-dade nas escolas do 1.º ciclo.

Até ao momento, foi concluído o trabalhode execução de auditorias energéticas em54 estabelecimentos de ensino, restando agorafazer chegar às escolas os respectivos relatórios,com o objectivo de sensibilizar e promover aaplicação de medidas para reduzir a facturaenergética. Encontra-se igualmente concluído olevantamento cadastral de todos os locais deconsumo de energia eléctrica assumidos pelaAutarquia, acção essa que já deu os seus frutos,visto que, em 2005, e graças à simples mudançade tarifário associado à iluminação pública, afacturação conheceu um decréscimo de cerca de120 mil euros.

Embora a Câmara detenha a tutela sobre ailuminação pública do concelho, é da respon-sabilidade da EDP dar assistência técnica e manu-tenção a esse nível. Por isso, se detectar faltasde energia, avarias ou outros problemas, con-tacte sempre a Linha EDP, através do telefone800 506 506, gratuita e disponível 24 horas pordia.

Luz

Mudar paramelhorar

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À lupa

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Valorsul

Em nome da eficiência

Tratar e valorizar os resíduos domésticossempre foi uma das funções da Valorsul. Umadas vantagens dessa valorização prende-se coma produção de energia eléctrica, que pode serobtida de diversas formas.

Na Central de Tratamento de RSU, emLoures, os lixos não separados são queimadosa altas temperaturas para produzir energiaeléctrica. Por ano, a central recebe perto de600 mil toneladas de resíduos e exporta cercade 305 GWh de energia para a Rede Eléctri-ca, suficiente para alimentar uma cidade de

Produzir energia eléctrica como forma de valorização dos resíduos sólidosurbanos (RSU) e sensibilizar as populações para as energias renováveissão alguns dos objectivos da Valorsul para um melhor ambiente.

Pequenos gestosfazem a diferença

150 mil habitantes. Por seu lado, a Estaçãode Tratamento e Valorização Orgânica, naAmadora, recebe resíduos orgânicos separadosem restaurantes, cantinas e mercados, sendoque, através do seu tratamento, é possível gerarenergia eléctrica e produzir um compostoorgânico, sem aditivos químicos, que será uti-lizado como fertilizante na agricultura. A es-tação, que se encontra ainda em período deensaios experimentais, irá produzir anualmen-te oito a doze GWh de energia.

Também no Aterro Sanitário de Mato da

A utilização racional da energia pressupõe o seu uso de forma eficiente, reduzindo a quantidadeconsumida na execução de determinadas tarefas, desta forma evitando o desperdício.Nestas páginas, a Loures Municipal dá-lhe o exemplo de boas práticas aplicadasum pouco por todo o concelho, propondo-lhe ainda pequenos gestos, não só parao ajudar a reduzir a sua factura energética, mas também para dar o seu contributopara a defesa do meio ambiente.

Inovação

Bons exemplos a seguir

Energias Renováveismais amigas do ambiente

Promover o uso das energias renováveistem sido uma das preocupações da Valorsul.Com o objectivo de melhorar as condiçõesambientais, a empresa decidiu promover autilização de gás natural em veículos pesadosde transporte de resíduos, iniciativa pioneiraem Portugal. Para possibilitar o abastecimentodas novas viaturas a gás natural, a Valorsulirá implantar, em São João da Talha, um postode abastecimento equipado com meios técni-cos modernos, que possibilitarão o enchimen-to das viaturas.

Neste sentido, foram assinados, a 9 deJunho, na presença do Secretário de Estadodo Ambiente, Humberto Rosa, os contratospara o fornecimento de 31 viaturas a gás natu-ral, a entregar aos municípios de Loures,Amadora, Lisboa e Vila Franca de Xira, bemcomo para a instalação do respectivo postode abastecimento.

Além desta iniciativa, a Valorsul está a pro-jectar a criação de um Parque Temático deEnergias Renováveis nas instalações do AterroSanitário de Mato da Cruz, onde poderão vira ser instaladas centrais fotovoltaica e eólica.

Cruz, em Vila Franca de Xira, o biogás produ-zido pela decomposição dos resíduos depo-sitados deverá vir a ser alvo de valorizaçãoatravés do seu aproveitamento para gerarenergia eléctrica, que será depois exportadapara a Rede Eléctrica Nacional.

Evite os modos de standby. A maior partedas vezes o equipamento é deixadoem standby sem nenhuma necessidade.

Ao fim de um dia de trabalho, não se esqueçade desligar o computador e o equipamentode ar condicionado. Relativamente ao equipamentode ar condicionado, este deve apenasgarantir o conforto térmico.

Sempre que possível, aproveite a luz do diae evite o uso de luz artificial.

As lâmpadas e os globos ou protectoresde lâmpadas devem estar limpos, para quea energia gasta seja aproveitada na totalidade.

Não tenha o equipamento de ar condicionadoligado quando as janelas estão abertas.

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«Loures Municipal

Energia

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Uma torneira a pingar pode desperdiçarmais de 190 litros de água por dia?

A Suécia tem quatro mil lagosdesprovidos de peixe devidoàs chuvas ácidas?

Em cada ano, um automóvel produz,em média, quase quatro vezes o seupeso em CO2?

O simples isolamento do telhado permitereduzir cerca de 20 por cento dos custosenergéticos? Isolando paredes e tectoeconomiza até 30 por cento do consumode energia. Calafetando portas e janelaseconomiza até 5 por cento, e mais10 por cento instalando vidros duplos?

Uma lâmpada fluorescente gasta menosum quarto de energia e dura dez vezesmais que uma lâmpada normal?

Piscinas e futuro Edifício Municipal

Gestão inovadora de energiaO futuro edifício municipal, que irá agre-

gar todos os serviços camarários, actualmentedispersos pela cidade de Loures, será construídotendo por base um Sistema de Gestão TécnicaCentralizada. O mesmo é dizer que poderá serconsiderado um edifício “in-teligente” devido à utilizaçãode tecnologias tão simplescomo sensores de movimentoligados à iluminação, permi-tindo que a luz acenda ouapague consoante seja ou nãonecessária, ou até sistemas deleitura do conforto humano,de modo a obter uma tempe-ratura estável no interior doedifício.

Incluem-se neste projec-to tecnologias de comando eoptimização do arranque e pa-ragem de todos os equipamentos incluídos nossistemas de climatização e ventilação do edi-fício, através de programas horários pré-es-tabelecidos e monitorização de parâmetros detemperatura, humidade, protecções, filtros econsumos, e ainda sistemas de alimentação

e distribuição de energia eléctrica, incluindocontrolo e comando dos níveis de iluminaçãopor zonas.

Um equipamento já em funcionamento,as piscinas de Santo António dos Cavaleiros,

apresenta uma vertente técnicainteressante que lhe permitepoupanças energéticas im-portantes. As piscinas possuemum sistema totalmente auto-matizado, informaticamente,para controlo de todas asvertentes, incluindo tempera-tura, funcionando como umelemento de alta fiabilidade,pois além do controlo perma-nente o sistema permite pro-ceder a alterações em temporeal, seleccionando, por exem-plo, as temperaturas preten-

didas para cada um dos tanques. O aque-cimento funciona com duas caldeiras, queservem, além do plano de água, os balneários,sendo tudo controlado através de permuta-dores que permitem estabelecer as tempe-raturas consoante o objectivo.

Existe um simulador na internetque lhe permite conhecer os consumosda energia eléctrica existentesna sua habitação?Visite o site da EDP – www.edp.pt

Para acender a lareira, pode evitaro uso de acendedores feitos a partirde petróleo e optar por tiras de cascade laranja seca, que, além de serviremcomo acendedor, também deixamum odor agradável?

Sabia que...

Se possível, adapte o seu veículo a combustíveisde emissão reduzida.

Um terço da água que se gasta em casaé proveniente das descargas do autoclismo:dez litros de água são consumidos cada vez queo autoclismo funciona. Se colocar uma garrafade 1,5 l dentro do depósito, a capacidade diminui(o consumo reduz para 8,5 l por descarga).

Não lave a loiça com água corrente.

Use a máquina de lavar cheia e com o mínimode detergente.

Verifique o estado das borrachas do seu frigorífico.Caso não vedem correctamente, deverãoser substituídas.

Quando se ausentar de casa por períodos prolongados,se possível esvazie o frigorífico e desligue-o da tomada.

Um duche de 15 minutos com a torneira meia--aberta gasta cerca de 240 litros. Se fechara torneira enquanto se ensaboa e diminuiro tempo do duche em cinco minutos, diminuio consumo para cerca de 80 litros.

Pratique uma condução suave, não acelerandodesnecessariamente.

Apague as luzes ao sair de cada compartimento.

Utilize programas a baixas temperaturas.

Prefira um duche em vez de um banho de imersão.

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Colectividades

» Loures Municipal34

Marcando há mais de 50 anos a prática desportiva do concelho,a União Desportiva da Ponte de Frielas orgulha-se de organizaranualmente um dos principais torneios dos escalões jovensde futebol – o Torneio Internacional de Futebol Infantil da Pontede Frielas. A Loures Municipal foi conhecer a história do clube,as suas principais apostas e projectos para o futuro.

A União Desportiva da Ponte de Frielas(UDPF) resulta da fusão, em 1989, de doisclubes – o Grupo Desportivo da Ponte deFrielas, fundado a 3 de Junho de 1949, e oRomeira Social Clube de Recreio e Cultura,fundado a 1 de Janeiro de 1967.

Assumindo a data de fundação do GrupoDesportivo da Ponte de Frielas, a UniãoDesportiva conta actualmente com cerca de700 associados e 250 atletas federados, nasmodalidades de futebol e atletismo.

No âmbito do futebol de onze, o clubeapresenta equipas federadas nos escalões deinfantis, iniciados, juvenis, juniores e seniores,existindo ainda uma equipa de escolinhas nofutebol de sete e uma escola de formação

apoiada pela Câmara de Loures. No que res-peita ao futebol feminino, a UDPF conta comuma equipa sub-18 e uma outra no cam-peonato nacional sénior. Também o atletismoassume grande relevância na vida do clube,contando com um número cada vez maior depraticantes.

