eBook Jesus Na Cruz

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Diego Nascimento 

DEDICATÓ RIA 

Ao meu pai, Janduí. Sempre achamos que o senhor era um falastrão. No entanto, os dias em que esteve em coma me fizeram refletir. O seu

silêncio... Ele sim incomoda. É muito bom lhe ouvir de novo. Te amo pai!

A minha esposa Carol. Sei que abuso da sua paciência. Horas estudando. Horas acordado. Horas trabalhando. Mas o que me dá mais prazer aoterminar, é saber que você, e não outra, está me esperando. Seus lindos olhos verdes me revigoram. O quanto eu te amo? Nem todo o espaço embranco do mundo é suficiente para que eu possa descrever.

Ao Senhor Jesus. És com certeza a minha motivação para levantar todos os dias e viver. Nem todo o tesouro do mundo pode pagar esse amor.Pelo Senhor eu vivo. Respiro. Avanço. Cresço. O meu sonho é que todos o conheçam. Sem religiosidade. Mas em Espírito e em verdade!

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Diego Nascimento 

INTRODUÇÃO 

Jesus na cruz representa a demonstração do grande amor de Deus por nós e a redenção da humanidade.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas ten ha a vidaeterna.” (João 3.16) 

Pois da mesma forma que por um homem entrou o pecado no mundo, isto é Adão, por meio de um homem só, Jesus, uma grande multidão detransgressões foi perdoada.

Neste eBook veremos em ordem cronológica e passo a passo o que aconteceu a Jesus, antes e depois da crucificação.Veremos o seguinte:

1.  O Julgamento

2.  A forma brutal de tortura dos soldados romanos antes de colocar Jesus na cruz;

3. 

Como foi instituída a crucificação e por quê?

4.  Por que colocaram Jesus na cruz e não Barrabás?

5.  Crucificação: o passo a passo de Jesus na cruz;

6.  Os sofrimentos de Jesus na cruz;

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7.  As sete declarações de Jesus na cruz

8.  O véu do Templo e a morte de Jesus na cruz

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Diego Nascimento 

Capítulo 1 

Ó JULGAMENTÓ 

“Então Pilatos soltou-lhes Barrabás. Depois mandou chicotear Jesus, e o entregou aos soldados romanos para que fosse crucificado. ”

(MT 27.26) 

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Diego Nascimento 

Pilatos solta Barrabás a pedido da multidão.

Um criminoso qualificado. Assassino. Ladrão. Sedicioso.

Barrabás é um resumo da humanidade pecadora.

A intenção de Pilatos ao apresentar a escolha entre um dos dois presos era extremante desproporcional.Pilatos achou que a multidão jamais iria preferir Barrabás à Jesus. Mas não foi o que aconteceu.

Obviamente ele foi solto porque Jesus assumiu seu lugar.

Representa cada um de nós. Pecadores. Maus. Mesquinhos.

Merecíamos a morte. Uma morte horrível.

Mas Jesus assumiu nosso lugar!

Os soldados conduzem Jesus a primeira etapa da crucificação: os açoites. Era realizado no pretório.

O chicote era feito de tiras de couro. Traziam na ponta pedaços de ferro, chumbo ou osso.

A intenção era dilacerar o corpo do condenado. Fazê-lo agonizar de dor.

Não raramente esse espancamento causava a morte, dada a brutalidade do massacre ao qual o condenado era submetido.

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Diego Nascimento 

Capítulo 2 

JESUS E MALTRATADÓ PELÓS SÓLDADÓS 

“Mas primeiro os soldados levaram Jesus para o pátio do quartel e chamaram a tropa toda. ” (M ateus 27.27) 

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Diego Nascimento 

Jesus foi levado à casa do governador (Pretório). Era ali que residia quando não estava em Cesaréia, sua fortaleza em Israel.

Os soldados que o conduziram chamaram toda a tropa que estava ali, cerca de 500 ou 600 homens.

A intenção dos soldados era: torturar e humilhar Jesus.

