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EFEITO DO EXERCÍCIO ISOMÉTRICO NO PERÍODO DE REDUÇAO FECHADA POR TRAÇÃO ESQUELÉTICA BALANCEADA EM FRATURAS DIAFISÁRIAS DE FÊMUR E TÍBIA 1 ELIZANGELA STADNICK 2 ADERBAL SILVA AGUIAR JÚNIOR 3 RESUMO A aplicação de isometria em pacientes com fratura de fêmur ou tíbia, durante o período de tração, gera mobilidade intrafragmentar da fratura devido à força muscular promovida. Procurou-se saber se essa mobilidade causa influência iatrogênica na redução e alinhamento dessas fraturas, através do estudo comparativo de 4 pacientes do sexo masculino com idade média de 27,5±8,1 anos, dois com fratura de tíbia e dois com fratura de fêmur, internados no Hospital Nossa Senhora da Conceição de Tubarão. Os pacientes foram divididos em dois grupos. Um grupo realizou exercício isométrico no membro acometido, e o outro grupo, não realizou devido à dor. Foi analisada através de exames radiológicos a evolução da conformação da fratura, ou seja, angulação e qualidade da redução, por meio de Rx1 (filme do primeiro dia de tração, antecedente à atuação fisioterápica) e Rx2 (filme do dia anterior à cirurgia para fixação da fratura, posterior à fisioterapia). Observando-se resultados favoráveis quanto à evolução da fratura, e a ausência de diferenças na comparação das radiografias entre os dois grupos (um que realizou isometria, e outro que não realizou). Resultados estes que demonstraram que os exercícios isométricos não interferem na evolução da redução e, portanto, não gerando efeitos iatrogênicos ao paciente. Palavras chave: Fisioterapia, Exercícios isométricos, Fratura de fêmur, Fratura de tíbia, Redução. 1 Trabalho apresentado ao Curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina para obtenção do título de bacharel em fisioterapia. 2 Aluna do 8º semestre do Curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina. 3 Professor Especialista e orientador Aderbal Silva Aguiar Júnior.

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EFEITO DO EXERCÍCIO ISOMÉTRICO NO PERÍODO DE REDUÇAO

FECHADA POR TRAÇÃO ESQUELÉTICA BALANCEADA EM

FRATURAS DIAFISÁRIAS DE FÊMUR E TÍBIA1

ELIZANGELA STADNICK2

ADERBAL SILVA AGUIAR JÚNIOR3

RESUMO

A aplicação de isometria em pacientes com fratura de fêmur ou tíbia, durante o período de tração, gera mobilidade intrafragmentar da fratura devido à força muscular promovida. Procurou-se saber se essa mobilidade causa influência iatrogênica na redução e alinhamento dessas fraturas, através do estudo comparativo de 4 pacientes do sexo masculino com idade média de 27,5±8,1 anos, dois com fratura de tíbia e dois com fratura de fêmur, internados no Hospital Nossa Senhora da Conceição de Tubarão. Os pacientes foram divididos em dois grupos. Um grupo realizou exercício isométrico no membro acometido, e o outro grupo, não realizou devido à dor. Foi analisada através de exames radiológicos a evolução da conformação da fratura, ou seja, angulação e qualidade da redução, por meio de Rx1 (filme do primeiro dia de tração, antecedente à atuação fisioterápica) e Rx2 (filme do dia anterior à cirurgia para fixação da fratura, posterior à fisioterapia). Observando-se resultados favoráveis quanto à evolução da fratura, e a ausência de diferenças na comparação das radiografias entre os dois grupos (um que realizou isometria, e outro que não realizou). Resultados estes que demonstraram que os exercícios isométricos não interferem na evolução da redução e, portanto, não gerando efeitos iatrogênicos ao paciente.

Palavras chave: Fisioterapia, Exercícios isométricos, Fratura de fêmur, Fratura de tíbia, Redução.

1 Trabalho apresentado ao Curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina para obtenção do título de bacharel em fisioterapia. 2 Aluna do 8º semestre do Curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina. 3 Professor Especialista e orientador Aderbal Silva Aguiar Júnior.

