Edição 100

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Director: Joaquim Santos • Propriedade: INFORLETRA - Edição e Publicação de Jornais, Lda. Edição nº 100 de 6 Abril de 2008 • Ano VIII • 1,50 Euros Autorização nº DE01622007MPC Mensário Informativo da Freguesia de Colmeias Rua Central, nº 3606 - Eira Velha 2420-205 Colmeias Telefone/Fax: 244 721 747 [email protected] www.noticiasdecolmeias.com Edição 100: os testemunhos Quisemos ouvir algumas vozes de personalidades e da popula- ção em geral sobre o que foi o jornal durante estes mais de oito anos de actividade. página 5 a 9 Peregrinação: Colmeias em Fátima Sobe a orientação do nosso Pároco, Rev. Pe. João Feliciano, a nossa Paróquia peregrinou para o Santuário de Fátima. Página 13 Em Colmeias: Assembleia Municipal Colmeias acolheu um acontecimento inédito na sua história política. O corpo da Assembleia Municipal de Leiria reu- niu na sede da Junta de Freguesia de Colmeias pela primeira vez, trazendo à terra uma amostra democrática de des- centralização. Página 15 Entrevista: Paulo Coelho Natural de Moçambique, Paulo Coelho tem 34 anos e há cator - ze anos que vive em Leiria. Ca- sado e pai de uma filha com 7 anos, é director de progra- mas da Central FM. Página 10 e 11 edição

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Director: Joaquim Santos • Propriedade: INFORLETRA - Edição e Publicação de Jornais, Lda.

Edição nº 100 de 6 Abril de 2008 • Ano VIII • 1,50 Euros

Autorização

nº DE01622007MPC

Mensário Informativoda Freguesia de ColmeiasRua Central, nº 3606 - Eira Velha2420-205 ColmeiasTelefone/Fax: 244 721 747

[email protected]

Edição 100: os testemunhos

Quisemos ouvir algumas vozes de personalidades e da popula-ção em geral sobre o que foi o jornal durante estes mais de oito anos de actividade.

página 5 a 9

Peregrinação: Colmeias em FátimaSobe a orientação do nosso Pároco, Rev. Pe. João Feliciano, a nossa Paróquia peregrinou para o Santuário de Fátima.

Página 13

Em Colmeias: Assembleia MunicipalColmeias acolheu um acontecimento inédito na sua história política. O corpo da Assembleia Municipal de Leiria reu-niu na sede da Junta de Freguesia de Colmeias pela primeira vez, trazendo à terra uma amostra democrática de des-centralização.

Página 15

Entrevista: Paulo Coelho

Natural de Moçambique, Paulo Coelho tem 34 anos e há cator-

ze anos que vive em Leiria. Ca-sado e pai de uma filha com 7 anos, é director de progra-mas da Central FM.

Página 10 e 11 edição

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www.noticiasdecolmeias.com2 notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008

Surgimos com um novo

design gráfico que esperamos seja do agrado dos milhares de leitores do NOTÍCIAS DE COLMEIAS

O mensário informativo NOTÍCIAS DE COLMEIAS assinala neste mês de Abril a edição nº 100. Embora tenha ha-vido o jornal número zero que nos reme-te a centésima edição para o nº 99, não quisemos deixar em claro este número tão significativo que aparece na capa do nosso periódico: 100.

Este marco histórico do jornal de Colmeias retrata oito anos e quatro me-ses de um serviço da comunicação social no concelho de Leiria, cumpridos com muitas histórias durante todo o seu per-curso. Muitas pessoas passaram por esta casa. Leitores, alunos de vários estabele-cimentos de ensino, empresários, perso-nalidades públicas, peregrinos, cidadãos

que desejavam recolher informações so-bre a nossa terra, entre outras personali-dades que conheceram a fundo o nosso projecto jornalístico em Colmeias.

Ao longo deste tempo conhecemos dificuldades mas também materializá-mos sonhos, trabalhámos e fizemos his-tória, formámos e informámos.

Muitos dos colaboradores deste pe-riódico tornaram-se mais Homens des-de que escolheram o mensário de Col-meias como um dos pólos aglutinadores das suas colaborações cívicas. Esse facto honra-nos veemente e é inegável. Encon-traram no jornal a forma de poderem co-laborar como jornalistas mas também encontraram aqui algumas das saídas

profissionais e ampliadas experiências da vida social.

Neste momento marcante da his-tória do mensário Colmeense surgimos com um novo design gráfico que espera-mos seja do agrado dos milhares de lei-tores do NOTÍCIAS DE COLMEIAS. Com mais esta meta cumprida, apraz-me re-gistar que apresentámos muita histó-ria de Colmeias mas também nos inseri-mos nela. Ou seja, narramos a história de uma comunidade de muitos séculos mas também nos incluímos em muitos dos importantes momentos, orgulhosamen-te registados nestes mais de oito anos de jornalismo.

Um obrigado a todos…

Joaquim Santos [email protected]

Número 100 da história

ficha técnicaDirector: Joaquim Santos (Carteira Profissional nº 7731)

Apoio EditorialClara Silva

RedacçãoPatrícia Pascoal José CarlosCecília CardosoSandra Duarte

RevisãoAlice Dionísio, Teresa Morgado

IlustraçõesVítor Ferreira

FotografiaAires Portela

Design Gráficopauloadriano.com | criacionario.pt

Redacção e AdministraçãoRua Central, nº 3606Eira Velha - 2420-205 Colmeiastel. / fax 244 721 747

Departamento ComercialPatrícia Santos

Internetwww.noticiasdecolmeias.com

[email protected]

Apoio InformáticoGilberto Santos

Propriedade/EditorInforletra - Rua das Bouças, 12Valongo - 2420-225 Colmeias

Detentores de mais de 10% de capitalJoaquim Manuel Alves dos Santos,Cristina Isabel Oliveira A. Santos

FotolitosRenner Infografia - Leiria

ImpressãoQuilate - Albergaria dos Doze

Edição ElectrónicaPaulo Mendes

Nº de Registo Pessoa Colectiva:504 655 191

Nº de Registo Título: 123431

Depósito Legal: 144032/99

Tiragem: 1.550 exemplares

DR

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notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008 3

Em jeito de explicação para o novo grafismo do Notícias da Colmeias...

A imagem comunica quem somosA afirmação recorrente de que uma

imagem vale por mil palavras, significa muito mais do que aquilo que geral-mente lhe atribuímos. Hoje, mais do que nunca, a imagem é um factor decisivo nas escolhas pessoais. As nossas deci-sões são, na maior parte das vezes, fun-damentadas, mesmo que inconsciente-mente, na aparência que têm os nossos interlocutores, sejam eles objectos ou pessoas: temos tendência para aprovar ou reprovar uma pessoa “à primeira vis-ta”. No primeiro contacto com qualquer objecto, o processo de aprovação/repro-vação situa-se ao nível do sentido da vi-são. Gostamos das “coisas belas” e das “pessoas boni-tas”. Rudolf Arnheim, na sua obra Visual Thinking, chega a afirmar que não parece exis-tir nenhum processo de pen-sar que, pelo menos no início, não dependa da percepção; a percepção visual é pensamen-to visual.

Nas relações comerciais, esta premissa tem bastante importân-cia. O que nos leva a optar por determi-nada marca é, em primeiro lugar, a ima-gem que temos dela ou que alguém nos fez passar. Não é de estranhar, portan-to, que se dê tanta importância à cha-mada “logomarca” ou “logótipo”.

Um logótipo, uma vez assumido como a imagem identificadora de um grupo, autonomiza-se e passa a existir materialmente como se fosse, também ele, portador de um corpo. Assim encor-pado e incorporado, o logótipo existirá, a partir daí, como um ser, nomeado, é certo, mas com uma existência relativa-mente autónoma.

No estudo de um logótipo, a exe-cução de esquissos fornece objectos de observação que, em sucessivas etapas representam ideias que criam realida-des e que permitem pensar visualmen-te. Dos esquissos nascem sentidos pos-

síveis, ligações virtuais, onde imagem e pensamento se confundem.

Os primeiros pensamentos visuais procuraram estabelecer relações entre o olhar e o ver, entre o pensar, o sentir e o fazer.

Uma marca estabelece laços emo-tivos. As pessoas apaixonam-se pelas marcas, confiam nelas. Boas marcas constroem grandes empresas. A identi-dade da marca é a sua expressão visual e verbal. Ela representa, sintetiza e sus-tenta um empreendimento ou um pro-duto. É a forma mais curta e rápida de comunicação disponível. Começa pelo

nome, e depois transforma-se numa po-derosa ferramenta de comunicação, em aplicações multidisciplinares. A identida-de da marca aumenta o reconhecimen-to e deve ser uma expressão autêntica da organização, da sua visão, objectivos, valores e personalidade. O desenho e as mensagens devem reflectir o que a em-presa é e o que ela se quer tornar.

Um jornal com marca

Ao aceitarmos redesenhar o Notí-cias de Colmeias (NC) na sua centésima edição, constatámos estar diante de um produto já com uma marca implanta-da na região com provas dadas em di-versos níveis. Seria, portanto, uma tare-fa dificultada pelo risco de poder deitar por terra o que a imagem anterior tinha construído. Nesse sentido, o nosso tra-balho haveria de passar por uma actua-

lização do NC às linhas mais modernas a fim de não criar o desgaste que é provo-cado pelas variações das tendências.

Redesenhar o logótipo

A primeira fase foi a reconstrução do logótipo. Aproveitámos as linhas do an-terior, limámos as arestas e arredondá-mos os motivos. A simbologia permane-ceu por transmitir de forma imediata a óbvia ligação à localidade a que se re-fere: Colmeias. Feito o desenho, “aque-cemos” um pouco a cor, optando por uma cor quente e moderna.

O “lettering” da marca submeteu-se à mesma lógica de mudança: poucas arestas, simplicidade suave e, simultane-amente, robustez a marcar uma presen-ça forte e assertiva.

Letras no sítio certo

Se desenhar um logótipo é um pro-cesso autónomo que requer uma dose de criatividade à qual não pode faltar o bom gosto que depende de muitos fac-tores e circunstâncias do momento, já o criar o desenho/aspecto de todo um jor-nal carece de uma muito bem pondera-da conjugação de factores. Aqui, a esco-lha da letra tem um peso muito impor-tante. Do nosso ponto de vista, o mais importante, já que tem de ser simulta-neamente “agradável à vista” e, portan-to, actual, e leiturável (termo criado da palavra inglesa readability, que resumi-

damente significa facilidade de leitura). Ou seja, deve facilitar ao leitor a sua ta-refa: ler. Explicando mais tecnicamente: a leiturabilidade refere-se ao aspecto ge-ral de como o tipo de letra é compos-to numa coluna de texto. Tem em con-ta factores como o corpo, a entrelinha, a largura da linha, etc. A leiturabilidade é, no fundo, uma espécie de legibilida-de. Enquanto a legibilidade propriamen-te dita, diz respeito a cada letra em par-ticular, a leiturabilidade, por outro lado, refere-se a um grupo de letras, sendo, por assim dizer, a legibilidade do texto corrido.

