EA E REEÇÃO E EÇÃO O RATO - ISGH
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MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU)
| E L A B O R A Ç Ã O |
Braulio Matias de Carvalho | Médico Infectologista – ISGH
José Mauricio Pereira Lopes | Médico Infectologista – HRC
Pablo Pita| Médico Infectologista – HRC
Selma Furtado Magalhães | Gerente de Risco – ISGH
Tatiane Câmara de Morais | Enfermeira SCIH – HRC
Vivian Souza Cavalcante | Enfermeira do SCIH – HRC
| COLABORAÇÃO |
Rafaela Neres Severino | Gerente de Nutrição – ISGH
Virginia Angélica Lopes Silveira | Gerente do CEPEP – ISGH
| V A L I D A Ç Ã O |
Flávio Clemente Deulefeu | Diretor Técnico – ISGH
| F O R M A T A Ç Ã O |
Comunicação Visual | ISGH
| D A T A |
Agosto de 2014
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MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU)
1. Recomendações a Serem Seguidas ANTES do Uso de Cateter Vesical.................. 4
2. Técnica Apropriada de Inserção........................................................................... 5
3. Registro da Passagem do Cateter Urinário.......................................................... 5
4. Manuseio Correto do Cateter................................................................................ 6
5. Avaliação Diária Durante a Evolução Médica e de Enfermagem........................... 7
6. Infraestrutura para Prevenção............................................................................ 7
7. Vigilância de Processo......................................................................................... 7
8. Educação Permanente e Treinamento................................................................... 8
9. Estratégias Especiais para Prevenção de ITU-RC |................................................ 8
10. Recomendações Gerais...................................................................................... 9
11. Referências Bibliográficas.................................................................................... 9
12. Anexo.................................................................................................................. 10
| S U M Á R I O |
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MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU)
| RECOMENDAÇÕES A SEREM SEGUIDAS ANTES DO USO DE CATETER VESICAL |
Inserir cateteres somente para INDICAÇÕES APROPRIADAS, e mantê-los somente o tempo necessário.
1. Preferir a sondagem intermitente ou de alívio ou cateter tipo “condon”;
2. Avaliar a possibilidade de métodos alternativos para drenagem de urina, tais como:
a. Estimular a micção espontânea através da emissão de som de água corrente;
b. Aplicar bolsa com água morna sobre a região suprapúbica;
c. Realizar pressão suprapúbica delicada;
d. Fornecer comadres e papagaios;
e. Utilizar fraldas, auxiliar e supervisionar idas ao toalete; e
f. Utilizar sistemas não invasivos tipo “condon” em homens.
3. Evitar o uso e reduzir a duração de cateter urinário em todos os pacientes que possuem maior risco para infecção de trato urinário relacionado a catéter, tais como mulheres, idosos e pacientes com imunidade comprometida;
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MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU)
5. Evitar o uso e reduzir a duração de cateter urinário em todos os pacientes que possuem maior risco de mortalidade, tais como os idosos e pacientes com doença grave;
| TÉCNICA APROPRIADA DE INSERÇÃO |
1. Siga criteriosamente o POP “Passagem de Sonda Vesical de Demora” (anexo 1);
2. Higienizar as mãos antes e após a inserção do cateter e antes e após qualquer manuseio do sistema ou de seus elementos;
3. Utilizar técnica asséptica e material estéril para inserção;
4. Utilizar luvas, campo, solução antisséptica (solução de clorexidine aquoso) para limpeza do meato uretral, gel lubrificante estéril de uso único (ou primeiro uso) na inserção;
5. Utilizar cateter de menor calibre possível para evitar trauma uretral;
6. Utilizar sistema de drenagem fechado com válvula anti-refluxo.
| REGISTRO DA PASSAGEM DO CATETER URINÁRIO |
1. Registrar no prontuário médico as seguintes informações:
a. indicação da passagem do cateter;
b. profissional responsável pela inserção;
c. data e hora da inserção; e
d. dia da retirada do cateter
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| VIGILÂNCIA DE PROCESSO |
Agrupar pacientes ou unidades, conforme o risco, para estabelecer a rotina demonitoramento evigilância, considerando a frequência do uso de cateteres e os riscos potenciais, como por exemplo,tipo de cirurgias, obstetrícia e unidades de terapia intensiva – UTI;
1. Utilizar critérios da ANVISA para identificar pacientes com ITU-RC (REFERÊNCIA 1);
2. Coletar informações de cateteres-dia (denominador) para pacientes no grupo ouunidades monitoradas;
3. Calcular ITU-RC para populações definidas:
a. Mensurar o uso do cateter urinário, incluindo:
• porcentagem de pacientes com cateter urinário inserido durante internação;
• porcentagem de uso do cateter com indicações adequadas;
• duração do uso do cateter.
4. Disponibilizar mensalmente as equipes e a alta direção os relatórios de vigilância epidemiológica,por unidade, contendo as densidades de incidência de ITU.
| MANUSEIO CORRETO DO CATETER |
1. Após a inserção, fixar o cateter de modo seguro e que não permita tração ou movimentação. Nos homens a sonda deve ser fixada na região suprapúbica ou face anterior da coxa e nas mulheres na face anterior da coxa.