Anualmente, a colectividade organiza oTorneio Internacional de Futebol Infantil daPonte de Frielas, que reúne as equipas repre-sentativas dos melhores clubes nacionais, bemcomo convidados internacionais, sendo járeconhecido como um dos principais eventosfutebolísticos no âmbito das camadas jovens.

A formação continua a ser a aposta fortedo clube, como assume o seu presidente, JoãoSequeira: “No Ponte de Frielas, o mais impor-tante é a formação dos homens e mulheres doamanhã.”

A experiência e o trabalho desenvolvidoao longo de mais de 50 anos valeram-lhe aatribuição, pela Câmara de Loures, da Medalhade Ouro do Concelho.

União Desportiva daPonte de Frielas

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Entrevista

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Energia

Metas para umfuturo próximo

“Mais importante que os resultadosé os jovens praticarem desporto”

João SequeiraPresidente da União Desportiva da

Ponte de Frielas

Sendo a União Desportiva um clubecom mais de 50 anos, quais foramas principais dificuldades sentidasinicialmente?

No primeiro ano, depois da união entreo Grupo Desportivo da Ponte de Frielas e oRomeira Social Clube, funcionámos com doispresidentes e depois assumi a presidência dedois clubes, pois a fusão ainda não era ofi-cial. Tudo isso trazia alguns constrangi-mentos em termos burocráticos. Mas agrande dificuldade foi incutir nos sócios oespírito dos dois clubes e a mudança regis-tada.

O clube aposta fortementena formação das camadas jovensem futebol. Por quê esta opção?

Enquanto presidente, entendo que semformação não existe equipa sénior, pois nes-te momento 75 por cento da equipa é cons-tituída por jogadores provenientes dascamadas jovens do clube. Além disso, souapologista da prática desportiva entre osjovens, pois entendo que o desporto é fun-damental para o seu desenvolvimento en-quanto cidadãos.

O facto de os jogadores seniores teremjogado em escalões mais jovens da Uniãofaz com que sintam a mística e interiorizema filosofia e as regras do clube.

Um dos exemplos da importânciada formação no clube é a organizaçãodo Torneio Internacional de FutebolInfantil, que vai já na 15.ª edição.Que balanço faz da realizaçãodo torneio e da sua evolução?

O torneio é o motor do clube e temconhecido uma evolução importante, sendoactualmente bastante reconhecido. A rea-lização de um torneio desta dimensão, emque participam equipas representativas dealguns dos melhores clubes portugueses

e estrangeiros, é motivo de grande orgulhopara o clube e para mim, enquanto presidente.

O campo do Bonjardim, onde praticamfutebol, conta desde 2003 com umrelvado sintético. Que vantagenstêm sentido desde então?

As vantagens são muitas e de vária índole.Na prática desportiva em si, o futebol é muitomais bonito. Por outro lado, cativa cada vezmais os jovens para a prática desportiva nesteclube. Neste momento, tenho de recusar algunsjogadores, pois recebemos muitos jovens quenão temos capacidade de acolher.

Penso que isso é reflexo, por um lado, dotrabalho do clube e do torneio que realizamos,por outro, das boas condições que o campoapresenta actualmente. Não tenho dúvida deque o relvado também contribui para atrairmais pessoas.

Quais foram as principais alegriasque o clube já lhe proporcionou?

A maior alegria que o clube me dá é estarinserido numa colectividade com muita gentea praticar desporto.

Mais importante que os resultados, é ofacto de a UDPF dar a oportunidade às crian-ças e aos jovens de praticarem desporto. Essaé a minha principal meta.

Que projectos tem a UDPFpara o futuro?

Os projectos futuros passarão sempre porincentivar as pessoas à prática desportiva. Paratal, o clube necessita de receitas e de um localonde as pessoas tenham a oportunidade de sereunir, uma sede que funcione como espaçode convívio.

Gostaríamos também de criar uma zonadesportiva e de lazer na área envolvente aocampo do Bonjardim, preservando sempre aruralidade do povo de Loures, característicadaquele local.

União Desportiva da Ponte de Frielas

Praceta da Romeira, Ponte de Frielas2660-321 Santo António dos CavaleirosTelefone: 219 892 526Telemóvel: 912 176 137Fax: 219 889 609

PresidenteJoão Sequeira

Vice-PresidentesJosé Carlos AlmeidaJosé RebochoAfonso AlvesJoaquim Luís

Presidente da Assembleia-GeralCelestino Sousa

Conselho FiscalFrancisco Curva

Construção de cabinespara jogadores e árbitros;

Construção de sedepara a colectividade;

Construção de novo campo de jogos.

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Pessoas e Lugares

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Ricardo dos Reis Rainho ––––– Pároco de Santo António dos Cavaleiros

“Ser padre é estar disponívelpara servir e para amar”

Decidiu seguir a vida religiosaainda jovem. Como surgiuessa opção na sua vida?

Mesmo tendo nascido e vivido em Fátima,local com grande significado religioso, pensoque, até aos 17 anos, a última opção de vidaque colocava era vir a ser padre.

Desde os 12 anos que trabalhava em part--time na recepção de um hotel pertencente àOrdem Carmelita, onde contactava com padrese irmãs, que me convidaram a participar emencontros de jovens. Durante o 11.º ano parti-cipei em alguns desses encontros, e foi no con-texto da descoberta pessoal, ocasionada nessesmomentos, que surgiu a possibilidade de serpadre.

Tendo feito essa opção aos 17 anos,alterou o seu projecto de vida.Sente que abdicou de alguma coisana sua juventude?

Sempre fiz uma vida normalíssima. Vivianuma casa em Lisboa com outros jovens queestavam a fazer o mesmo percurso que eu, iaà universidade e convivia com os alunos deoutros cursos. Além disso, fazia a minha des-coberta vocacional, que passa por várias fases.É uma caminhada que tem as suas dificuldades,não no sentido de abdicarmos de algo, mas

no sentido de abraçarmos aquilo de quegostamos.

Em alguma fase dessa caminhada tevedúvidas sobre a opção que escolheu?

Dúvidas temos sempre. Todas as opçõesde vida são questionáveis, por esse motivo éque fazemos essa caminhada, que funcionacomo um processo de descoberta. Mas crisese dúvidas todos temos, seja qual for a opçãode vida que façamos.

No seu percurso, também passou porEspanha. Como foi essa experiência?

No percurso de preparação para a vidareligiosa, há um ano em que deixamos deestudar para realizar outras actividades. É umano decisivo, vocacionado para a vida espiritual

e virado sobre nós mesmos, em que decidimosse queremos ou não ser religiosos.

Passei esse ano em Espanha com outrosjovens de diversos países, acompanhados poruma equipa de formadores que nos orientava.No final, demos o primeiro passo no sentidoda consagração. Foi o primeiro “sim” vincula-tivo. Esse ano marcou-me pela positiva e mos-trou-me outras perspectivas, pelo contacto quetive com outras culturas.

Santo António dos Cavaleiros

Em 1996, veio para Santo Antóniodos Cavaleiros. Como foi acolhido?

Fui ordenado padre em 1990 e a minha pri-meira função foi ajudar outros na sua vocação,como formador, em Braga. De seguida, vimpara Santo António dos Cavaleiros, onde fuimuito bem recebido por todos. A paróquia sóexiste graças a esta comunidade de pessoasempenhadas, que têm feito um trabalho excep-cional.

Que balanço faz destes dez anos comopároco de Santo António dos Cavaleiros?

Sinto-me feliz e enriquecido, sobretudoporque penso que mais do que fazer muito, ca-minhámos muito. A vida é feita de pequenos

“A paróquia sóexiste graças a

esta comunidadede pessoas

empenhadas,que têm feito

um trabalhoexcepcional”

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Entrevista completa em www.cm-loures.pt

Há dez anos a prestar serviço na paróquia de Santo António dos Cavaleiros, o Padre Ricardo Rainho nasceuem Fátima, tendo aí realizado os seus estudos iniciais. Ainda jovem, decidiu seguir a vida religiosa e sacerdotal,ingressando na Ordem Carmelita e na Universidade Católica de Lisboa, em 1983. Depois de uma curta passagempor Espanha, foi ordenado diácono em 1989, e sacerdote um ano mais tarde. Formar candidatos à vida religiosano Seminário Carmelita do Sameiro foi a sua primeira missão. Em 1997, foi nomeado pároco de Santo Antóniodos Cavaleiros e de Frielas. Ao mesmo tempo, assumiu a direcção do Centro Cultural e Social de Santo Antóniodos Cavaleiros, um importante marco no âmbito da actividade social da freguesia. O trabalho desenvolvidoem Santo António dos Cavaleiros valeu-lhe, em 2005,a Medalha Municipal de Mérito e Dedicação.Nesta entrevista, Ricardo Rainho fala-nos da sua experiência e desmistifica algumas ideias sobre a vida religiosa.

nadas, que são a caminhada das pessoas e osseus testemunhos de vida, e é isso que realço.É de louvar a simplicidade, os pequenos gestose a entreajuda entre os vários membros destacomunidade.

Além disso, noto algumas diferenças nafreguesia. Penso que nestes dez anos se verificouum decréscimo da violência, mas por outrolado há mais pobreza e outros problemas so-ciais que daí advêm.

As áreas suburbanas são apontadascomo locais onde se verifica umafastamento das pessoas face à Igreja.Como é que a Igreja tem conseguidoresponder a este desafio?

A diocese de Lisboa realizou recentemen-te o Congresso da Nova Evangelização, ondefoi discutida essa questão. De facto, é umgrande desafio chegar a essas pessoas e nãodevemos esquecer que a Igreja já não é a cris-tandade e, como tal, tem que caminhar no

sentido das pequenas comunidades. A Igrejaimplica um compromisso, não se trata ape-nas de assistir à Eucaristia, mas também dedar testemunho no dia-a-dia. Temos de levaras pessoas a fazer uma opção pessoal e nãoapenas aderirem porque algo lhes foi simples-mente imposto.

A Igreja e o futuro

Santo António dos Cavaleiroscaracteriza-se por ser umacomunidade ecuménica. Comoé a relação entre as várias religiões?

