Editorial Navegar e VIVER - SBOT · “Navegar é preciso Viver não é preciso” E N Resgatando...

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é de César A César o que A César o que Editorial Pág. 02 Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Nº 62 Julho 2005 Pág. 02 O recadastramento dos membros é fun- damental para que a Comissão de Previdência da SBOT dê seqüência na negociação com companhias de seguro, visando a disponibilizar diversos pro- dutos nessa área. Entretanto, há outra razão tão importante quanto esta para todos os colegas se recadastrarem: a necessidade de sabermos real- mente quem somos. A ficha de reca- dastramento está novamente dispo- nível nesta edição. É esquisito e estranho tudo que vivenciamos por aqui, no cotidiano desse paraíso tropical, onde tudo se desenvolve conforme a conveniência de uns poucos. Navegar exige planejamento prévio, mas a vida é tempes- tuosa e incerta. Opinião O vislumbre de lucros altos iniciou o processo de deterioração de um interessante triangulo: médico-prestadora de serviço de saúde- fornecedor de material. Pág. 05 Pág. 09 Campanha A SBOT está participando de um projeto encampado por várias sociedades de espe- cialidades e entidades ligadas à questão do trauma, com objetivo de propor políticas nacionais de atendimento e prevenção. Págs. 05, 06, 07 e 12 FAÇA O SEU RECADASTRAMENTO! Preencha e envie-nos o formulário encartado nesta edição. FAÇA O SEU RECADASTRAMENTO! Preencha e envie-nos o formulário encartado nesta edição. E ntre os dias 14 e 16 de julho as principais lideranças da Ortopedia Brasileira estiveram reunidas no Rio de Janeiro para a 18ª edição do Ortra Internacional. Além de oferecer uma programação científica com conteúdo programático de um dos principais congressos do mundo, fato que mereceu elogios dos congressistas, o encontro também foi palco para a realização de inúmeras reuniões de trabalho da SBOT. Destaque para a reunião da Comissão Executiva e para o Fórum de Defesa Profissional (foto), que discutiu a qualidade dos materiais de implante em Ortopedia e Traumatologia. E Palavra do presidente A Ortopedia e o Vietnã Pág. 03 Entrevista O 1º vice-presidente da SBOT, Arlindo Pardini conta suas experiências do tempo em que viveu em Saigon como médico, durante a Guerra do Vietnã, participando de um programa de ensino e treinamento em cirurgia da mão. A Ortopedia e o Vietnã A CET está sugerindo novos critérios para a avaliação dos serviços credenciados pela SBOT, baseando-se em indicadores quan- titativos e qualitativos. Treinamento é de César Projeto Trauma Projeto Trauma Navegar e Navegar e Navegar e Navegar e Navegar e VIVER Navegar e Navegar e Navegar e Navegar e Navegar e VIVER Pág. 08

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Julho 2005

é de CésarA César o queA César o que

Editorial

Pág. 02

Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de

Ortopedia e Traumatologia Nº 62 Julho 2005

Pág. 02

Orecadastramento dos membros é fun- damental para que a Comissão de

Previdência da SBOT dê seqüência nanegociação com companhias de seguro,visando a disponibilizar diversos pro-dutos nessa área. Entretanto, há outrarazão tão importante quanto esta paratodos os colegas se recadastrarem:a necessidade de sabermos real-mente quem somos. A ficha de reca-dastramento está novamente dispo-

nível nesta edição.

É esquisito e estranho tudo que vivenciamospor aqui, no cotidiano desse paraíso tropical,onde tudo se desenvolve conforme aconveniência de uns poucos. Navegar exigeplanejamento prévio, mas a vida é tempes-tuosa e incerta.

Opinião

O vislumbre de lucros altos iniciou o processode deterioração de um interessante triangulo:médico-prestadora de serviço de saúde-fornecedor de material. Pág. 05

Pág. 09

Campanha

A SBOT está participando de um projetoencampado por várias sociedades de espe-cialidades e entidades ligadas à questão dotrauma, com objetivo de propor políticasnacionais de atendimento e prevenção.

Págs. 05, 06, 07 e 12

FAÇA O SEU RECADASTRAMENTO!Preencha e envie-nos o formulário encartado nesta edição.

FAÇA O SEU RECADASTRAMENTO!Preencha e envie-nos o formulário encartado nesta edição.

Entre os dias 14 e 16 de julho as principais lideranças da Ortopedia Brasileiraestiveram reunidas no Rio de Janeiro para a 18ª edição do OrtraInternacional. Além de oferecer uma programação científica com conteúdo

programático de um dos principais congressos do mundo, fato que mereceuelogios dos congressistas, o encontro também foi palco para a realização deinúmeras reuniões de trabalho da SBOT. Destaque para a reunião da ComissãoExecutiva e para o Fórum de Defesa Profissional (foto), que discutiu a qualidadedos materiais de implante em Ortopedia e Traumatologia.

E

Palavra do presidente

A Ortopedia eo Vietnã

Pág. 03

Entrevista

O 1º vice-presidente da SBOT, Arlindo Pardiniconta suas experiências do tempo em queviveu em Saigon como médico, durante aGuerra do Vietnã, participando de umprograma de ensino e treinamento emcirurgia da mão.

A Ortopedia eo Vietnã

A CET está sugerindo novos critérios para aavaliação dos serviços credenciados pelaSBOT, baseando-se em indicadores quan-titativos e qualitativos.

Treinamento

é de César

Projeto TraumaProjeto Trauma

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Jornal da SBOT

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PALAVRA DO PRESIDENTE

Estarreço-me com a constataçãode que, por anos e anos, acheiesses versos insossos e sem

importância alguma para a vida cor-rida de um pobre mortal latino-ameri-cano. Coisa mais sem nexo! E por queentão, muitos os apreciavam? Comopoderia ser mais importante navegardo que viver? Poderia a navegação,mesmo àquela época, ser mais espe-tacular do que aprópria vida? Não,com certeza não!Até que um dia oóbvio adveio. Meucaro, navegar deve etem que ser preciso,pois exige planeja-mento e traçado pré-vios e tudo deve acontecer conformeo que fora calculado. A vida não: étempestuosa, não há certezas, nemsegurança. Tudo pode acontecer,desde navegar com precisão, e até cairnuma paixão. Mas oh! gajo, por queestou a falar sobre isto?Porque, metaforicamente é o que meparece acontecer com a profissão mé-dica. Senão, veja! Por que navegar épreciso, se não há vida? Se não éestranho é, no mínimo, esquisito.Assim como é esquisito e estranho tudoque vivenciamos por aqui, no cotidia-no desse paraíso tropical, onde tudose desenvolve conforme a conveniên-cia de uns poucos. Nesta edição vocêpode ver exemplos clássicos de quenem sempre vai a César o que é deCésar. O favorecimento é direcionadopara quem tem mais poder de grito,de voto, de mando e, por fim, de com-pra (mesmo que seja com "mensali-dades"). Eu, honestamente, não con-sigo entender o que acontece em

relação à profissão médica, que à se-melhança do que infere o poema, éde importância muito óbvia, portanto,necessária como a vida. Mas aqui nopaís, é dúbia a interpretação, pois odiagnosticar e o tratar ainda não sãoconsignados ao médico. Acredite-me,com o sentido de necessidade, pare-ce que estes atos não são precisosnem para a Sociedade e aparente-

mente nem para omédico. Duvidas?Então, veja: quantosabaixo-assinadosinsistentemente re-metidos pelo CFMvocê já devolveupreenchidos? Seriamapenas 25 pessoas,

aqueles pacientes que você trata dia-riamente, convenhamos não é muito!Duvido que ao menos um daquelesfolhetos você se deu ao trabalho detentar preencher. Não é estranho?Queremos reconhecimento como pro-fissionais, e veja bem, numa profissãoque é venerada e refutada por todoscomo mágica e sublime. Talvez sejapor isso que não nos mexemos, eassim, outros profissionais passam adesempenhar atos eminentementemédicos, e vão se avolumando, to-mando como sua atribuição o que nosé concedido com exclusividade. Nãoé dúbio o sentido e o valor das coisas?É necessária a participação ativa econsciente, individual ou coletiva, poismedicar não é preciso, há que ter ca-pacitação; tratar é preciso, havendopara isso lei e certificação. Sacou?Então mexa-se como bom navegador,antes que haja o naufrágio.

Cláudio SantiliEditor-chefe

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Nos últimos dois meses temosencorajado os membros daSBOT a fazerem o recadas-

tramento, preenchendo o formulárioencartado no Jornal da SBOT oufazendo através do nosso site. Essainsistência justifica-se porque, comojá foi amplamente noticiado, a atualdiretoria da SBOT pretende dis-ponibilizar para todos os membros,serviços na área deseguros de vida eprevidência privada aum custo mais redu-zido do que o ofere-cido pelo mercado. AComissão de Previ-dência já está con-tatando diversas com-panhias de segurose vai escolher aquelaque nos oferecer omelhor pacote. Comessa ação, estamosdando um passo im-portante para asse-gurarmos o futuro da nossa família.É fundamental que todos participem,pois quanto maior for o número deadesões, maiores serão as vanta-gens que poderemos ter. Como setrata de uma área normatizada efiscalizada pelo Governo Federal, asinformações do segurado e de seusdependentes legais ou beneficiáriosprecisam ser minuciosas. Já rece-bemos mais de duas mil fichas, masmetade delas está incompleta, comalguns campos em branco. É im-portante que você assinale todas asinformações solicitadas para poder-mos oferecer o benefício.Mas além do seguro, há outro motivoimportante para você se recadastrar.

