Doenças Coronarianas

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Centro Universitário UNIVATES Curso de Nutrição Doença Arterial Coronariana Acadêmicas: Danieli Hergessel, Indiara Soares, Jéssica Schuster e Jéssica Rasche Disciplina: Alimentação Institucional I Ano/Semestre: 2012/B

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Centro Universitário UNIVATESCurso de Nutrição

Doença Arterial Coronariana

Acadêmicas: Danieli Hergessel, Indiara Soares, Jéssica Schuster e Jéssica Rasche

Disciplina: Alimentação Institucional I

Ano/Semestre: 2012/B

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Introdução A Doença Arterial Coronariana (DAC) ou Aterosclerose é uma doença

inflamatória crônica de origem multifatorial que ocorre em resposta à

agressão endotelial, acometendo principalmente a camada íntima de artérias

de médio e grande calibre.

Este tipo de distúrbio caracteriza-se pelo estreitamento progressivo, agudo

ou crônico, devido ao depósito de gordura, colesterol, cálcio, colágeno e outros

materiais na parede das artérias que irrigam o miocárdio.MERKLE, C. Manual de Fisiopatologia. São Paulo: Roca. 2007.

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Introdução A laceração ou ruptura de uma placa permite que o sangue penetre em seu

interior, formando um coágulo que pode crescer, se desprender e ocluir a

artéria → IAM.

A trombose produzida por uma placa é o principal responsável pelos eventos

cardiovasculares súbitos ou agudos.

ALLSEN, P. E.; HARRISON, J. M.; VANCE, B. Exercício e qualidade de vida. Barueri: Manole, 2000.

FOSS, M. L.; KETEYIAN, S. J. Bases fisiológicas do exercício e do esporte. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

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Alimentação inadequada + ↓ hidrólise TAG das VLDL pela lipase lipoprotéica

ou ↑ síntese de VLDL → Acúmulo de quilomícrons e/ou VLDL no plasma →

Hipertrigliceridemia.

Alimentação inadequada + defeito no gene do receptor de LDL ou no

gene da apo B100 → Acúmulo de lipoproteínas ricas em colesterol como a

LDL no plasma → Hipercolesterolemia.

IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose.Arq. Bras. Cardiologia, 88(1):2-19, 2007.

O Processo Aterosclerótico

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A disfunção endotelial aumenta a permeabilidade da íntima às

lipoproteínas plasmáticas favorecendo a retenção das mesmas no espaço

subendotelial. Retidas, as partículas de LDL sofrem oxidação, causando a

exposição de diversos neo-epítopos, tornando-as imunogênicas.

O depósito de lipoproteínas na parede arterial, processo-chave no início da

aterogênese, ocorre de maneira proporcional à concentração dessas

lipoproteínas no plasma.

IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose.Arq. Bras. Cardiologia, 88(1):2-19, 2007.

O Processo Aterosclerótico

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LDL oxidada → moléculas de adesão leucocitária na superfície endotelial

→ atração de monócitos e linfócitos para a parede arterial.

Monócitos → Macrófagos → captação LDL oxidadas → Células espumosas.

Mediadores da inflamação → migração e proliferação de células musculares

lisas → Produção de matriz extracelular que formará parte da capa fibrosa

da placa aterosclerótica.

IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose.Arq. Bras. Cardiologia, 88(1):2-19, 2007.

O Processo Aterosclerótico

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O Processo Aterosclerótico

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Doença Arterial Coronária (DAC)

Evolução do processo Aterosclerótico...Evolução do processo Aterosclerótico... Angina de peito;

Insuficiência Cardíaca;

Arritmias;

IAM;

AVE;

Doença Vascular Periférica.

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Identificação do Risco para DAC

Um evento coronariano agudo é a primeira manifestação da doença

aterosclerótica em pelo menos metade dos indivíduos que apresentam essa

complicação. Desta forma, a identificação dos indivíduos assintomáticos que

estão mais predispostos é crucial para a prevenção efetiva com a correta

definição das metas terapêuticas.

Escore de Risco de Framingham (ERF):Escore de Risco de Framingham (ERF): Indicado pela SBC e DA/SBC. Nele

se estima a probabilidade de ocorrer infarto do miocárdio ou morte por doença

coronária no período de 10 anos em indivíduos sem diagnóstico prévio de

aterosclerose clínica. Cálculo - Escore de Framingham

IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose.Arq. Bras. Cardiologia, 88(1):2-19, 2007.

