DUMA: AUTOMAÇÃO DE FICHA TÉCNICA PARA EMPRESA DE...
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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – BACHARELADO
DUMA: AUTOMAÇÃO DE FICHA TÉCNICA PARA
EMPRESA DE PEQUENO E MÉDIO PORTE
ANA CRISTINA ISENSEE
BLUMENAU
2014
2014/2-03
ANA CRISTINA ISENSEE
DUMA: AUTOMAÇÃO DE FICHA TÉCNICA PARA
EMPRESA DE PEQUENO E MÉDIO PORTE
Trabalho de Conclusão de Curso submetido à
Universidade Regional de Blumenau para a
obtenção dos créditos na disciplina Trabalho
de Conclusão de Curso II do curso de Sistemas
de Informação— Bacharelado.
Prof. Alexander Roberto Valdameri, Mestre - Orientador
BLUMENAU
2014
2014/2-03
DUMA: AUTOMAÇÃO DE FICHA TÉCNICA PARA
EMPRESA DE PEQUENO E MÉDIO PORTE
Por
ANA CRISTINA ISENSEE
Trabalho aprovado para obtenção dos créditos
na disciplina de Trabalho de Conclusão de
Curso II, pela banca examinadora formada
por:
______________________________________________________
Presidente: Prof. Alexander Roberto Valdameri, Mestre – Orientador, FURB
______________________________________________________
Membro: Prof. Everaldo Artur Grahl, Mestre – FURB
______________________________________________________
Membro: Prof. Cláudio Ratke, Mestre – FURB
Blumenau, 28 de novembro de 2014.
Dedico este trabalho aos meus pais, irmã e
meus amigos, que com seu apoio me ajudam a
superar os obstáculos da vida.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo seu imenso amor e graça e por estar sempre ao meu lado sempre me
mostrando qual a direção certa para a solução dos meus problemas.
À minha família, que sempre esteve presente especialmente minha mãe e minha irmã
que sempre me incentivou e me ajudou a escolher os melhores caminhos.
Aos meus amigos, pela paciência, empurrões e cobranças.
Ao meu orientador, professor Alexander Roberto Valdameri, por ter acreditado na
conclusão deste trabalho.
Aos professores do Departamento de Sistemas e Computação da Universidade
Regional de Blumenau por suas contribuições durante os semestres letivos.
Não tenho um caminho novo. O que tenho de
novo é um jeito de caminhar.
Thiago de Mello
RESUMO
O controle dos produtos criados nas empresas têxteis é um fator determinante para o sucesso,
pois representa uma parte importante da empresa. Desta forma é necessário ter um sistema
para auxiliar no controle de quais os produtos que podem ser produzidos pela empresa, assim
como seus custos e tempo para fabricação dos mesmos. A empresa Lunedi Malhas e
Confecções, dentre seus 23 anos, produziu mais de 3500 modelos diferentes e estes sem
nenhum tipo de controle ou sistema para auxiliar no controle dos produtos criados. O objetivo
deste trabalho foi desenvolver um sistema para automação de fichas técnicas para os produtos
que estão sendo criados, ou seja, juntar em um único documento todas as etapas e materiais
utilizados durante o processo de produção e desenvolvimento do produto. Ainda, a partir deste
sistema, é possível estimar o custo e tempo para a realização do processo de produção. Com a
efetivação deste controle a empresa não demanda mais tempo procurando quais os materiais
utilizados em um determinado produto, diminui o desperdício de matéria prima causada pela
compra em excesso e reduz as chances de ocorrer algum erro no processo de produção por
falta de especificações das operações. Para o desenvolvimento do projeto foi utilizado o RAD
Studio XE3 para a codificação e armazenamento no banco de dados SQL Server.
Palavras-chave: Ficha técnica. Custo. Produção.
ABSTRACT
The controlling of manufacturated products in the textile companies is a determining factor to
the success, considering it represents an important part of the company. Accordingly, it is
necessary to have a system to help controlling the products that can be produced by the
factory, as well as, the expenses and timing also. The company Lunedi Malhas Confecções
has created more than 3500 different samples in 23 years. Those samples were developed
without any kind of controlling or system to guide them to control the manufacturated
products. The goal of this task is to develop a system for the factsheets automation of the
products that have been created, in other words, put together in one unique document all the
steps and material used during the processes of criation and development of the product. Also,
from this system, it is possible to estimate the cost and time for the completion of the
production process. Commiting to this process the company won’t demand time looking for
which materials were used in a determined product, it decreases the waste of raw material
caused by shopping in excess and it also reduces the chances of mistakes during the
production for lack of operation specifications. To develop this project it’s been used RAD
Studio XE3 for coding and storage in the database sql server.
Key Words: Datasheet. Cost. Production.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Benefícios oferecidos pelo uso da TI ....................................................................... 16
Figura 2 - Processo produtivo para confecções ........................................................................ 17
Figura 3 - Atributos que definem a base de competição de uma empresa ............................... 20
Figura 4 - Sistema atual utilizado para confecção das fichas técnicas ..................................... 24
Figura 5 - Cadastro de simulação ............................................................................................. 25
Figura 6 - Relatório da ficha técnica – IDEA DOC ................................................................. 26
Figura 7 - Diagrama de caso de uso ......................................................................................... 30
Figura 8 - Diagrama de atividades ............................................................................................ 31
Figura 9 - Diagrama de entidade e relacionamento .................................................................. 32
Figura 10 - Tela do RAD Studio XE3 ...................................................................................... 33
Figura 11 - Gerenciador de banco ............................................................................................ 34
Figura 12 - Código fonte para o armazenamento do usuário ................................................... 35
Figura 13 - Código fonte do login ............................................................................................ 36
Figura 14 - Código fonte para efetuar login ............................................................................. 36
Figura 15 - Código fonte de verificação de descrição única .................................................... 37
Figura 16 - Código fonte para tratamento de exceção de chave estrangeira ............................ 37
Figura 17 - Select do relatório de custo por setor ..................................................................... 38
Figura 18 - Tela de login .......................................................................................................... 38
Figura 19 - Tela inicial nível administrador ............................................................................. 39
Figura 20 - Tela de usuário ....................................................................................................... 39
Figura 21 - Tela de usuário inserindo novo cadastro................................................................ 40
Figura 22 - Tela de cadastro de modelo ................................................................................... 41
Figura 23 - Busca do modelo por filtro de descrição ............................................................... 41
Figura 24 - Tela de modelista ................................................................................................... 42
Figura 25 - Tela de grade listando os filtros de busca .............................................................. 42
Figura 26 - Tela de coleção ao inserir uma nova coleção ........................................................ 43
Figura 27 - Descrição já cadastrada .......................................................................................... 44
Figura 28 - Ativar um registro inativo ...................................................................................... 44
Figura 29 - Tela de fornecedor ................................................................................................. 45
Figura 30 - Relatório de fornecedores ...................................................................................... 46
Figura 31 - Tela de setor ........................................................................................................... 46
Figura 32 - Mensagem de exclusão do setor selecionado ........................................................ 47
Figura 33 - Ativação do registro expedição ............................................................................. 47
Figura 34 - Tela de equipamento .............................................................................................. 48
Figura 35 - Tela de matéria prima ............................................................................................ 49
Figura 36 - Inclusão da nova matéria prima ............................................................................. 49
Figura 37 - Busca de fornecedor para matéria prima ............................................................... 50
Figura 38 - Unidade de medida da matéria prima .................................................................... 51
Figura 39 - Valor unitário da matéria prima alfinete ................................................................ 51
Figura 40 - Código de fornecedor inválido .............................................................................. 52
Figura 41 - Tela de operação .................................................................................................... 53
Figura 42 - Cadastro de operação com descrição já existente .................................................. 53
Figura 43 - Cadastro de operação ............................................................................................. 54
Figura 44 - Tela de ficha técnica .............................................................................................. 55
Figura 45 - Opções de impressão da ficha técnica ................................................................... 55
Figura 46 - Relatório de ficha técnica ...................................................................................... 56
Figura 47 - Relatório de operações da ficha técnica selecionada ............................................. 56
Figura 48 - Relatório de matéria prima da ficha técnica selecionada ....................................... 57
Figura 49 - Busca da ficha técnica ........................................................................................... 57
Figura 50 - Relatório de ficha técnica e operações ................................................................... 58
Figura 51 - Relatório de ficha técnica e matéria prima ............................................................ 58
Figura 52 - Tela de ficha técnica aba geral ............................................................................... 59
Figura 53 - Busca de coleção para inserir na ficha técnica ...................................................... 60
Figura 54 - Inserção de imagem ............................................................................................... 60
Figura 55 - Aba para inserir operações da ficha técnica........................................................... 61
Figura 56 - Busca de operação para ficha técnica .................................................................... 62
Figura 57 - Cadastro das operações .......................................................................................... 62
Figura 58 - Cadastro de matéria prima da ficha técnica ........................................................... 63
Figura 59 - Inserção da matéria prima da ficha técnica ............................................................ 64
Figura 60 - Matéria prima da ficha técnica bermuda jeans ...................................................... 64
Figura 61 - Aba de custo .......................................................................................................... 65
Figura 62 - Relatório de total por coleção ................................................................................ 66
Figura 63 - Impressão do relatório total por coleção ................................................................ 66
Figura 64 - Busca por descrição da coleção ............................................................................. 67
Figura 65 - Relatório total por modelo ..................................................................................... 67
Figura 66 - Busca do relatório total por descrição do modelo ................................................. 68
Figura 67 - Relatório total por grade ........................................................................................ 68
Figura 68 - Relatório de custo por setor de cada ficha técnica ................................................. 69
Figura 69 - Busca da ficha técnica por setor ............................................................................ 70
Figura 70 - Relatório de custo da ficha técnica ........................................................................ 70
Figura 71 - Busca da ficha técnica por descrição do modelo ................................................... 71
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Requisitos funcionais ............................................................................................. 28
Quadro 2 - Requisitos não funcionais ...................................................................................... 29
Quadro 3 - Detalhamento das funcionalidades dos sistemas Duma e MasonGief ................... 71
Quadro 4 - Descrição dos casos de uso .................................................................................... 79
Quadro 5 - Tabela de usuário ................................................................................................... 90
Quadro 6 - Tabela de coleção ................................................................................................... 90
Quadro 7 - Tabela de grade ...................................................................................................... 91
Quadro 8 - Tabela de modelista ................................................................................................ 91
Quadro 9 - Tabela de modelo ................................................................................................... 91
Quadro 10 - Tabela de setor ..................................................................................................... 92
Quadro 11 - Tabela de equipamento......................................................................................... 92
Quadro 12 - Tabela de operação ............................................................................................... 92
Quadro 13 - Tabela de fornecedor ............................................................................................ 93
Quadro 14 - Tabela de matéria prima ....................................................................................... 93
Quadro 15 - Tabela de ficha técnica ......................................................................................... 94
Quadro 16 - Tabela de matérias prima utilizadas na ficha técnica ........................................... 95
Quadro 17 - Tabela de operações utilizadas na ficha técnica ................................................... 96
LISTA DE SIGLAS
ERP – Enterprise Resource Planning
IEMI – Instituto de Estudos e Marketing Industrial
KG – Quilo
MER – Modelo Entidade Relacionamento
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
TI – Tecnologia da Informação
UML - Unified Modeling Language
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 12
1.1 OBJETIVOS DO TRABALHO ........................................................................................ 13
1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO ....................................................................................... 14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 15
2.1 O PAPEL DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES .............. 15
2.2 GESTÃO DO PROCESSO PRODUTIVO ....................................................................... 16
2.2.1 Controle de qualidade ..................................................................................................... 18
2.2.2 Gestão de custo ............................................................................................................... 19
2.2.3 Produtividade industrial .................................................................................................. 21
2.3 FICHA TÉCNICA ............................................................................................................. 22
2.4 SISTEMA ATUAL ........................................................................................................... 23
2.5 TRABALHOS CORRELATOS ........................................................................................ 24
3 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA .......................................................................... 27
3.1 LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES ....................................................................... 27
3.2 ESPECIFICAÇÃO ............................................................................................................. 28
3.2.1 Requisitos do sistema ...................................................................................................... 28
3.2.2 Diagrama de caso de uso ................................................................................................. 29
3.2.3 Diagrama de Atividades .................................................................................................. 30
3.2.4 Modelo entidade relacionamento .................................................................................... 31
3.3 IMPLEMENTAÇÃO ......................................................................................................... 33
3.3.1 Técnicas e ferramentas utilizadas .................................................................................... 33
3.3.2 Operacionalidade da implementação ............................................................................... 38
3.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 71
4 CONCLUSÕES .................................................................................................................. 74
4.1 EXTENSÕES ..................................................................................................................... 75
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 76
APÊNDICE A – Descrição dos Casos de Uso ...................................................................... 79
APÊNDICE B – Descrição do Dicionário de Dados ............................................................ 90
12
1 INTRODUÇÃO
O estado de Santa Catarina é destaque entre os polos têxteis do país tendo uma grande
diversidade de empresas desde pequeno, médio e grande porte. Este destaque ocorreu
especialmente por causa do surto de industrialização do setor têxtil local e a expansão da
indústria para o mercado nacional durante a I Guerra Mundial (LIMA; SANSON, 2008).
Segundo Assunção (2013), ―O Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI)
projeta um crescimento de 2,7% em valores para a produção da cadeia têxtil no Brasil‖. Com
esta diversidade de concorrentes entrando no mercado, as empresas da região estão adotando
estratégias diferentes para se manter no mercado e para agregar valor ao produto oferecido e
desta forma dificultar a entrada de novos concorrentes.
