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9 Viajando com segurança Vamos tratar de: Movimentos e segurança Recursos usados para descrever os movimentos Efeitos das forças sobre os movimentos Relação do tempo e da área do impacto com a gravidade das colisões CAPÍTULO Ao aumentar a velocidade com que se deslocam, os seres humanos precisaram criar mecanismos de segurança para evitar acidentes. Como a Ciência pode nos ajudar a compreender os dispositivos e procedimentos de segurança no trânsito? Prova de Fórmula 1 (A) e prova de ciclismo (B). Quais as tecnologias envolvidas para a segurança de pilotos de carros de corrida? Seriam elas adequadas para as condições de trânsito em cidades e estradas? Ricardo Mazalan/AP PhotoDisc/Arquivo da editora 198

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velear ciencias

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9 Viajando com segurança

Vamos tratar de:

• Movimentos e segurança

• Recursos usados para descrever os movimentos

• Efeitos das forças sobre os movimentos

• Relação do tempo e da área do impacto com a gravidade das colisões

capítulo

Ao aumentar a velocidade com que se deslocam, os seres humanos precisaram criar mecanismos de segurança para evitar acidentes.

Como a Ciência pode nos ajudar a compreender os dispositivos e procedimentos de segurança no trânsito?

Prova de Fórmula 1 (A) e prova de ciclismo (B). Quais as tecnologias envolvidas para a segurança de pilotos de carros de corrida? Seriam elas adequadas para as condições de trânsito em cidades e estradas?

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Acidentes de trânsito: triste realidade

N ascemos,crescemos,envelhecemosemorremos.Essasequêncianaturaldavidaéinterrompida,muitasvezes,pormortesprecocesoutraumasirreversíveiscau-

sadosporacidentes.Oquepodemosfazerparaevitarisso?Ocorpohumanoécapazdeandar,correresaltar,atingindovelocidadesmáximas

poucosuperioresa10metrosporsegundo.Osistemaesqueléticomuscularéorespon-sávelpornossacapacidadedelocomoção.Oesqueletotem,ainda,afunçãodeprote-gernossosórgãosinternosdecolisõeseimpactoscomoutrosobjetos.

Com o auxílio de máquinas, abreviamos o tempo gasto nas viagens, pois amplia-mosavelocidadedenossosmovimentos.Porém,quemsemoveagrandesvelocidadespode,consequentemente,sofreracidentesgraves.Mesmosendomuitoresistentes,osossosnãoconseguemprotegeroorganismoquandosofremosimpactosemaltaveloci-dade.Assim,algunstiposdeacidentepassaramaaconteceremrazãodasmáquinasedosambientesqueconstruímoseutilizamos.

Comorápidocrescimentoeconcentraçãopopulacionalnosgrandescentrosurba-nos,acirculaçãodepessoastornou-seumproblema.SegundodadosdoDepartamen-toNacionaldeTrânsito(Dnit),onúmerodevítimasdeacidentesdetrânsitoultrapassaumacentenademilhar,enquantoonúmerodevítimasfataisgiraemtornodeumade-zenademilhar.DeacordocomoMinistériodaSaúde,osacidentesdetrânsitoconsti-tuemosegundomaiorfatorresponsávelpormortesprovocadasporcausasexternas,istoé,mortesquenãosãocausadaspordoenças.Dessemodo,osacidentesdetrânsi-toficamatrásapenasdoshomicídios,comocausademortesexternasnapopulaçãobrasileira.Alémdadordevervidasinterrompidasbruscamenteporcausadessesaci-dentes,temosdeconsiderar,ainda,asmarcasqueelesdeixamnocorpoenamemóriadequemossofreu.

Masqualseriaamaiorcausadeacidentesnotrânsito?Aimprudênciadeconduto-resepedestres?Asmáscondiçõesdasviasdetransporteedosveículos?

NatabelaaseguirapresentamososdadosdivulgadosdoProgramaPare(ProgramadeReduçãodeAcidentesnoTrânsito),realizadopeloMinistériodosTransportescomoobjetivodecombateracidentesnotrânsito,identificando,porexemplo,suasprincipaiscausas.Osdadosapresentadosnatabelaestãodesatualizadosporqueasinformaçõesmaisatuais,quepodemseracessadasemórgãosoficiais,contêmapenascaracterísti-casgeraisdosacidentes,taiscomootipodeveículo,ascondiçõesdapista,ahoraediadasemana,enãosugeremcausasprováveisparaosacidentes.

O capítulo examina aspectos conceituais e permite que os estudantes se posicionem frente a uma questão de ciên-cia e tecnologia na sociedade.

Tabela 1: Estatísticas de acidentes de trânsito nas rodovias federais do país (1998-2003)

Causas prováveis dos acidentes nas rodovias federais

1998 1999 2000 2001 2002 2003

Falta de atenção 35,5% 36,0% 35,5% 35,9% 35,5% 30,2%

Velocidade inadequada 12,9% 12,2% 12,7% 12,2% 11,0% 11,7%

Desobediência à sinalização 5,8% 5,7% 5,8% 5,7% 6,0% 5,1%

Ultrapassagem indevida 5,1% 4,6% 4,4% 4,6% 4,2% 3,8%

Defeito mecânico em veículo 3,8% 3,8% 3,8% 4,0% 3,6% 3,7%

Defeito na via 1,3% 1,7% 2,1% 2,0% 2,5% 3,2%

Defeito na sinalização 0,3% 0,3% 0,4% 0,0% 0,0% 0,0%

Outras causas 35,2% 35,7% 35,4% 35,6% 37,2% 42,4%

Total100% ou 120 594

acidentes

100% ou 117 250

acidentes

100% ou 110 387

acidentes

100% ou 100 225

acidentes

100% ou 106 399

acidentes

100% ou 106 829

acidentes

Fonte:POLÍCIARODOVIÁRIAFEDERAL.

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Muitoestáporserfeitodopontodevistadaeducaçãodaspessoasparalidarcomos dispositivos tecnológicos e conviver em uma sociedade que tem cada vez maispressa.OqueaCiênciatemanosdizersobreisso?

Faça em seu caderno

Avaliando dados de acidentes de trânsito

1. O gráfico a seguir foi produzido a partir dos dados contidos na tabela 1 e apresenta a distribuição

percentual de algumas das principais causas dos acidentes de trânsito nas rodovias federais brasileiras

para o ano de 2003. Analisando esse gráfico e os outros dados contidos na tabela 1, responda:

a) Que medidas para reduzir o número de acidentes na estrada poderiam ser mais eficazes se

considerarmos os dados apresentados no gráfico?

b) Um gráfico similar produzido com os dados do ano de 1998 teria uma aparência muito diferente do

gráfico com os dados do ano de 2003? Explique.

2. O gráfico a seguir foi produzido por uma técnica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

(Ipea) para uma palestra sobre os custos dos acidentes de trânsito no Brasil. Tal palestra foi

proferida durante a Conferência Pan-Americana sobre Segurança no Trânsito realizada em Brasília,

nos dias 8 e 9 de dezembro de 2005. Esse gráfico compara a gravidade dos acidentes de trânsito

que ocorrem com motoristas de automóveis e motociclistas. Em sua opinião, seria possível

explicar as informações contidas nessa comparação a partir das diferenças existentes entre

automóveis e motocicletas?

7%

71%

93%

Autos Motos

29%

Veículos envolvidos em acidentes

de trânsito com vítimas

Veículos envolvidos em acidentes

de trânsito sem vítimas

Falta d

e ate

nção

Velocid

ade inadequada

Desobediência

à sinaliz

ação

Ultrapassagem

indevid

a

Defeito

mecânic

o em veíc

ulo

Defeito

na via

Defeito

na sin

alização

Outras causas

45%

40%

35%

30%

25%

20%

15%

10%

5%

0%

Ace

rvo

do

sa

uto

res/

Arq

uiv

od

ae

dit

ora

200

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Conhecendo o movimento de um veículo

Falar em movimento significa falar em percorrer distâncias ao longo do tempo. Adistânciapercorridaeo tempoutilizadoemumpercursosãoasmedidas fundamen-taisquedevemserfeitasparaoestudodosmovimentos.

Osveículosmotorizadospossuemumaparelho,denominadovelocímetro,quefor-neceavelocidadedoveículoacadamomentodaviagem.Entretanto,amaioriadasbi-cicletasnãopossuivelocímetro.Como,então,mediravelocidadedeumabicicleta?

Vamos comparar o movimento de dois ciclistas. Uma forma de comparar suasvelocidades é fixar uma distância, por exemplo, 400 metros, e verificar qual dos ci-clistascompletaopercursoemmenor tempo.Outramaneiraconsisteemfixarcer-totempo,porexemplo,1minuto,edeterminarqualciclistapercorremaiordistâncianessetempo.

Essasduascomparaçõeseosvaloresdedistânciaetempoaelasassociadosencon-tram-senatabelaaseguir.

Tabela 2: Comparação do movimento de dois ciclistas

Situação

ciclista

Situação 1

Tempo gasto para percorrer 400 metros

Situação 2

Distância percorrida em 1 minuto

ciclista A 50 segundos 480 metros

ciclista B 40 segundos 600 metros

Contudo,osvaloresapresentadosnoquadronãonospermitemcompararasveloci-dadesdosciclistasacadainstante.Aolongodos400metrosfixadosnasituação1,ave-locidadequecadaciclistadesenvolvepodenãotersidosempreamesma.OciclistaA,porexemplo,podetercomeçadoseumovimentocomumavelocidademaiordoqueadociclistaBenãoterconseguidomanteroritmoinicial.OciclistaB,porsuavez,podetercomeçadocomumavelocidademenordoqueadociclistaAeteratingidoumave-locidademaiornofinal.

Nada podemos afirmar sobre o que aconteceu a cada instante. Sabemos que os400metros forampercorridosem50 segundospelociclistaAeem40 segundospelociclistaB.PodemosconcluirapenasqueociclistaBfoimaisrápidoaopercorreradis-tância totalfixada.Omesmo raciocíniovaleparaa situação 2.Quandocomparamosasdistânciastotaispercorridaspelosdoisciclistasem1minuto,nadapodemosdizersobreavelocidadedecadaumdelesacada instante.Podemosconcluirapenasque,emmédia,ociclistaBfoimaisrápidoqueociclistaA.Nasduassituaçõesosdadosnospermitemcalcularecompararasvelocidadesmédiasdosciclistas.

Comodeterminaravelocidademédiadecadaumdosciclistasnasduassituaçõesapresentadas?Pararesponderaessaquestão,podemoscalcularquantosmetroscadaciclistapercorreu,emmédia,acadasegundo.

Issoéfeitodividindo-seadistânciatotalpercorridapelotempogastoparapercor-rê-la,comoindicadonasexpressõesaseguir.

Ciclista A — Situação 1: Ciclista B — Situação 1:

v=400metros

50segundos=8

ms

v=400metros

40segundos=10

ms

Osvalorescalculadosrepresentamadistânciapercorrida,emmédia,pelosciclistasacadasegundo.