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Identificação do Risco para DAC

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Identificação do Risco para DAC

Circunferência da Cintura:Circunferência da Cintura: Preditor do risco cardiovascular, considerando a adiposidade abdominal.

Page 12: Doenças Coronarianas

Fatores de Risco para DAC

A DAC tem origem multifatorial, e diversos são os fatores de risco para o

desenvolvimento da doença. O desequilíbrio do perfil lípidico, associado à

obesidade central, resistência à insulina e HAS, caracterizam em conjunto a

Síndrome Metabólica (SM), associada a grande risco de doença aterosclerótica.

Todos esses fatores decorrem de um estilo de vida inadequado, que

compreende na grande maioria das vezes uma alimentação desequilibrada,

sedentarismo e estresse.

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Dislipidemias

Lipoproteínas: HDL e LDLLipoproteínas: HDL e LDL

As lipoproteínas são complexos macromoleculares sintetizados no

fígado e no intestino delgado, que transportam o colesterol e os

triglicerídeos através da corrente sangüínea.

LDL e VLDL: Transporte de lipídeos exógenos (dieta) e endógenos.

Fígado → Tecidos.

HDL: Ajuda a remover o LDL do organismo. Seu excesso protege as

artérias do coração. Transporte Reverso.

IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose.Arq. Bras. Cardiologia, 88(1):2-19, 2007.

Page 14: Doenças Coronarianas

As DISLIPIDEMIAS podem ser definidas como alterações metabólicas lipídicas

decorrentes de distúrbios em qualquer fase do metabolismo lipídico, com

repercussão nos níveisséricos das lipoproteínas.

CUPPARI, L. Guia de Nutrição: Nutrição Clínica no Adulto. São Paulo: Manole, 2005.

Dislipidemias

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CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO Hipercolesterolemia isolada: Elevação isolada do LDL-C (≥ 160 mg/dL).

Hipertrigliceridemia isolada: Elevação isolada dos TG (≥150 mg/dL), que

reflete o aumento do volume de partículas ricas em TG como VLDL.

Hiperlipidemia mista: Valores aumentados de ambos LDL-C (≥ 160 mg/dL) e

TG (≥150 mg/dL).

HDL-C baixo: Redução do HDL-C (homens <40 mg/dL e mulheres <50 mg/dL)

isolada ou em associação com aumento de LDL-C ou de TG.

IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose.Arq. Bras. Cardiologia, 88(1):2-19, 2007.

Dislipidemias

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Lipídeos: 9 Kcal/g;

Consumo: 15 a 30% do VET;

Observar a qualidade desses lipídios...

Dislipidemias

Page 17: Doenças Coronarianas

Importância:Importância: Fonte de AG essenciais e vitaminas;

Maior reserva energética;

Isolamento e proteção de orgãos;

Membranas celulares;

Hormônios (esteróides);

BRASIL, MS. Guia Alimentar para a População Brasileira. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

Dislipidemias

Page 18: Doenças Coronarianas

Tipos de Gorduras - AG SATURADOS:Tipos de Gorduras - AG SATURADOS: Aumentam o risco de dislipidemias e DCV. A alimentação composta por

grandes quantidades de carnes, derivados de carne e de leite e laticínios

integrais é, por essa razão, uma causa importante das doenças cardíacas.

Máximo: 10% VET.

Principal fonte: Alimentos de origem animal, fonte também do colesterol.

BRASIL, MS. Guia Alimentar para a População Brasileira. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

Dislipidemias

Page 19: Doenças Coronarianas

Colesterol:Colesterol: Exógeno e Endógeno;

Componente das membranas celulares, precursor de hormônios e ac.

Biliares;

O organismo é capaz de sintetizar o suficiente para cobrir as necessidades

metabólicas;

HDL-c e LDL-c: Transporte de componentes lipídicos.

Baixos níveis de gordura saturada e colesterol: ↓ LDL-c;

Atividade física: ↑ HDL-c.

Dislipidemias

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Tipos de Gorduras - AG INSATURADOS:Tipos de Gorduras - AG INSATURADOS: AG MONOINSATURADOS: ω-9

Oleo de oliva extra-virgem Prensagem mecânica das azeitonas;

↓ oxidação LDL-c;

↑ antioxidantes;

Reduz risco de doenças.

Dislipidemias

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Tipos de Gorduras:Tipos de Gorduras: AG POLIINSATURADOS: ω-3 EPA e DHA

↓ incidência eventos cardiovasculares e DCV;

↓ 25 a 30% [TAG] (≥ 4g/dia);

↑ 1 a 3% HDL (≥ 4g/dia);

↓ PA (≥ 3g/dia);

↓ plaquetas agregação (efeito antitrombótico);

Hasler CM. Curr Ather Reports, 2000; Kris-Etherton PM, et al. Arterioscler Thromb Vasc Biol. 2003.