Para acompanhar o ritmo do mercado, cativar os clientes e suprir suas respectivas
demandas as empresas tem apostado na aquisição de sistemas de automação para fornecer
uma maior agilidade e segurança nas informações geradas na empresa. Estas automações são
vistas desde a tarefa de desenho dos moldes gradação, prototipagem, corte e criação da ficha
técnica que permite prever e controlar custos de produção possibilitando uma avaliação mais
rápida e realista do cenário de produção assim como as tecnologias para costura e separação
de pedidos para a posterior venda dos produtos (FEIRA BRASILEIRA PARA A
INDÚSTRIA TÊXTIL, 2014).
Atualmente a automação de fichas técnica é analisada e tratada como uma dificuldade
interna da empresa Lunedi Malhas e Confecções, o que pode gerar perdas durante o processo
de produção, como perda de matéria prima e até mesmo a perda do produto, que em algumas
situações pode não estar mais aceitável para a venda ao cliente. Em muitas ocasiões esta ficha
técnica é feita manualmente ou não é confeccionada sendo que a confecção das fichas
manualmente pode apresentar diversas limitações tanto práticas como lógicas sendo
ineficiente para o armazenamento e organização dos dados. Pode-se destacar algumas
desvantagens de se utilizar este método como perda de informação, dificuldade de pesquisa
coletiva e falta de padronização.
A empresa não possui um sistema automatizado para a confecção das fichas técnicas
dos produtos oferecidos por ela. Hoje muitos dos produtos são colocados em produção sem o
devido detalhamento da peça ou é apenas produzida a ficha técnica em um arquivo Microsoft
Word, onde são colocadas as informações básicas da peça a ser confeccionada, sendo que
estas nem sempre são precisas. Por se tratar de uma tarefa manual, nem sempre o usuário
13
consegue perceber que a ficha técnica está incompleta o que pode levar a perda de
informações e consequentemente uma estimativa errada do custo e tempo para a confecção da
peça, reduzindo significativamente o lucro da empresa sobre o produto.
Com o passar do tempo à empresa Lunedi Malhas e Confecções cresceu de forma que
a documentação dos processos de criação e políticas das atividades passaram a ser essenciais
para a organização da mesma. Adotando políticas para confeccionar seus documentos de
forma clara e de fácil interpretação e leitura, a empresa consegue ter maior controle sobre os
produtos a ser confeccionados (MENDONÇA, 2007). Segundo Serviço Brasileiro de Apoio ás
Micro e Pequenas Empresas (2012, p. 8) ―Além de atender em quantidade o que o mercado
solicita, a empresa de confecção precisa oferecer novidades no design, mantendo a qualidade
no produto.‖ Seguindo esta linha de pensamento, a empresa passou a adquirir recursos de
Tecnologia da Informação (TI) que proporcionam um aumento significativo de produtividade
e qualidade e que não demandam um investimento alto.
Segundo Pavoni Júnior (2008), ―Para muita gente, a ligação entre a tecnologia e o setor
têxtil é íntima e dinâmica. Afinal, foi com a transformação dos teares manuais em máquinas a
vapor que o mundo se transformou durante a Revolução Industrial.‖ Desta forma o setor de TI
voltado para o desenvolvimento de automações para indústrias têxteis vem crescendo
aceleradamente.
Diante deste cenário o problema de confecção de fichas técnica da empresa será
sanado com a criação do sistema de automação de fichas técnicas que contem todos os dados
necessários para a confecção da peça, sendo que desta forma o usuário ganha tempo e
precisão maior na estimativa dos custos e tempo necessário para a confecção do produto final.
11..11 OOBBJJEETTIIVVOOSS DDOO TTRRAABBAALLHHOO
O objetivo principal deste trabalho é apresentar um sistema para confecção de fichas
técnicas para os produtos oferecidos pela empresa Lunedi Malhas e Confecções.
Os objetivos específicos desse trabalho são:
a) permitir os cadastros e disponibilizar informações de equipamentos, matéria prima
e operações;
b) permitir a criação de fichas técnicas;
c) calcular o custo das peças;
14
d) demonstrar graficamente informações que podem ser utilizadas na escolha dos
modelos para produção.
11..22 EESSTTRRUUTTUURRAA DDOO TTRRAABBAALLHHOO
No primeiro capítulo tem-se a introdução ao tema principal deste trabalho com a
apresentação da justificativa e dos objetivos.
O segundo capítulo apresenta a fundamentação teórica pesquisada sobre o papel da
tecnologia da informação nas organizações, gestão de processo produtivo, controle de
qualidade, gestão de custos, produtividade industrial, ficha técnica, sistema atual e trabalhos
correlatos.
O terceiro capítulo apresenta o desenvolvimento do sistema iniciando-se com o
levantamento de informações, tendo na sequência a especificação, requisitos do sistema,
diagrama de caso de uso, diagrama de atividade, modelo entidade relacionamento,
implementação, técnicas e ferramentas utilizadas, operacionalidade da implementação e
resultados e discussão.
No quarto capítulo tem-se as conclusões deste trabalho bem como apresentam-se
sugestões para trabalhos futuros.
15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo apresenta os principais conceitos, técnicas e ferramentas abordadas no
trabalho, tais como o papel da tecnologia da informação nas organizações, gestão do processo
produtivo, controle de qualidade, gestão de custo, produtividade industrial, ficha técnica e
trabalhos correlatos.
22..11 OO PPAAPPEELL DDAA TTEECCNNOOLLOOGGIIAA DDAA IINNFFOORRMMAAÇÇÃÃOO NNAASS OORRGGAANNIIZZAAÇÇÕÕEESS
A tecnologia da informação tem ocupado cada vez mais lugares na sociedade, na vida
das pessoas e nas organizações seja por meio de fontes de trabalho, educação ou
entretenimento. E com o avanço do relacionamento do mundo com a tecnologia fica difícil
perceber um mundo sem tecnologia, mas que por outro lado deve ser tratado com atenção ao
utilizar tecnologias para compartilhar as informações muitas vezes restritas (ALBERTIN;
MOURA, 2004, p. 13).
Para transformar e tratar essas informações, sejam elas restritas ou não, extraídas das
empresas, requer planejamento, organização e procedimentos definidos. Os sistemas
automatizados facilitam o processamento e disseminação do conhecimento dentro das
organizações o que agiliza e integra diversas etapas que ocorrem dentro da organização
(CANUTO; GIUZIO JÚNIOR, 2009, p. 15).
Anteriormente na primeira fase as empresas usavam os computadores apenas para
aumentar a rapidez e a eficiência das atividades sem a integração das etapas. Sendo que a
atividade mais beneficiada com o uso da tecnologia era a administrativa, pois as atividades de
produção não eram objetos de preocupação dos fabricantes de hardware e software (CRUZ,
2008, p. 82).
Atualmente as empresas que não possuem nenhum recurso de TI para agilizar os
processos tanto internos quanto externos acabam perdendo competitividade e agilidade no
processo produtivo da empresa, o que faz muita diferença no mercado atual (HABERKORN,
2007, p. 26). Em função deste grande avanço tecnológico a Figura 1 mostra detalhadamente
os custos e benefícios que a tecnologia da informação pode gerar nas organizações.
16
Figura 1 - Benefícios oferecidos pelo uso da TI
Fonte: Albertin e Moura (2004, p. 52).
Desta forma a TI, deixou de ser apenas uma função organizacional e passou a integrar
toda a organização, diminuindo os obstáculos de tempo e espaço, facilitando a comunicação
entre as pessoas e as organizações. A TI transforma toda a estrutura da empresa possibilitando
a troca de arquivos e conhecimento, criando um diferencial competitivo (CANUTO; GIUZIO
JÚNIOR, 2009, p. 19).
22..22 GGEESSTTÃÃOO DDOO PPRROOCCEESSSSOO PPRROODDUUTTIIVVOO
A gestão do processo produtivo é a coordenação das atividades integradas da empresa
de modo que busquem os resultados do negócio como um todo (SERVIÇO BRASILEIRO DE
APOIO ÁS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2007, p. 7). E para gerenciar as atividades
de uma empresa é fundamental que esta possua metas que permitem direcioná-la aos seus
objetivos, sendo que estas devem ser simples, mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporais
(COSTA JÚNIOR, 2008, p. 18).
Após ter determinado o objetivo e as metas é dado início a uma combinação de
pessoas e de tecnologias para atingir os objetivos estabelecidos. Desta forma a produção
torna-se a parte mais importante da empresa e que deve ser bem administrada para utilizar
17
eficientemente os recursos disponíveis e atingir o objetivo a que se propõe (PARANHOS
FILHO, 2007, p. 12).
O processo produtivo é um sistema onde agem e interagem muitas variáveis sendo elas
mão de obra que é frequentemente indicada como a causadora dos problemas, matéria prima
que requer mais atenção à qualidade e tipo de armazenagem, máquina ou equipamento que
normalmente apresenta sinais visíveis quanto à ocorrência de problemas e que deve ser
adaptada a empresa e seu uso, método para organização e redução de falhas e o meio
ambiente que influi tanto no aspecto físico quanto o ambiente emocional dos funcionários que
estão trabalhando no local (PARANHOS FILHO, 2007, p. 36).
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas (2007, p. 7)
―Na visão da indústria têxtil o processo produtivo é uma sequência operacional que se inicia
no planejamento da coleção e desenvolvimento do produto, passando por toda a produção da
peça até chegar à expedição.‖ Depois da etapa de expedição o produto chega ao cliente e é
repassado ao público em geral. A Figura 2 mostra detalhadamente o fluxograma do processo
produtivo para confecções.
Figura 2 - Processo produtivo para confecções
Fonte: Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas (2007, p.
8).
18
O processo produtivo de uma confecção engloba as etapas de criação,
desenvolvimento técnico, modelagem, pilotagem, aprovação, gradação e produção. A
primeira etapa a ser cumprida é a parte de criação do produto onde os responsáveis efetuam
pesquisas de novas tendências, identificando a necessidade dos clientes e respeitando a
capacidade de produção da empresa (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÁS MICRO E
PEQUENAS EMPRESAS, 2007, p. 10).
Após o desenvolvimento da primeira etapa é dado início ao desenvolvimento técnico
da peça. Em seguida a etapa de modelagem que utiliza as informações da ficha técnica para
desenvolver os primeiros moldes e peça piloto, passando assim para a fase de análise técnica
da viabilidade de produção. Nesta fase se a peça for aprovada a seqüência operacional e
repassada para a ficha técnica e esta é lançada para o setor de produção, mas se não houver a
aprovação à mesma volta para as etapas anteriores para ser remodelada até chegar ao
resultado satisfatório (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÁS MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS, 2007, p. 13).
2.2.1 Controle de qualidade
Qualidade por definição é segundo a ISO 9000:2000, o grau de satisfação de requisitos
dados por um conjunto de características intrínsecas (SARAIVA; TEIXEIRA, 2009, p. 19).
No entanto o conceito de qualidade, nas suas mais variadas faces, tem evoluído com o passar
do tempo, pois se baseava apenas nas características das peças em um tempo em que o
consumidor estava apenas interessado no preço e não na qualidade (LOBO, 2010, p. 15).
O passar dos anos e os erros do passado contribuíram para dar solidez a um corpo de
conhecimento, gerando novas informações sobre qualidade. Dentre os erros do passado pode-
se destacar que a qualidade deve ser direcionada a adequação e expectativas dos clientes e
deve estar presente em todos os processos da empresa não somente nas características do
produto. É alimentada por tecnologias e ferramentas especificas e deve levar em conta a
prevenção, redução dos desperdícios e melhoria continua (SARAIVA; TEIXEIRA, 2009, p.
23).
Durante a história, a gestão de qualidade passou por diversas melhorias e etapas sendo
que as três mais conhecidas são as etapas de inspeção onde o próprio produtor e o cliente
inspecionava o produto. A etapa de controle estatístico onde eram aplicadas técnicas
19
estatísticas para detalhar cada produto e a etapa de qualidade total que possui o cliente como
foco principal da empresa que dirige seus esforços para satisfazer as suas necessidades e
expectativas (OLIVEIRA, 2006, p. 4).
Dentre todas as fases a gestão de qualidade falha ao considerar que qualidade é apenas
um atributo inerente ao produto (PALADINI, 2012, p. 6). Entre múltiplas visões de qualidade
esta pode ser definida como um conjunto de atividades de característica operacional utilizada
para satisfazer os requisitos de qualidade. Com o objetivo de acompanhar processos e
eliminar as deficiências em todo o ciclo de modo a atingir a eficácia econômica (LOBO,
2010, p. 18).
Assim como qualquer ação gera benefícios na produção do produto à qualidade
também pode trazer benefícios tanto nos processos de produção como também econômicos à
empresa, ou seja, quando a empresa pratica a qualidade a mesma reduz as despesas.
Produzindo com qualidade a empresa assegura uma maior atuação no mercado gerando novas
receitas, possui maior competitividade ganhando novos mercados, trabalha com preços mais
estáveis e cria maior fidelidade dos clientes o que gera receitas estáveis e coloca a empresa
em posição de vanguarda entre as suas concorrentes (CARVALHO, 2005, p.93).
2.2.2 Gestão de custo
Toda empresa que adquire determinadas matérias primas e com o auxílio de
equipamentos e mão de obra transforma estas matérias primas em produtos acabados são
classificadas como empresa industrial (PEREZ JÚNIOR; OLIVEIRA; COSTA, 2012, p. 4).
