DOMINGOMACEIÓ - ALAGOAS

10 DE NOVEMBRO DE 2013 N0 1894

R$ 3,00 tribunahoje.com

TRIBUNAINDEPENDENTE

EXEMPLAR DOASSINANTE

Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas

em áreas isoladas

03:04 2.2 09:17 0.1

Mínima

20ºMáxima

30ºTEMPO MARÉS FINANÇAS15:23 2.2 21:34 0.1

NOTA FISCAL ELETRÔNICA

FISCAL DE TRIBUTOS CRIA SISTEMA QUE RECUPERA R$ 3 MILHÕES/MÊS PARA OS COFRES ESTADUAIS

PÁGINA 17

BRASILEIRÃO SÉRIE A

SE VENCER O GRÊMIO E O ATLÉTICO-PR PERDER PARA O SÃO PAULO, CRUZEIRO SERÁ CAMPEÃO

PÁGINA 13

NONONO NONONO NONONO NON O

METADE DOS MACEIOENSES NÃO PAGA IPTU

Com ajuda do Bolsa Família, eles conquistaram a independência

SANDRO LIMA

FOTOS ADAILSON CALHEIROS

FOTOS DAVI SALSA

ADEUS MISÉRIA!

ARRANJO PRODUTIVO

AGRICULTOR DEIXA CORTE DE CANA PARA PRODUZIR LARANJA ORGÂNICA

O agricultor João Firmino deixou de trabalhar no corte da cana-de-açúcar, o que fazia há trinta anos, para se dedicar à produção de laranja orgânica, em

Santana do Mundaú, pelo Arranjo Produtivo Local da Fruticultura e o apoio da Emater.

PÁGINA 19

O VALOR DO IPTU EM MACEIÓ, DIVIDIDO PELO NÚMERO DE HABITANTES, NÃO CHEGA A R$ 70. O TRIBUTO É O QUARTO MAIS BARATO DO NORDESTE E NEM SE COMPARA À MÉDIA DE R$ 442 EM SÃO PAULO, O MAIS CARO DO PAÍS. MESMO ASSIM, METADE DOS CARNÊS DISTRIBUÍDOS NÃO É PAGA. SEM DINHEIRO, OS INVESTIMENTOS EM OBRAS DEIXAM A DESEJAR. E SEM ELAS, OS CONTRIBUINTES ALEGAM QUE NÃO HÁ MOTIVOS PARA PAGAR O IMPOSTO.

PÁGINA 11

MAIS DE 37 MIL DEIXARAM O BOLSA FAMÍLIA EM ALA-GOAS. A MAIORIA PASSOU A TER RENDA SUPERIOR AO EXIGIDO PELO GOVERNO FE-DERAL. ENTRE ELES, CLEITON PEREIRA, DIJANIRA DA SILVA, WELLINGTON FERREIRA E MARIA LUCIENE, QUE AGORA SEGUEM CARREIRA. PÁGINA 9

ROLDÃO OLIVEIRA NETO

‘PRIMEIRA INSTÂNCIA DEVE TER UMA FATIA BEM MAIOR DO ORÇAMENTO’Candidato à presidência da Al-magis, o juiz Roldão Oliveira Neto tem como meta principal realizar um estudo aprofun-dado do orçamento, com o objetivo de destinar uma fatia bem maior para o Juízo de primeiro grau. “Essa é a pro-posta crucial”, diz ele.

PÁGINA 2

POUPANÇA: 0,5696%

DÓLAR COMERCIALR$ 2,31 R$ 2,31

DÓLAR PARALELOR$ 2,32 R$ 2,46

OURO:R$ 96,00

A PROPOSTA DE COTAS PARA NEGROS NO PODER LEGISLATIVO BRASILEIRO ABRIU DISCUSSÃO NOS MEIOS POLÍTICOS. EM ALAGOAS, AS OPINIÕES SÃO DIVERSAS

PÁGINAS 4 e 5

COTAS PARA DEPUTADOS

PolíticaMACEIÓ - SÁBADO, 9 DE NOVEMBRO DE 2013POLÍTICA2

‘Sentimento de dever cumprido’Secretário Luiz Otávio Gomes alcança prêmio de qualidade de gestão e transforma modelo da Seplande em referência nacional

SECOM/AL

Luiz Otávio Gomes levou a competência do setor privado para o funcionalismo público

Homem de confian-ça do governador Teotonio Vilela Filho

(PSDB), o secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econô-mico, Luiz Otavio Gomes, esteve à frente de diversas medidas responsáveis pelas mudanças substanciais per-cebidas positivamente em Alagoas na atual gestão.

Há quase três anos, ele foi convidado pelo chefe do Executivo a assumir um de seus maiores desafios profis-sionais, coordenar a junção da Secretaria do Plane-jamento e do Orçamento (Seplan) à pasta que ele já respondia, a Secretaria do Desenvolvimento Econô-mico, Energia e Logística (Sedec).

Líder obstinado, o secretário afirma que o caminho não foi fácil, mas hoje comemora o cenário em que atua. Detentora do selo de qualidade ISO 9001, a implantação do Modelo de Excelência na Gestão (MEG) recentemente concluída, a Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econô-mico (Seplande) acaba de vencer o Prêmio Estadual da Qualidade – Nível I.

Em entrevista, o secre-tário aponta uma gestão de qualidade, com monitora-mento de metas e foco em resultados, aspectos primor-diais para o bom funciona-mento do serviço público.

Tribuna Independen-te - Muitas pessoas não en-tendem qual é a necessidade e até a importância de uma certificação como a ISO 9001 ou o Prêmio Estadu-al da Qualidade para uma Secretaria de Estado. O que isso signifiica?

Luiz Otávio Gomes - Uma profunda mudança nos procedimentos da se-cretaria. Ter as certificações é o coroamento de todo um trabalho, porque fica evi-denciado que a organização passa a ser uma referência. Na primeira gestão de Go-verno, certificamos a antiga Secretaria de Estado do De-senvolvimento Econômico, Energia e Logística (Sedec). Em 2012, a Seplande tam-bém recebeu a certificação ISO 9001, e nesta semana fomos comunicados da mais nova conquista, que é o Prê-mio Estadual da Qualidade. Isso prova, de uma maneira cabal, que é possível fazer gestão de qualidade no ser-viço público.

T.I. - Em 2011, foi preci-so reestruturar o que já es-tava dando certo na Sedec para adequar processos e pessoas na Seplande. A mu-dança deu resultados muito positivos, a que fatores o se-nhor atribui esse sucesso?

L.O.G. - O que fizemos na Seplande foi exatamen-te o que tínhamos feito na Sedec, realizamos uma mudança cultural em re-lação ao funcionamento da máquina pública. Quando passamos a integrar esse governo, em 2007, determi-namos uma meta, que seria de fazer no serviço público tudo aquilo que é feito na iniciativa privada. Vimos que era possível implantar uma gestão com resultados,

País vai gerar energia com dejetos de suínos

Uma iniciativa inédita no mundo, bancada pela União Europeia em Minas Gerais, pode revolucionar o setor elétrico no conceito de energia renovável. Dez municípios do Vale do Piranga, região

central do Estado, aderiram a programa incentivado através de ONG italiana e o Instituto Brasil. O projeto visa transformar dejetos de suí-nos – cultura forte no local – em energia elétrica a partir da instalação de pequena usina que beneficiará agricultores. As instalações serão feitas em 2014, e a artimanha é sigilosa por ora.

Porco exportA ideia da UE é exportar o modelo. O Brasil foi o foco dos estudos de viabilidade, segundo a ONG, porque há demasiada burocracia e impedimentos nos países europeus.

Braço elétricoQuem bancou o projeto pelo Instituto Brasil – ONG direcionada à agri-cultura familiar – foi um braço da UE chamado Renewable Energy and Energy Efficiency Partnership.

Fonte regionalO potencial de energia não é apenas para o campo: ‘O projeto inova-dor pretende gerar considerável potencial elétrico para as cidades do Piranga’, ressalta o Instituto Brasil.

Turbulência palacianaOs ministros palacianos do Planalto tentam descobrir em que mundo vivem os diretores da Anac. Durante reunião com gerentes das aéreas, houve tensão à mesa. Para a Anac, os preços das passagens caíram 40% na última década. Para o governo, que calculou via IPCA, eles subiram 131,5% (!). E então começou a turbulência oral.

Índice Anac x IBGE Na reunião, o representante da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (que prefere,claro, o índice Anac) criticou o método do governo e foi interpelado pelo assessor da Fazenda. Ele lembrou que o índice mede a inflação oficial do Brasil.

Via Google..Segundo a Anac, o cálculo do IBGE é relapso, aborda apenas trechos de fins de semana e com pesquisa na internet, enquanto a agência pesquisou todos os trechos semanais e também nas agências de turismo e balcões.

Vida de detentoVem de carcereiro do Presídio da Papuda, em Brasília: o deputado licenciado Natan Donadon (lembram dele), detido lá, tem como rotina revista nu duas vezes por semana.

Mutirão constitucionalOs 25 anos da nova Constituição escondem percalços de tramitação. O senador Romero Jucá lidera grupo que analisa 112 artigos da Carta ainda não regulamentados.

Lobby dos microA ANTT está atenta ao lobby dos fabricantes de microônibus no Congresso para driblar, via lei, resolução da agência que proíbe estes veículos de operarem turismo de longa distância – hoje permitido somente aos grandes ônibus executivos.

Van é .. ônibusOcorre o seguinte: os deputados e senadores sofrem pressão das grandes montadoras como Mercedez e Iveco, entre outras, que ‘ento-pem’ de bancos as vans fabricadas e as classificam de... microônibus, para vender mais caro. Daí o lobby do turismo.

Na canela FCRomário é contra o ‘pacote Frankestein’ de regulamentação das profissões de futebol bancado pela CBF e pelos deputados Vicente Cândido, Deley e Danrlei, que apensaram propostas. Para ele, não atende direitos dos atletas. O lobby é para aprovação este ano.

PontapéNa Quarta pela manhã, um grupo suprapartidário se reúne na pre-sidência da Câmara com dirigentes de futebol para criar a comissão especial de debates.

Os três cristãosUma dúvida cruel tomou o PSC, que quer lançar candidato ao Planal-to. Dois no páreo: o do vice-presidente, pastor Everaldo (RJ), e o da revelação deputado Pastor Feliciano (SP). Agora surge o ex-senador Mão Santa (PI), que requer seu espaço na vitrine.

PerfisPastor Feliciano tem posições polêmicas, mas que vão ao encontro do ideário dos evangélicos. Mão Santa atua como médico voluntário no interior do Piauí.

Ponto FinalAlô, Bolsa de NY: Pré-sal que nada! Forte mesmo no Brasil é o cocô de porco.

TRIBUNAINDEPENDENTE

ESPLANADALEANDRO MAZZINI - contato@colunaesplanada.com.br

Com Maurício Nogueira e Adelina Vasconceloswww.colunaesplanada.com.brcontato@colunaesplanada.com.brTwitter @leandromazzini

metas e, principalmente, o cumprimento delas. Hoje, quase sete anos depois, te-mos a alegria de afirmar que conseguimos implantar as devidas ferramentas que nos proporcionam uma ges-tão vitoriosa.

T.I. - Por diversas vezes o sr. salienta que é um homem do setor privado “empresta-do” ao serviço público. Pode--se dizer que a sua liderança levou aspectos da experiên-cia sistemática no mercado para o governo?

L.O.G. – Em um primei-ro momento foi muito difícil fazer com que as pessoas mudassem o pensamento de que aplicar as metodolo-gias usadas na área priva-da, dentro do setor público, jamais daria certo. Mas com determinação e objetivos, mostramos que é possível chegar ao que se planeja e posso dizer que conseguimos fazer com que a Seplande funcione como uma organi-zação privada, no que diz respeito à gestão. Prova dis-so são os inúmeros prêmios recebidos pela pasta nesses últimos anos. Além do mais, o meu maior orgulho é ouvir das pessoas, ao nos visita-rem, que não lembramos uma repartição pública, e sim uma empresa.

T.I. - A Seplande coor-dena importantes frentes do governo do Estado como o Programa Alagoas Tem Pressa e os empréstimos com instituições financeiras. No que o senhor se baseia para estruturar equipes capazes de lidar com essas diretri-zes?

L.O.G. - Eu sempre fui um gestor focado em resul-tados e quando eles come-çaram a aparecer nessa ges-tão, o governador Teotonio Vilela Filho passou a confiar à Seplande diversos proje-tos, no que diz respeito ao desenvolvimento econômico do nosso Estado. Para que esses programas pudessem ser vitoriosos, montei aquilo que o homem da Apple, Ste-ve Jobs, chamava de equipe ‘Classe A’, isto é, apenas as pessoas mais importantes, capacitadas, qualificadas e comprometidas com resul-tados na organização. Em nossa pasta temos sim uma equipe ‘Classe A’, que faz a diferença e que é referência

no serviço público alagoano.T.I. - A sua obstinação

por resultados o levou a criar uma secretaria adjun-ta focada no monitoramento e controle de metas. Qual a importância de contar com este setor para garantir os resultados da gestão?

L.O.G. - O peso dela é de-cisivo. Ao criarmos a Secre-taria Adjunta de Monitora-mento e Controle de Metas demos um recado de que, a partir daquele momento, tudo seria diferente. Hoje, com muito orgulho, posso di-zer que o Estado de Alagoas tem um planejamento para onze anos, iniciado em 2011, com término em 2022. Tudo isso controlado pela nossa secretaria de forma online, o que mostra o avanço em termos de gestão que já al-cançou o nosso Estado. Por isso, a Fundação Nacional da Qualidade nos escolheu como um case de sucesso e está replicando nosso mo-delo de gestão para todo o Brasil.

T.I. - Uma pesquisa re-cente realizada na Seplande revelou que 97% dos servido-res da Secretaria têm orgu-lho de trabalhar na pasta. Em uma organização públi-ca com mais de 300 funcio-nários esse número impres-siona. Como gestor dessas pessoas, de que forma o se-nhor enxerga esse retorno e a que credita esse índice?

L.O.G. - Esse resulta-do altamente positivo con-templa tudo aquilo que im-plantamos. Confesso que ao saber do índice, apesar da minha primeira reação ter sido de comemoração, fiquei intrigado e quis entender no que poderia melhorar para que os 3% restantes tam-bém fossem cativados. Os resultados obtidos, mesmo que eles sejam fantásticos, como são nesse caso, não podem ser um motivo para acomodamento. Como líder, acredito que é preciso ser implacável nos resultados, e é isso o que tenho feito durante todos esses anos. Hoje, quando me preparo para voltar à iniciativa pri-vada, tenho comigo a certe-za do dever cumprido, afi-nal, Alagoas vive um novo tempo e, com certeza, nós da Seplande fizemos a nossa parte.

Em princípio foi difícil mudar a mentalidade das pessoas e aplicar a metologia de em-presa privada”

LUIZ OTÁVIO GOMESSECRETÁRIO DE ESTADO

Em 2012, a Seplande também recebeu a certificação ISO 9001, e nesta semana fomos comunicados da mais nova conquista, que é o Prêmio Estadual da Qualidade”

LUIZ OTÁVIO GOMESSECRETÁRIO DE ESTADO

Sempre fui foca-do em resultados; quando eles come-çaram a aparecer, o govenador come-çou a confiar na Seplande”

LUIZ OTÁVIO GOMESSECRETÁRIO DE ESTADO

[97% de aprova-ção] fiquei instiga-do para alcançar os 3% restantes, da secretaria”

LUIZ OTÁVIO GOMESSECRETÁRIO DE ESTADO

SECOM-MACEIÓ

DIVULGAÇÃO

Pronatec é a oportunidade para se ter acesso a cursos qualificadores de modo gratuito

Recepcionista de hotelaria é um dos cursos de capacitação oferecidos, por meio da Semas

CADÚNICO

Em 2013, mais de 7 mil beneficiados

Mais de 10 mil vagas de qualificação em MaceióOportunidades são ofertadas pelo governo federal; Prefeitura facilita acesso

A Prefeitura de Maceió tem mostrado seu em-penho e compromisso

com os maceioenses no que diz respeito à promoção da empregabilidade. Para quali-ficar os profissionais da capi-tal, as secretarias municipais de Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária; Tu-rismo e Assistência Social têm viabilizado, por meio do Plano Territorial de Qualifi-cação (Planteq) e Programa Nacional de Acesso ao En-sino Técnico e Emprego (Pro-natec), a disponibilidade de cursos de qualificação profis-sional direcionados àqueles que estão à procura de uma oportunidade de emprego.

Essas ações de Qualifica-ção Social e Profissional são direcionadas aos trabalha-dores sem ocupação, cadas-trados em políticas públicas de trabalho e emprego, entre elas o Sine, beneficiários do seguro-desemprego; rurais e da pesca, incluindo agricul-tores familiares; autônomos; domésticos; em situação de risco de perder o emprego, devido à modernização do setor de atuação; vinculados ao Cadastro Ùnico para Pro-grama Socias, como os bene-ficiários do Bolsa Família e outros programas sociais.

A Semtabes, por exem-plo, proporciona a inserção

No caso da Secretaria Mu-nicipal de Assistência Social, os cursos são ofertados pela pasta em parceria com Sest/Senat e Senai. As qualifica-ções são oferecidas pelo Pro-grama de Formação Inicial e Continuada, do governo federal, que atende aos jo-vens e adultos inseridos no Pronatec, beneficiados pelos programas socioeducativos da Semas.

No ano de 2013, a pasta beneficiou cerca de 7.771 pes-soas que estão inseridas no CadÚnico, entre as que já se formaram e as que estão pres-tes a concluir o processo; com previsão de ofertas de vagas apenas para o próximo ano.

Entre as capacitações já ofertados pela Semas estão os cursos de encadernador gráfi-co, instalador de refrigeração, ajustador mecânico, dese-nhista de produção gráfica, mecânico de motores a diesel, comprador, representante co-mercial, zelador, costureiro, mecânico de motos e opera-dor de injetora, extrusora de plástico, manicure, maquia-dor, recepcionista, agente de limpeza, cobrador, frentista, operador de computador e al-moxarife.

A Secretaria Municipal de Promoção do Turismo tam-bém tem estimulado a incor-poração de profissionais no

TRABALHODemanda da Indústria é aproveitadaAo todo já foram ofertadas 1.600 vagas por meio da Secretaria Municipal de Trabalho, Abas-tecimento e Economia Solidária (Semtabes), capitaneada pela secretária Solange Jurema, para qualificar os trabalhadores da capital alagoana. Os cursos devem possuir 200 horas de carga horária e ainda devem at-ender às demandas dos setores da Indústria da Construção Civil, Turismo e Comércio e Serviços. Chegou a hora dos maceioens-es aproveitarem a oportunidade para se qualificarem.