201

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OciclistaA,porexemplo,percorreu,emmédia,8metrosacadasegundo.Por isso,aofinalde50segundos,percorreu400metros(400m=8m/s×50s).

Aunidademetrosporsegundo(m/s),utilizadaparaapresentarovalordavelocida-dedabicicleta,nãoéaúnicapossível.Amaioriadosvelocímetros,porexemplo,marcavelocidadeemoutraunidade:km/h(quilômetroporhora).

MasqualseriaovalordavelocidadedociclistaAnessanovaunidade?Vejaográficoaseguir:

O gráfico apresentado nos permite converter o valor da velocidade expresso em m/s para km/h ou vice-versa. Com ele podemos fazer, com boa aproximação, a conversão das unidades para valores de velocidade compreendidos entre zero e 120 quilômetros por hora ou entre zero e 30 metros por segundo.

120

110

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

km/hConversão de unidades para velocidade (m/s km/h)

2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30

m/s

Faça em seu caderno

Calculando velocidades médias

1. Determine as velocidades médias dos ciclistas A e B tomando como base os dados apresentados na

tabela 2, situação 2, da página 201. Anote em seu caderno os resultados obtidos.

2. A ilustração esquemática a seguir representa os movimentos de dois ciclistas. Determine o valor

médio da velocidade de cada um deles. Anote em seu caderno o raciocínio utilizado e os valores

obtidos.

AntonioRobson/Arquivodaeditora

3. Utilize o gráfico de conversão de unidades para velocidade acima para determinar, aproximadamente,

qual seria a velocidade (em m/s) de um automóvel que se desloca a 30 km/h.

Você pode avaliar, com o professor de matemática, a possibilidade e con-veniência de explorar o raciocínio de proporção entre duas grandezas. Convém também destacar a necessidade de expressar valores de variáveis físicas sempre acompanhados pelas respectivas unidades de medida.

6 000 metros 3 000 metros

202

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vamos pesquisar

Velocidades atingidas em uma marcha atlética

Existeumamodalidadedoatletismoconhecidacomomarchaatlética.Nessamodalidade,osatletasdevemdeslocar-sedomodomaisrápidopossívelsemtirarosdoispésdochão,aomesmotempo.

Na marcha atlética não se pode tirar os dois pés do chão ao mesmo tempo, como mostra a foto de marcha atlética feminina nos Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro (RJ), em 2007.

Se

veri

no

Sil

va/A

g.O

Dia

Érazoávelesperarquenamarchaatléticaosatletasatinjamumavelocidademe-nordoqueemumacorridanormal?Qualéadiferençaentreasvelocidadesalcança-dasemcadaumdessestiposdecorrida?

Você Vai precisar de:

•Umatrenaparamedirdistâncias(ouumespaçocujadistânciajásejaconhecida)eumrelógiocomcronômetroparamarcarotempo.

como fazer:

•Discutacomseugrupoummododemediravelocidadedeummesmo“atleta”emumacorrida“normal”eumacorridaemmarchaatlética.O“atleta”emquestãopodeserumcolegadeseuprópriogrupo.

•Nocaderno,expresseosresultadosobtidosemm/sekm/h.

Interpretando a atividade

1. Compare suas medidas com as que foram realizadas por outros grupos. Os

resultados são coerentes entre si?

2. O que você pode dizer sobre a velocidade desenvolvida em uma marcha

atlética e em uma corrida normal?

203

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Mudança na velocidade e na aceleração

Namaioriadasvezes,avelocidadedeumveículovariaduranteomovimento.Porisso,dividirovalordadistânciapercorridapelotempogastoparapercorrê-lasónosdáumaideiaaproximadadecomoocorreuomovimento.

Vejamos,porexemplo,ocasodeumautomóvelqueviajouumadistânciade210kmemumintervalode3horas.Dividindoadistânciatotalpercorridapelotempogasto,pode-seconcluirqueoautomóvelviajoucomumavelocidademédiade70km/h.

Apesar de ser importante, essa informação não nos traz detalhes sobre como foiexatamenteomovimentodoautomóvelduranteaviagem.Ébemprovávelqueomoto-ristatenhaatingidovelocidadessuperioresa70km/h.Elepodeterparadoaolongodaestradaousemovidocomvelocidademenoremdeterminadostrechos.Poressemoti-voocálculofeitoanteriormenteéodavelocidademédia.

Paraconhecerdetalhessobreomovimentodeumveículo,éprecisoquesedispo-nhadealgumtipoderegistrodoseumovimento.Ailustraçãoaseguirmostraumasi-tuaçãoemqueépossívelestudarasmudançasdevelocidadetomandocomobaseumregistroproduzidoporgotasdeóleoquepingaramdomotordeumcaminhão.Otem-poentreaquedadeduasgotassucessivasfoisemprede0,5segundo,ouseja,asgotascaíramcomumataxafixadeduasgotasporsegundo(2gotas/segundo).

A história do movimento desse caminhão é a seguinte: o motorista entrou no ca-minhão,ligouomotoresaiuemmovimentoporumaestradaplanaeretilínea.Poucotempodepois,percebeunopaineldocaminhãoumaluzindicandoproblemasnoreser-vatóriodeóleo.Ele,então,parouoveículoparaveroqueestavaacontecendo.

Orastrodeixadopelasgotasdeóleoquecaíramdocaminhãopermitefazermedi-dasdedistânciaetempoempequenostrechosdomovimento.Analisandooregistrodomovimento,esabendoqueotempoentreaquedadeduasgotassucessivasésem-preiguala0,5segundo,podemoschegaràconclusãodeque,noprimeirotrechodomo-vimento,avelocidadedocaminhãoaumentouatéatingirseuvalormáximo.

NotrechoquevaidagotaAatéagotaG,ocaminhãopercorredistânciascadavezmaioresacadanovointervalodetempode0,5segundo.Éporissoquepodemoscon-cluirquesuavelocidadeestáaumentando.

No trecho que vai da gota G até a gota K, a velocidade do caminhão permanececonstante:elepercorredistânciasiguaisacadaintervalode0,5segundo.

NotrechoquevaidagotaKatéagotaO,ocaminhãopercorredistânciascadavezmenoresacadanovointervalodetempode0,5segundo,atéquefinalmenteparanopontoO,poisatingevelocidadezero.

Nomovimentodocaminhãoqueestamosanalisando,podemosnotarqueavelo-cidade aumenta, permanece constante e depois diminui. Essas três situações foramidentificadaspeladistânciaentreasgotasdeóleo.

Para um estudo minucioso do movimento do caminhão, torna-se imprescindívelcompararessestrêstiposdesituação.Essacomparaçãoéfeitapormeiodeumamedi-daconhecidacomoaceleração.

A B C D E F G H I J K L M N O

A ilustração esquemática mostra o registro do movimento de um caminhão, produzido pelo gotejamento de óleo no solo da estrada. As gotas foram identificadas com letras para facilitar a análise posterior do movimento.

An

ton

ioR

ob

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rqu

ivo

da

ed

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ra

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A aceleração é uma medida utilizadaparadescrevercomoavelocidadedeumveículo varia em um determinado perío-dode tempo.Quandoumagrandevaria-ção de velocidade ocorre em um inter-valo pequeno de tempo, dizemos que oveículo sofreu grande aceleração. Quan-do não ocorre variação de velocidade,dizemos que a aceleração vale zero, ouseja, não há aceleração. Por fim, quandoavelocidadevariademodosuave,sendonecessárioumgrande intervaloparaumaumento razoável ou uma redução sig-nificativa, dizemos que o veículo sofreuumapequenaaceleração.

Utilizando a ideia de aceleração queacabamos de apresentar, podemos con-cluirque:

•noprimeirointervalodomovimento,ocaminhãoapresentaumaaceleraçãopositiva,istoé,sofreumaumentodevelocidade;

•nosegundointervalo,ocaminhãonãoapresentaaceleração,umavezquesuavelocidadenãoaumentanemdiminui;

•noterceirointervalo,ocaminhãoapresentaaceleraçãonegativa,istoé,sofreumadiminuiçãodevelocidade;

•aaceleraçãoémaisintensaduranteafrenagemdoquenaarrancada,poisocaminhãoprecisoudeumintervalodetempomenorparafreardoqueparaatingirsuavelocidademáxima.

Umadasdificuldadesementenderessa ideiadeaceleraçãoéaceitaraafirmaçãodequeocaminhãotemaceleraçãonulanosegundointervalodeseumovimento.Issoporqueestamosacostumadosausarapalavra“aceleração”comomesmosentidoqueapalavra “velocidade”.Quandodizemosqueumcarro“passouacelerado”,queremosdizer,simplesmente,queelepassourapidamente,ouseja,comaltavelocidade.Entre-tanto,nasCiências,essesdoisconceitos–velocidadeeaceleração–sãousadosparaexpressarcoisasdiferentes.Enquantoavelocidadeéumamedidadarapidezcomqueummóvelsedesloca(pormeiodadistânciapercorridaporunidadedetempo),aacele-raçãomedeataxacomqueavelocidadevarianotempo.Porisso,seavelocidadenãovaria,aaceleraçãoénula;seavelocidadevariarapidamente,aaceleraçãoéalta.

Vocêécapazdeimaginarsituaçõesemqueavelocidadedeummóvelébaixaesuaaceleração,alta?

Um exemplo é a de uma moto no instante em que arranca após a abertura de um semá-foro; outro exemplo é o de uma bola que cai abandonada de uma pequena altura.

Faça em seu caderno

Recursos utilizados para descrever os movimentos

1. Os moradores de uma certa rua reivindicaram às autoridades competentes a instalação de

alguns quebra-molas para limitar a velocidade dos veículos que aí trafegam. Diante da demora

no atendimento da solicitação, os moradores decidiram produzir um estudo para determinar a

velocidade média dos carros que atravessam a rua ao longo do dia.

Na sua opinião, como eles poderiam realizar esse estudo sem o auxílio de radares ou outros

equipamentos especiais?

na rede

Veja mais informações

sobre velocidade e

aceleração com uma

simulação e a construção

de um gráfico:

<http://www.if.ufrgs.br/

tex/fis01043/

20042/Luciano/

cinematica.html>.

Acessoem:29nov.2011.

04_09_f008b_9CCaS [Imagem de um tacógrafo digital como o disponível em: http://www.markanti.com.br/produto_demo.php?id=20]

Caminhões e ônibus não costumam derramar gotas de óleo sobre a pista. O registro do movimento desses veículos é feito por um tacógrafo, tal como o mostrado na fotografia. Esse equipamento produz gráficos que mostram como a velocidade do veículo varia ao longo do tempo (ver o gráfico situado na parte de cima do lado esquerdo da fotografia). Com esses gráficos, é possível determinar as acelerações impostas ao veículo pelo motorista.

cre

dit

o

205

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2. Um carro viajou entre duas cidades distantes uma da outra 320 km. O tempo total de percurso foi de

quatro horas.

a) Determine a velocidade média do veículo em km/h.

b) Consultando o gráfico “Conversão de unidades para velocidade”, na página 202, indique,

aproximadamente, a velocidade média do veículo em m/s.

c) Conhecer a velocidade média de um veículo nos permite afirmar, exatamente, quantos metros ele

percorreu, a cada segundo, durante toda a viagem? Explique.

