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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A ATUAÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL E PEDAGÓGICO: CONTRIBUIÇÕES DA PEDAGOGIA DO AFETO NO COTIDIANO DA ESCOLA Auriléa Baptista da Silva Orientadora Profª. Maria Esther de Araújo Rio de Janeiro 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A ATUAÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL E

PEDAGÓGICO: CONTRIBUIÇÕES DA PEDAGOGIA DO AFETO

NO COTIDIANO DA ESCOLA

Auriléa Baptista da Silva

Orientadora

Profª. Maria Esther de Araújo

Rio de Janeiro

2013

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

ATUAÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL E

PEDAGÓGICO: CONTRIBUIÇÕES DA PEDAGOGIA DO AFETO

NO COTIDIANO DA ESCOLA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Orientação Educacional e

Pedagógica

Por: Auriléa Baptista da Silva

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha mãe o apoio e

compreensão dispensadas a mim de

forma tão carinhosa, aos amigos de

ideal da área educacional pela troca de

experiências no cotidiano, aos meus

alunos que dão sentido a minha busca

incessante pelo conhecimento, e, em

especial, a ajuda intelectual dos que

doam seus conhecimentos, e,

sobretudo, agradeço à Deus pela

oportunidade de experimentar o

conhecimento pelas asas do amor.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos que de certa

forma colaboraram para que eu pudesse

concluir esta etapa de estudo e, em

especial, dedico a minha mãe que,

efetivamente, me oportunizou atingir mais

uma fase de estudo acadêmico.

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RESUMO

O presente trabalho objetiva refletir sobre a atuação do Orientador Educacional e Pedagógico em consonância ao preconizado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a partir da Pedagogia do Afeto e de que forma ações planejadas com afetividade podem contribuir para a qualidade das relações interpessoais no ambiente escolar. Este trabalho é fruto de uma reflexão acerca do papel da emoção nos relacionamentos. Ao enfoque do aspecto que a emoção representa nos relacionamentos, aponta-se para o papel de mediador desempenhado pelo Orientador Educacional e Pedagógico. As reflexões aqui apresentadas apoiam-se em pesquisa bibliográfica na qual a fundamentação teórica se argumenta nos teóricos Wallon, Galvão, Maturana, Rossini, Chalita e Antunes. Teóricos que apresentam a emoção como componente da afetividade e, apontam-na como forte elemento presente nas relações, compreendendo-a como norteadora de conduta. Os resultados mostram que propostas de atividades feitas pelo Orientador Educacional e Pedagógico, no ambiente escolar, que envolva os atores educacionais e sejam pautadas na afetividade colaboram para a promoção do respeito, o acolhimento, solidariedade, e, por conseguinte, ao fortalecer os laços de amizade, proporciona melhora das relações interpessoais que se travam no espaço educacional.

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METODOLOGIA

Este trabalho aborda a prática do Orientador Pedagógico no processo

educacional com foco no componente afetividade presente nas relações

interpessoais.

Trata-se de pesquisa do tipo bibliográfica, de caráter qualitativo. Como

referencial teórico utilizamos a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº

9394/96, a psicogênese de Wallon, a concepção biológica da emoção por

Maturana e a Pedagogia do Afeto pelo enfoque de Rossini, além das técnicas e

dinâmicas de grupo sugeridas por Antunes e Chalita. Também recorremos a

sites cujos valiosos artigos nos auxiliaram a compor este trabalho, haja vista

que as leituras ampliam nosso olhar e norteiam nossas ações em busca de

melhor qualidade nos relacionamentos sociais.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 7

CAPÍTULO I – O Orientador e as suas atribuições em consonância

a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394 de 20/12/1996 12

CAPÍTULO II - Cotidiano escolar: conflitos decorrentes das

subjetividades que refletem e influenciam de forma negativa

o clima escolar 18

CAPÍTULO III – A Pedagogia do Afeto aplicada: a importância

da afetividade no relacionamento interpessoal 24

CONCLUSÃO 33

BIBLIOGRAFIA 34

WEBGRAFIA 35

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INTRODUÇÃO

A presente monografia tem como objetivo refletir sobre a atuação do

Orientador Educacional e Pedagógico pautada na Pedagogia do Afeto para

identificar nessa pedagogia possíveis contribuições no campo educacional.

Acredita-se que, uma vez que sejam implementadas ações pelo viés da

afetividade pelo Orientador Pedagógico, acarrete melhoria no relacionamento

entre os atores no ambiente escolar, haja vista que considera a emoção no

desenvolvimento das relações interpessoais.

Para esse fim, inicialmente far-se-á um breve histórico deste

profissional no Brasil no que concerne as suas atribuições, em consonância a

Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394 de 20 de dezembro de 1996.

Posteriormente, identificar os conflitos decorrentes das subjetividades

que refletem e influenciam de forma negativa o clima escolar no qual este

profissional desempenha a função mediadora e, de certa forma, está exposto a

inúmeras situações cunhadas por sentimentos diversos, tais como ansiedade,

insegurança, estresse, apatia, medo.