Para o NC escolhemos utilizar dois tipos de letra: um serifado e outro não serifado. O critério de uso dos dois tipos escolhidos - e que o leitor pode confir-mar percorrendo as páginas que se se-guem - tem a ver com os próprios conte-údos. Salvo excepções, o texto não seri-fado será usado em conteúdos informa-tivos, ao passo que as serifas serão uma constante de textos opinativos.

Outro aspecto que achamos impor-tante num jornal são as zonas brancas, isto é, aqueles espaços que não contém nem gráficos/imagens, nem conteúdo de texto. Embora possam parecer espa-ço desperdiçado, elas são bastante im-portantes por diversas razões: ajudam o leitor a descansar e a direccionar o seu olhar no sentido da lógica textual e con-fere ao jornal a leveza necessária para ajudar a criar empatia com o leitor.

Boa leitura!

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www.noticiasdecolmeias.com4 notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008

Da ideia à prática e depois a consolidação de um projecto jornalístico em Colmeias. Podemos resumir que os três passos referidos atrás estão cumpridos. O nº 100 do jornal Colmeense aí está, a provar que cresceu, consolidou os propósitos que se submeteu, atingindo os seus objectivos.

O mensário NOTÍCIAS DE COLMEIAS durante estes mais de oito anos de actividade jornalística ininterrupta, foi mais que um jornal. Ao longo destas edições foram feitas exposições culturais com várias temáticas, realizaram-se espectáculos, promoveram-se sensibilizações ambientais e educacionais junto de alunos, es-tabeleceram-se protocolos com estabelecimentos de ensino, edi-taram-se livros, houve participação com bastante êxito em con-cursos de jornalismo de âmbito nacional, ensinou-se jornalismo aos colaboradores e alguns estagiários e garantiu-se o acesso à informação na freguesia de Colmeias e além fronteiras.

Na primeira linha do NOTÍCIAS DE COLMEIAS esteve sempre a informação. Investigámos junto de muitos emissores e narrá-mos histórias de outrora e também da actualidade.

As descobertas jornalísticas foram muitas. Um número ex-pressivo de leitores é coleccionador de todas as edições do men-sário de Colmeias e são eles próprios que quando visitam a sede do jornal afirmam que quando desfolham todos os números, contemplam uma panóplia de informação que se perpetuará na história local. Não fosse o mensário de Colmeias e grande parte

da informação produzida nestes últimos oito anos seria irreme-diavelmente perdida.

Quisemos ouvir algumas vozes de personalidades e da po-pulação em geral sobre o que foi o jornal durante estes mais de oito anos de actividade. Apresentamos a seguir, de consciência tranquila, algumas opiniões que expressam o sentimento sobre o NOTÍCIAS DE COLMEIAS.

Um número com simbolismo especial

Nº 100 das memórias

Cem números! Sem desfalecimentos! O “Notícias das Colmeias” é

uma construção notável, de mui-to querer, de muito esforço e de muita vontade de informar os que estão na terra e de chegar aos que estão fora!

É obra! Chegar ao patamar que já chegou, com o reconheci-mento da qualidade e do extraor-dinário número de exemplares por tiragem, é muito! Mas assim, vale a pena!

Estão de parabéns os Colme-enses porque sem eles o jornal não existiria. Porque é, antes do mais,

feito para eles porque são eles que o querem.

Está de parabéns a equipa de trabalho e em especial o director, porque vêem na continuidade, neste longo tempo de publica-ção, o reconhecimento do seu trabalho.

Estamos todos de para-béns, porque sabemos mais e melhor das Colmeias, do que foi ontem, do que é hoje e do que será amanhã. Tam-bém assim se faz História!

Acácio SousaDirector do Arquivo Distrital de Leiria

DR

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notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008 5

100 edições de um mensário

O poder da informação em ColmeiasLurdes BredaEscritora

O jornal “Notícias de Col-meias” comemora, neste mês de Abril, cem edições de exis-tência! E, por analogia, tal como acontece com qualquer outra coisa, o número cem, conduz a uma meditação, a um balanço, acerca do caminho percorrido.

O regozijo que esta data invoca, faz com que focalizemos a nossa atenção na conquista dos degraus, até aqui, alcança-dos; mas, também, numa série de consi-derações, as quais julgo, fundamentais, para uma melhor contextualização desta efeméride.

Vivemos hoje, sem sombra de dúvida, numa sociedade dominada pelo poder da informação. Este facto prende-se, sobretu-do, com o enorme desenvolvimento tec-nológico, produzido pelo século XX, alia-do a uma nova cultura de saberes. A cen-tralidade que a informação conquistou, in-flui directamente sobre o comportamento humano, quer seja a nível social, político, económico ou cultural.

Indício da, cada vez mais ampla, de-mocratização da sociedade — com o res-peito pelas liberdades individuais e a cres-cente intervenção dos cidadãos na toma-da de decisões, envolvendo uma notável mudança nos actos de cidadania — está a própria democratização da informação — na forma dos inúmeros canais capazes de veicular essa mesma informação e, tam-bém, nos seus conteúdos. Tal pluralidade de conceitos, ideias e recursos, traduz-se numa maior interconectividade entre os ci-dadãos e as instituições, num menor sin-cronismo dos hábitos implantados e, ain-da, numa decrescente formalidade nas re-

lações interpessoais. Associada a esta demo-

cratização, existe uma acen-tuada melhoria da qualidade de vida. Pois, com base numa informação mais abrangente, e através dos diversos meios ao seu dispor, os cidadãos po-dem denunciar injustiças e rei-vindicar medidas que levem à

resolução de diferentes problemas sociais. É certo que, com a transformação que

a passagem de átomos para bits trouxe, as tecnologias da informação e da comuni-cação geraram uma multiplicidade de no-vas ofertas — privilegiando a interactivida-de e, por conseguinte, remetendo para o global —, muitas vezes, em detrimento de meios seculares. No entanto, é perfei-tamente possível conciliar a modernidade dos meios agora disponíveis, com hábitos há muito enraizados na sociedade.

Neste contexto, a imprensa escrita, no-meadamente a produção de jornais em for-mato de papel (actualmente, a par com a sua digitalização na Internet), continua a ter um lugar de destaque junto das comunidades e dos cidadãos em geral. Reflecte um universo

de práticas ancestrais ligadas à leitura, à escri-ta e à informação, enquanto força transfor-madora das nações e das massas.

Não se pode olvidar a importância que, ao longo dos anos, a imprensa escri-ta tem tido: na política (na defesa os ideais democráticos), na justiça, saúde e educa-ção (no esclarecimento dos cidadãos), na economia (com peso no sector económi-co) e na cultura (através de vários escritores e intelectuais). É, por isso, um elemento so-cialmente relevante, tanto nas nações tec-nologicamente evoluídas, quanto nas na-ções periféricas.

Essa universalidade advém, em primei-

ro lugar, do modo totalizante e largamente divulgado, conferido aos sinais e às regras da escrita e da comunicação. É isso que, independentemente do estatuto social e cognitivo de qualquer cidadão, faz um jor-nal ser tão acessível. Todavia, o conceito de universal, no que respeita aos jornais, pas-sa, igualmente, pela sua implementação a nível local, regional e nacional — difundi-dos, com maior ou menor sucesso — à es-cala mundial.

Numa altura em que se exigem refle-xões éticas — sobre a ciência e a técnica, a padronização das relações humanas, a perda de identidade, associada aos valores étnicos, patrimoniais, históricos, culturais e religiosos — os jornais, particularmente os regionais, desempenham uma função es-sencial, na promoção e na afirmação de muitos dos usos e costumes, das localida-des onde se inserem.

O mensário “Notícias de Colmeias” não é excepção. Desde há cerca de oito anos que, fazendo uso da palavra livre e demo-crática, são várias as pessoas a, nas suas pá-ginas, poderem expressar-se, relativamente aos mais variados assuntos.

Fruto do desejo voluntarioso do Joa-

quim Santos, e do prestimoso apoio de to-dos aqueles que com ele têm colaborado, este mensário renasceu com o intuito de possibilitar, não só aos residentes na fregue-sia de Colmeias, mas, também àqueles que se encontram espalhados por outros conti-nentes, o encontro com as suas raízes.

É, por isso, que a centésima edição do “Notícias de Colmeias” leva a uma breve reflexão acerca do seu percurso e dos seus objectivos fundamentais.

A prestação de um serviço de utilida-de pública, com rigor e imparcialidade, na informação às populações e o seu enrique-cimento cultural, são a base sustentável

para uma série de características secundá-rias (mas, não menos indispensáveis).

Mensalmente, os leitores são confron-tados com artigos que explanam acerca das carências e das valias da sua região. Tomam conhecimento de assuntos relacio-nados com áreas tão distintas como são a política, a saúde, a economia, a justiça e a cultura, nas suas variadas expressões: a et-nografia, o folclore, exposições temáticas, concertos, música, dança e a divulgação de obras literárias.

Durante as cem edições do “Notícias de Colmeias”, o compromisso com a isen-ção e com a verdade (frequentemente pa-radigmática) levou, por vezes, ao confron-to de ideias, gerando alguma emotividade. Houve alguma discordância e contrarieda-des. Em contrapartida, também se colhe-ram simpatias e se cimentaram amizades. Brotaram ondas de solidariedade. Corre-ram lágrimas. Despertaram-se sorrisos. Descobriram-se ou redescobriram-se os lo-cais, as histórias e as pessoas. O sagrado e profano deram as mãos na religião e na fé. A História, as lendas, o artesanato e as tra-dições ganharam vida. O suor dos rostos trouxe o orgulho no trabalho e nos hábitos

de Colmeias. A voz das gentes saiu do ano-nimato e chegou a diversos sítios de Por-tugal e do estrangeiro. Este mensário tem sido, portanto, um veículo de promoção, por excelência.

Enquanto jornais como este continu-arem a sua cruzada em prol da verdade, da informação, da difusão de valores e de pessoas, jamais o espectro da globaliza-ção, suplantará a identidade cultural pró-pria de cada povo.

Que o “Notícias de Colmeias” possa continuar a ser um preciso testemunho do presente e do passado, a marcar os trilhos do futuro!

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www.noticiasdecolmeias.com6 notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008

Fátima SismeiroPresidente da Junta de Freguesia de Colmeias

Por ocasião da publicação do nº 100 do Notícias de Colmeias é-me so-licitada uma palavra acerca deste men-sário da freguesia.

Ao Notícias de Colmeias cabe a fun-ção de manter acesa a discussão públi-ca sobre os eventos e factos que ocor-rem na freguesia. Tem também vindo a dedicar um espaço à cultura e, pon-tualmente, à espiritualidade religiosa, bem como alguns artigos de opinião.