O relacionamento é bom e, apesar de nãofazermos um trabalho comum continuado, têmacontecido vários encontros que ocasionam atroca de ideias. Acho que é importante que

exista uma atitude de abertura e um trabalhode parceria.

A Igreja tem convivido com vários“ataques” provenientes de paísestradicionalmente cristãos.Como encara esse facto?

A Igreja é feita de homens, com as suasvirtudes e defeitos, mas sobretudo com as suaslimitações. E mesmo a Igreja, enquanto estru-tura, é limitada e tem os seus erros. A Igrejadeve adaptar-se ao mundo, mas não abdicardo essencial, que são os valores do Evangelho.

Eu encaro esses ataques com indiferença,pois a Igreja não impõe nada, apenas convida.Mas a Igreja católica acaba por ser mais ata-cada do que outras, porque é mais aberta eexiste nela muita pluralidade.

Na sua opinião, o que é precisopara ser padre, tendo em contaas inúmeras solicitações actuais,e que conselho daria aos jovensque se preparam para ser sacerdotes?

Para ser padre é necessário estar disponívelpara servir e para amar, mas penso que isso écomum a qualquer vocação. O essencial é de

Que actividades levaa cabo o Centro Social?O Centro Social presta apoio à população, emcolaboração com a Segurança Social e o Ban-co Alimentar Contra a Fome. Parte da acçãosocial da freguesia é levada a cabo por técni-cas do grupo de trabalho do Centro Social,pois existe aqui um verdadeiro projecto deacção social.

Acaba por rever o seu trabalhona evolução do próprio Centro Social...A questão social é muito importante nestacomunidade, mas encaro o Centro Socialapenas como uma das dimensões da paróquia.Além desta vertente, temos outros grupos,

como a catequese, os grupos de jovens, apastoral familiar, os escuteiros, entre muitosoutros.

Como se gere tudo isto? Sente quefoi preparado para esta tarefa?A grande dificuldade é que nós fomospreparados para ser padres e não gestores.Felizmente, tenho à minha volta pessoaspreparadas tecnicamente em várias áreas,tanto a nível profissional, como no âmbitodo voluntariado, e tenho aprendido muitocom elas. Além disso, contamos com aparceria da Câmara Municipal, da Junta deFreguesia, da Segurança Social, do Centrode Saúde e de outras instituições.

facto a capacidade de servir e viver para osoutros. Aos jovens que se preparam para sersacerdotes, aconselho-os a estarem semprede coração aberto e terem capacidade paraaprenderem ao longo de toda a vida.

Desejos para o futuro...Que Santo António dos Cavaleiros con-

tinue neste caminho, quer seja eu ou outropadre a conduzi-los. Estou disponível paraqualquer serviço, e farei o que os meussuperiores desejarem, seja dentro ou fora dePortugal. Mas se tiver que sair vou sentir sau-dades. O que mais me irá custar é deixar aspessoas da comunidade. Mas o importante éque nos sintamos felizes e consigamos ajudaros outros a serem felizes.

“A questão social é muito importante”No cerne da paróquia de Santo António dos Cavaleiros destaca-se o serviço efectuado peloCentro Cultural e Social, uma Instituição de Solidariedade Social que procura responder àscarências sociais dos habitantes locais. Actualmente, presta serviço no âmbito das actividadesde tempos livres para crianças, apoio domiciliário, centro de dia, creche e jardim-de-infância.

“A vidaé feitada caminhadadas pessoase dos seustestemunhos”

“A Igrejacatólica é maisatacada doque as outras,porque émais abertae plural”

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Desporto

Depois da iniciativa de 15 de Fevereirodedicada à ginástica, no Pavilhão da EscolaBásica Integrada da Apelação, seguiram-se oseventos de 4 de Maio, no Parque Urbano deSanta Iria de Azóia, consagrados ao atletismo,e nos dias 22 e 24 do mesmo mês, no Parquedo Cabeço de Montachique, onde houve lugara actividades de ar livre.

O encontro do dia 4, organizado com oapoio da Associação de Atletismo de Lisboa,

contou com a participação de umas 250 crian-ças de nove escolas, que, organizadas em pe-quenos grupos, foram percorrendo os diversosespaços de actividades, como o lançamento dopeso, salto em comprimento, corrida de velo-cidade e estafetas.

Já nos dias 22 e 24, no encerramento doprograma, participaram cerca de meio milharde crianças de 18 escolas, que tiveram a opor-tunidade de realizar caminhadas, intercaladascom jogos tradicionais, tiro com arco, escaladae orientação.

Uma vez mais, a iniciativa organizada pelaCâmara Municipal de Loures revelou-se umsucesso, pois todos os participantes tiveram aoportunidade de passar um dia diferente, ondeo grande objectivo, alcançado, era incutir napequenada o espírito de fair-play e de salutarcompetição desportiva.

Gigajoga

Estimular a prática desportivaChegou ao fim mais uma ediçãodo programa que visa incentivara prática desportiva nos maisjovens, fomentando o espíritode equipa e o fair-play entreequipas – o Gigajoga.

A 21.ª edição do Inter-Escolasvoltou a ser um êxito.Abrangendo váriasmodalidades, a iniciativamobilizou milharesde crianças e jovensdas escolas dos 2.º e 3.º ciclosdo Ensino Básicoe Secundário do concelho.

No passado mês de Maio, terminou maisuma edição do Inter-Escolas, que, na fasefinal, contou com a participação de cercade 4900 alunos e 289 equipas no âmbitodos desportos colectivos. O número departicipantes atesta a relevância do eventono domínio do desporto escolar.

Numa primeira fase, decorrida entreJaneiro e Maio, os jovens participaram emvários encontros desportivos, abrangendo asmodalidades de atletismo, andebol, bas-quetebol, futsal, voleibol, ginástica, orien-tação, ténis-de-mesa, xadrez e curso deárbitros.

Além da competição desportiva, o tor-neio procura promover o convívio e a forma-ção dos mais jovens, permitindo uma melhorcompreensão do fenómeno desportivo e daenvolvência do movimento associativo.

Inter-Escolas

Jovens unidospelo desporto

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Organizado pela Gesloures, o torneio, quese disputou alternadamente com provas denatação adaptada e natação pura, contou coma participação de 170 atletas, em representa-ção de 15 clubes nacionais e internacio-nais – Associação Desportiva e Recreativa doBairro dos Anjos, Associação dos BombeirosVoluntários dos Estoris, Centro Nuno Belmarda Costa, Clube de Natação da Amadora, ClubeDesportivo da CERCIGUI, Clube DesportivoNacional, Clube Natacion Plasencia, ClubeNaval Setubalense, Futebol Clube do Porto,Oliveira do Bairro Sport Clube, Palmela Des-porto, Sport Algés e Dafundo, Sport Lisboa eBenfica, Sporting Clube de Portugal e Ges-loures.

Durante o evento, que pretendeu respon-der à necessidade de dar ao conceito de “in-tegração” um verdadeiro sentido prático,algumas entidades marcaram presença, destaforma demonstrando o seu apoio a este tipode iniciativas. Entre elas, destaque para CarlosTeixeira, Presidente da Câmara Municipal deLoures, Rosa Mota, atleta campeã olímpica,Paulo Frischknecht, Presidente da FederaçãoPortuguesa de Natação, António Neves, Presi-dente da Federação Portuguesa de Desportopara Deficientes, Gentil Martins, Presidente daAssociação de Atletas Olímpicos, Rui Mouri-nha, em representação do Secretário de Estadoda Juventude e do Desporto, e Maria FernandaPalma, Juíza do Tribunal Constitucional, alémde Pedro Cabeça, Administrador da Gesloures.

Refira-se que a equipa da casa arrecadouos três troféus do torneio: troféu nataçãoadaptada, troféu natação pura e troféu torneiointegrado, numa clara demonstração da ex-celência do trabalho realizado pelos profissio-nais da Gesloures, a maior referência nacionalda natação para pessoas portadoras de defi-ciência.

Como é já habitual nas provas de compe-tição organizadas pela empresa municipal, aturma de natação sincronizada fez uma peque-na exibição no encerramento do evento, que opúblico aplaudiu entusiasticamente de pé.

O complexo das piscinas de SantoAntónio dos Cavaleiros acolheu,no dia 1 de Maio, a primeira ediçãode uma prova onde a natação adaptadaesteve em grande plano: o TorneioInternacional de Natação Integrada.

Torneio Internacional de Natação Integrada

Gesloures arrebata três troféusTorneio Internacional de Natação Integrada

Gesloures arrebata três troféus

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Desporto

5.ª Corrida do Oriente

Atletas inundam Parque das NaçõesA 5.ª edição da Corrida do Oriente teve lugar na manhã do dia 4 de Junho,

no Parque das Nações. Organizada pela Igreja da Nossa Senhora dos Navegantes,a prova contou com a participação de cerca de 1300 atletas de todo o país.Disputaram-se duas corridas: uma de dez quilómetros, competitiva, destinadaaos escalões seniores e veteranos, e outra de dois quilómetros, denominada“Correr para Conviver”, aberta a pessoas de todas as idades. A título de curio-sidade, o atleta mais novo tinha quatro meses e o mais velho 90 anos.

Carlos Teixeira, Presidente da Câmara de Loures, uma das entidades patro-cinadoras do evento, não deixou de estar presente na prova, testemunhando apartida dos atletas que durante a manhã percorreram toda a zona do Parquedas Nações.

Mas nem só de atletismo se fez a 5.ª Corrida do Oriente. Ginástica, insufláveis,demonstrações de basebol e pinturas faciais contribuíram para o convívio,alegria e bem-estar de um evento que é já referência do atletismo nacional.

Regata Tejo-Trancão

Prova náuticaanima Sacavém

Decorreu a 10 de Junho a sétima ediçãoda regata fluvial Tejo-Trancão de Kayak Mar,prova organizada pela Cooperativa “A Saca-venense”, em parceria com a Associação deCanoagem da Bacia do Tejo, que tem vindoa ganhar cada vez mais destaque no pano-rama desportivo do concelho.