TURISMOCursos fazem diferença no mercadoOs cursos de idiomas, como os de Inglês e Espanhol básicos foram uma das opções de qualificações facilitadas pela Semptur. Também foram abertas vagas para os cursos de cama-reira em meios de hospedagem, garçom, recepcionista em meios de hospedagem e recepcionista de eventos. Os cursos serão oferecidos pelo Senac. Para a secretária Claudia Pessôa, o curso de idioma é uma exigên-cia básica para quem deseja in-gressar no mercado de trabalho, principalmente no turismo.

Aparência, nada mais

Do jornalista Ricardo Noblat, em seu blog: “Oito entre dez empre-sários de grande porte concordam: como gestora, Dilma é uma pessoa simpática. Como simpática ela não é... O coração dos

empresários bate forte por Lula e, à falta dele, por Eduardo Campos. Somente Lula enxergou em Dilma as qualidades que ela não tem. Os de-mais aliados dele sempre mantiveram um pé atrás quanto às chances de sucesso de quem tinha rala experiência como executiva. Lula encantou--se pelo que julgou ser eficiência de Dilma em atender às suas enco-mendas. E admirou sua falta de cerimônia em tratar os subordinados com a mão pesada. Confundiu capatazia com gerência. A administração medíocre feita por Dilma até aqui deve-se em boa parte a uma série de razões. Por exemplo, o loteamento do governo. Lula fez isso no seu se-gundo mandato, mas Lula é Lula. E o loteamento favoreceu à corrupção. Dilma nomeou gente despreparada para ocupar cargos importantes. Por fraqueza política, e a condição de estranha no PT, cedeu mais do que desejava. As indicações para as empresas estatais foram politizadas, assim como para as agências de desenvolvimento. A Petrobras ficou impedida de reajustar o preço dos combustíveis para segurar a inflação que ameaçava sair de controle. São discutíveis os benefícios produzidos pela política de desonerações. Calcula-se que o próximo governo, seja de quem for, se esgotará tentando corrigir o estrago causado pelo atual na economia.”

ExcludenteA possibilidade de Téo Vilela concluir o mandato, desistindo de concorrer ao Senado, tem uma implicação direta com relação à sua sucessão: elimina a possibilidade de o vice, José Thomaz Nonô, ser candidato ao governo. É improvável que Nonô concorra ao governo sem estar efetiva-do no cargo. Disputar o Senado é possibilidade remota.

ArtimanhaDe umas semanas para cá, o governador intensificou muito suas ações políticas. Passa a ideia de que melhora sua imagem visando ampliar as chances de ser candidato ao Senado. Pessoa próxima a ele revela, porém: “Pode ser despiste, para desviar o foco. No fundo, ele estaria ganhando tempo para articular a sua sucessão, ficando no cargo”.

ConfrontoÉ indiscutível que os principais nomes do PT alagoano são o deputado federal Paulão e o deputado estadual Judson Cabral. Os dois disputam, hoje, o comando da legenda no Estado. Quem se der melhor certamen-te ampliará sua força no partido. E, se souber fazer, a eleição de 2014 poderá lhe proporcionar dimensão nacional.

CompetênciaO deputado federal Alexandre Toledo (PSB/AL) e sua esposa, Ivana, ex-vereadora em Penedo, comemoram a aprovação da filha Sarah em concurso para auditor do Tribunal de Contas da União, em primeiro lugar. Os méritos são mais do que evidentes: concorreram quase cinco mil candidatos, de todo o Brasil, para apenas 18 vagas.

VersãoDe nota da secretaria da Infraestrutura sobre o relatório do Fiscobras/TCU 2013: “Não haverá interrupção nas obras do Canal do Sertão. O relatório citado é anual e inclui o Canal do Sertão desde 2007 porque o julgamento do mérito da matéria ainda não foi julgado pelo Pleno do TCU. A Seinfra espera que isto ocorra o mais breve possível.”

CarteiradaOntem fez 15 dias que uma cidadã, acompanhada da filha, estacionou o carro em um supermercado, em vaga destinada a idosos. Na volta das compras, o veículo estava multado e ela alegou ter mais de 60 anos, sendo advertida de que precisaria se cadastrar e usar adesivo no carro. “Ela não precisa, é magistrada”, alegou a filha, em vão.

ConchavoDe Tânia Monteiro, em “O Estado de São Paulo”: “A ex-prefeita de Forta-leza Luizianne Lins foi contemplada pela presidente Dilma Rousseff com uma cadeira de membro efetivo do Conselho Fiscal do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O ‘prêmio’ servirá para neutralizar o assédio sofrido por Luizianne Lins pelo PSB e dar prosseguimento ao aparelhamento do Estado pelo PT.”

ou reinserção desses tra-balhadores no mercado de trabalho por meio do Plan-teq, que faz parte do Plano Nacional de Qualificação e atende à resolução do Con-selho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador. Os recursos para as ações de

mercado de trabalho viabili-zando o acesso aos cursos por meio do Pronatec Copa 2014, oferecendo as pré-inscrições.

O Pronatec Copa é dire-cionado para quem queira se qualificar e trabalhar na Copa do Mundo da Fifa Bra-sil 2014. O programa oferece

Qualificação Social e Profis-sional são do governo fede-ral, por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador, e são repassados pelo Ministé-rio do Trabalho e Emprego, com contrapartida do muni-cípio.

As entidades credencia-

cursos gratuitos em diversas áreas do setor turístico. Até o momento já foram 1098 pré--inscrições.

Segundo as equipes da secretaria municipal de turis-mo, facilitar o acesso a cursos de qualificação profissional como esses oferecidos pelo

das devem inserir no mer-cado de trabalho pelo menos 30% dos trabalhadores que atenderão. Caso a meta es-tabelecida não seja compro-vada, a entidade terá que restituir 50% do valor gasto com cada beneficiário que atender e não for inserido.

Pronatec Copa são de grande importância principalmente numa cidade turística como Maceió, pois a capital alagoa-na possui uma rede hoteleira ampla que demandará mui-to serviço especialmente na temporada da copa do mun-do.

MACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013 POLÍTICA 3 TRIBUNAINDEPENDENTE

* O programa “Aplauso” de hoje reverencia uma figura da legítima MPB: o sambista, cantor e compositor João Nogueira. Pai de Diogo Nogueira e irmão da também sambista Gisa Nogueira, João se foi, mas deixou a marca. Às 10 horas, na Educativa FM.

* Amanhã, das 8 às 18 horas, será realizado, no auditório do Sebrae/Alagoas, o Seminário e Laboratório de Práticas Internacionais. O evento se destina às micro e pequenas empresas que desejam inserir seus produtos e serviços no mercado externo.

* A Braskem está com inscrições abertas para o Programa de Estágio Técnico 2014, com vagas nas unidades industriais localizadas em Ala-goas, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Inscrições, até hoje, no portal www.jovensbraskem.com.br.

* O Mês da Música, comemorado em novembro, será lembrado pela Secretaria de Educação de Maceió, com uma mostra de música, amanhã e depois, a partir das 9 horas, na sua sede. A programação visa discutir o ensino da disciplina de música nas escolas.

* A culinária alagoana volta ao cartaz nos municípios de Maragogi e Japaratinga com o 4o Festival Gastronômico da Lagosta, desde ontem e até 17 de novembro, iniciativa do Costa dos Corais Convention & Visitors Bureau e das prefeituras, para atrair turistas.

* Programação de hoje da 2ª Mostra do Teatro Alagoano: 19 horas, “A Farinhada”, da Associação Teatral Joana Gajuru; amanhã, 20 horas, “Graciliano, um brasileiro alagoano, memórias de Heloísa”, da compa-nhia “Sua Majestade o Circo”.

* Amanhã a diretoria do CSA concede entrevista coletiva para oficializar os planos para 2014, incluindo os nomes dos reforços para o início da temporada. Às 15 horas, na Sala de Imprensa Pedro Carvalho, no CT Gustavo Paiva, no Mutange.

A estabilidade econômica tem como locus [local específico] o governo do Fernando Henrique. Eu não posso reescrever a história. Eu não posso dizer que não foi no governo dele que começou. Assim como não posso dizer que foi no governo Lula que começou.”MARINA SILVAEx-senadora pelo Acre e ex-ministra do Meio-ambiente

FLAVIO GOMES DE BARROS - flavio.gb@ig.com.br

Conjuntura

PEC prevê cotas para negros no LegislativoCientista político diz que cor da pele não é fator determinante na hora do voto

COTAS Tema reacende discussão sobre racismo

BRASILSociedade vê negros como expatriadosO racismo no Brasil é presente em todos os setores, seja ele velado ou declarado, onde colo-ca o negro em posição de infe-rioridade na sociedade. Na visão da coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas em Maceió, Arísia Barros, os negros são uma espécie de expatriados, e por essa lógica, não são deten-tores dos seus direitos. “Como partilhar a quota de 100% que sempre foi dos europeu-brancos com a África-preta roubada, espoliada, submetida à submis-são?”, questionou.

Campanha do consumidor

A Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério da Justiça lançou esta semana uma campanha voltada quase que ex-clusivamente para a nova classe média, segmento que atualmente

corresponde a 50% da população brasileira. O tema da campanha é “Voce sabe o valor do seu dinheiro?” e esta é a primeira campanha nacional de conscientização do consumidor. A campanha foi estimada inicialmente em R$ 9 milhões, incluindo os gastos de produção e divul-gação. Embora a campanha tenha sido lançada nesta semana, desde o último dia 3 algumas emissoras de TV já estão apresentando o vídeo institucional batizado como “Direito do Consumidor: Eu dou valor”. A ideia é fazer com que os consumidores estejam a par do que estabelece o Código de Defesa do Consumidor que foi lançado em 1990. De acordo com o Ministério da Justiça, a atenção aos diretos do consumidor é prio-ridade para o governo federal, mas não se pode falar em satisfação das necessidades sem que as pessoas conheçam seus direitos, explicou o Ministro José Eduardo Cardozo. “Quanto mais as pessoas saem da linha da miséria, mais entram na esfera do consumo, e esta questão dos direitos acaba sendo colocada como uma nova dimensão para a socie-dade” disse o Ministro. Ele salientou o caráter educativo da campanha, que levará informações á localidades ainda não atendidas por orgãos de defesa do consumidor, como os Procons.

Denúncia de estuproA Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicuc-ci divulgou nota dizendo que as mulhe-res devem ter “tolerância zero com os casos de estupro” e devem denunciar imediatamente o crime. A manifestação da Ministra aconteceu logo após a divulgação de dados de que o numero de estupros no Brasil cresceu 18,7% em 2012 na comparação com o ano anterior. “O governo federal tomou ao pé da letra o lema da tolerância zero, e convoca a parceria com estados e

municípios e a sociedade em geral para combater este tipo de violência e a impunidade dos estupradores. Conclama as mulheres a procurar atendimento e a denunciar, porque elas não estão sozinhas” diz a nota da Secretaria.

Denúncia de estupro 2Para o governo federal o aumento dos casos significa um alerta e ao mesmo tempo reflete uma maior coragem das mulheres de denunciar os casos de estupro e exigem uma maior receptividade dos serviços de segurança e saúde no país. Segundo a Ministra Menicucci “ se as noti-ficações de estupro aumentaram como resultado da denúncia, teremos dado um passo decisivo para mudar valores e colocar estupradores na cadeia”. De acordo com os números do 7º Anuário Brasileiro da segu-rança Pública, o número de estupros no Brasil chegou a 50,6 mil casos, o que corresponde a 26,1 estupros por grupo de 100 mil habitantes. Em 2011 a taxa era de 22.1.

Sexo no cartãoCategoria organizada e consciente leva vantagem em tudo. Mais uma vez a Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aspromig) sai na frente e assina convênio com a Caixa Econômica Federal, para que a atividade das prostitutas possa ser paga com cartão de crédito ou débito. As meninas de programa agora podem ser chamadas, em Minas, de empreendedoras individuais. Além da segurança de não precisar carregar dinheiro dos clientes, as prostitutas receberão os benefícios como qualquer outro trabalhador por abrir conta no banco como pessoa jurídica.

Sexo no cartão 2De acordo com a presidente da Aspromig, Cida Vieira, a alternativa é uma conquista da cidadania e deve ser seguida em outros estados do país. “A menina que aderir recebe a máquina de cartão em casa e passa a ser considerada uma empreendedora. É bem mais seguro para ela e também para o cliente” explicou ela. Com a adesão ao programa da CEF, as prostitutas passam a ter a cobertura das Previdência Social e benefícios como auxílio doença, salário maternidade, aposentadoria e taxas de financiamento diferenciadas.

PF mira black blocksA Polícia Federal esta trocando informações com as forças de segu-rança nos estados sobre os atos de vandalismo realizados pelos “black blocks” nas manifestações de rua. Um relatório elaborado pela PF revelou que pelo menos 130 pessoas foram identificadas no Rio e em São Paulo como pertencentes ao grupo de vândalos. O documento foi encaminhado aos serviços de inteligência dos estados e agora esta sendo investigado se o grupo recebe recursos de qualquer circunstân-cia. A troca de informações foi confirmada pelo Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.

PF mira black blocks 2O Ministro confirmou que esta sendo marcada uma reunião com a presença de representantes do Conselho Nacional de Justiça, Conselho Nacional do Ministério Público, OAB, secretarias de segurança do Rio e São Paulo, além da própria Polícia Federal, para discutir ações con-juntas e até possíveis mudanças na legislação. “Não se trata de vigiar ou policiar movimentos sociais. A liberdade de manifestação é legítima e nós queremos proteger a livre manifestação e a população brasileira de pessoas que de forma ilícita queiram se aproveitar da situação” disse José Eduardo Cardozo.

• Um dos destaques do 25º Festival de Turismo de Gramado, no Rio Grande do Sul, foi a nossa Barra de São Miguel, apresentada desde o inicio do festival como um dos principais destinos turísticos do Nordeste.

• A ideia dos empresários do segmento turístico da Barra é devinculá--la de Maceió, caracterizando a cidade como ponto de turismo com vida própria e com uma rede hoteleira de fazer inveja.

• No estande montado pela Prefeitura a infraestrutura turística foi desta-cada com restaurantes, bares e pousadas e com hotéis como MabuIloa Resort, Kenoa Resort, Village Barra e Gunga Poranga.

• Também foi apresentado aos visitantes da Feira os chamados “byni-ghts” que acontecerão todos os sábados neste verão, na Vila Niquim, como forró dos turistas, destinados aos hóspedes da cidade.

• Neste verão a Barra de São Miguel pretende se tornar um dos prin-cipais destaques do turismo alagoano, agregando às suas maravilhas naturais, a história retratada pela cidade vizinha de Marechal Deodoro.

BARTOLOMEU DRESCH bartolomeu_dresch@hotmail.com.br

MACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013POLÍTICA4 TRIBUNAINDEPENDENTE

DIVULGAÇÃO

Campanha pelas Cotas sim já está nas redes sociais e blogs especializados em política

SUGERE CIENTISTA POLÍTICO

‘Se tiver que definir uma cota na política, que seja para pobres’

SIM PARA A COTA!

‘Política para população negra será pensada por negros’, diz Arísia

Para o cientista político e professor universitário, Ra-nulfo Paranhos, se tivesse que estabelecer uma cota no legislativo que fosse pelo po-der aquisitivo.

“Dessa forma os pobres teriam mais facilidades para se elegerem. Se for olhar na Câmara Federal e nas As-sembleias Legislativas só têm rico”, comparou.

Ranulfo Paranhos contou que se for pensar a democra-cia a partir de cotas, terão que fazer cotas também para homossexuais, católicos, umbandistas, etc. “Desta

forma, o princípio democrá-tico vai virar um embrólio e passará a ser o princípio das cotas”, enfatizou.

A justificativa para a PEC 116, segundo o cientis-ta político que teve acesso ao texto na íntegra, é a de dar um “choque de demo-cracia”. “O projeto não tem um dado preciso que justifi-que sua aprovação, acredito que a proposta é mais para o deputado ganhar um ho-loforte”, opinou o especialis-ta, acreditando ser perigoso projetos desta natureza.

“Acho que a variável eti-

nia não vá ampliar a quali-dade democrática”, disse.

Para o deputado federal Maurício Quintella (PR), que é favorável as cotas em universidades, concur-sos públicos, dentre outras, acha o projeto um tanto quanto complicado e não o vê com bons olhos. “Acho que as pessoas não usam a cor da pele como critério de voto, o que deve nortear a democracia são as propostas de cada candidato”, declarou Quintella, acrescentando que poderá haver uma fatia da democracia. (A.T.)

A coordenadora do Ins-tituto Raízes de Áfricas em Maceió, professora Arísia Barros, é a favor das cotas também no parlamento bra-sileiro, e diz que ação causará uma renovação política nas propostas para a equidade social. “Assim, teremos uma política para a população ne-gra pensada e articulada por nossos legítimos represen-tantes”, declarou.

Para Arísia Barros, a po-lítica de cotas aplicada na Câmara e nas Assembleias Legislativas será um compo-nente social para o equilíbrio

da sociedade. “Teremos aí uma democracia comparti-lhada e isso permitirá que diferentes grupos vivenciem o poder”, destacou.

Segundo ela, se a demo-cracia brasileira supõe igual-dade de direitos e oportunida-des, as cotas no parlamento possibilitarão a representa-ção social da população negra dentro do sistema político.

“A entrada de compromis-sados protagonistas negros nos parlamentos significará olhares prioritários para o ‘viver’ e o ‘fazer’ negro”, de-clarou Arísia Barros.

Na opinião da professo-ra, a sociedade brasileira é veladamente racista e faz o pré-julgamento positivo ou negativo de indivíduos com base nas características do grupo ao qual pertencem, as-sim como na imagem, cor da pele, cabelo, etc, legitimando o racismo, que se torna expli-cito na hora do voto. “Quan-tas vezes ouvimos eleitoras dizerem que votaram em de-terminado candidato porque ele é lindo? E geralmente essa beleza e de cor branca e determina voto na urna”, en-fatizou. (A.T.)

ANDREZZA TAVARESREPÓRTER

Cotas para negros na política, você é a fa-vor? Até que ponto

determinar uma cota traz benefícios a democracia? De-pois das cotas para negros em universidades federais, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apro-vada, na semana passada, na Comissão de Constitu-ição e Justiça e de Cidada-nia (CCJC), da Câmara Federal, prevê a reserva de vagas para parlamentares negros no Legislativo Feder-al, nas Assembleias Legisla-tivas e também na Câmara Legislativa do Distrito Fed-eral, por cinco legislaturas.