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INTRODUÇÃO

A fisioterapia, cada vez mais, vem ampliando seu espaço junto às equipes

interdisciplinares e multidisciplinares da saúde, demonstrando sua eficácia na reabilitação

física de pessoas acometidas por diversas seqüelas causadas por traumas ou disfunções do

corpo humano.

A área da fisioterapia aplicada à reabilitação ortopédica e traumatológica

desempenha importante papel no tratamento de traumas ocorridos no sistema músculo-

esquelético, visando devolver a funcionalidade comprometida ou ajudando a evitar certas

complicações decorrentes do trauma.

Neste trabalho de graduação, estaremos estudando e discutindo sobre a

traumatologia, mais especificamente, fraturas de fêmur e tíbia, bem como a utilização de

cinesioterapia ativa na recuperação de pacientes acometidos por esses tipos de fraturas, visto

que, segundo Kisner e Colby (1998, p. 257), com a imobilização do membro fraturado

ocorrem enfraquecimento do tecido conectivo, degeneração da cartilagem articular, atrofia

muscular e desenvolvimento de contraturas, assim como a diminuição da circulação local.

Estas situações irão comprometer a resolução do processo inflamatório, a

consolidação, e implicarão na instalação de seqüelas permanentes, como a cicatrização

desordenada dos tecidos moles lesados pelos fragmentos da fratura. Para evitar essas

complicações, os autores citados acima e AO 2002 apud Rüedi e Murphy (2002, p. 4) indicam

a mobilização precoce do membro afetado, porém uma mobilização não destrutiva, dentro da

tolerância do local da fratura, pois para ocorrer à consolidação óssea é necessário à

mobilização fraturária. Chamlian (1999, p. 95) cita a realização de exercícios isométricos na

musculatura acometida como sendo uma técnica utilizada amplamente na fase de

imobilização de uma fratura.

Diante disto, é indiscutível, segundo os autores citados, a atuação da fisioterapia

no paciente com fratura, no que diz respeito à recuperação funcional global do mesmo, porém

procura-se saber através do presente estudo, o efeito da cinesioterapia ativa (isometria) na

redução fechada por tração trans-esquelética nas fraturas de fêmur e tíbia, no período pré-

fixação cirúrgica, pois Bonfatti (1995, p. 169) refere dúvidas em relação à quantidade de

mobilização permitida no foco fraturário sem que ocorra iatrogenia.

Baseando-se nos princípios da AO para tratamento de fraturas (redução anatômica

dos fragmentos de fratura; fixação interna estável, mas não tão rígida; preservação do

suprimento sangüíneo e mobilização precoce ativa sem dor), em Müller et al (1993, p. 2), e

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nos princípios gerais de tratamento de fraturas, citados por Salter (2001, p. 444), ou seja, não

ser nocivo; selecionar tratamento com objetivos específicos; e cooperar com as leis da

natureza.

Percebe-se a relevância da aplicação precoce de técnicas fisioterápicas, visando

melhorar os resultados do tratamento de fraturas, e diminuir as complicações decorrentes

como: consolidação viciosa; retardo de consolidação; ausência de consolidação; doença

fraturária ou algodistrofia, que segundo Tucci Neto e Laredo Filho (2000, p. 4) são seqüelas

iatrogênicas da imobilização prolongada – rigidez articular, atrofia muscular, osteoporose por

desuso e edema crônico.

Champoniére apud Bonfatti (1995, p. 169) diz que “o retorno do membro ao

máximo possível de força muscular e de mobilidade articular é cem vezes mais importante

que a forma do esqueleto”. E ainda: “uma certa quantidade de movimento entre os fragmentos

promove a melhor reparação óssea”. O que ainda está obscuro, explica o autor, é a quantidade

de mobilização indicada nos diferentes tipos de fraturas, nos seus diferentes momentos do

processo de reparação. Sabendo-se da possível mobilização intrafragmentar na realização de

exercícios de isometria nos músculos adjacentes à fratura, e pela escassez de literaturas que

referenciam esta questão, justifica-se o estudo realizado.