Em seguida, propor-se-á técnicas e dinâmicas como forma de

materializar a afetividade na dinâmica escolar.

O tema sugerido adquiri relevância à medida que se considera, como

de fato é, a função social da escola, ou seja, de promover o desenvolvimento

integral do ser para o exercício pleno e consciente da cidadania e prepará-lo

para o mundo do trabalho.

O espaço escolar é coletivo, recebe diferentes individualidades que

pressupõe objetivo comum a ser alcançado e no qual se deseja imprimir a

democracia, a partir de uma gestão cunhada pela participação de todos. No

entanto, o caminho a percorrer para se atingir o almejado é permeado de

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conflitos, situações de enfrentamento, adversidades que extrapolam o previsto

na legislação.

O fator da comunicação é também de fundamental importância quando

se pretende criar oportunidades de participação de todos os envolvidos. Sendo

assim, a comunicação é uma das formas que caracterizam a ação democrática

do Orientador Pedagógico.

A lei garante o acesso gratuito à educação básica, mas não explicita,

discorre ou prevê os embates que ocorrem no interior do ambiente escolar,

apontando soluções. Os sujeitos sociais que ali se encontram, vivenciam

antagonismos de diferentes ordens.

O papel do Orientador é de grande relevância porque atua como

mediador junto dos atores escolares quais sejam os docentes, a direção, os

responsáveis, os discentes com o fim de assegurar a qualidade do processo

educacional. No campo das relações interpessoais, ele não está isento das

emoções, sentimentos, das subjetividades que subjazem o fazer pedagógico. O

ambiente escolar é, pois, campo fértil de emoções que, por sua vez, modelam

comportamentos.

Neste sentido, o segundo capítulo procura elencar alguns situações de

conflito que ocorrem no ambiente escolar e, no terceiro capítulo pretende-se

destacar a importância da afetividade no processo educacional.

Para esse fim, recorre-se à teoria psicogenética de Wallon através do

estudo da professora Izabel Galvão (1995), e a concepção biológica e social de

Maturana para leitura do papel da emoção na relação interpessoal bem como

suas implicações. Recorre-se, ainda, a outros autores que tratam do tema em

questão – a afetividade – com o intuito de enriquecer a reflexão aqui

apresentada. Dessa forma, veremos em Rossini (2008), os alicerces da

Pedagogia Afetiva com vista à aplicação de técnicas e dinâmicas de grupo no

campo educacional que levem em conta promover a afetividade como

componente de integração e melhoria nas relações interpessoais, minimizando

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comportamentos considerados contraproducentes no ambiente escolar.

No tocante à teoria de Henri Wallon, vale ressaltar que o estudo do

papel da afetividade acontece nos diferentes estágios de desenvolvimento da

criança, o que não exclui o desenvolvimento do ser nas diferentes fases da

vida. Galvão (1995), ao descrever o papel da análise genética e do recurso a

comparações múltiplas, explica que a psicologia genética estuda as origens, ou

seja, a gênese dos processos psíquicos. E ainda, que na sua constituição, há o

método de uma psicologia geral, o que significa dizer que é compreendida

como conhecimento do adulto através da criança, considerando o ser na sua

integralidade.

No entanto, como o objeto de interesse do presente trabalho é o

relacionamento dos indivíduos, transporemos à teoria walloniana para melhor

compreensão das ações e reações pelo viés da afetividade pelos diferentes

atores educacionais.

Outro aspecto discutido na teoria é o conjunto afetividade em seus

vários componentes tais como emoções, sentimentos e paixão. Essa

transposição é possível, neste estudo, dada a abrangência da teoria. O

desenvolvimento não é da natureza somente da criança, mas é inerente ao ser

humano. E se as emoções manifestas pela criança são mais espontâneas, e

no adulto mais controladas ou mascaradas, tais constatações não impedem o

conflito. Quanto a este aspecto nos diz Galvão (1995) em seus estudos sobre a

teoria psicogenética de Wallon:

“No cotidiano escolar são comuns as situações de

conflito envolvendo professor e alunos. Turbulência e agitação

motora, dispersão, crises emocionais, desentendimentos entre

alunos e destes com o professor são alguns exemplos de

dinâmicas conflituais que, com frequência, deixam a todos

desamparados e sem saber o que fazer. Irritação, raiva,

desespero e medo são manifestações que costumam

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acompanhar as crises, funcionando como “termômetro” do

conflito.” (GALVÃO, 1995, p. 104)

Nesta perspectiva, qual seja tratar emoção e razão de forma imbricada e

não mais como pares antagônicos, encontramos eco na abordagem do biólogo

Maturana, ao afirmar que

“As emoções não são o que correntemente chamamos de

sentimento. Do ponto de vista biológico, o que conotamos

quando falamos de emoções são disposições corporais

dinâmicas que definem os diferentes domínios de ação. Na

verdade, todos sabemos isso na práxis de vida cotidiana, mas o

negamos porque insistimos que o que define nossas condutas

como humanas é elas serem racionais. Ao mesmo tempo todos

sabemos que, quando estamos sob determinada emoção, há

coisas que podemos fazer e coisas que não podemos fazer, e

que aceitamos como válidos certos argumentos que não

aceitaríamos sob outra emoção.”( p.15)