Para o professor univer-sitário e cientista político, Ranulfo Paranhos, determi-nar cota é um risco. “Acho o projeto esdrúxulo! Se criar uma cota, serão 173 depu-tados federais declarados negros e pardos, esses só representariam os negros? Ou estaríamos criando um aparthaid?”, questionou o cientista político, acrescen-tando que o modelo eleitoral estaria obrigando uma dis-tinção racial. “Indiretamen-te vamos dizer que os bran-cos votam nos brancos e que os negros votam nos negros. E na Bahia, vão criar cotas para brancos?”, indagou.

Ranulfo Paranhos acre-dita que a cor da pele não tem sido um fator determi-nante na hora do voto. “Isso não é importante, os estudos apontam que as variáveis que mais elegem os candi-datos são: tradição, capital, empatia e um bom discurso”, esclareceu o especialista, dando como exemplo o atual prefeito de Maceió, Rui Pal-meira (PSDB). “Rui tem boa imagem, tradição política e poder econômico”, salientou.

A PEC nº166 foi proposta pelo deputado federal Luiz Alberto (PT-BA), cujo texto diz que o número de vagas será definido com base no percentual de pessoas que tenham se declarado negras ou pardas no último censo do IBGE. A propopsta já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara.

Se a Proposta de Emenda à Constituição for aprovada, o número de deputados fede-rais e estaduais não poderá ser menor de 1/5 ou maior que a metade das vagas destinadas para cada parla-mento.

“Como o Senado é mais ri-goroso, acho que esse projeto não irá passar. A concorrên-cia é menor, e os negros são minoria no Senado”, opinou Ranulfo Paranhos, lembran-do que a proposta foi criada por dois deputados petistas e aprovado numa comissão que é presidida também por um petista.

Para Arísia Barros, a questão das cotas para negros, em qualquer âmbito da sociedade, reacende uma salutar discussão sobre o racismo no Brasil e de-termina que é urgente repensar - politicamente - essa exclusão social. “As ações afirmativas são estratégicas políticas difer-enciadas que tem o propósito de não só investigar como também combater a ausência de oportu-nidades e mobilidade para seg-mentos que vivem situações de desigualdade histórico-sociais”, declarou.

CONCURSOSVagas poderão ser reservadas aos negros Quinze meses depois de aprovada a lei das cotas para negros em universidades feder-ais, agora afrodescendentes e indígenas poderão ter 20% das vagas reservadas para eles, em concursos públicos federais. O projeto de lei foi encaminhado pela Presidência da República ao Congresso em caráter de urgência. Mesmo com os ques-tionamentos, a presidenta Dilma Roussef disse que sem essas ações afirmativas “nós não tornaremos realidade a igual-dade de oportunidades”.

Analfabetos podem deixar de votarPara especialista, melhor solução seria alfabetizar todos os brasileiros para melhorar a consciência política do país

ANDREZZA TAVARESREPÓRTER

Enquanto os parlamen-tares federais dis-cutem uma política de

cotas para negros no Poder Legislativo, e assim garan-tam que uma parcela entre 20% a 50% da Câmara Fed-eral e Assembleias Legisla-tivas Estaduais sejam ocu-padas por afrodescendentes, outra proposta que visa impedir que cidadãos bra-sileiros pobres e analfaber-tos exerçam seu direito ao voto, já foi lançada.

“A proposta restringe e retira o poder de voto, bem como parte dos direitos de ci-dadão”, declarou o professor universitário e cientista polí-tico, Ranulfo Paranhos.

Para ele, a vedação aos analfabetos teria apenas um lado positivo, melhoraria a qualidade de escolha dos elei-tores, pois subtende-se que aqueles que têm pouca ou nenhuma instrução, entende pouco para escolher melhor os candidatos, o que em tese, aumenta o nível de corrupção.

No entanto, Paranhos de-fende que a melhor solução para o problema seria dar condições de apredizagem ao invés de retirar o direito ao voto. “Uma boa resolução se-

ria alfabetizar todos os bra-sileiros, e assim, aumentar o nível educacional do país. Mas até onde vai os interes-ses dos políticos em afalbeti-zar o povo brasileiro?”, inda-gou.

O especialista declarou que não há muito interrese em mudar o cenário educa-cional brasileiro, por que as-sim, alfabetizados e com uma melhor consciência política, os eleitores podem escolher melhor os políticos, de acordo com suas propostas, e conse-quentemente, a cobrança se-ria maior.

Será que todos os maus políticos só chegam ao poder pelos votos dos analfabetos? Segundo Paranhos, como o voto é secreto não existe um perfil traçado dos eleitores. “Não tem como saber quem elegeu A ou B, pois o voto é secreto, inviolável, etc, mas acredito que a eleição não é definida apenas pelos analfa-betos”, destacou.

Além dos deles, os índios também podem perder seu direito ao voto. Hoje, todos os brasileiros entre 18 e 70 anos de idade têm direito ao voto, sendo facultado aos maiores de 70 anos, aos que têm 16 e 17 anos, e ainda aos analfabe-tos, mas esses não são proibi-dos de votar.

SANDRO LIMA

Ranulfo Paranhos traduz que proposta restringe o poder do voto

POLÊMICA

Vereador diz que mendigo não pode votarDefinir cotas ou proibi-

ções sempre geram polê-micas. Recentemente, uma declaração do vereador de Piraí, no interior do Rio de Janeiro, José Paulo de Carvalho (PTdoB), mais co-nhecido como Russo, de que mendigo deveria ser proibido de votar, vem sendo tema de discussão na última semana.

“Mendigo não tem de vo-tar. Não faz nada na vida. Não tem de tomar atitude nenhuma. Aliás, acho até que deveria virar ração para

peixe. A gente trabalhando feito maluco. Não dou nada pra mendigo. Se quiser, vai trabalhar”, afirmou. “Todo mundo tem de trabalhar. Eu levanto cedo. Por que mendi-go tem de votar? Não tem de votar mesmo, não”, disparou o parlamentar, em seu disr-cuso sobre as regras do su-frágio no país.

Depois dessa discussão ganhar maior visibilidade na internet e também, na imprensa nacional, outras pessoas se juntaram a Rus-

so. Nas redes sociais, várias comunidades defendem que beneficiários do programa Bolsa Família também se-jam impedidos de votar.

Além das redes sociais na internet, o tema está sendo tratado em uma petição no site Avaaz, cujo espaço on--line é reservado para a po-pulação fazer abaixo-assina-dos.

Até onde vai o preconceito de alguns que se acham su-periores aos outros por que não dependem da bondade

ou de um benefício federal para sobreviver? Depois de anos de luta pela igualdade de direitos, hoje, o que se desenha, é uma afronta a Constituição.

Segundo o professor de Direito Constitucional da Universidade de Brasília (UnB), Cristiano Paixão, não há de qualquer grupo de cidadãos perderem direitos eleitorais. “O voto direto, se-creto, universal e periódico não pode ser alterado nem por PEC”, alertou.

NIGEL SANTANA – INTERINOnigeljornalista@ig.com.br

Mais do mesmo

O sonho da oposição na ALE – JHC (SDD), Judson (PT), Olavo (PMDB) e Ronaldo Medeiros (PT) – de fazer parte da Mesa Diretora da Casa deve naufragar, pois o bloco de situação vem

preparando um contra-ataque na terça-feira (12/11). Quem quiser que se engane, mas a situação se mantém mais unida que nunca. Por mais que a Justiça exerça “ingerência” no Legislativo, a cada nova eleição da Mesa os mesmo pares demonstram unidade. Os deputados per-manecem fazendo o serviço do Executivo Estadual e o jogo da Casa de Tavares Bastos continua da mesma forma. Sai seis entra meia dúzia.

FracassoA gestão de Fernando Toledo (PSDB) foi marcada pelo fracasso administra-tivo. Uma série de denúncias realizadas pelo Ministério Público Estadual abas-tecida por deputados como JHC (SDD) e Judson Cabral (PT) só colocaram um pá de cal na gestão do Tucano.

Saiu de cenaNa linha de frente dos escândalos, Toledo saiu de fininho do cenário da crise do Poder Legislativo. O deputado alegou que estaria tratando da saúde, mas especificamente de uma “revisão” para checar como anda a situação do câncer que retirou da língua recentemente.

EmbateSe o PSC aposta no ex-governador Manoel Gomes de Barros, o PMDB já filiou o ex-prefeito de União dos Palmares, Areski Freitas. Kil, como é conhecido, quer sair para deputado estadual e vai precisar ter força para não ir para o embate contra seu antigo aliado na cidade da Zona da Mata. No entanto, quem não irá hesitar em criticar Areski é o senador Fernando Collor de Mello (PTB). Enquanto esteve no PTB, o ex-prefeito de União dos Palmares foi chamado de ‘frouxo’ por Collor.

Ao ataqueComo adiantado pela Coluna Cotidiano, o ex-prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa (PMDB), está em solo penedense em busca de apoios para as eleições de 2014. Quem ficou atento às investidas do peeme-debista foi o deputado federal Alexandre Toledo (PSB), que pretende sair candidato ao governo, porém, precisa refazer as suas bases e principalmente não perder os votos para o ex-gestor arapiraquense.

Investir no AgresteO deputado Gilvan Barros (PSDB) sempre foge do assunto quando o quesito é a eleição de 2014. Barros vivenciou no pleito passado uma ‘discussão’ de sua família para saber quem seria o candidato em Girau do Ponciano. Com o candidato derrotado, decidiu repensar a política para não perder mais votos na região do Agreste.

PropagandoO deputado federal Arthur Lira (PP) tem feito algumas aparições na TV Câmara para expor alguns de seus projetos. Lira corre em busca de reaver apoios da bancada do Partido Progressista, já que perdeu o prestígio após não exercer mais a liderança da sigla.

IncertezasRosinha da Adefal (PTdoB) é o principal nome do partido para as eleições, segundo deixou bem claro o presidente da sigla, Marcos Toledo. Ao ser eleita, Rosinha ganhou notoriedade nacional e acabou perdendo visibilidade após ter saído candidata à prefeitura de Maceió.

Segue afastadoO desembargador Klever Rêgo Loureiro, integrante da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas, negou o pedido de Eraldo Pedro da Silva para suspensão da Ação Civil de Improbidade Administrativa que o afastou do cargo de prefeito do município de São Luís do Quitunde, por considerar que não existem elementos suficientes para a concessão da liminar. Eraldo é acusado de desviar o valor de R$ 160.000,00 do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e teve denúncia acatada pelo Judiciário alagoano no mês de outubro.

De olhoQuem está sempre atento às movimentações em São Luiz do Quitunde é o ex-prefeito Cícero Cavalcante (PMDB). Cavalcante, o vice-prefeito da cidade, e mais alguns vereadores, orquestram a cassação de Eraldo Pedro.

CotidianoLININHO NOVAIS - contato@lininho.com

MACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013 POLÍTICA 5 TRIBUNAINDEPENDENTE

Opinião

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RENAN CALHEIROSOLÍVIA DE CÁSSIA

JOÃO LYRA

Senador pelo PMDB e presidente do Congresso Nacional

Jornalista

Deputado federal pelo PSD de Alagoas

MACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013OPINIAO6 TRIBUNAINDEPENDENTE

Mercado de engenhariaNão há o risco de um “apagão” genera-

lizado de mão-de-obra de Engenharia no Brasil, ainda que se reconheçam

alguns sinais de pressões de curto prazo no mercado de trabalho. Esta é a conclusão de um dos artigos que subsidiaram o debate so-bre escassez de engenheiros no Brasil, pro-movido na semana passada (dia 5) em Bra-sília, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com a Universi-dade de São Paulo (USP) e Associação Brasi-leira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

O texto, de autoria dos pesquisadores da USP Mario Sergio Salerno, Leonardo Melo Lins, Bruno Cesar Pino Oliveira de Araujo, Leonardo Augusto Vasconcelos Gomes, De-métrio Toledo e Paulo Meyer Nascimento, do Ipea, indica que, em termos quantitativos, estas pressões tendem a ser resolvidas com a ampliação da oferta de novos engenheiros, uma vez que os cursos da área voltaram a atrair os alunos.

O artigo aponta quatro dimensões que po-dem explicar a percepção de alguns agentes

econômicos sobre escassez de mão-de-obra em Engenharia: a qualidade dos engenheiros formados, uma vez que a evolução na quan-tidade não foi acompanhada pela mesma evolução na qualidade; o hiato geracional, o que dificulta a contratação de profissionais experientes para liderar projetos e obras; os déficits em competências específicas; e, os dé-ficits em regiões localizadas.

Por outro lado, os autores alertam para o fato de que a inexistência de gargalos não significa a falta da necessidade de ampliação dos investimentos no ensino de Engenharia, particularmente nas universidades públicas. Para eles, a Engenharia está profundamen-te ligada ao desenvolvimento econômico e à inovação. E neste aspecto o Brasil apresenta baixo índice de engenheiros por habitante ou por formados no ensino superior.A expecta-tiva é de que, até 2020, o número de enge-nheiros requeridos pelo mercado de trabalho formal, a depender do cenário de crescimento da economia, atinja entre 600 mil e 1,15 mi-lhão de profissionais.

O Senado Federal adotou um programa de racionalização e re-duziu gastos com pessoal, custeio e investimentos. Eles importa-ram em uma economia superior a 300 milhões de reais no biênio 2013/2014.

Só para que se tenha uma ideia do êxito do programa de racionalização, sem prejuízo do funcionamento da Casa, entre fevereiro e setembro já tínhamos ultrapassado a meta e alcançado uma economia de R$ 159,4 mi-lhões. Reitero, portanto, que é possível fazer mais com menos.

Os números do Senado são pú-blicos e estão disponíveis a todos os cidadãos, a qualquer momen-to, no Portal da Transparência. Não se trata, portanto, de propa-ganda ou marketing político-ad-ministrativo. São medidas reais, em vigor, verificáveis por quem quer que seja.

Entre as primeiras ações fo-ram eliminados o décimo quar-to e décimo quinto salários dos parlamentares. Uma economia de R$ 4,3 milhões. Entre gabi-netes parlamentares, lideranças, membros da Mesa e na adminis-tração da Casa foram extintas 630 funções comissionadas, o que corresponde a cerca de 30% do quantitativo total.

Promovemos também a extin-ção ou fusão de estruturas ad-ministrativas, como Interlegis, Unilegis e ILB e cancelamos ou reduzimos os valores de contra-tos com terceirização de mão de obra. Sete contratos sofreram redução de gastos. Outros dois foram extintos.

No total ocorreu a redução de 25% dos postos de trabalho de contratos pelo Senado Federal. Uma economia de R$ 4,2 mi-lhões. Os contratos emergenciais foram proibidos e os gastos com material de consumo foram re-duzidos em R$ 4,4 milhões.

No intuito de eliminar privilé-gios, os profissionais do Serviço Médico passaram a atender toda a população no SUS e o mesmo ocorreu com os equipamentos hospitalares. Foram doados 300 equipamentos e mais de 6 mil medicamentos. A economia já é, até aqui, de R$ 1,8 milhão.

Recentemente, mesmo dispon-do de prazo até o trânsito em julgado, o Senado se comprome-teu a cumprir, imediatamente, o acórdão do TCU determinando o cumprimento do teto salarial. Medida que implica em uma eco-nomia de R$ 1,3 milhão/ano. O Senado pediu a auditoria em sua folha de pagamento.

O Senado possui 2.991 servido-res efetivos e 3.241 funcionários comissionados. Os efetivos cus-taram, entre janeiro e setembro R$ 1,8 bilhão (88% dos gastos). Já os 3.241 comissionados R$ 258,3 milhões. Para os cofres Pú-blicos, para o bolso daqueles que pagam impostos, o custo entre um e outro é sete vezes menor.

Dos 3.241 comissionados, 292 têm vínculo com a administra-ção pública. Sem estes 292 ser-vidores cedidos, o número de co-missionados é, efetivamente, de 2.949 servidores, sendo, portanto inferior aos efetivos. Comparado a fevereiro de 2013, data da pos-se da Mesa Diretora, foram redu-zidos 231 cargos comissionados.

Além disso, é importante sa-lientar que as despesas com pessoal do Senado estão abaixo do limite autorizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 0,86% da receita corrente lí-quida da União. No nosso caso as despesas atingiram apenas 0,41% da Receita corrente líqui-da.

Estes são números abertos e suscetíveis a qualquer investi-gação ou auditoria que se queira fazer, seja o Tribunal de Con-tas, seja o Ministério Público ou qualquer órgão de controle.

Nas oito primeiras décadas do século passado, onosso Produ-to Interno Bruto(PIB) cresceu a uma média de 5,7% ao ano, uma das maiores do mundo. No mesmo período, para um aumento popula-cional de 2,4%,a renda anual per capita subiu 3,2%.

Ocorre que, entre 1981 e 2002, o Brasil “andou de lado”, sobretu-do nos anos de maior influência das ideias neoliberais do chamado Consenso de Washington, apoia-das na soberania dos mercados, em contraposição ao Estado. Por consequência, nesses 22 anos, ocrescimento médio anual do País baixou para 2% e o PIB per capita para 0,3%. Vivia-se o governo de-Fernando Henrique Cardosoque, sem outra opção, recorreu duas vezes (1999 e 2002) ao Fundo Mo-netário Internacional (FMI), com o fim de enfrentar os gravíssimos problemas nas contas externas, a implosão da dívida interna e o pre-cário estoque de reservas interna-cionais.

A eleição de Lula, em 2002, trouxe esperanças de que o Brasil saísse do maniqueísmo neoliberal, inspirando-se, para isso, em suges-tões da receita desenvolvimentista do economistaCelso Furtado, cujo objetivo fundamental seriaultra-passar a fase neoliberal do gover-no anterior: incrementar o merca-do interno; adotar mecanismos de distribuição de renda e incentivar atividades produtivas de inclusão social.

Assim, Lula adotou medidas bastante próximas do ideário de Furtado, levando o Brasil a uma nova fase de progresso em sua história recente: de 2003 a 2008, o PIB nacional evoluiu a uma média de 4,8% e o PIB per capita, 3,7%, esta até superior à registrada no período 1901-1980.

Lula também implantou impor-

tantes instrumentos de transfe-rência de renda -oBolsa Família, em especial - que, nos últimos dez anos, retiraram da pobreza mais de 40 milhões de pessoas.Ademais, a partir de 2003, um grande nú-mero de políticas sociais impactou positivamente o padrão de vida das classes de baixa renda, com-preendendo os reajustes do salário mínimo acima da inflação, maior abrangência do Benefício da Pres-tação Continuada (BPC), para ido-sos com idade superior a 65 anos, e a criação do sistema de emprés-timo consignado - uma verdadeira revolução à moda Celso Furtado. Como resultado dessas medidas, o País assistiu à consolidação das classes de renda D e E, como nun-ca tinha ocorrido em sua história.