Este ano, a iniciativa contou com a parti-cipação de 70 remadores e 48 embarcaçõesdos clubes de canoagem de Setúbal, BCP,Atlético do Montijo, Naval de Lisboa, Navalde Sesimbra, Desportivo de Paço de Arcos,Fluvial de Coimbra, e ainda da AssociaçãoNaval Amorense, Alhandra Sporting Clube,e Cooperativa “A Sacavenense”.

Os participantes iniciaram a prova noArco da EPAL, em Sacavém, com direcção àMarina do Parque das Nações, de onderegressaram ao local de partida.

O clube mais representativo, AssociaçãoNaval Amorense, acabou por vencer o pri-meiro prémio de equipas, seguido do ClubeNaval de Sesimbra e do Clube Atlético doMontijo.

A emoção marcou a cerimónia de home-nagem que a Junta de Freguesia de Mosca-vide organizou, no dia 14 de Junho, em plenoCentro Cultural, como forma de celebrar umfeito único de uma colectividade com forteimplantação social na vila moscavidense: aconquista do Campeonato Nacional da IIDivisão, e consequente subida aos campeo-natos profissionais (Liga de Honra), do ClubeDesportivo Olivais e Moscavide.

A sala encontrava-se repleta de amigos efamiliares dos jogadores, bem como de diver-sos convidados que não quiseram deixar dehomenagear os novos “heróis” da terra, en-contrando-se entre eles Carlos Teixeira, Pre-sidente da Câmara, o Vice-Presidente, BorgesNeves, o Vereador com o pelouro do Desporto,Ricardo Leão, Pedro Farmhouse, Presidente daAssembleia Municipal, e, claro está, DanielLima, Presidente da Junta de Freguesia deMoscavide, o anfitrião do evento.

Nos discursos que se seguiram, todos osconvidados fizeram questão de realçar o feitoalcançado, e a importância da projecção donome da vila de Moscavide em todo o país.

O final da cerimónia ficou marcado pela

entrega das medalhas, e pelo discurso doPresidente do Clube Desportivo Olivais eMoscavide, José Caldeira, que salientou que“a aposta feita no início do mandato foialcançada com êxito”.

O Olivais e Moscavide disputou a Série Dda 2.ª divisão de futebol, conquistando aprimeira posição em confronto directo com oLouletano e com o Pinhalnovense, garantindoaí o acesso ao jogo decisivo, frente ao Olivei-rense, que permitiria a subida de Divisão.Depois da vitória por uma bola a zero em ca-sa, o empate a dois em Oliveira de Azeméismaterializou a tão desejada subida à Liga deHonra. Contudo, o Olivais e Moscavide foimais longe e, num único jogo frente ao Tro-fense, conquistou o Campeonato Nacional daII Divisão, ao vencer por 2-1.

Um feito único num clube que, emboratenha a sua sede social na freguesia dos Olivais(concelho de Lisboa) tem, e tal como o próprionome indica, um forte impacte social na fre-guesia de Moscavide, alicerçado no facto deas suas instalações desportivas se situarem numespaço contíguo aos limites geográficos doconcelho de Loures.

Olivais e Moscavide

Homenagem aos novos “heróis”

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Rosa Mota, Carlos Lopes e Carlos Teixeira

Dividida em dois espaços distintos – Cir-cuito de Manutenção da Cidade Nova e EscolaGeneral Humberto Delgado – a iniciativa“Sempre em Forma”, organizada pela Câmarade Loures, através da Divisão de Desporto, ecom o apoio da Junta de Freguesia de SantoAntónio dos Cavaleiros e das colectividadesda freguesia, foi um êxito.

Centenas de desportistas das mais diver-sas idades deram vida e cor a uma manhã di-ferente em que o desporto foi rei. Capoeira,taekwondo, aeróbica, dança, hip-hop, marcha,atletismo, tai chi, yoga, BTT, ténis, futsal,ginástica, karaté e kickboxing foram as moda-lidades praticadas, constando ainda do pro-

Sempre em Forma

Sob o signo do desportoNo dia 20 de Maio, Santo Antóniodos Cavaleiros viveu uma manhãdiferente. Sob o lema “Sempreem Forma”, centenas de desportistasdas mais diversas colectividadesda freguesia cumpriram a máximalatina mens sana in corpore sano.

grama actividades paralelas, tais como de-monstração de massagens para bebés, ou aconferência “Exercício Físico e Saúde”, promo-vida pela Câmara, através do Gabinete de Saúde.

Ricardo Leão, Vereador do pelouro doDesporto, e Glória Simões, Presidente da Juntade Freguesia de Santo António dos Cavaleiros,não faltaram à chamada e, com entusiasmo,avaliaram positivamente esta realização, que,segundo os autarcas, tem tudo para continuara fazer parte do calendário desportivo doconcelho.

Às demonstrações, protagonizadas porprofessores e treinadores das colectividadesaderentes (Centro Cultural e Social, TaekwondoClube, União Desportiva da Ponte de Frielas,Juventude Desportiva da Flamenga e Asso-ciação de Moradores de Santo António dosCavaleiros), seguiram-se aulas abertas ao pú-blico, onde miúdos e graúdos mostraram quea prática desportiva não tem idade.

Para já, ficou a imagem de uma iniciativade sucesso. Para breve, haverá novidadesquanto às próximas edições.

No dia 3 de Junho, o Pavilhão Paz e Ami-zade, em Loures, esteve repleto para assistir àgala gímnica do Sport Clube de Frielas.

O evento teve como objectivo comemoraros dez anos de actividade desta secção no clube,e a acção do professor Mauro Policarpo, quedesde o início dirige as classes de ginástica.

No sarau participaram mais de quatro cen-tenas de atletas, distribuídos por quinze clubesde todo o concelho de Loures, que mostraramos seus dotes físicos e artísticos na ginásticaacrobática, rítmica, infantil, aeróbica e demanutenção, num magnífico espectáculo demúsica, luz e cor.

Sport Clube de Frielas

Dez anos de ginástica

Torneio Intermunicipalde Futebol 7

Jovens craquesapresentam-seem Fanhões

A Câmara de Loures, em parceria com aAssociação de Futebol de Lisboa, organizounos dias 3 e 4 de Junho um Torneio Intermu-nicipal de Futebol 7, no escalão de Infantis.

Na prova, que teve lugar no campo doSport Lisboa e Fanhões, participaram, alémda equipa da casa, mais sete formaçõesoriundas de outros tantos municípios: CACda Pontinha (Odivelas), Carcavelos (Cascais),Aveiras de Cima (Azambuja), Sintrense (Sin-tra), Desportivo de Oeiras (Oeiras), Ribamar(Lourinhã) e Desportivo de Mafra (Mafra).

Dividido em duas séries de quatro equi-pas, o torneio disputou-se em quatro jor-nadas. Na final, o Sport Lisboa e Fanhõesevidenciou-se ao bater o Grupo Desportivode Ribamar por 4 bolas a 3, num jogo bas-tante renhido. Já o Carcavelos venceu oAveiras de Cima por 8 golos sem resposta,não tendo sido, no entanto, o suficiente paraatingir os primeiros lugares da prova. O Ma-fra derrotou o Sintrense por 3-1, acabandopor alcançar o terceiro lugar do torneio.Mas o jogo seguinte seria o de todas asdecisões. O Cultural da Pontinha disputouo primeiro lugar com o Oeiras, tendo o clubeda “linha” ganho o torneio ao bater o con-junto do concelho de Odivelas por três bolasa uma.

Destaque ainda para a equipa de Aveirasde Cima, a formação admoestada commenos cartões e que menos faltas cometeu,que teve o privilégio de levar para casa aTaça Disciplina, provando que a festa, o es-pectáculo e o fair-play são os aspectos quedevem prevalecer no futebol.

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Empresas

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Com mais de 50 anos de trabalho reconhecido, a Sotécnica é umadas principais empresas nacionais no ramo das instalações técnicasespeciais, tendo colaborado nos maiores empreendimentos industriaise urbanos realizados em Portugal, bem como nalguns além-fronteiras.Instalada desde o início da década de 80 em São Julião do Tojal, temprocurado adequar os serviços prestados às necessidades cada vezmais exigentes dos clientes. A sua forma de actuar no mercado valeu-lheo Galardão de Mérito Empresarial, atribuído pela Câmara de Loures, em 1995.

Sotécnica ––––– Sociedade Electrotécnica, S. A.

Tecnologia e energiade mãos dadas

Em 1951 era fundada a Sotécnica, em-presa dedicada a projectos de electricidadee a pequenas instalações eléctricas.

Beneficiando do desenvolvimento indus-trial verificado nos anos 60, foi crescendo ealargando o âmbito da sua actividade, dedi-cando-se actualmente a empreitadas de ins-talações técnicas especiais, sistemas e serviçosnas áreas da produção, transporte e distribui-ção de energia, subestações, automação econtrolo industrial, comercialização de equi-pamentos, fabrico de quadros eléctricos e es-

truturas metálicas para baixa e média tensão.Apesar de ter iniciado a sua actividade

apenas com cinco colaboradores, conta actual-mente com cerca de 600 funcionários, tendoparticipado em empreendimentos de referên-cia como aeroportos, refinarias, cimenteiras,hotéis, centros comerciais, ou ainda infra-es-truturas no âmbito da energia e do ambiente,entre outros.

O seu crescimento passou também pelaexpansão nacional, com escritórios no Portoe Coimbra e, mais recentemente, pela par-ceria estabelecida com a Vinci Energies, umafilial de um dos maiores grupos de construçãodo mundo. Qualidade, ambiente e seguran-ça são preocupações constantes da empresa,certificada em qualidade segundo a normaISO 9001, desde 1997. Uma das grandes apos-tas da Sotécnica tem sido a formação profis-sional, pois, como defende o Administrador--Delegado José Esteves dos Santos, “a forma-ção é fundamental e sempre esteve presentena actividade da empresa”.