“Tiraram-lhe a roupa e vestiram-lhe um manto vermelho. ” (Mateus 27.28)

Este manto vermelho era a tradicional capa curta utilizada por soldados, oficiais, magistrados, reis, imperadores.

Eles continuaram a ferir a Jesus física e emocionalmente. Humilhando-o com seus adereços debochados. Caracterizando ainda mais o seudesprezo pelo SENHOR.

“Fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram em sua cabeça; depois puseram -lhe uma vara na mão direita, como se fosse um cetro, ese ajoelharam diante dele em sinal de zombaria. “Salve, rei dos judeus”, gritavam eles. ”  (Mateus 27.29)

A coroa de espinhos representa o diadema real. A vara, o cetro. Ambos usados por magistrados romanos.

A intenção dos soldados era fazer de Jesus uma caricatura real.

A matéria prima da coroa era ramos de espinheiros ou acácia da Síria, comuns na região e com espinhos tão longos quanto um dedo.

A tropa (500 ou 600 soldados) formaram uma espécie de fila, enquanto ajoelhavam-se diante de Jesus desejando-lhe vida longa e prosperidade.

Sorrisos debochados. Gargalhadas. Gritos. O barulho do escárnio misturado aos açoites, preenchia o ambiente.

Diziam: “Salve, rei dos judeus! ”, e gargalhavam. 

Essa era a saudação que imperador ouvia ao voltar vitorioso da batalha.

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Para os soldados, Jesus não passava de um idiota fracassado. Um louco.

Diante do Rei do Céu e da Terra, os soldados romanos deram seu melhor

no quesito desmoralizar.

“E cuspiam nele, tomavam a vara da mão dele e batiam com ela nacabeça dele. ” (Mateus 27.30)

Autoridades romanas tinham o costume de se cumprimentarem beijandoos lados da face, um do outro. Especialmente no retorno de batalhas.

Em lugar do beijo de cumprimento, o Senhor Jesus recebeu cuspe.Aprofundando ainda mais a sensação de humilhação e desprezo.

Ao mesmo tempo outro soldado, toma a vara de sua mão e sem nenhumamisericórdia, bate em sua cabeça.

Os cravos ficam cada vem mais fincados no crânio. O sangue escorre porsua face e Jesus mal consegue ficar acordado.

As pancadas e a perda de sangue o deixam tonto. Confuso.

Os gritos e as gargalhadas, o barulho, só pioram.

“Depois da zombaria, eles tiraram o manto e o vestiram novamente

com as suas próprias roupas; aí o levaram para fora, a fim de

crucificá-lo. ” (Mateus 27.31) 

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Provavelmente isso aconteceu após a tentativa de Pilatos para soltar Jesus.

Pilatos saiu outra vez e disse aos judeus: “Agora eu vou trazer Jesus aqui fora para vocês, mas entendam que eu não acho nele  motivo algum de

acusação”. Então Jesus saiu com a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse: “Aqui está o homem! ” Ao ver Jesus, os sacerdotesprincipais e os guardas do templo começaram a gritar: “Crucifique! Crucifique!” (João 19.4-6).

A multidão estava cega. Queria matar a Jesus. Grita loucamente. “Crucifique! Crucifique! ”.

Visto que a decisão final era a crucificação, os soldados tiram de Jesus a capa e devolvem suas roupas.

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Isto provavelmente aconteceu porque os romanos não queriam que todos os judeus vissem outro judeu ser humilhado daquela forma.

Podia inflamar ainda mais o sentimento político de revolta.

A essa altura Jesus estava moído. Ferido. Fisicamente esgotado.