Dislipidemias

Page 22: Doenças Coronarianas

Tipos de Gorduras:Tipos de Gorduras: AG POLIINSATURADOS: ω-6

As principais fontes são os óleos vegetais.

Mais suscetíveis a peroxidação lipídica x AG monoinsaturados.

São precursores de prostanóides série-2 e leucotrienos série-4, que estão

associados a atividades pró-inflamatória e pró-trombótica.

McKenney, JM; Sica, D. Am J Health-Syst Pharm, 64(6):595-605, 2007.

Dislipidemias

Page 23: Doenças Coronarianas

Tipos de Gorduras:Tipos de Gorduras: AG TRANS: obtidos do processo de industrialização de alimentos, a partir da

hidrogenação de óleos vegetais. Aumenta o tempo de conservação e melhora a

textura e o sabor.

↓ HDL-c e ↑ LDL-c.

Menos que 1% VET (máx 2g/dia para uma dieta de 2.000 kcal);

MANTEIGA ou

MARGARINA?

Dislipidemias

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E OS TRIGLICERÍDEOS?E OS TRIGLICERÍDEOS? Os TAG são sintetizados sempre que existir um excesso calórico na dieta.

A maior fonte de carbonos para a síntese de AG é proveniente dos

carboidratos dietéticos, principalmente CARBOIDRATOS SIMPLES.

A síntese de AG ocorre principalmente no fígado.

Em excesso... Aumento do peso, e hipertrigliceridemia!!!

Dislipidemias

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RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS (% VET)RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS (% VET) Gordura Total: 25 a 35%

Ácidos Graxos Saturados: < 7%

Ácidos Graxos Poliinsaturados: < 10%

Ácidos Graxos Monoinsaturados: < 20%

Carboidratos: 50 a 60%

Proteínas: 15%

Colesterol: <200 mg/dia

Fibras: 20 a 30g –dia

+ Antioxidantes e Fitosteróis

IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose.Arq. Bras. Cardiologia, 88(1):2-19, 2007.

Dislipidemias

Page 26: Doenças Coronarianas

Hipertensão Arterial

Existem diversos fatores de risco para doenças cardiovasculares, os quais

podem ser divididos em imutáveis e mutáveis. Os fatores imutáveis são aqueles

que não podemos mudar e por isso não podemos tratar que é idade,

hereditariedade, sexo. Já os fatores mutáveis são os quais podemos interferir

como é o caso do fumo, colesterol, pressão arterial, sedentarismo, obesidade,

diabetes, entre outros.

CEOLIN, Sabrina U. Bugs; MARISCO, Nara. Anais XVI Seminário Institucional de Ensino, Pesquisa e Extensão – Unicruz, 16(1), 2011.

Page 27: Doenças Coronarianas

A hipertensão arterial é conhecida como o principal fator de risco para a

morbidade e mortalidade precoces causada por doenças cardiovasculares

sendo considerada uma doença multifatorial e um dos maiores problemas de

saúde do Brasil.RENNER et al. RBAC, 40(4):261-266, 2008.

Hipertensão Arterial

Page 28: Doenças Coronarianas

A hipertensão era diagnosticada e categorizada principalmente com base na

pressão diastólica; entretanto, sabe-se que a morbimortalidade aumenta

quando se eleva tanto a pressão diastólica quanto a sistólica. Assim, de acordo

com o Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial considera-se um indivíduo

hipertenso aquele que apresenta uma pressão sangüínea sistólica igual ou

superior a 140 mmHg e/ou pressão sangüínea diastólica igual ou superior a

90mmHg.

Hipertensão Arterial

III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial. Arq. Bras. Endocrinol Metab. 43(4), 1999.

Page 29: Doenças Coronarianas

Este aumento da pressão arterial pode ser dado através de consumo elevado

de sal, a obesidade, resistência à insulina, sistema-renina-angiotensina-

aldosterona e sistema nervoso simpático, sendo que estes mecanismos não são

compreendidos por completo.

Hipertensão Arterial

MERKLE, C. Manual de Fisiopatologia. São Paulo: Roca. 2007.

Page 30: Doenças Coronarianas

A presença de sódio na circulação sanguínea produz aumento da volemia por

aumentar a osmolalidade. O aumento da osmolalidade estimula o centro da

sede no hipotálamo e aumenta a produção de hormônio antidiurético.

