Edição nº 1073

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Edição 1073 Ano XX 30 de setembro de 2014 Semanário Gratuito Sai à 3ª feira Diretor: João Tavares Conceição Siga-nos no Página 2 Costa vence também no distrito PUB APÓS PROFUNDAS OBRAS, O RESTAURANTE "O CHERNE", NA GRANJA, ABRE COMO De segunda-feira a domingo, ao almoço e ao jantar, já pode saborear os seus grelhados preferidos, no novo espaço da Churrasqueira da Quinta, na Granja, em Castelo Branco. Lagartos do Lombo de Porco Preto, Costela Mendinha de Novilho, Posta de Novilho e a Espetada da Quinta, são iguarias adicionais às que são confeccionadas nas lojas na Carapalha, no Amieiro, no Dr. Beirão e na Praça. CHURRASQUEIRA DA QUINTA Páginas 12 e 13 Valor das portagens na A23 nas mãos da Scutvias PUB Página 11 II Festival Sopas de Peixe deliciou visitantes Vila Velha de Ródão Página 15 Oleiros Página 15 Sertã Página 4 Acerta o Passo até dezembro de 2015 Castelo Branco Página 19 Benfica e Castelo Branco dá mais um passo rumo à Taça de Portugal Desporto Foto arquivo Santa Casa da Misericórdia de Álvaro abre unidade de alojamento Autarquia atribui subsídio a Lar do Castelo

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Povo da Beira - O seu semanário regional gratuito, disponivel em toda a Beira Baixa.

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Edição 1073 • 30 de setembro de 2014 • Povo da Beira · 1·

Edição 1073 • Ano XX • 30 de setembro de 2014 • Semanário Gratuito • Sai à 3ª feira • Diretor: João Tavares Conceição • Siga-nos no

Página 2

Costa vence

também no distrito

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APÓS PROFUNDAS OBRAS, O RESTAURANTE "O CHERNE", NA GRANJA, ABRE COMO

De segunda-feira a domingo, ao almoço e ao jantar, já pode saborear os seus grelhados preferidos, no novo espaço da Churrasqueira da Quinta, na Granja, em Castelo Branco.Lagartos do Lombo de Porco Preto, Costela Mendinha de Novilho, Posta de Novilho e a Espetada da Quinta, são iguarias adicionais às que são confeccionadas nas lojas na Carapalha, no Amieiro, no Dr. Beirão e na Praça.

CHURRASQUEIRA DA QUINTA

Páginas 12 e 13

Valor das portagens na A23 nas mãos da Scutvias

PUB

Página 11

II Festival Sopas de Peixe

deliciou visitantes

Vila Velha de Ródão

Página 15

Oleiros

Página 15

Sertã

Página 4

Acerta o Passoaté dezembro

de 2015

Castelo Branco

Página 19

Benfica e Castelo Branco dá mais um passo rumo

à Taça de Portugal

DesportoFo

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voSanta Casa

da Misericórdia de Álvaro abre unidade

de alojamento

Autarquia atribui subsídio a Lar do Castelo

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· 2· Povo da Beira • 30 de setembro de 2014 • Edição 1073

POR PATRÍCIA CALADO

À semelhança do que aconteceu a nível nacional, o distrito de Castelo Branco elegeu, com 2504 votos, An-tónio Costa para candidato a Primeiro-Ministro pelo Partido Socialista.

Entretanto, na Conce-lhia de Castelo Branco, An-tónio Costa alcançou 988 votos contra 375 do adversá-rio António José Seguro. O POVO DA BEIRA verificou durante a manhã de domin-go, dia 28, que as eleições primárias do PS fizeram mover um elevado número de militantes e, principal-mente, de simpatizantes.

Hortense Martins, Pre-sidente da Federação Dis-trital do Partido Socialista

de Castelo Branco, acredita que esta afluência às urnas ilustram a vontade dos sim-patizantes e militantes para uma mudança.

“De facto, como se

viu o Partido Socialista é um grande partido de de-mocracia portuguesa, os simpatizantes recorreram em inscrever-se em mas-sa no PS. Têm no Partido

Socialista um referencial de esperança para o futuro do país e nestas eleições verificou-se isso mesmo, que as pessoas vêm no PS a esperança para as mu-

danças que são necessárias no nosso país. No distrito foi o que se verificou, um grande resultado para An-tónio Costa com 56% con-

tra os 44% para António José Seguro”, contou Hor-tense Martins, apoiante de António Costa, ao POVO DA BEIRA. ■

Destaque

António Costa saiu vitorioso no distrito

POR PATRÍCIA CALADO

Até ao final do presen-te ano, Castelo Branco e Estremadura, em Espanha, vão apresentar a candidatu-ra transfronteiriça do Tejo/Tajo Internacional a Reser-va da Biosfera na UNES-CO. Caso seja aprovada, entrará em vigor no próxi-mo ano.

Luís Correia, Presiden-te da autarquia albicastren-se, acredita que esta candi-datura vai representar “um reconhecimento de um território que assenta num crescimento sustentável”, sendo esta candidatura um passo para a “criação de uma marca para este terri-tório”.

“Julgamos ser uma marca que pode vir a ser muito positiva para o nos-

so território e pode vir a ajudar nas diversas áreas, é sobretudo uma marca de sustentabilidade, desen-volvimento sustentável”, disse Luís Correia na apre-sentação da proposta, no passado dia 22, na Câmara Municipal de Castelo Bran-

co.Acrescentou ainda que

“a Reserva da Biosfera não traz qualquer restrição à gestão ou ao desenvolvi-mento do território”.

Para o autarca este re-conhecimento pode ajudar o desenvolvimento da re-

gião, já que “os territórios com marca são procurados internacionalmente, por isso vai ser positivo”.

“Os produtos locais podem beneficiar, assim como o Turismo, tradições e costumes que vão ser ain-da mais valorizados”.

A apresentar a pro-posta de candidatura, Rui Melo, técnico do Instituto da Conservação da Nature-za e das Florestas (ICNF), explicou todo o conceito que está à volta do estatu-to “Reserva da Biosfera”. Este, que é atribuído pela UNESCO, representa a pre-servação da biodiversidade. Rui Melo adjetivou este es-tatuto como “selo de qua-lidade”.

“Trata-se de uma es-pécie de selo de qualidade de áreas que têm o carim-bo da UNESCO. A reserva traz maior visibilidade e notoriedade à região. Esta visibilidade tem benefícios e também responsabilida-des”, referiu.

Acrescentou ainda que esta candidatura vai ser “um desafio para o territó-

rio” e uma “promoção dos recursos endógenos para a economia local”. De acordo com o técnico, este reconhecimento pode vir a trazer consequências positi-vas, tais como o “aumento da procura e valor do turis-mo, associado à natureza, gastronomia e pesca”.

Rui Melo, que apre-sentou a candidatura jun-tamente com António Borges, deixou bem claro que esta candidatura é do Estado Português, já que o ICNF é apenas a entidade que elabora o trabalho de campo.

Assim, esta candidatu-ra transfronteiriça do Tejo/Tajo Internacional, caso seja aprovada, pode vir a fa-zer companhia às restantes sete Reservas da Biosfera presentes em Portugal. ■

Castelo Branco e Estremadura unidos em candidatura transfronteiriça a Reserva da Biosfera da UNESCO

Eleições Primárias do PS

António José Seguro demite-se

No passado domin-go, face aos resultados das eleições primárias, que deram a vitória a António Costa, António José Se-guro demitiu-se do cargo Secretário-Geral do Par-tido Socialista. Assim, in-ternamente o partido terá de convocar um congresso para nomear o sucessor de Seguro.

“António José Segu-

ro disse que se demitiria se não ganhasse as elei-ções primárias. Portanto vai ter que haver Con-gresso com eleições inter-nas pelos militantes para Secretário-Geral do PS. Agora os órgãos têm de convocar essas eleições, esperamos que seja o mais rapidamente possível”, explicou Hortense Martins ao POVO DA BEIRA. ■

Paula, 51 anos

Achei como cidadã que devia participar. Vim aqui para contribuir para

a eleição do futuro Pri-meiro-Ministro de Portu-gal. ■

Jéssica Fonseca, 21 anosSou simpatizante. E

creio que é importante vir até aqui votar. É um direito que nós temos, e obviamente que o de-vemos aproveitar para demonstrar a nossa opi-nião. ■

João Matias, 48 anosSou simpatizante. E

venho aqui, porque acho que é importante, até por-que podemos estar a deci-dir o futuro Primeiro-Mi-nistro. É importante que todos participem, a partir do momento em que são abertas, e votar naquele que achamos que é o mais adequado. ■

Hortense Martins, Presidente da Federação Distrital do PS de Castelo Branco, votou a meio da manhã

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Edição 1073 • 30 de setembro de 2014 • Povo da Beira · 3·Destaque

EDITORIAL

DIRETOR JOÃO TAVARES CONCEIÇÃO

E Aconteceu o Esperado

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Soalheira

GNR apreende plantas de Cannabis

O Posto da GNR da Soalheira, efetuou na tar-de da passada terça-feira, diversas diligências na fre-guesia de Louriçal do Cam-po, que culminaram com a apreensão de vinte plantas de cannabis com alturas en-tre os 80 centímetros e os 2 metros e 30.

Na propriedade rústi-ca onde as plantas foram encontradas, foi também apreendido diverso mate-rial de apoio á produção na âmbito do regime jurídico aplicável ao tráfico e con-sumo de estupefacientes e substâncias psicotrópicas.

Os factos foram co-

municados ao Ministério Público de Castelo Bran-co, com vista a investigar a

existência de crime, deter-minar os seus agentes e a sua responsabilidade.■

Docente agredida por pais de aluno em Abrantes é Albicastrense

A professora do ensi-no básico, agredida dentro da sala de aula na Escola Básica n.º 2 em Rossio ao sul do Tejo (Abrantes) pe-los pais de um aluno é na-tural e residente em Caste-lo Branco.

Fonte do estabeleci-mento de ensino disse à agência Lusa que a profes-sora, Luísa Capelo, havia

chamado os pais de um aluno por este "não apre-sentar os trabalhos de casa feitos... situação já recorrente."

A docente conta que "a senhora irrompeu pela sala dentro aos socos e pontapés", tendo a pro-fessora sido agredida e recebido tratamento hos-pitalar.

A professora ficou fe-rida nas mãos e num bra-ço, a par de uma crise de ansiedade emocional.

Jorge Soares, porta--voz da PSP de Santa-rém, disse à Lusa, que "a agressora foi identificada e o caso, por configurar um caso de crime públi-co, vai ser remetido para o Ministério Público". ■

Caminhada pela Luta contra o Cancro

No próximo dia 4 de outubro, sábado, pelas 15h00, as voluntárias do Movimento Vencer e Viver da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), promo-vem em Castelo Branco a caminhada “Pequenos Pas-sos, Grandes Gestos”.

A iniciativa, com en-

contro marcado para as 14h00, parte do Centro Cí-vico.

A participação na cami-nhada é realizada através de uma inscrição, que confere o acesso a um kit caminha-da* (t-shirt, garrafa de água e folhetos informativos). A inscrição tem o valor de

cinco euros, a reverter in-tegralmente para o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Can-cro.

Para obter mais infor-mações e proceder a inscri-ções pode contactar a orga-nização através dos telefones 918 457 451 / 239 487 490.■

A n e c e s s i d a d e de ressuscitar factos políticos

antigos só rivaliza com a inércia do funciona-mento da Justiça. Só assim se justificam as parangonas contínuas sobre o caso da aquisi-ção dos submarinos. Na Alemanha os corrup-tores foram castigados. Por cá os eventuais cor-rompidos foram glori-ficados, financiamento dos partidos oblige. A Assembleia da Repúbli-ca continua a arrastar o inquérito, ouvindo agora Guterres negar qualquer envolvimento na sua negociação, dado o seu Governo ter sem-pre acautelado a defesa do interesse público. E com ele não queremos relembrar o pântano em que vivíamos. Também Barroso nega qualquer envolvimento, dizendo desconhecer os prin-cipais cabeças de car-taz, entre os quais o ex-cônsul, e que a sua grande preocupação era evitar esbanjamento dos dinheiros públicos, limitando o número de

submarinos a comprar. Ora este problema deve-ria ser da responsabili-dade dos tribunais, mas são os políticos que se entretêm a discuti-lo. E pelo tempo que demo-ram, bem era necessário aumentar o número de deputados. Presume-se que seja um problema que ainda se arraste du-rante mais algum tem-po, para terminar em águas de bacalhau.

Também o caso Tec-noforma continua a dar que falar. Criou-se ano-nimamente um caso que pudesse rivalizar com as primárias do PS. É um não problema, que só gera barulho, e de ne-nhuma forma semelhan-te a qualquer dos pro-blemas que afetaram o Governo anterior. Rece-beu, não recebeu, pagou ou não pagou, prescre-veu ou não, são factos de relevância escassa. Apenas os puristas di-

zem desconhecer as pre-tensas exclusividades dos nossos deputados. Sabemos que Passos, ao apostar na austeri-dade foi ambicioso, mas não foi pelo caminho mais correto, mas tentar acusá-lo, hoje, de meter dinheiro ao bolso é uma idiotice. E são estas dis-cussões estéreis que os afastam do cumprimen-to do serviço público.

Por fim, e tal como desde o inicio se dese-nhava, Costa venceu. Seguro volta ao limbo, onde já tinha perma-necido uns anos antes. Mas Costa vai ter agora de abrir o jogo e come-çar a fazer uma oposi-ção real, e esperemos com alguma novidade. Não o abonam muito os barões que ajudaram a fazer a cama a Seguro, mas foi a vontade dos seus militantes. Aguar-demos os próximos ca-pítulos…

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· 4· Povo da Beira • 30 de setembro de 2014 • Edição 1073Castelo Branco

POR CRISTINA VALENTE

O sucesso do progra-ma "Acerte o Passo" foi tal que as entidades pro-motoras, Câmara Muni-cipal de Castelo Branco, Associação de Profissio-nais de Educação Física (APEF) e Escola Superior de Educação, decidiram prolonga-lo até dezembro de 2015.

Recorde-se que o pro-grama foi reeditado em junho, na sequência de um desafio lançado pelo presi-dente da autarquia.

Passados três meses de atividade, o balanço é mui-to positivo, afirma Luís Correia

"Com o sucesso obti-do, temos que continuar, é nossa obrigação dar con-tinuidade a um projeto destes. Vamos continuar com um horizonte até fi-nal de 2015. Vamos fazer reavaliações e queremos, nessas reavaliações, fazer um trabalho profissional, de forma a melhorar sem-pre que possível."

Também para João Ramalho da APEF o su-cesso é uma realidade uma vez que os objetivos

estabelecidos foram supe-rados.

"Os resultados al-cançados a vários níveis (autonomia, controle da intensidade, melhoria de vários indicadores da ap-tidão física e composição corporal), os níveis de satisfação manifestados pelos participantes, o cli-ma positivo entre todos os intervenientes, o número

elevado de participantes e a regularidade com que participaram nas sessões práticas, são, entre ou-tros, fatores que nos moti-vam a investir no projeto e a dar-lhe continuidade até dezembro de 2015".

Este programa é tam-bém uma oportunidade de os profissionais de Educa-ção Física partilharem o conhecimento científico e

a continuidade do progra-ma é uma aposta clara das três instituições na melho-ria da qualidade de vida dos albicastrenses e na promoção da prática regu-lar de exercício físico com qualidade.

"O gabinete de apoio instalado vai manter-se em função e permitirá prescrever e fazer acon-selhamento de exercício

físico (marcha, corrida e reforço muscular), avalia-ção da composição corpo-ral dos participantes no programa, bem como de todos aqueles que já prati-cam de forma autónoma e pontualmente necessitam de fazer avaliação" adian-ta João Ramalho.

Como se aproxima o inverno, há algumas altera-ções no programa, que se

ajusta às condições meteo-rológicas "as sessões prá-ticas, numa primeira fase (setembro 2014 a abril de 2015), serão realizadas dois dias por semana, 3ª e 6ª feira das 18:00h às 19:30h, na Zona de Lazer de Castelo Branco. Quan-do as condições climaté-ricas não possibilitarem a prática de marcha e/ou corrida, serão realizadas aulas de grupo no edifício da Lagoa. Entre os meses de maio e agosto serão realizadas três sessões por semana, sendo a terceira sessão realizada ao fim de semana. Nos restan-tes meses será mantido o primeiro horário e núme-ro de sessões semanais" explica o representante da APEF.

