Edição 15 - Revista de Agronegócios - Outubro/2007

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Edição 15 - Revista de Agronegócios - Outubro/2007

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Pesquisa, organização e baixa precipitação.Pesquisa, organização e baixa precipitação.Pesquisa, organização e baixa precipitação.Pesquisa, organização e baixa precipitação.Pesquisa, organização e baixa precipitação.Com uma seca prolongada,

o mês de setembro dificultouenormemente as tarefas demanejo das lavouras e prepa-ração para o próximo plantio.

Nas regiões produtoras decafé de São Paulo e Minas Gerais,a seca comprometeu a safra dopróximo ano. Até o momento,em média 10%. Mas algumasregiões sofreram mais com afalta de chuva e a grande preo-cupação agora vem com a re-dução também da qualidade.

A revista publica, nesta edição, osvencedores do 5º Concurso de Qua-lidade de Café da Alta Mogiana,organizado pela AMSC.

Na cadeia produtiva do leite, odestaque do mês foi a realização do 18ºTorneio Leiteiro “José Mauro da SilvaPanício”, em São José da Bela Vista (SP).

A Drª Josiane Ortolan redige acontinuação do seu artigo, em que

aborda a qualidade do leite a nutrição davaca em lactação.

Na cadeia produtiva da ovinocultura,o destaque fica com o artigo do Dr.Márcio Armando Gomes de Oliveira,diretor-técnico da Aspaco. O zootecnistaretrata o panorama atual da ovinoculturano estado de São Paulo, abordando todosos principais entraves da atividadepecuária.

Nesta edição, a Revista Atta-lea Agronegócios publica o pri-meiro de uma série de artigos doPólo Regional da Alta Mogiana -APTA, de Colina (SP). A pesqui-sadora Ivana Marino aborda aFixação Biológica do Nitrogêniona Cultura do Milho.

Destaque positivo também nasações da AERF - Associação dosEngenheiros, Arquitetos e Agrô-nomos da Região de Franca (SP),na organização do 1º CongressoTecnológico (foto ao ladofoto ao ladofoto ao ladofoto ao ladofoto ao lado).

Buscando também contribuir para oaperfeiçoamento profissional, a FA-FRAM (Ituverava/SP) divulga curso deAperfeiçoamento em Geoprocessa-mento e Georreferenciamento emImóveis Rurais.

Aproveitamos a oportunidade paraparabenizar todos os Engenheiros Agrô-nomos, que neste mês de outubrocomemoram o seu dia. Boa leitura!

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Cartas ou e-mails para a revista, comcríticas, sugestões e agradecimentosdevem ser enviados com: endereço,município, número de RG e telefone,para Editora Attalea Revista de Agro-negócios:- Rua Eduardo Garcia, 1921,Residencial Baldassari. CEP 14.401-260,Franca (SP) ou através do [email protected]

A Revista Attalea Agronegócios, registrada noRegistro de Marcas e Patentes do INPI, é

uma publicação mensal, com distribuição gratuita,reportagens atualizadas e foco regionalizado

na Alta Mogiana, Sul e Sudoeste de Minas Gerais.

TIRAGEM3 mil exemplares

EDITORA ATTALEAREVISTA DE AGRONEGÓCIOS LTDA.

CNPJ nº 07.816.669/0001-03Inscr. Municipal 44.024-8

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Dia-de-Campode Milho, BolsaAgronegócios ePioneer,Jeriquara (SP)

6 - CAFÉ =6 - CAFÉ =6 - CAFÉ =6 - CAFÉ =6 - CAFÉ = Cafeicultores de Pedregulho e Santo Antônio da Alegria vencem concurso da AMSC9 - CAFÉ =9 - CAFÉ =9 - CAFÉ =9 - CAFÉ =9 - CAFÉ = Fechado novo Acordo Internacional de Café10 - CAFÉ =10 - CAFÉ =10 - CAFÉ =10 - CAFÉ =10 - CAFÉ = Efeito da aplicação de turfa no sistema radicular do cafeeiro12 - LEITE =12 - LEITE =12 - LEITE =12 - LEITE =12 - LEITE = Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação (2)16 - LEITE =16 - LEITE =16 - LEITE =16 - LEITE =16 - LEITE = São José da Bela Vista realiza 18º Torneio Leiteiro17 - DESTAQUE =17 - DESTAQUE =17 - DESTAQUE =17 - DESTAQUE =17 - DESTAQUE = FAFRAM cria curso de Geoprocessamento e Georreferenciamento de Imóveis Rurais20 - OVINOS =20 - OVINOS =20 - OVINOS =20 - OVINOS =20 - OVINOS = Cadeia Produtiva da Ovinocultura: quando vamos conseguir organizá-la?22 - GRÃOS =22 - GRÃOS =22 - GRÃOS =22 - GRÃOS =22 - GRÃOS = Fixação Biológica do Milho

Os pesquisadores Dr. Rafael Pio (Unioeste/PR) e o Dr. Edvan Alves Chagas (IAC/SP) publicarão artigo referente ao cultivo de framboesa nas regiões serranas dosestados de São Paulo e Minas Gerais.

O cultivo de framboesa para regiõesO cultivo de framboesa para regiõesO cultivo de framboesa para regiõesO cultivo de framboesa para regiõesO cultivo de framboesa para regiõesserranas em São Paulo e Minas Geraisserranas em São Paulo e Minas Geraisserranas em São Paulo e Minas Geraisserranas em São Paulo e Minas Geraisserranas em São Paulo e Minas Gerais

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Seca prejudica próxima safra de café.Seca prejudica próxima safra de café.Seca prejudica próxima safra de café.Seca prejudica próxima safra de café.Seca prejudica próxima safra de café.Cenário favorece alta do produto.Cenário favorece alta do produto.Cenário favorece alta do produto.Cenário favorece alta do produto.Cenário favorece alta do produto.

O clima seco e a estiagemprolongada de mais de dois mesesna maior parte da região pro-dutora de café do São Paulo eMinas Gerais comprometeu asafra do próximo ano.

A estimativa média é de quea safra 2008 tenha sido com-prometida em pelo menos 5%.Na região de Franca (SP), regiãoda Alta Mogiana, os cafeicultoresjá falam em perdas de até 20%, oque é considerado muito ruim,já que a próxima safra será grande.

Não chove na região desde julho e,mesmo com uma chuva forte a partir deagora, os especialistas apontam que oproblema maior é que os cafezais daregião terão, no próximo ano, uma mis-tura de frutos novos com frutos velhosno pé. “Com a chuva forte que houveem julho, seguida de uma elevação datemperatura, o café ‘pensou’ que eraépoca de florescer. A florada atrapalhouo ciclo do café. Ele vai florescer de novoe terá frutos misturados no pé: verdes emaduros. Isso atrapalha a qualidade docafé e da bebida”, analisa Hilton SilveiraPinto, diretor do Cepagri - Centro de En-sino e Pesquisa em Agricultura da Uni-camp - Universidade de Campinas (SP).

Em algumas regiões da Alta Mogiana,segundo os próprios cafeicultores, asperdas já alcançam a metade da safra.“Lavouras mais novas, de sete a um ano emeio estão em uma situação crítica, desecamento de folhas”, afirmou o EngºAgrº Ricardo Lima de Andrade, diretor-

secretário da Cocapec - Cooperativa dosCafeicultores e Agropecuaristas deFranca.

Para muitos a situação já está forçandoo aumento dos estoques de passagemmesmo com os preços do grão regis-trando aceleração nas últimas semanas.

“O produtor está procurando seguraro café mesmo com a melhora dos preçosporque não sabe o quanto vai colher noano que vem”, afirma o gerente comer-cial da Cocamar - Cooperativa Agroin-dustrial de Maringá (PR), Ademir Vol-pato.

De acordo com o Cepea, a situaçãomais crítica é a do Sul de Minas Gerais,responsável pela metade da produção dearábica do Brasil. “Nós estamos entrandono alerta vermelho”, afirma o gerente deDesenvolvimento Técnico da Cooxupé -Cooperativa Regional de Cafeicultoresem Guaxupé (MG), Joaquim Goulart.Segundo ele, o armazenamento hídricoda região que engloba a cooperativa é de21 mm, enquanto o ideal seria 100 mm.

O déficit hídrico acumulado jáultrapassa 109 mm.

Em outras regiões de MinasGerais a situação é ainda mais grave.“O déficit no Cerrado é de 300 mme trata-se de uma região que, se nãotiver irrigação, está totalmentecomprometida. Há ainda outrascidades em que o estado daslavouras está lastimável”, avaliaGoulart.

A seca também dificulta o con-trole de pragas, como o chum-

binho-amarelo, anunciando perdas aindamaiores para a próxima safra. “O ataquedas pragas está muito forte e o controlenão é dos melhores com essa seca; algunsprodutores estão tentando sanar oproblema, mas não estão tendo muitosucesso”, diz Volpato.

Aumento de preçosAumento de preçosAumento de preçosAumento de preçosAumento de preços

O forte impacto da seca nas regiõesprodutoras de café, associado ao aumen-to de consumo no mercado internacionale também nos países produtores (como oBrasil), bem como às baixas nos estoquesinternacionais, vem se comportandocomo um cenário ideal para aumento depreços pago ao produto.

O cafeicultor que puder investir nestemomento em sua lavoura, tem a certezade que o futuro garantirá bons preçospara a saca de café. Investimento princi-palmente na aquisição de equipamentosde irrigação, maquinários para conduçãoda lavoura e adubação.

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1°) Ana Maria Batista Martins2°) Ailton Cesar Batista3°) Wanderly Lobão4°) Luis Alberto Spirlandeli5°) Luis Giovani Basso6°) Moacir Pagliaroni7°) Paulo Eduardo Rios Corral8°) Sebastião de Almeida Pirajá9°) Arnaldo Marangoni10°) Alberto Carraro Fernandes

Premiados - Categoria NATURAL

Chácara ItamaratyFazenda São DomingosSítio São PauloFazenda Santa CruzSitio N.Sra. AparecidaSitio São FranciscoFazenda LimeiraFazenda São ManoelSitio BrejinhoFazenda Amapá

Pedregulho (SP)Pedregulho (SP)Pedregulho (SP)Pedregulho (SP)Rib. Corrente (SP)Pedregulho (SP)Pedregulho (SP)Pedregulho (SP)Pedregulho (SP)Franca (SP)

CLASSIFICAÇÃO PROPRIEDADE MUNICÍPIO

1°) Versi Crivelente Ferrero2°) Flavia Olivitto L. Alves Oliveira3°) Gabriel Afonso Mei A. Oliveira4°) Ailton José Rodrigues5°) Wagner Crivelente Ferrero6°) Laura Martins Rios Corral7°) Francisco A. Rios Corral8°) Maurivan Rodrigues9°) Gustavo Lima de Barros10°) Niwaldo Antonio Rodrigues

Premiados - Categoria CEREJA DESCASCADO

Sítio CachoeiraFazenda São LucasFazenda Bom JesusFazenda S. DomingosFazenda Céu AzulFazenda SantanaFazenda MimosoFazenda Santa CruzFazenda São JoséFazenda Santa Cruz

Sto. Ant. Alegria(SP)Rib. Corrente (SP)Cristais Pta. (SP)Pedregulho (SP)Cajuru (SP)Pedregulho (SP)Pedregulho (SP)Pedregulho (SP)Nuporanga (SP)Pedregulho (SP)

CLASSIFICAÇÃO PROPRIEDADE MUNICÍPIO

A Associação dos ProdutoresAssociação dos ProdutoresAssociação dos ProdutoresAssociação dos ProdutoresAssociação dos Produtoresde Cafés Especiais da Alta Mogia-de Cafés Especiais da Alta Mogia-de Cafés Especiais da Alta Mogia-de Cafés Especiais da Alta Mogia-de Cafés Especiais da Alta Mogia-nanananana (conhecida internacionalmentecomo AMSC – Alta Mogiana SpecialtyCoffees) realizou no último dia 28 desetembro, no Espaço Morada do Verde,em Franca (SP), o evento de premiaçãodo 5º Concurso de Qualidade de Caféda Alta Mogiana.

O concurso, que distribuiu R$ 43 milem prêmios para os cafeicultores eclassificadores foi dividido em duas cate-gorias (natural e cereja descascado) econtou com a presença de inúmerasautoridades, com destaque para OrestesQuércia, ex-governador e presidente daAMSC; Wagner Rossi, presidente daConab; e João de Almeida SampaioFilho, secretário de agricultura doEstado de São Paulo.

Ana Maria Batista Martins, domunicípio de Pedregulho (SP) levou oprimeiro prêmio na categoria ‘CaféNatural’ e Versi Crivelente Ferrero, deSanto Antônio da Alegria (SP), ficoucom a melhor premiação na categoria‘Cereja Descascado’.

Pedregulho e Santo Antônio daPedregulho e Santo Antônio daPedregulho e Santo Antônio daPedregulho e Santo Antônio daPedregulho e Santo Antônio daAlegria vencem concurso da AMSCAlegria vencem concurso da AMSCAlegria vencem concurso da AMSCAlegria vencem concurso da AMSCAlegria vencem concurso da AMSC

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O vice-presidente da AMSC, MiltonO vice-presidente da AMSC, MiltonO vice-presidente da AMSC, MiltonO vice-presidente da AMSC, MiltonO vice-presidente da AMSC, MiltonPucci e a sua esposa Luisa Léia.Pucci e a sua esposa Luisa Léia.Pucci e a sua esposa Luisa Léia.Pucci e a sua esposa Luisa Léia.Pucci e a sua esposa Luisa Léia.

O ex-governador Orestes Quércia e JoséO ex-governador Orestes Quércia e JoséO ex-governador Orestes Quércia e JoséO ex-governador Orestes Quércia e JoséO ex-governador Orestes Quércia e JoséCarlos JordãoCarlos JordãoCarlos JordãoCarlos JordãoCarlos Jordão

O casal vencedor: Flávia Olivitto eO casal vencedor: Flávia Olivitto eO casal vencedor: Flávia Olivitto eO casal vencedor: Flávia Olivitto eO casal vencedor: Flávia Olivitto eGabriel Mei de Oliveira.Gabriel Mei de Oliveira.Gabriel Mei de Oliveira.Gabriel Mei de Oliveira.Gabriel Mei de Oliveira.