Toda indústria gera durante o processo de transformação custos incorridos no processo de
produção que são classificados de acordo com seu relacionamento com o produto e a
produção do mesmo (PEREZ JÚNIOR; OLIVEIRA; COSTA, 2012, p. 6).
Estes custos de produção são classificados como matéria prima que são os materiais
diretamente aplicados no produto final, mão de obra direta, custos indiretos e despesas não
operacionais que também são conhecidos como de natureza não industrial (SANTOS, 2005, p.
34). O custo do produto também está relacionado às tomadas de decisões ao longo do projeto
que influenciam na determinação do custo, ou seja, se uma decisão for tomada em bases
inadequadas pode gerar custo elevado do produto (ROMEIRO FILHO; FERREIRA et al.,
2010, p. 263).
20
Desta forma a determinação do custo do produto é altamente dependente de
suposições e estimativas adquiridas na fase de coleta de dados que pode ser melhorado com a
ajuda de fornecedores e análises de dados históricos (BACK; OGLIARI; DIAS; SILVA,
2008, p. 352). O custo de hoje, na sua maioria são consequências de decisões de investimento
tomadas no passado (CLEMENTE, 2011, p. 15).
Dentro desta grande base de dados para pesquisa e coleta das informações podem-se
encontrar algumas incertezas ocorridas durante o processo de levantamento de custo que
geralmente são identificadas na diferença entre o desempenho esperado e o atual. Estas
incertezas estão relacionadas à mudança nas operações, manutenção de equipamentos,
problemas técnicos não previstos, avanços tecnológicos, mudança nos preços e imprecisões na
base de dados (BACK; OGLIARI; DIAS; SILVA, 2008, p. 353).
Uma das mudanças tecnológicas que já pode ser vista é a mudança da mão de obra
para a automação da produção o que faz com que o custo direto de mão de obra seja
substituído pelo custo de depreciação e manutenção dos equipamentos de automação (PEREZ
JÚNIOR; OLIVEIRA; COSTA, 2012, p. 234).
A automação dos processos está vinculada a elevada competição entre empresas que
estão em busca da melhor combinação de atributos a serem oferecidos aos clientes. A
competitividade de uma empresa depende da forma como ela combina os cinco atributos que
são qualidade, velocidade, confiabilidade, flexibilidade, inovação e custo (SOUZA; DIEHL,
2009, p. 4).
A Figura 3 monstra detalhadamente a base para a competitividade de uma empresa.
Figura 3 - Atributos que definem a base de competição de uma empresa
Fonte: Souza e Diehl (2009, p. 4).
21
A partir desta análise prévia o custo deve ser analisado também com base nas
necessidades do mercado, concorrentes do nicho de mercado e relação do custo com o volume
de produção e por último a avaliação do lucro pretendido pela empresa (ROMEIRO FILHO;
FERREIRA et al., 2010, p. 263). Sendo que o lucro, presente e futuro, é apenas um indicador
da eficiência da administração em fazer o capital investido crescer e perpetuar (CLEMENTE,
2011, p. 7).
2.2.3 Produtividade industrial
Produtividade significa manter a produção ao mesmo tempo em que se diminuem os
insumos, ou ainda aumentar a produção ao mesmo tempo em que diminuem os insumos
(JENNINGS, 2003, p. 13). Já a administração da produção controla a maneira em que as
organizações produzem os bens e serviços. Tudo o que você veste, come e usa chega ao seu
destino final graças aos gerentes de operação que organizaram sua produção industrial,
otimizando o tempo de confecção do produto (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2009, p.
4).
Para administrar a produção de uma indústria é necessário identificar as três funções
centrais de qualquer organização que é a função de marketing responsável por comunicar os
produtos de uma empresa. A função do desenvolvimento do produto que é responsável por
criar novos produtos, de modo a gerar solicitações futuras de consumidores interessados no
produto oferecido. E a função de produção que é a responsável por satisfazer as solicitações
de consumidores através da produção e posterior entrega dos produtos (SLACK;
CHAMBERS; JOHNSTON, 2009, p. 5).
Com a produção controlada a empresa consegue eliminar alguns desperdícios como o
desperdício de superprodução que é considerada a mais danosa e é causada por produzir mais
do que o necessário, fazendo com que as peças fiquem na fábrica a espera por mais tempo.
Desperdício de tempo disponível quando existe uma perda gerada por um lote que esta a
espera de algum recurso ou liberação para os demais processos, desperdício em transporte,
desperdício do processo que são perdas ao longo do processo produtivo devido ao nível de
desempenho esperado. Desperdício de estoque disponível causado pelo excesso de produtos
acabados ou matérias primas em estoque. Desperdício de movimento causado pela
movimentação dos operários em vão e desperdício de produtos defeituosos causados durante a
22
fabricação de produtos que não estão no padrão e qualidade estabelecida pela empresa
(RAMOS et al., 2010, p. 86).
Com a administração da produção é possível reduzir os desperdícios citados acima e
trazer diversas vantagens como a redução de custo, aumentar a receita e nível de satisfação
dos clientes e diminuir significativamente os investimentos para a produção, mantendo os
níveis de serviços estabelecidos para se chegar ao objetivo final da empresa (SLACK;
CHAMBERS; JOHNSTON, 2009, p. 22).
22..33 FFIICCHHAA TTÉÉCCNNIICCAA
O processo de criação da ficha técnica é essencial, pois esta deve conter todas as
informações sobre o produto e descrição da elaboração da peça, sendo possível a partir dela
planejar as etapas seguintes do produto. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e
Pequenas Empresas (2007, p. 15) ―É o histórico do produto e deve ser desenvolvida
juntamente com a peça piloto.‖
Uma boa ficha técnica deve conter informações claras sobre o produto, os
procedimentos de modelagem e montagem da peça, tipo e quantidade de matéria prima e
aviamento utilizado, composição do tecido, custo e tempo estimado para fabricação da peça a
ser desenvolvida (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÁS MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS, 2007, p. 15).
O tempo estimado para fabricação da peça, também conhecido como tempo técnico de
cada uma das operações que compõem o produto deve estar especificado na ficha técnica
(MENDONÇA, 2007, p. 76). Já os equipamentos podem ser classificados em duas partes os
equipamentos que não fazem parte diretamente do processo produtivo, tal como aquecimento,
ar condicionado e ar comprimido, e equipamentos que fazem parte diretamente do processo
produtivo, que inclui todas as máquinas que servem para a produção da peça (MENDONÇA,
2007, p. 83).
A determinação do custo da peça realiza-se mediante os cálculos baseados sobre todos
os elementos que possuem uma relação direta e indireta com a produção do produto como
equipamentos e operações. No entanto no momento de calcular o custo dispõe-se de dados
que nem sempre são estabilizados como o custo da mão de obra que pode apresentar variações
durante o período de produção do produto. Existindo estas possibilidades de agravamento de
23
custos, deve-se modificar o resultado do cálculo por uma porcentagem prudente, ou seja, com
tendência para um valor maior (MENDONÇA, 2007, p. 169).
Desta forma, cada empresa pode customizar a ficha técnica de acordo com os seus
objetivos, ou seja, cada empresa descreve e ressalta os procedimentos e materiais mais
importantes para a confecção da peça. Sendo que com as informações da ficha técnica é
possível calcular o custo da peça e avaliar se esta retornará lucro ou prejuízo à empresa. A
ficha técnica está presente durante todo o processo produtivo técnico passando por diversas
áreas da empresa até chegar ao seu desenvolvimento completo. Sendo que apenas após a
aprovação da peça piloto e definições de materiais e seus devidos fornecedores que é possível
preencher detalhadamente e com precisão a ficha técnica (SERVIÇO BRASILEIRO DE
APOIO ÁS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2012, p. 19).
22..44 SSIISSTTEEMMAA AATTUUAALL
Atualmente o setor de desenvolvimento da empresa Lunedi Malhas e Confecções não
possui um sistema de automatização para ficha técnica, usando somente um arquivo do
Microsoft Word para a confecção de suas fichas técnicas. Este arquivo é feito geralmente por
uma pessoa que detalha como a peça deve ser costurada, ou seja, apenas a descrição das
operações da peça, sendo que as outras informações como matéria prima e seus fornecedores,
preços e tempo de confecção da peça são colocadas em cadernos ou agendas. Desta forma o
conteúdo que deveria estar junto fica separado, um em meio eletrônico e outro em papel o que
aumenta o risco de perda da informação.
A cada peça a ser desenvolvida é criado um novo arquivo onde são colocadas as
informações sobre a costura da peça e uma imagem da peça de como deve ficar depois de
pronta. Este arquivo não possui outro tipo de detalhamento e nem restrições de quem pode
alterar os procedimentos detalhados no mesmo, ou seja, qualquer pessoa pode ter acesso ao
arquivo e editar as informações contidas no arquivo.
A confecção de uma ficha técnica é realizada da seguinte forma:
a) o funcionário responsável abre um novo arquivo no Microsoft Word e insere uma
tabela;
b) o responsável digita as operações a serem seguidas na costura da peça;
c) o responsável verifica se a ordem de operação de costura esta correta;
24
d) o responsável insere uma imagem da peça;
e) o responsável salva o arquivo e imprimi o mesmo.
Neste arquivo não a um padrão específico para seguir e desta forma o responsável
pelas fichas técnicas pode fazer cada uma de uma forma diferente e também colocar
informações com o mesmo significado mais escritas de maneira diferente.
A Figura 4 demonstra um exemplo da confecção da ficha técnica no Microsoft Word
feita atualmente pela empresa.
Figura 4 - Sistema atual utilizado para confecção das fichas técnicas
Fonte: Lunedi Malhas e Confecções (2013).
22..55 TTRRAABBAALLHHOOSS CCOORRRREELLAATTOOSS
Esta seção apresenta alguns trabalhos que merecem ser destacados pela utilização de
tecnologia para o melhoramento estratégico e produtivo para empresas de pequeno e médio
porte.
O trabalho de conclusão de curso de Lucas Rhuan Fischer trabalha com o conceito de
custeio padrão onde o sistema gera o custo e preço de venda e uma análise de preço dos
componentes do produto. O custo é calculado com base nos produtos, últimas vendas e
insumos. O sistema demonstra todos os gastos que a empresa tem para a confecção do
25
produto, assim o usuário pode realizar uma simulação de custo padrão para o produto, afim
de, tomar decisões sobre a compra de matéria prima e reajuste de preços (FISCHER, 2011).
Na Figura 5 é apresentada a tela de simulação de custo do produto, onde o usuário
pode incluir uma nova simulação ou editar uma simulação já existente.
Figura 5 - Cadastro de simulação
Fonte: Fischer (2011, p. 41).
O Audaces IDEA DOC é um módulo do Audaces IDEA que ajuda na confecção de
fichas técnicas integrando todas as informações das etapas anteriores de produção da peça
para a elaboração do produto final. É possível organizar as informações já cadastradas
gerando assim a ficha técnica definida no modelo, além de trazer diversos outros modelos de
fichas técnicas prontas e personalizáveis. O Audaces IDEA foi desenvolvido pela Audaces
que é uma empresa especializada no desenvolvimento de sistemas para confecções têxteis que
atua no mercado desde 1992 (AUDACES, 2014).
26
Na Figura 6 é apresentado um relatório de ficha técnica criado no Audaces IDEA
DOC.
Figura 6 - Relatório da ficha técnica – IDEA DOC
Fonte: Audaces (2014).
27
3 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA
Neste capitulo são apresentadas as características do sistema desenvolvido, bem como
os requisitos funcionais e não funcionais o diagrama de caso de uso, diagrama de atividades e
o Modelo Entidade Relacionamento (MER). São também descritas as ferramentas e técnicas
utilizadas durante o processo de desenvolvimento, a implementação, assim como os
resultados obtidos.
33..11 LLEEVVAANNTTAAMMEENNTTOO DDEE IINNFFOORRMMAAÇÇÕÕEESS
A partir dos objetivos estabelecidos no trabalho foi desenvolvido um sistema desktop
para automatização das fichas técnicas que consiste em auxiliar na gestão do processo
produtivo e facilitar o dia a dia dos usuários diminuindo o tempo de ação nesta tarefa. O
sistema apresenta o controle de usuário para que somente pessoas autorizadas possam
visualizar e alterar os dados da ficha técnica, minimizando os possíveis erros de
preenchimento. O controle é efetuado através de três níveis de usuário, o desenvolvedor, o
operador e o administrador.
Após o usuário efetuar o login este terá acesso às informações de acordo com o seu
nível podendo cadastrar, consultar, alterar e excluir os dados. Os usuários de nível
administrador tem acesso a todo o sistema. Já o usuário de nível desenvolvedor tem acesso
aos relatórios de custo, relatórios de total e média, além de cadastrar ficha técnica, matéria
prima, operação e cadastros auxiliares. O usuário de nível operador tem acesso somente aos
cadastros auxiliares, matéria prima e operação, assim possibilitando que o usuário possa
analisar se a peça é viável ou não para ser colocada na produção, ou seja, se o produto esta de
acordo com o custo dos produtos produzidos pela empresa, além de fornecer dados para
auxiliar na tomada de decisão para compras de matéria prima e custo de operações.
O sistema trabalha com a exclusão lógica dos dados, ou seja, nenhum dado é excluído
definitivamente da base de dados e sim inativado. Esta decisão foi tomada devido a ligações
entre as tabelas do sistema, impossibilitando a exclusão física. Para evitar transtornos ao
usuário o dado inativo não fica mais visível ao usuário. Desta forma o usuário consegue
utilizar o sistema apenas com os dados atuais. Para o controle dos dados ativos e inativos
28
todas as tabelas possuem o campo situação que pode estar como ativo (A) ou inativo (I).