Outra das novidades é o facto de ao longo do ano os participantes poderem assistir a workshops/ses-sões de esclarecimento so-bre temáticas relacionadas com a prática regular da atividade e exercício físico e serem também promovi-dos passeios pedestres, nos percursos marcados no concelho de Castelo Bran-co. ■

Acerte o Passo prolonga-se até dezembro de 2015Depois do sucesso alcançado

Albicastrenses alertados para doenças cardiovascularesPOR PATRÍCIA CALADO

No passado domingo, dia 28, as Docas foram o palco das comemorações do Dia Mundial do Co-ração. A Associação de Professores de Educação Física, em parceria com a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, reali-zaram uma manhã repleta de atividades.

“A Fundação Portu-guesa de Cardiologia lan-çou desafio, como todos os anos, para que fosse comemorado o Dia Mun-dial do Coração em di-versas cidades. A Câma-ra Municipal de Castelo Branco aderiu e lançou o desafio a Associação de Professores de Educação Física de Castelo Branco no sentido de organizar uma atividade, embora simbólica, que permi-tisse de alguma maneira alertar as pessoas para a problemática das doenças

cardiovasculares”, ex-plicou João Ramalho, da associação, ao POVO DA BEIRA.

Aula de Zumba, ras-treios e provas de orien-tação foram as iniciativas

elaboradas.“E foi isso que fize-

mos. Com a colabora-ção da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, uma equipa de enferma-gem realizou alguns ras-

treios. Esta manhã tam-bém decorreu uma aula de zumba e, apesar da chuva, as pessoas aderi-ram”, adiantou.

A última atividade, prova de orientação, teve

a colaboração do Clube de Orientação da Beira In-terior Sul, uma prova que aliou o exercício físico à descoberta da cidade albi-castrense.

“Lançámos o desa-

fio de fazer uma prova de orientação sem o ca-rácter competitivo, mas no sentido de levar os participantes a conhecer alguns pontos da cidade, nomeadamente da zona histórica que certamente nem conhecem”, contou ao POVO DA BEIRA.

João Ramalho adian-tou ainda que as horas em que decorreu a iniciativa, das 10 às 12 horas, tinham sido estipuladas pela Fun-dação Portuguesa de Car-diologia.

“Associámos à ini-ciativa que é feita a nível nacional e, apesar não ter números concretos, acre-dito que certamente que ultrapassámos uma cente-na de pessoas”, finalizou.

A equipa de enferma-gem contou ao POVO DA BEIRA que durante a ma-nhã de domingo mediram “a tensão arterial e a gli-cemia a cerca de 30 a 40 pessoas”. ■

João Ramlho, Luís Correia, António Faustino, representantes das três entidades promotoras do programa

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Edição 1073 • 30 de setembro de 2014 • Povo da Beira · 5·Castelo Branco

POR PATRÍCIA CALADO

Na passada quinta-fei-ra, o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) realizou a primeira confe-rência do ciclo de “Con-ferências do Politécnico”. Camilo Lourenço, jorna-lista económico, e António Godinho, consultor finan-ceiro da Exchange, foram as personalidades de reno-me a abrir este ciclo.

Em destaque, esteve o tema “O que deve fazer para o seu dinheiro che-gar ao fim do mês?” tanto numa perspetiva macroe-conómica como microe-conómica. E neste período de crise, poupar é a grande luta dos portugueses.

De acordo com os ora-dores, a poupança começa em casa através da realiza-ção de um orçamento fa-miliar por escrito.

“Importa olharmos para dentro da nossa casa, controlarmos as nossas despesas e sobretudo pla-neá-las num orçamento familiar que é escrito, que não esteja apenas na nos-sa cabeça. Um orçamento aplicável ao nosso dia-a--dia em casa. Pela nossa experiência, este é um ins-trumento que faz com que as nossas famílias tenham uma vida financeira mais saudável do que aquelas que não o fazem”, expli-cou António Godinho.

Assim, é importan-te que sejamos exigentes, pois caso contrario “a ten-dência para cometer erros é maior e os erros pagam--se”, como referiu Cami-lo Lourenço. O jornalista

económico acredita que é crucial “fazer contas”.

“Temos de registar as despesas. Já fiz este tes-te com muitas famílias, há muitas que dizem que não conseguem poupar e depois peço o orçamen-to e dão o orçamento do mês passado. Tem de ha-ver despesas dos seis me-ses anteriores para saber quais são as coisas supér-fluas. Ao fim desses meses acabam por descobrir que

afinal há muita coisa onde gastam. A questão do or-çamento é fundamental, sobretudo ter um registo sistemático de despesas. Se planear o que vai acon-tecer, por exemplo agora é a época do início da escola e há que ter dinheiro pre-parado para isso. Ou por exemplo, pagar o seguro do carro e da casa, enfim tem de estar tudo prepa-rado. É esse planeamento que se tem de fazer e que o

cidadão comum não faz”, acrescentou.

Ao longo da conferên-cia, vários assuntos vieram ao de cima e, num auditó-rio apinhado, a população fez-se ouvir questionando diversos temas desde as finanças pessoais à situa-ção económica do país. Para além do orçamento familiar escrito, mais dicas foram explicadas aos al-bicastrenses no Auditório dos Serviços Centrais e da

Presidência do IPCB.“Neste período de

instabilidade em que vi-vemos, o grande concelho que se pode dar é a diver-sificação dos destinos des-se dinheiro, não colocar todo no mesmo sítio. Não esquecer que não é só co-locar dinheiro no banco, há outras formas, como por exemplo, comprar terrenos e imobiliários, que são coisas que não de-saparecem nem vão à fa-

lência”, indicou António Godinho.

Para o consultor finan-ceiro, nesta conjetura em que Portugal se encontra, poupar “é mais do que uma possibilidade, é uma necessidade”.

“Há que arranjar for-ma de poupar até para fazer face a uma eventua-lidade futura, já que, o Es-tado já não consegue res-ponder. Não temos pais ou avós que nos possam socorrer, é uma necessida-de poupar”, finalizou.

E como já foi referido anteriormente, tudo co-meça em casa e, principal-mente, nas camadas mais jovens. Pois, de acordo com Camilo Lourenço há que haver uma mudança de mentalidades por parte das novas gerações.

Assim, a primeira con-ferência deste ciclo foi um autêntico sucesso. A próxi-ma já tem data marcada, 6 de novembro, sendo mais uma vez aberta a toda a comunidade. ■

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Morada: Rua Prior Vasconcelos Nº 34, Loja 2 6000-265 Castelo Branco (junto à antiga Rodoviária)

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Conferências do Politécnico já começaram

Dicas de poupança•Realizar um orçamento familiar escrito

•Possuir um registo sistemático de despesas

•Planear o que se vai gastar (por exemplo: início das aulas sinónimo de despender dinheiro para livros e material escolar)

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· 6· Povo da Beira • 30 de setembro de 2014 • Edição 1073Castelo Branco

POR JOSÉ MANUEL R. ALVES

Com a presença de vá-rias dezenas de confrades a Confraria do Borrego de Castelo Branco comemo-rou, na quarta-feira o seu 1º aniversário com um jantar no restaurante Kalifa, que serviu uma excelente cal-deirada de borrego bastante apreciada por todos os pre-sentes.

António Augusto, presi-dente da confraria, destacou a importância do borrego para o desenvolvimento da região da Beira Baixa, ga-rantindo que a instituição irá desenvolver cada vez mais esforços para que o

produto seja conhecido a ní-vel nacional e internacional.

O dirigente manifestou a sua enorme satisfação pela comemoração do primeiro ano de existência da con-fraria, anunciando que em

breve será apresentado o res-pectivo traje.

Foi também revelado pelo presidente da Assem-bleia Geral, João Reis, a convocatória para breve de uma reunião magna da

Confraria do Borrego de Castelo Branco.

No final foi o apagar da primeira vela do bolo de ani-versário, com todos os con-frades a entoar os parabéns a você. ■

Iniciativa Investe na Tua Terra

Alunos da ETEPA visitaram Chão da Vã e Juncal do Campo

Os alunos dos cursos de Animação Sociocultu-ral, Comunicação e Marke-ting e Serviços Jurídicos da ETEPA aceitaram o desafio lançado pela EcoGerminar para uma visita às aldeias de Chão da Vã e Juncal do Campo no âmbito da inicia-tiva Investe na Tua Terra, realizado no passado dia 18.

Esta iniciativa preten-deu apresentar um conjunto de iniciativas que dinami-zam as aldeias e que podem ser consideradas enquanto oportunidades de futuro. O dia começou com a visita à Casa de Burros em Chão da Vã, uma iniciativa que as-socia as artes, a cultura e a preservação de burros num projeto de turismo.

No período da tarde

os alunos e professores ti-veram a oportunidade de conhecer o Juncal do Cam-po, e a escola primária da localidade, que tem servido como espaço privilegiado de um conjunto de iniciativas desenvolvidas pelo projeto “Há Festa no Campo”, um

projeto integrado de desen-volvimento, que pretende promover a valorização das aldeias através de práticas artísticas.

Foi assim, que uma das entidades parceiras, a Associação Terceira Pessoa apresentou o documentário

Projeto Kurt Cobain, mote para o debate em torno da cultura e a sua importância para o desenvolvimento lo-cal. Esta iniciativa enqua-dra-se no âmbito do acordo do IEFP/Animar, no qual a EcoGerminar é a entidade promotora.■

Juncal do Campo vai juntar sportinguistas albicastrenses

No próximo sábado vai realizar-se o 6.º Con-vívio dos Sportinguistas do Juncal do Campo, uma iniciativa que convida to-dos os sportinguistas al-bicastrenses a participar. Esta 6.ª edição organizada pelo Café Dinalves terá a presença do Hilário, que é considerado por muitos o melhor defesa esquerdo da história do futebol por-tuguês.

Hilário ganhou três

campeonatos, três taças de Portugal, uma taça das Ta-ças e foi titular indiscutível no campeonato mundial de 66, o célebre 3.º lugar dos Magriços.

As inscrições para o almoço, que terá também uma lembrança, podem ser feitas no Café Dinalves ou pelos números 936 120 422 e 924 403 151. A orga-nização conta com a maior adesão de sportiguistas e amigos.■

Inscrições abertas para o VII Passeio de Motas antigas

A Associação Juvenil Ribeiro das Perdizes vai realizar, no próximo dia domingo, o VII Passeio de Motas Antigas. Esta ativi-dade pontual em todos os calendários anuais da colec-tividade é já uma referência da Associação e também da modalidade em si, pois muitos são os amantes das relíquias antigas que se têm juntado a esta organização, vindos de todas as partes do concelho, distrito e tam-bém de distritos envolven-tes e que com a sua presen-ça ano após ano mostram a sua satisfação.

Este ano o percurso passa por Lentiscais, Pe-rais, Vila Velha de Ródão, Santo André das Tojeiras e Taberna Seca, sendo uma vez mais possível contem-plar vistas aprazíveis este

ano não só do concelho de Castelo Branco mas tam-bém do concelho de Vila Velha de Ródão.

Todos aqueles que tenham uma motorizada antiga, ou não, podem ins-crever-se, sendo que haverá prémios para os motociclis-tas mais “cotas” Masculi-no/Feminino, para o moto-ciclista mais jovem, para a mota antiga mais original e também para o maior gru-po de motociclistas a parti-cipar, sendo que os motoci-clistas têm vantagem se se inscreverem em grupo.

As inscrições podem então ser feitas na sede, e--mail [email protected], telefone n.º 272 321 540 ou telemóvel 961 940 703, bem como através da pági-na de facebook ou dos ele-mentos da AJRP. ■

Confraria do Borrego assinalou 1º aniversário

Confrades deliciaram-se com Caldeira de Borrego

Serviços Municipalizados distinguidos com dois prémios

Os Serviços Munici-palizados de Castelo Bran-co (SMCB), entre outras entidades gestoras, desen-volveram e apresentaram o seu Plano de Gestão ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil, tendo aquela entidade, atribuído dois prémios aos SMCB, na categoria de Desenvol-vimento dos Planos GPI, nas vertentes Planeamento Estratégico e Planeamento Tático.

Recorde-se que os Ser-

viços Municipalizados ou as Câmaras Municipais que servem mais de 30.000

habitantes, devem promo-ver e manter um Sistema de Gestão de Infraestru-

turas de Abastecimento de Água e Drenagem de Água Residuais. ■

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Edição 1073 • 30 de setembro de 2014 • Povo da Beira · 7·Castelo Branco

Mercado Municipal recebeu desfile solidário de Vestidos de Noiva antigos

Feijão Frade da sopa...à sobremesaLardosa

POR CRISTINA VALENTE

A Lardosa recebe no próximo fim de semana de 3, 4 e 5 de outubro a 9ª edição da Feira do Feijão Frade.

Este certame é o mais antigo do concelho de Castelo Branco, e segun-do Luís Correia, tem tido "uma evolução muito po-sitiva, todos os anos tem muitos visitantes e tem apresentado inovações

todos os anos". Este ano serão apre-

sentados novos produtos, como as "Feijadinhas" uns bolinhos, deliciosos (porque já provámos) onde o feijão frade é um dos ingredientes.

O autarca Albicas-trense recorda que os ob-jetivos destes certames são "divulgar os bons produ-tos regionais que temos" mas também "dinamizar económica e cultural-

mente as freguesias".José Dâmaso, presi-

dente da Junta de Fregue-sia da Lardosa, considera esta edição a "mais terra--a-terra" uma vez que conta com o empenho das associações da freguesia, Lardosa e Vale da Torre.

O programa do cer-tame conta com atuação de várias associações da freguesia, "e as que não estão na animação estão nos expositores".

No certame estarão presentes seis produtores da freguesia, apesar da colheita deste ano ter sido inferior à do ano passado, "por causa da chuva e da humidade".

Do programa faz par-te o Passeio das Pastelei-ras (bicicletas antigas) que é um dos eventos que marca a Feira do Feijão Frade, este ano o passeio conta com 250 inscrições, os participantes são convi-

dados a trajar "à antiga" e no final é eleito o melhor trajado.

Também o Passeio Pedestre "Rota do Fei-jão" que se realiza no do-mingo de manhã, já tem as inscrições fechadas, e vai contar com 200 parti-cipantes.

Prepara-se confraria do Feijão Frade

José Dâmaso anun-

ciou que estão a ser prepa-rados os estatutos para ser criada a confraria do Fei-jão Frade, para se conse-guir chegar à certificação.

"Vamos tentar atra-vés da Confraria, tentar juntar de uma vez por to-das os produtores de fei-jão para mais tarde con-seguir a certificação do feijão frade da Lardosa, que é o grande objetivo desde a primeira feira" afirma José Dâmaso. ■

POR PATRÍCIA CALADO

A AVISO, Associa-ção de Apoio Voluntário ao Idoso Só, promoveu no passado sábado, dia 27, um desfile de Vestidos de Noiva antigos. O Mercado Municipal encheu de me-mórias numa noite mágica e solidária.

Muitas décadas esti-veram representadas neste desfile, onde foram apre-sentados dezenas de vesti-dos antigos, que tinha como intuito apelar à solidarieda-de dos albicastrenses.

“Apresentámos um evento social a que demos o nome de Vestir a Solidão com a Alegria do Noivado. Foi a forma que a AVISO encontrou para chamar a atenção para o problema da solidão da nossa cida-de, também para divulgar a nossa associação e para que a solidão não atin-ja Castelo Branco com a mesma dimensão como atinge cidades do litoral, com Lisboa e Porto. Ape-

sar de tudo somos uma ci-dade solidária com os seus idosos. Mas na verdade

existem muitas situações de isolamento, solidão e mesmo de miséria, que

habitualmente estão liga-das com problemas que tem a ver com situações de

doença, demência, incapa-cidade mental, hábitos de consumo de alcoolismo”,

referiu João Borga, Presi-dente da AVISO

A AVISO é uma asso-ciação de voluntariado so-cial ao domicílio que pres-ta apoio aos idosos que se encontram isolados, muitas vezes sem família presen-te. O desfile de Vestidos de Noiva Antigos tinha como intuito angariar fundos para uma causa. A associa-ção necessita de “adquirir um sistema de comuni-cação para os nossos ido-sos”.

“Muitas vezes não têm telefone, não têm ca-pacidade de fazer ligação. Precisamos de um sistema de comunicação simples em que basta clicar num botão para entrarem em contacto imediato com os voluntários. É um sistema que já existe em algumas associações”, explicou.

Para além desta nobre causa, a iniciativa apresen-tava mais objetivos como angariar voluntários, “fa-zer crescer a AVISO” an-gariando sócios. ■

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· 8· Povo da Beira • 30 de setembro de 2014 • Edição 1073Castelo Branco

Lobo Ibérico está a aumentar em Portugal

O presidente do Grupo Lobo, Francisco Fonseca, afirmou em Castelo Bran-co que a população daque-la espécie está a aumentar em Portugal, um fenómeno que se está a verificar nou-tros locais da Europa.