Estava se cumprindo a profecia do profeta Isaías:

“A verdade, porém, é esta: Ele foi ferido por causa de nossos pecados; seu corpo foi esmagado por causa das nossas maldades. Ocastigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelos seus ferimentos nós fomos sarados! ” 

“Ele foi maltratado e humilhado, mas não disse uma única palavra! Foi levado como um cordeiro vai para o matadouro; como a ovelhafica muda diante de quem corta a sua lã, ele não abriu a boca. ” 

“Foi condenado num julgamento injusto e mentiroso. E quem pode falar dos seus descendentes? Pois ele foi cortado da terra dos  viventes; por causa dos pecados do meu povo, ele foi castigado! ” (Isaías 53.5,7,8)

Já vestido Jesus é conduzido para fora da cidade.Começa a segunda parte da crucificação.

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Capítulo 3 

JESUS CAMINHA ATE Ó GÓ LGÓTA 

“Quando estavam a caminho do lugar de execução, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, e o forçaram a carregar a cruz  

de Jesus.” (Mateus 27.32)

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O caminho até a cruz é comumente chamado de Via Dolorosa.

Aprendemos com a História que a crucificação teve início no período das guerras entre Roma e Cartago (Guerras Púnicas), cerca de 200 a.C.

Os romanos passaram a empregar a crucificação como condenação aos prisioneiros da época. Lembrando que a violência extrema era marca doimpério romano.

A crucificação era morte por tortura. A intenção não era apenas aniquilar, mas fazer sofrer.

Por isso o condenado era açoitado antes, para que sofresse ainda mais no momento de carregar o pathibulum, o poste vertical da cruz.No entanto, Jesus não suporta carregar a cruz.

Os soldados romanos jamais se rebaixariam a carregá-la, então chamaram Simão, o cireneu para ajudá-lo. Enquanto Simão Pedro abandou aJesus, seu Pai providenciou outro.

Provavelmente este Simão, veio a tornar-se cristão. E seus filhos são citados: Alexandre e Rufo (Marcos 15.21).

A ajuda de Simão deixa clara a humanidade de Jesus. Mostra que Ele não se utilizou de nenhum artificio sobrenatural para suportar mais dor. Aimpossibilidade de carregar a cruz devido à debilidade do seu corpo mostra isso, assim como sua agonia no Getsêmani. Caso queira saber maissobre esse assunto leia nosso artigo: Jesus no Getsêmani e saiba um pouco mais sobre os sofrimentos de Jesus.

“Então saíram para um lugar conhecido como Gólgota, isto é, “monte da Caveira…” (M ateus 27.33)

A palavra Gólgota é originária do latim para traduzir o aramaico Gulgatha, no hebraico Gulgoleth, que significa crânio.

Alguns acreditam que recebeu esse nome pelo fato de ali ser um lugar de execuções, onde ossos dos cadáveres jaziam.

A crença mais difundida, no entanto, é a de que o nome é uma referência a formação rochosa do monte, que parece sim, uma caveira.

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A segunda tese ganha ainda maior força quando pensamos que José deArimateia e Nicodemos, dois judeus ricos, não comprariam seussepulcros em um lugar onde os ossos ficavam espalhados ao chão, já queera algo contrário as leis judaicas.

“(…) onde os soldados lhe deram para beber vinho para aliviar a dor;

mas depois de prová-lo, rejeitou-o.” (Mateus 27.34)

Essa era a bebida normalmente usada pelos soldados romanos paraamenizar a dor causada pelos ferimentos de batalha.

Soldados mais piedosos ofereciam ao réu, na cruz, a fim de aliviar umpouco o sofrimento.

Jesus não! Ele recusou completamente. Não aceitou qualquer tipo deentorpecimento. Estava pronto a beber o cálice que o Pai havia lhe dado.

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Capítulo 4 

JESUS NA CRUZ (MT 27.35-44) 

“Depois da crucificação, os soldados tiraram a sorte para dividir entre si as roupas dele. Então sentaram -se em volta e ficaram montando

guarda, enquanto ele estava pendurado ali. ” (Mateus 27.35,36)

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Havia três tipos de cruz:

1.  X – A cruz de Santo André, com formato de X.2.  T – A cruz de Sato Antônio, com formato de T.3.  † – A cruz latina, com formato mais popular no mundo.