Infelizmente, a opinião pública, hoje, forma-se no afastamento do ci-dadão do “fórum” do pensamento acerca dos assuntos públicos, ficando reduzido à situação de mero especta-dor, à situação de simples consumidor a quem são fornecidas e administradas opiniões e que pode, quando muito, escolher uma de entre as muitas que lhe são oferecidas (Zippellius) – ficando o ouvinte ou o leitor de forma modesta e cómoda limitado à adesão a uma das orientações expostas.

Um bom jornal deve procurar ele-var os seus destinatários ao digno pa-pel de interlocutor, não o deixando fi-car no de simples consumidor nem o convertendo em objecto de influên-cias mais chegadas às suas tendências

e emoções. Como Colme-ense e Presidente de Jun-ta, penso que o Notícias de Colmeias tem vindo a fazer um importante esforço nes-se sentido.

Uma sã opinião pú-blica, é importante para quem exerce cargos públi-cos – permite-lhe sentir o pulsar dos ci-dadãos, pedindo-se a todos, que sai-bam cultivar um atento discernimento de modo a amadurecer uma sadia ca-pacidade de crítica que se deve estribar sempre no conhe-cimento e no exer-citar do espírito crí-tico que, em verda-deira democracia, nada tem que ver com o “dizer mal por sim” do opinar sem conhecer, do caluniar, tudo sem-pre sob o falso pre-texto do tão acla-mado “direito de crítica”, assim o desvirtuando e subver-tendo de modo grosseiro.

Mas o Notícias de Colmeias é tam-bém um mensário acarinhado pelas gentes de Colmeias, maxime, as que

se encontram longe da sua terra.

Por banda da Junta de Freguesia, aliando a infor-mação útil dos Colmeeses ao apoio a este importan-te órgão de informação da “nossa aldeia”, optou-se pela publicação regular e

onerosa de informação existente, que de outro modo, ficaria desconhecida dos cidadãos, no que o presente men-sário tem um importante contributo.

O seu desenvolvimento ao serviço do bem da comunidade é uma respon-sabilidade de todos e de cada um.

Os laços que possa ter com a eco-nomia, a política, a cultura, a religião devem ser geridos de forma a salva-guardar a dignidade da pessoa, o pri-mado da família e a relação correcta entre os vários sujeitos.

Que o jornal contribua também para a formação apropriada dos jovens no uso responsável e crítico das tecno-logias. Fomente o diálogo e não ali-mente injustiças e conflitos, tendo sem-pre presente que os direitos dos outros criam limites intrínsecos à expressão das opiniões pessoais, criando-se uma opinião pública informada e capaz de discernimento. Tal é o sentido e a voca-ção do nosso “Notícias”.

centésimatestemunhosMensagem do Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Leiria para a 100ª edição do “Notícias de Colmeias”

Vítor LourençoVereador da Cultura

Colmeias pos-sui uma identidade local própria que se impõe pelas inú-meras iniciativas de índole cultural e recreativa que tem organizado, representando o mensário “Notícias de Colmeias” um importante contributo para a divulgação e afirma-ção desta comunidade.

O “Notícias de Colmeias” tem apos-tado num jornalismo de investigação, que tem vindo a revelar-se um projec-to sólido, fruto de muito trabalho e em-penho de uma equipa jovem e dinâmi-ca que demonstra apego às suas raízes, enaltecendo esta freguesia.

Ao longo das 99 edições, este órgão de comunicação da imprensa regional leiriense retratou um conjunto de impor-tantes iniciativas, com destaque para as exposições “Descobrir Colmeias”, “Re-ligião e Colmeias”, “Reencontro com a História”, “Era Jurássica” e “Economia Local”, entre outras, para além de inú-meros suplementos sobre diversas te-máticas, que contaram como o apoio da Câmara Municipal de Leiria.

Este conjunto de realizações consti-tui um incentivo para uma estratégia de desenvolvimento de Colmeias, poten-ciando a auto-estima, o orgulho na sua História e a capacidade no presente para desbravar o futuro.

Manuel VindeirinhoEira Velha

Embora te-nha vivido fora da freguesia de Colmeias porque estive

em França durante 40 anos e regres-sei há pouco tempo, considero que o NOTÍCIAS DE COLMEIAS é um jornal importante para a freguesia. Esta edi-ção 100 é um sinal de crescimento, maturidade e de que os Colmeenses o devem olhar com respeito. Um jor-nal que divulga a informação da ac-tualidade mas também a história. E tudo o que faz parte da antiguidade é importante.

o Notícias de Colmeias é

também um mensário

acarinhado pelas gentes de Colmeias,

maxime, as que se

encontram longe da sua

terra.

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notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008 7

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O Grupo Lagoa felicita o NOTÍCIAS DE COLMEIAS pelo serviço de comunicação social de grande valor para a comunidade Colmeense. O mensário centenário no número das suas publicações ganhou respeito e admiração no panorama do distrito de Leiria. A toda a equipa, ao seu Director, felicitamos pelos inúmeros êxitos e defesa dos valores da terra que o acolheu: Colmeias.

Roussa - Pombal

Page 8: Edição 100

www.noticiasdecolmeias.com8 notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008

centésimaMensagem da Srª Presidente da Câmara Municipal de Leiriapara a 100ª edição do “Notícias de Colmeias”

Na sociedade global, uma das grandes tendências na área dos me-dia é o crescimento da importância da imprensa local, enquanto veícu-lo de desenvolvimento de uma de-terminada região, nas suas diversas vertentes.

Nesta sociedade da informação, torna-se imperioso que os media sejam regidos por princípios éticos com destaque para o rigor e para a imparcialidade.

Neste âmbito, o mensário “Notí-cias de Colmeias”, ao longo das suas 99 edições, partilhou com os seus lei-

tores histórias, reportagens e acon-tecimentos culturais, participando na afirmação da comunidade onde se insere, ao mesmo tempo que tem vindo a contribuir para a criação de uma identidade local própria.

Felicito o “Notícias de Colmeias” pela sua centésima edição e faço vo-tos para que continue a ser um pro-jecto sólido, fruto do trabalho e do empenho de uma equipa dedicada e profissional.

A Presidente da Câmara

Isabel Damasceno Campos

Cláudio JesusAdministrador-delegado da SIMLIS

Não me é possível fa-lar do Jornal NOTÍCIAS DE COLMEIAS sem co-meçar por me referir ao seu Director – Joaquim Santos. Se esta é a 100ª Edição da sua existência enquanto jornal regional, muito se deve (para não dizer quase tudo…) ao labor, empenho, saber e enorme capaci-dade de trabalho do meu amigo Jo-aquim Santos. Na verdade, desde a idealização do projecto NOTÍCIAS DE COLMEIAS, passando pela sua ma-terialização prática, até à construção da grande maioria dos trabalhos jor-nalísticos que foram sendo produ-

zidos mensalmente (al-guns mesmo dignos de jornalismo de investiga-ção) ao longo dos últi-mos 99 meses tudo pas-sou pelas mãos e cabeça do seu Director.

O maior reconhe-cimento que lhe posso

fazer é o de estar grato por existir, pelo projecto e também pela for-ma como os leitores, não só de Col-meias, como também de muitas ou-tras freguesias vizinhas, reconhecem a qualidade do trabalho desenvolvi-do até à data.

Por tudo isso, longa vida ao NO-TÍCIAS DE COLMEIAS e os meus sin-ceros parabéns ao seu Director e de-mais colaboradores.

Luís Miguel FerrazDirector do Jornal da Golpilheira

O 100 é um número redondo, próprio para fa-zer balanços, olhar o pas-sado, medir o futuro. Mas também próprio para fazer festa. Tudo e todos os que marcam a história e o seu tempo têm direito a uma comemoração. É o caso do Notícias de Colmeias.

Não é ainda um cente-nário, mas 100 edições inin-terruptas significam já muito na vida de um jornal men-sal. Muito de trabalho duro, tempo investido, recursos consumidos e, sobretudo, de dedicação persistente à causa da informação local, da promoção cultural e da investigação histórica e so-cial de uma comunidade. Tudo isto se encerra no pro-jecto que, há quase 9 anos, o Notícias de Colmeias abra-çou e desde então tem assu-mido com evidente notorie-dade.

Estão de parabéns aque-les que lhe têm dado corpo, redactores, cronistas, cola-boradores, anunciantes e, de modo especial o seu fun-dador e director, o jornalista Joaquim Santos, que é um dos exemplos de empreendedorismo e de capacidade de trabalho que caracterizam obriga-toriamente quem se dedica a um tra-

balho com estas caracterís-ticas. Como mentor de uma luta semelhante, conheço bem as dificuldades e os obstáculos que lhe estão associados, o esforço ne-cessário para cumprir men-salmente a sua missão, que nem sempre é compreendi-da e acarinhada como es-peramos. E se regista suces-so, como é o caso, deve-se à entrega de quem a dirige, muitas vezes com prejuízo pessoal e uma grande dose de “amor à camisola”.

Mas estão de parabéns, sobretudo, os seus leitores e os colmeenses em geral, porque puderam contar, ao longo destas 100 publi-cações, com o retrato no-ticioso da sua vida social, desportiva e cultural, com um contributo inestimável para a divulgação da sua riqueza histórica e cultu-ral, aquém e além frontei-ras, e com milhares de pá-ginas de diversificada leitu-ra. Será esse o melhor con-tributo de um jornal para o desenvolvimento de uma população, em informa-ção, divertimento e forma-ção.

Ao Notícias de Colmeias, num abraço alargado a todos estes interve-nientes, deixo o voto de que não lhe faltem as forças e a vontade para as próximas 100 edições.

Um abraço alargado

Pedro FariaPresidente da NERLEI

Na era da in-formação digital a comunicação social escrita con-tinua a ter um

papel importante na difusão alargada e democrática da informação.

Neste contexto, a imprensa regio-nal, e dentro desta a local, assumem um papel primordial, já que muitas ve-zes são o único meio de comunicação a que parte da população tem acesso e também o único que veicula determina-do tipo de informações que, por dize-rem respeito a um pequeno número de

pessoas e a um espaço geográfico redu-zido, não têm lugar nos meios de comu-nicação social nacionais.

A valor da imprensa local está na proximidade das populações, na divul-gação do que é diferenciador das locali-dades, no dar a conhecer pessoas e en-tidades que desenvolvem trabalhos mui-to meritórios em prol da sociedade e do País, no dar voz às contestações e rei-vindicações de populações que de outra forma cairiam no esquecimento.

O Notícias de Colmeias tem sido nos últimos oito anos e nos 100 números, que nesta edição assinala, um exemplo daquilo que considero dever ser o papel da imprensa local. Assim continue por muitos anos e edições.

Artur Santos

Parabéns, à coragem e persis-tência...

