Em Defesa Do Preconceito

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fM fHSA

DO PRCNCiTa necessidade de se terideis preconcebidas

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[ Ç 00 byTheodore Dalmple.

iitos esevados por Encouner Books and heodoe almple

/oriers' Reresenaves LLC, NewYork NY 11

opgh da edção aslea © 15 Realzações

Tílo orgnal: In Prise of Prejudice:The Necessiy o Pecoceved Ieas

Editor Edson Manoel de Olvera Filo

Podução editorial, capa e pro eto gráco Reazações Edtora

Preação de texto ee Mradane Machado

Reisã Vvan Yur Masu

mge d capa Ilsraão de oma Bar (Red Ridig Hood)

Reservados td s dieios desa obra. Poibda oda e qualque epodução

desta eçã por qalquer me u fma, eja ea eeônca u meânia oópa,

g ravaçã u qalquer r me de repdçã se permssã expessa do edt

D38e

CipBrasl Catogação na PubcaçãoSdato Naoal dos Etore de Lvro, RJ

Darymple. Theodore 1949-

Em dfsa do preoeto : a eessade d r dea preobdas ITheodoe Dalryple; tadução Mauríio G Rgh - e ão aulo

azaõs 205

44 p 23 m (Abetua cultural)

Tadão d I praise of peje

l íde

B 978-8-82

Ds mação 2 reoeos Ttuo ! é

1-594

Reazçõs Editora, ivraria e Dsbuoa Lda.

DD 05

CDU 36

Rua França Pino 498- São Pulo- P 04016002- Caxa Posa 4531- 001070

Tefa (11) 525363 anmeno@realiacoescomr wraacoes.om

Es ivro oi mpesso pela Edç oyoa paa É Realaõ m smro de 205.

Os pos sados so da famíla ao ight d e ruger gh O pap o molo éoffwhi obt 66g o da aa ao gbo star 250g

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fM DfSA

O PRfCONCfiTOa necessidade de se ter

i deias preonebida

Th DlymlPrefácio de Renaldo Azeved

Tradução de Mauício G. Righi

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Sumáro

Prfác à Eçã Brsilir

Prcnci z b mm b

Rinald vd

..

.

.

9

1 Prcnci um Equívc Prn su

Inxisênci um Acr . . . 17

2 s Emprgs Ccsm Msic 2

A sri ns Dz Aquil qu Qurms uvir

2

4 Pr Qu Prfrms Vr s Dsstrs stri às

sus Rlizçõs . . . . 2

Efit um Pggi Nã Prcncus . . . . 1

6 rcnci Ncssár pr V m mli .

Um Prcnct Smpr Srá Subsu pr ur . . . . 9

8 . Crul Eft Nã Incutir s Prcncs Crs .

.

9 A nvitbili Prcncit . . . . . . . Cnvncinlsm s rnsgrssrs . . . . .

1 A Suprvlrizçã Rcnl ns Esclhs

12 Aur cm Ncssári pr Acumulçã

Cnhcmn . . . 6

A gul s s pnõs Ds qu

Sm s Sus . . . . . 65 Cstum Dscr pr Sr Csum 69

1 Cm ur Prcl Mill v Egísm

Ilmi 7

6 A Dcul s Funr um Dcênci Cmum

s m Prncpis Prmrs . . .

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7 A Li nsrvçã Jus Ininçã su

nã cm pnsã s Diris Humns . . 8

8 Pr Iniviulism Ric qu nu

Auritrism . . . . . . . . .

. . . . . . . . . . . .

.

.

8 5

9 Discriminçã Rcil Pr Sr Ruim Impicrá

Ncivi T Discriminçã . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89

20. A Rjiçã Prcncit Nã B m si Msm . 9

2 A Impssibii Mn cm Fl m Brnc . 99

2 2 I Iu rtunis cm nci

Ncssári pr um Mun sm Prcncit .

23 A Iu runs Inrntmnt

litári 7

A m Rjçã Autri Esm

2 5 Prcncit um Rqurimn Bnvênc 7

2 s Trrvis fits Scis s Abnnr rs

Prcncis. . . . . . .

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

.

. . . . . . . 2

27 A Invitbii Mnmnts s quis um

Justcçã Nã P Sr Prv . . . . . . . . . 27

2 8 Msm n Ausênci Princis Mtsics Incávs

xrcci Jumn Inváv Prtnt s

Prcncits Sã Ncssárs Surs

29 Sm Prcnc Nã Há Virtu

. .

.

. . . . .

. 5

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

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Em memória de Peter Bauer

e sse "M qe eseeu m eto e St Kl es

beece m ecoceo co o peoeto e com sso pe

te se um sg e moeo pesor ão obste expe

m ee [qlo qe toos já sbemos] qe quo m

o á heg oos os hbtes são omos e clfo

mes Boswell L of }ohson

1 68 à e e 5 os

bee lm chege o esotsmo lmo

oor ostoesk Demôo

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O Precoceto Faz do Lobo

o omem do Lobo

Heinaldo 1\evdo

s lr qu já cnhc Tr Dlrypl u s

psuôns nlês Anny Dnls v s suprnr

c rç Ds Prcnc" u qus

lvrs qu rrnz nss prênc Ipssvl nr s

luns s culur plic ps pssr pr sus

29 pquns prciss nsis nu prv qu puni nã

é incpvl c cncisã

Mus nós cncs Dryp a Cla . q R

t Da Vida na Sata O Cí Vii da Miia M d Mad

Cnqênia d Snnali óxi s publics pr s návl Rizçõs qu u rbl civilizóri n ps pôr pr cir

culr vrs urs qu bscurns pliicn crr vi

slvi bni nss univrs rêncis

ur quls ês ivrs sá qui prsn c su ur

in su irni sp lic u l scn pr s v

s sbcis pr civs prs rn qu qu srcpni incnis qu p pvc issns

Rnalo Ao jornala é ator Cot o Cosso (Barracda) O ís

dos Ptalh I (Rcord) O Pas do Plha I (Rcor) Máx d u Pa Mo

Rcor) Objçõs Rowl Aooso (rês Esrelas)

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a ser aceito caracerísticas todas que azem dele um pensador raro eessenca no nosso tempo Mas ese ivro é um pouco dierene

Crente na máxima laina segundo a qual vba nt xpla tahnt

as palavras movem mas os exemplos arrasam ou empurram) Dalrympe ancora naqueles ouros extos percepões provocaões ereeiuras na sua experência de psiquara que coneceu a ace pobreda dor de exsir na Inglaerra ou em países da Árica As pessoasque vvem mas ou menos à margem do sstema produivo o evarama questonar as deormaões geradas pelas generosidades vciantes doesado contemporâneo

Desta eita é um pouco dierene "Em Deesa do Preconceio sub-

mete ao olar clnico da razo os comportamenos e escolas dos queeso do lado de cá da lina ocando a máquina do mundo dos que novivem da cardade púbica e susentam a al máquina viciosa das pessoasem suma normais e sociamente integradas

E notem que escrevo essas palavras sem apelar àquela práca e-dionda que consise em enaular os vocábulos e aspas para entar les

mudar inverer ou elavzar o sentido. Sim exite um senso de propor-o de razoabilidade e de plausibilidade que plasma esse unverso danormalidade sem o qua a vida em sociedade se orna impossíve. Exise mas está sob permanene ataque omem contemporâneo é convdadotodos os dias a abandonar as deias preconcebidas que o livram do caose de um mundo sem ierarquia

So os preconceios eitores que azem do lobo o omem do oboSó podemos dispensar o monstro eviaânico porque decidimos par-

iar alguns conecimentos preconcebdos até mesmo sbre a nossa própria natureza. Pensem no desasre cvilzaório que adviia de cada omemexerciar a própria vontade e se entregar a seus impulsos.

A estupidez da xenoobia da misoginia e do racismo enre outros

medos ódios e esereóipos negativos tornaramse sinônimos de "pre-conceito Como aprendemos em boa ora que tais maniestaões somoral e eticamente condenáveis ento o nosso norte passou a ser no erpreconceito nenum. E oi assim que um saudáve senso de usia e deigualdade acabou abrndo a vereda para a erra do valeudo como a xícara

Nsa I P

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trincada de cá do poema de Auden (9-997) conduzia à terra dosmortos nd th k in th tap  p n an t th land th dad

Há uma possibiidade de você estar lendo este preácio na livraria,para saber se vai ou no evar o livro Sugiro uma rápida vista dolos nostítuos dos pequenos ensaios Darympe está aando com você escreven-do para você So as ideias que você seus amigos e amiliares expressam naescoa em casa, no trabao e em reuniões sociais que sero submetidas aum teste de estresse ógico istórico e osóco Sem nunca abandonar oddatismo exempar, este é um ivro de ideias. Por isso ee tem um caráterestruturante que ajuda a conormar o pensamento Se os exempos sosempre muito convincentes os conceitos é que sobrevivem para ormar aistória do pensamento

diíci azer uma ierarquia dos ensaios. Pareceme que aquees doXI ao XVII em que ee disseca o pensamento de Jon Stuar Mi expresso no tratado Sobre a iberdade atingem o esado da arte. Darympeconsidera Mill uma das ontes inspradoras do preconceio contra o pre-conceito um dos padrastos das ideias ruins cando orde Acton Para

o autor, toda a poítica socia ocidenta resumese a uma espécie de notasde rodapé em Mi, mas cuas consequências ee no teria de modo ne-num aprovado E é preciso er o livro para entender por quê

Mi é a origem ainda que os contemporâneos no saibam disso deboa parte dos enganos e desenganos tano das novas esquerdas quantode certa crena cega no individuasmo que se pretende ibertário Ora

na trila de Mil, de um ado e de outro vemos a pregao da soberaniada vontade nas questões que, aparentemente ao menos dizem respeitoapenas à pessoa

Os que sustentam, por exemplo que uma muer é o Rei So do seupróprio corpo a expresso é de Darympe) para deender o direito aoaborto se esquecem é claro de que o eto e isso no depende da vontade

nem é matéria de mera opinio no é apenas pare do seu corpo masum ser distinto em ormao E ele ironiza Até que a partenogênese setorne regra o eto é produto de outra pessoa também. E o ensaísta embraque, num mundo minimamente decente é certo que quando menos opai também tena direio a uma opnio

naço 11

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O autor disseca a bobagem inuente que Ml nos legou como erana, segundo a qua o costume obstru o progresso e o desenvovmentomoral de sorte que a rebeldia passa a ser vista como um bem em s, nde-pendentemente dos postuados sobre os quais esteja assentada e de qualseja o seu propósito

Ora, se toda verdade deve ser questonada, também essa sentena nopode escapar do que enuncia e pos anuncia uma verdade acma de ques-tionamentos possíve sair desse paradoxo cretno estabelecendo umaierarqua das perguntas e das contestaões Num aboratório ou na vida,nem todas as questões so pertnentes nem todas as verdades estabelecidasso alseáveis Há, desde sempre, a categoria das ipóteses e dos dissensosque nem errados conseguem ser A tessitura que nos permite acordar to-dos os das equipados para enrentar o mundo no como sonâmbuos datábua rasa nos é dada evidencia Darympe de manera magistral peospreconceitos pelas ideias preconcebidas.

No captulo XV, com brilante smplicidade, o autor disseca o es-pinoso tema dos direitos Ele aponta uma deormao do pensamento,

cuja raiz é Mil "que torna tudo o que no é proibido um dreito pois ,"obviamente, a pessoa terá o dreito de azer aquilo que ninguém em odireito de proibir E ee emenda "De súbto o mundo ca repleto dedreitos, e novos dreitos so descobertos todos os dias .. .

Ora no é o que se vê na ngaterra de Darymple ou em nossa terra Ele aponta duas distorões oe evidentes A primeira se revela com

a transormao do direito negatvo em direito positivo Cito o exemplodado por ele o ato de ninguém pode poibir uma muler de ter umlo se transorma no direito a um lo independntement do quantoisso possa custar à sociedade e ao sistema de saúde Quaquer restro aotratamento conta a inertilidade é vsta como uma agresso, como se umaertldade origina ouvesse sido solapada do casa, pela qual a sociedade

deve necessaramente responder Vivemos a era do "quero, ogo teno odireito Ou, digo eu, "quero ogo existo

A segunda deormao decorrente do direito como exercco davonade, para "satsazer os egos é o que Darymple cama de "nega-o da recprocidade mitadora Em que consste m direito só pode

1 2 E sa Poo - Na s las Pcoas

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ser experimentado como tal se or exercido sem limites O seu vizinotem o direito de ouvir música e sabe que você no pode impedio Masele só experimenta o peno gozo desse prazer discricionário se ignorara sua existência Na equao inexiste o outro nada á à direta do snade iguadade

Ora transportemos essas questões para a potica Pareceme certo eprudente que deendamos o direito de todos a um ugamento usto istoé conorme as regras que so de domnio púbico Eu le propono umaquesto letor e tavez você encontre respostas neste ivro

m terrorista que resova usar a avor de sua causa o nosso sistemaudici sem qualquer compromisso com a reciprocidade imitadora e que portanto use as garantas indviduais com que zemos o melorde nós mesmos com o obetivo de solapar as bases da nossa cultura detoerância merece er os benecios aos quais ee próprio poria mse cegasse ao poder u ida é usto que ele tente nos emnar emnome de seus vaores contando para tanto com as garantas qu loerecemos em nome dos nossos

A resposa me parece claraSem preconceto no á vrtude adverte e demonsra Dalrympe

Num mundo em que todas as escoas ssem váidas e moralmente equvalentes e em que todas as motivaões ossem aceáveis no avera vao-res a preservar nem ierarquia possve vaores notese, que nos evarama azer do lobo que somos o omem que aprendemos a ser.

ma verdade de uma clareza soar despera escândalo no nosso tem-�  ·

 w   ·•· , J   po num mundo em que nada ouvesse a conservar nada avera a mudar.   · ·  .  - _,

A anarquia no a ausênca de poder é e será sempre o poder do maisruculento E este por óbvio no vê nenuma razo para ser sábio

pao 13

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f ffSAO PRfCNCfiT

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/

1 O Precoceto E um Equívoco/

Portato a sua Iexstêca E

um Acerto

E

m nossos das testemunamos um orte preconceto conra todo euauer preconceito e é exatamente assm ue deveria ser no émesmo Pois o ue mais sera o preconceito além de ago asouta

mene repreensíve Segundo o Dcná xfd em sua verso compaca opreconceito seria denido como

g v eeae se acterizar cor arsd O pcobd; vs fváv dsfavávl pedis [ ] eeaee c oao desfváv prede bj jcda

Logo isso implca ue reamente devemos nos esforar para noslvrarmos compeamente do preconceio cero

O preconceo arueípico é auee ue se reaciona com a noo deraa De ato os ermos "raa e "preonceo camnam de mos dadas da mesma forma ue as paavras "Mercedes e "Benz, ou "Doce e"Gaana dic dizer exaamene uando essa assocao o ormada

pois ceramene j á se aava de preconceito racial anes ue os nazsas mudassem nosas perspectivas e proridades morais seno para sempre pois uem seria capaz de perscruar um uuro dsane) ao menos por umbom tempo Odiar despezar depreciar ou dscriminar aguém em razãode deermnadas caracrísticas racias nos parece oje o por de odos os

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males. sso contribuiu para que se criasse uma atmosera moral na qual asimples enunciao de sentimentos virtuosos e de abjurao da cruelda-de) osse conundida ou tomada como) a virtude em si Portanto, tudobem se alguém or um crápula inescrupuloso, pois desde que expresse aspalavras ceras, isto é demonstre no ter preconceito, tudo estará bem

Nenuma pessoa senta negará o signicado do preconceito racialna produo de uma das piores calamidads do últmo século. Se o pre-conceito se caracterza como uma anpata baseada numa generalizao deeituosa e inexível como coloca Gordon W Allport proessorde psicologia em Harvard, em seu grande trabalo Th Nau f Pud

A Natreza do Preconceito , ento alguns dos pores massacres do séculoX um século de massacres) oram motivados, ou ao menos possibili-tados, pelo preconceito. O ato de um massacre ocorrer em circunstân-cas istóricas especícas, as quais se valem apenas supercialmente deum preconceito motivador, no vem ao caso. Qe Ruanda osse invaddapor rebeldes tutsis, e que em Burund, no sul ouvesse um massacreorquestrado por um governo tutsi contra todos os utus que tvessemrequentado o ensino undamental no serve como desculpa para umgenocídio que só podera ter ocorrido com base em uma longa tradiode preconceito. Poderíamos coocar a coisa desta orma : onde no ouverpreconceito no averá genocídio

odava, o desejo absolutamente louvável de se evitar utuos genocídios no nos poupará de cometermos erros de lógica Se a existêncade um preconceito generalizado é causa necessára para se coordenar umgenocído, certamente no será causa suciente ampouco seria possívelinerir que todos os que orquestram genocídios so preconceituosos eque todos os peconceituosos cometem genocídio certaente verdadei-ro dizer que se o preconceito osse condo necessária para o genocído,ento ao curar a umanidade de seus preconceitos veríamos também a

cura para o genocídio mas nem tudo aquilo que se deseja ao menos nessequesito, apresentase necessariamente como possível E um objetivo inal-canável no pode ser visto como desejável

Realmente duvido que oje em dia alguém ao menos socialmenteadmtiia ter agum tipo de preconceito Admitilo signicaria poclamarse

18 Em fs Pc - Ncs Prc

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um sectário o tipo de pessoa que não pode e não quer eamnar suas opi

niões e concepções prvias e que consequentemente apresentase como

algum restrito em suas afeições farisaco em seus jugamentos enofó

bico em suas atitudes rígido em seus princípios severo diante de seus n-

feriores obsequioso perante seus superores e convencdo de sua própria

retidão Uma pessoa assim não se distinguirá como algum muto atraente,

para dier o mínmo. Portanto, mehor engolir em seco os próprios pre

conceitos do que admitilos em público

A julgar pelo que as pessoas diem de si mesmas nunca vivemos

uma poca tão livre de preconceitos com tantas pessoas no mais com-

pleto e absoluto controle de suas opinões e como resultado viveramos

hoe em um mundo repleto de pessoas absoutamente sensatas racionas

e benevolenes Ningum julga nada pessoas ou questões, eceto à u da

evdência e de sua própria raão. claro nem todos conseguiram alcançar

tamanho estado de esclarecimento: O tc d Sá d Sã ainda po

dem ser encontrados nas livrarias do Oriente Mdio, cultos biarros o-

rescem em meio às sociedades tecnologcamente mais avançadas e antgos

ódios prosperam em remotos (e não tão remotos assim) cantos do mundo

Os negros não podem andar com segurança pelas ruas de Moscou, e me

hor não ser um hindu no Paquistão ou em Bangladesh, e assim por diante

mas nos centros intelectuais do mundo onde por acaso vve boa parte de

meus leitores, o preconceito afrouou a sua mão de ferro sobre nossas

mentes e vivemos agora sob a completa orientação da raão

Algum desprovido de preconceto caracteriase como o oposto da-quele que tem preconceito O prmeiro se evidenciara por sujeitar todas

as suas pressuposições (e outros pensamentos) a um constante reeame

seria aberto em suas afeições e preferências; hestante e generoso em seus

ulgamentos um cidadão do mundo algum que não mais se assoca a

particularismos sutil e exível em suas concepções mais inclinado a com-

preender do que a condenar e, apesar de ostentar certa autossatisfação aconsequência natural de uma consciência que se percebe desapegadamen

te virtuosa, seria consciente de suas próprias limtações. Esse algum sabe

como sabia o doutor Chasuble em Th Imptanc Bng Eant A Importân

cia de Ser Sncero , que estara suscetível a recaídas

. O Poo um Eqvoo, oano u nxên m Ao 9

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O omem sem preconceitos ou meor o omem que declara viver

dessa forma é aguém aterrorizado pea ideia de ser visto em primeiro

ugar como intolerante e em segundo como guém tão mentmente

incapaz tão desprovido de individuaidade e de potência menta que não

pode pensar por si próprio Para as suas opiniões ee não pretende usar as

migaas de sabedoria ou mais provavelmente da fata dela o que signica

que teria que se prender aos preconceitos. Portanto todo omem mental

mente eevado e capaz deve comportarse como um Descartes em todos

os assuntos e questões que e são apresentados. m outras paavras esse

omem atemorizado busca dominar aquele ponto cartesiano indubitável

a partir do qual e somente a partir do qua poderá construir uma opinião

razoável vae dizer uma opinião verdadeiramente sua e que nada deva

para pressuposições não eaminadas. Portanto a resposta para cada ques

tão deverá se fundamentar em princípios prmeiros os quas e mostrem

irrepreensíveis para além de quaquer dúvida caso contrário o pensamen-

to estará contaminado de preconceito Se essa pessoa que se declara ivre

de preconceitos reamente sabe ou não disso se reamente ea eu ou não

Diu Méd pouco importa pois se trata de um carteiano tardio:

20

Falmee odeado ue o eameto e emos ado

aordado o podem ooe ambém uado dommo em e

ee cao ehum ea verdadeo esov upo ue do o ue

aé eo eotaa aohmeo em me eso o ea ma

vedadeio que as ue dos meus soho as ogo em segidaoe ue eao aim uea ea e do ea ao e e

asm o enava eessaamee ea aguma oa oado ea

vedade e eo ogo exo o me e o ea ue oda a

extavagae oie do éios eiam imoee aa abala

uge ue a podia aea em esúplo aa meo io

da looa e rocuava

Em fa oto Ncssa e Ia Poas

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2. Os Empregs Cetcsm

etafísc

P

odemos nvestgar por que hoje temos tantos Descartes em nosso

mundo, ao passo que no século XV, hava apenas um Descartes,

recordemos, que tão ardentemente desejou formular um prmero

prncpo losóco ndubtável, era um gêno. Matemátco fsco e ló-

sofo, e com uma escra tão clara que até hoe é usada como padrão es

tlstco, pela qual os escros dos nelectuas franceses são ou deveram

ser avalados. Então, não sera o caso de termos crado toda uma raça de

ggantes losócos, cua paão é eamnar a metasca da estênca hu-

mana? Espero que eu não seja acusado de nmgo do Povo ao evantar

algumas dúvdas

A populardade do método caresano não decorre de um desejo deremover as dúvdas metascas e enconrar a certeza mas o que ocorre é

precsamene o oposo: ogar dúvda em todas as cosas e portano au

menar o escopo de lcencosdade pessoal ao desrur, de antemão, quas-

quer bases losócas para a lmtação dos própros apetes Ao menos

hoje em da, o cétco radcal não se neressa anto assm pela verdade,

mas mportase muto mas com a sua lberdade o que vale dzer, umalberdade concebda omo o mas amplo campo para a satsfação de seus

caprchos Ele se nsere na dmensão das questões moras da mesma forma

que um solerão convco se nsere na dmensão dos relaconamenos Ele

relua em elur quasquer possbldades , e não admrá a mposção de

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lmtes sobre s mesmo mesmo aqueles que são tdos como puraente

smbólcos erta vez tve uma pacene que tentara o sucdo porque o

seu eterno namorado se recusava a pedla e casamento Ao conversar

com o rapa pergunte o otvo da recusa e ele respondeume que aqu-

o (o casamento) era apenas u pedaço de pape e não sgncava uo

Se apenas um pedaço depapel e não sgnca nada" perguntelhe

por que você não assna? Para você não va mudar nada mas sso trara

ua ensa aegra a ela" De repente tornandose algum ovdo pelo

mas profundo prncípo ele me dsse que não quera vver uma farsa

u quase pude ouvr a justcatva de fundo: um amor verdadero e um

compromsso rea são questões do coração os quas não precsam da n

gerênca da Igreja ou do stado para selálos

O cetcsmo desses ctcos radcas os quas exge uma base carte-

sana a partr da qual exanarão quaquer questão ao menos as questões

que tenham aguma mplcação na forma como deve conduzr as suas

vdas vara de acordo co o assunto São poucos os que se mostrarão

ctcos a ponto de duvdar que o Sol surja amanhã muto embora eles

tenham certa dculdade na hora de oferecer evdêncas sóldas que sus-

tentem a teora heocêntrca (ou qualquer outra) do sstea solar Esses

ctcos acredtam que ao apertarem a tomada a luz se acenderá mesmo

que hes falte qualquer conhecmento sobre teora da eetrcdade Todava

um feroz e nsacável espírto nvestgatvo os domna por competo no

exato momento em que percebe que os seus nteresses estão em ogo o

que sgnca mas precsamente a lberdade ou lcença para que possamagr segundo os seus caprchos Então subtaente todos os recursos da

osoa hes são dsponblados e serão edatamente usados para des

qualcar a autordade moral dos costues da le e da sabedora mlenar

22 E Da do Pn Nssdad d T das rcnda

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3 . A Hsóra ns Dz Aqu que

Querems Ouvr

menor familaridade com a Hisória deveria ser mais do que o

suciene para persuadir qualquer pessoa de que cosumes leis e

a sabedora milenar foram frequentemente opressvos e pior que

opressivos Não há nada que sea mais susceível a abusos do que o eer

cício da autordade uma inclinação presene na maior pare dos corações

humanos embora não em odos precisamene o moivo pelo qua não

conamos em diadores mesmo ao ou especialmene se alcançarem

o poder por meio de uma rebeião contra ouro poder dtaorial estabe

lecdo. Não fosse pela imagem capurada peo foógrafo cubano Abero

Korda rnesto Guevara já eria sido reconhecido como o sueito arrogan

e adolesene egoísta e sedento de poder que ceramene era

erta historograa tena nos onvencer de que a sabedoria do pas

sado é sempre uma ilusão e de que a história da autoridade nada mais é

que a história de seus abusos Não é dicil consruir uma hisória como

essa obviamente uma ve que eiste uma lamentável abundância de evi

dências Num livo recente intulado Mna n up Ameaça na uropa

por eemplo a taentosa jornalista norteamericana laire Berlinski nos

di que guerra e genocídio não compreendem apenas pare da hisória eu

ropeia mas consituem o todo de sua históra Ela chega a essa conclusão

ao olhar a história europeia pelas lentes do Holocauso e fa uma lisa de

guerras que preenche oda uma página do livro (Não foi o grande Gibbon

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quem dsse, sem su cosumer ron que hsór nd ms ser do

que um exenso regsro d nsense e dos crmes d humndde?)

senhor Berlns é um exemplo dqulo que pode ser hmdo de um

escol hstorográc d nada xt, por meo d qul um long nrrtv

é formuld prr de lguns ftos especlmente seleondos m de

se construr um chve de leur que vs nerprer odo o reso. emos

qu um exemplo funeso de um de preconcebd em plen operção.)

