Eimeria

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Filo Apicomplexa II

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Aula de Parasitologia Aplicada

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Filo Apicomplexa II

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Taxonomia

Reino ProtozoaFilo ApicomplexaClasse SporozoasidaSub-Classe CoccidiasinaOrdem EucoccidioridaFamília EimeriidaeGênero Eimeria

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Gênero Eimeria

Aves

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Importância

• Nome da doença: eimeriose, coccidiose• Doença parasitária mais importante na avicultura• Mais importante em frangos de corte, pois ficam em

camas no chão, podendo se infectar facilmente• Pouco comum em aves poedeiras, uma vez que

permanecem em gaiolas suspensas, diminuindo a possibilidade de ingestão dos oocistos

• Oocistos altamente resistentes a desinfetantes comuns

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Espécies que afetam as aves

• *E. acervulina (duodeno)• *E. maximo (jejuno)• *E. tenella (ceco)• E. necathrix matrizes reprodutoras• E. mitis• E.brunetti• E. praecox

*espécies mais comuns e importantes

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Características

• Oocisto esporulado contendo 4 esporocistos com 2 esporozoítos em cada

• Parede do oocisto com dupla camada• Presença do corpo de Stieda no esporocisto• Esporocisto ovóide• Esporozoítos em forma de ‘banana’• Microgametas (gameta masculino) com 2 ou 3

flagelos

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Oocisto não esporulado

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Oocisto esporulado

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Características

• Eimeria acervulina– Parasita o duodeno das aves;– Tamanho: 17-22 x 13-18mm;

• Eimeria tenella– parasita o ceco das aves;– Tamanho 19-28 x 16-25mm

• Eimeria maxima– Parasita o intestino médio das aves– Tamanho 30 x 20 µm

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Características

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Ciclo Biológico

• Fase Assexuada– Esporogonia (meio ambiente)– Esquizogonia (ave)

• Fase Sexuada– Gametogonia (ave)

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O oocisto maduro se desprende do epitélio, caem na luz intestinal e são eliminados nas fezes

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Após 24-48h, a 27-30ºC e umidade, o oocisto esporula, se tornando infectante (4 esporocistos com 2 esporozoítos em cada)

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• Oocisto esporulado é ingerido por uma ave saudável, e, por ação mecânica da moela ou enzimática do proventrículo, rompe-se, liberando os esporocistos

• Chegando no intestino, sofrem ação da tripsina, liberando os esporozoítos

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Esporozoítos Eimeria sp.

Esporozoítos em forma de ‘bananinha’

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Cada esporozoíto invade 1 célula do epitélio intestinal, e se transforma em uma forma arredondada, denominada trofozoíto

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Após formar o trofozoíto, inicia-se a endodiogenia, formando o esquizonte imaturo de 1ª geração

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O esquizonte imaturo de 1ª geração, se desenvolve, podendo conter aproximadamente 200 merozoítos

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O esquizonte imaturo, se transforma em esquizonte maduro de 1ª geração, que rompe e libera os merozoítos de 1ª geração (fase mais patogênica do ciclo, causando hemorragia e alta mortalidade)

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Os merozoítos de 1ª geração entram em outras células intestinais para formar o esquizonte imaturo de 2ª geração, podendo chegar até a 4ª geração

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Torna-se esquizonte maduro de 2ª geração, rompe-se e libera os merozoítos de 2ª geração na luz intestinal

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Cada merozoíto de 2ª geração invade uma célula intestinal, iniciando a fase de gametogonia; forma-se o gametócito macho e fêmea, cada um em uma célula separada

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Os gametócitos maturam, formando os o microgametócitos (gametócito macho), e macrogametócitos (gametócito fêmea)

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O gametócito macho toma toda a célula (lateralização do núcleo da célula intestinal), e forma os microgametas biflagelados; o gametócito macho se rompe, liberando os microgametas que vão para a luz intestinal

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Os microgametas procuram os gametócistos fêmea, e ocorre a fecundação do microgameta com o macrogameta, formando o zigoto ou oocisto imaturo