É com estas palavras, que eu quero engrande-

cer, todas as pessoas que têm consegui-do, edição após edição, alcançar o mag-nifico nº100.

É de exaltar, a coragem para con-tinuar, quando muitos nos criticam de forma negativa, esquecendo-se de enal-tecer, a positiva... É de louvar, a persis-tência de continuar, quando a nossa mente nos diz para parar...

Parabéns Joaquim e à tua equipa,

pelo que têm feito pela nossa Fregue-sia, estando certo de que, com estas 100 edições, levaste muito mais longe, a nossa riquíssima história, as nossas tra-dições, a nossa cultura, o nosso despor-to, as nossas alegrias e tristezas, e mui-tas coisas mais...

Endereço aqui pessoalmente, o de-sejo de que continues a fazer muitas mais edições centenárias, e cada vez mais, tenhas a coragem de falar de tudo o de bom e de menos bom, que esta Freguesia possa ter.

É esta a coragem, que faz com que determinados rumos e ciclos se modifi-quem, levando-nos ao enriquecimento da obra e do homem...

Bem hajas!...

Mas estão de parabéns, sobretudo, os

seus leitores e os colmeenses em

geral, porque puderam contar,

ao longo destas 100 publicações,

com o retrato noticioso da

sua vida social, desportiva e

cultural, com um contributo

inestimável para a divulgação

da sua riqueza histórica e

cultural

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notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008 9

Carlos FernandesChefe de redacção do “Jornal das Cortes”

34 anos volvidos sobre a Revolução de Abril, o país atingiu um dos seus mais bai-xos índices de desencanto perante o pre-sente e o futuro. Com um milhão de de-sempregados (há muitos mais do que os 800 mil oficiais!) e uma economia de ras-tos, com a saúde, a justiça e o ensino de pantanas, o cidadão comum pergunta-se cada vez mais se vale a pena lutar, sobretudo porque tem consciência de que o poder, nos seus mais diversos níveis, foi assaltado por arrivistas e incompetentes cujo principal objectivo é en-cher-se, a si e aos compadres, esbulhando o contribuin-te com impostos sobre impostos e retirando-lhe cada vez mais serviços essenciais.

Perante este cenário negro, sente-se a nível local uma demissão cada vez maior pelo exercício da cida-dania, desde a intervenção nos mais elementares actos da vida quotidiana à participação nos mais complexos como integrar autarquias, associações e empresas.

Mas é justamente este um dos objectivos dos que actualmente dispõem do poder: desmotivar o cidadão, isolá-lo, fragilizá-lo e, finalmente, aniquilá-lo. Quanto mais apatia houver por parte dos cidadãos, mais os po-

deres instituídos insinuam as suas garras!É aqui que a imprensa regional tem um

papel absolutamente insubstituível: des-mascarando as artimanhas dos poderes, denunciando as injustiças, alertando para as incompetências, informando sobre de-veres, direitos e garantias, congregando vontades para a prossecução de objectivos, enfim, estimulando a cidadania, a partici-

pação, a intervenção e chamando os cidadãos a serem senhores da sua terra, do seu destino e do seu futuro.

Contra ventos e marés, e em especial contra o im-pulso indomável do poder central para acabar com as vozes livres dos jornais regionais, o “Notícias de Col-meias” (e outros mensários da região e do país), com o seu director, Joaquim Santos, e a sua equipa, tem-se esforçado por continuar vivo e actuante no seio da co-munidade Colmeense, dando exemplo de persistência e, sobretudo, não fazendo o jogo tão ardilosamente instilado pelo poder que é calar-nos, vencidos pela de-silusão e pelo desencanto. As 100 edições deste men-sário, publicadas nos últimos oito anos, aí estão para o provar, como exemplo e estímulo para os seus leitores e cidadãos em geral, como exemplo e estímulo para os seus congéneres da região e do país.

Ad multos annos, “Notícias de Colmeias”!

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Telefone 244 722 581 • Telemóvel 917 570 466/7Valongo • 2420-225 Colmeias • Leiria

testemunhosO exemplo e o estímulo de 100 edições

DR

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www.noticiasdecolmeias.com10 notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008

gentes e saberes

Clara [email protected]

Natural de Moçambique, Paulo Coelho completa 35 anos em Abril e há catorze anos que vive em Lei-ria. Casado e pai de uma filha com 7 anos, é director de programas da Central FM há quase uma década.

A ascendência deste comunicador fixa-se em Alcanede, concelho de San-tarém, mas os seus primeiros tempos de vida conduzem-nos até África, de onde veio como tantos outros após a Revolu-ção de 25 de Abril de 1974. As recorda-ções são ténues porque regressou com dois anos, mas as suficientes para ainda

hoje, Paulo Coelho alimentar uma curiosidade especial: voltar a

pisar solo moçambica-no.

Viveu uma infância feliz

em Alcane-de, onde pôde des-

frutar de zonas

aprazíveis, situadas bem perto do Cas-telo de Alcanede, localidade que ainda hoje elege para se refugiar no descanso e visitar os seus pais sempre que a sua disponibilidade o permite.

Foi em Alcanede que iniciou os es-tudos, primeiro a escola primária e de-pois a tele-escola, indo seguidamente vi-ver para Santarém, cidade onde os seus pais entretanto trabalhavam e também viviam e que Paulo Coelho acabou por adoptar até aos 18 anos de idade. En-quanto frequentou o ensino secundário, paralelamente jogou futebol até ao es-calão de juniores, tendo somado alguns feitos muito interessantes neste percur-so, de onde se contam várias convoca-tórias à selecção distrital de Santarém e ainda duas à Selecção Nacional! Mas uma lesão algo teimosa de tratar e algu-mas decisões de um treinador que não foram aceites fizeram com que Paulo Coelho se arredasse definitivamente do mundo do futebol. Persiste, contudo, o sentimento de que se tal se passasse nos dias de hoje, poderia o desfecho não ser exactamente o mesmo.

Mas se o futebol era uma paixão na vida deste comunicador e se é verdade que para esquecer um amor, nada me-lhor que encontrar um outro amor, tal não podia ser mais acertado no caso de Paulo Coelho! Esse “namoro” com a Rá-dio foi iniciado em casa, em Alcanede, numa altura em que proliferavam as rá-dios piratas, em 1985/1986. Recorda que um amigo seu, Jorge Gaspar, não sossegou enquanto não fez uma espé-cie de emissor e construiu uma mesa

de mistura, que não era mais do que uma garrafa de água oxigena-da com dois ou três botões liga-da a um gira-discos… e funciona-va! Essa rádio foi baptizada com o nome Rádio Castelo e só dava mesmo em Alcanede. A emissão só ocorria quando alguém esta-va presente, ou seja, nas férias de Verão e aos fins-de-semana. O seu conteúdo baseava-se es-

sencialmente em música e algu-mas galhofadas para atrair

namoradas! Interromper músicas, falar pelo nariz, discos riscados, agulhas a precisar da reforma, cassetes com a fita a en-

Paulo CoelhoDirector de programas da Central FM

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notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008 11

rolar… tudo podia acontecer. Há vinte anos era assim! Tempos que ainda hoje parecem mágicos e que deixam muitas saudades a Paulo Coelho, que se con-fronta diariamente com a enorme dife-rença provocada por uma evolução sem igual ocorrida nos últimos anos, mudan-ça que faz com que hoje em dia, tudo se processe de maneira diferente no mun-do radiofónico e com um grau de com-plexidade elevado.

Depois dessa fase animada, Paulo Coelho esteve alguns anos sem fazer rá-dio, embora sempre que podia, gostava de se fazer passar por locutor. Ligava a rádio, baixava o volume e lá falava ele para o seu auditório, que mais não era que os seus pais e alguns amigos pa-cientes! A brincar a brincar, lá foram os mais próximos convencendo Paulo Coe-lho de que tinha vocação para a arte de comunicar. A colaboração do seu irmão na RDP Santarém também foi um em-purrão importante, dado que lhe pro-porcionou maior contacto com um es-túdio profissional e com uma equipa de colaboradores profissionais. Foi nesse espaço que gravou os seus programas experimentais, a publicidade, as notí-cias. Uma vez mais, pouco a pouco, a brincar a brincar, Paulo Coelho se foi co-

meçando a mover cada vez melhor na área, adquirindo experiências que se re-velaram de extrema importância para a sua carreira profissional. Este profissio-nal da comunicação não concorda que se diga que as novas tecnologias vieram tornar a rádio e o locutor mais impesso-ais para com o ouvinte. É verdade que o computador dá uma grande ajuda, mas ele apenas executa as ordens que se lhe derem. Afirma que consegue controlar perfeitamente uma emissão de quatro

horas por dia como antigamente, estan-do lá em directo, independentemente se as pessoas gostam ou não. Adianta ainda que felizmente trabalha numa rá-dio que lhe dá essa oportunidade, de ser ele próprio a comandar as operações no momento. Como diz “na Central FM as máquinas são os computadores… não são os locutores”.

Paulo Coelho enaltece a liderança da Central FM. Sob a batuta de Emília

Pinto, esta “rádio não precisa de provar mais nada a ninguém e não é só pelas galas, é pela linha que mantém há vinte e cinco anos, não passa por altos e bai-xos como outras estações”.

Num país com mais de 300 rádios, Paulo Coelho sente-se na Central FM como peixe na água, com a liberdade ne-cessária para desempenhar o seu trabalho com afinco e dedicação. Paulo Coelho, ou um comunicador apaixonado!

DR

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Page 12: Edição 100

www.noticiasdecolmeias.com12 notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008

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Direcção e Propriedade: Dr. Rui Paulo Galo Vareda

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CLÍNICA GERAL: Dr. Nuno CamposDERMATOLOGIA: Dr. Carlos MarquesOFTALMOLOGIA: Drª MAria de Lurdes OliveiraESTOMATOLOGIA, IMPLANTES e TRATAMENTOS ORTODÔNCIOS: Dr. Orlando MartinsDrª. Sandra Cabral Dr. Cristina Pinto GomesGINECOLOGIA/OBSTETRICIA: Dr. Gonçalo Ramos

Av. 11 de Julho, 650 B - 2420-227 MEMÓRIAPara Informações ou Marcação de Consultas telefone 236 931 392

NEUROLOGIA: Dr.Alfredo SáORTOPEDIA: Dr. Rui GameiroOTORRINO: Dr. Luís FilipeUROLOGIA: Dr. João CrisóstomoMEDICINA DESPORTIVA: Dr. Nuno CamposPROTESES DENTÁRIAS: Dr. Jorge CorreiaPSICOLOGIA CLÍNICA: Drª Patrícia GasparACUPUNTURA: Drª Lourença VieiraNUTRIÇÃO E DIETÉTICA: Drª Ana MarcelinoANÁLISES CLÍNICAS

Exmo. Sr. Director do Jornal Noticias de Colmeias:

Após ponderar, não conse-gui conter-me e invoco o direito de resposta, ao esclarecimento dado pela Srª. Presidente da Jun-ta, Dr.ª Fátima Sismeiro, no dia 2 de Março de 2008, a um peque-no excerto da minha entrevista. Na sequên-cia, peço-lhe o favor que publique o seguinte:

Que conhecimento tem, a Sr.ª Presidente da Junta sobre o documento em questão, para se pronunciar que este se encontrava “ferido de ilegalidade”?

