DR. MILTON SOARES CAMPOS NETO NEFROLOGIA DA SANTA CASA DE BELO HORIZONTE.
Transcript of DR. MILTON SOARES CAMPOS NETO NEFROLOGIA DA SANTA CASA DE BELO HORIZONTE.
DR. MILTON SOARES CAMPOS NETO
NEFROLOGIA DA SANTA CASA
DE BELO HORIZONTE
NEFRO-CESC
INTRODUÇÃO
COMUM, SILENCIOSA E POTENCIALMENTE LETAL
Fácil tratamento
Além de reverter descobrir a causa
NEFRO-CESC
HOMEOSTASE DO POTÁSSIO SANGUÍNEO
98% do total de K: intracelular
Somente 2% no extracelular (cerca de 50 mEq de K) Facilmente alcançável numa refeição
O nível sérico do potássio é determinado por: Ingesta Distribuição entre os espaços intra e extracelular Excreção renal de K+
NEFRO-CESC
INGESTA DE POTÁSSIO
NEFRO-CESC
TAMPONAMENTO DO POTÁSSIO
O grande trunfo quanto à ingesta de K: TRANSFERÊNCIA PARA O INTRACELULAR
INSULINA Na-K-ATPase Efeito independente do transporte de glicose
AGONISTAS 2
NEFRO-CESC
REMOÇÃO DO POTÁSSIO PELO RIM
NEFRO-CESC
NEFRO-CESC
DETERMINANTES DA SECREÇÃO RENAL DE POTÁSSIO
ATIVIDADE MINERALOCORTICÓIDE
OFERTA DE Na NO NÉFRON DISTAL
Ânions não-absorvíveis
INGESTA CRÔNICA DE POTÁSSIO
NEFRO-CESC
NEFRO-CESC
NEFRO-CESC
CAUSAS DE HIPERCALEMIA
PSEUDO-HIPERCALEMIAPSEUDO-HIPERCALEMIA
INGESTA EXCESSIVAINGESTA EXCESSIVA
REDISTRIBUIÇÃO REDISTRIBUIÇÃO
EXCREÇÃO RENAL INADEQUADAEXCREÇÃO RENAL INADEQUADA
NEFRO-CESC
PSEUDO-HIPERCALEMIAPSEUDO-HIPERCALEMIA
SUSPEITA: K + hemólise, leucocitose ou trombocitose Ausência de causas identificáveis Ausência de alterações ECG ERRO NA COLETA
Sangue hemolisado Torniquete apertado com atividade física da extremidade
2 mEq/L do K sérico
NEFRO-CESC
INGESTA EXCESSIVAINGESTA EXCESSIVA
Causa infrequente apenas se houver excreção renal inadequada
Todos alimentos contém K
Frutas e legumes
Suplementação de K com sais de K
Suplementos dietéticos orais e endovenosos
Medicamentos: KCl 4% de incidência de hipercalemia Citrato de K, penicilina G
NEFRO-CESC
REDISTRIBUIÇÃO DO POTÁSSIOREDISTRIBUIÇÃO DO POTÁSSIO
ACIDOSE Tamponamento intracelular do H (via Na-K ATPase)
potencial eletronegativo no extracelular atrai K Inibição de secreção renal de K
HIPEROSMOLARIDADE Manitol, hiperglicemia sem insulina ou com resistência
Desidratação celular
HIPOTERMIA Morte celular, inibição da Na-K ATPase
NEFRO-CESC
RABDOMIÓLISE
SÍNDROME DE LISE TUMORAL
HIPERTERMIA MALIGNA
SÍNDROME NEUROLÉPTICA MALIGNA
DROGAS: agonistas -adrenérgicos
NEFRO-CESC
EXCREÇÃO RENAL INADEQUADAEXCREÇÃO RENAL INADEQUADA
Ausência da ação da aldosterona
Diminuição da oferta de Na e água no túbulo coletor
NEFRO-CESC
• HIPOALDOSTERONISMO• ACIDOSE TUBULAR TIPO 4• INSUFICIÊNCIA RENAL• DO VOLUME CIRCULAR EFETIVO• UROPATIA OBSTRUTIVA• NEFROTOXICIDADE TUBULAR POR
INIBIDORES DA CALCINEURINA• SÍNDROME DE GORDON• URETEROJEJUNOSTOMIA• USO DE DROGAS BLOQUEADORAS DO EIXO
RENINA – ANGIOTENSINA – ALDOSTERONA
NEFRO-CESC
The impact of the publication of the spironolactone and mortality study on hyperkalemia in congestive heart failure ASN/ISN World Congress -- San Francisco J Am Soc Nephrol (Sep) 12:238A 2001 Hipercalemia: pré-artigo: 8,8% pós-artigo: 17,5% Hipercalemia com/sem suplemento de K:
Com: 80% sem: 53% Hipercalemia com/sem elevação da creatinina (> 1,5 mg%):
com: 90% sem: 27% Média de pedidos de K pré e pós-artigo:
Pré: 3,35/pcte pós: 2,31/pcte
DIAGNÓSTICO DA HIPERCALEMIA
NEFRO-CESC
SEMPRE SE LEMBRAR: 4 CAUSAS PRINCIPAIS
DÉFICIT SEVERO DA FUNÇÃO RENAL Ausência de oferta de Na suficiente no néfron distal Ausência de quantidade suficiente de túbulos coletores para
secretar K Déficit moderado da FR com oferta excessiva de K
HIPOVOLEMIA SEVERA
HIPOALDOSTERONISMO Ou ausência de resposta à aldosterona
NEFRO-CESC