"Na zona de entre o sul do Douro e o norte do Tejo, o lobo está a aumen-tar a sua presença. Isto não é só um fenómeno que existe em Portugal, mas estende-se a toda a área de distribuição do lobo na Europa", referiu.

Francisco Fonseca que é também o coordenador nacional do projeto "LIFE MedWolf - Boas Práticas para a Conservação do Lobo em regiões Medi-terrânicas", deslocou-se a Castelo Branco, onde de-correu a primeira reunião do grupo de trabalho do lobo ibérico.Salientou que "esta é uma primeira reu-nião de muitas que se vão seguir até 2017, no âmbi-

to do projeto” LIFE Me-dWolf.

A reunião teve como objetivo juntar investiga-dores portugueses e espa-nhóis, para discutir a situa-ção do lobo na Península Ibérica.

"Temos muitos anos de experiência e de liga-ção a este problema que é a convivência entre o ho-mem e o lobo, geradora de muitos conflitos, não só através dos criadores de gado, mas também por causa de associações algu-mas delas radicais", adian-tou Francisco Fonseca.

Segundo o coordena-dor nacional do projeto "LIFE MedWolf", já estão a ser criadas ações piloto para demonstrar às pessoas que é possível tomar deter-minadas decisões que vão diminuir o prejuízo causa-do pelo lobo.

Essas ações passam pela distribuição, gratuita, de cercas para proteção

de gado bovino e pela dis-tribuição de cães de gado, para ajudar a proteger os rebanhos.

"Óbvio que o projeto não pode chegar a toda a gente porque é também uma base de demonstra-ção. Ninguém está à es-pera de eliminar todos os prejuízos que o lobo

possa causar, mas quere-mos é que esses prejuízos diminuam e, portanto, diminua o conflito com o lobo", sublinhou.

Os projetos-piloto es-tão a decorrer na zona entre o sul do Douro e o norte do Tejo e que a Es-cola Superior Agrária de Castelo Branco selecionou,

com base em critérios pré--estabelecidos, oito criado-res de gado da região entre o Douro e o Tejo, onde de-corre o projeto.

"São esses [criadores de gado] que estão neste momento a ser ajudados no terreno e que vão de-monstrar aos restantes que é possível diminuir os pre-

juízos", realça Francisco Fonseca.

O presidente do Grupo Lobo disse ainda que o Es-tado tem vindo a melhorar o seu papel na proteção do lobo ibérico e adiantou que o período das compensa-ções por prejuízos aos pro-dutores de gado, tem vindo a diminuir.

Contudo, sublinhou que apesar da legislação em vigor, "neste momento sabemos que existem ca-sos graves de lobos mortos ilegalmente. Não o conse-guimos quantificar mas é uma situação muito grave. Portanto, a lei não está a ser aplicada porque não temos meios. Sabemos as dificuldades que os servi-ços oficiais têm".

O presidente do Gru-po Lobo adiantou também que quer começar a fazer um censo em Portugal so-bre o lobo, cuja população atual se estima em 300 in-divíduos. ■

Cristina Granada tomou posse na Federação das Mulheres Socialistas

Durante a cerimónia de tomada de posse, no passado dia 26, Cristina Granada enalteceu o facto de Castelo Branco con-tar com uma mulher na presidência da Federação Distrital, em resultado das eleições ocorridas a 6 de Setembro.

Foi lembrado pelas eleitas, Hortense Martins e Cristina Granada, que o trabalho pela igualdade de oportunidade para mulhe-res e homens deve perma-

necer uma prioridade para o Departamento Federati-vo das Mulheres Socialis-tas de Castelo Branco.

As responsáveis politi-cas lançaram o apelo para uma maior participação das mulheres em todos os atos de cidadania e o estí-mulo ao envolvimento de todos, mulheres e homens para se alcançarem estes objetivos.

Constatando que são as mulheres que mais fa-cilmente abdicam das

suas carreiras em prol da família e outros compro-missos, a que a sociedade se habituou a associá-las, considerou-se a necessi-dade de o Departamento Feminino das Mulheres Socialistas de Castelo Branco continuar a lutar pela conquista de con-dições que permitam a homens e mulheres em igualdade de géneros desfrutarem daquilo que ambos desejam para uma vida plena e realizada, po-

derem conseguir os seus projetos de vida sem cons-trangimentos externos à própria pessoa.

Hortense Martins, di-rigiu às mulheres eleitas votos de sucesso nas suas iniciativas, lembrando que os objetivos elenca-dos eram já aqueles que o Departamento Federativo partilhava enquanto as-sumiu a presidência, bem como já vinha sendo prá-tica com a presidência de Maria José Batista. ■

Forum Castelo Branco promove Desfile de moda

O Forum Castelo Branco realiza no próximo dia 3 o evento Moda em Desfile.

A moda, a inovação e a cidade de Castelo Branco estão no seu todo ligadas e o Forum Castelo Branco, ao estabelecer parcerias com entidades de renome como o IPCB/ESART, quer destacar estes fatores e ser lugar determinado nes-tas áreas.

Neste sentido, este evento surge também em parceria com o IPCB/ESART pelo que terá pelas 19h00m a apresentação dos seus novos talentos.

Pelas 21h00m e com a apresentação de Sónia Araújo, decorrerá o evento de apresentação das cole-ções da nova estação Outo-no/ Inverno, das lojas ade-rentes do Forum Castelo Branco. ■

18º Laboratório – LUPA: “Metamorfoses”

No seguimento da programação trimestral do LUPA, realiza-se no próxi-mo dia 4 de Outubro entre as 10h e as 18h, mais um laboratório, desta vez com o tela : Metamorfoses.

É formadora neste 18º laboratório Sofia Miguel.

Este laboratório vem exaltar um meio artístico inexplorado até ao mo-mento que é a expressão corporal e o movimento. Pretende-se, assim, rela-cionar a perceção corporal com o espaço envolvente

(património albicastrense) explorando as potenciali-dades do corpo como meio de expressão e comunica-ção verbal e não-verbal. Durante o processo criati-vo os participantes serão convidados a “metamor-fosear-se”, levando-os a reconhecer e redescobrir a sua própria linguagem ativa e criativa do corpo. Podem participar pessoas apartir dos 10 anos, a ins-crição é obrigatória através do email [email protected]. ■

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Edição 1073 • 30 de setembro de 2014 • Povo da Beira · 9·Publicidade

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· 10· Povo da Beira • 30 de setembro de 2014 • Edição 1073Idanha-a-Nova

Emília Mezia apresentou romance “O Poeta e o Ladrão”

O primeiro romance de Emília Mezia, “O Poe-ta e o Ladrão”, foi lança-do no passado dia 20 no Forum Cultural.

Trata-se de uma obra de ficção, cuja ação se de-senrola por vários pontos de França, Espanha e Por-tugal, protagonizada por uma personagem “cheia de força e coragem”, reve-la a autora, residente há 11 anos no Rosmaninhal.

A cerimónia contou com a presença de mais de 50 associados do Mensa-geiro da Poesia, associação cultural poética de Amora, da qual a Emília Mezia é associada e pioneira. A vice-presidente da autar-quia, Idalina Costa, esteve

presente na apresentação da obra, deixando palavras de apreço e encorajamento à escritora e poetisa.

“Por terras raianas, Emília Mezia tem de-monstrado que mesmo quando se perdem as for-ças pelas fragilidades da

vida, não devemos perder a vontade de continuar a lutar. São características que a distinguem enquan-to autora, mas também, e sobretudo, como pessoa que merece toda a esti-ma”, afirmou Idalina Cos-ta.

O lançamento do oi-tavo livro de Emília Me-zia, primeiro romance de uma obra onde se destaca a poesia, trouxe a Idanha--a-Nova vários poetas, que protagonizaram um mo-mento cultural.

O fundador do Mensa-geiro da Poesia, Luís Fer-nandes, e Natália Fonseca, diretora do boletim desta associação, participaram na apresentação de “O Poeta e o Ladrão”.

Entre os convidados estiveram o ex-presidente da Câmara Municipal, Ál-varo Rocha, autor de um texto no prefácio do livro, e o presidente da Junta de Freguesia de Rosmaninhal, Joaquim Chambino.■

Body Gym comemorou 10.º aniversário

O ginásio Body Gym comemorou no passado dia 20, o seu 10.º aniversário ao serviço da comunidade idanhense. A efeméride foi assinalada com uma peque-na festa que reuniu respon-sáveis, praticantes desporti-vos, associados e amigos.

Entre os convidados esteve a vice-presidente do município, Idalina Costa, que foi agraciada pelo res-ponsável do ginásio, Jorge Ginja, com uma lembrança para a autarquia em ges-to de agradecimento pelo apoio que esta entidade tem prestado para o desenvolvi-

mento da referida atividade.Refira-se que a pensar

naqueles que têm pouco tempo para treinar, o Body Gym definiu um novo horá-rio a partir deste mês das 10 às 14 horas e das 15 horas às 20H30. O espaço dispõe de sala de musculação/manutenção física e sala de cardio-fitness, proporcio-nando ainda aulas de grupo de aerocombat.

O ginásio presta ser-viços à população através de uma parceria com a As-sociação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Idanha-a-Nova. ■

LadoeiroACDL inaugura sede em dia de festival de folclore

A Associação Cultural e Desportiva do Ladoeiro (ACDL) inaugura no dia 4 de outubro a sua sede social durante as comemorações do segundo aniversário do Rancho Folclórico, assina-ladas com um festival de folclore. O certame realiza--se no recinto de festas do Ladoeiro.

O programa arranca às 16 horas, com uma arrua-da dos grupos de bombos “Raia dos Sonhos” do La-doeiro e “Zabumbas” de Alpedrinha.

Assinalando também o 38.º aniversário da ACDL, a inauguração da sede des-ta associação está marcada para as 18 horas e conta com o apoio do município

idanhense.Os grupos participan-

tes no festival de folclore começam a concentrar-se pelas 18H30, no largo das festas, para um jantar con-vívio. O festival inicia-se pelas 20H30 com um pe-queno desfile dos grupos participantes, seguido da entrega de lembranças.

Participam os grupos Modas e Adufes (Proença--A-Velha), Rancho Fol-clórico da ACD Ladoei-ro, Rancho Folclórico e Etnográfico de Sancheira Grande (Óbidos), Rancho Folclórico Cacho Dourado (Aldeia Gavinha - Alen-quer) e Rancho Folclórico Raia dos Sonhos (Ladoei-ro). ■

Herdade da Cubeira certificada pelo Wild Life Estates

A Herdade da Cubeira, Rosmaninhal recebeu, no passado dia 13, a certifica-ção do Wild Life Estates, atribuída pelo júri dos Wild Life Estates International com o selo de aprovação da Associação Nacional de Proprietários e Produtores de Caça.

Maria do Rosário Hor-ta e Costa Cardoso Pinto, sócia da Cubeira e filha de Frederico Horta e Costa, foi por este escolhida para o representar num sinal ine-quívoco de que as próximas gerações comungam da res-ponsabilidade de preservar e desenvolver o trabalho extraordinário que a todos os níveis foi feito nesta pro-priedade, considerada por muitos especialistas como o coração do Parque Natu-ral do Tejo Internacional.

Este importante galar-dão internacional é um cer-tificado de reconhecimento

pelo trabalho de excelência feito numa propriedade eu-ropeia em prol da boa ges-tão e conservação dos habi-tats e da biodiversidade.

A Cubeira tem sido justamente apontada como um caso exemplar na ges-tão correta de um território cujas características tanto a nível da fauna como da flora fazem dela um caso único.

Com cerca de 7,5 qui-

lómetros de frente de Tejo Internacional e cerca de 3,5 quilómetros de Ribeira do Aravil, aqui nidificam um número considerável de espécies altamente pro-tegidas, sendo as mais em-blemáticas o Abutre Preto, até há pouco tempo caso único, o Abutre do Egito, a Águia Imperial, a Águia--real, a Águia de Bonnelli e a Cegonha Negra. A sua população de cervídeos

(veados) varia conforme as épocas do ano entre cerca de 850 e 1200 efetivos, sen-do a população de javalis também considerável.

Os sócios da Cubeira têm ao longo dos últimos 22 anos sabido gerir as suas relações com as populações vizinhas, criando oportuni-dades de trabalho e privi-legiando o comércio local, demonstrando no dia-a-dia um compromisso assumido de boa relação como os res-ponsáveis do Instituto da Conservação da Natureza e da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova.

De salientar, aliás, a intenção dos proprietários desta herdade em fazer um grande investimento na área do turismo e da cine-gética, que pode assim con-tribuir para mais e melhor desenvolvimento económi-co, social e ambiental do concelho idanhense. ■

Mais de 100 participantes no passeio dos Cangalhos D'IdanhaO grupo motard Can-

galhos D'Idanha realizou, no passado dia 21, o seu 9.º passeio pelas estradas do concelho, numa iniciativa que reuniu mais de 100 pes-soas, entre participantes e acompanhantes.

De acordo com a orga-nização, esta iniciativa supe-rou todas as expectativas em

termos de participação e boa disposição.

A jornada arrancou e terminou em Idanha-a-No-va, com um almoço-conví-vio. Os participantes circu-laram ainda por Alcafozes, Idanha-a-Velha, Carroquei-ro, Penha Garcia, Monforti-nho, Toulões, Zebreira e Sr.a da Graça.

Assim, os participantes aproveitaram o passeio para usufruir do património his-tórico, cultural e natural do concelho de Idanha-a-Nova.

A iniciativa contou com o apoio da autarquia ida-nhense, União de Freguesias de Idanha-a-Nova e Alcafo-zes e Junta de Freguesia de Penha Garcia. ■

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Edição 1073 • 30 de setembro de 2014 • Povo da Beira · 11·Vila Velha de Ródão

POR PATRÍCIA CALADO

De 25 a 28 de setem-bro, Vila Velha de Ródão esteve em festa. A tão conhecida sopa de peixe cativou os visitantes que durante estes dias se deslo-caram a esta vila da Beira Interior Sul.

Esta foi já a segunda edição do festival e, Luís Pereira, Presidente da au-tarquia, sublinhou que este ano o programa está bem mais recheado.

“Tivemos a experiên-cia do ano passado que foi um bom início. Este ano acrescentámos mais ao programa. Começámos com uma exposição dos produtos tradicionais, o bom queijo, mel, enchi-dos, presunto que temos em Vila Velha de Ródão e do bom vinho que temos aqui perto. Recebemos os nossos convidados com a magnífica sopa de peixe que é algo muito nosso e característico de Vila Ve-lha de Ródão. Quando falamos com alguém so-bre a nossa região, é algo que nos falam sempre com muito carinho e muito gosto. Quando cá para-vam, apreciavam a sopa de peixe e a linda paisa-gem que temos aqui”, dis-se o autarca.

Para além desta aposta na gastronomia, o municí-

pio aproveitou os recursos e o património do conce-lho para apostar no turis-mo com visitas guiadas e percursos pedestres. As-sim, ao longo do festival, o Lagar de Varas, o Cen-tro de Interpretação Arte Rupestre, o Castelo do Rei Vamba, o Monumento Na-tural Portas de Ródão e o Miradouro do Vale Mou-rão foram os destinos des-tas visitas guiadas gratuitas que contou com uma boa afluência. Os dois percur-sos pedestres, PR5 Cami-nho da Telhada Perais e PR6 Geologia e arqueolo-gia urbana de Vila Velha de Ródão, foram realizados no último dia de festival, domingo, onde os visitan-tes puderam “percorrer o território magnífico, com natureza verdejada”.

“As pessoas tiveram o privilégio de fazer o Caminho da Telhada, um percurso desde o Alto da Colina até ao Tejo. No do-mingo também tivemos a Mega Peixada que durante muitos anos fizeram parte dos costumes da região. Pescavam o peixe, traziam a sua família e amigos, faziam um convívio, con-fraternizavam durante o dia. É algo que faz parte das nossas memórias que quisemos trazer. Tivemos também uma componente solidária nesta ativida-

de. Para além de usufruir desta experiência única de participar numa peixada, tivemos a possibilidade de contribuir para a Liga Portuguesa Contra o Can-cro com o valor da sua ins-crição. É a uma forma de mostrar o nosso espírito solidário”, explicou Luís Pereira.

Juntar a gastronomia com a paisagem natural e a natureza preservada é uma das principais atrações de Vila Velha de Ródão que pôde ser contemplada du-rante o II Festival de Sopas de Peixe. De acordo com o presidente do município, estes são motivos acres-cidos para trazer pessoas para o concelho. “Um património invejável com milhões de anos de histó-ria (…) vão ficar surpreen-didos com o que cá podem encontrar”, anunciou.

Como foi referido an-teriormente, uma das vi-sitas guiadas passou pelo Lagar de Varas que foi uma das principais ativida-des económicas do conce-lho nos últimos 100 anos. Os anos foram passando e Vila Velha de Ródão con-tinuou sempre a ser um “concelho que marca pela diferença, pela boa capa-cidade que tem de atrair investimento, segurar em-prego e perspetivar o futu-ro”.

