Ecosistema Do Sertão Cearense
-
Upload
api-3862919 -
Category
Documents
-
view
1.639 -
download
5
description
Transcript of Ecosistema Do Sertão Cearense
Ecosistema do sertão cearense
Os ecosistemas são caracterizados por um conjunto de organismos com seus ambientes físicos e químicos funcionando juntos de tal maneira que formal fluxos de energia produzindo estruturas bióticos claramente definidas e uma ciclagem de materiais de partes vivas e partes não vivas. Os ecosistemas são sistemas ecológicos complexos e grandes, as vezes incluindo muitos milhares de diferentes organismos vivendo numa grande variedade de meios individuais. E para melhor explicar o ecosistema do sertão cearense resolvemos estudar os componentes separadamente:
� Relevo � Solo � Vegetação � Clima � Hidrografia
Geomorfologia e Relevo
É formado por cinco unidades geomorfológicas com altitudes que vão de 0 (zero) a 1.000m. o Pediplano: ocupa a maior porção do território cearense,
constituindo-se de um amplo planalto onde as altitudes são de 400-500m.
o Serras: localizam-se ao norte (Baturité, Uruburetama, Maranguape, Meruoca) erguendo-se a partir dos pediplanos.
o Chapadas: tratam-se de elevações tabulares, as quais ocupam uma grande extensão territorial e, delimitando naturalmente o estado. Três chapadas destacam-se: Apodi (mais baixa, divisa com Rio Grande do Norte), Ibiapaba (limite entre Ceará e Piauí) e Araripe (ao sul, fronteira com Pernambuco).
o Tabuleiros Litorâneos: estendem-se ao longo das praias com altitudes que não ultrapassam 100 metros. E por fim,
o Planícies Aluviais: também são chamadas de várzeas tendo suas terras inundadas durante as cheias. Estão situadas próximo dos cursos dos rios Jaguaribe, Acaraí e outros.
Vegetação
Noventa e um por cento da superfície territorial cearense é dominada pela caatinga, a qual recobre todo o sertão. Duas variedades podem ser observadas: o Caatinga Hipoxerófila: típica das
regiões de clima menos rigoroso, como baixada litorânea e sopé da Ibiapaba com espécies de maior porte e densidade ocupando 28.734,8 km² do estado.
o Caatinga Hiperxerófila: característica das regiões mais áridas, tratando-se portanto de uma vegetação rala e baixa com exemplares espinhosos (algaroba, pau-branco etc) e cactáceos (xique-xique, mandacaru etc). 81.546,9 km² do território são tomados por esta variedade.
Além desta tipologia, cerrados e carnaubais compõem a paisagem. o Cerrados: formado por árvores baixas e retorcidas destacadas em
meio a gramíneas recobrindo o topo das chapadas. As serras e a base das chapadas são revestidas por exemplares da floresta tropical.
o Carnaubais: encontrados principalmente nas várzeas dos rios, em especial próximo dos rios Jaguaribe, Acaraú e Coreaú, caracterizados pela expressiva presença da espécie Copernicia prunifera (carnaúba), palmeira típica da região associada a outras espécies.
Clima
Cerca de 95% do território é dominado pelo clima semi-árido quente.
Segundo a classificação de Köppen predomina no estado o clima semi-árido quente (Bsh) com variações de temperaturas nas diferentes regiões do estado, litoral (27°C), Serras (22°C) e Sertão (33°C durante o dia e 23°C a noite).
As chuvas, por sua vez, são reduzidas e escassas diferindo da mesma forma, de região para região. Em alguns pontos o índice pluviométrico registrado fica abaixo dos 1.000mm e em alguns 600mm (bacia do rio Caxitoré). Em outros, como no vale do Cariri, Serra de Uruburetama e Baturité e chapada do Ibiapaba as chuvas ocorrem com mais freqüência, em índices superiores a 1.000mm. Nestas serras e chapadas as chuvas são mais regulares e com período mais longo, tornando as temperaturas nestas áreas mais amenas.
Cerca de 95% do território é dominado pelo clima semi-árido, o que integra quase que todo o Estado ao Polígono das Secas.
Hidrografia
Algumas elevações naturais presentes no estado formam divisores de águas entre os rios locais que recebem águas pluviais, não dispondo de outras fontes perenes, o que os torna rios temporários reforçados pelo curto período chuvoso.
Durante o inverno, as chuvas são mais freqüentes preenchendo os cursos, passado este período, o
escoamento diminui permanecendo somente os rios cujos leitos são porosos e arenosos, ou àqueles com lençol freático próximo da superfície.
A hidrografia cearense pode ser dividida em quatro bacias e uma sub-bacia. o Bacia do Jaguaribe: ocupa 50% do território correspondendo às
porções sul e centro-oriental. O rio Jaguaribe é o mais importante e extenso da região; nasce nas serras de Calogi, Pipoca e Joaninha, seus afluentes são o Banabuiú, Palhano e Salgado. Dos açúdes construídos ao longo destas bacias, os mais importantes são o Orós, o Cedro, o Banabuiú e o Castanhão.
o Bacia do Acaraú: ocupa 15% do território ao norte, sendo a nascente do rio Acaraú situada nas Serras das Matas, Matinha Branca e Cupira. Principais rios: Groairas, Jaibaras e Riacho dos Macacos. Açúdes de importância construídos, Araras (maior reservatório) e Ayres de Sousa.
o Bacia do Curu: nasce na Serra do Machado, sendo o rio Curu o mais imporante desta bacia contando com os seguintes afluentes, Canindé e Caxitoré. Também nesta bacia existem açúdes,
reservatórios de emergência para seca e irrigação (açúdes de Caxitoré, General Sampaio e Pentecoste).
o Bacia Litorânea: a maioria dos rios seguem para o Atlântico; os rios litorâneos geralmente são pouco extensos uma vez que suas nascentes estão próximos da foz. Os principais rios desta bacia, que têm sua ocorrência ao norte do estado são o Aracatiaçu, o Coreaú, o Pacoti, o Choró e o Pirangí.
o Sub-bacia do Poti: nasce na porção oeste do estado, atravessando a chapada de Ibiapaba seguindo para o Piauí onde deságua no rio Parnaiba.
Fonte: http://www.ambientebrasil.com.br