A estimulação do centro da sede faz o indivíduo beber água em quantidade

suficiente para diluir o sal até a concentração normal. Considerando-se estes

fatores e acrescentando-se que a eliminação renal de sódio é mais lenta que a

eliminação renal de água, fica fácil compreender porque a ingestão excessiva

de sal aumenta mais a pressão arterial do que a ingestão de grandes

quantidades de água.

MERKLE, C. Manual de Fisiopatologia. São Paulo: Roca. 2007.

Hipertensão Arterial

Page 31: Doenças Coronarianas

Além da HAS ser um fator de risco para DC, também pode levar a derrames,

insuficiência renal  e aneurismas. Por fazer o coração trabalhar mais, pode

causar insuficiência congestiva cardíaca.

Hipertensão arterial sistêmica, diabetes, obesidade e perfil lipídico, cada um

contribuiu para um aumento de duas a três vezes nas chances de infarto do

miocárdio.

POLANCZYK, Carisi Anne. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 84(3), 2005.

Hipertensão Arterial

Page 32: Doenças Coronarianas

Sódio – Grande vilão para a saúde cardiovascular:Sódio – Grande vilão para a saúde cardiovascular:

Hipertensão Arterial

Page 33: Doenças Coronarianas

Hipertensão Arterial

Page 34: Doenças Coronarianas

Hipertensão Arterial

Alimento Porção Sódio (mg) Sal (g)

Linguiça 1 unidade 400mg 1g

Salsicha 1 unidade 560mg 1,4g

Pão francês 1 unidade 280mg 0,7g

Hambúrguer 1 unidade 280mg O,7g

Caldo de carne 1 cubo 1920mg 4,8g

Page 35: Doenças Coronarianas

Diabetes Melitus

A doença arterial coronariana ocorre mais comumente em diabéticos do que

na população geral, afetando mais de 55% dos pacientes. O diabetes mellitus é

o fator de risco maior para a doença cardiovascular independente, mesmo após

ajustada para idades mais avançadas, hipertensão arterial sistêmica e

tabagismo.

As mulheres, que habitualmente têm menor risco de doença cardiovascular

do que os homens, passam a ter maior risco do que eles se forem diabéticas.

SCHAAN et al. Rev Saúde Pública, 38(4):529-36, 2004.

GUS et al.. Arq Bras Cardiol, 78(2):478-83, 2002.

Page 36: Doenças Coronarianas

A relação entre hiperglicemia e doença cardiovascular pode ser atribuída à

prevalência elevada desses fatores de risco nos pacientes com a síndrome

metabólica ou a um antecedente comum a todos esses fatores que são

hipertensão arterial sistêmica, obesidade, resistência à insulina,

microalbuminúria e anormalidades nos lipídeos e lipoproteínas plasmáticas.

SCHAAN et al. Rev Saúde Pública, 38(4):529-36, 2004.

Diabetes Melitus

Page 37: Doenças Coronarianas

Uma epidemia de DM do tipo 2 vem ocorrendo nos últimos anos, com

tendência de crescimento na próxima década. Portanto, as complicações do

DM do tipo 2, entre as quais as cardiovasculares , emergem como uma das

maiores ameaças à saúde em todo o mundo, com imensos custos econômicos

e sociais.SCHAAN et al. Rev Saúde Pública, 38(4):529-36, 2004.

Diabetes Melitus

Page 38: Doenças Coronarianas

O controle metabólico rigoroso associado a medidas preventivas e curativas

relativamente simples são capazes de prevenir ou retardar o aparecimento das

complicações crônicas do diabetes mellitus, resultando em melhor qualidade

de vida ao individuo diabético. Da mesma forma, o controle da hipertensão

arterial resulta na redução de dano aos órgãos-alvo. PAIVA et al. Cad. Saúde Pública, 22(2):377-385, 2006.

Diabetes Melitus

Page 39: Doenças Coronarianas

O álcool pode atrapalhar o controle do diabetes mellitus, interferindo com o

metabolismo glicídico, além de possivelmente elevar as concentrações de

triglicerídeos séricos. A American Heart Association sugere para limitar o

consumo de álcool a um drink diário para mulheres e dois drinks diários para

homens. Um drink correponde a 14g de álcool e pode ser definido como uma

lata de cerveja, um copo de vinho (120 ml).RIQUE, Ana B.R; SOARES, Eliane A; MEIRELLES, Carla M. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 8(6): 244-254, 2002.