2. Manter o sistema de drenagem fechado e estéril;
3. Não desconectar o cateter ou tubo de drenagem, exceto se a irrigação for necessária;
4. Manter o fluxo de urina desobstruído;
5. Evitar refluxo de urina do sistema de drenagem para a bexiga;
6. Esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando recipiente coletor individual e evitar contato do tubo de drenagem com o recipiente coletor;
7. Manter o nível de volume urinário abaixo de 2/3 da capacidade da bolsa coletora;
8. Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga;
9. Realizar higiene diária do meato uretral. Entretanto, limpar rotineiramente o meato uretral com soluções antissépticas é desnecessário;
10. Não é necessário fechar previamente o cateter antes da sua remoção.
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MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU)
11. Trocar todo o sistema quando ocorrer desconexão, quebra da técnica asséptica ou vazamento;
12. Se for utilizado cateterismo intermitente, realizar a intervalos regulares para evitar hiperdistensão da bexiga.
13. Para exame de urina, coletar pequena amostra através de aspiração de urina com agulha estéril após desinfecção do dispositivo de coleta:
a. Levar a amostra imediatamente ao laboratório para cultura.
14. Para coleta de grandes volumes de urina para exames específicos (não urocultura), obtenha aamostra da bolsa coletora de forma asséptica;
| AVALIAÇÃO DIÁRIA DURANTE A EVOLUÇÃO MÉDICA E DE ENFERMAGEM |
1. Reavaliar diariamente a necessidade do uso da sonda vesical;
a. Qual foi a indicação para uso de sonda vesical do paciente?
b. Esta indicação ainda está presente? Se a resposta for NÃO, PERGUNTE-SE:
c. Há alguma outra indicação para uso de sonda vesical?Se a resposta for NÃO, RETIRE A SONDA VESI-CAL;
2. Registrar no prontuário a reavaliação diária;
3. Tornar esta reavaliação parte da visita multidisciplinar e do plano terapêutico.
| INFRAESTRUTURA PARA PREVENÇÃO |
Criar e implantar protocolos escritos de uso, inserção e manutenção do cateter.
2. A inserção, a manutenção e a remoção do cateter urinário devem ser realizadas apenas por profissionai-capacitados e treinados seguindo POP’s institucionais;
3. Assegurar a disponibilidade de materiais para inserção com técnica asséptica;
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| EDUCAÇÃO PERMANENTE E TREINAMENTO |
1. Treinar a equipe de saúde envolvida na inserção, cuidados e manutenção do cateter urinário comrelação à prevenção de ITU-RC, incluindo alternativas ao uso do cateter e procedimentos de inserção,manejo e remoção.
• Avaliar os riscos e benefícios associados com o uso de cateter urinário
1. Usar cateter urinário em pacientes operados somente quando necessário, ao invés de rotineiramente;
2. Evitar o uso de cateteres urinários em pacientes para a gestão de incontinência;
3. Preferir cateterismo intermitenteàcateterização vesical crônica em pacientes com lesão medular,crianças com mielomeningocele e bexiga neurogênica eem pacientescom disfunção de esvaziamento vesical;
4. Se utilizar cateterismo intermitente, realizar a intervalos regulares para evitar hiperdistensão da bexiga;
5. No contexto de cuidados crônicos, a utilização de técnica limpa (não-estéril) para cateterismointermiten-te é uma alternativa aceitável e mais;
| ESTRATÉGIAS ESPECIAIS PARA PREVENÇÃO DE ITU-RC |
Implantar um programa na instituição para identificar e remover cateteres desnecessários, utilizandolem-bretes ou ordens para interromper o uso e avaliar a necessidade de remover o cateter.
1.1. Desenvolver e implantar política de revisão contínua, diária, da necessidade de manutenção docateter:
a. Revisar a necessidade da manutenção do cateter;
b. Lembretes padrão distribuídos no prontuário escrito ou eletrônico.
1.2. Implantar visita diária com médico e enfermeiro revisando a necessidade da manutenção do cateter;
6. Estabelecer sistema de análise e divulgação de dados sobre uso do cateter e comwplicações;
Amplie seus conhecimentos sobre Prevenção de ITU
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| RECOMENDAÇÕES GERAIS |
1. Não utilizar rotineiramente cateter impregnado com prata ou outro antimicrobiano;
2. Não triar rotineiramente bacteriúria assintomática em pacientes com cateter;
3. Nãotratar bacteriúria assintomática, exceto antes de procedimento urológico invasivo e demais indica-ções de tratamento;
4. Não usar irrigação do cateter:
a. Não realizar irrigação vesical contínua com antimicrobiano como rotina de prevenção deinfecção;
b. Não utilizar instilação rotineira de soluções antissépticas ou antimicrobiana em sacos dedrenagem uriná-ria;
c. Se houver previsão de obstrução, utilizar sistema fechado de irrigação;
d. Quando houver obstrução do cateter por muco, coágulos ou outras causas, proceder a irrigaçãointermi-tente;
5. Não utilizar rotineiramente antimicrobianos sistêmicos profiláticos;
f. Não trocar cateteres rotineiramente ou por tempo de uso.
| REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
ANVISA. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde; 2013;
Diagnosis,Prevention,and Treatment of Catheter Associated Urinary Tract Infection in Adults:2009 Interna-tional Clinical Practice Guidelines from the Infectious Diseases Society of America;
FMUSP. Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomnedações para a prevenção de Infecções Hospitalares; 2012-2014y Dis 2006;48(Suppl):S1-S322.