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Entrevista

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Entrevista completa em www.cm-loures.pt

Como nasceu a Sotécnica?A Sotécnica foi fundada em 1951, no

contexto do pós-guerra, numa fase de gran-de desenvolvimento industrial do País. Naépoca, era ainda uma pequena empresa quese dedicava fundamentalmente aos projec-tos e às instalações eléctricas. Desde 1954,ano em que se deu início à actividade dodepartamento de instalações eléctricas, aempresa tem-se desenvolvido num processode integração vertical, ou seja, procurandoestar presente nos vários sectores de activi-dade em que a electrotecnia se pode divi-dir. Além disso, a Sotécnica entendeu quetambém era importante fabricar localmenteos produtos que utilizava nas suas insta-lações, criando uma oficina própria. No iní-cio dos anos 80, foram inauguradas asinstalações em São Julião do Tojal, quecontemplavam o departamento fabril daempresa, permitindo assim o crescimentona área do fabrico de quadros eléctricos.

O que levou a empresa a instalar-seem São Julião do Tojal?

Penso que foi principalmente umaquestão de acessibilidades e de espaço.A nossa principal preocupação eram osabastecimentos feitos a partir do estrangei-ro e, uma vez que tínhamos muitos camiõesinternacionais que vinham descarregarmercadoria, tentámos evitar que entrassemem Lisboa, facilitando o acesso à genera-lidade dos nossos clientes e fornecedores.

São também uma importante fonteempregadora da região...

Sim, não só na freguesia de São Juliãodo Tojal, mas também nas circundantes.Muitos dos nossos trabalhadores são prove-nientes do concelho de Loures, e outros aca-baram por comprar casa nesta zona depoisde virem trabalhar para a Sotécnica. Issoaconteceu principalmente depois de insta-larmos neste edifício os escritórios da em-presa, em 1997. Além disso, há cerca de trêsanos instalámos aqui outra empresa do

José Esteves dos Santos, Administrador-Delegado da Sotécnica

“O sucesso da Sotécnica está na dedicaçãodos seus trabalhadores”

nosso grupo, a Sotubar, que se dedica a tra-balhos de instalação de ar condicionado e deventilação.

Que importância assumea formação na vossa empresa?

A Sotécnica é uma empresa com mão--de-obra especializada. Todos os seus técni-cos são qualificados e desde cedo que temosuma tradição de formação de pessoal. Já ti-vemos uma escola de formação, onde formá-mos a maioria dos nossos quadros intermédiose, neste momento, uma vez que a formaçãoprofissional só pode ser ministrada por em-presas credenciadas para o efeito, temos pro-tocolos com duas instituições. A formação éfundamental e sempre esteve presente na acti-vidade da empresa.

O tema da energia assume cada vezmais relevância. Na vossa actividadeutilizam novas energias?

Nós apenas fazemos instalações, nãoproduzimos nem distribuímos energia, peloque só nos é possível utilizar a energia que arede fornece. No entanto, há um mercadonascente, como por exemplo o dos aerogera-dores, onde tentaremos entrar como instala-dores. Já pedimos autorização para instalarum pequeno aerogerador no nosso comple-xo, de modo a baixar o consumo de energia,mas a autorização foi negada.

A crise económica que o País atravessateve reflexo na actividade da Sotécnica?

Apesar de nos dedicarmos à execução deinstalações técnicas específicas, estamos in-seridos no segmento de mercado que é o daconstrução, onde se tem verificado uma que-bra significativa. Isso reflecte-se depois nocrescimento da nossa empresa, que desde hácinco anos tem estado estagnado, quer a nível

do volume de actividade, quer do númerode pessoas ao serviço.

A expansão a nível internacionalpoderá ser uma solução?

Tentámos essa via, com a criação deuma empresa em Moçambique, mas nãocorreu bem. Também tivemos experiên-cias em Angola que nos fizeram temer oinvestimento nesse país, pelo que acabá-mos por encontrar a solução numa par-ceria estratégica com a Vinci Energies.

Os resultados dessa parceriajá são visíveis?

A Vinci Energies, filial do Grupo Vinci,é um dos maiores especialistas mundiaisem infra-estruturas do sector energético,emprega cerca de 27 mil pessoas e apre-senta-se como um parceiro muito impor-tante, sobretudo naqueles que se admiteque venham a ser os grandes projectos aconcretizar no nosso país, como o TGV,o aeroporto da Ota, ou o desenvolvimentodas energias alternativas.

Podemos ainda beneficiar do facto determos mais alguns contactos, mas é claroque apenas a qualidade, a capacidade e acompetência dos nossos trabalhadores per-mitem que esse mercado exista.

Como perspectiva o futuro?Estou um pouco pessimista, pois pare-

ce-me que as medidas que têm sido toma-das para sanear os principais problemas danossa economia são ainda muito débeis.Muitas variáveis estão no horizonte e a suaevolução combinada condicionará o ambi-ente em que nos movemos. Contamos coma confiança dos nossos clientes e com o em-penho dos nossos colaboradores para venceros desafios do futuro..

Imagem do aeroporto Francisco Sá Carneiro, na cidade do Porto, um dos locais onde a Sotécnica interveio

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Actividades Económicas

Álvaro Carvalho e Kilom

Empresas apresentaminstalações

De modo a poder conhecer de uma forma mais profunda o tecidoempresarial do concelho, Carlos Teixeira iniciou um périplo pelasempresas da região que têm contribuído para o crescimento económicodo concelho.

Álvaro Carvalho, Comércio de Produtos Hortícolas, foi a primeiraempresa que recebeu, na pessoa de Edite Carvalho, Gerente, e VítorBaptista, responsável operacional, a visita do Presidente da Câmarade Loures. Sedeada em Bucelas, conta com 18 anos de existência ecomercializa essencialmente produtos hortícolas, pertencendo mesmoao conjunto de fornecedores dos principais distribuidores alimentaresdo País – os grupos Sonae e Jerónimo Martins. O primeiro com aslojas Modelo e Continente, e o segundo com o Pingo Doce, FeiraNova e Recheio, têm proporcionado um grande crescimento à empresa,cujo volume de vendas anual se cifra em cerca de dois milhões deeuros. Hoje, a Álvaro Carvalho tem ao seu serviço 30 funcionários econta com mais de uma centena de fornecedores, criteriosamenteseleccionados face às actuais exigências de qualidade dos produtos.

A Kilom foi a empresa que se seguiu. A receber Carlos Teixeira eFernando Martins, Presidente da Junta de Freguesia de São Julião doTojal, onde está sedeada a empresa, esteve Dinis Santos, Administradordo empreendimento que, desde 1968, se tem imposto como uma refe-rência na agro-indústria nacional, por ter sido pioneira no proces-samento de carne de aves. No início dos anos 90, a Kilom vive uma

mudança evolutiva ao integrar--se no grupo Valouro, o maiorno sector avícola do nosso país.Actualmente, conta com a cola-boração de 350 funcionários,maioritariamente oriundos deSão Julião do Tojal e freguesiaslimítrofes, funcionando comoum importante pólo de empre-go para os habitantes daquelaregião. O objectivo da firma écontinuar na liderança da apre-sentação de soluções diversifi-cadas e abrangentes de produtosaos consumidores.

Breves Impressões

Alexandre Santos e Victor Alves

Kebrostressebrostressebrostress

Que tipo de projectos desenvolve a Kebrostress?Alexandre Santos – A empresa está direccionada para grandes

eventos. O nosso primeiro grande projecto foi a criação de escolasde formação nas modalidades de futebol e futsal, e fomos crescen-do gradualmente. Passado pouco tempo, começámos a realizartorneios locais. Mais tarde, nacionais e, neste momento, estendemosa nossa actividade a torneios internacionais. Paralelamente, temostido várias parcerias com federações, como por exemplo com aFederação Portuguesa de Corfebol. Conseguimos alargar a nossaárea de acção ao desporto-aventura, direccionado para empresase escolas, organização de campos de férias e estágios desportivos.

Como surgiu a vossa empresa?Victor Alves – Surgiu da necessidade de transferir a relação

profissional que tínhamos em algumas escolas onde desenvolvía-mos projectos na área desportiva. Há cerca de três anos, pensámosque era a altura ideal para criarmos a nossa empresa. Já tínhamosalguma experiência, adquirida ao longo de doze anos de trabalho.Obtivemos grande êxito nas primeiras iniciativas que organizámos,a ponto de repetirmos actividades e eventos anualmente.

Que dificuldades sentiram na criação da empresa?A.S. – Muitas! Montar uma empresa é de alguma forma um

projecto aliciante, mas que infelizmente no nosso país não é fá-cil, especialmente uma empresa que seja credível e que permitater continuidade e algum sucesso no futuro. Trabalhámos inicial-mente para definir as bases, tentámos criar projectos sustentáveis,com actividades que nos permitissem chegar onde chegámos.Hoje, a Kebrostress é uma empresa com alguma dinâmica e queconta com uma equipa muito forte. Conseguimos atingir umaplataforma já com alguma sustentabilidade.

Que metas ambicionam alcançar?A.S. – São muitas. Começámos este projecto por brincadeira.

Pensámos que fosse algo difícil, mas nunca que as coisas atingissemo patamar que atingiram. Vamos fazer os possíveis para continuara trabalhar de forma empenhada como até aqui, continuando aacreditar que é possível construir projectos de grande dimensão,ligados ao meio escolar. Queremos apostar cada vez mais em even-tos na Área Metropolitana de Lisboa.

Contactos e Informações úteis:Kebrostress – actividades desportivas e culturais, Lda.Morada: Passeio do Cantábrico, Lote 1.16.04 B 12.º E – 1990-058 Parque das NaçõesTelefone: 965 776 864 / 966 633 553 – Fax: 219 420 396E-mail: [email protected] – www.kebrostress.com

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Instantâneos

Vamos Viver 2006

Uma tarde no “campo”Cerca de três dezenas de crianças da

Cooperativa Socio-Educativa para o Desen-volvimento Comunitário (CSEPDC) visitaram,a 25 de Maio, a Quinta Pedagógica dos Oli-vais. Integrada no programa “Vamos Viver2006”, a iniciativa permitiu uma aproximaçãodos mais pequenos à vida rural.

Proporcionando às crianças da CSEPDCuma experiência diferente, a Câmara, atravésdo Gabinete de Assuntos Religiosos e SociaisEspecíficos (GARSE), organizou, no âmbitodo programa “Vamos Viver 2006”, uma visitaà Quinta Pedagógica dos Olivais.