Diabetes Melitus

Page 40: Doenças Coronarianas

Cabe aos profissionais de saúde que tratam esses pacientes rastrear os

fatores de risco para doenças cardiovasculares e suas manifestações clinicas

iniciais, objetivando prevenção e tratamento precoce, a fim de minimizar os

danos causados por sua associação.RIQUE, Ana B.R; SOARES, Eliane A; MEIRELLES, Carla M. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 8(6): 244-254, 2002.

Diabetes Melitus

Page 41: Doenças Coronarianas

Consumo de FIBRAS assume importante papel no controle da DM II, pois

auxilia na manutenção da normoglicemia, além de diminuir a absorção de

lipídeos, contribuindo para a prevenção da aterosclerose.

Fontes: Frutas, vegetais, cereais integrais e grãos.

Diabetes Melitus

Page 42: Doenças Coronarianas

Consumo de Frutas e Hortaliças

A nutrição adequada pode alterar a incidência e a gravidade das

coronariopatias, visto que populações com diferentes dietas apresentam

variações na mortalidade cardiovascular.

Liu et al. (2000) observaram no Women’s Health Study, realizado com quase

40.000 mulheres profissionais de saúde, que os mais altos consumos de

vegetais e frutas (exceto batata) estavam associados ao risco mais baixo de

DCV, principalmente infarto.LIU, S.; MANSON, J.E.; LEE, I.; COLE, S.R.; HENNEKINS, C.H.; WILLETT, W.C. Am J Clin Nutr., 72(4):922-8, 2000.

RIQUE, Ana B.R; SOARES, Eliane A; MEIRELLES, Carla M. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 8(6): 244-254, 2002.

Page 43: Doenças Coronarianas

A American Heart Association enfatiza o consumo de vegetais, frutas e grãos

integrais, confirmando a importância das fibras alimentares, antioxidantes e

outras substâncias na prevenção e controle das DCV.

As fibras alimentares estão naturalmente presentes nas frutas e vegetais, e

possuem importância determinante na prevenção do risco de aterosclerose.

Existem dois tipos de fibras alimentares, as solúveis e as insolúveis (não

digeríveis).

American Heart Association. AHA Science Advisory. Circulation, 103(3):472-5, 2001.

Consumo de Frutas e Hortaliças

Page 44: Doenças Coronarianas

Fibras solúveis: Fibras solúveis: pectinas, gomas, mucilagens e algumas hemiceluloses,

encontradas nos legumes, aveia, leguminosas (feijão, ervilha, lentilha) e frutas,

particularmente as cítricas e maçã. Grande parte dos benefícios diretos nas

DCV estão relacionados às fibras solúveis, como a redução nas contrações

séricas da LDL-c, melhor tolerância à glicose e controle do Diabetes tipo II.

Fibras insolúveis: Fibras insolúveis: lignina, celulose e algumas hemiceluloses, presentes nos

derivados de grãos inteiros, como os farelos, nas cascas dos grãos, nas verduras

e nas frutas. Este tipo de fibra aumenta a motilidade do TGI e o volume do bolo

fecal, prevenindo sintomas de constipação.

SICHIERI et al. Arq Bras Endocrinol Metab., 44(3):227-232, 2000.

Consumo de Frutas e Hortaliças

Page 45: Doenças Coronarianas

AntioxidantesAntioxidantes: : A lesão oxidativa dos lipídios nas paredes dos vasos

sanguíneos parece ser um fator decisivo no desenvolvimento da aterosclerose,

já que a oxidação da LDL-c a transforma numa partícula reativa potencialmente

letal para as artérias.

Populações com dietas ricas em substâncias antioxidantes apresentam baixa

incidência de aterosclerose coronária, já que os antioxidantes aumentam a

resistência da LDL-c à oxidação e vêm sendo associados com a redução de risco

para coronariopatias. Acredita-se que os antioxidantes são os principais

responsáveis pelos efeitos benéficos do consumo diário das frutas e verduras.

Os principais antioxidantes são a vitamina E, pigmentos carotenóides, a

vitamina C, flavonóides e outros compostos fenólicos.CARVALHO, Jairo J. M.; Aspectos preventivos em cardiologia. Arq. Bras. Cardiol. 50(1):59-67, 1988.

Consumo de Frutas e Hortaliças

Page 46: Doenças Coronarianas

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LIU, S.; MANSON, J.E.; LEE, I.; COLE, S.R.; HENNEKINS, C.H.; WILLETT, W.C. Fruit and

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Referências

Page 51: Doenças Coronarianas

Obrigada!