O Engº Agrº Paulo de Tarso Rosa de Andrade, diretor doO Engº Agrº Paulo de Tarso Rosa de Andrade, diretor doO Engº Agrº Paulo de Tarso Rosa de Andrade, diretor doO Engº Agrº Paulo de Tarso Rosa de Andrade, diretor doO Engº Agrº Paulo de Tarso Rosa de Andrade, diretor doEDR-Franca e a esposa.EDR-Franca e a esposa.EDR-Franca e a esposa.EDR-Franca e a esposa.EDR-Franca e a esposa. José Édson (Café Silva & Diniz) e a esposa.José Édson (Café Silva & Diniz) e a esposa.José Édson (Café Silva & Diniz) e a esposa.José Édson (Café Silva & Diniz) e a esposa.José Édson (Café Silva & Diniz) e a esposa.

Ricardo Lima de Andrade (diretor da Cocapec) e a esposaRicardo Lima de Andrade (diretor da Cocapec) e a esposaRicardo Lima de Andrade (diretor da Cocapec) e a esposaRicardo Lima de Andrade (diretor da Cocapec) e a esposaRicardo Lima de Andrade (diretor da Cocapec) e a esposaOrestes Quércia e o ex-deputado Milton BaldochiOrestes Quércia e o ex-deputado Milton BaldochiOrestes Quércia e o ex-deputado Milton BaldochiOrestes Quércia e o ex-deputado Milton BaldochiOrestes Quércia e o ex-deputado Milton Baldochi

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Além de maior produtor eexportador de café, o Brasiltambém está na vanguarda deprogramas que atestem a qua-lidade e segurança do produto.O MAPA - Ministério daAgricultura Pecuária e Abas-tecimento, por meio doLACQSA - Laboratório deControle de Qualidade eSegurança Alimentar, e emparceria com a Rede Metro-lógica de Minas Gerais, desen-volvem um programa naci-onal inédito de proficiênciapara análises de Ocratoxina A(OTA) em café verde.

O programa interlaboratorial visacapacitar e atestar a equivalência dosresultados, independente do métodoutilizado para detectar a presença damicotoxina em café.O programa está nafase de adesão dos laboratórios, sendo opróximo passo a organização e envio dasamostras.

A comparação dos resultados estáaberta a todos os laboratórios nacionais einternacionais. De acordo com aresponsável técnica do laboratório oficialLACQSA e coordenadora técnica doLaboratório Nacional Agropecuário(Lanagro/MG), Eugênia Azevedo Vargas,o projeto confere aos laboratórios umaferramenta para evidenciar a proficiênciaem analise de OTA e a garantia deconfiabilidade de seus resultados, o quebeneficia também os produtores eexportadores de café, agregando valor aoproduto analisado.

Com a iniciativa, única entre os paísesprodutores, o Brasil fortalece sua imagemno mercado mundial de café.

Em 2007, a prevenção e redução decontaminação de Ocratoxina A, a quemé atribuída malefícios à saúde, entre eles,efeito carcinogênico, tem sido temadebatido no âmbito do CodexAlimentarius, programa conjunto daOrganização das Nações Unidas para aAgricultura e a Alimentação (FAO) e daOrganização Mundial da Saúde (OMS).

Os índices sugeridos neste fórum setornam referência mundial para consumi-

Brasil implementa programa deBrasil implementa programa deBrasil implementa programa deBrasil implementa programa deBrasil implementa programa deexcelência em análise de Ocratoxina Aexcelência em análise de Ocratoxina Aexcelência em análise de Ocratoxina Aexcelência em análise de Ocratoxina Aexcelência em análise de Ocratoxina A

dores, produtores, organismos interna-cionais de controle e comércio de alimen-tos. A participação do laboratório oficialLACQSA é justificada pela experiênciaacumulada em projetos anteriores, noestabelecimento de métodos analíticospara Ocratoxina A, com o financiamentodo Consórcio Brasileiro de Pesquisa eDesenvolvimento do Café (CBP&D/Café).

Inserido nestes projetos, parte dosequipamentos que compõem olaboratório e contribuem para torná-loreferência nacional foram adquiridoscom recursos do Consórcio.

Para o pesquisador da Embrapa Café,Paulo César Afonso Júnior, especialistaem pós-colheita, o programa de pro-ficiência em análises de OTA representaa transformação do conhecimento cien-tífico em tecnologia aplicada ao aprimo-ramento da cafeicultura brasileira. Eleressalta que a contaminação com fungosprodutores de OTA pode ser minimizadaseguindo boas práticas agrícolas, comtécnicas adequadas de preparo, secagem,transporte e estocagem dos grãos de café.

Ação pró-ativaAção pró-ativaAção pró-ativaAção pró-ativaAção pró-ativa

Para a pesquisadora da Epamig,especialista no tema, Sara Maria Chalfounde Souza, como líder mundial na produ-ção de café, cabe ao Brasil o domínio e oconhecimento sobre as condições quepodem levar a ocorrência de OTA nocampo e pós-colheita, bem como os

métodos de detecção da to-xina no grão cru ou no tor-rado e moído. Ela encara oassunto com a importância deproblema de saúde pública,embora as pesquisas indi-quem que o café, como subs-trato, apresenta baixo risco decontaminação comparado aoutros alimentos.

Chalfoun explica que aexcelência em análises deOTA pode se tornar umavantagem competitiva aoBrasil, por atender uma exi-gência crescente dos consu-

midores no item segurança alimentar.O método de análise mais usado é o

de Cromatografia Líquida de AltaEficiência (CLAE), cuja análise é difi-cultada pelo baixo nível de contaminaçãotolerado para o café.

A pesquisadora comenta ainda queassim como no caso da ferrugem, o paísdemonstra maturidade pró-ativa com odesenvolvimento de um programaeficiente de pesquisa e treinamento depessoal. Estas ações tem permitidoreverter a imagem do café em relação aOTA, passando de alimento de risco paraagente de proteção à saúde.

Várias pesquisas realizadas com oapoio do Consócio (CBP&D/Café)apontam que apenas cafés muito malmanejados apresentam níveis de OTAsuperiores ao tolerado.O café é umproduto agrícola baseado em parâmetrosqualitativos, sendo que a ocorrência demicroorganismos nas fases de pré e pós-colheita é um dos fatores determinantespara sua desvalorização.

A Comunidade Européia, com oobjetivo de controlar a presença de OTAem grãos de café e derivados tem reco-mendado níveis máximos de tolerânciade 5 µg/kg para ocratoxina A no cafétorrado e moído e 10 ¼g/kg no café solú-vel, destinados a comercialização. Nãoexistem níveis determinados para o caféverde, embora alguns países já priorizemo seu controle.

Informações sobre o programa no sitehttp://www.rmmg.org.br

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Av. Wilson Sábio de Mello, 1490, São Joaquim - Franca (SP)Av. Wilson Sábio de Mello, 1490, São Joaquim - Franca (SP)Tel. (16) 3720-2311 e 3720-2239Tel. (16) 3720-2311 e 3720-2239

SILVA & DINIZ COMÉRCIO EREPRESENTAÇÃO DE CAFÉ LTDA.

SILVA & DINIZ COMÉRCIO EREPRESENTAÇÃO DE CAFÉ LTDA.

Após muito se debater, final-mente foi concluído, na sexta-feira(28/09), o texto do novo AIC (AcordoInternacional do Café), que deveráentrar em vigor a partir do dia 1º deoutubro de 2008. Segundo o pre-sidente do CNC (Conselho Nacionaldo Café), Gilson Ximenes, estipulou-se esse período de um ano para queos países membros tenham temposuficiente para completar as forma-lidades necessárias e fiquem de acordocom o previsto no novo convênio.

“Entre as mudanças mais impor-tantes feitas em relação ao antigo Acordo, en-contra-se o fim da Junta Executiva, que antecediaa discussão de praticamente todos os assuntos queeram tratados no Conselho, que é a instânciamaior da OIC (Organização Internacional doCafé).

Desta forma, busca-se mais agilidade nasdecisões, evitando a duplicidade de discussões, etenta-se dar um caráter mais técnico às conclu-sões com a oficialização dos Comitês dePromoção, Finanças e Estatísticas e, também, daJunta Consultiva do Setor Privado”, comentouXimenes, que completou informando que estesfóruns ganham maior importância a partir donovo Acordo, “substituindo a Junta Executiva etendo uma maior influência de expertos dossetores privados nacionais”.

Para o diretor do DCAF (Departamento doCafé) do Ministério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento, Lucas Tadeu Ferreira, presenteem todas as sessões desta rodada de reuniões daOIC, em Londres, o novo Acordo fortalece aentidade como efetivamente uma organizaçãointernacional de cooperação à comunidadecafeeira mundial. A ministra Ana Maria SampaioFer-nandes, da embaixada brasileira em Londres,também considerou positivo o novo texto, o qualcontemplou as principais propostas brasileiras.

O documento atual não inseriu, comodesejavam inicialmente vários membros dospaíses consumidores, exigências de obrigaçõessociais e ambientais a título da busca dasustentabilidade.

A ministra defendeu, desde os pri-meirosdebates, que somente seriam aceitas as discussõesdestas matérias se as mesmas fossem precedidasda sustentabilidade econômica, que assegurassegarantia de renda aos produtores. Ana Mariatambém solicitou que os membros da delegaçãobrasileira utilizem de maneira mais produtiva aOIC, participando ativamente de seus fóruns, embenefício de nossa economia cafeeira.

“O texto final do novo Acordo In-ternacional do Café aborda as questõesde sustentabilidade em seus princípios,ao conter, em seu preâmbulo, o reco-nhecimento da necessidade de fomen-tar o desenvolvimento sustentável dosetor cafeeiro, induzindo o incremento

Fechado o novo Acordo Internacional do CaféFechado o novo Acordo Internacional do CaféFechado o novo Acordo Internacional do CaféFechado o novo Acordo Internacional do CaféFechado o novo Acordo Internacional do Cafédo emprego e da renda,bem como melhores pa-drões de vida e condiçõesde trabalho nos paísesmembros”, explicou opresidente do CNC.

Ainda na sexta-feira,foi realizada a reunião doComitê de Promoção daOIC, na qual o diretor doDCAF e o diretor-execu-tivo da Abic (AssociaçãoBrasileira da Indústria deCafé), Nathan Herszko-

wicz, apresentaram aos membrosda Organização o trabalho quevem sendo desenvolvido no Brasil,com recursos do Funcafé (Fundode Defesa da Economia Cafeeira),para a promoção do produto, espe-cialmente na área de saúde.

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A Turfa é o mais completo aduboorgânico existente. Produzido pelaprópria natureza, é inodoro, acéptico(não contém sementes de ervas dani-nhas), rico em matéria orgânica, fósforo,potássio, cálcio, magnésio, nitrogênio emicro elementos assimiláveis pelasplantas. A turfa é um depósito recente decarvões, ou seja, ela representa o primeiroestágio do carvão mineral, sendo deorigem fóssil ela é basicamente de for-mação organo-mineral, porque é origi-nada pela semidecomposição de vegetais,esqueletos de insetos e animais de pe-queno porte e de suas dejeções, e comisso é considerada uma matéria orgânicanobre, através dessas característicaspodemos citar que a turfa é indutora deformação de sistema radicular das plantasem si e principalmente em mudas feitasem viveiros.

A Turfa regenera o solo, tornando-oapropriado para as mais diversas culturas.Podendo ser utilizada juntamente aoadubo químico, pois melhora a qualidadedo solo quanto à sua acidez, corrige asalinização provocada pelo emprego doadubo químico, ao mesmo tempo emque aumenta substancialmente a resis-tência das plantas às pragas, dando-lhesimunidade natural. Pois com a aplicaçãodo adubo químico constantemente éconstatada uma grande salinização dosolo tornando-o estéril e improdutivocom o passar do tempo.

Comparada ao adubo químico, aturfa possui uma maior quantidade denutrientes, vitaminas e microorganismosque melhoram o estadofísico e nutricional dasplantas.

De fácil aplicação,proporciona mais vigoràs plantas, flores, frutas everduras. Devendo epodendo ser usada naagricultura orgânica:sementeiras, canteiros dehortaliças, viveiros, flori-cultura, fruticultura e aprópria agricultura ex-

tensiva. Também é usada para recu-peração de jardins, gramados, jardineiras,

evitando o aparecimento de pragas edoenças e, acelerando a produtivi-

dade.Usando a TurfaMaster Fertalon, vocêenriquece o solo, pro-duzindo flores mais bo-nitas, frutos mais sabo-rosos, legumes e ver-duras mais saudáveisdevido ao aumento damassa vegetal e radicularda planta.

VantagensVantagensVantagensVantagensVantagens

- Não provoca a sa-linização e esterilizaçãodo solo, o que ocorrecom o uso constante daadubação química;

1 - Engenheira Agrônoma Drª.Sc., doutorada na UNESP deBotucatu (SP) em Fertilidadede Solos. Email: [email protected]. Site: www.fertalon.com.br

Efeito da aplicação de turfa na formação doEfeito da aplicação de turfa na formação doEfeito da aplicação de turfa na formação doEfeito da aplicação de turfa na formação doEfeito da aplicação de turfa na formação dosistema radicular de diferentes tipos de plantassistema radicular de diferentes tipos de plantassistema radicular de diferentes tipos de plantassistema radicular de diferentes tipos de plantassistema radicular de diferentes tipos de plantas

Mudas feitas com substrato à base de Turfa e também plantado com Turfa naMudas feitas com substrato à base de Turfa e também plantado com Turfa naMudas feitas com substrato à base de Turfa e também plantado com Turfa naMudas feitas com substrato à base de Turfa e também plantado com Turfa naMudas feitas com substrato à base de Turfa e também plantado com Turfa nacova na dose de 500 g/cova + Super simples na dose de 100 g/cova + calcáriocova na dose de 500 g/cova + Super simples na dose de 100 g/cova + calcáriocova na dose de 500 g/cova + Super simples na dose de 100 g/cova + calcáriocova na dose de 500 g/cova + Super simples na dose de 100 g/cova + calcáriocova na dose de 500 g/cova + Super simples na dose de 100 g/cova + calcáriodolomítico 100 g/cova. Cambé – PR. Ano de 2007. Mudas do Viveiro Saragoça –dolomítico 100 g/cova. Cambé – PR. Ano de 2007. Mudas do Viveiro Saragoça –dolomítico 100 g/cova. Cambé – PR. Ano de 2007. Mudas do Viveiro Saragoça –dolomítico 100 g/cova. Cambé – PR. Ano de 2007. Mudas do Viveiro Saragoça –dolomítico 100 g/cova. Cambé – PR. Ano de 2007. Mudas do Viveiro Saragoça –Rancho Alegre (PR) Índice de mortalidade inferior a 10% no replantio.Rancho Alegre (PR) Índice de mortalidade inferior a 10% no replantio.Rancho Alegre (PR) Índice de mortalidade inferior a 10% no replantio.Rancho Alegre (PR) Índice de mortalidade inferior a 10% no replantio.Rancho Alegre (PR) Índice de mortalidade inferior a 10% no replantio.