Nos últimos dias, ao fazermos umlevantamento do nosso cadastro,verificamos que há casos em quea atualização não é feita desde1960! Alguns colegas que já estãopróximos de sua aposentadoriaainda trazem informações da épocaem que estavam no início de suavida profissional. Tal realidade nosfez pensar que o recadastramento

será importante nãoapenas para cumprirnossa meta inicial,mas também, pararesgatar nossa pró-pria identidade. Ago-ra mesmo estamosenvolvidos com aelaboração de umarevista que vai re-lembrar uma históriaque iniciamos há 70anos, contada pordezenas de colegasque viveram partedos acontecimentos

que serão relatados. Com lança-mento previsto para o dia 19 desetembro, a revista vai relatar tudoo que fizemos e quem somos. Sevocê ainda não enviou sua ficha derecadastramento porque não estáinteressado nos serviços que serãooferecidos, faça isso para que sai-bamos quem você é. Utilize a fichaque se encontra encartada nesta edi-ção. No futuro, você irá perceber queos cinco minutos gastos no preenchi-mento não foram em vão.

Walter Manna AlbertoniPresidente da SBOT

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“O recadastramentoserá importantenão apenas para

cumprir nossameta inicial,

mas também, pararesgatar nossa

própria identidade.Utilize a ficha que seencontra encartada

nesta edição”.

Há uma luz no túneldos desesperados

Há um cais de porto praquem precisa navegar

Eu tô na lanterna dos afogadosEu tô te esperando

Vê se não vai demorar

Hebert Vianna - Paralamas

“Navegar é preciso” -Fernando Pessoa

EDITORIAL

EDITORIAL DEFESA PROFISSIONAL

A Corrupção é um Câncer que mata!A Corrupção é um Câncer que mata!Estamos assistindo ao mais

grotesco, abominável e vergo-nhoso episódio da nossa polí-

tica desde a democratização do país.Se o "mensalão" existia antes, não setomava conhecimento dele. Nunca sepôs a nu tantas mazelas que atingemindistintamente a classe política bra-sileira. É claro que não podemos gene-ralizar, sob pena de sermos injustoscom grande parte dos politicos brasi-leiros honestos. É o momento propíciopara separarmos quem é corrupto dequem não o é. A base da corrupção éo fisiologismo e ambos são um câncerque atingem todo o organismo social,causando metástases que acabam pormatá-lo. A corrupção explícita liquida

os valores da nossa sociedade, valo-riza a esperteza, a desonestidade efavorece a impunidade. Inverte os maiselementares princípios de decência ehonestidade. O quedizer ao menino domorro contratado pelotraficante para trans-portar drogas? A cor-rupção tem o agenteativo e o passivo. Estápresente entre nós ediariamente nos testa. Ninguém estálivre desta tentação, principalmenteem tempos de "vacas magras", em quea sobrevivência decente está cada diamais difícil. Como devemos então tra-tar do Câncer da Corrupção? Fazendo

evidentemente exames periódicos... deconsciência, não procrastinar, nãoaceitar favores que cheiram subornosdisfarçados. Aquilo que pode acon-

tecer nas atividadesmercantis não é nor-mal na medicina. Es-tamos atravessandouma das piores criseseconômicas na áreada saúde. Há doisanos estamos tentan-

do aprovar na Câmara uma lei quedará um pouco de dignidade paranossa profissão.Enfrentamos "lobbies" terríveis, atrela-dos a grupos econômicos que vislum-bram o lucro como objetivo principal.

No SUS, cuja responsabilidade é deatender 85% dos brasileiros, a crise écrônica, com pagamentos humilhantesa médicos e hospitais. O setor da saú-de é o mais afetado. Certamente per-deu e perderá mais com a crise políticadecorrente da corrupção, mas nãopodemos tentar soluções pessoais parao problema. Apesar de maltratado,desprestigiado e de ver seu trabalhocada dia mais desvalorizado, o médiconão pode ser afetado pela onda decorrupção que ameaça alguns setoresda sociedade. O câncer da corrupçãohaverá de ser extirpado.

George BitarPres. Com. Defesa Profissional

“A corrupção explícitaliquida os valores da

nossa sociedade,valoriza a esperteza, a

desonestidade efavorece a impunidade”.

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Julho 2005 Visite o seu portal www.sbot.org.br 3

Há duas datasimportantes para aOrtopedia Brasileiraem 2005: os 70 anosda SBOT e os 30 anosdo fim da guerra doVietnã. Mas, afinal, oque estes dois fatos

têm em comum? Quempode responder a estaindagação é o 1º vice-presidente da SBOT,

Arlindo Gomes Pardini,que tem dedicado suavida à cirurgia da mãoe que integrou equipes

médicas durante aGuerra do Vietnã. Eleconcedeu a seguinte

entrevista ao dr.Glaydson Gomes

Godinho:

Como foi sua atuação no Vietnã?Esse trabalho deveria ser desenvolvidocom médicos militares, num hospitalmilitar vietnamita. Inicialmente euatendia os feridos de guerra para aliencaminhados e eles me assistiam; emoutros momentos eles faziam o proce-dimento e eu os observava. Algumtempo depois minha presença estavasendo necessária mais no momento daindicação cirúrgica e passei a supervi-sionar a equipe. Com isso tive maistempo para dar assistência em outroshospitais. Comecei no Hospital Cong-Hoa, que era o hospital central deSaigon, e em seguida passei a atendernum outro hospital que era ligado àFundação Barsky, que tinha umtrabalho voltado para crianças. Alémdesses dois locais também presteiserviços no Hospital Choquan, voltadopara o atendimento de pacientes comhanseníase, que estava praticamenteabandonado. Nesse local pude obser-var alguns heróis anônimos, médicosque faziam trabalho espetacular masque não tinham a menor noção decirurgia da mão, como transferênciatendinosa, cirurgia sobre nervos etc.Eu dividia meu tempo entre cirurgiase treinamento para a equipe.

Como essa experiência influen-ciou na sua vida profissional?Primeiramente do ponto de vista hu-mano. Quando nos vemos à volta comtanto sofrimento alheio e participamosativamente dele, com a possibilidadede proporcionar algum conforto paraas pessoas, isso nos marca profunda-mente e faz com que sejamos cadavez mais solidários, independente deconotações raciais, políticas ou reli-giosas. Foi uma experiência que meemociona até hoje.

Que benefícios foram levadospara aqueles médicos?Basicamente aprimoramento das téc-nicas de cirurgia da mão. No lepro-sário de Choquan, por exemplo, houveuma ocasião em que fui solicitadofazer cirurgia de membros inferiores,já que a hanseníase provoca para-

lisia. Comecei a marcar e realizar osprocedimentos e certo dia, depois deuma cirurgia eu e a equipe fomos to-mar um chá. Em dado momento per-cebi que o chefe da equipe, que sechamava dr. Lam, estava de costasolhando por uma janela. Quando meaproximei, percebi que ele estavachorando. Ele me confidenciou quedeveria desistir da medicina porquenão se sentia um médico e sim umamputador, já que em ca-sos semelhantes aos queeu operava, simplesmenteamputava o membro dopaciente e isso lhe faziamuito mal. Respondi queele deveria se sentir felizporque os seus deuseshaviam mostrado quepoderia haver cura para amaioria dos casos. Ele fezuma reverência muito tí-pica dos orientais e agra-deceu minha presença.Esse tipo de demonstraçãome fez acreditar ainda mais que valeua pena ter ido ao Vietnã.

Nesses 30 anos qual foi a evo-lução do tratamento dos grandesferimentos da mão?Graças a Deus estamos num país ondenão ocorrem guerras, que são asgrandes causadoras desses ferimentos,mas sofremos com a violência diáriadas grandes cidades. Naquele tempoa microcirurgia era muito pouco de-senvolvida, não havia fixadores ex-ternos, até porque as condições locaiseram muito ruins. A evolução tecnoló-gica nos possibilitou o uso de materiaisde última geração e o desenvolvimentode técnicas microcirúrgicas, comotransferências livres de retalhos paracobertura de grandes nervos, queantigamente eram preteridas em favorde amputações, que podemos consi-derar desumanas. Então, tivemos umagrande evolução.