No Gólgota a crucificação se dava da seguinte forma:1.  As roupas do prisioneiro eram tiradas;2.  Mãos: pulso ou metacarpo eram cravados, primeiro a direita, em seguida a esquerda com o corpo do condenado no chão;3.  O corpo: apoiado ou amarrado ao pathibulum;4.  Pés fixados no poste, juntos ou separados, um palmo acima do chão de forma que os joelhos permanecessem inclinados.

SOFRIMENTOS DE JESUS NA CRUZ

1. 

Sede;2.  Exposição aos elementos do tempo como: sol e calor causticante;3.  Paralisação da circulação sanguínea;4.  Dores intensas;5.  Artérias da cabeça e estômago, cheias de sangue;6.  Febre traumática;7.  Tétano;8.  Perda contínua de sangue;9.  Morte lenta e dolorosa com duração de 36 horas a 9 dias.

Para apressar a morte dos prisioneiros, os soldados romanos despedaçavam suas pernas com um porrete pesado ou martelo.

A cruz era um símbolo de maldição. Vergonha.

Não é à toa que o apóstolo Paulo diz:

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“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Gálatas 3:13)

Era o tipo de morte reservado para os piores infratores da época. E só foi abolida por Constatino, em 300 d.C.

“E puseram uma tabuleta por cima da sua cabeça com a acusação feita contra ele: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”. (M ateus 27.38) 

O texto da acusação varia nos evangelhos:

1.  Mateus – “Este é Jesus, o Rei dos Judeus” (Mateus 27.38)2.  Marcos – O Rei dos Judeus (Marcos 15.26)3.  Lucas – Este é o Rei dos Judeus (Lucas 23.38)4.  João – Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus (João 19.19)

Devemos lembrar que a acusação foi escrita em três idiomas conforme diz João 19.19,20:

“Pilatos pregou por cima dele uma tabuleta que dizia: “JESUS DE NAZARÉ, REI DOS JUDEUS” . O lugar onde Jesus foi crucificado ficava pertoda cidade; e a tabuleta estava escrita em hebraico, latim e grego, de modo que muitas pessoas puderam ler a inscrição. ”  

É possível que essa seja a causa da variação, já que os idiomas têm sintaxes diferentes.

Oficialmente Jesus foi crucificado por traição a Roma. Os romanos jamais o teriam crucificado por motivo de blasfêmia de religiosa. A acusaçãocontra Jesus foi alta traição.

O objetivo era dar as autoridades judaicas uma advertência: “Isto é o que os romanos farão a qualquer que se levante como rei  dos judeus”. 

Sabemos, porém, que Jesus era inocente em relação à acusação. Em nenhum momento Ele se levantou contra o governo de Roma, algo quemuitos imaginavam que Ele fizesse. Jesus deixa isso muito claro no episódio da moeda com a inscrição de César em Lucas 20.25. 

Noutra parte Ele disse:

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“Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosseentregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui. ” (João 18:36)  

“Dois assaltantes foram também crucificados ali, um à sua direita e outro à sua esquerda. ” (M ateus 27.38) 

Esses homens mereciam estar ali. Cometeram crimes reais. Sua condenação era legítima de acordo com as leis da época. Um deles reconheceisso:

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“Um dos criminosos ao lado zombava: “Então você é o Cristo, não é? Prove isso, salvando-se a si mesmo e a nós também! ” Mas o outro criminosoo repreendeu, dizendo: “Você não teme a Deus, nem estando sob a mesma sentença? Nós merecemos morrer pelos nossos crimes, mas estehomem não cometeu nenhum mal”. (Lucas 23.39-41)

Provavelmente eram terroristas, insurgentes. Alguns acreditam até que foram presos com Barrabás.

Esse fato (Jesus crucificado entre dois criminosos) cumpriu a profecia de Isaías 53.12:“Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte , e foi contado comos transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores. ”  

O fato de ter ficado no meio caracterizava Jesus como o pior dos três criminosos.