Mudas feitas com substrato à base de Turfa. Plantio realizado em outubro/2006Mudas feitas com substrato à base de Turfa. Plantio realizado em outubro/2006Mudas feitas com substrato à base de Turfa. Plantio realizado em outubro/2006Mudas feitas com substrato à base de Turfa. Plantio realizado em outubro/2006Mudas feitas com substrato à base de Turfa. Plantio realizado em outubro/2006com Turfa na cova na dose de 500 g/cova + Super simples na dose de 100 g/covacom Turfa na cova na dose de 500 g/cova + Super simples na dose de 100 g/covacom Turfa na cova na dose de 500 g/cova + Super simples na dose de 100 g/covacom Turfa na cova na dose de 500 g/cova + Super simples na dose de 100 g/covacom Turfa na cova na dose de 500 g/cova + Super simples na dose de 100 g/cova+ calcário dolomítico 100 g/cova. Warta/Londrina (PR). Mudas do Viveiro Saragoça+ calcário dolomítico 100 g/cova. Warta/Londrina (PR). Mudas do Viveiro Saragoça+ calcário dolomítico 100 g/cova. Warta/Londrina (PR). Mudas do Viveiro Saragoça+ calcário dolomítico 100 g/cova. Warta/Londrina (PR). Mudas do Viveiro Saragoça+ calcário dolomítico 100 g/cova. Warta/Londrina (PR). Mudas do Viveiro Saragoça– Rancho Alegre (PR). Índice de mortalidade inferior a 10% no replantio.– Rancho Alegre (PR). Índice de mortalidade inferior a 10% no replantio.– Rancho Alegre (PR). Índice de mortalidade inferior a 10% no replantio.– Rancho Alegre (PR). Índice de mortalidade inferior a 10% no replantio.– Rancho Alegre (PR). Índice de mortalidade inferior a 10% no replantio.

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Mudas de café certificadas pelo Ministério da Agricultura

Várias linhagens à disposição com campo experimental montado na fazenda

Franca - Ribeirão Corrente - SP

[email protected]

Encomendas pelos Fones:

Fazenda Monte Alegre: (16) 3723-5784 / André Cunha: (16) 9967-0804 /

Luis Cláudio: (16) 9965-2657

Proprietário: Luiz da Cunha Sobrinho

Foto

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Fazenda

Monte

Ale

gre

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Fazenda

Monte

Ale

gre

- Aumento da síntese protéica;- Não contém sementes de ervas

daninhas;- É regenerador de solos;- Não se dispersa no solo com a água,

tão facilmente quanto os demais adubos;- Aumenta o volume da massa vegetal

e radicular da planta;- Aumento da população e atividade

microbiana no solo;- Libera substâncias minerais lenta-

mente, garantindo fonte de alimentaçãopara as plantas;

- Proporciona maior vigor às plantasque ficam mais resistentes às pragas edoenças;

- Dá maior porosidade ao solo, pro-porcionando maior aeração;

- Retém a umidade do solo por maistempo, possui elevadíssima CRA (Capa-cidade de Retenção de Água);

- Quanto mais turfa for colocada naterra, mais produtiva e fértil ela será.

Dentre todas essas vantagens, e tam-bém por ser de origem fóssil e indutorada formação do sistema radicular (au-mentando a massa do volume radicular)a planta se supre naturalmente tanto deágua como de nutrientes, e através desta,

ela é muito utilizada em substratos paraviveiros, pois a muda tratada com turfaforma um imenso volume radicular e porisso ocasiona um baixo índice de morta-lidade no replantio (menos de 10%) au-mentando a longevidade e sanidade damuda.

Entretanto podemos citar trabalhosrealizados em diferentes culturas tanto nonorte do Paraná quanto no Cerrado e noEstado de São Paulo, e observamos óti-mos resultados com a adubação organo-mineral, onde entrou a Turfa + NPK nobalanceamento nutricional e na formaçãode substratos para formação de mudas,onde se pode observar uma boa sanidadee um melhor desenvolvimento vegetativo

da planta em conseqüência do desen-volvimento radicular das mudas.

O Viveiro Monte AlegreViveiro Monte AlegreViveiro Monte AlegreViveiro Monte AlegreViveiro Monte Alegre que ficaentre Franca – Ribeirão Corrente (SP),de propriedade do Sr. Luiz da CunhaSobrinho e os seus filhos André Cunha eLuis Cláudio, já usa a Turfa Fertalon háalgum tempo com ótimos resultadostanto para os substratos de mudas quantopara os seus próprios cafezais.

O Viveiro Saragoça de Rancho Alegre(PR), proprietário Renato Saragoça tam-bém utiliza a Turfa Fertalon para forma-ção de mudas de café com índice de mor-talidade no plantio inferior a 10%, assimobtendo ótimos resultados no pegamentodas mudas.

Raiz de Soja (Luiz Eduardo Magalhães/BA) Ano - 2004. À esquerda: com turfaRaiz de Soja (Luiz Eduardo Magalhães/BA) Ano - 2004. À esquerda: com turfaRaiz de Soja (Luiz Eduardo Magalhães/BA) Ano - 2004. À esquerda: com turfaRaiz de Soja (Luiz Eduardo Magalhães/BA) Ano - 2004. À esquerda: com turfaRaiz de Soja (Luiz Eduardo Magalhães/BA) Ano - 2004. À esquerda: com turfae à direita, sem turfa.e à direita, sem turfa.e à direita, sem turfa.e à direita, sem turfa.e à direita, sem turfa.

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Josiane HernandesJosiane HernandesJosiane HernandesJosiane HernandesJosiane HernandesOrtolanOrtolanOrtolanOrtolanOrtolan11111

Continuando com o assuntoqualidade do leite, façamos agorauma abordagem sobre a com-posição do leite e suas alteraçõesquanto a qualidade, seguindo osmesmos parâmetros do queocorre no campo.

Fatores nutricionais queFatores nutricionais queFatores nutricionais queFatores nutricionais queFatores nutricionais queafetam o teor de gorduraafetam o teor de gorduraafetam o teor de gorduraafetam o teor de gorduraafetam o teor de gordura

do leitedo leitedo leitedo leitedo leite

A produção de leite em quantidade equalidade depende principalmente dobalanceamento correto da dieta forne-cida a vaca em lactação, tanto de proteínae energia quanto de outros nutrientes. Aenergia necessária para o metabolismodos animais ruminantes provém basi-camente dos ácidos graxos voláteis (acé-tico, propiônico e butírico) produzidosno rúmen pela fermentação dos dife-rentes alimentos e dependendo da com-posição da dieta, ocorrerá uma variaçãoentre a proporção dos ácidos graxosacético e butírico, que são metabólitosprecursores de parte da gordura do leitee o ácido propiônico, que é o precursorda lactose do leite e o responsável pelovolume de leite.

De modo geral, a subnutrição ener-gético-protéica reduz tanto a quantidadede leite quanto o teor de gordura. Quan-do, nesse caso, o animal apresentar perdade peso, mobilizando reservas de gordurapara sustentar a produção de leite, o queé mais visível em animais de melhorgenética, poderá surgir um quadro decetose. Os corpos cetônicos (ácidos aceto-acético e â-hidróxi-butírico) aumentamsua concentração no sangue e urina,como também no leite, podendo daíserem avaliados errados como “gordura”do leite.

A deficiência protéica na dieta podeter efeito variável sobre o teor de gordurado leite. Se o teor de gordura anterior àdeficiência protéica for normal, deacordo com o padrão racial da vaca,pode haver uma redução, especialmentese isso ocorrer nas primeiras semanas dalactação Agora caso o teor de gordura já

Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação (2)Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação (2)Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação (2)Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação (2)Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação (2)

estiver inferior a 3 % a deficiência pro-téica não surtirá maior efeito depressivosobre o mesmo.

Alterações na fermentação doAlterações na fermentação doAlterações na fermentação doAlterações na fermentação doAlterações na fermentação dorúmen que tendem a baixar orúmen que tendem a baixar orúmen que tendem a baixar orúmen que tendem a baixar orúmen que tendem a baixar o

teor de gordurateor de gordurateor de gordurateor de gordurateor de gordura

1. Relação volumoso: concen-1. Relação volumoso: concen-1. Relação volumoso: concen-1. Relação volumoso: concen-1. Relação volumoso: concen-trado da dieta = trado da dieta = trado da dieta = trado da dieta = trado da dieta = Um dos pontos maisimportante na alimentação da vacaleiteira é a quantidade de concentradoque não pode exceder a metade do totalde MS consumida pelo animal, ou seja, arelação volumoso : concentrado deve serde, no mínimo, 50:50. O atendimentodessa regra possibilita o funcionamentonormal do rúmen, pois essa quantidademínima de volumoso (fibra vegetal) énecessária para manter a ruminação doanimal.

Sabe-se que a vaca leiteira deveruminar pelo menos 8 horas por dia, emvários períodos após as refeições, pois aruminação aumenta a produção de saliva,que ajuda a regular as condições defermentação no rúmen, isto é, controlaro pH ruminal. Um valor de pH acima de6,0 favorece a fermentação da fibra dovolumoso, que é o alimento mais barato

da dieta, e quanto melhor afermentação da fibra no rúmen,mais volumoso e concentrado oanimal poderá ingerir e melhorpoderá ser a produção de leite.

Também o consumo adequa-do de volumoso garante um teornormal de gordura no leite, poiscom a fermentação da fibra norúmen são produzidos os ácidosacético e butírico, dos quais éformada no úbere 50 % da gor-dura do leite. Na medida em quese au-menta o fornecimento deconcentrado na dieta ocorrem

alterações da fermentação no rúmen,com aumento na produção de ácidopropiônico e, proporcionalmente, umadiminuição dos ácidos acético e butírico.O efeito de diferentes proporções entreo volumoso e concentrado na MS inge-rida, sobre o teor de FDN da dieta, sobrea atividade de mastigação (ruminação),o pH no rúmen e a proporção entre osácidos acético e propiônico é apre-sentado na Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1.

Quanto mais ácido propiônico éabsorvido do rúmen, maior é a produçãode leite, pois esse ácido é utilizado peloorganismo do animal para produzir alactose do leite, e quanto mais lactose,tanto maior a produção de leite.

No entanto, na prática observa-seque, com o aumento no fornecimentode concentrado, aumenta a produção deleite, com queda no teor de gordura.Dentro do nível aceitável de até 50 % deconcentrado na MS total ingerida, ouseja, 12 a 15 kg de concentrado para altasproduções de leite, apesar da diminuiçãona percentagem de gordura, não há ne-cessariamente diminuição da produçãode gordura (litros de leite multiplicadospelo teor de gordura). Contudo, na situ-ação de excesso de concentrado, o teor

1 - Médica Veterinária, mestre em Qualidade eProdutividade Animal e Doutoranda emQualidade e Produtividade Animal FZEA-USP.Email: josiortolan@hotmail. com.

10080604020

0

Volum. FDNmastigação

min/dia

Tabela 1. Efeito da proporção volumoso : concentrado sobre a fermentaçãoTabela 1. Efeito da proporção volumoso : concentrado sobre a fermentaçãoTabela 1. Efeito da proporção volumoso : concentrado sobre a fermentaçãoTabela 1. Efeito da proporção volumoso : concentrado sobre a fermentaçãoTabela 1. Efeito da proporção volumoso : concentrado sobre a fermentaçãono rúmen.no rúmen.no rúmen.no rúmen.no rúmen.

Conc. FDApH

rúmen acético propiônicorelaçãomolar

% da MS % molar

020406080

100

655545342414

4134272013

6

960940900820660340

7,0a

6,6a

6,2a

5,85,45,0

706764584836

182022283445

3,93,42,9

2,1b

1,4b

0,8b

a faixa de pH adequada para a fermentação da celuloseb relação molar que causa queda da % de gordura do leiteAdaptado de Davis et al. in: Bachman (1992)

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de gordura cai excessivamente (abaixo de2,8 %), além de diminuir o consumo dealimento e a produção de leite.

Também, quantidades de concen-trado, acima de 50 % na MS da dieta,causam uma fermentação intensa norúmen que resulta num aumento daprodução de ácidos (queda muito fortedo pH, acidose subclínica), e, eventual-mente, até na produção e acúmulo deácido lático no rúmen, que é um ácidoforte e pode levar a uma situação de aci-dose aguda, quando o animal simples-mente pára de comer. No caso de acidosesubclínica o pH do rúmen está grandeparte do tempo abaixo de 6,0, o que re-tarda a fermentação do alimentovolumoso, prejudica a biossíntese de pro-teína bacteriana e, para garantir aprodução almejada de leite, o consumomáximo de alimento não é alcançado. Sãosituações que causam considerávelprejuízo, pois o concentrado, o insumomais caro na produção de leite, é malutilizado, com a agravante de não haverresposta positiva em termos de produçãode leite.

Segundo pesquisa mais recente (NRC,2001), a queda do teor de gordura leiteseria devida à presença de duas condiçõesno rúmen: não somente uma fermen-tação anormal, com diminuição do pH e

Relação acético/propiônicoConsumo de MS (kg/dia)Concentrado (kg/dia)Produção de leite (kg/dia)kg leite/kg de concentradoGORDURA DO LEITE%kg/diaPROTEÍNA DO LEITE%kg/dia

DIETA 1

a,b,c diferença significativa Adaptado de Griinari et al. (1998)

Tabela 2. Efeito da relação volumoso:concentrado da dieta e do tipo de gorduraTabela 2. Efeito da relação volumoso:concentrado da dieta e do tipo de gorduraTabela 2. Efeito da relação volumoso:concentrado da dieta e do tipo de gorduraTabela 2. Efeito da relação volumoso:concentrado da dieta e do tipo de gorduraTabela 2. Efeito da relação volumoso:concentrado da dieta e do tipo de gordurasuplementada, na fermentação do rúmen, consumo e na produção e composiçãosuplementada, na fermentação do rúmen, consumo e na produção e composiçãosuplementada, na fermentação do rúmen, consumo e na produção e composiçãosuplementada, na fermentação do rúmen, consumo e na produção e composiçãosuplementada, na fermentação do rúmen, consumo e na produção e composiçãodo leite.do leite.do leite.do leite.do leite.