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo geral

Analisar as conseqüências da aplicação de cinesioterapia ativa (isometria) na

relação dos fragmentos das fraturas de fêmur e tíbia e na integridade dos tecidos adjacentes,

no período de redução fechada por tração esquelética balanceada, em pacientes internados no

Hospital Nossa Senhora da Conceição.

1.1.2 Objetivos específicos

- Fazer uma revisão literária sobre fraturas de fêmur e tíbia, bem como exercícios

isométricos;

- Analisar a evolução radiológica das fraturas;

- Comparar as radiografias pré e pós-fisioterapia neste período de manutenção do

tratamento de redução das fraturas.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Fraturas de diáfise do fêmur

Em razão de ser o maior e mais forte osso do corpo humano, as fraturas da diáfise

femoral são bastante importantes. (Fernandes, Jorge e Reis, 1998, p. 29).

Segundo Paccola (1995, p. 530) essas fraturas são mais comuns em adultos jovens,

em geral resultantes de traumas violentos, onde as principais causas são os acidentes em

automóveis, atropelamentos, projéteis de arma de fogo, ou quedas de grandes alturas.

Os sinais clínicos da fratura da diáfise femoral são geralmente óbvios, existindo

dor, deformidade, aumento de volume e encurtamento da coxa, (BUCHOLZ e BRUMBACK,

1993, p. 1626).

Para Leite, Fernandes e Reis (1994, p. 43) o suprimento sangüíneo do fêmur

provém em 1/3 a 2/5 dos vasos periosteais e em 2/3 a 3/5 de vasos endosteais, além dos vasos

sangüíneos provenientes da rica circulação do envoltório muscular do fêmur. Quando ocorre

uma fratura, o suprimento sangüíneo endosteal é restabelecido após 6 a 8 semanas, e a riqueza

circulatória regional permite altas taxas de consolidação. Em contrapartida, quando há fratura,

o sangramento é abundante, podendo ocorrer perda sangüínea de até 1/5 da circulação total

(fraturas expostas).

Na maioria das faturas uma “dobradiça” de tecidos moles estará presente entre as

extremidades ósseas. Essa dobradiça fica situada na concavidade da angulação em uma fratura

transversa, ou ao longo do componente vertical em uma fratura espiral. A dobradiça constitui

a ligação que permite que a fratura seja reduzida, e sob tensão apropriada ela estabilizará a

fratura uma vez ela tenha sido reduzida. A tração excessiva poderá romper esta ligação entre

os fragmentos e torná-los instáveis (HARKESS, HAMSEY e HARKESS, 1993, p. 29).

Os autores dizem que este mecanismo de dobradiça auxilia na redução de uma

fratura cavalgada de fêmur, onde a ação do quadríceps encurta o osso.

2.2 Fraturas de diáfise da tíbia

A tíbia é um dos ossos do esqueleto que mais comumente sofre fratura, e por ser

um osso em grande parte subcutâneo, está sujeito a elevada incidência de exposição e

evolução freqüentemente desfavorável, pela dificuldade de cobertura de partes moles,

(Paccola, 2000, p. 256).

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Segundo Malta e Barreto (1995, p. 544), a tíbia é um osso altamente especializado

para suporte de carga, com estrutura cortical densa e de vascularização relativamente pobre.

Quando lesada, se receber tratamento adequado, as fraturas de tíbia em geral evoluem para

consolidação e recuperação funcional do paciente, entretanto, devido à suas particularidades,

podem ocorrer dificuldades e complicações na sua evolução.

A dor é o principal sintoma produzido pela fratura da diáfise tibial, sendo quase

sempre grave e bem localizada no foco da fratura. A dor é exacerbada pela movimentação dos

fragmentos fraturários, (RUSSEL, TAYLOR e LAVELLE, 1993, p. 1888).

Segundo Ferreira, Ishida e Leite (1998, p. 49), a mobilidade ampla e o eventual

desalinhamento do membro estarão presentes nas fraturas de tíbia associadas a fraturas de

fíbula, pois nas fraturas isoladas de tíbia, a mobilidade no foco de fratura não será muito

evidente, pela estabilização gerada pela fíbula. O edema estará acentuado na região, e nas

lesões por trauma direto de alta energia, o desalinhamento e encurtamento são observados.