Todavia, é oportuno mencionar que essas conquistas somente fo-ram possíveis graças ao momen-to então vivido pela economia mundial.O País surfou na expan-são do comércio externo, com forte demanda de commodities, a ele-vados e inéditospreços históricos. Nesse sentido, acentue-se, o gover-no Lulaabriu e fortaleceu relações políticas e comerciais com um le-que de nações desconsideradas na Era FHC.

Mas, infelizmente, no biênio 2011-2012, arrastado pelos ven-tos internacionais desfavoráveis –ainda tendo a crise americana de 2008 como centro -, o crescimento brasileiro caiuvertiginosamente para uma taxa média de 1,80% ao ano, com a consequente queda do PIB per capita para 0,96% ou 25% do alcançado no período 2003-2008. Desde então, o Brasil deixou para trás os períodos áureos de crescimento, prejudicado, inclusi-ve, pelo surgimento de perigosos repiques inflacionários e pressões sobre o câmbio.

Por outro lado, durante os dez

primeiros meses de 2013, o que se viu foi a pressão desencadea-da por grande parte da oposição, apoiada em falsas previsões de crises que assustaram a população e o empresariado.Logo no início do ano,vendeu-se a ideia de que o racionamento de energia elétrica seria inevitável, em face da es-cassez de chuvas e consequente esvaziamento dos reservatórios. Em segundo lugar, inventaram a famosíssima ‘inflação do tomate’, quese transformou no mico mais ridículo de nossa história recente.

Na sequência, veio a terceira mentira: a crisearmada dava con-ta da paralisação do País e de sua economia, como consequência das manifestações de ruas de junho, que Dilma Rousseffrespondeu com cinco pactos, entre eles o da saúde, educação e transporte público. Na última semana, a torcida contra o Brasil se robusteceu com a ‘criação’ de uma crise fiscal, já sonoramente desmentida pelo Secretário do Te-souro Nacional, Arno Augustin.

É evidente que a crise da econo-mia mundial, nascida nos Estados Unidos, em 1998 - que derrubou os países da Zona do Euro, da Eu-ropa Oriental e o Japão -,também chegou ao Brasil. O governo luta para manter o tão propalado tri-pé econômico: inflação dentro das metas do Banco Central,Selic em alta e um câmbio no entorno de R$ 2,20/dólar, para atendimento dos exportadores. Contudo, é oportu-no salientar, que sem aumento da taxa de investimento para, pelo menos, 24% do PIB, voltaremos a “andar de lado”, como aconteceu nos anos FHC.

A propósito, o ministro Guido Mantega anunciou que, em 2013, o PIB somente crescerá 2,5%, o que, outra vez, servirá de chacotas e festejos dos conhecidos inimigos do Brasil.

Os sonhos, as vontades e nossos quereres são metas e ideais que a gente persegue durante nossa vida inteira. Às vezes são apenas ilações para fugir de uma vida monótona, do vazio, da solidão, mas que va-lem a pena para preencher a nossa mente e não deixá-la sucumbir.

Li um texto de Antônio Jorge Rettenmaier, em artigo no site De-bates Culturais, em que ele obser-va que na força de nossas vontades está sempre a retomada da viagem da vida. “Nela é que podemos en-contrar, e só nela, a melhor força para retomarmos os caminhos qua-se interrompidos”, pontua.

Hoje eu sou mais confiante,dei um salto de qualidade na minha forma de encarar os problemas e adversidades e acredito que quan-do temos essa força de vontade para o bem, a vida flui com mais intensidade, melhor e mais suave.

Eu sempre fui, durante toda a minha vida,uma pessoa sonhado-ra, muito menos hoje do que já fui ontem, mas ainda cheia de expec-tativas, de querer o melhor para mim, de gostar de boa música, de leituras, de escrever e de sonhar com o melhor: e o melhor para mim sempre foram muitas amizades, exercer minha profissão de forma digna, ter diversão e arte.

O melhor que eu sonho não é riqueza, bens materiais em exces-

so, mas conforto, bem-estar e vida salutar, de forma que eu possa continuar desfrutando a minha li-berdade de ir e vir. Eu seitambém que para tudo o que a gente sonha e quer tem uma contrapartida na vida.

Esses meus quereres podem parecerassuntos muito simplórios para alguns, mas para mim é o que há de melhor. Eu sei que todos os nossos ideais, sonhos e vontades-têm também uma consequência para a nossa vida; que poderá ser um resultado positivo, ou adverso, dependendo daquilo que almeja-mos para nós e para a nossa feli-cidade.

Essas digressões começam a sur-gir na minha mente quando num intervalo de pauta, numa parada para reflexão de ideias. Às vezes a gente passa a vida inteira sonhan-do com uma situação, mediante uma vontade e lá mais na frente percebemos que aquilo já não tem tanta importância da mesma for-ma que tinha antes, quando éra-mos mais jovens.

E aí, nesses momentos, a gente passa a entender os mistérios que a vida nos oferece. Cada fase da nos-sa existência tem uma razão, uma importância, valores diferenciados; mas muita coisa da minha juventu-de eu ainda carrego comigo.

Eu entendo que temosque ter

objetivos claros e concretos, possí-veis de serem realizados naquilo que queremos: objetivos esses que sejam uma forma de construir uma ideia, um sonho palpável, um bem--estar. É nessafilosofia que eu acre-dito e vou tentando concretizar, mesmo que às vezes pareça uma utopia.

O filósofo e analista Flávio Sou-za destaca no texto Transformando sonhos em realidade, que sonhos ou ideais são somente abstrações, vontades vazias de ações e deva-neios de nosso mundo interior. “Querer” é ansiar, pretender, ter vontade: “Intenções que muitas ve-zes ficam pairando na nossa mente sem uma ação concreta”, diz ele.

“Querer sem fazer, sem ação não significa nada, pois é estar em terra de ninguém, sem direção para se-guir, sem resultados para alcançar. Podemos transformar nossos que-reres em realidades, nossos sonhos em metas; podemos dar sentido a estas abstrações transformando o intangível em objetivo”, conceitua Flávio Souza.

Para esses doisautores, está claro que criar um objetivo defini-do, transparente, de forma plena é o primeiro passo para atingi-lo. “Mas, isso não basta, pois o objeti-vo é um processo para um determi-nado fim e não um fim que termina em si mesmo”, avalia Flávio Souza.

Radiografia da verdade

Crescimento e crises fabricadas

Das nossas vontades e ideais

TRIBUNAINDEPENDENTE

7 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013 PUBLICIDADE

8 TRIBUNAINDEPENDENTEPUBLICIDADE MACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013

CIDADES 9 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013

A evolução de beneficiários que fizeram do programa a porta para uma vida melhor e o atraso dos que se acomodaram

Famílias com filhos veem programa como uma salvação

ANA PAULA OMENAREPÓRTER

De um lado, ben-eficiários do Bolsa Família que estão no

programa há anos e não con-seguiram evoluir economi-camente nenhum passo além do que permite o próp-rio pagamento feito mês a mês pelo governo federal.

De outro, há pessoas que até se desvincularam do complemento de renda após terem melhorado de vida. Em Alagoas, assim como no resto do Brasil, o Bolsa Família tem resulta-dos desiguais. Em seus dez anos, completados agora em 2013, grande parte da po-pulação ainda permanece dependente do programa, e sem perspectiva de deixá--lo. Mas há, aqui também, admiráveis exceções.

Wellington Ferreira, Maria Luciene da Silva Si-queira e Dijanira da Silva, todos moradores de Capela, na Zona da Mata, deram adeus ao Bolsa Família após

conquistarem a sonhada in-dependência financeira.

SALTO DE VIDATrabalhando atualmen-

te como coordenador do pro-grama na cidade, Welling-ton, os pais e irmãos eram dependentes do benefício até sete anos atrás, quando sua irmã ainda era adoles-cente. O acesso aos estudos, por meio do incentivo do governo, fez dele um en-trevistador do Bolsa. Ga-nhando um salário míni-mo, Wellington convidou a família a se desvincular do programa, do qual hoje ele é gestor.

Maria Luciene também superou a pobreza e mudou de vida quando conheceu o projeto “Artesanato de Bar-ro”. Ela recebia o beneficio por ter três filhos menores de idade - um total de cer-ca de R$ 100. Mas hoje sua renda supera dois salários mínimos e, por esta razão, pediu o cancelamento do pagamento.

“Melhorei de vida e não era justo me manter no Bol-

sa sabendo que tanta gente que precisa ainda seguia na fila de espera”, destacou.

No mesmo caminho se-guiu Dijanira da Silva que, com seu salário, passou a complementar a renda do marido, trabalhador de usi-na, e deixou o programa. Ela passou no concurso da Prefeitura Municipal de Capela e, por isso, pediu o cancelamento do benefício.

“Graças a Deus que con-segui passar no concurso, mas a vida era difícil. Se não fosse o Bolsa Família para complementar a ren-da do meu marido, não sei o que seria de nós. Com o benefício que recebia dos meus dois filhos comprava roupas para eles e algumas coisas para dentro de casa, como botijão de gás, por exemplo”, lembra.

Em Alagoas, nos últimos dez anos, 37.388 famílias deixaram o perfil do progra-ma por apresentar renda superior ao estipulado para ser beneficiário - de até R$ 140 per capita.

Dijanira da Silva foi aprovada no concurso público da Prefeitura e deixou de depender do programa

DESEMPREGO

Pagamento é a única fonte de renda de beneficiários em Maceió

Sem emprego e sem alter-nativa de renda para sobrevi-ver, milhares de famílias ala-goanas ainda dispõem apenas do pagamento do Bolsa Famí-lia para se alimentar.

Para encontrar pessoas com o perfil do beneficiário que não conseguiu conquistar a independência financeira, a Tribuna Independente foi até a Grota do Ouro Pre-to, em Maceió, e ouviu de três entrevistadas praticamente as mesmas respostas: “Não temos emprego, então a nossa única fonte de renda é o Bol-sa Família, mesmo”, disse a desempregada Jaciara Maria Barros.

Ela tem dois filhos, um de seis e outro de sete anos, am-

bos matriculados na escola. A família está no programa há cerca de cinco anos e enfatiza que não houve progressos de lá para cá. A mulher nunca conseguiu um emprego e diz que “de vez em quando” faz faxina em residências de Ma-ceió.

“Trabalho, aqui, é muito difícil. Só consigo faxina mes-mo. Faço uma por semana, ganho cerca de cinquenta re-ais. É pouco demais. Meu es-poso também está desempre-gado, então a gente sobrevive de R$ 202 do benefício. Com-pro a feira do mês e pronto”, contou.

O marido dela, José Car-los Santos de Oliveira, ressal-ta as dificuldades apontadas

pela mulher para encontrar trabalho e agradece ao gover-no federal pelo benefício. “Se não fosse o Bolsa Família, es-távamos passando fome. Faço serviços gerais e, só quando aparece, é que ganho alguns trocados. A vida é bem difícil, mas não podemos desanimar. Seria bem mais complicado se não houvesse o recurso do go-verno para nos garantir o pão de cada dia”, observou.

A sogra de José Carlos, assim como o casal, segue de-sempregada e, junto com dois filhos, também sobrevive do Bolsa Família. “Eles estão es-tudando, mas já estão ficando ‘de maior’. Irei perder o pro-grama, não sei o que fazer”, lamentou. (A.P.O.)

SANDRO LIMA

ADAILSON CALHEIROSADAILSON CALHEIROS

Everson Nascimento (direita) já vislumbra um futuro diferente

Jaciara e o marido vivem de bicos e do benefício, sem melhores perspectivas; mãe também é dependente

FIM DA DEPENDÊNCIA

Capacitação proporciona oportunidade de emprego

AVALIAÇÃO

Sem o programa, pobreza seria ainda maior no estado

Como forma de capacitar beneficiários do Bolsa Famí-lia para o mercado de traba-lho e assim permitir a essas pessoas conquistarem um emprego com carteira assina-da, o governo federal lançou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), em 2011.

No Senai, em Alagoas, são centenas de alunos inscritos. Paulo Vitor do Nascimento, de 18 anos, é um deles, que até já perdeu o benefício por con-ta da idade, mas acredita que, com a capacitação, poderá tem um emprego em breve.

“Já trabalhei fazendo bico, como carregador e em lan hou-se, mas o que quero mesmo é ter meus direitos, trabalhar de carteira assinada para, quem sabe, até minha mãe cancelar o Bolsa Família”, dis-se otimista.

Ele tem quatro irmãos me-nores que recebem o benefício, usado como complemento na

renda familiar. “Meu pai é pe-dreiro e minha mãe, domésti-ca. Como a renda dele é pouca, a nossa salvação é o dinheiro do programa que garante nos-sa alimentação”, destacou.

Sayonara Paulino de Sá, de 24 anos, também está es-perançosa com o curso de au-xiliar administrativo que está fazendo pelo Pronatec. Ela, que é mãe de dois filhos, um de seis e outro de sete anos, enfatizou que seu maior sonho é ajudar o marido no comple-mento da renda e trabalhar com carteira assinada. “Que-ro e preciso trabalhar e creio que se for de carteira assinada certamente me desvinculo do programa”, frisou.

Everson Nascimento, de 17 anos, está cursando Mecâ-nica a Diesel e afirmar que, após o curso, pretende cair em campo em busca de emprego. “Estou entusiasmado e sei que o curso vai me ajudar abrindo portas”. (A.P.O.)

A avaliação dos dez anos do Bolsa Família feita pela coor-denadora Estadual do Progra-ma em Alagoas, Maria José Cardoso, é positiva, embora ela ressalte que ainda é preci-so avançar. “Sempre imagino que, se não fosse o programa Bolsa Família, poderíamos es-tar vivenciando uma situação de barbárie ainda pior do que estamos enfrentando atual-mente, pois existem milhares de famílias que por causa do programa conseguiram trilhar outros caminhos”, observou.

“Pesquisas apontam que o programa vem contribuindo visivelmente para a economia local, para melhorias dos indi-cadores da saúde (redução da mortalidade infantil, redução da desnutrição), para melhoria da frequência escolar e redu-ção da taxa de evasão escolar, melhorando também as rela-ções de trabalho, promovendo o protagonismo das mulheres das camadas mais baixas”, en-

fatizou.Ainda, segundo ela, é pre-

ciso continuar aperfeiçoando o funcionamento do programa a cada dia. “É preciso maior en-volvimento e responsabilidade dos gestores municipais. É pre-ciso combater a corrupção da-queles que inserem e/ou omi-tem as informações para entrar e permanecer no programa. É fundamental que as famílias sejam realmente acompanha-das pelo poder público, desde sua inclusão no programa até nos processos de revisão cadas-tral, para que possamos quali-ficar o efeito do programa junto às famílias”.

E reforçou, acrescentando: “Não é o programa Bolsa Fa-mília sozinho que vai promover todas as mudanças que alme-jamos, faz-se necessário prin-cipalmente que as políticas públicas funcionem. Parafrase-ando Titãs: ‘A gente não quer só comida, a gente quer comi-da, diversão e arte’”. (A.P.O.)

Alagoano passa de beneficiário a coordenador em Minador do NegrãoA história de Cleiton Pereira não é comum em meio a tantas outras no Estado de Alagoas. Ele, que hoje tem 28 anos, estudou em escola pública e o dinheiro que sua mãe recebia do Bolsa Família ajudou na sua sobre-vivência. O ex-beneficiário é coordenador do programa há quatro anos, na cidade de Minador do Negrão, distante 168 km da capital alagoana. Ele contou que sua mãe deixou de receber o benefício em 2010 e, a partir de então, ele se interessou em passar suas experiências para outros que ainda desconheciam o complemento de renda. Cleiton ainda tem parentes que são dependentes do programa, junto com outras 870 famílias de Minador.

CidadesDois caminhos para um mesmo incentivo

MACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013CIDADES10 TRIBUNAINDEPENDENTE

Agricultores são maioria dos favorecidosQuilombolas, indígenas, ribeirinhos e assentados da reforma agrária também têm grande representação no Bolsa Família

ANA PAULA OMENAREPÓRTER

No Brasil, 134 mil-hões de famílias são beneficiárias do Pro-

grama Bolsa Família. Em Alagoas, que tem mais de três milhões de habitantes, são mais de 438 mil famíl-ias. E, em Maceió, 90 mil.

De acordo com a coorde-nadora Estadual do Progra-ma, Maria José Cardoso, o maior número de beneficiá-rios ainda é de agricultores familiares: 3.990. Em segui-da, vêm as famílias quilom-bolas, com 2.125; famílias indígenas com 1.640; famí-lias ribeirinhas, com 679. Além delas, são 390 assen-tados da reforma agrária, 108 famílias de catadores de materiais recicláveis, 28 famílias em situação de rua, 13 famílias ciganas, 14 fa-mílias acampadas, nove fa-mílias extrativistas e cinco famílias de presos em cárce-re privado.

“Quando as famílias pas-sam as ser beneficiárias do programa, elas assumem compromissos, chamados de condicionalidades, de man-ter as crianças e jovens de seis a 17 anos matriculadas e frequentando a escola, com uma frequência mensal de respectivamente, 85% e 75%. Essas informações são

O extremo desconhe-cimento das classes ricas quando ao real sentido do programa Bolsa Família, segundo o sociólogo Jorge Vieira, é um dos respon-sáveis pelo preconceito da sociedade com relação à po-lítica pública.

“Antes do Bolsa Família eram mais de 54 milhões vivendo abaixo da linha da pobreza. O impacto foi grande após o programa. O objetivo do Bolsa é dar co-mida a quem precisa. Os ri-cos têm que parar com esta hipocrisia de dizer que o go-verno está dando feira para o povo e, com isto, o povo se acomodou”, defendeu.

“Agora, o programa não deve ficar só nisso: devem existir mais ações estrutu-rantes como emprego, ca-pacitação de mão de obra, entre outros. Para se ter uma ideia, a cada real in-vestido é gerado R$ 1,70 no PIB [Produto Interno Bru-to] no Brasil, ou seja, mais desenvolvimento econômi-co para o país”, frisou Jorge Vieira.

LONGE DA METAMais de R$ 840 milhões

SANDRO LIMA

SANDRO LIMA / ARQUIVO

DIVULGAÇÃO

Quase 4 mil famílias de agricultores são beneficiadas pelo programa federal; quilombolas são 2 mil

Economista ressalta que pobreza necessita de ainda mais ações para ser superada em Alagoas

Repasse de dinheiro reduz carências na alimentação da população

ENTRE OS RICOS

‘Desconhecimento gera preconceito’

RESULTADO

Em dez anos, IDH de Alagoas evoluiuPara avaliar os resultados

do Bolsa Família nos últimos dez anos em Alagoas, o eco-nomista Cícero Péricles cita o Índice de Desenvolvimento Hu-mano de 2010, que melhorou em relação ao de 2000, e avalia que o programa cria uma pers-pectiva melhor para o futuro do estado.