É certo que o ser humano se difere do animal pela sua racionalidade. No

entanto, não se pode relegar a emoção situando o ato de agir somente pela

razão. Na base de nossas ações está a emoção. Para Maturana:

“Dizer que a razão caracteriza o humano é um antolho, porque

nos deixa cegos frente à emoção, que fica desvalorizada como

algo animal ou como algo que nega o racional. Quer dizer, ao

nos declararmos seres racionais, vivemos uma cultura que

desvaloriza as emoções, e não vemos o entrelaçamento

cotidiano entre razão e emoção, que constitui nosso viver

humano, e não nos damos conta de que todo sistema racional

tem um fundamento emocional.”( p. 15)

Ao considerar o papel que a emoção representa no cotidiano, o item

seguinte apresenta técnicas, dinâmicas e projetos apresentados nas obras dos

autores Rossini, Antunes e Chalita que podem ser implementadas pelo

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Orientador Educacional e Pedagógico no cotidiano escolar com vistas ao

desenvolvimento das relações interpessoais. Embora os autores apontem-nas

mais diretamente às salas de aulas, ou seja, do professor para o aluno com

enfoque ao processo ensino aprendizagem, os mesmos autores reconhecem a

utilidade e benefícios, ainda no espaço escolar, das mesmas quando

empregadas pelo Orientador, tanto nas reuniões pedagógicas como nas

reuniões de pais de forma a envolver todos no processo de qualidade das

relações interpessoais.

A partir do papel de mediador reconhecidamente desempenhado pelo

Orientador Pedagógico compreende-se que as técnicas oriundas da Pedagogia

do Afeto possam ser utilizadas na educação para benefício de todos ao ter em

vista a qualidade de relacionamento.

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CAPÍTULO 1

O Orientador e as suas atribuições em consonância à

Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394 de 20 de

dezembro de 1996

A Lei 5692/71, que instituiu a reforma do ensino de 1º e 2º graus, criou

as funções no quadro do magistério comprometidas com a supervisão de

ensino, tanto no âmbito do sistema quanto das unidades escolares. Essas

funções até hoje recebem diversas denominações tais como pedagogo,

orientador pedagógico, coordenador pedagógico, supervisor escolar, professor

coordenador pedagógico. Fato que as autoras caracterizam como dispersão

semântica. Talvez por conta dessas variáveis significações, a atuação nas

unidades escolares se revistam de diferentes contornos, ou seja, a prática

cotidiana reflete a confusão do texto legal no que concerne as denominações e

atribuições. Entretanto, meio a tantas definições, é certo que, membro da

equipe técnica administrativa, o orientador pedagógico é também encarregado

da gestão educacional, principalmente na área pedagógica cujas atribuições de

articulação, formação e transformação exige do Orientador habilidades e

competências no relacionamento com os demais.

No que tange a função de articulador, posiciona-se entre os atores

educacionais no espaço escolar, comunidade e secretaria de educação.

Quanto ao caráter formativo, tanto promove a formação continuada do corpo

discente quanto docente, sem perder de vista a sua própria formação

profissional e ainda, no papel de agente transformador confere a formação de

todos baseada numa posição reflexiva e crítica frente à situação atual com

vista às mudanças.

Tais considerações, formuladas por todos os envolvidos no processo

educacional, quais sejam alunos, professores, agentes educacionais, direção,

pais e responsáveis e comunidade, são estimuladas, planejadas, implantadas e

implementadas pelo Orientador na elaboração do Projeto Político Pedagógico,

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documento que reflete os anseios e traça objetivos e meios de concretização

na prática, através de atividades planejadas atendendo às exigências legais.

Vejamos:

RESOLUÇÃO Nº 7, DE 14 DE DEZEMBRODE 2010

Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9

(nove) anos.CNE 07/2010

Art. 21 No projeto político-pedagógico do Ensino Fundamental e no

regimento escolar, o aluno, centro do planejamento curricular, será considerado

como sujeito que atribui sentidos à natureza e à sociedade nas práticas sociais

que vivencia, produzindo cultura e construindo sua identidade pessoal e social.

Parágrafo único. Como sujeito de direitos, o aluno tomará parte ativa

na discussão e na implementação das normas que regem as formas de

relacionamento na escola, fornecerá indicações relevantes a respeito do que

deve ser trabalhado no currículo e será incentivado a participar das

organizações estudantis.

No que tange a atribuição de coordenar a equipe pedagógica e o

trabalho docente com vistas à realização do Projeto Político Pedagógico na

unidade escolar, um fator de importância é o relacionamento com os

professores. A valorização do docente perpassa pela atuação do orientador no

dia a dia quando planeja momentos de estudo, troca de experiência,

fornecimento de material didático, permanente esforço em parceria com

direção e secretaria de educação por manter condições adequadas de

trabalho. Quanto ao disposto, temos os itens V, VI descritos abaixo:

Art. 67 da LDB

Os Sistemas de Ensino promoverão a valorização dos profissionais da

educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos

de carreira do magistério público:

I –ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;

II – aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com

licenciamento periódico remunerado para esse fim;

III – piso salarial profissional;

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IV – progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na

avaliação do desempenho;

V – período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na

carga de trabalho;

VI – condições adequadas de trabalho.