Durante uma tarde, as crianças queparticiparam na iniciativa tiveram oportu-nidade de observar diversos animais, bemcomo de aprender a fazer doces e queijos.

O contacto com a natureza deixou ra-diantes os mais pequenos, que manifestaramvontade de repetir a experiência.

Folclore

Danças e cantares típicos em palcoO folclore há muito que faz parte da

tradição saloia. Habitualmente, no Verão, sãoinúmeras as iniciativas que têm lugar umpouco por todo o concelho. Exemplo dissoforam os festivais de folclore que decorreramno dia 27 de Maio, em A-das-Lebres, fregue-sia de Santo Antão do Tojal, e no dia 3 deJunho, no Catujal, em Unhos.

Ambos os festivais, que vão na sua13.ª edi-ção, contaram com muitos adeptos do fol-clore, sendo que no caso de A-das-Lebres opróprio Presidente da Câmara Municipal deLoures, Carlos Teixeira, marcou presença.

A festa lebrense contou com a parti-

cipação dos ranchos da Sociedade 1.º deAgosto de Santa Iria de Azóia, Casa do Povode Pinhal Novo, Grupo Etnográfico de Se-simbra e Rusga Típica da Correlhã, de Pontede Lima, e, como não poderia deixar de ser,do Grupo Folclórico de Danças e Cantares“Verde Minho”, o organizador do evento.

Por sua vez, a festa catujalense, orga-nizada pelo Grupo de Danças e Cantares doCatujal/Unhos, contou com a participaçãodos grupos de folclore “Os Medroenses”, deSanta Marta de Penaguião, “Os Palheirosda Costa Nova”, de Ílhavo, e dos ranchos deSeia e do Cabeço de Montachique.

Museu da Cerâmica

Encontro Mundialde Luso-DescendentesO Museu da Cerâmica, em Sacavém,recebeu, no dia 26 de Maio, a visitade 46 jovens que vieram a Portugalpara participar no V Encontro Mundialde Jovens Luso-Descendentes.Durante uma semana, estes jovenspercorreram o País de lés-a-lés, tendorealizado visitas e participado emrecepções oficiais, como a audiência como Presidente da República, Cavaco Silva;visitas culturais aos concelhos de Loures,Sintra, Oeiras e Lisboa, à AssociaçãoNacional de Jovens Empresáriose a um nicho de empresas.O encontro, organizado pelas secretariasde Estado das Comunidades Portuguesase da Juventude e do Desporto, pretendeudar a estes jovens a oportunidadede conhecerem o país onde nasceramos seus pais, nos campos político,económico e cultural, bem como criaruma plataforma mundial que permitao intercâmbio de ideias sobre a realidadedos diferentes países de origem.

PUSIA

Debater“À Volta do Ambiente”O Centro de Educação Ambiental doParque Urbano de Santa Iria de Azóiarecebeu, a 2 de Junho, o debate“O Estuário do Tejo e o DesenvolvimentoMetropolitano”, o primeiro de um ciclo“À Volta do Ambiente”. Temas comoa monitorização ambiental do estuário,as comunidades animais residentes,o ecossistema terrestre e o turismoforam focados pelos oradores.Já no dia 9, o debate, subordinadoao tema “Recolha Selectiva dos ResíduosOrgânicos”, contou com a participaçãoda Valorsul, IPODEC, e SMAS de Loures,com intervenções sobre a valorizaçãodos resíduos, métodos de recolha, áreasde intervenção e mais-valias para oambiente. Em Junho, o PUSIA recebeumais dois debates, de que a LouresMunicipal dará conta na próxima edição:no dia 16, a discussão centrou-se na“Floresta e Aproveitamento Energéticoe Económico da Biomassa”, e, a 23, umoutro debate, “Pragas Urbanas e SaúdePública”. Para Outubro, mais quatroestão marcados, com temáticascomo energias alternativas, cheiase aproveitamento de águas.

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Instantâneos

Por ocasião dos festejos em honra do Ima-culado Coração de Maria, realizados nos dias6 e 7 de Maio, a população de Casainhoscelebrou o primeiro aniversário da Igreja doImaculado Coração de Maria, inaugurada a8 de Maio de 2005.

Das festas fizeram parte a procissão dasvelas, almoço-convívio, missa solene e espec-táculos musicais.

Carlos Teixeira, Presidente da Câmara deLoures, esteve presente nos festejos e fez ques-tão de sublinhar “o empenho demonstrado pelapopulação de Casainhos em ver o sonho deter uma igreja concretizado”.

As comemorações contaram ainda com apresença do Presidente da Junta de Freguesiade Fanhões, António Emídio, bem como doPresidente da Sociedade Recreativa de Casai-nhos, Joaquim Castelo, e do Chefe de Gabineteda Presidência da Câmara, António Baldo.

Casainhos

Igreja comemoraprimeiro aniversário

Fanhões

Bombeiros comemoram 78 anos de vidaNo dia 4 de Junho, a Associação Huma-

nitária dos Bombeiros Voluntários de Fanhõescomemorou o seu 78.º aniversário, tendo or-ganizado um programa onde não faltaram ohastear das bandeiras, a missa e a romagemao cemitério.

Convidados para o evento foram CarlosTeixeira, Presidente da Câmara de Loures,António Emídio e João Florindo, presidentesdas juntas de freguesia de Fanhões e de SantoAntão do Tojal, áreas abrangidas por estecorpo de bombeiros, e António Baldo, Chefe

de Gabinete da Presidência da Câmara Muni-cipal de Loures, que, depois de assistirem àformatura geral dos “soldados da paz”, parti-ciparam na sessão solene de homenagem aossócios beneméritos.

A ser construído está já o novo quarteldos Bombeiros de Fanhões, tendo Carlos Tei-xeira revelado o desejo de que este equipa-mento seja inaugurado a 30 de Janeiro dopróximo ano. “É a meta que proponho, porisso vamos trabalhar em conjunto para queseja uma realidade”, concluiu o autarca.

No dia 1 de Maio, a freguesiade Camarate comemorou o seu495.º aniversário. A celebração,que teve lugar no edifício da Juntade Freguesia, contou com a presençade Carlos Teixeira, Presidenteda Câmara Municipal de Loures,que foi recebido pelos anfitriõesdo evento, Arlindo Cardoso, Presidenteda Junta de Freguesia de Camarate,e António Cunha, Presidente daAssembleia de Freguesia, bem comopelos representantes das forças políticascom assento na Assembleia de Freguesia.Nos discursos oficiais, Arlindo Cardosorealçou a importância desta freguesia,“que cresceu desordenadamentee que, por isso, se depara com algunsproblemas estruturais que estamosa tentar colmatar”, enquanto que CarlosTeixeira assumiu perante os presentesque “Camarate é a freguesia mais difícildo concelho”, acrescentandoque “só com conjugação de vontadespodemos levar os projectos adiante”.Na cerimónia estiveram aindapresentes Pedro Farmhouse, Presidenteda Assembleia Municipal e Deputadodo PS, Bernardino Soares, Deputadodo PCP, Anabela Pacheco, Vereadorada Câmara Municipal de Loures,e João Breia, Vogal do Conselhode Administração dos SMAS.

Freguesia de Camarate

Sessão soleneassinala aniversário

O Pavilhão Feliciano Bastos, em Loures,foi palco de mais um sarau de ginásticado Centro de Cultura e Desporto (CCD)do pessoal da Câmara e ServiçosMunicipalizados de Loures.Realizado a 10 de Junho, este anoo evento assumiu especial significadopela comemoração do 40.º aniversárioda instituição.Mais de uma centena de atletasparticipou nas demonstraçõesde tai chi, manutenção moderadae mista, karaté, aerostep, judo,hip-hop, kenpo e ju jutsu,que animaram uma plateiamuito entusiasta.

CCD

Sarau comemorafinal de época

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Sport Clube Sanjoanense

Gala premeia atletas e associadosO Pavilhão José Gouveia, em São João da

Talha, recebeu, no dia 19 de Maio, a 2.ª Galado Sport Clube Sanjoanense. A festa contoucom inúmeros convidados, que não quiseramdeixar de estar presentes no momento soleneque visou distinguir os atletas que mais se des-tacaram ao longo do ano, bem como os só-cios que completaram 25 e 50 anos de filiaçãono clube.

Entre os convidados encontravam-se CarlosTeixeira, Presidente da Câmara Municipal deLoures, o Vereador responsável pelo pelourodo Desporto, Ricardo Leão, assim como ospresidentes da Junta e da Assembleia de Fre-guesia de São João da Talha, Paulo Rui Amadoe António Prates, respectivamente, que foramrecebidos por Victor Martins, Presidente doSport Clube Sanjoanense.

A sessão solene ficou marcada pelosdiscursos de Carlos Teixeira, que felicitou adirecção pela realização do evento e aproveitou

a ocasião para manifestar o desejo de “esten-der esta gala à escala municipal”. O Presi-dente da Câmara elogiou ainda o clube “portudo o que fizeram ao longo da nossa históriae pela glória que alcançaram”.

Por sua vez, Paulo Rui Amado salientouque “estas gentes, contra ventos e marés, cons-truíram a identidade de uma colectividade queé hoje uma referência na nossa terra”, acres-centando que “apenas o associativismo, comapoio do poder local democrático, tem feitoalgo de positivo pelo desporto português”.

No encerramento dos discursos, VictorMartins realçou que “o clube movimenta maisde 400 atletas” e que “só pode concretizar osseus projectos com o apoio da Autarquia”.O representante máximo do Sanjoanensemencionou ainda alguns projectos na mira doclube, tais como a cobertura da bancada cen-tral, o arrelvamento do campo ou o arranjodas cabinas.

Lousa

Manequinsde palmo e meio

Pelo terceiro ano consecutivo, o grupo dejovens “Filhos da Terra” organizou, a 11 deJunho, no Jardim de Lousa, o evento “Lousaestá na moda”, um desfile muito peculiar,protagonizado pelas crianças e jovens dafreguesia.