“Apesar de permanecer na última colocação no IDH, Alago-as registrou avanços nas áreas de saúde e educação. Por seu lado, a Previdência Social paga a 480 mil pessoas – com famí-lias – benefícios, como aposen-tadorias e pensões. Mensalmen-te, o INSS paga 330 milhões de reais a essas pessoas, o que resulta, ao longo do ano, numa soma de mais de 4 bilhões de reais. Por um lado, se constata um quadro de extrema pobreza, que faz da população alagoana dependente desses recursos; por

outro, esses programas e políti-cas abrem janelas para o futuro, pois, sem eles seria muito mais difícil avançar nas áreas de educação, saúde e alimentação dos segmentos mais pobres, que formam a maioria absoluta da população alagoana”, explicou.

Na visão do economista, o programa é extremamente posi-tivo, na medida em que cumpre o papel que lhe cabe, que é o de diminuir os dramas alimentares da população mais vulnerável.

“O valor médio que uma fa-mília recebe – R$ 165 – ainda é muito pouco diante de suas ne-cessidades básicas, mas permi-te um relativo alívio no tocante à aquisição de alimentos. Por outro lado, as condicionalida-des, como a de cuidar da saúde e educação dos filhos, permi-tem um relativo avanço nestas áreas, junto à população infan-til”. (A.P.O.)

obtidas a partir dos diários de classes nas escolas e re-gistradas no sistema Pre-sença do Ministério da Edu-cação a cada dois meses”, explica.

Em relação às famílias com crianças menores de sete anos e gestantes, elas devem procurar uma uni-dade de saúde para fazer o acompanhamento e monito-ramento de desenvolvimen-to e crescimento das crian-

são destinados para o Bolsa Família, por ano, em Ala-goas. Para o economista Cícero Péricles, o estado ainda não saiu da pobreza e está muito longe da meta, entretanto, o quadro social melhorou desde a chegada

ças, além de cumprir com o calendário de vacinação. As gestantes devem fazer o pré--natal. Essas informações são obtidas pelas unidades de saúde e registradas no sistema do Bolsa Família a cada seis meses.

“Esses compromissos também são assumidos pelo poder público para garan-tir o acesso das famílias a essas políticas públicas. As famílias que não conseguem

do Bolsa Família, com a re-dução da fome e melhorias relacionadas a educação e saúde dos seus beneficiá-rios.

“Mas a pobreza alago-ana, para ser superada, necessita de outros passos

acessar os serviços pela au-sência do poder público não são penalizadas”, frisou a co-ordenadora estadual.

MISÉRIANo ano passado foi lança-

do o Benefício de Superação da Pobreza, que é um com-plemento recebido pelas fa-mílias que apresentam ren-da per capita inferior a 70 reais. A intenção do governo, com isso, é reduzir a miséria no Brasil.

mais complexos, como o da universalização do ensino e saúde pública de qualidade, assim como a ampliação da economia dos setores popu-lares, gerando mais rique-za, emprego e renda”, colo-cou. (A.P.O.)

CIDADES 11 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013

Metade dos maceioenses não paga IPTUCapital é a quarta do Nordeste com o menor valor per capita do tributo, mas não consegue regularizar pagamentoANA PAULA OMENAREPÓRTER

Maceió ocupa a quarta colocação entre as capitais

do Nordeste com menor Imposto Predial e Territo-rial Urbano (IPTU), per capita. A média é obtida a partir da receita de 2012, dividida pela população es-timada, o que dá um total de R$ 66,45, segundo da-dos do Tesouro Nacional.

Mais do que o maceioen-se, um morador de Recife, capital com o IPTU per ca-pita mais caro do Nordes-te, paga R$ 150,22 por ano. Porém, mesmo com o valor mais baixo, Maceió sofre

com um percentual de exa-tos 50% de inadimplência.

Segundo o secretário--adjunto de Finanças Mu-nicipal, Rogério Brandão Faria, o tributo está con-gelado há anos, mas nem as campanhas de desconto da Prefeitura conseguem fazer com que toda a popu-lação regularize seu paga-mento.

De acordo com o se-cretário-adjunto, o IPTU é considerado o segundo imposto mais importante para o município de Ma-ceió. “Ele representa 7% da arrecadação da receita municipal entre todos os demais impostos”, frisou.

Rogério Faria explica

que o IPTU só perde para o Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS), que representa 12% da arrecadação. O Fundo de Participação do Município (FPM), que não é imposto municipal, mas compõe a receita, corresponde a 25% da arrecadação.

CAPITAISSegundo o Tesouro Na-

cional, as capitais nordes-tinas com IPTU per capita menor do que Maceió são: João Pessoa, onde são pa-gos R$ 48,09, São Luís (R$ 37,29) e Teresina (R$ 37,20). As mais caras são: Recife (R$ 150,22), Aracaju (R$ 103,35), Salvador (R$ 98,06) e Natal (R$ 68,72). Secretário-adjunto de Finanças alega que imposto predial está congelado há anos em Maceió

Bairros da periferia da capital, onde há mais ruas sem pavimentação, têm mais problemas de endereço

José Nelson diz que sofre no verão com a poeira e, no inverno, com alagamento da rua onde mora

CAPITAL

Arrecadação no ano passado foi de R$ 63 milhões, segundo SMF

‘PAGAR PARA QUÊ?’

Infraestrutura precária das ruas gera insatisfação de moradores

De um total de 230 mil car-nês de IPTU emitidos em Ma-ceió no ano de 2012, apenas 115 mil foram pagos. A informação foi passada pelo secretário-ad-junto de Finanças Municipal, Rogério Brandão Faria, que lamenta que o maceioense ain-da não tenha a preocupação de manter em dia o pagamento do tributo.

“O percentual de inadim-plência é muito grande. 50% pagam, e o restante não. Sabe-

mos que há uma parte que tem aquele velho problema de loca-lização de endereço, carnê erra-do, a gente está fazendo um tra-balho grande no cadastro, mas acho pouco provável que daqui para 2014 tenha alguma me-lhoria nos bairros da parte alta. Os daqui debaixo, como Jatiú-ca, Pontal, Vergel do Lago, são mais prováveis. Se faz necessá-rio que os contribuintes tenham essa consciência de realizar o pagamento”, salientou.

Ainda não é possível saber qual foi a taxa de inadimplência deste ano, porque a população ainda pode optar pelo parcela-mento do IPTU. Mas Faria res-salta que o total de devedores é grande e a realidade existe em todo o país.

“No ano passado, o valor da arrecadação com o IPTU chegou à casa dos R$ 63 milhões. Este ano, estima-se que a cifra deva aumentar para R$ 70 milhões”, detalhou.

Todo ano, uma das primei-ras cobranças que chegam às residências das famílias ma-ceioenses é a do IPTU. A en-trega do carnê quase não falha, mas os benefícios promovidos com o pagamento do tributo, segundo moradores, estão longe de acontecer.

Seu José Nelson dos Santos, aposentado, diz que mora há mais de 40 anos no bairro Cli-ma Bom, parte alta de Maceió, e sofre com a falta de saneamento e pavimentação da rua em que mora.

“Entra prefeito, sai prefeito e as ruas continuam do mesmo jeito, sem calçamento e pavi-mentação. O prefeito anterior, Cícero Almeida, ainda chegou a pavimentar algumas ruas do Clima Bom, mas infelizmente a minha foi a premiada, sem pa-vimentação”, reclamou.

Ele paga quase R$ 500 por ano de IPTU e reclama que so-fre, no inverno, por conta da chuva, que inunda a rua e não deixa ninguém sair de casa. No verão, o problema é a poeira. “Já colocamos cimento em par-te da rua para ver se ameniza a situação. Alguns até dizem que a Rua Vieira de Andrade consta como calçada na Prefeitura. Se for mesmo verdade, não temos esperança”, desabafou.

DESCASOO técnico em eletrônica

Gilmar Valença ressaltou que mora há nove anos na Rua Padre Cícero, também no Cli-ma Bom, e nunca viu nenhum benefício em prol da comuni-dade, que paga, anualmente, o IPTU. “Morava antes em Pernambuco, no município de Canhotinho, mas não via tanto descaso como aqui em Maceió.

Lá, o prefeito se preocupa com o povo, as ruas são saneadas e pavimentadas. [Aqui] sofremos muito por conta da lama e da poeira. A promessa da gestão anterior era asfaltar, mas pelo que vemos, isso não ocorreu”, declarou.

O secretário-adjunto de Fi-nanças, Rogério Faria, destacou que quase metade da arrecada-ção do município de Maceió vai para a folha de pagamento, e estaria sobrando pouco para in-vestir. “É uma característica de quase todas as capitais do país. O valor arrecadado geralmente é usado para a manutenção de escola, saúde, remédio, conserto de máquinas, entre outros”.

Ele explicou também que a Prefeitura tem autonomia para definir a alíquota do IPTU, pre-visto por lei, mas, por enquanto, não há previsão para reajuste.

SANDRO LIMA

SANDRO LIMA

SANDRO LIMA

MACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013CIDADES12 TRIBUNAINDEPENDENTE

É possível estimular hormônio do amorNeurocientista descobriu que índices mais elevados de ocitocina fazem as pessoas serem mais generosas e amorosas

DIVULGAÇÃO

Atos de caridade também teriam relação com presença do hormônio

Depois de 12 anos co-letando o sangue de voluntários para

uma série de experiências, o economista e neurocien-tista americano Paul Zak, de 51 anos, diz ter desc-oberto a molécula que fun-ciona como um interrup-tor da bondade humana: a ocitocina, conhecida como hormônio do amor.

Apelidado de Dr Love, Zak, que é professor da Uni-versidade Claremont, na Califórnia, e autor do livro A Molécula da Moralidade, participou esta semana do ciclo de palestras Frontei-ras do Pensamento, em São Paulo.

O especialista explicou o que chama de “ciclo virtuo-so da ocitocina” - a possibili-dade de estimular a produ-ção do hormônio em outras pessoas e, assim, gerar uma sociedade mais generosa.

Ao pesquisar sobre a oci-tocina, teve uma revelação: talvez a molécula conhecida como o hormônio femini-no pudesse estimular uma preocupação com o próximo, que se manifesta através da confiança.

Procedeu então a várias experiências com base no nível de ocitocina no sangue de voluntários - durante si-tuações reais, como ao veri-ficar os níveis hormonais de noivos antes e depois de um casamento, ou em testes em laboratório – até se certifi-car e publicar os resultados.

Nas pesquisas, encon-trou uma relação entre

níveis altos de ocitocina e uma postura mais genero-sa. Por exemplo: quando voluntários participaram de um teste em que tinham que dividir o dinheiro com estranhos para poder ter mais lucro, níveis mais al-tos do hormônio foram en-contrados entre aqueles que receberam o montante, em resposta à demonstração de confiança dos doadores, o que fez com que fossem mais generosos.

A ocitocina é a base bio-lógica do amor, ajuda as pessoas a confiar nos ou-tros, a dar dinheiro para a caridade, sublinhou.

“Podemos transformar--nos em ativistas sociais e impulsionar um ciclo virtuoso”, refere, acres-centando que a ocitocina gera empatia, que inspira confiança e aumenta os níveis hormonais na ou-tra pessoa, o que a leva a demonstrar mais empatia. “Isso pode construir uma sociedade mais conectada e afetiva”.

Há uma “receita” para aumentar os próprios ní-veis de ocitocina, e a favo-rita de Zak é dar oito abra-ços por dia – chegou a esse número ao pensar num abraço por hora, durante um dia de trabalho.

“É como se déssemos de presente a alguém um aumento nos níveis de oci-tocina. Também produzi-mos o hormônio ao rezar e quando damos atenção a outra pessoa”.

Concurso público

Assim como ocorreu na primeira

etapa das provas do concurso da Prefeitura de Ara-piraca, agentes de trânsito da Supe-

rintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) vão disciplinar, neste domingo (10), o tráfego de veículos em frente aos locais de provas, nos períodos da manhã e tarde. ... Mas errou numa boa!

“Quem não tem cachorro caça com gato”, diz aquele velhusco ditado. Como não conseguiu ser um árbitro futebolístico de renome, se possível da Fifa, o distinto Virgulino Miguel – que chega a ser apa-

rentado do engenheiro Cândido Reinaldo, topou ser assoprador de apito nos bate-bolas femininos da orla pajuçarense. - Pô! Apitar jogo de cocota deve ser o máximo! – invejou o próprio Cândi-do Reinaldo. Até que Virgulino começou a apreciar o barato. E foi numa partida aguer-rida – conforme gostam de dizer os locutores esportivos – entre as equipes femininas do Jaragualense e do Flor de Lys, do bairro do Poço, que o herói aí curtiu um barato legal. A partida estava empatada em 0x0 quando, de repente, a centro-avante do Jaragualense pegou a pelota no meio do campo e avançou resoluta para marcar o gol na meta adversária. Então, ela passou pela primeira atleta, pela segunda, driblou a lateral direita e preparou o chute. Naquilo que acio-nou o pezinho na redonda, o árbitro achou de ficar na frente da respectiva. Cataplaft!Virgulino Miguel juntou as mãos abaixo da barriga, dobrando-se de dor: - Aaaaiii... Ôôõôiii... Hmmm... Ao reparar na agonia do árbitro, a jogadora partiu para socorrê-lo: - Deixe-me ajudá-lo! Eu também sou massagista e sei como aliviar a sua dor, se o senhor me permitir... - Hmmmpf... Mmmmunnn... Não se preocupe!Virgulino continuava se contorcendo, em posição fetal, as mãos comprimindo a região pélvica. A moça insistiu na ajuda e ele finalmente concordou. Todo mundo em redor. O nome da atleta era Jorgelina. Ela separou as mãos do árbitro e as co-locou ao longo do seu corpo, dele, Virgulino. Suavemente, retirou-lhe o calção e pôs-se a massageá-lo naquela região do “pé do pente”. Depois de alguns minutos, ela perguntou: - E aí, como está se sentindo? E ele, revirando os olhos: - Ótimo! Mas o meu dedo mindinho continua doendo!Regra é regra! OEsteródio Botelho só queria ser o cocô de louro. Tanto que lhe apelidaram de “Esteródio Merdinha”. Um dia, já bastante usado, ele resolveu que se casaria com a professora primária Joelma, balzaca adubadíssima. Dia seguinte após as bodas, ele chegou pra ela e falou cheio de moral: - Olha, minha filha, vou avisar uma coisa: aqui nesta casa existem algumas regrasque precisam ser respeitadas... - E quais são as regras? – ela encarou firme. - Primeiramente, eu chego em casa se quiser e na hora que eu quiser. E não quero ouvir reclamação, entendeu? - Hum... Hum... - Quero também refeição quentinha, toda vez que eu estiver com vontade de comer. E tem mais: quando eu for farrear com os meus amigos, sábado à noite, não quero reclamação! E Joelma: - Para mim está bom. Mas eu também vou impor minha regra: sexo será todas as noites, às 22 horas, quer você esteja em casa, quer não!Um papagaio de opinião A mudança do AltívioPeleólogo foi toda colocada num caminhão, um desses de carroceria aberta, abarrotado de móveis. No topo, estava a gaiola com o papagaio. A mudança estava uma bagunça, e as ruas, esburacadas. Com o balanço, a gaiola caiu com o papagaio. Todos desceram, acudiram o louro e botaram, novamente, a gaiola em cima dos móveis.Dali a pouco, o coitado despencou outra vez. E outra vez. E mais outra. Aí, o papagaio, já irritado, no último tombo gritou para o dono: - Ô Altívio, faz o seguinte... me dá o endereço que eu vou a pé!

Um bom médico Pela manhã, logo cedo, o médico AnabólioBarbirúbio chegou ao hospital e perguntou à enfermeira: - Como vão os doentes, dona Magnólia? - Morreram apenas quatro, doutor! – respondeu a auxiliar. - E o que aconteceu com os outros seis? - Não quiseram tomar o remédio que o senhor passou.

A sogra vai voar! Dona Esmerilda ligou para a amiga Anilina e perguntou, cheia de curiosidade: - Ô Nil, o seu marido trabalha com experiências científicas? - Não, por quê?- Por nada, não. É que ele estava falando pro meu marido que ia ver se cobra voava. - Ai, meu Jesus Cristo! Dá licença que eu vou desligar! - Mas por que essa pressa toda?! - Vou ver se consigo impedir o meu marido jogar a minha mãe pela janela!

Mas até o padre! Certa paróquia do interior recebeu novo vigário, por sinal moderninho. Padre An-timônio só andava à paisana, mesmo na época em que todo sacerdote era obrigado a usar batina, fizesse frio ou calor. Determinada noite de sábado, ele programou visitar alguns paroquianos e resolveu começar pela casa do professor Aubitóclides, que era presidente da Congregação Mariana. Assim que ele tocou na campanhia foi recebido pelo anfitrião completamente nu. Então, percebeu pela música quentíssima, pelas risadas e pelos gritos histéricos lá dentro que Aubitóclides estava dando uma festa nada conven-cional. - Entre, padre. Estamos fazendo um joguinho interessante. Está vendo aquelas garotas de olhos vendados? Elas têm que apalpar o pênis dos rapazes para desco-brir sua identidade. Venha brincar com a gente. E o reverendo: - Desculpe, meu filho. Este aqui não é o meu lugar. - Ora, padre, deixe de cerimônia! As meninas já citaram o seu nome quatro vezes!

AÍLTON VILLANOVA ailton.villanova@gmail.comrobertobaiabarros@hotmail.com

CidadesemFocoROBERTO BAIA

MonitoramentoSegundo o superintendente da SMTT, Ricardo Teófilo, o órgão preparou um esquema de monitoramento do tráfego com 14 agentes de trânsito nas escolas em que o concurso público, Edital nº 40/2013, será realizado, no período da manhã, das 7h às 13h, e no período da tarde, das 13h às 18h. Com meia hora de antecedência do início ao fim do certame.

DisciplinamentoOs agentes de trânsito vão ficar distribuídos em quatro motos e em duas viaturas (VTR), revezando o serviço de monitoramente e disciplinamento do tráfego em nove escolas da rede munici-pal, dez escolas da rede estadual e na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Campus Arapiraca, durante toda a realização do certame.

Acessibilidade urbanaDe acordo com o titular da SMTT, Ricardo Teófilo, o monito-ramento e o disciplinamento do tráfego serão feitos com base no número de inscritos do concurso público da Prefeitura de Arapiraca que alcançou 35.967 candidatos ao todo. Mas, neste domingo, dia 10, serão 22.912 candidatos inscritos em 20 cargos públicos municipais.

Apoio total“Os agentes de trânsito vão orientar os candidatos e estarão prontos para resolver qualquer situação nas vias, como também prestarem todo o apoio às pessoas portadoras de necessidades especiais, com foco na acessibilidade para todas elas”, afirmou Ricardo Teófilo.

