Ler HQs alm de ser uma atividade que pode ser desenvolvida observando-se todas as estratgias de leitura, tambm levar os leitores a momentos que antecedem a prpria leitura das letras, pois a estru-tura desse gnero hbrida e possibilita leituras ml-tiplas. Andrade & Alexandre (2008)In Prtica da Escrita Histrias em Quadrinhos Para que se compreenda em sua totalidade uma HQ, precisamos ler no s seu texto, como tambm as suas imagens, cones, bales, quadros, recursos vi-suais, enfim todas esses elementos que fazem parte de sua estrutura e que, em conjunto, do sentido narrativa.

Vamos, ento, a seguir mostrar um pouco desses elementos constitutivos das HQs.

Childhood Book - Sarah Stilweell Weber - Blue Lantern Studio / CORBIS (1904) http://recantodaspalavras.files.wordpress.com/2008/06/aahz001034.jpg

A vinheta a unidade mnima de significao da HQ, de um espao e de um tempo, na construo da histria.

Quando duas ou mais vinhetas se articulam, po-demos dizer que existe uma sequencia da narrativa.

As vinhetas se entrelaam na HQ, para representar os momentos significativos da ao.

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As letras de nosso alfabeto so smbolos originados de imagens reais, resultado da abstrao, que aconteceu em algum momento da histria do homem.

Nas Histrias em Quadrinhos as letras representam um recurso importantssimo. Quase sempre aparecem em caixa alta e bem legveis, para facilitar sua leitura.

E, conforme a expresso que o cartunista deseja dar ao da personagem, as letras podem aparecer maiores, deformadas e negritadas.

A letra A, por exemplo, originalmente, era um pictograma que representava a cabea de umboi.

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Saiba mais: http://horaderelaxar.com.br/wp-content/uploads/2009/01/escrita.jpg

Nos Quadrinhos as letras e, consequentemente, as palavras, so inseridas em bales que podem representar pensamento, dilogo, grito ou narrao, de-pendendo do desenho de seu contorno.

Os bales contm um rabicho ou apontadores, para indicar a autoria da mensagem.

Os bales podem assumir con-torno diversos, para ajudar nas expresses das personagens.

ESTE UM BALO PRPRIO PARA

DIALOGO

ESTE UM BALO QUE INDICA

PENSAMENTO...

ZZZZ...INDICA SONHO

ESTE O BALO USADO PARA

GRITO!!!BALO USADO PARA

XINGAMENTO OU RAIVA

ESTE USADO PARA FALA EM

GRUPO

SEM RABICHO, O BALO INDICA

UMA NARRAO...

As vinhetas se entrelaam para narrar uma ao, e desta forma, estabelecem uma relao sequen-cial. Apesar das imagens serem estticas e descontnuas, caber imaginao do leitor dar movi-mento cena (sugerido pelo desenho), e dar unidade narra-tiva. A ordem de leitura dos bales con-tidos em cada vinheta segue a mesma da leitura de qualquer texto da esquerda para a direita, de cima para baixo. Assim tambm ser a ordem de leitura das vinhetas que constituem a narrativa.

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As onomatopias imitam um som a-travs de um fonema ou palavra, acompanhados de um recurso visual (formas, linhas e cores). Rudos, gritos, canto de animais, sons da natureza, barulho de mquinas, o timbre da voz humana fazem parte do universo das onomatopias. As ono-matopias, em geral, so de entendi-mento universal. Exemplo: Buuum, Atchim, Au-au, Ping-pong, Rrrrrr, Miau, Rac-rac-rac, Clic, din-don, Craak , Pow, Gluup ...

http://jornale.com.br/esquadrinhando/wp-content/uploads/2009/05/roy_lichtenstein-218x300.jpg

Saiba mais: http://www.marel.pro.br/onomat.htm

Vrios recursos grficos po-dero ser usados pelo cartunista para melhor representar as aes e movimentos das per-sonagens durante a narrativa: tracinhos paralelos, bolinhas, estrelinhas, brilhos, fumacinha, rastros... e as expresses fisionmicas para representar tristeza, alegria, dor, espanto...

Tal como na fotografia e no cinema, uma ou mais persona-gens podem ser desenhadas em close (primeiro plano) quando o cartunista quer dar maior nfase a ela, naquele momento da histria.

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A narrao inserida em um balo sem rabicho ou apontador tem uma funo muito importante na cos-tura da narrativa de uma HQ. O narrador personagem invisvel que pode ser aquele que conta a histria, o autor ou ainda o que tira concluses a respeito dela.

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BOM TRABALHO!!!