3. Veja a seguir o registro dos movimentos de dois veículos, (A) e (B), que se deslocaram sobre duas

pistas horizontais diferentes. Nos dois casos, os veículos deixaram pingar gotas de óleo sobre as

pistas em intervalos de tempo iguais a 1 segundo.

0 1 4 7 10 13 16 19 22 25 metros

0 1 4 9 16 25 metros

As ilustrações esquemáticas representam as posições de gotas de óleo depositadas por dois veículos (A) e (B) sobre um trecho de 25 metros de pista. As distâncias das gotas em relação ao início de cada pista foram medidas com o auxílio de uma fita métrica.

Observando os dois registros, faça o que se pede a seguir.

a) Determine quantos segundos cada veículo gastou para percorrer os primeiros 25 metros.

b) Calcule as velocidades médias dos dois veículos nos primeiros 25 metros de movimento.

c) Você considera correto afirmar que o veículo (A) não apresentou aceleração em um determinado

trecho de seu movimento? Explique.

d) Descreva os movimentos dos dois veículos utilizando os conceitos de velocidade e aceleração.

4. Alguns estudantes possuem um certo número de

bandeirinhas e pretendem colocá-las ao longo

de uma pista inclinada, sobre a qual descerá

uma esfera. O intuito deles é posicionar as

bandeirinhas de tal maneira que o tempo gasto

pela esfera para percorrer o espaço entre duas

delas seja sempre o mesmo. Reproduza a figura

ao lado em seu caderno e indique nela como os

estudantes poderão cumprir bem essa tarefa.

5. Um dos estudantes, pretendendo realizar a

tarefa proposta na questão anterior, posicionou

as bandeirinhas com espaçamentos iguais entre

si, como mostra a figura ao lado. Nesse caso,

o tempo necessário para a esfera percorrer o

espaço entre duas bandeirinhas será sempre o

mesmo ao longo da trajetória? Explique.

6. Um terceiro estudante recebeu orientações

semelhantes àquelas fornecidas aos estudantes

mencionados nas duas questões anteriores.

Dessa vez, entretanto, o objetivo era o de

representar o movimento de subida da bolinha

lançada do plano horizontal.Faça, em seu

caderno, um esboço de como as bandeirinhas

deveriam ser posicionadas nesse caso.

Ilu

stra

çõe

s:A

nto

nio

Ro

bso

n/A

rqu

ivo

da

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ito

ra

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Como produzir mudanças no movimento de um veículo

Viajarcomsegurançasignificasercapazdecontrolaromovimentodoveículo,istoé,mudaromovimentodeacordocomnossosinteressesenecessidades.Dependendodascircunstâncias,podesernecessárioretiraroveículodorepouso,aumentaroudi-minuirsuavelocidadeou,ainda,alteraradireçãodeseumovimento.

Masoqueprovocaalteraçõesnoestadodemovimentodeumveículooudeumobjetoqualquer?

Os corpos mudam facilmente seu estado de movimento?

Nestesexperimentos,vamosexplorarumaimportantepropriedadedoscor-pos:ainércia.Façaasatividadesumaauma,prevendoresultados,anotandoosefeitosobservadoseprocurandoumaexplicaçãoparacadaumdeles.

Você Vai precisar de:

•Trêsmoedasdomesmotamanho,umafolhadepapel,umcopodeplásticocomágua,umamesalisaeumarégua.Éimportantequearéguatenhaumaespessuramenorouigualàdasmoedas.

como fazer:

•Comcorposinicialmenteemrepouso

1. Coloque as três moedas umas sobre as outras. Pegue a régua e mova-a rente

à mesa, de modo que bata com vigor na moeda de baixo.

a) O que acontece com as outras moedas?

b) Explique no caderno o comportamento da moeda atingida pela régua.

2. Coloque o copo contendo água sobre a folha de papel, situada na borda

da mesa.

a) Segurando a extremidade da folha de papel com uma das mãos, bata com

a régua sobre ela de modo que seja retirada bruscamente debaixo do copo.

O que acontece com o copo nessas circunstâncias?

b) Caso a folha seja puxada lentamente, o resultado seria o mesmo do item (a)?

c) O resultado da experiência realizada no item (a) seria diferente caso o

copo estivesse vazio?

•Comcorposquejáiniciaramseumovimento

1. Coloque as três moedas umas sobre as outras. Dando um impulso moderado

com uma das mãos, coloque todas as moedas em movimento em direção à

régua. Essa deve estar fixa em uma determinada posição à frente do local

onde você impulsionou as moedas. Observe a colisão entre a régua e o

conjunto de moedas.

a) Alguma força atuou sobre as duas moedas de cima exatamente no

momento da colisão com a régua? Explique.

b) É possível estabelecer alguma relação entre esse experimento e a

colisão de um veículo em que o motorista não esteja usando um cinto de

segurança? Explique.

Os experimentos que explo-ram situações envolvendo o conceito de inércia são muito interessantes, pois permitem que os estudantes utilizem esse novo conceito em situa-ções familiares.

vamos pesquisar

207

Page 11: Editora Ática & Scipione

2. Coloque uma única moeda sobre a folha de papel. Puxe a folha de forma

que a moeda acompanhe inicialmente seu movimento. Uma vez estando o

conjunto em movimento, gire a folha rapidamente, mudando de maneira

brusca a direção de seu movimento.

a) A moeda acompanha o movimento da folha? Para onde ela vai?

b) Compare essa situação com a de um passageiro no interior de um ônibus

quando o veículo faz uma curva fechada em alta velocidade. Existe

alguma relação entre as duas situações? Explique.

Interpretando a atividade

1. Considerando os resultados dos dois primeiros experimentos que você

realizou, responda: corpos inicialmente em repouso mudam com facilidade

esse “estado de movimento”?

2. O que é preciso fazer para mudar as características do movimento de um

corpo? Justifique sua resposta a partir das explorações feitas na atividade.

3. Tente extrair uma conclusão geral de todas as explorações realizadas. Para

isso, considere o repouso como um “estado de movimento”. Então, responda:

os corpos mudam facilmente o seu “estado de movimento”?

A resistência à mudança e o princípio da inércia

Mesmoumabicicletabemlubrificadaprecisasofreraaçãodeumaforçaparasairdoestadoderepouso.Assimcomotodoequalquercorpo,umabicicletaqueestejaini-cialmenteemrepousotendeapermaneceremrepouso.

Quandoumaforçaimpulsoraagesobreabicicleta,elaentraemmovimento.Apar-tirdeentão,elapassaateroutratendência:adepermaneceremmovimento.Assim,sequisermospararrepentinamenteumabicicleta,nãobastadeixardepedalar.Asforçasde resistênciaqueatuamsobreabicicletaquandoparamosdepedalarnãosãosufi-cientesparainterromperrapidamenteseumovimento.Éprecisofazerusodosfreios,umavezqueatendênciadabicicletaépermaneceremmovimento.

Atendênciaapermaneceremrepousoquandoseestáemrepousoouaperma-neceremmovimentoquandoseestáemmovimentoéconhecidacomoprincípiodainércia.

Por causada inércia,muitoscarros sãoequipadoscomapoiosdecabeçamaisaltos,atémesmonosbancosde trás.Essesapoiospodemevitar lesõesgravesna

coluna cervical dos ocupan-tes do carro caso haja umacolisão violenta com sua tra-seira,porexemplo,enquantoestiver parado em um sinal.Nocasodeumacolisãodessetipo,enaausênciadoencos-to, a cabeça do passageiro,inicialmenteemrepouso,ten-deapermaneceremrepouso,enquantoorestantedocorpoé violentamente acelerado

Este texto retoma vários aspectos da atividade expe-rimental realizada anterior-mente. Recomendamos que sua leitura fosse feita após as discussões da atividade, de modo a ampliar e generalizar suas conclusões.

correto incorreto

Observe a ilustração esquemática. Qual a função dos apoios de cabeça nos veículos?

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ora

208

Page 12: Editora Ática & Scipione

paraafrente,comocarro.Issoresultaummovimentobrusconopescoço,quepodeeventualmentecausarlesãonamedulaespinhal.

Imaginequevocêestejaparado,empé,nointeriordeumônibus,comasmãosocu-padasentregandosuamochilaparaumcolegasentadonobanco.Suponhaque,nesseexatomomento,oônibus,queestavaparadonosinal,entreemmovimento.Comovocêestácomasmãosocupadas,acabacaindonopisodoônibus,atrásdolugarondeseucolegaestásentado.Porqueissoacontece?Afinal,oquepoderiateratiradoseucorpo“paratrás”?

Seu corpo, assim como todo o ônibus, estava em repouso quando forças agiramsobreoônibus,fazendo-oarrancar.Porinércia,seucorpotendeamanterseuestadoderepouso,masseuspés,queestavamapoiadosnopisodoônibus,forampuxadosra-pidamenteparaafrente.Foiissoqueprovocousuaquedaeasensaçãode“terficadoparatrás”emrelaçãoaoônibus.

Imagineagoraoutrasituação:vocêestánovamenteempédentrodeumônibusemmovimento,preparando-separadesembarcar.Comasduasmãosvocêpegaamochilaqueestánocolodeseucolega.Nessemomento,oônibusdáumafreadabrusca.Vocêsesente“jogado”paraafrentee,desequilibrado,acabaporpararpertodomotorista.

Antesdafreada,oônibusetodososcorposemseuinteriorestavamemmovimentoemrelaçãoàrua.Quandooônibusfreouderepente,ospassageiros,porinércia,tende-ramacontinuaremmovimento.Foiissoquefezvocêsesentir“lançado”paraafrenteemrelaçãoaopisodoônibus.

Quandooônibusfazumacurvaacentuada,tambémcostumamosnossentirdese-quilibradoseprecisamosnosagarrarparanãocair.Fazerumacurvaimplicamudaradireçãodomovimento.Porém,quandoestamosemmovimento,nossocorpo,porinér-cia,ofereceresistênciaatodaequalquermudançaquesepretendafazernascaracte-rísticasdomovimento.Oônibusfazacurva,masnossocorpotendeacontinuarsemo-vendoemlinharetaemrelaçãoàpista.Umasituaçãosemelhanteaessaestáilustradanafiguraaseguir,naqualrepresentamos,emváriasposiçõesconsecutivas,umveículoquefazumacurvaacentuada.Acenaévistaporcima,comoseestivessesendofilmadadeumhelicóptero.Ospontospretosrepresentamumobjetosoltonapartedetrásdoveículo.Quandooveículofazacurva,oobjetovaideumladoparaoutro.Porinércia,oobjetotematendênciadecontinuarasemoveremlinharetacomavelocidadequeoveículotinhaantesdoiníciodacurva.

