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Jornal de um novo tempo Brasília, Distrito Federal, 28 de março de 2012 - Ano 20 nº 791 - www.dfnoticias.com.br - [email protected] - Exemplar R$ 1,00 COM DIREITO DE IR E VIR Foto: Hugo Prata/ Divulgação Foto: A. Sabino Foto: A. Sabino Foto: Divulgação Foto: Erivelton Viana Foto: Roberto Stuckert Filho/PR Para muitas pessoas, os moradores de rua incomo- dam por serem nômades, por levarem insegurança ao local, às ruas onde se instalam. Mas eles têm direitos assegurados pela Constuição. O Projeto Renovando a Cidadania realizou a Pesquisa sobre a População em Si- tuação de Rua do Distrito Federal, divulgada pela Uni- versidade de Brasília (UnB), ano passado. A pesquisa traz informações para se conhecer melhor esse cidadão e compreender a situação na qual ele se encontra. No Distrito Federal existem várias unidades de acolhimen- to para essa população, mas uma delas, o Albergue Conviver que está localizado no Areal, é bombardeada por reclamações dos moradores. Muitos pedem a trans- ferência da instuição do local há vários anos. PERISC PIO Consulte o site O demonstrativo com os gastos das verbas indenizatórias usadas pelos deputados distritais em fevereiro foi publicado na edição de ontem do Diário da Câmara Legislativa (DCL). As informações também estão disponíveis no site da Câmara, na seção Transparência. Para conferir é mais fácil. ICMS para o setor atacadista A Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) da Câmara Legislativa ÚLTIMAS Sexta do Repente Na próxima sexta-feira (30), a Casa do Cantador realiza a primeira noite do projeto Sexta do Repente em 2012. O evento está marcado para as 20h, com apresentações do declamador Donsílio Luiz e os repentistas João Neto e Chico Ivo, além dos poetas pernambucanos Ivanildo Vila Nova e Raimundo Caetano. Conselho Tutelar As Promotorias de Justiça Cíveis e de Defesa dos Direitos Individuais, Difusos e Coletivos da Infância e da Juventude (PJDIJ) instauraram Inquérito Civil Público (ICP) para averiguar o funcionamento adequado dos conselhos tutelares do DF e a responsabilidade pelo descumprimento da antecipação da tutela em ação civil pública, com o objetivo de preservar os direitos da criança e do adolescente. Dilma desembarca na Índia Foto: Pedro Ventura/Divulgação Atualidade Entrevista Cultura Mundo Melhor A presidente Dilma Rousseff é recebida por autoridades indianas ao desembarcar no aeroporto, de Nova Délhi, para uma semana de visita ao país, incluindo a reunião do Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Dilma terá também encontros bilaterais com líderes fora da cúpula. Página 3 Página 3 Página 5 Página 6 Página 4 Página 5 O titular da Secretaria da Micro e Pequena Empresa e Economia Solidária, deputado Raad Massouh, em entrevista ao DF Notícias enumera ações voltadas para o setor que começam a ser postas em prática e que facilitarão o funcionamento da micro e pequena empresa no Distrito Federal. E enfatiza: “Nós não temos micro e pequenos empresários, temos micro e pequenas empresas. Todo empresário é grande.” O pernambucano Lenine faz show especial hoje na Sala Villa Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília. O show traz no repertório canções como Chão, Invergo, mas não quebro e Isso é só o começo, além de antigos sucessos. Dinamizar o setor é objetivo do secretário Lenine na capital com o “Chão” Juiz determina a retirada de grades no Plano Piloto STJ determina a retirada de grades de prédios em área tombada de Brasília. As mesmas cercam prédios do Plano Piloto. O primeiro prédio a sentir a ação será o condomínio ‘E’, da 208 Sul, onde foi construído um salão de festas e fechou o estacionamento. A decisão do Juiz da Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF alcançará outros condomínios. Depois de cuidar do social e preservar a integridade das crianças, a 1ª Vara da Infância e da Juventude (1ª VIJ) pede ajuda para a manutenção do Espaço Criança. Dentre algumas doações faltam fraldas, brinquedos, calçados, agasalhos e roupas infantis, especialmente de bebês. A abertura da 10ª Copa Sinduscon-DF de Futebol Society, realizada sábado, dia 24 de março, contou com presenças ilustres. O governador Agnelo Queiroz participou do pontapé inicial, fazendo gol contra o ex-goleiro do Fluminense, Paulo Víctor. O atleta começou sua carreira em Brasília, no time do UniCeub, em 1974. Em 1986, foi reserva do goleiro Carlos Roberto Gallo, na Seleção Brasileira de Futebol. 1ª VIJ precisa de roupas de bebês Agnelo prestigia abertura da 10ª Copa Sinduscon-DF aprovou ontem o projeto de lei que reduz a alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 12% para 7%, para o setor atacadista do DF. Espera-se votar logo em Plenário, após passar por todas as comissões. Página 7

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Jornal de um novo tempo

Brasília, Distrito Federal, 28 de março de 2012 - Ano 20 nº 791 - www.dfnoticias.com.br - [email protected] - Exemplar R$ 1,00

COM DIREITO DE IR E VIR

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Para muitas pessoas, os moradores de rua incomo-dam por serem nômades, por levarem insegurança ao local, às ruas onde se instalam. Mas eles têm direitos assegurados pela Consti tuição. O Projeto Renovando a Cidadania realizou a Pesquisa sobre a População em Si-tuação de Rua do Distrito Federal, divulgada pela Uni-versidade de Brasília (UnB), ano passado. A pesquisa

traz informações para se conhecer melhor esse cidadão e compreender a situação na qual ele se encontra. No Distrito Federal existem várias unidades de acolhimen-to para essa população, mas uma delas, o Albergue Conviver que está localizado no Areal, é bombardeada por reclamações dos moradores. Muitos pedem a trans-ferência da insti tuição do local há vários anos.

PERISC PIO

Consulte o siteO demonstrativo com os gastos das verbas indenizatórias usadas pelos deputados distritais em fevereiro foi publicado na edição de ontem do Diário da Câmara Legislativa (DCL). As informações também estão disponíveis no site da Câmara, na seção Transparência. Para conferir é mais fácil.

ICMS para o setor atacadistaA Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) da Câmara Legislativa

ÚLTIMAS

Sexta do RepenteNa próxima sexta-feira (30),

a Casa do Cantador realiza a primeira noite do projeto Sexta do Repente em 2012. O evento está marcado para as 20h, com apresentações do declamador Donsílio Luiz e os repentistas João Neto e Chico Ivo, além dos poetas pernambucanos Ivanildo Vila Nova e Raimundo Caetano.

Conselho TutelarAs Promotorias de Justiça Cíveis

e de Defesa dos Direitos Individuais, Difusos e Coletivos da Infância e da Juventude (PJDIJ) instauraram Inquérito Civil Público (ICP) para averiguar o funcionamento adequado dos conselhos tutelares do DF e a responsabilidade pelo descumprimento da antecipação da tutela em ação civil pública, com o objetivo de preservar os direitos da criança e do adolescente.

Dilma desembarca na Índia

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Atualidade Entrevista

Cultura

Mundo Melhor

A presidente Dilma Rousseff é recebida por autoridades indianas ao desembarcar no aeroporto, de Nova Délhi, para uma semana de visita ao país, incluindo a reunião do Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Dilma terá também encontros

bilaterais com líderes fora da cúpula.

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O titular da Secretaria da Micro e Pequena Empresa e Economia

Solidária, deputado Raad Massouh, em entrevista ao DF

Notícias enumera ações voltadas para o setor que começam a ser postas em prática e que

facilitarão o funcionamento da micro e pequena empresa no

Distrito Federal. E enfatiza: “Nós não temos micro e pequenos

empresários, temos micro e pequenas empresas. Todo

empresário é grande.”

O pernambucano Lenine faz show especial hoje na Sala Villa

Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília. O show

traz no repertório canções como Chão, Invergo, mas não quebro e Isso é só o começo, além de

antigos sucessos.

Dinamizar o setor é

objetivo do secretário

Lenine na capital com

o “Chão”

Juiz determina a retirada de

grades no Plano PilotoSTJ determina a retirada de grades de prédios em área

tombada de Brasília. As mesmas cercam prédios do Plano Piloto.

O primeiro prédio a sentir a ação será o condomínio ‘E’, da 208 Sul, onde foi construído um salão de

festas e fechou o estacionamento. A decisão do Juiz da Vara do

Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF

alcançará outros condomínios.

Depois de cuidar do social e preservar a integridade das

crianças, a 1ª Vara da Infância e da Juventude (1ª VIJ) pede ajuda

para a manutenção do Espaço Criança. Dentre algumas doações

faltam fraldas, brinquedos, calçados, agasalhos e roupas

infantis, especialmente de bebês.

A abertura da 10ª Copa Sinduscon-DF de Futebol Society, realizada sábado, dia 24 de março, contou com presenças

ilustres. O governador Agnelo Queiroz participou do pontapé inicial, fazendo gol contra o ex-goleiro do Fluminense, Paulo

Víctor. O atleta começou sua carreira em Brasília, no time do UniCeub, em 1974. Em 1986, foi reserva do goleiro Carlos

Roberto Gallo, na Seleção Brasileira de Futebol.

1ª VIJ precisa de roupas de

bebês

Agnelo prestigia abertura da 10ª Copa Sinduscon-DF

aprovou ontem o projeto de lei que reduz a alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 12% para 7%, para o setor atacadista do DF. Espera-se votar logo em Plenário, após passar por todas as comissões.

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DF NOTÍCIASExpedienteDiretoria

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Os artigos e matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade

dos seus autores.Impressão

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5 mil / 10 mil exemplares

PERISC PIOFrase“A cada ataque que sofro, fi co cada vez mais convencido de que o nosso governo está no caminho certo. Nosso trabalho contraria interesses que tentam nos impedir de avançar, mas não conseguirão.” Agnelo Queiroz na reunião de secretários desta semana.

Brasília, 28 de março de 20122 DF NOTÍCIAS

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Foto: A. Sabino

A lei é para todosCaso fosse um simples mortal estaria bem complicado por dever pensão alimentícia, mesmo sendo para a ex-esposa. Mas um senador da República deve um montante absurdo há muito tempo à ex-esposa e somente agora recebeu a visita do Oficial de Justiça. A Constituição garante: somos iguais perante a lei.

E as bibliotecas?Há um pacto para se criar bibliotecas escolares. Há um movimento na cidade sobre o assunto. É mais que pertinente, é urgente. Toda escola deveria ter uma biblioteca e emprestar os livros aos alunos. Em todos os lugares da cidade deveríamos encontrar livros. Muito boa a ideia de colocar livros nos postos gasolina. O importante é ler.

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Só no sapatinhoAs discussões sobre a eleição para a presidência da CLDF correm em segredo para alguns deputados. Uns falam em off que serão candidatos ,mas se alguém levar o assunto a diante, eles negam. Tá certo, ainda é cedo e ninguém quer correr o perigo de queimar a vez.

A greve continuaReunidos em assembleia, ontem, os professores da rede pública do Distrito Federal decidiram, por ampla maioria, manter a greve iniciada há 16 dias. Nenhuma proposta foi apresentada para acabar com o movimento. Já vimos essa história, portanto a greve vai longe.

Sem bolo!Ceilândia completou 41 anos e este ano aquele bolo quilométrico que fazia a alegria de muitos não apareceu. Falam que é por causa da economia que as administrações têm que fazer. Judiação!

Ainda a tuberculoseO ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, apresentaram o balanço do número de casos de tuberculose no Brasil nos últimos anos. Na ocasião, também foi apresentada a nova campanha para conscientizar a população sobre os cuidados e o tratamento para o enfrentamento à doença.

Faltou documentoA Mesa Diretora da CLDF não vai apurar as denúncias contra deputados, porque quem protocolou o pedido não apresentou os documentos pessoais. Ora, agora quem fez a reclamação que apresente os tais documentos. Simples!

Que conversa!Ninguém digeriu esse interesse do Banco Central em monitorar os empréstimos realizados acima de R$ 1mil. Com certeza ninguém é tão bonzinho assim. E ainda tem alguém que acredita em cegonha. O desdobramento desse interesse, quando fi caremos sabendo?

Contas sem aprovaçãoHá nove anos nenhuma das contas do governo do Distrito Federal (GDF) foi julgada pela Câmara Legislativa, o que deixou sem conclusão as denúncias de irregularidades apontadas nos pareceres entregues pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) ao Legislativo – poder encarregado de aprovar essas contas. O presidente da Casa, deputado Patrício (PT) disse, por meio de assessores, ter determinado que todos os processos sejam votados até dezembro em Plenário.

