Doença de parkison
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Estudo Dirigido - Anatomia
Doença de Parkinson
A doença de Parkinson (DP) ou Mal de Parkinson, é uma
doença degenerativa, crônica e progressiva,
que acomete em geral pessoas idosas. Ela ocorre pela
perda de neurônios do SNC em uma região conhecida
como substância negra. Os neurônios dessa região
sintetizam o neurotransmissor dopamina, cuja diminuição
nessa área provoca sintomas principalmente motores.
Sabe-se que os sintomas da doença devem-se à
degeneração dos neurônios da substância negra, no
entanto, na maioria das vezes, é desconhecido o motivo
que leva a essa degeneração.
O que é Doença de Parkinson?
A doença de Parkinson é hereditária?
Na grande maioria dos casos a doença de Parkinson não é
hereditária, isto é, não é transmitida de uma geração a
outra através de determinado gene. Entretanto, pessoas
que tenham algum parente próximo afetado apresentam
probabilidade um pouco maior de desenvolverem a doença.
Não se sabe ao certo a razão para que isso ocorra mas
admite-se que características genéticas possam aumentar
a suscetibilidade à doença. Por outro lado, em algumas
famílias a doença pode ser hereditária e alguns genes
responsáveis (como o gene da alfa-sinucleina) já foram
identificados.
Há cerca de 200 novos casos a cada 100.000 indivíduos
por ano. Sendo que só nos Estados Unidos há mais de
um milhão de pacientes com esta moléstia. Há uma
ligeira predominância pelo sexo masculino, mas existem
autores que acreditam que a doença atinge homens e
mulheres igualmente. Esta condição se estabelece mais
comumente entre as idades de 55 e 60 anos, mas pode
ocorrer em pessoas mais jovens ou mesmo aos 80
anos de idade. Atinge todas as raças. Seu principal fator
de risco é o próprio envelhecimento. É uma das
principais causas de morte na velhice
Doença de Parkinson Epidemiologia
• Geral//, pctes. > 50 anos. Antes de 20 anos é rara (Parkinson
Juvenil). Mais comum em homens.
• Prevalência = 1 a 3 % da população > 65anos.
• Incidência = 20 por 100.000 habitantes/ano.
• Risco de desenvolver a doença = 1 em 40.
• Maior prevalência = América do Norte e Europa
• Mais comum em caucasianos (?).
• Associações com vida rural, ingestão de água de poço, cultivo de
vegetais, exposição a polpa de madeira e pesticidas (???).
É um conjunto de neurônios que estão
localizados no mesencéfalo
Um pigmento escuro, melanina, que é
produzido junto com a dopamina.
Conectada através de sinapses com os
gânglios de base (conjunto de corpos
neuronais localizados no interior do
hemisfério cerebral) que são constituídos
por núcleo caudado, o putâmen, o globo
pálido, o núcleo subtalâmico e a própria
substância negra.
Substância Negra
A dopamina funciona como neurotransmissor inibitório do corpo estriado.
Quando um movimento é iniciado pelo córtex cerebral, os impulsos são
transmitidos para o corpo estriado e podem seguir dois caminhos.
Como funciona a Dopamina?
Se o movimento for desejado, os neurônios
do corpo estriado aumentam a atividade de
neurônios talâmicos e do córtex cerebral,
facilitando que os movimentos sejam
executados.
Se o movimento não for desejado, os
neurônios da substancia negra são ativados,
inibindo as células talâmicas e corticais,
inibindo os movimentos.
Na doença de Parkinson, há uma
diminuição das concentrações de
dopamina, dessa forma, há uma
hiperatividade do corpo estriado,
dificultando o controle dos
movimentos da pessoa
acometida.
Uso exagerado e contínuo de medicamentos - Um exemplo de
substância que pode causar parkinsonismo é a cinarizina,
usada freqüentemente para aliviar tonturas e melhorar a
memória, a qual pode bloquear o receptor que permite a
eficácia da dopamina.
Isquemia cerebral - Quando a artéria que leva sangue à
região do cérebro responsável pela produção de dopamina
entope, as células param de funcionar.
Freqüentar ambientes tóxicos - como indústrias de
manganês (de baterias por exemplo), de derivados de
petróleo e de inseticidas
Trauma craniano repetitivo - Os lutadores de boxe, por
exemplo, podem desenvolver a doença devido às pancadas
que recebem constantemente na cabeça. Isso pode afetar o
bom funcionamento cerebral.