Os pequenos manequins desfilaram figu-rinos alusivos aos temas “Anos 20”, “Criativi-dade com chapéu” e “Fatos de banho”,encantando a assistência com a sua espon-taneidade.

Fundado em 2003, o grupo “Filhos daTerra” tem demonstrado grande empenho narealização de actividades lúdicas e culturais,promovendo o convívio dos habitantes dafreguesia.

Associação do Carnaval de Loures

Seis anos de foliaA Associação do Carnaval de Louresfez seis anos e, para assinalar a data,organizou, no dia 4 de Junho, umalmoço-convívio que teve lugar nopavilhão da colectividade, nas Sete Casas.Cerca de 350 pessoas, entre figurantes,patrocinadores, colaboradores e outrosque de alguma forma apoiam e ajudama fortalecer o Carnaval de Loures,estiveram presentes na festa de aniversário.

A singularidade da região beirã foirecordada na XVIII Semana Serrana,realizada entre 9 e 18 de Junho,na Quinta de São José, em Sacavém.Organizada pela Associação dos Naturaise Amigos de Loriga (ANALOR), a iniciativadeu a conhecer os costumes e tradiçõesdas gentes da região serrana,aproximando das suas origens muitosdos habitantes da freguesia de Sacavém.Quem visitou o certame teve oportunidadede assistir à actuação de ranchos e outrosartistas e à mostra de artesanato, bemcomo de provar as iguarias da região.No dia 17, realizou-se ainda um torneiode ténis, prova que tem vindo a assumirrelevância no âmbito dos festejos.

ANALOR

Tributoà cultura serrana

No âmbito do projecto Sábados em Cheio,realizou-se, no dia 13 de Maio,na Biblioteca José Saramago, umaencenação sobre a vida e obra de Luís Vazde Camões. Destinada a maioresde 6 anos, Oh Luís! conta a históriada vida do “Príncipe dos Poetas”, descreveas suas viagens pelos quatro cantos do mundoe relembra as suas obras literárias,das quais Os Lusíadas é a mais emblemática.Através de linguagem acessível, cenáriosadequados e muito entusiasmo, a equipade animação da Biblioteca revive,de forma lúdica, a existência do maiscélebre poeta português. Recorde-seque esta iniciativa terá continuidadea partir do próximo ano lectivo,e para tal as escolas que desejemparticipar devem fazer marcação préviapelo número 21 982 62 12.

Sábados em Cheio

Oh Luís! anima crianças

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Instantâneos

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Os sete núcleos do Corpo Nacional deEscutas (CNE) da região de Lisboa – Oriental,Ocidental, Barra, Solarius, Oeste, Moinhosde Vento e Serra da Lua – reuniram-se, dia7 de Maio, no Parque da Cidade de Loures,para comemorar a festa de São Jorge, patronodo escutismo.

Tendo como pano de fundo o tema “Fazda tua aventura uma estrela no firmamento”,o encontro reuniu mais de cinco mil jovensescuteiros, familiares e amigos.

As comemorações inciaram-se com a cele-bração eucarística presidida por D. TomazNunes, Bispo Auxiliar de Lisboa, e que contoutambém com a presença do Presidente daCâmara de Loures, Carlos Teixeira, do Verea-dor com o pelouro da Juventude, Ricardo Leão,e do Presidente da Junta de Freguesia de SãoJoão da Talha, Paulo Amado.

Durante a tarde, os escuteiros realizaramdiversas actividades e jogos, em vários pontosda cidade, de acordo com as diferentes faixasetárias.

Realizado anualmente, este encontro pro-curou, uma vez mais, promover o convívio e oespírito de partilha entre os jovens escuteiros.

Parque da Cidade de Loures

Milhares de escuteiroscelebram São Jorge

Sacavém

Nove anos de elevação a cidade

De 28 de Maio a 4 de Junho, Sacavémcomemorou o 9.º aniversário da elevação acidade.

O programa das festividades incluía a 19.ªMilha Urbana de Sacavém em atletismo,espectáculos de poesia, animação infantil,folclore e muita música, com Dulce Guima-rães e o grupo musical Art du Son.

A encerrar os festejos, na Quinta de SãoJosé, foi realizada uma sessão solene quecontou com as presenças de Pedro Farmhouse,Presidente da Assembleia Municipal de Loures,

Carlos Teixeira, Presidente da Câmara Muni-cipal de Loures, dos vereadores Ricardo Leãoe António Pereira, de Moura Brito e FernandoMarcos, respectivamente presidentes da As-sembleia e da Junta de Freguesia de Sacavém,dos presidentes e representantes das juntasde freguesia da Bobadela, Prior Velho, SãoJulião do Tojal, Moscavide e Santo Antóniodos Cavaleiros, e de muitos outros convida-dos que, atentamente, ouviram as interven-ções que relembraram o antes e o depois deuma freguesia em franco desenvolvimento.

Grupo “Lute por Uma Boa Saúde”

Mente sãem corpo sãoVêm da Mealhada, Loures, e todasas noites se juntam no Parqueda Cidade para fazer uma caminhadae praticar exercício físico.Cerca de 40 pessoas formamo grupo “Lute por Uma Boa Saúde”,que tem por objectivo manteruma “mente sã em corpo são”.No dia 4 de Junho organizaramum almoço na Foz do Arelho, Caldasda Rainha, no qual Carlos Teixeira,Presidente da Câmara de Loures,não deixou de participar, juntando-seao grupo em alegre convívio.

Encontro Socrates/Comenius

Avaliar para melhoraro contexto escolarO Agrupamento de Escolas da Apelaçãoorganizou, de 13 a 20 de Maio,o primeiro encontro internacionalno âmbito do programa educativoda União Europeia Socrates/Comenius,denominado “Avaliar paramelhorar o contexto escolar”.O objectivo deste programaé o de melhorar a qualidadeda educação dos jovens, atravésdo fortalecimento da cooperaçãoeuropeia e de um mais fácil acessoàs ofertas de ensino em toda a Europa.Neste encontro, participaram cercade 20 professores/educadores das escolasdo ensino pré-escolar de sete países:Irlanda, França, Lituânia, Itália, Chipre,Turquia e Portugal, os quais,entre outros assuntos, discutirama organização e a gestão escolarou o tipo de aprendizagemno interior da sala de aula.Para além das sessões de debate,do evento constou também aapresentação de trabalhos científicosdesenvolvidos pelas escolas ao longodo ano, bem como visitas culturaisà região de Lisboa e Vale do Tejo.O encontro terminou coma apresentação do website do projectoaos participantes, por enquantoainda em fase de experimentação,prevendo-se que fique disponívelno início do próximo ano lectivo.

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Exposições

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1.ª Minifeira do Livro

Obras de escritoresmenos conhecidosem exposição

Castelo de Pirescouxe

Loures.120arte reúne artistasA Galeria Municipal do Castelo de

Pirescouxe recebeu, de 3 a 17 de Junho, aexposição Loures.120arte, mostra colectivaque contou com a participação de dezasse-te artistas plásticos, residentes nos concelhosde Loures, Vila Franca de Xira, Amadora eOeiras.

Carlos Teixeira, Presidente da Câmarade Loures, não faltou à inauguração, tendoa oportunidade de admirar as diversas obrasde cerâmica, pintura, escultura em madeira,vitral e fotografia, e de contactar com ospróprios artistas.

Ana Paula Lopes, residente em SantoAntónio dos Cavaleiros, que pinta há trêsanos, era uma das artistas mais entusias-tas. “Este tipo de iniciativas é óptimo paramostrar ao público o que Loures e outrosmunicípios têm de melhor em termos ar-tísticos. Fico muito feliz por poder dar aconhecer o meu trabalho.”

Susana do Ó, conhecida ceramista e

pintora de Loures, também esteve presente comtrês pinturas de nus em azulejo, revelando “serde extrema importância juntar artistas dediferentes locais para criar outra dinâmica epossibilitar a troca de técnicas e experiências”.

Paralelamente a esta exposição colectiva,realizou-se, nos dias 3, 10 e 17 de Junho,uma Feira D’Artes, onde alguns dos artistastiveram a oportunidade de trabalhar ao vivoe comercializar as suas obras.

Cerâmica

Arminda BernardinoA Galeria Municipal do Castelo de Pirescouxe acolheu, de 29

de Abril a 20 de Maio, uma exposição de cerâmicada autoria de Arminda Bernardino.

Nascida a 4 de Fevereiro de 1962, em Lisboa, aartista cedo se interessou pelo mundo das artes,

tendo concluído, em 1979, o curso de Artes do Fogo daEscola de Artes Decorativas António Arroio, e terminado a

licenciatura em Escultura na Escola Superior de BelasArtes de Lisboa, em 1987. Arminda Bernardino apresentou

a sua primeira mostra de trabalhos em 1985, no IVSalão de Artes Plásticas, na Galeria do Museu Regional

de Sintra. Participou em muitas outras exposições, tendo jáum longo percurso no mundo das artes.

Nesta mostra, a ceramista e artista plástica exibiu peçasde grés e engobes, que fazem recordar objectos

e adornos da Grécia antiga.

PUSIA

Estuário do Tejo em exposiçãoEstá patente até ao próximo dia 30 de

Junho, no Centro de Educação Ambientaldo Parque Urbano de Santa Iria de Azóia,uma exposição alusiva ao estuário do Tejo.

Nesta mostra poderá conhecer maissobre as actividades tradicionais ligadas àReserva Natural do Estuário do Tejo, emespecial sobre as embarcações que outroranavegavam entre as duas margens, o clima,a fauna, a flora e a caracterização ecológicade toda a área estuarina.

Porque não é só entre os escritores famo-sos que se encontram grandes obras literá-rias, a Biblioteca Municipal José Saramagoacolheu, de 6 a 13 de Maio, a primeira ediçãoda Minifeira do Livro de Edições Autónomas.

A iniciativa, da responsabilidade da escri-tora Maria Melo, com o apoio da Câmara deLoures, pretendeu dar a conhecer o que de me-lhor se faz em Portugal na área da literatura,dando início a uma nova forma de divulgaçãoque possa servir osescritores.

Ao todo, fo-ram 55 os auto-res inscritos, quederam a conhecerum total de 180obras, de prosa epoesia, menosconhecidas dogrande público,algumas delas emexposição pelaprimeira vez.