Um nssfção presene é d rerovmente, ou trçd por um o

dourdo compreender tod Hsór, e destnd enredr ess Hstó-

r com um sgncdo e um teleoog mnenes.

Esse o dourdo pode fclmene ser relcondo com lgo posvo

ou negvo é clro Em seu grnde tóa da Ingat, Mculy escreveu

A stór de nosso ps durnte os últmos nos emnente

mente hstór de um desenvolvmento sco, morl e nteletul.

Esse o modo, por exemplo, como hstór d edcn ostum-

v ser esrt, prnplmente por mdos posentdos, omo um

orm de venerão o nestr (sem dúd, n espern de ueeles tmbm tornrem ncestrs merecedores de venerão

Nes verão htó d edn e desrt omo o poeo

de um uve e tunnte sensão do onhemento e d n

t hegr o tu stdo sem precedentes de desenvovmento

s, logo depos os hstordores sos ssumrm o ontroe d

hstorogr, e hstór d edn psou ser desrt omoue de um elte msuln, ehd em s mem e ujo prn-

pl nteresse er ument su rend e o seu satus so, um e

que r lro ue por séulos, el não posu onhemento ou

hbdde suentes ue pudeem de to ter uddo os pen-

te, muto peo onto e so dstngu do ponto de vt d

ecênc, dos urnderos ontr os us ombteu nessnte ebrutmente, m dos us, osonmente, se v

e nepretção berl (Whg d hsór for plusvel ou plcável

em lgum lugr, esse ugr é hstór d Medcn O for do progresso

como Mcuy o cmou, é negável. Nnguém, creo escoer métodos

2 E Deea d Pce Nesidde d s eia Pecncda

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forms e v em nome e um unversl homogêneo nuênco e

superc moo e v e com crescenes spres e rque e

pobre em meo uo sso.

Apens os fos em s la Grgrn não são cpes e eermnr

o quro no qu se encm embor possm encorjr os ms ne-

ecumene honesos enre nós reconserrem o quro Germene

fos nconvenenes nos evm herocos conoconsmos reórcos

m e preservr noss vsão em ve e promover um hones re-

vção Durne mnh ve como mco que mus vees

choco com cpce que êm s pessos mesmo s neecul

mene esqucs e prour quse que nsnnemene um

nnue e rconções em efes e um lnh e ção respeo

qu um ecsão já fo om mesmo quno há vgoross evên

cs e que será dessros uno um mco propõe um nh e

ção emnenemene sens pr um pcene bse n ms forços

evênc e o pcene respone Sm ms ] " o mco erá e e

ssr ms ceo ou ms re pos não mpor o número e rpcs

que ofereç s rrcons objeções o pcene ee nunc prevecerá o

procurr lcnçr o pono n e um nn regressão rgumenv

clro mnh emos não compõe pens bse e bo pre

nsense humn compreene mbm bse e grne pre ve

mor pre sbeor humn

26 E Deea d Pen Needade de e T Idea Peeda

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sse vso pís ão bem oo com tuo quilo que populção e um

ps poeri esejr, que frequentemene chmo por seus próprios

hbitntes, e a Stud. N vere sorte em pouco ver com isso;

nngum se refere à Argentin, semelhntemente bem ot, como um

pís soruo Um pís cujos problems, em comprção àqueles e outros

pses sem menores, e cusos esproporconlmene pels nerenes

e inescpáveis cules esênc humn ou o Peco Orign

cso se prer) em vez e ser o resulo e rrnjos polítcos ecienes

não grrá necessrimente os intelectuis, os quis n será eio,

ou n e muo signicvo, pr pensr e reticr

Pornto, fo visto como um espce e proviênci ivin entre

os ntelectuis usrlinos quno se escobru, ou mehor, quno se

eclrou, que o pís for funo sobre o pior e oos os tos, isto o

genocíio. Aqui, o menos, inhse lgo que os nteectuis ustrlinos

poim e fto morer Os borígenes tsmninos esprecerm cerc

e nos pós coonizção ilh pelos britâncos, e os hstorores

egvm que isso não ocorrer por ciene, ms for o resulto e um

potc eber Porno, os usrinos e hoe serm pouco me-

lhores o que queles homens ricos cujs foruns form conqusts

em rão e um grne crime, o que Blzc consierv pco e to

clsse os ricos Os ustrlinos estrim evno s sus feizes e próspers

vis sobre um função e cáveres um ngústi pentenc ser,

pornto, solicit

O genocíio os tsmninos foi pront e munmente ceitocomo m fo iniscuível. N vere, sempre que um jornst ne-

cesste e um ist e genocíios os tsmninos rrmente em

e precer. Quno o historior ustrlino eh Winschutle pu-

bicou um obr enorme e minucosmente eth que emnv

s eviêncis e genocíio chegou à concusão e que is eviêncis

hvm sio m nerpres, e que em lguns csos hvm sio complemente fbrics, seri o cso e se esperr que o muno em gerl

e Austrái em prtcur, começssem resprr ivios ermos,

qu, um genocíio menos censurr humnie Ms esperr l

reção seri um eo engno. Grios e or preencherm o mbiene

2 Em Dfsa Pt cs d s T da Pcdas

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inteectua e o autor foi insutao Desconsieranose a verae hs

órica a questão e até one sei as aeações mais centrais o senhor

Winschutte não pueram ser refutaas cou caro que um seor a

tegetia austraiana e avez a sua quase totaiae reamente  qeia

que houvesse um enocíio. Mas por quê?

u me abstenho e comentar a inicação e um rane pecao ori

ina ausraiano a conferir poer e importância ao epscopao inteectua

a Ireja a Reparação Verba (habimente assistia por sua burocracia e

sinaa . O amor pea verae embora eista é eramente mais fraco o

que o amor peo poer m vez isso rerome aos efeitos psicoóicos e

s consequências morais essa versão histórica a versão crme e insensa-

tez tão ampamente justicaa peo enocíio tasmaniano

Se a hstória é e fato naa mais que o reistro e etremas per-

versaes então naa temos a aprener eceto que nós pessoas e

iniscutíve boa vontae evemos fazer as coisas e forma iferente no

futuro fazer tuo iferente. As reeões morais as pessoas o passa-

o naa mais eram que um epeiente para isfarçar a sua má conuta

em rane escaa pura hipocrisia na verae. Nas paavras o outor

Johnson iscutiam como anjos mas se comportavam como homens

e honravam os seus preceitos mas na transressão o que na obser

vância. Na asência e quaquer concepção reiiosa e pecao orina

em comparação a uma concepção histórica e injustiça funaciona ta

como o enocío tasmaniano por meio a qua a imperfectibiae

o homem puesse ser aceita mas sem absovêo a necessiae e

iniviuamente se esforçar para ser virtuoso tanto uma perfeita consis-

tência mora quanto m competo amoraismo se tornam o parão e

jamento caro aquees que aina acreitam na concepção reiiosa

o pecao oriina mesmo como metáfora são atuamente muto pou

cos ao menos entre a casse e pessoas que estabeece o tom inteectua

e mora a socieae como um too.Seja o amorasmo ou o perfeccionismo a ser escohio como parão

isso era uma rane vantaem ibertanos o peso o passao. Livres e

quaquer mancha heraa não temos apenas o ireito mas o ever e

fazer tuo o nosso jeito sem a menor referência quio que terceiros já

'. Q f D d ó à azaçõ 29

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pensaram omos áomos morais a nos mover no vácuo para os quais o

passado nada signica ou ao menos nada que seja posiivo ou que mereça

ser imiado ou mesmo manido Em vez disso, o passado é algo a ser evi-

ado a odo cuso, para que não infece mais ninguém com os seus crimes

e a sua insensaez

30 E Dfsa d P - Nsd T Id Pas

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5 O Eft uma Pagga

Nã Precncetusa

§ e algum se vê moralmente obrigado a limpar a sua mente dos de-

tritos do passado para que possa se ornar um agente mora comple

tamente autônomo isso implica o dever de não jogar na mente dos

mais jovens os detritos produzidos por nós Não causa surpresa portanto

constatar que de orma crescente investimos as crianças de autoridadepara que administrem as suas próprias vidas e isso eito com crianças

cada vez menores Quem somos nós para der a elas o que azer? O termo

pupilo" oi quase totalmente suprimido da língua inglesa usual subs-

titudo pelo termo estudante" As duas palavras têm conotações muito

dierentes Um pupilo encontrase sob a tutela ou a direção de algum que

sabe o que o pupilo deve saber e aprender para o seu próprio bem umestudante já está maduro o sucente para seguir as próprias inclnações

segndo a sua curiosidade e ambição ao menos em certa medida no que

se reere aos seus estudos claro não á e não deve aver uma lina pre-

cisa que divida as duas ases de uma carreira educacional da mesma orma

que não averá uma nítida lina divisóra na inância entre a meninice e

a adolescência e entre a adolescência e o mundo adulto A ausência denítidas demarcações todavia não sgnica que não eista uma dierença

entre nância e vida adulta Sem dúvda a duação das ases de uma car-

reira educacional dever variar de acordo com as características da pessoa

envolvida Talvez algumas crianças sejam tão naturalmente curosas e com

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aano nno paa o poane e o ue possa ser deadas se

ua uela quase desde o nío. Mas por as que seja desabonador para

a nossa onepção de naturea huana sso não vae para a aora das

ranças as quas não são doadas de auopropulsão para os anos do

onheeno e da sabedora

Ne odas as tentavas para se tuteare as ranças nesses anhos

enonra suesso o que é desneessáro der endose e vsa a desor

de que prevalee e tantas das nossas esolas ua realdade que teste

unhaos apaente Mas por sua ve sso se orna ua evdêna do

fraasso dos pas e nular autoontrole e seus hos o resultado de

dar às ranças autordade para que faça toda sore de esohas e exerça

veos ão ogo se enonre apaes de se expressar

Ua lusração nteressante eso que adenal sobre essa

quesão apareeu nua reente edção do peródo édo as pres

tgado do undo Th Nw England unal Mdcn O edtoral desse

peródo ea onsderações sobre a relação entre a epdea e o be-

sade nfantl que hoje age os Estados Undos e o reso do undo

odenal e de fao as lasses auenes do resto o undo) e a pu-bldade de alenos gordurosos aóros e nsaubres dreonada

para o púbo nfantl O edtoral na nha vsão de anera basane

esperada hegava à onlusão de que tal tpo de publdade deve-

ra er bando odava não enonou ne de passage a pressa

subjaente que tornava esse tpo de publdade oral so é que se

tratava de ua publdade drgda delberadaene para ranças queanda não era aduras ou auônoas o suene para avalar os seus

apelos e resstr à sedução

dl saber antepadaene que tpo de efeto práo podera

resular da probção de propagandas de salgadnhos e guloseas para

as ranças eu suspeo que surra pouo efeo) as o edoral era

uo revelador e reação àqulo que por fala de u ero elhorvou haar de Z gi O edora arava que esse tpo de publdade

dava às ranças a pressão de que o produo e quesão era feto espe

alene para elas e que eas enquano ranças saba elhor o que

sera bo para elas e devera poranto se faer de árbros daquo que

Em Ds do Poo sdd d s T ds Pods

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consumiam E isso dia o edioia, tonaia mais dici aos pais conola

a dieta de seus hos.

Nenhuma única palava foi dita a espeito da conveniente autoidade

dos pais sobe seus pópios lhos (Esamos falando aqui de cianças mui-

to jovens Segundo as evidêncas a obesidade infantil começa muito cedo,

bem antes daqulo que é visto como a pimeia idade da aão. O alto pa-

dão de pemissividade pincipalmene em elação ao que é uim paa as

cianças já ca estabelecido antes da idade escola) O auo do editoia

consdeava a televisão, na qual geamene são exibdas as popagandas de

doces e salgadinhos como um fenômeno absolutamente naual como se

atasse da amosfea, ou seja um fenômeno sobe o qual não se espea

que os pais possam exece qualque contole ou nuênca Mas que

po de pai e mãe alguém podeia se pegunta, são esses que se mostam

incapaes de de não" aos seus lhos, quando os últimos queem algo

que lhes é mpópo?

ais peguiçosos e sentimentas, sem dúvida Eles usam esse tipo de

comda da mesma foma que (emboa com muito menos jusicaiva) os

pais vitoianos usavam Godfey's Codal, isto é, ópo em xaope a m

de da um m ao choo e aos beos O buaco, todavia é mais embaixo

ualque um que já enha obsevado uma mãe numa loja ou num supe-

mecado em nossos das , solcta e mesmo sofegamente se inclinando em

deção a uma ciança de ou 4 anos de idade paa pegunalhe o que

gosaia de come, compeendeá a sobeania sobe a escoha que agoa

foi deniivamene concedda àqueles que não êm nem expeênca nemcapacidade de discminação suciene paa execiála, pelo menos não

em bases que não sejam calcadas no mais simples capcho, e que, po-

tanto, não podem avalia as consequências Ao abdica de sua esponsab-

lidade dessa foma, em nome de não passa os seus pópios peconceos

e pessuposições às canças e paa não mpo sua pópia visão sobe

o que é ceo, esses pas encaceam os seus lhos deno do cículo daspeeêncas infanis Em nome da lua cona o peconceo e cona a au-

toidade ilegtima eles nstilam um peconceio culináo que, além de se

evidentemente nocvo é ainda mais estvo a ongo pao do que qual-

que ouo que podeam te ncuido po meio de um me execcio de

;), O t> Pt> ã P•·

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sua auordad pois, na ausência d rprório priência as cianças

scorão smpr as msmas cosas ou sja, aquio qu s aprsna mais

imdiatamn arant gratcan para las

A prcocidad ncorajada po uma prmaura suposção d rspon-

sabldad paa s far scoas como s as crianças fossm os clints

d sus pas m v d srm os sus os rá como consquência um

dsnvolvimnto obstruído Uma criança ainda muito jovm constan

mnt consultada sobr as suas prfrências avrsõs aprnd qu a vida

é, dv sr, rgulada conform as suas prfrências avrsõs Poranto

a criança não stará livr d prconctos apnas porqu cou ivr dos

prconcios d sus pais Po conrário, la s ornará scrava d sus

próprios prconcitos Inflimnt ls srão prjudicais tano para la

como indivíduo quanto para a socdad da qua a é um mmbo.

E Df Pnt N s Ii Pobi

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6 Precnce Necessár para a

a em Famía

o passado hava um preconceto o qual se encontrava dsse

mnado por quase toda a socedade de que as famílas deve-

ram se sentar à mesa para compartlhar a refeção Tratavase de

um rtua que era vsto como absolutamente norma ou talve eu pudes-

se der que para as famílas sso era uma espéce de segunda naturea.

(O hábto é o preconceto comportamental) Duvdo que mas de uma

entre cem dessas famílas pudesse fornecer algo parecdo com um ar

gumento coerente a ustcar a forma grupa como conduam as suas

refeções e o mesmo vaera para contraargumentos entre aqueles que

porventura se opusessem a essa prátca. Tave sequer jamas pensassem so-

bre sso eles faam o que faam porque era assm que as pessoas agam.

sse tpo de rtua reetdo todava, fo mnado rapdamente sob o

ataque da crítca raconalsta a ponto de em mas de um terço das fam

las brtâncas as cranças nunca se sentarem unto à mesa com os outros

membros da famía De fato a própra possbdade desse ato não mas

exste uma ve que não mas exstem mesas de antar em boa parte das

casas Po experênca própra como médco que vstou mutas casas de

famía em barros mas pobes enconte poucas evdêncas não somente

de efeções fetas em comum entre os famlares como nclusve uma au

sênca óbva de quaquer tpo de atvdade culnára nesses lares O reaque-

cmento ou descongeamento de amentos ndustralados era a operação

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mais próima que essas pessoas tinham do ato de cozinhar Muitos dos

detentos, no presídio no qual trabahei como médico nunca tinham du-

rante toda a sua vida se sentado à mesa com outro ser humano ees sim-

plesmente não sabiam o que era participar disso. Desde a infância, esses

rapazes simpesmente iam à procura de aimento quando e onde sentissem

fome, como herbívoros numa savana embora essa fosse uma pastagem

soitária em vez de em conjunto. Hoje a rua se tornou a sala de j anar do

ingês e isso ajuda a eplicar o motivo peo qual as ruas se encontram tão

entuladas de io, principamente de detritos advindos dos alimentos das

cadeias de fat fd os quais são descartados depois de solitário consumo

O preconceito a favor das refeições em famíia o principa meio de

que as pessoas dispunam para o seu sustento aimentar foi suprimido

em razão de uma crítica insistente Primeiramente tivemos a crítica contra

a própra família Por mais de um século, a infeicidade das famíias tem

sido um importante tema da literatura tavez o mais importante omo

ostói observou acertadamente, cada famíia infeliz é infeiz à sua própria

maneira aqui e acolá esse é um tema com innitas variações Famílias

feies ao serem todas da mesma forma feizes não podem oferecer um

tema ineaurível bsen e Strindberg ainda mais deu à família uma co-

notação completamente nova uma guerra de guerriha doméstica que se

interrompe somente com o divórcio e com a morte uem se esquece das

emboscadas conjugais em Th Danc f Dah A Dança da Morte de Strind-

berg tão realisticamente retratadas que se ca quase que imediatamente

convencido de que todas as relações íntimas entre omens e mulheres ter

minam dessa forma, ou, ao menos, compreendem versões disfarçadas des-

sa realidade? E, é claro, é uma questão de observação comum constatar que

há poucas fatalidades mais miseráveis na vida com a eceção da fome e

da guerra civil, do que aquela associada a um casamento infeiz Antes dos

dias do divórcio fáci, marido e muher se encontravam, frequentemente

acorrentados por argolas de ferro A menos que pudessem se consolar comouras coisas seuamente ou de oura forma as suas vidas compreendiam

um verdadeiro inferno

al crítica não fracassou em gerar efeitos Um preconceito a favor da

vida familiar foi graduamente transmutado em preconceito contrário

:36 Em Da do Pono - A d d r oncda

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A cruedade e a perversidde de outro preconceito o qual cainhara lado

a lado co aquele a favor da faília fora descobertas: o preconceito

contra crianças nascidas de fora ilegítia Crianças nascidas de relações

ilegítias ea co frequência e inustaente estigatizadas coo se

eas pudesse escoher a fora coo entraria no undo e as ães

era arginaliadas Ua coega édica cou certa vez encarregada de

esvaiar u antigo asio vitoriano de lunáticos cuos internos seria

transferidos Isso ocorrera parciaente por otivos huanitários e par

ciaente por otivos econôicos Os proprietários do ióve pudera

transforar o asilo que era agníco do ponto de vista arquitetônico

e apataentos de luo para aos sãos e os ascendentes Minha colega

descobriu nu dos aposentos no nal do prédio que os édicos rara-

ente ousava visitar ua interna co quase 7 anos de internação

cua nica oucura fora ter dado à lu u ho iegítio todos esses anos

atrás. ínhaos nesse caso ua vida copletaente destruída por u

crue irreetido e autoritário peconceito U assassino desde que não

estivesse incluído naquela pequena inoria que seria eecutada não teria

sido tratado de fora tão dura e por tantos anosO horror provocado por casaentos infeies e a crueldade do pre-

conceito contra lhos bastardos e contra aqueas que dava à lu esses

hos tornarase verdades universal e eso entusiasticaente eco-

nhecidas. ue se tratava de verdades parciais foi perdido de vista pelos

refoadores e a parte foi toada peo todo Assi, buscouse ua so-

lução universal para que u al coo esse aais pudesse se repetir.Os reforadores se esquecera de considerar a iperfectibilidade da

eisência huana. Ua ve que todas as isérias tinha causas especí-

cas a iséria enquanto tal deveia se aboida e se a introdução de

novos aes a substituir os antigos.

A solução foi direcionada no sentido de destruir o preconceito -

osóco socal e econôico igado à estrutura faiiar a qual causaratantos danos udo caria be se as pessoas pudesse escolher as suas

própras foras de associação íntia que não estivesse containadas

peos vieses e pressões econôicosocais e não precisasse se conforar

a padões particulares As afeições se tornaria livres de constrangientos

Pon :áo pa \ Faa :

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e mposções e portanto não seram alsas Todas as responsabldades se-

ra lvreente ncorporadas e assm compreenderam uma verdadera

e real moraldade em vez de estarem amarradas em meras convenções

socas Não az muto tempo assst a um antgo lme de coméda da

década de 95 , no qual um jovem da classe méda alta engravdava uma

garota da classe trabalhadora. O ndgnado pa da garota exga que o rapaz

se casasse com sua lha uma exgênca cuja justça o rapaz copreendeu

e medataente assentu A platea cau na rsada face à prmtva dea de

que o futuro nascento da crança crasse uma obrgação nescapável por

parte do pa E enos de cnquenta anos o preconceto de séculos ora

vrado de cabeça para baxo tornandose algo rdculo e substtuído por

outro cujas destrutvas consequêncas prátcas testemunhe daramente

em meu trabalho como édco )

E D d Pt N d I Pid

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7. Um Precnceit Sempre Será

Substituí pr Outr

errubar determado precoceto ão sgca destrur o pre-

coceto equato tal. Na verdade mplca culca outro

precoceito _O recoceto que arma ser errado crar um lho

fora do casameto fo substtuído por outro que d que ão há absoluta

mete ada de errado com sso urosamete a classe que prmeramete

se opôs em bases telectuas cotra o precoceto orgal sto a bem-

educada classe mda alta a que meos de fato se comporta como se o

precoceto orgal fosse justcável Em outras palaas para essa clas

se tratase de mero exercício retórco e de exbcosmo telectual o

setdo de coferr ao sujeto uma aura de ousada geerosdade sagac

dade sugerdo a preseça de uma mete depedete aos olhos de seuspares, em ve de ser uma real questão de coduta prátca Quado George

Berard Shaw caraterou o casameto como uma forma legalada de

prosttução ele ão estava tão teressado assm em exgr justça e gual-

dade para as mulheres mas muto mas em ecorajar a dssolução como

um ideal dos laços permaetes etre um homem e uma mulher Ifel-

mete a bastarda em massa ão promove qualquer lberdade às mulheresas o que sso prova podemos pergutar? O problema ão sera uma

ressaca de um precoceto origal?