Luís Pereira aprovei-tou para relembrar que Vila Velha de Ródão é um concelho propício a inves-timentos, sendo que, neste momento há três investido-res que estão a aproveitar “o concelho magnífico”.

“Vila Velha de Ródão em termos de turismo tem um potencial enorme que está a ser bem aproveitado pelos operadores turísti-cos. Temos neste momen-to três projetos a serem desenvolvidos. Temos na Foz do Cobrão, um inves-tidor que está a fazer qua-tro casas de campo, temos aqui a Vila Portuguesa [unidade de alojamento] que iniciou a sua atividade em agosto e neste momen-to é um canal importante para a projeção cultural e turística que é o Booking, que conta já com a clas-sificação máxima. Num único mês teve aqui 270 dormidas, um indicador importante. Temos outro investidor do agroturismo na área dos lacticínios que tem sido reconhecido pe-los seus produtos de qua-lidade”, contou.

Segundo o autarca, os municípios têm um papel fundamental para a fixação de pessoas nestas regiões mais desertificadas e isola-das, pois acredita que “as pessoas gostam do Inte-rior e querem cá viver”. ■

II Festival Sopas de Peixe fez crescer água na boca

Luís Pereira e José Alves, Presidente e Vice-presidente da autarquia, animaram festival

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· 12· Povo da Beira • 30 de setembro de 2014 • Edição 1073Destaque

Sérgio Monteiro, Se-cretário de Estado das In-fraestruturas, Transportes e Comunicações, deixou bem claro que a decisão do valor das portagens na A23 é da Scutvias.

“A decisão em rela-ção à taxa efetiva, embora a taxa máxima seja fixada pelo Governo, é uma deci-são da Scutvias. Claro que o valor das portagens pode ser abaixo da máxima es-tipulada pelo Governo”, explicou.

Já é público que entre o Estado e a Scutvias está tudo assinado para o novo regime de concessão para a A23, porém falta o acordo com os Bancos. Na perspe-tiva de Sérgio Monteiro, até ao final do ano o processo será concluído.

“As perspetivas são

positivas. Até ao final do ano esteja concluído, mas é uma perspetiva, não é uma certeza, muito menos uma promessa”, sustentou.

O governante, que dis-cursou na sessão de encerra-mento do Seminário “Scu-tvias – 15 anos”, contrariou

Luís Correia, Presidente da Câmara Municipal de Cas-telo Branco, na ideia de a A23 possuir as portagens mais caras.

“Queria contrariar a perceção que muitas vezes existe de que temos neste troço ou naquela autoestra-

da a taxa de portagem mais elevada de todo o sistema. Não é verdade. O que conta é quanto se paga do primei-ro ao último quilómetro para saber se a estrada é ou não mais cara. A autoes-trada não é mais cara, ao contrário da perceção ge-

ral. (…) Se percorrer uma distância mais pequena e passar por um pórtico, nes-sa distância pago mais. Isso tem a ver com o sistema de cobrança, não com a co-brança em si, do primeiro ao último quilómetro, que é o que conta para efeitos de equidade”, explicou Sérgio Monteiro.

P o s t o isto, o go-vernante as-segurou que tudo o que disse pode ser verifica-do na porta-ria, que ele próprio assi-nou.

“ Ve r i -ficarão que o custo por quilómetro é igual e está regulado numa

portaria”.Em relação à discrimi-

nação em função da residên-cia, Sérgio Monteiro afir-mou que tal não é possível fazer, já que esta não é legal.

“Em 2012 baixámos a taxa de portagem em 15% quando fomos obrigados pela Comunidade Europeia eliminar a descriminação

p o s i t i v a aos mora-dores. As-sim, para c o m p e n -sar essa m e d i d a , baixámos em 15% a taxa de portagem. E conse-g u i m o s

manter a receita”, con-cluiu. ■

Nas comemorações dos 15 anos da Scutvias, que teve lugar na passada quarta-feira, dia 24, Luís Correia, para além de feli-citar a empresa, mostrou a sua opinião acerca das por-tagens na autoestrada A23. O presidente da Câmara de Castelo Branco alega que “são cada vez menos os que podem u t i l i z a r com regu-laridade a autoestra-da A23”.

“Dese-jamos vol-tar à A23 sem portagens. Mas, se esse objetivo não for al-cançado, pelo menos há uma exigência da qual não podemos abdicar. Não po-demos continuar a ter as

portagens por quilómetro mais caras do país. Há que apelar ao bom-senso do Governo. Tenho a certe-za que as minhas palavras transmitem a vontade de grande parte dos habitan-tes do interior do país. É urgente rever a decisão de cobrança de portagens nas antigas scuts, nomea-

d a m e n t e nas que servem o interior”, afirmou.

O au-tarca con-sidera que a A23 que

outrora “prometia resga-tar do isolamento a zona do interior, é um desejo concretizado, mas em cer-ta medida adiado”. Luís Correia acredita que a co-

brança de portagens repre-senta um retrocesso para o desenvolvimento da região sendo que todas as vanta-gens que a A23 apresenta-va já não se fazem sentir.

“As portagens repre-sentam a consequência sobrecarga de encargos para as famílias e para as empresas. As boas condi-ções de acesso e a rapidez acabam por não se fazer sentir. O que podiam ser vantagens competitivas acabam por se transfor-mar em mais encargos nos orçamentos dos habitan-tes e das empresas instala-das em todas as zonas ser-vidas pela autoestrada”, argumentou.

Durante o seminário, o presidente da autarquia albicastrense afirmou que o “Interior precisa de

medidas de discrimina-ção positiva que encoraja a fixação populacional e incentivem o investimen-

to económico e empresa-rial”.

Assim, o autarca apelou ao Governo e à

Scutvias para que estabe-lecessem um “diálogo e encontrarem mecanismos que permitam concessões mais equilibradas e mais justas para a população”. Viajando até 2003, Luís Correia recordou a inaugu-ração da tão esperada A23 por Durão Barroso.

“Esta é a quarta maior autoestrada do país. Com uma extensão de 178 qui-lómetros, a autoestrada A23 assegura a ligação da Guarda a Abrantes, continuando depois até Torres Novas. É consi-derada como estruturan-te pela rede Rodoviária Portuguesa, uma vez que em conjunto com a A25 e a A1 assegura a ligação transversal mais rápida do país, entre Vilar Formoso e Lisboa”, concluiu. ■

Scutvias comemora 15 primaveras

"Desejamos voltar à A23

sem portagens!"

POR PATRÍCIA CALADO

Luís Correia luta pelo fim das portagens na A23

Há 15 anos atrás, a região viu nascer a empresa que ia mudar a comunicação e a mobilidade do interior. Scutvias-Autoestradas da Beira Interior, S.A., empregadora de cerca de 100 pessoas, revolucionou a região. Concessionária da A23 desde Abrantes, a autoestrada veio facilitar os acessos ao interior do país que, como todos sabemos, é vítima da desertificação e do isolamento.Contudo, em 2011 a cobrança de portagens fez com que os condutores ficassem de pé atrás à utilização desta autoestrada. Agora,a Scutvias está em negociações com o Estado e com os Bancos e espera-se que até ao final do ano, a empresa seja responsável pelo estabelecimento de preços nas portagens. São 15 anos de vida que estiveram em balanço no Seminário que decorreu na passada quarta-feira, dia 24, no Cineteatro Avenida.

Sérgio Monteiro, Secretário de Estado Infraestruturas, Transportes e Comunicações

“A autoestrada [A23] não é mais cara,

ao contrário da perceção

geral”

Decisão do valor das portagens na A23 nas mãos da Scutvias

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Edição 1073 • 30 de setembro de 2014 • Povo da Beira · 13·Destaque

No Seminário “Scu-tvias – 15 anos”, Jorge Ja-cob, Presidente da Autori-dade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), deu a conhecer dados da evolução do número de acidentes e de vítimas nas estradas por-tuguesas e, obviamente, na A23.

Assim, a A23, que ape-sar da concessão da Scutvias começar em Abrantes, a au-toestrada começa em Torres Novas, contabilizou no ano passado “um morto em 30 dias, três feridos graves a 30 dias, 21 feridos ligeiros a

30 dias e 40 acidentes com vítimas”. Jorge Jacob ex-plicou que os falecimentos agregados ao índice 30 dias são aqueles que vêm a fale-cer à posteriori no Hospital. Sendo que as vítimas mor-tais são contabilizadas no momento do acidente rodo-viário.

“Em 10 anos, houve uma redução de 70% no nú-mero de acidentes com víti-mas, houve uma queda sus-tentada, embora em 2007 haja uma ligeira inversão. Houve quase uma redução de 90% nas vítimas mortais

entre 2004 e 2013, passámos de 10 vítimas mortais para uma”, explicou Jorge Jacob.

E se o número de aci-dentes e vítimas mortais apresentaram um decrés-cimo, estes foram devidos ao início da cobrança de portagens na A23. Assim, aquando as portagens se ins-talaram na autoestrada, em 2011, o tráfego diminuiu e consequentemente nas es-tradas nacionais alternativas aumentou.

Posto isto, “nas prin-cipais estradas que podem ser utilizadas em alternati-

va à A23, ou seja a EN 2, EN 118 e EN 18, houve um aumento do número de aci-dentes com vítimas desde 2011”.

“O somatório dos aci-dentes com vítimas das três vias alternativas é o triplo da A23. A autoestrada tem diminuído significativa-mente o número de aciden-tes com vítimas e o núme-ro de vítimas mortais. A A23 possui indicadores de segurança mais positivos, quando comparados com as estradas nacionais circuns-tantes”, acrescentou. ■

A 24 de setembro de 1999 nasceu a Scutvias, empresa que gere a in-fraestrutura rodoviária que tem vindo a contri-buir para o desenvolvi-mento económico, social e cultural da região da Beira Interior.

“Foi um ano em que muitas coisas acon-teceram. A Scutvias foi constituída a 28 de ju-lho de 1999, mas uma empresa que se consti-tui no papel não serve para grande coisa e o objeto foi-lhe dado a 13 de setembro. Esta foi a primeira data marcan-te. Mas comemoramos os 15 anos a 24 de se-tembro porque nesta data o grupo que estu-dou a empresa pegou nos projetos e entregou aquele novo bebé a uma equipa nova liderada por Viegas Matos, pai da Scutvias, e por Gil Conde”, referiu Pinho Martins, Diretor-Geral da Scutvias.

Enquanto explicava a história da empresa, Pinho Martins afirmou que o contrato de con-cessão é dividido em

duas fases, a pré-opera-cional datando de 2000 a 2004 e a fase operacional que se prolonga até aos dias de hoje. A primeira assinalava a fase de cons-trução e testes sendo que a segunda representa a exploração e manuten-ção.

A A23 foi o grande investimento da Scutvias com um investimento de 750 milhões contando com os encargos finan-ceiros. E o inédito acon-teceu… a obra foi con-cluída cinco meses antes do previsto.

“A obra foi termi-

nada com cinco meses de antecipação, coi-sa rara no nosso país, algo nunca visto. Con-seguiu-se antecipar o prazo de conclusão, que era contratualmente até dezembro. E de agosto a dezembro conseguimos fazer fase experimen-tal. Em 2003 tínhamos já duas áreas de serviço abertas e em 2004 tínha-mos as cinco. Se bem se recordam, Durão Bar-roso, Primeiro-Minis-tro na altura, inaugurou a A23”, relembrou Pi-nho Martins.

Durante o seminá-

rio, o Diretor-Geral deu a conhecer os valores da evolução do tráfego mostrando que a imple-mentação das portagens levou ao decréscimo do tráfego. Porém, no pre-sente ano “o tráfego está a recuperar, muito devagar, a ritmos entre os 3 e os 4%”.

No âmbito da soli-dariedade social, a Scu-tvias tem organizado um conjunto de atividades desde o seu início.

“Adquirimos um veículo de desencarce-ramento em conjunto com os bombeiros para

que estes pudessem realizar o desencarce-ramento, pois aqui na zona não possuíam o veículo. Também temos o simulador de condu-ção, que continuamos a utilizar, vamos às es-colas, levamos e insta-lamos o simulador, as crianças vão assim de-senvolvendo e tomando contacto e consciência de como conduzir de forma segura. Também trazemos as crianças à nossa empresa com várias visitas por ano. Ainda organizamos o Festival de Música da

Beira Interior”, enume-rou.

Os anos foram pas-sando e 15 anos depois, a empresa, que conta com cerca de 100 cola-boradores, mudou de sede. De Lisboa, a Scu-tvias mudou-se de malas e bagagens para a Lar-dosa.

“O negócio está aqui, a empresa está aqui, as pessoas es-tão aqui, tudo se passa aqui, eu próprio tam-bém venho todas as se-manas para aqui, por-tanto não estava lá a fazer nada”, justificou Pinho Martins.

Ao fim de década e meia de vida, a Scutvias fechou a negociação do novo contrato de con-cessão da A23 com o Estado.

“Estamos quase a fechar com os bancos, 2014 vai ser outro mar-co importante na nos-sa vida, porque muito provavelmente vamos assinar com o Estado e com os Bancos todos os contratos que andámos a negociar desde 2013”, concluiu. ■

Há 15 anos a viajar com a Scutvias

Pinho Martins na sessão de abertura das comemorações dos 15 anos da Scutvias

Scutvias comemora 15 primaveras

Jorge Jacob, Presidente da ANSR

Número de vítimas mortais na A23 reduziu 90%

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· 14· Povo da Beira • 30 de setembro de 2014 • Edição 1073Vila de Rei

Parque das Feiras assistiu ao Troféu Nacional de Perícia Automóvel

No passado dia 21, a Final do “Troféu Médio Tejo”, do Troféu Nacio-nal de Perícias 2014, prova nacional de Perícia Auto-móvel, realizou-se no Par-que das Feiras.

A iniciativa, organi-zada pelo Slalom Clube Portugal e pela Federa-ção Portuguesa de Au-tomobilismo e Karting, com o apoio da Câmara Municipal de Vila de Rei, contou com perto de 20 veículos participantes que ofereceram um espetáculo de grande nível ao muito público presente na assis-tência.

O evento possibilitou uma tarde recheada de muita adrenalina e emo-ção, premiando os pilotos Jorge Antunes, na catego-ria de “Clássicos”, Luís Filipe Silva, em “Origi-nais”, Hugo Ribeiro, em “Protótipos”, e Fátima Velez, na categoria de

“Senhoras”, com o pri-meiro lugar da competição

Com os pontos conse-guidos na prova de Vila de Rei, o piloto Hugo Ribei-ro, em “Protótipos”, atin-giu a pontuação necessária para se sagrar Campeão Nacional na sua categoria.

Simultaneamente, de-correu também no espaço do Parque de Feiras a IV

Feira de Clássicos de Vila de Rei – Peças e Usados, permitindo a visitantes e expositores a comerciali-zação de veículos clássicos e outras peças de colecio-nismo.

Presente no evento, o Vice-Presidente da Autar-quia, Paulo César, referiu que “foi com enorme en-tusiasmo que Vila de Rei

se prontificou a receber esta Final de um Tro-féu Nacional de Perícia Automóvel, permitindo assim aos Vilarregenses assistir a um espetáculo de grande nível, que dei-xou todos os espetadores bastante satisfeitos e en-tusiasmados com a habi-lidade e destreza dos pilo-tos em pista.”■

Biblioteca Municipal recebe formação de Voluntariado

A Biblioteca Munici-pal José Cardoso Pire vai receber, entre as 9H30 e as 17H30, no próximo dia 25 de outubro, uma Forma-ção de Voluntariado, numa iniciativa promovida pela Câmara Municipal, pelo CLDS+ e pelo Banco de Voluntariado.

A ação pretende for-necer aos interessados as bases para exercer com responsabilidade e conhe-cimento o trabalho de vo-luntariado, permitindo-lhes uma mais fácil adaptação a diferentes contextos e a di-ferentes públicos.

A falta de formação de voluntários pode constituir uma dificuldade acrescida ao nível do seu desempe-nho eficiente e responsável

e, ao mesmo tempo, um dos obstáculos ao seu aco-lhimento por algumas orga-nizações.

A iniciativa vem assim complementar a criação do Banco Local de Volunta-riado, que pretende ser um espaço de encontro entre pessoas interessadas em ser voluntárias, oferecendo a sua disponibilidade para prestar um conjunto de ações inerentes à condição de cidadania ativa e solidá-ria.

Todos os interessados em participar na Formação de Voluntariado devem as-sim realizar a sua inscrição na Câmara Municipal ou através do endereço de cor-reio eletrónico [email protected]. ■

Escola de Natação já reabriu

A Escola de Natação reabriu ao público no pas-sado dia 16, encontrando--se ainda abertas as suas inscrições para todas as atividades desenvolvidas na Piscina Coberta de Apren-dizagem.