Para a construção do sistema, foi necessária a utilização das seguintes ferramentas:
a) RAD Studio XE3 para codificação;
b) Microsoft SQL Server Management Studio para o gerenciamento das tabelas no
banco de dados;
c) banco de dados SQL Server para armazenamento dos dados;
d) DBDesigner 4 para a criação do MER;
e) Software Ideas Modeler para a modelagem dos diagramas da Unified Modeling
Language (UML).
33..22 EESSPPEECCIIFFIICCAAÇÇÃÃOO
Esta seção apresenta os requisitos do sistema, diagrama de caso de uso, diagrama de
atividade, e o modelo de entidade relacionamento, sendo que as descrições dos principais
casos de uso estão no Apêndice A.
3.2.1 Requisitos do sistema
O Quadro 1 apresenta os requisitos funcionais previstos para o sistema e sua
rastreabilidade, ou seja, vinculação com o(s) caso(s) de uso associado(s).
Quadro 1 - Requisitos funcionais
Requisitos Funcionais Caso de Uso
RF01: O sistema deve permitir o administrador cadastrar usuário. UC01
RF02: O sistema deve permitir o operador ou desenvolvedor ou
administrador cadastrar modelista.
UC02
RF03: O sistema deve permitir o operador ou desenvolvedor ou
administrador cadastrar grade.
UC03
RF04: O sistema deve permitir o operador ou desenvolvedor ou
administrador cadastrar equipamento.
UC04
29
RF05: O sistema deve permitir o operador ou desenvolvedor ou
administrador cadastrar setor.
UC05
RF06: O sistema deve permitir o operador ou desenvolvedor ou
administrador cadastrar operação.
UC06
RF07: O sistema deve permitir o operador ou desenvolvedor ou
administrador cadastrar coleção.
UC07
RF08: O sistema deve permitir o operador ou desenvolvedor ou
administrador cadastrar matéria prima.
UC08
RF09: O sistema deve permitir o operador ou desenvolvedor ou
administrador cadastrar fornecedor.
UC09
RF10: O sistema deve permitir o desenvolvedor ou administrador
cadastrar ficha técnica.
UC10
RF11: O sistema deve permitir o desenvolvedor ou administrador
gerar relatórios de total e média de custo.
UC11
RF12: O sistema deve permitir o desenvolvedor ou administrador
gerar relatórios de custo.
UC12
RF13: O sistema deve permitir o operador ou desenvolvedor ou
administrador cadastrar modelo.
UC13
O Quadro 2 lista os requisitos não funcionais do sistema.
Quadro 2 - Requisitos não funcionais
Requisitos Não Funcionais
RNF01: O sistema deve utilizar banco de dados SQL Server.
RNF02: O sistema deve ser implementado em RAD Studio XE3.
RNF03: O sistema deve ser compatível com os sistemas operacionais Windows XP e
Windows 7.
3.2.2 Diagrama de caso de uso
Esta subseção apresenta o diagrama de caso de uso do sistema, sendo que o
detalhamento dos principais casos de uso está descrito no Apêndice A. A Figura 7 apresenta
30
os casos de uso relativos às funcionalidades do administrador, do desenvolvedor e do
operador. O administrador possui acesso total a todas as funcionalidades do sistema, o
desenvolvedor pode acessar os cadastros auxiliares que são os cadastros de coleção, modelo,
modelista, setor, equipamento, grade e fornecedor, cadastro de operação, cadastro de matéria
prima, cadastro de ficha técnica, gerar relatórios de total e média e gerar relatórios de custo. Já
o operador tem acesso apenas aos cadastros de operação, matéria prima e cadastros auxiliares.
Figura 7 - Diagrama de caso de uso
3.2.3 Diagrama de Atividades
A Figura 8 contém o diagrama de atividades que representa o processo para a criação
da ficha técnica. O processo inicia com o usuário incluindo uma nova ficha técnica, este
insere os dados como coleção, modelo, modelista e verifica se estes já estão incluídos na base
de dados, caso não esteja o usuário cadastra as informações na base de dados para utilizá-lo na
confecção da ficha técnica. Ao final o usuário grava a nova ficha técnica podendo gerar
relatórios com base na ficha técnica atual ou com todas as fichas técnicas já criadas.
31
Figura 8 - Diagrama de atividades
3.2.4 Modelo entidade relacionamento
A Figura 9 apresenta o modelo entidade relacionamento do sistema, mostrando as
tabelas utilizadas no desenvolvimento. O dicionário de dados encontra-se no Apêndice B.
32
Figura 9 - Diagrama de entidade e relacionamento
A seguir é apresentada uma breve descrição das entidades utilizadas para o
desenvolvimento do sistema:
a) usuário: entidade responsável por armazenar os usuários mantedores do sistema;
b) coleção: entidade responsável por armazenar as coleções cadastradas no sistema;
c) grade: entidade responsável por armazenar as grades cadastradas no sistema;
d) modelista: entidade responsável por armazenar as modelistas cadastradas no
sistema;
e) modelo: entidade responsável por armazenar os modelos cadastrados no sistema;
f) setor: entidade responsável por armazenar os setores cadastrados no sistema;
g) equipamento: entidade responsável por armazenar os equipamentos cadastrados no
sistema;
h) operação: entidade responsável por armazenar as operações cadastradas no sistema;
i) matPrima: entidade responsável por armazenar as matérias primas cadastradas no
sistema;
j) fornecedor: entidade responsável por armazenar os fornecedores cadastrados no
sistema;
k) matPrimaFT: entidade responsável por armazenar todas as matérias primas
utilizadas na ficha técnica;
l) operacaoFT: entidade responsável por armazenar todas as operações utilizadas na
33
ficha técnica;
m) fichaTecnica: entidade responsável por armazenar as fichas técnicas confeccionadas
no sistema.
33..33 IIMMPPLLEEMMEENNTTAAÇÇÃÃOO
A seguir são mostradas as técnicas e ferramentas utilizadas e a operacionalidade da
implementação.
3.3.1 Técnicas e ferramentas utilizadas
Para o desenvolvimento do sistema foi utilizada a ferramenta RAD Studio XE3. A
Figura 10 apresenta o RAD Studio XE3. Ela se caracteriza por ser uma ferramenta intuitiva e
que possui uma das formas mais eficientes para a construção de aplicações que envolvam
manipulação de dados em banco de dados (OLIVEIRA, 2001, p. 1).
Figura 10 - Tela do RAD Studio XE3
O banco de dados utilizado é o SQL Server 2008 utilizando do modelo de
normalização para produzir um conjunto de relações minimizando os dados redundantes e
34
preservando assim a integridade dos dados armazenados conforme estes recebem manutenção
(OPPEL; SHELDON, 2009, p. 7).
A Figura 11 apresenta a ferramenta Microsoft SQL Management Studio utilizada para
gerenciar o banco de dados.
Figura 11 - Gerenciador de banco
Durante a construção do sistema alguns passos da implementação são destacados
como o gerenciamento de usuário, onde o administrador pode cadastrar usuários com
determinados níveis de acesso. Pensando na segurança das informações, o sistema de login
utiliza a técnica de criptografia para a informação de senha, sendo que este foi desenvolvido
utilizando um componente do Delphi o idEncoderMIME.
A Figura 12 mostra a rotina para gravar o novo usuário e criptografar a senha do
mesmo. Ao clicar em grava a senha é criptografada através do componente e logo após a
criptografia é verificado se todos os campos obrigatórios estão preenchidos para a posterior
gravação. Caso exista algum campo obrigatório não preenchido uma mensagem é exibida ao
usuário.
35
Figura 12 - Código fonte para o armazenamento do usuário
Nas Figuras 13 e 14 pode-se analisar o método para efetuar o login com o determinado
nível de usuário cadastrado anteriormente pelo administrador. O código mostra as validações
efetuadas para que o usuário possa entrar no sistema. Primeiramente a senha digitada pelo
usuário é criptografada e depois comparada com a senha cadastrada. Após a verificação da
senha é analisado qual o nível de acesso do usuário sendo que este pode ser um administrador,
desenvolvedor ou operador. Com estas validações efetuadas o sistema é carregado e a tela
inicial é habilitada com os menus. Caso a senha ou usuário digitado não seja válido o sistema
exibe uma mensagem de usuário e senha incorretos.
36
Figura 13 - Código fonte do login
Figura 14 - Código fonte para efetuar login
37
Outro método utilizado no sistema é a verificação de descrição única, ou seja, a
descrição do cadastro é única. Um dos cadastros que utiliza esta função é o cadastro de
coleção onde cada coleção tem uma descrição única. Esta validação é efetuada quando o
usuário grava a informação onde primeiramente é verifica se a informação esta como ativa ou
inativa e se o usuário esta alterando ou inserindo uma nova informação, evitando que a
mensagem de descrição única seja mostrada ao fazer uma alteração nos registros já
cadastrados. Depois é verificado se a descrição inserida no campo é única no cadastro de
coleção, caso seja verdadeiro o sistema mostra a mensagem e caso não as informações são
gravadas. A Figura 15 exibe o trecho do código para verificação da descrição.
Figura 15 - Código fonte de verificação de descrição única
Este mesmo método também é utilizado nos cadastros de modelo, grade, setor,
equipamento e operação.
O sistema também trabalha com o tratamento das exceções geradas pelo banco de
dados, onde o sistema interpreta a exceção gerada pelo banco de dados e avisa o usuário com
uma mensagem mais amigável e legível. A Figura 16 mostra o código para tratamento da
exceção gerada pelo banco de dados ao tentar gravar um código de fornecedor que não existe
na base de dados.
Figura 16 - Código fonte para tratamento de exceção de chave estrangeira
Para a geração dos relatórios foi utilizado o componente FastReport 4 que é nativo do
Delphi na versão XE3. A Figura 17 mostra o comando select para o relatório de custo total
por setor, exibindo as informações de custo e tempo da ficha técnica.
38
Figura 17 - Select do relatório de custo por setor
Neste caso o FastReport interpreta o resultado do select e exibe graficamente para o
usuário os valores resultantes.
3.3.2 Operacionalidade da implementação
O sistema de automação de ficha técnica é um projeto que surgiu durante o curso e foi
sendo aperfeiçoado durante os anos até chegar ao sistema atual chamado de Duma que se
refere à realização do sonho conquistado durante o curso.
A seguir nesta subseção apresenta-se as telas do sistema e suas principais
funcionalidades. A primeira tela a ser apresentada ao usuário é a tela de login, que exibe os
campos de usuário e senha para que o mesmo possa acessar o sistema. Como pode ser
observado na Figura 18.
Figura 18 - Tela de login
Ao preencher os campos de usuário e senha para efetuar o login, a tela principal do
sistema é carregada e durante este processo são executadas as verificações de acesso. Sendo
39
que o usuário pode possuir três níveis que são o operador, desenvolvedor e administrador
como citado anteriormente.
Após validar o login e efetuar as devidas verificações, o sistema já exibe a tela inicial
com os menus de acesso, conforme o nível de usuário. Na tela inicial o administrador possui
acesso a todas as informações, já os outros níveis de usuário possuem restrições conforme já
citado. A Figura 19 exibe a tela inicial do sistema conforme o nível administrador.
Figura 19 - Tela inicial nível administrador
Na parte superior tem-se o menu de acesso para as telas do sistema como cadastros,
consultas e relatórios. Este menu fica visível durante toda a utilização do sistema. Cada tela
será explicada separadamente a seguir, começando pela tela de cadastro de usuário que se
encontra no menu inicio item usuário, como mostra a Figura 20.
Figura 20 - Tela de usuário
40
Na tela de usuário é possível analisar todos os usuários cadastrados no sistema, fazer
buscas através dos filtros, efetuar alterações, incluir um novo usuário e excluir um usuário
existente. Para realizar a inclusão de um novo usuário basta clicar em incluir para que o
sistema habilite os campos da tela e o usuário possa digitar as informações para
posteriormente gravar. A Figura 21 mostra a inclusão de um novo usuário no sistema.
Figura 21 - Tela de usuário inserindo novo cadastro
Ao incluir um novo usuário o mesmo pode optar por cancelar a ação de incluir
clicando no botão cancela que é habilitado somente quando a tela esta em modo de inclusão
ou alteração como mostrado na Figura 21. As próximas funcionalidades do sistema descritas
são acessadas através do menu de cadastros auxiliares. O primeiro item é a tela de modelo que
é responsável pela manutenção dos dados referente ao modelo da peça, como mostrado na
Figura 22.
41
Figura 22 - Tela de cadastro de modelo
Nesta tela é possível gerenciar todos os modelos cadastrados no sistema, altera-los,
incluir, excluir e fazer consultas através do filtro como mostra a Figura 23 ao realizar uma
consulta com o filtro descrição.
Figura 23 - Busca do modelo por filtro de descrição
Outro item do menu auxiliar é a tela de modelista onde o usuário pode efetuar a
manutenção dos dados cadastrados, como alterar, excluir, incluir e efetuar buscas através dos
42
filtros existentes. A Figura 24 mostra a tela de modelista.
Figura 24 - Tela de modelista
O próximo item a ser descrito é a tela de grade que permite ao usuário gerenciar os
dados de grades cadastrados no sistema, sendo possível incluir uma nova grade, alterar,
excluir e fazer buscas especifica através dos filtros, como mostra a Figura 25 que exibe os
filtros para efetuar buscas das grades cadastradas.