Adin para 14º e 15ºA Associação dos Servidores do Ministério Público Federal (ASMPF) protocolou semana passada, no STF, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra o pagamento de décimo quarto e décimo quinto salários a senadores e deputados federais. A entidade pediu ainda liminar para que os salários extras sejam suspensos imediatamente. No Senado a coisa já está adiantada, o projeto foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos.

Artigo

Passou no Senado e está na Câmara um projeto de lei em favor de quem se sentir injuriado, difamado ou caluniado pela mídia. Trata-se, finalmente, de se regulamentar o que já assegura a Constituição Federal, no seu Artigo 5º, Inciso V: “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”. Como se trata do próprio Poder Legislativo, desta vez, dificilmente o lobby das grandes corporações de mídia conseguirá, como de costume, carimbar a iniciativa como sendo mais “um atentado à liberdade de imprensa”, chantagem utilizada mesmo quando o Congresso baniu da TV aberta a publicidade de cigarros.

Perdeu tempo a Associação Nacional de Jornais (ANJ) de não ter levado à frente uma proposta que em seu seio já lograva consenso há vários anos, que era a de se criar para a imprensa brasileira saída semelhante ao Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária), com o seu respectivo Código Brasileiro de Auto-Regulamentação Publicitária, mecanismo que assegura amplo espaço para a solução consensual de queixas e idêntica oportunidade de defesa do acusado.

Mesmo uma solução nos moldes do Código de Defesa do Consumidor seria mais amena do que o império de um sistema que possa resvalar para a chamada “indústria da indenização”, isto porque as reparações previstas nesse modelo decorrem sempre de negociações entre as partes – intermediadas pelos Procons – e nunca podem ser arbitradas acima do valor original do produto, bem ou serviço em causa (acrescido de correção inflacionária). É verdade que o serviço noticioso da imprensa não pode ser confundido com simples mercadoria e que é muito complexo traduzir em cifras um dano moral.

Em termos de “imaginação sociológica”, a Universidade de Brasília, por meio de um projeto de extensão intitulado “SOS-Imprensa” já havia projetado um “Procom da Mídia”,

de autoria da então bolsista de iniciação científica, Rachel Librelon, hoje jornalista atuando no mercado. Isto foi há mais de uma década, quando ainda existia alguma chance de o Brasil ter um Conselho Nacional de Comunicação (efetivo e em favor da sociedade), fórmula adotada em numerosos países, ou, quem sabe, uma Ouvidoria Pública de Imprensa, como funciona no Uruguai.

O fato é que o equilíbrio entre Liberdade e Responsabilidade nunca foi bem entendido no Brasil. De um lado, responsabilizações penais por algo civil (a imprensa é um espaço público que viabiliza uma esfera pública numa sociedade democrática e plural). De outro, empresas que sempre confundiram liberdade de impressão (print) com liberdade de expressão (speech) e de opinião (press). Resultado, o pior possível, como sentenças judiciais, em alguns casos maiores do que o valor integral dos negócios do réu, leia-se: a falência como condenação.

Se herdamos do modelo anglo-saxão a mentalidade de que a imprensa é um poder fiscal, possivelmente trazemos da mesma origem o cacoete de que reputação pode ser traduzida em dinheiro. De fato, imagem é um direito que equivale a um bem e a um patrimônio, mas imateriais. Simbólicos, diga-se. Há, nos Estados Unidos, uma anedota de que teriam escrito na cédula monetária a expressão In God we trust (Acreditamos em Deus), com vergonha de escrever In gold we trust (Acreditamos no ouro). Convertem no vil metal os chamados crimes de honra: injúria, difamação e calúnia. E é bom aproveitar-se a oportunidade para traduzi-los. Em geral, os advogados pedem recompensas pelos três, conjuntamente. No entanto, injúria é ofender ao decoro (xingamentos, preconceitos, depreciações etc); difamação é difundir má fama (atingir, por exemplo, a reputação profissional de alguém); e calúnia, o mais grave deles, é imputar falsamente crime a

alguém. De qualquer forma, lá, nos EUA, a preferência é pela reparação em dinheiro, quando, na verdade, direito de resposta é direito de defesa, com réplica de autoria do próprio ofendido. A indenização financeira seria reservada para situações em que o dano moral implicou prejuízos materiais.

Com o banimento da velha Lei de Imprensa, quase sempre acompanhada da alcunha de “entulho autoritário”, desregulamentou-se o direito de resposta nela contido. Na lacuna de uma regulamentação constitucional atualizada, o assunto gravitou automaticamente na direção do Código Penal e da mercê da arbitragem judicial, cara e lenta. E com o risco de prevalecerem penas arrasadoras ou, de acordo com o libertarismo do juiz, um vale-tudo em nome da liberdade, em nome da qual adoramos encher a boca com expressões do tipo “A liberdade é um valor absoluto”. A mesma epígrafe não tem valido para outro valor igualmente elevado: a responsabilidade.

Honra se repõe com honra e no espaço onde ela foi arranhada ou destruída: o espaço público. Liberdade e responsabilidade; ofensa e reparação. Ocorre-me, aqui, um episódio em que um direito de resposta (matéria de capa de uma revista de âmbito nacional) veio a ser publicado vários anos depois da reportagem, quando o ofendido já era morto. Até o momento, direito de resposta é, em geral, tarefa de advogados e em juridiquês, linguagem totalmente diferente do texto que o público massivo compreende. Em síntese, o público guardará para sempre a versão injuriosa-difamatória-caluniosa, já que nada entendeu da “resposta” jurídica e anacrônica.___________________Luiz Martins da Silva é jornalista e professor da Faculdade de Comunicação, da Universidade de Brasília.

Direito de resposta, direito universal

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DF NOTÍCIAS Brasília, 28 de março de 2012 3

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Presidenta recebe cumprimentos ao chegar em Nova Délhi

GOVERNO - Os moradores de rua são tratados pela população como pessoas que não têm direitos assegurados na Constituição, como de ir e vir adverte a pedagoga Sarah de Alencar, e acrescenta: “Faltam políticas públicas para eles”

Tratados com preconceitoe sem direitos de todo tipoA população de moradores

de rua, do Distrito Fede ral é composta por 2.512

pessoas, sendo 319 crianças, 221 adolescentes e 1.972 adul-tos. Esses dados fazem parte do Projeto Renovando a Cida-dania, pesquisa sobre a Popu-lação em Situação de Rua do Distrito Federal, divulgada pela Universidade de Brasília (UnB) no ano passado. E esse núme-ro diminui se levar em conta os que aceitam ir para as unidades de acolhimento que o Gover-no do Distrito Federal dispõe. Segundo a pesquisa, nem todo morador de rua é pedinte, exis-tem aqueles que trabalham. Muitos são lavadores de carros, vendedores nos semáforos, tra-balham com reciclagem, já têm uma estrutura na comunidade, mas não podem pagar aluguel.

Na pesquisa, assistentes sociais e sociólogos apontam o preconceito como um dos grandes obstáculos para a cria-ção de políti cas públicas volta-das para os moradores de rua. Além de não receberem ações signifi cati vas do governo local e federal, eles têm, inclusive, os direitos básicos violados, como o de ir e vir. Dos adoles-centes pesquisados pela UnB, por exemplo, todos responde-ram que já foram impedidos de entrar em algum lugar e até mesmo de receber atendi-mento público, como saúde e educação. Nem mesmo fi car nas ruas, vias públicas, eles po-dem, pois ações de reti radas de moradores são frequentes em todo o DF.

Aqui no Distrito Federal, o serviço de acolhimento insti -tucional é realizado pela Se-cretaria de Desenvolvimento Social (SEDEST). De acordo com a secretaria esse acolhimento garante proteção integral a fa-mílias e indivíduos que se en-contrem com vínculos familia-res e comunitários fragilizados ou rompidos. Também com ela fi ca a responsabilidade de fazer o encaminhamento dos mora-dores de rua para as unidades de acolhimento. Além disso, disponibiliza um canal chama-do SOS Cidadão (0800-647-1407) para que a população do DF faça denúncias sobre viola-ções de direitos sociais.

Para o acolhimento de crianças e adolescentes há a Unidade de Acolhimento para Crianças e Adolescen-tes – Unac (anti go Abrire). As formas de acesso se dão pelo encaminhamento pela Vara da Infância e da Juventude (VIJ), com aplicação de medida pro-teti va de acolhimento insti tu-cional. Em casos excepcionais e de forma emergencial, quan-do a VIJ e o Plantão Judicial não esti verem em horário de funcionamento, as crianças e os adolescentes podem ser acolhidos por meio de encami-nhamento de outros órgãos, tais como Conselho Tutelar e Núcleo de Atendimento à Pes-soa em Plantão Social – Nuaps.

A Sedest dispõe da Uni-dade de Acolhimento para Crianças e Adolescentes em Situação de Rua/ Giração. Nes-sa unidade, os adolescentes e jovens que estão em situação de rua podem ter acesso à unidade de forma espontânea ou serem encaminhados pela Rede do Sistema de Garanti a de Direitos.

Para o acolhimento de adultos e famílias, existe a Unidade de Acolhimento para Adultos e Famílias em Situação de Rua de Tagua-ti nga (anti go Albercom) ou Albergue Conviver. A capa-cidade de atendimento é de 700 pessoas. O tempo máxi-mo de permanência no Con-viver, que está localizado no Areal, é de 90 dias, sendo avaliada pela equipe técnica a necessidade de prorroga-

ção pelo mesmo período de acordo com a complexidade do caso. O albergue não pos-sui a fi nalidade de oferecer moradia permanente, mas sim, oferecer o acolhimento para a família ou o indivíduo, até que os moti vos que o le-varam a essa situação sejam sanados. E esse acolhimento se dá em situação de desa-brigo por uma situação de vulnerabilidade, risco pessoal e/ou social, como víti mas de calamidades, migrantes que buscam o DF para tratamen-to de saúde, trabalho e cele-ridade nos trâmites judiciais (aposentadoria, Benefí cio de Prestação Conti nuada - BPC) e pessoas em situação de rua.

Para o acolhimento a ido-sos do sexo masculino com mais de 60 anos existe a Uni-dade de Acolhimento para Idosos – Unai (anti ga Casa do Migrante). Sua capacidade é de 27 pessoas.

Ainda há uma unidade de acolhimento para mulheres adultas, desacompanhadas de companheiros e fi lhos, em situação de desabrigo tempo-rário, em Taguati nga Sul, que a Casa Flor, com capacidade para 25 mulheres.

De acordo com Sinara Silva de Deus, diretora do Serviço de Acolhimento da Sedest, dentro do acolhimento, de acordo com a necessidade que cada um apresenta é acionada a rede de proteção socioassistencial, o sistema de garanti as e demais políti -cas públicas. “Isso inclui pro-

videnciar documentação civil, questões judiciais, de aposen-tadoria, de saúde, de merca-do de trabalho. Importante, o atendimento busca sempre a reintegração familiar ou co-munitária no DF e em outros estados”, explica Sinara.

Muitos dos moradores de rua se recusam a fi car em uni-dades de acolhimento devido a difi culdade de seguir regras e a brigas que ocorrem entre eles. Em todas as unidades de acolhimento há um mínimo de roti na que teria em qualquer casa, como horário para o café, almoço, dormir, acordar.

José Rosa dos Santos estava trabalhando na Fercal e como acabou o serviço preferiu ir para o Conviver porque a vio-lência e o preconceito contra quem não tem casa e não pode pagar uma pousada é muito maior nas ruas. “Aqui no alber-gue tenho cama, posso tomar banho e estou protegido. Gen-te ruim tem em todo lugar. E na rua é bem pior. Vou fi car por pouco tempo”, desabafa José lembrando que ali perto do albergue mataram dois mora-dores de rua e em Santa Maria mataram outro queimado.

Para Joel Santana que veio de Imperatriz, no Maranhão, o albergue oferece boas con-dições. Ele veio para Brasília, porque perdeu os documen-tos em Goiânia. “Estou aqui há 8 dias e assim que meus docu-mentos saírem vou arrumar emprego e sair daqui, pois a gente sabe que não pode fi car muito tempo”, afi rma.

Albergue da discórdia, no Areal

Quando foi criada, essa unidade de acolhimento, não existi am casas no local, apenas algumas insti tuições, mas com a invasão do local por pessoas que receberam promessas de legalizar seus lotes e com o passar dos anos com a especulação imo-biliária que tomou conta da região, o Albergue Conviver está no meio de condomí-nios de apartamentos, ca-sas luxuosas e um comércio bem movimentado. E hoje é moti vo de discórdia, por isso existe um movimento que faz campanhas junto ao governo para se transferir a unidade de lá. Segundo o movimento, os albergados bebem, se dro-gam, aborrecem os morado-res, o comércio, brigam e tra-zem insegurança para o local, por isso ocorrem muitos cri-mes, como assaltos, roubos, estupros, brigas por drogas.