A B C D E F

Se nada prender o objeto no interior do veículo, ele sairá rolando pela pista em linha reta, tal como mostrado na sequência de posições de D a F da ilustração ao lado.

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Mas o que acontece quando o ônibus se desloca em linha reta e com velocidadeconstante?Essacondiçãoidealnãoocorrecomfrequênciaemviagensdeônibus,quetrepidammuito,maspodeserobservadaemviagensdemetrô, tremouavião.Nessecaso,seprendemosumchaveiroporumbarbante,formandoumaespéciedepêndulo,verificamosqueoconjuntopermanecenadireçãoverticalenquantoonossoveículosedeslocaemlinharetaecomvelocidadeconstante.Nessecaso,ochaveiro,estandojáemmovimento,tendeapermaneceremmovimentoretilíneoeuniformeamenosqueumaforçaatuesobreele.

na rede

Veja um experimento

simples e seguro que

demonstra bem o que é a

inércia:

<http://www.

pontociencia.org.br/

experimentos-interna.ph

p?experimento=558&KU

NG+FU+DA+INERCIA>.

Acessoem:29nov.2011.

209

Page 13: Editora Ática & Scipione

ciência em movimento

O princípio da inércia

Otermo“inércia”foiusadopelaprimeiravezporJohannesKepler(1571-1630),contudocomumsigni-ficadodiferentedoqueviriaaterposteriormente.Paraele,inérciaeraatendêncianaturaldoscorposdepermanecerememrepouso.

IsaacBeeckman(1588-1637)eRenéDescartes(1596-1650)modificaramaideiadeinérciapropostaporKepler.Em1630,Descartesafirmouque:“Todocorpoqueiniciouummovimentocontinuaafazê-losemjamaissedeterporsimesmo”.

Em1644,aassociaçãoentreainérciaeatendênciadoscorposdecontinuaremmovimentojánãoerano-vidade,sendoaceitapormuitospensadoresdaépoca,entreosquaisPierreGassendi(1592-1655),EvangelistaTorricelli(1608-1647),BonaventuraCavalieri(1598-1647)eGalileuGalilei(1564-1642).IsaacNewton(1643-1727)enunciouesseprincípioemsuaobraPrincípios matemáticos,publicadaem1687daseguinteforma:

Todo corpo permanece em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em linha reta, a menos que seja obrigado a mudar seu estado pelas forças impressas sobre ele.

NEWTON,Isaac.Axiomasouleisdomovimento.Princípiosmatemáticos.In:Os pensadores.SãoPaulo:AbrilCultural,1979.

Esseenunciado,conhecidohojecomoPrimeiraLeideNewton,fazpartedeumateoriamaisamplaqueexplica,deformaunificada,omovimentodoscorposnaTerraenocéu.

1. Compare no caderno as ideias de Kepler e Newton sobre inércia e indique a diferença que há entre elas.

2. Costuma-se dizer que a Ciência é uma construção coletiva, fruto do trabalho de uma comunidade

de pesquisadores. A história da construção do conceito de inércia é coerente com essa afirmação?

Justifique no caderno.

3. Albert Einstein (1879-1955) afirmou, certa vez, que: “Se Newton não tivesse existido, outra pessoa

teria formulado as suas teorias. Contudo, se Beethoven não tivesse existido, não conheceríamos

nenhuma de suas sinfonias”. Você concorda com essa afirmativa? Apresente no caderno argumentos

a favor de seu ponto de vista.

Faça em seu cadernoComo produzir mudanças no movimento de um veículo

1. Descreva algumas situações nas quais é possível perceber a inércia manifestando-se em um:

a) passageiro de automóvel; b) esqueitista; c) ciclista.

2. Sabemos que é perigoso deixar objetos soltos dentro de um veículo. Responda: por que objetos

soltos podem trazer riscos aos ocupantes do veículo?

3. Uma pessoa amarrou diversas peças de madeira em um bagageiro instalado no teto de seu

automóvel. Saiu bem devagar da madeireira e encontrou a pista livre. Já que a madeira parecia

estar bem presa e segura, foi aumentando, aos poucos, a velocidade do automóvel. Quando

encontrou o primeiro sinal fechado, o motorista foi obrigado a parar o veículo. Pisou no freio

bruscamente. Nesse momento, a madeira presa ao bagageiro escapou, batendo no carro da frente.

a) Segundo o relato, o motorista teve cuidado quando arrancou o carro na madeireira, aumentando

a velocidade aos poucos. Esse procedimento foi importante para evitar um acidente na saída da

madeireira? Explique.

b) Por que a madeira atingiu o carro da frente quando o motorista freou no sinal?

c) Que cuidados os motoristas devem tomar para evitar esse tipo de acidente?

210

Page 14: Editora Ática & Scipione

A relação entre massa e inércia

Comoamassadeumcorpoestárelacionadaàdificuldadequeeleofereceàsnossas tentativasdealterarseuestadoderepousooudemovimento?Emoutraspalavras,comoamassaestáassociadaàinérciadocorpo?

Você Vai precisar de:

•Doiscarrinhosconfeccionadospreviamenteporseuprofessorouporalgumcolegadesuaclasse.

como fazer:

•Puxeoscarrinhossimultaneamentecomaajudadedoiselásticosidênticosparadaracadaumamesmaaceleração.

•Depois,interrompaseusmovimentoscomasmãos.

Interpretando a atividade

1. É realmente possível determinar qual dos dois carrinhos possui maior massa

sem pesá-los ou suspendê-los com as mãos? Que critério pode ser adotado

nesse caso?

2. Os caminhoneiros afirmam que é mais difícil parar uma carreta carregada do

que uma carreta sem carga quando ambas se encontram em movimento com

a mesma velocidade. Os resultados dessa atividade reforçam essa afirmação

ou estão em contradição com ela? Explique.

vamos pesquisar

Força, massa e aceleração Comoamassadeumveículointerfereemnossacapacidadedealterarseumovimento?Mesmocommotoresmuitopotentesefreiosmuitoeficientes,caminhõesecarre-

tas,sobretudoquandocarregados,apresentamgrandesdificuldadesemfazercurvas,bemcomoemaumentaroudiminuir suavelocidade. Issosignificaqueumcaminhãocarregadopossuigrandetendênciaasemanteremrepousoouemmovimentoemli-nha reta e com velocidade constante. Comparado com veículos de passeio, dizemosqueocaminhãopossuimaiorinércia.

na rede

Conheça uma coleção

com vários experimentos

e explicações sobre

inércia:

<http://www.

pontociencia.org.br/

inercia.html>.

Acesso em: 29 nov. 2011.

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O caminhão da foto precisa de um motor muito mais potente do que o do carro de passeio. Também precisa de freios muito mais eficientes.

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Page 15: Editora Ática & Scipione

Adiferençademassaentreumcarrodepasseioeumcaminhãoexplicaadiferençaderesistênciaqueessesveículosoferecemàrealizaçãodemudançasemseuestadodemovimento.Dizemos,emCiências,queamassadeumcorpoéumamedidadesuainér-cia:quantomaismassa,maisinércia.

Comissoqueremosdizerquecorposcommassasdiferentesoferecemresistênciasdiferentesparaalterarseuestadodemovimento:quantomaioramassadeumcorpo,maisdifícilsetornaalterarseuestadodemovimento.

Pararetirardorepousodoiscorposdemassasdiferentese,emummesmointerva-lodetempo,daraelesomesmoaumentodevelocidade,éprecisoaplicarumaforçamaiornocorpodemaiormassa.

Alémdamassa,aintensidadedaforçaqueénecessáriaparaaumentaroudiminuiravelocidadedeumcorpodependedaaceleraçãoquequeremos imprimiraele.Vocêpodefazerumaatividadesimplesparaverificarisso.Bastaamarrarumcordãonospésdeumamesapequenaoudeumacadeira.Puxeocordãolentamente,colocandooob-jetoescolhidoemmovimento.Noinício,vocêvaipercebercertadificuldadedecolocaroobjetoemmovimento.Issoocorreporcausadaforçadeatritoentreochãoeoobje-to.Sevocêaumentargradativamenteaforçasobreocordão,perceberáqueoobjetocontinuaráparadoeque,para tirá-lodorepouso,precisaaumentara forçaquevocêfazatéumdeterminadovalor.

Aforçadeatritoentreochãoeoobjetonãoéconstanteevariaconformeaforçaquevocêexerce.Enquantovocêpuxaeoobjetopermaneceparado,a forçaexercidaporvocêéigualàforçadeatrito.Aumentandoaospoucosaforça,vaichegarummo-mentoemqueoobjetocomeçaráasemover. Issosignificaquea forçadeatritoqueatuanoobjetoenquantoeleestáparadosóaumentaatéumdeterminadovalor-limi-te.Existeumvalormáximoapartirdoqualessaforçadeatritonãoaumentarámais.Quandoa forçaquevocê faz forapenas ligeiramentemaiordoquea forçadeatritomáximaentreochãoeoobjeto,elesairádorepouso.

Vocêpoderáobservartambémque,umavezemmovimento,épossívelqueoobjetocontinuesemovendocomvelocidadeconstante,mesmoquevocêcontinuepuxando.Essasituaçãoésemelhanteàdeumabicicletaquesedeslocaemumaruaplanacomvelocidadeconstante.Paramanteravelocidade,ociclistatemdepedalar.Nessesdoiscasos (cadeira arrastada e bicicleta se movendo com velocidade constante), a forçaexercidasobreoobjetoemmovimentosóésuficienteparaanularaforçadeatritoqueécontráriaaseumovimento.

Senãohouvesseatritoentreochãoeoobjeto,pormenorquefosseaforçaexer-cidaporvocê,seriapossívelalteraracadainstanteavelocidadedoobjeto.Depoisdemuitotempo,oobjetoapresentariaumagrandevariaçãoemsuavelocidade.

Quasesempre,aopuxarocordãorapidamente,natentativadeprovocarumagran-devariaçãonavelocidadedoobjeto,ocordãoarrebenta.Issoocorre,sobretudo,quan-doamassadoobjetoaserarrastadoégrande.

Para que os dois veículos apresentados na ilustração

esquemática sejam submetidos a uma mesma

aceleração, o motor do veículo (B) precisa exercer

uma força impulsora maior do que o motor do veículo (A).

força impulsora menor

força impulsora maior

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212

Page 16: Editora Ática & Scipione

Paraproduzirumagrandeaceleração, istoé,umamudançamuito rápidanavelo-cidade,éprecisoexercerumaforçaimpulsorasobreocorpoqueestápresoaocordãomuitomaiordoqueaforçadeatritoentreochãoeoobjeto.Entretantoexisteumli-miteparaaforçaqueocordãoécapazdesuportaretransmitirparaoobjeto.Sevocêpuxarocordãocomumaforçaimpulsoramuitointensa,elevaiarrebentar.