Figura 25 - Tela de grade listando os filtros de busca
43
Através dos filtros exibidos na Figura 25 o usuário pode consultar as grades
cadastradas pela descrição, código, tamanhos ou por sua situação. Já na tela de coleção o
usuário pode fazer todo o gerenciamento dos dados cadastrados no sistema como alterar,
excluir, fazer busca através dos filtros e incluir um novo cadastro como mostra a Figura 26 ao
cadastrar uma nova coleção.
Figura 26 - Tela de coleção ao inserir uma nova coleção
A coleção é utilizada para distinguir os produtos lançados dentro de um determinado
período, ou seja, cada coleção tem suas particularidades e produtos. Neste caso não é possível
ter mais de uma coleção com a mesma descrição, ou seja, a coleção deve ter descrição única.
Sendo assim quando o usuário gravar a nova coleção o sistema faz uma verificação para
determinar se a descrição da coleção já existe cadastrada no sistema. Caso a descrição já
exista o sistema mostra uma mensagem indicando que a descrição da coleção já existe e pede
para o usuário verificar se a mesma não esta com sua situação como inativa como mostra a
Figura 27.
44
Figura 27 - Descrição já cadastrada
Caso o usuário opte por verificar se existe algum dado inativo o mesmo deve cancelar
a nova inclusão, através do botão cancela, e através da utilização do filtro de situação, buscar
o dado inativo com o nome referente e alterá-lo para colocar a situação como ativo. Como
mostra a Figura 28 ao ativar uma descrição da base de inativos para ativos.
Figura 28 - Ativar um registro inativo
Caso não opte por esta opção o usuário pode digitar uma descrição diferente e clicar
em gravar novamente.
45
O próximo item do menu de cadastros auxiliares é a tela de fornecedor que é utilizada
para o gerenciamento dos fornecedores cadastrados no sistema. Nesta tela o usuário pode
alterar, excluir, incluir, fazer buscar através dos filtros e imprimir uma relação com todos os
fornecedores cadastrados ou somente os que o usuário filtrar através da busca. A Figura 29
mostra a tela de fornecedor, com a funcionalidade de imprimir do lado direito do botão exclui.
Figura 29 - Tela de fornecedor
As funções de inclusão, alteração e busca são semelhantes às citadas anteriormente em
outras telas do sistema. A Figura 30 mostra um relatório gerado pelo usuário através da ação
do botão imprimir. Neste momento o sistema exibe a listagem dos fornecedores cadastrados
no sistema, sendo que esta lista pode ser salva em arquivos com extensão PDF, HTML, TXT
e JPEG ou impresso.
46
Figura 30 - Relatório de fornecedores
O item de setor detalhada a funcionalidade da tela de setor que é utilizada para o
gerenciamento dos setores cadastrados no sistema, onde o usuário pode alterar, excluir,
efetuar buscas através dos filtros e inserir um novo setor. A Figura 31 mostra a tela utilizada
para o gerenciamento dos setores.
Figura 31 - Tela de setor
Como já citado anteriormente, o sistema não exclui os dados fisicamente ele apenas
inativa os que o usuário não utiliza. A Figura 32 mostra a mensagem de exclusão de um setor.
47
Figura 32 - Mensagem de exclusão do setor selecionado
Ao excluir o setor e fazer uma busca novamente é possível perceber que o dado
excluído não é mais apresentado no grid o que indica que o setor esta como inativo para o
usuário. Caso o usuário queira reutilizar o setor inativado é necessário que o mesmo busque
através do filtro de situação pelos dados inativos e ative o dado novamente como mostra a
Figura 33 ao ativar o setor de expedição.
Figura 33 - Ativação do registro expedição
Desta forma o usuário terá a informação novamente no grid podendo utilizá-la
48
normalmente, sem causar interferência nos outros dados cadastrados no sistema. Outra
funcionalidade do sistema é a tela de equipamento que é acessada pelo menu de cadastros
auxiliares. Nesta tela o usuário tem acesso a todo o gerenciamento dos equipamentos
cadastrados no sistema como alterar o dado já existente, excluir um equipamento já
cadastrado, fazer consultas através dos filtros e incluir um novo cadastro de equipamento.
Sendo que o equipamento também é considerado único e caso o usuário tente cadastrar um
equipamento com a mesma descrição o sistema não permitirá e avisará ao usuário da situação
como mostra a Figura 34.
Figura 34 - Tela de equipamento
A tela de equipamentos possui a funcionalidade de imprimir que gera um relatório
com os equipamentos cadastrados ou com os equipamentos resultantes da busca. O
procedimento para impressão é igual ao citado anteriormente na tela de fornecedor.
Com os cadastros auxiliares devidamente preenchidos o usuário pode dar início ao
cadastro de matéria que é acessado através do menu cadastros item matéria prima. No
cadastro de matéria prima o usuário tem acesso a todo o gerenciamento das matérias primas
cadastrado no sistema como mostra a Figura 35.
49
Figura 35 - Tela de matéria prima
Através desta tela o usuário pode alterar um registro já existente, excluir um registro,
efetuar buscas com a utilização dos filtros listados e incluir um novo cadastro de matéria
prima como mostra à Figura 36 ao incluir uma nova matéria prima.
Figura 36 - Inclusão da nova matéria prima
50
Cada matéria prima possui um fornecedor que deve ser informado na hora do cadastro
da matéria prima. O usuário pode preencher o campo através do código do fornecedor ou
utilizar a busca de fornecedores clicando no botão ao lado direito do campo de fornecedor. Ao
clicar no botão uma tela de busca é exibida onde o usuário pode efetuar a busca do fornecedor
através dos filtros ou no caso do fornecedor ainda não estar cadastrado na base de dados o
usuário pode efetuar o cadastro do mesmo. A Figura 37 mostra uma busca de fornecedor com
a utilização do filtro por nome.
Figura 37 - Busca de fornecedor para matéria prima
Depois de efetuar a buscar o usuário inclui o fornecedor no cadastro de matéria prima
clicando duas vezes em cima do registro. Após a inserção do fornecedor a tela de busca é
fechada e o campo de código de fornecedor recebe o código selecionado pelo usuário na
busca. A Figura 38 mostra o campo de fornecedor após inserir um fornecedor e o campo
unidade que representa a forma na qual a matéria prima é vendida, ou seja, o preço da matéria
prima pode ser por quilo (Kg), unidade, caixa ou metros.
51
Figura 38 - Unidade de medida da matéria prima
Com a especificação da unidade o usuário pode inserir o preço correspondente à
unidade como mostra a Figura 39 onde o usuário cadastra o alfinete vendido por caixa sendo
cada caixa com o valor de R$ 0,99.
Figura 39 - Valor unitário da matéria prima alfinete
52
Para evitar que um código de fornecedor inválido seja inserido antes de efetuar a
gravação do registro no banco o sistema faz uma consistência. Assim se o código não for
válido o sistema exibe uma mensagem de código inválido e pede para o usuário verificar o
mesmo como mostra a Figura 40.
Figura 40 - Código de fornecedor inválido
Desta forma o usuário pode verificar os fornecedores cadastrados novamente e colocar
o código correto sem perder as informações já preenchidas nos outros campos.
A próxima funcionalidade a ser demonstrada é a tela de operação que é acessada
através do menu de cadastro item operação. Responsável por permitir que o usuário gerencie
as operações cadastradas na base de dados. A Figura 41 mostra a tela de operações utilizada
para o gerenciamento.
53
Figura 41 - Tela de operação
Nesta tela o usuário pode alterar um dado já existente, realizar consultas com os filtros
listados, excluir, imprimir a relação de todas as operações ou as operações resultantes da
busca assim como incluir uma nova operação. A operação deve ter descrição única para evitar
ambiguidade e deve conter um equipamento e setor. A Figura 42 mostra a tentativa de inserir
uma operação com uma descrição já existente.
Figura 42 - Cadastro de operação com descrição já existente
54
Para a inserção do código de equipamento e setor da operação o procedimento é
semelhante ao demonstrado na inserção do fornecedor no cadastro de matéria prima. Na
mesma tela de operações o usuário também insere o tempo estimado para confecção da peça
em segundos e o valor da operação como mostra a Figura 43.
Figura 43 - Cadastro de operação
Da mesma forma que o cadastro de matéria prima verifica se o código do fornecedor
existe cadastrado na base de dados aqui é verificado se o código de equipamento e setor já
está cadastrado. Neste contexto, é exibido a mesma mensagem ao usuário caso o equipamento
ou setor não estejam cadastrados na base de dados.
Assim, a partir dos cadastros detalhados acima o usuário pode gerar as fichas técnicas
na tela de ficha técnica que é responsável por gerenciar as fichas já cadastradas, alterar as
informações, excluir, incluir uma nova ficha técnica e imprimir. Sendo que a tela de ficha
técnica só pode ser acessada pelo usuário de nível administrador ou desenvolvedor. Esta tela é
acessada através do menu cadastros item ficha técnica.
A Figura 44 mostra a tela de consulta de ficha técnica onde o usuário pode efetuar
consultas através da utilização dos filtros de busca.
55
Figura 44 - Tela de ficha técnica
Na mesma tela tem-se a opção de imprimir as fichas técnicas no botão imprimir ao
lado direito do botão excluir, sendo que o usuário pode optar dentre as diversas opções como
mostra a Figura 45.
Figura 45 - Opções de impressão da ficha técnica
56
Para imprimir somente às informações gerais das fichas técnicas como descrição,
modelo, modelista, coleção e grade a opção é ficha técnica. A Figura 46 mostra o relatório
gerado com todas as fichas técnicas e suas informações gerais.
Figura 46 - Relatório de ficha técnica
Para imprimir somente às operações da ficha técnica selecionada a opção é operação
como mostra a Figura 47 que lista todas as operações da ficha técnica selecionada.
Figura 47 - Relatório de operações da ficha técnica selecionada
57
A opção para imprimir somente às matérias primas da ficha técnica selecionada é a
opção matéria prima como mostra à Figura 48.
Figura 48 - Relatório de matéria prima da ficha técnica selecionada
Para imprimir a ficha técnica e as operações é necessário efetuar a busca da ficha
desejada através dos filtros e depois imprimir com a opção ficha técnica e operação. A Figura
49 mostra a busca efetuada e a Figura 50 exibe a impressão das operações e ficha técnica
selecionada.
Figura 49 - Busca da ficha técnica
58
Figura 50 - Relatório de ficha técnica e operações
A opção ficha técnica e matéria prima imprime a ficha e as matérias primas utilizadas
e a opção ficha técnica, matéria prima e operações imprime todas as informações da ficha
técnica selecionada na busca. A Figura 51 exibe a opção de impressão de ficha técnica e
matéria prima.
Figura 51 - Relatório de ficha técnica e matéria prima
Na mesma tela o usuário pode selecionar a aba geral e visualizar as informações gerais
da ficha técnica selecionada como também tem a opção de incluir e alterar as informações
59
gerais da ficha técnica como mostra a Figura 52.
Figura 52 - Tela de ficha técnica aba geral
Como mostrado na Figura 52 o usuário tem a opção de colocar uma imagem do
desenho técnico do produto assim como a modelista, modelo, coleção, grade e uma breve
descrição do produto. Para realizar a inserção das informações do modelo, modelista, grade e
coleção o usuário deve clicar no botão ao lado direito de cada campo e pesquisar a respectiva
informação, ou digitar o código a ser inserido como mostra a Figura 53 ao inserir a coleção
através da tela de busca e utilizando o filtro de descrição da coleção.
60
Figura 53 - Busca de coleção para inserir na ficha técnica
Para inserir a imagem o usuário deve clicar duas vezes dentro do quadrado, assim o
sistema exibirá uma tela para navegar dentro dos arquivos e escolher a imagem desejada. A
única restrição quanto à imagem é que esta deve ser com extensão BMP. A Figura 54 exibe a
inserção de uma imagem.
Figura 54 - Inserção de imagem
61
Ao gravar as informações as verificações de código de coleção, grade, modelo e
modelista validos são verificadas da mesma forma como citado anteriormente em outras telas
do sistema. Após inserir as informações gerais e gravar o usuário pode começar a incluir as
operações necessárias para a confecção da peça na aba operações como mostra a Figura 55.
Figura 55 - Aba para inserir operações da ficha técnica
Para inserir a operação o usuário pode digitar a operação manualmente e colocar o seu
tempo estimado de duração e custo, ou clicar no botão do lado direito do campo e utilizar a
tela de pesquisa de operação conforme já mencionado em outras telas do sistema. Ao
selecionar a operação será carregado o código da operação o tempo cadastrado e o custo da
operação para a tela de operações da ficha técnica como mostra a Figura 56.
62
Figura 56 - Busca de operação para ficha técnica
Desta forma o usuário pode utilizar o valor já pré-cadastrado na operação ou digitar
manualmente outro preço diferente do cadastrado nas operações. Sendo que o usuário pode
inserir ilimitadas operações, ou seja, quantas forem necessárias para a confecção do produto.
A Figura 57 mostra a lista de operações da bermuda jeans cadastrada anteriormente.
Figura 57 - Cadastro das operações
63
Com a listagem das operações cadastradas o próximo passo é cadastrar as matérias
primas usadas para a confecção do produto na aba matéria prima como mostra à Figura 58.
Figura 58 - Cadastro de matéria prima da ficha técnica
Para incluir a matéria prima o processo é o semelhante ao processo de inserção da
operação. O usuário pode digitar um código de matéria prima e digitar manualmente o valor e
quantidade utilizada ou selecionar uma delas para que o campo de valor já seja preenchido
automaticamente, sendo que o usuário terá apenas que digitar a quantidade utilizada como
mostra à Figura 59. Da mesma forma como na tela de operação o usuário pode alterar o valor
unitário da matéria prima, assim utilizando um valor diferente do cadastrado para a matéria
prima.