“E o povo que passava dirigia-lhe ofensas, sacudindo a cabeça para ele e dizendo: “É! Você pode destruir o templo e construí -lo outravez em três dias, não é? Ora, desça da cruz e salve sua vida se é o Filho de Deus!” (Mateus 27.39)

O sumo sacerdote zombou de Jesus, antes dele ser condenado. Os soldados zombaram de Jesus após a condenação. Agora a multidão zombade Jesus, enquanto Ele agoniza na cruz.

A cruz ficava próxima a uma estrada. As pessoas que iam e vinham olhavam com desprezo para os condenados, balançavam a cabeça em sinalde desaprovação ao que fizeram e dirigiam insultos, xingamentos aos presos.

A palavra grega usada para blasfêmia, indica difamação ou insultos abusivos.

É a mesma palavra usada em:

Apocalipse 2.9 “Eu sei quanto você sofre pelo Senhor e sei tudo a respeito da sua pobreza, mas você tem riquezas!  Conheço a calúnia daqueles que se opõema você, que dizem que são judeus, mas não são, porque sustentam a causa de Satanás. ” 

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Judas 9 “O próprio Miguel, um dos anjos mais poderosos, quando estava discutindo com o Diabo a respeito do corpo de Moisés, não se at reveu a acusarou zombar  dele, mas simplesmente lhe disse: “Que o Senhor o repreenda! ”  

Mateus 26.65,66 “Então o sumo sacerdote rasgou suas vestes, gritando: “Blasfêmia! Que necessidade nós temos de outras testemunhas? Todos ouviram o que

ele disse! Qual é a sentença de vocês? ” Eles bradaram: “Ele é culpado de morte! ” O fato de Jesus ter suportado toda essa zombaria em silêncio prova que nele não havia treva alguma 1 João 1.5.

Umas das principais acusações feitas a Jesus, de que Ele era um traidor, é o fato de ter dito que destruiria o templo e o reedificaria em três dias.Isso parecia provar que Ele desejava promover uma revolução.

Essa declaração se espalhou de forma viral. Alguns a consideravam ridícula outros esperavam ansiosamente, para ver como faria isso.

A verdade é que as pessoas não entenderam que Jesus falava sobre o seu próprio corpo. De que Ele edificaria um Templo muito superior aquele.

“Pois bem”, respondeu Jesus. “Destruam este santuário, e em três dias eu o levantarei! ”  “Como? ”, exclamaram eles. “Levou 46 anos paraconstruir-se este templo, e o Senhor vai levantá- lo em três dias? ” Acontece que o templo do qual ele falava era o seu corpo. Mais tarde, quandoJesus ressuscitou, os seus discípulos se lembraram que ele havia dito isso. Então creram na Escritura e na palavra que Jesus dissera. (João2.19-22)

De qualquer forma os acusadores estavam de “alma lavada”, e lançaram isso em rosto:

“É! Você pode destruir o templo e construí-lo outra vez em três dias, não é? Ora, desça da cruz e salve sua vida se é o Filho de Deus!”  

“E os sacerdotes principais e os mestres da lei também zombaram dele. “Ele salvou os outros”, caçoavam, “mas não pode salvar -se a simesmo! Então ele é o rei de Israel? Pois desça da cruz e nós creremos nele! Ele confiou em Deus. Deus que mostre sua aprovação a ele,livrando-o! Ele não disse: ‘Sou o Filho de Deus’? ” E os assaltantes que haviam sido crucificados com ele também faziam -lhe as mesmasacusações. ” (Mateus 27.41- 44) 

Nesse ponto a zombaria era generalizada. Todos escarneciam.

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Reconhecem que Jesus salvou os outros. As curas, libertações, ressurreições, enfim tinham em mente os milagres que Jesus operou. No entanto,eles o desafiam a descer da cruz. Se o fizesse creriam nele.