Segundo Russell, Taylor e LaVelle (1993, p. 1924) as lesões vasculares raramente

ocorrem no momento da fratura tibial, exceto em traumas de alta energia que causam

cominuição, desvio acentuado e freqüentemente fratura exposta. Sendo a parte superior e

medial da tíbia o local mais freqüente para as lesões, pois é onde a artéria tibial anterior, vindo

de trás, passa através da membrana interóssea. A artéria pode estar dilacerada pelo fragmento

da fratura ou ocluída pela pressão direta do osso ou inchaço do tecido mole. A artéria tibial

posterior é menos freqüentemente lesada, tendo maior ocorrência com o aumento na pressão

intracompartimental posterior.

2.3 Abordagem de tratamento de fraturas através de tração

Umas das técnicas aliadas ao tratamento das fraturas, utilizadas em larga escala

pela traumatologia, é a redução por meio de tração. Esta técnica tem indicação na manutenção

pré-operatória ou como tratamento conservador.

A tração é um método antigo de tratamento de fraturas que necessita da

permanência do paciente no leito, recebendo força da tração por meio de polias e pesos.

Sendo uma forma contínua de tracionar o membro fraturado (GRADISAR JR., 1993, p. 129).

A tração contínua pode ser aplicada cutaneamente ou através da forma esquelética,

que consiste na transfixação de pinos ou fios diretamente ao osso. Dependendo do sentido da

deformidade a ser corrigida, a força de tração pode ser aplicada oblíqua, vertical, ou

horizontalmente, (TUCCI NETO e LAREDO FILHO, 2000, p. 9).

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A tração contínua é utilizada para fraturas diafisárias e articulares. Ela não mantém

a fratura imóvel, mas pode puxar um osso longo em linha reta e mantê-lo no seu

comprimento. O objetivo é manter a posição reduzida ao mesmo tempo em que o paciente é

colocado suficientemente confortável para realizar exercícios de mobilização articular

ativamente (APLEY e SOLOMON, 1998, p. 354).

Harkess, Hamsey e Harkess (1993, p. 28) referem-se à importância da manutenção

da fratura em tração da fratura em tração esquelética no período pré-operatório, pois irá

reduzir a dor, e irá agir nos tecidos moles, que vão se tornar resistentes pela diminuição da

elasticidade devido à hemorragia e edema gerado nos tecidos circunvizinhos pela fratura.

2.4 Cinesioterapia

A cinesioterapia, segundo Secco (1999, p. 15) “é o uso de exercícios ou

movimentos como forma de tratamento, com base no princípio de que um órgão ou sistema se

adapta aos estresses aos quais são submetidos”.

O exercício é a modalidade terapêutica mais utilizado no campo da fisioterapia,

prescrito no tratamento da maioria das incapacidades físicas. Um organismo ou tecido que

não é solicitado descondiciona e perde a capacidade que antes possuía, cabendo à

fisioterapia envolver a aplicação e o ajuste de treinamento, quanto ao tipo e quantidade, para

que se obtenha como resultado a adaptação desejada, sem lesão, (BATTISTELLA e

SHINZATO, 1995, p. 237).

A abordagem reabilitativa no tratamento das fraturas deve iniciar-se, sempre que

possível, logo após a conduta ortopédica, conservadora ou cirúrgica. A partir daí, a

integração entre a equipe cirúrgica e a de reabilitação é de fundamental importância no

sucesso do tratamento do paciente. O encaminhamento para reabilitação deve ser precoce e

as informações referentes as intercorrências ou dificuldades observadas durante o ato

cirúrgico, restrições impostas pela patologia ou pela técnica cirúrgica, devem estar claras

para auxiliar no programa de tratamento (CHAMLIAN, 1999, p. 95).

