Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

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ISSN 2176-9451 Dental Press J. Orthod. Maringá v. 15 p. 1-160 v. 15, no. 2 March/April 2010 no. 2 Mar./Apr. 2010

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Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

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ISSN 2176-9451Dental Press J. Orthod. Maringá v. 15 p. 1-160

v. 15, no. 2 March/April 2010

no. 2 Mar./Apr. 2010

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Indexação:IBICT - CCN

Bases de dados:LILACS - 1998

BBO - 1998National Library of Medicine - 1999

SciELO - 2005

O Dental Press Journal of Orthodontics (ISSN 2176-9451) é uma publicação bimestral da Dental Press International.Av. Euclides da Cunha, 1.718 - Zona 5 - CEP 87.015-180 - Maringá / PR - Fone/Fax: (0xx44) 3031-9818 - www.dentalpress.com.br - [email protected].

DIrETOrA: Teresa R. D'Aurea Furquim - ANALISTA DA INfOrMAçãO: Carlos Alexandre Venancio - PrODUTOr EDITOrIAL: Júnior Bianchi - DIAgrAMAçãO: Fernando Truculo Evangelista - Gildásio Oliveira Reis Júnior - Tatiane Comochena - rEvISãO/COPYDESK: Ronis Furquim Siqueira - TrATAMENTO DE IMAgENS: Andrés Sebastián - BIBLIOTECA: Alessandra Valéria Ferreira - NOrMALIZAçãO: Marlene G. Curty - BANCO DE DADOS: Adriana Azevedo Vasconcelos - E-COMMErCE: Soraia Pelloi - COOrDENAçãO DE ArTIgOS: Simone Lima Lopes Rafael - CUrSOS E EvENTOS: Ana Claudia da Silva - Rachel Furquim Scattolin - INTErNET: Carlos E. de Lima Saugo - fINANCEIrO: Márcia Cristina Plonkóski Nogueira Maranha - Roseli Martins - COMErCIAL: Roseneide Martins Garcia - SECrETArIA: Michaele Rezende - IMPrESSãO: Gráfica Regente - Maringá/PR.

EDITOR CHEFEJorge Faber Brasília - DF

EDITORA ASSOCIADATelma Martins de Araujo UFBA - BA

EDITORA ADJUNTA(artigos online)Daniela Gamba Garib HRAC/FOB-USP - SP

EDITOR ADJUNTO(Odontologia baseada em evidências)David Normando UFPA - PA

EDITORA ADJUNTA(revisão língua inglesa)Flávia Artese UERJ - RJ

PUBLISHERLaurindo Z. Furquim UEM - PR

CONSELHO EDITORIAL CIENTÍFICOAdilson Luiz Ramos UEM - PRDanilo Furquim Siqueira UNICID - SPMaria F. Martins-Ortiz Consolaro ACOPEM - SP

CONSULTORES INTERNACIONAISAdriana C. da SilveiraUniv. de Illinois / Chicago - EUABjörn U. ZachrissonUniv. de Oslo / Oslo - NoruegaClarice Nishio Université de MontrealJesús Fernández SánchezUniv. de Madrid / Madri - EspanhaJosé Antônio Bósio Marquette Univ. / Milwaukee - EUAJúlia HarfinUniv. de Maimonides / Buenos Aires - ArgentinaLarry WhiteAAO / Dallas - EUAMarcos Augusto LenzaUniv. de Nebraska - EUAMaristela Sayuri Inoue AraiTokyo Medical and Dental UniversityRoberto JustusUniv. Tecn. do México / Cid. do Méx. - México

CONSULTORES NACIONAISOrtodontiaAdriano de Castro UCB - DFAna Carla R. Nahás Scocate UNICID - SPAna Maria Bolognese UFRJ - RJAntônio C. O. Ruellas UFRJ - RJAry dos Santos-Pinto FOAR/UNESP - SPBruno D'Aurea Furquim CLÍN. PARTIC. - PRCarla D'Agostini Derech UFSC - SCCarla Karina S. Carvalho ABO - DFCarlos A. Estevanel Tavares ABO - RSCarlos H. Guimarães Jr. ABO - DFCarlos Martins Coelho UFMA - MAEduardo C. Almada Santos FOA/UNESP - SPEduardo Silveira Ferreira UFRGS - RSEnio Tonani Mazzieiro PUC - MGFlávia R. G. Artese UERJ - RJGuilherme Janson FOB/USP - SPHaroldo R. Albuquerque Jr. UNIFOR - CEHugo Cesar P. M. Caracas UNB - DFJosé F. C. Henriques FOB/USP - SPJosé Nelson Mucha UFF - RJJosé Renato Prietsch UFRGS - RSJosé Vinicius B. Maciel PUCPR - PRJúlio de Araújo Gurgel FOB/USP - SPKarina Maria S. de Freitas Uningá - PRLeniana Santos Neves UFVJM - MGLeopoldino C. Filho HRAC/USP - SPLuciane M. de Menezes PUC-RS - RSLuiz G. Gandini Jr. FOAR/UNESP - SPLuiz Sérgio Carreiro UEL - PRMarcelo Bichat P. de Arruda UFMS - MSMárcio R. de Almeida UNIMEP - SPMarco Antônio Almeida UERJ - RJMarcos Alan V. Bittencourt UFBA - BAMaria C. Thomé Pacheco UFES - ESMarília Teixeira Costa UFG - GOMarinho Del Santo Jr. BioLogique - SPMônica T. de Souza Araújo UFRJ - RJOrlando M. Tanaka PUC-PR - PROswaldo V. Vilella UFF - RJPatrícia Medeiros Berto CLÍN. PARTIC. - DFPedro Paulo Gondim UFPE - PERenata C. F. R. de Castro FOB/USP - SPRicardo Machado Cruz UNIP - DFRicardo Moresca UFPR - PRRobert W. Farinazzo Vitral UFJF - MG

Roberto Rocha UFSC - SCRodrigo Hermont Cançado Uningá - PRSávio R. Lemos Prado UFPA - PAWeber José da Silva Ursi FOSJC/UNESP - SPWellington Pacheco PUC - MGOrtopedia DentofacialDayse Urias CLÍN. PARTIC. - PRKurt Faltin Jr. UNIP - SPCirurgia OrtognáticaEduardo Sant’Ana FOB/USP - SPLaudimar Alves de Oliveira UNIP - DFLiogi Iwaki Filho UEM - PRWaldemar Daudt Polido ABO/RS - RSDentísticaMaria Fidela L. Navarro FOB/USP - SPDisfunção da ATMCarlos dos Reis P. Araújo FOB/USP - SPJosé Luiz Villaça Avoglio CTA - SPPaulo César Conti FOB/USP - SP

FonoaudiologiaEsther M. G. Bianchini CEFAC/FCMSC - SPImplantologiaCarlos E. Francischone FOB/USP - SPBiologia e Patologia BucalAlberto Consolaro FOB/USP - SPEdvaldo Antonio R. Rosa PUC - PRVictor Elias Arana-Chavez USP - SPPeriodontiaMaurício G. Araújo UEM - PRPróteseMarco Antonio Bottino UNESP - SPRadiologiaRejane Faria Ribeiro-Rotta UFG - GO

COLABORADORES CIENTÍFICOSAdriana C. P. Sant’Ana FOB/USP - SPAna Carla J. Pereira UNICOR - MGLuiz Roberto Capella CRO - SPMário Taba Jr. FORP - USP

ISSN 2176-9451

Dental Press Journal of Orthodontics

O Dental Press Journal of Orthodontics (ISSN 2176-9451) é continuação da Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial (ISSN 1415-5419)

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Dental Press Journal of O

rthodonticsVolum

e 15, Num

ber 2, March / A

pril 2010

Dental Press International

ISSN 2176-9451

Volume 15, Number 2, March / April 2010

5 Editorial

18 Calendário de Eventos / Events Calendar

19 Acontecimentos / News

20 O que há de novo na Odontologia / What’s new in Dentistry

24 Insight Ortodôntico / Orthodontic Insight

33 Entrevista com David L. Turpin / Interview

S u m á r i o

Artigos Online / Online Articles

39 Superposição automatizada de modelos tomográficos tridimensionais em cirurgia ortognática

Superimposition of 3D cone-beam CT models in orthognathic surgery

Alexandre Trindade Simões da Motta, Felipe de Assis Ribeiro Carvalho, Ana Emília Figueiredo Oliveira, Lúcia Helena Soares Cevidanes, Marco Antonio de Oliveira Almeida

42 Tratamento ortodôntico do sorriso gengival utilizando-se mini-implantes (Parte I): tratamento do crescimento vertical do complexo dentoalveolar anterossuperior

Orthodontic treatment of gummy smile by using mini-implants (Part I): Treatment of vertical growth of upper anterior dentoalveolar complex

Tae-Woo Kim, Benedito Viana Freitas

Artigos Inéditos / Original Articles

44 Estudo comparativo das análises cefalométricas manual e computadorizada

A comparative study of manual vs. computerized cephalometric analysis

Priscila de Araújo Guedes, July Érika Nascimento de Souza, Fabrício Mesquita Tuji, Ênio Maurício Nery

52 Alteração no volume do fluido gengival durante a retração de caninos superiores

Change in the gingival fluid volume during maxillary canine retraction

Jonas Capelli Junior, Rivail Fidel Junior, Carlos Marcelo Figueredo, Ricardo Palmier Teles

58 A relação entre o crescimento mandibular e a maturação esquelética em jovens brasileiras melanodermas

Relationship between mandibular growth and skeletal maturation in young melanodermic Brazilian women

Irene Moreira Serafim, Gisele Naback Lemes Vilani, Vânia Célia Vieira de Siqueira

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71 Amamentação, hábitos bucais deletérios e oclusopatias em crianças de cinco anos de idade em São Pedro, SP

Breastfeeding, deleterious oral habits and malocclusion in 5-year-old children in São Pedro, SP, Brazil

Isaura Maria Ferraz Rochelle, Elaine Pereira da Silva Tagliaferro, Antonio Carlos Pereira, Marcelo de Castro Meneghim, Krunislave Antonio Nóbilo, Gláucia Maria Bovi Ambrosano

82 A força de atrito em braquetes plásticos e de aço inoxidável com a utilização de quatro diferentes tipos de amarração

Frictional forces in stainless steel and plastic brackets using four types of wire ligation

Vanessa Nínia Correia Lima, Maria Elisa Rodrigues Coimbra, Carla D’Agostini Derech, Antônio Carlos de Oliveira Ruellas

87 Influência do posicionamento sagital mandibular na estética facial

Influence of mandibular sagittal position on facial esthetics

Marina Dórea de Almeida, Arthur Costa Rodrigues Farias, Marcos Alan Vieira Bittencourt

97 Relação entre bruxismo, fatores oclusais e hábitos bucais

The relationship between bruxism, occlusal factors and oral habits

Lívia Patrícia Versiani Gonçalves, Orlando Ayrton de Toledo, Simone Auxiliadora Moraes Otero

105 O perfil dos ortodontistas em relação aos aspectos odontolegais dos prontuários odontológicos

The profile of orthodontists in relation to the legal aspects of dental records

Giovanni Garcia Reis Barbosa, Ronaldo Radicchi, Daniella Reis Barbosa Martelli, Heloísa Amélia de Lima Castro, Francisco José Jácome da Costa, Hercílio Martelli Júnior

113 Análise do crescimento das dimensões da mandíbula em diferentes idades fetais

Analysis of mandibular dimensions growth at different fetal ages

Rafael Souza Mota, Vinícius Antônio Coelho Cardoso, Cristiane de Souza Bechara, João Gustavo Corrêa Reis, Sérgio Murta Maciel

122 Caso Clínico BBO / BBO Case Report

Má oclusão Classe III de Angle com discrepância anteroposterior acentuada

Angle Class III malocclusion with severe anteroposterior discrepancy

Carlos Alexandre Câmara

138 Tópico Especial / Special Article

Anomalias dentárias associadas: o ortodontista decodificando a genética que rege os distúrbios de desenvolvimento dentário

Associated dental anomalies: The orthodontist decoding the genetics which regulates the dental development disturbances

Daniela Gamba Garib, Bárbara Maria Alencar, Flávio Vellini Ferreira, Terumi Okada Ozawa

158 Normas para publicação / Information for authors

Frequência de oclusopatias

oclusãonormal

oclusopatialeve

oclusopatiamoderada/severa

VariáVel n %registro no prontuário das que-bras de acessórios ortodônticos

Sim 65 94,20

Não 4 5,80Paciente assina quando ocorre

quebra de acessórios ortodônticos

Sim 16 23,19

Não 53 76,81

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Isaac Asimov, escritor e mestre de ficção cien-tífica, disse uma vez, em uma palestra: “Quem escreve ficção científica não pode evitar fazer previsões – não de algo que vai ocorrer, mas do que pode ocorrer”. Como pesquisadores, em fato, frequentemente têm a obrigação de vasculhar o presente para jogar luz no futuro, poderíamos – modestamente – nos comparar a escritores de ficção científica. E é essa a posição que assumirei a partir de agora nesse editorial. Responderei a uma pergunta que recentemente foi feita a mim.

Como estará a Ortodontia daqui a 30 anos?Em 30 anos, a World Federation of Ortho-

dontists (WFO) terá estabelecido orientações para o conteúdo programático de cursos de pós-graduação em Ortodontia de todo o mundo. O número de cursos com baixa carga horária, nos países com maior desenvolvimento da educação, terá caído dramaticamente. Nesses países, os cursos tenderão a ter duração de 2 a 3 anos em tempo integral. Entidades como o Board Brasileiro de Ortodontia e o Board Americano de Ortodontia serão fundamentais no processo de checagem da qualidade dos profissionais formados. A comu-nidade ortodôntica se tornará mais global. Aulas interativas serão assistidas simultaneamente por alunos espalhados pelo globo.

Uma maior capacitação em informática será fundamental para a prática da especialidade. Modelos de estudo serão digitais, não apenas para acelerar o processo de confecção e análise, mas também porque os custos de armazenamento dos modelos de gesso se tornarão exorbitantemente altos nas principais cidades do mundo. Impres-soras tridimensionais serão utilizadas sempre e quando modelos físicos forem necessários. Mas existirão outras razões para o aprofundamento em informática.

Métodos de sobreposição de imagens tridimen-sionais serão rotineiros. Os alunos de Ortodontia terão acesso a artigos com melhor desenho e a evidência científica tomará mais corpo. Como uma das consequências, racionalizaremos o uso dos raios X nos exames de imagem.

Os avanços tecnológicos permitirão individua-lizações de tratamento com mais facilidade e, con-sequentemente, será possível atender mais pessoas em menos tempo, com alto nível de excelência. Isso implicará em maior acesso ao tratamento pela população. Também levará a ajustes óbvios. Países, como o Brasil, que já contam com mais cirurgiões-dentistas do que requerem as necessi-dades de saúde bucal, terão encolhido o tamanho do sistema educacional odontológico.

A prática clínica ortodôntica sofrerá mudan-ças também. A informática se inserirá dentro do atendimento ao paciente, auxiliando o fluxo de trabalho. Sistemas de controle dos movimentos dentários alertarão o ortodontista sempre que ele se distanciar dos objetivos do tratamento ou demo-rar para tomar as medidas terapêuticas necessárias. Os pacientes, por sua vez, serão mais interativos com o tratamento, tomando decisões ainda mais esclarecidas sobre o que será feito neles.

Todos os aspectos aqui discutidos conduzirão a um único ponto: a Ortodontia aumentará a quali-dade da assistência prestada e o impacto positivo na vida da população global.

Muitos talvez estejam se perguntando, nes-se momento, qual a relação dessa ficção com a Ortodontia atual. A resposta é que ela é total. É claro que resenhei apenas um possível cenário futuro, entretanto, a imagem criada já está sendo desenhada nesse momento e o mais preocupante disso é que muitos jovens profissionais não estão atentos para esse fato.