Um vslumbe de um mportate aspecto da realdade da bastarda

em massa ao meos a Grã Bretaha pode ser apreeddo a patr de um

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elatóo ecetemete publcado pela udação oseph Rowtee uma

ttução de cadade dedcada ao etudo e à elmação da pobeza u-

baa Os pesqusadoes etevstaam 4 adolecetes alguma de até 3

aos de dade as qua decdam te um bebê Os autoes do elatóo

esqueceamse de saleta que a mao pate das etevstadas tham

sdo aos olhos da le vítmas de cme sexual uma omssão um tato

quato esqusta uma socedade hstecamete obsessva o tocate aos

pegos de pedola )

O elatóo az ctações lteas do estemuho das gaotas e a pme-

a cosa que chama a ateção do leto é a coeêca veba o uso da

pópa ígua atva O vocabuláo é bastate pobe e a sua staxe abo-

mável Essas meas lutam po se aze compeede e como se ossem

vítma de deame veemse despovdas de vocabuáo sucete paa

atcula os eus setmetos e pesametos Talvez sso ão sea de todo

uma supesa pos uma das cosas que têm em comum é o seu desdém

pela ecola e pela educação admtdamete ão se tata da mesma cosa

e paece ão have mas de ato a meo elação ete elas o mudo em

que esas gaotas são cadas) .

O eeto tegeacoal toase evdete

da te me dad mlh ] ão acho qu mha mãe eu

a auee ee da t ueo o melh a

o ha mãe ã ea p ó va a eca Ea ã e-

guaa da çã ea a a e taa ta. o a ãoeguaa da çã e ava ea a d

Podemos maga se ão tea sdo melho paa o seu utuo ão te

cescdo um luga ode hava um pecoceo socal cota a educação

em vez de o veso)

ssas moças etevstadas tm uma pouda pecepção da pópa

auodade socal a vedade um pecoceto que elas ão devaamde uma eexão pessal baseada em pcpos losócos mas a pat de

uma aceação eetda de hábtos socas em meo aos quas asceam

Uma gaota de 4 aos de dade dsse Algu poessoes eam o ou-

tos eu xgava Não gostava deles

DefCsa do Pn·cit - \ �ss Tr l bh

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A ideia de que não gostar de aguém não constitu base suciente para 1

xingar esse aguém o ato de reações sociais toeráveis requererem auto

controe de vver em sociedade impicar o dever de se submeter a imtes

não oram noções incucadas nessa garota como um preconceito e agora

parecia muito improáve que ea aprendesse essas coisas e muito menos

prováve ainda que fosse conormar o seu comportamento a tais padões.

A consquência pouco encoraadora seria ea continuar a interpretar todas ·

as reações humanas como uma uta de poder e da qua provavemente

na maoria das ocasiões sairá como perdedora dadas as suas condições de

pobrea reativa fata de educação vunerabidade fragidade para ser

exporada por ser mãe soteira e absoutamente dependente para o seu

sustento de uma burocracia estata para a qua não passa de um número

com toda frustração vitmização e mséria resutantes e decorrentes de

uma posição como essa

utra garota ao expicar para o entrevistador por que não gostava da

escoa disse

d o pf fam ê ata quad tam a aa qu d m ata m ato para mu pa [e-

paad to pr qu d m ata para e om

mit am oê a riaa u u pof

Contida na pasagem está a suposição de que uma ve que todas as

pesoas são criadas iguais todas a reações sociais devem ser então ondu

das sob as mesmas bases ou sea que aquo que é apropriado em reação aos pais (descontandose é aro honra e obediênca) será aproprado

para todo o resto em todas as circunstâncas A autridade é derivada do

mero fato de se estar espirando por meio do equvaente seuar da d-

na provdênca sso quer dizer por direto natura Consequentemente  -   · · - . ,� 

erá dfci para essas pessoas aceitarem o fato de o mundo não estar tão

  - . 

�. , -   -, _. � 

teressado neas quanto estão as pessoas que compreendem o eu círcuo -·   ,  ' •. "

famiar E uma vez que esa attude nerente de autoridade á tenha en-

trado no tecido das pressuposições de todos à sua vota não será surpresa

aguma constatar que ao inormar os pais sobre o mau comportamento

de seus hos os professores tenham de idar com pais que tomam esse

Um Prconeit Sp á bsluíd p Üo 41

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tipo de advertência como insulto pessoal e jamais culpam os seus hos,

os quais consituem os limites externos de seus próprios egos , embora no

passado eriam agido de forma diferente, mas agora culpam os professores

e a escola, os quais cometeram o crime de esa majestade. Um preconceito

cego a favor da autoridade constituída foi substituído por outro precon-

ceito cego, o qual vê em qualquer autoridade, exceto aquela que emana da

própria pessoa, algo inerentemente ilegítimo

Ningum aqui quer sugerir que os pais devam ter uma inlexível f

nos professores, uma que seja insensível à evidência de malignidade pes-

soal; mas um preconceito que entende que, quando os professores recla

mam da conduta de uma criança, eles provavelmente estarão mais vezes

certos do que errados, conduziria a uma meloria geral, em vez de uma

deterioração nessa conduta infantil

Podemos nos esquivar de tomar posição diante de qualquer questão

dada sem dúvida, mas não podemos nos furtar de ter alguma atitude seja

lá qual fo, em relação à questão

2 E Dfa d Pcci cidad d Tr Ida Prbda

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8 O Crue Efet e Nã Incutr

s Precncets Certs

s ts tristds rt primt disctd s -

ctrm, d mts fms m sitç pc iá, d

ft mtá m s mir prt s hm jstmt d

tp d strtr fmir q irm bimt, rprdzir

se e ee [dsse ds grts reset de se

e se e e se de r, s e se e redr.

se se se se de sr e e err ee de

xr s ss es re erdde, e h e e

ded reseit de e er e dexd e eh e

hee ee

A mrir d m mbit sm mr q hstidd,

smt pr cm s psss, ms dt d md m r, stá smpr

cim d trr sss rts bscm iir s crêci fti t-

zd md m sr sbr q pdr dissipr s mçõs iss

fits q rsidm m ss crçõs s sprm q criç rtrbrá

s mr icdicimt, cm m dci briqd mit

d s cpcdd mit m cchrr Um rt d s

cm m bbê dss:

e , i r . e he re es

s s bs s, e.. e (h) e, e, he e beb

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e dara esadade e ta e dara ago e e aara -

odoaete o sae a e aadoara oe

sera e . g odera ro de e sera e [ ]

utra gar guns ns as eh, isse

ae sea ore ode ser e . . tae (h) o a

do . . ado o o te a raa e sae . te sege

ra todo ado e d e te aa e e aho e astate egosta

as or sso e s ser e ore e era ag e os-

se sae e aar ra sere ore o só a raa e

o ero do se do . as os as so o ero do do das

raas, e sso a gete se ser e, eo e aho e sso

eso óto

pes consttar nesses trstes subcrtesins, s nã bs-

tnte reedres cenáris, nã há aq u esp pra reexã

r excet m bree recnhecment de u pssíe egsm, s

qu supntd, car, pe bee de se ter m ind brnquedinhnmd só par s, as qua, se pe fcente preer, trnarse-

á mes príe ssm que cmeçr a andr e far, disprand desej

pr utr brinqedinh and, que expc fat de n GrãBrenha

u uart de tds s crinças nscids de grtas c mens de 8 ans

de ade sã segund h h . grande pre, iss nã cup

dessas grts Nenhua pess sens esperra qe adescenes e 3u 5 ans e idade es aqueas aindas de ares nde dscssões

absrtas e eectuente crregds sã frequentes e ssticds seja

cpaes de ceber camnh racna eqibra, cnstrut e fru-

tífer par si ess se acpanhaent, desnsderandse, r,

s rrs prdgs de sbedria precce Es precisa, e preir ugar,

receber precnceits ass antes que se pss esperar que faa s esc-has is fundaentis e dfíces de sus idas Seri cert, geners

decente pra nã fr d senstez e d sens de reidade esperar bns

restds de u gart que descree a s decisã de ter u crana

par qe a útia he d prncpi rs?

D o Pnco - Ncd d Po

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P v c s

N v v ,

v v

rv v -

v v, vv .

No r so mlor, to p l m prticur quo pr o

uo m grl, s tivss so ictio, s co, um prcocto

qu lh ssss pr o tr um cr t qu cgss m i m

qu l foss cp, j utmt com o p cr, ofrcr à cri

um bs sávl porm s bcr crscr v?

Quo chgr ss cocuso ( pl xprêc qu tho covrsr com sss mos, scobr qu cgm ss cocluso mis

co ou is tr , j á srá muito tr

8. O Cml Efeito d Não Incur os Poi

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9. A Inevtlae Precncet

1

J E

c, f sss s nã cmpm msm p

sumvmn cnc cm s s cm s qus s s -

cnm pcnc cn s ms nã snc qu

s nã nm ququ p pcnc sb ssun pcn

c é cm nuz n fms fs s cs Hác n qu

puss cm um fc nuz vá pc.

Dss fm s mçs qu ã pmumn qubm qu qu

um z f um bu cn cncpçã f csmn nã qubm

f um bu, sb cu sênc sã pns sumn cns-

cns ms m m cnfm cm qu qu vm à su vt

cnfm qu qu pnsm s sp s

nh nn pg nh

ã qund p sp dn d s

E ss s ds s gs d nh ã á hs d ãs

dscns p qu u n s p q . nng h

snh pq xs s ms nã qu qu uém p cm umn

mss s qu f mbém p um nm sucnmn n<

psss, qu qu s fzm sá n cm c_�

nvu uônm usn! (O suj

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rooso l um no uno lm mgnção John Sur Mll o ul smr rciocinr or si róro rso o u v ou não

fr Não osn, cso s rsolv corr ulur um sss moçs s

uis gm conform mn sugr, los rsulos insávs

sus conus, ls rcorrrão imimn um rincio rimiro,

ou lgo smhn r s uscrm fo, lgums s gros u

s molm l muião á êm s rsoss n on língu conr

vnus críics (msmo u não s m fis . Um moç 6 nos

iss : "Eu no funo não m imoro in s crícs Não sou ão

ovm ssim ms não é um usão , u crio nisso

Em rmino snio, é clro, sá olmn cr rgu-

mno conr grvi olscn é lrgmn, sísico o rsuo

no r mã uno r crnç é m grl ruim. Aém o ms ss

rsulo ngvo crrrá los cusos sor rciros, os uis n

ivrm vr com csão originl r crinç No nno, um r-

sulo ngivo não srá solumn inviáv um vz u uno

s r ssunos humnos rrmn mos um corrsonênci s-

rimn unívoc nr csõs ou vnos sus rsulos Tmouco

vmos connr uomicmn s ssos or nr fr uilo u

sisicmn ão s mosr fvorávl. Ans um nr z cnios

u vsm sur mcin é miio ms não s srov conu

os cnios u não ivrm êxio, os us sm, nmão, u

s chncs rm muio cis Quno um scrior s sn r scr-

vr um romnc, v sr cn u s sus chncs scrvrum clássico, um or u sorvivrá às oucs smns ois su

ulicção, s junr ur Tosói, são innsimis, ms nm

or isso s conn os msm form, mã solir olscn

o lr o fo u é um inivíuo não ns um mmro

um clss ssos

Não s o uzir os s crcrsics um invíuo rr su lção à clss m u ou l s insr, uno sss crc-

rísics são vrivlmn isruís nro ss clss Po muo

m sr vr u s crinçs mãs sors olscns são muio

mis ronss, m rção ours crnçs, r cr n lnuênci ou

m Da d o ; Nc d I Po

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v crms, csmr rgs se trr lcóltrs, fstrse s

ests e vver esempregs, sfrer severs prblems psclógcs, e

ssm pr te N ett, tmbm perfetmete pssível qe mts

els pssem pr ss, e qe tehm m exstêc qe sej,

mes pr els, perfetmete stsftór E cs sej vere qe

v hm b, m m em s mesm, e qe, em se set ms

mpl, sej sgr, cm pems lmetr ft e esss mçs,

reltór qe e cte trerem esss trs vs pr m Els, em

ses testemhs s veemetemete ctrárs brt, qe cs-

erm semehte sssst Pergt se cserr m brt,

m mç explc qe : Prqe m v e ch. . e

ch qe sej cert mtr m v mprt se cert

se pe fer ss

Otr mç sse: E 'Oh, v brtr, ms e se qe

per fêl E ccr cm ss mt err e jms

fre ss cm m bebê

Tmpc esss mçs estrm m e ses recrss lsócs

se cbrs respet estpe e s ct Es est preprs

pr cceer, seg s crescetes prpesões esttístcs, qe ses -

lhs sfrm múltpls esvtges em ts s fses v, ms

tes e clcr cp pr ss em tr gr, scee cm

m t Es cpr scete mpr scl qe receberm,

preccet res elte ctr crçs scs ess frm es

pem (cm gm jstç) ecr s mseráves escs qe s seslhs freqetm, qe s mper e receber csve m ecç

básc, qe prreqst pr esevvmets pesss psterres

Em resm, ecs e se ter m bebê q s mt jves

sem qlqer p e m p ger s cseqêcs qe vems, estts

tcmete, smete em r e m frcss qe mpt sbre t

scee N hver e err ecs em sUm p mrl e teect pr m vs cm ess, g qe

se ssemelhe ss, mt fíc e ectrr Pr exemp, re-

tór ct m rtg e m fms jrlst brtâc qe escreve

jr prgressst T Guadian A rst, Meee Btg, sblh

Ildd d P 49

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fato supostamente inalterável de que as altenativas de vida paa essas mo

ças em quesão não são muto convdativas, certamente não paa aquelas

mentes intoxcads de imagens provenentes do estlo de vida propagado

pelas evistas de celebrdade e pelos dramas televisvos

As, a a ara a r r e beb, n á qer traé pr p,

pr ptar prmr b r-

mer s lses s m eões

rs é mr rpt vrm v,

e bre l rm v . . e _ r p mr v apr ba

prra s rn ré?

Embora a autoa dessas paavras provavelmente esteja orgulosa de

sua posição esclarecida, sua falta de preconceitos, existm na passagem, no

entanto, vári suposções ncomuns qe indcam justamente o contrário,

ou seja, que apontam para arraigados preconceos Em pimeiro luga, te-

mos a suposço de que exisa algo de errado, umlane, ou aé mesmo

desonroso acerca de trabalos sem qualicação e de baixa remuneração

(emboa baxa remuneração no conexo moderno, que seja lembrado,

não signque remuneações d fome) Não sou economsa, mas a ex-

gência de que uma baixa remuneração se torne ala emuneração, sem

qualque melhoia na qualcação ou produvidad prossional, a m

de graticar o desejo naural do abalhado desqualicado por um alo

padão de vida ou, em qualquer nível de consumo, desconsiderandose o

efeito dsso sobre o rso da economia, não me prece uma receita para

uma prosperidade de longo prao

Em segundo lugar, temos um despeo explícito pela avidade de em

pacoadoa de supermercado A autora, pergunto, nunca va ao superme-

cado? eá que ela prefere que as praeleras quem desarrumadas e que

odos os poduos sej am emplados num enome amooado, para que os

compradores se aem sobre eles, como faem os mais pobes em países

do Terceo Mundo quando sobem sobre os montes de lixo para colear o

que es ineessa verdade, é claro, que arrumar praeleras e empacoa

0 E Deesa d Precnceo - A Nessdade de se Ter deas Precnedas

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produtos de supermercado ão compreede um trabalo telectuamete

exgete mas é perfetamete respetáve oesto e socamete út Des

de que as prateeras estejam orgaiadas e até que eas desapareçam da

face da erra ou que sejam orgaadas de forma teramete automa

tada cotuaremos a precs de empacotadores e arrumadores de

prateera Esse desdém esobe date dos servços umdes, ão obstate-�-·

rodutvos ão podera ter cado mas evdete o text dess autora

é recsamete esse desdém, em ve de ago trseco a tarefa u o

tora umate

almete a autora também dexa caro que em sua opão, uma

ve que uma pessoa trabae como empacotador de supermercado, essa

pessoa sempre será, para o resto de sua vda, um empacotador de su-

permercado como a marca de Cam, ateráve Mas ão é assm que

fucoa tato a teora quato a prátca A escrtora, parece deseja

substtuir um precoceto cotra mães adoescetes de 3 aos de dade

por outro precoceito cotra empacotadores de 1 8 aos de dade

9. A Iiilidd d P 51

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1 O. O Cnvencnalsm s

Transgressres

A

lguma oa am caar a covçõ ao quao ou

ra jam caar a ca gahar a va D fao

ão r covcoal orou ara la uma vru m a

ma forma qu a orgala orou hoj uma mula ara aqula

oa cua araçõ aríca xcm m muo o u alo Comoo rha uma ograa or o falco lóofo A Ayr crvu

o Tm Lity Sulmnt ão xatam um vículo a coraculura

ovm ao colocar qu uma a vu Ayr ra o u ão cov

oalmo O cror a rha ão achou cáro car m qu

o oão ou coua l ão ra covcoal como a

ru fala or mma claro aar ê ara comêlo o café a mahã é algo fora o

ovcoal como ão ra (mo ará) covcoal chamar a a-

ão aa a qua o comumo ovéco ou a grgação racal aÁfrca o Sul ma é a ma o ão covcoal qu é mora v-

mt ão o u  ntúd, ao mo ara o cror a rha o qu

ão é u cao aíco m muo lcua m ara qu qura umau frqum m qu ra o úlmo au rmac-

mora m rv a corao qualqur ouro ara r qurao

(aa lmrar a ra úlma rformac o caor auralao

Nll Mla) é m gra logao or ua orgala coragm

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ssm por , scosros s o bu vr sr ou ão qubr

o, ou qus srm s cosquêcs socs qubráo. Os rsgrs-

sors bus s rors ão s opõm o qulqur ror m

prculr, ms à xsêc rors quo s Els qurm um

v sm rors cvlção m smpr os sus scos

Em cro so oo sr umo é orgl, sso coc sm

qulqur sorço ou uocoscêc: mus s locuçõs c um

ós uc orm prors s uc ms o srão por qulqur

our psso Ms o po orgl comprl por oos ão é o

msmo qu os româcos moros solcm m s srm com

plm vulos um soc mss O qu ls buscm

é cr orgl orgl ou um morgl, por ssm r

sso sgc s volvr com lgo quv um corr rmm-

s, com gsos crscm xrvgs pr rcr psso

mss (ss css ão sr um cv pr s comprr bo

pr stór r o o século XX Ilm o sjo

s urr um covção é, m s msmo, um covção A bomção

m mss soc ão rsulou cssrm o orscmo

vulsmos vlosos ou rçõs culurs: é prcso som r-

r rspo o pquo mo populcol gográco s m-

vs rscss lorç S pr prcbr sso m covção

o subsuí por our Quo rcm prcp um url

boêmo m rs, u r o úco qu m rcv com mu ro

scuro grv ão provco ão covcol Toos os urosprcm cgr o cméro logo pos s comprs mrcr locl,

urt um brv rvlo m sus sprs vs

sso mporv Al cos, o sujo ms mpor o co-

xo sv moro s or, ão sr qu s cr um spíro so

brvv qu pr sobr os urs obsrvo qum sá qum

ão sá vrrm luo (s prcs são cbç mos jovs cos sucs Não é cl cosrur um rgum-

o boêmo cor qulqur po ormlsmo vsms m u

rs o q mpor sr quo qu s pssos gu cm,

sm po rcémlco, ão como s vsm q covção

54 E Defesa Prence eessae e se Ter eas Pecncebas

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se usa uma oupa especial encoaja a hpocisa e o ngimento, como

se hipocsa e ngmento pudessem se tão facilmente elmnados do

epetóo humano Em meu caso, posso die apenas que peo uma

abodagem levemente mais cemoniosa diante da mote de uma pessoa,

indcando algum sinal vsível de que o seu falecmento não consttu ape

nas mas um evento em minha lotada agenda do dia, um intelúdio ente a

ida ao banco e o café com os amigos, ou ente compa sapatos e esceve

um atigo odava, sejam lá quas foem as mnhas pefeêncas, o fato é

que aquilo que começou como ejeição a detemnada convenção acabou

po se tona, po si mesmo uma convenção e os adolescentes que foam

ao funeal em sua vesão de moda estilo gueto noteameicano, talve l-

geiamente melho, j á teão fomado o peconceito de que os funeais não

difeem, no quesito vestimenta, de outos encontos, e não lhes ocoeá

que as coisas podiam se, e ealmente foam, difeentes Caso paticipas

sem de um funeal mais tadiconal, eles o estanhaiam antopologca

mente, como se fosse uma dança de guea ente nativos polinésios

eieme esclaece, de passagem, que se vesti de foma mais fo-

mal em aão de um funeal eigá ceto esfoço, o que não vale paa

oupas habituas

0 vsm ds Tasgrssr 55

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1 1 A Supervarzaçã a

Racnaae nas Eschas

m s fos o prcocio cor o prcocio é o gr

ro on Sur Mill Sr a Lirdad, publico m 8 5

Como s sb, Mil v um ifâci pcuir sob ul su

pi rcionlis o qul criv qu ção corr puss sr rui

um fórmul qus mmáic iso é, qu ção corr sri qul

prouzir mior flici pr o mior úmro pssos A sprç

o Mill sêior r qu o Mill júior s orss vim qul bs

ifus um spéci máqui clculr prs.

Tuo bm é o Mil júior cgr os 20 os quo xpri

mou um cris ml, comum cm copso rvoso Sob

iuêc pos româicos como Worswor Colrig, l pr-cbu qu qu um o quo issc oção xisêci um

o brulm busc po su pi ão s mosrv qu pr

sisfção os s cssis ums Su isóri psso s ss-

ml àqul criçs obins, ls pis qu prcm um

si rgi xcusiv qu scobrm ur olscêci ou o i-

cio i ul qu s cçs sus pis é ão is como crsão êm fumo são icusiv mio iss

Mill rsolvu o probm o mos p si o combi o cuo ro mâico o iivuo com o uiirismo purio su ps solução foi ãooros o mos roricm qu bo pr int1igntia· . - · .