CandidatosNeste domingo 10, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação, os candidatos vão fazer as provas em 22 locais de provas, sendo 11 escolas da rede municipal, nove estad-uais e as instalações da Uni-versidade Estadual de Alagoas (Uneal) e Universidade Fed-eral de Alagoas (Ufal).

Desafio de ciclismoO Arapiraca Garden Shop-ping, administrado pela Tenco Shopping Centers, está patrocinando o 10º Desafio Internacional de Ciclismo que será concluído neste domingo. Na última sexta-feira, às 20h, aconteceu a cerimônia de abertura do Desafio 2013, na praça de alimentação do Arapiraca Garden Shopping, com a presença de atletas internacionais. Ontem, sábado, foi a largada das competições de 44km – 76km – 136km de todas as categorias. Neste domingo, a largada da categoria Open Masculino será às 9h. Ambas serão realizadas no empreendimento.

CompetiçãoCiente da importância da prática de esportes e a valorização dos atletas da modalidade a gerente de marketing do shopping, Vanessa Souto, orgulha-se da parceria com a competição: “É uma honra para o Arapiraca Garden Shopping poder envolver nesta competição que há 9 anos congrega os melhores atletas do Brasil em Alagoas e assim estimula a prática desse esporte que traz tantos benefícios à saúde”, declara.

Melhores atletasO evento reúne os melhores atletas profis-sionais e amadores do Brasil e do Mundo desde 2004 e já se tornou uma atração tradicional para os alagoanos. É inspirado na competição Paris- Roubaix, que acontece anualmente no norte da França. Segundo a organização, haverá uma premiação no valor de R$ 55 mil distribuídos para todas as categorias.

Desafio de ciclismoSobre o Desafio Ciclismo: A competição reúne os melhores atletas de várias modalidades do ciclismo profissional e amador do Brasil e do Mundo desde 2004. Nela se misturam as característi-cas e dificuldades de três modalidades do ciclismo convencional: Estrada, MTB e Ciclocross. Onde cada atleta pode com-petir com qualquer tipo de bicicleta em um percurso de 218 km, que passa alter-nadamente por trechos asfaltados, em paralelepípedo e também em estradas de terra. O Desafio Ciclismo possui três níveis de premiação:na categoria OPEN MASCULINA: Top 5 Geral, Top 5 Brasil e Top 5 Nordeste, sendo R$ 55.000,00 reais e prêmios para todas as categorias e R$ 14.000,00 para o Campeão Geral.

... Sobre as notícias divulgadas em relação ao relatório anual do Fiscobras/TCU 2013, a Seinfra (Secretaria de Estado da Infraestrutura) esclarece que não haverá interrupção nas obras do Canal do Sertão.

... O relatório citado é anual e inclui o Canal do Sertão desde 2007 porque o julgamento do mérito da matéria ainda não foi julgado pelo Pleno do TCU. A Seinfra espera que isto ocorra o mais breve possível para solucionar a questão.

... O Canal do Sertão já tem 65 quilômetros em operação, os serviços já atingem o Km 92 e já foram licitados projetos até o Km 150. A obra terá no total 250 Km de extensão, levando água para 42 municípios do semiárido alagoano.

MACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013 ESPORTES 13 TRIBUNAINDEPENDENTE

Cruzeiro pode ser tricampeão brasileiroRaposa encara o Grêmio no Mineirão às 16h e torce pelo tropeço do Atlético-PR diante do São Paulo no mesmo horário

MUNDIAL DE CLUBES

Ronaldinho já treina com bola no Atlético-MG O foco do Atlético-MG é

o Mundial de Clubes, que será disputada em dezem-bro, no Marrocos, mas nem por isso o time alvinegro dei-xa o Campeonato Brasileiro de lado. Ontem a equipe do técnico Cuca visitou o Bahia, em Salvador.

Ronaldinho Gaúcho, as-

tro ex-Barcelona foi a gran-de novidade dos treinos esta semana. Ele já que iniciou atividades leves com bola na Cidade do Galo. O galo está atuando com Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Ré-ver e Lucas Cândido; Pierre e Josué; Guilherme, Tardelli e Fernandinho; Jô. Este é o

time que Cuca tem trabalha-do para escalar no Mundial. Uma mudança certa é a vol-ta de Ronaldinho, que se re-cupera de lesão muscular e deve jogar ainda no Brasilei-ro deste ano.

“A gente está com uma ideia de usá-lo no fim do campeonato, quem sabe na

última ou na penúltima ro-dada. Não tem uma data certa, mas a recuperação dele está sendo muito boa. Faz pouco tempo que ele se machucou. Mas a gente fica muito feliz de ver a recupe-ração rápida. É sinal de que está fazendo tudo certinho”, declarou Cuca.

UOL

TERRA

CSA E CRB

Copa do Nordeste definirá tabela ainda esta semana

A Copa do Nordeste volta a agitar o futebol na região a partir de janeiro. Com os grupos e premiações já defi-nidos, a competição contará com 16 clubes de sete esta-dos lutando pelo título, o que dará uma vaga na Copa Sul-americana.

O Nordestão estava pre-visto para ter a bola rolando inicialmente no dia 12 de ja-neiro, porém, foi adiada por uma semana e terá o ponta-pé inicial no dia 19. A tabela da competição sai esta se-mana. A competição vai de 19 de janeiro até o dia 30 de março ou 2 de abril, quando vai acontecer a grande final, e, pelo menos a primeira fase, terá jogos nas quartas--feiras e domingos. As oita-vas de final acontecem em meados de fevereiro, com

um jogo por semana, e a par-tir daí os classificados inter-calam a Copa do Nordeste com os Estaduais.

Alagoas tem dois repre-sentantes na Copa do Nor-deste: CRB e CSA. No grupo C, o Galo terá pela frente o campeão cearense, o Ceará, o vice da Paraíba, o Treze, e o campeão do Rio Grande do Norte, o Potiguar.

No grupo B, o Azulão terá na sua chave o vice--campeão baiano, o Bahia, o campeão pernambucano, o Santa Cruz, e o Vitória da Conquista

No Grupo A estão Vitó-ria-BA, América-RN, River Plate-SE e Confiança. E fe-chando no Grupo D estão os pernambucanos Sport e Náutico, além de Guarany--CE e Botafogo-PB

EsportesTCE vê risco de obras da Copa do Mundo em São Paulo não acabarem até aberturaO TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo avalia que há alto risco de obras na capital paulista referentes à Copa do Mundo de 2014 não ficarem prontas a tempo. Após constatar atrasos na execução dos trabalhos, o órgão enviou, ofício para a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), com cópia ao governador Geraldo Alckmin. Relatou os atrasos e pediu informações sobre as providências em até 30 dias. “Em face do cenário apresentado, a tendência é que as obras não fiquem totalmente prontas para a abertura da Copa”, diz trecho do documento, assinado pela conselheira do TCE, Cristiana de Castro. A abertura do Mundial está marcada para a Arena orinthians.

Técnico Cuca espera pela recuperação de Ronaldinho Gaúcho

Éverton Ribeiro comemora o gol do Cruzeiro na Vila Belmiro

POLÊMICAAtleta mais bem pago do mundo se ‘esbanja’O atleta mais bem pago do mundo, Floyd Mayweather já mostrou inúmeras vezes que não tem problemas em mostrar seu padrão de vida. O multicampeão do boxe usou sua conta nas redes sociais para postar vídeos onde aparecem várias no-tas de dólares. Com o bom humor habitual, o americano classificou aquilo como sua ‘’motivação’’. Mayweather tam-bém publicou uma foto onde aparece ‘’contando dinheiro’’ em um jatinho particular.

FÓRMULA 1Vettel celebra tetrana fábrica da RBRSebastian Vettel fez a tradicion-al visita à fábrica da RBR para comemorar o tetracampeonato. Como só pôde passar apenas alguns dias com a família entre o GP da Índia, onde assegurou o título, e o GP de Abu Dhabi o alemão tirou essa semana para saudar os centenas de funcionários que o ajudaram a levantar mais uma taça. E na entrevista coletiva ao lado do chefe Christian Horner e do projetista Adrian Newey, Vettel reforçou o vínculo com o time de origem austríaca. “Estou feliz onde estou, dado o que temos conseguido – destacou o piloto, que tem contrato com a RBR até o fim de 2015.

PAPEL HIGIÊNICOMúsico do Red Hot se desculpa com FlamengoO baterista Chad Smith, da banda Red Hot Chili Peppers, se descul-pou com a torcida do Flamengo. O músico havia simulado usar a camisa do clube rubro-negro como papel higiênico e também a atirou longe, durante passagem sua por Belo Horizonte. Um fã atirou a camisa do Fla para Chad, que prontamente a recolheu. Ao notar as vaias do público, o músico fez a simulação que irritou a torcida rubro-negra e arrancou aplausos dos mineiros. Ao perce-ber a reação negativa, o baterista tentou se redimir e postou um pedido público de desculpas.

Campeão brasileiro de 2003 ao vencer o Pay-sandu, por 2 a 1, no Mi-

neirão, o Cruzeiro pode ver repetir a “profecia” de dez anos atrás neste domingo e comemorar o tricampeonato nacional diante da torcida contra um adversário que, curiosamente, tem azul e branco em suas cores.

Para que a história se re-pita o Cruzeiro precisa ven-cer o Grêmio no Mineirão e torcer para que o Atlético--PR tropece diante do São Paulo, no mesmo dia e tam-bém às 16h, em Curitiba. Assim como o Paysandu de 2003, o Grêmio também usa

o azul e branco.Diante de um Mineirão

lotado, o Cruzeiro derrotou o Paysandu em 30 de no-vembro de 2003 com gols do experiente meia Zinho e do atacante Mota, enquanto Aldrovani descontou para o time paraense. O título brasileiro selou a conquista da tríplice coroa, que inclui ainda o Mineiro e a Copa do Brasil daquele ano históri-co.

Agora, o Cruzeiro pode confirmar a excelente cam-panha e se tornar campeão brasileiro no domingo dian-te da torcida novamente. Punido com a perda de uma

mando de campo por cau-sa de confusão de torcidas no clássico mineiro, o clube celeste obteve liberação da CBF para enfrentar o Grê-mio no Mineirão.

Um dos destaques do time no Brasileirão, Ever-ton Ribeiro espera que a coincidência das cores da camisa dos adversário fa-voreça o Cruzeiro diante do Grêmio.

“É uma coincidência boa, espero que nos traga sorte como aconteceu em 2003 e que no final da partida a gente possa comemorar o título diante do torcedor no-vamente, no Mineirão. Mas

sabemos que será um jogo difícil”, observou o meia--atacante.

Se este domingo for per-feito para o time celeste, o Cruzeiro se tornará cam-peão com cinco rodadas de antecedência, a maior da era dos pontos corridos, superando o São Paulo de 2007, quando conquistou a taça com quatro partidas de antecedência.

OUTROS JOGOS16h Atlético-PR x São Paulo16h Ponte Preta x Vitória16h Inter x Botafogo19h30 Corinthians x Fluminense19h30 Vasco x Santos19h30 Náutico x Criciúma

MACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013PUBLICIDADE14 TRIBUNAINDEPENDENTE

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PUBLICIDADE16 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013

DIVERSÃO&ARTE 1 TRIBUNAINDEPENDENTE

A cantora Demi Lovato virá ao Brasil em 2014 para fazer shows em cinco cidades diferentes. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pela produtora Time For Fun. Ela apresentará a turnê “The meon lights tour” em São Paulo (Credicard Hall) no dia 25 de abril; no Rio de Ja-neiro (Citibank Hall) no dia 27 de abril; em Brasília no dia 30 de abril; em Belo Horizonte (Chevrolet Hall) no dia 1º de maio; e em Porto Ale-gre (Pepsi on Stage) no dia 3 de maio. A empresa também divulgou os preços dos ingressos. No Rio, os valores das inteiras são: R$ 220 (pis-ta), R$ 450 (pista premium), R$ 500 (camarote) e R$ 400 (poltrona).

O Demolidor finalmente poderá superar o fracasso do malfadado filme estrelado por Ben Affleck. A Netflix anunciou nesta quinta-feira um acordo com a Marvel para criar quatro séries de TV com personagens dos quadrinhos. A primeira delas, prevista para 2015, será inspirada no Homem sem Medo, seguida por programas dedicados aos menos conhecidos Jessica Jones, Punho de Ferro e Luke Cage. As quatro séries de 13 episódios cada culminarão numa minissérie chamada “The Defenders”. “Os filmes da Marvel, como ‘Homem de Ferro’ e ‘Os Vinga-dores’, são enormes sucessos na Netflix em todo o mundo

Netflix fará quatro séries exclusivas com heróis da Marvel Comics

Demi Lovato fará cinco shows no Brasil em 2014

MACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013

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No longa Capitão Phillips, que tem sido aplaudido por onde passa, o diretor Paul Greengrass transforma história real em um interessante filme sobre desproporções

Robert S. McNamara, ex-Secretário de Defesa dos EUA nos anos 1960, dizia que

a proporcionalidade deve-ria ser uma regra na guerra - sempre revidar um ataque com uma reação à altura - mas o país, em sua hegemo-nia armamentista, hoje nunca esteve tão longe de colocar isso em prática. Capitão Phillips, primeiro trabalho do diretor Paul Greengrass des-de Zona Verde, é um ótimo filme sobre desproporção.

O longa adapta A Captain’s Duty, livro escrito pelo Capi-tão Richard Phillips, que em 2009 teve seu cargueiro, o Maersk Alabama, sequestra-do por piratas somalis. Tom Hanks interpreta Phillips, e a desproporção já se estabele-ce desde as primeiras cenas:

o capitão está preocupado com a sua carga horária, assim como seus marujos, enquanto na Somália as re-lações de trabalho - se é que dá pra chamar assim a con-vocação à ação armada que presenciamos no início - são bem distintas.

Todo o filme se estrutura a partir dessa oposição: de um lado Phillips, suas normas de segurança, sua ordem constituída e bem azeitada, e do outro Muse (Barkhad Abdi), líder mambembe dos piratas, e seu desejo suicida de se inserir no capitalismo do qual Phillips é o repre-sentante imediato. De início Greengrass filma sem pressa os contêiners sendo empi-lhados, a rotina do porto, porque registrar o gigantis-mo da situação - o capitalis-mo como uma máquina, um colosso em movimento lento mas constante - é vital para ilustrar os opostos, enquanto na Somália come-se mato e tudo parece fadado ao acaso, à direção do vento.

O que impede Capitão Philllips de se tornar um fil-me panfletário contra o des-caso com que o mundo trata a África, em boa medida, é que não há muito espaço para discursos - depois que a premissa se estabelece, o resto é ação. E então as opo-sições desproporcionais se

tornam físicas mesmo: o car-gueiro contra o bote dos so-malis, o corpo nu subnutrido dos africanos contra a mura-lha de músculos que são os fuzileiros navais (Greengrass filma os militares nus, antes de vesti-los, para deixar essa oposição bem clara).

Então embora tenhamos aqui, reproduzidos, os ele-mentos que tornaram o cine-ma de Greengrass inconfun-dível pós-Bourne - a câmera na mão, que treme mas sabe o que procura, e a trilha so-nora de suspense bem mar-cada, quase repetitiva - Capi-tão Philllips é um filme muito particular, por conta dessa questão das desproporções.

E o diretor encontra em Tom Hanks, ator associado a transformações corporais (Philadelphia, O Náufrago), a representação perfeita dessa fisicalidade que o filme alme-ja.

O Phillips interpretado pelo ator vai da mais plena ordem (o domínio do seu ofício, suas normas) à completa de-sarticulação (é capaz que ele ganhe o Oscar só por causa da cena final), e não seria exagero dizer que o capitão Phillips se despedaça por perceber, de repente, que neste mundo a ordem eco-nômica e política, com seu suposto igualitarismo, é só uma grande ilusão.

DIVERSÃO&ARTE2 TRIBUNAINDEPENDENTE

Estão abertas as inscrições para a edição 2014 do

Programa Cultural das Empresas Eletrobras. No total, serão investidos R$ 8 milhões em patrocínios.

Foto: Logo Eletrobras-Serão apoiados projetos de produção de teatro adulto (inéditos); teatro infanto-juvenil (inéditos); circulação de espetáculos teatrais (não inéditos); festivais de teatro; pro-dução de filmes de longa--metragem; festivais de cinema; e fomento ao patrimônio cultural ima-terial.

As inscrições devem ser feitas até 18 de de-zembro, pelositewww.ele-

trobras.com/editalcultu-ral. O período de seleção vai de 19 de dezembro de 2013 a 7 de fevereiro de 2014. Os resultados serão divulgados até 14 de fe-vereiro, com contratações a partir de 24 do mesmo mês.

No ano passado, 25 projetos foram contem-plados após o processo de seleção, sendo 17% na região Nordeste, 53% no Sudeste, 9% no Sul, 7% no Centro-Oeste e 14% no Norte.

Desde 2010, quando o programa foi unificado para todas as empresas Eletrobras, foram in-vestidos cerca de R$ 64 milhões.

Stand Up ComedyNo dia 29 de novembro, o Teatro Gustavo Leite vai receber oito humoristas para a segunda edição do “Nordeste do Stand Up Comedy”. O encontro, que vai contar com as presenças de Ed Gama, Fernando Perón, Gustavo Pardal, Bruno Romano, Kedny Silva, Rodrigo Mar-ques, Alysson Vilela e Paiva Cassaroti, terá início às 20h e será encerrado às 22h. Os ingressos estão custando R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia). Mais informações pelos números (82) 3032-5210 e (82) 9601-2828 ou pelo endereço eletrônico www.gaproducoes.com.

FALE CONOSCO - A Agenda é um serviço gratuito de orientação ao leitor. Os interessados em divulgar eventos, shows e exposições podem enviar material através do endereço: tiagenda@hotmail.com

Alceu ValençaQuem pretende aproveitar a virada de ano na Barra de São Miguel já pode começar a se programar. Cerca de duas mil pessoas deverão parcipar do Réveillon Seletto que traz como principal atração o cantor Alceu Valença, além da banda Santaffe e tenda eletrônica com Djs. Os ingressos já estão disponíveis em duas opções: área comum, custando R$ 400,00, e Espaço Seletto, custando R$ 500. Mais informações pelo número (82) 9301-9390.

CHANCE

Eletrobras abre inscrições para programa cultural

MACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013

O Rappa A banda “O Rappa” vai se apresentar no dia 12 de dezembro na Musique, em Maceió. Os ingressos já estão disponíveis e custam R$ 40,00 (meia) e R$ 80,00 (inteira) para a opção Pista, R$ 80,00 para o Mezanino e R4 120,00 para o Frontstage. Mais informações pelo número (82) 3021-2169.