Por que a razão, a Sr.ª Presidente da Jun-ta, tendo esse conhecimento, nunca acedeu agendar uma reunião, que por diversas vezes lhe foi solicitada, durante um período de dois anos, através de faxes e cartas registadas, as quais devem também constar no “arquivo da secretaria”?

Sendo a Sr.ª Presidente da Junta, forma-da em Direito, contra o meu modesto 7ºano unificado, por que motivo nunca verificou na acta, que a cedência do respectivo espaço, foi aprovado na assembleia extraordinária do dia 15 de Fevereiro de 2003? E, diga-se, foi agen-dada de propósito para esse fim, estando só por decidir, daí a ilegalidade, um número a atribuir ao espaço, designado por campo de jogos de S. Miguel, para assim se poder regis-tar a favor desta instituição.

Foi por esta razão, que o anterior Presi-dente da Junta Sr.º Luís Pinto, me informou,

estando este esclarecimento transcrito no do-cumento que lhe enviei e que a Sr.ª Presiden-te da Junta, teve a amabilidade de transcrever parte, para a sua nota de esclarecimento “ex-pressis verbis” “de haver a necessidade de, haver um loteamento para se proceder à ce-dência do espaço por nós solicitado”.

Já agora, pretendo esclarecer que, tam-bém no mesmo documento que lhe enviei, se encontra escrito o seguinte e que passo a transcrever na íntegra:

“Com todo o respeito pelas instituições desta Freguesia, verifiquei que foi feita a ce-dência de um espaço para a construção no mesmo número de artigo onde se situa o campo de Jogos, no entanto sobre a nossa si-tuação nada feito”.

Quero com isto dizer, nesta fregue-sia existem dois pesos e duas medidas, que quem sofre com as consequências, são sem-pre os interesses comuns, derivado a interes-ses pessoais ou partidários, que são colocados em primazia aos direitos públicos.

Saiba mais uma vez a Sr.ª Presidente da Junta de Freguesia de Colmeias, que a única coisa que eu pretendia para esta Freguesia, por sinal onde resido e sempre residi, era aju-

dar onde fosse possível e as minhas capacida-des me concedessem.

Esclareço no entanto que, não estou na disposição de andar com guerrilhas politicas e querelas pessoais com ninguém.

A minha única pretensão, essa sempre foi, ajudar a fazer algo de melhor por esta fre-guesia, com a união de esforços de todos em especial, daqueles a quem o direito lhe assis-te. Pois enganei-me, são essas as pessoas que me têm criado as maiores das dificuldades e entraves, tendo sido sempre, os que menos podem, e, os mais humildes, a disponibilizar a sua ajuda.

Não compreendo tal situação. Já por na-tureza, difícil de executar e gerir determina-

das obras, depois, ainda ter que suplicar e mendigar, junto das pessoas que deveriam simplificar.

Saiba a Sr.ª Presidente, que não tenho nada a perder, ao contrário desta Freguesia e que, garantidamente saio a ganhar, inclusi-ve a minha família, as minhas empresas e os meus amigos.

Não tenho que provar nada a ninguém, ao contrário, possivelmente de V.Exa. e de muitos outros como a Senhora, que prolife-ram nesta Freguesia. Tenho a minha vida pró-pria, conquistei-a com muita dignidade, suor e trabalho... Para mim, chega...

Cidadão desta FreguesiaArtur Santos

importação - exportaçãovenda a grosso e retalho

Chãs Regueira de PontesLeiria

Tel. 244 840 736 Telm. 917 850 103 Fax 244 861 930

Marcenaria do Lis, Lda.Rua do Gamoal, 100 • Estrada da Bouça 2420-206 Colmeias - LeiriaTelefone • Fax 244 721 507

José Manuel da Conceição Solipa14.08.1949 - 12.04.2007

Missas 1º AniversárioA família participa a celebração da missa de 1º aniversário do seu falecimento, no dia 12 de Abril, pelas 18h00, na igreja paroquial de Colmeias, agradecendo a presença de todos os que se queiram associar.

No dia 18 de Abril, os amigos da empresa Rações Veríssimo, vão recordar José Solipa, com missa na igreja paroquial de Colmeias, pelas 20h30.

cartas ao director

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notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008 13

Celso Santos

Sob a orientação do nosso Pároco, Rev. Pe. João Feliciano, a nossa Paróquia peregrinou para o Santuário de Fátima. Esta peregrinação aconteceu no passa-do Domingo 09/03/2008 e, para alguns colmeenses ela começou às três horas da madrugada desse Domingo. De fac-to, um grupo de valentes, na companhia do nosso Pároco, partiu a essa hora, a pé, do fundo da escadaria da Igreja Ma-triz, rumando à Cova da Iria, e lá chega-ram com algumas chuvadas pelo cami-nho. Foi um lindo testemunho do nosso Pároco, fazendo-nos ver que a melhor peregrinação é caminhar, e se possível a pé, para quem pode, naturalmente. Já lá vão então setenta e sete anos que a nossa Diocese, de Leiria-Fátima, se faz peregrina do Altar do Mundo. E deste já tão longo tempo de peregrinações, à terra dos pastorinhos, os colmeenses se têm feito, sem interrupção, a esse cami-nho. (No passado eram grandes os ran-chos que partiam desta Paróquia, a pé, ao encontro de Nossa Senhora de Fáti-ma, nos dias de hoje, já são poucos os que vão a pé).

Chegados ao Santuário, toda a mul-

tidão se concentrou junto à Igreja da Santíssima Trindade, também lá se en-contravam bastantes colmeenses, se-guiu-se a entrada nessa espectacular Igreja, onde o Nosso Bispo, D. António Marto, fez uma lindíssima e sentida ex-plicação da Transfiguração de Nosso Se-nhor Jesus Cristo, no Monte Tabor, fa-zendo-nos sentir que só transfigurados podemos entender o Ressuscitado.

Depois todos os peregrinos se enca-minharam para a Capelinha das Apari-ções, onde foi rezado o Rosário. Com to-das as Bandeiras enfileiradas, represen-tando todas a comunidades paroquiais da Diocese de Leiria-Fátima, iniciou-se a procissão na direcção do Altar do recin-to, continuavam-se a ver bastantes ros-tos de colmeenses, de todos os lugares da Paróquia.

Na procissão iam as bandeiras re-presentando os três centros de Culto das Colmeias: Bandeira da Eira Velha, de um lado a Imagem de São Miguel, do ou-tro a Imagem do Sagrado Coração de Jesus. Esta foi transportada por, Antó-nio Lagoa, Amália e Idalina. A bandeira da Igreja Velha, que de um lado tem a imagem de Nossa Senhora da Piedade e do outro, a imagem do Sagrado Cora-

ção de Maria, foi transportada por José Luís, Virgílio Pimenta e Adelino Sobreiro. A bandeira do Barracão, que de um lado tem a imagem de São João Baptista, e do outro, a imagem de Nossa Senhora de Fátima, foi transportada por Casimi-ro Sequeira, Valdemar Mendes e Armin-da Freire.

Depois iniciou-se a Eucaristia, decor-rendo a mesma com grande atitude es-piritual por parte de todo o povo pre-sente. Da homilia do nosso Bispo ressal-ta esta frase: “despertai para a Vida, mi-nhas queridas comunidades paroquiais, despertai para o Amor… só assim po-dereis viver uma vida espiritual de qua-lidade”.

Eram 15 horas quando começou a Oratória das Aparições, na Basílica da Santíssima Trindade, com milhares de as-sistentes; um coro com centenas de can-tores acompanhados por uma excelente orquestra, autêntica representação das Aparições de Fátima. No fim, D. António Marto deu a palavra final, dizendo: “ter-minamos a nossa peregrinação como se costuma dizer, com a cereja em cima do bolo”. Foi de verdade um momento su-blime que encantou todos os que lá fize-ram questão de estar a essa hora.

Serviço de Imuno-Hemoterapia dos Hospitais da Universidade de Coimbra

A importância do sangue na escola de Colmeias

Na 77ª. Peregrinação Diocesana

COLMEIAS PEREGRINOU PARA FÁTIMA

Uma equipa dos Hospitais da Uni-versidade de Coimbra (H.U.C.), esteve no dia 10 de Março, durante toda a ma-nhã, na Escola Básica Integrada de Col-meias a conversar com os 69 alunos do 9.º ano de escolaridade sobre a impor-tância do sangue, aquele elemento in-substituível, que ninguém conseguiu ainda fabricar e sem o qual ninguém pode viver! Foram relembradas as fun-ções de cada constituinte sanguíneo, quem pode e quem não pode dar san-gue e medula óssea, como se faz e em que consiste uma transfusão. Tudo com um importante objectivo: sensibilizar es-

tes jovens de 14 e 15 anos para a impor-tância da doação voluntária de sangue e de medula. Depois de muitas curiosida-des satisfeitas e de uns tantos conheci-mentos já discutidos nas aulas de Ciên-cias Naturais mais consolidados, acon-teceu o mais divertido: a parte prática . Quem quis pôde manusear os kits de recolha de sangue , que estes técnicos de saúde trouxeram consigo, e a grande maioria dos alunos presentes fizeram o teste para saberem/ confirmarem o seu grupo sanguíneo . Ainda foram alerta-dos para as incompatibilidades (e cuida-dos a ter) quando da mistura de tipos de

sangue diferentes e, em particular, nas mulheres grávidas , com sangue do tipo Rh- e/ou 0, quando o pai da criança é, respectivamente, Rh+ e /ou A ou B.

Este foi o sexto debate do “Ciclo de Debates sobre Educação para a Saúde” que tem vindo a ser promovido desde o início deste ano lectivo , para a comuni-dade escolar desta escola do ensino bá-sico, sendo mais um meio de promoção de hábitos de vida saudáveis e de uma geração de cidadãos melhor informa-dos; fomentando ainda a articulação en-tre a escola, a comunidade extra-escolar e certas realidades profissionais.

DR

DR

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www.noticiasdecolmeias.com14 notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008

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Page 15: Edição 100

notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008 15

Joaquim Santos

No dia 28 de Fevereiro de 2008, Col-meias acolheu um acontecimento inédi-to na sua história política. O corpo da Assembleia Municipal de Leiria reuniu na sede da Junta de Freguesia de Col-meias pela primeira vez, trazendo à ter-ra uma amostra democrática da descen-tralização.