À semelhança dos anos anteriores, estarão em fun-cionamento as modalidades de Natação para Bebés e Adaptação ao Meio Aquá-tico (AMA), dos seis meses aos quatro anos, com aulas às quartas e sextas-feiras das 18H30 às 19H15, Natação para Crianças, dos cinco aos 15 anos, de Nível 2 e 3 (em 4 estilos), às terças e quintas--feiras das 17H45 às 18H30,

Nível 1, 2 e 3, às quartas e sextas-feiras das 17H45 às 18H30, e AMA e Nível 1, às terças e quintas-feiras, das 18H30 às 19H15.

Irão também funcionar as aulas de Natação para Adultos (para maiores de 16 anos) às quartas e sextas-fei-ras, das 19H15 às 20 horas, de Hidroginástica, às terças e quintas-feiras das 19H15 às 20 horas, e de Hidrosé-nior, às quartas e sextas-fei-ras, das 9H15 às 10 horas.

Os interessados pode-rão realizar a sua inscrição ou obter mais informações nas instalações da Piscina Coberta de Aprendiza-gem.■

Albergaria D. Dinis Hotel*** com nova gerência

A Hasta Pública para a Cessão de Exploração da Albergaria D. Dinis Hotel *** terminou a 12 de Se-tembro e, findo o prazo de cinco dias úteis para possíveis reclamações, é já conhecida a nova empresa a explorar esta infraestru-tura.

Assim sendo, a adjudi-cação da Hasta Pública foi

efetuada à firma Sérgio Po-lónio Soares, Lda, pelo va-lor mensal de 750€ + IVA.

A nova gerência entra-rá em funções na Alberga-ria durante o mês de No-vembro.

Propriedade da Autar-quia Vilarregenses, a Al-bergaria D. Dinis Hotel*** encontra-se em funciona-mento desde 2001, sendo o

maior espaço hoteleiro do Concelho, com 33 camas, divididas por 16 quartos duplos e um quarto indivi-dual.

Ricardo Aires, Presi-dente da Câmara Munici-pal de Vila de Rei, refere que “a Albergaria D. Di-nis é um dos principais espaços hoteleiros e de restauração do nosso Con-

celho, reconhecida pelos serviços de qualidade e ex-celência que proporciona a todos os que a visitam. É uma das fortes apostas do Município na área do Turismo e continuará as-sim a dotar o Concelho de excelentes condições para recebermos os milhares de turistas que nos visitam anualmente.” ■

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Edição 1073 • 30 de setembro de 2014 • Povo da Beira · 15·Oleiros

Autarquia ofereceu manuais escolares a todos os alunos

No dia de abertura do novo ano letivo, no pas-sado dia 15, o Município procedeu à distribuição dos manuais escolares que serão oferecidos a todos os alunos que frequentam as escolas do concelho, do 1.º ciclo do ensino básico ao ensino secundário, no âmbito do projeto “Olei-ros Educa”. A medida está a ser implementada pela primeira vez no concelho e irá beneficiar 330 alunos, traduzindo-se num investi-mento de aproximadamen-te 30 mil euros.

Esta ação vem aliviar os agregados do concelho de uma das despesas que mais pesam todos os anos no orçamento familiar, no-meadamente no período vulgarmente denominado “regresso às aulas”. Cons-ciente das dificuldades

que as famílias atravessam neste momento difícil, a autarquia considera muito importante o investimen-to efetuado na educação e ação social escolar e nesse sentido, no ano letivo de 2014/15 irá investir um to-tal de mais de meio milhão de euros, de forma a pro-porcionar boas condições aos alunos e agentes edu-cativos.

Com uma população escolar de 372 alunos, este investimento traduz-se em transportes, refeições, ma-nuais escolares, residência de estudantes, apoio para material escolar, prolonga-mentos de horário e ocupa-ção de tempos livre e apoio a alunos com necessidades educativas escolares, custos com o pessoal, água, aque-cimento, eletricidade e ou-tros projetos em curso.■

Congresso da Associação dos Comerciantes de Venda ao Domicílio

Realizou-se no passado dia 18, em A-dos-Cunhados, Torres Vedras, o 7.º Con-gresso da Associação Por-tuguesa dos Comerciantes de Venda ao Domicílio. Na ocasião, o município fez-se representar pelo Vice-pre-sidente da Câmara, Victor Antunes, o qual enalteceu a presença significativa de muitos naturais do concelho de Oleiros.

Na sua intervenção, Victor Antunes realçou o facto de há já largas décadas se ter iniciado “esta diáspo-ra de gente com visão que deixou a sua terra natal em busca de uma vida me-lhor para as suas famílias. Numa altura em que não havia comércio online, nem as facilidades de pagamen-to que se veem atualmente em várias superfícies co-

merciais, estes empresários foram pioneiros e viram na venda ao domicílio e a prestações a oportunidade de negócio que os diferen-ciou dos demais”.

Entre outros aspetos, como o mérito, o esforço ou o seu espírito empresarial, o autarca destacou ainda o apego destas pessoas às ori-gens, onde regressam com bastante frequência.

Do mesmo modo, Vic-tor Antunes não quis termi-nar a sua intervenção sem realçar o contributo desta gente para o “progresso de várias terras do concelho de Oleiros, nas quais foram investindo, não só na área da construção, como tam-bém no setor agro-flores-tal, já para não falar do seu envolvimento nas várias coletividades existentes”. ■

POR PATRÍCIA CALADO

A Santa Casa da Mi-sericórdia de Álvaro abriu uma unidade de alojamen-to na aldeia. De acordo com Ana Catarina Silva, Técnica Social da entida-de, a casa “é constituída por dois quartos, duas casas de banho, uma cozi-nha equipada e uma sala”.

Casa das Tílias foi o nome escolhido para esta unidade de alojamento que é agora uma nova “fon-te de rendimento” para a Santa Casa da Misericór-dia.

“O valor do aluguer da casa reverte para a en-tidade. Assim, a Casa das Tílias pode trazer mais visitantes para a aldeia de Álvaro e também é outra

fonte de rendimento aqui para a instituição. Para além da Casa das Tílias, temos comparticipações provenientes da Seguran-ça Social e da Câmara Municipal de Oleiros”, explicou Ana Catarina Sil-va.

Em relação aos valores de aluguer, esses depen-dem “se a época é alta ou baixa”. Contudo, a Santa Casa da Misericórdia de Álvaro, que apoia 36 uten-tes, estabeleceu a média de 25 euros por noite por cada quarto de casal.

Assim, para além da unidade de Turismo Rural, a aldeia de Álvaro suporta agora mais unidade de alo-jamento, a Casa das Tílias, para quem quiser visitar a localidade que é uma das aldeias brancas da Rede das Aldeias do Xisto. ■

Casa das Tílias é a nova unidade de alojamento da aldeia de Álvaro

Santa Casa da Misericórdia de Álvaro abre unidade de alojamento

Todo o Pinhal reunido em OleirosRealizou-se no pas-

sado dia 19 de setembro, no auditório da Sociedade Filarmónica Oleirense, a I Conferência do Pinhal, or-ganizada pelo Município de Oleiros e pelo Jornal do Fundão.

A iniciativa mobilizou a participação de quase 200 pessoas - na sua maioria profissionais ligados ao se-tor florestal - e contou com o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos e das Aldeias do Xisto e com o apoio dos Municípios de Castanheira de Pêra, Fundão, Pampilho-sa da Serra, Pedrogão Gran-de, Proença-a-Nova e Sertã.

Com um painel de ex-celência, este foi um acon-tecimento que se manteve com elevados patamares de interesse do início ao fim, tendo reunido todo o Pinhal

em Oleiros. Neste aconteci-mento intervieram autarcas da região, investigadores e representantes de diversas entidades públicas e priva-das.

A abrir a sessão estive-ram Vasco Pinto Leite (Di-

retor do Jornal do Fundão), Fernando Jorge (Presidente da Câmara Municipal de Oleiros), Paulo Fernandes (Presidente das Aldeias do Xisto) e Filipe Ravara (Di-retor do Centro de Agro Negócios da Caixa Geral de

Depósitos).Na ocasião foram abor-

dados painéis relacionados com o estímulo do Estado aos produtores florestais ou a valorização das potencia-lidades da floresta e como oradores, marcaram presen-

ça e por ordem das apresen-tações: 1.º painel - Amândio Torres (ICNF), Ricardo Tor-res (Grupo Oryzon Energia) e Jorge Paiva (Univ. Coim-bra) e 2.º painel - Gonçalo Alves (Consultor privado do setor da madeira), Susa-

na Carneiro (Centro Pinus/Portucel Viana) e Octávio Ferreira (ICNF).

Recorde-se que a confe-rência teve lugar no coração da região do Pinhal, na qual se situa a maior mancha de pinho bravo da Europa e teve o mérito de reunir vá-rios municípios para juntos debaterem os problemas e as potencialidades da flo-resta – ativo da maior im-portância para os concelhos envolvidos. Nesse sentido, a moderar os dois painéis estiveram José Brito Dias e João Paulo Catarino, Pre-sidentes das Câmaras Mu-nicipais de Pampilhosa da Serra e Proença-a-Nova. A sessão foi encerrada por João Pinho, Vice-presidente do Instituto da Conserva-ção da Natureza e Floresta (ICNF). ■

Page 16: Edição nº 1073

· 16· Povo da Beira • 30 de setembro de 2014 • Edição 1073Proença-a-Nova

Jogo da Tala e Desfolhada tradicional recordadas na Feira de Outono

A recriação de uma desfolhada tradicional e a recuperação das memó-rias do Jogo da Tala, que deixou de ser praticado há cerca de duas décadas, foram dois dos momentos mais participados da Feira de Outono, que decorreu nos dias 20 e 21 na Sobreira Formosa. A iniciativa inte-grou a edição de setembro d’Os Quintais nas Praças do Pinhal, com a presença de 24 produtores hortofru-tícolas e alimentares e 20 artesãos.

Realizada no final de um passeio pedestre que cruzou campos de milho, a desfolhada recordou o convívio que os serões de

trabalho proporcionavam, ao som de músicas entoa-das pelo Grupo de Danças e Cantares de Sobreira For-mosa. O aproveitamento dos sarafolhos (folhas reti-radas das espigas) para fa-zer bonecas e moinhos foi demonstrado num atelier dinamizado pelo grupo de costura de Atalaias.

O grupo de teatro Váa-tão associou-se à recriação com rábulas sobre os na-moricos e o costume de bei-jar as raparigas, quando se encontrava uma espiga de milho vermelho. O teatro prosseguiu depois no palco da feira, no Instituto de São Tiago, mantendo-se a inte-ração e o humor que arran-

cou gargalhadas ao públi-co, sobretudo no momento de um improvisado parto a encerrar a apresentação.

O programa do dia 21 iniciou-se com uma cami-nhada às vinhas e adega da Quinta de São Jorge,

enquanto durante a tarde houve uma demonstração de como se prepara broa de milho, num forno por-

tátil instalado na zona de tasquinhas. Quatro associa-ções locais dinamizaram a área de petiscos, com do-çaria tradicional, sopas e pratos de caça, incluindo guisado e bifanas de veado.

Com regras idênticas às do basebol e desconhe-cido das crianças e jovens, o Jogo da Tala despertou curiosidade e envolveu de-zenas de pessoas que quise-ram experimentar. Pedaços de madeira, recortados na forma de tala, e bolas de cortiça eram quanto basta-va para demoradas sessões do jogo, exclusivo da fre-guesia e tradicionalmente jogado no campo do Largo da Devesa. ■

Tempo de espera por uma consulta é de uma semanaCOM RÁDIO CONDESTÁVEL

Em Proença-a-Nova, o centro de saúde tem cer-ca de 10 mil utentes e seis médicos, sendo que todas as pessoas têm médico de família. Ali, o tempo médio de espera por uma consul-ta normal é de uma sema-na, no Centro de saúde ou nas extensões do concelho, como explicou à Rádio Condestável o coordena-dor daquele centro, Rogério Fernandes.

Existe ali a designada consulta aberta/urgência, a funcionar todos os dias das 08:00 às 24:00. Se o utente não conseguir marcação para o seu médico de fa-mília pode recorrer a esta hipótese.

Falando em concreto dos tempos de espera, “as

consultas marcam-se para a própria semana”, esclare-ce o coordenador, comple-mentando ainda que “nas extensões as consultas são marcadas com um interva-lo de uma semana”, ou seja

“às terças faz-se marcação para a terça seguinte”, re-lata Rogério Fernandes, explicando ainda que “não tenho resposta para essa semana porque já tenho marcações, mas há sem-

pre um número de consul-tas para aqueles que não a têm”.

Neste caso, “as primei-ras cinco ou seis consultas do dia são para as situações de urgência”, esclarece. ■

Polo de Proença-a-Nova foi criado em 2009, com apenas sete colaboradores

OutSystems celebra cinco anos de atividadeA 21 de setembro de

2009, sete recém-licencia-dos apresentaram-se no antigo Gabinete Técnico da Câmara de Proença-a--Nova, cedido à empresa OutSystems, para iniciar um projeto inovador na re-gião. Cinco anos depois, o número de colaboradores ronda as quatro dezenas e os objetivos foram reo-rientados de Proença para

o mundo, sendo a procura por clientes internacionais uma constante.

Em 2009, a criação

de um polo de desenvolvi-mento remoto de software tinha como principal ob-jetivo preparar a empresa

para o crescimento global que estava planeado e o escritório de Proença-a--Nova foi encarado como

um projeto experimental de curto prazo. O sucesso do projeto inicial fez com que fossem traçados novos objetivos para a unidade, alguns deles noutras áreas de operação dentro da pró-pria OutSystems.

As deslocações ao es-trangeiro são uma cons-tante da equipa, que faz parte do mundo global, do processo de internacionali-

zação e dos programas de rotação nos escritórios da OutSystems nos Estados Unidos, Inglaterra, Ho-landa, Dubai, Singapura e Austrália. Sem avançar qualquer previsão de cres-cimento, a OutSystems sa-lienta estar sempre à procu-ra de recém-licenciados ou recém-mestres que queiram abraçar uma experiência profissional desafiante. ■

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Serviço de Recursos Humanos Aviso

Recrutamento - Técnico Superior - Regime GeralÁrea de Segurança, nível 6

Nos termos da deliberação do Conselho de Administração de 2014.09.25, encontra-se aberto concurso, peto prazo de três dias úteis após publicação deste aviso, para contratação, em regime de contrato individual de trabalho sem termo, ao abrigo do Código do Trabalho, com carga horária de 40 horas semanais, de um Técnico Superior de Segurança no Trabalho, nível 6, licenciado, possuidor de formação espe-cífica em Segurança no Trabalho, Ambiente e Qualidade, devidamente reconhecida, com experiência comprovada em Unidades de Saúde.

Requisitos essenciais: 1. Licenciatura; 2. Qualificação específica na área de Segurança no Trabalho com CAP válido.

Formalidades:

A candidatura deverá ser apresentada em requerimento dirigido ao Pre-sidente do Conselho de Administração da ULSCB, EPE, de onde conste o nome, idade, residência, telemóvel, habilitações literárias, experiência profissional, bem como outros elementos que julgar pertinentes para a avaliação do seu mérito, candidatura que deverá ser acompanhada de:

a) Três exemplares do curriculum vitae; b) Fotocópia do certificado de habilitações literárias; c) CAP, actualizado.

A ordenação final dos candidatos far-se-á pelo curriculum vitae e entre-vista aos cinco primeiros classificados e será afixada no placard junto ao Serviço de Recursos Humanos.Em cumprimento da al. H) do art.º 9º da Constituição, a Administração Pública, enquanto entidade empregadora, promove ativamente uma po-lítica de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no acesso ao emprego e na progressão profissional, providenciando escrupulosa-mente no sentido de evitar toda e qualquer forma de discriminação.

O Presidente do Conselho de Administração 5

Dr. António Vieira Pires

, EPE

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Edição 1073 • 30 de setembro de 2014 • Povo da Beira · 17·Sertã

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Cartomante - VidenteAlmeirim e Sertã

Trinta anos de experiência feita com sinceridade e acredite, olhando bem fun-do e apenas nos seus olhos, leio toda a carta da sua vida se preciso for e ajudo a re-solver todos os vossos problemas de negocios, amor, inveja, mau olhado, desactiva-ção de magía negra, aconselhamentos e outros problemas de difícil solução, para que tenha a vida que sempre sonhou! Honestidade, sigilo e caracter são outro dom que fa-

zem a verdade da minha vida!

