Doença de Chagas - um problema sanitário
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Doença de Chagas
Um problema sanitário
Aline Santamgelo VargasEdimilson Cebin FerrazPaula CoelhoSérgio Guterres
O que é?
Doença parasitária descoberta por Carlos Chagas em 1909, também chamada de tripanossomísase americana.É causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, nomeado em homenagem a Oswaldo Cruz.Pode ser considerada uma antropozoonose, resultado de alterações humanas no meio ambiente.O ser humano foi incluído em seu ciclo acidentalmente ao invadir ecótopos naturais.
Sintomatologia
Pode permanecer assintomática por anos.Alguns dias após a picada pode haver febre, mal estar, inapetência, sinais de inflamação, aumento do baço e fígado e distúrbios cardíacos.
Na fase aguda:ChagomaSinal de RomañaO tratamento ainda é possível
Criança com sinal de Romaña
Sintomatologia
Na fase crônica:Pode ocorrer muitos anos depois da infecçãoGeralmente o coração já está comprometidoVárias manifestações clínicas como falta de ar, tonturas, taquicardia, braquicardia e inchaço nas pernas.Pode haver lesões em outros órgãos como fígado.Pode comprometer o sistema nervoso e linfático.Não há tratamento.
Aumento do coração
Formas de transmissão
VetorialO barbeiro é o principal vetor da doença, responsável por mais
de 50% dos casos, e habita 11 estados brasileiros que é infectado ao sugar o sangue de um organismo já infectado. No intestino do vetor tripomastigoto, que não se reproduz, desenvolve-se para epimastigoto que se reproduz.
Formas de transmissão
Transfusão de SangueTambém pode se feita pela transfusão de sangue ou
transplante de órgãos, ou por via placentária. Diversos programas de saúde em países latino-americanos procuram controlar a incidência e as de taxas de infecção do T. infestans foram reduzidas de 8,4% (1983) a 2,9% (em 1997).
Formas de transmissão
Vertical (placentária)Não existem ainda medidas que evitem a transmissão vertical
do parasita, logo a estratégia de controle da infecção congênita é centrada no diagnóstico precoce da infecção em recém-nascidos de mães infectadas e em tratamento específico imediato das crianças ao nascimento. Não se trata o Chagas durante a gravidez pois é difícil acompanhar eficazmente as reações do feto no útero e as crianças tratadas ao nascer tem altos índices de cura.
Formas de transmissão
Oral (ingestão de alimentos contaminados)Há ainda casos recentes no Pará que podem estar ligados ao
consumo de açaí, estão sendo pesquisados para comprovar essa ligação, pois a fruta pode ser tirada junto com o inseto transmissor e o preparo do alimento talvez não seja seguro. Para impedir a transmissão a cana e o açaí devem ser pasteurizados, como normalmente é feito nos produtos industrializados, porém não pelos vendedores de sucos artesanais. Em 2007 estimam que 37 contaminações por mal de Chagas ocorreram no Pará dessa forma.
O parasita
Trypanosoma cruziFormas evolutivas:Epimastigota
fica no tubo digestivo do vetor, não é infectante para os vertebrados. É fusiforme e apresenta o cinetoplasto junto ao núcleo, há diferenciação para tripomastigotas metacíclicos na porção final do intestino e infecta os vertebrados. Possui flagelo e membrana ondulante.
Amastigota após a penetração em vertebrados, modifica-se para amastigota
multiplicativo, que é intracelular, sem organelas de locomoção, com pouco citoplasma e núcleo grande. O cinetoplasto encontra-se ao lado do núcleo e é um pouco menor. Está na fase crônica da doença.
Tripomastigota fase extracelular, que circula no sangue. Apresenta flagelo e membrana
ondulante na extensão lateral do parasito. O cinetoplasto está na extremidade posterior do parasito. Está presente na fase aguda da doença e constitui a forma infectante para os vertebrados e pode colonizar diversos tecidos (p. ex: músculos).
O parasita
Amastigota
O parasita
Tripomastigota
CinetoplastoNúcleoMembranaFlagelo
O parasita
Epimastigota
Vetores
Os vetores da doença de Chagas são animais pertencentes ao Filo: Arthropoda, Classe: Insecta, Ordem Hemiptera, Família: Reduvidae, Subfamília: Triatominae, vulgarmente conhecidos como barbeiros ou chupanças.
Há em torno de 137 espécies descritas, porém poucas são vetores da doença, Triatoma infestans, T. dimidiata, T. sordida, T. brasiliensis, T. pseudomaculata, Panstrongylus megistus e Rhodnius prolixus.
Vetores
Vetores
Panstrongylus megistus
Triatoma infestans
Rhodnius prolixus
Ciclo de vida
Controle
Saneamento básicoMelhoria das moradias
Vigilância epidemiológica
Conceito:
A Lei Orgânica da Saúde conceitua Vigilância Epidemiológica (VE) como um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. Estão restritas à área de doenças transmissíveis.
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/gve_7ed_web_atual.pdf
Vigilância epidemiológica
Redução da transmissão natural:
Com a implementação dos controles de casos de doenças ocorridas, através dos órgãos de saúde e a comunicação da ocorrência feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para elaborar estratégias de intervenção tem controlado a transmissão natural no território nacional.
Vigilância epidemiológica
Controles e envolvimento da população:
Os controles são desenvolvidos pelo poder público com ações de combate diretamente nos locais possíveis de infecção, como a desinsetização, e a visita dos agentes às comunidades para fins de educação à preservação da saúde. A incidência do barbeiro também tem ações direcionadas, principalmente junto às populações ribeirinhas e de menor renda, cujas moradias à base do "adobe", são alvos perfeitos dos vetores.
Agradecemos por assistir!
Para se informar:
http://www.fiocruz.br/chagas/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home