Saulo Fernandes Os shows que antecedem o Réveillon em Maceió prometem agitar a cidade. Entre as mais espe-radas, está a apresentação do cantor Saulo Fernandes, que acontece no dia 29 de dezembro e ainda não possui local definido. Além da atração principal, o público vai poder curtir o som do MC Koringa. Os ingressos já estão disponíveis e custam para o primeiro lote R$ 80,00 (feminino) e R$ 120,00 (masculino). Mais informações pelo número (82) 3021-2169.

Cine Sesi Cultural em SatubaHoje é o último dia para as-sistir as atrações do Cine Sesi Cultural na cidade de Satuba O projeto vai oferecer gratui-tamente filmes nacionais à co-munidade, a partir das 18h, na Praça de Eventos. A entrada é franca. Mais informações pelos números (82) 9921-4423 / (82) 8704-2530 / (82) 9194-6877.

Doidas e SantasNo próximo dia 12 de novembro, a atriz Cissa Guimarães vai trazer o espetáculo “Doidas e Santas” para Maceió. Com apresentação única, a peça de teatro terá início às 20h no Teatro Gustavo Leite, localizado no Centro de Convenções Ruth Cardoso. Os ingressos estão sendo vendidos no Stand Sue Chamusca do Maceió Shopping, com preços que variam de R$ 30,00 e R$ 80,00. Mais informações pelos números (82) 3235-5301 e (82) 9928-8675.

Sopros e CordasNo dia 13 de novembro, a partir das 19h, o Coletivo AfroCaeté vai apresentar o espetáculo “Uma Batida Entre Sopros e Cordas” no Teatro Deodoro. Os ingressos es-tão custando R$ 10,00 (inteira), R$ 5,00 (meia) e estão à venda tanto na bilheteria do teatro quanto com os membros do Coletivo AfroCaeté. Mais informações pelos números (82) 9939 6976, (82) 9626 2689 ou pela página oficial do grupo AfroCa-eté no facebook.

A Marca da ÁguaEntre os dias 14 e 17 de novembro o Teatro Deodoro vai receber a montagem “A Marca da Água” no encerramento da Mostra Alagoana de Teatro. Com texto de Maurício Arruda Mendonça e Paulo de Mo-raes, a encenação utiliza recursos que vão desde movimentos na piscina a projeções coloridas. As apresentações de quinta e domingo

irão acontecer às 20h. Já na sexta e no sábado as apresentações serão iniciadas às 21h. Na noite de estréia a entrada será gratuita. Os ingressos, que estão custando R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada), serão vendidos a partir de terça--feira (12), às 14h, na bilheteria do Teatro Deodoro. Mais informações pelo número (82) 3315.5665.

Luana Costa em Rezando Alto Em homenagem ao mês da consci-ência negra, a cantora Luana Costa vai levar o show “Rezando Alto” para o Teatro Deodoro no dia 21 de novembro a partir das 19h. A apre-sentação vai contar com a presença de grandes convidados como o

Coletivo Afro Caeté e demais per-sonalidades e grupos de matrizes africanas. Para ter acesso ao show, o público poderá comprar as entra-das no local do show por R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia) mais um Kg de alimento não perecível.

Jorge e MatheusConsiderada uma das duplas sertanejas mais famosas da atualidade, Jorge e Matheus se apresenta no dia 28 de novembro na Musique. O show terá a participação do cantor Mano Walter. Mais informações pelo número 82.3313-9760.

Monoboclo em MaceióNo próximo dia 15 de novembro a banda Monoboclo desembarca em Maceió para a primeira prévia do Reveillon Absoluto. Os ingressos, que variam entre R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia) para a pista, R$ 60,00 para o mezanino e R$ 80,00 para o front stage, já estão disponíveis pelo Store Musique.

Roberto CarlosTrazendo os seus maiores suces-sos, o cantor Roberto Carlos vai se apresentar no dia 28 de novembro no Ginásio do Sesi a partir das 22h. Os ingressos, que já estão disponíveis e podem ser comprados na ótica Diniz da Rua Artur Vital da Silva, na Gruta de Lourdes, estão custando R$ 160,00 (inteira) para Arquibancada, R$ 220,00 Arqui-bancada Ouro, Setor R$ 300,00 Amarelo Numerado e R$ 380,00 Setor Azul.

DIVERSÃO&ARTE 3 TRIBUNAINDEPENDENTE

HORÓSCOPO

TV TUDO

Bate-rebate

C’est fini

SEM GRAÇA

Volta do Ira! com nova formação seria uma ‘piada’, diz ex-baterista da banda

Desde o fim do último mês, quando o vocalista Nasi e o guitarrista Ed-

gard Scandurra selaram a paz tocando juntos em um show beneficente em São Paulo, após seis anos brigados, a volta da banda paulistana Ira! passou de um sonho de fã a uma possi-bilidade.

Nasi já disse que o grupo pode voltar em 2014 e que o assunto está sendo discutido entre ele e Scandurra. Na entrevista, o músico falou que o Ira! poderia retornar com in-tegrantes diferentes --”preciso saber se quero aceitar o resto da formação de volta”, disse.

Já o baixista Ricardo Gaspa e o baterista André Jung, que completavam o quarteto que se dissolveu em 2007, disseram que não foram contatados pelos ex-colegas de banda para falar sobre uma possível volta.

“Não sei dizer se é o bas-tante [para que a banda volte],

mas tem um peso histórico. Sem dúvida, é um passo”, diz ele sobre a reconciliação recen-te entre Scandurra e Nasi.

“Eu acharia uma piada [se o Ira! voltasse com outros integrantes]”, comenta. “Acho que 24 anos de grupo é uma história muito grande constru-ída entre quatro pessoas para de repente ser transformada assim.

Acho uma coisa falsa”, diz ele, que não fala com Nasi desde o fim do grupo, mas que considera Scandurra “um gran-de amigo”.

Já para Gaspa a volta dele ao grupo está descartada. “Não tenho intenção nenhuma de participar de um retorno”, diz ele que lançou o disco solo “Gaspa, The Bass Player” no início do ano. “Estou seguindo minha carreira sozinho e estou contente assim”, conta. “Agora sou o grande líder da minha banda.”

ÁRIES - (21/3 a 19/4) – Você está mais ambicioso hoje. É bom que tenha metas e conquistas, pois seu faro está perfeito pra isso. Elabore estratégias infalíveis. Na vida intima, dia de purgar emoções danosas, limpar o corpo, entender algo profundamente. Socialmente, poderá ser confrontado com uma situação, delicada, na qual a sua família não deverá ser alheia. Evite contatos que possam favorecer esta previsão.Melhor compatibilidade com: PeixesTOURO – (20/4 a 20/5) – Vênus, Lua e Plutão em Capricórnio anun-ciam conexão com assuntos filosó-ficos e espirituais, possibilidade de um encontro importante nesta área, e informações preciosas nesses campos. Viagens atraem e inspiram você. Melhor compatibilidade com: EscorpiãoGÊMEOS – (21/5 a 21/6) – Você faz parte da tribo que incorpora facilmente o lado inesperado da vida, sabedor que é das soluções inesperadas, que surgem quando menos se espera. Exerça essa capacidade hoje e avance em um propósito pessoal decisivo.Melhor compatibilidade com: Sagi-tárioCÂNCER – (22/6 a 22/7) – Sintonia fina com um cliente e com sócios. Um companheiro de vida é elemento que traz conforto, reforço e acolhida num momento de provas e desafios como agora. Mesmo que ele seja meio durão, ranzinza e controlador.Melhor compatibilidade com: LibraLEÃO – (23/7 a 22/8) – Sol e Satur-no em conjunção poderosa trazem percepção e responsabilidade à vida familiar e doméstica. Obrigações assumidas com parentes podem pesar. O dia pede demais de você, com tarefas e encargos de trabalho. Saúde frágil.Melhor compatibilidade com: Capri-córnioVIRGEM – (23/8 a 22/9) – Difícil manter o equilíbrio num cenário de cobranças afetivas e urgências de todo tipo. Evite se envolver com pessoas obsessivas. Um filho ou seu amor atrai toda atenção, e você está a fim de dar exemplo e aceitar novos desafios.Melhor compatibilidade com: Aquário

LIBRA – (23/9 a 22/10) – Dia de organizar os gastos e as finanças. Pode ser que um familiar pegue pesado com você hoje - disfarce e não entre no jogo de manipulação! Mesmo sem querer, alguém pode leva-lo a agir contra seus gostos pessoais.Melhor compatibilidade com: CâncerESCORPIÃO – (23/10 a 21/11) – É ótimo quando você sabe quando fa-lar e quando guardar pra si mesmo seus pensamentos. Hoje é um dia assim: bom pra perceber um monte de coisas das pessoas e não falar quase nada a respeito. Ainda não é hora. Colha mais informações.Melhor compatibilidade com: TouroSAGITÁRIO – (22/11 a 21/12) – É possível escrever um romance sobre você - a vida secreta de um sagitariano! Enquanto você esconde seu inferno pessoal dos outros, sua objetividade é valorizada, e rende dinheiro, oportunidades e segurança pessoal.Melhor compatibilidade com: Ge-meosCAPRICÓRNIO – (22/12 a 19/1) – Três astros no seu signo, juntinhos, hoje, tornam o dia ótimo pra investir em curas, limpezas energéticas e emocionais, faxinas de todo tipo etc. Emocional, instável e obcecado com algum assunto, melhor será se esconder e se cuidar mais!Melhor compatibilidade com: LeãoAQUÁRIO – (20/1 a 18/2) – Ser deixado em paz é desejo secreto de hoje. Para conseguir chegar mais perto disto hoje, faça algumas conces-sões básicas aos burocratas, evite discussões com conservadores renitentes, fuja de gente tacanha. Obrigações a mais no trabalho.Melhor compatibilidade com: VirgemPEIXES – (19/2 a 20/3) -Cenário astral perfeito pra você usar todo seu potencial argumentativo, seu poder de expressão e comunicação, articular informações etc. Trabalho com linguagens traz abertura em novo campo. Ajuda de amigos em hora inespera-da. Socialmente, caso não misture as questões profissionais com as suas relações sociais, este será um período muito favorecido, Melhor compatibilidade com: Áries

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Evento fictíciomarcado para 2014 esucesso no Facebook

Setor do hospital

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LegislativoPequeno

Registros de reuniões

Linha docaderno

Sem falsa humildadeMétodo de colheitaagrícola substituídopela mecanização

Ilustra-ções (fig.)(?) coisa:

isto

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sangue aocoração

3/ten. 4/dial. 5/assis — camus. 7/folhoso. 8/elastano — patronal.

FLÁVIO RICCO - colaboração: José Carlos Nery - www.twitter.com/flavioricco

MACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013

Autoras de ‘Joia Rara’ negam redução da novela

Apesar de “Joia Rara”, novela das seis da Globo, receber uma boa conceituação da crítica, a sua audiência ainda não

corresponde a expectativa. O Ibope, desde a sua estreia, continua dando sustos. Preocupa. E isso acaba por desencadear uma série de boatos, que extrapolam as divisas do próprio Projac, a ponto de ninguém saber ao certo se correspondem com a realidade. Um deles é de que a novela, em função dos seus resultados, corre sério risco de ser encurtada. Bem, se alguém tomou essa decisão, esqueceu de avisar as autoras Duca Rachid e Thelma Guedes. Consultadas a respeito, elas dizem que nada mudou em relação ao plano traçado e permanecem trabalhando em cima do que foi estabelecido desde o começo. Questionadas também sobre essa questão da parceria, se pretendem seguir escrevendo juntas ou desenvolver os próximos projetos separadamente, a resposta foi dada por Thelma – “O futuro a Deus pertence, né? Agora temos que nos concentrar nesta!”.

EDU MORAES

Tudo na mesmaA Bandeirantes não está programando a exibição de nenhum especial em dezembro.A ordem que já existe é continuar com a grade normal. A exceção atenderá pelo nome de Danilo Gentili na passagem do ano. E só.

Combinado assimA Record, além de todos os seus especiais de teledramaturgia, virá com duas retros-pectivas em dezembro. Uma artística, dia 19, às 23h15, e outra do jornalismo, dia 30, no mesmo horário.

Duas escalas“Os Milagres de Jesus”, nova minissérie da Record, está em externas. A primeira parte com gravações em Guarapuava, no Paraná.A próxima, no Piauí.

O IETV - Instituto de Estudos de Televisão – vai realizar, pela 9ª vez, o Festival Internacional de Televisão – FITV, entre 11 e 14 de novembro, no Oi Futuro Ipanema, Rio.Considerado o maior acontecimen-to do gênero na América Latina, irá debater, entre outros assuntos atuais, a integração com TV paga e Internet, além da mostra de pilotos. Sony, Google, Turner, Canal Brasil, Multishow, Globonews, GNT, Mix TV, Band, Arte 1, Discovery, Cultu-ra, Globo, SBT, Viacom, A&E, Viva e Universal participam do evento.Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

·A madrugada também entrou em questão na direção da Bandei-rantes...·... As opiniões estão bem divididas quanto ao horário que será ocupado pelas igrejas do Valdomiro e Edir Macedo...·... Alguns entendem que eles devem se dividir entre 3 e 6 da manhã, enquanto outros acham que o ideal é das 2 às 6...·... No meio de tudo existe a ques-tão do dinheiro. O que está pesando é essa horinha a mais ou a menos e a quantidade que entrará ou deixará de entrar no caixa.·O “Pa pe pi pó pu”, especial de fim de ano da Record, está com as suas gravações em estúdio concluídas. Agora só faltam as externas...·... Nos principais papéis, Gianne Albertoni e Cássio Scapin.·Naldo Benny também estará no projeto do “Sai do Chão”, da Glo-bo, no começo do ano que vem.·O Viva chama atenção para o pró-ximo “Damas da TV” com Susana Vieira. No programa, como sempre, ela não economiza nas palavras...·... E ela traça um paralelo interes-sante sobre as novelas de ontem e de hoje. No ar, quarta-feira, às 21 horas. Vai concorrer com “Amor à Vida”.·A produção do “Fantástico” está sendo frequentemente desafiada a administrar broncas e vaidades no “Medida Certa”.

Band marca data para GalisteuAinda da Adriane, a estreia do reality “Quem quer casar com meu filho?”, na Bandeirantes, está confir-mada para o dia 6 de janeiro, às 22h30. Será exibido nas férias do “CQC”. O programa está na prateleira da emissora há algum tempo e correu até o risco de não ser apresentado.

EstreiaHoje, 11 da manhã, a Record estreia o “Domingo da Gente”, implantando um sistema de rodízio entre os seus apresentadores.Adriane Galisteu foi escolhida para abrir a série. A direção é de Vildo-mar Batista.

Inferno astral Passaram a ser uma raridade as festas de aniversário nas novelas. Dificilmente se vê alguém apagan-do velinhas. Tudo isso para dizer que a do César, Antônio Fagun-des, em “Amor à Vida” deve estar próxima. Está num inferno astral daqueles. Já faz vários capítulos que não dá nada certo com ele. É uma notícia ruim atrás da outra.

Tempo calculadoO plano da Ana Hickmann é seguir com o seu trabalho até dezembro, quando toda a equipe do “Programa da Tarde” entrará em período de férias.Segundo a Record, a partir daí ela também já estará na fase final da gravidez.

BBBA estreia do novo “Big Brother” está entre 7 e 14 de janeiro. A Globo ainda não anuncia de forma oficial.Internamente, no entanto os trabalhos indicam para o dia 7, a primeira terça-feira do mês.

LançamentoOs programas da rádio Ban-deirantes, “Na Geral“, do Beto Hora, Lélio Teixeira e José Paulo da Glória, e o “Esporte em Debate”, Leandro Quesa-da e Alexandre Praetzel, irão transmitir o lançamento do livro do Milton Neves.Será amanhã, a partir das 19 horas, no Centro de Conven-ções Frei Caneca.

Previsível, a Retrospectiva do Mundo Artístico dará destaque para Bárbara Evans e à edição da última “Fazenda”. E com espaço também a Scheila Carvalho e o episódio da traição do marido Tony Salles

DIVERSÃO&ARTE4 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013

Simbolizando um casal modelo, Flávia Coutinho Marroquim e Mário Marroquim, dois amigos super especiais que sempre

merecerão os nossos aplausos e a nossa admiração.Parabéns, amigos!

Sempre a palavra sucesso ao lado, os amigos David e Lívia Pereira representam o empresariado jovem da cidade com

a conhecida Mahogany, uma loja no 2º piso do Maceió Shopping, que já conquistou toda a sociedade alagoana

Dona de uma beleza marcante e internacional, Érica Marques, vive uma nova fase em sua vida,

seus 15 anos. Uma data significativa que ela comemora no próximo dia 22, na casa de show Musique

FOTOS BY CHICO BRANDÃO

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“Terminar o momento, encontrar o final da jornada em cada passo do

caminho, viver o maior número de boas horas, é sabedoria”

FOTO BY CHICO BRANDÃO

A coluna TopNews neste verão sempre garimpando o que há de mais chic na moda brasileira para as nossas leitoras. Hoje estaremos apresentando mais um belíssimo modelo verão 2013/2014 da conhecida grife Daslu, que você poderá encontrar na Casa Moa das amigas Andréa e Moacira Cunha. A Casa Moa está localizada na Avenida Deputado José Lages, Ponta Verde. Venha conferir!

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Registramos nessa bela foto a advogada Carol Azevedo em companhia do seu pai, o empresário Fernando Azevedo e a conhecida médica Marta Azevedo, uma família exemplar, que no próximo dia 13 estará entregando à nossa sociedade o tão esperado laboratório SIM, dotado de tecnologia de ponta localizado na Avenida Sandoval Arroxelas, Ponta Verde. Parabéns, amigos, vocês merecem todos sucesso do mundo, em especial Martinha, esta grande médica que comandará o laboratório com grande sabedoria e capacidade. Parabéns a todos.

Crianças podem usar maquiagem?

Até pouco tempo atrás, o uso de sombras, batons, blushes, entre outros cosméticos, era restrito à

população adulta; entretanto, o uso de maquiagens em crianças vem se tornando cada vez mais comum nos dias de hoje. A grande questão é: permitir ou não? A questão divide opiniões entre pais e especialistas. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou recentemente um manual com recomendações a respeito do uso de cosméticos infantis. Segundo

as novas regras, a sombra, assim como o batom e o brilho labial, poderão ser usados por crianças a partir de três anos de idade, desde que aplicados por um adulto. A partir dos cinco, a própria criança poderá manipular os produtos, mas ainda com supervisão do responsável. As maquiagens indicadas para o público infantil devem ter baixo poder de fixação e ser facilmente removidas com água. Antes da comercialização, todas as tonalidades de blushes devem ser testadas, a fim de avaliar

os riscos de intoxicação oral e irritação na pele. Além disso, todas as informações sobre o produto devem constar nos rótulos das embalagens e a Anvisa permite que as maquiagens contenham substâncias que possuam gosto ruim (amargo) para evitar que a criança leve o produto à boca. Outro ponto muito importante é que maquiagens para boneca não podem ser utilizadas em crianças, pois não são formuladas com substâncias próprias para a pele infantil, não oferecendo a segurança necessária.