Conforme descrito, o texto legal valoriza o profissional da educação com

possibilidades de materializar-se em diversos benefícios. No item V, cabe o

programa que vise o bem estar do profissional fazendo jus às condições

adequadas de trabalho. Participar e se comprometer com uma escola de

qualidade é o foco de atuação do Orientador – também um grande desafio

.

Propor atividades de reflexão, meditação, e fazer constar na elaboração

da proposta pedagógica, é uma forma de valorizar cada um que participa do

processo educativo, conquanto imprimi melhor qualidade às relações ao

contemplar atividades que visem o bem estar emocional de todos.

Podemos identificar a atribuição do Orientador, de forma bem

exemplificada no artigo 12 da LDB 9394/96, embora coloque em destaque

como incumbência do estabelecimento de ensino, nos reportamos ao papel de

mediador, e articula desempenhado pelo profissional na escola, mais

precisamente aos itens I, III, IV e VI. Quanto ao item III, o Orientador não está

de todo isento, pois que administra seu pessoal – docente e discente-, trabalha

diretamente com a direção e fica atento aos recursos materiais pedagógicos e

físico da escola. Vejamos:

Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas

comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:

I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;

II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;

III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula

estabelecidas;

IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;

V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;

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VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de

integração da sociedade com a escola;

Em relação ao item VI, vale ressaltar que geralmente é atribuição

específica do Orientador Educacional quando há sua presença na escola,

trabalha de forma integrada com o pedagógico.

Ainda voltada para os pares do Orientador Pedagógico, nos

reportamos ao artigo 13 que trata da incumbência dos docentes.

Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:

I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento

de ensino;

II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta

pedagógica do estabelecimento de ensino;

III - zelar pela aprendizagem dos alunos;

IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor

rendimento;

V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de

participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação

e ao desenvolvimento profissional;

VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as

famílias e a comunidade.

Outro aspecto que nos interessa ressaltar no presente estudo é o

caráter democrático que se pretende imprimir no ambiente escolar.

Preconizado na lei importa aqui expor:

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão

democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas

peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto

pedagógico da escola;

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II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

Tal característica de gestão, nos leva a indagar, mediante o propósito do

presente estudo, qual seja de melhoria da qualidade do relacionamento no

espaço escolar, como o Orientador Educacional pode contribuir para uma

gestão mais integrada e democrática na escola.

Por gestão democrática compreende-se que alguns princípios devam

nortear o gerenciamento das ações entre os pares. Um deles é o

comprometimento dos agentes. Esse princípio é o modo pelo qual cada um

está, de fato, envolvido e por fazer parte do grupo, sente-se responsabilizado

com as tarefas a serem realizadas. Outro princípio é o da competência, ou

seja, a capacidade de realizar a tarefa com vistas a atingir o objetivo. Neste

processo, a liderança da gestão compreende manter, de forma incentivadora, a

participação dos integrantes, ajudar a ver o talento, a aptidão de cada membro,

bem como manter a coesão do grupo para prosseguimento das ações, a

despeito das dificuldades que possam advir, compartilhando resultados,

buscando soluções conjuntas, como também reconhecimento do esforço

empreendido pelo grupo. Este aspecto implica no princípio da mobilização

coletiva, pois que todos dirigem esforços na direção do planejado, do proposto,

dado o comprometimento como marco inicial. Para tal, a transparência é

fundamental, pois que a visibilidade de ações empreendidas e resultados

cheguem ao conhecimento de todos. A transparência se realiza por posição

definida, clara, sem margem para cogitações. O que é objetivo fica ao alcance

de todos.

Tendo em vista o papel a ser desempenhado pelo Orientador Educacional

no espaço escolar, podemos destacar que sua contribuição para uma gestão

mais integrada e democrática compreende uma atuação aberta ao diálogo, um

caminhar junto não só dos alunos, mas com o corpo docente e toda a equipe,

além da participação de responsáveis e da comunidade. E vale lembrar que

sua atuação com os pares foi anteriormente marcada quando da elaboração do

projeto político pedagógico. Se como trabalhador da escola atuar de forma

conjunta, levando em conta o coletivo no que tange as aspirações, dificuldades,

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possibilidades e necessidades de intervenção na busca do objetivo delineado,

certamente o Orientador Educacional e Pedagógico contribuirá para administrar

o processo ensino aprendizagem por vias integradas, haja vista o objetivo da

instituição escolar que é a promoção do educando.

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CAPÍTULO 2

Cotidiano escolar: conflitos decorrentes das

subjetividades que refletem e influenciam de forma

negativa o clima escolar

Dentre os conceitos teóricos, quais sejam gestão participativa e

comunicação, trabalhados neste estudo, a ênfase recai sobre o componente da

afetividade, modelada pela emoção, à qualidade das relações interpessoais.