Como as tradições do Vietnãinfluenciaram na evolução dessepovo?O vietnamita é um povo místico, ale-gre, com profundo respeito pela fa-mília e pela sua própria história. Numadas ruas centrais de Saigon havia obusto de um guerreiro que repre-sentava um soldado vietnamita quelutou contra as tropas de Gêngis Khan400 anos antes. Diz a lenda que essesoldado recebera uma mensagem emsonhos dizendo que ele deveria ir aoLago de Hanói e lá receberia umaespada dire-tamente do dragão quehabitava o lago e com ela iria expulsar

Como surgiu o Vietnã na suavida?Em 1971 eu trabalhava nos EstadosUnidos com o dr. Swanson, que era oorganizador dos médicos que sededicavam à cirurgia de mão noVietnã. Quando voltei ao Brasil, nofinal daquele ano, ele me convidoupara participar de um programa deensino e treinamento na área decirurgia da mão para médicos daquelePaís. Depois de relutar um pouco,aceitei o convite e, em 1973, fui parao Vietnã. O programa consistia emministrar cursos, palestras, aulaspráticas e realizar cirurgias com osmédicos locais, proporcionando a elesum treinamento intensivo na especiali-dade. Havia um programa intituladoInternational Rescue Committee, ligadoa uma agência americana de ajudahumanitária que facilitou muito ascoisas para minha viagem. Viajei paraos Estados Unidos, onde fui submetidoa uma série de exames em SãoFrancisco e dali segui para Saigon,onde montamos nossa base parareceber os médicos interessados nessetreinamento.

Um ortopedista naos invasores mongóis, o que de fatoaconteceu e ele foi considerado umherói. Essa é uma das muitas tradiçõespreservadas pelos vietnamitas, e eucreio que esse respeito às tradiçõestem sido fundamental para o sucessodo Vietnã.

Os horrores da guerra humani-zam ou banalizam a vida e amorte?

Quando se está no olho dofuracão realmente banali-zam porque não há se-paração entre a vida e amorte. Como nos sentimosquando estamos no hos-pital e chega uma criançacom as duas mãos ampu-tadas por causa de umabomba? Para nós isso eraterrível, mas para o res-tante fazia parte da rotinatrágica diária. Eu me lem-bro de ter acompanhado odesembarque de tropas no

delta do rio Mekong e aqueles solda-dos em fila pareciam formar umaprocissão de mortos vivos. Não haviaexpressão de lamento sequer, comodescrito por Érico Veríssimo no livroIncidente em Antares. Fiquei muitoemocionado quando vi aquilo. Quemvem de fora acaba se tornando maishumano, mas para quem vive o pro-blema, a vida passa a ser banalizada.A separação é muito tênue.

O senhor trabalhou numa guerraonde o vencedor era um povopobre e subdesenvolvido, masdeterminado. Que avaliaçãohistórica o senhor faz desse fato?Quando os Estados Unidos co-meçaram a abandonar Saigon, eu co-mentei com alguns colegas sul-vietnamitas que aquela guerra poderiaestar perdida. Eles responderam queeram um povo guerreiro e que esta-vam em guerra há 400 anos e mesmoque o Vietnã do Norte ou a China osoprimissem, eles iriam continuar lutan-do. E foi isso que aconteceu. A guerraocasionou uma degradação moral ehumana muito grande nas ruas deSaigon, com uma corrupção genera-lizada. Quando o Norte prevaleceusobre o Sul, achei que era a melhorcoisa que poderia ter acontecidoporque senão aquele povo não teriatido os avanços que hoje são obser-vados naquela região. Historicamenteisso está sendo provado, não apenaspela revolução cultural como indus-trial, comercial e social. Hoje é opaís com maior índice de desenvol-vimento na Ásia.

ENTREVISTA

Julho 2005

Um ortopedista naGuerra do VietnãGuerra do Vietnã

Arlindo GomesPardini

O hospital de Saigon, onde era ministrado o treinamento em cirurgiada mão. Na outra foto, Arlindo Pardini (dir.)

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Jornal da SBOT

A

Envie seu e-mail: [email protected] da SBOT

OPINIÃO

sua faixa de lucro, congelando o hono-rário médico e aumentando a co-brança de seus planos de saúde. Bastanos lembrarmos dos anúncios e pro-paganda de algumas empresas, quesuperavam em luxo e criatividade atéos anúncios das cervejarias. Os forne-cedores de material, importando tec-nologia, materiais descartáveis e no-vos materiais biológicos, multiplicaramos preços a níveis espetaculares. Para-fusos passaram a custar mais que au-tomóveis; materiais biológicos passa-ram ter cotação de metais raros. Asfestas em congressos e o número demédicos patrocinados em eventosinternacionais demonstravam clara-mente o lucro e a solidez destas em-presas. No ultimo congresso mundialda ISAKOS, o Brasil tinha a segundadelegação, perdendo apenas para osEstados Unidos, sede do Congresso.Uma das festas foi espetacular: váriaslimusines Hummer (aquele carroindestrutível) brancas levavam os mé-dicos para um regabofe monumentalem uma boate em Miami. O médico,bloqueado por honorários conge-lados há anos, foi o fiel desta balança.A comercialização dos materiaispassou da gentileza das festas e dopatrocínio de viagens ao recebimentoem espécie.A diferença ética entre estas formasde patrocínio é muito tênue. O estímu-lo ao consumo deu lugar, em algunscasos, ao uso desnecessário e entãoao crime deplorável da compra domédico como um pistoleiro. Este é umaspecto que não comentarei, pois

trata-se de matéria criminal que nãocabe em texto médico. O uso excessivode materiais caros levou a uma rápidadiminuição do lucro das empresasprestadoras de serviços de saúde, queacusaram os fornecedores de material,que por sua vez atribuíram ao médicoo alto custo de seus materiais, poisafinal, como poderiam pagar festas eviagens sem aumentar o preço dosmateriais? Uma vez mais o médico foiresponsabilizado e punido com des-credenciamentos sumários e com umanovidade: execração pública. A im-prensa tem acusado os médicos deroubo, uso de materiais inadequadose vários outros crimes. O mais interes-sante desta história é que ela é mun-dial. A relação entre médicos e em-presas fornecedoras de materiais éhoje objeto de severíssima fiscali-zação nos Estados Unidos. Não podehaver nem jantar patrocinado semuma atividade científica paralela. Aassistência médica tem sido respon-sabilizada por sérios problemas fi-nanceiros de governos e de grandesempresas. Recentemente a GeneralMotors, maior empresa do mundo,sugeriu que parte de seu astronô-mico prejuízo deve-se ao fato deque gasta mais com assistência mé-dica de seus funcionários do quecom a compra de aço. Qual seria asolução para este imbróglio?Se a máxima “A César o que é deCésar” fosse lembrada, acredito queo triângulo médico-empresa de saúde-fornecedor de material seria mantido.O médico, remunerado de forma ade-

Aassistência médica públicapassou a ser um encargo muitopesado para o governo e assim

criaram-se as empresas de assistênciamédica complementar. A assistênciamédica complementar foi, sem dúvida,uma opção correta e que trouxe gran-de contribuição à saúde pública e àmedicina como profissão, além de pa-gar melhores honorários para o mé-dico. A colocação em prática dos avan-ços ocorridos durante as últimas duasdécadas no campo da medicina só foipossível graças ao sistema de saúdecomplementar ou às empresas quevendem saúde como produto. O SUSnão tem a menor condição de pagaro espetacular avanço que a Ortopediateve, com as suas magras verbas quenão suprem as necessidades básicas.Os fornecedores de material ortopé-dico fizeram sua parte no desenvol-vimento da Ortopedia: patrocinaramcongressos, trouxeram novos mate-riais, importaram novas tecnologias epossibilitaram o contato de ortope-distas brasileiros com o mundo desen-volvido, trazendo profissionais do ex-terior ou possibilitando a viagem deortopedistas a vários locais de apren-dizado no mundo. O grande avançona área científica foi rapidamenteacompanhado pelo avanço na áreacomercial, que fez da saúde uma ativi-dade muito lucrativa. O vislumbre delucros altos iniciou o processo dedeterioração de um interessante triân-gulo: médico-prestadora de serviçode saúde-fornecedor de material.As empresas de seguro aumentaram

Solução para a relação médico-empresa de saúde-fornecedores de material.

A César o que é de CésarA César o que é de Césarquada, prezaria sua relação de tra-balho com as empresas que comer-cializam saúde e utilizaria materiaismelhor selecionados dos fornece-dores, de acordo com protocolos desuas sociedades científicas; as em-presas de saúde, devido a sua boarelação com os médicos, teriamprotocolos de tratamento que preser-variam a qualidade protegendo oscustos; os fornecedores teriam seusgastos de comercialização diminuídos,podendo ser mais competitivos na ven-da de seus materiais. O ponto difícildesta solução é: o que significa médicobem remunerado? Esta é uma per-gunta que cabe a nós responder. Preci-samos propor algo razoável como cus-to de nosso trabalho. Uma análise dotrabalho médico avaliado por profis-sionais de custo talvez nos dê a res-posta adequada. Podemos sugeriralgo a estes profissionais. Que tal:• Honorário de consulta proporcionalao plano do segurado;• Honorário de tratamento percentualao custo total do procedimento.Podemos considerar as tabelas atuaiscomo válidas e propor sistemas deatualização automáticos. O fato é queprecisamos defender a nossa partecom a mesma habilidade que os doisoutros membros do tripé o fizeram, eassim teremos médico dignamenteremunerado, empresa de saúdecomercialmente viável e fornecedoresde material comercializando apenaso material. A César o que é de César!