Ortodontia do futuro: da ficção à realidade

E d i t o r i a l

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Editorial

Dental Press J. Orthod. 6 v. 15, no. 2, p. 5-6, mar./apr. 2010

Modelos digitais já são uma realidade tangível a preços acessíveis. Além disso, profissionais es-tão incorporando-os à rotina clínica, realizando set-ups virtuais e incrementando suas aulas e apresentações para pacientes. Métodos como o apresentado por Motta et al., no presente número do jornal, para a sobreposição de imagens tomo-gráficas são parte de uma tecnologia disponível a todos os interessados por ela.

O movimento de busca por uma Odontologia baseada em evidências é irreversível, bem como o é a necessidade de uma formação sólida para gerar bons profissionais. Jovens cirurgiões-dentistas, recém-egressos das escolas de Odontologia, de-veriam se candidatar a cursos de pós-graduação com elevada carga horária e que forneçam a eles a base sólida necessária para entrar com a cabeça ereta no mercado de trabalho. Essas verdades podem ser constatadas nas afirmações contidas

na entrevista apresentada nesse número. Nosso entrevistado, o Dr. Turpin, editor-chefe do Ameri-can Journal of Orthodontics and Dentofacial Or-thopedics, ainda ressalta a relevância dos Boards de Ortodontia para o reconhecimento público de um profissional como alguém bem-sucedido.

Dessa forma, em sintonia com Asimov, as previsões que fiz não são de algo que vai ocorrer, mas daquilo que pode ocorrer. Qualquer que seja o futuro, o preparo para ele está na busca por boa formação e boa educação continuada. Jovens ortodontistas, preparem-se para ele buscando a excelência em sua formação, pois vocês são os personagens dessa ficção.

Jorge FaberEditor [email protected]

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ORTODONTIAAssociação Paranaense de

Filiada à ABOR / WFO - World Federation of Orthodontists

e Ortopedia Facial

Apoio: Associação Paranaense de

Filiada à ABOR / WFO - World Federation of Orthodontists

e Ortopedia FacialORTODONTIA

Rua Marechal Deodoro, 503 - Conj. 1207 - Ctba - PR - BrasilCEP 80020-320 - Fone: (41) 3223-7893

16 de abrilCurso com o Prof. Dr. Leopoldino Capelozza FilhoInício: 08:00 horas - Término: 18:00 horas

Protocolos de tratamento em Ortodontia: uma conquista permitida pela prática da especialidade com base em evidências clínica e científica

O conceito de Padrão para classificação das más oclusões evidencia a hierarquia dos fatores etiológicos e permite a compreensão adequada do desenvolvimento das mesmas. Reconhecendo as doenças pelo conjunto de fatores que realmente importa e não por um sinal isolado, a relação molar, é possível desenhar protocolos de tratamento. O diagnóstico que remete ao prognóstico, determinando metas terapêuticas individualizadas e adequadas.

17 de abrilCurso com o Prof. Dr. Júri Kurol - SuéciaInício: 08:00 horas - Término: 18:00 horas

permanente

- Diagnóstico precoce dos distúrbios de desenvolvimento- Sinais precoces dos distúrbios de desenvolvimento- O que avaliar?- Quando interceptar ou iniciar o tratamento?- Quando evitar o tratamento?- Tratamento precoce x tardio- Por que tratar agora?- Discussão de diferentes abordagens baseada em casos clínicos

Problemas comuns que serão discutidos:- Tratamento ortodôntico na dentição decídua - Incisivos retidos e mesiodentes- Perda de espaço- Erupção ectópica dos primeiros molares superiores- Agenesia: solução ortodôntica e/ou protética- Mordidas cruzadas: quando e como tratar- Intervenção ortodôntica interceptativa- Injúrias traumáticas: possibilidades ortodônticas- Autotransplante- Implantes dentários em indivíduos jovens- Anquilose de molares decíduos- Caninos superiores impactados- Reabsorção radicular de incisivos- Tratamento interdisciplinar em casos de agenesias múltiplas, traumas nos

incisivos ou impactação severa- Anquilose de dentes permanentes- Impactação de molares permanentes

Distúrbios no desenvolvimento da oclusão da dentição decídua à

Formado pela Faculdade de Odontologia de Bauru - USP, o Prof. Capelozza completou seu mestrado em Ortodontia em 1975. Iniciou sua carreira profissional como fundador e responsável pelo setor de Ortodontia do Centrinho, mantendo atuação como docente e completando o Doutorado em Reabilitação Oral, área de Periodontia. No inicio da década de 80 acrescentou às suas atividades a pratica da Ortodontia em clinica particular, desenvolvendo extensa experiência no tratamento de todas as doenças dessa especialidade, incluindo más formações e deformidades dento esqueléticas. Com inúmeras publicações em revistas nacionais e internacionais, e expressiva participação em congressos da especialidade, atualmente o Prof. Capelozza mantém a coordenação do Curso de Especialização em Ortodontia (Profis), do Curso de Pós-Graduação em Fissuras Orofaciais - Mestrado (Hrac – USP) e colabora com vários cursos de pós-graduação em Ortodontia.

Prof. Dr. Leopoldino

Capelozza Filho

- Professor Emérito de Ortodontia da Universidade de Mälmo, Suécia- Professor Associado de Ortodontia, Universidade de Göteborg,

Suécia (1985-1997)- Chefe e Diretor do Departamento de Ortodontia, Institute for

Postgraduate Dental Education, Jönköping, Suécia (1985-1997)- Professor e Chefe do Departamento de Ortodontia, Faculdade de

Odontologia, Universidade de Malmö, Suécia (1997-2004)- Professor (part-time) da Universidade de Gothenburg, Suécia

(2008 - )- Presidente da Associação Sueca de Ortodontistas (1988-2003)- Presidente da Federação Européia das Associações de Especialistas

em Ortodontia (1998-2002)- Mais de 140 artigos publicados em periódicos de destaque- Ministrou cursos em mais de 30 países

Prof. Dr. Júri Kurol,

D.D.S., M.S.D., Odont dr (PhD)

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Dental Press J. Orthod.

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Dental Press J. Orthod. 18 v. 15, no. 2, p. 18, mar./apr. 2010

FDi annual World Dental CongressData: 2 a 5 de setembro de 2010Local: Salvador / BaInformações: [email protected]

Credenciamento: Sistemas ertty Ortodontia | DTM | OclusãoData: 20 a 22 de maio de 2010Local: São Paulo / SPInformações: (61) 3248-0859 www.ertty.com.br

3º CCOrTO - 2010Data: 24 a 26 de junho de 2010Local: Florianópolis / SCInformações: (48) 3322-1021 www.ccorto.com.br

17º Congresso Brasileiro de Ortodontia - SPOData: 14 a 16 de outubro de 2010Local: anhembi – São Paulo / SPInformações: www.spo.org.br

110th annual Session - Passion for excellenceData: 30 de abril a 4 de maio de 2010Local: Washington, DCInformações: www.aaomembers.org

6º encontro abzil Ortodontia individualizada CapelozzaData: 27, 28 e 29 de maio de 2010Local: Fecomercio - São Paulo / SPInformações: www.pos-orto.com.br/abzilcapelozza

C a l E n d á r i o d E E v E n t o S

SBO OrTO PreMiUMData: 8 a 10 de julho de 2010Local: Hotel Intercontinental - Rio de Janeiro / RJInformações: (21) 3326-3320 [email protected] www.intervent.com.br

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Dental Press J. Orthod. 19 v. 15, no. 2, p. 19, Mar./apr. 2010

Telma Martins de araujo é a nova Diretora Presidente do BBO

Jorge Faber receberá prêmio do Board americano de Ortodontia

a C o n t E C i m E n t o S

Jorge Faber, Editor Chefe do Dental Press Journal of Orthodontics, é o ganhador do próximo “CDABO Case Report of the Year, for the best case report published during 2009”. Seu trabalho publicado no American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics (AJO-DO) foi eleito pelo corpo editorial do periódico como o melhor relato de caso publicado em 2009. O prêmio é dado pelo Colégio dos Diplomados do Board Americano de Ortodontia (CDABO - College of Diplomates of the American Board of Orthodontics).

“Fiquei realmente muito feliz com o prêmio por várias razões. A primeira é o fato de trazer esse prêmio para a Ortodontia brasileira. A segunda, é de ser um prêmio que atesta a capacidade do editor da Revista Dental

Jorge Faber ministra aula no 6º Congresso Internacional Dental Press, realizado em maringá/PR, em abril de 2009.

Press de escrever um artigo; e a terceira, é que reconhece muitos anos de dedicação. Esse é um dos maiores prê-mios clínicos, ou o maior, do mundo”, salienta Faber.

Jorge Faber receberá o prêmio durante a 110th AAO Annual Session, que acontece em Washington DC, en-tre os dias 30 de abril e 4 de maio, e também deverá participar da reunião do corpo de editores do AJO-DO. “Essa será uma excelente oportunidade para divulgar o trabalho que fazemos aqui no Brasil. Em especial porque já estarei com a revista em inglês nas mãos. Parece que as coisas estão conspirando a nosso favor”, comemora.

Telma Martins de Araujo, Editora Associada do Dental Press Journal of Orthodontics, é a nova Diretora Presidente do Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO). A eleição foi realizada em Assem-bleia Geral Ordinária do BBO, em São Paulo, no dia 5 de dezembro de 2009.

Participantes da assembleia Geral Ordinária do BBO. Da esquerda para a di-reita: Dr. Roberto Rocha, Dr. José Nelson mucha (Ex-Diretor Presidente), Dr. Luciano da Silva Carvalho (Vice-Presidente da aBOR), Dr. ademir R. Brunetto, Dr. Roberto Lima (Ex-Diretor Presidente), Dr. Deocleciano da Silva Carvalho, Dra. Telma martins araujo, Dr. Carlos alberto Tavares, Dr. Jonas Capelli Junior, Dr. Carlos Jorge Vogel (Ex-Diretor Presidente) e Dr. Sadi Horst.

A nova diretoria da entidade, para o ano de 2010, será assim composta: Diretora Presidente - Dra. Telma Martins de Araujo; Diretor Presi-dente Eleito - Dr. Ademir R. Brunetto; Diretor Secretário - Dr. Deocleciano da Silva Carva-lho; Diretor Tesoureiro - Dr. Sadi Flavio Horst; 1º Diretor - Dr. Eustáquio A. Araújo; 2º Diretor - Dr. Roberto Rocha; 3º Diretor - Dr. Carlos Al-berto Estevanell Tavares; 4º Diretor - Dr. Jonas Capelli Júnior. De acordo com a diretoria, eles continuarão lutando pela educação continuada e pela excelência clínica na especialidade.

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Dental Press J. Orthod. 20 v. 15, no. 2, p. 20-23, mar./apr. 2010

O que há de novo em fotografia digital?

A fotografia digital tornou-se onipresente na so-ciedade moderna e a sua importância na Odontolo-gia é inquestionável3,4,5,9. Tal achado pode ser com-provado pela premiação, em 2009, com o Nobel de Física aos inventores do filme fotográfico digital, chamado de CCD (charge coupled device)10.

Embora essa tecnologia tenha suas origens na dé-cada de 1970 e a primeira câmera digital tenha sido lançada no mercado na década de 1990, o uso clíni-co dessa ferramenta nos consultórios odontológicos tornou-se uma realidade no início do século 215,11. A possibilidade da visualização imediata do resultado das fotografias, a eliminação do custo com filmes e revelação, e a sistematização do gerenciamento das imagens na clínica são as principais vantagens do sistema digital, as quais acabam por tornar tentador esse método de obtenção de imagens3,6. Outra van-tagem é a possibilidade da manipulação e edição de imagens, facilitando sobremaneira, a comunicação interpessoal e, consequentemente, a obtenção de bons resultados2,8. O exemplo disso pode ser visto nas figuras 1 e 2, onde a manipulação digital auxilia na predição de resultados e no planejamento de pro-cedimentos clínicos, respectivamente.

Ainda que, historicamente, a introdução desse recurso na clínica odontológica seja nova, as câ-meras digitais estão presentes na maioria dos con-sultórios ortodônticos. Entretanto, as pressões do mercado a favor das câmeras mais modernas e com maiores resoluções criam importantes questiona-mentos: O que há de novo na fotografia digital? Câmeras mais “novas”, e consequentemente com

mais megapixels (MP), são melhores? Com qual resolução o ortodontista deve fotografar?

Devido à literatura ser escassa nessa área, fa-zem-se necessários alguns esclarecimentos para que o ortodontista conheça as razões técnicas e científicas para lançar mão, ao máximo, dos bene-fícios da fotografia digital.

O qUE Há DE NOvO EM FOTOGRAFIA DIGITAL?

Para uma tecnologia “nova”, a fotografia digi-tal tem evoluído de forma assustadora. Agora, as câmeras profissionais podem filmar e é possível visualizar a cena a ser fotografada pelo visor de cristal líquido, recursos não disponíveis até 2009. Outra inovação são câmeras que transferem dados sem necessidade de fios, e outras que acessam a internet. Ressalta-se que, como o desenvolvimen-to dessa tecnologia é constante, a cada semana, diversos modelos de câmeras, com características distintas, são lançados no mercado7,8.

Dentre as diversas inovações tecnológicas ine-rentes aos novos equipamentos, os fabricantes colocam toda a atenção na resolução4,7. “Mais e mais megapixels”! Atualmente, existem câmeras digitais com resolução de 28MPs, possibilitando ao usuário imprimir imagens com alta resolução (300 dpi) e tamanhos de até 52 x 39cm1. Esse é um aspecto soberano para os fotógrafos que trabalham constantemente com grandes amplia-ções. Porém, será que os ortodontistas precisam dessas altas resoluções?

o q u E h á d E n o v o n a o d o n t o l o g i a

Andre Wilson Machado*

* Mestre em Ortodontia pela PUC Minas. Doutorando em Ortodontia pela Unesp/Araraquara. Professor da especialização em Ortodontia da UFBA.

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machado aW

Dental Press J. Orthod. 23 v. 15, no. 2, p. 20-23, mar./apr. 2010

Endereço para correspondênciaAndre Wilson Machador. Eduardo Jose dos Santos, 147, Sl 810/811 - garilbaldi CEP: 41.940-455 – Salvador / BAE-mail: [email protected]

REFERêNCIAS

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9. Machado AW. Estado atual da qualidade da fotografia digital em Ortodontia. J Centro Est Ortodon Bahia. 2003; 3(8):4-5.

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11. Trigo T. Equipamento fotográfico: teoria e prática. 2ª ed. São Paulo: Senac; 2003.

FIGuRa 3 - Exemplo do uso da mesma imagem com diferentes resoluções e, consequentemente, tamanhos de arquivo distintos: a) 10mP (3.869 Kbytes), B) 8mP (3.239 Kbytes), C) 5 mP (667 Kbytes) e D) 3mP (483 Kbytes).

CONSIDERAçõES FINAISO “novo” sempre é necessário para a evolu-

ção da sociedade. Porém, é importante lembrar que por trás do “novo”, o objetivo final nem sempre é “obter algo melhor” ou “melhorar a qualidade de alguma coisa”, pois muitas vezes o objetivo é obter lucro. Em fotografia digital, ao lançar novas câmeras, as empresas não estão em sintonia com os ortodontistas, mas sim com os

fotógrafos, porque há um mercado ávido e ne-cessitado de novas fronteiras. É necessário que o ortodontista do século 21 tenha não só conhe-cimento técnico e científico, mas também dis-cernimento para diferenciar quando o “novo”, realmente, trará reais benefícios.

Por fim, vai o meu apelo aos leitores: fotogra-fem! Lancem mão desse recurso! Com certeza, trará muitos benefícios!

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i n S i g h t o r t o d ô n t i C o

Dental Press J. Orthod. 24 v. 15, no. 2, p. 24-32, mar./apr. 2010

As funções dos restos Epiteliais de Malassez, o Egf e o movimento ortodôntico

ou

Por que o movimento ortodôntico não promove a anquilose alveolodentária?

Alberto Consolaro*, Maria fernanda M-O. Consolaro**

O movimento ortodôntico pode induzir an-quilose alveolodentária? Essa pergunta é muito frequente! A resposta passa necessariamente por um questionamento: por que os dentes na-turalmente não evoluem para a anquilose alve-olodentária se estão separados do osso por ape-nas 0,2 a 0,4mm correspondentes à espessura mínima e máxima do ligamento periodontal?