50% volum. : 50% conc.gord.satur

óleo demilho

DIETA 220% volum. : 80% conc.

gord.satur

óleo demilho

3,17a

23,0a

11,529,3a

2,55

3,58a

1,05a

3,010,87

3,08a

23,8a

11,931,7a

2,66

3,36b

1,06a

3,070,97

1,87b

19,9b

15,926,5b

1,67

3,33b

0,87b

3,100,82

1,66b

19,5b

15,626,3b

1,68

2,49c

0,68c

3,240,85

relação acético : propiônico inferior a 3,devido ao excesso de concentrado, mastambém conseqüência da presença degordura insaturada na dieta, conforme éapresentado na Tabela 2 (Griinari et al.,1998). Nesta pesquisa, além do excessode concentrado, foi adicionado 4 % deóleo de milho (gordura insaturada) na MStotal da dieta, em comparação com umproduto a base de gordura saturada.

Como o assunto abordado nesseartigo e na edição 14 da Revista Attalea

Agronegócios do mês de setembro é desuma importância para a produção deleite, na próxima edição continuaremosdissertando sobre o mesmo assunto, a fimde sanar as principais duvidas sobre anutrição da vaca em lactação.

Gostaria também de lembrar queduvidas e sugestões são bem vindas edevem ser mandadas á revista ou no meue mail, [email protected].

Até a próxima.

Lácteos orgânicos na mesaLácteos orgânicos na mesaLácteos orgânicos na mesaLácteos orgânicos na mesaLácteos orgânicos na mesaCoalhada, creme de leite e iogurte

fabricados a partir do leite orgânico têmmercado garantido na capital goiana.

Nem só de frutas e hortaliças vive omercado de orgânicos. Todos os dias,em supermercados e feiras, o brasileiropode adquirir folhosas, grãos e cereaissem agrotóxicos, bebidas e, se quiser,até roupa com algodão cultivado deforma natural.

Segundo o Instituto Biodinâmico(IBD), o grande potencial de expansãodo mercado e a possibilidade de umavida mais saudável são os principais mo-tivos que levam produtores brasileirosa investir na produção orgânica. Comcrescimento estimado em 30% ao ano,a produção orgânica no Brasil ocupaatualmente uma área de 6,5 milhões dehectares de terras, colocando o País nasegunda posição entre os maioresprodutores mundiais de orgânicos.

Apostando nesse mercado, o cria-dor de gado jérsei José César Pedroso,decidiu há cerca de cinco anos que oinvestimento na propriedade seria

voltado para a produção de leite orgâ-nico. A pastagem natural e livre deagrotóxicos ou adubos químicos serve dealimento para o plantel de pouco maisde 80 animais selecionados. “Tive decomeçar do zero, porque a produção deleite orgânico começa no pasto. Foipreciso investir, inclusive em pastagenssem nenhum tipo de agrotóxico”, diz.Atualmente, o Recanto do Jersey e oLaticínio Asahi, em Goiânia (GO),produzem coalhada, creme de leite eiogurte, todos com certificado deprodutos orgânicos. A propriedade tem16 hectares de pasto e 13 hectares delavoura de milho, tudo sem usar produtosquímicos tradicionais.

De acordo com Krishnamurti SimonEvaristo, zootecnista e sócio da pro-priedade, assim como ocorre com a carnevermelha, o que garante o certificado deorgânico ao leite é o fato de todo oprocesso de criação e de manejo ter sidorealizado sem o uso de produtos quí-micos. “Na industrialização, o leite, sejaorgânico ou comum, recebe o mesmo

tratamento, submetido a alta tempe-ratura por curto tempo, para ficar livrede microorganismos”, diz.

Ele explica que o tratamento de saúdedos animais em manejo orgânico dis-pensa o uso de antibióticos, vermífugos,inseticidas, carrapaticidas e outrasdrogas, sendo unicamente utilizado osistema homeopático, feito de formapreventiva. Segundo Kamyla Carvalho,agrônoma responsável pela produção, oresultado é um leite muito mais puro esaudável, que carrega consigo a res-ponsabilidade na preservação do meioambiente e o respeito ao consumidor.

Atualmente, todos os produtos daAsahi usam como matéria-prima o leiteorgânico do Recanto do Jersey e, segun-do Krishnamurti Simon Evaristo, existeum projeto de expansão que inclui ocadastro de outros produtores de leiteorgânico, que podem ser fornecedorespara o laticínio. Com 46 vacas em lacta-ção, a produção diária chega a 350 litros,o que rende 300 unidades de coalhada e84 potes de creme de leite.

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Organizado pela Casa da Agriculturade São José da Bela Vista (SP), peloConselho Municipal de DesenvolvimentoRural e pela Associação dos ProdutoresRurais do município, o 18º Torneio Lei-teiro Rural “José Mauro da Silva Panicio”foi realizado entre os dias 24 e 28 desetembro e contou com a participaçãode 18 criadores do município.

O evento contou com o apoio daCATI EDR de Franca, da Prefeitura deSão José da Bela Vista e de empresasligadas ao setor, tais como: Coonai - Co-operativa Nacional Agroindustrial Ltda ,Banco CrediCoonai, Sindicato Rural deFranca e Lagoa da Serra.

A festa de confraternização da entregade prêmios foi realizada na Estância SeteMoças, em São José da Bela Vista (SP) eestiveram presente todos os participantes com seus empregados e familiares alcan-

çando um público de 170 pessoas.A comissão organizadora também

homenageou o Sr. Valter de Souza Diniz,proprietário do Sitio Campo Belo, por serdestaque em produtividade no anoagrícola 2006/2007. “Foi uma justahomenagem, pois o produtor é pioneiroe modelo para todo o Estado de São Pau-lo. Ele participa em nossa região de um

A família do Sr. Valter de Souza Diniz foi homenageada pela ComissãoA família do Sr. Valter de Souza Diniz foi homenageada pela ComissãoA família do Sr. Valter de Souza Diniz foi homenageada pela ComissãoA família do Sr. Valter de Souza Diniz foi homenageada pela ComissãoA família do Sr. Valter de Souza Diniz foi homenageada pela ComissãoOrganizadora, representada pelo Engº Agrº Joel Leal Ribeiro, diretor técnico doOrganizadora, representada pelo Engº Agrº Joel Leal Ribeiro, diretor técnico doOrganizadora, representada pelo Engº Agrº Joel Leal Ribeiro, diretor técnico doOrganizadora, representada pelo Engº Agrº Joel Leal Ribeiro, diretor técnico doOrganizadora, representada pelo Engº Agrº Joel Leal Ribeiro, diretor técnico doEDR-Franca, com a placa comemorariva de Destaque em Produção 2006/2007EDR-Franca, com a placa comemorariva de Destaque em Produção 2006/2007EDR-Franca, com a placa comemorariva de Destaque em Produção 2006/2007EDR-Franca, com a placa comemorariva de Destaque em Produção 2006/2007EDR-Franca, com a placa comemorariva de Destaque em Produção 2006/2007

São José da Bela Vista realiza Torneio LeiteiroSão José da Bela Vista realiza Torneio LeiteiroSão José da Bela Vista realiza Torneio LeiteiroSão José da Bela Vista realiza Torneio LeiteiroSão José da Bela Vista realiza Torneio Leiteiro

projeto desenvolvido pela Embrapa,CATI, Casa da Agricultura e Coonai; pro-jeto este que consiste na viabilização dapecuária leiteira na agricultura familiar,reduzindo custos com o manejo do reba-nho leiteiro, aumentando assim a pro-dução e, consequentemente, sua rentabi-lidade”, afirmou Adalberto Alves Berteli,presidente da Associação de ProdutoresRurais do município.

Srª Selma Caíres Ribeiro, com a vacaSrª Selma Caíres Ribeiro, com a vacaSrª Selma Caíres Ribeiro, com a vacaSrª Selma Caíres Ribeiro, com a vacaSrª Selma Caíres Ribeiro, com a vaca“Carla 217”, ficou em 3º lugar.“Carla 217”, ficou em 3º lugar.“Carla 217”, ficou em 3º lugar.“Carla 217”, ficou em 3º lugar.“Carla 217”, ficou em 3º lugar.

Em 2º lugar ficou o Sr. José LaércioEm 2º lugar ficou o Sr. José LaércioEm 2º lugar ficou o Sr. José LaércioEm 2º lugar ficou o Sr. José LaércioEm 2º lugar ficou o Sr. José LaércioCavalheiro, com a vaca “Mirian”.Cavalheiro, com a vaca “Mirian”.Cavalheiro, com a vaca “Mirian”.Cavalheiro, com a vaca “Mirian”.Cavalheiro, com a vaca “Mirian”.

Na categoria novilha o Sr. José LaércioNa categoria novilha o Sr. José LaércioNa categoria novilha o Sr. José LaércioNa categoria novilha o Sr. José LaércioNa categoria novilha o Sr. José LaércioCavalheiro, da Fazenda Bela Vista,Cavalheiro, da Fazenda Bela Vista,Cavalheiro, da Fazenda Bela Vista,Cavalheiro, da Fazenda Bela Vista,Cavalheiro, da Fazenda Bela Vista,obteve a primeira colocação com aobteve a primeira colocação com aobteve a primeira colocação com aobteve a primeira colocação com aobteve a primeira colocação com anovilha “Bela Vista”, com peso totalnovilha “Bela Vista”, com peso totalnovilha “Bela Vista”, com peso totalnovilha “Bela Vista”, com peso totalnovilha “Bela Vista”, com peso totalem duas ordenhas de 35,700g.em duas ordenhas de 35,700g.em duas ordenhas de 35,700g.em duas ordenhas de 35,700g.em duas ordenhas de 35,700g.

Em 2º lugar ficou o Sr. Lair Bianco,Em 2º lugar ficou o Sr. Lair Bianco,Em 2º lugar ficou o Sr. Lair Bianco,Em 2º lugar ficou o Sr. Lair Bianco,Em 2º lugar ficou o Sr. Lair Bianco,com a novilha “Tieta”com a novilha “Tieta”com a novilha “Tieta”com a novilha “Tieta”com a novilha “Tieta”

Momento da entrega dos troféus de campeão na Categoria Vaca, entregue ao Sr.Momento da entrega dos troféus de campeão na Categoria Vaca, entregue ao Sr.Momento da entrega dos troféus de campeão na Categoria Vaca, entregue ao Sr.Momento da entrega dos troféus de campeão na Categoria Vaca, entregue ao Sr.Momento da entrega dos troféus de campeão na Categoria Vaca, entregue ao Sr.Antonio Faciroli Caramori e sua esposa Carmem Silva Balan Veloso Caramori eAntonio Faciroli Caramori e sua esposa Carmem Silva Balan Veloso Caramori eAntonio Faciroli Caramori e sua esposa Carmem Silva Balan Veloso Caramori eAntonio Faciroli Caramori e sua esposa Carmem Silva Balan Veloso Caramori eAntonio Faciroli Caramori e sua esposa Carmem Silva Balan Veloso Caramori etambém ao Gilberto, que é funcionário da propriedade.também ao Gilberto, que é funcionário da propriedade.também ao Gilberto, que é funcionário da propriedade.também ao Gilberto, que é funcionário da propriedade.também ao Gilberto, que é funcionário da propriedade.

Em 3º lugar ficou o Sr. Ivan RafaelEm 3º lugar ficou o Sr. Ivan RafaelEm 3º lugar ficou o Sr. Ivan RafaelEm 3º lugar ficou o Sr. Ivan RafaelEm 3º lugar ficou o Sr. Ivan RafaelUrban Gomes, com a novilha “Cangaia”.Urban Gomes, com a novilha “Cangaia”.Urban Gomes, com a novilha “Cangaia”.Urban Gomes, com a novilha “Cangaia”.Urban Gomes, com a novilha “Cangaia”.

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Fafram cria curso de aperfeiçoamento emFafram cria curso de aperfeiçoamento emFafram cria curso de aperfeiçoamento emFafram cria curso de aperfeiçoamento emFafram cria curso de aperfeiçoamento emGeoprocessamento e GeorreferenciamentoGeoprocessamento e GeorreferenciamentoGeoprocessamento e GeorreferenciamentoGeoprocessamento e GeorreferenciamentoGeoprocessamento e Georreferenciamento

A Lei no 10.267, de 2001, insti-tuiu o novo CNIR - Cadastro Nacio-nal de Imóveis Rurais, um sistemagerido pelo INCRA - Instituto Nacio-nal de Colonização e Reforma Agrá-ria e pela Receita Federal, que é com-posto pelos dados contidos nas Decla-rações para o Cadastro de ImóveisRurais e pelos polígonos formadospelas coordenadas georreferenciadasdos vértices que compõem os limi-tes dos imóveis rurais de todo o país.

Em 3 de novembro de 2.004, oPlenário do CONFEA - ConselhoFederal de Engenharia e Arqui-tetura, considerando consulta doINCRA acerca dos profissionaishabilitados a desenvolver as atividadesdefinidas pela Lei no 10.267/01, decidiurevogar a Decisão PL-0633/2.003 e editara Decisão PL-2087/2.004. A Decisão PL-2087/2.004 veio disciplinar o exercíciopro-fissional nas atividades correlatas à Leino 10.267/01, estabelecendo, dentreoutras coisas, os parâmetros formativosne-cessários para definir os profissionaisaptos para desempenhar essas atividades.

Não existem dados oficiais que asse-gurem o número de propriedades efe-tivamente enquadradas pela Lei no10.267/01. Um dos principais entravespara o não-cumprimento dessa exigêncialegal é a falta de recursos humanos devi-damente qualificados para assumir a res-ponsabilidade técnica na execução dasatividades de georreferenciamento rural,na forma prevista na lei.