Durante oito dias, os trabalhos podiamser apreciados ou criticados por quem sedeslocava à biblioteca. Sob o tema “O es-critor dá a cara pelo seu livro”, o evento tevepor objectivo o intercâmbio de opiniões entreescritores e o seu público, através de sessõesde autógrafos e convívio permanente.

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» Loures Municipal

Conhecer

Livros

50

Em 1550, Jorge de Barros, mercadorabastado e feitor de D. João III na Flandres,instituía, em Santa Iria de Azóia, o morgadioda Quinta de Vale Flor. Isolado no meio daquinta, erguia-se um imponente palácio,considerado um dos mais interessantes exem-plares da arquitectura civil quinhentista daregião de Lisboa.

Aliando as características de castelo me-dieval, com torres e ameias, e os elementosdecorativos de casa de recreio, visíveis nascolunas e na divisão simétrica do espaço in-terior, o palácio divide-se em dois pisos – otérreo, destinado a lojas, e o superior, a ha-bitação.

A fachada principal apresenta dez arcosassentes em colunas, sendo simétrica e regu-

Palácio de Vale Flor

lar a compartimentação do espaço interior.Na fachada posterior foi edificada a ca-

pela, coberta por abóboda de nervuras edecorada com revestimento de azulejos.

Em 1578, Luísa de Barros, única filha eherdeira de Jorge de Barros, perdeu o maridona Batalha de Alcácer Quibir. Não tendo fi-lhos, os seus bens passaram para o sobrinho,Jorge de Barros e Vasconcelos. O morgadiode Vale Flor pertenceu à família Barros atémeados do século XIX.

Classificado em 1982 como imóvel de in-teresse público, o palácio encontra-se actual-mente em estado de abandono, embora oMunicípio tenha já procedido à sua compra,com vista a uma futura recuperação, em mol-des que estão a ser estudados.

A nossa proposta para esta edição éum livro sobre livros, a sua importância,os seus autores, a forma como tocam osseus leitores.

A Sombra do Vento, de Carlos RuizZafón, afirmou-se como fenómeno edito-rial em Espanha e na Alemanha, man-tendo-se nos tops de vendas destes doispaíses durante um largo período.

Partindo de uma biblioteca secreta,conhecida como “o cemitério dos livros es-quecidos”, dá-se início a um percurso dedescoberta da identidade de um autor, naBarcelona franquista da primeira metadedo século XX.

Esta caminhada, levada a cabo por umjovem adolescente, desenrola-se na linha dosromances policiais, com mistério, acção, mastambém com trágicas e envolventes históriasde amor.

Mas este livro é muito mais que um sim-ples policial. É uma homenagem ao podermístico dos livros e também uma reflexãosobre o poder da cultura e o (in)sucesso ar-tístico.

Segundo palavras do próprio autor, esteromance mistura relato de intrigas, relato deaventuras, romance gótico e romance his-tórico não-realista. É uma mistura de amor,ironia, terror e deslumbramento.

De detalhe em detalhe, de descoberta emdescoberta, vai-se desvendando a história,numa atmosfera carregada de suspense, es-tando reservada para as últimas páginas achave que faltava, que bem poderíamos tra-duzir pela frase “Os livros mudam o destinodas pessoas”. Leia e verá.

Carlos Ruiz ZafónA Sombra do Vento

Publicações Dom Quixote2004

“No âmbito da rubrica da ‘Alienaçãode Bens do Estado’ pretendemos chegar aum acordo com o Governo para que existao princípio do tratamento recíproco.”

Fernando Ruas, Presidente da Associação Nacional deMunicípios Portugueses, in Expresso de 13 de Maio de 2006.

“Não quisemos condicionar a decisãodo Governo, mas agora que há novo con-curso, aí estamos para concorrer.”

Mendes Ribeiro, Presidente do Grupo Português de Saúde,acerca do concurso público que vai ser lançado até ao final doano para a construção e gestão do hospital de Loures, inDiário Económico de 24 de Abril de 2006.

“Não podemos pôr o socorro de pri-meira linha na mão de um grupo de homensvoluntários quando eles não estão lá. Temde haver uma organização profissional queassegure as acções de socorro e que depoisserá completada pelos voluntários.”

Fernando Curto, Presidente da Associação Nacional deBombeiros Profissionais, in Diário de Notícias de 15 de Maiode 2006.

“Porque é que a carrinha que leva ascrianças à escola não é a mesma que levaos idosos ao hospital, a tratar da segurançasocial e distribui o correio?”

João Ferrão, Secretário de Estado do Ordenamento doTerritório, acerca da criação de equipamentos multissecto-riais que visam garantir o acesso aos serviços básicos, comocuidados de saúde, educação ou segurança social,in Diário de Noticias de 20 de Maio de 2006.

“Pela especialização e qualidade dosserviços prestados, será expectável que estevenha a ser um hospital de referência anível nacional em determinado tipo decuidados.”

Tomás Branquinho Fonseca, administrador do Espírito SantoSaúde, acerca do Hospital Residencial do Mar recentementeinaugurado, in Jornal de Loures de 26 de Abril de 2006.

“Analisando os indicadores de Portugalface à União Europeia, qualquer agentepolítico fica desconfortado.”

Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República, durante aapresentação do Roteiro para a Inclusão, in Jornal deNegócios de 26 de Maio de 2006.

“Não faz sentido criar outro seguro deacidentes de trabalho que também cubraa morte. A solução é aumentar as cobertu-ras do seguro de acidentes de trabalhoexistentes.”

Carla Ramos, Presidente da Federação Portuguesa do Táxi, inDiário de Noticías de 20 de Maio de 2006.

Dixit

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«Loures Municipal

Última hora

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A Seth – Sociedade de Empreitadase Trabalhos Hidráulicos –, sedeadana Portela, foi distinguida com oprimeiro lugar do Prémio “PrevenirMais, Viver Melhor no Trabalho”?Atribuído pelo Instituto para a Se-gurança, Higiene e Saúde no Traba-lho, a 27 de Abril, no Museu da Água,o galardão visa distinguir entidadesque se destaquem no domínio damelhoria da prevenção dos acidentesde trabalho.

Se realizou, a 7 de Junho, no CentroComunitário da Apelação, umEncontro de Consulta com partici-pação de escolas do 1.º ciclo, movi-mento associativo e artistas doconcelho, no âmbito do Projecto deInvestigação – Educação, Arte e Prá-ticas Performativas, desenvolvidopelo Centro Interdisciplinar de Es-tudos Educacionais, em colabora-ção com a Câmara de Loures?

José Alberto de Carvalho, subchefedos Bombeiros Voluntários de Loures,foi, no dia 20 de Maio, distinguidopor ter efectuado o salvamento deuma mulher que se encontravadentro de um poço, a mais de dozemetros de profundidade? O PrémioBombeiro de Mérito 2005, da Ligados Bombeiros Portugueses, foientregue durante a VI Gala Nacionaldo Bombeiro, que teve lugar noTeatro Gil Vicente, em Cascais.

Na freguesia de Bucelas, mais pre-cisamente na Quinta da Murta, iránascer, até 2008, um hotel rural que,para além das valências habituais– restaurante, sala de eventos, pisci-na –, terá também uma loja devinhos, uma sala de provas e umespaço inteiramente dedicado a tra-tamentos à base de extractos de uva,vinhos e óleos derivados?

Durante o fim-de-semana de 10 e11 de Junho o Parque de Montemoracolheu o Field Day, um encontro,organizado pela Associação deRadioamadores da Vila de Mosca-vide, cujo objectivo é demostrar aoperacionalidade dos radioama-dores no apoio à Protecção Civil?

A Câmara se fez representar, atravésdo Vereador da Educação, RicardoLeão, no I Congresso Nacional da Re-de Portuguesa das Cidades Educa-doras, que decorreu nos dias 18 e 19de Maio na cidade de Vila Real?

O Troféu Corrida das Colectividades doConcelho de Loures continua a atrair osamantes do atletismo nacional. O evento,que vai já na sua 22.ª edição, decorre a bomritmo. Nos dias 5 e 19 de Março realizaram--se o 8.º Corta-Mato de Santo António dosCavaleiros e o 19.º Grande Prémio de ValeFigueira, respectivamente. Já no que se refereao mês de Abril, os dias 9, 23 e 25 ficarammarcados pela 1.ª Corrida da Bobadela, a11.ª Milha Urbana de Moscavide e o GrandePrémio de Camarate.

Em Maio, tiveram lugar mais quatroprovas: o 16.º Grande Prémio do Bairro daFraternidade, no dia 7; o 18.º Grande Prémiode São Sebastião de Guerreiros, no dia 14; a17.ª Corrida dos Jogos do Tejo, no dia 21; ea 17.ª Milha Urbana de Sacavém, no dia 28,englobada nas celebrações do 9.º aniversárioda elevação a cidade.

Também em Junho, houve actividade nasruas do concelho, já que, no dia 10, decorreua 7.ª Corrida “10 km de Vila de Rei” e, no dia18, a 8.ª Milha Urbana “Fonte das Almoinhas”.

Corrida das Colectividades

Atletismo em todo o concelhoQuem marcou presença nesta prova foi

o Presidente da Câmara de Loures, CarlosTeixeira, que, juntamente com João Nunes,Presidente da Junta de Freguesia de Loures,entregou os troféus aos vencedores.

Para encerrar o calendário de 2005/06,falta realizarem-se mais duas provas: o3.º Circuito da Barloworld STET, no PriorVelho, que terá lugar no dia 25 de Junho,e a Corrida dos Aniversários, na Apelação,no dia 2 de Julho.

Para saber ao pormenor os resulta-dos das provas anteriores ou o calendário,aceda à página de internet da Câmara emwww.cm-loures.pt/AgendaDesporto2006.asp

No passado dia 18 de Junho, tevelugar na Mealhada, freguesia deLoures, a 8.ª Milha Urbana Fontedas Almoinhas, prova inserida notroféu Corrida das Colectividades.Esta foi a antepenúltima provaantes do encerramentoda época 2005/2006.

Sabia que...

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