O ligamento periodontal apresenta-se ri-camente celularizado e vascularizado, e tem muitas fibras colágenas, elásticas e reticulares, próprias dos tecidos conjuntivos (Fig. 1, 2, 3). De permeio a essas estruturas, tem-se um “gel” ou matriz extracelular. Entremeio às fibras, fi-broblastos, vasos e nervos do ligamento perio-dontal encontra-se uma rede de cordões e ilho-tas epiteliais que, continuadamente, liberam mediadores, especialmente o EGF ou Fator de Crescimento Epitelial ou Epidérmico (Fig. 2). Em áreas com EGF, na superfície do tecido ós-seo estimula-se a reabsorção, sem formação de

novas camadas superficiais. Essa rede de epité-lio interposta entre o osso e o dente no tecido ligamentar é conhecida como Restos Epiteliais de Malassez e deriva da apoptose da Bainha Epitelial de Hertwig. Os desenhos originais de Malassez (Fig. 4) representaram esses cordões e ilhotas epiteliais periodontais tal qual os anali-samos microscopicamente nos dias de hoje.

Por muito tempo, acreditou-se que os Res-tos Epiteliais de Malassez eram células laten-tes ou quiescentes, uma estrutura sem função e frequentemente associada à gênese de cistos e tumores. No entanto, esse componente pe-riodontal epitelial é ativo, produz mediadores e tem importantes funções na manutenção da normalidade periodontal e radicular, inclusive durante o movimento ortodôntico.

Neste trabalho, discorreremos sobre essas maravilhosas estruturas e suas funções para co-laborar na compreensão das respostas pertinen-tes às duas perguntas inicialmente apresentadas.

* Professor titular de Patologia da FOB-USP e da pós-graduação da FORP-USP. ** Professora doutora de Ortodontia e da pós-graduação em Biologia Oral da USC.

Page 23: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

Consolaro a, Consolaro mFm-O

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periodontal distante da raiz por liberarem media-dores – como o EGF – indutores da osteoclasia. Esse mecanismo de manutenção e funcionamen-to do periodonto humano pode ser rompido nos casos de traumatismos, quando extensas áreas de cementoblastos e boa parte da rede epitelial de Malassez desaparecem por necrose. Se isso ocor-rer, pode-se ter a anquilose alveolodentária.

Mas, na movimentação ortodôntica, os da-nos à camada cementoblástica e aos Restos Epiteliais de Malassez são incomparavelmente menores, em extensão e severidade, do que no traumatismo dentário. Nos traumatismos mo-derados e severos, relata-se perda extensa de componente epitelial, enquanto, na movimen-tação dentária induzida, os estudos revelam estímulo à proliferação dos Restos de Malassez e aumento de sua capacidade secretora. A exu-berante e rápida capacidade de proliferação dos

tecidos epiteliais e a configuração espacial da rede epitelial periodontal permitem uma rápi-da reconstituição estrutural, e podem explicar a importante função dos Restos de Malassez no processo de reorganização periodontal após os traumatismos menores – em especial durante a movimentação dentária induzida.

Na prática clínica, se algum dente apresen-tar-se com anquilose alveolodentária durante ou após o tratamento ortodôntico, parece mais lógico e bem fundamentado na literatura op-tar pelo diagnóstico de traumatismo dentário como causa – ainda que o paciente não o re-late na anamnese – e não como consequência da movimentação dentária induzida. O movi-mento ortodôntico não promove a necrose dos Restos Epiteliais de Malassez, pelo contrário: as evidências indicam que suas células são estimu-ladas nessa situação clínica!

Page 24: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

as funções dos Restos Epiteliais de malassez, o EGF e o movimento ortodôntico

Dental Press J. Orthod. 32 v. 15, no. 2, p. 24-32, mar./apr. 2010

Endereço para correspondênciaAlberto ConsolaroE-mail: [email protected]

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Page 25: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

Dental Press J. Orthod. 33 v. 15, no. 2, p. 33-38, mar./apr. 2010

E n t r E v i S t a

Uma entrevista com David L. Turpin (Editor-Chefe do AJO-DO)

• FormadoemOdontologiapelaUniversityofIowa,IowaCity,em1962

• MestreemOrtodontiapelaUniversityofWashington,Seattle,em1966.

• DiplomadopeloAmericanBoardofOrthodontics

• EditordoAmericanJournalofOrthodonticsandDentofacialOrthopedics

• EditordoBulletinofthePacificCoastSocietyofOrthodonticsde1978a1988

• EditordaAngleOrthodontistsde1988a1999.

• ProfessorClínicodoDepartamentodeOrtodontiadaWashingtonUniversity-Seattle

• Autordemaisde150editoriais,artigoscientíficosecapítulosdelivros.

O Dr. Turpin frequentou a Faculdade de Odontologia da Universidade de Iowa, localizada na região centro-oeste

dos Estados Unidos. Posteriormente, ingressou como residente em Ortodontia na Universidade de Washington, no

estado de Seattle. Seu objetivo primordial era estudar sob a orientação de Alton W. Moore, catedrático em Seattle, à

época. Após a pós-graduação, em 1966, abriu um consultório particular, retornando 4 anos mais tarde para lecionar

na clínica da Universidade de Washington, em regime de tempo parcial. É casado com Judith Clark Turpin há 48

anos. Possuem três filhos e três netos com idades entre 8 e 19 anos. Passou a maior parte de seu tempo livre viajando

extensamente durante os últimos 10 anos, no que poderia ser classificado como um hobby. No momento, está lendo

o livro intitulado “The Tipping Point”, escrito por Malcolm Gladwell, e pretende começar a ler “O Símbolo Perdido”,

de Dan Brown, dentro em breve.

O Dr. Turpin trabalha com revistas científicas de Ortodontia há mais de 30 anos, desde os primeiros tempos, no

Bulletin of the Pacific Coast Society of Orthodontist, passando pela The Angle Orthodontist, até, finalmente, o American

Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics. Planeja aposentar-se, como Editor-Chefe do AJO-DO, no final

de 2010, quando será substituído pelo novo editor, Dr. Vincent G. Kokich.

Jorge Faber

Page 26: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

Entrevista

Dental Press J. Orthod. 38 v. 15, no. 2, p. 33-38, mar./apr. 2010

quando um autor recebe uma resposta negati-va quanto a uma publicação, qual seria a atitu-de mais recomendada frente a essa negativa? Jorge Faber

Todos os mais respeitados educadores e cate-dráticos que conheço já tiveram pelo menos um manuscrito rejeitado, e aprenderam com a expe-riência. Os manuscritos podem ser rejeitados por vários motivos, sendo que a maioria deles não é de cunho pessoal e muitos outros motivos têm pou-co a ver com as habilidades do autor responsável. Os artigos podem ser rejeitados pelo editor por-que a revista já publicou estudos semelhantes, por serem mais adequados para outro tipo de revista, ou simplesmente por serem longos demais e mal redigidos. Entretanto, as razões mais comuns para a rejeição são: a falta de rigor estatístico, devido a um número insuficiente de amostras; e a presen-ça, real ou percebida, de vieses. Não há dúvida de que os vieses estarão sempre presentes, até certo ponto, mas o bom cientista trabalha arduamente, passo a passo, para minimizar seus efeitos, empre-gando um desenho de estudo adequado. Trata-se

Flávio Cotrim

- Mestre em Ortodontia pela fOUSP.- Doutor em Diagnóstico Bucal pela fOUSP.- Professor associado do curso de mestrado em

Ortodontia da Universidade Cidade de São Paulo.- Autor do livro: Nova visão em Ortodontia e Ortopedia

funcional dos Maxilares.- Co-autor do livro: Ortodontia - diagnóstico e

planejamento clínico.- Diretor clínico do Instituto vellini.- Editor científico da revista Ortodontia SPO.

Flávia Artese

- Professora adjunta de Ortodontia da UErJ.- Mestre e doutora em Ortodontia pela UfrJ.- Diplomada pelo BBO.- Presidente da Sociedade Brasileira de Ortodontia.

Jorge Faber

- Editor-Chefe do Dental Press Journal of Orthodontics.- Doutor em Biologia – Morfologia pelo Laboratório de

Microscopia Eletrônica – UnB.- Mestre em Ortodontia e Ortopedia facial – UfrJ.

Endereço para correspondênciaDavid L. TurpinUniversity of Washington, Department of OrthodonticsSeattle, WA / USAEmail: [email protected]

de uma tarefa factível, cujo esforço sempre foi re-compensado por todos os editores com quem já trabalhei até hoje.

Está se aproximando o fim de seu mandato como editor-chefe do AJO-DO, após muitos anos de dedicação à Ortodontia. quais são seus planos para o futuro? Jorge Faber

Com a conclusão do 7º Congresso Ortodônti-co Internacional, em Sydney, Austrália, espero co-meçar um mandato de 5 anos como membro do Comitê Executivo da WFO, juntamente com Tom Ahman e Amanda Maplethorp, representando a América do Norte. Estou ansioso para trabalhar com Roberto Justus (Cidade do México), que irá suceder Athanasios Athanasiou como presidente da WFO e Willian DeKock (Cedar Rapids), que continuará sendo o secretário-geral. Como tenho 3 netos que vivem na costa leste dos Estados Uni-dos, é de se esperar algumas viagens para aquela região. É claro que, sempre que for requisitado, vou estar disponível para dar apoio ao próximo editor da AJO-DO, no que for preciso.

REFERêNCIAS

1. Burke SP, Silveira AM, Goldsmith LJ, Yancey JM, Van Stewart A, Scarfe WC. A meta-analysis of mandibular intercanine width in treatment and postretention. Angle Orthod. 1998 Feb;68(1):53-60.

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Dental Press J. Orthod. 39 v. 15, no. 2, p. 39-41, mar./apr. 2010

Superposição automatizada de modelos tomográficos tridimensionais em cirurgia ortognática

Alexandre Trindade Simões da Motta**, felipe de Assis ribeiro Carvalho***, Ana Emília figueiredo Oliveira****, Lúcia Helena Soares Cevidanes*****, Marco Antonio de Oliveira Almeida******

Introdução: as limitações na avaliação quantitativa e qualitativa de deslocamentos cirúrgicos pelos métodos bidimensionais podem ser superadas através de tomografias volumétricas e ferramentas de imagens tridimensionais. Objetivos: a metodologia descrita neste trabalho permite avaliar as mudanças nas posições de côndilos, ramos, mento, maxila e da dentição após a cirurgia ortogná-tica através de tomografias computadorizadas de feixe cônico (Cone Beam Computed Tomogra-phy, CBCT) antes e após o procedimento cirúrgico. Métodos: são construídos modelos 3D que possibilitam superposições tendo a base do crânio pré-cirúrgica como referência, utilizando-se um método automático que identifica e compara a escala de cinza dos voxels de duas estruturas tridimensionais, eliminando a necessidade do operador marcar os pontos anatômicos. Então, as distâncias entre as superfícies anatômicas são computadas, no mesmo indivíduo, entre as duas fases. A avaliação das direções de deslocamento das estruturas é determinada visualmente pelos métodos de mapas coloridos e de semitransparências. Conclusões: conclui-se que a metodologia apresentada, que utiliza softwares de domínio público, mostra vantagens na avaliação longitu-dinal de pacientes ortocirúrgicos, quando comparada aos métodos radiográficos convencionais, uma vez que as imagens geradas não apresentam magnificações ou sobreposições de estruturas e a maioria dos passos são automatizados, o que torna os procedimentos de mensuração mais precisos, além de disponibilizar uma maior quantidade de informações ao clínico ou pesquisador.

Resumo

Palavras-chave: Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico. Imagem tridimensional. Cirurgia assistida por computador. Simulação por computador. Ortodontia. Cirurgia bucal.

** Doutor, mestre e especialista em Ortodontia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Estágio de doutorando Bolsa CAPES 382705-4 na University of North Carolina at Chapel Hill (UNC/2006). Professor adjunto de Ortodontia da Universidade Federal Fluminense (UFF).

*** Mestre e especialista em Ortodontia (UERJ). Especialista em Radiologia Oral (ABORJ). Doutorando em Ortodontia (UERJ). **** Especialista (UFRJ), mestre e doutora em Radiologia Odontológica (FOP-Unicamp). Pós-doutorado (UNC) - Bolsa FAPEMA 128/06.

Professora de Radiologia Odontológica da UFMA. ***** PhD em Biologia Oral (UNC). Professora do departamento de Ortodontia (UNC/Chapel Hill). ****** Pós-doutorado em Ortodontia (UNC). Professor titular de Ortodontia (UERJ).

Resumo do editor Novas aplicações ortodônticas de técnicas

avançadas de imagens 3D incluem superposições de modelos computadorizados para verificação

do crescimento, mudanças com o tratamento e estabilidade, além de análises dos tecidos moles e simulação computadorizada de procedimentos cirúrgicos. Ou seja, avaliações quantitativas e qua-

* Acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra.

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Superposição automatizada de modelos tomográficos tridimensionais em cirurgia ortognática

Dental Press J. Orthod. 40 v. 15, no. 2, p. 39-41, mar./apr. 2010

litativas do deslocamento, respostas adaptativas e reabsorção de estruturas esqueléticas – antes in-viáveis com técnicas 2D – podem agora ser reali-zadas por meio de reconstruções e superposições 3D com a tomografia computadorizada Cone Beam1,3,4. Os complexos movimentos durante as cirurgias para correção de deformidades dento-faciais certamente precisam ser avaliados em três dimensões, com o objetivo de melhorar os resul-tados, a estabilidade, aumentar a previsibilidade e reduzir os sintomas de desordens temporomandi-bulares após a cirurgia ortognática2.

Com o objetivo de avaliar alterações no mes-mo indivíduo, modelos de diferentes fases são, de fato, superpostos utilizando-se o software Imagine (http://www.ia.unc.edu/dev/download/imagine/in-dex.htm), que utiliza um método totalmente auto-mático de registro por voxel, dispensando a necessi-dade de se localizar pontos, o que seria influenciado pelo operador e pela superposição de estruturas. Como a base do crânio não é alterada pela cirurgia, suas superfícies são utilizadas neste procedimento, onde o software compara, entre duas imagens to-mográficas, a intensidade da escala de cinza de cada voxel da região que será segmentada em verde. Des-sa forma, a base do crânio pré-cirúrgica é utiliza-da como referência para a superposição por pares com os demais tempos (Fig. 1). Apesar do exame de ressonância magnética ser mais indicado para a visualização de tecidos moles e da tomografia com-putadorizada médica oferecer melhor contraste de imagem entre tecidos duros e moles, modelos 3D dos tecidos moles da face podem ser reconstruídos com menor custo e radiação que tais métodos, e ainda fornecer importantes informações da resposta estética facial aos movimentos cirúrgicos4.

Enfim, o método de superposição 3D permite a avaliação de importantes deslocamentos estrutu-rais cirúrgicos e da estabilidade em curto e longo prazo. Apesar de requerer treinamento, tempo, ex-pertise e suporte de informática, parece ter grande validade em sua aplicação clínica, científica e no ensino ortodôntico e cirúrgico.

FIGuRa 1 - após o procedimento de superposição com o software Imagine, observa-se no InsightSNaP o modelo pós-cirúrgico (colorido) sobre a imagem tomográfica pré-cirúrgica (escala de cinza), com as bases do crânio coincidentes e as estruturas mandibulares deslocadas (avanço da mandíbula e mento). Comprova-se, então, uma correta su-perposição entre os modelos 3D das duas fases.

questões aos autores1) quais as aplicações clínicas do método de sobreposição 3D descrito?

O método tem sido utilizado primordialmente em casos ortocirúrgicos, na avaliação dos desloca-mentos esqueléticos decorrentes das diferentes os-teotomias, verificação dos resultados e da estabili-dade do tratamento em curto e longo prazos. Casos complexos, como deformidades faciais e assimetrias severas, como naqueles de microssomia hemifacial, podem ter seu planejamento e procedimento cirúr-gico beneficiados pelo método.

No entanto, já foi comprovada sua utilidade em casos de pacientes em crescimento, realizando-se uma superposição na base anterior do crânio, que se consolida precocemente. Essa função abre um campo clínico extraordinário, de forma que o acompanhamento do crescimento e desenvolvi-mento craniofacial dos pacientes pode ser realizado de forma tridimensional, possibilitando análises vi-suais e quantitativas bastante completas.