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�r

 

 

�to prtir dí e por intermédio dess ntgnta PQ!-ões inteirs sibm els o no disso Nm observo os o lósooidelist do início do séclo A. N Witehed isse qe tod osoociden resmise m série de "nots de rodpé em Plto igmente od polític socil ocidentl resmese m série de nos de rodpéem Mill s cjs conseqêncis ee no teri de modo lgm provdo

omdo peo deseo de reconcilir o irreconciliável dr m indivi-dlismo ric s crens mis sociis e m tilitrismo os princípiosmis individlists Mill oi levdo constrir m viso irrelist tntodos seres mnos qno d sociedde n ql vvem Ee se inclino spor como conece com mios pensdores qe mior pre dspessos o er o poderi se tornr como ele o receber m edcosciene De cero modo io o omengei pois ele tmbém spnhmodestmente qe os próprios tentos no erm nem grndioso nemexcepcionis ms isso o evo imginr lgo qe no é mito provávelo se qe veri m momento em qe miori ds pessos estri toprondmene preocpd com s ndões moris d condt mnqno ele estv Por s vez sso indic qe o conecimento qe tinhde seres mnos reis com sitões e experiêncis de vid dierentes ds no er mito grnde sso no é de modo lgm srpreendene mvez qe n époc em qe Mill veio escrever S a Ldad , ele e s espos á levvm m existênci recls

De qlqer orm em ger Mil spervlorizv o ppe qe rzode o exerceri o poderi exercer n vid norml e diári d pessosJá ogo no comeo do rtdo escrito de orm to vigoros e perssivqe o leitor se vê sedzido pe or d pros Mill tc o preconceitosocil o q ele percebe como m perigo mior ns circnsâncis de sépoc do qe m governo bertmente tirânico

58

é ci pe cnr irn ncei bém cn n d i m mi cn nc c ics c g c [ ]

Em do Po Ndd d Pon

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Potto, o víuo eve ec po s pópo se eve se cofo-

m às es e pátcs socee, e sso se á po um sée e ões

A ms mpotte es é que vee e qulque sujeto, tto es-

fe empíc quto mol, ão poe se cohec e um ve po tos ,

l e ubtvelmete, e, poto, tos s "es e egs e cout

estão bes o questometo m vço, tto mol quto empí-

co suge e um coíuo cofoto s opões sso é ubtável

Ms mesmo se ão fosse o cso, exste um pcípo étco que solct

c homem escolhe se que ou ão se cofom pete s es e

pács e um socee "Nesse speco e su cout que se efee

exclusvmete ele su epeêc é, po eto, bsolut Sobe

s mesmo, sobe o seu pópo copo e mete, o víuo é sobeo

Aqu fl um omem que vve como um ecluso Exste um t-

g cítc Mll que qe exceto pelo coet o eseto sío, o

qul sobevve à bse e mel e gfhotos, ehum homem é um lh

(e mesmo um coet poe te um mãe que estej espot com

escolh possol e seu lho ; e, potto que mesmo o ms sg

cte os os poe exece ceto mpcto ou te cosequêcs sobe

eceos. Se lguém esolve le o pcípo e cose cout e

lguém como um to pcplmee vul, em ve e exclusvme-

e vul, ess pesso se veá ee em temáves e solúves

quesões relvs que pte su cout se efere, e qul fote que

sep sso o eso

Ms, como o ge soo Loe Acto sse, "s es têmum rção e um esevovmeto um cestle e um poste-

e po s mesms, s qus os homes tum como pstos e msts

ms o que como ps legímos Quem uv e que mo prte s

pessos se esquece, por rzões bstte óbvs qucção e Mll sobe

sobe pessol sto é, que el se plc à cout que "se efee me-

mee à pesso ? Quo o sueto que eee o boto e exge suplcção (e eu flo como lguém que ão se opõe totlmete o boto

sob egção e que um mulhe é o Re Sol e seu pópro copo, seá

que ess pesso ão se esquece e qe o feto ão é pumee pte e seu

corpo, ms um se stto em fomção e é, té que pteogêese se

\ Spvaza a Rana nas Esas 59

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ore regra, o prouo, para usar um ermo euro e mpessoal, e oura

pessoa ambm? Em um muo mmamee ecee, o pa ão era

resposablaes escapáves em relação aos seus lhos e, porao (uma

ve que ão eve exsr cobraça sem represeação , ele ão era algum

reo mora de expressar a sua posção sobre a quesão? Mll ão era cer-

amee uma apologsa o egoísmo, o po aboo a peo o freguês,

ao em eora quao o exemplo que exou ao muo, mas ele fo a

frase e Aco, o seu paraso, u um e seus parasos

Emboa eu esea loge e esprear o papel a elecção a va hu-

maa, e por vees lamee a sua fala em graes pares ela, o seu papel

evavelee muo mas complexo o que o papel smples e eo

que Mll magou A vasa maora os omes e aqu cluo a mm

mesmo, e moo a ão ofeder gum smplesmee ão cosegue

evar a vda como se ea fosse cosuía e logas sres e egmas

moras e elecuas Caso assm fosse, e se as omássemos seramee,

a maor pare e ós morrera e fome como o aso de ura, o qual,

ao se ecoar perfeamee equsae ere uas plhas e feo, ão

pôe ecr qual caho omar

6 E Pe e e e

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1 2 Aurae cm Necessára

para a Acumuaçã e

Cnhecmen

§ guo Mi, hum qustão mpíric ou mor po sr st

ci como triscmt iuitáv portto s osss rspos-

ts os qustiomtos moris mpíricos vm sr pr smpr

tmporáris susctívis rvisão E os i qu vr (ou tv

vêssmos ir vr qu por or s prst como mis vr-

ir já qu m su hipóts vr ão po sr cohci mrg

o coroto opiiõs, o qu si vr s itrptrm

Isso h á um rgumto utiitrist pr ão suprssão um opiião

s você suprimir s uc crá vrir cso ão s cc

vrir, o progrsso srá mpossív

Exist um stio m qu isso s tor pritmt váio, é cro

m mit ctíco o qu ão oss prmitio ququr scoro,

o (por xmpo toos ossm orgos cocorr com um ou-

tri oci msmo o toct à mor s qustõs ss ão sri um

mit ciêci o qu muitos vos pussm sr itos tro

os comtos sus stcimtos citícos, sor os quis s

poiv umtmt o su porio miitr, ião Soviétic pr-miti ss cso spcíco ir itctu Ms prmissão pr

mistão ir itctu, mor sj um o muito pos-

tivo ão sgot qustão sor utori, msmo s socis mis

ivrs As possiiis rcursos ququr ortório, ão import

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o uão bem dodo sej serão nis Sempre será preciso escoler enre

lins de pesuis concorrenes gerlmene com bse em um nuição

sobre ul será lin ue se mosrrá mis proveos

Além do mis pesr de liberdde pr um especulção ber cons

iuir for essencil pr descober d verdde ncluindose s flss

ipóeses isso não signic ue ods s flsiddes enm igul vlor, ou

mesmo uluer vlor em deermind busc Prece ue Mil não goou

sucienemene d compni de esuisiões nos bres d vid pr ue

pudesse precir esse ldo A imed desconsiderção de um opinão

dier ue o Oceno Pcíco seri composo exclusivmene de ueio

derreido jmis seri rd como um imposição rerdr o vnço

dos esudos em ocenogr. e uluer modo o ue poderímos res

ponder um pesso cso viéssemos responder lgo ue nssisse em

rmr ue o Pcco seri ssim composo? Proesrímos der ue s

águs dos mres não são dess form? Ele responderi, "ms o Pcíco é

E cso inssíssemos diendo "Ms, eu esive no Pcíco e ele é composo

de águ mrin ele redrguiri, "Qundo você eseve lá pel úlim

ve? e, o sber ue lá esive á cinco nos, ele sseverri riunflmene,

"A cois mudou desde ess époc Cso pegássemos o elefone pr per-

gunr lguém ue lá vive pr ue nos informsse se o Oceno Pcíco

mudou recenemene pr uejo derreido, á nos erímos orndos

ão loucos uno o nosso inerlocuor

Porno nem od flsidde é vlios n busc pel verdde de fo,

seri necessário não mis ue um or pr gerr cenens de flsiddesue não erim uluer vor ou uso concebíveis, e ue não verim o

esforço de uluer refução

Além do mis, é muio fácil exgerr ou superesimr nure pro-

visóri do conecimeno cieníco Qundo um biólogo eminene ue

coneço enconr lguém ue di ele ue, nl de cons, cênci

rb pens com ipóeses ee cosum responder "Ms o sngue defo crcu Não mis espermos ue se fçm experimenos cujo in-

uio seri povr não circulção do sngue d mesm form ue não

espermos ue um memáico preç com ipóese de ue dois mis

dois não somrim uro O sngue circul e sbemos ue ele cicu

62 Em Defsa do cc cessidar St T b

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(mesmo os esemóogos mas cécos não se recusaram a consular um

crurgão caríaco com base uma úva se avera e fao fuame

ação sucee ara se acrear a crculação o sague não obsane,

em um sujeo enre cem e nós, suseo, sera caa e emosrar a

exsnca a crcuação ara alguém que or alguma raão a escoe

cesse, valenose aeas e recursos eórcos. A emonsração os caa

res, va a oo o argumeo e escobera elo mcroscosa alano o

século XVI Malg, mosrarsea arcularmene c ara o não

cao, e uo bem ara o avanço a cnca se caa geração não recse,

or s mesma, faer oas as escoberas révas sob a funameação e

que eas j á goam e auorae consolaa, e que ossam aceálas mas

ou meos ao se valerem essa auorae

A vasa maora e nossos coecmenos cega aé ós a mesma

forma ese muo jovem, eu soube que acoecera uma baala em

Hasgs o ano e 1 0 6 6 , embora eu aa não saba como rovar a sua

ocorrca. Ser caa e faer sso exgra uma va e renameno, e

bra necessaramee a ma aqusção e conecmenos em ouras

áreas, e além o mas sso era como rovável resulao aenas a conrmação o que eu já saba a menos que fosse mna nenção realar

uma vesgação orgnal sobre esse eríoo a sóra ereeese

como uma as granes coqusas e ossa cvação o fao e, num

grau sem aralelo em ouros lugares, ela er crao os meos su-

coas aravés os quas o coecmeo geuíno oe ser buscao e

ssemao, e or er examao smulâea e conuamee a forçaas evcas sobre as quas esse coecmeo se basea Essas nsu-

ções oeram na mea em que são lvres, é claro, embora ão lvres e

recoceo ou e eas recocebas, os sso sera mossíve, mas

vres ara examnar esses reconceos e eas recocebas à lu as

ovas evcas mocao o rejeano os agos moelos à me-

a que sso se ora nelecalmee ecessáro oava, essa lberaeão ressõe ecessaramee o se ma so o sábo qesoa aeas

aqeas cosas que merecem qesonameo.

Mll ão era olo a oo e não arecar essa mlcação Em ceros

momenos, ele soa osvamee equlbrao e realsa

Aor co Nesária paa a :\uulaçã Cnhimto 6

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Ng qe s pessos ão ev oo e se oo

e v e e s ot s pesses vs e se pópo j

geo e vão v Po oto o se bso g

qe s pessos evesse vve oo se ovesse e oe-

eo o o es es oo se epe

vesse eto o seo e os qe oo e est o

e ot peeve oo

Nesse cso Mll está flo e coeceto ol ms o eso

vle p oos s epcos e coeceto

Não obstte Mll ge oo o prsto e e qe ão es

trtete s sto e qe opão ser tão bo coo oteso s qestes fctus possvel ve esse resulto o uso qe se f

oe o tero "válo plvr qe ebo sej popl boc

os estutes ts gerr clfros esp os cêcos vel

escol os qs respetv possble vere coo objeto

e vestgção Não são ms os rgetos que são válos o seto

e serem elboros seguo regrs lógc e evêc ms s op-ões e meso s questões coo u too

or eeplo um etrevsor e televsão btâco cmo Jo-

t Ross e fto bstte coeco por s extrem vgre e

contrto pel BBC por u sláo e lões e lbrs por o per-

gutou pr o ler o prto oposção v Cmero se quo

jove ele se mstrbv peso senor Ttcer. Como ão poe-r exr e ser ess pergt bsoete ot gerou cert ose e

gção e crítcs às qus ee espoeu que cotr efeer

pertêc pergt por coserál vá

Em Defsa do Prcnit Nae T I Pb

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1 3 . A Iguaa Tas as

Opnõs, Ds qu Sjam

as Suas

que Jonatan Ross qus de com sso? Veemos num nstante

antes, vamos etona bevemente paa Mll como o padasto

acdental das deas uns

Não exste quaque vedade tão ceta, d Mll, que não possa se con

tovetda (exceto, talve, no caso desta amaão) desse fato, ou fatoalegado, que ele deva o agumento uttasta da lbedade de expessão,

emboa, é clao, exstam outos agumentos paa essa lbedade Mas Mll

va além Ee nos dz se necessáo paa o desenvolvmento da pesonal-

dade de alguém que as opnões desse sueto não le seam smplesmente

passadas, mas que seam opnões pópas e fato, segundo Mll uma

pessoa fomada pela socedade é menos do que completamente umana:"Quem dexa que o mundo, ou a sua pate do mundo, escoa o seu plano

de vda no seu luga não necessta de qualque outa faculdade além da

facudade smesca de mtação

O culto omântco do se umano ogna se expessa na podeosa

posa aconasta de M, um meste dessa vsão

mboa os otus ossam l bons e aquaos, não obs

t onomas ao osume amnte omo ostue não ua

ou senvolv o suto m nnma das ualaes qu omo

a as qaas dstnas o s mno As faas umas

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prp g, sm srmv v

s prr mr s s rs s

s. s pr s s

N g p sr s

r s ps s s, ss s srs s

s pr s ss sss s s r

s s g p rs , p

s r s pr rs b .

s bss p s s pr r -

ss rã ã p sr v, s s s vr

s s vs ã r s s

s ss rr pss s s

rs s ss r s ss r

rs rps v vs rgs.

Não eg ser qulquer surpres se s pessos ezrem ess ps-

sgem, ou o meos el feriem, que que mis mpore e

um o ou e um opiião ão se ssoc à su correção, ou o esforçopr se gi (levose em coserção cere o coecme-

fcul e ebilie rão um , ms ge qule esá

em se er um opiião pópr Ter opiões que ão sem geuimee

sus o seo e Mll, por exemplo, o omáls e um uorie

coável sobe o ssuo, cr lio os ribuos que compree-

em qule si o ser umo Em coução com oção eicere o coecimeo umo, vemos, ecesse e os s

opiiões serem geumee pessos poceci losóc e psico-

lógc oção moer e vlie Quo o erevsor o

Ross efeeu pergu que er cmo e vál ee ão quis

er que pergu for grmiclmee bem formul, ou que ocv

um ssuo público mpore, ms que pergu er o pouo esu pópri e esssis coribução, se esse o ermo cero Um cos

peque ms ão obse su

Ao surgrem feeçs irecocliáveis, mus s iscussões so-

bre quesões subsvs são oe em ecers sege form

Dfa d P ad s T Ida obi

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Bem mnh opnão é ão váld quno su Pouco mpor se entre

os debtedores exse lguém que fe um estudo profundo sobre ques-

tão, em ms evdêncs à dsposção e consruu um moldu lógc

pr rculás, e se s pessos que revndcm gul "vdde pr s

sus opnões sobre quesão nunc enhm nes pensdo no ssuno e

se presenm como olmene gnornes dnte de udo qulo que é

ms relevne Pos, se nd é cero, o que são os fos n de cons?

São opnões Logo berdde de opnão se orn guldde de opnão

pos o que epresen o uso d lberdde sem guldde?

lguadr Tod! s Opinõe. Dtd y Sjm s u

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1

14 Cstume Descarta pr

ser Cstume

clao não supono que odas essas pessoas que diem que suas

opinões são igualmene váldas dante de qualque oua fun

damenandose na suposa auodade nquestionável da pópia

pessoa de fao leam o lvo de Mll sobe a libedade Mas ideas e

opiniões se nlam na sociedade da mesma foma que um cstal de

pemanganato de potássio se dissolve num béque de água espalan

do a sua coloação po toda a subsância À medida que as pessoas se

aglomeavam em cidades cescentemene maioes a m de desempe

naem aefas cada ve mas técnca s fusantes e otineias um po

cesso que já ocoa em passo aceleado na época de Mill um gande

medo se apodeou dos pensadoes o se umano se tonaa uma meamáquina ou melo diendo uma pequena engenagem numa máqui-

na giganesca Mll eseve longe de se o único auo peocupado com

a peda da individualdade Ruskin Calyle e Max compatlaam

dessa peocupação Mas foi Mill que ao menos no mundo modeno

tonouse o mais inuene a longo pao especalmente após o faec

meno da uopia maxsa Os seus escios ambém esão omados depensamento uópico emboa de uma foma mais modesa e menos es-

tidene do que os escios de Max Em aão de sua eóca podeosa

fo Mill que insnuou sobe a sociedade a noção da beea e utilidade

únicas das opinões de cada um ao menos em poencial mas desde

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qe set csesse se r das mrezs d iã hedd.

A ã hedd tse m d hmdade

os ossos eos das as aas s as axas asses da soe

dade odos e oo se esesse so as sas de a os e

erre esra o aeas o e se reere a oros as o ed reseo exsaee a ada o ddo o se erg

a o e rero o e od o o e arer e dsoso

o e erra o e de eor e as eeado e

ser raado o aradade de odo e desse reser e

ear Aes ergase o e as oeee a os

o e ae as oee as essoas da a odãoe aegora aera or ada o e ae oee as

essoas de odo e oso serores s as

s esltds sã hrríes e desmaadres qts teects

ectam zões es qe 99% de ses semelhtes ã sã

remete hms?)

[ ] o oorso a rera osa e e se esa as essoas

se see aradas or des exere a esoa eas ao

ao e oee se a ea a eardade de goso a exe

rdade da odta oo se esa de re ora de

o segre a róra area o dse de ea are

a ara segr [ .

Ql é aterta ess sã ife de seres hms cm h

meters lrcds? Mi eaiz mssíe e ecca s dtr

s de Rsse e de Jeremy Betham

0

ão azedo desaeerse a odade de do o e exs

e de dda dero de ós, as tadoo e estadoodero dos tes ostos eos dreos e teresses aeos e

os seres aos se ora ore e eo oeto de oe

aão E oo as oras ara do arer do ses atres a

da haa se ora o sso aada e exae oreedo

Em Dfsa d Prcncito - Ncssidad d s Tr dias Prcidas

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e me s esmes sublmes e s se-

mes ue eevm e ee l ue ue vu

à ese ee ms g e se eee N

ã e ue se esevve vue ess se

ms vs s mesm e , e se ms

vls s us.

Ao ue se poe pes respoer , mesmo?

r Mil o cosume sei um m consur o princpio e obs-

uão pr o progresso e o esevovimeo mor, e fom como esse

cosume se gr à sociee ão foe ue originie o não con

omismo e ebe se onm es em s mesmos escosieno-se os seus coeúos eis Ness visão, o omem ue iicuri um

convenção ps fact ev socee e seu opo e ex ue oos

sibm ue exsem moos ifeenes, e meoes e fe s coiss

Quno mio fo o númeo e pessos ssim, mis pováveis seão s

cces p o progresso

Mi viveu um er e oimismo A pior evenuie soc ue eeconseguiu conceber fo esgnção o ue sigic ie f e um

progesso ue em cicunsâcis ifeees poeri er sio possve De

um m ric, o u o scuo seguine esemu em buânci

ele não em ie, pono ee não fi menor iei e ue um

mni e progresso poeri esul em su pópi ese ou e ue

efes co um m ric cuj comssão não sei possve sem coopeção e picipção e muios omes sei ecessári bono

os limes esbeecios pelos cosumes e um peconceio mo invei

o não conuirm necessrimene meois

Mi ão mecion os cosumes sem es remess pes:

Nã ce [ ngum e uue nã exce

ul ue sumer. g esr se b o ug [ ] essm csume esá em e m m-

eme à eã um, suse em gsm

esse à issã se uee go mel ue sume

[ . c gessvo [ . se e ug sume

Ctum Dsata S stum

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ee se e e ebe ee s s s

e só e A e

ee e e só ve e í es

s se e

Não cs ses se s essos oclísse sso qe cose qlqe ão eve se ico o esco e ão

e s coeúo icul s siesee o se cose e o

o eeéo ex c o ss e ss coclsão se e uo

folec elo elogo qe Ml f à ogilie o sej os esfoços

e esso eee se fe ifeee ão se eho e

lgo ms es se feee

e e exe e fs e ev

b e se s sev Pesee -

e é e f exee ób

eseáve ve e s esss se exs

Aq e fom mo c ems ecoceio c ecoceo

2 Em Dees d Pecce Necesside de e Ter ds Pecceids

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15 Cm a Leiura Parcia e

i Leva a Egísm Iimia

O

que Mi parece recomear e como ceramee se acou que

foi sua recomeação é que caa pessoa everia se laçar ao

mar a via sem ispor e aa exceo o leme e seu próprio

iscerimeo e fato Mil tia uma opiião basae egaiva a res

peito a rea capaciae a maior pare a umaiae esse quesio ereferiase epreciativamete mesmo aos 99% as pessoas eucaas para

ão falar o resto Se a vasta maioria e uma pequea mioria ão poeria

esar por si mesma que esperaça averia para o reso a umaiae?