O autor explica que na fase precoce do tratamento conservador, devemos

posicionar o paciente adequadamente no leito, elevando a extremidade acometida,

favorecendo o retorno venoso e diminuindo o edema pós-traumático; a movimentação das

articulações não imobilizadas deve ser incentivada, através de exercícios ativos livres ou

ativos assistidos, bem como exercícios isométricos, ativos, da musculatura acometida.

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2.5 Exercícios isométricos

A fisioterapia dispõe de vários tipos de exercícios musculares para a reabilitação

de seus pacientes, um deles é a atividade isométrica.

Segundo Kisner e Colby (1998, p. 70), “o exercício isométrico é uma forma de

exercício que ocorre quando um músculo se contrai sem uma mudança apreciável no

comprimento do músculo ou sem movimento articular visível”. Embora não seja feito

trabalho físico, uma grande quantidade de tensão e força resultante é produzida pelo músculo.

Os exercícios isométricos têm a vantagem de ser fácil de se realizar para a maior

parte dos músculos, requerendo pouco tempo e apresentado pouca sensibilidade muscular. Por

serem estáticos, esses exercícios são úteis quando o movimento articular é doloroso ou contra-

indicado. Entretanto, há algum questionamento, segundo Battistella e Shinzato (1995, p. 254),

sobre a transferência de força isométrica para uma situação dinâmica, e sabe-se que o ganho

de força ocorre principalmente no ângulo no qual o exercício foi realizado.

Contudo, os autores acima dizem que estes exercícios são de grande valor, pois são

capazes de fortalecer um músculo sem a necessidade de movimento articular, propriedade

extremamente útil em patologias articulares. Também sendo favorável, em condições que

exigem imobilização como, por exemplo, durante o tratamento de fraturas.

Os exercícios isométricos são usados na fase inicial da reabilitação sem perigo de

aumentar a irritação da articulação, visto que esta se mantém imóvel. Suas vantagens são:

aumentam a força muscular estática; contribuem para evitar a atrofia; ajudam a diminuir o

edema (os músculos funcionam como bomba que colaboram na remoção do líquido);

previnem a dissociação nervosa graças às contrações musculares, as quais estimulam o

sistema mecanorreceptor de tecido vizinhos; podem ser realizados em qualquer lugar;

dispensam equipamentos especiais; podem ser realizados durante breves períodos de tempo,

(MALONE, MCPOIL e NITZ, 2000, p. 227).

3 METODOLOGIA

3.1 Tipo de pesquisa

Este estudo, segundo Köche (2001, p. 124), caracteriza-se pelo aspecto descritivo

com caráter não experimental, assumindo, de acordo com Rauen (2002, p. 58), o caráter de

pesquisa qualitativa de descrição do tipo estudo de casos, que segundo o autor, “é uma análise

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profunda e exaustiva de um ou de poucos objetos, de modo a permitir o seu amplo e detalhado

conhecimento”. Tendo como vantagens: o estímulo a novas descobertas, a ênfase na

totalidade e a simplicidade dos procedimentos. O principal fator limitante é a dificuldade de

generalização das conclusões obtidas.

3.2 População

A população estudada constitui-se por 4 pacientes do sexo masculino, com idade

de 27,5±8,1 anos, internados no setor 5 do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) de

Tubarão, no período de 04 de março de 2002 a 03 de abril de 2002, com diagnóstico de

fratura de fêmur ou tíbia, submetidos à redução por tração esquelética balanceada, que

receberam atendimento fisioterápico durante 3±1,4 sessões .

3.3 Instrumento utilizado na coleta de dados

Foram utilizados para a coleta de dados nesta pesquisa:

- um formulário (apêndice A), preenchido pelo próprio examinador durante a

análise dos prontuários hospitalares da amostra estudada;

- exame radiológico de controle, anterior à aplicação de fisioterapia pelo serviço

fisioterápico do estágio supervisionado da Unisul, e posterior à aplicação da fisioterapia, no

dia anterior à fixação cirúrgica;

- câmera fotográfica digital Sony FD Mavica MUC – FD75 com qualidade fine;

- negatoscópio, instrumento utilizado para visualização de filmes radiológicos.