Buscando capacitar os profissionaisinteressados em atender a esta demanda,a FAFRAM/FE - Faculdade de Agrono-mia Dr. Francisco Maeda, de Ituverava

(SP) desenvolveu o Curso de Aperfei-çoamento Profissional em Geoproces-samento e Georreferenciamento de Imó-veis Rurais, como forma de contribuir nacapacitação profissional, formandoprofissionais legitimamente qualificados,à luz do ordenamento jurídico atual, paraexecutar as tarefas inerentes ao georre-ferenciamento de imóveis rurais.

ObjetivosObjetivosObjetivosObjetivosObjetivos

O curso tem por objetivo a trans-ferência de conhecimento técnico sobreGeodésia e Topografia aplicada ao Geor-referenciamento, Cartografia, Sistemasde Referência, Sistema de Posicio -namento Global (GPS) e Ajustamento,visando à capacitação e a atualização deprofissionais que pretendem se cadastrarjunto ao INCRA para a execução destetipo de levantamento.

A instituição busca ainda capacitar ehabilitar profissionais para a utilização das

mais modernas tecnologias deGeoprocessamento, como Sistemasde Informações Geográficas (GIS) etécnicas de cartografia, sensoria-mento remoto e de gestão.

Estão aptos a participar do cursotodos os profissionais das moda-lidades listadas no item VI da DecisãoPL-2087/2004 - CONFEA/CREA:Engenheiro Agrimensor, Enge-nheiro Agrônomo, EngenheiroCartógrafo, Engenheiro de Geodésiae Cartografia, Engenheiro Geógrafo,Engenheiro Civil, Engenheiro deFortificação e Construção, Enge-nheiro Florestal, Engenheiro Geó-logo, Engenheiro de Minas, Enge-

nheiro de Petróleo, Arquiteto e Urba-nista, Engenheiro de Operação nasespecialidades Estradas e Civil, Enge-nheiro Agrícola, Geólogo, Geógrafo.Também, tal curso se destina aos demaisprofissionais de nível superior de áreascorrelatas ou que queiram adquirir novosconhecimentos.

O curso terá duração de 12 mesesletivos, com carga horária total de 480horas, sendo 390 horas aulas presenciaise 90 horas aulas referente às atividadesaplicadas (estudos de caso, participaçãoem eventos e elaboração de artigo). Otempo de aplicação de provas e aelaboração de trabalhos supervisionadoscontam como carga horária.

As aulas acontecem em semanasalternadas (2 a 3 vezes ao mês) aos sábadosdas 8h às 18h, com intervalo paraalmoço, e eventualmente às sextas-feirasdas 19h às 23h, conforme a ocorrênciade feriados. (informações:- sitewww.feituverava.com.br/fafram)

Imagem de satélite da região de MiguelópolisImagem de satélite da região de MiguelópolisImagem de satélite da região de MiguelópolisImagem de satélite da região de MiguelópolisImagem de satélite da região de Miguelópolis(SP), no Rio Grande.(SP), no Rio Grande.(SP), no Rio Grande.(SP), no Rio Grande.(SP), no Rio Grande.

ESPECIALIZAÇÃO

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Fernandes, L.B.Fernandes, L.B.Fernandes, L.B.Fernandes, L.B.Fernandes, L.B.11111 , Cavaguti, E. , Cavaguti, E. , Cavaguti, E. , Cavaguti, E. , Cavaguti, E.11111

Barbosa, A.B.Barbosa, A.B.Barbosa, A.B.Barbosa, A.B.Barbosa, A.B.11111, Antonio JR, L., Antonio JR, L., Antonio JR, L., Antonio JR, L., Antonio JR, L.22222

Boskovitz, M.G.Boskovitz, M.G.Boskovitz, M.G.Boskovitz, M.G.Boskovitz, M.G.33333

Com o objetivo de avaliar o efeitodo MGA® Premix associado ao ECPna taxa de prenhez de vacas nelore,foi realizada uma semeadura naFazenda Bonanza de propriedade deIvany Moia Guirello, localizada nomunicípio de Paranavaí (PR). Otrabalho teve início em 27 de dezem-bro de 2006 (início da avaliação doconsumo do suplemento) finalizandoem 30 de maio de 2007 (quando foirealizado o terceiro e último diagnós-tico de gestação).

Foram utilizadas 154 vacas Nelo-re, sendo todas multíparas e suas pari-ções ocorridas no mês de novembrode 2006 (Foto 01Foto 01Foto 01Foto 01Foto 01). Estas vacas foramdivididas em dois lotes: Lote 1 – GrupoControle e Lote 2 – Grupo MGA®Premix. Foi avaliado na dia da divisãodos lotes o escore corporal (EC) inicialmédio das vacas (Tabela 1)Tabela 1)Tabela 1)Tabela 1)Tabela 1).

Durante os períodos de pré-trata-mento e de fornecimento do MGA®Premix, os lotes ficaram separados e sobpastejo alternado em áreas adjacentes deBrachiaria brizantha, sendo o bebedourocomum aos dois lotes. Após doze dias dadata da volta dos bezerros, os lotes forampara outra área de mesma forragem, po-rém, com alta disponibilidade de matériaseca. Em seguida foram transferidos parapastagem de capim MG-% (B. brizanthacv MG-5), com alta disponibilidade dematéria seca. A partir de então, perma-neceram em pastagens de capim Colo-nião (Panicum maximum Jacq.), ou deB. brizantha.

Os cochos saleiros foram ajustados afim de disponibilizar um espaçamentomínimo de 10 cm lineares por cabeça,considerando-se apenas um lado deacesso (embora o acesso bilateral fossepossível). Os cochos saleiros foramconfeccionados com tambores plásticosde 200 L, cortados no sentido de maior

Avaliação do efeito do MGA® Premix associado comAvaliação do efeito do MGA® Premix associado comAvaliação do efeito do MGA® Premix associado comAvaliação do efeito do MGA® Premix associado comAvaliação do efeito do MGA® Premix associado comCipionato de Estradiol (ECP®) na taxa de prenhez deCipionato de Estradiol (ECP®) na taxa de prenhez deCipionato de Estradiol (ECP®) na taxa de prenhez deCipionato de Estradiol (ECP®) na taxa de prenhez deCipionato de Estradiol (ECP®) na taxa de prenhez de

multíparas Nelore paridas em novembro de 2006multíparas Nelore paridas em novembro de 2006multíparas Nelore paridas em novembro de 2006multíparas Nelore paridas em novembro de 2006multíparas Nelore paridas em novembro de 2006

Tabela 1. Lotes, parição, escore corporal inicial médio, coeficiente de variaçãoTabela 1. Lotes, parição, escore corporal inicial médio, coeficiente de variaçãoTabela 1. Lotes, parição, escore corporal inicial médio, coeficiente de variaçãoTabela 1. Lotes, parição, escore corporal inicial médio, coeficiente de variaçãoTabela 1. Lotes, parição, escore corporal inicial médio, coeficiente de variaçãoe número de matrizes.e número de matrizes.e número de matrizes.e número de matrizes.e número de matrizes.

1 Novembro 2,90 ± 0,23 7,94 772 Novembro 2,88 ± 0,20 6,83 77

Número dematrizes

Lote Mês daparição

Escore Corporal(EC) inicial médio

Coeficiente devariação do EC

inicial médio (%)

27/12/06 QUA M Início da avaliação do consumo do suplemento (pré-tratamento)03/01/07 QUA M Final da avaliação do consumo do suplemento (pré-tratamento)04/01/07 QUI M Início do fornecimento de MGA Premix09/01/07 TER M Aplicação do ECP nos animais16/01/07 TER M Último dia de fornecimento de MGA Premix17/01/07 QUA M Retirada do MGA Premix dos cochos18/01/07 QUI M Remoção Bezerros – Mistura dos Grupos e início da Monta Natural (Rel. touro:vaca=1:15)20/01/07 SAB M Volta Bezerros09/03/07 SEX M Diagnóstico de gestação17/04/07 TER M Diagnóstico de gestação30/05/07 QUA M Diagnóstico de gestação

Data DiaSemana

Período Atividade

Tabela 2. O protocolo utilizado no Lote 2 - Grupo MGA® PremixTabela 2. O protocolo utilizado no Lote 2 - Grupo MGA® PremixTabela 2. O protocolo utilizado no Lote 2 - Grupo MGA® PremixTabela 2. O protocolo utilizado no Lote 2 - Grupo MGA® PremixTabela 2. O protocolo utilizado no Lote 2 - Grupo MGA® Premix

1Premix – Técnica em Suplementação;2Pfizer Saúde Animal, Brasil;3Centro Veterinário Paraná

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comprimento, e foram sus-pensos a uma altura de 1,0 mem relação ao nível do solopara evitar que os bezerrostivessem acesso ao produto,para que não interferissem noconsumo real das matrizes(Foto 02).

No período de pré-sin-cronização, o consumo mé-dio do suplemento foi de 200 g/dia e de192,5 g/dia no de sincronização (MGA®Premix). Após a mistura dos Lotes, asmatrizes foram suplementadas commistura mineral completa, contendo emsua composição final: 12,5% de cálcio,6,0% de fósforo, 0,2% de enxofre, 0,55%de magnésio, 19,1% de sódio, 150 mg decobalto, 1.250 mg de cobre, 3.500 mgde zinco, 150 mg de iodo e 15 mg deselênio por kg do suplemento, sendo oconsumo médio de 80 g/dia.

Para a monta natural foram utilizados,durante os 14 dias iniciais, 10 tourosNelore aptos à reprodução, e após esseperíodo inicial oito touros, resultando emrelações touro:vaca de 1:15,4 e de 1:19,2,respectivamente. Nos dias 09 de março,

17 de abril e 30 de maio de 2007, foramrealizados os diagnósticos de gestaçãoatravés de exames ultrassonográficos(Médico Veterinário: Dr. Marcelo G.Boskovitz), compreendendo intervalosde 50, 89 e de 132 dias de estação demonta (EM), visando avaliar as taxas deprenhez em 10, 40, 70 e 100 dias.(FiguraFiguraFiguraFiguraFigura0101010101).

Neste trabalho, embora o númerofinal de prenhezes também tenha sidosuperior no final da estação de monta nolote MGA (69 (89,6% do total) versus 65(84,4% do total) no Controle), destaca-se que nos 10 primeiros dias 40,2% dasvacas tratadas já estavam prenhes contra27,3% do lote Controle. Após 40 e 70dias de estação de monta as taxas de

Figura 01. Taxa cumulativa de prenhez nas matrizes dos grupos Controle e tratadas com MGA Premix +

ECP

27,3

84,4

68,8

79,2

89,685,777,9

40,2

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50

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90

0 10 40 70 100

Dias de estação de monta

%

Controle MGA Premix + ECP

Figura 02. Escore corporal médio

2,832,862,90 2,942,88 2,88 2,90 2,83

0,0

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3,0

Inicial 1° Diag. 2° Diag. 3° Diag.

Controle MGA

prenhez foram de 77,9% e 85,7%(MGA), e, de 68,8% e 79,2% (Controle),respectivamente. Observa-se ainda que,a taxa de prenhez aos 70 dias do loteMGA (85,7%) foi ainda superior aoControle aos 100 dias (84,4%).

Através dos resultados obtidos nestetrabalho, conclui-se que o tratamentocom o MGA® Premix associado aoECP® antecipa a prenhez em vacasmultíparas Nelore, uma vez que as taxasde prenhez em 10 e 40 dias (principal-mente) de estação de monta foramsuperiores ao Controle.

Outro fator importante para aobtenção de bons resultados é a condiçãode escore corporal (Figura 02Figura 02Figura 02Figura 02Figura 02).

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Muito se fala e até se cons-tata do crescimento da ovino-cultura paulista e nacional.Para tirar esta conclusão, leva-mos em consideração o visívelaumento dos rebanhos, os altospreços e liquidez nas vendas dereprodutores e matrizes, apresença da carne ovina emnovos pontos comerciais, etc.

Por outro lado observa-mos mais reclamações e la-mentos de quem não estásatisfeito: baixos preços pagos peloscordeiros comerciais, má qualidade doproduto, dificuldade em colocar aprodução, etc.

O que estará acontecendo, então, jáque estamos no maior centro consumidorde cordeiros da América Latina? Estapergunta está sendo feita há vários anos enão conseguimos respondê-la, uma vezque a atividade se desenvolve numcontexto geral. É muito provável que,apesar do crescimento, a resposta estejabaseada num fato nítido e certo: existeuma acentuada desorganização na cadeiaprodutiva do setor.

As tentativas de estruturar a cadeiade produção de carne ovina em SãoPaulo são frequentemente discutidas. Há20 anos já se falava em um organizadosistema de produção de cordeiros, abatee distribuição do produto final. Em poucotempo, após a reativação da ASPACO,surgiu em São Paulo uma cooperativaque, através de um Departamento deOvinocultura, passou a realizar estasfunções. Alguns rebanhos comerciaiscresceram, outros diminuíram. Passou afaltar estrutura e organização.

Criou-se um ciclo vicioso: os empre-sários não montavam seus negóciosbaseados em estruturas de abate e dis-tribuição porque não havia produção decordeiros suficiente para justificar os altosinvestimentos; e por outro lado, oscriadores não aumentavam seus reba-nhos para módulos empresariais porquenão tinham acesso a abatedouros e

Cadeia produtiva da Ovinocultura:Cadeia produtiva da Ovinocultura:Cadeia produtiva da Ovinocultura:Cadeia produtiva da Ovinocultura:Cadeia produtiva da Ovinocultura:quando vamos conseguir organizá-la?quando vamos conseguir organizá-la?quando vamos conseguir organizá-la?quando vamos conseguir organizá-la?quando vamos conseguir organizá-la?

distribuidores, sendo que muitos pararamde criar ou voltaram aos módulosartesanais, de “fundo de quintal”.

Sob a conclusão que o ciclo acimatinha que ser quebrado, e que o aumentodos rebanhos poderia ser a solução, nofinal da década de 90 um amplo projetochamado “Cordeiro Paulista” foi criado.Ele contava com a liberação de recursospara pequenos e médios produtores quepoderiam começar ou aumentar seusrebanhos ovinos com o objetivo deproduzir mais cordeiros. Dentro domesmo projeto, um fundo foi direciona-do para a construção de um entrepostode carne ovina.