Por outro lado, ressalta-se que, para um uso clí-nico de rotina, o método precisa se tornar mais rá-pido, simples e atraente para o ortodontista clínico. Alguns avanços já ocorreram, como a compilação

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motta aTS, Carvalho FaR, Oliveira aEF, Cevidanes LHS, almeida maO

Dental Press J. Orthod. 41 v. 15, no. 2, p. 39-41, mar./apr. 2010

Endereço para correspondênciaAlexandre Trindade Simões da MottaAv. das Américas, 3500 – Bloco 7/sala 220CEP: 22.640-102 – Barra da Tijuca - rio de Janeiro/rJE-mail: [email protected]

em um mesmo aplicativo de variadas funções an-tes exercidas por diferentes programas. Acredita-se ainda que a aplicação da superposição 3D no estu-do de casos clínicos nas escolas de Ortodontia, per-mitindo aos alunos e professores um estudo pro-fundo e detalhado, possa ser um importante passo na introdução do método na realidade clínica dos futuros ortodontistas clínicos.

2) Existem vantagens do método descrito para aplicabilidade em pesquisas, se comparado ao método cefalométrico?

Algumas vantagens do método descrito podem ser citadas, como a superposição na base do crânio de forma automatizada, evitando erros inerentes à marcação de pontos ou desenho de estruturas pelo operador, o que representaria uma importante eli-minação de variáveis em termos científicos. Além do óbvio diferencial de permitir a observação das estruturas anatômicas em tamanho e forma reais, ao invés de projeções de imagens sobrepostas, e a possibilidade de analisar as estruturas bilaterais de forma mais realista. Adicionalmente, a comparação de superfícies tridimensionais ao invés de diferenças entre pontos e linhas cefalométricas tornaria os re-sultados mais confiáveis e detalhados. No entanto, é importante ressaltar que a simplicidade e facilidade dos métodos 2D tradicionais são fatores a serem con-siderados. Ao se realizar uma análise quantitativa, o presente método gera um grande volume de infor-mações, o que pode dificultar uma conclusão sim-ples e direta do que se está observando. As variadas direções de movimento das estruturas dificultam a determinação de tendências direcionais confiáveis. O desenvolvimento de ferramentas de análise vetorial, determinando de forma direta as resultantes de des-locamento, deve auxiliar bastante nessa avaliação.

3) O método poderia ser utilizado para ava-liar alterações dentoalveolares decorrentes do tratamento ortodôntico?

Sim, uma das possíveis aplicações envolveria a visualização de alterações dentoalveolares pelo

tratamento ortopédico ou pela mecânica ortodôn-tica fixa. Já foram realizados trabalhos avaliando os efeitos de mecânicas de expansão dentária, compa-rando modelos tridimensionais pré e pós-alinhamen-to e nivelamento com expansão, mostrando que a mesma concentrou-se na região de pré-molares. No entanto, algumas dificuldades são encontradas, já que a segmentação dos dentes precisa ser realizada com grande preocupação em relação à precisão das estru-turas, e fatores como a obtenção da tomografia com o paciente em oclusão ou a própria presença dos acessórios ortodônticos representam importantes ar-tefatos de imagem na construção dos modelos 3D. Outra limitação ocorre porque, para a superposição, superfícies estáveis de referência precisam ser utili-zadas, como a base do crânio. Por exemplo: para se comparar alterações na arcada inferior, a superposi-ção na base do crânio mostraria a soma das alterações esqueléticas e dentárias; mas para uma visualização estritamente dentoalveolar, deveria ser realizada uma superposição isolada utilizando o contorno do corpo, ramo e demais estruturas mandibulares. Essa tecnologia, conhecida como correspondência de for-ma, encontra-se em franco desenvolvimento.

1. Cevidanes LH, Bailey LJ, Tucker GR Jr, Styner MA, Mol A, Phil-lips CL, et al. Superimposition of 3D cone-beam CT models of orthognathic surgery patients. Dentomaxillofac Radiol. 2005 Nov;34(6):369-75.

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4. Motta AT. Avaliação da cirurgia de avanço mandibular através da superposição de modelos tridimensionais. [Tese]. Universi-dade do Estado do Rio de Janeiro (RJ); 2007.

REFERêNCIAS

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Dental Press J. Orthod. 42 v. 15, no. 2, p. 42-43, mar./apr. 2010

Tratamento ortodôntico do sorriso gengival utilizando-se mini-implantes (Parte I): tratamento do crescimento vertical do complexo dentoalveolar anterossuperior

Tae-Woo Kim**, Benedito viana freitas***

Os mini-implantes ortodônticos têm revolucionado a biomecânica, bem como a ancoragem or-todôntica, a qual pode ser conseguida de maneira perfeitamente estável. Na primeira parte desse estudo, o sorriso gengival é definido e classificado de acordo com suas etiologias. Entre eles, o tipo dentoalveolar, uma boa indicação para tratamento com mini-implantes foi dividido em três ca-tegorias: (1) casos com crescimento vertical do complexo dentoalveolar anterior superior (casos 1, 2 e 3); (2) casos com protrusão do complexo dentoalveolar anterior (casos 4 e 5); e (3) casos com protrusão do complexo dentoalveolar anterossuperior e extrusão dos dentes posterossupe-riores (casos 6 e 7). Três casos com excessivo crescimento vertical do complexo dentoalveolar anterossuperior são apresentados. Eles foram caracterizados com extrusão e lingualização dos in-cisivos superiores, sobremordida profunda e sorriso gengival. O objetivo desse artigo é mostrar o uso de mini-implantes na região anterior para intrusão de incisivos e correção do sorriso gengival. Foram utilizados mini-implantes nas regiões anterior e superior (1,6 x 6,0mm) e mola fechada de NiTi para intruir e vestibularizar os incisivos extruídos e lingualizados. Os mini-implantes podem ser utilizados com sucesso como ancoragem para intrusão de dentes anteriores.

Resumo

Palavras-chave: Mini-implantes. Intrusão. Sorriso gengival. Arco segmentado.

** Mestre e doutor em Ortodontia pela Universidade Nacional de Seul, Coréia do Sul. Professor associado da Universidade Nacional de Seul. *** Doutor em Ortodontia - Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão.

Resumo do editor A utilização de mecanismos de ancoragem es-

quelética apresenta incontestáveis vantagens, mo-tivo pelo qual se difundiu tão amplamente na es-pecialidade ortodôntica. Além de reduzir os efeitos recíprocos da aplicação de forças ortodônticas, os mini-implates abriram novas possibilidades tera-pêuticas, como a implementação dos movimentos

de intrusão dentária. A intrusão de dentes poste-riores pode ser indicada para dentes extruídos por falta de antagonistas, com finalidade primariamen-te protética. A intrusão na região posterior ainda pode ser conduzida na correção da mordida aberta anterior em pacientes com padrão facial essencial-mente vertical. Por outro lado, a intrusão de dentes anterossuperiores apresenta uma indicação muito

* Acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra.

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Kim TW, Freitas BV

Dental Press J. Orthod. 43 v. 15, no. 2, p. 42-43, mar./apr. 2010

FIGuRa 1 - Face de frente inicial e final, oclusão de frente inicial e final. FIGuRa 2 - Face de frente inicial e final, oclusão de frente inicial e final.

precisa: para a correção da sobremordida profunda em pacientes com exposição demasiada de gengi-va somente na região anterior ao sorrir, preferen-cialmente associada com os incisivos superiores

retroinclinados. Essas nuances morfológicas acom-panham os três casos clínicos ilustrados nesse arti-go (Fig. 1, 2) e ilustram uma aplicação clínica rele-vante dos mini-implantes em Ortodontia.

Endereço para correspondênciaBenedito viana freitasAvenida da Universidade, quadra 2, número 27 - CohafumaCEP: 65.070-650 – São Luís / MAE-mail: [email protected]

questões aos autores1) Existem limitações no uso de mini-implantes para intrusão de dentes anterossuperiores?

As limitações são as mesmas para qualquer tipo de intrusão convencional, como, por exem-plo, pacientes que apresentam doença periodon-tal, reabsorção radicular, espaço inter-radicular estreito. Se o mini-implante for inserido em um espaço muito estreito, a intrusão causará contato com a raiz e consequente falha, ou seja, a queda do mini-implante. Se o mini-implante for inserido muito baixo, com o objetivo de deixar a cabeça exposta, isso fará com que a distância para inser-ção da mola fechada seja muita pequena, dificul-tando a mecânica. Mesmo não havendo pesquisas sobre a estabilidade da intrusão de dentes ante-riores, clinicamente parece ser melhor do que a extrusão de dentes posteriores.

2) O que o motivou a escrever esse trabalho?Os autores consideram simples a intrusão de

dentes anteriores quando se usa mini-implantes como ancoragem. Além disso, não há necessidade da colaboração do paciente e independe de apa-relhos extrabucais ou de qualquer tipo de ancora-gem em dentes posteriores, como os arcos transpa-latinos. Se podemos intruir dentes anteriores sem extruir os posteriores, a mecânica torna-se mais simples e eficaz. A intenção desse trabalho é con-tribuir na simplificação do tratamento ortodônti-co, sem efeitos colaterais, e oferecer uma alternati-va para a correção do sorriso gengival.

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Dental Press J. Orthod. 44 v. 15, no. 2, p. 44-51, mar./apr. 2010

Estudo comparativo das análises cefalométricas manual e computadorizada

Priscila de Araújo guedes*, July Érika Nascimento de Souza*, fabrício Mesquita Tuji**, Ênio Maurício Nery***

Resumo

Objetivo: realizar uma análise comparativa dos traçados manual e computadorizado uti-lizando um software específico, com a finalidade de definir os resultados inter e intra-ava-liadores. Métodos: foi utilizada uma amostra composta por 50 radiografias cefalométricas em norma lateral, sendo todas padronizadas, contendo pacientes de ambos os gêneros e de várias faixas etárias. A análise das radiografias foi realizada por dois avaliadores, os quais realizaram os traçados manuais e computadorizados das 50 radiografias. Para compor as medições, foram selecionadas medidas angulares e lineares, que posteriormente foram sub-metidas ao teste estatístico de Mann-Whitney, com o objetivo de comparar os resultados entre os dois tipos de traçados inter e intra-avaliadores. Resultados e Conclusões: con-clui-se que pode ser aumentada a confiança nos traçados cefalométricos computadorizados, haja vista que as discrepâncias encontradas entre as medidas dos traçados cefalométricos manual e computadorizado inter e intra-avaliadores, em sua maioria, não foram estatisti-camente significativas.

Palavras-chave: Radiografia. Cefalometria. Craniometria.

* Mestranda em Ortodontia pelo Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic - Campinas/SP. ** Especialista em Radiologia Odontológica pela UFSC. Mestre e doutor em Radiologia Odontológica pela FOP-Unicamp. Professor adjunto de

Diagnóstico Integrado pelo Centro Universitário do Pará. Professor adjunto da disciplina de Propedêutica Odontológica da UFPA. *** Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Uniararas/SP. Mestre em Clínica Odontológica pela Unicastelo-SP. Professor do Instituto de

Ciências Biológicas da UFPA.

INTRODUçãO E REvISãO DE LITERATURACom os trabalhos de Broadbent e Hoffrat, em

1931, deu-se o início ao desenvolvimento da cefa-lometria2 e sua aplicação na Odontologia, principal-mente na Ortodontia, tornando-a imprescindível no diagnóstico, planejamento10 e na avaliação dos resul-tados de casos tratados ortodonticamente.

Para a realização da análise cefalométrica, há ne-cessidade de se definir com muita exatidão a manei-ra de demarcar os diversos pontos específicos utiliza-dos, a fim de atribuir universalidade aos exames – o

que, inclusive, é uma de suas qualidades primordiais. Com efeito, o uso quase generalizado da padroni-zação dos métodos de análise foi o que permitiu o desenvolvimento da telerradiografia cefalométrica como meio de diagnóstico, graças à comparação de clichês feitos em condições análogas19.

A mesma tem sido utilizada como meio de análise de dados antropométricos desde a década de 30. Na área da Ortodontia, foi introduzida no estudo do padrão de crescimento facial do ser hu-mano, no diagnóstico e plano de tratamento das

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Estudo comparativo das análises cefalométricas manual e computadorizada

Dental Press J. Orthod. 50 v. 15, no. 2, p. 44-51, mar./apr. 2010

As variações interavaliadores encontradas em alguns estudos podem ser causadas por diferen-ças no treinamento e experiência ou pela natureza da identificação dos pontos. Além disso, variações intra-avaliadores podem ser resultantes da ilumi-nação e orientação da imagem15.

CONCLUSãO

De acordo com os resultados obtidos através da metodologia utilizada na presente pesquisa, conclui-se que:

1) Pode-se aumentar a confiança nos resulta-dos dos traçados cefalométricos obtidos pelo com-putador, haja vista que as discrepâncias encontra-das entre as medidas dos traçados cefalométricos manual e computadorizado, em sua maioria, não foram estatisticamente significativas.

2) As medidas lineares intra-avaliadores apre-sentaram diferenças estatisticamente significativas entre os traçados manual e computadorizado em um dos avaliadores.

3) As medidas lineares interavaliadores apre-sentaram diferenças estatisticamente significativas tanto no traçado manual quanto entre os traçados manual e computadorizado. Porém, não houve diferença estatística nos resultados dos traçados computadorizados.

4) O tempo gasto para a realização do traça-do manual foi maior do que o gasto na realização pelo traçado computadorizado.

5) A utilização de recursos do programa do traçado cefalométrico computadorizado – como o zoom, a alteração de brilho, densidade e contraste – auxiliou na determinação dos pontos cefalométricos.

A comparative study of manual vs. computerized cephalometric analysis

Abstract

Objective: To conduct a comparative analysis between manual and computerized tracings using specific soft-ware, in order to define inter- and intra-evaluator results. Methods: A sample was used consisting of 50 stan-dardized lateral cephalometric radiographs, of male and female patients of various age groups. The radiographs were analyzed by two evaluators, who each performed the manual and computerized tracings of all 50 radio-graphs. Angular and linear measurements were obtained, which were later submitted to the Mann-Whitney test in order to compare the inter- and intra-evaluator results between the two types of tracings. Results and Conclusions: the study concluded that confidence can be increased in tracings obtained from computer-assisted cephalometric analysis, as the discrepancies found between inter- and intra-evaluator tracings, both manual and computerized, were mostly not statistically significant.

Keywords: Radiography. Cephalometrics. Craniometry.

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Guedes Pa, Souza, JEN de, Tuji Fm, Nery Em

Dental Press J. Orthod. 51 v. 15, no. 2, p. 44-51, mar./apr. 2010

Enviado em: fevereiro de 2007Revisado e aceito: julho de 2007

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Endereço para correspondênciaPriscila de Araujo guedes rua dos Mundurucus Conj. régia Danin, 2781 – casa 07CEP: 66.040-270 - Belém / PA E-mail: [email protected]

REFERêNCIAS

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Dental Press J. Orthod. 52 v. 15, no. 2, p. 52-57, mar./apr. 2010

a r t i g o i n é d i t o

Alteração no volume do fluido gengival durante a retração de caninos superiores

Jonas Capelli Jr.*, rivail fidel Junior**, Carlos Marcelo figueredo***, ricardo Palmier Teles****

Resumo

Introdução: na análise da teoria da pressão/tensão do movimento dentário, a aplicação de uma força ortodôntica causa um deslocamento gradual dos fluidos do ligamento periodontal, acompanhado pela distorção das células e da matriz extracelular. Objetivos: avaliar a quanti-dade de volume do fluido gengival (FG) nas faces mesiais e distais dos caninos superiores, de 14 pacientes (3 homens e 11 mulheres) submetidos a movimentação ortodôntica. Métodos: o fluido foi coletado com tira de papel absorvente padrão (Periopaper®) e seu volume foi deter-minado por meio da utilização do medidor Periotron®, em sete tempos distintos (dia -7, dia 0, 1 hora, 24 horas, 14 dias, 21 dias e 80 dias). O teste Friedman foi usado para comparar os dados obtidos (p < 0,01 e p < 0,05). Resultados: os resultados mostraram que houve uma alteração significativa do volume de FG ao longo do tempo, tanto no lado de pressão (p < 0,001) quanto no lado de tensão (p < 0,01). No lado de pressão, o volume de FG foi significativamente menor nos tempos 0 (p < 0,01) e 24h (p < 0,001), comparados com o tempo 80d.