Toavia ão á moivo para se eseserar "A ora e a glória o omem

méio é ee ser capaz e seguir a iiciativa e toas as coisas sábias ou

orosas que vêm e precisam vir e iivíuos Em ouras paavras seriauma coisa excelete para os aemães méios abrir mão e seu precoceito

cora a esorem as ruas e etão começar a aacar iivíuos e esruir

a proprieae aleia a m e seguir aquee sujeio soliário excêtrico e

iubitavelmee origial camao Aolf Hiler

Que Mil fosse em cero seio um moralisa o Aigo Tesameo

é geralmete esquecio por aqueles que esejam ver o seu ivro comomera iceça para liceça e fao ele esaprovava ão veemeemee

como quaquer pregaor evagéico uma sesualiae esefreaa a i

cotiêcia sexu, e aí por iate Ele fala com esém aquele "que ão

cosegue coer os impulsos aosos e aquele que "persegue prazeres

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amas em emeo aqueles que evolvem o semeo e o e-

leco Ml ão apovaa aquees que coseam os aajos a famía

moea (ou meho a fala e aajos) a cosequêca aual e sua

oua a beae Ele z

essb l s la s ao ç vs

v a l s v

s s u.

cao algum poeá saea que o abao a sposablae

paa com a famíla ã mas o que cosumava se pos o Esao emboa

ão sea aame o pa a caça oouse ao meos o seu paaso

e assumá o cuseo logo o opóbo moal e um abaoo com esse

ão seá mas juscao em osso muo aual Duvo que Ml apo-

vasse essa suação oava o poo que as pessoas am as ouas

osócas aqueas cosequêcas que esão e acoo com os seus esejos

pofuos (meho sea e os meos asos)

Temos eão a ea e que "o úco m paa o qual a humaae

esá auozaa ao efe com a lbeae e aço e qualqu um

e seus mmbos o e peve a coua que "eseja calculaa a gea

o ma paa um eceo emboa em cojução com a culae e e

c o que sea a veae um mal e quem caa ealmee esposável

po ele ao passo que ao mesmo empo acease que a vesae

e couas e e cógos moas seja um bem em s mesmo Isso lbeaum sujeo e e que acea quaque cosume ou ga foma que

a eão foa ampamee espeaa Eão ee esaá lve paa cou-

z a s mesmo a foma como eseja o mas cpchosamee possíve

ao meos a que algum o esae Nessa pespecva a cofomae a

qualque ega sea como uma fea a machuca a sobeaa pessoal

e o mesmo vale paa o execíco e quaque auoae exea àqueao ego Loge e esabeece quesões sobe o juso execíco o poe e

uma pessoa sobe oua a aue egeaa po uma leua pacal e

Ml (ou acolha como uma espce e boao osóco) oa oas as

eações humaas quesões e poe sso paculamee veaeo

74 Em Dfes d Preoei - eessda de se Ter deas Peidas

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para aqus qu stão o xrao mas baixo a scaa socia ou qu assm

s sm A sua igia como sobraos absouos como Ris Supr

mos sua própra alma a mais frqum ifrga a via s

sas pssoas srolas como uma oga sr aos lsamasta

prpraa por rciros O go as s assma a uma fra cuja cura

uca prmia cosam rabrta pa raia, a qual s

sfrga o sa forco por aqus qu êm por prsígio

15 Como LUa Paa va o Egoím ao

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16 A Dficuae e se unar

uma Decência Cmum Baseaa

em Prncíps Prmers

1J possível obseva essas coisas em atitudes muito posacas de ebe

da conta a convenção Nos tens biticos po exemplo apazes

e moças fequentemente colocam os seus pés sobe o assento em

fente caso não esteja ocupado De fato paa ees faze sso se tonou quase

uma atitude d guuTão ogo se sentam botam os pés em cima do assento

como se macassem o seu teitóio ou eivndicassem um dieito de con

quista bastante mpováve que eles ajam dessa foma po meo cansaço,

pois não é possível que as penas deles estej mas cansadas do que as das

senoas as quas nunca coocam os seus pés dessa manea

Tamana é a absoluta sobeania desses indivíduos que são pouqus

simas as pessoas que ousam desaáos Ressalta que o avso no vagão

diz avo não coloca os pés sobe o assento o tipo de avso que

alguns anos atás teia paecido absudo desnecessáio edundante

não stiia efeito e talvez pudesse se peigoso uma vez que muias

pessoas agoa se sentem obgadas a defende a sua sobeana com uma

faca De fato, tavez até devamos espea que o aviso vena a povoca o

exato compotamento que ele pocua evta uma vez que constitu umconvite paa que as pessoas demonstem a vtude de seu caáte po

meio da não confomdade

Não faz mto tempo, uma jovem num tem no qual eu estava vajan

do colocou ostensvamente os pés no assento em fente Ea ea claamente

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a classe méia conformista não conformista ou não conformista con-

formista um atributo há muito temo característico a classeméia

Sejam lá quais forem as eciêncas cientícas a iea e Lombroso e

que a criminaliae está inscrita biologicamente na face, uma ráa olha

a nela foi suciente ara me assegurar e que muito rovavelmente não

etncia à comuniae os que anam e faca e ergunteilhe se se im

ortaria em retirar os és o assento Ela imeiatamente (e sem qualquer

aarente acrimônia) ensou numa autojusticativa

Meus és estão limos. isse

Mesmo assim resoni

Eles não estão faeno qualquer mal ela rearguiu

Felmente, ela então retirou os és o assento, embora eu tena no-

tao que voltou a coocálos assim que exei o vagão na minha estação e

aaa Nosso iálogo socrático, referente ao ato e colocar ou não os és

sobre os assentos no vagão e trem, foi abortao

oavia, caso a conversa tivesse contnuao, está claro que os argu-

mentos cariam o lao a jovem, a não ser ara aqueles cujo reconhe-

cimento e um argumento eene e uma vitória total or nocate orexemlo, ela teria sio caa e questionar se o fato e colocar os és

sobre os assentos esocuaos seria anoso ara aguém Ela já alegara que

os seus és estavam mos, e que, ortanto, seria muito imrovável que a

saúe e alguém casse comrometia em raão e seu comortamento

Alguém j á era um exerimento cientíco uma exeriência ulamen-

te ltraa a m e estabelecer se os és sobre assentos esocuaos cau-sariam anos tangíveis às essoas que se sentassem osteriormente nesses

assentos? claro que não, a rória ieia é um absuro Os resultaos es-

sa exeriência, caso fosse conuia, seriam ublicaos no Th Nw Engan

una f Mcn? Ou ao menos num erióico menos célebre e esquisa

méica? A questão resone or s mesma ma fac a robabiliae e

um ano é equena, esecamente orque os assageiros estão vestiose rotegios e um contato ireto com o assnto O ônus a rova está,

certamente sobre a essoa a roor a roibição esse tio e comorta-

mento A jovem no trem talve nunca tenha lio Mill, mas ela conheceria

o argumento, mesmo orque quase too muno o conhece.

7 E Defsa do Prcnit dd d n

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Muito em poeramos ier enão ue coocar os ps sore o assento

é eselegane embora não sea anoso à saúe Ah mas uem isse Não

é um fao tano hisórico uano anropológico, ue auilo ue é e fo

consierao como iem e boas maneiras variou ou varia no tempo e no

espaço, e o ue é ou foi consierao orgatório num certo empo e lugar é

ou foi visto como asoluamene revoltane em outro Novamente a ovem

no rem alve não enha lio o ensao e Montagne sobre os canibais no

ual ele efene a relaiviae o ulgameno moral mas mesmo assim ela

coeceria o argumeno

Um apelo à emocraca e à opnão a moria tampouco funcionará,

em primeiro ugr porue a opinião a moria não em ireio inrnseco e

se impor sore as minorias (em o conrário e fao) e em seguno porue,se a opinião a maioria fosse relevane sobre uesão em paricular a op-

nião a moria é uase certamene escoeca. Ninguém amais conuiu

uma pesuisa a m e nvestgála além sso haveria oa uma iscussão a

m e se saer ue opinião, e ue parcela a popação everia ser iscu

ia A popação o pas inero A popação ue pega trem Que usa e

terminaas linhas e rem cua opinião poe vrr auela e pessoas ueusam ouras lias Que vaam rramene ocasionamene, freuenemene

ou uas vees ao a nos rens A opnão e alguém ue está no começo e

sua rona como passageiro evera conar mais o ue a e alguém ue esá

no nal porue o primeiro tem mais neresse no fuuro os rens

era conrário aos prncpios elemenares a usça argumenar ue

ao ser permitio ue as pessoas colocassem os seus ps limpos sore osassenos, em reve as pessoas com os pés suos fariam o mesmo Mesmo

se aceiássemos o argumeno como empiricamene correo, seria injuso

penaliar uma pessoa pelo comportameto e oura pois caa pessoa é

responsável apenas por auilo ue ela mesma faz

Em resumo não á asoluamente uauer razão conclusiva ue ar

me o moivo peo ual as pessoas não evam colocar os seus pés sobre assenos esocupaos e não há ualuer ase racional ue prevna ue

aam essa forma

Há muios outros comporamenos ários, impensaa e precon

ceuosamene reprovaos sobre os uas o mesmo poe ser io or

f d Fda ua :n aa em Pin i ?9

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exemplo o que há de errado em jogar lixo em lugares ermos? Quem

vai sofrer os danos? O horrendo efeio eséco produido não será um

argumeno válido uma ve que a eséica é somene uma quesão de

goso e de opinão e não uma quesão de fao, ou seja é nerenemene

ndemonsrável paa erceros Mll rejeia especicamene as bases para

a proibição de quaquer cosa A repugnância mora (cuas bases mea

fscas ou sua fala são as mesmas daquelas do julgameno eséico),

mesmo que sea sempe ão fore não pode jamas ser base de prob

ções A pessoa com aversão poderá dscuir crcar e eviar a companha

da pessoa cuja condua desaprova mas ela não poderá buscar mudar a

condua por meo de probções ou sanções legas Nesse pono de vsa

é caro mesmo a necrola sera permssvel uma ve que seu únco

dano seria o ulraje aos senimenos daqueles que se senem repugnados

por a comporameno mas isso nada vale ou se vale sgnca menos

do que uma pena na balança

0 E Pn eede de e Te Ide cneb

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17 A Le a Cnservaçã a

Justa Ingnaçã e sua Cnexã

cm a Expansã s DretsHumans

J sses agumenos são usados somene quando se verica a remo-ção das resições é claro, nunca para esabelecêlas

o-�:g .!

prunaria a uma pessoa que não colocou os seus pés sobre o"" ·

asseno em frente po que não ela não o fez , ou começaria uma discussão

para saber po que não agiu dessa fora Os agumenos seão usadossomente para se discutir a permissividade do que ourora não era auorizado, exceo (alvez) em um ou dois casos isoados como, por eempo,em relação ao fumo Nesse caso, um esranho ipo de fervor mora éreabiiado, anáogo ao fenôeno associado a uma das eis da ermodi-nâica Teríamos então a lei da conservação da jusa indignação, a qua

ao não se associa mais a ua coisa, esará associada a outra comose o fundo ota de indignação humana tivesse um amanho consante�: proibições morais radicionais, inibiçes e antigas considerações são destruídas pea críica corosiva da verorreia osóca, novasproiiçes imediaamene aparecerão para preenche vácuo gead.

Num pimeiro momento parecia que o abaco causaria danos princi-

pamente ou apenas à pessoa que fosse sucienemene oa paa consumio mas isso, é claro, não teria dado ases sucienes para assedia osfumantes. Essa percepção aguém pode suspeiar impeliu a organizaçãode pesquisas que demonsrassem que fuma aaco (mas não a maconha,pois aqui a opinião coree camihava em oua dieção) causava danos à

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saúde de eceios. Scessios estdos começaam a demonsta males cadae maioes, e chegose a die qe mesmo a moblia, em ambienes nosqais haia fmantes sea peigosa paa as cianças , as qais absoeiamnocias sbstâncias qímcas ncstadas na madeia e no esofado Logo,

essa sitação jsticaia as eglamentaçes mas damáticas tale, mda, testemnhemos a esteiliação complsóia dos fmantes (lembemse de qe hoje em dia a sátia se tono pofecia). O desejo de intefeina da dos otos não ca atomaticamente extinto ao se e Ml o ao seabsoe as sas opinies; de fato tonase mais intansigente no tocanteàqeles objetos aos qais se associa

Essa mdança dos objetos qe se desapoam, todaia, não foi meamente ma mdança de opinião, mas esto em pofndas alteaçessociais Ela ona tdo o qe não poibdo m dieito, pois obamente apessoa teá o dieito de fae aqio qe nngm tem o ieito de pob.e sbto, o mndo ca epeto de detos e noos dietos seão escobetos todos os dias, na mesma elocdade com qe as expedçes dos

nsetologstas na bacia do Amaonas descobem noas espcies de nsetosE as pessoas qe estão agdamente centes de ses deitos (emboadfeentes daqeles tadconas como o deto a m jsto jlgamento e odieto à bedade conta a psão abiáia), e qe os têm sempe pesen-es em sas mentes, a ponto de apelaem a esses eitos ao pimeo snade fstação de ses capichos, tendem, po otas aes mas , a se tona-

em egostas adcas A ogem metasca de ses detos não as peocpamas do qe as oigens metascas de sa cença na exstência do Himalaiaa "localidade de ses deitos e a do imaaa a mesma Qando pegn-taam a Geoge Leigh Maloy, o montanhista, po qe ee qea escaa oMonte Eeest, ele esponde, "Poqe está lá . Os deitos tambm estão lápecisamente da mesma foma paa aqees qe qeem execêos

ss

ietos se epandem a m de satsfae os egos daqels

paa os qas a libedade nada mas qe a ação desimpedda de egas . .

(O nco bem qe meece esse nome, d Mll, aqee de peseg o-.    ·�   - ·

. - ·   . � - .

- . · -  

nosso pópo bem, de nossa pópa manea) . • o w • ' •" Os dieitos se epandem po dois meos. O pimeo diiegati

-·.

.  >os se ansfomam em etos positos Po exempo, o dieito de ma

82

. ·

- ' · - _ , "-  .

m fa P - A a a ba

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mulh t um cinç, no ntido d ninguém pod pvnil co lim dj, tnfom m diito d "poui um cinç d ftommo à cut do contibunt d ocidd A inftilidd tonum font ou um infção o diito, m v d um infliciddiológc um v qu itm o mio técnico p coigi in-ftilidd, mbo cíimo cujo êito contcm m lgun poucoco, o co mio ton m i um diito, cuj ngção ton b p qui (ind mi vioo ntimnto. ão ápcio di qu diciminção cont mulh , jm lá qui fom vidênci lgd à condut ou tilo d vid, m u buc po um ttmnto d ftidd pá vit como um vioção d u diitod t um cinç Quo, potnto, tnho o dito ditdo tácontido o motvo pl qul á tão dicl ongo po coloc qui-qu fonti étic ob o vnço técnico d mdicin podutv djo é obno, l govn no Vlh d mnt Fcmo ombdo com o fticído pticdo n Índi, m qu objçõ podmod fto lvnt, um v qu citmo mj td d vontd individu?

gundo mio plo qul o diito pndm m d tif � o go qu o igm é ngção d cipocidd imitdo co, cminh no ntdo d m qu um dito ó pod gnuno fo incondicion dito um julgmnto juto não pod nudo po qulqu out conidção como, po mplo, po õd tdo Um v qu o pnt o quétipo d u diito humno,

não ignci qu u tno o diito d cut mn mc como uqui? d mm fom io não pod nudo po qulqu outcondção po mplo, d qu o volum d mc não di o muviino dom? u u tno um diito ou não tnho um vz qu uo tnh, z do vizino com u inôn qu dj domi um onopofundo, nt d ton o tblho pl mnhã Não á pcio di-

, mu viino pn qu tm um dito, igulmnt incondicon, dtoc u mc Potnto, o ubqunt conto d diito podá olvido, m u df, omnt com o cuo à foç

Io não é mnt ipotétco, ou um contução d min mginção mn ci como médco ttmunhi, inm v

" Li l ( Tçã l J iwã Cxü x 8:)

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pessoas severamente eridas como resutado de conitos de diretos assmcomo conec detentos que oam evados a adotar meddas etremas emrazão de seu vzno ouvr msica em altíssmo voume nas primerasoras da manã Esses detentos não eram pessoas vioentas po ncnaçãomas uma vez que as autordades se omtram em seus poderes de sentençae de cumprimento da ordem, nada mas hes restara a não ser o argumentodo porrete e da aca

8 E o Pno - A T Pncb

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18 O Parax

Invasm Raca qe

Cn a Ararsm

m l que e ete etu uêc ctume tçã, ute e eccet e t etó c-tume ptcule, cm mbm tçõe , ute e e-

ccet eecc , m e ubttu ut Tt eeect extêc hum cm em t ut, v eáe meh que tg, m tmbm eá e A melh teme cmeç em lgum lug, mem vle, ctu, eteçã

�-l u, tlve, "ttue e um tem meh ecevêl vulm cl tl um eccet u em v eu e póp eg, e ce etbeece ctume que ã c

e et e mut e cmtlhem, e tmbm e et e que ecjã cut que bevveã e geçã geçã, c ã ejm tem. A v e cceb ·· cm um exteã mt ech cum, um ee em/ · · ·vt uemec extecl, e cuj tele eete ete v em e qu, mem m que e cm l

met ut, e em quque cequêc m uu gctv Cm um ee e uemec ce, l ln

  , clete e, emb bm que, cl, c clete queum el ju ele teá ge cue ect lgum quee t jue O cete e, m e e mem

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m radicalismo individual como esse tem outro efeito paradoxalaquilo que começa como busca por um individualismo amliado ou mesmo total termina com o aumento do poder do governo sobre os indiví-duos. sso não acontece pelo método totalitio de tornar compulsóriotudo aquilo que não é proibdo um processo que em toda a históriahumana, talve tenha chegado mais longe na Coreia do orte mas aodesruir toda a autoridade moral que se coloca entre a vontade individualhumana e o poder governamental Tudo aquilo que não é proibido pelalei ser, p fac permissível O que é legalmente ermissível ser tambémmoralmente permissível ão h lei conta isso tornarse usticativarrepreensível para toda sorte de condutas caprichosas e egoístas

sso é claro torna as leis e, portanto, aqueles que as produem osrbiros morais da socedade São eles que por denição decidem o que é eo que não é permissível Todo e qualquer estigma é removido das condutasoutrora moralmente condenveis.

Considerandose a naturea da naturea humana, não é preciso dierque aqueles aos quais é delegado o trabalho de rbitros morais de oda

a sociedade apreciam o seu poder e passam a pensar que realmente omerecem, que foram escolhdos em raão de seu nig especial sobre aforma como a vda deve ser vivida. ão são apenas os legisladores quesucumbem a essa tenação, mas também os uíes, e quem poder culp-los, que não h mais outra fonte de autoridade coletiva? _2 radicalismoindividual é, portato, não apenas compatível cm a radical centraação

a autoridade, mas um produo dea O indivíduo é deixado para que viva a sua vida como manda o seu capricho, mas o oder central aceitar demuito bom grado a responsabldade e a autoridade de proteger esse indiíduo das consequências de agir dessa forma

Se exste aguma coisa que causa dependência, essa coisa se chamapoder normativo Uma ve que se o tenha em quaquer nível, caso a pes-

soa se incline a sso por temperamento), amais se car satisfeito com adose. A ausênca de qualquer autoridade intermediria entre o ndvduode um lado e o poder poltico soberano do outro permite que o ltimose insinue por entre os mais recônditos lugares da vida dra Um poderinnito passar a pensar a si mesmo como inniamente bom que se

86 m D d ssdd d s T dis d

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tona innitamente esponsável pelo bemesta de seus súditos (os quaisobviamente, tonaseo obetos de suas intevenções) A tomada de decisões se dividiá ento, e duas esfeas os assuntos séios da vida sodeiados sob a esponsabilidade da autoidade sobeana ao passo que oindivíduo seá deiado paa que viva o seu movimento i em espaços cada ve mais estitos Recentemente po eemplo eu queia quelimpassem os vidos de casa Eles foam ipos duante anos pelo seviçode uma dupla de pai e lo, e co o tabalo dos quais eu sempe es-tive mais do que satisfeito Mas, subitamente o goveno decidiu que eaecessivamente peigoso que omens subissem escadas ao menos paaum popósito to tivial com o esutado de eu mesmo te que limpa as anelas debuçandome sobe elas da foma mais peigosa possível e logopivando os limpadoes de anela de seu sustento

A falta de autoidades intemediáias tais como família, igeja, o-ganiações possionais etc nos acostumou a espea, e aceita o di-ecionaento centaliado de nossas vidas, mesmo quando esulta emabsudidades como essa E dessa foma a  c pizaçã da sociedade pos-segue  pai  pau com a ampiaço do egoísmo desenfeado

8 ax nua Ral a uz a ut·s 8

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19 Dscrmnaçã Racal (Pr Ser

Rum) Implcará a Ncvae e

Ta Dscrmnaçã

N

o ocnte o preconceio e às ideis preconcebids nd é considedo pio do que o fto de evrem à discriminção m meutempo de vid crei d plvr "disciminção é um pro

cesso reveldo e interessnte m meus primeiros nos escoles signicv fer um jugmento proprido eséico morl e intelectul e osmeus professores form possivelmene úim gerção de pedgogos quecrediou n inculcção dos poderes discrimnivos os quis se ribu pre mis nobre do rblho docene de modo que guns pupios omenos pudessem precir e cso possível dicionr s rdiçes e reiçes mis ends de noss civilição (u fui muio mis refrário ess elevção men do qe devei er sido pr o me eerno ms gorimpoene rrependimeno

Corespondenemene um pesso que não discriminsse que nãopossuísse ess cpcidde e consderd um pesso desprovid de renmeno morl e de inelecto; o se enconrr ssim ess pesso provvemene giri indiscrimindmene em su condu

r esses pofessoes

dsciminção er função mis impone d mene; sem el veddenão podei ser disinguid d flsidde belez d feiur o o bem dom ogo o popósio d pedgogi seri o de insi os preconceioscoeos No cmpo d eséic udo o que é necessário pr o rinfo doith é que s pessos não consigm disciminr

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Esse signicado rmáro do termo fo alterado, a artir de então. Sealguém conduisse um teste de associação de alavras muitos anos atráse oferecesse o termo "discriminação como alavracave a rovocar asassociações, a lista rovavelmente comreenderia alavras como intelgênca conecimento sensibldade, oder de observação, acuidade, julgamento correto e daí or diante Por outro lado esse teste roduria ojeem dia uma lista de assocações comletamente distinta Provavelmenteincluiria caira, sectário, racsta omofbco reacionário, e (o ior detudo) conservador. Imagens de lincamento talve treidassem na tela vi-sual mental das essoas caso eu ossa colocar dessa forma sem ofender oscientistas cognitvos.

m dos roblemas com a mudança nos signcados das alaas éque as novas conotações frequentemente contaminam ou se sobreõemàs antgas denotações Caso eu dga que sou a favor da discrmnação norimero sentdo roavelmente sere nterretado como a realmente di-er mesmo que sub ou nconscentemente (aesar de meus rotestos aramostrar o contráro) no segundo Seja lá o que eu dsser isso não terá amínma mortância ara mim ois outras essoas aegarão conecer omeu sgncado melor do que eu o coneço

ogo o rório ato de distinção entre o sueror e o inferor, melore ior mais rofundo e mas raso tornarseá suseito e assará a seretado. m omem ue ulga lvros arte músca losoa e ciênca u

 p c ana tornase, então na magnação de mutos alguém que ar

ticaria de multidões lncadoras e ele odeia teme e desrea os negros.Ee não recisaá abrir a boca a reseto de questões racais orque suareferênca or aquio que ele acredita ser melor, em ve de or ou maselevado em e de rebaxado já o condena de antemão, sem a necessdadede ulgamento Ele se torna um Inmigo do Poo.

Isso não quer dier é claro que a discrmnação reconceituosa no

segundo sentdo não tena exstdo e que não exsta Aenas alguns exem-os evtare os lugarescomuns seão sucentes ara rovar o meuonto Negros em Moscou correm o risco de sofre agressão, eseciamente se estverem na comana de mueres russas No ermetro da cdadebrtnica na qual trabalo um garoto sk que sasse com uma garota

9 E ea d Pcn da d T a Pncbda

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muçulmana correria o risco de sofrer violência dos rmãos dela Mulheresindianas à procura de um marido especialmente ao norte do país aindapreferem uma compleição mais clara a uma mais escura.

Nada disso é muio glorioso e quase um número innito de outroseemplos poderia sem dúvida ser dado E uma vez que esse tipo de discriminação preconceiuosa tem levado às mais horripilanes eclosões deviolência intercomuniára e mesmo genocídios muito embora por longos períodos de tempo seja compaíve com a paz social acrediase especialmente aqueles que se sentem compelidos a demonsrar publicamenea sua oposição ao genocídio que deveríamos impar as nossas menes detoda e qualquer forma de preconceio para que a coisa não assumisse subiamente endências genocidas Aqui pode interessar aos leiores saberque quando chegam aos Esados nidos os estrangeiros são solicitadosa responder por meio de um "is nos quadradinhos dos cartões de desembarque se já pariciparam ou cometeram um ao de genocídio umaquestão que imagino que mesmo o mais feroz maníaco genocida eriapoucas diculdades em responder corretamene ao menos do ponto devista de garantir a enrada no país A eisência de um intercmbio cuturada mene ocia talvez seja uma evidência da eisência de uma natureahumana universa)

Pessoas virtuosas por odo o mundo ou ao menos na parte do mundo susceível a entusiasmos morais e aos prazeres da culpa entam epurgar odo e quaquer preconceto de suas mentes e saem mundo afora

odas as manhãs com a mente fresca sabor de hortelã uma tábua rasada qua foram elminados o conhecimento prévio e eperiênca das pessoas e das coisas como se a vida virtuosa eigisse que se vvesse cadamomento como se o mundo fosse recriado novamente e nenhum momento tivesse quaquer coneão com quaquer outro momento cadaminuto cada segundo cada fração de segundo ontologcamente separa

dos Em certo senido sem dúvda é de fato uma grande virtude reter ahabidade de se deiar surpreender novamente peo mundo e não cartão panado pela eperiência e peo cansaço da carne de modo que omundo se torne previsíve e aborrecido Mas caso encontrássemos umhomem que epressasse espanto por janeiro estar mais frio do que juho

19 Dnç Rc (P Se Ru) Ilcá Ndd de d Dcnç 91

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(o Hemsféro Nore) e que ississe em hamar a ossa aeção paraesse fao exraordirio omloíamos o míimo omo um oo epossivelmee omo um ouo O modo mais eciee de se orna umhao disse Volaire é dzer udo ou seja supor que nada pode sedado omo sabido Um homem que ão deixa ada de fora é no nadas onas um homem que não dz ada

92 Em d P A d d h d Pbd

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luga qe se descobissem ali m esupador ou molesado sexa elesse seniiam obrigados a maálo Paece quase uma segunda nauea mana que os ciminosos sexuais em odos os lugaes seam objeo doescánio dos deenos

egunei a m deeno que ina me dio isso po que ee se seniacom amana obigação e o diálogo coreu mais ou menos da segineforma

Poqe eles inerfeem com as ciancnas E você em os? pergneiTrês ele respondeu Quanas mães?