Letí cia Rodrigues (pediu para sua identi dade ser pre-servada) tem um comércio no local e não quer entrar nessa discussão, pois acha que a coisa não é tão ruim como al-guns descrevem. Afi rma que alguns albergados realmente exageram, mas nem todos. “O albergue chegou primeiro e cada um quer defender os seus direitos e esquecem que eles têm direitos também, são seres humanos. Que dia alguém tentou ser solidário com eles? Dar esmola não é dar dignidade, não ajuda. O governo deve fazer a sua parte e nós temos que fazer a nossa”, defende Letí cia.

Para Paulo de Oliveira, mo-rador do local, falta melhor administração ao local, os desempregados devem fazer cursos, serem encaminha-dos para trabalhar. “Eles não são os únicos culpados pelos crimes no Areal, eles têm di-reitos que o Estado não reco-nhece e nem os moradores. A gente nota que muitos traba-lham, os que não trabalham, alguns fi cam perambulando pelas ruas consumindo be-bidas e outras coisas mais. O

albergue deve oferecer pales-tras e ocupação para os que fi cam lá e não vão trabalhar. Devem até ajudar na limpeza e manutenção do local. Lá, não é hotel e a comunidade tem que ter outra postura em relação ao albergue”, ressalta.

Já Liomar Duarte, apo-sentada, diz que os usuários do Albergue Conviver que fi cam fora da insti tuição por várias razões, dentre elas por não aceitarem as normas do local, fomentam uma insta-bilidade aos moradores da redondeza”. Eles tocam o in-terfone durante a madrugada pedindo comida. Aqui na mi-nha casa quebraram o inter-fone quatro vezes. É preciso encontrar uma solução para esse problema”, reclama.

A presidente da Associa-ção de Moradores de Águas Claras e Areal, Telma Rufi no, endossa as reclamações e vai além: “O terreno é enor-me, ocioso e a comunidade necessita de uma escola de 1º e 2º graus. Não sou contra o albergue, acredito que se a insti tuição oferecesse ser-viços para esses abrigados, como capacitação de mão de obra, ati vidades para que eles não fi cassem perambulando, perturbando a vizinhança, le-vando insegurança, a situação seria outra. Por que não cons-truir no local um restaurante comunitário, uma creche e a escola?”, defende Telma.

O governo do Distrito Fe-deral nos próximos dias pre-vê a publicação de um de-creto que insti tui a políti ca de atenção a moradores de rua, estabelecendo medidas de enfrentamento às difi cul-dades, discriminação e vio-lência enfrentadas por essa população. Além de uma campanha de enfrentamen-to à intolerância, o governo promete construir três novos abrigos e dois centros de Re-ferência Especializados para Pessoas em Situação de Rua (centros Pops). O governo também quer realizar cursos de capacitação em direitos humanos de 20 horas que vão preparar os policiais a li-dar com grupos, como os de moradores de ruas.

O Albergue Conviver acolhe e dentro da demanda de cada um procura solucioná-las

Foto: A. Sabino

Dilma desembarca na Índia para reunião dos BricsGoverno Federal

A presidente Dilma Rous-seff já está em Nova Délhi, onde permanece até o pró-ximo sábado, para uma vi-sita ofi cial ao País e parti ci-par da 4ª reunião dos Brics, grupo de países emergentes integrado por Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul. Dilma desembarcou na base aérea de Palam, por volta das 13h de ontem, oito horas e meia a mais que no Brasil.

Dilma, com aparência bastante cansada, chegou acompanhada da fi lha, Paula, e de seis ministros que inte-gram a comiti va. Na entrada do hotel, a presidente Dilma recebeu um Bindi, que é um apetrecho uti lizado no centro da testa, próximo às sobran-celhas, representando o sex-to senti do, terceiro olho ou olho da sabedoria.

A presidente evitou dar declarações à imprensa. No caminho, a comiti va presi-dencial fez uma parada téc-nica em Granada, na Espa-nha, onde deu uma volta na cidade e jantou.

Não há programação para hoje. A agenda oficial da presidente Dilma come-ça amanhã às 14h30, hora local, com a cerimônia de entrega do título de douto-ra honoris causa da Univer-sidade de Nova Délhi. À noi-te, a presidente participa de jantar oferecido a todos os presidentes dos países inte-grantes dos Brics, encontro que oficialmente será aber-to na quinta-feira.

Na tarde de amanhã, a presidente poderá se reunir com o presidente da África, do Jacob Zuma.

A embaixadora Edileusa Fontenele Reis disse que o comunicado conjunto a ser assinado pelos cinco países deverá se concentrar prin-cipalmente em questões econômicas, principalmente tendo em vista a crise fi nan-ceira mundial, além da imple-mentação das reformas das insti tuições fi nanceiras inter-nacionais como FMI e Banco Mundial. O documento terá também uma parte políti ca,

já que há uma crise no Orien-te Médio e Norte da África, que inspiram cuidados, no caso da Síria e no contexto da crise não se pode deixar de considerar a questão Israel e Palesti na.

Questi onada se a violên-cia na Síria, especifi camente, será citada no documento, a embaixadora Edileusa disse que “a condenação à violên-cia será um denominador co-

mum de todos os países que querem um fi m da violência e a busca de uma solução diplomáti ca e pacífi ca”, res-saltando que os países não querem intervenção.

Segundo a embaixadora, a crise entre a China e o Tibe-te, que levou ontem um ti be-tano a atear fogo ao próprio corpo, em protesto contra a repressão prati cada pelo presidente chinês Hu Jintao,

não deverá ser tratada no do-cumento dos países do Brics. “Não creio que entrará por-que estamos mais preocupa-dos com crises que eclodiram e que estão em um momento de grandes episódios de vio-lência”, comentou ela. “Não se pretende abordar especifi -camente sobre a questão do Tibete”, comentou.

Ao lembrar a importân-cia dos Brics, Edileusa citou que os cinco países emergen-tes em 2012 serão responsá-veis por 56% do crescimento mundial. O G-7, grupo que reúne os sete países mais ri-cos do mundo, será respon-sável pelo crescimento de apenas 9,5%, menos que o que ocorrerá na América Lati -na. “A redução do crescimen-to da economia global é um assunto que preocupa a to-dos. Preocupa aos BRics, aos outros países em desenvolvi-mento e aos próprios países desenvolvidos”, acentuou.

Outra proposta a ser discutida na reunião é a criação de um banco de de-

senvolvimento comum aos cinco países emergentes. “Deve ser anunciada não ainda a criação do banco, mas a constituição de um grupo de trabalho para es-tudar as modalidades de constituição do banco”, afir-mou ela, lembrando que o banco é muito importante porque cria uma “fonte al-ternativa de financiamento sobretudo para países em desenvolvimento”.

Integram a comiti va os ministros das Relações Exte-riores, Antonio Patriota; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimen-tel; da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp; da Educação, Aloisio Mercadan-te; da Comunicação Social, Helena Chagas; do Turismo, Gastão Vieira; o presidente do BNDES, Luciano Couti nho, e o secretario executi vo da Fazenda, Nelson Barbosa.

Também fazem parte da comiti va os governadores de Sergipe, Marcelo Déda; e da Paraíba, Ricardo Couti nho.

Page 4: edição 791

Brasília, 28 de março de 20124 DF NOTÍCIAS

Cursos Senac Concurso

Mercado de trabalho

Os estudantes da turma 30 de Medicina Veterinária da Universidade de Brasília encon-traram uma maneira saudável para recepcionar os calouros do curso. Escolheram um tro-te onde mostrarão uma nova forma de recepcionar os novos colegas e vivenciarão alguns aspectos relacionados ao curso e à futura profissão.

Eles já estão arrecadando doa-ções de ração, medicamentos e ma-teriais de limpeza. Todas essas arre-cadações serão doadas a um abrigo de animais do Distrito Federal.

E no dia 1º de abril, das 8h às 14h, promoverão um grande muti rão de banho, tosa e carinho para os 400 animais do Abrigo Flora e Fauna.

Todos os animais do abrigo foram resgatados da rua, vítimas de abandono e de maus-tratos e estão procurando lares respon-sáveis, que lhes deem uma vida melhor. Estima-se que nas ruas do DF existam mais de 30 mil animais abandonados, e a situa-ção só se agrava.

Para a aluna do segundo se-mestre do curso, Kássia Aguiar Vieira, a turma se contrapõe à violência e humilhação dos trotes e na oportunidade querem mos-trar que os alunos têm iniciati vas solidárias, bonitas e de extrema ajuda. “Os trotes têm sido conhe-cidos como sinônimo de violência e humilhação, o que mancha a imagem da universidade e de seus alunos. O que queremos fazer é mostrar uma nova forma de inte-ragir com nossos calouros e com aspectos relacionados ao nosso curso. E, acima de tudo, ajudar uma insti tuição que necessita de doações e aos animais destes, que tanto precisam de carinho e aten-ção”, comemora Kássia.

Gabrielle B.A.G. Amorim, também aluna de Veterinária, do segundo semestre se preocupa com os acontecimentos recentes relacionados aos tipos de tro-tes da universidade e dar todo apoio para a realização do ‘trote do bem’. “O trote busca praticar um ato solidário visando ajudar animais carentes, levando amor, carinho, mantimentos e também criando um vínculo maior entre os calouros e veteranos. Gosta-ríamos de mostrar que também temos iniciativas solidárias, bo-nitas e de extrema ajuda”, res-salta Gabrielle.

Grades são proibidas em edifícios no Plano

ATUALIDADE - O STJ determinou a retirada das grades que cercam os prédios residenciais do Plano Piloto. O Bloco E, da 208 Sul será o primeiro a sofre intervenção

O cercamento dos pilo-ti s até o momento é permiti do nos edifí -

cios do Guará e do Cruzei-ro, mas a parti r de agora é proibido no Plano Piloto. O Juiz Carlos Rodrigues da Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF, sem sen-tença de mérito, manteve o ato administrati vo da Agên-cia de Fiscalização do DF (Agefi s), que determinou a derrubada das grades que cercam garagens e prédios residenciais no Plano Pilo-to. Os moradores justi fi cam que a medida é uma forma de trazer mais segurança e evitar a entrada de estra-nhos nos prédios.

A Procuradoria-Geral Fe-deral da Advocacia Geral da União (AGU) defendeu que a autorização para instalação das grades violaria o Arti go 17, do Decreto-Lei nº 25/37, no qual está previsto.

Porém fi scalizar e pre-servar o tombamento no DF é de responsabilidade do Insti tuto do Patrimônio Histórico e Artí sti co Nacio-nal (Iphan). Mas somente o GDF pode reti rar as estru-turas irregulares. A Agência de Fiscalização (Agefi s) deve estabelecer uma parceria com o órgão para multar quem esti ver fora da lei. Os valores serão aplicados de acordo com a área pública cercada ilegalmente. Nem o governo, nem o Iphan têm um levantamento sobre a quanti dade de prédios cer-cados no Plano Piloto.

A Agefi s informa que, com o aval da Vara do Meio Ambiente, vai re-ti rar as grades de outros blocos da Quadra 208 Sul e também de prédios na Quadra 204 Norte.

Relembre o casoEm meados de setem-

bro de 2011, os moradores da Quadra 208 Sul entra-ram com pedido de anu-lação dos atos administra-ti vos que determinaram a desocupação de área públi-ca por parte do condomí-nio. Os moradores alegam que as grades instaladas no

local cercam uma garagem coleti va parti cular, constru-ída na década de 60 e que a medida foi por moti vos de segurança, uma vez que convivem constantemente com a presença de usuá-rios de drogas e moradores de rua no local.

Alegam ainda que os atos administrati vos da Agefi s estão equivocados e que o salão de festas do bloco foi construído com aprovação da Administra-ção Regional de Brasília, em maio de 1997.

Segundo informações do processo, o cercamen-to com grades já foi ob-jeto de discussão no Su-perior Tribunal de Justi ça (STJ), que concluiu que a sua instalação nos edifí -cios residenciais do Plano Piloto compromete o pa-trimônio cultural tomba-do, por alterar as carac-terísti cas paisagísti cas e ambientais de Brasília.

A privati zação do espaço público ocorre em quadras da Asa Sul, calcada em uma parti cularidade de alguns blocos residenciais do Pla-no Piloto: o acesso ao esta-cionamento por baixo dos piloti s dos prédios. Escon-dendo-se atrás de justi fi -cati vas como segurança ou com o objeti vo de desti nar

mais vagas aos moradores, muitos condomínios resol-veram cercar as vagas que deveriam servir a todos.