Palavras-chave: Sulco gengival. Movimento ortodôntico. Inflamação.

* Professor livre docente em Ortodontia da FO-UERJ. ** Professor colaborador da disciplina de Periodontia da UERJ. Professor colaborador do curso de especialização em Periodontia da PUC-RJ.

Professor adjunto do curso de especialização em Periodontia da ABO-DC. *** Professor adjunto da disciplina de Periodontia da UERJ. Professor adjunto do curso de especialização em Periodontia da PUC-RJ. **** Pesquisador do Departamento de Periodontia do Forsyth Institute, Boston, EUA.

INTRODUçãOA fase inicial do movimento dentário orto-

dôntico envolve uma resposta inflamatória aguda no periodonto, caracterizada pela vasodilatação e migração de leucócitos para fora dos capilares. Essas células migratórias produzem várias citoci-nas, o sinal molecular bioquímico local, que in-teragem direta ou indiretamente com as células periodontais5. As citocinas evocam a síntese e a secreção, pelas células alvo, de numerosas subs-tâncias, como: prostaglandinas, fatores de cresci-mento e outras citocinas. Por último, essas células

constituem-se em unidades funcionais que remo-delam os tecidos periodontais e facilitam o movi-mento dentário7.

O processo inflamatório agudo que tipifica a fase inicial do movimento dentário ortodôntico é predominantemente exsudativo, em que plas-ma e leucócitos deixam os capilares nas áreas de estresse periodontal. Um ou dois dias após, a fase aguda da inflamação diminui e é substituída por um processo crônico envolvendo fibroblas-tos, células endoteliais e osteoblastos. Durante esse período, os leucócitos continuam a migrar

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Capelli J Jr, Fidel R Jr, Figueredo Cm, Teles RP

Dental Press J. Orthod. 57 v. 15, no. 2, p. 52-57, mar./apr. 2010

Enviado em: abril de 2007Revisado e aceito: novembro de 2007

Change in the gingival fluid volume during maxillary canine retraction

Abstract

Introduction: In the analysis of the pressure-tension theory of tooth movement, the application of an orthodontic force causes gradual displacement of fluids of the periodontal ligament, followed by distortion of the cells and extracellular matrix. Objectives: This study evaluated the gingival fluid volume on the mesial and distal aspects of the maxillary canines of 14 patients (3 males and 11 females) submitted to orthodontic movement. Methods: The fluid was collected using standard absorbent paper strips (Periopaper™) and the fluid volume was determined using the instrument Periotron™ at seven different periods (day -7, day 0, 1 hour, 24 hours, 14 days, 21 days, 80 days). The Friedman test was applied to compare the data achieved (p < 0.01 and p < 0.05). Results: The results revealed a significant change in the gingival fluid volume with time on both the pressure side (p < 0.001) and the tension side (p < 0.01). On the pressure side, the gingival fluid volume was significantly lower at the periods 0 (p < 0.01) and 24hs (p < 0.001) compared to the period 80 days.

Keywords: Gingival sulcus. Orthodontic movement. Inflammation.

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REFERêNCIAS

Endereço para correspondênciaJonas Capelli Juniorrua visconde de Pirajá, 407 / 203rio de Janeiro/rJCEP: 22.410-003E-mail: [email protected]

Page 37: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

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Dental Press J. Orthod. 58 v. 15, no. 2, p. 58-70, mar./apr. 2010

A relação entre o crescimento mandibular e a maturação esquelética em jovens brasileiras melanodermas*

Irene Moreira Serafim**, gisele Naback Lemes vilani**, vânia Célia vieira de Siqueira***

Objetivo: avaliar o grau de correlação existente entre o crescimento mandibular e a matura-ção esquelética em jovens brasileiras melanodermas. Métodos: examinou-se 140 telerradio-grafias, obtidas em norma lateral e 140 radiografias de mão e punho de jovens do gênero femi-nino, brasileiras, melanodermas, com 8 a 14 anos de idade, com oclusão normal ou má oclusão de Classe I, de Angle, não submetidas a tratamento ortodôntico prévio. Nas radiografias da mão e do punho, avaliou-se o desenvolvimento dos centros de ossificação da falange proximal do 3º dedo e da epífise distal do osso rádio, apoiando-se no método descrito por Eklöf e Rin-gertz; e nas telerradiografias, obtidas em norma lateral, analisou-se a pneumatização do seio frontal, de acordo com o método descrito por Rüf e Pancherz, e as medidas cefalométricas re-presentativas do crescimento mandibular (Co-Go, Co-Gn, Go-Gn e Fg-Pg). Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística, utilizando-se a Correlação de Pearson, para determinar o grau de relacionamento entre as variáveis. Resultados e Conclusão: ocorreu uma correla-ção altamente significativa entre os centros de ossificação observados na radiografia de mão e punho e as medidas cefalométricas representativas do crescimento mandibular (r = 0,777). Apesar de estatisticamente significativa, ocorreu uma baixa correlação entre a pneumatização do seio frontal e os eventos da maturidade esquelética (r = 0,306), assim como a relação entre a pneumatização do seio frontal e as medidas cefalométricas representativas do crescimento mandibular (r = 0,218).

Resumo

Palavras-chave: Maturação esquelética. Melanodermas. Radiografias da mão e do punho. Crescimento mandibular. Seio frontal.

** Mestres em Ortodontia pela PUC/Minas. *** Professora doutora da disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp.

INTRODUçãO E REvISãO DA LITERATURA O conhecimento dos eventos relacionados ao

crescimento e ao desenvolvimento craniofacial, mostra-se de suma importância na Ortodontia, pois a eleição de uma meta terapêutica que atue durante o crescimento maxilomandibular deve

apoiar-se na avaliação da maturação esquelética do paciente16,25. Constitui uma importante informa-ção para o ortodontista, como um meio auxiliar na prevenção, no diagnóstico, no planejamento e no tratamento precoce das anomalias, uma vez que o sucesso ou fracasso do tratamento ortodôntico

* Resumo da dissertação de mestrado apresentada ao curso de pós-graduação em Ortodontia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/Minas).

Page 38: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

Serafim Im, Vilani GNL, Siqueira VCV de

Dental Press J. Orthod. 69 v. 15, no. 2, p. 58-70, mar./apr. 2010

As correlações encontradas entre a altura e a largura do seio frontal, a altura da falange proxi-mal do 3º dedo e a largura da epífise distal do rádio e as medidas mandibulares mostraram-se positivas e significativas ao nível de 5% de probabilidade.

CONCLUSõESDe acordo com as características da amostra

avaliada, com a metodologia empregada e com os resultados e as informações obtidas, con-cluiu-se que ocorreu uma correlação altamente

significativa entre os centros de ossificação observados na radiografia de mão e punho e as medidas cefalométricas representativas do crescimento mandibular (r = 0,777). Apesar de estatisticamente significativa, ocorreu uma baixa correlação entre a pneumatização do seio frontal e os eventos da maturidade esqueléti-ca (r = 0,306), assim como a relação entre a pneumatização do seio frontal e as medidas cefalométricas representativas do crescimento mandibular (r = 0,218).

relationship between mandibular growth and skeletal maturation in young melanodermic Brazilian women

Abstract

Objective: To assess the degree of correlation between mandibular growth and skeletal maturation in young me-lanodermic Brazilian women. Methods: The authors examined 140 lateral teleradiographies and an additional 140 radiographies of hands and wrists of young female Brazilian melanodermic subjects aged 8 to 14 years with normal occlusion or Angle Class I malocclusion, who had not been subjected to previous orthodontic treatment. Using the hand and wrist radiographies, the authors evaluated the development of ossification centers in the proximal phalanx of the 3rd finger and the distal epiphysis of the radius bone, drawing on the method described by Eklöf and Ringertz. The lateral teleradiographies enabled an analysis of frontal sinus pneumatization according to the method described by Ruf and Pancherz, and of the cephalometric measurements representative of mandibular growth, namely, Co-Go, Co-Gn, Go-Gn, Fg-Pg. The data were statistically analyzed using Pearson’s Correlation to determine the degree of relationship between variables. Results and Conclusions: A highly significant correlation was found between os-sification centers observed on the hand and wrist radiographies and cephalometric measurements representative of the mandibular growth (r = 0.777). Although statistically significant, there was a low correlation between frontal sinus pneumatization and the progression of skeletal maturity (r = 0.306), as well as a relationship between frontal sinus pneumatization and the cephalometric measurements representative of mandibular growth (r = 0.218).

Keywords: Skeletal maturation. Melanodermic subjects. Hand and wrist radiographies. Mandibular growth. Frontal sinus.

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Page 39: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

a relação entre o crescimento mandibular e a maturação esquelética em jovens brasileiras melanodermas

Dental Press J. Orthod. 70 v. 15, no. 2, p. 58-70, mar./apr. 2010

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Enviado em: maio de 2007Revisado e aceito: dezembro de 2009

Page 40: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

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Dental Press J. Orthod. 71 v. 15, no. 2, p. 71-81, mar./apr. 2010

Amamentação, hábitos bucais deletérios e oclusopatias em crianças de cinco anos de idade em São Pedro, SP

Isaura Maria ferraz rochelle*, Elaine Pereira da Silva Tagliaferro**, Antonio Carlos Pereira***, Marcelo de Castro Meneghim****, Krunislave Antonio Nóbilo****, gláucia Maria Bovi Ambrosano*****

Objetivo: estimar a frequência de oclusopatias e suas associações com o tipo e o período de amamentação, hábitos bucais deletérios e informações recebidas pelas mães no pré-natal, em crianças com cinco anos de idade que frequentavam creches municipais. Métodos: a amostra consistiu de 162 crianças residentes no município de São Pedro, SP. Em entrevista com cada mãe, informações sobre o tempo e a forma de aleitamento, a presença de hábitos deletérios, e orientações recebidas pela mãe durante o pré-natal foram coletadas. O exame epidemiológico foi realizado nas dependências das creches, por um único examinador, pre-viamente calibrado, sob iluminação direta. As seguintes variáveis foram avaliadas: presença e severidade de oclusopatias [ligeiro apinhamento e espaçamento (AE), mordida aberta (MA), sobremordida (SM), mordida cruzada uni ou bilateral (MC), overjet positivo (OV) e relação terminal dos segundos molares decíduos (RTM)]. A análise dos dados consistiu de análise univariada (teste qui-quadrado) e de regressão logística múltipla. Resultados: a prevalência de oclusopatias foi de 95,7% (AE = 22,8%; MA = 24,7%; SM = 20,4%; MC = 14,8%; e OV = 13,0%). Na RTM, o terminal reto foi predominante (85,0%). Dentre os hábitos bucais dele-térios, o uso de chupeta foi o único indicador de risco (OR = 5,25; p = 0,001) para mordida aberta em crianças que a utilizaram por mais de três anos, detectado nas regressões logísticas. Conclusão: a prevalência de oclusopatias e de hábitos bucais deletérios na amostra estudada foi alta. As crianças que usavam chupeta por mais de três anos mostraram maior probabilida-de de apresentar mordida aberta.

Resumo

Palavras-chave: Amamentação. Oclusopatia. Crianças.

* Mestre em Odontologia em Saúde Coletiva pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba – FOP/Unicamp. ** Doutoranda em Odontologia pela FOP/Unicamp. *** Professor titular do departamento de Odontologia Social da FOP/Unicamp. **** Professor associado do departamento de Odontologia Social da FOP/Unicamp. ***** Professor titular aposentado do departamento de Prótese da FOP/Unicamp. ****** Professora titular do departamento de Odontologia Social da FOP/Unicamp.

Page 41: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

amamentação, hábitos bucais deletérios e oclusopatias em crianças de cinco anos de idade em São Pedro, SP

Dental Press J. Orthod. 80 v. 15, no. 2, p. 71-81, mar./apr. 2010

CONCLUSãOA prevalência de oclusopatias em crianças

de 5 anos que frequentam as creches munici-pais na cidade de São Pedro/SP foi de valor epi-demiológico alto (95,7%) em comparação com a literatura estudada. Além disso, a presença de hábitos bucais deletérios também mostrou alta

frequência (95,6%) na população. Associações significativas puderam ser observadas entre alguns hábitos bucais deletérios e certas oclu-sopatias, merecendo destaque o tempo de uso de chupeta, que mostrou influenciar significa-tivamente e ser um indicador da presença de mordida aberta.

Breastfeeding, deleterious oral habits and malocclusion in 5-year-old children in São Pedro, SP, Brazil

Abstract

Objective: To estimate the frequency of malocclusion and their associations with the type and period of breast-feeding, deleterious oral habits, and information received by mothers during the pre-natal period, in 5-year-old children attending municipal daycare centers. Methods: The sample consisted of 162 children resident in the municipality of São Pedro, SP, Brazil. In an interview with each of the mothers, information was collected about the time and form of breastfeeding, presence of deleterious habits, and information the mother received during the pre-natal period. The epidemiological exam was performed at the daycare center facilities by a single, previ-ously calibrated examiner, under direct lighting. The following variables were evaluated: presence and severity of malocclusion [slight overcrowding and spacing (OS)], open occlusal relationship (open bite) (OPB), vertical overlap (over bite) (OVB), uni- or bilateral cross bite (CB), positive overjet (OV) and the primary second molar terminal plane relationship (TPR)]. Data analysis consisted of univariate analysis (chi-square test) and multiple logistic regressions. Results: The prevalence of malocclusions was 95.7% (OS = 22.8%; OPB = 24.7%; OVB = 20.4%; CB = 14.8%; and OV = 13.0%). In TPR the straight terminal plane was predominant (85.0%). Among the deleterious oral habits, the use of a pacifier was the only risk indicator (OR = 5.25; p = 0.001) for open occlusal relationship (open bite) in chil-dren that used it for over three years, detected in the logistic regressions. Conclusion: The prevalence of malocclu-sions and deleterious oral habits in the studied sample was high. Children that used a pacifier for over three years showed greater probability of presenting with open occlusal relationship (open bite).

Keywords: Breastfeeding. Malocclusion. Children.

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Page 42: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

Rochelle ImF, Tagliaferro EPS, Pereira aC, meneghim mC, Nóbilo Ka, ambrosano GmB

Dental Press J. Orthod. 81 v. 15, no. 2, p. 71-81, mar./apr. 2010

Endereço para correspondênciaAntonio Carlos PereiraAv. Limeira, 901 CEP: 13.414-900 – Piracicaba/SPE-mail: [email protected]

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Dental Press J. Orthod. 82 v. 15, no. 2, p. 82-86, mar./apr. 2010

A força de atrito em braquetes plásticos e de aço inoxidável com a utilização de quatro diferentes tipos de amarração*

Objetivo: a finalidade deste estudo in vitro foi avaliar e comparar a resistência friccional em braquetes de aço inoxidável e de policarbonato compósito amarrados com fio metálico e elastômeros. Métodos: foram utilizados quatro braquetes de aço inoxidável e quatro de policarbonato compósito (PC) para pré-molares levados à máquina universal de ensaio me-cânico para a tração de um segmento de fio de aço inoxidável 0,019” x 0,025” na velocidade de 0,5mm/min, com 8mm de deslocamento total. A forma de amarração variou entre as seguintes possibilidades: amarração metálica com pinça de Steiner, metálica com pinça Ma-thieu, elastômero da marca Morelli e elastômero da marca TP Orthodontics. Resultados e Conclusões: os módulos elastoméricos geraram mais atrito do que os metálicos e a amarração com pinça Mathieu provocou menor atrito quando comparada a todas as situações avaliadas. Os braquetes de PC geraram menor atrito do que os metálicos, porém, na escolha do material a ser utilizado na clínica, outras variáveis – tais como a resistência ao cisalhamento e à fratura, a estabilidade de cor e a aderência por microrganismos – devem ser consideradas.