Tês ele dsse E você ainda vê algum de seus os? Não esponde or que não? oque o novo namoado dea não quer que eu veja ee disse E povavelmene, as mães de ses os eão mais do que um novo

namorado nos póximos anos? Sim ele dsse. E como será que esses namorados raaão os seus los?A quesão esava colocada Emboa não ena ecebido edcação for-

ma, o deeno mosrouse plenamene capaz de apeende as impicaçõesde sua esposa (E nunca acediei mio na suposa baixa ineigência

dos deenos, a qual suposamene os ornaia incapazes de compeendero signcado de suas conduas e que porano, os coocaria m pocoacima, do pono de vsa da esponsabilidade moal dos menores de da-de) O fao de o deeno er admiido que ele criaa as condições mesmasnas quais as suas crianças povavelmene seriam abusadas, sica ou sexuamene, ou ambas as cosas e que essa admissão pôde ser exaída dee

por meio de quesões muio simples, paa as quais ee mesmo foneceu asresposas com pouca resisência e sem o acéscimo de novas infomações,sgeule que ele foa cúmpice na ciação de exaamene os mesmospos de crme que ele agoa desejava puni exajudicialmene ncdenal-mene a siuação raz à luz ouo aspeco sobre a visão que em o deeno

94 Em s o Pcoo -A cdad d T da Pcobda

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sobre a ecácia e a jstiça da nição A m de não deiálo desolado edizia qe emboa o assado não ossa ser deseito o to ainda ecisaia se constído e qe ele odea ao menos garanti qe nnca maistaa ao mndo ma ciança qe ele abandonaia ara os absadoes emolestadoes nfantis e foma bastante emocionante o detento me diaqe tdo o qe seme qs oi constit o tio de família estável e convenconal qe nnca conecera e de cjas econdições ele não tina ameno noçao

O nosso eqeno diálogo foi estabelecido aa a sa róia satisfação e evelo qe a sa condta (como também a condta das mães deses los e las) foa eqivocada e qe no ndo do se coação eleseme sobea esta eado Caso contnássemos o diálogo alcançaíamos sando o mesmo método concsões qe seiam ao mesmo temoóbvias e eveadoas (ma estana combnação de qaidades) escobriíamos qe todos os anseios e desejos hmanos mesmo qe smltaneamente eistentes no mesmo eto não odeiam se mtamentecomatíveis e qe a ealização de cada m dees imicaia a fstaçãode oo Em otas alavas qe te ma vida dedcada à satsfação dosazees sem ma contaatda de stação sea mossvel e qe seiaseme necessáro escole ente azees dstntos e as sas devidas e conseqente fstações esejamos ao mesmo temo segança e aventamas não odemos têlos de ma só vez já qe não é ossível aventasesem ceta dose de inceteza e a segança imica eatamente o contá

io. Qeemos também smltaneamente bedade sea e a ecsivaossessão seal de m teceio mas não odemos te ambas ao menosnão qando otas essoas qeiam a mesma coisa e tamoco sem maboa dose de iocsa bera o qe em agmas ccnstâncas ode setona se não eatamente ma vtde então ao menos não tão danosaente ma ama ossibildade de vícios aenatvos

e qaqe foma o detento comeende sem qaqe dicdade qe não está ceto abandona ma ciança (caso algma cosa esteja eada) e qe elo menos agmas de sas angústias advnam dese acasso em agi conome esse entendimento o qal no sentdosocátco seme estvea esente de qe aveia limitações ineentes

20 A ão do coct No Bo m Mm 95

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à stisfço dos petites Ée compreenderi que querer er tudo e omesmo tempo simplesmente no é um possibiidde umn, e quese comportr dess form conduz o desstre, tno pr o indiíduoqunto pr sociedde

O que teri permitido que esse detento gisse conorme ess ins-tinti embor sosticd preciço de que o prer no pode estrdesssocido ou que os direitos no podem ser precidos sem os de-idos deeres, seno o preconceito e s pressões sociis que lhe dermcertos pdrões indiscutíeis? A presso socil no é o resultdo de milhres ou milhões de pessos terem pensdo ou rciocindo sobre questõesenolendo princípios primeiros o término ds quis por forç rgu-mentti chegrm à mesm concluso do preconceito socil queprendemos desenoler irtude socil O pensmento metsico e reeo chegm depois

clro, no há nd mis fácil do que demonstrr que o tipo de preconceito socil o qul me rero pode por ezes ou mesmo frequente-mente ler terríeis mniestções de intolerânci e sus decorrentescrueddes O leitor, estou certo poderi fornecer muitos eemplos pró-prios; históri do mndo infelimene, nos ornece um imenso mterilness questo. Ms um cois é dier que este ou quee preconceto éreoltnte ou etremmente dnoso, outr cois é dizer que podemos nosirr sem bsolutmente qulquer preconceito Hi no pssdo, oper-ções cirúrgics que csm mis dnos do que benecios e sem dúid

isso ind contece em lguns csos ms certmente no á motios pelosquis humnidde deesse brir mo ds ntgens sldors d cirurg por um questo de princípo

Como contece com requênci, embor nem sempre o doutor ohnson tem lgo profundo dizer sobre questo d poderi estr misdistnte d sensibilidde modern, com su insstênc de que em cd

momento cd crumento n estrd d id, o indiíduo de permnecer sozinho como utocrço totlmente originl, do que combinço do doutor ohson de honestidde cru, profund introspecço e umrrigdo senso comum nguém desconri que fltsse indiduld-de o doutor ohnson ou que fosse tomdo por um cego conformismo

96 Da o Pl a I Po

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e fato, sera fcil pensar nm inivo mas stnto o qe ee Noobsane, em sa via e Jonahan Sft, o otor ohnson aceta a eaa atoriae estabeecia para a arefa e examnar a sa conscência esa esejosa excenrcae e personalae e e opino

A glre [eree o oor onon, ea qe pl epreo pel pra gerl one coo po e e-ao a prooar o e a ole o rclo qele, por-ano qe e ereg oporteno pelre por o qe ooro ao ele no proe er o onrro

importane nor qe o otor Johnson, embora conservaor, no é

reacionáro Ele no esá sgerino qe no seja possvel melhora algmanas maneiras e nas opniões o qe qaqer esvio as crenas e práicaso pasao seja nerentemente repreensvel Toava, ee evanta ma pos-sbiae e reformaores e mtos tpos se mostraram insposos acontemplar qe a mana poe ser tanto para por qano para meor,e qe vontae e exbir orginaiae e e jgar to sob a z e a

opino própria sem qasqer nterferências, revela ser, mas commente, a anfestao e m egosmo malgno o qe m eseo gennopea verae o por ma boa via claro, o esejo pela verae poeestar fno, tavez sempre o este a, sasfao o ego No mais acrei-tamos no solro, esnteressao bscaor a verae centca o Livroa Natreza o qal se enconra esprovio e abio pessoal, mesmo

qe sea apenas para mortalizálo (qo menos pesqias centcas seram pblcas caso fossem fetas anonamente Aina assm, mesmo qe no mas acretemos na exisência e pessoas completaente esprovias e ego, aina acretamos na existênca aqelas absoltamenemovas pelo ego, exclinose qase to mais

Portanto ejeitar o preonceto e as eias recebias poe ser bom,

mas no é m bem em si

20. A R�j d Prt Nã a Msm · 9

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21 A Impssbae a ene

cm Fha em Branc

uitos lósoos um númro crscn d nurobólogosqusionaam a toia da tbula rasa sgundo a qual o céboagiria (ou num mundo dal limo d concçõs r

concos ossivlmnt oda agir) uramnt como um calculador

com bas nas vidências assvamnt arsntadas a l ato a bularasa nunca o muito ralsta Tomandos o tamano rlaivo do omm aqul do mio ambin no qual l viv lda uma slo ara ondorinta a atnço oi smr ncssria anas a mnt d us odaarticia igualmnt d tudo d uma v

Agora ou a slço da atnço é alatória ou no é Mas a alato

idad diant das qustõs a sm tratadas é nrntmn mrovvl dntr os muitos motivos ncluis aqul qu indica as qustõs dsobrvvência S o omm no tivss sido conduido la natura adistnguir ntr o rugido d um lo som d su róio caminar sa mrovvl qu l tivss alguma v dixado a savana (ou msmo atvss alcançado) m outras alavras o omm como outas craturas

dv nasc com rconcitos fao claro sss rconcitos haw, na trmnologia cont não

s manstam na orma d oosiçõs tais como aqulas qu dimqu todos os judus so msquinos qu todos os muçulmanos sãoanticos Msmo a anls d Kant da ncssdad (isso qur dir da

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necessidade osóca ou metasica, não da social) de ideias a  p quenão seam meros truísmos ógicos não sugere que essas ideias operem namente das pessoas por meio de proposçes conscentemente adotadas eaceitas como erdadeiras Essas ideias a p que na isão de Kant consti-tuem uma precondição para qualquer ensamento, podem ser colocadasem orma proposicional mas Kant nunca sugeriu que, até que ele esseisso, o ser umano procedera dessa orma

Muitos outros pensadores consideraram a questão sobre as propen-ses ou preconceitos com os quais o Homem vem ao mundo Adam Smit,por eemplo, que por vezes é tomado como o apóstolo do egoísmo, oium lósoo moral antes de ser um economista poítico, e ele erigiu umsistema moral baseado na inerente propensão umana de solidariarsecom os outros seres umanos Todo e qualquer omem, ele arma noiníco de a d Sntmnt M partia de sua empatia.

Segundo Smit, oi desse ato bruto da natureza umana um atoaortunado, mas um ato de base, não obstante que deria toda a moral,em rimeira instância Ele escreveu setenta anos antes que o psiquiatra e

antropólogo britânico ] C Pricard atraísse a atenção pela primeira vezàquilo que denominou de insandade moral (ou o que, até alguns anosatrás, era camado de psicopatia, antes de se tornar socopatia, desordemantissocial de personalidade, e então transtorno de personalidade antisso-cal , sem qualquer aumento na ompreensão real) uma condição na qualuma pessoa parece carecer undamentalmente de qualquer empatia elas

outras, que Smt declara ser universal Isso, todavia, teria alterado aenassutimente a isão de Smit, pois a insanidade moral denida por Pricardora concebida como congênita ou adquirida em dcorrênca de danoscerebrais em outras paavras, era em s um preconceito (ou ausênciadele), o que demonstrava que a moral seria um enômeno natural, e nãometasco e, muito menos, sobrenatural

Mais recentemente, o lósoo da ciência, Karl Popper, o qual ganounotoredade por seu critério de alseabilidade de teorias cientícas e nãocientícas, negou que pudesse aver quaisquer percepçes préteóricas,muto menos armaçes m outras paavras, cada percepção, e cada ar-mação a respeto do mundo, tina preconceitos embutidos na natureza

100 E f do Prcnit Nssdd d T l P>i

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de pressuposições eóricas mesmo que esses preconceios ossem n-conscienes e não reconhecidos Naisão de opper !Ç1ii ' , .. sempre corrigível embora presumidamene apenas por oura evidência'que fosse igualmene carregada de eoria ·ia mais : alcançar uma verdade livre de pressuposições Se ele esava cero ou não arespeio disso impora menos mas de fao é como se a busca daquilo queos ósofos posiivisas chamaram de na - os áomos eemenaresindiferenciados e descaracerizados da experiência sensorial dos quaisse supunha que odo o conhecimeno humano era composo perdessecredbiidade, e esivesse hoe em dia verdadeiramene ulrapassada es-quisas conduzidas nas décadas de 9 5 0 e 9 60 pelos neurosiologisasHube e Wiese no córex vsua dos gaos esabeeceram que os neurônios se enconravam diferencialmene predsposos para reagir a derenes esmulos no meo ambiene Além do mas a pascdade neuronaldecnava em razão da dade

esmo que seja verdade que nascemos com ceras predisposiçõespreconceios, pressuposções e propensões, odavia isso não impca queas nossas vidas esejam predesnadas ou predeerminadas, uma vez queessas caracersicas podem ser dadas de disinas maneiras Ninguém háde supor que a capacidade inaa de uma pessoa para aprender a faar deerma o que essa pessoa de ao dirá; sej a lá o que for inao so é não éa mesma coisa que um lquido denro de uma garaa, ncompressíve Anoção hdráuca da emoção humana há muio empo é um ema favoro

enre aqueles que negam a necessdade de auoconrole Eles acrediamque ma pessoa não apenas nasce com uma capacidade para a volência eagessão mas que ela em uma quandade xa desses senimenos denrodela, que precsa ser expressa de uma orma ou de oua anes que a pes-soa impoda ou expoda ave, o pono mas ao dessa crença enha seexpressado na declaração de um homem que acabara de assassinar a sua

amane "Eu inha que maála douor, ou não sei o que poderia azer A noção hidáuca na propagação da qual um freudianismo de

segunda classe eve sem dvda um papel mporane ignora o efeodo hábo não apenas na exerorização das emoções, mas na experiêncarea da emoção Um homem que habiualmene expesse cóera de forma

\ Impbdd d � :lha B 1

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desinibid logo se encontrrá encolerizdo por qulquer cois Aquelesque creditm que tods s pessos têm um quntidde de gressãodentro de si creditm como consequênci que dissemnção de umimginário violento (em lmes e n televisão) conduzri um declnion violênci rel um vez que violênci dentro de cd pesso seri des-crregd (como eletrcidde estátic pr mudr metáfor sic) pormeio de ctrses As evdêncis certmente sugerem o contrário verd-de que dultos já completmente mduros não se tornm mis violentosem rzão de ssistirem cens volents n tel ms os que s veem desdepequenos  aã mis propensos contrrem comportmento violentodo que queles que não veem Aquilo que se tin como ctártico é nverdde provoctivo

clro estmos lidndo com generlizções esttstics e não cor-respondêncis um um Mesmo n pior ds socieddes nem todos serãomus Nem tods nem mior ds crinçs se tornrão violents sob inuêci d volênci que veem ns tels A nc sociedde que coneçod qul foi legdo que quse todo mundo er irremedivelmente mucruel vgtivo e insensvel foi dos um trbo de gnd descrit nolivro Th Munan pl peo ntropólogo Colin urnbull Ess tribo primtiv se é que ind é permitido usr esse termo foi orçd por um sériede circunstncis der su terr ncestrl e viver num território ostle estrno Como resultdo os membros d tribo se tornrm totmenteegosts já que pssrm se preocupr eclusivmente como su sobre-

vivênci pessol Aqui verddeirmete tnmos um mundo obbesi-no no qul vid er um guerr de cd um contr todos. Os los rimcom morte de sus mães isso qundo não erm eles têls cusdo pisobservvm os los morrerem de fome com equnimidde e té stis-fção O sofrimeto do outro er mio e nic fonte de divertimento pr os urnbull em situção ncomum pr um ntropólogo cbou

por odir s pessos que estudvAqui prece tnmos um povo que perder o seu preconceito e

sus ideis preconcebids sobre o certo e o errdo O resutdo não foedicnte

102 E fs do rno A Nidd d s r as Prnas

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22 O Ideal de Igualae e

Oportuniades como Conceito

Necessário para um Mundo semPreconceito

D

epois de seu falecimeno Turnbull foi oporunamene acusadode impecsão por ouros anopólogos. Talvez por esarem maiscompromeidos com a ideia do bom selvagem do que ele, por

ano mais inclinados ao ceicismo diane das descrições da ignomína dos

selvagens esses anropólogos armaram que Tunbull não alava o idiomaIk e que poano, não pudera inerprear correamene o que esemunou. Longe de serem os monsros desumanos reraados po Turnbullna verdade os Ik eram dóceis, compassivos e amáveis. Essa dvegncia deopinões parece quase inacrediável; mas caso os críicos esivessem ceros Turnbull caluniaa oda uma ibo enre cuos membros ele alegara não e

viso um só ao de genilezaMesmo como mero expeimeno do pensameno, odavia ou comodisopia ccional, o livro de Tunbull ineressane e insruivo omosera uma sociedade na qual as pessoas perdessem ineiamene os seuspreconceios em favor daqueles radicionalmene chamados de os "masqueridos e próximos e fao exaamene esse o ipo de socedade

que aguns lósofos da moral recomendariam Enre eles o mais clebee ainda vivo seria o poessor Singer de Princeon que alcançou poe-nncia inernacional com o seu lvro L ibeação Anmal] esde a Singer chegou a deender o infanicído em casos selecionados,e acredia que alguns sees humanos seriamene incapaciados seram

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menos merecedores de desruar de considerações morais e de proeçãodas leis do que ceros anmais.

Aos olos do racionalisa as pessoas não apenas nascem iguas masprecisam ser raadas igualmene sse raameno não deve ser apenasormal perane a lei mas deve resular em igualdade de resulados pois caso conráro, a proclamada gualdade se orna raudulena Analde conas, é de ao inegável que em muas siuações um mlonário seráraado de orma dierene com mais consderação e deerênca do queum pobreão A única orma de garanir que uma derença como essa nãopersisa assegurar que não aja mas milonários e pobreões

Inelizmene a derenciação enre classes começa no nascimeno oumesmo anes (m prol da argumenação realmene não impora se associedades se enconram dvididas em classes claramene demarcadas ouse eise apenas uma gradação do mas baio para o mais alo Tudo o queimpora é consaar a presença da desigualdade como obviamene ocoreem odas as socedades auais mesmo nas mais igualiarsas ise umaendência esasica mesmo enre as sociedades modernas com mais mo-bilidade social e meriocracia a nos normar que as pessoas erminam naerarqua não muio longe do pono de onde nasceam a despeio dasmuias eceções Para os igualiaisas enão não é mas suciene que nãoaja barreias legas ou mpedimenos ocais para a mobldade soca em qualquer direção é claro embora o descenso socal seja um enômenomenos esudado do que a ascensão mpoane recordar que a ascensão

de algum não implica necessaramene o descenso de ouro eceo numasociedade de coresãos.

Os gualarsas alvez neguem que eam gualdade de resuladosmas eles êm a maior dculdade de especicar eaamene qual grau dedesigualdade les parece aceiável sse o movo pelo qual eisem anos esudos que eaminam a desgualdade sea de renda ou de ouro in-

dicador qualquer e qualquer aumeno na desigualdade será lamenadocomo evidência irreuável de que uma injusiça fo comeida. Sem dúvidaesse é o movo pelo qual nunca se vê a consaação de um aumeno nadesigualdade como algo a ser elogiado ao epresenar um aumeno nausça do méro, como alvez osse o caso não quero dizer que deva

104 Em Defrsa d Ncidad d T Ida Pconbda

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ser se a justça tiesse ago a er com recompensas e penaidades peaconduta inddual

Não seria um despropósto dier que em meu própro campo, a medicina instaouse uma obsessão pela desiguadade de resutados comoum bem em si mesmo Não há semana sem que os periódcos médicosnão conoquem os goernos para que insituam as mas drástcas medidascontra os grupos que desfruam de uma saúde muito melhor do que ou-tros or exempo, em países desenoidos como a GrãBretanha, a taxade mortalidade infantil (o número de crianças por milhar de nascimentosque morrem anes de completar um ano) do seor mais pobre da população é o dobro da taxa do setor mais rico Os adultos da classe mais rica

também têm idas mais longeas e saudáeis do que os mais pobres , e ape-nas metade dessa diferença é atribuda aos maus hábitos como o tabagis-mo. Sabendose que o mais undamental dos direitos humanos é o direitoà ida, decorre que uma diferença na expectaia de ida acompanhada,como sempre acontece, por diferenças de morbdade e são pouquíssimasas doenças agudas ou crôncas às quais os pobres não estej am mais suscetí-

eis do que os ricos congurase uma situação na qual haera a negaçãode um direito básico, e que, portanto, precisa ser eliminada

Todaia, se a igualdade fosse um objeto desejáel em si mesmo,seria uma questão indierente saber se a igualdade de expectatia de idapoderia ser alcançada com um aumento da expectaa dos pobres ou coma diminuição da expectatia dos ricos claro, o ódio aos ricos é uma

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emoção muito mais forte do que o amor aos pobres nenhuma turba enfurecida jamais passou por uma cidade à procura dos pobres , para os quaisela daria as suas posses Mas , sej a á ufr margua ou o ressentimento - � - .. ,

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que possa estar escondido no coção, nnhum respeitáel médico blico jamais buscou promoer a morte dos icos como foma de alcançar a .. 