O aporte teórico da afetividade se encontra na psicogênese de Henri

Wallon, através das reflexões da pedagoga Izabel Galvão (1995), em sua tese

de mestrado e a concepção biológica e social da emoção por Maturana.

Como possibilidade de desenvolver relacionamentos de melhor

qualidade no interior da escola, propõe-se a refletir como a Pedagogia do Afeto

pode potencializar a afetividade através de ações integradas e integradoras à

prática pedagógica. Rossini (2008) aponta a potencialidade do afeto quando

afirma que “A afetividade acompanha o ser humano desde o nascimento até a

morte. Ela ‘está’ em nós como uma fonte geradora de potência, energia.” (p.9)

e acrescenta: “é componente do equilíbrio e da harmonia da personalidade.

(p.10)

Compreendendo que todo relacionamento perpassa pela comunicação,

reconhece-se que a habilidade comunicativa do Orientador Pedagógico é

essencial no desempenho de uma de suas funções que é a mediação entre

escola e clientela, principalmente num ambiente de gestão que se pretende

caracterizar pela participação, configurando assim a gestão democrática

preconizada na legislação educacional no artigo 14 ao definir as normas

regentes de democracia.

É a comunicação uma “transmissão de mensagem, 2. a informação

contida nessa mensagem; 3. via de acesso; 4. exposição, oral ou escrita sobre

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determinado tema” (Minidicionário Houaiss – dicionário da Língua Portuguesa).

Conforme definição do dicionário as instâncias da comunicação, quais sejam

emitir, transmitir e recepção do conteúdo através de métodos ou sistemas

configuram um processo interativo. Comunicar significa partilha, tornar comum.

Contudo, há fatores que interferem no ato de tornar comum neste processo

interativo. A intenção de quem emite a mensagem pode ser compreendida de

forma diversa do intencionado. Quem fala precisa saber ouvir, até para

certificar-se de que a mensagem tornou-se comum. Habilidade de

comunicação também pode ser desenvolvida pela escuta. A disponibilidade de

ouvir o outro significa acolhimento. Falamos do que o coração está cheio e

ouvimos o que a nossa mente interpreta, raras vezes ouvimos, de fato, o que o

outro diz. A comunicação modela relacionamentos porque é carregada de

significados. É através da comunicação que se expressa sentimentos e

emoções, daí o poder de persuadir, diassuadir, convencer, aprovar,

desaprovar, pedir desculpas, incentivar, aproxima, afastar, aceitar, negar, etc.

etc.

É ainda na área de comunicação que se registra um grande

desafio do orientador pedagógico: criar canais de comunicação com os pais,

porquanto esse canal é essencial para o sucesso escolar porque eles

propiciam a relação dialógica entre escola e família cujos esforços e interesse

são para o desenvolvimento integral do aluno. A conversa mantida permite

que as duas esferas – familiar e escolar – troquem ideais, se atualizem de

tudo que envolva o aluno. A família toma conhecimento das práticas

pedagógicas em que filho está inserido e a escola conhece como é constituída

a família, como é a influência.

Este conhecimento permite intervenções mais eficazes no processo de

formação do educando. Um canal de comunicação pressupõe uma relação

mais estreita entre ambos, não se restringindo o contato às questões de

caráter emergencial, tais como comportamento inadequado, resultado

surpreendente.

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A despeito da facilidade de acesso a diferentes fontes de informações

a que todos estamos expostos em tempo recorde que mal é possível

assimilar, e ainda, a afirmação da modalidade de ensino a distância, alguns

arriscam em prenunciar o fim da profissão docente. No entanto, Chalita

preconiza:

“ O professor – eis o grande agente do processo

educacional. A alma de qualquer instituição de ensino é o

professor. Por mais que se invista na equipagem da escola, em

laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas,

piscinas, campos de futebol sem negar a importância de todos

esses instrumentos, tudo isso não se configura mais do que

aspectos materiais se comparados ao papel e à importância do

professor.” (p. 163)

Numa época em que se registra número expressivo de professor

afastado do trabalho por motivo de estresse, importa olhar com mais atenção

para esse profissional. O olhar mais acurado identificará fatores

desencadeadores de desgaste emocional que culminam, para o professor, em

desânimo intelectual. Como os fatores somam em grande número, mencionar-

se-ão àqueles que mantêm relação mais estreita com a questão da afetividade

no campo de relacionamento.

Somado as situações que ocorrem no interior da escola, há a difícil

relação com as famílias. Em atendimento ao art. 13 – item VI – sobre a

incumbência de “articular-se com as famílias e a comunidade, criando

processos de integração da sociedade com a escola”, o professor nem sempre

é bem interpretado quando chama os responsáveis para participá-los seja do

rendimento, seja do comportamento do aluno, com o objetivo de obter maior

participação da família no processo.