Resumo

Palavras-chave: Atrito. Amarração ortodôntica. Braquete metálico. Braquete plástico.

INTRODUçãOA Ortodontia baseia-se na movimentação

dentária, dentro do leito ósseo alveolar, resultan-te de força aplicada. Esse processo pode ser oti-mizado ou prejudicado dependendo da resposta subsequente do tecido e da utilização apropriada e racional de mecanismos mecânicos disponíveis8. A força de atrito é um desses desafios clínicos, de-vendo ser reconhecida e controlada, uma vez que

seu aumento pode ser vantajoso quando aplicado como meio de ancoragem e prejudicial no caso das mecânicas de deslizamento12.

A natureza da fricção em Ortodontia é mul-tifatorial, derivada de fatores mecânicos e bio-lógicos1,3,9.

Fatores físico/mecânicos• Propriedades do fio ortodôntico: material,

vanessa Nínia Correia Lima**, Maria Elisa rodrigues Coimbra***, Carla D’Agostini Derech****, Antônio Carlos de Oliveira ruellas*****

** Cirurgiã-dentista - RJ. *** Mestre em Ortodontia pela UFRJ. Doutora em Ciência dos Materiais pelo IME-RJ. **** Doutora em Ortodontia pela UFRJ. Professora do curso de especialização em Ortodontia da UFSC-SC. ***** Professor doutor do departamento de Ortodontia da UFRJ-RJ.

* Pesquisa elaborada como requisito do Programa de Iniciação Científica do Departamento de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade do Brasil, UFRJ.

Page 44: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

a força de atrito em braquetes plásticos e de aço inoxidável com a utilização de quatro diferentes tipos de amarração

Dental Press J. Orthod. 86 v. 15, no. 2, p. 82-86, mar./apr. 2010

CONCLUSõES1. A força de atrito variou consideravelmente

dentre as oito situações apresentadas, o que é po-sitivo quando fornece ao clínico opções no uso da mecânica ortodôntica, com mais ou menos atrito, conforme a necessidade de cada caso.

2. Os braquetes plásticos geraram menor atrito se comparados aos metálicos.

3. Os módulos elastoméricos geraram mais atrito do que os metálicos e a amarração com pin-ça de Mathieu provocou menor atrito se compa-rada a todas as situações avaliadas.

frictional forces in stainless steel and plastic brackets using four types of wire ligation

Abstract

Objective: This in vitro study evaluated and compared the frictional resistance of stainless steel and polycarbon-ate (PC) composite brackets tied with metal wire and elastomeric ligation. Methods: Four stainless steel and four polycarbonate composite brackets for premolars were placed in a universal testing machine for the traction of a piece of 0.019 x 0.025-in wire at 0.5 mm/min and total displacement of 8 mm. Ligations were performed accord-ing to the following alternatives: metal ligation with Steiner tying pliers; metal ligation using Mathieu tying pliers; Morelli™ elastomeric ligation; and TP Orthodontics™ elastomeric ligation. Results and Conclusions: Elastomeric modules generated more friction than the metal ligations, and the ligation with the Mathieu tying pliers caused less friction than all the other conditions under study. PC brackets generated less friction than metal brackets, but the choice of material to be used in clinical conditions should take into consideration other variables, such as resistance to shearing and to fractures, as well as color stability and microorganism adherence.

Keywords: Friction. Orthodontic ligation. Metal bracket. Plastic bracket.

Endereço para correspondênciaCarla D’Agostini DerechAv. rio Branco, 333/306 – CentroCEP: 88.015 201 – florianópolisE-mail: [email protected]

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Enviado em: fevereiro de 2008Revisado e aceito: outubro de 2009

Page 45: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

a r t i g o i n é d i t o

Dental Press J. Orthod. 87 v. 15, no. 2, p. 87-96, mar./apr. 2010

Influência do posicionamento sagital mandibular na estética facial

Marina Dórea de Almeida*, Arthur Costa rodrigues farias*, Marcos Alan vieira Bittencourt**

Objetivo: avaliar a influência do posicionamento sagital da mandíbula na determinação da atratividade facial. Métodos: fotografias faciais de perfil foram tomadas de um homem negro e um branco, assim como de uma mulher negra e uma branca. Essas fotografias foram manipuladas no computador, utilizando o programa Adobe Photoshop CS2®, a fim de produzir, a partir de cada face original, um perfil reto, três simulando discrepâncias mandibulares por retrusão e três por protrusão. As 28 fotografias foram avaliadas por ortodontistas (n = 20), cirurgiões bucomaxilofaciais (n = 20), artistas plásticos (n = 20) e leigos (n = 20). A análise descritiva foi realizada a partir do cálculo da média e desvio-padrão em cada grupo. Resultados: para as faces do homem negro, bem como para as faces femininas, o perfil reto foi o mais aceito. Para o homem branco, a face considerada mais agradável apresentava um perfil levemente côncavo, com a mandíbula mais proeminente. Nesse, analisando-se as simulações de discrepâncias esqueléticas, houve predileção pela protrusão mandibular, em detrimento da retrusão. Contudo, para as faces femininas, os perfis côncavos foram mais rejeitados do que os convexos. Conclusão: os resultados demonstraram concordância entre os grupos de avaliadores na escolha dos perfis mais atrativos. Para as faces masculinas, o perfil reto e a face levemente côncava apresentaram-se mais atrativos, já as faces femininas que foram consideradas mais atrativas possuíam o perfil reto.

Resumo

Palavras-chave: Perfil facial. Ortodontia. Cirurgia ortognática.

* Alunos do curso de especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da Faculdade de Odontologia da UFBA. ** Professor adjunto da Faculdade de Odontologia da UFBA. Doutor e mestre em Ortodontia pela UFRJ. Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia e

Ortopedia Facial.

Page 46: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

Influência do posicionamento sagital mandibular na estética facial.

Dental Press J. Orthod. 96 v. 15, no. 2, p. 87-96, mar./apr. 2010

Influence of mandibular sagittal position on facial esthetics

Abstract

Objectives: To analyze the influence of mandibular sagittal position in the determination of facial attractiveness. Methods: Facial profile photographs were taken of an Afro-descendant man and a Caucasian man, as well as an Afro-descendant woman and a Caucasian woman. These photos were manipulated on the computer using Adobe Photoshop® CS2 to produce—from each original face—a straight profile, three simulating retrusion and three protrusion mandibular discrepancies. In all, 28 photographs were evaluated by orthodontists (n = 20), oral maxil-lofacial surgeons (n = 20), plastic artists (n = 20) and laypersons (n = 20). The descriptive analysis was performed by calculating the mean and standard deviation for each group. Results: The straight facial profile was met with greater acceptance by Afro-descendant male faces and female faces. Caucasian males found a lightly concave facial profile with a more prominent mandible to be the most pleasant. After an analysis of skeletal discrepan-cies simulations, Caucasian males also showed a preference for mandibular protrusion versus retrusion. Females, however, preferred convex over concave profiles. Conclusion: The results showed agreement between groups of evaluators in selecting the most attractive profiles. Regarding male faces, a straight profile with a slightly concave face seemed more attractive and a straight facial profile was also greatly valued.

Keywords: Facial profile. Orthodontics. Orthognathic surgery.

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Endereço para correspondênciaMarina Dórea de AlmeidaUniversidade federal da Bahia Av. Araújo Pinho, 62/7° andar – CanelaCEP: 40.110-150 – Salvador/BAE-mail: [email protected]

Enviado em: agosto de 2007Revisado e aceito: novembro de 2009

Page 47: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

a r t i g o i n é d i t o

Dental Press J. Orthod. 97 v. 15, no. 2, p. 97-104, mar./apr. 2010

relação entre bruxismo, fatores oclusais e hábitos bucais

Lívia Patrícia versiani gonçalves*, Orlando Ayrton de Toledo**, Simone Auxiliadora Moraes Otero***

Objetivo: avaliar a relação entre bruxismo, fatores oclusais e hábitos bucais em crianças e adolescentes, alunos da rede pública da cidade de Brasília/DF. Métodos: um grupo de 680 escolares, de ambos os gêneros, na faixa etária de 4 a 16 anos, foi aleatoriamente selecionado. Os dados foram coletados através da avaliação clínica e da aplicação de questionários aos responsáveis pelos alunos. Os aspectos morfológicos da oclusão foram avaliados segundo a classificação de Angle e critérios para a dentadura decídua, de Foster e Hamilton (1969). As mordidas cruzadas anterior e posterior, uni ou bilateral, foram avaliadas. O teste qui-quadrado, a Odds Ratio e o software SPSS foram utilizados para análise estatística. Resultados e Conclusões: 592 questionários retornaram de maneira completa. A prevalência de bruxismo foi de 43%, enquanto 57% apresentaram má oclusão. Os hábitos bucais foram observados em 53%. A prevalência de má oclusão aumentou de 42,6% na dentadura decídua para 74,4% na dentadura permanente. A avaliação dos resultados indicou que não houve relação estatisticamente significativa entre o bruxismo e os fatores oclusais estudados (p > 0,05). Não foram encontradas diferenças entre os gêneros em ambas as variáveis. A onicofagia foi o hábito mais prevalente (35%) com preferência para o gênero feminino. Houve relação estatisticamente significativa entre bruxismo e hábitos bucais. Avaliando os tipos específicos de hábitos, apenas a sucção de chupeta se mostrou relacionada ao bruxismo. Estudos adicionais serão necessários para melhor compreensão dos fatores locais na gênese do bruxismo.

Resumo

Palavras-chave: Bruxismo. Sono. Má oclusão. Hábitos bucais.

* Doutoranda em Ciências da Saúde, Universidade de Brasília. Especialista em Ortodontia pela APCD, São José do Rio Preto/SP. ** Professor doutor em Odontopediatria, livre docente. Professor titular do departamento de Odontologia, Universidade de Brasília. *** Professora assistente do departamento de Odontologia, Universidade de Brasília. Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília.

INTRODUçãOO bruxismo pode ser definido como uma ati-

vidade parafuncional do sistema mastigatório que inclui apertar e ranger os dentes (bruxismo cêntri-co e excêntrico, respectivamente). Durante o sono,

apresenta-se em contrações musculares rítmicas com uma força maior do que a natural, provocando atrito e ruídos fortes ao ranger os dentes e que não podem ser reproduzidos nos períodos de consciên-cia. De acordo com a Classificação Internacional

Page 48: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

Gonçalves LPV, Toledo Oa, Otero Sam

Dental Press J. Orthod. 103 v. 15, no. 2, p. 97-104, mar./apr. 2010

CONCLUSõES Com base na metodologia empregada e nos

resultados obtidos, pode-se concluir que: • Não houve relação estatisticamente significati-

va entre o bruxismo e os fatores oclusais estudados.• Houve relação estatisticamente significativa

entre o bruxismo e hábitos bucais. Avaliando-se os tipos específicos de hábitos, apenas a sucção de chupeta se mostrou relacionada ao bruxismo.

• Estudos adicionais são necessários para me-lhor compreensão dos fatores locais na gênese do bruxismo.

The relationship between bruxism, occlusal factors and oral habits

Abstract

Objective: Evaluating the relationship between bruxism, occlusal factors and oral habits in children and adolescent subjects, students from public schools in Brasília-Federal District city. Methods: A group of 680 students, of both genders, average age 4 - 16 years, were randomly selected. Data was collected by clinical evaluation and question-naires replied by the responsible for the students. The occlusion morphological aspects were evaluated according to Angle classification and following a criteria created for the deciduous dentition, according to Foster and Hamilton (1969). Uni or bilateral posterior and anterior crossbites were evaluated. The chi-square test, the Odds Ratio and the SPSS software were used for the statistic analysis. Results and Conclusion: 592 questionnaires were fulfilled com-pletely. Bruxism had a prevalence of 43%, whilst 57% presented malocclusion. Oral habits were observed in 53%. The prevalence of a malocclusion increased from 42.6% in the deciduous dentition to 74.4% in the permanent dentition. The evaluation of the results showed that there was no statistically significant relationship between bruxism and the studied occlusal factors (p > 0.05). Differences were not found between genders in both variables. Onicofagy was the most frequent habit (35%), mainly in the female subjects. There was a statistically significant relationship between bruxism and oral habits. Evaluating the specific types of habits, just pacifier sucking showed to be related to the brux-ism. Additional studies will be necessary for a better understanding of the local origin of bruxism.

Keywords: Bruxism. Sleep. Malocclusion. Oral habits.

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Page 49: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

Relação entre bruxismo, fatores oclusais e hábitos bucais

Dental Press J. Orthod. 104 v. 15, no. 2, p. 97-104, mar./apr. 2010

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Endereço para correspondênciaLívia Patrícia versiani gonçalvesSrTvS Q 701 Ed. Centro Empresarial Brasília Bl. A, Sl. 722-724CEP: 70.340-000 – Brasília / DfE-mail: [email protected]

Enviado em: setembro de 2007Revisado e aceito: novembro de 2008

Page 50: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

a r t i g o i n é d i t o

Dental Press J. Orthod. 105 v. 15, no. 2, p. 105-112, mar./apr. 2010

O perfil dos ortodontistas em relação aos aspectos odontolegais dos prontuários odontológicos

giovanni garcia reis Barbosa*, ronaldo radicchi**, Daniella reis Barbosa Martelli***, Heloísa Amélia de Lima Castro****, francisco José Jácome da Costa*****, Hercílio Martelli Júnior******

Objetivo: o objetivo deste estudo foi conhecer os principais aspectos legais relacionados ao exercício da Ortodontia que podem ser utilizados como importantes instrumentos de defesa em caso de ação ética e/ou judicial. Métodos: realizou-se um estudo transversal com orto-dontistas de Belo Horizonte/MG, por meio de instrumento próprio (questionário), abordando os aspectos éticos e judiciais que envolvem essa especialidade. Foi solicitado, no questionário, o preenchimento dos seguintes campos: identificação pessoal, formação acadêmica, acessó-rios ortodônticos, higiene bucal, plano de tratamento, prestação de serviço, documentação or-todôntica, prescrição medicamentosa e vias de comunicação com o paciente, dentre outros. Resultados: um montante de 237 ortodontistas, registrados no CRO-MG e domiciliados em Belo Horizonte, receberam o instrumento de coleta de dados. Desse universo, 69 (29,11%) responderam e devolveram os questionários. Dos 69 respondentes, 57,97% eram do gênero mas-culino e 42,03% do feminino. Em relação às instituições onde esses profissionais se graduaram, constatou-se que 52,17% deles se formaram em Instituições de Ensino Superior (IES) privadas. Observou-se que 34,78% dos ortodontistas concluíram a especialização entre 5 e 10 anos após o término da graduação. A maioria dos profissionais (94,2%) registra nos prontuários as que-bras dos acessórios ortodônticos utilizados pelos pacientes e 53,62% desses ortodontistas arqui-vam, por todo o período de atividade profissional, a documentação ortodôntica dos pacientes. Conclusões: por intermédio desse estudo, ficou evidente que alguns parâmetros de análise foram bastante satisfatórios, como: a existência de modelos contratuais para a prestação de ser-viços, a comunicação com os pacientes e/ou os responsáveis por eles em caso de abandono de tratamento, o arquivo da documentação ortodôntica e o registro, no prontuário, de quebras e danos de acessórios ortodônticos. Contudo, algumas práticas ainda precisam ser adotadas, tais como: coleta da assinatura dos pacientes em caso de danos em acessórios ortodônticos e arquivo de cópia de prescrição medicamentosa e atestados.

Resumo

Palavras-chave: Responsabilidade civil. Ortodontia. Odontologia legal.

* Especialista em Odontologia Legal da Associação Brasileira de Odontologia – ABO-MG. ** Mestre em Odontologia Legal e doutorando em Anatomia – Faculdade de Odontologia de Piracicaba/Unicamp. Coordenador do curso de especialização em Odontologia Legal da ABO-MG. *** Especialista em Saúde Coletiva pelo Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). **** Professora associada do departamento de Morfologia da FOP/Unicamp. ***** Especialista em Odontologia Legal pela ABO-MG. ****** Professor titular do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Unimontes e do Centro Pró-Sorriso da Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas).