É algo parecido com a insinuação do Diabo na tentação:

“Então o Diabo tentou Jesus, sugerindo: “Já que você é Filho de Deus, transforme estas pedras em pães” (Mateus 4.3)  

Mas Jesus não cedeu. Ele não podia descer. Havia conversado com o Pai sobre isso no  Getsêmani. Poder não lhe faltava.

Jesus sabia que em pouco tempo ressuscitaria. Descer da cruz a essa altura seria um desperdício, já que havia suportado coisas horríveis.

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“Naquela tarde, a terra inteira ficou escura durante três horas, desde o meio-dia até as três da tarde. Perto das três horas, Jesus clamou:“Eli, Eli, lamá sabactâni?”, que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que o Senhor me abandonou?” (Mateus 27.45,46) 

A natureza manifesta sua tristeza. O mundo escureceu. A luz do mundo estava prestes a ser apagada e seu servo, o sol, recolhe também a sualuz. Não podia brilhar enquanto seu mestre padecia.

Jesus é o Príncipe da Criação. Veja o que diz as Escrituras:

“Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. ” (João 1:3) 

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“Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações,  sejam principados,sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. ” (Colossenses 1.16,17) E assim como quando Jesus nasceu uma grande luz brilhou (Lucas 2.9), agora quando Ele está desfalecendo a natureza desfalece, em reverênciaa seu maestro.

Ao final das três horas de trevas Jesus clama em aramaico: “Meu Deus, meu Deus, por que o Senhor me abandonou? ” 

Essa declaração é o resumo do sofrimento de Jesus. Aquele que era um com o Pai. O Unigênito. Procura e não encontra.

Jesus estava separado de Deus por causa do pecado da humanidade que agora estava sobre Ele. Estar longe de Deus foi sua maior dor.

“Alguns dos que estavam presentes ouviram isso e disseram: “Ele está chamando Elias”. Um deles correu e ensopou uma esponja comvinho azedo, pôs numa vara e suspendeu-a para que ele bebesse. Mas os outros diziam: “Deixe-o sozinho. Vamos ver se Elias vem salvá-lo”. (Mateus 27.47-49) 

Jesus é mais uma vez incompreendido. Por acharem que Ele estava delirando.

Algo não incomum devido a sede, a perda de sangue, a dor, a febre, era comum que o réu começasse a dizer coisas sem sentido. Por acharemque era esse o caso, alguém ensopou uma esponja com vinho azedo e mais uma vez tentou dar a Jesus.

“Então Jesus clamou outra vez, entregou o espírito e morreu. ” (M ateus 27.50) 

É espantoso o fato de Jesus ter morrido tão rápido. Ele permaneceu apenas seis horas na cruz. Das nove da manhã, até as seis da tarde. Nos levaa pensar que isso foi causado pela terrível tortura aplicada pelos soldados.

A morte de Jesus na cruz foi real. Sua morte comprova sua humanidade. Ele se identificou perfeitamente conosco.

É provável que causa da morte de Jesus na cruz tenha sido ruptura do coração, o que explicaria seu grito agonizante de dor.

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Diego Nascimento 

A descrição de João nos leva a pensar assim:

“Então os soldados vieram e quebraram as pernas dos dois homenscrucificados com Jesus; mas quando chegaram a Jesus, viram que já estava morto, e por isso não quebraram as suas pernas. Contudo,um dos soldados furou seu lado com uma lança, e daí correu sanguecom água. (João 19.32-34)

A lança chegou até perto de seu coração.

Quando o coração se rompe, o sangue fica concentrado no pericárdio, oligamento em torno da parede do coração, dividindo-se numa espécie decoágulo de sangue e soro aquoso. Essa evidência é contundente naafirmação de que Jesus realmente morreu na cruz, não foi tirado vivopara depois ser reanimado e forjar a ressurreição.

Ou seja, o registro de João se reveste de maravilhoso valor, embora elenão tivesse conhecimento científico.