Telem.: 918 283 485

Autarquia atribui subsídio a Lar do CasteloCOM RÁDIO CONDESTÁVEL

A Câmara Municipal da Sertã vai atribuir um subsídio ao Centro Social de Nossa Senhora da As-sunção no valor de 50 mil euros para ajuda das obras no Lar de Idosos do Caste-lo.

No pedido que a ins-tituição fez à câmara, lembrou que nunca foi apoiada por qualquer or-ganismo público e as obras ascendem já a mais de 500 mil euros, como deu a co-nhecer José Farinha Nunes (PSD), presidente da autar-quia sertaginense.

“A instituição en-contra-se em dificuldades financeiras para terminar

os trabalhos, nomeada-mente equipamento e mo-biliário, orçamentado em 250 mil euros”, contextua-lizou o autarca.

O facto desta institui-ção nunca ter sido apoia-da, causou estranheza no vereador Vítor Cavalheiro do (PS), nomeadamente quando “diz que a Segu-rança Social, nem qual-quer organismo estatal, apoiaram esta obra”. Para este vereador “tem que haver aqui alguma irregu-laridade”, acrescentou, já que todos foram apoiados pela Segurança Social.

Vitor Cavalheiro havia ainda de fazer um contra-ponto a esta obra iniciada em 2006, ou seja, a Casa

da Poesia de Cernache do Bonjardim, a qual “come-çou depois e já está ter-minada e apoiada naquilo que teve de ser”, referiu, recordando que “está fi-xado em ata que a câmara municipal apoiaria 10% do valor da obra depois do projeto aprovado pela Se-gurança Social”. Em jei-to de esclarecimento José Farinha Nunes, lançou que “quem não for apoia-do na construção é-o nos contratos”, mostrando-se convencido que “preferem ser apoiados nos contra-tos”.

Vítor Cavalheiro não ficou esclarecido com estas explicações e absteve-se na votação. ■

Câmara quer vender quota no Instituto Profissional da SertãCOM RÁDIO CONDESTÁVEL

A Câmara Munici-pal da Sertã apresentou uma proposta para venda da sua quota no Instituto Profissional da Sertã. Se-gundo foi adiantado na reunião do executivo ser-taginense, para já os pro-fessores daquele estabele-cimento de ensino estão

dispostos a adquirir 51% do capital social.

Ao perceber esta in-tenção, José Farinha Nu-nes, presidente da autar-quia mostrou-se satisfeito. “Vejo que têm vontade de resolver o problema da escola e vontade de tra-balhar”, adiantou o edil recordando que já numa outra ocasião, empre-sas concelhias se haviam mostrado interessadas

na alienação, no entanto quando foi colocada em cima da mesa a condição de não despedir pessoas, o !negócio" não foi avante.

Na discussão desta proposta, Jorge Coluna, do PSD, defendeu a ven-da, e “num futuro próxi-mo por completo”. Este vereador anseia que, após esta alienação, as pessoas

estejam despertas para procurarem soluções de forma a continuarem a rentabilizar a escola.

Quanto a Vítor Ca-valheiro, do PS, gostaria que tivesse sido feita uma avaliação anterior, tudo para se poder encontrar um valor de licitação base adequado.

Após a análise do

tema, ficou assim acorda-do alienar 51% do capital social com uma base de li-citação de 2 500 euros.

A proposta foi apro-vada com os votos da maioria PSD. O PS abste-ve-se, com os vereadores a lamentarem falta de da-dos para poderem discutir abertamente esta propos-ta. ■

Câmara lança programa para ocupar tempos livres de criançasCOM RÁDIO CONDESTÁVEL

Como forma de man-ter as crianças do pré-esco-lar e do primeiro ciclo no território concelhio, a Câ-mara Municipal da Sertã está a desenvolver um pro-grama de atividades de ani-mação e apoio à família.

Este é um investimen-to que autarquia justifica como uma forma de evitar o encerramento de escolas mais pequenas, oferecen-do às crianças, atividades

que as ocupem enquanto os pais cheguem do traba-lho. “Há pais que levam as crianças para outros concelhos, porque traba-lham lá”, contextualizou a vereadora da cultura, Cláudia André, na última reunião de câmara.

Isto porque quando regressam à sua residência, já a escola fechou. Deste modo “se queríamos man-ter estas crianças, não era quando recebíamos a carta do Ministério da Educa-

ção a falar do encerramen-to das escolas, mas sim quando percebemos que têm que haver outras ofer-tas nas escolas mais pe-quenas". Com esta medida “beneficiam as crianças, que não têm que fazer via-gens e também os pais”, acredita esta vereadora.

Este serviço de apoio vai ser assegurado pelos professores da Escola Tec-nológica da Sertã que, a par deste serviço vão tam-bém assegurar, nas restan-

tes escolas, a Ocupação de Tempos Livres.

Cláudia André está convicta que este programa vai evitar a saída de alu-nos das pequenas escolas e consequentemente o seu encerramento. A par de tudo isto consolidam-se as contas da ETPS.

Este contrato para a prestação de servi-ços abrange este ano e o próximo, e um valor global de 139 mil euros (139.342.35€). ■

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· 18· Povo da Beira • 30 de setembro de 2014 • Edição 1073

POR PATRÍCIA CALADO

Castelo Branco foi palco da I prova de perícia promovida pela Escuderia e pela Casa do Benfica de Castelo Branco, no passa-do domingo, dia 28. Uma multidão encheu a Avenida Nuno Álvares e a zona da Câmara Municipal que se encontravam de olhos pos-tos nos veículos que faziam maravilhas.

António Sequeira, Pre-sidente da Escuderia de Castelo Branco, mostrou--se satisfeito com a adesão dos albicastrenses.

“Os espectadores fi-caram aqui desde as 14 horas. Incentivaram-nos a continuar com estas ini-ciativas. Através do des-porto motorizado, conse-guimos promover Castelo Branco, mostrar a cidade a outras pessoas e, claro, proporcionar aos albicas-trenses tardes diferentes”, contou ao POVO DA BEI-RA.

Num ano em que a Es-cuderia comemora 50 anos, António Sequeira conside-rou que esta prova refletiu--se na “boa parceria” entre

as duas associações, pro-metendo ainda continuar a trabalhar para promover provas como esta.

“Entendemos que esta junção de sinergias resulta para que o resultado esteja

aqui à vista. O número de participantes ficou acima das expectativas, tínha-mos como expectativa 20 concorrentes e superámos esse número”, acrescentou António Sequeira.

Pedro Lopes, Presiden-te da Casa de Benfica de Castelo Branco, também sublinhou a parceria reali-zada, já que muitas vezes as associações albicastren-ses estão de costas voltadas.

“Através de parcerias conseguimos juntos ir ultrapassando as dificul-dades que vamos encon-trando no dia-a-dia. Este é o caminho que muitas das associações da nos-sa cidade deviam seguir. Contámos com a presença da BenficaTV, portanto acho que é uma promoção fantástica para a nossa ci-dade”, referiu Pedro Lopes ao POVO DA BEIRA. ■

Decorreu na vila Riba-tejana em Alcanena as duas últimas Provas do Campeo-nato Nacional de Enduro onde contou com a pre-sença da Equipa Escuderia Castelo Branco – Equipa Enduro ProTT / AQD / AG Moto.

Os Enduristas Albicas-trenses, fizeram um fim de semana com desportivismo, competência e conseguiram levar até á ultima prova da segunda prova todas as suas montadas, sem terem problemas quer físicos quer técnicos.

Para Pedro Caetano,” o campeonato correu bem o resultado é positivo,foi um projeto vitorioso,estamos todos de parabéns,a Equi-

pa, os Patrocinadores e agora é festejar”.

João Dias, contou--nos pelo mesmo diapasão “ as expectativas a nível de competição ficaram

atingidas, demos o nosso melhor, era o que nos tí-nhamos proposto com os Patrocinadores, Amigos e todos os que nos ajudaram a realizar este projeto, no

aspecto negativo somente as duas lesões que aparece-ram, uma comigo e outra com o Pedro Rafael, que também foram supera-dos”.■

Desporto

Prova de perícia junta multidão

Campeonato Nacional de Enduro

Pedro Rafael, Bruno Mateus, João Rafael, João Dias e Pedro Caetano

Taça de Portugal – 2ª Eliminatória

Heróis em Trás-os-MontesMinas Argozelo 0 CD Alcains 1POR JOSÉ MANUEL R. ALVES

A equipa do CD Al-cains conseguiu passar à 3ª eliminatória da Taça de Portugal, ao vencer por

0-1 em Minas de Argozelo (Bragança), num jogo em que os homens da vila dos canteiros foram autênticos heróis. Com o golo a ser apontado aos 80 minutos

por Kabi, e na altura já re-duzidos a nove elementos, os canarinhos e os seus adeptos viveram momentos de enorme alegria em Trás--os-Montes.■

Vitória difícil nos Açores

Angrense 0 V. Sernache 1POR JOSÉ MANUEL R. ALVES

Nesta sua difícil deslo-cação a Angra do Herois-mo (Açores) a equipa do Vitória de Sernache viria a alcançar uma preciosa

vitória por 0-1, com um auto-golo logo no primeiro minuto de jogo.

Com este resultado os homens da Zona do Pinhal passaram à 3ª eliminatória da Taça de Portugal. ■

Troféu Nacional Karting FunKartEquipa Escuderia Castelo Branco, termina 1ª prova no pódio

O Troféu Nacional de Karting FunKart Empresas não podia ter começado de melhor maneira para a du-pla albicastrense.

A equipa da Escuderia Castelo Branco composta pelos pilotos Hugo Gonçal-ves e Luís João terminou esta primeira jornada rea-lizada no domingo, dia 28, no Kartódromo do Campe-ra na posição mais baixa do pódio.

Durante os treinos a equipa de Castelo Branco não foi além do 7º lugar, posição essa que iriam ocu-par no arranque da corrida. A excelente regularidade de Hugo Gonçalves e de Luís João fez com que ao longo dos 60 minutos de corrida a equipa subisse algumas posições e apenas a 2 voltas do final acabariam mesmo por alcançar o 3º lugar, po-sição essa que aguentaram até ao final da corrida.

O 2º lugar ficou a es-

cassos 4,3 segundos da equipa Escuderia Castelo Branco.

"Foi uma corrida muito difícil mas bastan-te satisfatória, pois con-seguimos um dos princi-pais objectivos, o pódio." afirmou Hugo Gonçalves. "Acabámos em 3º lugar mas tivemos sabor a vitó-ria, as restantes equipas eram muito fortes e tínha-mos consciência que al-cançar um bom resultado não ia ser fácil", adiantou ainda Luís João.

A equipa AJM Infor-mática acabou a corrida na 1ª posição. A equipa Fit Company Carcavelos aca-bou em 2º lugar. A dupla de Castelo Branco terminou assim em 3º lugar e esta é também a classificação ge-ral do troféu.

A 2ª jornada está agen-dada para o próximo dia 19 de Outubro, no Kartódro-mo de Évora. ■

Classe Veículo Nome Piloto Melhor Tempo Classificado1 Mini Fernando Morgado 00:39,6 1º Classificado

1 Mini José Ricardo Marques 00:42,3 2º Classificado

1 Mitsubishi Lancer Hugo Martins 00:49,2 3º Classificado

2 Daihatsu Jorge Araújo 00:33,8 1º Classificado

2 Mini 1600 António Alexandre 00:33,3 2º Classificado

3 Datsun 1200 Ricardo Martins 00:42,8 1º Classificado

3 Toyota Starlet Hélder José Cardoso 00:43,7 2º Classificado

3 Toyota Starlet Davide Ribeiro 00:45,4 3º Classificado

4 BMW 328i Marco Martins 00:39,2 1º Classificado

4 Datsun 1200 SVAuto - Marco Afonso 00:41,3 2º Classificado

4 Datsun 1200 Tiago Miguel 00:43,6 3º Classificado

4x4 Subaru Impreza Domingos Santos Lopes 0

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Edição 1073 • 30 de setembro de 2014 • Povo da Beira · 19·

Era importante iniciar o campeonato com uma vi-tória e foi isso que acabou por acontecer no passado sábado no Parque Urbano de Castelo Branco, em que os veteranos Albicastrenses venceram pela diferença mínima os seus congéneres Alentejanos, que se apre-sentaram muito ambiciosos e com um plantel muito mais equilibrado em rela-ção ao da época passada.

O jogo caraterizou-se por um equilíbrio durante toda a partida, mas com os da casa sempre mais do-minadores e afoitos no ata-que, onde desperdiçaram algumas oportunidades de marcar, fruto de alguma falta de afinação individual e algumas vezes coletiva, ou não fosse este o primei-

ro jogo da época. A primeira parte ter-

minou com o resultado em branco, pelo que se es-perava uma segunda parte emotiva em que os inter-venientes tudo fariam para decidir quem arrecadaria os três pontos em dispu-ta, cabendo aos visitados a maior responsabilidade nesta decisão, não só por jogarem no seu reduto mas também pela qualidade do seu plantel.

Quem primeiro abriu as hostilidades foram os de Castelo Branco através de um lance de bola, parada superiormente apontado por Vítor Salvado, que pas-sados mais alguns minutos voltou a bisar, sentencian-do a partida.

Os forasteiros reagi-

ram, acabando por marcar o seu golo de honra que os levou a acreditar que seria possível o empate ou até mesmo dar a volta ao re-sultado, o que não veio a acontecer até ao apito final

da partida. Os veteranos de Cas-

telo Branco utilizaram alguns dos seus novos re-forços para esta época, os quais deram indicações muito positivas, embora se

notasse alguma falta de en-trosamento com os restan-tes elementos da equipa.

Os Albicastrenses apresentaram: Luís Bar-roso, António Tomé, Rui Delgado (Cap.), António Henrique, Hélder Barre-to, Nuno Fonseca, Luís Pinheiro, Vítor Salvado, Francisco Neves e Alexan-der Mark e ainda Manuel dos Santos, Mário Vale, João Alfredo, Alfredo Se-queira, Vítor Melo, Luís Batista, João Magana e João Andrade.

Orientador: Nuno Fonseca

Golos: Vítor Salvado (2)

Na segunda jornada a deslocação será curta, até Nisa, para defrontar o Sport Nisa e Benfica. ■

Desporto

Campeonato Nacional Seniores - Série E

PampilhosaBenfica C.Branco AD Nogueirense Sourense TourizenseSp. Pombal Oliv. Hospital Vit. Sernache NavalMortágua

4444444444

Jgs Pts9877765311

Benfica CB

Árbitro: Luís CatitaAuxiliares: Gonçalo Brálio e Vasco Guedelha (AF Évora)

Benfica CB: Hidalgo, André Cunha, Tomás (69, Ricardo Barros), Chileno, Ragner (90, Filipe Fernandes), Job, Fábio Marinheiro, Fábio Santos, Marocas, Telmo e Dani Matos (90+15, Sebastiebn).Treinador: Ricardo AntónioCartão amarelo: Chileno (9)Marcadores: Filipe Fernandes, Fábio Marinheiro, Sebastien, Dani Matos e Ricardo Barros.

Sertanense 5

Estádio Municipal de Castelo Branco

Sertanense: Gustavo, Ricardo, Leandro, Viafara (66, Lucas), Grou (73, Zé Miguel), Touré (90+15, Aryson), Fred, Galvão, Ivan, Issuf e IbraimTreinador: GaminhaCartão amarelo: Ricardo (20), Touré (27), Leandro (35) e Zé Miguel (75)Marcadores: Aryson, Imbraim, Fred e Lucas

4

5ª Jornada - 5/10/2014Sp. Pombal - Mortágua

AD Nogueirense - Benfica C.Branco Vit. Sernache - Naval

Pampilhosa - Oliv. HospitalTourizense - Sourense

123456789

10

Campeonato Nacional Seniores - Série F

Alcanenense Mafra U. Leiria Sertanense Fátima EléctricoCaldas TorreenseAtl. Ouriense At. Riachense

4444444444

Jgs Pts10998544310

4ª Jornada - 21/9/2014Eléctrico 0-1U. Leiria

Alcanenense 1-0 MafraSertanense 1-0 At. Riachense

Torreense 0-0 CaldasFátima 3-1 Atl. Ouriense

5ª Jornada - 5/10/2014

U. Leiria - Atl. Ouriense Caldas - Fátima

Eléctrico - AlcanenenseMafra - Sertanense

At. Riachense -Torreense

123456789

10

Foram necessárias 2 horas para encontrar vencedor

4ª Jornada - 21/9/2014Sp. Pombal 0-1 Tourizense

Mortágua 0-3 AD NogueirenseBenfica C.Branco 1-1 Vit. Sernache

Naval 0-1 PampilhosaOliv. Hospital 0-0 Sourense

Taça de Portugal – 2ª Eliminatória

POR JOSÉ MANUEL R. ALVES

Foram necessárias duas horas de jogo para encontrar o vencedor, que apenas ficou decidido atra-vés de grandes penalidades. Num jogo que foi conside-rado um dérbi da região, duas das melhores equipas do distrito de Castelo Bran-co evoluíram positivamen-te no terreno, onde as opor-tunidades de golo foram repartidas. No entanto, a equipa encarnada a partir dos 20 minutos da primeira parte foi a que exerceu um maior ascendente, apenas não concretizando algu-

mas das oportunidades graças à excelente exibição do guardião Gustavo.