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Em artigo recentemente publicado, uma professora relata, ou melhor,

desabafa: “Hoje em dia não se pode falar nada em sala de aula porque o

Conselho Tutelar é acionado a todo momento e isso pode futuramente ser

usado contra o professor. Se tentarmos repreender um aluno falando para ele

que está com mal comportamento a mãe pode afirmar que você chamou o filho

dela de sem educação. É preciso vigiar cada passo que nós damos. É um

estresse diário.”

Por outro lado, tem-se quadro de desvalorização do professor quando

se coloca em evidência o chamamento aos jovens para o divertimento, para o

imediato, para o prazer, para o descartável em contraposição a momentos de

concentração, de silêncio que a aprendizagem, por vezes, requer.

São inúmeros os problemas que ocorrem no interior da escola, os

quais ganham proporções mais sérias e até mesmo graves quando não

resolvidos de forma adequada. Professores lamentam comportamentos

inadequados dos alunos, falta de pessoal de apoio. Também ressentem-se da

falta de material pedagógico e pouco tempo para troca de ideias e experiências

com os colegas. Tal evento acontece somente a partir do calendário oficial.

Insatisfeitos, por vezes, preferem o silêncio.

Além disto, muitas das escolas da rede pública, seja por falta de

manutenção ou pelo desrespeito pelo que é público, são depredadas. Dadas

suas condições precárias, tornam-se um lugar nada agradável de se ficar.

Diversas formas de violência acontecem na escola. O bullying entre os

alunos se apresenta como represália por não se encaixarem nos moldes que

julgam ser o correto, e outras situações de violência física e verbal entre alunos

e, muitas vezes, envolvendo de forma desrespeitosa outros agentes

educacionais. Tais fatos desagradáveis engrossam aspectos negativos que

ocorrem no ambiente escolar, ao mesmo tempo concorrem para

relacionamentos desajustados.

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Numa sociedade em que jovens são estimulados pela propaganda a

ingerir álcool, influenciados pelo comportamento adulto a consumir mais do que

o necessário, expostos a cenas de violência em filmes, novelas, jogos etc. não

é se surpreender que tais fatos reflitam em comportamentos reproduzidos que

estão longe do que seja considerado harmonioso, solidário.

Neste contexto, autoridades insistem no discurso da formação

continuada para assegurar a qualidade do trabalho docente, como se fosse

suficiente. Não levam em conta o contexto que o docente está inserido, ou

melhor, ilhado, só e isolado na sala de aula.

A despeito das salas superlotadas, outro fator desencadeador de

estresse que não só afeta o professor, mas também os alunos, contradiz o

texto legal da LDB em seu Art. 25 quando diz:

Art. 25 – Será objetivo permanente das autoridades responsáveis

alcançar relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga

horária e as condições materiais do estabelecimento.

Parágrafo único – Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista

das condições disponíveis e das características regionais e locais, estabelecer

parâmetro para atendimento do disposto neste artigo.

Meio ao panorama descrito, que é apenas um recorte da realidade do

dia-a-dia da escola, há que se perguntar o que fazer e buscar alternativas que,

se não são capazes de eliminar, pelo menos possam minimizar os conflitos que

minam relacionamentos produtivos e salutares a que todos merecem viver e

conviver.

Nesse sentido, a atuação do Orientador que não se limite às questões

burocráticas, tais como manter os diários de classe em dia, relatórios, material

pedagógico, atender prazos impostos pela secretaria, ganha relevância ao

promover situações que possibilitem a reflexão, a crítica construtiva, o diálogo

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aberto, o acolhimento dos envolvidos nesse celeiro de emoções e ações que

se reveste o espaço escolar.

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CAPÍTULO 3

A Pedagogia do Afeto aplicada: a importância da

afetividade no relacionamento interpessoal

Com destaque para o papel da afetividade, recorre-se à teoria

psicogenética de Henri Wallon. Embora trate de temas como emoção,

movimento, formação da personalidade, linguagem e outros, o presente estudo

ocupar-se-á da emoção por entender que é forte componente da

personalidade, portanto, tem papel importante nas interações sociais.

Nas considerações wallonianas descritas por Galvão (1995), as

emoções mantêm vínculo com reações neurovegetativas que se expressam

como variações no comportamento perceptivos na expressão facial, na postura

corporal. As emoções possuem características específicas que as distinguem

de outras manifestações da afetividade. Contudo, tais diferenciações não as

excluem do campo da afetividade.

“As emoções podem ser consideradas, sem dúvida, como

a origem da consciência, visto que exprimem e fixam

para o próprio sujeito, através do jogo de atitudes

determinadas, certas disposições específicas de sua

sensibilidade. Porém, elas só serão o ponto de partida da

consciência pessoal do sujeito por intermédio do grupo

no qual elas começam por fundi-lo e do qual receberá as

fórmulas diferenciadas de ação e os instrumentos

intelectuais, sem os quais lhe seria impossível efetuar as

distinções e as classificações necessárias ao

conhecimento das coisas e de si mesmo.” (GALVÃO,

p.64)

As emoções causam reações. Um age e outro reage por influência do

que foi dito ou feito. Isto porque a emoção é de caráter contagiante. Neste

aspecto elucida:

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“Em situação de crise emocional (quando o sujeito

mergulha-se completamente nos efeitos da emoção e

perde o controle sobre usas próprias ações) a tendência

é que os efeitos da emoção se desvaneçam caso não

haja reações por parte do meio. Ou seja, na ausência de

“plateia”, as crises emocionais tendem a perder sua força.