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Capítulo 5 

AS SETE DECLARAÇÓ ES DE JESUS NA CRUZ  

A sequência listada abaixo não representa necessariamente a ordem original das palavras de Jesus na cruz, pelo fato de ser extraída de

todos os evangelhos, que não apresentam sequência específica para tal.

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1.  A oração de Jesus pedindo perdão para seus inimigos. Proferida provavelmente no início da crucificação. (Lucas 23.34); 

2.  A promessa ao assaltante arrependido (Lucas 23.42); 

3.  Confia sua mãe aos cuidados de João (João 19.26,27); 

As declarações iniciais foram feitas antes que as trevas cobrissem o local. Outro ponto a ser destacado é que nessas declarações de Jesus na

cruz, percebesse a preocupação dele por outros, algo que demonstra a grandeza do seu Amor.

4.  Pouco antes de sua morte, ouve-se o clamor à procura do Pai (Marcos 15.34; Mateus 27.46); 

5.  O grito de angústia física (João 19.28); 

6.  O grito de vitória (João 19.30); 

7. 

O grito de resignação (Lucas 23.46); 

As quatro últimas declarações de Jesus na cruz dizem respeito a Ele mesmo. A sua separação de Deus, sua dor, seu triunfo. Sua entrega.

 

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Capítulo 6 

Ó VEU DÓ TEMPLÓ E A MÓRTE DE JESUS NA CRUZ 

“Naquele mesmo instante a cortina que separava o Lugar Santíssimo do Templo foi rasgada de cima até embaixo; a terra estremec eu, e

as rochas se partiram. ” (Mateus 27.51) 

 

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Diego Nascimento 

O véu do Templo era extremamente resistente.

Tinha a largura de uma mão de espessura. Era tecido com setenta e duas dobras torcidas, cada dobra feita com vinte e dois fios. Sua altura erade dezoito metros com nove de largura.

Somente uma força extraordinária para rasgá-lo de alto a baixo.

O véu dividia o Lugar Santo, do Santo dos Santos, onde o sumo sacerdote se apresentava no dia da expiação (Levítico 16.1-30). 

A presença de Deus estava diretamente ligada ao Santo dos Santos, sendo assim era um lugar de maior acesso a Deus.

A morte de Jesus na cruz deu fim a essa separação, entre os homens e Deus.

O sacrifício de Jesus foi perfeito e definitivo. O sangue de Jesus é superior ao de animais.

“E, uma vez por todas, levou sangue para dentro do Santo dos Santos, e o salpicou sobre o propiciatório; mas não era sangue d e bodes nem debezerros. Lá, ele levou o seu próprio sangue e, com esse sangue, ele garantiu a nossa salvação eterna. E se, sob o sistema antigo, o sangue dostouros e bodes e as cinzas das novilhas eram espalhadas sobre as pessoas impuras e tornavam as pessoas exteriormente puras, quanto mais osangue de Cristo transformará as nossas vidas e os nossos corações. O sacrifício dele purificará a nossa consciência de atos que levam à mortee nos faz desejar servir ao Deus vivente; pois, com a ajuda do eterno Espírito Santo, Cristo de bom grado entregou-se a Deus para morrer pelosnossos pecados — ele, que era perfeito, sem uma única falta ou pecado. Cristo veio para ser o mediador desta nova aliança para que todos osque são convidados possam vir e herdar para sempre todas as maravilhas que Deus lhes prometeu. Porque Cristo morreu para livrá-los do castigo

dos pecados que eles tinham cometido enquanto ainda estavam debaixo da primeira aliança. ”  (Hebreus 9.11-15) 

O véu rasgado simboliza o fim da adoração judaica (ritos, costumes, dias, sacrifícios, etc.) como caminho da alma à procura de Deus.Após a morte de Jesus na cruz os judeus viram que o véu do Templo foi rasgado, foi então que eles souberam que haviam cometido um grandeerro.

Algo que ficou ainda mais evidente na madrugada do terceiro dia, quando Jesus Ressuscitou! 

 

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