Gilberto Luis Camanho

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Julho 2005 Conheça a sede da SBOT: Al.Lorena, 427 - 14o andar - São Paulo - SP 5

CONGRESSO

Um congresso à alturada SBOT. Assim podeser definido o XVIII

ORTRA - Congresso Interna-cional de Ortopedia e Trau-matologia, que aconteceuno Hotel Intercontinental noRio de Janeiro. Os númerosatestam a importância doevento para a OrtopediaBrasileira: 1.876 inscritos,302 palestrantes, 98 acom-panhantes, 45 expositores,14 workshops, oito cursos,simpósios e inúmeras reuniões detrabalho da diretoria.No primeiro dia foram realizadosdois fóruns: prevenção de traumasno trânsito e prevenção de fraturaspor maus tratos em crianças, comparticipação de autoridades doBrasil e do exterior. Na ocasião fo-ram apresentados os resultados de

Julho 2005

uma pesquisa realizada com 20 milmotoristas mostrando que a adesãoao uso do cinto de segurança no Riode Janeiro diminuiu de 92% em1999 para 82% em 2005. "Esses da-dos são preocupantes e o ortopedistatem uma responsabilidade social deinstruir bem seus pacientes sobre ofato de que o uso do cinto diminui agravidades e a freqüência das le-sões", alertaram os coordenadoresdo ORTRA, Marcos Musafir e JoséSérgio Franco.No dia 15 foi realizado o Chá Ama-de-leite, que também já viroutradição, coordenado por ZeniteFranco e Solange Musafir. O cháocorreu como uma promoção doProjeto SBOT Arte, que arrecadapara a caridade objetos de arte con-

feccionados por esposas de ortope-distas e artistas amigos. Uma dasatrações foi o desfile de moda ondeas modelos foram as próprias es-posas dos ortopedistas, uma brinca-deira beneficente que arrecadourecursos e 288 latas de leite em pópara creches que atendem criançasórfãs na cidade.Do ponto de vista científico o desta-que – e grande novidade no Brasil –foi para as demonstrações ao vivode diversas técnicas cirúrgicas paratratamento de fraturas freqüentesdos membros superiores e inferiores.De forma didática, um especialistademonstrava a técnica e, durante oprocedimento, era sabatinado poruma platéia de mais de 1.600ortopedistas que lotaram o anfi-

teatro do hotel. "Massifi-camos a informação, poisgeralmente este tipo deworkshop é feito para umpúblico de poucas pessoas",comemorou Sérgio Franco.Outros destaques da Pro-gramação Científica, se-gundo Marcos Musafir,foram as sessões Como euFaço, que abordaram le-sões freqüentes do con-sultório, cirurgia ambula-torial (com anestesia local)

na especialidade e as discussõesde casos clínicos. A ComissãoOrganizadora realizou uma pes-quisa de opinião com os con-gressistas, onde 86% dos presentesdemonstraram satisfação com asatividades, 94% afirmaram queas demonstrações ao vivo devemser repetidas e 91% disseram queo ORTRA deve continuar trazendotemas de atualização. Por sugestãodos presentes, outros temas de-verão ser incluídos nas próximasedições do evento, como Medi-cina Esportiva (Pan 2007), Com-plicações de Tratamentos e InfeccçãoOsteoarticular. No encerramento docongresso foi sorteado um auto-móvel Okm, oferecido pela Zimmere pelo CBOT de Vitória.

Realizado entre 14 e 16 de julho, o ORTRA demonstrou que possui conteúdo científicocomparado aos melhores eventos do mundo em Ortopedia e Traumatologia

U

INTERNACIONALINTERNACIONALXVIII ORTRAXVIII ORTRA

A mesa de abertura do ORTRA Internacional: conteúdo científico de alto nível cujo principaldestaque foram as demonstrações ao vivo de técnicas e procedimentos cirúrgicos (D).

Chá Ama-de-leite: bazarbeneficente para crianças carentes

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Jornal da SBOT6 Ligue grátis 0800 557268

SB

Jornal da SBOT

A diretoria daSBOT e asprincipaislideranças daOrtopedia em todoo Brasil, comodiretores deregionais, comitêsde especialidadese comissões,reuniram-sedurante o OrtraInternacional,,para mais umaedição da reuniãoda ComissãoExecutiva, um dosencontros maisimportantes daSBOT. É o fórumadequado para adiscussão detemas de interessede todos osortopedistas, tantodo ponto de vistacientífico quantoadministrativo.Saiba quais foramos principaisdestaques dareunião ocorridano último dia 15de julho, no Rio deJaneiro:

A SBOT está participando de um grupo detrabalho composto por representantes dediversas sociedades médicas e entidadesligadas à questão do trânsito com o objetivode sensibilizar os setores público e privadopara a criação de uma política nacional deenfrentamento ao trauma. Ver matéria napágina 09.

Um trabalho importante realizado pelaComissão de Informática (foto) foi a criaçãode um núcleo de informática na sede daSBOT Nacional, responsável, entre outrascoisas, pelo cadastro dos membros daSBOT, que hoje está na Sede Nacional,pelo desenvolvimento do sistema do CBOT deVitória e pelo site da RBO. Além disso, umadas prioridades é a informatização datesouraria, que já está em andamento eque deverá estar concluída nos próximosmeses. Segundo o tesoureiro Pedro Péricles, ainformatização vai permitir um acompa-nhamento minucioso da tesouraria a partir dequalquer região, independente da presençado tesoreiro na sede da SBOT.

A CET apresentou proposta de reavaliaçãodos serviços credenciados baseada emnovos critérios e de forma mais objetiva,como parte do processo de integração como MEC. Os chefes de todos os serviços deresidência já foram notificados porcorrespondência (ver íntegra na página 08).A idéia é criar um grupo de trabalhoformado por ex-integrantes da CET para darsuporte nesse trabalho, que será importantetambém para o redimensionamento dealguns serviços com relação ao número devagas oferecidas a cada ano.

A Comissão de Educação Continuada estáencampando o Projeto Diretrizes, que visa aestabelecer as 20 doenças mais freqüentes naespecialidade para sugerir condutas detratamento. A justificativa é que já existe ummovimento nesse sentido, incluindo da própriaAMB e nos planos de saúde, que estãocontratando ortopedistas para assessorar essetrabalho. É consenso que a Ortopedia devefazer o mapeamento para não correr o riscode aceitar imposições futuras. A CEC soli-citou a 132 instituições – incluindo serviçoscredenciados, planos de saúde e hospitais –que informassem as 20 doenças mais aten-didas. De posse dessas informações haverácruzamento de dados, com participação doscomitês da SBOT em todas as etapas. Oobjetivo da CEC é estabelecer 10 diretrizesainda este ano e mais dez diretrizes em 2006.A diretoria da SBOT está estudando apossibilidade de contratar cursos espe-cializados junto à AMB sobre a melhor formade realizar essa tarefa, dos quais participariamos membros da CEC e presidentes dosComitês. Os detalhes ainda estão sendoacertados, mas houve consenso de queo Projeto Diretrizes deva ser encampadopela SBOT.

Projeto TraumaProjeto Trauma Residência MédicaResidência Médica

InformáticaInformática

Projeto DiretrizesProjeto Diretrizes

A Comissão de CampanhasPúblicas apresentou osprojetos Segurança daCriança no Carro, o semi-nário Crise do Trânsito,campanha de Conscien-tização dos Motoboys e aparceria da SBOT com aNike, que prevê a construçãode quadras poliesportivas

para crianças carentes. O tema foi apresentadopor Edilson Forlin (foto).

Campanhas públicasCampanhas públicas

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Julho 20057Visite o seu portal www.sbot.org.br

OT

Julho 2005

George Bitar apresentou àComissão Executiva proposta decriação de um departamentojurídico especializado exclusiva-mente para defender ortope-distas acusados de erro médico.A justificativa é que a maioriados casos é improcedente e quea SBOT deve dar suporte inicialao profissional assim que elefor notificado. "Muitas vezes o

colega acaba comprometendo toda sua defesa por causade medidas iniciais tomadas de forma errada", disse Bitar.Walter Albertoni afirmou que a SBOT já está se mobilizandopara essa finalidade, e que recentemente ofereceu suportejurídico para ortopedistas de Uberlândia, conseguindoreverter decisões que já eram desfavoráveis junto ao MinistérioPúblico daquela cidade. O tema foi amplamente debatido,com muitas participações.

Walter Albertoni trouxe ainformação de que oacordo de lideranças paraa aprovação do Projeto deLei do deputado InocêncioOliveira foi definitivamenteacertado, tanto que o pre-sidente da Frente Parla-mentar da Saúde, depu-tado Rafael Guerra soli-citou às entidades médicas não mais fazerem manifestações emBrasília. Está se esperando apenas o momento político maisoportuno para apresentar a matéria ao plenário da Câmara. Depoisque a CBHPM virar lei, será necessário continuar a mobilizaçãopara garantir seu cumprimento por parte das empresas.