(GALVÃO, p.64, 65)

Ao transpormos essa descrição da emoção para situações

de brigas em sala de aula, identificamos na atitude do professor esse

conhecimento ao conversar com os envolvidos numa outra sala, afastando-os

do ambiente em que tal situação ocorre. Deslocados para outro ambiente, as

emoções lentamente se desfazem sob a intervenção do docente ou do

Orientador porque não há a presença do grupo, da plateia.

Já a Pedagogia do Afeto é fundamentada na Psicologia

Transpessoal advinda dos estudos de Maslow, Sutich, Fadiman e Grof e

considera a dimensão espiritual do ser humano, de forma que se alinha ao

conceito formulado por Wallon e Maturana aqui estudado sobre a dimensão

integral do ser e sua relação com o outro .

Embora a Pedagogia do Afeto designe as relações

interpessoais com foco na afetividade em sala de aula, ao considerar-se a

dimensão do ser, biopsicossocial, ou seja, o indivíduo é biológico, mente, e se

desenvolve na interação com o meio, também vai ao encontro da necessidade

de se pensar em mudanças quanto à educação dos protagonistas no espaço

escolar com vistas a melhor qualidade de seus os relacionamentos ao

considerar a força que a emoção imprimi nos relacionamentos. Maturana

considera o ato de educar uma constante reeducação ao sinalizar que:

“O educar se constitui no processo em que a criança ou o adulto

convive com o outro e, ao conviver com outro, se transforma

espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz

progressivamente mais congruente com o do outro no espaço de

convivência. O educar ocorre, portanto, todo o tempo e de maneira

recíproca. Ocorre como uma transformação estrutural contingente com

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uma história no conviver, e o resultado disso é que as pessoas

aprendem a viver de uma maneira que se configura de acordo com o

conviver da comunidade em que vivem. A educação como “sistema

educacional” configura um mundo, e os educandos confirmam em seu

viver o mundo que viveram em sua educação. Os educadores, por sua

vez, confirmam o mundo que viveram ao ser educados no

educar.”(p.29)

Neste estudo considera-se indissociável o pedagógico do humano, de

forma a considerar a qualidade das relações decorrentes do tipo de relações

interpessoais que são mantidas no espaço educacional, ou seja, para além da

sala de aula. Situa-se, para além da sala, o pátio, os corredores, a secretaria, o

refeitório, o entorno da escola. O que se faz dentro da escola reflete valores,

crenças. É o que se introjetou por escolha, preferência. Maturana diz que “[...]

não há ação humana sem uma emoção que a estabeleça como tal e a torne

possível como ato.” (p.22)

Nos estudos realizados nessa pesquisa, observa-se na

bibliografia pesquisada que a Pedagogia do Afeto procura aplicar uma didática

em sala de aula. A aplicação objetiva permear de afetividade as relações

docentes e discentes, de modo a melhorar a qualidade dos relacionamentos e

a produtividade em sala de aula. Mas conforme descrito no capítulo I sobre as

funções do Orientador, volta-se para o seu papel de mediador. Entende-se que

envolve compartilhamento não somente com os professores, mas alunos,

direção, responsáveis, comunidade. É na interação com esses atores é que se

colhe o necessário para compor o projeto político pedagógico, em que se

materializa o planejado.

A educação é “um processo que se dá através do relacionamento e do

afeto para que possa frutificar”. (CHALITA, p.154). Alinhado a esse

pensamento que evidencia o papel da afetividade no modo de nos

relacionarmos com o mundo e conosco mesmos, temos a reflexão poética de

Maturana:

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“Como vivermos é como educaremos, e conservaremos no viver

o mundo que vivermos como educandos. E educaremos outros

com nosso viver com eles, o mundo que vivermos no conviver.”

(p.30)

Pelo exposto, considera-se pertinente responder para que empregar

técnicas de sensibilização. Servimo-nos da resposta de Cunha:

“Porque os valores essenciais da educação não se prestam a

uma vivência quando transmitidos através de discurso; porque o

conhecimento e a compreensão da realidade é mais facilmente

alcançado pela vivência que pela informação; mas sobretudo

porque as técnicas de sensibilização valorizam comportamentos

e a assunção de responsabilidades sociais, promovem o

aprimoramento da identificação do outro como indivíduo,através

de seus valores e não pelas eventuais embalagens que

revestem.” (CUNHA, p.75)

A Pedagogia do Afeto propõe oportunizar o desenvolvimento da

afetividade através de condições para que o emocional floresça, se expanda,

ganhe espaço. Para tal, se utiliza de técnicas de respiração ritmada

acompanhada ou não de música suave. Adota também técnicas de

relaxamento, de meditação, de automassagem, de interação afetiva, de

visualização criativa, de trocas energéticas e de outras dinâmicas que possam

favorecer relacionamentos interpessoais afetivos, cooperativos e otimizados.