A Agefi s afi rmou ainda sobre o caso da 208 Sul, que o fechamento do esta-cionamento localizado no térreo do prédio está em desacordo com a concep-ção urbanísti ca idealizada por Lúcio Costa e com o tombamento de Brasília como Patrimônio da Hu-manidade, além de infrin-gir o Código de Edifi cações do DF. E o documento apresentado pelo condo-mínio não é aceitável para liberar a autorização da construção de um salão de festa, pois não tem alvará de construção.

O Juiz da Vara do Meio Ambiente, Desenvolvi-mento Urbano e Fundiário do DF, Carlos Rodrigues, analisou que o alvará é pré-requisito para toda edifi cação, ampliação, ino-vação ou reformas nos edi-fí cios construídos no DF, conforme estabelece o Có-digo de Edifi cações local. A simples falta do alvará, segundo o juiz, já seria su-fi ciente para caracterizar a irregularidade da obra.

Quanto ao estaciona-mento localizado no tér-reo, Rodrigues afi rmou

que o problema não está na garagem, mas no seu fechamento com grades, o que agrava várias normas no que se refere à preser-vação da concepção urba-nísti ca de Brasília.

Além disso, o gradea-mento da garagem, além de ter sido realizado sem o necessário alvará de construção, isola as áreas de livre circulação, desca-racteriza o projeto original da cidade e afeta negati -vamente atributos e carac-terísti cas arquitetônicos, paisagísti cos, ambientais e sociais elementares do Pro-jeto de Brasília.

Saiba Mais O procurador jurídico

da Agefi s, Jairo Lopes, disse que a difi culdade está nas diversas ações levadas à Jus-ti ça pelos condomínios, mas afi rma que o bloco E, da 208 sul tem o prazo de duas se-manas para fazer o restante da remoção. “O condomí-nio “E” ainda pode recorrer, pois cabe recurso adminis-trati vo, mas um precedente deverá ser aberto. Caso não consigam a ação deverá ser agendada para as próximas semanas. A medida é clara e se o condomínio não derru-bar as construções irregula-

res em área pública, a Agefi s o fará”, disse.

Segundo ele, os demais condomínios e áreas irregu-lares serão avaliados e nos próximos dias, as equipes retornarão para dar conti -nuidade à operação.

O que diz a lei?

A Lei Nº 2.105, de 8 de outubro de 1998, trata da construção, modifi cação ou demolição de edifi cações no Distrito Federal. O Arti go 178 determina que a der-rubada total ou parcial da obra será imposta quando tratar-se de edifi cação em desacordo com as normas e não for passível de altera-ção do projeto arquitetôni-co para adequação. Quando a obra se encontra em área pública, segundo o docu-mento, a ação pode ser feita de forma imediata.

Já o Decreto Nº 10.829, de outubro de 1987, dispõe sobre o tombamento do conjunto urbanísti co, arqui-tetônico e paisagísti co de Brasília, conforme o plano original de Lúcio Costa. No mesmo ano, a Unesco re-conheceu a capital federal como Patrimônio Cultural da Humanidade. Uma portaria do Iphan, de 1992, também protege o tombamento.

Foto: A. Sabino

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Jornal de um novo tempo

Brasília, Distrito Federal, 15 fevereiro de 2012 - Ano 20 nº 786 - www.dfnoticias.com.br - [email protected] - Exemplar R$ 1,00

FALTA INFRAESTRUTURA E MUITO MAIS NO POLO JK

Todos os dias a população do DF em alguma região

convive com mau cheiro, mas segundo a Caesb isso se deve ao comportamento da própria

população que joga lixo nas ruas. Esse lixo é levado à rede de

águas pluviais e de esgoto. Outro fator é que os moradores fazem redes clandestinas de ligação, não obedecendo os padrões

exigidos pela companhia.

Criado em 2004, nos arredores de Santa Maria, o Polo JK

se arrasta desde então. Os serviços essenciais no setor che-gam ti midamente. O presidente da Associação Comercial

e Industrial do Polo, reconhece a morosidade dos projetos a

serem desenvolvidos para a área. Grandes indústrias estão

instaladas no local e outras estão chegando gerando muitos

empregos. Muito pode ser feito, como asfalto que falta em

muitas ruas, a luz, drenagem, recolhimento de lixo com regu-

laridade, segurança, transporte para dinamizar e melhorar

as condições da área. Algumas empresas se ressentem da di-fi culdade de contratar mão de obra no Distrito Federal, pois

os trabalhadores alegam que os ônibus de Santa Maria não

circulam no setor. Reclamam também das ruas com buracos,

dos problemas trazidos pela chuva e o período seco, a falta

de passarela de pedestres na BR 040 e segurança. O Polo JK

está em compasso de espera para deslanchar .

Página 3

PERISC PIO

FlagranteDiante de tamanha cara de pau do motorista que estacionou na calçada no SIG, Quadra 1, não restou ao policial multar. Muito bom! É por essa e outras que se instalou a maior baderna no setor. Estacionam de qualquer maneira tanto carros de passeios, como caminhões, motos e tudo mais.

Engolir sapoSão constantes os problemas com placas de sinalização, semáforos no Sudoeste. A consequência é o trânsito bastante congestionado em horários de grande circulação. É ainda pior quando alguém reclama e dão desculpas. Não adianta botar culpa em outros órgãos. É preciso alguém estar ligado nos problemas da cidade e resolver.

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Cidade

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Foto: J. Vieira

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Mau cheiro invade

ruas do DF

Doenças transmitidas

pelo beijo

Visita inspira parceriasDilma destaca o interesse do Brasil em fortalecer parcerias comerciais,

educacionais e industriais com a Finlândia, durante visita do primeiro-ministro

ao País. Na oportunidade ressaltou que as trocas comerciais entre os dois

países e que ambos pretendem aumentar o fluxo de investimentos.

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Mundo Melhor

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Inclusão ainda é um desafi o para defi cientes

Carnaval Setebelos

A secretaria de Educação e o Detran/DF afirmaram que

estão atentos as irregularidades. Por mais que haja fiscalização pais devem ficar atentos aos veículos que prestam serviços

de transporte escolar. O objetivo é verificar a segurança e documentação dos veículos, em especial nas áreas rurais e, caso constatado alguma

irregularidade, que sejam tomadas

as providências estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro.

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Atualidade

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Fiscalize o transporte

escolar

O deputado distrital Wellington Luiz (PPL) assume a Secretaria

de Regularização de Condomínios sabendo que não

há fórmula mágica para resolver

a regularização dos condomínios. Promete fazer um trabalho

observando a complexidade que envolve cada um, sem deixar

brechas para contestações dos

órgãos fiscalizadores mais tarde.

Entrevista

A missão é regularizar

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Cultura

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Teatro dos Bancários recebe o 3º Festival de Carnaval Setebelos.

De 17 a 21 de fevereiro.

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Falta de drenagem provoca buracos nas ruas e trabalhadores correm perigo ao atravessar a BR-040 todos os dias, por isso pedem passarela

Jornal de um novo tempo

Brasília, Distrito Federal, 15 fevereiro de 2012 - Ano 20 nº 786 - www.dfnoticias.com.br - [email protected] - Exemplar R$ 1,00

FALTA INFRAESTRUTURAE MUITO MAIS NO POLO JK

Criado em 2004, nos arredores de Santa Maria, o Polo JK

se arrasta desde então. Os serviços essenciais no setor che-gam ti midamente. O presidente da Associação Comercial

e Industrial do Polo, reconhece a morosidade dos projetos a

serem desenvolvidos para a área. Grandes indústrias estão

instaladas no local e outras estão chegando gerando muitos

empregos. Muito pode ser feito, como asfalto que falta em

muitas ruas, a luz, drenagem, recolhimento de lixo com regu-

laridade, segurança, transporte para dinamizar e melhorar

as condições da área. Algumas empresas se ressentem da di-fi culdade de contratar mão de obra no Distrito Federal, pois

os trabalhadores alegam que os ônibus de Santa Maria não

circulam no setor. Reclamam também das ruas com buracos,

dos problemas trazidos pela chuva e o período seco, a falta

de passarela de pedestres na BR 040 e segurança. O Polo JK

está em compasso de espera para deslanchar .

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PERISC PIOPERISC PIOPERISC PIOPERISC PIOPERISC PIOPERISC PIOPERISC PIOPERISC PIOPERISC PIOPERISC PIOPERISC PIO

FlagranteDiante de tamanha cara de pau do motorista que estacionou na calçada no SIG, Quadra 1, não restou ao policial multar. Muito bom! É por essa e outras no SIG, Quadra 1, não restou ao policial multar. Muito bom! É por essa e outras no SIG, Quadra 1, não restou ao policial

que se instalou a maior baderna no setor. Estacionam de qualquer maneira tanto carros de passeios, como caminhões, motos e tudo mais.

Engolir sapoSão constantes os problemas com placas de sinalização, semáforos no Sudoeste. A consequência é o trânsito bastante congestionado em horários de grande circulação. É ainda pior quando alguém reclama e dão desculpas. Não adianta botar culpa em outros órgãos. É preciso alguém estar ligado nos problemas da cidade e resolver.

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Foto: A. Sabino

Foto: J. Vieira

A secretaria de Educação e o Detran/DF afirmaram que

estão atentos as irregularidades. Por mais que haja fiscalização pais devem ficar atentos aos veículos que prestam serviços

de transporte escolar. O objetivo é verificar a segurança e documentação dos veículos,

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Atualidade

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Fiscalize o transporte

escolar

O deputado distrital Wellington Luiz (PPL) assume a Secretaria

de Regularização de Condomínios sabendo que não

há fórmula mágica para resolver

a regularização dos condomínios. Promete fazer um trabalho

observando a complexidade que envolve cada um, sem deixar

brechas para contestações dos

órgãos fiscalizadores mais tarde.

Entrevista

A missão é regularizar

Jornal de um novo tempo

Brasília, Distrito Federal, 8 fevereiro de 2012 - Ano 20 nº 785 - www.dfnoticias.com.br - [email protected] - Exemplar R$ 1,00

ANO LETIVO COMEÇA COM CONTAGEM REGRESSIVA

Escolas de samba de Brasília

aguardam para receber a

qualquer momento verba do

GDF para a realização dos

desfiles das escolas de samba.

“Está tudo certo e esperamos

até o final da semana a verba.

As agremiações estão a mil

por hora para terminar os

preparativos. Mas 2013 será

melhor ainda com a nova Lei

4738/2011, que regulamenta

o pagamento de no máximo

90 dias antes dos desfiles”,

destacou o presidente da

Uniesb, Geomar Leite”.

Glauco Rojas, secretário do

Trabalho afirma que sua pasta

está desenvolvendo ações

voltadas para a qualificação

profissional não só para

atender os eventos esportivos

que a cidade vai receber, mas

para atender o mercado de

trabalho. E tem novidade para

o empreendedor: o Prospera-

Programa de Microcrédito.

Instituição valoriza a educação de

jovens do Recanto das Emas e

Samambaia. A ideia é promover

inclusão social por meio de

projetos como Educação Digital,

Educação Infantil, Esporte, lazer e

reforço escolar.

Cirque du Soleil volta ao Brasil

para apresentar novo show

“Varekai”. O espetáculo promete

muita ousadia, números aéreos,

coloridos e verdadeiramente

surpreendentes.

Mais um ano leti vo começa e a comunidade escolar já

espera uma greve. Governo e Sindicato dos Professores não

se entendem. Hoje, segundo o Sinpro, é o marco da con-

tagem regressiva para a greve que pode ser iniciada dia

8 de março, com assembleia às 9h, na Praça do Buriti . “O

Governo não cumpriu nenhum dos prazos que ele mesmo

esti pulou para discuti r as reivindicações acordadas em abril

do ano passado que incluem a reformulação do quadro de

carreira, convocação dos concursados, o plano de saúde”,

afi rma Washington Dourado, diretor do sindicato. Já a as-

sessoria de imprensa da Secretaria de Educação afi rma que

o Governo vem proporcionando à classe ganhos, como a

Gestão Democráti ca que foi sancionada ontem, cursos que

garantem ascensão profi ssional.

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PERISC PIO

Pode ser hojeReunidos por mais de três horas, ontem,

na presidência da Câmara Legislativa, os

deputados distritais não chegaram a um

acordo para a nova composição das comissões

permanentes da Casa. Uma nova reunião está

marcada hoje , às 14h30.