64
Figura 59 - Inserção da matéria prima da ficha técnica
Quando o usuário digita a quantidade o sistema já calcula o valor gasto referente à
quantidade de matéria prima utilizada. Como mostra na Figura 59 onde é calculado o custo
referente a 0,600 Kg de jeans a um valor de R$ 20,21 o Kg.
Da mesma forma como nas operações o usuário pode cadastrar quantas matérias prima
for necessário para a confecção da peça. A Figura 60 mostra a lista de matérias prima
utilizadas para a confecção da bermuda jeans.
Figura 60 - Matéria prima da ficha técnica bermuda jeans
65
Com todas as informações gravadas na aba custo o usuário pode visualizar o custo
total de matéria prima utilizada no produto, o custo total de operações realizadas para a
confecção da peça e custo total do produto. Também nesta aba está o tempo estimado para a
confecção do produto desde a plotagem até a costura e finalização da peça. A Figura 61
mostra a aba de custo.
Figura 61 - Aba de custo
Nesta aba o usuário não tem permissão para fazer nenhuma alteração, pois ás
informações são geradas a partir do calculo das operações e matérias primas cadastradas
anteriormente pelo usuário. Com os dados devidamente inseridos no sistema o mesmo possui
a funcionalidade de gerar relatórios com os dados obtidos através dos cadastros.
Os relatórios podem ser acessados através do menu relatórios e são divididos entre
relatórios de total por coleção, grade e modelo, relatórios de média por coleção, grade e
modelo e relatório de custo total e custo total por setor.
A Figura 62 mostra a tela do relatório de total por coleção que é acessado através do
menu relatórios total item coleção. Nesta tela são exibidas todas as coleções criadas pela
empresa e a soma do total de tempo, operações, matéria prima e custo de todos os produtos da
coleção.
66
Figura 62 - Relatório de total por coleção
As informações que estão na grid podem ser visualizadas graficamente pelo usuário
além de ter a possibilidade de imprimir a relação gerada pelo relatório como mostra a Figura
63.
Figura 63 - Impressão do relatório total por coleção
A mesma tela tem a opção de pesquisar somente a coleção desejada a fim de melhorar
a visualização do gráfico como mostra a Figura 64 ao fazer uma busca utilizando o filtro de
descrição da coleção.
67
Figura 64 - Busca por descrição da coleção
O próximo relatório é o total por modelo onde o usuário visualiza o custo, custo de
operações, custo de matéria prima e tempo para confecção da peça de todos os produtos
criados com o respectivo modelo como mostra à Figura 65. Este relatório possui as mesmas
funcionalidades do relatório de total por coleção, onde o usuário também tem a opção de
imprimir o relatório e efetuar buscar através do filtro de descrição de modelo.
Figura 65 - Relatório total por modelo
68
Como já citato anteriormente o usuário pode fazer consultas especificas para verificar
qual o custo de operação, matéria prima e tempo para produzir todos os produtos do
respectivo modelo. A Figura 66 mostra a busca por modelo.
Figura 66 - Busca do relatório total por descrição do modelo
O relatório de total por grade tem as mesmas funcionalidades que o relatório de total
por modelo, sendo que neste o usuário pode efetuar buscar através do filtro de grade. A Figura
67 mostra a tela de relatório por grade.
Figura 67 - Relatório total por grade
69
Seguindo as mesmas funcionalidades já mencionadas, os relatórios de média por
coleção, grade e modelo podem ser visualizados graficamente ou através da lista para
impressão. Os relatórios de media por modelo, grade e coleção são acessados através do menu
de relatórios média item coleção ou grade ou modelo.
Outro relatório que o sistema disponibiliza é o custo total por setor onde o usuário
pode visualizar o custo total por setor de cada ficha técnica. Este relatório é acessado através
do menu de relatórios item total setor. Desta forma o usuário pode verificar qual o custo do
produto por setor como costura, bordado, talhação entre outros. A Figura 68 mostra a tela de
relatório de custo total por setor de cada ficha técnica cadastrada no sistema.
Figura 68 - Relatório de custo por setor de cada ficha técnica
Para melhor visualizar as informações o usuário deve pesquisar a ficha técnica através
da descrição da mesma assim o sistema carrega somente as informações dos setores da ficha
técnica desejada como mostra à Figura 69 ao pesquisar a ficha técnica jaqueta listrada detalhe
capuz. Após a pesquisa o usuário pode verificar qual o custo e tempo gasto para fabricação do
produto em cada setor da empresa.
70
Figura 69 - Busca da ficha técnica por setor
Outro relatório que o sistema disponibiliza é o de custo total que exibe todas as fichas
técnicas geradas e seu respectivo custo total como mostra a Figura 70. Este relatório é
acessado através do menu de relatórios item custo total.
Figura 70 - Relatório de custo da ficha técnica
71
Nesta tela o usuário pode efetuar consultas por modelo através do filtro de descrição
dos mesmos. Desta forma o usuário pode verificar se o custo dos modelos esta dentro da faixa
de custo estimada pela empresa e se caso não esteja o produto pode ser retirado da coleção e
não será produzido. Nesta etapa a empresa consegue direcionar os seus produtos conforme a
classe de clientes que a mesma tem, ou seja, trabalhar com produtos compatíveis com o
mercado que a empresa atua, conseguindo competir de igual para igual com seus
concorrentes. A Figura 71 mostra a busca de ficha técnica por modelo.
Figura 71 - Busca da ficha técnica por descrição do modelo
33..44 RREESSUULLTTAADDOOSS EE DDIISSCCUUSSSSÃÃOO
Especificando e comparando cada um dos trabalhos correlatos pode-se citar o trabalho
de conclusão de curso do Lucas Rhuan Fischer o sistema MasonGief que trabalha com o
conceito de custeio padrão que gera o custo do produto e o preço de venda do mesmo. O
Quadro 3 mostra detalhadamente as características dos sistemas.
Quadro 3 - Detalhamento das funcionalidades dos sistemas Duma e MasonGief
Características Duma MasonGief
Técnicas e
ferramenta
Sistema desktop desenvolvido em
Delphi XE3.
Sistema web desenvolvido em
WebOrb 4.0.3, linguagem Java e
72
utilizadas no
desenvolvimento
Flash Builder 4.
Banco de dados SQL Server. MySQL 5.
Controle de
usuário
Controle de usuário com três
níveis de acesso o administrador,
desenvolvedor e operador. O
administrador pode incluir um
novo usuário com nível de acesso
definido por ele.
Controle de usuário sem níveis de
acesso, somente um usuário e
senha já pré-cadastrado no sistema.
O usuário pode somente trocar a
senha.
Cadastros Cadastro de matéria prima e
operações são detalhados
separadamente. Todo o
gerenciamento é efetuado na
mesma tela, ou seja, o usuário
pode cadastrar, alterar, excluir e
efetuar buscas na mesma tela.
O cadastro de matéria prima e
operações foram unidos em um
único local o cadastro de insumos,
reduzindo o detalhamento das
informações. O gerenciamento é
efetuado através de uma tela de
buscas e outra tela de cadastro.
Montagem da ficha
técnica
Cadastro de ficha técnica é onde o
usuário insere todas as operações
e matérias prima utilizadas para a
confecção do produto final. Assim
obtendo o custo de matéria prima
utilizada, custo de operações e
custo total do produto.
O cadastro de montagem é onde o
usuário inclui os insumos e
markups para gerar o preço de
custo da peça. Neste caso o sistema
também oferece o cadastro de
impostos e margem de lucro
visando gerar o preço de venda do
produto final.
Já o sistema desenvolvido pela Audaces o Audaces IDEA é um software que integra
todas as etapas de criação do produto desde o desenho até a parte de confecção do mesmo. O
Audaces IDEA possui um módulo para a confecção das fichas técnicas o Audaces IDEADoc,
que ajuda na comunicação entre os setores de criação, desenvolvimento e produção. A partir
dos dados coletados nos outros módulos o sistema gera fichas técnicas com as devidas
orientações para a produção da peça.
O grande diferencial do sistema da Audaces para o desenvolvido neste trabalho é a
geração dos relatórios. O Audaces IDEADoc permite somente que o usuário gere relatórios
com as informações da ficha técnica que está sendo desenvolvida, sendo que esta pode ser
73
impressa. Já o sistema desenvolvido possui além dos relatórios da ficha técnica selecionada
também relatórios para ajudar nas tomadas de decisões, ou seja, o sistema possui relatórios
que ajudam o usuário a decidir se o produto é adequado para a produção e venda a partir dos
relatórios de custo por modelo, coleção, custos de operações, custo de matéria prima e
estimativa de tempo para a confecção do mesmo.
Desta forma o usuário consegue identificar quais os produtos mais adequados para
serem produzidos conforme os seus consumidores, minimizando as perdas de matéria prima e
operações durante a produção e agregando valor e qualidade aos produtos. Sendo que o
sistema construído atende a todos os requisitos do projeto e ainda auxilia nas tomadas de
decisões da empresa, como compra de matéria prima e especificações de produção.
Após a finalização do sistema o mesmo foi apresentado para o gerente da empresa,
que analisou e utilizou o sistema. A aprovação e satisfação foi imediata devido à facilidade na
utilização do sistema. Durante a utilização nenhuma dificuldade foi encontrada e os relatórios
chamaram a atenção por permitir que os usuários visualizem graficamente os resultados das
fichas técnicas. Permitindo uma visualização mais rápida e precisa das informações.
Após a utilização do sistema foi realizada uma entrevista informal com o gerente para
avaliação do sistema. Durante a entrevista alguns pontos positivos foram destacados, sendo
eles:
a) os níveis de acesso que permitem apenas pessoas autorizadas a preencher e alterar
os dados é fundamental para que pessoas não autorizadas possam utilizar estes
dados;
b) produtos que não estão de acordo com o nível de mercado em que a empresa
trabalha são retirados da coleção antes de dar inicio a produção. Isso através do
relatório de custo de ficha técnica por modelo;
c) não é mais necessário procurar as informações da peça em diferentes locais;
d) padronização das operações para a confecção das peças, o que aumenta a qualidade
dos produtos;
e) o cálculo do custo que permite fazer previsões de compra e assim preparar o setor
financeiro;
f) a previsão de tempo necessário para a confecção da peça permite prever qual o
tempo para a fabricação de um lote completo, ou seja, o usuário pode fazer uma
simulação do tempo necessário para a confecção do lote.
Entre todos os pontos positivos apenas um ponto negativo foi citado pelo gerente,
sendo a indisponibilidade de uma opção para impressão dos relatórios em forma de gráfico.
74
4 CONCLUSÕES
A pesquisa bibliográfica realizada neste trabalho apontou que as empresas que
trabalham com uma grande variedade de produtos tendem a perder informações relevantes
para a confecção do mesmo. Isto leva a erros de produção e consequentemente redução do
lucro da empresa. Para evitar esta situação o trabalho apresenta uma solução para a
organização das informações do produto apresentado para a produção, ou seja, a criação de
uma ficha técnica que contem todos os dados do produto. Desta forma o usuário tem todas as
informações em um único lugar. Este resultado foi alcançado com a realização dos cadastros
de operação, matéria prima, ficha técnica, geração de relatórios e outros que tem como
objetivo aprimorar o controle dos produtos criados na empresa Lunedi Malhas e Confecções.
Sendo assim, o produto pode ser avaliado antes mesmo de ser levado á produção.
O sistema para geração de ficha técnica auxilia na organização das informações sobre a
peça durante todo o processo de criação do produto e permite a realização dos processos antes
manuais e agora automatizados. Cada produto criado na empresa faz parte de uma coleção,
grade, estilista que cria a peça e modelo, assim como também possuem suas respectivas
operações e matéria prima. Com o sistema todas essas informações são armazenadas em um
único local o que facilita a busca por informações e minimiza a perda das mesmas.
Com todas as informações o sistema além de armazená-las calcula o tempo estimado
para a confecção da peça, ou seja, conforme o usuário cadastra as operações o sistema calcula
o tempo para confecção da peça e exibe para o usuário o tempo necessário para produzir a
peça. Da mesma forma o sistema também calcula o custo de matéria prima utilizada e
operações chegando ao cálculo final do custo do produto.
Outro item desenvolvido no trabalho é a geração de relatórios com gráficos o que
facilita a visualização dos dados e ajuda nas tomadas de decisões. Assim o sistema torna o
processo de verificação de aprovação das peças mais rápido e seguro. Pensando no
desenvolvimento do sistema e no ambiente atual da empresa o sistema foi desenvolvido para
desktop e utilizando como ferramenta de implementação o Delphi XE3 devido a facilidade de
aprendizagem do usuário final, já que o sistema Enterprise Resource Planning (ERP) da
empresa é desenvolvido em Delphi. O banco de dados utilizado é o SQL Server, pois este já é
utilizado por outro sistema na empresa, facilitando a incorporação do sistema no ambiente
atual.
Diante dos resultados alcançados neste trabalho, avalia-se positivamente a solução para
75
o problema enfrentado pela empresa, pois o mesmo já entrará em utilização a partir do
próximo ano, auxiliando a empresa no controle dos produtos criados para a nova coleção,
minimizando a possibilidade de erros através da geração da ficha técnica de forma mais
rápida e segura. Sendo que o sistema pode ser facilmente adaptado para a utilização em outras
empresas têxteis.