A ilustração esquemática mostra os primeiros sete segundos de movimento acelerado de duas versões diferentes de um mesmo tipo de automóvel. O automóvel mostrado em (A) tem um motor menos potente. O motor mais potente do automóvel mostrado em (B) é capaz de exercer uma força impulsora mais intensa sobre ele. Com isso, o veículo (B) terá uma aceleração mais intensa durante a arrancada.

Ilu

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1 s 3 s 5 s 7 s

força impulsora menor

força impulsora maior

0 s 2 s 4 s 6 s

1 s 3 s 5 s 7 s

Nãoéapenasnocasodeforçasdestinadasaaumentaravelocidadedeumcorpoqueobservamosarelação:maiorforça maioraceleração.Essarelaçãotambéméencon-tradaparaocasodasforçasquetendemafrearouadiminuiravelocidadedocorpo.

Umafreadarepentinaemumautomóvel,istoé,umareduçãodevelocidadeprodu-zidaemumpequenointervalodetempo,exigequeosfreiosapliquemumaforçamuitointensasobreasrodasdoveículo.Quandoaforçaé intensademais,asrodaspodemtravareareduçãodavelocidadepassaadependerdaforçadeatritoentreospneuseosolo.Porisso,existeumadistânciamínimaqueprecisamosmanterdosveículosqueviajamànossafrente.Essadistânciaénecessáriaparaquepossamospararemcasodeemergência.

Ilustrações esquemáticas. Quando chove, a força de atrito máxima que o piso é capaz de exercer sobre o veículo para obrigá-lo a parar é menor do que em pista seca. A distância necessária para a frenagem de um carro que se move a 100 km/h em pista seca é de aproximadamente 62 m (A). No caso de pista molhada, essa distância sobe para aproximadamente 108 m (B).

velocidade inicial100 km/h

carro paradovelocidade zero

velocidade inicial100 km/h

pista seca

62 metros

108 metros

pista molhada

carro paradovelocidade zero

213

Page 17: Editora Ática & Scipione

Faça em seu caderno

Força, massa e aceleração

1. Responda às duas questões apresentadas a seguir, considerando o que diz o texto:

a) Como se chama a força que dificulta o deslocamento de uma grande mesa apoiada sobre o chão,

quando nós a empurrarmos com o intuito de movê-la?

b) O que devemos fazer para retirar do repouso dois objetos de massas diferentes, de modo que,

em um mesmo intervalo de tempo, eles apresentem o mesmo aumento ou a mesma redução de

velocidade?

2. Compare as figuras das páginas 194 (dois ônibus com massas diferentes) e 195 (dois carros de mesma

massa, mas sujeitos a forças impulsoras diferentes). Quais são as diferenças entre as situações que

são exploradas em cada uma dessas figuras?

3. Analisando o sistema de freio de um veículo, notamos que as rodas giram presas a grandes discos

de metal. Quando o motorista decide reduzir a velocidade, um sistema aperta um par de pastilhas

contra cada um dos discos (veja a figura a seguir).

Veículos mais pesados podem apresentar mais dificuldade para frear do que veículos mais leves.

Será, então, que o sistema de freio de automóveis mais pesados é menos eficiente do que aqueles

que equipam veículos mais leves? Explique.

cré

dit

o

04_09_i019_9CCaS [NOVA_esquema de funcionamento do freio em uma roda de automóvel]

4. Um garoto amarrou um cordão no pé de uma mesa e deu um puxão brusco nesse cordão. Para sua

surpresa, a mesa não saiu do lugar, enquanto o cordão se arrebentou.

a) Como podemos explicar esse acontecimento?

b) O que o garoto poderia fazer para mover a mesa por meio do cordão sem que ele arrebente?

214

Page 18: Editora Ática & Scipione

Equipamentos e medidas de segurança

ACiênciaea tecnologiamuito têmcontribuídonaconstrução de dispositivos que tornam os veículosmais seguros. Compreender os conceitos de veloci-dade, aceleração e inércia e entender como as forçasalteramoestadodemovimentodeumcorpo foi fun-damentalparaquesepudessecriarequipamentosquenospermitemviajarcommaissegurança.

Existem, basicamente, dois modos de diminuir osefeitosdasforçasqueagemsobreoscorposdospassa-geiros de um veículo no momento de uma colisão. Oprimeiro consiste em prolongar o tempo necessáriopara interromperomovimentodoscorposdospassa-geiros.Osegundomodoconsisteemreduzirapressãoqueasforçasdeimpactosãocapazesdeexercer.

Nesse momento é importante destacar os aspec-tos conceituais dos equipamentos de segurança aliados com os usos que fazemos deles e com as atitudes das pessoas no trânsito. Aconselhamos tratar com destaque dos acidentes envolvendo motos, bicicletas e pedestres e como evitá-los.

Teste de frenagem realizado em campo de prova de uma indústria automobilística em Paulínia (SP).

Prolongando o tempo de impactoEmumabatidadecarroocorrem,nomínimo,duascolisões.Primeiroacolisãodocar-

rocontraumobstáculo,quepodeseroutrocarroouumposte.Quandoosocupantesdocarronãousamcintosdesegurança,ocorretambémacolisãodeseuscorposcontraovo-lante,opaineleopara-brisadoveículo.Issoaconteceporque,depoisqueoobstáculoin-terrompeomovimentodocarro,oscorposemseuinteriorcontinuamemmovimentoporcausadainércia.Comousemusodocintodesegurançaocorre,também,acolisãodosór-gãosinternoscomosossosquesustentamocorpo.Océrebro,porexemplo,podecolidircontraosossosdocrânio,demodoaprovocarumaperdatemporáriadeconsciência.

Faça em seu cadernoEquipamentos e medidas de segurança

Compare cada afirmativa apresentada a seguir com o texto composto pelos dois parágrafos

anteriores. Com base nessa comparação, classifique cada afirmativa verificando se ela:

a) está relacionada com o assunto do texto e concorda com ele.

b) está relacionada com o assunto do texto e discorda dele.

c) está relacionada com o assunto do texto, mas vai além dele.

d) não está relacionada com o assunto do texto.

1. A Ciência e a tecnologia são frutos da inventividade humana, mas contribuíram enormemente para

aumentar nossa capacidade de agredir o meio ambiente.

2. Um modo de diminuir os riscos de lesões em acidentes consiste em evitar que o corpo dos envolvidos

tenha seu movimento interrompido instantaneamente.

3. Nos acidentes, deve-se aumentar a pressão exercida pelas forças de impacto em partes mais rígidas

de nosso corpo e diminuir o tempo das colisões.

4. A invenção de equipamentos de segurança se transformou em uma necessidade, à medida que os

acidentes tornaram-se mais frequentes e violentos.

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Page 19: Editora Ática & Scipione

Aaçãodositensdesegurançadestina-seadiminuirosefeitosouaintensidadedasforçasqueagemsobreoscorposdospassageirosduranteacolisão.

Parareduziravelocidadedessescorposemumintervalodetempomuitocurto,énecessárioexercerforçasmuitointensassobreeles.Forçasintensaspodemcausarfe-rimentosgraves.Consegue-seumadiminuiçãosignificativanessasforçasaumentandoointervalodetemponoqualelasagem.

Umacaracterísticafundamentaldetodasascolisõeséqueelasacontecememumin-tervalodetempomuitopequeno.Emgeral,duramcercadeumdécimodesegundo(0,1s).

Paraprolongarumpoucomaisessepequenointervalodetempo,asfábricasdeau-tomóveistêmreforçadoaestruturadascabinesdentrodasquaisospassageirosvia-jam.Aoredordessascabines,oveículoéconstituídodemateriaiseestruturascapazesdesedeformaremduranteacolisão.Sãoaschamadaszonasdedeformaçãoprojeta-dasedesenvolvidasexatamenteparaminimizaraviolênciadoschoques.Oscarrosan-tigoseramfeitosdematerialmaisrígidoeresistenteaimpactos.Porémasconsequên-ciasdosacidenteserambemmaisgraves.

Quandopulamosdeumdegrauemdireçãoaochãoflexionandoosjoelhoseou-traspartesdocorpo,estamostambémalterandootempodeaçãodasforçasdeim-pacto. Fazemos isso intuitivamente. Observe nas fotos a seguir como seu corpo seflexionanomomentodeumaqueda.

A zona de deformação dos veículos

Você Vai precisar de:

•Uma tesoura escolar de pontas arredondadas, cola, fita adesiva, papel, espuma, massa de modelar, cartolina e um carrinho de brinquedo (caso tenha a massa muito pequena, é necessário colocar uma massa extra).

como fazer:

•Utilize sua criatividade para projetar e construir uma zona de deformação. Fixe-a em seu carrinho depois que ela estiver pronta.

•Estabeleça com seus colegas critérios para avaliar qual é a mais eficiente.

Exemplo de um projeto de zona de deformação bem simples. Os tubos de papel-alumínio foram projetados para se deformarem caso esse carrinho sofra uma colisão frontal.

vamos pesquisar

Quando caímos, assim como quando pulamos, vários músculos e articulações são flexionados. Isso aumenta o tempo gasto para interromper o movimento do corpo.

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Page 20: Editora Ática & Scipione

Oúnicomododecaircomo“corpoduro”semsentirdoroudesconfortoécairsobreumaespuma,umaredeouumacamaelástica.Essesmateriais sedeformamenquantoagemsobrenossocorpo.Aoprolongaro tempode impacto,osmateriaisdiminuemaintensidadedasforçasqueatuamsobrenósparainterrompernossomovimento.

Vejamos,porexemplo,ocasodeumacolisãofrontaldeumcarrocontraumobstáculofixo.Duranteacolisão,enquantoaparte frontalsedeforma,o restantedocarrovaidiminuindodevelocidadeprogressivamente.

Seapartefrontaldocarrofossemaisrígidaenãosedefor-massetanto,omovimentoseriainterrompidoemuminterva-lodetempomenor,aumentandoasforçasqueseriamexerci-dassobreospassageirosnointeriordocarro.

Outrodispositivodesegurançamuitoeficienteéocintodesegurança. As duas imagens apresentadas a seguir mostramquadrosselecionadosdeumfilmeproduzidoemaltavelocida-de,emquesecomparaoqueocorrecomocorpodeummoto-ristacomousemocintodesegurança.

Analisando as duas sequências de imagens, concluímosqueummotoristade75kg,semocintodesegurança,atingeovolantedoveículoapós0,05sdoiníciodacolisão.Opara-brisaéatingidoapós0,09 se seestilhaçanochoquecontraocor-podomotorista.Ocintodesegurançaimpedequeocorpodomotoristasechoquecontraosobjetossituadosàsuafrente.

Alémdisso,ocintosedistendeduranteacolisão,alcançan-dosuadistensãomáximaem0,06s.Depoisdisso,ocintopuxanovamenteocorpodomotoristacontraobanco.Ocintonãoérígido,masconfeccionadoparaprolongarointervalodetemponoqualavelocidadedocorpodomotoristadiminuiatéqueseucorpopossapararcompletamente.