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Ocorre asecreção de uma substância que forma uma membrana adicional, que aumenta a resistência do oocisto ao meio ambiente (membrana cística)

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Ocorre a ruptura da célula intestinal, o oocisto cai na luz intstinal, e é eliminado pelas fezes no meio ambiente

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Ciclo Biológico

• Duração total = 4-7 dias• Período Pré-Patente (PPP) = 4-6 dias– Do momento da ingestão do oocisto até a eliminação

• Período Patente (PP) = 4-7 dias– Período de eliminação dos oocistos

Ave se infecta somente 1 vez, porém está sempre em contato com oocistos, devido a cama

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Sobrevivência dos oocistos na cama

Intervalo entre lotes

Sobrevivência (%)

0 a 5 dias 90 a 100

6 a 14 dias 40 a 50

14 a 21 dias 10 a 15

+ de 21 dias < 10

• Vazio sanitário é muito importante para não infectar o próximo lote

• 1 oocisto ingerido pode formar 500 mil novos oocistos

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Diferenças entre as espécies de Eimeria

Espécie Localização na mucosa

Região parasitada

PPP(d) esporulação

E. acervulina Epitélio Duodeno 4 17 horas

E. maxima Gametócitos sub-epiteliais

Jejuno 6 30 horas

E. tenella Esquizonte sub-epitelial (2ªgeração)

Ceco 7 18 horas

E. necathrix Esquizonte sub-epitelial (2ªgeração)

Jejuno/ceco 7 18 horas

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Pintinhos comendo fora do comedouro, do chão, podendo ingerir fezes contendo oocistos esporulados de Eimeria sp.

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Pintinhos entram neste tipo de comedouro, podem defecar no alimento e contaminar com oocistos

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Cama suja e emplastrada, ideal para desenvolvimento dos oocistos

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Cama molhada debaixo dos bebedouros

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Bebedouro balançando, derruba água na cama, deixando-a úmida; ambiente propício para o desenvolvimento dos oocistos de Eimeria sp.

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Vazamento de água do cano, deixa as aves e a cama molhadas

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Aves molhadas e sujas devido vazamentos de água estresse térmico

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Não se deve retirar toda a cama, deve-se deixar uma parte, mesmo com oocistos de Eimeria sp., para favorecer a imunidade

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Interação com o meio ambiente

• Fatores relevantes para o desempenho– Alimentação– Manejo– Condições ambientais– Densidade populacional (22 aves/m2)– Período entre lotes (saída de um e entrada de um

novo)– Vacinação– Qualidade dos pintinhos

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Interação com o meio ambiente

• Fatores relevantes para o manejo– Diminuição do estresse– Instalações– Desinfecções– Água/alimentação– Qualidade do ar– Qualidade da cama– Temperatura do galpão

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Patogenicidade

• Fatores predisponentes– Dose de infecção– Viabilidade dos oocistos– Localização intestinal – depende da espécie– Idade do hospedeiro – maior letalidade em jovens– Outros enteropatógenos – ruptura celular

favorece outros patógenos como Clostridium sp.– Status nutricional

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Dinâmica da Coccidiose

• Vazio sanitário inadequado• Introduz ave em galpão com oocistos remanescentes,

se infecta na 1ª semana• Na 2ª-3ª semana já inicia eliminação de oocistos• Entre 3-4 semanas ocorre o pico de eliminação; ainda

não há imunidade o suficiente, ocorre alta mortalidade

• Entre 4-5 semanas ainda há grande quantidade de oocistos

• Entre 5-7 semanas ocorre a diminuição dos oocistos

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• 60

• 50

• 40

• 30

• 20

• 10

• 0

• 0-1

• 1-2

• 2-3

• 3-4

• 4-5

• 5-6

• 6-7

• Idade das aves (semanas)

•N

úm

ero

de

oocis

tos p

or

gra

ma

(milh

ar)

Dinâmica da Coccidiose