Durante o desenvolvimento do trabalho algumas dificuldades foram encontradas como
a parte de criptografia da senha dos usuários que possibilitou o conhecimento de um novo
componente do Delphi, a parte de montagem da ficha técnica, principalmente na parte de
cálculo do custo por ter varias informações e processos de inclusão e alteração. Mas todas as
dificuldades foram convertidas em sucesso com a aprendizagem de novas rotinas de
implementação e realização do projeto por completo.
44..11 EEXXTTEENNSSÕÕEESS
Como continuidade do sistema, seria interessante ter na próxima versão do sistema um
histórico de preços das matérias primas e operações para que o usuário possa observar todas
as alterações efetuadas até o momento. Assim como também um comparador de matérias
prima, possibilitando que o usuário selecione diversas matérias primas de diferentes
fornecedores e compare as informações cadastradas. E um comparador de operações,
possibilitando que o usuário selecione diversas operações e compare o preço das operações
realizadas internamente ou externamente pela empresa.
Outra sugestão seria a implementação de um modulo para criação dos desenhos
técnicos para que não houve-se mais a dependência de um software externo para a criação dos
desenhos técnicos das peças criadas na coleção. Como também um módulo para desenho dos
moldes e encaixes para o corte. Tornando a implementação completa para a criação,
desenvolvimento e produção das peças. Por fim, recomenda-se desenvolver uma versão
mobile permitindo o cadastro de operações e matérias primas através de dispositivos móveis.
76
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79
APÊNDICE A – Descrição dos Casos de Uso
Este Apêndice apresenta a descrição dos principais casos de uso conforme previsto no
diagrama apresentado na seção 3.2.2, conforme Quadro 4.
Quadro 4 - Descrição dos casos de uso
UC01 – Cadastrar usuário
Ator: Administrador
Objetivo: Administrador acessa a tela de usuário para gerenciar os usuários do sistema.
Pré-Condições: Administrador deve efetuar o login como administrador. Para os cenários de
exclusão e alteração, o usuário deve estar cadastrado no sistema.
Pós-Condições: Administrador visualizou, editou, exclui-o ou cadastrou um novo usuário.
Cenário Principal:
1. Administrador efetua o login;
2. Administrador acessa a tela de cadastro de usuário;
3. Sistema mostra os registros cadastrados.
Cenário de consulta {Alternativo}
No passo 3 do cenário principal, o administrador opta por efetuar a consulta do usuário:
3.1. Administrador seleciona o filtro, informa os dados para a pesquisa e efetua a consulta;
3.2. Sistema exibe o resultado da consulta;
3.3. Administrador seleciona um registro.
Cenário de exclusão {Alternativo}
No passo 3.3 do cenário de consulta, o administrador opta por excluir um registro:
3.3.1. Administrador clica em exclui;
3.3.2. Sistema exibe mensagem de confirmação de exclusão;
3.3.3. Administrador confirma a exclusão;
3.3.4. Sistema exclui o registro;
3.3.5. Sistema volta para o passo 3 do cenário principal.
80
Cenário de alteração {Alternativo}
No passo 3.3 do cenário de consulta, o administrador opta por alterar as informações do
usuário:
3.3.1. Administrador clica em altera;
3.3.2. Sistema libera os campos para alteração e apresenta a mensagem ―Por motivos de
segurança antes de clicar em grava digite sua senha novamente no campo senha.‖;
3.3.3. Administrador alterar as informações necessárias digita a senha novamente e clica em
grava;
3.3.4. Sistema verifica os campos obrigatórios e grava as alterações no banco de dados;
3.3.5. Sistema volta para o passo 3 do cenário principal.
Cenário incluir {Alternativo}
No passo 3 do cenário principal, o administrado opta por incluir um novo usuário:
3.1. Administrador clica em incluir;
3.2. Sistema libera os campos para o usuário preencher as informações;
3.3. Administrador preenche os campos e clica em grava;
3.4. Sistema verifica os campos obrigatórios, criptografa a senha e grava as informações no
banco de dados;
3.5. Sistema volta para o passo 3 do cenário principal.
Campo obrigatório {Exceção}
No passo 3.3.4 do cenário de alteração, caso um campo obrigatório não esteja preenchido o
sistema apresenta a mensagem ―Um campo requerido não foi preenchido. Favor verificar:
nome do campo‖. E volta para o passo 3.3.3.
Campo obrigatório {Exceção}
No passo 3.4 do cenário incluir, caso um campo obrigatório não seja preenchido o sistema
apresenta a mensagem ―Um campo requerido não foi preenchido. Favor verificar: nome do
campo‖ e volta para o passo 3.3.
Cancelar operação {Exceção}
Nos passos 3.3.3 do cenário de alteração e 3.3 do cenário de incluir, caso o usuário opte por
cancelar a operação o mesmo deve clicar em cancela.
81
UC06 – Cadastrar operação
Ator: Operador
Objetivo: Operador acessa a tela de operação para gerenciar as operações cadastradas no
sistema.
Pré-Condições: Operador deve efetuar o login. Para os cenários de exclusão e alteração, a
operação deve estar cadastrada no sistema.
Pós-Condições: Operador visualizou, editou, exclui-o ou cadastrou uma nova operação.
Cenário Principal
1. Operador efetua o login;
2. Operador acessa a tela de cadastro de operação;
3. Sistema mostra os registros cadastrados;
Cenário de consulta {Alternativo}
No passo 3 do cenário principal, o operador opta por efetuar uma consulta:
3.1. Operador seleciona o filtro, informa os dados para a pesquisa e efetua a consulta;
3.2. Sistema exibe o resultado da consulta;
3.3. Operador seleciona um registro.
Cenário de exclusão {Alternativo}
No passo 3.3 do cenário de consulta, o operador opta por excluir um registro:
3.3.1. Operador clica em exclui;
3.3.2. Sistema exibe mensagem de confirmação de exclusão;
3.3.3. Operador confirma a exclusão;
3.3.4. Sistema exclui o registro;
3.3.5. Sistema volta para o passo 3 do cenário principa.
Cenário de alteração {Alternativo}
No passo 3.3 do cenário de consulta, o operador opta por alterar um registro:
3.3.1. Operador clica em altera;
3.3.2. Sistema libera os campos para alteração;
3.3.3. Operador altera as informações necessárias e clica em grava;
3.3.4. Sistema verifica os campos obrigatórios e grava as alterações no banco de dados;
82
3.3.5. Sistema volta para o passo 3 do cenário principal.
Cenário incluir {Alternativo}
No passo 3 do cenário principal, o operador opta por incluir uma nova operação:
3.1. Operador clica em incluir;
3.2. Sistema libera os campos para o operador preencher as informações;
3.3. Operador preenche os campos e clica em grava;
3.4. Sistema verifica se a descrição da operação é única, verifica os campos obrigatórios e
grava as informações no banco de dados;
3.5. Sistema volta para o passo 3 do cenário principal.
Cenário imprimir {Alternativo}
No passo 3 do cenário principal, o operador opta por imprimir as operações cadastradas:
3.1. Operador clica em imprimir
3.2. Sistema exibe a listagem das operações cadastradas;
3.3. Operador imprime a lista e fecha a tela;
3.4. Sistema volta para o passo 3 do cenário principal.
Campo obrigatório {Exceção}
No passo 3.3.4 do cenário de alteração, caso um campo obrigatório não esteja preenchido o
sistema apresenta a mensagem ―Um campo requerido não foi preenchido. Favor verificar:
nome do campo‖ e volta para o passo 3.3.3.
Campo obrigatório {Exceção}
No passo 3.4 do cenário incluir, caso um campo obrigatório não seja preenchido o sistema
apresenta a mensagem ―Um campo requerido não foi preenchido. Favor verificar: nome do
campo‖ e volta para o passo 3.3.
Campo descrição único {Exceção}
No passo 3.4 do cenário incluir, caso a descrição não seja única o sistema apresenta a
mensagem ―Descrição já cadastrada. Verifique os dados inativos‖ e volta para o passo 3.3.
Cancelar operação {Exceção}
83
Nos passos 3.3.3 do cenário de alteração e 3.3 do cenário de incluir, caso o usuário opte por
cancelar a operação o mesmo deve clicar em cancela.
UC08 – Cadastrar matéria prima
Ator: Operador
Objetivo: Operador acessa a tela de matéria prima para gerenciar as matérias prima
cadastradas no sistema.
Pré-Condições: Operador deve efetuar o login. Para os cenários de exclusão e alteração, a
matéria prima deve estar cadastrada no sistema.
Pós-Condições: Operador visualizou, editou, exclui-o ou cadastrou uma nova matéria prima.
Cenário Principal
1. Operador efetua o login;
2. Operador acessa a tela de cadastro de matéria prima;
3. Sistema mostra os registros cadastrados.
Cenário de consulta {Alternativo}
No passo 3 do cenário principal, o operador opta por consultar a matéria prima:
3.1. Operador seleciona o filtro, informa os dados para a pesquisa e efetua a consulta;
3.2. Sistema exibe o resultado da consulta;
3.3. Operador seleciona um registro.
Cenário de exclusão {Alternativo}
No passo 3.3 do cenário de consulta, o operador opta por excluir um registro:
3.3.1. Operador clica em exclui;
3.3.2. Sistema exibe mensagem de confirmação de exclusão;
3.3.3. Operador confirma a exclusão;
3.3.4. Sistema exclui o registro;
3.3.5. Sistema volta para o passo 3 do cenário principal.
Cenário de alteração {Alternativo}
No passo 3.3 do cenário de alteração, o operador opta por alterar uma matéria prima:
3.3.1. Operador clica em altera;
84
3.3.2. Sistema libera os campos para alteração;
3.3.3. Operador alterar as informações necessárias e clica em grava;
3.3.4. Sistema verifica os campos obrigatórios e grava as alterações no banco de dados;
3.3.5. Sistema volta para o passo 3 do cenário principal.
Cenário incluir {Alternativo}
No passo 3 do cenário principal, o operador opta por incluir um novo registro:
3.1. Operador clica em incluir;
3.2. Sistema libera os campos para o operador preencher as informações;
3.3. Operador preenche os campos e clica em grava;
3.4. Sistema verifica os campos obrigatórios e grava as informações no banco de dados;
3.5. Sistema volta para o passo 3 do cenário principal.
Campo obrigatório {Exceção}
No passo 3.3.4 do cenário de alteração, caso um campo obrigatório não esteja preenchido o
sistema apresenta a mensagem ―Um campo requerido não foi preenchido. Favor verificar:
nome do campo‖ e volta para o passo 3.3.3.
Campo obrigatório {Exceção}
No passo 3.4 do cenário incluir, caso um campo obrigatório não seja preenchido o sistema
apresenta a mensagem ―Um campo requerido não foi preenchido. Favor verificar: nome do
campo‖ e volta para o passo 3.3.
Cancelar operação {Exceção}
Nos passos 3.3.3 do cenário de alteração e 3.3 do cenário de incluir, caso o usuário opte por
cancelar a operação o mesmo deve clicar em cancela.
UC10 – Cadastrar ficha técnica
Ator: Desenvolvedor
Objetivo: Desenvolvedor acessa a tela de ficha técnica para gerenciar as fichas técnicas
cadastradas no sistema.
Pré-Condições: Desenvolvedor deve efetuar o login. Para os cenários de exclusão e
alteração, a ficha técnica deve estar cadastrada no sistema.
85
Pós-Condições: Desenvolvedor visualizou, editou, exclui-o ou cadastrou uma nova ficha
técnica.
Cenário Principal:
1. Desenvolvedor efetua o login;
2. Desenvolvedor acessa a tela de cadastro de ficha técnica;
3. Sistema mostra as fichas técnicas cadastradas.
Cenário de consulta {Alternativo}
No passo 3 do cenário principal, o desenvolvedor opta por consultar uma ficha técnica:
3.1. Desenvolvedor seleciona o filtro, informa os dados para a pesquisa e efetua a consulta;
3.2. Sistema exibe o resultado da busca.
Cenário de exclusão {Alternativo}
No passo 3.2 cenário de consulta, o desenvolvedor opta por excluir uma ficha técnica:
3.2.1. Desenvolvedor seleciona um registro e clica em exclui;
3.2.2. Sistema exibe mensagem de confirmação de exclusão;
3.2.3. Desenvolvedor confirma a exclusão;
3.2.4. Sistema exclui o registro;
3.2.5. Sistema volta para o passo 3 do cenário principal.
Cenário de alteração {Alternativo}
No passo 3.2 cenário de consulta, o desenvolvedor opta por alterar os dados da ficha técnica:
3.2.1. Desenvolvedor seleciona um registro;
3.2.2. Desenvolvedor clica na aba geral e clica em altera;
3.2.3. Sistema libera os campos da aba geral para alteração;
3.2.4. Desenvolvedor alterar as informações necessárias e clica em grava;
3.2.5. Sistema verifica os campos obrigatórios e grava as alterações no banco de dados;
3.2.6. Sistema exibe os dados gerais atualizados.
Cenário de alteração de operação {Alternativo}
No passo 3.2.2 do cenário de alteração, o desenvolvedor opta por alterar a operação da ficha
técnica:
86
3.2.2.1. Desenvolvedor clica na aba operação e clica em altera;
3.2.2.2. Sistema libera os campos da aba operação para alteração;
3.2.2.3. Desenvolvedor altera os dados e clica em atualiza;
3.2.2.4. Sistema verifica os campos obrigatórios e grava as informações na base de dados;
3.2.2.5. Sistema exibe as operações cadastradas na ficha técnica.
Cenário de alteração de matéria prima {Alternativo}
No passo 3.2.2 do cenário de alteração, o desenvolvedor opta por alterar a matéria prima da
ficha técnica:
3.2.2.1. Desenvolvedor clica na aba matéria prima e clica em altera;
3.2.2.2. Sistema libera os campos da aba matéria prima para alteração;
3.2.2.3. Desenvolvedor altera os dados e clica em atualiza;
3.2.2.4. Sistema verifica os campos obrigatórios e grava as informações no banco de dados;
3.2.2.5. Sistema exibe as matérias prima cadastradas na ficha técnica.
Cenário incluir {Alternativo}
No passo 3 do cenário principal, o desenvolvedor opta por incluir uma nova ficha técnica:
3.1. Desenvolvedor clica na aba geral e em incluir;
3.2. Sistema libera os campos para o desenvolvedor preencher as informações;
3.3. Desenvolvedor preenche os campos e clica em grava;
3.4. Sistema verifica os campos obrigatórios e grava as informações no banco de dados;
3.5. Sistema exibe as informações cadastradas.
Cenário incluir operação {Alternativo}
No passo 3 do cenário principal, o desenvolvedor opta por incluir as operações:
3.1. Desenvolvedor seleciona o registro cadastrado;
3.2. Desenvolvedor clica na aba operação e em inclui;
3.3. Sistema libera os campos da aba operação para o preenchimento dos mesmos;
3.4. Desenvolvedor preenche os campos da aba operação e clica em grava;
3.5. Sistema verifica os campos obrigatórios e grava as informações no banco de dados;
3.6. Desenvolvedor cadastra quantas operações forem necessárias.
Cenário incluir matéria prima {Alternativo}
87
No passo 3.2 do cenário de incluir operação, o desenvolvedor opta por incluir as matérias
prima da ficha técnica:
3.2.1. Desenvolvedor clica na aba matéria prima e em incluir;
3.2.2. Sistema libera os campos da aba matéria prima;
3.2.3. Desenvolvedor preenche os campos e clica em grava;
3.2.4. Sistema verifica os campos obrigatórios e salva as informações no banco de dados;
3.2.5. Desenvolvedor cadastra quantas matérias primas forem necessárias.
Cenário imprimir {Alternativo}
No passo 3 do cenário principal, o desenvolvedor opta por imprimir a ficha técnica:
3.1. Desenvolvedor clica em imprimir
3.2. Sistema exibe as opções de impressão;
3.3. Desenvolvedor opta por uma das opções;
3.4. Sistema exibe a listagem da ficha técnica conforme a opção selecionada anteriormente;
3.5. Desenvolvedor imprime a lista e fecha a tela;
3.6. Sistema volta para o passo 3 do cenário principal.
Campo obrigatório {Exceção}
No passo 3.2.5 do cenário de alteração, caso um campo obrigatório não esteja preenchido o
sistema apresenta a mensagem ―Um campo requerido não foi preenchido. Favor verificar:
nome do campo‖ e volta para o passo 3.2.4.
Campo obrigatório {Exceção}
No passo 3.2.2.4 do cenário de alteração da operação, caso um campo obrigatório não seja
preenchido o sistema apresenta a mensagem ―Um campo requerido não foi preenchido. Favor
verificar: nome do campo‖ e volta para o passo 3.2.2.3.
Campo obrigatório {Exceção}
No passo 3.2.2.4 do cenário de alteração da matéria prima, caso um campo obrigatório não
seja preenchido o sistema apresenta a mensagem ―Um campo requerido não foi preenchido.
Favor verificar: nome do campo‖ e volta para o passo 3.2.2.3.
Campo obrigatório {Exceção}
88
No passo 3.4 do cenário incluir, caso um campo obrigatório não seja preenchido o sistema
apresenta a mensagem ―Um campo requerido não foi preenchido. Favor verificar: nome do
campo‖ e volta para o passo 3.3.
Campo obrigatório {Exceção}
No passo 3.5 do cenário de incluir operação, caso um campo obrigatório não seja preenchido
o sistema apresenta a mensagem ―Um campo requerido não foi preenchido. Favor verificar:
nome do campo‖ e volta para o passo 3.4.
Campo obrigatório {Exceção}
No passo 3.2.4 do cenário de incluir matéria prima, caso um campo obrigatório não seja
preenchido o sistema apresenta a mensagem ―Um campo requerido não foi preenchido. Favor
verificar: nome do campo‖ e volta para o passo 3.2.3.
Cancelar operação {Exceção}
Nos passos 3.2.4 do cenário de alteração e 3.3 do cenário de incluir, caso o usuário opte por
cancelar a operação o mesmo deve clicar em cancela.
Cancelar operação {Exceção}
Nos passos 3.2.2.3 do cenário de alteração de operação e 3.4 do cenário de incluir operação,
caso o usuário opte por cancelar a operação o mesmo deve clicar em cancela.
Cancelar operação {Exceção}
Nos passos 3.2.2.3 do cenário de alteração de matéria prima e 3.2.3 do cenário de incluir
matéria prima, caso o usuário opte por cancelar a operação o mesmo deve clicar em cancela.
UC11 – Gerar Relatório de Total e Média
Descrição: Este caso de uso tem como objetivo permitir ao desenvolvedor gerar relatórios de
total e média de custo e tempo por coleção, grade e modelo a partir dos dados inseridos no
sistema. Assim como efetuar consultas especificas e imprimir o resultado do relatório gerado.
UC12 – Gerar Relatórios de Custo
Descrição: Este caso de uso tem como objetivo permitir ao desenvolvedor gerar relatórios de
89
custo total por setor e ficha técnica a partir dos dados inseridos no sistema. Assim como
efetuar consultas especificas e imprimir o resultado do relatório gerado.
90
APÊNDICE B – Descrição do Dicionário de Dados
Este apêndice apresenta a descrição das tabelas do banco de dados apresentadas na
seção de especificação deste trabalho. Nos Quadros 5 a 17 tem-se o dicionário de dados das
tabelas do sistema. Os tipos de dados de cada campo são descritos a seguir:
a) int: armazena números inteiros;
b) varchar: armazena caracteres alfanuméricos até 255 caracteres;
c) char: corresponde a caracteres;
d) real: valores numéricos aproximados com precisão de ponto flutuante;
e) image: armazena imagens;
f) dateTime: armazena valores de data.
Quadro 5 - Tabela de usuário
Usuário
Armazena os usuários mantedores do sistema.
Campo Descrição Tipo Tamanho Chave
Primária
Chave
Estrangeira
idUsuario Código do usuário Int Sim Não
nUsuario Nome do usuário Varchar 30 Não Não
loginUsuario Login para o
usuário acessar o
sistema
Varchar 8 Não Não
situacaoUsuario Situação do usuário Char 1 Não Não
permissaoUsuario Permissão do
usuário no sistema
Varchar 20 Não Não
senhaUsuario Senha do usuário Varchar 8 Não Não
Quadro 6 - Tabela de coleção
Coleção
Armazena os dados da coleção.
Campo Descrição Tipo Tamanho Chave
Primária
Chave
Estrangeira
91
idColecao Código de coleção Int Sim Não
descColecao Descrição da coleção Varchar 30 Não Não
situacaoColecao Situação da coleção Char 1 Não Não
Quadro 7 - Tabela de grade
Grade
Armazena os dados da grade.
Campo Descrição Tipo Tamanho Chave
Primária
Chave
Estrangeira
idGrade Código de grade Int Sim Não
descGrade Descrição da grade Varchar 30 Não Não
tamGrade Tamanho da grade Varchar 20 Não Não
situacaoGrade Situação d grade Char 1 Não Não
Quadro 8 - Tabela de modelista
Modelista
Armazena os dados de modelista.
Campo Descrição Tipo Tamanho Chave
Primária
Chave
Estrangeira
idModelista Código de
modelista
Int Sim Não
nModelista Nome da modelista Varchar 50 Não Não
apelidoModelista Apelido da
modelista
Varchar 10 Não Não
situacaoModelista Situação modelista Char 1 Não Não
Quadro 9 - Tabela de modelo
Modelo
Armazena os dados de modelo.
Campo Descrição Tipo Tamanho Chave
Primária
Chave
Estrangeira
idModelo Código de modelo Int Sim Não
92
descModelo Descrição do
modelo
Varchar 30 Não Não
situacaoModelo Situação do modelo Char 1 Não Não
Quadro 10 - Tabela de setor
Setor
Armazena os dados do setor.
Campo Descrição Tipo Tamanho Chave
Primária
Chave
Estrangeira
idSetor Código do setor Int Sim Não
descSetor Descrição do setor Varchar 30 Não Não
tercSetor Setor terceirizado Char 3 Não Não
situacaoSetor Situação do setor Char 1 Não Não
Quadro 11 - Tabela de equipamento
Equipamento
Armazena os dados de equipamento.
Campo Descrição Tipo Tamanho Chave
Primária
Chave
Estrangeira
idEquipamento Código do
equipamento
Int Sim Não
descEquipamento Descrição do
equipamento
Varchar 30 Não Não
situacaoEquipamento Situação do
equipamento
Char 1 Não Não
Quadro 12 - Tabela de operação
Operação
Armazena as operações.
Campo Descrição Tipo Tamanho Chave
Primária
Chave
Estrangeira
idOperacao Código de operação Int Sim Não
93
idEquipamento Código da tabela de
equipamento
Int Não Sim
idSetor Código da tabela de
setor
Int Não Sim
descOperacao Descrição da operação Varchar 100 Não Não
tempoOperacao Tempo de operação Real Não Não
vlUnidOperacao Valor por unidade da
operação
Real Não Não
situacaoOperacao Situação da operação Char 1 Não Não
Quadro 13 - Tabela de fornecedor
Fornecedor
Armazena os dados de fornecedor.
Campo Descrição Tipo Tamanho Chave
Primária
Chave
Estrangeira
idFornecedor Código de fornecedor Int Sim Não
cnpjFornecedor CNPJ do fornecedor Varchar 18 Não Não
nFornecedor Nome do fornecedor Varchar 40 Não Não
foneFornecedor Telefone fornecedor Varchar 13 Não Não
celularFornecedor Celular fornecedor Varchar 12 Não Não
emailFornecedor Email do fornecedor Varchar 40 Não Não
siteFornecedor Site do fornecedor Varchar 40 Não Não
contatoFornecedor Nome de contato do
fornecedor
Varchar 30 Não Não
situacaoFornecedor Situação do
fornecedor
Char 1 Não Não
Quadro 14 - Tabela de matéria prima
matPrima
Armazena os dados de matéria prima.
Campo Descrição Tipo Tamanho Chave
Primária
Chave
Estrangeira
94
idMatPrima Código de matéria
prima
Int Sim Não
idFornecedor Código da tabela de
fornecedor
Int Não Sim
descMatPrima Descrição da matéria
prima
Varchar 30 Não Não
composicaoMatPr
ima
Composição da
matéria prima
Varchar 30 Não Não
unidMatPrima Tipo da unidade de
venda da matéria
prima
Char 6 Não Não
vlUnidMatPrima Valor por unidade da
matéria prima
Real Não Não
situacaoMatPrima Situação da matéria
prima
Char 1 Não Não
Quadro 15 - Tabela de ficha técnica
fichaTecnica
Armazena as fichas técnicas geradas no sistema.
Campo Descrição Tipo Tamanho Chave
Primária
Chave
Estrangeira
idFichaTec Código da ficha
técnica
Int Sim Não
idModelo Código da tabela
modelo
Int Não Sim
idColecao Código da tabela
coleção
Int Não Sim
idModelista Código da tabela
modelista
Int Não Sim
idGrade Código da tabela
grade
Int Não Sim
tamBaseFichaTec Tamanho base da
ficha técnica
Char 4 Não Não
95
dataFichaTec Data de criação
da ficha técnica
DateTime Não Não
fotoFichaTec Foto da peça para
a ficha técnica
Image Não Não
situacaoFichaTec Situação da ficha
técnica
Char 1 Não Não
totalMatPrimaFicha
Tec
Custo total de
matéria prima
Real Não Não
totalOperacaoFicha
Tec
Custo total de
operação
Real Não Não
tempoFichaTec Tempo total para
fabricação da
peça
Real Não Não
descFichaTec Descrição da
ficha técnica
Varchar 80 Não Não
totalCustoFichaTec Custo total para
confecção da peça
Real Não Não
Quadro 16 - Tabela de matérias prima utilizadas na ficha técnica
matPrimaFT
Armazena todas as matérias prima utilizadas para a confecção da peça.
Campo Descrição Tipo Tamanho Chave
Primária
Chave
Estrangeira
matPrima_idM
atPrima
Código da tabela matéria
prima
Int Não Sim
fichaTecnica_i
dFichaTec
Código da tabela ficha
técnica
Int Não Sim
qntidadeMatPri
maFT
Quantidade da matéria
prima utilizada
Real Não Não
vlUnidMatPri
maFT
Valor unitário da matéria
prima
Real Não Não
totalMatPrima
FT
Total de custo para
matéria prima
Real Não Não
96
situacaoMatPri
maFT
Situação da matéria
prima ficha técnica
Char 1 Não Não
Quadro 17 - Tabela de operações utilizadas na ficha técnica
operacaoFT
Armazena todas as operações utilizadas para a confecção da ficha técnica.
Campo Descrição Tipo Tamanho Chave
Primária
Chave
Estrangeira
Operação_idOperacao Código da tabela
operação
Int Não Sim
fichaTecnica_fichaTec Código da tabela
ficha técnica
Int Não Sim
tempoOperacaoFT Tempo de
realização da
operação
Real Não Não
custoOperacaoFT Custo total da
operação
Real Não Não
situacaoOperacaoFT Situação operação
da ficha técnica
Char 1 Não Não