As duas sequências ilustram um teste em que se promove a colisão de um veículo a 50 km/h contra um obstáculo fixo. Nesse tipo de teste, utiliza-se um boneco ligado a sensores que medem as forças que agiriam no corpo de uma pessoa com 75 kg, durante uma colisão em condições semelhantes. Na sequência (A), o boneco está sem cinto de segurança. Na sequência (B), o boneco está usando cinto de segurança.

00.0 s 0.02 s 0.04 s 0.05 s 0.06 s 0.08 s 0.09 s 0.10 s

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A sequência de fotos, (A), (B) e (C), mostra a colisão frontal de um carro. Note a deformação intensa da frente do veículo. Note, ainda, que a cabine destinada a transportar os passageiros do veículo não sofre grandes deformações.

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217

Page 21: Editora Ática & Scipione

Reduzindo a pressãoOair bageocapacetesãodois itensdesegurançatambémdestinadosa reduziras lesõescausadasaos

passageirosdeumveículoduranteumacidente.Oair bagéumaespéciedesacoqueseencherapidamentedegaseseseprojetacontraocorpodomotoris-

taoudopassageironomomentodacolisão.Quandoháumchoqueviolentodotipofrontal,abolsaseencheem,aproximadamente,0,03s,provocandooamortecimentodocorpodopassageiro.Aobrigatoriedadedousodoair bagcomoitemdesegurançafoiestabelecidapelaLein.11910,de18demarçode2009.

Aimportânciadessaleisedeveaofatodequeoair bagcompletaaaçãodocintodesegurança.Juntosredu-zem,demodosignificativo,aschancesdeumacidentefatal.Oair bagaumentaointervalodetempoaolongodoqualomovimentodocorpodopassageiroéinterrompidoedistribuiasforçasdeimpactosobreumagran-deáreadocorpo.

Faça em seu cadernoProlongando o tempo de impacto

1. Explique como a flexão de músculos e tendões reduz as chances de lesão quando pulamos de um

lugar mais alto para outro mais baixo.

2. De acordo com o texto, como os fabricantes de veículos têm procurado contribuir para a redução das

forças que agem no corpo dos ocupantes de um automóvel durante uma colisão?

3. Por que podemos afirmar que durante a colisão de um veículo ocorrem no mínimo duas colisões?

4. Analisando as figuras da página 217, identifique:

a) O instante no qual o cinto de segurança impede que o corpo do motorista se afaste do banco

movendo-se em direção ao para-brisa.

b) O intervalo de tempo que o cinto de segurança demora a recolocar completamente o corpo do

motorista em contato com o banco do veículo.

A foto mostra o air bag de um veículo

de testes acionado durante a simulação

de uma colisão.

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ra

218

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Jáoscapacetessãodeusoobrigatórioparaoscondutoresdebicicletasemotocicletas,servindoparaprote-ger-lhesacabeça.Podemosentendermelhorafunçãodoscapacetessecompararmosumacabeçaprotegidaporumcapaceteeumcoco.

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ra

Ao cair do coqueiro, um coco chega a percorrer uma distância de 30 metros até se chocar contra osolo,atingindoumavelocidadeaproximadade72 km/h.Namaioriadasvezes,ococochega íntegroaosolo,podegerminaredarorigemaumnovocoqueiro.

Assimcomoococo,ocapacetepossuimateriaisquecriamumazonadedeformaçãoemtornodacabeça.Emumacolisão,essesmateriaissedeformam.Comissoelesprolongamointervalodetemponoqualocorreacolisão.Alémdisso,oscapacetesdistribuemaforçadeimpactoparatodaasuperfíciedacabeça.

Oair bageocapaceteconciliamduasestratégiasparadiminuiroefeitodasforçasdeimpactoqueagemsobreocorpoduranteumacolisão:

•Elesprolongamotempodeimpacto.

•Aomesmotempo,distribuemasforçasdeimpactosobreumaáreamaior,reduzindoapressãoqueessasforçassãocapazesdeexercer.

Masoqueépressão?Experimentesegurarasextremidadesdeumlápisentreosdedospolegaremédio,comomostraailustração

aseguir.Depoisdisso,aperteolápiscomeçandoaempurraropolegar.Tomecuidadoparanãosemachucar.Odedopolegarempurraaextremidadearredondadadolápis,enquantoessetambémapertaoupressiona

umadeterminadaregiãododedo.Alémdisso,olápistransmiteoempurrãoexercidopelopolegaratéodedomédio,queestáemcontatocomapontado lápis.Com isso,a forçadoempurrãoqueo lápis transmiteaodedomédioagesobreumaáreamuitopequenadessededo.Issofazcomqueessededorecebadolápismuitomaispressãodoqueodedopolegar.

Apressãoéumamedidaqueavaliacomoa forçadecontatoentredoiscorpossedistribuipelaáreadecontato.Quandoaáreadecontatoaumenta,apressãodiminui.Quantomenorapressãoqueumaforçaexer-ce,menoraprobabilidadequeessaforçatemdedanificaraestruturadoscorpossobreosquaisatua.

Ao apertar um lápis entre os dedos, podemos sentir um certo desconforto ou até mesmo um pouco de dor. A dor ou o desconforto são iguais no dedo polegar e médio? A área de contato entre o dedo polegar e o lápis é igual à área de contato entre o dedo médio e a outra extremidade do lápis?

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ora

Erguer um peso por um fio muito fino pode machucar nossa mão. A força de contato entre o fio e a mão age em uma área muito pequena e, com isso, a pressão se torna muito intensa e pode ferir a mão. Substituindo o fio por uma fita larga, aumenta-se a área de contato e diminui-se a pressão sobre a mão.

Ilustrações esquemáticas em cores fantasia. Um coco e uma cabe ça pro te-gi da por um capa ce te têm mui tas coi sas em comum.

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água de coco

casca

líquido coagulado

(polpa branca)

material

fibroso

(fibra de coco)

crânio

caixa

protetora

externa

acolchoado

cérebro

e outros

fluidos

219

Page 23: Editora Ática & Scipione

Modos de proteger a integridade de um ovo voador

Sevocêlançarumovocontraumobstáculosituadoaalgunsmetrosdedistân-cia,utilizandotodaaforçadeseubraço,oovodeveráseespatifar,nãoémesmo?

Nesta atividade, veremos que é possível proteger a integridade de um ovolançado em alta velocidade e interromper seu movimento sem lhe causar ne-nhumdano.

Você Vai precisar de:

•Umovocozidoeumlençol(ouumatoalha).

Vamosutilizarumovocozidoemvezdeumovocru.Acascadeumovocozi-doétãofácildedanificarquantoadeumovocru.Entretanto,sealgumacidenteocorrereoovocairdesuasmãosantesdevocêfazeraexperiência,serácerta-mentemaisconvenienteretiraroovocozidocomacascadanificadadochãodoquelimpartodaasujeiraqueéproduzidapelaquedadeumovocru.

como fazer:

•Depoisqueolençoltiversidoesticadodemodocorreto,comomostraafotoanterior,bastalançaroovocomtodaaforça,mirandobemnomeiodolençol.

•Lembre-sedequeolençolnãopodeestarmuitopróximoanenhumaparede,parapermitirqueoovopossa“estufá-lo”quandooatingir.

Interpretando a atividade

1. Afirmamos neste capítulo que existem, basicamente, dois modos de

diminuir os efeitos das forças que agem sobre os corpos das pessoas que

estão em um veículo no momento de uma colisão: diminuir a intensidade

da força ao prolongar o tempo de impacto; reduzir a pressão que a força de

impacto é capaz de exercer. O lençol utilizado nesta experiência mobiliza

algum desses mecanismos para interromper o movimento do ovo sem

danificá-lo? Explique.

2. Redes de segurança são usadas por bombeiros e trapezistas a fim de evitar

lesões mais sérias em uma pessoa que caia de determinada altura. É possível

relacionar o papel desempenhado por essas redes com aquele que o lençol

exerceu na experiência que fizemos?

vamos pesquisar

Duas pessoas vão segurar duas pontas de um lençol

com um dos braços estendido para cima. O lençol deve ser

esticado na vertical (veja foto ao lado).

As outras duas pontas do lençol, viradas para baixo,

devem ser seguras de modo que se forme uma pequena bolsa na parte inferior, por

onde o ovo possa escorregar em segurança depois que tiver

atingido o lençol.

cré

dit

o

220

Page 24: Editora Ática & Scipione

Faça em seu cadernoReduzindo a pressão

1. Observe a ilustração ao lado e

responda: por que é mais fácil

estourar o balão apertando-o

contra um prego do que o

apertando contra vários pregos?

2. Se um ciclista cai da bicicleta e bate a lateral de sua cabeça no meio-fio, uma pequena região de

seu crânio recebe a pressão exercida pela quina do meio-fio. Além disso, o impacto entre a cabeça

e o meio-fio tende a ocorrer durante um intervalo de tempo muito pequeno, da ordem de alguns

centésimos de segundo. Como e por que o uso do capacete poderia reduzir as lesões provocadas no

ciclista em decorrência da queda?

3. O air bag e o capacete são itens de segurança aparentemente muito diferentes entre si. O que

poderia haver de comum entre esses dispositivos?

4. Muitos estudantes carregam em suas mochilas muitos livros e cadernos, o que aumenta muito o

peso levado sobre os ombros. Como e por que a largura da alça das mochilas pode interferir no

desconforto provocado pelo uso de mochilas pesadas?

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Esta atividade é duplamen-te relevante, por seu con-teúdo e pelas estratégias de leitura crítica e funcional que permite desenvolver nos estudantes.

Lendo e avaliando a leitura

Legal é respeitar as leis da natureza e dos seres humanos

Em 23 de setembro de 1997, foi assinada, pelo presidente da República, a Lei Fe-deral n. 9 503, que instituiu o Novo Código de Trânsito Brasileiro. Para combater os acidentes de trânsito, o código criou um sistema de pontuação. Nesse sistema, cada infração foi caracterizada como gravíssima, grave, média e leve. O infrator passou a receber pontos pelas infrações cometidas. Dependendo dos pontos acumulados, o motorista infrator passou a perder desde dinheiro pelo pagamento de multas até o direito de dirigir quando tiver cassada sua carteira de habilitação. Os casos mais gra-ves, denominados “crimes de trânsito”, passaram a ser passíveis de processo penal.

O projeto que deu origem a essa lei foi amplamente discutido pelos membros do poder legislativo federal (deputados federais e senadores) e durante um bom tempo também foi discutido e comentado tanto pela população quanto pela im-prensa do Brasil.

Apresentaremos a seguir alguns crimes e faltas previstos no Código Nacional de Trânsito.a) Deixar de prestar socorro à vítima.b) Dirigir sob a influência de álcool ou de substâncias de efeitos análogos.c) Fugir do local do acidente.d) Dirigir com a habilitação cassada ou com a permissão suspensa.e) Transitar em rodovias e vias de trânsito com velocidade superior à máxima per-

mitida.f) Dirigir ou transportar em moto passageiro sem capacete ou vestimenta adequada.g) Não sinalizar mudança de direção ou de faixa.h) Não usar ou permitir que o passageiro não use cinto de segurança.