OS fatores que podem desencadear parkinsonismo:
Primeiros sintomas: sensação de cansaço ou mal estar
no final do dia; caligrafia menos legível; fala mais monótona
e menos articulada; depressão sem motivo aparente; lapsos
de memória; dificuldade de concentração; irritabilidade;
dores musculares mais comuns (principalmente na região
lombar); movimentos tornam-se mais lentos; perda da
espontaneidade da face; No inicio os sintomas podem
acometer só um lado, e posteriormente ambos os lados são
acometidos
Com o avançar da doença, os sintomas também
progridem. O tremor é geralmente um dos principais
sintomas a ser notado pelo paciente. O tremor é mais
intenso no membro em repouso;
Sintomas:
Voz (fala baixo e monotonamente);
Tremor (para durante o sono e diminui em movimento);
Rigidez(músculos não recebem ordem pra parar e pode causar dores musculares
e postura encurvada;
Escrita (a caligrafia torna-se ilegível e pequena);
Artralgia (dor nas articulações, além da tendência em exteriorizar níveis de
osteoporose superiores àquela detectada em uma população de igual faixa etária);
Bradicinesia (movimentos lentos, que para realizá-los exige muito esforço);
Marcha típica (os braços ficam imóveis ao deambular);
Alteração no equilíbrio (postura levemente encurvada para frente, podendo
causar cifose ou provocar quedas);
Sistema digestivo e urinário (deglutição e mastigação podem ser
comprometidas, uma vez que os músculos podem ter atividade mais lenta. Podem ter
ainda alterações urinárias e constipação intestinal devido ao mal funcionamento do
sistema nervoso autônomo);
Diminuição de movimentos involuntários autossomáticos (como por exemplo
as pálpebras piscam cada vez menos);
O diagnóstico pode ser feito através:
Podemos dividir as estratégias de tratamento da DP em :
Medidas não-farmacológicas - As medidas não-farmacológicas
compreendem uma série de hábitos e medidas de valor especial na DP por
minimizar algumas de suas complicações. Devemos deixar claro que estas
medidas não atenuam a gravidade da doença ou impedem sua
progressão, mas mantém o indivíduo melhor preparado para
enfrentar as alterações orgânicas e psicológicas decorrentes
da consunção e insuficiência motora típicas
desta enfermidade. Tais medidas são:
(i) a educação,
(ii) o tratamento de suporte,
(iii) o exercício e
(iv) nutrição.
Tratamentos:
Medidas farmacológicas
Pramipexole, vendido como Mrapiex, e o ropinirole, vendido como Requip
Considerando as alternativas farmacológicas disponíveis, pode-se afirmar que o arsenal medicamentoso
antiparkinsoniano da atualidade, limita-se as seguintes opções:1. selegilina; 2. amantadina; 3. anticolinérgicos;
4. levodopa; 5. agonistas dopaminérgicos. Quanto a levodopa, inicialmente frisamos que continua sendo a
principal forma de tratamento da doença de Parkinson idiopática. Seu emprego associa-se a menor morbi-
mortalidade, e virtualmente todos os pacientes beneficiar-se-ão de seu uso. Por quase trinta anos, tem sido
administrada a milhões de pacientes com DP. No princípio era empregada pura, e altas doses enterais eram
necessárias para que uma ínfima parcela atingisse o SNC. Além disso, a rápida conversão periférica de l-dopa
em dopamina pela dopa-descarboxilase, resultava em desagradáveis efeitos colaterais, como náuseas, vômitos
e hipotensão ortostática. Porém, com o passar dos anos, descobriram-se substâncias antagônicas de dopa-
descarboxilase, permitindo que doses menores fossem utilizadas e maior eficácia terapêutica obtida. Inibidores
de dopa-descarboxilase estão em voga desde há cerca de 30 anos, sendo mister reconhecer o papel histórico
que tiveram na melhoria da qualidade de vida dos pacientes com DP. Dois deles estão disponíveis em produtos
comerciais associados à levodopa e são oferecidos mundialmente: carbidopa (Sinemet®) e benzerazida
(Prolopa®).
Porém, a vulnerabilidade da levodopa fica patente quando se contempla os graves sintomas neuro-psiquiátricos
associados com seu uso prolongado.
Tratamento cirúrgico.
Existem dois tipos de procedimentos cirurgicos: cirurgia ablativa e estimulação cerebral
profunda. Nos dois casos, a parte do cérebro que vai ser operada depende dos sintomas
predominantes mas atualmente os alvos preferenciais são o globo pálido e o núcleo
subtalâmico. A estimulação cerebral profunda é realizada através da introdução de um
eletrodo no cérebro. Esse eletrodo fornece uma corrente elétrica contínua que melhora os
sintomas da doença e reduz os efeitos colaterais da medicação (principalmente as
discinesias). Pode melhorar a rigidez, o tremor e a velocidade dos movimentos. Esse tipo de
cirurgia representa um grande avanço no tratamento cirúrgico mas seu custo ainda é muito
alto e sua realização ainda é pouco difundida em nosso meio.
Quem pode se beneficiar da cirurgia?
......O paciente ideal é aquele que durante vários anos apresentou boa resposta à medicação
mas que passou a desenvolver complicações decorrentes do tratamento tais como o
fenomeno on-off e as discinesias (movimentos involuntários anormais) e que não podem ser
controlados clinicamente. Pacientes com outras formas de parkinsonismo ou que tenham
alterações cognitivas importantes (demência) não devem ser operados.
Bibliografia.
• http://emedix.uol.com.br/com/parkinson/neu005_1i_parkinson.php
• http://www.mulherdeclasse.com.br/O%20que%20e%20parkinson.htm
• http://www.unineuro.com.br/website/index.php/publicogeral/pagina/3cc1f
086e85c1dfdaeb65dbe3c60f6f0
• http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3902&ReturnCatID
=1511
• http://www.ciape.org.br/matdidatico/cristiane/parkinson.ppt
• http://www.parkinson.org.br/firefox/index.html
• http://www.doencadeparkinson.com.br/resumodp.htm
Parkinson:
Uma Luta Contra Si Mesmo