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igualdade na expectata de ida O camin é e_ar s brsr cma, -

_ . -

até o padrão dos ricos, mesmo que na prática isso sgnique expropriar osricos por meio de pesados impostos.Recenes tentatias de se promoer a plena igualdade, tanto econô

mica quanto social, não foram competamente felizes, todaia e ato,essas tentatias tieram como reutado as piores atrocidades da história da

2. O l l Otu á . 0

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humandade A mas radical enre elas foi a do Khmer Vermelho no Cam-boja e o Sendero Luminoso no Peru comeeria arocidades semehanesembora em escaa muio maior caso no ivesse sido derroado. É umaqueso em abero saber se por rás do anseio por igualdade escondese oanseio por poder Tudo o que pode ser dio é que sempre que o anseo seexpressa de maneira nransigene os horrores mais aroes adviro

Os ideas políicos (ou ao menos nominalmene ideais) so duros demaar; as pessoas se mosram reluanes em dessr daquilo que pensaramser um dia uma boa ideia e modo que o ideal de iguadade foi reinven-ado como ideal de igualdade de oporunidades Na vida ninguém devenascer com diferenças nas chances de êxio mesmo que por um acidenede nascença E para que exisa uma socedade na qual haja uma real iguadade de oporunidades a eminaço do preconceioincuindose aqueaem avor dos próprios lhos será requerida

6 E sa i Nie s eas i

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23 A gudade de Oportunidades

E nerentemente Totatára

nfezmente caso sea seamente adotado e itealmente ncopoa-do esse dea não será menos terve em suas mplcaões do quea gualdade de resutados Nenuma reexão prounda será neces-

sáa para perceber que os pas são em qualdades importantes muto

diferentes ente s e que essas quadades tendem a nuencar os osembora não se possa ter certeza de que isso de ato ocorrerá. Alguns paisserão altamente cultos e dsporão de boas maneiras ao passo que outrosdesprezarão as formas de realzação acadêmca as quas serão tdas comosupéruas ou coisa por e anda poderão ser extremamente grosseos(O omem cuto pode ser grosseo é clao e aquele com pouca educaão

poderá apresentar boas maneiras)Apesar dos avanos tecnológicos a mente umana está além de nossa

compreensão e permanece imprevsvel um pa rude não produzirá ne-cessaramente um o rude como o contrário também vale. onsttui seuma das glóras da conscênca que os seres umanos seam capazes de reetr anto em razão de preceios quanto de exemplos e consequentemen-

te serem aptos a fazer mudanas Mutos pacentes meus explicam o seu · mau compotamento como a volênca contra as muleres por exemplo ·

peo fato de terem testemunado esse tpo de comportamento em casadesde que eram cranças; outros se abstêm por oror da mesma violênciacontra as muleres exatamente peo mesmo motivo

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nda assm não dá para ngar qu grsso modo, os faos rlatvos aougar ao momnto às condçõs nos quas algum nascu xrcm f-tos sobr a vda da pssoa nclundos os caminos scoldos ão darapara sr d outra manra Caracrzas como um dos grands rros dopnsamnto socal contmporâno ou ao mnos aqul xmplicado naspolíticas govrnamntas lgr o aspcto maria ou conômco comoo mais mportant no tocant ao ambint no qual as cranças nascmo qual srá tdo como o fator qu mais nuncará nas cancs d vda. ausênca d crtas prtnças matrais consdrada como uma trrívlprivação ao passo qu a imundic moral a insabiidad mocional sãoatribuídas somn à pobrza maral. Dssa forma a nca soução aprsnada srá a moria das crcunstâncias matriais nas quais as crançasnascm at s tornarm iguas

odava as pssoas qu pnsam dssa forma o fazm assm porquformularam a prgunta rrada ou porqu olaram plo lado rrado dotlscópio. Prguntam d ond vm a pobrza m vz d qustionarm aprocdência da riquza Da msma forma podria sr prguntado comofo constituída a ignorância m rlação à crurgia cardíaca m vz d comofo grado o concmnto a su rspito como s a crurgia cardíacafoss uma ativdad naural aos omns m su stado mas prmitivoo pnsar pobrza como raldad ntrigant mas cdo ou mas tard cgarsá à concusão d qu a pobra causada pla riquza Em cro sntido sso vrdad: um omm com um patrimônio d $ 00 mlõs

srá ratvamnt pobr m comparação com outro com um patrmônod $ bilão Mas a riquza nquanto tal a convrsão d uma crscntprosridad a partir dos matriais da naturza não pod s apoar napobrza. Msmo a riquza xtraída do trabalo scravo drvada d umafundação d idas não apnas a rspito da actabdad socal do tra-balo scravo mas m rlação a como quais srão os bns produzdos

ngum tra plantado algodão usando trabalo scravo caso não ssoubss como álo Msmo no pior dos ssmas algo qu vai alm damra xploração ncssário para a produção d rquzas quo quo saqu a mra xploração podm fazr dstrur a riquza nbr osu crscmnto s não consgurão cra rqua xcto para alguns

8 E f nc A dad r d on

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indivíduos Quando Bill Gates fundou a Microsoft, tornandose em seguida o omem mais rico do mundo a quem ele empobreceu? Certamene,não a mim, embora a mina riqueza sea somente uma diminuta fração dadele, mas que, ão obstante, é maio do que seria sem ele

Smplesmente não é plausíve sugerir que o nosso sistema econômco,imperfeito como é, sem dúvida, se assenta sobre uma fundação de exploração e saque no entanto, as cances de vida das pessoas são desiguaisComo isso se explica?

Na cidade brtânica na qual trabalava ava o mais óbvo e evidentefato os los de imigrantes siks e indus prosperavam rapidamente nasociedade Por outro lado, os bancos pobres , com os quas po um tempoeles compatilaram as áeas urbanas empobrecidas e deteioradas, estagnavam. claro eles eram mais prósperos do que aviam sido no passado,mas apenas porque a sociedade como um todo se tornara muito mas ica

Quais seriam os fatores envolvidos na diferença ente as crianças desses imigantes, de um lado e a dos nativos de outro Anal de contas, osimigrantes cegaram com certas desvantages Eles eram muito pobres, ao

menos para os padres do país ao qual cegaram e muios não falavamo idioma, ou não o falavam bem Não tinam abilidades possionais etampouco educação superior Além do mas, não eam particulamentebemvindos pela população em gera Na vedade, foam impostos à população por um goveno (cuos membros não teram que viver com asconsequências diárias dessa poítica) que os via como resposta imediata

paa um problema econômico particular isto é, a falta de mão de obabarata Gestos e mesmo atos de ostilidade contra esses imigrantes não foram incomuns Não obstante eles prosperaram, ao passo que a populaçãonativa (falando em termos relativos) não o quê?

Eles tinam duas ou possivelmente tês gandes vantagens vis-àvs àpopulação local A primeira dispunam de um forte preconceito coetivo

favorável à importância da famla Esse preconceito, que estivera sob umacirado e prolongado ataque ideológico no Ocidente, não mais existaentre os membos da população local Ele fora substituído por outro peconceito todas as formas de vida familar uma constante rotatvidade doelenco familiar eram moral, emocional e socalmente iguais Em geal é

3 A gud Opotu � Inrnn Tlár 9

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muto ms fácil substtuir um bom prconcito por um ruim o qu ocontrário tlvz isso ocorr (flo qui como lguém sproio crn-çs rligioss) porqu o corção o omm s inclin mis o ml o quo bm mis à gu o qu à morção o óio o qu o mor à r-guiç não à inúsri o orguo m vz moést ssim por in

No ntnto mbo um for ligção com fmíi s provvl-mn um conição ncssári sucsso soc m grn scl (issoqur izr não purmn num scl iniviul pois smos fno gnrlis não bsoluos) forç ss ssocição é qus cr-mn insucin. Srá ncssário qu s pssos m qusão mbémcrim no vor o sforço ucção qu vivm num soci-

sucinmn brt moo qu os sus sforços uccionispossm triunfr sobr os obstáculos is como o prconcio rciros um vz qu um crnç tão vios s i mis m cont por crosgrupos o qu por ouros é provávl qu s rt mis um prconci-to o qu um opinião profunmn ri bs num xmcuioso s viêncis

Os brncos pobrs inm um opnião ifrnt vivim num so-ci tão inust sclros qu n qu zssm por mlorr su conição ou promovêlos pr cim n sc socil Não éprciso zr qu ss iu não iri conuzios um sforço consruivo ão vou flr nurz sicologicmn rconfortn umtiu ou crnç como ss ou como l usic scup por nt-

cipção o frcsso prmitino qu s pssos nconrm colimnton i qu form inusiçs qu s sus vis rim sio muioifrnts s tivssm mis sor Não obsn é um ii mp irrtimn o

É clro é possvl cohr viêncis toos os prconcios rxplicr s ifrnts rtóris os ois grupos ms é uvioso sbr s

lgum viênci consguiri ou msmo pori impor um rgumnoirrfutávl su fvor forçno o bnono os prconcitos opostosUm vz qu os imigrnts ininos prosprm os nivos s ncon-rm socimn sgnos mbos os grupos srão cpzs ponrs viêncis su própri xpriênci m fvor su visão muno

1 1 0 E Ds do dd d s ldi cds

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Para quem acreia na inusiça a socieae será sempre possve aponacasos e mérios que não foram recompensaos a mesma forma sempreserá possvel àqueles que creem no valor o esforço pessoal aponar casos e riunfo mesmo iane as mais severas circnsâncias É a visão e

muno qe eemina a escolha as eviências não o oposo.Agora caso sej a aceio qe uma visão e muno heaa ou preconcebia afea aspecos imporanes o comporameno os quais por suavez afeam as chances e via e uma pessoa ano qano ou aé maiso qe a sa posição inicial na escala econômica os qe reamene acreiam na igalae e oporniaes conclião qe as visões e mno

ambém everão ser eqiparaas E a únca forma possvel e se fazerisso seria ao se garanr que nenhuma criança cescesse com preconceosisinos aqueles heraos por qaqer oura crança isso equivaleriainsilar em oas as cranças não a ausência oal e preconceios pois issoseria impossvel mas os mesmos preconceios ma empreiaa comoessa exigiria a aoção e méoos semelhanes aos escrios po AlosHxley em Admv Mund Nv A realização e uma complea igaae e opornaes o qe emanaria a eliminação os preconceiosprejiciais necessaria e ma ara oaliária mais errivelmenepormenorizaa o qe qualquer ora já visa. Tonaria a realização aigalae e resulaos ao menos em ermos maeriais algo parecocom um exerccio em liberae

Não consii objeivo insensao o impossvel esabelecer ma socieae na qal ningém se veja negao e oporniae em razão e bar-reiras formais mas ma socieae ão livre e preconceos e moo qenão seria permiio aos pais se preocparem mais com o bem esar e seuspróprios lhos o qe com o e qalqer ora pessoa e qe realmenenão senissem essa preocupação implicara a insauração e um horrorqe esá além os poeres e escrição 9 _<ceio e

manenção a mas elemenar nia · ·

2:. A Iuldad d Optudes Innm tliáa 1 1 1

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24 A ompleta Rejeição da/

Autoridade E Egoísmo

ideal de uma vida em preconceio eereóipo preconcep-õe e auoridade preexiente é no obtane conideradoapropriado de ao algo nobre Nee entido a noa própra

auoridade moral obre udo deveria contituir o noo mai alto obe-

ivo Ea ideia no é nova No meio do éculo XIX o romancia ruoIvan urguêniev cunhou o termo niilimo para decrever ea pouraEm a e Flh publicado em 8 6 o peronagem Yevgen Bazárov re-eita oda e ualquer auoridade ou crena herdada e favorece omeneaquela coia que pode provar com o própro olho ou deduzir defato que conhece

Bazárov é um novo ipo de homem na Rúia Pela primera vez nahióra rua a educao univeriária etá e epalhando para além dorerito crculo da alta ocedade e da aritocracia Bazárov um eudantede medicna , acredita na ciência e em nada mai Ele faz uma viia à caado pai de eu amigo e dicpulo Arkad Kranov o qua o pequenoe abaado proprietário de terra io de Arkady avel Kiranov é um

ariocrata da aniga ecola o qual anipatiza de cara com Bazárov E e nor Brv ue ee é xaaente ee veKrnv ni ebene É niili rpne

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? Nk v [ Ak

v]

Nk v. v ,

h , , [ ]

. . . v [ . . . ]

bv A

M x ? v v.

N, .

í ,

v.

Ma adate ma av, gaá tat Aa

quat Bzáv

N [ . . ] -

í .

b v ?

,

Ak

v v N

v .

?

Bazáv teá um a ez ee pga t e um amps qe m-

ea a eça e qua ealz uma atópsa esecessáa. Ee me

te e eamete cmpeee a ae e seu chamsa mateas-

m ate a va

A attue e epú e Bazáv que sup qe em utstems sea chamada e sbeba esptua he se m eôme

e massa a mes um q está bastte ssema Eu expemete

m mmet patcamete evea esse tp de epúd ate

m v a gatea paa ub A meu ad setuse uma vem

4 Em Dfs do Peoo A csdd d s Tr Ids Pocidas

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funcináia pública ilandsa a qual nu qu u lia um liv famsOdn Auhy [Obdiência à Autidad d anly Milgam fams psicólg scial naican qu mu jv m pa acusa alta s sus háis d vida Em su liv Milgam dscv sxpimnts qu cnduziu a m d dmnsa qu as pssas cmunstcuaiam sm qualqu ua cmpulsã a nã s a psna duma gua supsamn d autidad um cmplt sanh A funci-náia m diss qu a cscid na Ilanda sb a utla d f da IgaCaólica clcavas cna qualqu fma d autidad.

Tdas as fmas? pguniTdas as fmas spndu Ela stnava pcisamn a insci

tívl cmpstua qu Tuguêniv diz mana d Bazáv Enã vcê nã s impaá pgunti s u f aga à cabin

d cmand ds aviã assumi s cns?Iss passu a s (acdit qu p s uma qusã vida m

paa la uma qustã cmpltamnt din A autidad d pi sbasava m cnhcimnt xpiência appiada cticaã

E qum pguni cica cnhcimnt a xpiênciad pilt?

A spsta a óbvia pssas cm ainda mais cnhcimnt xpiêcia Mas camnt, pgunti, iss acabaia lvand a uma gssãinnita qu, nst nss mund impfit, tia d paa m algum luga? cla Estad havia cnsidad ud iss dcidid qum cnstituía a

autidad cmpn Mas d nd Esad cbia a sua auidad? nós pv é ca as qum ns du a nós pv, autidad? Bmstá inscit n Liv da Natuza Mas, assim snd cm é qu iss idscb ã tad na hisóia da humanidad? Cm iss scapu dpssas cm Shakspa Nn, Bach, s quais am n mínim tãdads quan nós?

Essas am qustõs pfundas paa um v cu as cu clapaa mim qu aqula pssa qu s dizia cnáia a tda qualquautidad a na vdad smnt cntáia a algumas auidads,aqulas d qu dsgstava A auida qu la almnt spiava é

cla, a a sua.

Cp Rçã Egím

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25 Precncet, um

Requeriment da Benevlência

O

deseo ou impeativo moal paa se vive sem pecoceos oueseeóipos se oou amplamee dissemado Esteeótposegativos em paicula dão oigem a setimeos de cupa

Niguém se peocupa com o pecoceio que sugee auomaticamete, que sehoas com atie e caelos azuados povavemete ão os ouaão a ua

ão os eseeóipos egaivos que os icomodam, e povocam uihões em ossos pesametos. São atos os esteeóipos que se mosaam falsos, avilaes e cuéis e que foam usados como usicaiva paaoda soe de iusiças e abáies, que a pópia ideia de eseeotipa

qualque gupo egaivamee foi desacediada Não faz muio empo, oscheses eam cosideados po muios ocidetais como uma sociedadeatoada a letagia, com uma atueza tão metamee tope que ucasaiiam do ataso Agoa, caso se diga algo a espeito o pecoceito deuuma guiada de 80 gaus Os chieses aalham tão duo que domempoucas hoas e têm mais chaces em azão de seu melho equipameo

metal e detemiação de feo de teem êxito em domia o mudo opóximo séculoO médico e cietista bitâico Road Ross, descoido da tas

missão da maláia pelo mosquio (o que lhe edeu um pêmio Noel) ,ambém ea poeta. Em seu etoo paa a dia ode ascea depois

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Em meu tabalh línc na nglatea cnhec uma gande quan

tdade de pacentes que ou f vítma ou algoz de cueldades eíves cla, eu vaaa po mutos países que estavam em plena uea cvl, e

já saba alguma cosa a espe da desumandade d hmem paa cm o

semelhante, mas nada me pepaaa paa o nível de volênca exema nas

elações pessoas que enconte num país que gozava de um sustentado

cescmento econômco e de uma pospedade sem pecedentes

etemadas polícas do stad avam cotbuído paa a cação

desse mcounveso hbbesa que testemunhe om po exemplo

a elmnaão da pópa dea de escassez pela polítca de bemsta so

cl pomooa de beneícs Mas nem mesm a mas feoz cítca dessas

polítcas pdea sustenta que o compotamento que testemunhe fa

povocad pelo goveno, e mut menos po ele exgdo O que eu va

conmava o que acntece com a conduta humana à n1edda que a ex

gêca paa se confoma às esções socas edadas não mas exste

quando tu é dead a capc dos ndvíuos, nclusve o se cm

potamento O esultado é um neno ubano

roo, Rqn d Bnln 19

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26 Os erríves fes Scas a

se annar ers Precnces

equntemente, cm mencine, eu ea cnsltad p muhees

que havam sid abusadas p hmens Nã qe diz agumas

pucas mulhees mas mlhaes deas ambém fui cnsultad p

mhaes de hmns que sfeam abuss de muhes assim cm p

muhs qu abusavam de hmns (p abus, qu dze um tp dvlênca que se cmetda em públic cndziia à pcess udcia e

sentnça de pisã) Cnheci muhees que fam algmadas m pat

as u que fam aastadas p cabel scada abai u que tivam s

sss ds antebaçs estalads cm eles cstumam dize, e qe fam

suspensas das sacadas pels calcanhaes

Pd s dit, é ca qu nada diss sia nvidade vilência dmés-tica especialmnte cnta mulhes é m fat cnstante na humanidade

m veh pvébi uss suge qe um hmm qe nã bata em sa

muh nã a ama (e é a muhe qu cita iste nã pecsaia dstaca,

um e de ógica nesse ditad se batems apenas naqees cm qum

ns mptams, ntã nã ns imptaems cm aqules em quem nã

batems Mas d t lad da upa, na nglatea, eist um ditad ta-

dicinal que dz m cã, uma mlhe, uma amendeia,/Qant mas

apanham meh se tnam

- 1 No orgal A og a woma a wau ree he more ou ea hem he

eter h e (N)

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A questã tdavia nã é se um fenômen cm p exemp ub

u micídi sempe existiu mas se mesm que tenha existid acn

teceu cm mai u men fequência E há séis mtivs paa se sup

que tip de vilência cujas vtimas e pepetades cnheci aumentu

a mens na GãBetanha

Em pimei luga mtiv mais cmum paa esse tip de vilênia

pes mens hje em dia é ciúme sexual Cm claps de uma estu

tua scialmente aceta u cet ipt da elaçã ente s sexs esse tip de

ciúme cesceu macadamente eu diia damaticamente A idea ppagada

p intelectuais que se enevam cm as fustações de suas pópias exs

tências cm se essas fustações pudessem se ineiamente eliminadas

da existência humana sugee que uma vez lives de tdas as bigações

sciais cntats cstumes cnsideações ecnômicas sens de deve e

tds s uts fates extens a elas as elações ente s sexs seam

excusivamente gvenadas pela afeiçã múua e as minguassem u

cescessem cm um bet difeente em vista seiam eslvidas de fma

simples e amigável seiam acinamente disslvidas sem eciminaçã

de ambas as pates Essa fi uma ideia iealista paa dize mínim Ficu

vad se muit mais fácil emve as estções sexuais d que supea

dese de cada indivídu pela exclusiva pssessã sexua d ut; e nã

é pecis muit esfç de imaginaçã paa enende esse esultad mes

m que pefeíssems ngi cntái

ss nã que dize que uve um temp em que nã avia u mes

m havia pucas iegulaidades sexuais a nssa lieatua seia de fatbastante mdesta sem essas cisas mas apeas que tinham de se vivdas

na mai disciçã pssível cm seguids esfçs de cultament Nessas

cicunstâncias paixões súbitas u iesistíveis aebataments sexuais nã

pivavam autmaticamente as cianças de um de seus pais e pdeiam

assim que teminassem etcede paa as bumas d temp Ea cmpe

endid que s sentiments e as inclinações ne sempe caminavam demãs dadas cm as bigações mais e sciais

A evuçã sexua depis da qual tds estaiam supsamente

sexuamente eaizads temp td sem um mment de flga p

assim dize pivu as pessas dessa cmpeensã nstintiva a qual fa

22 Em Ds do Prneo ssdde d s das Pconds

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o esuado da ação do econceio social que incuia a necessidade de secoocaem esições

E

ve s a assaia a se um lioeo com nada escondido de ningué O comoameno ivo e suaesulane dissimulação e hiocisia eiam de se eulsos do eeóiohumano Honesidade e auenicidade seiam udo

ealidade ao menos na áea da cidade na qual aahava mos-ou se em o conáio cominação de edação seual com umainssncia osessiva na deidade do aceio ou aceia seua evouà ecosão de ocessos de violncia domésica em oda ae ma vezque emos a endncia de acedia que as essoas ao nosso ado nãosão muio dieenes de nós deeendese que ao semos seuameneedaóos acediaemos que esse io de comoameno é a nomae o veemos aicado em aeo não é o acaso que caiemos esa domonso de ohos vedes o ciúme. Sem dúvida ao aconece de ouaessoa olha de elance nossa aual "amada nos seniemos ameaçadose uma vez que a evenção é meho do que a cua dalheemos umoláico muo na caa

ssa violncia não é gauia no senido de não e unção oósio ou azão ois há uma azão mesmo que não eseja aculada Vamosdeia de ado os azees e saisações inínsecos da cuedade e da u-alidade que cada gaoo que já aancou as asas de uma mosca alegada-mene aa descoi algo de sua soogia sae muio em do que seaa a violncia domésica soe a qua omei conhecimeno em minha

áica médica aesenava odas as caaceísicas eceo no aseco deum ensameno consciene de uma oica em consdeada

Como um homem que viva num amiene seualmene omíscuono qual um encono casua ene um homem e uma mulhe ode geaa qualque momeno uma ligação seual asseguaá a deidade seuade sua mulhe a não se com agolas de eo sse é o oema dele

oque sae que seus encanos inínsecos seus méios e aações sãomínimos ou de qualque oma não maoes do que aqueles de milhaesde ouos homens à voa

essas cicunsncias desde as imeias hoas do dia é melho eenche a vida de sua amada com ensamenos soe ele e nada mais do