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Page 25: Editora Ática & Scipione

i) Deixar de guardar distância segura, lateral ou frontal, de outro veículo.j) Dirigir veículo com excesso de peso.k) Dirigir com fones nas orelhas conectados ao som ou ao celular.l) Jogar lixo pela janela do veículo.m) Passar propositadamente com o veículo sobre poça de água para molhar pedes-

tres ou outros veículos.n) Usar luz alta em vias com iluminação pública.

Avaliando a leitura

1. Ao longo do capítulo foram discutidos alguns conceitos que ilustram como o conhecimento científico nos ajuda a entender procedimentos, atitudes e com-portamentos necessários para viajar com segurança. Discuta com seus cole-gas as infrações apresentadas nos itens de e até j do texto anterior. Usando argumentos baseados nos conceitos estudados, explique por que as ações descritas nesses itens põem em risco a segurança no trânsito.

2. As infrações apresentadas nos itens b, k e n não estão diretamente relaciona-das com os conceitos estudados no capítulo. Contudo, a necessidade de repri-mir as condutas descritas nesses itens pode ser justificada com base em con-teúdos de Ciências. Para cada um desses itens, explique por que tais condutas comprometem a segurança no trânsito.

3. Dentre as infrações não mencionadas nos exercícios anteriores, identifique duas que, em sua opinião, referem-se a condutas que demonstram maior des-respeito ao ser humano e à vida e comente as infrações que você escolheu.

na rede

Leia o Código de Trânsito Brasileiro completo: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9503.htm>.

Acessoem:29nov.2011.

Veja uma entrevista com um especialista em trânsito:

<http://www.portaldotransito.com.br/noticias/especialista-celso-alves-mariano-fala-sobre-a-importancia-do-tema-da-

semana-nacional-de-transito.html>.

Acessoem:29nov.2011.

Aplicando o que aprendemos

Viajando com segurança

1. Desenvolva uma pesquisa para obter material publicitário produzido por fabricantes de automóveis

que divulgue os itens de segurança contidos nos veículos que fabricam. Faça uma leitura crítica

desse material para avaliar as seguintes questões:

a) Há uma boa apresentação do mecanismo de ação dos itens de segurança ou prevalecem

elementos de persuasão e propaganda, que não trazem informações relevantes?

b) São sugeridos procedimentos necessários a uma direção segura aos condutores de veículos

ou prevalece um discurso que estimula a agressividade na direção, em busca de velocidade,

desempenho “esportivo” e “direção competitiva”?

2. Algumas pessoas acreditam que, quanto mais rígida for a estrutura ou a lataria de um veículo, maior

proteção ele oferece a seus passageiros. Essa crença é coerente com o que você estudou sobre forças

atuando em colisões? Justifique sua resposta no caderno.

222

Page 26: Editora Ática & Scipione

3. Quando um motorista vê um animal na pista, é comum frear imediatamente, tentando evitar uma

colisão. Dentre as afirmações a seguir, identifique aquela que é incorreta, corrigindo-a em seu caderno:

a) Existe um intervalo de tempo decorrido entre o instante em que o motorista vê o animal e o

instante em que ele aciona os freios.

b) Em caso de colisão, um bom cinto de segurança deve ser bastante rígido e estar firmemente preso

ao corpo do motorista.

c) Em caso de colisão, um bom cinto de segurança deve exercer uma força sobre o corpo do

motorista, que tende a continuar se movendo.

d) O espaço mínimo ao longo do qual a velocidade do veículo deverá ir diminuindo progressivamente

até parar depende de sua velocidade inicial.

4. Abandonamos um ovo, a partir do repouso, de uma altura igual a 1 metro. Ao colidir contra a

superfície rígida de uma mesa, o ovo se espatifa. Mas, quando o ovo cai sobre uma base de espuma

macia, ele permanece intacto. Que modificações a introdução da espuma produz:

a) no intervalo de tempo entre o início do impacto e o momento no qual o ovo tem seu movimento

interrompido definitivamente?

b) na força de impacto que atua para interromper a queda do ovo?

5. Um inventor decidiu instalar para-choques

especiais em seu veículo (como ilustrado na

figura ao lado). Para isso, inseriu molas unindo

os chassis do carro às extremidades dos

para-choques. Procure argumentar a favor ou

contra esse projeto.

6. Ao ler o folheto que acompanha a embalagem de um capacete, um motociclista encontrou a

seguinte informação: “Este capacete é feito de materiais que se deformam durante impactos.

Mesmo que não existam alterações na aparência externa do capacete, é muito importante trocá-lo

após um impacto violento que, certamente, deformará e danificará os materiais que compõem a

parte interna do capacete”.

Ao ler essas informações, o rapaz disse: “Puxa vida! Um capacete caro como esse e os fabricantes

ainda têm a coragem de me dizer que eu tenho que trocá-lo após ele receber um único impacto?

Certamente essa marca de capacete não presta!”. O que você teria a dizer a essa pessoa? Explique.

7. Os itens apresentados a seguir na coluna numerada são afirmações sobre os principais

objetivos dos itens de segurança de um veículo. Na coluna alfabética estão alguns exemplos

de itens de segurança. Estabeleça, em seu caderno, uma correspondência entre as colunas. Os

equipamentos mencionados na coluna alfabética podem ser associados a mais de um objetivo

listado na coluna numerada.

Objetivo

(1) Evitar que a pessoa que se encontra no veículo continue em movimento, projetando-se para fora

do veículo.

(2) Deslocar as forças decorrentes da colisão para regiões mais resistentes da estrutura do corpo.

(3) Distribuir forças por áreas maiores do corpo.

(4) Fazer com que a velocidade da pessoa que se encontra no veículo diminua de maneira mais

gradual.

(5) Proteger a cabeça do passageiro.

(6) Proteger a coluna vertebral da pessoa que se encontra no veículo.

Equipamento

(A) Air bag

(B) Assentos para bebês

(C) Cinto de segurança

ArturKenjiOgawa/Arquivodaeditora

(D) Capacete

(E) Encosto de cabeça

(F) Zona de deformação da carroceria do veículo

223

Page 27: Editora Ática & Scipione

8. Leis e punições não são suficientes para mudar as terríveis estatísticas do trânsito no Brasil.

Campanhas educativas vêm sendo feitas pelos órgãos do governo, por diversas instituições

não governamentais e por pessoas que sofreram perdas irreparáveis em acidentes no trânsito.

Apresentamos a seguir dois anúncios de uma campanha oficial concebida como parte do esforço

para conscientizar a população a respeito desse assunto.

MinistériodosTransportes.ProgramadeReduçãodeAcidentesnoTrânsito–Pare.

Quanto mais colado na traseira do carro da frente, mais perto você está de provocar um acidente. Mantenha uma distância segura do outro veículo. Siga o código. Só assim a violência no trânsito vai ser uma realidade bem distante da nossa vida.

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MinistériodosTransportes.ProgramadeReduçãodeAcidentesnoTrânsito–Pare.

É verdade: o cinto de segurança prende. Prende você à vida. Por isso, o seu uso é obrigatório, inclusive para os passageiros do banco de trás. Crianças menores de 4 anos devem ser transportadas em cadeiras especiais. Você pode até vir com aquela velha desculpa de que o cinto incomoda. Mas pode ter certeza: ele evita situações bem mais desconfortáveis para você e sua família.

a) Produza um texto com sua interpretação da mensagem que cada um dos anúncios veicula

(considere as imagens e o texto que as acompanha).

b) Relacione a ideia principal de cada anúncio com os conteúdos que você estudou neste capítulo.

224

Page 28: Editora Ática & Scipione

225

Para conclu

irPara explorar

EstaunidadedesenvolveuotemaCiência,tecnologiaesobrevivência.NocapítuloEstratégiasdedefesadosorganismos,foramapresentadasalgumasdefesasnaturaisdocorpohumanoeomodocomovacinasousorosampliaramacapacidadedessasde-fesasparalidarcomtoxinas,vírusoubactérias.NocapítuloTecnologiaeSaúde,foramdescritasalteraçõesnoambientequetêmimpactosnasaúdehumanaouquealtera-ramnossasestratégiasparaproduziralimentos.Ainda,nessecapítulo,foramapresen-tadosavançosnamedicinadecorrentesdodesenvolvimentocientíficoetecnológico.Por fim, no capítulo Viajando com segurança, foram apresentadas tecnologias queampliaramavelocidadecomquenosdeslocamos,aoladodeequipamentoseconhe-cimentosquenospermitiramexperimentaressaampliaçãodevelocidadecomalgumníveldesegurança.

Escolha um exemplo de um dos capítulos que compõem esta unidade e identifi-queastecnologiasneleenvolvidas.Emseguida,responda:(a)comoastecnologiasdoexemploescolhidoampliaramascapacidadesdonossoorganismoparainteragircomoambiente?(b)aampliaçãodascapacidadesdonossoorganismo,noexemploescolhi-do,depende,principalmente,demodificaçõesnopróprioorganismooudealteraçõesdoambientequeocerca?

LivrosFísica: Newton para o Ensino Médio. Marcio Barreto. São Paulo: Papirus. 2002.

» Com base nos estudos de Newton, o desenvolvimento da Física clássica é abordado nos seus aspectosepistemológicosehistóricos,caminhoparasecompreenderarevoluçãodaFísicamoderna.Ostextosdecadacapítulotêmumcarátermultidisciplinar.Olivroéparaquemdesejasaberumpoucoamais.

Newton e o triunfo do mecanismo. Marco Braga. São Paulo. Atual: 1999.

» OlivroapresentaasideiasdefendidasporNewtonsobreasleisdomovimentoedagravitaçãouniversal,estabelecendoumparaleloentreotempodeNewtoneopresente.

Transgênicos: inventando seres vivos. Samuel M. Branco. São Paulo: Moderna, 2004.

» Analisaopapeldatransgenianatural,mostrandoqueesseéumfenômenonecessárioparaaevoluçãodasespécies.Discutecomoaspesquisascientíficasocorrem,apresentandoastécnicasmaisutilizadasparaseobterprodutosgeneticamentemodificados,suasaplicaçõesindustriaisesuacomercialização.

Por dentro do sistema imunológico. Paulo Cunha. São Paulo: Atual, 2004. (Projeto Ciência).

» Apresenta um quadro de nossos inimigos e aliados, as barreiras que o organismo aciona contra osmicróbiosinvasoreseosdoistiposdeimunidade:anaturaleaadquirida.Mostratambémassituaçõesmédicasemqueédesejávelcoibirousuprimiradefesaimunológica–porexemplo,paraevitararejeiçãodeumórgãodetransplante.

DNA e Engenharia genética. Breno P. Espósito. São Paulo: Atual, 2005.