A etapa complemen-tar, foi mais equilibrada,

e ambas as equipas tudo fizeram para conquistar a vitória, com os visitantes a criarem algum perigo junto da baliza defendida por Hi-

dalgo que esteve simples-mente impecável entre os postes.

No final do tempo re-gulamentar, e perante o

nulo registado, foi necessá-rio recorrer a um prolonga-mento de 30 minutos, que em nada alterou a marcha do marcador.

Nas grandes penali-dades, Leandro falhou a primeira, e os cinco joga-dores do Benfica e Castelo Branco apontaram todas as penalidades com êxito, pelo que a vitória sorriu aos albicastrenses, passan-do à terceira eliminatória da Taça de Portugal.

No final os adeptos da casa festejaram a vitória com um aplauso prolonga-do a todos os jogadores.

Boa arbitragem ■

Treinadores Abel Louro e Ana Hormigo no XIX Clinic de judoPOR JOSÉ MANUEL R. ALVES

Os treinadores de Judo Ana Hormigo e Abel Louro participaram no XIX Clinic de treinadores nos dias 27 e 28 de setembro em Coim-bra, organizado pela Asso-ciação Nacional de Treina-dores de Judo. Esta ação de formação, homologada pelo Instituto Português da

Juventude e do Desporto para efeitos de renovação da cédula de treinador, teve como objetivo desenvolver conhecimentos sobre aspe-tos ligados à formação des-portiva (treino de crianças e jovens).

As sessões práticas fo-ram orientadas pelos ita-lianos Raffaele Toniolo (6º Dan), Diretor Técnico da

Federação Italiana de Judo para os escalões Júnior e Alto Rendimento e Moni-ca Barbieri (4º Dan), Téc-nica da Federação Italiana e Treinadora do Centro de Formação do Comité Olím-pico Italiano.

As sessões teóricas tive-ram como temas “O Judo em Portugal - processo de desenvolvimento da mo-

dalidade no pós-25 de abril de 1974” - Professor Hél-der Pontes, Licenciado em Educação Física e Desporto (FMH); “Pedagogia de Su-cesso - inclusiva ou de eli-te?”- Prof. Ágata Aranha, doutorada em CHS/ Didá-tica do Desporto (UTAD) e “Preparação do Traba-lho Psicológico no Judo” - Prof. Marco Batista, dou-

torado em Ciências do Des-porto (vertente de Judo).

No sábado realizou-se o jantar de homenagem ao professor Hélder Pontes, judoca com licença federa-tiva 259, que desempenhou um papel fundamental em prol do desenvolvimento do Judo na formação e va-lorização dos treinadores da modalidade. ■

Campeonato de Veteranos

Castelo Branco vence Portalegre, "uma vitória difícil mas saborosa"Clube de futebol de veteranos de Castelo Branco - 2Associação de futebol de veteranos de Portalegre - 1

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· 20· Povo da Beira • 30 de setembro de 2014 • Edição 1073Cultura

Livros & LeiturasA Fraude de Ícaro

Género: MarketingTradutor: Elsa T. S. VieiraN.º de páginas: 216PVP: 15,50€

A vida inteira, ouvi-mos dizer que é melhor não arriscar demais. Que mais vale um pássaro na mão que dois a voar. Que o mais importante é a estabi-lidade. Que é perigoso voar alto, sonhar alto – e até, por vezes, pensar alto.

Sabe que mais? A vida inteira, mentiram-nos. Não há risco maior do que não correr risco nenhum.

Conhece o mito de Ícaro? Preso no labirinto de Creta, Ícaro constrói umas asas de cera para tentar voar por cima das paredes do labirinto e fugir. O seu pai, Dé-dalo, avisa-o: «Cuidado, não voes muito alto, pois o sol pode derreter-te as asas.» E o que acontece a seguir? Ícaro voa demasiado alto… e as suas asas de cera derretem. É assim que se costuma contar a história.

A parte que nunca se conta, que é convenientemen-te esquecida, é a seguinte: Dédalo avisou o filho de que seria igualmente perigoso voar demasiado baixo, porque a água salgada comprometeria a capacidade de sustenta-ção das asas.

É curioso. Numa história em que voar demasiado alto e demasiado baixo comportam os mesmos riscos, porque será que só ouvimos falar dos riscos da primeira opção?

Porque é mais fácil cair na ilusão da mediocridade. Porque, quando temos medo de explorar o nosso poten-cial até ao limite, e mais além, quando temos medo de dar tudo por tudo e falhar, então, é mais fácil acreditar que os riscos são perigosos, que a ambição é um defeito e que o difícil é, simplesmente, impossível. Chega de ilu-sões. Seth Godin, um dos marketeers mais relevantes dos nossos dias e um dos criativos mais originais do mundo do marketing, lança-lhe o desafio: não caia nessa. Não acredite em tudo o que lhe dizem que «não se pode» – e acredite mais naquilo que o faz pensar «eu consigo».

Seth GodinÉ autor, conferencista e blogger – e uma das mentes

mais brilhantes dos nossos dias nas áreas do marketing, da criatividade e da inovação. Foi um dos primeiros pen-sadores a escrever e falar acerca de modelos de liderança para a era pós-industrial e é uma das maiores referências no que diz respeito a mudança de paradigmas. É autor de mais de 15 best-sellers internacionais, publicados em mais de 35 idiomas.

A sua obra mudou a forma como as pessoas encaram o marketing – e o trabalho em si. É autor de A Vaca Púr-pura, o maior best-seller de marketing da sua década, e de Unleashing the Idea Virus (o primeiro e-book de sempre a ter mais de um milhão de downloads).

As sinopses publicadas são da inteira responsabilidade das editoras

Covilhã - Real Fábrica VeigaAté dia 20 de outubro

Está patente, na Real Fábrica Veiga, uma expo-sição documental que pre-tende homenagear João Alves da Silva (São Vicente de Abrantes, 1880- Coim-bra,1939), uma das perso-nalidades mais marcantes da história da Covilhã.

Com o apoio de João Boléo de Matos e Silva, seu bisneto, será apresentado um interessante espólio, constituído por documen-tos textuais e iconográficos, jornais e objectos pessoais, que ilustrará a sua activi-dade política, empresarial e cívica, o seu papel no de-senvolvimento do turismo

da serra da Estrela, e, ainda, como dirigente da loja Serra da Estrela, na Covilhã, do Grande Oriente Lusitano Unido da Maçonaria Por-tuguesa.

Esta exposição está as-sociada às comemorações das Jornadas Europeias do Património 2014, assinala-das nos dias 26, 27 e 28 de setembro com o tema Patri-mónio, sempre uma desco-berta.

Com entrada livre e gratuita, esta exposição pode ser visitada até 20 de outubro, de terça a domin-go, das 9h30 às 12h00 e das 14h30 às 18h00.

Exposição homenageia João Alves da Silva

O festival TeatrAma-dor regressa a Idanha-a--Nova em outubro com 10 espetáculos repartidos por espaços culturais de cinco freguesias do concelho. A programação do festival de teatro decorre entre os dias 3 e 26 de outubro, numa or-ganização da Ajidanha.

A descentralização dos espetáculos pelo concelho é a principal novidade da edi-ção 2014 do TeatrAmador que apresenta nove peças de teatro e uma noite de fados.

Este ano destaca-se ainda a participação de gru-pos de teatro dos dois arqui-pélagos portugueses, Aço-res e Madeira, bem como de uma companhia espanhola,

que neste caso é já habitual nas edições anterior deste festival.

De salientar também a realização de dois espetá-culos dirigidos ao público escolar.

O grupo da casa parti-cipa com “TóLôNJS”, uma peça de teatro sobre Tou-lões com gentes de Toulões, filmada recentemente para produção de um DVD.

O preço de entrada nos espetáculos é livre.

Os primeiros espetácu-los são 3 de outubro, 21h30, "Fados na Sé" em Idanha--a-Velha; dia 5 de outubro, 16h00, "Sopa da Pedra" em Idanha-a-Velha pelo grupo Fio d’Azeite (Sintra).

Festival TeatrAmador apresenta 10 espetáculos em outubro

Idanha-a-NovaDe 3 a 26 de outubro

Sugestões de Cristina Valente

Castelo Branco - Cine-Teatro Avenidadia 3 de outubro às 21:30Teatro

"Morreste-me" é a adap-tação para teatro do texto homónimo de José Luís Pei-xoto, interpretado por Sandra Barata Belo e que conta ain-da com música da autoria de António Zambujo.

"Morreste-me" conta o regresso de uma filha à casa onde vivia com os pais, de-pois da morte do pai, vítima de cancro. Só que desta vez a casa está vazia e fria, restan-do apenas memórias de um tempo em que foram felizes. Revisitar a casa é revisitar a infância, o quintal, os pas-seios de bicicleta. A vida. É visitar o pai. "Morreste-me" é tão-somente uma profunda declaração de amor.

"E pensei não poderiam os homens morrer como morrem os dias? Assim, com pássaros a cantar sem sobres-saltos e a claridade líquida em tudo e o fresco suave fres-co, a brisa leve a tremer as fo-lhas pequenas das árvores, o mundo inerte ou a mover-se calmo e o silêncio a crescer

natural, o silêncio esperado, finalmente justo, finalmente digno.» A morte do pai. O regresso a uma terra onde as memórias de infância ga-nham vida. Ela, agora sozi-nha, percorre o seu Alentejo amado na esperança de con-seguir encaixotar momentos felizes vividos em família. O luto, a casa, a terra, a chu-va. A vontade de congelar o tempo onde já se conseguiu ser feliz. A impotência que se sente quando tudo nos falta. O amor de um pai num es-paço perdido. O céu de novo aberto e a incerteza de como seguir com o quotidiano do sol nascente… Um hino ao amor."

Morreste-me

Fundão - Palácio do Picadeiro Até 31 de dezembro

Irá estar patente, até dia 31 de Dezembro, no Palácio do Picadeiro, em Alpedri-nha, a exposição “Painéis de S. Vicente de Fora”, de José Freire.

Esta exposição é cons-tituída pela réplica dos seis Painéis de São Vicente, origi-nalmente pintados por Nuno Gonçalves, no séc. XV, a mando do Rei D. Afonso V, e que estão patentes no Mu-seu Nacional de Arte Antiga de Lisboa.

Esta réplica de José Freire, que demorou cerca de um ano a ser executa-da, foi trabalhada de forma única, utilizando como ma-téria-prima o azulejo, mas sem recorrer à utilização de

quaisquer tipos de tintas, óleos, pincéis ou espátulas. Esta obra pretende afirmar esta técnica e contribuir para a divulgação dos referidos painéis.

Os seis painéis, pinta-dos por Nuno Gonçalves, contêm 60 personagens e encerram em si a história de um povo, ocupando um lugar de inquestionável des-taque na história da pintura portuguesa, sendo também considerados uma obra-pri-ma, mesmo quando conside-rados em contexto europeu.

Esta exposição po-derá ser visitada de terça--feira a domingo, das 9.30h às 13.00h e das 14.30h às 18.00h.

Exposição de José Freire no Palácio do Picadeiro

Passatempo - Morreste-meGanhe um dos bilhetes simples para assistir à peça

Morreste-me. Envie dos seus dados, nome, CC/BI e número de telefone para o email [email protected]

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Edição 1073 • 30 de setembro de 2014 • Povo da Beira · 21·Lazer

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Carneiro

Carta da Semana: 2 de Espadas, que signifi-ca Afeição, FalsidadeAmor: Tenha pensamentos positivos, pois nem tudo na vida nos pode correr pelo me-lhor. A vida exige de cada um a tarefa de lu-tar e vencer.Saúde: Não terá que se preocupar, está em plena forma.Dinheiro: Terá algumas dificuldades.Números da Semana: 1, 3, 24, 29, 33, 36Pensamento positivo: Afasto a falsidade através do afeto sincero.

21/3 a 20/4Carta da Semana: A Papisa, que significa Estabilida-de, Estudo e Mistério.Amor: Não se precipite numa decisão importante. Analise todos os factos e pense friamente. As deci-sões precipitadas não lhe serão favoráveis. Se alguém quiser desviá-lo do caminho do Bem, não o acom-panhe!Saúde: Cuidado com os resfriados.Dinheiro: Exponha as suas ideias de forma clara e objetiva para que elas surtam o efeito que deseja.Números da Semana: 5, 15, 17, 22, 31, 40Pensamento positivo: A minha intuição ensina-me sempre o caminho a seguir!

Touro21/4 a 21/5

Carta da Semana: Rainha de Espadas, que significa Melancolia, Separação.Amor: Desta vez vai deixar os preconcei-tos de lado e lançar-se na paixão de cabe-ça. Saúde: Tendência para dores musculares.Dinheiro: Efetuará bons negócios.Números da Semana: 7, 11, 18, 25, 47, 48Pensamento positivo: Cultivo a alegria no meu coração e ela dá-me frutos de Paz.

Carta da Semana: Cavaleiro de Espadas, que significa Guerreiro, Cuidado.Amor: A sua família necessita que lhe dê mais atenção. Dê a mão a quem dela precisa. Uma palavra de consolo será sempre bem recebida. Saúde: Deve ter mais cuidado com os seus os-sos.Dinheiro: O esforço profissional vai ser reco-nhecido.Números da Semana: 4, 6, 7, 18, 19, 33Pensamento positivo: Protejo aqueles que amo com cuidado e amor.

Carta da Semana: Cavaleiro de Copas que significa Proposta Vantajosa.Amor: Pequenos desentendimentos poderão deixá-lo muito magoado. Veja sempre a vida que Deus lhe dá como uma oportunidade para melhorar.Saúde: O seu organismo pode ressentir-se.Dinheiro: Torna-se urgente uma mudança de atitude.Números da Semana: 9, 11, 25, 27, 39, 47Pensamento positivo: Encaro os obstáculos como oportunidades de melhorar.

Leão24/7 a 23/8

Virgem24/8 a 23/9

Carta da Semana: Valete de Paus, que significa Amigo, Notícias Inesperadas.Amor: Uma boa conversa com o seu companhei-ro fortalecerá a vossa relação. Lembre-se que na vida não há impossíveis, apenas objetivos mais difíceis de alcançar!Saúde: Cuidado com os rins, beba muita água.Dinheiro: Poderão surgir boas oportunidades, não as deixe fugir. Números da Semana: 10, 20, 36, 39, 44, 47Pensamento positivo: Os amigos ajudam-nos a vencer os obstáculos, a união faz a força.

Carta da Semana: Rainha de Paus, que significa Poder Material e que pode ser Amorosa ou Fria.Amor: Poderá andar de paixão em paixão. Do-mine a sua agitação, permaneça sereno e verá que tudo lhe sai bem!Saúde: Sentir-se-á em forma.Dinheiro: Surgirão vários projetos que lhe per-mitirão alcançar aquela quantia de que tanto necessita.Números da Semana: 7, 18, 19, 26, 38, 44Pensamento positivo: O poder de concretizar os meus planos está na força com que acredito em mim.

Balança24/9 a 22/10

Carta da Semana: 5 de Copas, que significa Derrota.Amor: Lute sempre pela sua felicidade, não se deixe vencer pelos obstáculos. Só você é responsável pelo seu caminho!Saúde: Procure fazer algum tipo de desporto.Dinheiro: Maré pouco favorável para inves-timentos.Números da Semana: 1, 8, 42, 46, 47, 49Pensamento positivo: Eu venço as emoções negativas tendo pensamentos positivos.

Escorpião23/10 a 22/11

Sagitário23/11 a 21/12

Capricórnio22/12 a 20/1

Carta da Semana: Rei de Copas, que significa Poder de Concretização, Respeito.Amor: Vai apaixonar-se facilmente, estará com um grande poder de sedução. A vida é um dom maravilhoso. Agradeça a Deus por ela!Saúde: Estará em boa forma.Dinheiro: Pode agora comprar aquele objeto de que tanto gosta.Números da Semana: 4, 9, 11, 22, 34, 39Pensamento positivo: Acredito que tenho o poder de concretizar aquilo que desejo.

Carta da Semana: Valete de Copas, que significa Lealdade, Reflexão.Amor: Tente ser mais seletivo nas suas amizades. Se escutar o seu coração e agir de acordo com a sua intuição, encontrará a felicidade!Saúde: Poderá sofrer de alguma rouquidão.Dinheiro: Tenha algum cuidado com as pessoas que trabalham consigo, pois se lhes abrir o jogo poderá sair prejudicado.Números da Semana: 1, 2, 8, 16, 22, 39Pensamento positivo: Sou leal às minhas convic-ções!