Todos podem ajudarItapoã, região administrativa, fez aniversário este

mês. Não tem muito o que comemorar, pois a

segurança deixa a desejar, diz a população. Mas

alguns moradores lembram que é preciso todos

lutarem para fazer da cidade um lugar bom de se

morar. Se todos colaborarem...

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Mundo Melhor

Entrevista

Cultura

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Pró vida

Qualifi car é a meta

Show inédito no Brasil

Carnaval vai sair às pressas

Presidenta afi rma que

Petrobras investe em pesquisa

Petrobras foi a empresa que

mais investiu em tecnologia

para reduzir tempo e custo na

exploração do pré-sal. Segundo

a presidenta Dilma Rousseff,

as pesquisas desenvolvidas

pela empresa tiveram um

investimento de R$ 9,5

bilhões. E reiterou que o

Governo vai criar 201 escolas

técnicas, entre elas, quatro

novas universidades federais

e 47 campi universitários,

especialmente no interior do país, até 2014.

Governo Federal 292929Página 6

Com a proibição das grades, moradores reclamam que existe uma insegurança sem elas e dizem que vão recorrer

Trote Solidário do Curso

de Veterinária da UnB

Cursos que iniciam na semanade 9 a 14 de abril

Maquiagem Social – 60h Requisitos: Idade mínima de 16 anos, ter, no mínimo, a sexta série do Ensino Fundamental.INVESTIMENTO: R$ 300,00 / 2 x R$ 150,00Local Período Previsto Horário PrevistoSobradinho 14/04 a 04/08 (sábados) 8h ás 12h

Recepção em Serviços de Saúde – 60h Requisitos: Idade mínima de 18 anos, ter o Ensino Médio completo e ter conhecimentos básicos de informáti ca.INVESTIMENTO: R$ 250,00 / 2 x R$ 125,00 Local Período previsto Horário previstoCeilândia 09/04 a 08/05 19h às 22hGama 09/04 a 27/04 8h às 12hSobradinho 14/04 a 04/08 (sábados) 8h às 12h

Administração de ServiçosHospitalares – 60hRequisitos: Idade mínima de 18 anos, ter o Ensino Mé-dio completo, ter conhecimentos em informáti ca e ser profi ssional de Saúde.INVESTIMENTO: R$ 170,00 / 2 x R$ 85,00Local Período previsto Horário previstoGama 09/04 a 27/04 18h às 22h

Camareira em Meios de Hospedagem 160h – Incluindo Práti ca Supervisionada Requisitos: Idade mínima de 18 anos e ter o Ensino Fun-damental completo.INVESTIMENTO: R$ 880,00 / 4 x R$ 220,00Local Período previsto Horário previsto903 Sul 09/04 a 05/06 18h às 22h

Merendeira - 160 horas Requisitos: Idade mínima de 18 anos, ter, no mínimo o 6º ano do Ensino Fundamental.INVESTIMENTO: R$ 500,00 / 4 x R$ 125,00 Local: Espaço Senac - Quadra 03 A/E 02 lote 01 UNB-Brazlândia Datas: 14/04 a 01/07 (sábados e domingos)Horários: 8h às 17h

Técnicas de Peti scos e Comidade “Buteco” – 40h Requisitos: Idade mínima de 18 anos e estar cursando, no mínimo, o 6º ano/5ª série de Ensino Fundamental, ter co-nhecimento na produção de peti scos e comida de boteco.INVESTIMENTO: R$ 300,00 / 2x R$ 150,00 Local: Senac Gastronomia – Ed. Jessé FreireSetor Comercial SulPeríodo previsto: 14/04 às 30/06 (sábados)Horário previsto: 8h às 12h

Técnicas de Produção de PãesCaseiros e Artesanais – 40h Requisitos: Idade mínima 18 anos, estar cursando, no mínimo, o 7º ano/6ª série do Ensino Fundamental e ter conhecimentos de panifi cação.INVESTIMENTO: R$ 300,00 / 2 x R$ 150,00Local: Senac Gastronomia – Ed. Jessé FreireSetor Comercial Sul Período previsto: 14/04 a 30/06 (sábados)Horário previsto: 13h às 17h

INSCRIÇÕES:

Até a data de início das aulas ou enquanto houvervaga disponívelPara efetuar a matrícula, os interessados devem comparecer à secretaria escolar de uma das unida-des do Senac, das 9h às 18h, levando os seguintes documentos e respectivas cópias: RG, CPF, compro-vante de escolaridade, e comprovante dos demais requisitos do curso escolhido.Informações adicionais podem ser obti das pelo tele-fone 3313-8877 ou pelo endereço eletrônico htt p://www.senacdf.com.br/.

Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic)

Região/Estados:Centro-Oeste | DF Escolaridade:Nível Superior Vagas: 157 Salário: R$12.960,77 Cargos:Analista de comércio exterior Inscrições: 09/04/2012 a 22/04/2012 Prova(s): 27/05/2012 Validade do concurso: De um ano, contado da data da publicação de sua homolo-gação, podendo ser prorro-gado uma única vez e por igual períodoOrganizadora: ESAF

Page 5: edição 791

Pioneiro no setor em-presarial, Raad iniciou sua trajetória na con-

fecção de panelas, na cidade do Gama. Passou pela pres-tação de serviços com a lo-cação de tratores, montou uma agência de automóveis, até chegar ao seu atual em-preendimento, reconhecido em todo o Distrito Federal, o RM Hotel Fazenda.

No seu segundo manda-to como deputado distrital, Raad fez a diferença na Câ-mara Legislativa, garantin-do espaço e respeito no ce-nário político nacional.

Em entrevista ao DF No-tícias, Raad destaca que ao assumir a secretaria lan-çou o programa “Minha Empresa, Minha Vida”, que vai facilitar a vida do micro e pequeno empresário do Distrito Federal, desburo-cratizando os processos e fazendo com que eles cres-çam e gerem mais emprego e renda para o DF.

Como o senhor recebeu o resultado do TSE que o absolveu do processo de perda de mandato?

Tirei mil pesos dos meus ombros. Sofri um ano, dois meses e 22 dias respondendo por uma coisa que eu tinha certeza que eu não �iz , pelo contrário quem faz erra-do não age da maneira que agimos, pegamos o dinheiro da empresa e imediatamen-te depositamos no caixa da campanha. Prestamos conta ao TRE. Quem tem intenção de lesar e fazer caixa dois, não tem esse procedimento. Então sofri muito durante este um ano, dois meses e 22 dias. Não tenho nenhum res-sentimento, nenhuma preo-cupação quanto a isso. Acho que o movimento agora é de superação, poder traba-lhar com mais tranquilidade, de aprovar muitos projetos para Brasília. Assim como lutei durante 5 anos para aprovar o projeto que aca-bou com o 14º e 15º salários. Tenho muitos projetos que serão exemplo de âmbito na-cional. Tenho certeza da for-ça do trabalho.

Ainda está colhendo os louros da vitória pela aprovação do término do 14º e 15º salários?

Foi uma grande vitória. Dei início a esse trabalho desde que eu assumi como suplente na Câmara Legis-lativa. Eu nunca recebi esse bene�ício. Sempre preenchi documentos para não haver depósito do dinheiro na mi-nha conta. E graças a Deus, depois de muita espera, fui vencedor. Mas antes fui mui-to perseguido, tomei muita porrada. Fui muito discrimi-nado, até por alguns colegas da Câmara e en�im agora que a vitória saiu, alguns querem ser o pai da criança, mas te-nho a consciência tranquila e sei que o povo de Brasília sabe de minha luta. Essa foi proposta de campanha, em 2010 e tenho o maior orgu-lho de dizer que o meu pro-jeto acabou com o 14º e 15º salários dos deputados e que hoje serve de exemplo para o Brasil inteiro e só sinto que ninguém está divulgando. Na hora de falar mal da ci-dade falam, mas quando se dá boas posições da política, bons exemplos de Brasília para o Brasil, eu vejo a im-prensa nacional calada. Isso deveria ser mais divulgado, porque realmente Brasília deu o exemplo. Quero agra-decer o povo de Brasília que sem eles eu não teria conse-guido aprovar o projeto.

Secretaria recém-cria-da. Quais as ações de tra-balho da secretaria?

Já estamos com o traba-lho em andamento. Já temos vários projetos. O projeto principal é esse, Minha Em-presa, Minha Vida.

Como é o projeto?A ideia desse projeto é fa-

zer com que ele resgate aque-le pequeno empresário, o empreendedor individual que está abandonado. Que resga-te a credibilidade desse micro empresário que está abando-nado há muitos anos, que ele volte a se apaixonar pela sua empresa, seu comércio, fazen-do com ele volte a ter credi-bilidade, con�iança no que ele faz, que ele possa gerar novos postos de trabalho e renda para o Distrito Federal.

Dentro do projeto existe uma linha de �inanciamen-to para esse empresário?

Tem. Dentro da Minha Empresa, Minha Vida, tem a

Tenda do Empresário. Ela vai funcionar um mês em cada cidade. E dentro dessa tenda nós vamos ter curso de ca-pacitação para empresários, cursos de empreendedorismo. Levaremos os bancos, com bons �inanciamentos e além

disso, a secretaria vai criar um cordão umbilical entre o banco e a secretaria, porque o pequeno empreendedor mui-tas vezes, vai ao banco uma vez, duas vezes e por ser uma pessoal humilde não vai mais e deixa de pegar o dinheiro. Então nós teremos um de-partamento na secretaria que nós iremos junto com esses pequenos empreende-dores ao banco até que eles peguem o dinheiro.

Como funcionará a Tenda do Empresário?

Para abrir novas empre-sas a burocracia é grande. Para agilizar, vai haver uma simpli�icação desse processo de abertura de empresas. Na tenda do Empresário, nós te-remos contadores, apoio da Junta Comercial, dos órgãos do GDF. Acoplado a todo esse projeto temos o Na Hora Em-presarial. Queremos levá-lo para todas as cidades para que facilite a abertura de no-vas empresas.

Nossa intenção é trazer o empreendedor que está na informalidade, para den-tro da formalidade, mostrar

para ele que é importante trabalhar dentro da formali-dade, porque ele pode cres-cer, fazer seu trabalho com mais transparência. Que-remos criar uma Junta do Empresário, especí�ica para atendê-los, uma Vara Judi-cial que atenda as demandas do setor, porque temos um alto índice de mortalidade de empresas. Essas empresas esperam julgamento de uma ação por quatro, cinco anos e ela não aguenta chegar a esse limite.

Tenho esperança que va-mos fazer um bom trabalho, pois temos o apoio de várias entidades governamentais e não-governamentais, como o Sebrae, o Sindicato dos Ata-cadistas, dos Varejistas. As pessoas estão muito empol-gadas com essa secretaria e comigo, porque eu sempre fui um pequeno empresário. Já sofri na carne durante a minha vida inteira as di�i-

culdades que um empresário passa. Hoje o maior terror do setor no Distrito Federal é a falta dos alvarás de funcio-namento. Oitenta por cento do DF não tem regularização fundiária. Pergunta-se, o que o empresário tem com isso?

Está em andamento, já está com o governador e está prestes a ser assinado, um projeto para desvincular os alvarás das cartas de Habi-te-se, porque no meu enten-der as empresas têm que ter CNPJ, ela tem que ter a inspe-ção do Corpo de Bombeiros, da Vigilância Sanitária e as obrigações de uma empresa. As brigas fundiárias do imó-vel não são obrigação da em-presa, são obrigação do dono do imóvel. Se a gente desvin-cular o alvará, do Habite-se, da briga fundiária, a gente pode dar alvará para cem por cento dos comerciantes do Distrito Federal que estão sendo aterrorizados.

O comerciante não é bandido, ele tem toda docu-mentação pertinente, só não tem o alvará. Não porque ele queira, mas porque o próprio governo não pode fornecer. Junto a esse projeto pretende-se extinguir todas as multas geradas por falta de alvará, porque a partir do momento que o comerciante não é cul-pado pela falta do alvará, ele não pode ser penalizado.

Quando a tenda vai co-meçar a funcionar?

Já está em processo de li-citação. Deve começar a fun-cionar em breve. A tenda vai passar pelas cidades, durante um mês. Também vamos dar exemplo para um Brasil de uma incubadora empresarial.

E tanto que se está dando o devido valor a microempre-sa e pequena empresa agora, que a presidente Dilma está falando em criar o Ministério da Pequena e Microempresa.

E os camelôs podem ser contemplados nessas ações da secretaria?

Queremos que todos os ca-melôs se tornem empreende-dores individuais. E para isso já estamos fazendo reuniões, estaremos dentro da Tenda do Trabalhador com palestras. A gente tem certeza que se trou-xermos esses camelôs para dentro da formalidade, nós vamos estar ajudando muito.