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O perfil dos ortodontistas em relação aos aspectos odontolegais dos prontuários odontológicos

Dental Press J. Orthod. 112 v. 15, no. 2, p. 105-112, mar./apr. 2010

Endereço para correspondênciaHercílio Martelli Júniorrua Iracy de Oliveira Novaes, 220 – 207 ACEP: 39.400-000 – Montes Claros/MgE-mail: [email protected]

The profile of orthodontists in relation to the legal aspects of dental records

Abstract

Objective: The purpose of this study was to acquire knowledge about the key legal aspects of orthodontic practice, which may be used as important defense tools in the event of ethical and/or legal actions. Methods: A cross-sectional study was conducted with dentists in Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil, by means of a specific instrument (questionnaire) addressing the ethical and legal disputes that involve the orthodontic specialty. Participants were asked to fill out the following questionnaire fields: personal identification, academic background, orthodontic accessories, oral hygiene, treatment plan, service provision, orthodontic documen-tation, drug prescription and forms of communication with patients, among others. Results: A total of 237 orthodontists, all members of the Regional Council of Dentistry, Minas Gerais State (CRO-MG) and living in Belo Horizonte, were given the data collection instrument. Out of this total, 69 (29.11%) answered and returned the questionnaires. Of the 69 respondents, 57.97% were male and 42.03% female. It was found that 52.17% of these professionals graduated from Higher Education Institutions (ISEs). It was observed that 34.78% of these orthodontists completed specialization between 5 and 10 years after graduation. Most professionals (94.2%) enter into their medical records information about any damage caused to the orthodontic accessories used by their patients and 53.62% of the orthodontists keep their patients’ orthodontic documentation on file throughout their active professional life. Conclusions: This study revealed that some analysis parameters were very satis-factory, such as: the availability of service provision contract models, communication with patients and/or their lawful guardians in case of abandonment of treatment, orthodontic documentation files and the entering into the dental records of information concerning the breakage of and damage to orthodontic accessories. However, some practices have yet to be adopted, such as: patient signature should be collected in the event of damage to orthodontic accessories and copies of drug prescriptions and certificates should be kept on file.

Keywords: Civil liability. Orthodontics. Forensic dentistry.

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Enviado em: setembro de 2007Revisado e aceito: agosto de 2008

Page 52: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

a r t i g o i n é d i t o

Dental Press J. Orthod. 113 v. 15, no. 2, p. 113-121, mar./apr. 2010

Análise do crescimento das dimensões da mandíbula em diferentes idades fetais

rafael Souza Mota*, vinícius Antônio Coelho Cardoso*, Cristiane de Souza Bechara*, João gustavo Corrêa reis**, Sérgio Murta Maciel***

Objetivo: verificar se há assimetria de crescimento entre as hemimandíbulas esquerda e direita, durante o 2º e início do 3º trimestre de gestação. Métodos: foram utilizadas 68 he-mimandíbulas (34 mandíbulas) de fetos conservados em solução de formalina a 10%, sendo 20 femininos e 14 masculinos, e realizadas as seguintes mensurações: Côndilo-Processo Co-ronoide (Co-PC), Gônio-Processo Coronoide (Go-PC), Gônio-Gnátio (Go-Gn), Côndilo-Gnátio (Co-Gn), Altura da Sínfise (AS) e Ângulo da Mandíbula (AM). Os dados foram coletados, tabulados e analisados com auxílio do programa SPSS, versão 11.0, 2005, onde foi realizado o estudo One Way Anova para a comparação entre as médias dos valores das medidas anatômicas das hemimandíbulas direita e esquerda, sendo a idade dividida entre se-gundo trimestre (Período 1: 13-18 semanas e Período 2: 18-24 semanas), e início do terceiro trimestre (Período 3: 24-30 semanas) de gestação. Resultados: houve discreta assimetria no ritmo de crescimento das medidas Go-Gn, Co-PC, Co-Gn, Go-PC e AS, comparando-se os lados direito e esquerdo, entre o 2º e início do 3º trimestre gestacional, apesar de não esta-tisticamente significativa (p > 0,05). Constatou-se, também, que houve redução da medida AM, com discreta assimetria, no mesmo período pré-natal, sendo estatisticamente significa-tiva (p < 0,05). Conclusão: não foram observadas diferenças estatísticas significativas quan-to ao crescimento das hemimandíbulas direita e esquerda no período estudado. Por outro lado, houve redução da medida do ângulo da mandíbula no mesmo período, apresentando significância estatística.

Resumo

Palavras-chave: Crescimento. Mandíbula. Feto.

* Graduados em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). ** Mestre em Morfologia pela UFRJ. *** Mestre em Saúde Coletiva pela UERJ. Especialista em Ortodontia e professor adjunto do departamento de Morfologia da UFJF.

Page 53: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

análise do crescimento das dimensões da mandíbula em diferentes idades fetais

Dental Press J. Orthod. 120 v. 15, no. 2, p. 113-121, mar./apr. 2010

crescimento discretamente maior na hemimandí-bula esquerda, apesar de não ser estatisticamente significativo (p > 0,05).

Na revisão bibliográfica, foram encontradas al-gumas divergências. Durante o 2° e 3° trimestres de vida pré-natal, o crescimento mandibular é alo-métrico, o corpo da mandíbula cresce com mais intensidade do que o ramo, tanto em comprimen-to (Go-Gn) quanto em altura (AS), sendo a maior curva de crescimento encontrada na altura da sín-fise5. Entretanto, segundo outros autores, o ramo mandibular cresce mais rápido do que o corpo, tanto em comprimento (Co-PC) quanto em altu-ra (Go-PC)2,3, sendo a maior curva de crescimento encontrada para a altura do ramo2,3. No presente trabalho, foi encontrado um maior crescimento da altura (As) e comprimento do corpo da mandíbu-la (Go-Gn) em relação ao comprimento (Co-PC) e altura do ramo da mandíbula (Go-PC), confor-me mostra a tabela 2.

As medidas das dimensões Go-PC e AS, quan-do submetidas à análise multivariada e uso de PCA, possuem maiores curvas de crescimento no lado direito5. As demais medidas (Co-PC, Go-Gn, Co-Gn e AM) apresentam curva de crescimento mais elevada no lado esquerdo, entre 13 e 37 se-

manas de gestação5. No presente estudo, a análise dos gráficos das médias dos valores das medidas demonstra concordância com esse trabalho, exce-to para a medida Go-PC, a qual possui uma curva de crescimento ligeiramente mais elevada na he-mimandíbula esquerda.

CONCLUSãOConclui-se que houve discreta assimetria no

ritmo de crescimento das medidas Go-Gn, Co-PC, Co-Gn, Go-PC e AS, comparando-se o lado direito e o esquerdo, entre o 2° e início do 3° trimestre gestacional. Conclui-se que houve discreta assime-tria no ritmo de crescimento das medidas Go-Gn, Co-PC, Co-Gn, Go-PC e AS, comparando-se o lado direito e o esquerdo, entre o 2° e início do 3° trimestre gestacional, apesar de não estatisticamen-te significativa. Constatou-se, também, que houve redução da medida ângulo da mandíbula (AM) durante o 2° trimestre de gestação e aumento do mesmo no início do 3° trimestre, com discreta assi-metria, apresentando relevância estatística.

AGRADECIMENTOSAo Departamento de Morfologia da Universi-

dade Federal de Juiz de Fora.

Analysis of mandibular dimensions growth at different fetal ages

Abstract

Objective: To investigate growth asymmetry between the left and right hemimandibles (HMs) during the 2nd and early 3rd trimester of pregnancy. Methods: Sixty eight hemimandibles (34 mandibles) of fetuses were used—20 female and 14 male—preserved in 10% formalin solution, and the following measurements were performed: Con-dyle-Coronoid Process (Co-CP), Gonion-Coronoid Process (Go-CP), Gonion-Gnathion (Go-Gn), Condyle-Gnathion (Co-Gn), Symphyseal Height (SH), Mandibular Angle (MA). The data were collected, tabulated and analyzed with the aid of SPSS software, version 11.0, 2005. One-way ANOVA test was performed to compare the mean values of anatomical measurements of the right and left HMs. Gestational ages were divided into second trimester (Period 1: 13-18 weeks and Period 2: 18-24 weeks), and early third trimester (Period 3: 24-30 weeks) of pregnancy. Results: We noted a slight growth rate asymmetry in Go-Gn, Co-CP, Co-Gn, Go-CP and SH, comparing the left and right mandibular halves, between the 2nd and early 3rd trimester of pregnancy, although not statistically significant (p > 0.05). It was also found that the mandibular angle decreased and showed a slight—though statistically significant (p < 0.05)—asymmetry in the same prenatal period. Conclusion: The authors concluded that there was a slight asymmetry in the growth rate of measurements Go-Gn, Co-CP, Co-Gn, Go-CP and SH, comparing the left with the right hemimandible between the 2nd and early 3rd trimester of gestation.

Keywords: Growth. Mandible. Fetus.

Page 54: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

mota RS, Cardoso VaC, Bechara CS, Reis JGC, maciel Sm

Dental Press J. Orthod. 121 v. 15, no. 2, p. 113-121, mar./apr. 2010

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Enviado em: novembro de 2008Revisado e aceito: agosto de 2009

Endereço para correspondênciarafael Souza Motarua vila rica 18/602 – São MateusCEP: 36.025-080 – Juiz de fora/Mg E-mail: [email protected]

Page 55: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

C a S o C l í n i C o B B o

Dental Press J. Orthod. 122 v. 15, no. 2, p. 122-137, mar./apr. 2010

Má oclusão Classe III de Angle com discrepância anteroposterior acentuada

Carlos Alexandre Câmara*

O caso clínico apresentado refere-se ao tratamento de uma paciente com 36 anos, que apre-sentava uma má oclusão Classe III esquelética e dentária, com ausência dos caninos superiores. Foi realizado um tratamento ortodôntico-cirúrgico combinado, com avanço de maxila (Le Fort 1) e ajustes oclusais nos primeiros pré-molares superiores, que substituíram os caninos. Esse caso foi apresentado à Diretoria do Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO), representando a categoria 4, ou seja, uma má oclusão com discrepância anterossupe-rior acentuada, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Diplomado pelo BBO.

Resumo

Palavras-chave: Má oclusão de Angle Classe III. Cirurgia maxilofacial. Ortodontia corretiva.

* Especialista em Ortodontia (FO-UERJ). Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial.

HISTÓRIA E ETIOLOGIAPaciente de cor branca com 36 anos de idade,

do gênero feminino, boas condições de saúde e com experiência média de cáries. Não possuía histórico de doenças graves ou crônicas. Revelou, na consulta inicial, que desde a infância apresentava uma face com perfil côncavo e havia extraído os caninos su-periores ainda jovem. Sua queixa principal referia-se à desarmonia dos dentes na região anterior e insatisfação com os aspectos funcionais e estéticos.

DIAGNÓSTICOAo exame físico, foi observado que a paciente

apresentava características de má oclusão Clas-se III dentária e esquelética. A relação dentária apresentava-se atípica, uma vez que os pré-mola-res superiores estavam no lugar dos caninos, pois

esses encontravam-se ausentes. O primeiro molar inferior esquerdo também estava ausente. Sendo assim, a relação molar do lado direito era de cha-ve de oclusão. Na região dos caninos, havia uma relação de Classe III atípica, com os pré-molares superiores substituindo os caninos. Havia uma mordida cruzada anterior de -4mm e um peque-no desvio da linha média dentária inferior (1mm para a esquerda). Os dentes posteriores apresen-tavam coroas aumentadas com sinais de recessão gengival (Fig. 1, 2).

Na análise facial, em uma vista sagital, o terço médio encontrava-se recuado em relação aos ter-ços superior e inferior da face. A deficiência maxi-lar ficava bem evidente pela ausência da projeção zigomática e depressão infraorbitária. Além disso, a mandíbula não apresentava a linha queixo-pescoço

Page 56: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

má oclusão Classe III de angle com discrepância anteroposterior acentuada

Dental Press J. Orthod. 136 v. 15, no. 2, p. 122-137, mar./apr. 2010

Angle Class III malocclusion with severe anteroposterior discrepancy

Abstract

This case report describes the treatment of a 36-year-old patient who presented a skeletal and dental Class III malocclusion and missing upper canines. The patient was treated with orthosurgical maxillary advancement (Le Fort 1) and occlusal adjustment of the first premolars, which replaced the canines. This case was presented to the Brazilian Board of Orthodontics and Facial Orthopedics (BBO), as representative of Category 4, i.e., malocclusion with severe anteroposterior discrepancy, as part of the requirements for obtaining the BBO Diploma.

Keywords: Angle Class III malocclusion. Maxillofacial surgery. Corrective Orthodontics.

A correção dos problemas esqueléticos e den-tários permitiu que os objetivos oclusais, funcio-nais e estéticos fossem alcançados.

CONSIDERAçõES FINAISO objetivo de todo tratamento ortodôntico

consiste em alcançar uma oclusão que permita a função satisfatória e saudável na rotina fisiológi-ca do sistema estomatognático, excelente estética facial, bucal e dentária, e estabilidade em longo prazo dos resultados alcançados. Pacientes adultos, com necessidades estéticas e funcionais, elevam o grau de dificuldade da obtenção desses objetivos, uma vez que, não tendo mais a capacidade de mu-dança proporcionada pelo crescimento ósseo, ne-cessitam de procedimentos complementares e in-tegrados para o alcance das metas almejadas. A má oclusão esquelética de Classe III é um bom exem-plo dessa situação, onde as possibilidades ortodôn-ticas são limitadas e necessitam de apoio de outras especialidades, em particular, da cirurgia. Entre-tanto, o que proporcionará a obtenção do êxito

no tratamento será o entendimento e a integração entre as especialidades, que buscarão, em conjun-to, as melhores alternativas e procedimentos. No caso apresentado, o tratamento foi realizado com a intervenção ortodôntica e a cirurgia ortognática. O conhecimento das necessidades estéticas e fun-cionais, assim como das expectativas e anseios da paciente, determinou a correção da discrepância óssea e oclusal, por meio do avanço da maxila e da adaptação dos primeiros pré-molares superiores, para exercerem as funções dos caninos ausentes. Sendo assim, embora atípico, esse caso preencheu as exigências do Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial, que entende e avalia os resul-tados dos tratamentos sob o prisma dos preceitos ideais e reais de um bom tratamento ortodôntico.

AGRADECIMENTOSAo Dr. Arthur Farias, pela ajuda na ilustração

do trabalho; Dr. Sergio Varela, responsável pela cirurgia da paciente apresentada; Dra. Telma Araujo, pela valiosa revisão.

Page 57: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

Câmara Ca

Dental Press J. Orthod. 137 v. 15, no. 2, p. 122-137, mar./apr. 2010

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Endereço para correspondênciaCarlos Alexandre Câmararua Joaquim fagundes 597, Tirol CEP: 59.022-500 – Natal / rNE-mail: [email protected]

Enviado em: dezembro de 2009Revisado e aceito: fevereiro de 2010

Page 58: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

t ó p i C o E S p E C i a l

Dental Press J. Orthod. 138 v. 15, no. 2, p. 138-157, mar./apr. 2010

Anomalias dentárias associadas: o ortodontista decodificando a genética que rege os distúrbios de desenvolvimento dentário

Daniela gamba garib*, Bárbara Maria Alencar**, flávio vellini ferreira***, Terumi Okada Ozawa****

* Professora doutora em Ortodontia. Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais e Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo, Bauru/SP.

** Mestre em Ortodontia pela Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), São Paulo/SP. *** Coordenador do curso de mestrado em Ortodontia da Unicid. **** Professora do programa de pós-graduação em Ciência da Reabilitação. Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – Universidade de São Paulo,

Bauru-SP.