Em São Manuel, com a ajuda da Pre-feitura Municipal, o prédio foi levantadoe os equipamentos instalados. Criou-seuma cooperativa, COOPEROVINOS,que passaria a receber e comercializar oscordeiros produzidos pelos cooperadosou associados da ASPACO.

Concomitantemente, surgiram estru-turas frigoríficas específicas para a espéciee prestadoras de serviços. Tudo pareciaestar em harmonia, se houvesse a parti-cipação dos produtores. Na verdade, ospreços que poderiam ser pagos pelacooperativa limitavam-se pelos altoscustos operacionais, altas taxas de im-postos e serviços, além da baixa produçãoque não viabilizava o sistema.

Tudo isto levou a estrutura a se desa-tivar em pouco tempo. Outros frigo-ríficos pararam em virtude da falta decordeiros. O projeto “CordeiroCordeiroCordeiroCordeiroCordeiroPaulistaPaulistaPaulistaPaulistaPaulista” foi engavetado. E voltamos àestaca zero.

Uma nova tentativa de seorganizar vem recentementesendo preconizada com ainclusão, no novo estatuto daASPACO, da formação dosnúcleos regionais.

Um dos problemas no pla-no anterior, a falta de umaadministração centralizada eespecífica, poderá ser contor-nado. Um núcleo deverá seorganizar e formar o seupróprio nicho de mercado,com características próprias,inclusive.

Não é fácil. Alguns gruposnão entenderam a finalidade do propostoe já sucumbiram ou trabalham isola-damente, sem objetivo, mesmo depois deinúmeras palestras, reuniões, cursos esugestões.Quando realmente vamosconseguir nos organizar?

Durante a FEICORTE, em São Paulo,no dia 21 de junho, representei aASPACO no I Workshop sobre Análisedos Pontos Críticos da Cadeia da Ovino-cultura no Estado de São Paulo. Primei-ramente houve a apresentação por partedo Prof. Dr. Celso da Costa Carrer sobreum projeto de pesquisa financiado pelaFAPESP – Fundação de Amparo à Pes-quisa para diagnóstico e estudo da cadeiaprodutiva na ovinocultura em São Paulo.O trabalho inclui vários profissionais, amaioria professores da FZEA – Faculdadede Zootecnia e Engenharia de Alimentosda USP, sendo o Prof. Celso um doscoordenadores que conta com o apoioda ASPACO, SEBRAE, APTA/SAA/SP,GEAGRO, Projeto Empreender noCampus (PEC) e Grupo PET.

Depois dos esclarecimentos doprojeto, liderados por Silvio César deSouza do SEBRAE, uma mesa redondafoi formada por representantes de nú-cleos regionais, pesquisadores, criadorese técnicos, da qual fiz parte represen-tando nosso presidente Arnaldo dosSantos Vieira Filho.

Discutimos, em conjunto com a pla-téia (cerca de 70 pessoas), os gargalos dacadeia produtiva da ovinocultura, ondegostaria de fazer algumas observações:

– Preços pagos pela carne ovina:Preços pagos pela carne ovina:Preços pagos pela carne ovina:Preços pagos pela carne ovina:Preços pagos pela carne ovina:o produtor sempre reclama dos preços

1 - Zootecnista, Diretor Técnico da ASPACO.E-mail: [email protected] Sitewww.aspaco.org.br

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pagos pelos frigoríficos, noentanto, esquece que a estruturade abate tem um custo muitoalto, inclusive impostos, que oabate informal não tem. Porisso, é impossível vender cor-deiros para o frigorífico e rece-ber por eles o mesmo valor querecebia quando comercializavana porta da propriedade.

– Custos de produção:-Custos de produção:-Custos de produção:-Custos de produção:-Custos de produção:- ajustificativa, inclusive, pelasreclamações dos baixos valorespagos, é referente aos altos cus-tos de produção. Realmente,quando comparamos a ovino-cultura com as outras criações pecuárias,observa-se um maior custo de produção.Entretanto, ele é compensado pelo ciclomais curto e maior rentabilidade por área.Na ovinocultura de carne só há duasformas de aumentarmos a renda outornar o negócio viável: diminuir os cus-tos de produção (como recria em pasto)ou melhorar a qualidade do produto finalbuscando valores de comercializaçãomelhor.

– Concorrência uruguaia:-Concorrência uruguaia:-Concorrência uruguaia:-Concorrência uruguaia:-Concorrência uruguaia:- algunstêm chamado até de desleal. A carneovina vinda, não somente do Uruguai,mas da Argentina, Chile, Nova Zelândiae até do Sul do país, tem menor valor.Ou seja, as terras menos valorizadas,grandes propriedades, grandes rebanhos,pastagens de baixa qualidade e recria empasto só podem produzir carne maisbarata. Infelizmente temos que convivercom isto, restando algumas poucas op-ções para concorrer com elas, como dife-renciar e valorizar nosso produto, esolicitar de nosso governo políticas quepossam torná-lo mais competitivo, porexemplo, diminuindo os impostos noabate e comercialização.

– Escala de produção:Escala de produção:Escala de produção:Escala de produção:Escala de produção:– não hádúvidas de que este é um ponto muitoimportante. A produção pequena e nãoescalonada leva a uma desmotivação domercado consumidor. Quem se arriscaráa comprar um produto que sofre constan-temente variações de qualidade? Ou, querestaurante colocará cordeiro no seucardápio para correr o risco de não ter oproduto disponível ao cliente? Nesteaspecto, nossos concorrentes sulame-ricanos têm plena vantagem, têm quan-tidade e padrão.

– Qualidade da carne:Qualidade da carne:Qualidade da carne:Qualidade da carne:Qualidade da carne:– este tópicogera grandes discussões desnecessárias. Oque é qualidade de carne? O gaúcho docampo considera a de ovelha gorda amelhor e os paulistas da capital podem

preferir os cordeiros de 8 kg de carcaça.Portanto, temos que produzir o que omercado pede. Talvez o nosso consumi-dor, de um modo geral, não saiba, ainda,o que quer. Cabe a nós preconizarmos

um produto que, viavelmente,seja produzido nos nossos siste-mas de produção.

– Marketing:-Marketing:-Marketing:-Marketing:-Marketing:- no mundomoderno é impossível vendersem fazer um mínimo de pro-moção do produto. Promo-veruma carne ovina é determinar,de repente, um hábito que per-mitirá que o consumidor prefiraeste tipo, que acredite que eletenha mais “qualidade” e quepague valores melhores por estapre-ferência. Este é o caminhopara concorrer com os produtosproduzidos nos países vizinhos,

ou seja, promover uma carne comdenominação de origem e qualidade.

– Raça:-Raça:-Raça:-Raça:-Raça:- gera mais uma discussãodesnecessária. Quando dizemos que umaraça é melhor que a outra, devemos

8h00 - CREDENCIAMENTO

9h00 - PALESTRA

Café da Manhã

“Confinamento de Cordeiros”Zootec. Msc. Ana Vera Martins Franco Brüning(Premix)

• Programa SAI-Franca: (16) 3721-6100• Premix (16) 3145-9500• Prefeitura de Franca (16) 3724-7080

TÉCNICA EM SUPLEMENTAÇÃO

9h30 - PALESTRA

10h00 - PALESTRA

“Linfadenite Caseosa Ovina”Méd. Veterinário Sérgio Vioto Jr. (Fort Dodge)

“Epidemiologia e Controle da Verminose Ovina”Profª Cláudia Dias Zettermann (Unifran)

UNIATAFRANCA

SINDICATO RURAL DE FRANCASINDICATO RURAL DE FRANCA SENARSÃO PAULO

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definir em qual ambiente e em qual siste-ma de produção é criada. Felizmente,São Paulo consegue abrigar todas as raçaspresentes no Brasil. Procurar pequenosdetalhes relacionados à adaptação e àprodução podem fazer o diferencial nacriação e nas características do produtofinal.

Vamos deixar que os criadores dediferentes raças briguem para ver qual éa melhor, afinal, trata-se de uma questãonatural, onde cada um deve promover asua. No entanto, aqueles que estãoenvolvidos com os rebanhos comerciais,com a produção de carne e com aorganização da cadeia produtiva devemfocar o produto carne ovina.

– União e organização:União e organização:União e organização:União e organização:União e organização:– comotínhamos que definir em duas palavras omaior problema da cadeia produtiva daovinocultura, “organização” foi a palavraque rapidamente veio em mente.Infelizmente não temos hábito de nosunirmos e fazermos as coisas em grupos.Trata-se de uma questão cultural e queleva muito tempo para mudar. OSEBRAE, por exemplo, traz nas suaslinhas de trabalho a estimulação epreconização da união dos produtoresem grupos, associações ou cooperativas.E como já dissemos, poucos são os gruposque conseguem se firmar. Muito bemlembrado, Silvio Souza do SEBRAEcomentou que os grandes criadores e

investidores estão se unindo e formandoparcerias para comprar e vender repro-dutores. Mas os pequenos produtores deovinos não se juntam para determinaruma escala de produção de cordeiros eatender um nicho de mercado sequer.Quando participam de reuniões queremdiscutir problemas particulares e se con-sideram concorrentes na comercia-lização dos cordeiros, na compra dereprodutores, etc. Consideramos osnúcleos regionais da ASPACO a grandeoportunidade para acabar com estesestigmas que continuam mantendo nossaovinocultura no amadorismo. Quandofalamos em organização não é só a deprodutores.

Os outros elos da cadeia, também,devem ser organizar. O criador MarcosSantim de Nova Granada/SP, represen-tante de seu núcleo regional, falou sobrea proposta de se montar uma associaçãovertical.

A associação vertical é uma entidadepromocional que engloba representantesde todos os elos da cadeia, de produtoresà consumidores do produto final, ondeos recursos captados são destinados àcadeia produtiva como um todo. Sendouma tendência moderna e natural paraum futuro próximo, devemos lembrarque o objetivo da Câmara Setorial Pau-lista da Ovinocaprinocultura é exata-mente reunir os representantes de cadaelo da cadeia para discussão e, principal-mente, buscar soluções para os problemasdo setor.

– Profissionalismo:Profissionalismo:Profissionalismo:Profissionalismo:Profissionalismo:– embora mui-tas criações não tenham fins lucrativos, aovinocultura deve ser encarada como umimportante agronegócio. Acredito quepela quantidade de profissionais envol-vidos e pelo simples fato de estarmos nosreunindo para discutir os problemas, estestatus está garantido. Falta aos produtoresse caracterizarem como profissionais eempresários da ovinocultura.

Como pôde ser notado através dospontos acima, este wokshop tratou-se demais uma reunião, onde se discute osmesmos assuntos há anos, com uma pe-quena, mas importante diferença: todosos pontos foram anotados pelo Prof.Celso que irá, juntamente com o seugrupo, analisar e, provavelmente, passarprudentes observações à Câmara SetorialEstadual de Caprinos e Ovinos. Esta, co-mo representante do setor, tomará asdevidas providências para buscar as solu-ções afim de permitir que a ovinoca-prinocultura seja um agronegócio está-vel, seguro e organizado.

AERF organiza jantar de confraternizaçãoAERF organiza jantar de confraternizaçãoAERF organiza jantar de confraternizaçãoAERF organiza jantar de confraternizaçãoAERF organiza jantar de confraternizaçãopara o dia do Engenheiro Agrônomopara o dia do Engenheiro Agrônomopara o dia do Engenheiro Agrônomopara o dia do Engenheiro Agrônomopara o dia do Engenheiro Agrônomo

No dia 12 de outubro co-memora-se o Dia das Crianças ede Nossa Senhora Aparecida,Padroeira do Brasil. Mas tam-bémé o Dia do Engenheiro Agrônomo.

Buscando homenagear esteprofissional, que participa ativa-mente do desenvolvimento daagricultura, da pecuária e da eco-nomia de nossa região e país, aAERF - Associação dos Engenhei-ros, Arquitetos e Agrônomos daRegião de Franca, através de umaComisão Organizadora, progra-mou um jantar de confraterniza-ção, que acontecerá no dia 19 de outu-bro, no Buffet Chaminé, em Franca (SP)

O evento acontece anualmente econta com o apoio financeiro de váriasinstituições e empresas do setor agro-pecuário. A todas as empresas queapoiaram o evento, a Comissão Organi-zadora agradece. Em especial aospatrocinadores master: Cocapec, Casa

APOIO

AGAM, Agropecuária Bambuí, Aminoagro, Arista,

Fênix, Ihara,Nutriplanta, Pfizer, Pioneer, Rotan, Sapucaia, Sindicato Rural de Franca, Sindicato Rural dePatrocínio Paulista, Viça-Café, Viveiro Maceió, Viveiro Pavão.

Basf, Bayer, Biolimp, Bolsa Agronegócios, Bünge-Serrana, Cachaça Barra Grande, Cachaça Elisa, Campagro, Cargil-Mosaic, CATI EDR-Franca, ChockDoce, Credicocapec, Dedeagro, Franterra, Itograss, Luis Bergamasco, Nortox,

Realpec,

COCAPECCOOPERATIVA DE CAFEICULTORES E AGROPECUARISTAS

REALIZAÇÃO

PATROCINADORES MASTER

RRevista AttaleaRevista Attalea

das Sementes, Syngenta, Nova TV eRevista Attalea Agronegócios.

Parabéns aos membros da ComissãoOrganizadora de 2007: Albino JoãoRocchetti, Alex Kobal, Edson do CoutoRosa, Márcio Figueiredo, Luis FernandoPaulino, Luis Gustavo de Andrade, AlexCarrijo, Fernanda Malvicino Nogueira,Belquice Rodrigues e Clara Elias.

O Engº Agrº Pedro César Avelar recebe ho-O Engº Agrº Pedro César Avelar recebe ho-O Engº Agrº Pedro César Avelar recebe ho-O Engº Agrº Pedro César Avelar recebe ho-O Engº Agrº Pedro César Avelar recebe ho-menagem de ‘Agrônomo de 2006’ da esposamenagem de ‘Agrônomo de 2006’ da esposamenagem de ‘Agrônomo de 2006’ da esposamenagem de ‘Agrônomo de 2006’ da esposamenagem de ‘Agrônomo de 2006’ da esposaGisele e de Belquice Rodrigues.Gisele e de Belquice Rodrigues.Gisele e de Belquice Rodrigues.Gisele e de Belquice Rodrigues.Gisele e de Belquice Rodrigues.