Spa

Um spa localizado em Jacarta, na Indonésia,

tem atraído clientes de todo o mundo em busca de um tipo especial de tratamento: uma massagem corporal com cobras. Durante 90 minutos, duas massagistas e três cobras trabalham no corpo do cliente. Os animais se enrolam em braços e pernas – para segurança, elas têm suas

bocas cobertas com fita plástica. A massagem inusitada é feita no “Bali Heritage Reflexology and Spa”. As massagistas participam da sessão para garantir a segurança e encorajar as cobras – pítons com cerca de 1,8 metro de comprimento – a se moverem pelo corpo do cliente. O tratamento dura 90 minutos e custa cerca de R$ 95. O spa mantém cinco cobras para o serviço. Elas ficam em caixas de plástico e são esterilizadas após todas as massagens.

Sem ar

Os músculos pulmonares das mulheres precisam trabalhar mais do que os dos

homens, deixando-as sem ar com mais frequência após exercícios físicos, segundo um estudo realizado na Universidade McGill, no Canadá. A pesquisaexaminou a atividade do diafragma - o músculo responsável pela função pulmonar. Segundo mostrou o estudo, ele teria que trabalhar mais nas mulheres para compensar o tamanho menor dos pulmões. Mesmo com um homem e uma mulher de tamanhos iguais, os pulmões das mulheres eram menores, e suas vias aéreas mais estreitas. A falta de ar pode ocorrer por causa de exercícios físicos ou ser um sintoma de alguma doença, como a bronquite.

Os 15 anos de ÉricaNo próximo dia 22 de novembro, a super

gata Érica Marques estará agitando toda a sociedade teen com a comemoração dos seus 15 anos. A festa acontecerá na casa de festas Musique, que receberá decoração do mago profissional Walmy Bechó, que dará uma roupagem belíssima à casa. O convite está belíssimo e faz jus à aniversariante, que é linda. Érica usará modelo exclusivo que terá assinatura top do top Audifax Seabra. O buffet que servirá os convidados será o de Izabel Pinheiro, doces assinados por Fabiane Malta e o cerimonial sob o comando da super competente Janine Tenório, Fotografia, Chico e Gal Brandão, lembranças, Jane Mércia, Caligrafa, Socorro e os convites Gráfica Jaraguá. As amigas Marly Brizeno e Raquel Brizeno assinam o belíssimo bolo, uma verdadeira obra de arte, para todos cantar, parabéns para a bela gata que encantará a todos com sua beleza e fofura. A grande atração da noite será o show de Gabriel Diniz e logo em seguida da banda A Moda e Dj Peixe. As lembrancinhas ficam sob a responsabilidade da artista Mayra Costa, com a sua empresa Personalize. Como todos podem ver, será uma festa inesquecível, que sem dúvida alguma ficará para sempre no coração da aniversariante e na lembrança de todos os convidados. Toda a segurança da festa ficará a cargo da Servipa, da queridíssima amiga Anadir Bruschi. Como vocês podem ver será uma data que sem dúvida ficará em nossas lembranças. Os 15 anos de Érica será sem dúvida alguma uma noite de sonhos. Aguardem mais detalhes!

Novo rosto

Luisa Moraes está com tudo. Além de estar

escalada para a próxima novela da rede globo, “Em Família”, a atriz e modelo é o rosto do verão cool da Arezzo. A campanha foi fotografada em Paris por Maurizio Bavutti, com styling de Carlos Nazario, make de Ayako Yoshimura, cabelo de Anais Sebagh e direção criativa de Giovanni Bianco.

Em queda

Fenômeno notório do mundo econômico, a venda de

embarcações de luxo – que geralmente aumenta ou diminui conforme as performances das principais bolsas de valores do mundo – vem perdendo força ultimamente, apesar do momento positivo no mercado acionário internacional. Isso significa que, embora os ricos estejam ficando cada vez mais ricos, boa parte deles têm preferido segurar o cinto e evitar gastos com supérfluos. Por conta disso, as vendas de iates de luxo, que tiveram seu “boom” há alguns anos, estão em queda livre de mais de 20% desde 2008, quando atingiram o ápice. Há também outro fator que explica essa queda: há uma certa hostilidade com relação aos mais ricos, que vem ganhando força desde a crise econômica dos Estados Unidos, há cinco anos. Em outras palavras, discrição nunca foi tão fundamental.

Alecrim Verde

E chega mais um domingo. E como o momento é mesmo

para aproveitar e relaxar, nada de cozinhar. A dica da coluna é conhecer as melhores casas da cidade. Uma deliciosa opção é o Alecrim Ponta Verde. O restaurante, no coração da Ponta Verde, é parada obrigatória para aqueles que não abrem mão de um cardápio variado, com direito até a buffet de sushi. O Alecrim fica na Rua Deputado José Lages e é comandados pelas competentes Elaine, Eliane e Eleuza Tenório. Por falar no Alecrim, o restaurante já está fazendo reservas para confraternizações.

O valor de Renée Cardoso

A médica dermatologista Renée Cardoso, filha do casal Jorge

e Gina Cardoso, do Colégio Cristo Rei, neste início de 2014 estará atendendo seus pacientes no seu belíssimo consultório, instalado no JTR, na Jatiúca. Com especialização nos mais importantes hospitais do país e do mundo, Renée coloca toda a sua capacitação a serviço dos nossos amigos. Mais um grande valor alagoano, que enaltece a medicina no nosso Estado. Parabéns, Renée Cardoso!

Doidas e Santas em Maceió

Doidas e Santas é um dos espetáculos de maior

sucesso da cena teatral carioca, a montagem com texto de Regiana Antonini é livremente inspirado no livro homônimo de Martha Medeiros. Já foi visto por mais de 130 mil pessoas, desde que estreou em 2010, e agora chega a Maceió. A apresentação na cidade será dia 12 de novembro, às 21h, no Teatro Gustavo Leite – Centro de Convenções. Os ingressos estão sendo vendidos no Stand Sue Chamusca – Maceió Shopping – Térreo.

Inauguração

Super concorrida a inauguração do novo prédio-sede da Ordem

dos Advogados do Brasil em Alagoas. Localizada em Jacarecica, orçada em R$ 5 milhões, a inauguração contou com a presença do ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça, do presidente do Conselho Federal da OAB, do prefeito Rui Palmeira, entre outras autridades. O grande anfitrião foi o atual presidente da Ordem, Thiago Bonfim, que saudou o ex-presidente Omar Coelho e disse que a nova sede é uma vitória de todos os advogados.

Atenção, homens!

Depois do Outubro Rosa, que lembra

as mulheres da prevenção do câncer de mama, o novembro azul é dedicado à conscientização dos homens. No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum no sexo masculino. Entre 2012 e 2013, 60 mil novos casos devem ser registrados. Procure o especialista e realize o exame! Fica o alerta...

Bares e restaurantes de todo o Brasil participam até 24 de novembro, do Festival Bar em Bar, considerado o maior evento de bares do país. Este ano, o tema do festival é “Tá na boca do povo”, e em Maceió, na sua terceira edição, conta com a participação de 29 estabelecimentos. Para participar do festival, basta conferir no site Bar em Bar os estabelecimentos de Maceió que estão credenciados. Cada local tem no cardápio um prato diferente preparado especialmente para o festival, e o cliente paga um preço equivalente a R$15,00 pelo prato que “tá na boca do povo”. Além disso, devido a uma parceria com a Ambev, os clientes que pedirem o prato do festival terão direito a uma cerveja Bohemia de graça.

EconomiaEstado recupera R$ 18 milhões de ICMSSão R$ 3 milhões mensais desde maio deste ano, graças ao sistema de cruzamento informativo da Nota Fiscal Eletrônica

A implantação de um novo sistema de cruza-mento das informações

de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) permitiu à Secretaria de Estado da Fazenda de Ala-goas (Sefaz-AL) recuperar R$ 3 milhões mensais, em média, pela diferença de ICMS desde maio deste ano. O sistema, de autoria do fiscal de tributos Luiz Fernando de Castro, da Diretoria de Mercadorias em Trânsito (DMT), é um avan-ço significativo na circulação de mercadorias entre estados que tem como destino Alago-as.

EXPERIÊNCIA Luiz Fernando, formado

em Economia, com especia-lização em Gestão Pública e larga experiência na área de informática, afirma que an-tigamente o controle das no-tas que chegavam ao Estado era feito manualmente, o que prejudicava a checagem das informações nos postos fiscais.

“Antes, todo o processo era feito em nota de papel e o cál-culo do imposto era manual. Com a chegada da Nota Fiscal Eletrônica não tinha porque continuar neste modelo, mas não havia um sistema que contemplasse o procedimento

informatizado”, explica. A partir daí surgiu a ideia

de desenvolver um ambiente corporativo onde fosse pos-sível lançar as notas acom-panhando a circulação das mercadorias e a chegada ao Estado. Ao longo da matura-ção do projeto, a necessidade de agilizar as atividades, visto o crescimento na quantidade de notas, fez com que a confi-guração inicial do projeto fos-se alterada.

“Como eu já dominava o sistema de notas e tinha no-ções de informática, resolvi criar um algoritmo e depois um script que permitisse a elaboração do banco de dados para que fossem cruzadas as informações no meu próprio computador de trabalho recu-perando nota por nota”.

Depois da elaboração do sistema e do acesso ao banco de dados da NF-e, o sistema tornou-se realidade, o que permitiu que fossem identifi-cadas as notas que não esta-vam sendo lançadas, e, com o cruzamento de informações, detectou-se o contribuinte em débito, recuperando o mon-tante de R$ 3 milhões mensais desde maio deste ano, totali-zando R$ 18 milhões.

Sistema é de autoria do fiscal de tributos Luiz Fernando de Castro

ICMS

Recursos vêm de transações comerciais entre os estados

Segundo o fiscal de tri-butos, a recuperação reali-zada é sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) oriundos de transações comerciais entre os estados. Quando o contri-buinte realiza uma compra em outro estado com seus fornecedores é lançado no sis-tema uma Nota Fiscal Eletrô-nica pela compra do produto, onde é mostrado o destino da mercadoria, neste caso Alago-as.

Ao efetuar a compra, é pago um valor de imposto, mas o ICMS é um imposto es-tadual, com alíquotas diferen-tes em cada estado, e quando o contribuinte passa pelos postos fiscais alagoanos (sob a responsabilidade da Sefaz) tem de realizar o pagamento da diferença do imposto que é cobrado em Alagoas.

“O que acontecia antes é que muitos contribuintes ao realizarem o transporte das mercadorias, passando pela fronteira deixavam de pres-tar contas com essas notas fiscais, às vezes por esqueci-

mento ou intencionalmente, o que prejudicava a fiscaliza-ção”, detalha Castro.

PRAZOCom o novo sistema, a

partir do momento que a nota fiscal é lançada na base de da-dos, são contados 31 dias para que seja registrada no posto fiscal da Sefaz.

Caso o prazo expire e não haja a conferência da nota, é feito o cálculo de quanto pre-cisa ser pago e cobrado ao contribuinte, o que possibilita a real tributação sobre tudo aquilo que entra em Alagoas e precisa ser cobrado como manda a legislação.

A tendência, segundo Luiz Fernando, é que o valor de imposto recuperado diminua à medida que sejam detecta-dos os débitos e o contribuinte perceba que a fiscalização foi otimizada.

Além disso, o sistema já está preparado para atender e cobrar outros impostos rela-tivos à circulação de mercado-rias, mas que ainda precisam de regulamentação por meio de legislação.

Festival gastronômico Bar em Bar promete aquecer turismo em Maceió

MACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013 ECONOMIA 17 TRIBUNAINDEPENDENTE

PUBLICIDADE18 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013

Agricultor deixa corte da cana por produção orgânica Mudança veio com o trabalho do Arranjo Produtivo Local da Fruticultura

Há mais de 30 anos tra-balhando na terra, o agricultor familiar

João Firmino, buscou sem-pre outra atividade para o sustento da casa, a produção da pequena propriedade era complemento, mas essa rea-lidade mudou. Desde 2011, com o trabalho do Arranjo Produtivo Local da Fruticul-tura (APL) e a assistência técnica do Instituto de Inova-ção para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alago-as (EMATER/AL), o agricul-tor deixou de trabalhar no corte da cana-de-açúcar para se dedicar a sua propriedade.

Hoje a Unidade Demons-trativa de Laranja Orgânica, em Santana do Mundaú, é um exemplo de produção.

As práticas adotadas e todas as técnicas repassa-das pela equipe de técnica da EMATER/AL foram difundi-das, na última quarta-feira (6), durante um Dia de Cam-po. O agricultor revelou que em 2011 a produção foi de 82 mil frutos. No ano passado, mesmo com a estiagem que também atingiu a região do Vale do Mundaú, a produção foi de 252 mil frutos. Já para esse ano, com as chuvas que caíram à expectativa do agri-cultor é colher cerca de 600 mil frutos. O Dia de Campo reuniu cerca de 100 pessoas entre agricultores, técnicos e estudantes.

“Antes de começarmos a receber as orientações téc-nicas plantávamos a laranja

Agricultor familiar João Firmino buscou outra atividade com a fruticultura para produção de laranja

de qualquer modo, sem res-peitar espaçamento, profun-didade ideal, e o combate a pragas. A metade da nossa produção era jogada fora porque não tinha qualidade, fruto pequeno, com manchas escuras.

Hoje a realidade é outra. Somente com os recursos que temos na propriedade con-seguimos transformar nosso fruto. Tenho hoje um produ-to de qualidade, grande, bo-nito, sem pragas. Não imagi-nei que práticas tão simples pudessem transformar nossa atividade”, declarou o agri-

cultor João Firmino. O passo a passo foi divido

em estações que iniciaram pelas orientações de análise de solo, composto orgânico, biofertilizante, passando pelo consórcio da laranja com outras culturas, aplicação da calda bordalesa no combate a pragas e doenças, tipos de poda e a colheita. O gerente da regional Zumbi dos Pal-mares da EMATER/AL, com sede em União dos Palma-res, Lenival Viana, afirmou que os resultados da unidade demonstrativa são exemplos do compromisso do agricul-

tor com a mudança.“A região tem a cultura

da cana-de-açúcar muito pre-sente e um potencial produti-vo enorme para outras cultu-ras. Nosso papel é incentivar os agricultores familiares a apostarem em suas proprie-dades, foi o que conseguimos fazer com João Firmino, mas o segredo está no compromis-so do agricultor em seguir as orientações técnicas. Vimos a transformação dessa famí-lia, o engajamento de todos, e a satisfação de trabalhar na sua terra”, contou o gerente regional da EMATER/AL.

SANTANA DO MUNDAÚ

Trabalhador hoje integra cooperativa que produz laranja

APRESENTADA

Eficácia da própolis vermelha no tratamento de doenças

O agricultor, da Comunida-de Amoras, é hoje membro de uma cooperativa de produtores de laranja lima e fornecedor de grandes supermercados em Maceió e São Paulo, além de en-treg ar o produto a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Trabalhar a produção orgânica foi outro desafio abra-çado por João Firmino.

“Não utilizamos nenhum tipo de química no nosso pomar. É com o esterco dos animais, urina de vaca, leite, entre ou-tros materiais que facilmente encontramos na nossa proprie-dade que combatemos pragas e doenças, além de adubar natu-ralmente a plantação”, descre-veu o agricultor.

De acordo com a gestora do APL da Fruticultura do Vale do Mundaú, Valdelane Tenório, na região foram implantadas 8 unidades demonstrativas de laranja lima e banana, todas em parceria com a EMATER/AL. “A metodologia da Unida-de Demonstrativa leva a in-formação de forma rápida e na

prática a um maior número de pessoas, derrubando a barreira do pequeno número de exten-sionistas no campo. Por isso apostamos cada vez mais nesse trabalho”, destacou Valdelane Tenório.

APL MÓVEISO Programa de Arranjos

Produtivos Locais (PAPL) ga-nhou um importante parceiro. A Secretaria Municipal de Traba-lho, Abastecimento e Economia Solidária de Maceió (Semtabes) irá realizar a capacitação e qua-lificação de profissionais para atender a demanda das empre-sas inseridas no APL Móveis de Maceió e Entorno.

De acordo com a gestora do APL, Cléa Mascarenhas, uma reunião realizada na últi-ma terça-feira (6), serviu para apresentar o programa e traçar estratégias para o crescimento deste mercado na capital. “A secretária Solange Jurema co-nheceu mais sobre o nosso tra-balho e quer que a Prefeitura de Maceió seja uma parceira neste desenvolvimento”, comenta.

Instituições parceiras do Arranjo Produtivo Local (APL) Apicultura Litoral e Lagoas tiveram a oportuni-dade de conhecer um pouco mais sobre a pesquisa “Estu-do da Autenticidade e Sazo-nalidade da Própolis Verme-lha de Diferentes Apiários do Estado de Alagoas”, rea-lizada pelo professor Ticiano Gomes, na Universidade de Strathchlyde, na Escócia.

De acordo com Ticiano Gomes, a própolis vermelha, produzida em alguns mu-nicípios alagoanos, contém uma substância que pode ser útil no tratamento do HIV, no combate ao câncer e ao trypanosoma brucei, espécie de protozoário da “Doença do Sono”. “Esta pesquisa abre um precedente para outros estudos. Já estou trabalhan-do com alguns pesquisadores da Paraíba para analisarmos mais profundamente estas substâncias encontradas na própolis vermelha”, comenta

o professor.Para a gestora do APL

Apicultura Litoral e Lago-as, Patrícia Fontes, está é a oportunidade de estreitar as relações com as instituições parceiras e mostrar para os produtores a riqueza da pró-polis.

“Esta pesquisa só tem a valorizar ainda mais a api-cultura em nosso estado. A própolis não tem apenas importância para a produ-ção, mas também científica, tendo em vista os resultados que os estudos preliminares apontaram”, colocou o secre-tário de Estado do Planeja-mento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Go-mes.

A palestra foi organizada pela coordenação do Progra-ma de Arranjos Produtivos Locais (PAPL), formada pela Secretaria de Estado do Pla-nejamento e do Desenvolvi-mento Econômico (Seplande) e o Sebrae.

MACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013 ECONOMIA 19 TRIBUNAINDEPENDENTE

VEÍCULOS TRIBUNAINDEPENDENTEPUBLICIDADE20 MACEIÓ - DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013