Hoje o que acontece é que temos feiras que vêm de ou-tros estados e não pagam um imposto. Queremos que essas feiras paguem impostos aqui. Cobrando impostos dessas fei-ras, estamos dando tratamen-to de igualdade aos microem-presários. Os nossos têm que pagar impostos e os que vêm de fora não pagam. Aí, é mais fácil trabalhar assim.

Tem mais novidades?O nosso interesse é fra-

cionar as grandes licitações do GDF. O que acontece hoje é que as grandes empresas de estados, como São Paulo, Curitiba, ganham as licita-ções aqui, porque as nossas pequenas empresas não têm condições de produzir gran-des quantidade de produtos, por exemplo. Por isso temos que fracionar as licitações para poder permitir que o pe-queno empresário da nossa cidade possa participar delas.

ENTREVISTA – O deputado Raad Massouh, hoje titular da Secretaria da Micro e Pequena Empresa e Economia Solidária foi escolhido pelo governador Agnelo Queiroz para exercer o cargo graças a sua experiência como empresário e político

Mais de mil pessoas prestigiaram o primeiro dia do evento, realizado no Arena Futebol Clube

Sua experiência serve para resolver os problemas do setor

SINDUSCON – DF

“ A ideia desse projeto é fazer com que ele

resgate aquele pequeno

empresário, o empreendedor

individual que está

abandonado.

Agnelo Queiroz dá o pontapé na 10ª Copa Sinduscon-DF de Futebol

Brasília, 28 de março de 20125 DF NOTÍCIAS

Fotos: Erivelton Viana

Foi dado o pontapé ini-cial do maior campeonato de futebol da Construção Civil do Centro-Oeste. A décima edição do tradicional even-to promovido pelo Sindica-to da Indústria da Constru-ção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF) contou com apresença do governador do DF, Agnelo Queiroz, e reuniu mais de mil pessoas sábado, dia 24 de março, no Arena Futebol Clube.

Além do governador Ag-nelo, o presidente do Sin-duscon-DF, Julio Cesar Peres; o presidente do Comitê da Copa Sinduscon-DF de Fute-bol (CCSF) de Futebol, Mário França; o presidente da Ade-mi-DF, Adalberto Valadão; o diretor da Fibra, Márcio-Franca; o ex-goleiro do Flu-minense, Paulo Vítor; demais diretores do sindicato e pa-trocinadores do evento abri-ram ofi cialmente 10ª Copa Sinduscon-DF. Até 2 dejunho,

33 equipes, sendo 28 empre-sas e cinco enti dades, com-petem entre si, todos os sá-bados (exceto nos dias 7 e 21 de abril - feriados), das 8h as 13h, no Setor de Clubes Sul.

Para o presidente do CCSF, Mário França, é um momento das empresas e enti dades se relacionarem. “Estou muito feliz com a re-alização desta 10ª Copa”, declarou. O presidente do Sinduscon-DF, Julio Cesar Pe-res, agradeceu a presença do governador Agnelo e lançou um desafi o. “O governador, que é uma paixonado por futebol, está convidado para uma parti da contra o ti me da casa no dia da grande fi nal”, ofi cializou. Peres comemo-rou a edição comemorati va da Copa Sinduscon-DF com muito entusiasmo: “São dez anos de muitos gols e, aci-ma de tudo, congraçamento e amizade entre empresas e seus funcionários”.

O governador Agnelo acei-tou o desafi o e disse que era uma honra parti cipar de uma-confraternização desse ti po. “O Sinduscon-DF está de pa-rabéns. Ati vidades como essa ajudam no companheirismo e entrosamento das famílias”, afi rmou. Na oportunidade, o governador também disse que irá levar a equipe campeã para conhecer o Estádio Na-cional de Brasília Mané Gar-rincha.

A abertura contou com 17 parti das, além de show da cantora Fyama Dourado e confraternização com chur-rasco. Neste ano, a grande novidade foi o transporte gra-tuito do Gran Circular (próxi-mo à Rodoviária do Plano Pi-loto) ao Arena Futebol Clube.

As equipes de Odonto-logia e Enfermagemdo Ser-viço Social do Distrito Fede-ral (Seconci-DF) prestaram atendimento aos atletas e as famílias durante todo o dia.

Foto: A. Sabino

Raad tem larga experiência como pequeno empresário

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Brasília, 28 de março de 20126 DF NOTÍCIAS

Brincadeiras de roda, bambolê, futebol, bici-cleta, esconde-escon-

de, pintura são algumas das diversões que confi guram o imaginário de uma criança. E somado, ao estudo consti -tuem os sonhos e deveres de uma criança, que não deveria se preocupar com o futuro. Porém, a realidade é outra e, meninos e meninas acabam convivendo com a violência, confl ito familiar, abandono, rejeição, entre outras situa-ções. Na sua grande maioria acabam sendo encaminha-dos à Vara da Infância e daí encaminhados para abrigos.

O Espaço Criança, um pro-jeto da 1ª Vara da Infância e Juventude (VIJ), na 909 Norte, dá auxilio desde recém-nas-cidos acolhidos em situação de risco. Contudo a cada dia que passa cresce o número de crianças no abrigo aumenta e o estoque de manti mentos e roupas está abaixo do normal. No espaço, são atendidas uma média de seis crianças por dia.

De acordo com a 1ª Vara da Infância e Juventu-de, para repor o estoque é preciso de doações como brinquedos, calçados, aga-salhos e roupas infantis, es-pecialmente de bebês.

Todos os dias as crianças e os adolescentes chegam ao Espaço Criança da 1ª VIJ por diversos moti vos. A res-

ponsável pelo local Raque-line Feitosa, explica que é um lugar muito importante que acaba preservando a criança: “O Espaço tem o objeti vo de resguardar as crianças de situações desa-gradáveis ou dolorosas que na maioria das vezes as tra-zem à 1ª VIJ. Enquanto seus familiares são atendidos por alguma seção da Vara, elas aguardam também seu atendimento num ambiente favorável à manifestação da infância saudável”.

Os jovens se divertem com os brinquedos e se ali-mentam enquanto seus res-ponsáveis legais estão em audiência ou em atendimen-to psicossocial. Além disso, no espaço são promovidas diversas ati vidades como brincadeiras, jogos, conver-sas, musicalização, dese-nhos, leituras, entre outros.

A responsável Raqueline ressalta ainda que as crianças que chegam a 1ª VIJ recebem atendimento psicológico de-vido às situações em que se

encontram. “As crianças es-tão no Espaço geralmente aguardando atendimento psi-cológico por alguma situação de risco em que estão inseri-das. Mas o atendimento não acontece no Espaço Crian-ça, e sim em local da Vara desti nado ao atendimento individual das crianças. A nossa função, é resguardar sua infância pela brincadei-ra e a simples alegria de ser criança apesar de todos os dissabores que possam es-tar vivendo”, destacou.

De acordo com a legisla-ção brasileira, evitar o abriga-mento de crianças e adoles-centes até a últi ma instância é primordial. A prioridade é encontrar meios que assegu-rem a convivência saudável com a família biológica. Por isso, quando uma mãe de-clara o desejo de entregar o fi lho para adoção ou o aban-dona, existe uma tentati va de entender os moti vos e apoiá-la para que ela tenha condições de refl eti r sobre as consequências do ato. Al-gumas situações são traba-lhadas, além do abandono, como a adoção, confl itos fa-miliares, entre outros.

Para a dona de casa Joana de Araujo, 38 anos, o espaço é um apoio para os jovens que chegam a Vara e precisam de atenção enquanto os pais ou responsáveis resolvem seus problemas. “Muitas vezes a criança não precisa assisti r a situações desagradáveis. Sem falar nos que chegam da rua e precisam de carinho, comida, atenção. O custo para esse pré- atendimento acaba sen-do caro”, disse.

Muitos meninos e me-ninas chegam com roupas em mau estado, as cuida-doras lhes fornecem vestes novas. Periodicamente, a 1ª VIJ pede a contribuição da comunidade para atender a essa demanda.

Além disso, no espaço os jovens recebem alimentação e entretenimento. No caso de bebês, as cuidadoras do espaço arrumam um kit de roupas, fraldas, mamadeiras e outros itens indispensáveis.

E com o estoque em baixa, a 1ª VIJ pede a contribuição da comunidade para atender a essa frequente demanda. A responsável Raqueline Feito-sa destaca algumas peças de vestuário e materiais que o espaço precisa para o aten-dimento de crianças. “Esta-mos precisando de roupas e sapatos infanti s de 0 a 12 anos, principalmente para recém-nascidos. Também há necessidade de jogos, brinquedos, livros infanti s e quaisquer uti litários infanti s de decoração.

O Espaço Criança da 1ª Vara da Infância e da Juven-tude (1ª VIJ) existe desde meados de 1992.

Quem quiser colaborar poderá entregar direta-mente a doação no Espaço Criança da 1ª VIJ, localiza-da na SGAN 909, Lotes D/E, no horário das 12h às 19h, de segunda a sexta-feira, ou nos postos da Assejus – As-sociação dos Servidores da Justi ça do DF – localizados em todos os fóruns. Mais informações podem ser ob-ti das pelos telefones 3103-3285 / 3103-3286.

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Buscando sempre contribuir para a solução de importantes preocupações sociais a 1ª Vara da Infância e Juventude auxilia meninos e meninas durante o atendimento na Vara. Mas é preciso fraudas para os pequenos

O Espaço Criança atente mais de 6 crianças por dia e precisa de várias fraudas e roupas

Espaço Criança precisa de ajuda

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Propriedades do óleo de Borragem

O óleo de Borragem é um dos óleos mais saudáveis da natureza, é obti do das se-mentes da planta conhecida como borragem, pertence a uma grande família das Bo-raginácea. Originária do sul da Europa, mas agora cresce em toda a Europa, Nortea-mérica e Norte da África.

O óleo de Borragem foi usado desde os tempos antigos para melhorar a beleza interna e externa, demostrou que a semente de borragem possui áci-dos graxo essenciais ôme-ga 3 e ômega 6, os ácidos essenciais são importan-tes para manter a estrutu-ra celular da pele.

Possui enzima de anti--envelhecimento e pode ajudar a acelerar o proces-so de reparação da pele. Estudos recentes têm de-monstrado que estimula a adrenalina. Muitas são as virtudes do óleo a partir deste vegetal comumen-te utilizados em dietas de emagrecimento pelas suas propriedades de limpeza e diuréticas e como fonte de muitos ácidos graxos es-senciais, tão necessárias como fonte de prostaglan-dinas, precursores de hor-mônios que regulam dife-rentes funções do nosso corpo. Mas não só os áci-dos graxos essenciais têm essa função, são também responsáveis para o bom funcionamento das células do corpo e do cérebro. Daí a importância do consumo.

Os antigos fitoterapeutas recomendavam as flores de borragem como ajuda eficaz em doenças que produzem febre pelo efeito sudorífico e purificador

Usos terapêuti cos• Efeti vamente atua

sobre o metabolismo de prostaglandina (PGE 1).

• Também é reconhe-cido poderes de cura e sua capacidade de melhorar o eczema e a psoríase.

• Alivia as síndromes de pré e pós-menstrual.

• Pode ser usado na purifi cação de sangue, para aliviar a infl amação dos pul-mões, o peritônio e os sinto-mas causados pela artrite.

• Como um anti depres-sivo e tonifi cador do coração.

Propriedades do óleode Borragem

Epiderme: Regula a se-creção sebácea, possui pro-priedades adstringentes quando aplicado na pele, são úteis para a pele saudá-vel e combater as rugas.

Sistema Reprodutor / PMS: Regula os estrogê-

nios, progesterona e pro-lactina na fase lútea do ci-clo menstrual.

Sistema cardiovascular: Inibe a Trombose, favorece a dilatação dos vasos sanguí-neos e aumenta o ciclo AMP impedindo a síntese do co-lesterol.

Ação anti-inflamatória: inibe a síntese de substân-cias infl amatórias e enzimas lisossomais.

Sistema nervoso: Atua sobre o comportamento da boa transmissão neuronal.

Sistema imunitário: Es-ti mula o hormônio tí mico e ati va as células T.

Sistema hepáti co: Evita da-nos no fí gado de alcoólatras.

Glândulas salivares e la-crimais, regula as secreções salivares e lacrimais.

Metabolismo: Reforça a ação da insulina e previ-ne a proliferação de célu-las anormais.

Sistema respiratório: Em caso de bronquite, possui propriedades expectorantes.

Efeitos na peleEstudos mostram que

os principais efeitos sobre a pele são:

• Reduzir a perda de água através da pele.