INTRODUçãOCaracterizada por complexos e precisos pro-

cessos biológicos de substituição de dentes decí-duos por dentes permanentes, a dentadura mista representa uma das manifestações de perfeição da natureza. Mas, como todo curso natural, o desenvolvimento da dentição pode mostrar algu-mas imperfeições e, no transcorrer da dentadu-ra mista – com certa frequência –, o profissional depara-se com irregularidades odontogênicas: as

anomalias dentárias. As anomalias expressam-se com distintos graus de severidade. Da manifesta-ção mais branda para a mais severa – representa-das, respectivamente, desde o atraso cronológico na odontogênese até a ausência completa do ger-me dentário ou agenesia –, existe uma miríade de expressões, compreendendo as microdontias, os desvios na morfologia dentária e as ectopias. Este artigo volta-se aos erros da natureza aplica-dos ao desenvolvimento da dentição, discutindo a

Resumo

O presente trabalho versa sobre o diagnóstico e a abordagem ortodôntica das anomalias dentárias, enfatizando os aspectos etiológicos que definem tais irregularidades de desenvolvimento. Parece existir uma inter-relação genética na determinação de algumas dessas anomalias, considerando-se a alta frequência de associações. Um mesmo defeito genético pode originar diferentes manifestações fenotípicas, incluindo agenesias, microdontias, ectopias e atraso no desenvolvimento dentário. As implicações clínicas das anomalias dentárias associadas são muito relevantes, uma vez que o diag-nóstico precoce de uma determinada anomalia dentária pode alertar o clínico sobre a possibilidade de desenvolvimento de outras anomalias associadas no mesmo paciente ou em outros membros da família, permitindo a intervenção ortodôntica em época oportuna.

Palavras-chave: Genética. Anomalias dentárias. Agenesia. Etiologia. Ortodontia.

Page 59: Edição V15N2 - Março e Abril de 2010

anomalias dentárias associadas: o ortodontista decodificando a genética que rege os distúrbios de desenvolvimento dentário

Dental Press J. Orthod. 156 v. 15, no. 2, p. 138-157, mar./apr. 2010

Hipoplasia de esmalteApesar de ainda constituir um tema não muito

explorado pela literatura, existem algumas evidên-cias de que a hipoplasia generalizada do esmalte integra a lista de anomalias dentárias associadas, reguladas geneticamente (Fig. 16, 18). Isso porque a hipoplasia de esmalte é diagnosticada, nos ca-sos com anomalias dentárias, mais comumente do que se esperaria ao acaso2. Além disso, em uma amostra de jovens selecionados pela presença de hipoplasia, constatou-se uma prevalência elevada de agenesias, microdontia e ectopias, incluindo a erupção ectópica dos caninos para palatino2. Des-sa maneira, manchas brancas presentes generali-zadamente no esmalte dos dentes permanentes, dissociadas de causas ambientais – como ingestão

acentuada de flúor ou antibioticoterapia –, podem funcionar de alerta clínico para o desenvolvimen-to de outras anomalias dentárias no decorrer do desenvolvimento da dentição.

CONCLUSãOA implicação clínica do padrão de anomalias

dentárias associadas é muito relevante, uma vez que o diagnóstico precoce de uma determinada anomalia dentária (como a agenesia de um segun-do pré-molar ou a presença de um incisivo lateral superior cônico) pode alertar o clínico da possi-bilidade de desenvolvimento de outras anomalias associadas no mesmo paciente ou em outros mem-bros da família, permitindo o diagnóstico precoce e a intervenção ortodôntica em tempo oportuno.

Associated dental anomalies: The orthodontist decoding the genetics which regulates the dental development disturbances

Abstract

This article aims to approach the diagnosis and orthodontic intervention of the dental anomalies, emphasizing the etiological aspects which define these developmental irregularities. It seems to exist a genetic inter-relationship de-termining some dental anomalies, considering the high frequency of associations. The same genetic defect may give rise to different phenotypes, including tooth agenesis, microdontia, ectopias and delayed dental development. The clinical implications of the associated dental anomalies are relevant, since early detection of a single dental anomaly may call the attention of professionals to the possible development of other associated anomalies in the same patient or in the family, allowing timely orthodontic intervention.

Keywords: Genetics. Dental anomalies. Tooth agenesis. Etiology. Orthodontics.

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Garib DG, alencar Bm, Ferreira FV, Ozawa TO

Dental Press J. Orthod. 157 v. 15, no. 2, p. 138-157, mar./apr. 2010

Enviado em: novembro de 2009Revisado e aceito: dezembro de 2009

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Endereço para correspondênciaDaniela gamba garibfaculdade de Odontologia de BauruAl. Octávio Pinheiro de Brisola 9-75CEP: 17.012-901 – Bauru/SPE-mail: [email protected]

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Dental Press J. Orthod. 158 v. 15, no. 2, p. 158-160, mar./apr. 2010

normaS dE aprESEntação dE originaiS

— O Dental Press Journal of Orthodontics publica arti-gos de investigação científica, revisões significativas, relatos de casos clínicos e de técnicas, comunicações breves e outros materiais relacionados à Ortodontia e Ortopedia Facial.

— O Dental Press Journal of Orthodontics utiliza o Sistema de Gestão de Publicação, um sistema on-line de submissão e avaliação de trabalhos. Para sub-meter novos trabalhos visite o site www.dentalpress.com.br/pubartigos.

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— Os trabalhos apresentados devem ser inéditos e não publicados ou submetidos para publicação em outra revista. Os manuscritos serão analisados pelo editor e consultores e estão sujeitos a revisão editorial. Os autores devem seguir as orientações abaixo.

— Os trabalhos deverão, obrigatoriamente, ser escri-tos na língua inglesa. No entanto, autores de língua portuguesa devem também incluir uma versão em português.

OrieNTaçÕeS Para SUBMiSSãO De MaNUSCriTOS— Submeta os artigos através do site www.dental-

press.com.br/pubartigos. Organize sua apresentação como descrito a seguir:

1. Página de título— deve conter título em português e inglês, resumo e

abstract, palavras-chave e keywords. — coloque todas as informações relativas aos autores

em uma página separada, incluindo: nomes comple-tos dos autores, títulos acadêmicos, afiliações insti-tucionais e cargos administrativos. Ainda, deve-se identificar o autor correspondente e incluir seu en-dereço, números de telefone e e-mail. Essa informa-ção não estará disponível para os revisores.

2. resumo/abstract — os resumos estruturados, em português e inglês, de

250 palavras ou menos são os preferidos. — os resumos estruturados devem conter as seguintes

seções: INTRODUÇÃO, apresentando a proposição do estudo; MÉTODOS, descrevendo como o mes-mo foi realizado; RESULTADOS, descrevendo os resultados primários; e CONCLUSÕES, relatando o que os autores concluíram dos resultados, além das implicações clínicas.

— os resumos devem ser acompanhados de 3 a 5 pala-vras-chave, ou descritores, também em português e em inglês, as quais devem ser adequadas conforme MeSH/DeCS.

3. Texto— o texto deve ser organizado nas seguintes seções:

Introdução, Material e Métodos, Resultados, Discus-são, Conclusões, Referências, e Legendas das figuras.

— os textos devem ter o número máximo de 4.000 palavras, incluindo legendas das figuras, resumo, abs-tract e referências.

— envie figuras e tabelas em arquivos separados (ver abaixo).

— também insira as legendas das figuras no corpo do texto, para orientar a montagem final do artigo.

4. Figuras— as imagens digitais devem ser no formato JPG ou

TIF, em CMYK ou tons de cinza, com pelo menos 7 cm de largura e 300 dpis de resolução.

— as imagens devem ser enviadas em arquivos inde-pendentes.

— se uma figura já foi publicada anteriormente, sua le-genda deve dar todo o crédito à fonte original.

— confirmar se todas as figuras foram citadas no texto.

5. Gráficos e traçados cefalométricos— devem ser enviados os arquivos contendo as versões

originais dos gráficos e traçados, nos programas que foram utilizados para sua confecção.

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Dental Press J. Orthod. 159 v. 15, no. 2, p. 158-160, mar./apr. 2010

normaS dE aprESEntação dE originaiS

— não é recomendado o envio dos mesmos apenas em formato de imagem bitmap (não editável).

— os desenhos enviados podem ser melhorados ou re-desenhados pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial.

6. Tabelas— as tabelas devem ser autoexplicativas e devem com-

plementar, e não duplicar o texto. — devem ser numeradas com algarismos arábicos, na

ordem em que são mencionadas no texto. — forneça um breve título para cada uma. — se uma tabela tiver sido publicada anteriormente,

inclua uma nota de rodapé dando crédito à fonte original.

— apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Excel, por exemplo) e não como elemento gráfi-co (imagem não editável).

7. Declaração de Cessão de Direitos autorais— todos os manuscritos devem ser acompanhados

da seguinte declaração escrita, assinada por to-dos os autores: “O(s) autor(es) abaixo assinado(s) transfere(m) todos os direitos autorais do manus-crito [inserir título do artigo aqui] para a Dental Press International, caso o trabalho seja publicado. O(s) autor(es) abaixo assinado(s) garante(m) que o artigo é original, não infringe qualquer direito au-toral ou outro direito de propriedade de terceiros, não está sendo analisado por outra revista e não foi publicado anteriormente, seja em mídia impressa ou eletrônica. Eu (nós) assino (assinamos) e acei-to (aceitamos) a responsabilidade de publicar este material.”

— digitalize esse termo de liberação de direitos auto-rais e o envie pelo site*, junto com o artigo.

8. Comitês de ética— Os artigos devem, se aplicável, fazer referência a pa-

receres de Comitês de Ética.

9. referências— todos os artigos citados no texto devem constar na

lista de referências. — todas as referências listadas devem ser citadas no

texto.— com o objetivo de facilitar a leitura do texto, as refe-

rências serão citadas no texto apenas indicando a sua numeração.

— as referências devem ser identificadas no texto por números arábicos sobrescritos e numeradas na or-dem em que são citadas no texto.

— as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normalizadas de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”.

— a exatidão das referências é de responsabilidade dos autores; as mesmas devem conter todos os dados ne-cessários à sua identificação.

— as referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às Normas Vancouver (http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html).

— não devem ultrapassar o limite de 30.— utilize os exemplos a seguir:

artigos com um até seis autoresSterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal cli-nical crowns of the maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7.

artigos com mais de seis autoresDe Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32.

Capítulo de livro Kina S. Preparos dentários com finalidade protéti-ca. In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301.

Capítulo de livro com editorBreedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent preg-nancy. 2ª ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001.

Dissertação, tese e trabalho de conclusão de curso Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laborató-rios por testes de tração, cisalhamento e torção. [dis-sertação]. Bauru: Universidade de São Paulo; 1990.

Formato eletrônico Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Fa-ciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 12 jun 2008]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf.

* Para submeter novos trabalhos acesse o site: www.dentalpress.com.br/pubartigos

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1. O registro de ensaios clínicos

Os ensaios clínicos se encontram entre as melhores evidências

para tomada de decisões clínicas. Considera-se ensaio clínico todo pro-

jeto de pesquisa com pacientes que seja prospectivo, nos quais exista

intervenção clínica ou medicamentosa com objetivo de comparação de

causa/efeito entre os grupos estudados e que, potencialmente, possa ter

interferência sobre a saúde dos envolvidos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os ensaios clí-

nicos controlados aleatórios e os ensaios clínicos devem ser notificados

e registrados antes de serem iniciados.

O registro desses ensaios tem sido proposto com o intuito de

identificar todos os ensaios clínicos em execução e seus respectivos

resultados, uma vez que nem todos são publicados em revistas cien-

tíficas; preservar a saúde dos indivíduos que aderem ao estudo como

pacientes; bem como impulsionar a comunicação e a cooperação de

instituições de pesquisa entre si e com as parcelas da sociedade com

interesse em um assunto específico. Adicionalmente, o registro permite

reconhecer as lacunas no conhecimento existentes em diferentes áreas,

observar tendências no campo dos estudos e identificar os especialistas

nos assuntos.

Reconhecendo a importância dessas iniciativas e para que as revis-

tas da América Latina e Caribe sigam recomendações e padrões inter-

nacionais de qualidade, a BIREME recomendou aos editores de revistas

científicas da área da saúde indexadas na Scientific Library Electronic

Online (SciELO) e na LILACS (Literatura Latino-americana e do Ca-

ribe de Informação em Ciências da Saúde) que tornem públicas estas

exigências e seu contexto. Assim como na base MEDLINE, foram in-

cluídos campos específicos na LILACS e SciELO para o número de

registro de ensaios clínicos dos artigos publicados nas revistas da área

da saúde.

Ao mesmo tempo, o International Committee of Medical Jour-

nal Editors (ICMJE) sugeriu aos editores de revistas científicas que

exijam dos autores o número de registro no momento da submissão

de trabalhos. O registro dos ensaios clínicos pode ser feito em um dos

Registros de Ensaios Clínicos validados pela OMS e ICMJE, cujos en-

dereços estão disponíveis no site do ICMJE. Para que sejam validados,

os Registros de Ensaios Clínicos devem seguir um conjunto de critérios

estabelecidos pela OMS.

2. Portal para divulgação e registro dos ensaios

A OMS, com objetivo de fornecer maior visibilidade aos Registros

de Ensaios Clínicos validados, lançou o portal WHO Clinical Trial Se-

arch Portal (http://www.who.int/ictrp/network/en/index.html), com

interface que permite busca simultânea em diversas bases. A pesquisa,

nesse portal, pode ser feita por palavras, pelo título dos ensaios clí-

nicos ou pelo número de identificação. O resultado mostra todos os

ensaios existentes, em diferentes fases de execução, com enlaces para

a descrição completa no Registro Primário de Ensaios Clínicos corres-

pondente.

A qualidade da informação disponível nesse portal é garantida pe-

los produtores dos Registros de Ensaios Clínicos que integram a rede

recém criada pela OMS: WHO Network of Collaborating Clinical

Trial Registers. Essa rede permitirá o intercâmbio entre os produtores

dos Registros de Ensaios Clínicos para a definição de boas práticas e

controles de qualidade. Os sites para que possam ser feitos os registros

primários de ensaios clínicos são: www.actr.org.au (Australian Clinical

Trials Registry), www.clinicaltrials.gov e http://isrctn.org (Internatio-

nal Standard Randomised Controlled Trial Number Register (ISRC-

TN). Os registros nacionais estão sendo criados e, na medida do possí-

vel, os ensaios clínicos registrados nos mesmos serão direcionados para

os recomendados pela OMS.

A OMS propõe um conjunto mínimo de informações que devem

ser registradas sobre cada ensaio, como: número único de identificação,

data de registro do ensaio, identidades secundárias, fontes de financia-

mento e suporte material, principal patrocinador, outros patrocinado-

res, contato para dúvidas do público, contato para dúvidas científicas,

título público do estudo, título científico, países de recrutamento, pro-

blemas de saúde estudados, intervenções, critérios de inclusão e ex-

clusão, tipo de estudo, data de recrutamento do primeiro voluntário,

tamanho pretendido da amostra, status do recrutamento e medidas de

resultados primárias e secundárias.

Atualmente, a Rede de Colaboradores está organizada em três

categorias:

- Registros Primários: cumprem com os requisitos mínimos e

contribuem para o Portal;

- Registros Parceiros: cumprem com os requisitos mínimos, mas

enviam os dados para o Portal somente através de parceria com

um dos Registros Primários;

- Registros Potenciais: em processo de validação pela Secretaria

do Portal, ainda não contribuem para o Portal.

3. Posicionamento do Dental Press Journal of Orthodontics

O DENTAL PRESS JOURNAL OF ORTHODONTICS apoia

as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial

da Saúde - OMS (http://www.who.int/ictrp/en/) e do International

Committee of Medical Journal Editors – ICMJE (http://www.wame.

org/wamestmt.htm#trialreg e http://www.icmje.org/clin_trialup.htm),

reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divul-

gação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso

aberto. Sendo assim, seguindo as orientações da BIREME/OPAS/OMS

para a indexação de periódicos na LILACS e SciELO, somente serão

aceitos para publicação os artigos de pesquisas clínicas que tenham

recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios

Clínicos, validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE,

cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE: http://www.icmje.

org/faq.pdf. O número de identificação deverá ser registrado ao final

do resumo.

Consequentemente, recomendamos aos autores que procedam o

registro dos ensaios clínicos antes do início de sua execução.

Atenciosamente,

Jorge Faber, CD, MS, Dr

Editor do Dental Press Journal of Orthodontics

ISSN 2176-9451

E-mail - [email protected]

ComuniCado aoS autorES E ConSultorES - rEgiStro dE EnSaioS ClíniCoS