Fora do âmbito dos trabalhos desta Assembleia, estava preparada para a tar-de daquele dia, uma visita dos deputa-dos e Presidentes de Junta do concelho, aos principais pontos da extensa fregue-sia de Colmeias, identificando elemen-tos chave da comunidade mas também os aspectos menos positivos de uma ter-ra de séculos de história.

Depois do passeio turístico e do lan-che, o Colmeense Manuel de Jesus An-tunes (Presidente da Assembleia Munici-pal), de forma emocionada, deu início à sessão de trabalhos da reunião ordiná-ria que contemplou cinco pontos para discussão e aprovação. Manuel Antu-nes alterou a ordem de trabalhos com a concordância dos deputados e restantes membros da Assembleia, passando para primeiro lugar o ponto nº 5 “contrato-programa e de gestão entre o Município de Leiria e a Leirisport, EM para aprecia-ção, discussão e votação, em virtude do médico cardiologista Manuel Antune ter de se ausentar para uma intervenção cirúrgica de carácter urgente.

Este ponto surge porque a Câmara Municipal de Leiria sentiu a necessida-de de ajustar os procedimentos relativos ao contrato-programa e de gestão com a Leirisport. Antes da deliberação deste ponto, sobre a Leirisport teceram-se inú-meros comentários numa reunião ordi-nária que tocou em pontos delicados e sensíveis da vida política concelhia.

Luís Pinto do PS, referiu que “fazia sentido repensarmos politicamente o fu-turo dessa empresa municipal”. Vitori-no Pereira do Bloco de Esquerda, colo-

cou em causa a legitimidade da constru-ção do estádio pela Construtora do Lena porque a mesma empresa teria ficado em 4º lugar no concurso. Domingos Carvalho do CDS-PP afirmou perempto-riamente que “transformar o emprésti-mo existente em longo prazo era mais que óbvio”. O deputado referiu-se a Paulo Rabaça, ex-vereador da Câmara Municipal de Leiria, questionando “as suas ligações à Construtora do Lena”. João Cunha do PSD, reflectindo essen-cialmente sobre a proposta do ponto 5 da ordem do dia, assumiu a sua posição favorável ao documento sujeito à vota-ção porque “os instrumentos que aqui estão em causa para serem aprovados são os mais adequados para correspon-der às necessidades da Leirisport”. O de-putado José Manuel Silva sugeriu que no “âmbito desta Assembleia Municipal em Colmeias se crie uma comissão de acompanhamento e que a mesma avalie se justificará a existência da empresa Lei-risport”- De seguida, colocou na reunião ordinária uma moção para a criação da dita comissão de acompanhamento da

Leirisport, sendo aprovada por maioria com 49 votos a favor e três abstenções. O sensível ponto 5 da reunião ordinária viria a ser aprovado por maioria, com 27 votos a favor, 23 abstenções e 2 contra.

Depois da deliberação deste ponto 5, Manuel Antunes deixa a sessão e Fáti-ma Sismeiro, Presidente da Junta de Fre-guesia de Colmeias, a anfitriã da Assem-bleia Municipal, passa a assumir o cargo da presidência daquele órgão legislativo do concelho de Leiria. A autarca ao assu-mir os destinos da reunião, considerou o facto da Assembleia Municipal se realizar pela primeira vem em Colmeias como “um gesto nobre da democracia”.

Os restantes quatro pontos agenda-dos foram conduzidos pela autarca Col-meense que garantiu a ordem e a forma como se realizaram todos os procedi-mentos naquele órgão deliberativo.

O Colmeense Artur Santos questio-nou Isabel Damasceno (Presidente da Câmara Municipal de Leiria), sobre o sa-neamento básico tão necessário para a freguesia, a necessidade de obras na es-trada que liga a Bouça ao Crasto e do

problema que Colmeias sofre por não ser beneficiada dos dividendos da ex-pressiva exploração de inertes. A ur-gente revisão do PDM é outra medida urgente “porque nas Colmeias não se pode construir além das três fracções, o que tem penalizado a freguesia”, foi ou-tra consideração que Artur Santos apon-tou como problema para a sua comu-nidade.

A Assembleia de Freguesia teve de terminar por falta de quórum após al-gumas intervenções de deputados mu-nicipais e presidentes de junta, num mo-mento de uma moção sobre uma carta anónima provocatória, apresentada para conhecimento dos presentes elementos da Assembleia, por João Cunha do PSD. A moção de repúdio àquela missiva anó-nima recebeu 14 votos a favor e 14 vo-tos de abstenção, não existindo elemen-tos suficientes na sala para prosseguir com a sessão.

Fátima Sismeiro teve de dar por ter-minada uma Assembleia Municipal con-siderada de grande simbolismo para a comunidade Colmeense.

Primeira Assembleia Municipal em Colmeias

Reunião “sui generis”

DR

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www.noticiasdecolmeias.com16 notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008

TELEFONES DE COLMEIASJornal Notícias de Colmeias 244 721 747Junta Freguesia de Colmeias 244 722 608Paróquia de Colmeias 244 722 182Escola EBI 123 de Colmeias 244 720 200Centro Saúde de Colmeias 244 722 375Farmácia Valente Colmeias 244 722 354Caixa Agrícola de Colmeias 244 720 460Caixa G. Depósitos Colmeias 244 722 967Ass. Hum. Amigos Colmeias 244 721 127Ass. Cult. Desp. Igreja Velha 244 721 514Clube Desp. Rec. Cult. Abelha 917 553 433

TELEFONES MUNICIPAISCâmara Municipal de Leiria 244 839 500Bombeiros Municipais Leiria 244 832 122Bombeiros Voluntários Leiria 244 881 120Cruz Vermelha Portuguesa 244 823 725Protecção Civil 244 860 400Polícia de Segurança Pública 244 859 859Guarda Nacional Republicana 244 830 150Segurança Social - Leiria 244 890 700Hospital de Santo André 244 817 000Gabinete Médico Legal 244 817 056Centro Hosp. S. Francisco 244 819 300Biblioteca Municipal Leiria 244 820 850Brisa Auto Estradas Leiria 244 800 300Teatro Miguel Franco 244 860 480Teatro José Lúcio da Silva 244 823 600Castelo de Leiria 244 813 982TV CABO 808 200 400PT - Portugal Telecom 244 500 500EDP 800 505 505SMAS - Água e Saneamento 244 817 300Correios de Portugal 244 830 483CP - Comboios de Portugal 808 208 208Rodoviária do Tejo 244 811 507SIMLIS 244 849 100VALORLIS 244 575 540Direcção Estradas de Leiria 244 820 670Direcção Geral de Impostos 244 859 300Direcção Geral de Viação 244 800 460Direcção Regional Agricultura 244 800 580Direcção Recursos Florestais 244 832 001Serv. Estrangeiros e Fronteiras 244 831 610Escola Superior Educação 244 829 400Escola Superior Tec. e Gestão 244 820 300Escola Superior de Saúde 244 813 388ISLA - Instituto Superior 244 820 650Secundária Afonso L. Vieira 244 880 000Secundária Dom. Sequeira 244 848 250Secundária F. Rodrigues Lobo 244 890 260Escola Profissional de Leiria 244 848 610Estádio Municipal de Leiria 244 843 000Piscinas Municipais de Leiria 244 860 760LEIRISPORT 244 848 420Tribunal Administrativo Fiscal 244 870 600Tribunal do Círculo da Comarca 244 848 800Tribunal do Trabalho 244 870 520Estabelecimento Prisional 244 824 278IAPMEI Leiria 244 817 900Centro Formalidades Empresas 244 870 440NERLEI Assoc. Empresarial 244 890 200Instituto de Emprego 244 849 500Instituto Português Juventude 244 813 421

NACIONAIS E DE INTERESSE PÚBLICOSOS Número Nacional Socorro 112SOS Incêndios 117Linha Emergência Social 144Linha Vida SOS Drogas 1414Intoxicações 808 250 143Banco de Portugal 213 130 000Busca e Salvamento Marítimo 214 401 919SOS Grávida 808 201 139SOS Criança 800 202 651Criança Maltratada 213 433 333Recados da Criança 800 206 656Linha do Cidadão Idoso 800 203 531Assoc. Apoio à Vítima 707 200 077Alcólicos Anónimos 217 162 969Assoc. Narcóticos Anónimos 800 202 013Sexualidade em Linha 808 222 003SOS SIDA 800 201 040ABRAÇO 800 225 115SOS Voz Amiga 800 202 669Provedor da Justilça 808 200 084

telefones úteis

A boca e os dentes foram sempre zo-nas de grande inte resse para o Homem, devido à sua importância na comu nicação, alimentação e fun ção estética. Manter um sorriso saudável e harmonioso é uma boa maneira de gostar mais de sua aparência e de ter segurança para enfrentar a vida.

Ale disso, uma boca bem cuidada refle-te na saúde de todo o corpo. Uma má mas-tigação ou mesmo uma mordida errada po-dem ocasionar desde dores de cabeça até problemas cardíacos.

Vamos agora conhecer um pouco so-bre os nossos dentes, suas principais doen-ças e ori gem, as suas consequências e por fim a melhor maneira de mantermos sãos os nossos dentes, ao longo de toda a nos sa vida.E começamos pela história…

A primeira escova de dentes foi usada na China, em 1498, mas suas cerdas eram feitas com pêlos de porco. Mais tarde, estes foram substituídos por pêlos de cavalo.A escova de dentes mais antiga da Europa, que data de 300 anos atrás, é feita de osso e foi descoberta durante escavações arque-ológicas em um antigo hospital municipal de Minden, na Alemanha. Os 19 buracos destinados a inserir os pêlos de porco que funcionavam como cerdas são visíveis ain-da hoje. Em 1938, a DuPont desenvolveu as cerdas de náilon, usadas hoje em dia.

Qual a origem das princi pais doenças orais?

O inimi go principal dos nossos dentes é a placa bacteriana. A placa bac teriana é uma massa esbran quiçada, que se forma diaria mente, colonizada por bac térias, for-temente aderente à superfície dos dentes e gen givas. A placa acumula-se em maior quantidade no sulco gengival (espaço entre o den te e a gengiva).

O que é a cárie dentária?

É uma doença infecciosa que se mani-festa após a erupção do dente e que origina

o amoleci mento progressivo das estru turas dentárias levando à for mação de cavidade. Para que se inicie uma cárie, as bacté rias da placa bacteriana pro duzem ácidos que vão des truir o esmalte dentário. Estes áci-dos são o resultado da fer mentação dos ali-mentos ricos em açucares, também chama-dos hidratos de carbono (por exemplo os doces).

Quais os sintomas que prenunciam o aparecimento de uma cárie dentária?