A Comissão de Previdência da SBOT vai oferecerdiversos serviços nas áreas de seguros eprevidência privada para os membros a um custobem reduzido. Para que isso aconteça, a comissãodesenvolveu um projeto visando o recadas-tramento de todos os todos os membros daSBOT. As informações atualizadas e outrosdados ausentes do cadastro atual são exigên-cias legais para a concessão de produtosdessa natureza. O recadastramento foi iniciado

em junho e até agora pouco mais de dois mil ortopedistas se recadas-traram. A adesão de todos os ortopedistas é fundamental para que aSBOT consiga uma boa negociação com as empresas. Orecadastramento pode ser feito pelo site (www.sbot.org.br) ou pelaficha encartada nesta edição do Jornal da SBOT.

Um dos temas mais discutidos foi trazidopor Gilberto Camanho, que falou darealização de eventos científicostotalmente organizados por empresasfornecedoras de materiais. Segundo ele,esses eventos são tendenciosos e osortopedistas devem ter critérios antes deaceitar participar. Foi proposto que a CECestude a viabilidade de não conceder

pontos para recertificação para estes eventos, como forma defortalecer os eventos oficiais da SBOT.

Após a reunião da Comissão Executiva a diretoria da SBOTconvocou uma Assembléia Geral Extra-ordinária para aadequação do Estatuto da SBOT ao novo Código CivilBrasileiro, que entrou em vigor no ínicio do ano. Apósdiscussão e sugestões, o Estatuto foi aprovado e atualmentese encontra em fase de registro.

Os coordenadores doprojeto da Revista do 70anos da SBOT, OsvandréLech e Renato Graçaapresentaram detalhessobre a revista, que estáem fase de produção. Olançamento está previstopara 19 de setembro e adistribuição começará a

ser feita no 37º CBOT, que vai acontecer a partir do dia 29 deoutubro em Vitória, no Espírito Santo.

O presidente eleito para 2006, Arlindo Pardiniapresentou dados preliminares sobre arealização do 38º CBOT, que vai acontecerem Fortaleza. Ele informou que fez váriasvisitas técnicas à cidade, juntamente com opresidente do congresso, Francisco Machado,para definir o local onde acontecerá oevento. A logomarca do 38º CBOT já está sendo definida.

Defesa ProfissionalDefesa Profissional

Seguros e PrevidênciaSeguros e Previdência

Relação médico-empresaRelação médico-empresa

C B H P MC B H P M

CBOT de FortalezaCBOT de Fortaleza

Revista 70 anosRevista 70 anos

Assembléia GeralAssembléia Geral

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Jornal da SBOT

Uma residência médicaUma residência médicaUma residência médicaUma residência médicaUma residência médica MELHOR

A

Envie seu e-mail: [email protected]

CET

Comissão de Ensino e Treinamento sugere novos critérios para aavaliação dos serviços credenciados pela SBOT baseada em

indicadores quantitativos e qualitativos

um sistema qualificação constitui umesforço para elevar o padrão dos cen-tros formadores e como fonte de acon-selhamento crítico para as instituições,seus usuários e futuros candidatos aosseus programas. O sistema de avali-ação por conceitos expressos em letras(A,B,C,D, E) resultará num índice útilpara avaliar a qualidade geral dosprogramas, suas deficiências, poten-cialidades e viabilidade. A adoção decritérios quantitativos e qualitativospermitirá a localização pontual de fra-gilidades. A identificação de proble-mas, avaliação de performance e aadoção de medidas saneadoras suge-ridas possibilitará ascensão na escalaclassificatória. A classificação expressaem letras permitirá acompanhar o pro-gresso dos programas na implemen-tação das recomendações feitas pelaCET e permite a uniformização dosprogramas de treinamento.Os requisitos e competências mínimosde reconhecimento de curso de espe-cialização (estágio/residência) em Or-topedia e Traumatologia da SBOT –CET, ora vigentes, serão incorporadosao novo sistema de qualificação. Pro-gramas deficitários poderão estabe-lecer acordos de cooperação medi-ados pela CET-SBOT com instituiçõesde maior nível de excelência, a partirde características detectadas pelo mé-todo de qualificação, servindo comocomplementação educacional emestágios específicos. O pleno conhe-cimento dos programas criará con-dições para a CET-SBOT influenciar anormatização governamental e au-

Uma residência médicaUma residência médicaUma residência médicaUma residência médicaUma residência médica MELHOR

Aqualidade dos especialistasformados define continua-mente o perfil da Ortopedia e

Traumatologia Brasileira. Além daqualidade da assistência médica de-senvolvida, estão em jogo o própriodesenvolvimento científico, político eassociativo dos ortopedistas. As socie-dades de especialidade estão sendoprogressivamente chamadas a asses-sorar os órgãos governamentais regu-ladores, como a Comissão Nacionalde Residência Médica. A SBOT, atravésda Comissão de Ensino e Treinamento,tem como missão, além de elaborar oexame para obtenção do Título de Es-pecialista em Ortopedia e Traumatolo-gia, promover a uniformização dosprogramas de treinamento e realizarvisitas de inspeção aos serviços, reco-mendando à Comissão Executiva daSBOT o credenciamento ou descreden-ciamento dos programas, conformedetermina o capítulo 3 do RegimentoInterno da CET (disponível no sitewww.sbot.org.br).A CET-SBOT precisa definir um padrãode excelência, o modelo a ser atingi-do. É inadiável conhecer os centros for-madores de Ortopedistas. Mais umavez, o diagnóstico apurado é condiçãonecessária ao tratamento correto.Especialistas mal formados, em sensoamplo, comprometem a qualidade doatendimento ortopédico, com grandeprejuízo à população. Também afetama classe médica, pois serão mais facil-mente atraídos por más condições detrabalho. A Comissão de Ensino e Trei-namento considera que a adoção de

mentar a credibilidade da nossa socie-dade junto às entidades públicas, pri-vadas e junto à população. Os proto-colos elaborados a partir destes itensserão preenchidos pelos chefes de ser-viço, obtendo-se assim um valor nu-mérico (e objetivo) que servirá para aavaliação do treinamento juntamentecom a avaliação realizada pela CET eseus avaliadores. Com estes dados, osserviços serão classificados e a CET de-dicará seus esforços para a uniformi-zação da qualidade dos Serviços.Vale lembrar que se trata de um mé-todo de avaliação e qualificação dosprogramas de treinamento e NÃO deuma avaliação da capacidade assis-tencial ou da capacidade médica dosServiços de Ortopedia.

Flavio FaloppaPresidente CET

Wilson Mello A. Jr.Secretário Executivo CET

Os serviços serão qualificados de A a EOs serviços serão qualificados de A a EOs serviços serão qualificados de A a EOs serviços serão qualificados de A a EOs serviços serão qualificados de A a E,,,,,pela avaliação ponderada dospela avaliação ponderada dospela avaliação ponderada dospela avaliação ponderada dospela avaliação ponderada dos

seguintes indicadores:seguintes indicadores:seguintes indicadores:seguintes indicadores:seguintes indicadores:I) Objetivos e proposta do programa; II) Corpodocente; III) Atividades de Formação; IV) Infra-estrutura; V) Atividades de Pesquisa eProdução Científica; VI) Corpo Discente; VII)Avaliação pelo corpo discente; VIII) AutoAvaliação do Programa; IX) Performance noexame para obtenção de Título de Especialistaem Ortopedia e Traumatologia.

SISTEMA DE AVALIAÇÃO

CBHPM

• Reunidos no dia 27 de julho, osmédicos do Rio de Janeiro decidiramsuspender o atendimento por guias àCaarj e à Medial Saúde, a partir dodia 1º de agosto. A cobrança diretaaos usuários dos planos deve ser deR$ 42,00 para consulta e CH de R$0,36. As reivindicações dos médicoscontinuam sendo o reajuste deconsulta para R$ 42,00 e CH 0,36, aequiparação dos valores pagos deconsultas de planos coletivos eindividuais, e a implantação daCBHPM.

• O coordenador da Câmara Técnicada CBHPM, Amilcar Giron, participouda reunião da CNI, resumindo otrabalho de revisão que está sendodesenvolvido para a impressão daquarta edição da CBHPM. SegundoGiron, 48 Sociedades de Especiali-dade foram ouvidas e suas reivin-dicações atendidas pela Câmara Téc-nica, que no momento realiza apenasum trabalho de conferência dos pro-cedimentos ajustados. A previsão é deque a nova edição da CBHPM estejaimpressa até o final de agosto.

• O Projeto de Lei 3466/04, que refe-rencia a CBHPM no sistema suple-mentar de saúde permanece em regi-me de urgência e chegou a ser colo-cado na pauta para votação nasúltimas semanas, não sendo apre-ciado novamente em função de pro-jetos do governo que trancaram apauta. A CNI está em constante con-tato com o relator, deputado RafaelGuerra (PSDB-MG), acompanhandoo andamento da proposição.