» Apresenta os debates atuais a respeito da terapia gênica, que trata da intervenção sobre o genoma dedeterminadaformadevidaembrionáriaparacorrigirumadisfunção,edaclonagem.

FORÇA, inércia e aceleração. Projeto de Ensino de Física. Instituto de Física da USP. Disponível em:

<www.ludoteca.if.usp.br/pub/textos/pef/PEF1-06.pdf>. Acesso em: 14 mar. 2011.

» Trata-sedeumapequenaapostilaescritanoiníciodadécadade1970,queapresentaosconceitosdeforça,inérciaeaceleraçãodemodotradicionaleimportantedopontodevistateórico.

Contágio: história da prevenção das doenças transmissíveis. Roberto de A. Martins. São Paulo:

Moderna, 1997. (Polêmica).

» Percorrendo2milanos,investigacomodiversospovos,emdiferentesépocas,concebiamasepidemiaseoprocessodetransmissãodasenfermidades.

Asgrandespestes.Medicinamágicaereligiosa.Medicinagregaemedicinaromana.Avaríolaeadescobertadavacinação.Odesenvolvimentodateoriamicrobianadasdoenças.OséculoXX:sucessosedificuldades.

MOVIMENTO uniforme. Projeto de Ensino de Física. Instituto de Física da USP. Disponível em:

<www.ludoteca.if.usp.br/pub/textos/pef/PEF1-04.pdf>. Acesso em: 14 mar. 2011.

» Trata-sedeumapequenaapostilaescritanoiníciodadécadade1970queapresentademodotradicionalosrecursosusadosparamediravelocidadeedescreveromovimentodoscorposemsituaçõessimplificadaseimportantesdopontodevistateórico.

Page 29: Editora Ática & Scipione

226

Para explorar SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA. – Ciência Hoje na Escola, volume 14:

Conversando sobre SAÚDE com Crianças – Rio de Janeiro: Global: SBPC / PROJETO CIÊNCIA HOJE DAS

CRIANÇAS, 2001.

» Estelivrobuscaumoutromododeolharparaasaúde.Sãoapresentadasalgumasregrinhasconhecidasparaterboasaúde,comoalimentaçãonutritiva,boascondiçõesdemoradia,práticaregulardeexercíciosehábitosdehigieneealgumasdasdoençasmaiscomunsemnossopaís.Sãotambémdiscutidosassuntosdifíceis,comoaquestãodasdrogas,dotrabalhoinfantiledosmaus-tratosacriançaseadolescentes.

Epidemias no Brasil: uma abordagem biológica e social. Rodolpho Telarolli Junior 2. ed. São

Paulo: Moderna, 2003. (Desafios).

» A pré-história das doenças. O que são epidemias. A revolução bacteriológica. Vacinas e antibióticos. Asgrandesepidemiasedoenças:meningite,cólera,hanseníaseeAids.

TELECURSO 2000. Transmissão e transformação de movimento. Biblioteca Virtual do Estudante

Brasileiro.

» PequenaapostilaescritapelaequipedoTelecurso2000queapresentaengrenagenseoutrosdispositivosusadosembicicletasenomotordosautomóveisparatransmitirmovimentosepermitirodeslocamento.

PeriódicosMesmo com viva voz, celular afeta a segurança no trânsito. Isabel Levy. Ciência Hoje On-line. Rio de Janeiro. 2004. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/tecnologia/mesmo-com-

viva-voz-celular-afeta-seguranca-no>. Acesso em: 14 mar. 2011.

» Apresenta estudos que mostram que, mesmo com o recurso “viva voz”, o uso de telefones celularescompro-mete a segurança no trânsito, pois provoca sobrecarga de esforço mental e prejudica odesempenhodosmotoristas.

CIÊNCIA HOJE DAS CRIANÇAS. edição 186, dezembro 2007.

» Arevistaapresentaalgumasreportagenssobreestratégiasdedefesanasplantasesobreaimportânciadeaplicarvacinasnosanimais.

FilmesComo os animais sobrevivem. Série Educação Ambiental. Produção: Interconnection vídeos

educativos. 15 min.

» Apresenta as adaptações físicas e comportamentais que os animais desenvolvem para sobreviver. Sãoanalisadososcincosentidosbásicos,acamuflagem,omimetismo,ahibernação,amigração,oconceitode“segurançaemgrupo”,acooperaçãoentreespécies,acaça,areproduçãoeacomunicação.

Dengue. Série Viva Legal. Distribuição: Vídeo Saúde. 13 min.

» MostraoAedes aegypti,mosquitoresponsávelpelatransmissãodadengue.Citaosambientesfavoráveisàsuaproliferaçãoeorientacomoimpedirareproduçãodoinseto,paraquebraracadeiadetransmissão.Sintomasdadengueedadenguehemorrágica.Prevençãoeparticipaçãodacomunidade.

Malária. Série Viva Legal. Distribuição: Vídeo Saúde. 14 min.

» CiclodevidadoAnopheles,omosquitoresponsávelpelatransmissãodoparasita.Modosdetransmissãoeossintomas.Medidaspreventivas,jáquenãohávacina.

Tuberculose. Série Viva Legal. Distribuição: Vídeo Saúde. 15 min.

» História da doença e da descoberta da bactéria causadora, o bacilo de Koch. Forma de transmissão deumapessoaparaoutraemaiorincidênciaentreosindivíduosqueapresentamalgumaimunodeficiência.ResistênciadobaciloaosmedicamentoseaimportânciadaprevençãocomavacinaBCG.

Vacinação. Série Viva Legal. Distribuição: Vídeo Saúde. 14 min.

» Asprincipaisexperiênciasque levaramàdescobertadasvacinas.Seuaperfeiçoamentoeoprincípiodefuncionamento.Asvacinasqueascriançasdevemrecebernosprimeirosanosdevida.

Chagas: uma doença escondida. Diretor: Ricardo Preve. Argentina: FIOCRUZ Vídeo/ Ministério da

Saúde, 2005. 85 min. Documentário.

» FilmadonaArgentina,nosEstadosUnidosenaEuropa,odocumentáriodávozàquelesquesofremdomaldeChagase,também,aosquetrabalhamnotratamentoenabuscadacuraparaessadoençaqueafetacercade20milhõesdepessoasnomundo,apesardepoucoconhecidapelopúblicoemgeral.

Page 30: Editora Ática & Scipione

227

Para explorarEndereços eletrônicos

<www.aids.gov.br>. Acesso em: 14 mar. 2011.

» Coordenação Nacional de DST e Aids. Site destinado à orientação sobre a prevenção, diagnóstico e

tratamentodaAidseoutrasDSTs.

<www.canalkids.com.br/tecnologia>. Acesso em: 14 mar. 2011.

» Ositeapresentainformaçõeseilustraçõesfeitasparainformarascriançaseosjovenssobreosmeiosde

transporte:darodaaosfoguetesespaciais,passandopelabicicleta,carro,navioeavião.

<www.cenargen.embrapa.br>. Acesso em: 14 mar. 2011.

» Ositeabordaaspesquisasbrasileirasrelacionadasàbiotecnologia.

<www.cientic.com>. Acesso em: 14 mar. 2011.

» EsteendereçoeletrônicotraztemasdaBiologiaseparadosportópicos(invertebrados,plantas,fungos,

tecnologia,etc.)eilustraçõesdidáticascomlegenda.Tambémoferecelinksrelacionados.

<www.cnt.org.br>. Acesso em: 14 mar. 2011.

» Página da Confederação Nacional dos Transportes. Possui link interno para um museu virtual dos

transportesquenarraahistóriadostransportesdesdeaorigemdarodaatéosveículosatuais.

<www.fiocruz.br>. Acesso em: 14 mar. 2011.

» Fiocruz–FundaçãoOswaldoCruz.DesenvolveaçõesnaáreadaCiênciaetecnologiaemsaúde,incluindo

atividades de pesquisa, ensino, estratégias de saúde pública, informação e produção de vacinas.

Bibliotecaon-line,periódicostécnico-científicos.

<www.cib.org.br>. Acesso em: 14 mar. 2011.

» ConselhodeInformaçõessobreBiotecnologia(CIB).AhomepagedoCIBtraznotícias,publicaçõeselinks

deinteresse,comendereçosdesitesnacionaiseestrangeirossobrebiotecnologia.

<www.qmc.ufsc.br/quimica/index.html>. Acesso em: 14 mar. 2011.

» Revista eletrônica do Departamento de Química –UFSC. Tratade vários temas daQuímica:proteínas,

colesterol,vírus,lipídios,açúcar,químicadovinho,químicadocérebro,cabelos,vitaminas,vacinas,armas

químicasedrogas.

<www.saudeanimal.com.br>. Acesso em: 14 mar. 2011.

» SaúdeAnimal–Pets.Nestesiteháinformaçõessobreavidadasabelhas,osanfíbios,ascoresdoreino

animal,osdentesdeanimais,hibernação,tempodevidadosanimais,etc.Tambémsefaladacorcomo

reconhecimento sexual e de mimetismo como técnica de ocultação dos bichos. Os dentes são vistos

tambémcomoórgãosdedefesaeataque.Háinformaçõessobrevoonupcialecicloevolutivodasabelhas.

<www.fiocruz.br/omsambiental/media/Mudanca_climatica_saude1.pdf>. Acesso em:

29 nov. 2011.

» Organização Pan-Americana de Saúde – Mudanças climáticas e ambientais e seus efeitos na saúde:

cenárioseincertezasparaoBrasil.

<http://www.manuelzao.ufmg.br/>. Acesso em: 29 nov. 2011.

» ProjetoManuelzão,FaculdadedeMedicinaUFMG–AoassumirabaciahidrográficadoriodasVelhascomo

focodeatuação,algunsprofessoresdaFaculdadedeMedicina,envolvidoscomaMedicinapreventiva

e social, implantaram um grande projeto com iniciativas educacionais e ambientais para melhorar a

qualidadedevida,rompendocomapráticaassistencialista.

<http://www.canal.fiocruz.br/video/index.php?v=transgenicos-e-biosseguranca>. Acesso em: 29 nov. 2011.

» CanalSaúdedaFIOCRUZ–EntrevistasobreTransgênicoseBiossegurança.

<http://cienciahoje.uol.com.br/banco-de-imagens/lg/protected/pass/ch203/ogm.pdf/view>. Acesso em: 29 nov. 2011.

» Ciência Hoje on-line–Artigosobreostransgênicos.

<http://www.youtube.com/watch?v=N4pqg--jHXM>. Acesso em: 29 nov. 2011.

» ContandoCiêncianaWEB–VídeoJoãodasAlfacesproduzidopelaEmbrapaquealertasobreoperigodo

usointensivodeagrotóxicosparaasaúdedasplantas,animais, inclusiveohomem.Aindarevelaqueé

precisoadotaromanejoorgânicodaproduçãocomdicasimportantesparaseeconomizarrecursosese

obterumplantiodemaiorqualidade.