Numa fase muito precoce do desenvol-vimento de cárie não existe qualquer tipo de estímulo doloroso, daí a importância da consulta dentária regular para o estabele-cimento do diagnóstico precoce.Surgem alterações de cor, primeiramente traços esbranquiçados indicativos do início da desmineralização, seguidos de alterações da transparência do esmalte e da denti-na. Por fim pode surgir o escurecimento das lesões. Contudo, nem todas as man-chas escuras de um dente são significa-do de lesão activa da doença cárie.Com a progressiva afectação dos tecidos poderá sentir uma dor aguda, evoluindo para dor permanente e de grande intensidade. Esta dor pode abranger todo um lado da boca ou concentrar-se numa determinada zona. Uma cárie não tratada poderá evoluir para uma destruição do dente que obrigue à sua extracção. Uma lesão de cárie pode origi-nar problemas noutros órgãos e sistemas do nosso corpo.

Doenças periodentais (doenças das gengivas). O que são?

A doença das gengivas é uma inflama-ção das gengivas que pode evoluir, afec-tando o osso que rodeia e suporta os seus dentes. É causada pelas bactérias da pelí-cula que se forma naturalmente em torno dos dentes e gengivas. Se não for removida através da escovagem e do uso do fio den-

tário, diariamente, forma-se cada vez mais placa bacteriana, torna-se dura ou minera-lizada e as bactérias existentes infectam não só as suas gengivas e dentes, mas tam-bém eventualmente os tecidos que supor-tam os dentes. Isso pode levar à mobilida-de dentária, perda dos dentes ou à necessi-dade de serem removidos pelo seu estoma-tologista ou médico dentista A doença das gengivas pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em adultos. Detectada no seu início, a doença gengival pode ser reversível. Visite o profissional de saúde oral se observar algum dos seguintes si-nais ou sintomas:- Gengivas avermelhadas; - Gengivas inchadas; - Gengivas com hemorragia durante a es-covagem, a mastigação ou uso do fio den-tário; - Dentes que parecem mais compridos pela recessão das gengivas; - Gengivas que se separam dos dentes, criando bolsas; - Aparecimento de espaços entre os dentes ou alteração no encFormação de pus entre os dentes e as gengivas; - Mau hálito constante e mau sabor na boca.

O que é o tártaro?

O tártaro, também chamado de cálcu-lo, é a placa bacteriana que mineralizou e endureceu nos seus dentes. O tártaro inicia a sua formação junto da linha da gengiva e progride para baixo dela, provocando a in-flamação dos tecidos gengivais. O tártaro pode não só ameaçar a saúde dos seus den-tes e gengivas, mas também tornar-se um problema estético. Uma correcta escova-gem e o uso de fio dentário são necessários para remover a placa bacteriana e impedir a formação de tártaro. A partir do momen-to em que o tártaro esteja formado, só um profissional dentário o poderá remover. O processo de remoção do tártaro é chamado destartarização.

consultório

Para ter um sorriso bonito (I)

Oksana SynenkaMédica Medicina Geral e Familiar Interna

Centro de Saúde Dr. Gorjão Henriques

(Extensão de Colmeias)

DR

Page 17: Edição 100

notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008 17

As argilas, fonte de riqueza da zona de Colmeias (I)

ciência tecnologiae ambiente Fernando Martinsgeólogo / professor

Moto Clube de Leiria organizou passeio

Colmeias recebe motardsNo domingo 24 de Fevereiro de

2008, a freguesia de Colmeias acolheu um passeio “moto-rali turístico” que du-rante dois dias promoveu a satisfação e adrenalina de várias centenas de condu-tores de motos.

Pelas terras do Marquês de Pombal, Sicó e outras freguesias como Colmeias, este passeio teve o seu início no dia 23 de Fevereiro no Castelo de Pombal, se-guindo-se a contemplação de artefactos rurais, ponte românica, Rabaçal, Penela, Santiago da Guarda, Ansião, Abiúl e no-vamente Pombal.

No dia 24, saída da comitiva de Pombal, passando por Santiago de Li-

tém, Albergaria dos Doze, Memória e Colmeias.

O Moto Clube de Leiria foi fundado em 28 de Março de 1991. Em Outubro de 1993 elegeu a sua primeira direcção, tendo-se tornado membro activo da Fe-deração Nacional de Motociclismo nesse mesmo mês.

Promover, incentivar e desenvolver o motociclismo no distrito de Leiria em to-das as suas vertentes, com especial inci-dência na vertente mototurística, são os objectivos do Moto Clube de Leiria, para além do são convívio entre os seus só-cios ou de outros associados de moto-clubes de outras regiões do país.

DR

DR

Vamos hoje iniciar um conjunto de tex-tos sobre as riquezas minerais que existem no subsolo da região de Colmeias e zonas adjacentes, começando por estudar aque-la que hoje em dia tem aqui mais relevân-cia, o barro ou, mais correctamente, aqui-lo a que os homens de ciência apelidam de argila. Mas tarde avançaremos para o caso particular das argilas de Colmeias e áreas envolventes.

Conceito de argilaO termo argila é de facto usado com

vários sentidos. Assim, para o ceramista, a argila é um material natural que, quando misturado com água em quantidade ade-quada, se converte numa pasta plástica. Para o geólogo, a argila é, simultaneamen-te, material natural abrangendo pedaços de rochas em que dominam partículas com diâmetro inferior a 0,002 mm, uma rocha - agregado de partículas minerais muito fi-nas, não identificáveis à vista desarmada ou com a lupa de mão, sendo ainda o mi-neral ou mistura de minerais em que domi-nam os chamados minerais argilosos (que são silicatos hidratados em que podem participar iões tais como Alumínio, Fer-ro, Magnésio, Potássio e outros, que apre-sentam estrutura essencialmente filitosa e granulometria muito fina). Para o pedo-logista (cientista que estuda Solos), argila é a fracção do solo que compreende partí-culas de dimensão coloidal (com menos de 0,001 mm de diâmetro) e a mais activa de

um solo, responsável pela fixação reversí-vel de catiões e aniões. Finalmente, para um leigo, argila ou barro é um material na-tural onde, quando húmido, a bota se en-terra e agarra ou onde a bota escorrega. É importante referir ainda, pela sua valida-de actual, o conceito de argila divulgado por Beorgius Agrícola em 1546, que designa como corpo mineral que pode ser trabalha-do pelas mãos quando humedecido e com o qual pode formar-se lama quando satu-rado água. Para esse cientista as “Terras”, que incluíam solos e argilas, eram distin-guidas pelo tacto, porosidade, dureza, cor, gosto, cheiro e pelo modo de jazida, tabu-lar ou não. Podemos então dizer que o ter-mo argila tem vários significados.

Desde tempos imemoráveis, a argila, sob a forma de lama ou sob a forma de ti-jolos de lama, misturada com outros ma-teriais e seca ao sol, foi usada na constru-ção de habitações e monumentos. Nalguns destes, com mais de 4.000 anos, perduram hoje ainda esses tijolos milenares. Convém referir que o uso de fornos para fabricação de tijolos de argila está reconhecido desde 8 a 7 milénios A.C. e que foram os Gregos os pioneiros do estudo das argilas pois eles diferenciaram vários tipos de “Terras”, as quais englobavam todos os depósitos na-turais finamente granulares. Quer os Gre-gos quer os Romanos distinguiam já a ar-gila comum ou lama possuidora de cor pre-ta, cinzenta, castanha ou avermelhada da argila branca.

A argila é uma matéria-prima impor-tante na agricultura, mecânica de solos e também em várias indústrias, tais como: cerâmica, papel, metalúrgica e petrolífera, como irão ver mais à frente.

Classificação das argilasAs argilas apresentam uma grande va-

riedade e complexidade, uma vez que tam-bém os minerais argilosos e não argilosos apresentam uma grande variação quantita-tiva e qualitativa, a variação da distribuição dimensional das partículas minerais que as formam e as suas características textuais. São tudo factores que dificultam a classifi-

cação das argilas.Apresentam-se, de seguida, duas das

formas mais usuais de classificação de ar-gilas, em que têm em conta o modo de for-mação e o uso industrial destas.

Classificação genéticaÉ uma classificação lógica, sob o ponto

de vista geológico. Tem em conta a relação entre os processos de formação das argilas e o seu modo de ocorrência. Podemos as-sim dividir as argilas em:

- Argilas residuais ou primárias: quan-do ocorrem no local em que se formaram a partir da rocha mãe (magmática, metamór-fica ou sedimentar).

- Argilas de alteração: resultam da al-teração de rochas vulcânicas, cinzas e ma-terial vítreo.

- Argilas transportadas: argilas que ocorrem em locais mais ou menos distan-tes do local de formação a partir da rocha mãe. Incluem grande variedade de argilas e outros minerais de baixa granulometria.

Classificação segundo o usoNa classificação segundo o uso é possí-

vel considerar dois grandes grupos:- Argilas comuns: utilizadas no fabrico

de cerâmica grosseira e agregados expan-didos.

- Argilas nobres ou especiais: estas, por sua vez, podem ser subdivididas se-gundo a utilização em:

a) argilas refractárias;b) argilas para cerâmica fina;c) argilas não cerâmicas (bentonites).

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www.noticiasdecolmeias.com18 notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008

Rua Caldas da Rainha - Loja ANova Leiria

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notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008 19

E já lá vão oito anos de Notícias de Col-meias. É neste mês de Abril que passam as cem edições, sempre a informar com preci-são e com verdade, tudo o que tem aconte-cido neste espaço geográfico em que habi-tamos, trabalhamos e têm lugar os nossos acontecimentos, espaço esse, que se cha-ma Colmeias. É aqui que criamos e educa-mos os nossos filhos, é aqui que os vemos ser felizes ou infelizes, enfim, tudo faz par-te da vida que é esta nossa condição huma-na, de carne e osso, visível e invisível.

E de há oito anos para cá, temos vindo a privar da companhia deste nosso jornal, que pode ser comparado a um familiar, que nos visita mensalmente e nos dá a conhe-cer as forças e as fraquezas desta freguesia. Naturalmente que esta visita acontece só

nos lares que lhe abrem as portas. É de fi-carmos honrados pela capacidade que este jornal tem mostrado ao longo deste tem-po. Desde o já longínquo dia da sua apre-sentação, 5 de Dezembro de 1999, no Café Pinto, (propriedade do Senhor Luís Milicia-no Pinto, que desde o inicio se mostrou um grande amigo deste jornal, infelizmente já falecido).

Até agora tem acontecido história nes-ta freguesia de Colmeias, história que está devidamente registada nos arquivos deste jornal. Nesse já muito saudoso dia da apre-sentação, o nº. 0, com o título em primeira pagina que dizia: “Prenda De Natal Para Os Colmeenses”, respirava-se uma atmosfera de bairrismo em torno do jornal nascido, via-se grande interesse pela linda novida-

de e a maravilha que é ter um jornal na fre-guesia. É de facto uma grande riqueza. E ainda hoje ele continua a ser riqueza para quem o estima, para quem está sempre de-sejoso que chegue o principio de cada mês e, assim, o desfolhar com terna curiosida-de. De quase tudo ele nos tem informado: da dimensão humana à cultural e desporti-va, passando pela tradição e religião, sem esquecer a dimensão económica e patrimo-nial deste espaço físico e geográfico. E uma das grandes obras deste jornal foi o levan-tamento histórico, humano e patrimonial de todos nós.