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Julho 2005

Agradecimento à SBOT

Conheça a sede da SBOT: Al.Lorena, 427 - 14o andar - São Paulo - SP 9

CAMPANHA

JURÍDICO

Referendo Popular sobre o Desarma-mento, ficou acertada a realização deum grande evento público no Rio de Ja-neiro, com a colocação de 60 mil cruzesflutuando na Lagoa Rodrigo de Freitase uma faixa descerrada do Cristo Re-dentor com uma mensagem alusiva àviolência e ao trauma. Para esse evento,o grupo vai contar com a participaçãode representantes do Governo Cariocae da Marinha Brasileira. Diferente deoutras iniciativas, o projeto prevê a con-tratação de pessoal administrativo e

estabelecimento de uma base operacio-nal com toda a infra-estrutura necessária(computadores, telefones etc.) para cen-tralizar todas as ações. Os recursos estãosendo alocados pelas entidades respon-sáveis pelo projeto. Atualmente o traumaé visto como um acidente e um dos desa-fios é justamente mudar essa cultura,mostrando que o trauma é uma doença,com causa e etiologia conhecidas e que,portanto, é passível de prevenção.O esforço será no sentido de reduzirmortes por trauma, o número e gravida-de das seqüelas, aumentar índice de so-brevida, diminuir os custos com trata-mento desses pacientes, propor a criaçãode uma rede de apoio aos incapacitadose diminuir impacto do trauma na segun-da vítima, que é a família. A idéia équantificar a prevalência da doençatrauma no Brasil, propor estratégias deprevenção, avaliar o perfil das vítimasfatais, quantificar óbitos evitáveis, elabo-rar normas e protocolos de atendi-mento, aprimorar a formação profis-sional, tornar o trauma uma doença denotificação compulsória e remunerar oatendimento ao traumatizado de acordocom a complexidade. As entidadesesperam reduzir os óbitos por traumaem 15%, os acidentes de trânsito em 9%,seqüelas em 25% e o custo do trata-mento em 15%.

Otrauma continua sendo umadas principais preocupaçõesde entidades ligadas à área da

saúde. A violência nos centros urbanose no trânsito tem sido classificada como"a doença que mais mata no país", alémde deixar milhares de pessoas com se-qüelas graves todos os anos. Curiosa-mente, o Brasil ainda não possui umapolítica nacional de prevenção e atendi-mento ao traumatizado. Por essa razãovárias entidades, incluindo a SBOT, orga-nizaram um grupo de trabalho com oobjetivo de sensibilizar as áreas públicae privada para a criação de uma PolíticaNacional de Enfrentamento ao Trauma.Na última reunião, realizada na sede daSBOT Nacional no dia 21 de julho, alémda diretoria da SBOT participaramrepresentantes da SBAIT (SociedadeBrasileira de Atendimento Integrado aoDoente Traumatizado), AMIB (Associaçãode Medicina Intensiva Brasileira), ColégioBrasileiro de Cirurgiões, Serviço de Aten-dimento Médico de Urgência (SAMU) edas sociedades brasileiras de Neuro-cirurgia, Medicina Física e Reabilitação,Pediatria, Anestesiologia e Cirurgia Vas-cular. Convidada a participar do grupo,a Associação Médica Brasileira, atravésdo presidente Eleuses Paiva, informouque apóia a iniciativa e que irá endossaras propostas do grupo de trabalho. Já

foram realizadas várias reuniões para aelaboração de um Projeto Nacional que,depois de pronto, deverá ser apresen-tado ao Ministério da Saúde e demaisórgãos responsáveis pela normatizaçãona área do atendimento ao trauma.Ficou acertado que a divulgação públicavai começar no dia 30 de agosto,incluindo a realização de diversas açõesem todo o Brasil, que serão divulgadaspara a imprensa previamente e diversosencontros com parlamentares em Bra-sília. No dia 1º de outubro, véspera do

Agradecimento à SBOTA Cooperativa dos Ortopedistas e Traumatologistas do Triângulo Mineiro

enviou correspondência agradecendo suporte jurídico da SBOT.

Após um longo período de angústiae incertezas a situação dosMédicos Ortopedistas de Uberlân-

dia teve, diante do Poder Judiciário, umdesfecho conciliador, que abre novoshorizontes, rumo ao resgate dos valoresprofissionais da classe médica, entre elesa possibilidade de continuarmos lutandopela implantação da CBHPM. Há aproxi-madamente um ano osmédicos ortopedistas sedescredenciaram dealguns planos de saúdeapós longas, numerosas,exaustivas e infrutíferasreuniões na secretaria doMinistério Público. Tal im-passe motivou uma AçãoCível Pública movida peloMinistério Público emdesfavor da COOTRAU-TM (Cooperativa dos Ortopedistas eTraumatologistas do Triângulo Mineiro)e seus cooperados, obrigando os Orto-pedistas a manterem os atendimentos,inclusive ambulatoriais, dos usuários dosplanos de saúde envolvidos, denun-

ciantes da ação. Durante o CongressoBrasileiro de Trauma Ortopédico,realizado em Bento Gonçalves – RS, osmédicos diretores da COOTRAU-TM, dr.Roberto da Cunha Luciano, dr. CleberJesus Pereira e dr. Luiz Cláudio CoelhoCarvalho, reuniram-se com o presidenteda Sociedade Brasileira de Ortopediae Traumatologia – SBOT, dr. Walter

Manna Albertoni, com oobjetivo de procurarapoio da entidade-mãe.O dr. Albertoni, mostran-do se preocupado com asituação que acabara delhe ser exposta, nacondição de presidenteda SBOT, prontamentenos apresentou o dr. HélioBarroso dos Reis, presi-dente da Associação

Médica do Espírito Santo, notável de-fensor da classe médica e experiente emassuntos ligados à coo-perativas, queuma vez inteirado da situação logo noscolocou em contato com o dr. Luiz TélvioValim, renomado advogado da AMES,

A SBOT está participando de um projeto encampado por várias sociedades de especialidades e entidades ligadas àquestão do trânsito com objetivo de propor políticas nacionais de atendimento e prevenção ao trauma.

SIMES, COOTES eComissão Estadual deHonorários Médicos –CBHPM, que nos ori-entou com relação àscondutas a serem ado-tadas a partir daquelemomento. A ação daSBOT, por intermédiodo dr. Albertoni e do dr. Hélio Barroso,assessorados pelo dr.Valim, foi decisivae culminou em uma reunião, em Uber-lândia, entre os diretores da COOTRAU-TM, o promotor de justiça dr. FernandoMartins, dr. Hélio Barroso, representandoa SBOT, dr. Luiz Gustavo Combat Vieira,advogado da COOTRAU-TM e o dr.TélvioValim, originando num acordo entre adiretoria da COOTRAU-TM e o MinistérioPúblico, colocando fim à Ação CívelPública e abrindo as portas para acooperativa, que iniciará agora umanova etapa de negociações com asoperadoras de saúde, mediadas peloMinistério Público. O Termo de Ajuste deConduta foi finalizado no último dia 22de Julho de 2005 no Gabinete do Pro-

motor de Justiça que, aliás, merece onosso reconhecimento pela retidão mos-trada em todo este percurso e por reco-nhecer a legitimidade da luta dos mé-dicos diante da necessidade de res-gatedos valores profissionais da classemédica. Nossos agradecimentos aoapoio obtido na SBOT, em especial aodr. Walter Albertoni, dr. Hélio Barroso edr. Télvio Valim. Aos nossos cooperados,ortopedistas de Uberlândia, enviamosum chamado especial, para recome-çarmos nossa luta, mais unidos, maisesclarecidos e com o compromisso dodever a ser cumprido.

Roberto da Cunha LucianoPresidente da COOTRAU-TM

Os representantes das entidades médicas ligadas ao atendimento aotraumatizado reunidos na sede da SBOT: objetivo é propor uma Política

Nacional de Enfrentamento ao Trauma.

“A ação da SBOTfoi decisiva e

culminou em umacordo entre acooperativa e o

Ministério Público,colocando fim à

ação cível”.

Da esquerda para a direita: Rasmo CardosoSobrinho, Hélio Barroso dos Reis, Fernando

Martins, Télvio Valim, Luiz Cláudio Coelho Carvalho, Luiz Gustavo Combat Vieira, Roberto da Cunha

Luciano e Cléber Jesus Pereira.

Projeto TraumaProjeto Trauma

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Jornal da SBOTLigue grátis 0800 55726810

CARTAS

PropagandaTendo em vista carta publicada no Jornalda SBOT, nº 61, junho de 2005, página 10,o dr. Paulo Roberto Dias dos Santos solicitaà Assessoria Jurídica da SBOT análise dosite www.ondasdechoque.com.br, em conso-nância com o Código de Ética Médica.