26 O rv Eio Si a anon C Pnci 123

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que pensamens sbe ele Anal de cnas se ela ese pensand nele

emp d, nã esaá cm a cabea n znh Melh enã, nega

cna dela cm as pessas ncund a sua pópa famíla ee

fnalhe a quaque mmen paa que saba que esá sb ma cnsane

glnca que benã sã s elefnes celulaes paa s cumens ! ) Ele

pemá que ea saa de casa apenas p peíds mínms e ege que

ene em hás s Aass mesm de alguns segunds, nam

se cme mpedáel Ele a denge e a chama de fea de md que ea

deeá se sen afunada p e encnad um pace ã espe

fe bn e pe, dsps a descnsdea s mus defes dea

E, namene se as pcedmens nã se msaem sucenes paa

manêla na nha enã eems ênca

Paa qe a lênca pduza um efe mám dee hae a me

n pesbdade pssíel em de se aeaóa , espnnea e nsensaa

sbe qualque csa mesm aquelas csas qe ndcam ps de

supss defes falas deeã pca lênca Resumnd, em

de se abáa

Esem ms paa ss Essa abaedade nã em s abáa,

mas cas sea, u paea se abáa, pde cnnua ndendamene

Mas mpane cas sea abáa, a íma passaá nemnáes e

nfífeas has enand descb que pca a ênca e cm

ela pdea se eada ss sgnca que ela esaá pecupada cm ele,

eclundse d es que pecsamene que ele deseja A a

efa qe ele desgnu a ela descb um padã nde nã ese nenhum nnsecamene mpssel; cas ela chegue a ma cncusã

seá a de que há ag de ead cm ele que ele dene e, pan

algum que pecsa se cudad e nã malaad algum semelhane a

um eppc (emba fequenemene esa um padã na cênca

das cnusões) e ele esá dene nã pdeá p denã ajuda a s

mesm; ee pecsa de ajda Cm dzem gealmene as ímas Achque ele pecsa de ada du

ma das csas neessanes a espe ds pepeades que fe qenemene eles nem seque enam escnde seu caáe de fa, eles

chegam mesm a ppagandeá, e lg n níc de ses eacnamens

24 E d Pnc dd d T d Pcnbd

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m muts ass, paa eles sea desneessá aze ss, ps a sua e

putaçã s peede P exempl, eentemente me pedd paa que

eu zesse um elató sbe um hmem ument que esaqueaa a sua

amante quase até a mte N testemunh est a vtma dza que, antes

de sa m ele pela pmea vez ela á uva sas uns a espet dele

st é, que ele ea um mns vlent, bêbad, vad em dgas e

m hstó de bate em mulhees mas que ela aetu mesm assm

O seu pesa pel que zea, a sua delaada açã sbe póp

mptament aependment após suas explsões de vlêna, suas

pmessas de nã mas aze, suas es e hlates mpensades, e

sua busa p auxl méd paa "tata de sua vlêna, m se a

vtma eal sse ele, azem pate d plan ss se alg que nã se msta

mpletamente nsente pde se hamad de plan ssas ações têm

ntut de demnsta a ela que n und ele é uma ba pessa, que nuna

tea agd m um p se ag semelhante a um espt mau pe

damente nã pssusse e tansmasse num butamnte malgn

"Quand ele está bem, dut, ele é mut legal quantas vezes tve que

uv ss Cas ele sse sempe legal, é la ea tea temp paa pensa

em ag, u, p anda, em alguém melh, ut que nã ee n mund

n qual vvem vtmas e pepetades, hmem u a mulhe que mete

adulté em seus ações em beve meteá de at

ea u nã uma questã de eputaçã hmens assm nã vsam a

dsaça seu aáte es se vestem e se mptam de manea ages

sva, e pdeã esta tatuads m ngaas da ameaça Cas vês vsse vnd em sua deçã na penumba, vê uzaa paa ut

lad da ua

e aqul que sã está est e p vezes ltealmente p td

p, p que as mulhees nã ntaam esses snas Nã é at de elas

seem ngênuas u nexpeentes, ps mutas delas á passaam antes p

hmens paeds (algumas pdem pensa, m esutad de sua expeêna, que nã exsta ut tp hmem) Dexand de lad a extaçã

d peg, que a mens ns peseva d h de um eu exstenal

a espsta eeda p mutas dessas mulhees é que nã sea ust ta

nusões apessadas, uga ntaamente estgmatza u esteetpa

6 Os íis Es Scas a s anna Ct Pcncts 5

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as acetaam talve sem o sabe, o peconeto modeno onta o

peonceo, um peonceo que, no aso delas, podea têlas poupado

de espanamenos e po vezes da moe O agmento que elas aetam

amnha mas ou menos na segune lnha: a obsevação de homens que

se vesem e se apesenam de deemnada manea e que se tatuam pesa

damene sejam homens maus é, no meho dos asos, uma genealzação

gossea, a qual povavelmente esula de um vés de lasse Nem td

os homens qe bebem mto, sso que dze mas do que os puanos

que nos adulam e que nos nmdam, são homens maus poano, um

homem x que beba demas possvelmene não é um homem mau Não se

deve ulga um lvo po sua apa, dzem (po expeêna pópa, um

dtado que não é sábo nem na lvaa) faze sso conduz, ladea abaxo,

a ushwz úna cosa éa a se faze nessas quesões, poanto, é a

pessoa segu as pópas nnações sso que dze, e sexo no momen

to em qe fo ofeedo e não em julgameno anes de moa juno

omente enão a mulhe odeá esa segua de que não esaá sendo pe c •oneosa ou não esaá fazendo juz mesmo que sso sgnque um

az quebado e anças p_emaenemene aeozadas

12 Em Dsa d Pcnc Ncdad d r Idas Prcncda

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27 nevitabilidade de

Mandaments ds quais uma

Justificaçã Nã pde er Prvada

neessdade de se mpeende ud à medda que as sas he

gam de nada aeta a nã se que se pssam aça s pme

s pníps s quas seã desbets u nventads p ada

um, é gande pesente da inteligenia paa as lasses baxas Os esulads

nã sã dfes de magna e pdem se bsevads em pmea mã emmus lugaes d mund espealmene em suas pates as

a páta é la é mut dfl nã aea absluamente nada

m base na audade O bólg Rhad Dawkns em seu lv

The Gd Deuin [Deus um Delíri] ta m apvaçã um ds nvs Dez

Mandamens m s quas um aeu espeançs desea substu s

angs Dez Mandaments Ente s nvs mandamens ems a) ese das as sas sempe heque as suas deas nta s fas ; e esea

pn a desaa mesm uma ença esmada as s fas nã se

nfmem a ela b) fme pnões ndependentes m base em sua

pópa azã e expeêna nã pemta se guad egamente p

uts ) quesne ud Esse á é há mut temp supst b e

v e pape ds nteleuas O est neg nteamean amesBadwn em seu F ire Next Time (Da Póxma Ve g) anselha

sbnh a nã aedta na palava de nnguém mesm na mnha

Essa é uma nunçã paadxal que as sea adtada lteamene le

vaa um sue à luua

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Alguém vve ou alguém já vveu sob esses mandamentos Em pme

o luga, exste a suposção de que os atos alam po s e que esolveão

todas as questões que pecsam se esolvdas, nclundose as questões de

cença Na vedade, nem seque esoveão todas as questões actuas Ape

sentase como busca de uma peeção mpossível que as pessoas devam

acedta nas cosas pecsa e exclusvamente no mesmo gau e convcção

que sea conedo po evdêncas que elas mesmas team Exsta uma

únca pessoa na hstóa do mundo, mesmo o lósoo Betand Russe

um constante admoestado da convenção, que vveu dessa oma Aced

to tão otemente, quanto acedto em qualque ato hstóco, que uma

batalha ocoeu nas poxmdades de Hastngs em 6 6. Acedto tão pa

mente nesse ato poque ele me o dto duante a mnha vda ntea, o

a pmea data hstóca que apend, e nnguém jamas a negou Mas se

alguém me questonasse, poveme que a batalha e Hastngs aconteceu

em 066 " o que eu espondea? Caso eu apontasse paa uma onte se

cundáa, meu ntelocuto espondea, com justça, que meu agumento

se baseava na oça da autodade Caso eu apesentasse a ele numeáves

ontes, nenhuma das quas contadtóa à pmea onte, ee anda assm

podea espondeme, e com justça, que se tatava de um agumento

de autodade, e que não se pode checa a acudade de uma matéa no

Te New Yk Tme compaandoa com outa cópa da mesma edção Se eu

espondesse que as ontes secundáas são cetamente conáves, ele pe

guntaá como se que são conáves, pos há a possbldade de não seem,

pode se que todas esteam coocadas em sucessão apostóca, po assmdze, em unção de um eo ognal Segundo os Novos Mandamentos,

devo questona tudo Caso não o aça, não see um se aconal, mas uma

vítma do peconceto e da supestção

Ah, espondo podea checa as ontes secundáas dante das ontes

pmáas Meu nteocuto consente gacosamente po dexa a questão

de ado se de ato as ontes pmáas seam sempe guas conáves sobe o que eamente aconteceu, e como dstngo os casos que seam dos

que não seam em vez dsso , ele me convda a demonsta, po meo das

ontes pmáas , a ocoênca de uma bataha nas medações de Hastngs

em 0 66 Na vedade, não posso, espondo mas estou conante de que,

128 E f N I nb

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cao dedicae tempo ucente para o deenvovmento da habldadeneceára, po eempo, a capacdade de ler o documento da época,eu ea capa de fazêlo, ou ao meno encurta a frontea de mnhaaceitao da autoridade É claro de fato no etou preparado para faero, poi tomaria o reto de mnha vida para provar o que á e to é ,que houve uma batalha na cercania de Hatng no ano de 0 66 Maee é preciamente o meu ponto, d o meu nterlocutor, o eu conhe-cimento obre a batalha de Hating baeiae únca e ecuivamente naautodade, e você fracaou em egotar a quetõe fracaou em tetaro eu upoto conhecimento à uz de ua própra eperênca e razo,deoue evar cegamente por terceiro Portanto, você é foroamenteum cédulo agora vamo ao tratado de Nerchink e à bataha de Adranopla, a m de tetarmo a fundaõe de eu conhecmento obre eeaegado acontecmento

Creo que no eria dicl prova que grande parte de noo conhe-cmento ou aquilo que o autor do Novo Dez Mandamento poderá chamar de uperto) é conhecmento por autordade Deeamo

reamente er como o oven habtante do cortio brtânco, o quairepondem, quando perguntado a repeito do nome de um prmero-mntro brtânco que no ea o atua e a enhora hatcher memoaquee que ofrem de Alhemer e embram da enhora hatcher) Euno ei, anda no tinha nacido

Será que aguém vria a ugerir que o aluno de medcina deveem

recapituar, em eu trenamento, toda a htóra da medcna, e olcita-do a demontrar a memo a verdade da cênca ioógca, a quae apoia num imeno edcio de autordade e otcada nfeênca oe apreenta como uma da grande góra de noa civiliao que umhomem com habidade moderada poa talvez deva aber maique o grande centita e ábio do paad vê a longe o

etar obre o ombro de ggante, e no porue ee mertentetequetonou tudo o que alcanou O homem médo da ua acredta na' ·.•

eitência do vru e é bom que acredte, embora, e he pedire queprove a ua eitênca, ele no ea capa de e valer de uma Únca lnhanvetgatva que o eve a tal prova

27. A iabiidade de Madto d qi a Jiação Nã Pde Se Povada 19

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Um mndment mesm d tip ppgd pel pfess -

wkins é um mndmen nã um cnvie debte E se mii

de nss cnhecment fctul sbe bets ptcules se fund n

cnn e n tidde ps nã é dd nenhum hmem ã

mpt qã blhnte se cndiã de vive temp suciene p

se innitmente investigd p qe se deente em elã à dit

ds jlgments mis e estétics Citei pens qe ume disse

pis em minh piniã ele pn p m diculdde que ind nã

fi sistimente sped

E ada ea a a a aga e deae ee

ee e ede d de a e . . eae reeee a a ha ad de eee

rre e der e e e da a aa d

e é e o é a er aer a e eea

etada v o dv.

Em ts plvs nenhum mã de vl pde se deivd

d lógic de qulqe mã de ve tenttivs engenhss de

demnst qe me esv engnd p exempl sigiciv de-

mnsã d pess ele ósf ntemeicn d ingugem

e d mene e qe é sem dúvid um ds mies lósfs vvs de qe

um pmess implic p denã um bgã Ms seá elmene

vedde qe dev mt lguém pque nm mmen de lucu p-

mei fze l is

30 E Da Pr Nssa s Ia Pra

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28 Mesmo na Ausência de

Princípios Metafísicos Inatacáveis/

o Exercício do Julgamento EInevitável Portto os Preconceitos

são Necessios e Salutares

M

esm que nã seja pssíel dea uma amaçã de a

de uma de at é necessá e netáel que açams ama

ções de al Nã pdems e num mund ggindian

cmpst smente de ats Nnguém tma u tmaa a nunçã d

senh Gadgnd em Had Ties emps Dces de Dckens cm p et de da Aga que eu que sã ats na da, smente s

as sã desejáes

É cla exstem aqueles que supstamente adtam a ega de nã a

ze julgaments cm psçã lsóca, mas ees azem pque ace

dtam que deem pcede dessa ma u sea ees azem pecsamente

tp de ugament que alegam nã ae O m pe qua abuamtal ulgament é que póp tem se tnu snônm pscg

camente se nã n sentd dcnazad de nteânca e censua, e

nenhuma dessas duas qualdades se apesenta cm ataente patcua

mente num mund n qual as pessas cnem ad a lad cm td

tp de gente ss dá gem àqul que aguém pdea chama de

censua de segund patama, u metacensua ss que dze a censuaque se mpõe sbe a censua (Nunca u esquece ss beatc

que btu da bca de uma pacente, cm a bsa a acaca s camps

quant ped que desceesse seu caáte ã ulg, ela espndeu,

deps de eme seu cabuá autcngatulató stanhamene,

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a cmplacênca mal evela se a cnsequênca natual de te cm_ deal nã aze juízs

Na pátca tdava nnguém vve u pdea vve sem julgaments

estétcs e mas e eme àquees que nã pdem se meamente de

duzd ds ats at que atsta e aqutet ancsuíç e Cbuse

qus deuba td cent de Pas a m de eg suas smples mas

gemétcas em leas à I desle de Nuembeg (e ele tnha s mesms

plans paa Buens Aes e paa R de ane ; e cas alguém es

vesse dze que aqul que ele ppunha cnstu sea supe àqul

que sea demld nã sea pssível apnta qualque at decsv u

sée de ats que çasse essa pessa a ecua u mesm ecnsdea

empe que dg que e Cbuse um ds maes mnsts d sé

cul XX um sécul cm uma cmpetçã acada nesse quest alguém

espndeá que Baã de Haussmann também mndu pô abax ba

pate da Pas de sua épca. m espnd, talvez bm baã nã tves

se muta cnsdeaçã pels deses de muts pasenses de seu temp

mas ele nã nteeu na vda dees a tc de nada Até hje um apata

ment que se lcalza num péd haussmanan usa esse at cm umelement de vazaçã paa venda; havea alg semelhante paa um

equvaente de e Cbuse

Bm e um bnt e e estã cnstuíds na estutua mesma

de nsss pensaments e nã pdems elmnáls nã mas d que

pdems emna a lnguagem u um sentd de temp Mesm mas

estt dawnsta d qual Rchad awkns talvez seja epesentantemas equente e enégc pdeá eva s ens d julgament mal

e estétc awkns esceve caamente e p vezes de md eegante; é

evdente que ele esclheu as suas palavas cm gande cudad e pde

espnde que az ss smplesmente pque de at uma psa claa e

elegante pesuade meh d que uma que seja paca e ea; nã ape

nas ss é ncet cm bsevaçã empíca (ele póp é um cítcez e cm azã de ceta pacdade teáa ancesa a qual duante

um temp admada e mtada p td mund anglsaxônc

mas é nvedade n cas de seu póp gst e eudçã teáa em

que ee demnsta um sentment pund pea beleza das palavas

12 E d Prcio - Ncdd d Tr d Pcocbds

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Retmand ee pdeá agumenta que a uênca vebal é uma gande

vantagem paa se encnta uma cmpanhea bgcamente supe

n sentd de aguém que sea mas cmpetente nas taefas matenas

que gaantam a pesevaçã ds genes d pa mas mesm uma exp

caçã fçada cm essa nã he da se Bake ea u nã um peta

meh d que Byn e p quê As canças ds patdás de Bake

estaam em vantagem de sbevvênca sbe as canças ds patdás

de Byn O fat é que a expcaçã evlucnáa da faculdade estétca

(nã mencnae pavã nessa cnexã) ca na mesma nfaçã da b

eçã de Hume cm acntece a quaque ua expanaçã natasta

d ulgament estétc

E assm também se dá cm ulgament ma Pde se que a

faculdade d ugament mal apesente uma satsfatóa expcaçã

evlutva n tcante a seu desenvvment mas nã ns dá mut

a espet ds ugaments mas que tems de faze ds s das e

a bga expcasse a ma duas pessas na mesma stuaçã nã p

deam chega a uta csa que nã às mesmas cnclusões mas (e

mesm que chegassem a beçã de Hume anda se aplcaa) Na vedade a psa de awkns está fequentemente caegada de ndgnaçã

mal ee bame cm um pfeta d Antg esament emba eete

mdel de eus dessa pate da Bíbla nã apenas ns tems de que

nã acedta na exstênca de eus mas pela mesma azã que Jhn tu

at Mll em sua Autbigafa eetava Ambs etatam esse eus cm

"sucentemente ds st é cuel e capchs abtá e nustascível e nsensat

O Antg estament está eplet das hstóas mens edcantes que

se pde magna massaces mpedss e gencíds numa apaente luta

uma uta dwnsta alguém pdea dze p ecuss O Nv esta

ment epesenta um avanç na vsã de awkns mas está nã bstan

te equvcad pque sugee que a danaçã etena em cndções mutpes d que as ds camps de cncentaçã nazstas vá sbe aquees

que smplesmente facassaem em acedta cetamente, uma pnçã

gsseamente desppcna a cme e sbe a qua nenhuma uta

ustcatva é fnecda

28. Msm n usên d Piníis Mfísics Inávis d gmn É nviá. 1

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/ nelzmente nenhm sstema de ppsções étcas mesm ne

nhm ut sstema de ppsções pde est sem pesspsções st

é sem pecncets xste m pnt paa além d qal a acnaldade

natuasm nã pde mesm ente atas tas m s mes

letes qe am dtadas de aã pela nateza.

4 E fsa Prcnci - Ncsa s r as Prcncbas

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29. Sem Preconceito No -á

rtude

enatva de ng uta sa, tdava, defma aáe uman

Bue dsse de ma élebe ue paa ue mal tunfasse sea

neessá apenas ue s mens bns se mtssem (Ntem ue

ele ã dsse ue ds s mens se tnaam malgns, apenas ue s

malgns se tnaam desvamente pdess) Ee pdea te aes

entad ue mal tunfaa as s mens dexassem de aedta na

dsnçã ente bem e mal mesm se a ma pate dees ntnuasse

na páta, a vve n bem em nas geas

P ue devea se dessa ma Vams nsdea um slgsm

d pene umA n ne em e ma pde e aea em pene.

a a n ee bem e ma m euv

Vams, n entant, a u slgsm

A dã ee bem e ma a mesm emp neváve e

neesáa paa exe a veA nã ee bem e ma e baea em pee

an pene neesá paa exe a vue

Qual ds ds gsms aptua mel a ea stuaçã umana

m esç paa se aze mpssíve expa nssas mentes e d e

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quaqu pcnc nã s apnas cndnad a facass mas tam

bém afta s nsss ugamnts d fma funsta A m d pva a nós

msms qu nã sms pcnctuss mas qu pnsams a spt

d tud p nós mss, cm sa d s spa d ss humans

cmpltamnt autônms (u msm spnsvs) tms qu ta

as mxmas cmuns da vda mxmas qu m muts cass, mba nã

m tds psvam as laõs cvlzadas O ngss n lumnsm u

mlh, qu é vst cm mut mas mpant paa a ma pat das

pssas, uma putaã d s alguém sclacd, cnsst m s cm

pa d fma cnta a ssas mxmas E uma vz qu uma mxma

cmum da vda sa dscatada, la s substtuda p ua fqun

mnt, mba nã smp, p uma p

P xmp, cdm da casã m qu cta paava cm quat

las f usada pla pma vz n canal d lvsã da BBC 1 Cn

a qu s pda sup nã huv qualqu cam públc p pat d

pls avss paa qu ss namnt tóc fss mpgad n

a m nm d uma gnuna autntcdad d lnguaa ds mas pbs

D fa, l f pfd p um cc d tat qual fa ducad m

Oxfd Knnh ynan m azã d xat ppóst d ctca qu

cnsdava s mus apsnads da ppdad vbal, cm s a

lngua nglsa cas s vss pvada dssa palava, s tnass nsucnt

paa xpssa s mas pfunds pnsamns mõs da humanda

d Quanta ans mas tad pdms v u uv sultad Mu

vznh d pta na Fana qual nã faa quas uma palava d nglêsbsvu qu cava sups d uv ssa palava uma das úncas qu

saba d um dma qu s gaba d ma vcabul n das as

lnguas tmp td ns bs ds btâncs qu passavam p aqula

pa da Fana E ssas pssas dv s nad nã cmpndam s

mmbs da class baxa 2 paa s quas nz ans d fquênca scla

136

1 A paava em qeão é o ermo ck (N)

2 O ermo uado peo ao é "derca raame do eoe ma poe

e meo edcado da ocedade âca a aa "ower ca domada pea

mooga do mdo (N)

Em Defesa do Prconceito A Nessidad d se Tr Ideas rconcebdas

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obgaóa ada azem a ão se a m ódo po do qe ão sea a

eaação de ses pópos dese os medaos essas eam pessoas de asse

méda om bos empegos e ma boa eda No odo ão se pode dze

qe os podees de expessão pessoa o sedo de ma abdade de

oma pesameos ss e aeações emooais eam ameado

em azão do eqete eso a esse emo oa o qa ava tempos

aás m ab em vez dsso o oposto paee aoee ampoo agém

espeaa qe tas podees de expessão ossem popooas à eqa

de se empego

Poao o popóso de se qeba o ab ão o empeeddo paa

qe se agsse qaqe obevo váido a omo a beação de pae

da madade de ma óbva opessão mas o objevo ea eebe ma

epação de osada moa e ieea po meo de m io oa

o peoeo e as peoepções omee aqees om m peoeo

oa o peoeo podeiam spo qe isso epeseava em s agma

oa de avaço ea

Mas ão é vedade qe mios peoeos são de ao daosos

és esúpdos e maigos eamee qe sm. Mas eeo ão é

poqe ags peoeos seam daosos qe podemos vve sem qas

qe peoeos odas as vdes evadas ao exesso se oam vos

e se oam maiesações de ogo espia o mesmo vae paa os

peoeos isve os mehoes e o mesmo vaeá paa a oeâa

ão me dedio a examia os ossos peoeios isso seia idío

emos qe e ao mesmo epo oaça e dseimeo paa pesamos ogamee a espeio de ossas eças edadas e a hmdade

aa eoeemos qe o m�do ão omeço oos_o e ampoo

miaá e qe a sabedoia am�ada da maüdade é

ao do e qqe osa qe podemos aaça de oma iep-

dee A expeaiva o desejo e a peesão de qe podemos sai s o �

mdo, beos de odos os peoeos e peoepções, de modo qe ,oda sação se apesee omo ago ompeamee ovo paa ós são

em ga medda ades oas pegosas e eastas

Essa peesão é ova poqe ão esaemos apeas ega

ado os oos mas a ós mesmos e desosideaemos aqea

28 Se Pecce Nã H Vt 137

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peqena e cnstane z dent de nós ebates esdentes e agessões

O qant mas nsstms em públc a espet de csas qe sabems

mesm sspetams qe n s edadeas mas eementes e n

tansgentes ns tnaems. O qant mas ejetams pecnet

qua pecnce, mas dcl seá paa nós eams das psões qe

tmams, e ecdesceems a m de pa qe estams les de pe

cncets Um dgmatsm deógc seá estad e tds sabems a

deasta qe m dgmatsm cm esse pde pca

É pecs e capacdade de dscenment paa sabe qand m pe

cncet dee se mantd e qand dee se abandnad Os pecncets

s cm as amzades deem se mantds em bm estad P ezes s

amgs se dstancam e p ees mesm dee acntece as mens

dante de cets pecncets mas a amzade feqentemente se apn

da cm a dade e a expeênca, e mesm dee acntece cm agns pe-

cnets les s ql qe d caáte às pessas, mantendas jntas

N pdems e sem eles

138 E Defe o P - A d I Pnbs

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,

ndice

tn rde 59

dranpla bataa de 1 2 9

Áfria esreend ua stra da 2 7

llprt Grdn W; Tbe Nature of Preju-

dice 1 8

rgentna 2 8Ásia esreend ua istria da 2 7

ustrála hstrgraa da 2 7- 9

utrdade

nheent dependente da

6 2 - 6 3

resstêna à 1 1 3 1 , 1 2 7 3 O

entaas de se lrar da 6 1

yer . 3

Ba S 1 1 5Baldwn aes Fíe Nex Tme 1 2 7

Baa Hnré de 28

BBC ana de eles ulgardades

na 1 3 6

Bena erey 70

Berlnsk Caire Menace in Europe 2 3

2 4 7Blae Wlla 1 3 3

Buntng Madeene 49-0

Burke dund 1 3

Burundi 8

Byrn Gerge Grdn rde 1 3 3

Cabja 1 0 6

Caern Dad 64

Carlyle Thas 69

Casaents neles 3 7

Chna

resent eô na

prenets a respet da 1 1 7

Clerdge Sauel Tayr 5 7

Clb 93

Cuns sé 53

Crea d Nre 86

Csue 7 1 - 7

Cranças

abandnar 9

eduaç das 3 1 -3 2

pssess seua de 9 5endas de das nsalubres às

3 2 - 3 4

Crnss seuas 93-94

Dawkns Rard 1 3 - 3 3

The God Delson, 1 2 7 1 3 O

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Newton Isaac 1 1 5

Nilso 1 1 3- 1 5

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Peru 1 0

Pés sobre os assentos dos tres 7 7 - 8 0

Platão 58 93

Poppe Karl 1 00

Prchard . C 1 00

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Ranke Leopold von 25

Revolução sexual 1 22 - 2 3

Rquea 08 1 1

Ross ]onathan 4-

Ross Ronald 1 1 7- 1 8

Rousseau ]ean-Jacques 70

Ruanda 1 8

Ruskin John 69

Russell Bertrand 1 2 8

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Tolstó Leon 3 4 8

Trabalho escravo 1 0 8

Turguênev van Pas e Fs 1 1 3 - 1 5

Turnbull Colin e Mta Pepe,

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Tynan Keneth 1 3

Unão Sovétca

Utltarso 57

Voltare 92

Wteead Alfred Nort 58

Wesel Torsten 1 O 1

Wndschuttle Keth 2829

Wittgenste udwg 9 3

Wodswort Wllia 5 7