Gente com valor que se perdia no ano-nimato, se o jornal não tivesse ido lá buscar bem ao fundo do seu nevoeiro cerrado. Es-ses artistas apareceram… outras pessoas

que já passaram pela vida, falecidas, como que ressuscitaram do seu esquecimento fú-nebre, aparecendo no jornal em grandes reportagens, enchendo de gozo os seus fa-miliares e amigos, e fazendo-nos lembrar que a morte é apenas uma passagem de es-tado de vida.

Por tudo isto e muito mais, o Jornal merecia bem mais, o nosso interesse em acolhe-lo, o nosso bairrismo em sermos seus assinantes e, assim, seus defensores em prol do seu desenvolvimento e longe-vidade. Boas notícias para todos.

Ele traz as notícias verdadeirasAté às nossas casas interiores,Sejam elas as grandes brincadeirasOu os acontecimentos superiores.

visionário

Notícias de Colmeias na 100ª edição

Celso Santos

Junta de Freguesia de Colmeias - Município de Leiria

RECENSEAMENTO ELEITORALEncontram-se na Secretaria da Junta de Freguesia para consulta pública os cadernos de recenseamento eleitoral.

A Presidente da Junta,Maria de Fátima S. Sismeiro

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www.noticiasdecolmeias.com20 notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008

QUILATE

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notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008 21

NOTA 1: Centenário do Notícias de Colmeias

Os leitores atentos notarão que este Notícias de Colmeias é o número 100. Quem está lembrado do seu nascimento, há-de saber que o número que o tornou centenário foi o anterior, o 99, por o pri-meiro jornal ter nascido com o número 0 (zero). Centenário é sempre centenário. Rodeado de festa, velas, cantares de pa-rabéns, etc. etc. Deixemos isso e façamos uma, ainda que ligeira, análise em jeito de balanço, da sua vida ao longo de todos es-tes meses e anos.

Na nossa opinião não é um jornal de mexericos, de bisbilhotice, de maledicên-cia. Achamo-lo um jornal que pode noti-ciar algo que se passa, sem comentários, deixando que cada leitor faça a sua própria análise. Isso parece-nos bem.

É um jornal que tem dado a conhecer, ou lembrar, coisas e pessoas do passado,

preocupando-se em presentear-nos tam-bém com a vida e as pessoas de hoje. Isso parece-nos bem.

É um jornal que tem dado a conhecer ao exterior a própria freguesia. Os anseios, as alegrias. Isso parece-nos bem.

Mas, acima de tudo, é de salientar o di-namismo que tem apresentado em artigos de ensinamentos de toda a ordem.

Queremos endereçar os parabéns ao obreiro, Senhor Joaquim Santos, como di-rector que é, a todos os colaboradores que o ajudaram e ainda a todos os leitores que mês após mês o vão procurando e lendo.

NOTA 2: Quaresma – Paixão – Reflexão

Quando, a 28 de Fevereiro nos é pedi-do o envio da crónica para o jornal Notícias de Colmeias, do mês de Abril, ficámos um pouco pensativos.

Escrever sobre o quê? Falta de assun-to? Não.

O momento que atravessamos, fins de Fevereiro, lembra-nos muitos sobre os quais desejaríamos escrever, dar a nossa opinião, lutar até por causas.

De imediato lembrámo-nos do Minis-tério da Educação, pois todos os dias apa-recem notícias de protestos e contestação por todas as cidades. Há queixas de arro-gância a mais e muita intolerância.

Mas se nos voltamos para a educação entre as pessoas, relativamente a relacio-namentos, comportamentos, atitudes, to-lerância, compreensão, respeito …

Também estamos conversados, é o mesmo: arrogância a mais e muita intole-rância.

Sobre a luta que, neste momento, exis-te entre professores e Ministério da Educa-ção, não devo opinar, pois esta questão é-me demasiado querida para poder analisar, pelo menos por escrito. A Educação foi e é, por nós, vivida com muita paixão. O pró-prio Presidente da República já apelou à se-

renidade das partes. E referia-se a todos. Fi-quemos então por aqui.

Mas sobre a educação entre as pesso-as, podemos dizer o que pensamos, pois é uma questão cívica.

Lembrando-nos do tempo que vivemos agora, repetimos, fins do mês de Fevereiro, um pensamento nos chega: A Quaresma, A Paixão e tudo isto levou-nos à reflexão.

Por este emaranhado de pensamen-tos perpassa muita confusão e sentimen-tos contraditórios. Quem tem razão, quem deixa de ter?

Lembrando-nos de tantas e tantas

questiúnculas entre grupos, famílias, inte-resses particulares ou colectivos, lembrá-mo-nos do tempo da Quaresma, que é tem-po de reflexão.

Na época de hoje quem se lembra de gastar um pouquinho do seu tempo para reflectir, para pensar nos outros e não só em si?

Aqui chegados, um cristão católico lembra-se da Via – Sacra e, de repente, lem-brámo-nos de uma em que participámos no dia 22 de Fevereiro.

Passo a citar parte de uma leitura na pág. 17 da “Via-Sacra dos Pés”: “ Senhor Je-sus / quantas vezes eu não compreendo a marcha lenta dos outros. / Quantas vezes eu digo / que as coisas se deviam resolver mais depressa, / que não se pode avançar com tanta lentidão.

Não reparo para as dificuldades de quem caminha penosamente / mas olho somente para os meus interesses e projec-tos. Dai-me a sabedoria de Cireneu / que soube olhar para os vossos pés feridos / que ele tinha aliviado, / para compreender as limitações do doente que trato, / da pes-soa idosa que está ao meu encargo, do defi-ciente com quem convivo …” …

Paremos por aqui pois esta leitura tem matéria suficiente para reflexão, durante muito tempo. Deixemos que o pensamen-to seja honesto e interroguemo-nos: Qual a razão ou razões para tantas incompreen-sões? Não há o diálogo para resolver as si-tuações? Será que só temos olhos para nós e não ligamos aos outros? Será que não po-demos olhar para o outro, ou para a ideia do outro e, não concordando, possamos pensar que talvez o outro possa ter razão?

Aqui chegados cremos poder dizer:quem pensar que é mais inteligente que o outro, é pouco inteligente. Tudo o que fica dito é relativo a tudo e a todos. Não é só a isto ou àquilo, a este ou àquele. A compre-ensão, a tolerância e o respeito, são essen-ciais para que haja um bom relacionamen-to e uma boa educação.

à sombrada bananeira | 39Centenário do Notícias de ColmeiasQuaresma – Paixão – Reflexão

Duas notas

Manuel Bento dos [email protected]

Na nossa opinião não é um

jornal de mexericos, de bisbilhotice, de maledicência. Achamo-lo um jornal que pode noticiar algo que se passa, sem comentários, deixando que cada leitor faça a sua própria análise. Isso parece-nos bem.

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www.noticiasdecolmeias.com22 notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008

O culminar dos seus 10 anos de actividade foi assinala-do com um novo espaço São Ópticas, localizado no Edifício Beira-Rio, Rua. Anzebino da Cruz Saraiva, 19, em Leiria.

A inauguração desta nova loja que garante ao cliente novos serviços e um reforço na oferta de produtos, realizou-se no dia 1 de Março com a presença de muitos clientes e de representantes de algumas das maiores marcas de pro-dutos oculares comercializadas em Portugal.

São Ópticas com aposta no futuro

Nova loja

Laura Esperança (Presidente da Junta de Freguesia de Leiria) e Concei-ção Cardoso (gerente da São Ópticas) na inauguração da loja 2

A construção de uma freguesia é feita através da comunidade que nela habita

Felicitamos o Notícias de Colmeias pelas suas 100 edições

DR

DR

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notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008 23

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2410-264 LEIRIA

Funerária Jaime

EscritórioRua Machado Santos, 33

2420-128 LEIRIATelefone 244 828 450

Telemóvel 917 511 889

ResidênciaBARREIROS

Telefone 244 840 677Fax 244 828 580

JUNCALTelefone 244 470 610

Telemóvel 917 208 019

No dia 26 de Fevereiro, no âmbi-to do projecto “Mil Gotas, Rios de Sor-risos”, a SIMLIS e a SPEM – Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla, dele-gação de Leiria, assinaram um protoco-lo de colaboração que compreendeu o apoio na aquisição de uma cadeira eléc-trica para a instituição, assim como uma comparticipação pelo período de um ano no pagamento da renda da sede da SPEM na cidade do lis.

Desde o ano de 2007 que a empre-sa de saneamento integrado dos Muni-cípios do Lis desenvolve várias activida-des enquadradas neste “Mil Gotas, Rios de Sorrisos”, entre as quais acções de voluntariado empresarial em feiras.

Na cerimónia foi apresentado o sis-tema de telegestão na etar das Olhalvas. Com esta tecnologia, garante-se a me-lhoria contínua da eficiência de gestão de todo o sistema multimunicipal, per-

mitindo uma monitorização em tempo real de toda a estrutura de tratamento de águas residuais, com racionalização dos recursos disponíveis.

Na etar das Olhalvas, concluído está o seu projecto de remodelação, com a completa desodorização de zonas de odores, minimizando os problemas das populações nos locais onde emanavam odores.

Com esta desodorização e o “Cen-tro de Despacho”, esta etar instalada nas imediações da cidade de Leiria, fica dotada com esta telegestão com garan-tias técnicas, de economia e de estatísti-ca de todo o sistema da estação de tra-tamento. Assim, é feito o tratamento dos dados provenientes das instalações remotas (unidades locais) e do restante rede, assegurando o acompanhamen-to de aspectos como energia eléctrica, controlar a qualidade dos efluentes em

pontos estratégicos, armazenar dados e detecção de anomalias no funciona-mento.

A SIMLIS EM 2007, no que diz res-peito ao tratamento dos efluentes (esgo-tos) produzidos pela população de toda a área de abrangência (cerca de 370 000 habitantes equivalentes), tratou de um volume de caudal que ascendeu os 7,3 milhões de metros cúbicos.

A situação económico-financeira da

SIMLIS foi determinada pelo investimen-to na construção, melhoria e exploração das infra-estruturas da SIMLIS. No total, o investimento realizado na construção das infra-estruturas do sistema, chegou aos 18,4 milhões de euros.

O volume de negócios da empresa ascendeu os 3,5 milhões de euros, valor que corresponde essencialmente à reco-lha, tratamento e rejeição dos efluentes da área de abrangência da SIMLIS.

SIMLIS desenvolve projectos sociais

“Mil Gotas, Rios de Sorrisos”

DR

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www.noticiasdecolmeias.com24 notíciasdecolmeias | 6 de Abril de 2008