ParecerEm correspondência enviada à SBOT epublicada no jornal da entidade, o dr. MauroMeyer, Presidente da Sociedade Brasileirade terapia por Ondas de Choque Aplicadasao Sistema Músculo-esquelético, solicitaavaliação do site acima especificado, emface da publicidade de equipamentosmédicos, visando a regularização dasinformações divulgadas a leigos. Primeira-mente, é importante destacar que o Códigode Ética Médica trata, no Capítulo XIII,artigos 131 a 134, sobre publicidade mé-dica, vedando ao profissional, essencial-mente, a divulgação de assunto médicos, emveículos de comunicação, de forma sensacio-nalista, promocional ou inverídica, semconteúdo informativo e educativo.Paralelamente, a Resolução CREMESP nº 97/2001 contempla o "Manual de PrincípiosÉticos para Sites de Medicina e Saúdena Internet"; assim como a ResoluçãoCFM nº 1701/2003 "Estabelece os cri-térios norteadores da propaganda emMedicina". Passemos à análise do sitewww.ondasdechoque.com.br. Ao abrir apágina verificamos que a mesma apenasesclarece a técnica e informa sua indicação,cujos tópicos dividem-se na seguinte ordem:A terapia; Tecnologia; Indicação; Centros deTratamento; Convênios Médicos; ServiçoMóvel; Imprensa e Boletim Médico. Como oque pretende o órgão fiscalizador doexercício profissional – conhecedor do pro-gresso tecnológico – é que os sites de medi-cina ofereçam conteúdos fidedignos, corretose de qualidade, as mencionadas resoluçõesdisciplinam que o médico deve evitar a auto-promoção e sensacionalismo, destinados àconcorrência desleal ou faça propaganda deproduto, em troca de vantagem econômica.Ao nosso ver, o site em análise, em momentoalgum fere os preceitos éticos defendidos

pelo Código e Resoluções. Ao contrário, odecoro da profissão é preservado, pois omesmo disponibiliza esclarecimentos comconteúdo meramente informativo sobre atécnica, orientando como e em que situaçõesela é aplicada, bem como os equipamentosutilizados, a respectiva procedência econseqüente aprovação junto aos órgãosespecíficos. A descrição das informações, emabsoluto, sugere concorrência desleal,obtenção de lucro, ou intenção de auferirqualquer benefício. Por fim, recomendamosao Editor do Jornal da SBOT que dêpublicidade às conclusões da presentemanifestação, no mesmo espaço utilizadopelo remetente da correspondência, pre-servando a igualdade de direitos entre osenvolvidos.

Adriana C. Turri JoubertAssessora Jurídica

Honorários MédicosTrabalho em hospital em Bauru-SP queatendia um convênio chamado SãoLucas. Em janeiro, fevereiro e março,atendi pacientes deste convênio via hos-pital, pois eu não era credenciado maspoderia atender urgências e chamadosde especialista. Em março o convênioentre o hospital e o São Lucas foi desfeitoe até agora não recebi os procedimentose as consultas realizadas. Tento entrar emcontato com o Convênio São Lucas mas oresponsável não atende a mim e não retornaas ligações. Como devo proceder?

Rodrigo Sabbag Moretti

É caso de apropriação indébita. Cabecobrança via advogado (Judicial).

George Bitar

Residência MédicaSou residente (R3) de ortopedia e trau-matologia de um serviço credenciado pelaSBOT e alguns médicos do meu serviço,meus preceptores, estão assinando umcontrato para atenderem em outro hos-pital (fora do serviço de residência). Gos-taria de saber se eles (meus preceptores)podem me "obrigar" a atender essas con-sultas de outro hospital, que serão feitas

na emergência deste outro hospital, comosendo do serviço de residência, ou se esseserviço pode ser considerado um "emprego",que assim sendo mereceria um acordo fi-nanceiro entre as partes. Por favor, me aju-dem pois eu e meus outros colegas R3 que-remos saber se isso é legal ou pode ser con-siderado exploração do trabalho médico.

Paulo Silva G. Toledo

Suas obrigações como residente estão afeitasapenas à instituição credenciada pelo MEC/SBOT. Se a instituição fora da Residência éuma extensão oficial também credenciadavocê poderá prestar seu serviço. Se for ativi-dade extra-residência, é um emprego ouatividade remunerada como prestação deserviço.

George Bitar

CBHPMGostaria de informações sobre quais osprocedimentos deverão ser seguidos comos convênios que se recusam a adotar areferida tabela e insistem em pagamentosde honorários médicos a preços vis. E senós, médicos, teremos respaldo legal eapoio da SBOT, caso iniciemos um movi-mento de recusa de atendimento aospacientes dos referidos convênios, aten-dendo estes pacientes mediante o paga-mento do valor pelos procedimentos econsultas com o valor da CBHPM,fornecendo recibo para posterior reem-bolso do convênio. Após iniciarmos onosso movimento, teremos o apoio jurídicoe legal da SBOT?

Edson Claiton Martins

1. O movimento pela CBHPM já se ini-ciou há dois anos; 2. É importante terem mente que o movimento deve serúnico, com a participação das entidadesde classe; 3. As seguradoras estão sendoatendidas por reembolso no Brasil. Todosos convênios que credenciam médicos ousão descredenciados ou descredenciamo médico que deixa de atender ou cobrapelo atendimento. Procure sua SBOTRegional.

George Bitar

Comente as reportagens publicadas nesta edição do jornal da SBOT: [email protected]

Saúde-empresaNosso plano de saúde (Eletrobrás/Cepel/Eletros) prevê co-participação que varia de10 a 100% em materiais classificados comoórteses, próteses ou material de síntese.Estamos enfrentando dificuldades junto àclasse médica no sentido de classificar assolicitações que chegam diariamente paraautorização, diante da enorme demandaexistente por esses materiais, principalmenteos ortopédicos e neuro-cirúrgicos. Comoessa entidade poderia nos ajudar emrelação a essa classificação, e no caso doexemplo a seguir, como resolvê-lo: umassociado será submetido a uma artros-copia cirúrgica de ombro para tratamentode lesão tendínea e o médico solicitaliberação para utilização de âncorasbioabsorvíveis. Como poderemos equa-cionar este e outros casos? Existe algumaclassificação disponível?

Eletros-Saúde

A AMB, com participação da UNIDAS eUNIMED criou uma Câmara Técnica queestudam todos estes assuntos. Isto deveráevoluir para uma análise do materialutilizado quanto à qualidade. Posteriormenteestaremos analisando outros aspectos.

George Bitar

TrânsitoDepois de acompanhar e divulgar tantasnotícias de "acidentes" com mortos e feridosenvolvendo ônibus rodoviários, leio comsatisfação a decisão do governo do Estadode São Paulo exigindo paradas regulares acada percurso de 170 km rodados. Estudosindicam que a carga excessiva de trabalhoe o cansaço dos motoristas dessas linhascontribuem significativamente para oregistro das ocorrências trágicas. Torço paraque o exemplo seja seguido nas linhasinterestaduais também.

Fernando Pedrosa

A critério do editor, as cartaspublicadas nesta seção poderão

ser resumidas para melhoradequação ao espaço disponível.

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Julho 2005

Prêmios Anuais

Visite o seu portal www.sbot.org.br 11

PresidenteWalter Manna Albertoni

1º Vice-presidenteArlindo Gomes Pardini

2º Vice-presidenteMarcos Esner Musafir

Secretário-geralItiro Suzuki

1º SecretárioRenato Brito de A. Graça

2º SecretárioGlaydson Gomes Godinho

1º TesoureiroPedro Péricles R. Baptista

2º TesoureiroOsvandré Luiz C. Lech

Presidente doXXXVII CBOT-2005

Hélio Barroso dos Reis

DIRETORIA 2005

CONSELHO EDITORIAL

Editor-chefeCláudio Santili

Editores associados

Rene Abdalla

Geraldo Motta

Osvandré Lech

George Bitar

Rames Mattar

Glaydson Godinho

Editora SocialPatrícia Fucs

Projeto e Execução

In Focus Marketing Ltda.PABX: (011) 295-8115

E-mail: [email protected]

AdministraçãoLuiz Marcelo Anieri

Monaliza Anieri

Designer gráficoVando Araújo

Jornalista ResponsávelAdimilson Cerqueira

MTb 21.597-SP

CTP e ImpressãoVan Moorsel,

Andrade & Cia. Ltda.

Tiragem8.000 exemplares

Periodicidade Mensal

Os artigos assinados não represen-tam, necessariamente, a posição

da diretoria da entidade. Épermitida a reprodução de artigos,

desde que citada a fonte.

NOTAS EINFORMAÇÕES

Oo r t o p e d i s t aHélio Barroso

dos Reis será o repre-sentante da Ortopediana nova diretoria daAssociação MédicaBrasileira, que vai as-sumir a entidade emoutubro, ocupando a2º vice-presidência. Aeleição da chapa úni-ca "AMB para os mé-dicos", que recebeu o

apoio da atual diretoria e do Conselho Deli-berativo da AMB, será no próximo dia 31 deagosto. O novo presidente será José LuizGomes do Amaral. De acordo com o esta-tuto da entidade, o prazo para a inscriçãodas chapas terminou em 1º de agosto.

A Associação MédicaBrasileira e o Con-

selho Federal de Medi-cina estão lançando asegunda edição, revistae atualizada, do traba-lho "Abertura de Escolasde Medicina no Brasil:Relatório de um Cená-rio Sombrio". Desde

2000, o Ministério da Educação autorizou ofuncionamento de 50 novos cursos, totali-zando 146 escolas médicas no País e 26apenas no Estado de São Paulo.A Organização Mundial da Saúde preconizacomo parâmetro ideal de assistência à saúdeda população a relação de um médico paracada mil habitantes. No Brasil, a média éde 1/622, com picos no Rio de Janeiro (1/302) e no Distrito Federal (1/309), sendo quea maioria esmagadora atua nas capitais.