• Acalma a pele irritada. • Reduze as rugas. • Regula a formação

de gordura nas glândulas sebáceas. Para peles sem GLA tende a produzir gor-duras, onde se pode dar o paradoxo que a pele seca em origem pareça gordura.

• Melhora a circulação capilar na pele, a pele responde melhor ao traçado vermelho.

• Reduz a perda de colágeno.

• Melhora o cresci-mento e a formação de pele e unhas.

• Reduz a caspa.

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Os tipos de azeiteO óleo extraído do fru-

to das oliveiras é parte da nossa história há mais de 6000 anos; nessa época os mesopotâmeos já o usavam para untar o cor-po a ajudar a protegê-los do frio.

O azeite de oliva é um ti po de óleo produzido úni-ca e exclusivamente a par-ti r de azeitonas. O nome “azeite de oliva” não pode ser uti lizado nas misturas de azeite com outros óle-os (esses são chamados de óleos compostos).

Os principais ti pos de azeite de oliva são:

Azeite extra-virgem: Após uma única prensagem a frio da azeitona, obtém-se o azeite extra-virgem. Por esse moti vo, ele é o mais puro e sua acidez é de no máximo 1% (os melhores estão entre 0,4 e 0,5%). Após a prensagem, ele é apenas fi ltrado, conser-vando um sabor acentua-do. Seu consumo é reco-mendado cru, em saladas, queijos, pães ou em recei-tas que não necessitem ir ao fogo.

Azeite virgem: É extraí-do na segunda ou terceira prensagem da azeitona. Sua acidez pode ser de até 2% e o seu sabor é menos

acentuado em relação ao extra-virgem e um pouco mais adocicado. É indica-do para os processos de cocção no fogo.

Azeite refi nado: Ad-quirido em outras pren-sagens ou com azeitonas que não obedeçam ne-cessariamente às mesmas exigências dos azeites ex-tra-virgem e virgem, esse ti po passa por processos de descoloração, desodo-rização e neutralização. É mais uti lizado em frituras.

Azeite puro: É uma mistura entre os azeites refi nado e virgem. Como são menos concentrados, o sabor é suave e o seu preço muito menor do que os demais.

Todos os óleos vege-tais prensados a frio, in-cluindo o azeite de oliva extra-virgem, possuem a imensa vantagem para a nossa saúde, de não terem sido extraídos às custas da aplicação de alta temperatura, alta pressão e solventes quí-micos. Alta temperatura e pressão provocam a oxidação da delicada es-trutura química dos óle-os vegetais o que faz com que percam as suas qua-lidades nutricionais.

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DF NOTÍCIAS Brasília, 28 de março de 2012 7

Brasília é presenteada com uma das apresentações de lançamento da nova turnê de Lenine. Chão é mais do que a apresentação das músicas do novo álbum, é ambientar o espaço com diversos sons

Brasília recebe Lenine em nova turnê

Programação

Quando: até 13/04Onde: Cinema CCBB (De 27 de março a 8 de abril) e UnB – Centro Acadêmico de Comunicação (De 9 a 13 de abril)Horários: Terça a domingo, das 9h às 21hIngressos: Entrada Franca | senhas distribuídas 1h antes do início da sessão Classifi cação:conforme o fi lmeInformações:(61) 3108-7600/ htt p://www.mostradofi lmelivre.com

Foto: Clelio Tomaz

Com direção musical do próprio Lenine, em parceria com Bruno Giorgi e JR Tostoi, o show tem em cena os três – num espaço repleto de equipamentos eletrônicos e ins-

trumentos – que vão levar as canções e reproduzir os ruídos orgânicos que permeiam nove das dez faixas do disco, como “Chão” (Lenine / Lula Queiroga), “Invergo mas não quebro” e “Isso é só o começo” (Lenine/Carlos Rennó).

Juntos, Lenine, Bruno e JR Tostoi ainda têm a incumbência de transpor os sucessos do compositor – indispensáveis – para essa nova atmosfera. “Jack Soul Brasileiro”, “Leão do Norte” (Lenine/Paulo César Pinheiro) e Paciência (Lenine/Dudu

Falcão) são alguns deles.O show traz na direção de arte, cenário e iluminação Paulo

Pederneiras, do Grupo Corpo, com Fernando Maculan e Ga-briel Pederneiras em sua equipe.

Para Lenine, levar Chão ao palco é mais do que simples-mente tocar as canções do álbum. A ideia é ambientar o espa-ço com os sons como o canto do canário belga Frederico VI, o ruído ensurdecedor das cigarras no verão da Urca, a agonia da derrubada de uma árvore por uma motosserra, entre outros.

Chão, produzido e tocado por Bruno Giorgi, JR Tostoi e por Lenine, é o décimo álbum de carreira do cantor e compositor.

Numa evidente opção estéti ca – insti gada pelo canto de um pássaro, que invadiu a gravação de uma das faixas - o trabalho revela-se “eletrônico, orgânico e concreto”, com dez músicas inéditas, imersas na delicada inti midade de ruídos sem edição.

“No início, havia apenas a palavra e meu principal signifi cado de chão: tudo aquilo que me sustenta. Chão, quase onomatopeia do andar - que soa nasal, reverbera no corpo todo. É pessoal, pas-sional e intransferível” – conta Lenine, explicando como surgiu a inspiração para o nome do disco e, consequentemente, da turnê.

Serviço:

Quando: 17/03 a 29/04Onde: Teatro Escola Parque 308 sulHorários: Sábados às 21h e Domingos às 20hIngressos: R$ 30,00 (inteira)Classifi cação: 12 anos.Informações: (61) 8199-2120.

Serviço

Quando: 28/03 - Onde: Sala Villa-Lobos

Horário: 21h - Ingressos: R$ 100 (inteira)

Classifi cação: 16 anos

Informações: (61) 3325-6256 / (61) 8130-6682

Serviço:

Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz em cena

Mostra do Filme Livre

“O Cozido” - chega a Bra-sília a parti r do próximo dia 30 de março. Nesta data, estreia a peça, ganhadora do Prêmio Funarte de Tea-tro Myriam Muniz, seguindo temporada de mais três fi nais de semana, totalizando 12 apresentações.”Mosqueta” é o nome do dialeto da língua mais refi nada que se contra-põe ao dialeto camponês de Pádua, em geral, usado por Ruzante. No espetáculo, o personagem central se põe a falar mosqueta, quando se disfarça de “fi no” para fl agrar uma possível infi de-lidade de Beti a, sua mulher, que percebe o logro e o cas-ti ga entregando-se a Tonin, soldado vindo da guerra. Assim, ela reata uma relação de adultério com o compa-dre Menato. Ruzante bota em cena um mundo campo-nês rude, mas bem melhor do que aquele afetado e en-ganador da cidade. A fome, a miséria do mundo campo-nês e a perda material-exis-tencial causada pela guerra são ingredientes de alucina-das representações de ti ntas

sociais densas, em que atrás da economia cômica dos “ti -pos” se oculta um teatro da crueldade dos mais secos e lúcidos da Renascença. Sob direção da dramaturga ita-liana Alessandra Vannucci, o espetáculo traz no elenco experientes arti stas locais como Abaetê Queiroz, Cami-la Meskell, Similião Aurélio e Marcos Davi. A cenografi a e o fi gurino fi cam por conta de Maria Carmen; e a tradução é de Alessandra Vannucci e Júlio Adrião.

A esponja da televisão mais famosa do mar, Bob Es-ponja estará em Brasília apresentando o espetáculo ‘Bob Esponja’: a esponja que podia voar, nos dias 31 de março e 1º de abril, no Auditório Máster do Centro de Conven-ções Ulysses Guimarães.

O musical ao vivo projetado de modo que a crian-ças podem ter um grande momento de alegria, dança, teatro e humor com o engraçado e atrapalhado Bob Esponja, seu melhor amigo Patrick Estrela, seu vizinho mau humorado, Lula Molusco, o dono da lanchonete o Siri Cascudo, Senhor Siriguejo e muitos outros.

O musical “Bob Esponja: a Esponja que podia voar” conta a história de conquista, amizade e cora-gem. Por mais de uma hora e meia, todos poderão mergulhar no mundo subaquáti co da Fenda do Bikini e desfrutar das aventuras de como o Bob Esponja so-nha em voar com as águas-vivas, mas algo que é difí cil de acontecer. Com ajuda de seus amigos e do público, ele tentará demonstrar sua coragem e lutará pelo seu sonho. Uma fabulosa história que poderá ser assisti da tanto pelo público infanti l como por toda família.

O espetáculo ao vivo “Bob Esponja: a Espona que Po-dia Voar” foi escrito por Steven Banks, escritor e editor da Nickelodeon. O músical conta com canções originais e adaptações criadas pelo compositor Eban Schlett er.

A direção do espetáculo fi ca a cargo de Gip Hoppe, com a coreografi a de Jenn Rapp e a produção artí sti ca de Davi Gallo. O desenho das roupas é de Mirena Rada e sequência de vôos por Paul Rubin.

Um grande painel da pro-dução independente nacional, com mais de 200 fi lmes em exibição, entre curtas, médias e longas feitos em todos os formatos: assim é a MFL, Mos-tra do Filme Livre, que chega à sua 11ª edição, pela primeira vez em Brasília, homenagean-do o cineasta baiano Edgard Navarro. A mostra também realiza diversos debates e ses-sões comentadas com realiza-dores de todo o Brasil.

Em plena década de 60, onde o preconceito ainda toma conta de quase todos os lugares do mundo, Tracy Turnblad, uma jovem garota que mora em Baltimore, Es-tados Unidos, decide correr atrás do seu grande sonho de ser famosa. Esta oportunidade surge quando Corny Collins, um apresentador muito influente na cidade, abre uma vaga em seu programa de TV.

Porém, a jovem garota descolada depara-se com seu primeiro e maior obstáculo: sua forma física. Devido ao fato de Tracy pesar alguns quilos a mais,Velma von Tus-sle, diretora do programa, não aceita uma garota gorda no show, alegando que o Dia do Negroé suficiente para englobar as outras classes.

Baseado no musical de Mark O’Donnell, HAIRSPRAY conta com muita música, diferentes ritmos e animação, e irá levantar qualquer autoesti ma! A platéia vai dançar na cadeira, em uma história que fala sobre superação, luta contra o preconceito e muito mais! Venha se diverti r e sa-borear esta fantásti ca história! No fi nal das contas, você vai perceber que nada é grande o sufi ciente para impedir a re-alização de todos os seus sonhos.

Bob Esponja: A Esponja Que Podia Voar

Quando: 30/03 e 1/04Onde: Teatro dos Bancários - 314/15 SulHorários: Sábado às 21h, domingo às 20h.Ingressos: R$ 40 (inteira) Doadores de 1kg de alimento também pagam meia entradaClassifi cação: 14 anosInformações: (61) 3262-9090 / 8119-7373 / 7819-1502

Depois de uma temporada de sucesso, mais de 5 mil espectadores e muitas crises de riso, com a peça “Amor ou Traição”, a Cia de Comédia Os Fantásti cos volta ao pal-co, desta vez no Teatro dos Bancários, com o espetáculo “CSI Brasília”. Nos dias 31 de março e 1° de abril, a Cia de Comédia Os Fantásti cos estreia sua trama policial tendo como alvo principal a corrupção na políti ca brasileira.

O sumiço do Senador Ilúdio Brasil dentro do Congres-so abala toda a Capital Federal.

Com a cidade em estado de alerta, uma intensa in-vesti gação é iniciada por parte da equipe de “CSI Brasilia’ para desvendar os mistérios desse crime.

Cia de Comédia Os Fantásticos em ação

Néia e Nando apresentam Hairspray

Serviço:

Serviço:

Quando: 31 de março e 1º de abrilOnde: Auditório Master do Centro de ConvençõesUlysses GuimarãesHorários: sábado, às 15h e às 19h e domingo, às 15hIngressos: a parti r de R$ 40 (meia)Classifi cação: livreInformações: (61) 8432-3661

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Muita ironia, acidez, dinheiro na cueca e promessas não cumpridas, será que os investi gadores de CSI: Brasília conseguirão desvendar esse mistério?

Programação

Quando: de 31/03 a 22/04

Onde: Teatro Goldoni/Casa D’Itália

Horários: sextas e sábados, às 21h; e domingos às 20hIngressos: R$ 20 (inteira)

Classifi cação: 16 anos.