3.4 Procedimentos utilizados na coleta de dados

Fez-se contato semanal com os funcionários do setor 5 do HNSC de Tubarão, com

o intuito de selecionar os prontuários de pacientes que se enquadrassem nos quesitos da

delimitação deste estudo.

Posteriormente, a partir da análise dos prontuários hospitalares, realizou-se um

levantamento dos dados dos pacientes selecionados.

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Logo após, foram fotografados os exames radiológicos de controle de cada

paciente selecionado, um com data do primeiro dia em tração e outro com data do último dia.

Estes exames ficaram dispostos no negatoscópio para a realização da coleta destes dados.

3.5 Instrumentos utilizados na análise dos dados

- imagem radiológica: avaliação qualitativa e quantitativa da evolução relacionada

à redução dos fragmentos;

- parecer médico sobre a evolução radiológica: relação entre os fragmentos ósseos;

- software (Corel DRAW 9) plataforma Windows ME: traçando-se 2 linhas

paralelas aos periósteos dos principais fragmentos da fratura, e verificando a angulação entre

eles;

- tabela simples: para disposição dos dados, e melhor entendimento dos mesmos.

3.6 Procedimentos utilizados para análise dos dados

Para analisar a atuação da fisioterapia, dividiu-se a amostra em 2 grupos: sendo

que um grupo realizou atividade isométrica no membro fraturado durante as sessões, e o outro

grupo não realizou tal atividade devido à referência álgica.

Para a avaliação qualitativa da evolução radiológica do período de tração de cada

paciente, foi solicitado parecer médico ao ortopedista e traumatologista Giovanni Benedet

Camisão, que realizou o mesmo em 15/05/2002.

Para a avaliação quantitativa foram comparadas a diferença entre os graus de

desvio dos dois fragmentos principais da fratura, da primeira radiografia, ou seja, antes da

fisioterapia, com a segunda radiografia, depois da aplicação da fisioterapia. Deve-se

acrescentar o erro das variações dos planos das radiografias, visto que, são realizadas com o

paciente no leito.

Na avaliação do ângulo (desvio), foram considerados segmentos de reta as regiões

corticais (periósteo) e o prolongamento da região cortical contígua, onde o vértice foi o

encontro entre os dois segmentos, ou retas paralelas a estes.

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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.1 Resultados obtidos

Tabela 01 – Resultados da evolução dos exames radiológicos do grupo 1 (realizou isometria)

Paciente Rx1 Rx2

Id1 Fratura cavalgada e angulada, lesão

periosteal

Evidência de distração do foco

fraturário e diminuição da angulação

Id2 Fratura angulada c/ distração de

fragmentos ósseos, lesão periosteal

grave

Evidência de alinhamento satisfatório

Fonte: Laudo Giovanni Benedet Camisão – CREMESC 5999

Tabela 02 – Resultados da evolução dos exames radiológicos do grupo 2 (não realizou

isometria)

Paciente Rx1 Rx2

Id3 Fratura angulada, lesão periosteal

Pouca evidência de redução devido à qualidade do filme

Rx1

Id4 Fratura angulada com distração

fragmentar, lesão periosteal grave

Mínima evolução em relação à

distração do foco fraturário e angulação

Fonte: Laudo Giovanni Benedet Camisão – CREMESC 5999

Tabela 03 – Angulação/desvio (grupo 1)

Paciente Rx1 Rx2

Id1 8° 4°

Id2 17° 0°

Fonte: Dados do autor

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Tabela 04 – Angulação/desvio (grupo 2)

Paciente Rx1 Rx2

Id3 10° 8°

Id4 14° 12°

Fonte: Dados do autor

4.2 Discussão

Os princípios fundamentais para a recuperação de uma fratura, descritos pela AO

2002 apud Rüedi e Murphy (2002), são destacados novamente para reforçar a interpretação e

análise dos dados desta pesquisa, ou seja: é necessário que haja redução da fratura para

restaurar as relações anatômicas, evitando-se a consolidação viciosa, pois segundo Schatzer

(2002, p. 3) deve haver preocupação com relação à diáfise fraturada, com o comprimento,

com o alinhamento e com a rotação do membro, subseqüente à lesão; outro ponto importante