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Sandro RobertoSandro RobertoSandro RobertoSandro RobertoSandro RobertoBrancaliãoBrancaliãoBrancaliãoBrancaliãoBrancalião22222

Marcelo TicelliMarcelo TicelliMarcelo TicelliMarcelo TicelliMarcelo Ticelli33333

A importância da nutri-ção de plantas, em especial,para o nitrogênio, nutrienteque requer conhecimentode diferentes segmentos dapesquisa, desde a interaçãomicroorganismo-planta,promovendo simbiose, ondeambos os organismos sebeneficiam, até a economiade sua utilização, visto que,na adubação, é o de maiorcusto, se comparado aosoutros elementos essenciais, direcio-nando desta forma, estudos com fer-tilidade, uso e manejo nas principaisculturas agronômicas.

No Brasil, os estudos sobre a fixaçãobiológica de nitrogênio em leguminosasiniciaram-se nos anos 50, sendo que nosúltimos anos a utilização de inoculantescom Bradyrhizobium na cultura da soja,proporciona, para o Brasil, uma grande

Muito conhecida na soja, a fixação biológicaMuito conhecida na soja, a fixação biológicaMuito conhecida na soja, a fixação biológicaMuito conhecida na soja, a fixação biológicaMuito conhecida na soja, a fixação biológicado nitrogênio é possível também no milho?do nitrogênio é possível também no milho?do nitrogênio é possível também no milho?do nitrogênio é possível também no milho?do nitrogênio é possível também no milho?

economia em fertilizantes nitrogenados,que são necessários para manter a atualprodutividade da cultura. De fato, a sojabrasileira tornou-se altamente competi-tiva no mercado mundial por nãodepender da aplicação de fertilizantesnitrogenados (HUNGRIA e CAMPO,2005).

A fixação biológica de nitrogênioconsiste na principal fonte de nitrogêniopara a cultura da soja. As bactérias dogênero Bradyrhizobium quando emcontato com as raízes de soja infectam asmesmas, via pêlos radiculares formandoos nódulos. Dentro dos nódulos, asbactérias por intermédio de uma enzimadenominada dinitrogenase, presente emapenas alguns organismos procariontes,conseguem quebrar a tripla ligação donitrogênio atmosférico e provocar a suaredução até amônia (NH3), ou seja, amesma forma obtida no processo indus-

trial. Deste modo, a estamesma amônia sãoincorporados íons H+,abundantes nas cé-lulasdas bactérias, ocor-rendo à transformaçãoem íons NH4

+, que serãodistribuídos para aplanta de soja e incor-porados na forma denitrogênio orgânico(HUNGRIA et al.,1997).

Alguns fatores quepodem limitar a fixaçãode nitrogênio e conse-qüentemente a produ-tividade em Glycinemax. (L.) Merrill., rela-

cionam-se a competição por sítios nodu-lares entre estirpes utilizadas nosinoculantes e os rizóbios do solo, quandoestas são de menor eficiência.

A aplicação de nitrogênio, conco-mitantemente com a inoculação podediminuir a eficiência da inoculação, poisa planta responde ao estímulo da absor-ção, limitando o processo simbiótico, oque poderá resultar na diminuição dosbenefícios posteriores ao processo. Anecessidade de inoculação de uma cul-tura de grande importância econômicacomo a soja, está diretamente relacionadaao centro de origem fitogeográfico daespécie vegetal, sendo para a soja, ocontinente asiático, em especial a China.

Condições como baixa fertilidade dosolo e elevadas doses de nitrogênio com-binado, (GRAHAN e TEMPLE, 1984), oefeito da rizosfera, tensão da água, pHdo solo, salinidade, temperatura, toxinas

1 - Pesquisadora Científica, doutora, daAgência Paulista de Tecnologia dosAgronegócios - APTA - Pólo Regional da AltaMogiana, Colina/SP E-mail: [email protected]

2 - Pesquisador Científico, Msc., da AgênciaPaulista de Tecnologia dos Agronegócios -APTA - Pólo Regional da Alta Mogiana,Colina/SP E-mail: mticelli@ aptaregional.sp.gov.br

3 - Doutor, do Instituto Agronômico deCampinas (Centro de Solos e RecursosAmbientais) – IAC, Campinas/SP. E-mail:[email protected]

Foto da implantação de experimento com Azospirillum em milhoFoto da implantação de experimento com Azospirillum em milhoFoto da implantação de experimento com Azospirillum em milhoFoto da implantação de experimento com Azospirillum em milhoFoto da implantação de experimento com Azospirillum em milho(CEC-Campinas /SP) .(CEC-Campinas /SP) .(CEC-Campinas /SP) .(CEC-Campinas /SP) .(CEC-Campinas /SP) .

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e predadores podem tam-bém afetar a nodulação e/ou a fixação do nitrogêniode leguminosas junto àsvastas variedades de estirpesde rhizobium (KAMICKERe BRILL, 1986). Na soja, porse constituir numa legumi-nosa introduzida e uma daspoucas espécies que seassociam com Bradyrhi-zobium japonicum, é poucoprovável a ocorrência natu-ral dessa bactéria em solosbrasileiros, havendo, entre-tanto, possibilidades de quealgumas das estirpes intro-duzidas no solo, juntamentecom as sementes ou atravésde inoculação artificial,sobrevivam e se “natu-ralizem” (LIMA et al., 1998).

Em condições de campo, a formaçãode nódulos, poderá ser visualizada apartir da emergência (VE), entretantosomente nos estádios de desenvolvimentoV2 e V3 é que a fixação de nitrogêniotorna-se mais ativa. Após isso, o númerode nódulos formados e a quantidade denitrogênio fixada aumenta aproxima-damente até o estádio R5.5, quandodiminui bruscamente. Para verificação seos nódulos estão fixando nitrogênioativamente para a planta, deve-se obser-var se internamente os mesmos apre-sentam coloração rosa ou vermelha,porém, quando se encontram brancos,marrons ou verdes provavelmente afixação de nitrogênio não está ocorrendo(POTAFOS, 2006).

Considerando a cultivo do milho,sabe-se que o rendimento é o resultadodo potencial genético da semente, dascondições edafoclimáticas, do local desemeadura e do manejo adotado nalavoura.

Deste modo, na moderna agricultura,para se alcançar rendimentos máximosnos cultivos de cereais, como o milho,são necessárias abundantes quantidadesde fertilizantes, especialmente também osnitrogenados.

O grande interesse na fixação bioló-gica em gramíneas é devido à maior faci-lidade de aproveitamento de água dasmesmas em relação às leguminosas, pelamaior efetividade fotossintética. As gra-míneas apresentam um sistema radicularfasciculado, tendo vantagens sobre osistema pivotante das leguminosas paraextrair água e nutrientes do solo; e por

serem as gramíneas largamente utilizadascomo alimento pelo homem. Por isso,mesmo que apenas uma parte donitrogênio pudesse ser fornecida pelaassociação com bactérias fixadoras, àeconomia em adubos nitrogenados seriaigual ou superior àquela verificada comas leguminosas que podem ser auto-suficientes em nitrogênio(DÖBEREINER, 1992).

Nos últimos 20 anos foram feitasdescobertas sobre o potencial das bacté-rias diazotróficas microaeróbias, do gêne-ro Azospirillum, fixadoras de nitrogênioatmosférico, quando em vida livre(BODDEY e DÖBEREINER, 1995) asquais, quando associadas à rizosfera dasplantas podem, contribuir com a nutri-ção nitrogenada dessas plantas, tor-nando-se alvo de estudo por parte depesquisadores em biologia e fertilidade dosolo. Assim sendo, o manejo correto dessapossível associação Azospirillum spp -Milho poderá resultar em incrementosde produtividade e em diminuição doscustos de produção, principalmente daaquisição de fertilizantes nitrogenados(OKON e VANDERLEYDEN, 1997) quesão de uso intensivo na cultura do milho.

Essas bactérias, em regiões tropicais esubtropicais, ocorrem em números entre103 a 106 por grama de solo, e em númerosainda maiores na superfície de raízes decereais e gramíneas forrageiras(DÖBEREINER et al., 1990).

O efeito da bactéria Azospirillum spp.no desenvolvimento do milho e emoutras gramíneas, tem sido pesquisado,não somente quanto ao rendimento dasculturas mas, também, com relação às

causas fisiológicas que,possivelmente, aumentamesse rendimento. De acor-do com Muñoz-Garcia etal. (1991) a inoculação dassementes de milho comAzospirillum brasiliensecepa UAP 77, promoveuaumento na matéria secade raízes, da ordem de 54a 86% e de 23 a 64% namatéria seca da parteaérea. Por sua vez, Salo-mone e Döbereiner (1996)avaliando a resposta devários genótipos de milhoà inoculação de quatroestirpes de Azospirillumspp. isoladas na Argentinae três de raízes de sorgo emilho isoladas no Brasil,

constataram aumento de peso de grãos,variando em diferentes genótipos, daordem de 1.700 a 7.300 kg/ha; contudo,tais resultados são bastante influenciadospelas condições de solo, ambiente egenótipos de planta. Didonet et al. (1996)mencionam que são muitas as evidênciasde que a inoculação das sementes demilho com Azospirillum brasilense sejaresponsável pelo aumento da taxa deacúmulo de matéria seca, principalmentena presença de elevadas doses denitrogênio, o que parece estar relacionadocom o aumento da atividade das enzimasfotossintéticas e de assimilação denitrogênio.

Okon e Vanderleyden (1997) base-ando-se em dados acumulados durante22 anos de pesquisa com experimentosde inoculação a campo, concluem que ogênero Azospirillum spp. promoveganhos em rendimento em importantesculturas nas mais variadas condições declima e solo; contudo, salientam que oganho com Azospirillum spp. vai maisalém do que simplesmente auxiliar nafixação biológica do nitrogênio, inter-ferindo também no aumento da super-fície de absorção das raízes da planta e,conseqüentemente, no aumento dovolume de substrato do solo explorado.Tal constatação é justificada pelo fato dainoculação modificar a morfologia dosistema radicular, aumentando nãoapenas o número de radicelas, mas, tam-bém, o diâmetro médio das raízes lateraise adventícias. Pelo menos parte, ou talvezmuitos desses efeitos de Azospirillum spp.nas plantas, possam ser atribuídos àprodução, pela bactéria, de substâncias

Foto da avaliação (sistema radicular) de experimento comFoto da avaliação (sistema radicular) de experimento comFoto da avaliação (sistema radicular) de experimento comFoto da avaliação (sistema radicular) de experimento comFoto da avaliação (sistema radicular) de experimento comAzospirillum em milho (Pólo Regional de DesenvolvimentoAzospirillum em milho (Pólo Regional de DesenvolvimentoAzospirillum em milho (Pólo Regional de DesenvolvimentoAzospirillum em milho (Pólo Regional de DesenvolvimentoAzospirillum em milho (Pólo Regional de DesenvolvimentoTecnológico dos Agronegócios da Alta Mogiana, Colina/SP).Tecnológico dos Agronegócios da Alta Mogiana, Colina/SP).Tecnológico dos Agronegócios da Alta Mogiana, Colina/SP).Tecnológico dos Agronegócios da Alta Mogiana, Colina/SP).Tecnológico dos Agronegócios da Alta Mogiana, Colina/SP).

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promotoras de crescimen-to, entre elas auxinas,giberilinas e citocininas, enão somente a fixaçãobiológica de nitrogênio.

Em resumo, para ou-tras plantas não-legumi-nosas (exemplo: milho)estudos também mostra-ram associações com bac-térias fixadoras de nitro-gênio, embora, não haven-do a formação de nóduloscomo acontece nas legumi-nosas, entretanto, o inte-ressante é direcionar estu-dos relativos à melhor assi-milação do nitrogênio.

Nestas plantas, ocorre acolonização da superfíciee/ou interior das raízes einterior da parte aérea por bactérias dosolo que fixam nitrogênio do ar edisponibilizam as plantas.

Neste campo, os resultados de seleçãode estirpes inoculantes ainda nãoatingiram níveis tão elevados quanto à

simbiose em leguminosas.Ainda assim, existem paco-tes tecnológicos, utilizandovariedades de plantas eestirpes bacterianas eficien-tes, que podem suprir maisde 50% do nitrogênio ne-cessário à planta, devido àmaior facilidade de assimi-lação do nitrogênio.

Entre os aspectos quedevem merecer atenção dospesquisadores, ressalta-se aseleção de estirpes adaptadasàs condições locais e às cul-turas e cultivares usadas emcada região, sendo neces-sário testar se as estirpes deAzospirillum, selecionando-se aquelas mais adaptadas àssituações de clima e do

manejo de culturas, para possívelrecomendação em um produto comer-cial.

Foto de avaliação (sistema radicular) de experimento comFoto de avaliação (sistema radicular) de experimento comFoto de avaliação (sistema radicular) de experimento comFoto de avaliação (sistema radicular) de experimento comFoto de avaliação (sistema radicular) de experimento comBradyrhizobium em soja (Pólo Regional de DesenvolvimentoBradyrhizobium em soja (Pólo Regional de DesenvolvimentoBradyrhizobium em soja (Pólo Regional de DesenvolvimentoBradyrhizobium em soja (Pólo Regional de DesenvolvimentoBradyrhizobium em soja (Pólo Regional de DesenvolvimentoTecnológico Alta Mogiana – Colina/SP).Tecnológico Alta Mogiana – Colina/SP).Tecnológico Alta Mogiana – Colina/SP).Tecnológico Alta Mogiana – Colina/SP).Tecnológico Alta Mogiana – Colina/SP).

AERF organiza com sucesso 1º Congresso TecnológicoAERF organiza com sucesso 1º Congresso TecnológicoAERF organiza com sucesso 1º Congresso TecnológicoAERF organiza com sucesso 1º Congresso TecnológicoAERF organiza com sucesso 1º Congresso TecnológicoA AERF - Associação dos Enge-

nheiros, Arquitetos e Agrônomos deFranca e Região organizou combrilhantismo, de 1º a 5 de outubro, emFranca (SP), o 1º Congresso Tecnológicoe Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

Para os profissionais de agronomia,o congresso trouxe o Dr. Bernardo vanRaij, pesquisador do IAC, que proferiupalestra sobre “Revolução Verde eAgricultura Sustentável”. Tambémcontribuiram para o tema agriculturadurante o congresso, os engº agrônomosCláudio Pinheiro da Silva e FábioVinicius Palma Klokner, do InstitutoBiosistêmico, de Londrina (PR), queproferiram palestra sobre “Crédito deCarbono”.