Informações:(61) 3443-0606

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DF NOTÍCIAS Brasília, 28 de março de 2012 8

CIDADE

Foto: A. Sabino

Fotos: A. Sabino

“Primeiramente é preciso organização e reaproveitamento de área pública. Existem diversas áreas e espaços que podem virar estacionamentos. Sei lá! Podiam fazer estacionamento subterrâneo”. __________Araci Vitorino de Souza, Técnica Contábil

“Brasília não tem infraestrutura para aguentar essa quantidade de carros que circula. Em muitos lugares o movimento é maior, e é nesses lugares que precisam ser feitos estudos para melhorias”. _______________Maria Aparecida de Souza, estudante

Povo FalaO que é preciso para melhorar para que haja mais estacionamentos?

“Acho que antes de qualquer coisa deveria ter uma

fiscalização nas áreas irregulares, para verificar se é possível fazer

estacionamentos. E não adianta fazer estacionamento particular,

pois o povo não tem dinheiro para pagar.”

______________Vanessa Rosa Araujo,

Manicure

Luiz Paulo Barreto assume Planejamento Adolescente é estuprada à luz do dia na Asa Sul

Tiroteio em festa deixa 12 feridas na Ceilândia

Com o aumento da frota de veículos no Distrito Federal, a falta de vagas

tem se tornado um problema cada vez maior para os moto-ristas. Essa é uma das princi-pais difi culdades enfrentadas pelos motoristas no Plano Piloto, Taguati nga e outros locais de grande circulação. Em Brasília, o horário de pico agrava os congesti onamentos e tentar resolver um problema rápido é impossível, segundo os especialistas, pois as va-gas de estacionamento fi cam cada vez mais escassas.

Falta de vagas em estaciona-mentos é mais que um enigma em Brasília. O problema, é vis-to como um bom negócio para alguns. A criação de estaciona-mentos irregulares possibilita os carros estacionarem em fi la dupla e com isso muita gente costuma deixar a chave com o fl anelinha da região e pode ser uma ati tude perigosa, uma en-rascada, mas virou negócio para os guardadores de carros.

A arquiteta, Tânia Batela, explica que o Distrito Federal e assim como outras cidades não foram planejadas para re-ceber essa quanti dade de pes-soas e consequentemente de carros. Ela destaca ainda que não adianta falar de trânsito se não falar do uso irregular do solo, pois é parti ndo desse princípio que se avalia a es-trutura e a região. “É preciso avaliar a estrutura, o comér-cio irregular, saúde, educação, pois somente assim com pla-nejamento é possível falar do tráfego. Mas é preciso vonta-

de do poder público, porque nada é impossível. As ati vida-des irregulares são constantes e o Estado tem sido omisso. Não adianta tratar do tráfego se não cuidar do solo irregu-lar, isso acaba prejudicando a economia e principalmente a sociedade porque vão pagar duas vezes”, avalia a situação dos terrenos irregulares cria-dos para uti lização de estacio-namentos irregulares.

A população enfrenta di-versas situações para achar uma vaga na hora de resolver problemas rápidos ou até mes-mo que demandem mais tem-po. Porém, nem todo mundo tem sorte de achar vagas. No Setor de Rádio e TV Sul, a dis-puta por vagas é acirrada, mui-tas vezes os motoristas não as encontram e são obrigados a estacionar em fi la dupla ou até mesmo deixar a chave com o guardador. O segredo, segun-do alguns motoristas, é chegar cedo para estacionar.

Marcos Lima de Araujo, 35 anos, disse que volta e meia precisa improvisar um local para estacionar, pois o horário que sai para trabalhar já não existe mais vaga. “Trabalho no período de tarde e só saio mais a noite. O problema é que meu carro fi ca largado, sem falar que pode estragar. Além do mais, aqui a gente tem que fi car atento para não estacionar errado e levar uma multa”, disse.

Em Taguati nga, a coisa está feia, pois a situação se repete e se complica mais ainda, pois é uma cidade de passagem

para diversas outras regiões administrati vas e com o au-mento da frota de carros fi ca um caos parar ou estacionar o veículo. O pior não é a falta de estacionamentos apenas, mas a má uti lização das vagas, pois muitos empresários uti li-zam a área para uso próprio. Por exemplo, concessionárias usam as calçadas para uso da venda de veículos, outros empresários de restaurantes, bares e boates usam boa par-te do estacionamento para aumentar a área do terreno e não deixam nem passagem para os pedestres.

Andréia Rodrigues, técnica em enfermagem, destacou que ninguém consegue mais andar em alguns pontos de Brasília, muito menos estacionar, pois não existe estacionamento pú-blico e quando tem um local para parar é irregular e com ele uma possível multa. “Deixo o carro em casa, porque perto do meu trabalho não tem como estacionar. As coisas estão com-plicadas, outro dia fui ao Núcleo Bandeirante e não conseguia vaga porque as calçadas e es-tacionamentos estão tomados por carros de ofi cinas e con-cessionárias. Então, não conse-guia estacionar e muito menos andar. Aqui em Taguati nga é a mesma coisa. As calçadas não existem e os estacionamentos muito menos”, revela.

O administrador de Tagua-ti nga, Carlos Alberto Jales disse que está fazendo alguns proje-tos para tentar recuperar algu-mas áreas e com isso construir estacionamentos. Segundo

ele, precisa do apoio da popu-lação para dar andamento ao projeto e pede que informe os locais de maior necessidade a ouvidoria, para que sejam avaliadas as situações. “Brasí-lia no geral não foi planejada para receber essa quanti dade de pessoas e muito menos de veículos, pois não é preciso ser especialistas para saber disso. Existem regiões aqui em Ta-guati nga que circulam por dia cinco mil veículos de rotação. Por isso, estamos tentando adequar algumas áreas para a construção de estaciona-mentos. Além da reti rada de veículos da frente das conces-sionárias, queremos também que os empresários de estabe-lecimentos nós compreendam e regularizem a área invadida, pois queremos normati zar a situação de todos. Vamos fazer uma fi scalização enérgica”.

O administrador ressalta ainda que num prazo de apro-ximadamente um ano e meio pretendem fazer a revitaliza-ção da Comercial Norte e Sul, Avenida Helio Prates, túnel no centro de Taguati nga, criando estacionamentos e facilitando o acesso. Segundo ele, essas medidas são para amenizar a situação que se encontra Ta-guati nga. Para este ano, a ação se concentra na criação de um quilômetro e meio de calçadas e estacionamentos que vão do Banco do Brasil até o Marista. Na região do HRT, está haven-do a reti rada de quiosques que vai possibilitar a constru-ção de estacionamentos e reu-ti lização da área.

Estacionamento, um problema constanteCom a falta de vagas, motoristas comentem irregularidades e muitas vezes até pagam preço alto em estacionamentos particulares. Segundo especialistas, existe uma falta de investimentos no uso irregular do solo A falta de estacionamentos faz com que motoristas estacionem em meio fios ou em terrenos públicos

Foto: Agência Brasil

Ex-ministro da Justiça, economista, começou a atuar na Secretaria de Es-tado de Planejamento e Orçamento do DF ontem

O ex-ministro da Justiça Luiz Paulo Barreto é o novo secretário de Planejamen-to do Governo do Distrito Federal. Ele assumiu o car-go na próxima ontem, em substituição a Edson Ronal-do Nascimento, que mani-festou ao governador Ag-nelo Queiroz sua intenção de retornar à Secretaria do Tesouro Nacional, onde é servidor de carreira.

Funcionário do quadro efetivo do Ministério da Justiça desde 1983, Luiz Paulo Barreto é formado em economia e direito pelo UniCeub. Ocupou o cargo de ministro entre fevereiro e dezembro de 2010, últi-mo ano do governo Lula.

O novo secretário do Planejamento terá como missão reforçar a área de gestão do Governo do Dis-trito Federal, complemen-tando o modelo implanta-do a partir da nomeação de Swedenberger Barbosa para a chefia da Casa Civil.

O governador Agnelo Queiroz saudou a che-gada do amigo de longa data ao GDF dizendo que “trata-se de um grande quadro político e admi-nistrativo, um técnico da mais alta qualificação, formado em Brasília, que agregará experiência e conhecimento à gestão financeira do governo.”

Programa Rede Mulher Rural

Durante todo o dia, as mu-lheres da comunidade parti cipa-ram na segunda do lançamento do programa Rede Mulher Ru-ral, no Núcleo Rural Taquara, em Planalti na. Elas ti veram acesso a diversos serviços públi-cos, como atendimento médico na Unidade Móvel de Saúde da Mulher, orientação jurídica e emissão de documentos. Tam-bém foram realizadas palestras, ofi cinas e peças de teatro vol-tadas ao público feminino. O evento faz parte das comemora-ções do Mês da Mulher.

Agnelo Queiroz destacou a importância de levar até a comunidade rural a Unidade Móvel de Saúde da Mulher, conhecida como Caminhão da Saúde. “Não será preciso ir até a cidade. O caminhão facilita o acesso a exames para diag-nosti car as doenças que mais matam as mulheres: o câncer de mama e o de colo do útero”, afi rmou o governador.

A unidade móvel fi ca até a quinta-feira da próxima se-mana 5 de abril, no Taquara, entre o posto de saúde e o escritório da Empresa de As-sistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater). A meta é repeti r o movimento e rea-lizar 40 ultrassonografi as e 40 mamografi as, além de exa-mes preventi vos.

Uma jovem de 16 anos foi abusada se-xualmente no inicio da tarde de segunda (26), na Asa Sul. Segundo a polícia, a ado-lescente foi abordada por um homem ar-mado e em seguida violentada pelo crimi-noso em uma área com matos e árvores na altura da 705 Sul, por volta de 13h30. Em seguida, a jovem foi encaminhada à Delegacia Especial de Atendimento à Mu-lher (DEAM).

A delegada da DEAM informou que o estupro foi confirmado após o laudo do Instituto Médico Legal (IML). O criminoso

foi detido pela Polícia Militar logo após a denúncia ter sido feita em um posto da cor-poração na 308 Sul.

Os militares chegaram a Francisco Jhe-ferson após moradores da Quadra 705 Sul denunciarem que havia um homem se mas-turbando enquanto olhava para uma babá, que estava dentro da casa onde trabalha. O rapaz, de 27 anos, foi encontrado prati cando atos libidinosos próximo ao local do crime. Ele portava uma arma de menti ra e foi le-vado à delegacia. Segundo a PM, a menor reconheceu o criminoso.

Pelo menos 12 pessoas ficaram feridas durante tiroteio em uma festa de música eletrônica na noite deste domingo (25) em uma chácara no condomínio Pôr do Sol, em Ceilândia (25 km de Brasília). Segundo tes-temunhas, os primeiros disparos foram fei-tos por volta das 19h40.

A polícia esti ma que cerca de cem pes-soas parti cipavam do evento, inclusive com presença de menores. Os relatos dos parti ci-pantes apontam que um grupo teria se de-sentendido no local, e um rapaz, que estava armado, teria começado a disparar.

Os feridos foram internados na rede de saúde da região - nove no Hospital de Cei-lândia, duas em Taguatinga (DF) e outra em

uma unidade particular. Os médicos res-ponsáveis declararam que nenhuma delas corre risco de morte.

Durante busca no local, a perícia não encontrou vestígios de drogas, mas havia muita bebida alcoólica no salão, além de marcas de tiros e sangue no chão. Tam-bém não se sabe se o espaço tinha alvará de funcionamento.

O caso vai ser investigado pela 23ª Delegacia de Polícia em Ceilândia. Ain-da esta semana deverão ser intimados o dono da festa e o autor dos disparos, que ainda não foi identificado, além dos 12 feridos, assim que forem liberados pelos médicos.

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Estudantes portado-res de necessidades es-peciais da Universidade de Brasília (UnB) recla-mam da difi culdade de locomoção no Insti tu-to Central de Ciências (ICC), o principal prédio do campus Darcy Ri-beiro, no Plano Piloto. Conhecido como “Mi-nhocão”, o prédio tem três elevadores, mas dois não estão funcio-nando. O único que pode auxiliar os alu-nos portadores de ne-cessidades especiais a chegar no subsolo e no primeiro andar não tem luz interna.

Além disso, a cadei-rante Ester Duarte, alu-na do 2º semestre de psicologia, afi rma que os banheiros do ICC não são adaptados e que os buracos no chão difi cul-tam a mobilidade. “Há poucos dias, uma roda da cadeira fi cou pre-sa em um buraco e eu acabei caindo”, relata a estudante.

O diretor do Cen-tro de Planejamento da universidade, Alberto de Faria, afi rmou que a UnB vai investi r nes-te ano R$ 400 mil para a instalação de três elevadores adequados aos cadeirantes no Mi-nhocão. Ele também informou que a previ-são é que os banheiros adaptados para porta-dores de necessidades especiais do ICC fi quem prontos até maio.

Estudantes reclamam da falta de

acessibilidade em prédio

da UnB