é a preservação do suprimento sangüíneo a partes moles e ao osso por meio de manuseio

cuidadoso e de técnicas de redução cuidadosas, sendo primordial o comentário de Boer (2002,

p. 99) que se refere à preservação de partes moles e do periósteo circundantes da fratura,

objetivando a manutenção de todo suprimento sangüíneo existente, sabendo-se da íntima

relação entre o aporte sangüíneo no local da fratura e nas partes adjacentes, e o processo de

consolidação fraturária. Segundo o autor citado acima, o princípio da mobilização precoce,

atrai enormes benefícios para os pacientes no que diz respeito a evitar-se a doença fraturária

ou algodistrofia, causada pela imobilização prolongada.

Levando-se em consideração os princípios da AO 2002 relatados acima, pode-se

verificar através dos resultados obtidos na pesquisa, que ambos os grupos observados

apresentaram evolução radiológica favorável, em relação comparativa dos dados obtidos da

primeira radiografia (Rx1) com a segunda radiografia (Rx2), nas duas variáveis em questão:

laudo médico e angulação dos fragmentos.

Segundo a análise qualitativa do parecer médico (dados subjetivos), a relação entre

os fragmentos fraturários dos dados de Rx1 e Rx2 (tabelas 1 e 2), foram favoráveis, dentro da

medial de dias de permanência em tração, que foi de 10±3,2 dias.

Através da análise quantitativa obteve-se a relação entre os ângulos de Rx1 e Rx2 de cada

paciente (tabelas 3 e 4), que demonstrou redução dos fragmentos ósseos através da

diminuição do ângulo de Rx2 mensurado em relação ao Rx1.

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Raio X de controle anterior a fisioterapia Raio X de controle após a fisioterapia

Diante dos resultados satisfatórios pode-se observar, através da análise

comparativa entre as tabelas 1 e 2 e as tabelas 3 e 4, que não houve diferenças entre o grupo 1

(grupo que realizou isometria) e o grupo 2 (grupo que não realizou isometria), em relação às

variáveis em questão, visto que em todos os casos estudados houve lesão completa do

periósteo, portanto, ausência da dobradiça periosteal, que segundo Harkess, Hamsey e

Harkess (1993, p. 29) auxilia na estabilização do foco fraturário permitindo melhor redução

dos fragmentos. Então, mesmo sem este dispositivo auxiliar na estabilização da fratura, não

houve efeito iatrogênico no que diz respeito ao ângulo dos fragmentos ósseos, demonstrando

que a força de contração muscular gerada com o exercício isométrico é inferior a força de

tração contrária da redução da fratura. Desta forma, observamos que esta técnica de

tratamento fisioterápico atuou positivamente na recuperação das fraturas diafisárias de fêmur

e tíbia dos pacientes estudados.

Chamlian (1999, p. 95) e Bertolucci (1999, p. 63) referenciam a importância da

manutenção do trofismo ósseo e muscular quando estes estão afastados de suas funções

normais, ou seja, restritos ao leito. Essa manutenção tem por objetivo prevenir a

desmineralização óssea por desuso e, portanto, evitando a osteopenia; prevenir a hipotrofia

muscular e perda de força; ativar a circulação sanguínea, acelerando a resolução do processo

inflamatório local.

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CONCLUSÃO

A interdisciplinaridade na reabilitação completa de pacientes acometidos por

disfunções físicas deve-se fazer presente no cotidiano de instituições da saúde, visando o

trabalho em conjunto e a troca de informações unidas por um só objetivo: o bem estar de

nossos pacientes. Demonstrando assim, a capacidade individual de realizar as tarefas a nós

atribuídas.

Este estudo caracteriza a efetividade da atuação da fisioterapia como parte

crescente e adicional no tratamento clínico das fraturas dos casos em questão, sem gerar

fatores influenciavelmente negativos ao prognóstico dos pacientes.

Através deste, possibilitou-se um melhor esclarecimento do assunto, minimizando

as dúvidas existentes relacionadas com os efeitos do tratamento fisioterápico na clínica

traumatológica.

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