Dosar K urinário valor acima de 80 – 100 mEq/dia: Ingesta ou transferência excessiva de K na presença de
déficit de função renal
Hipoaldosteronismo 1º ou funcional: TTKG Gradiente do transporte tubular de potássio
[KU] X [OSMP ]
[KP] X [OSMU] Hipoaldosteronismo: TTKG < 7, principalmente se < 5
NEFRO-CESC
DIAGNÓSTICO DO HIPOALDOSTERONISMO
Investigar drogas que impeçam a liberação de aldosterona ou HIV AINE, bloqueadores do SRA, heparina, ciclosporina
Após estimulo com diurético de alça: PRA, aldosterona, cortisol
NEFRO-CESC
DISTÚRBIO PRA aldosterona cortisol
Hipoaldosteronismo hiporreninêmico Insuficiência de supra-renal hiperplasia supra-renal congênita Pseudo-hipoaldosteronismo Acidose tubular I
DISTÚRBIO PRA aldosterona cortisol
Hipoaldosteronismo hiporreninêmico Insuficiência de supra-renal hiperplasia supra-renal congênita Pseudo-hipoaldosteronismo Acidose tubular I
QUADRO CLÍNICO DA HIPERCALEMIA
NEFRO-CESC
PATOGÊNESE DOS SINTOMAS
Diminuição do gradiente entre o K intra e extracelular
Lentificação da saída do K IC retardo da entrada do Na
Retardo da transmissão neuromuscular
Diminuição da condução cardíaca
Paralisia muscular ou fraqueza
Sintomas: geralmente com K > 7,0 mEq/L
NEFRO-CESC
NEFRO-CESC
K= 9,3 K=7,9 K=7,2
ABORDAGEM DA ABORDAGEM DA HIPERCALEMIAHIPERCALEMIA
NEFRO-CESC
GENERALIDADES
Tratamento de urgência em qualquer paciente com alteração ECG e K >6,5
Descobrir e retirar a causa da hipercalemia (geralmente multifatorial).
Monitorização cardíaca: prudente se K > 6,5
Restrição de K oral: 60 mEq/dia
NEFRO-CESC
REMOÇÃO DE POTÁSSIO
PRIMEIRO PASSO: avaliar a patência renal Objetivo: diminuir a reabsorção tubular de K
Medidas de remoção de potássio por via renal Túbulo proximal: manitol 100 ml de 6/6h Alça de Henle: furosemida 5 a 10 amp EV contínuo Túbulo distal: tiazídico 50 a 100 mg/dia Túbulo coletor: Na, água, bicarbonato
REMOÇÃO VIA EXTRA-RENAL: cólon ou diálise
NEFRO-CESC
ANTAGONISMO DOS EFEITOS DA HIPERCALEMIA
Gluconato de Ca- o cálcio antagoniza os efeitos da membrana da hipercalemia em minutos, alterando o ECG.
Duração de 30-60 min.
Gluconato de Ca 10%- infusão de 10 min.
Monitorização ECG necessária.
NEFRO-CESC
Transferência de K para o intracelular
Aumentar a atividade da Na, K-ATPase. ESTIMULADOR -AGONISTA
Bicarbonato- em desuso
INSULINA
NEFRO-CESC
NEFRO-CESC
NEFRO-CESC
ESTADOCLÍNICO
TTO DOSE MEC.AÇÃO
INÍCIO DURAÇÃO COMPLI-CAÇÕES
EmergênciaCálcio Gluconato de
cálcio 10%EV 1 a 5 min.
Antagonismodireto
Imediato 30-60 min Ca
Sol.polarizante
SGI -350 mlSGH - 150 mlInsulina-20UI
Transf. de Kpara o espaçointracelular
30 min 4 a 6h Distúrbiosda glicose água
Albuterol 10 a 20mg emnebulização
Agonista 2 30 min 2 a 4h TaquicardiaTremores
Urgência
bicarbonato 50 – 100 mEqEV
Transf. de Kpara IC
15 min 2h AlcaloseHA
Resina detrocacatiônica
kayexalato60g com
sorbitol
Remoção porvia intestinal
1 – 2h 4 – 6h Ca
NaHD - -- -- - Remoção Minutos Da diálise Hemorragia
Hipotensão
Nãourgência
DPI - -- -- - Remoção 1 –3 h Da diálise Peritonitedesidratação
NEFRO-CESC
K
AUSENTE ALTERAÇÃO ECG
LEVE- ONDA T ESPICULADAMODERADA- AUMENTO DO P-R
ACHATAMENTO PALARGAMENTO QRS
SEVERAS- BRADICARDIA C/ SINTOMASAUSÊNCIA DE PQRS ANÔMALOFIBRILAÇÃO VENTRICULAR
DIURESE ?SIM
FUROSEMIDA-3 AMP EV 6/6H
SF 0,9%- 1 a 2L
REVISÃO DE K 4h depois
MEDIDAS DE REMOÇÃO
DEFINITIVAS
FUROSEMIDA5 AMP EV
SORCAL-1 ENV VO
6/6H DIÁLISEPERITONEAL
HEMODIÁLISE
MEDIDAS TEMPORÁRIAS
ALTERAÇÕESLEVES:
Uma das sgtes. medidas
ALTERAÇÕESMODERADAS:
Todas as medidas
ALTERAÇÕESSEVERAS
SOL. POLARIZANTESGI 5%- 350 ml
SGH 50%- 150 mlINSULINA- 20 UI
B2- NEBULIZAÇÃO OU VENOSO
4/4H
HCO3- 100ml EV4/4h
NÃO
DIURESE ?
NÃO
SIM
RETIRADA DE KEXTRA-RENAL
Gluconato Cálcio – 1 a 2 amp EV
NEFRO-CESC