Carta da Semana: 7 de Ouros, que significa Tra-balho.Amor: Não diga nada antes de pensar bem naquilo que vai dizer, pois essa impulsividade joga muitas vezes contra si. Se seguir em frente e fizer o que tem de ser feito, todos acabarão por aplaudi-lo!Saúde: Cuide mais dos seus pés.Dinheiro: Não deixe que os outros tomem deci-sões ou falem por si, imponha o respeito no seu local de trabalho.Números da Semana: 7, 13, 17, 29, 34, 36Pensamento positivo: Com esforço e trabalho consigo alcançar as minhas metas.

Carta da Semana: O Carro, que significa Sucesso.Amor: Não deixe que terceiros se intrometam na sua relação afetiva. Não dê ouvidos a calúnias e intrigas!Saúde: Dê mais atenção à sua saúde, pois na ver-dade quando julgamos estar bem nem sempre o estamos.Dinheiro: Período pouco favorável a grandes in-vestimentos.Números da Semana: 7, 11, 19, 24, 25, 33Pensamento positivo: O sucesso espera por mim, porque eu mereço!

Correio do LeitorO Islamismo e o Jihadismo

Dos ventos que sopram do Orien-te, antevê-se tem-

pestade. O problema da Ucrânia e o receio das Ex-Repúblicas Soviéti-cas serem invadidas pela Rússia, são preocupantes. Diz-se que Vladimir Pu-tini sonha com a revolu-ção bolchevique de 1917!. Será verdade?. Para 2017 faltam pouco mais de dois anos!. Será absurdo fazer esta relação?. Não digo que sim nem que não. Digo, antes, que tudo é possível!... Não menos preocupante, ou até mais, para toda a Europa é a Jihad Islâmica. As amea-ças e propaganda de terror que fazem na Internet é arrepiante. O assassínio por via da decapitação é terrível e cruel!. Publicar as imagens é desumano e atroz!. Como pode em

pleno século XXI, haver mentes tão diabólicas!. A ambição de dominar todo o Norte de África e Sul da Europa, por via da força, é uma pretensão impossí-vel. Tanto, que neste mo-mento estão a levar “por-rada” das forças coligadas (América, Emirados, Ba-hrein, Qatar e outros)!. Provavelmente, não tarda que a Inglaterra avance. A França está furiosa com a decapitação do turista francês raptado na Argé-lia. A margem de saída, lá do canto que ocupam, é cada vez menor. Deus queira que assim seja!.. Mas a ameaça constante de novos atentados em lugares públicos é bem possível!. Ainda não es-quecemos o “11 de Março de 2004 em Madrid” e o “7 de Julho de 2005 em Londres”. É certo que,

as forças de segurança es-tão mais bem preparadas e conseguem “cheirar”, mais facilmente, o perigo!. Recordo, que na sema-na passada, a Espanha e Marrocos desmantelaram uma célula ligada à Jihade composta por Espanhóis e Marroquinos. Mas, mes-mo assim, a probabilidade de atentados é alta! As for-ças de segurança interna-cionais chamam a atenção para o envolvimento de cidadãos nacionais com os grupos extremistas!. Creio que os Europeus es-tão identificados. Só por-tugueses são 12. Se algum deles tentar entrar no seu País, creio que será facil-mente detido!. Mas, será que estão todos identifica-dos?... O alerta das forças de segurança e de toda a população é essencial.

Este receio e preocu-

pação constantes, abalam as pessoas. Nos comen-tário que tenho ouvido é raro referir a Jihade. O que se ouve é Islâmicos para aqui, Muçulmanos para ali e Árabes para acolá!. A generalização pode ser perigosa!. As pessoas têm de saber que islamismo e Jihad são coi-sas distintas: O Islamismo é um sistema religioso fundado por Maomé no século 7 e não é mais do que a religião Muçulma-na. A Jihade Islâmica ou Jihadismo é uma facção palestina, oriunda da Fai-xa de Gaza, que tinha, e tem, como objectivo criar um Estado Islâmico e destruir Israel. É um gru-po que neste momento

está, totalmente, contra o Ocidente. Conhecendo esta distinção será justo pensar que todos os Mu-çulmanos ou Árabes são farinha do mesmo saco?. Claro, que não!. A maio-ria deles só diferem de nós na religião que seguem. Sem conhecer esta dis-tinção, é impossível não olhar com desconfiança, as pessoas com traços árabes. E, se forem com mochilas, malas, sacos ou embrulhos, ainda pior! Em jeito de desabafo, ouvi alguém dizer: “ se vir algo suspeito destes caramelos, denuncio-o”. Desde que esclarecidas, é bom que mais pessoas pensem as-sim!. Só espero que não apareçam “brincalhões,

com denuncias falsas à semelhança das chamadas falsas para o 112. A acon-tecer, é dificultar a acção das autoridades e aumen-tar o risco.

Espero que a apreen-são e o medo das pessoas não condicione o estado de alerta das forças de se-gurança. Denuncias falsas ou informações sem fun-damento destabilizam o bom funcionamento des-sas forças e facilitam as acções criminosas. Com isto não se pode brincar!. Todos sabemos do que esta gente é capaz! Ajude-mos quem trabalha para nos proteger!.

José Mateus

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· 22· Povo da Beira • 30 de setembro de 2014 • Edição 1073Lazer

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Um vampiro encontra-se com outro que tinha a boca cheia de sangue e diz-lhe:-Olha! Onde arranjaste todo esse sangue fresco?-Bom, vês aquele muro de cimento?-Sim!-Pois, eu não o vi!

Page 23: Edição nº 1073

Edição 1073 • 30 de setembro de 2014 • Povo da Beira · 23·Opinião

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POR CRISTINA GRANADA

Alarme e alarmismo

POR CARLOS ALMEIDA

Estatuto de territórios de baixa densidade populacional:Exige-se acordo entre os principais Partidos

POR CARLOS VALE *

Cuidado com as amnésias…

1. Portugal tem im-portantes desafios. Um deles de elevada

complexidade. Concre-tizemos: as assimetrias e desequilíbrios do País! O Interior do País contrasta, em quase tudo, com o Li-toral.

2. Quando revisi-tamos esta problemática existem dois princípios que necessariamente esta-rão na génese de qualquer possível solução: solida-riedade e a coesão territo-rial.

3. Encerrar servi-ços públicos não ajudará a combater a interiorida-de. Mas não será com a manutenção artificial das escolas, tribunais, entre outros serviços (dada a falta de pessoas), que ire-mos resolver esta equação de difícil resolução. O pro-blema exige uma resposta

abrangente e à luz do nos-so ordenamento jurídico.

4. As regiões peri-féricas dos Açores e da Madeira alavancaram o seu desenvolvimento com base no Estatuto das Re-giões Autónomas. Está mais do que na hora de transferir alguns princí-pios aí consignados para a criação do “Estatuto de territórios de baixa densi-dade populacional”.

5. O Estatuto deve-rá salvaguardar as especi-ficidades destes territórios prevendo regimes de ex-ceção para as diferentes áreas (exemplos, entre ou-tros, o número mínimo de alunos para a criação de um curso não poderá ser igual ao de uma escola de uma cidade do litoral ou a idoneidade de um serviço hospitalar não poderá ter as mesmas exigências do

número de atos médicos de um hospital central). Mas, essencialmente terá que promover de forma descriminada o empre-go. Como? Com políticas fiscais atractivas para o sector privado, serviços públicos a criar com lo-calização nestes espaços e incentivos (ao nível da re-muneração e/ou vínculo) para a fixação de funcio-nários públicos.

6. Sem criar empre-go não se fixa população. Mas também não pode-mos ser demagógicos ao ponto de querer viabilizar todas as aldeias. Como não podemos querer que este seja um projecto de um só partido. Deverá ser assumido mediante acordo entre os diferen-tes partidos. Também, se possível, com algumas or-ganizações da sociedade civil.

Nestes dias em que a amnésia ameaça transformar-se numa

epidemia de elevada dimensão, é absolutamente necessário não esquecer o que é verdadeira-mente essencial para a vida dos portugueses, ou seja, ultrapas-sar a grave crise política, eco-nómica, social e moral em que o país está mergulhado, fruto das políticas desastradas de 38 anos de governos liderados pe-los partidos que têm exercido o poder, PS, PDD e CDS e que deram aso a essa famosa e mal-fadada invenção a que chama-ram o “arco da governação”. Claro que o tão badalado caso Tecnoforma e associados que envolve a figura do primeiro--ministro Passos Coelho, tal como muitos outros processos, recentes ou antigos, e há tantos, com as fatais amnésias asso-ciadas, são igualmente resul-tantes da desgovernação deste famigerado “arco”. Apesar da surpreendente e polémica evo-lução deste caso, tudo leva a crer que nos encontramos bem longe de estarmos totalmente e devidamente esclarecidos. De facto, existe uma enorme insa-tisfação e incomodidade, até no interior das hostes mais conser-vadoras.

Para contrariar este sur-to de amnésia geral, convém lembrar que o Conselho de Concertação Social aprovou o aumento do salário mínimo na-cional para 505 euros, com efei-tos a partir de Outubro. Para ver a tremenda injustiça usada contra os trabalhadores, o últi-mo aumento foi processado há mais de quatro anos ficando então nos 485 euros. Diga-se que os 505 euros, abatidos os descontos, dará pouco mais de 500 euros. Lembrar ainda,

que o Estado vai pagar parte do aumento para “aliviar” os en-cargos das “pobres” entidades patronais de 0,75% para paga-mento da TSU. Acordo conse-guido com o colaboracionismo já habitual da UGT, desta vez, com a farsa dos ´cinco euros a mais` para obter a assinatura final, previamente “conversa-do e combinado” em encontro secreto entre o PM Passos Coe-lho e Carlos Silva presidente da UGT, tudo confirmado por Marques Mendes no seu sema-nal comentário televisivo. Mais uma vez, aí estão os habituais “fretes” da UGT. E, só não vê quem não quer…

Entretanto, prossegue ace-leradamente a oferta do con-trole de empresas estratégicas a grupos estrangeiros, como já aconteceu com a CIMPOR, a EDP, a REN, a ANA, os CTT, a Fidelidade, o grupo de saúde HPP da CGD, constituído por 7 unidades hospitalares. Tudo ocorre com a velha justifica-ção, obviamente falsa, de que é bom para Portugal e para o seu desenvolvimento, pois assim atrai investimento. É óbvio que o Governo não está interessado em esclarecer que esse investimento não cria mais riqueza, limita-se a apropriar-se da existente. Com o escândalo da implosão do grupo BES, era absolutamente previsível o aparecimento dos habituais “galifões” com o objectivo de obter a preços irrisórios as mais rentáveis empresas. Claro que o Governo já afirmou a sua con-cordância à venda da Espírito Santo Saúde a um grupo me-xicano, embora a empresa te-nha uma importância elevada na área da saúde em Portugal, sendo responsável pela gestão do hospital público de Loures.

Também a empresa seguradora Tranquilidade é alvo da gula de vários grupos estrangeiros que a pretendem comprar por somente 50 milhões de euros, um preço absolutamente ri-dículo. Os mesmos processos estão guardados para o “Novo Banco”. E, como é público, também a TAP é há muito um dos alvos da cobiça estrangeira, o que não deixará de ter a to-tal concordância do Governo. Tem sido essa a sua função.

O Governo com o seu plano de esbulhar os cidadãos até ao tutano, mostra-se zan-gado com a evolução negativa de alguns dos seus tortuosos objectivos, encenou sucessivas “birras” com o Tribunal Cons-titucional, voltou a ameaçar, ameaçar e repentinamente “parou”... Entretanto, o tem-po passa e sabe-se agora, que o Estado arrebanhou em Agosto a maior receita de impostos de sempre, cerca de 4 mil milhões de euros. Com a aproximação de ano 2015, com as eleições no horizonte, já se fala de uma possível baixa da carga fiscal. O salário mínimo foi um primei-ro sinal. A sanha arrasadora contra os cidadãos e o Tribunal Constitucional parece, para já, estar num “intermezzo” estra-nho e de contornos duvidosos. Mas, como é do conhecimento público, a divida ao estrangei-ro atingiu 322.176 milhões de euros, uma verba colossal que corresponde a 193, 3% do PIB previsto para este ano. Isto sig-nifica que depois de tantos sa-crifícios impostos ao País, por consequência a todo o povo, o garrote da dívida externa não diminuiu, aumentou.

Razões mais que suficien-tes, para exigir a demissão ur-gente deste Governo.

Façam tocar os sinos, soar trompas e trombetas, chamem, gritem, saiam

à rua, sempre que houver alar-me, sempre que houver perigo, individual ou coletivamente, para os seres humanos, os seus bens e o seu meio ambiente. Proteja-se a vida, protejam--se as comunidades, proteja-se tudo aquilo que contribui para o bem-estar e a uma boa qua-lidade de vida dos cidadãos. Neste caso, contem comigo, sairei à rua para, na primeira linha, cuidar do bem comum.

Porém, discordo, séria e conscientemente, de alarmis-mos, de incoerências, de ati-tudes que apenas servem para agitar, sem nexo, o bem-estar e a serenidade das populações.

Não compreende o inte-resse de alguém andar na praça pública a gritar, como no conto do “Pedro e do Lobo”, um con-to popular antigo, muito belo e

carregado de bom senso, como é caso dos contos populares.

O protagonista do conto gritava e gritava, para chamar a atenção para ele, por brincadei-ra, para desassossegar os seus conterrâneos, então gritava: “lá vem o lobo! lá vem o lobo!”

E, como toda a gente co-nhece o resto da história, a po-pulação acorria, com sachos e forquilhas, para matar o lobo. Mas não havia lobo. Apenas a vontade do rapaz ver toda a gente em alvoroço.

Os contos populares, as histórias antigas, os provérbios ou dizer do povo ensinam-nos sempre mais do que aquilo que nós habitualmente nos lembra-mos de reter. As pessoas, lá do conto, fartaram-se dos alarmis-mos do miúdo e deixaram de acorrer sempre que ele gritava, começaram a não acreditar nele e, por fim, já nem o ou-viam. O que aconteceu? Não

direi, deixo-vos ir ler o conto, se não o conhecem.

Mas para aqueles que sabem como termina a histó-ria, digo que fico confortada, quando defendo, que concor-do com aqueles que trazem alertas, de forma construtiva e coerente, para despertar toda a gente para a proteção do bem comum. Nunca se perca de vista o bem comum, porque é o bem de todos nós. Mas rejeito alarmismos.

Redinamizar o tecido so-cioeconómico de um territó-rio é defender o bem comum. Preservar postos de trabalho, potenciando, se possível o seu incremento, é defender o bem comum. Acompanhar o rigo-roso cumprimento das leis que nos regem, e garantem o fun-cionamento da democracia, é preservar o bem comum.

Evidentemente que a li-berdade de expressão permite a

cada um dizer o que lhe ocor-re, desde que não se difamem pessoas e entidades, nesse caso também existem leis que pro-tegem aqueles que são difama-dos, toda a gente tem direito ao seu bom nome.

Liberdade de expressão não significa expressar de qual-quer forma, ou de qualquer maneira, ideias isoladas, indi-viduais, fazendo-as passar por um ideário comum.

Não se diz que uma opi-nião é um estudo sobre o que não se conhece quando não se conhece.

Contudo, toda a gente tem direito a expressar livremente o seu pensamento.

Só que devemos chamar opinião àquilo que é opinião e estudo àquilo que for o produto de um estudo. E também não se podem confundir, como diz o povo: “alhos com bugalhos”.

Antes de fazer alarmis-mos sobre seja o que for, deve--se investigar as circunstâncias todas, saber se aquilo de que se fala corresponde exatamente àquilo que se quer dizer. Por-que, como no caso do conto, de que atrás falámos, “O Pedro e Lobo”, o alarmismo sem nexo vira-se frequentemente contra o seu propalador.

Os nossos territórios me-recem toda a nossa concen-tração. A união daqueles que

estão por bem, mesmo com pontos de vista pontualmente divergentes, é que faz a força. Dizer mal só por dizer, afirmar uma coisa e o seu contrário, conforme os interesses mo-mentâneos, não aprofundar estudos e confundir os assuntos para confundir as pessoas, não traz bem-estar, nem nos defen-de enquanto povo, enquanto comunidade, enquanto territó-rio.

Fazer bem envolve coe-rência, serenidade e bom sen-so. Todos sabem quando isto se torna relevante para o bem comum. Quanto a mim, o bom senso é um fundamental, sem-pre!

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· 24· Povo da Beira • 30 de setembro de 2014 • Edição 1073ÚltimaPUB