Hélio Barrosodos Reis

CEC

Critérios para inclusão de eventos na agenda do jornal: eventos oficiaisSBOT, regionais, comitês e internacionais.Acesse a agenda completa dos eventos programados no portal Acesse a agenda completa dos eventos programados no portal Acesse a agenda completa dos eventos programados no portal Acesse a agenda completa dos eventos programados no portal Acesse a agenda completa dos eventos programados no portal www.sbot.org.br

Prof. Luiz de Rezende PuechEm 1935 fundoua SBOT, em SãoPaulo, juntamentecom Achilles Ribeirode Araújo e LuizIgnácio de BarrosLima. Foi o primeiropresidente da entida-de na Gestão 1935/

36, e presidiu também o 1º CBOT,realizado em 1936.

Prof. Bruno MaiaAntônio Bruno daSilva Maia, nascidoem Recife, foi presi-dente do 18º CBOT,em 1971, e ProfessorEmérito da Facul-dade de Medicina daUniversidade Federal

de Pernambuco, além de ter sido ovice-presidente do Nordeste da Associ-ação Médica Brasileira.

Prof. Gastão Dias VelosoGastão Veloso foipresidente da SBOTno período de 1968/69, inaugurando afase em que a socie-dade passou a atuarno problema do en-sino da especiali-dade no Brasil. Foi

Titular de Ortopedia da Escola Médi-ca da Fundação Gama Filho.

Prof. OrlandoPinto de SouzaEm 1968 assumiu adireção do PavilhãoFernandinho Simon-sen e já foi descritocomo um dos “maisbrilhantes ortope-distas da geração

que sucedeu Rezende Puech”.

Continuam abertas as inscrições para os Prêmios Anuaisda SBOT - Prêmio SBOT/Arcoxia - que se encerram em 15de setembro. O regulamento completo está disponível no

site da SBOT (www.sbot.org.br). Saiba quem são ospatronos dos Prêmios Anuais da SBOT.

E V E N T O S 2 0 0 5III Congresso Centro-oeste de OrtopediaCampo Grande / MS - F: (67) 383-1662 - [email protected]

Ago

IV Congresso Norte Nordeste da Sociedade Brasileirade Cirurgia de Ombro e CotoveloSalvador / BA - F: (71) 336-5644 - [email protected]

Curso Avançado de OmbroRio de Janeiro/ RJ - F: (21)2543-3844 - www.sbotrj.com.br

Curso de Atualização em Traumatologia 2005:Lesões Traumáticas do JoelhoSão Paulo / SP - F: (11) 3889-7073

Set

XI Congresso Brasileiro de QuadrilGoiânia / GO - F: (62) 212-8855 - www.cbq2005.com.br

Out

92ª Jornada Carioca de Coluna / PéRio de Janeiro / RJ - F: (21) 2543-3844 - www.sbotrj.com.br

II Curso de Lesões Ligamentares do Joelho eIII Curso de Reabilitação do JoelhoSão Paulo / SP - F: (11) 3889-8244

93ª Jornada Carioca de QuadrilRio de Janeiro / RJ - F: (21)2543-3844 - www.sbotrj.com.br

AGENDA

Prêmios Anuais

Curso de Atualização em Traumatologia 2005:Lesões Traumáticas Membro InferiorSão Paulo / SP - F: (11) 3889-7073

37º Congresso Brasileiro de Ortopedia e TraumatologiaVitória - ES - F: 0800 557268 - www.cbot2005.com.br

Matsubara Hotel - Maceió / AL19 e 20 de agosto

24 a 26

26 e 27

03

04

07 a 10

10

15 a 17

08

13

29/10a 01/11

Evento PET - Programa Essencial em Traumato-ortopedia

Informações: 0800-557268 / 51897860 - www.sbot.org.br

Um ortopedistana diretoria

da AMB

Um ortopedistana diretoria

da AMB

Nos dias 07 e 08 de Outubro de 2005será realizado, no Teatro Marcos

Lindemberg (Unifesp), em São Paulo, o IICurso Interins-titucional de TraumatologiaOrtopédica - 'Trauma 2005'. O curso tem oapoio da SBOT e da Sociedade Brasileira deTrauma Ortopédico e vai contar com a par-ticipação de cinco instituições: UniversidadeFederal de São Paulo-EPM, Universidade deSão Paulo (USP), Universidade Estadual deCampinas (Unicamp), Universidade Federaldo Rio de Janeiro (UFRJ) e do HospitalTraumato-ortopedia (HTO-RJ). O programacompleto se encontra no site da SBOT(www.sbot.org.br). Informações e inscrições:Centro de Estudos Professor José Laredo Filho- Telefone(11) 5571-6621, com Rose.

Escolas médicasEscolas médicas

II Curso Interinstitucional deTraumatologia OrtopédicaSão Paulo / SP - F: (11) 5571-6621

07 e 08

TraumatologiaOrtopédicaTraumatologiaOrtopédica

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Jornal da SBOTEnvie seu e-mail: [email protected] da SBOT

FÓRUM

como tem sido a estratégia adotadapela SBOT para influenciar a agen-da de discussão sobre a qualidade dosmateriais de implante no Brasil e esta-belecer critérios técnicos claros sobrea comercialização desses materiais.Nos últimos encontros as discussõestêm sido no sentido de monitorar arelação entre o distribuidor e os hos-pitais e o material que efetivamentechega na mesa cirúrgica. "Há quatromil distribuidores no Brasil mas apenas

200 estão cadastrados". Objetivo épropor um manual de boas práticasde recepção para adoção por todosos hospitais. "Acreditamos que umarecepção adequada já proporcionariauma segurança com relação à origeme à qualidade desse material". Eleinformou que já está sendo propostaa criação de uma Resolução do CFMque responsabiliza o diretor técnicodas instituições hospitalares pela im-plantação desse sistema. Entre outras

A SBOT nos dias atuais foi o te-ma escolhido pelo presidenteWalter Albertoni para abrir os

trabalhos do Fórum de Defesa Profis-sional, que discutiu a qualidade dosmateriais de implante. Ele deu um pa-norama geral sobre a atuação daSBOT na área da defesa profissionale sobre o envolvimento da ortopedianos rumos da medicina praticada noBrasil. Segundo ele, a influência daSBOT dentre as demais entidadesmédicas é resultado direto da uniãoda Ortopedia em torno de um sólidoprojeto de crescimento iniciado há 70anos. Em sua apresentação, o presi-dente da Comissão de Defesa Profis-sional, George Bitar abordou temascomo a contratualização, revisão devalores dos honorários em ortopediae deu um panorama geral sobre comoestá a implantação da CBHPM, afir-mando que a luta tem sido mais árduano Norte e Nordeste. No encerra-mento, propôs a criação de um depar-tamento jurídico especializado paraatender exclusivamente a ortopedistasvítimas de processo por erro médico.Já o presidente da Comissão de mate-riais, Luiz Carlos Sobania explicou

A coisas, a resolução prevê a adoção deum sistema de etiquetas com todas in-formações sobre o produto implan-tado no paciente, que deverão constarno prontuário médico. O assunto foibastante debatido e dois aspectoslevantados: primeiro a necessidade decriação de um manual ético para serdistribuído aos médicos que fazerema prova do TEOT para criar uma cul-tura ética e, segundo, fazer com queseu aprendizado volte a ocorrer noshospitais, e não em cursos patroci-nados pelas empresas, como temacontecido. O presidente da SBOTWalter Albertoni encerrou as atividadesinformando que no próximo dia 16 desetembro a SBOT vai realizar mais umencontro para discutir exclusivamenteda qualidade dos materiais de im-plante, desta vez em São Paulo. Estãosendo convidados a participar re-presentantes da Anvisa, da Secre-taria de Assistência à Saúde, Agên-cia Nacional de Saúde Suplementare distribuidores dos fabricantesnacionais e importados. "Vamos co-locar frente a frente todos os atoresque fazem parte desse mercado",finalizou.

Evento realizado no Rio de Janeiro discutiu a situação dos Implantes Ortopédicos no Brasil, as ações daComissão de Defesa Profissional e a posição ocupada pela SBOT na atualidade.

Os Ortopedistas lotaram o auditório do Hotel Intercontinentalpara acompanhar os debates durante o Fórum organizado pela SBOT.

Fórum deFórum deFórum deFórum deFórum de Defesa ProfissionalFórum deFórum deFórum deFórum deFórum de Defesa Profissional

Walter Albertoni, George Bitar e Luiz Carlos Sobania

Nos dias 16 e 17 de setembro a SBOT vai realizar um fórum emSão Paulo para discutir a qualidade dos materiais de implantesno país. O encontro será no hotel Blue Tree Towers Morumbi, e

vai contar com a participação de especialistas dos setores públicoe privado. A programação completa será encartada na próxima

edição do Jornal da SBOT.