Os agrônomos Cláudio Pinheiro (IBS), Edson do Couto Rosa eOs agrônomos Cláudio Pinheiro (IBS), Edson do Couto Rosa eOs agrônomos Cláudio Pinheiro (IBS), Edson do Couto Rosa eOs agrônomos Cláudio Pinheiro (IBS), Edson do Couto Rosa eOs agrônomos Cláudio Pinheiro (IBS), Edson do Couto Rosa eFábio Klokner (IBS)Fábio Klokner (IBS)Fábio Klokner (IBS)Fábio Klokner (IBS)Fábio Klokner (IBS)

Os agrônomos Pláucio Figueiredo (Cocapec) e o Dr.Os agrônomos Pláucio Figueiredo (Cocapec) e o Dr.Os agrônomos Pláucio Figueiredo (Cocapec) e o Dr.Os agrônomos Pláucio Figueiredo (Cocapec) e o Dr.Os agrônomos Pláucio Figueiredo (Cocapec) e o Dr.Bernardo van Raij (IAC)Bernardo van Raij (IAC)Bernardo van Raij (IAC)Bernardo van Raij (IAC)Bernardo van Raij (IAC)

Os agrônomos Jacinto Chiareli Junior (Prefeitura de Franca), Alex RodriguesOs agrônomos Jacinto Chiareli Junior (Prefeitura de Franca), Alex RodriguesOs agrônomos Jacinto Chiareli Junior (Prefeitura de Franca), Alex RodriguesOs agrônomos Jacinto Chiareli Junior (Prefeitura de Franca), Alex RodriguesOs agrônomos Jacinto Chiareli Junior (Prefeitura de Franca), Alex RodriguesKobal (vice-presidente da AERF) e Welson Roberto (DEPRN-Franca)Kobal (vice-presidente da AERF) e Welson Roberto (DEPRN-Franca)Kobal (vice-presidente da AERF) e Welson Roberto (DEPRN-Franca)Kobal (vice-presidente da AERF) e Welson Roberto (DEPRN-Franca)Kobal (vice-presidente da AERF) e Welson Roberto (DEPRN-Franca)

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De origem européia, a oliveirafoi trazida ao Brasil por imigranteshá quase dois séculos, mas somentena década de 50 foi introduzida noSul de Minas Gerais.

Sem uma produção própria deazeitonas e azeite de oliva, o Brasiltornou-se dependente da impor-tação para abastecimento interno.Para reverter esse quadro, a EPA-MIG, através da Fazenda Experi-mental de Maria da Fé, desenvolvetrabalhos de pesquisa e cultivo dasoliveiras, que já apresentam resultadosbastante satisfatórios.

Os estados do Sul do Brasil apresen-tam microclimas favoráveis ao cultivoda oliveira. Em Maria da Fé, MG, quepossui condições semelhantes ao Sul dopaís, duas variedades têm-se destacadonas pesquisas: a ‘Grapollo’, destinada àextração de óleo, e a ‘Ascolana’, paraprodução de azeitonas de mesa.

Essas variedades, dentre as 37trabalhadas, são as que apresentammaior produtividade e melhor adapta-ção ao clima da região.

Característica de clima temperadoquente, a oliveira é uma planta quenecessita de baixas temperaturas noperíodo que antecede a floração paraque se obtenham resultados satisfatóriosna produção. Para o pesquisador LuizEugênio Santana de Mattos (EPAMIG),temperaturas de inverno com médiasentre 8 e 10ºC, altitudes que variamentre 200 e 1.300 metros e regime dechuvas superior a 800 mm são sufi-cientes para produções econômicas. OpH do solo, que deve ser superior a 5,5,também interfere na qualidade daprodução, principalmente do azeite.

Mudas com qualidadeMudas com qualidadeMudas com qualidadeMudas com qualidadeMudas com qualidade

Cada muda de oliveira é vendida naFazenda Experimental a R$ 15,00,devendo ser encomendada com, nomínimo, 18 meses de antecedência. LuizEugênio justifica esse prazo com a pró-pria característica da oliveira: “a culturaproduz por muitos anos, mas o desen-volvimento inicial da planta é lento”.

Somente após quatro anos de plantioé que as mudas tornam-se produtivas.Podem ser plantadas em qualquerépoca do ano, preferencialmente noperíodo chuvoso. O plantio realizado

Pesquisa da Epamig garante produção de azeitonasPesquisa da Epamig garante produção de azeitonasPesquisa da Epamig garante produção de azeitonasPesquisa da Epamig garante produção de azeitonasPesquisa da Epamig garante produção de azeitonas

no período seco necessita de irrigação atéo completo “pegamento” da muda, o queaumenta os custos da produção. Já a co-lheita é realizada em janeiro e fevereiro,após o completo desenvolvimento dosfrutos.

As azeitonas podem ter dois destinos.De acordo com as características de cadavariedade, a produção se destina aoconsumo em mesa ou à extração do óleode oliva. De acordo com Luiz Eugênio,as azeitonas destinadas à mesa devem sercolhidas manualmente, evitando“machucaduras”, que são prejudiciais aocurtimento.

As destinadas à extração de azeite,devem ser colhidas após a completamaturação, época em que apresentammaior percentual de óleo.

Uma advertência com relação àsazeitonas diz respeito à impropriedadepara o consumo logo após a colheita.Neste estado, apresentam-se extrema-mente amargas, devendo ser “adoçadas”ou “curtidas” por diferentes processos.

O pesquisador informa que logo apósa colheita, as azeitonas devem ser

submetidas a uma seleção manual(maiores e menores), quan-do seeliminam as defeituosas, as quesofreram ataques de pragas e doen-ças, assim como os resíduos, ramos efolhas vindos do campo.

Em seguida, são acondicionadasem vasilhas de plástico onde serãosubmergidas em solução de hidró-xido de sódio. Luiz Eugênio alertaque a concentração dessa soluçãovaria para cada local e variedade.

Condições adequadas aliadas àtecnologia proporcionam uma exce-lente produção de azeitonas. Cada oli-veira é capaz de produzir de 80 a 100quilos de frutos por safra. O pesquisadorressalta que a pesquisa iniciada pelaEPAMIG é inédita no país e pode geraruma grande oportunidade do Brasilinvestir na cultura da oliveira.

Processamento das azeitonasProcessamento das azeitonasProcessamento das azeitonasProcessamento das azeitonasProcessamento das azeitonas

Após a colheita e seleção manual dosfrutos, as azeitonas são submergidas emuma solução de hidróxido de sódio, ondepermanecem de 5 a 10 horas, sendonecessário verificar a reação da soluçãocom a polpa dos frutos em intervalos de1 ou 2 horas.

Realizando cortes transversais emamostras de três ou quatro azeitonas,verifica-se uma mudança de coloraçãoda polpa, de verde-claro para róseo,com aspecto úmido, da parte externapara a interior do fruto.

Antes que a solução penetre até asemente, ou em dois terços da polpa, asazeitonas devem ser retiradas da solu-ção de hidróxido de sódio e subme-tidasà lavagem em água limpa por umperíodo de 15 a 20 dias.

A lavagem é feita preferencialmenteem água corrente, ou trocando-se a águadas vasilhas duas ou mais vezes ao dia.

Após esse período, as azeitonasperdem totalmente o sabor amargocaracterístico dos frutos, tornando-seadocicadas.

Finalmente os frutos podem serarmazenados em vasilhas apropriadas(vidro, plástico ou louça), em soluçãode cloreto de sódio (sal de cozinha) àconcentração de, no máximo, 5%. Nessacondição as azeitonas podem serarmazenadas por um longo período.

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CARACTERÍSTICAS DA OLIVEIRA

• Planta rústica;• Resistente a pragas e doenças;• Necessidade de adubação;• Desenvolvimento inicial lento;• Chega a 8 metros;• Produz, em media 80 a 100 kg de azeitonas por árvore;• Típica de clima frio;• Temperatura ideal: entre 8 e 10 graus;• Altitude ideal: entre 200 e 1300 metros;• Chuvas: superior a 80mm;• Ph do solo: superior a 5,5;• Principais pragas e doenças: Tuberculose da Oliveira, Antracnose da Oliveira, Fumagina, Cochonilhas, Mosca da Oliveira e diversas espécies de formigas.

• Preço Médio da MudaR$15,00

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9º ENCONTRO SOBREPRODUÇÃO DE CAFÉ COMQUALIDADEdias 18 a 20. UFV - ANDEF.Viçosa (MG). INF: (31) 3899-1094.Site: www.ufv.br/cafe

PÓS-GRADUAÇÃO EMOVINOCULTURA DE CORTEdias 19/10 a 11/04/2008.REHAGRO. Belo Horizonte (MG).INF: (31) 3264-0312. Site:www.rehagro.com.br. Email:[email protected]

FEILEITE 2007 - FeiraInternacional da CadeiaProdutiva do Leitedias 30/10 a 03/11. Agrocentro.Centro de Exposições Imigrantes.São Paulo (SP). INF: (11) 5067-6767. Site: www.feileite.com.br.Email: [email protected]

A FAEMG - Federação da Agricul-tura e Pecuária do Estado de MinasGerais e a Secretaria de Estado deAgricultura, Pecuária e Abastecimentolançaram no último dia 21 de setembroo Projeto PIB do Agronegócio Mineiro.Minas é o primeiro Estado a fazer estelevantamento, que servirá para subsidiara formulação de políticas para o setor.A pesquisa está a cargo do Cepea/USP(Centro de Estudos Avançados emEconomia Aplicada da Universidade deSão Paulo).

O PIB do agronegócio total foiestimado em R$ 63,016 bilhões para2007, representando 31% do PIB Totalde Minas Gerais. Entre 2001 e 2007, ataxa de crescimento real foi estimada em4,3% ao ano.

Em relação ao agronegócio nacional,o agronegócio mineiro participa com11%. Dentro do agronegócio, osegmento agropecuário representa 40%;a agroindústria fica com 23%; adistribuição, 30%; e a indústria deinsumos, com 7%.

Federação da Agricultura de MG e Secretaria daFederação da Agricultura de MG e Secretaria daFederação da Agricultura de MG e Secretaria daFederação da Agricultura de MG e Secretaria daFederação da Agricultura de MG e Secretaria daAgricultura lançam PIB do Agronegócio MineiroAgricultura lançam PIB do Agronegócio MineiroAgricultura lançam PIB do Agronegócio MineiroAgricultura lançam PIB do Agronegócio MineiroAgricultura lançam PIB do Agronegócio Mineiro

Quanto à evolução, há diferençasmarcantes entre a criação animal e aprodução vegetal. Entre 2001 e 2007,enquanto o agronegócio da pecuáriacresceu 5,1% ao ano, o da agriculturaaumentou apenas 3,7% anualmente. Emrelação à agregação de valor, o padrãose inverte: enquanto a agroindústria debase agrícola expandiu-se 4,9% ao ano,ou seja, avançou mais na industrialização,a de base pecuária cresceu apenas 0,3%ao ano.

“Dados como esses nos mostram quecaminhos seguir. Vimos, por exemplo,que o processamento na área agrícola émuito maior que na pecuária, o queindica que precisamos trazer maisindústrias de carne para Minas”, assinalao presidente da FAEMG, Roberto Simões.O secretário de Agricultura, GilmanViana, acrescenta que o levantamento doPIB fornece à Secretaria argumentostécnicos na defesa, junto ao governo, deprojetos para o setor.

O PIB do Agronegócio Mineiro é umretrato do conjunto das cadeias

produtivas ligadas à agropecuária e seupeso econômico para Minas Gerais; arelação entre a agropecuária e aagroindústria em termos econômicos; opeso de cada segmento das cadeiasprodutivas (produção primária,agroindústria de insumos e alimentos edistribuição); e o nível de agregação devalor.

É um poderoso instrumento para odesenvolvimento de políticas públicasefetivas orientadas à promoção daagropecuária de forma sustentável ecomo parte essencial das cadeiasprodutivas.

Seu cálculo foi feito pelo Cepea -Centro de Estudos Avançados em Eco-nomia Aplicada), ligado à Esalq/USP -Escola Superior de Agricultura Luiz deQueiroz da Universidade de São Paulo.O Cepea desenvolveu a metodologia decálculo do PIB do agronegócio nacionalem parceria com a CNA - Confederaçãoda Agricultura e Pecuária do Brasil evem acompanhando sua evoluçãodesde então.

Workshop AGROENERGIA:Matérias-Primas

17 a 19 de outubro 2007 - Ribeirão Preto/SP

O Workshop AGROENERGIA: Matérias-Primas, temcomo objetivo fomentar debates e treinamento sobre

as questões do Futuro Energético Sustentável,produção de bioetanol, biodiesel e culturas

agroenergéticas (matérias-primas), com enfoque nasoportunidades para a região e para o meio ambiente.

Local: AEAARP, Rua João Penteado, 2.237,Jardim São Luiz - Ribeirão Preto/SP

As inscrições on-line e Programação através do sitewww.infobibos.com/agroenergia

Contato:Dr. José Roberto Scarpellinie-mail: [email protected]: (16) 2102-1700; (16) 36371091 e (16)36371849

20ª REUNIÃO ANUAL DOINSTITUTO BIOLÓGICO:-Globalização, Riscos eBenefícios para a ProduçãoAgropecuáriadias 05 a 09. IB - ANDEF. SãoPaulo (SP). INF: Site:www.infobibos.com/raib2007/raib.htm

WORKSHOP SOBRE ADEQUAÇÃOAMBIENTAL E TÉCNICAS DERECUPERAÇÃO DE ÁREASDEGRADADASdias 12 a 13. FEALQ. Pavilhão daEngenharia da Esalq/USP.Piracicaba (SP). INF: Site:www.fealq.org.br. Tel. (19) 3417-6604

SEMINÁRIO DA PESQUISA EMHORTALIÇASdias 19 a 23. APTA. Centro AptaCitros Sylvio Moreira. Campinas(MSP). INF: (19) 3546-1399.

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