No espaço privilegiado que é o ambiente escolar, encontro de tantas

individualidades, cujas emoções se manifestam de diferentes nuances, é de

fundamental importância estabelecer relações de segurança, de cooperação,

de amizade e de prazer em estar com os outros. Galvão diz que a emoção é :

“Atividade eminentemente social, a emoção se

nutre do efeito que causa no outro, isto é, as

reações que as emoções suscitam no ambiente

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funcionam como uma espécie de combustível

para sua manifestação.” (GALVÃO, p.64)

Com vistas à integração harmoniosa do grupo propõe jogos, danças e explica que:

“Por meio de jogos, danças e outros ritos, as

pessoas realizam simultaneamente os mesmos

gestos e atitudes, entregam-se aos mesmos

ritmos. A vivência, por todos os membros do

grupo, de um único movimento rítmico estabelece

uma comunhão de sensibilidade, uma sintonia

afetiva que mergulha todos na mesma emoção.

Os indivíduos se fundem no grupo por suas

disposições mais íntimas, mais pessoais. Por esse

mecanismo de contágio emocional estabelece-se

uma comunhão imediata, um estado de coesão

que independe de qualquer relação intelectual.”

(p.66)

De acordo com o Relatório para a Unesco da Comissão Internacional

sobre Educação para o século XXI (1998), é importante ressaltar que a

convivência escolar será um dos grandes desafios deste século.

Daí, sem pretender esgotar o tema da afetividade no espaço escolar,

recorremos, mais uma vez, ao pensamento de Chalita:

“Há algo além da lei que pode ser desenvolvido através da

educação: a formação ética de um cidadão. Ética como valor de

convivência em sociedade, como busca do bem comum, da

liberdade social.“ ( p.114).

A finalidade do emprego das técnicas é dinamizar a atividade

informativa ou reflexiva dos componentes. A aplicação das técnicas ganha

sentido na constituição de grupos que haja fator ou experiência que se quer

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conhecer, avaliar ou investigar. As técnicas promovem o aprofundamento do

conhecimento pessoal, viabiliza a condição de avaliar o conhecimento que se

tem do outro, possibilita ampliar horizonte de relacionamento mais profundo

atendendo a necessidade do indivíduo de ser querido, acolhido, ouvido

respeitado.

Como não há limitação de material no emprego da técnica, pode ser

aplicada em qualquer espaço. Já as técnicas pedagógicas servem de

instrumento de motivação e quando aplicada como dinâmica de grupo, serve

de estimuladora de solidariedade da unidade composta. A técnica denominada

de ‘Quem conta um conto’ ajuda a perceber “quanto é falha a comunicação

verbal”, desvio, distorção que comprometem o conteúdo da mensagem.

Permite ao grupo refletir sobre o conteúdo da necessidade de objetividade,

clareza e sincera emoção.

Outra de nome ‘Painel de relacionamento’ propõe que integrantes

observem-se atentamente por um minuto sem conversar. E após etapas de

escolha e troca de duplas que falam entre si, concretiza o objetivo de

interconhecimento. Diz Antunes que .”Não importa apenas o “quem é quem”,

mas como agem, pensam, gostam e vivem cada uma dos membros dos

diferentes grupos.”

Outras mais permitem trabalhar tabus e preconceitos desde que

suscitam a visão das dificuldades quando do manejo de valores que chocam-se

frontalmente com os do integrante, além da aparente facilidade de julgamento

que somos capazes. Dinâmicas com o objetivo primordial de despertar a

sensibilidade para perceber na expressão os sentimentos dos que nos

envolvem.

O ponto comum nas técnicas e dinâmicas de grupo propostas é a

possibilidade de ampliar o conhecimento de si e do outro, condição essencial

para melhoria nas relações interpessoais. Porque os relacionamentos não se

constroem num passo de mágica e as técnicas e dinâmicas atendem ao

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propósito de resgatar o lado afetivo em contraposição as relações superficiais

ou ainda, baseadas na insatisfação pela não correspondência do outro.

O fato do educador ser um profissional com habilidades e competências

para o exercício de suas funções, não significa que esteja isento das emoções.

Rossini aponta as qualidades do educador para além de sua competência

profissional:

“Deve ter qualidades humanas imprescindíveis num educador de

hoje: equilíbrio emocional, responsabilidade, caráter, alegria de

viver, ética e principalmente gostar de ser professor” (ROSSINI,

p.44)

Ainda neste aspecto, nos remetemos à reflexão de Maturana acerca da

educação do sentimento:

“É difícil educar para a aceitação e o respeito de si mesmo, que

leva a aceitação e ao respeito pelo outro, assim como a

seriedade no fazer? Não, só que isto requer que o professor ou a

professora saiba como interagir com os meninos e meninas num

processo que não os negue ou castigue, seja pela forma como

eles aparecem na relação, seja porque não aparecem como as

exigências culturais dizem que deve ser.” (p.32)

Na elaboração do projeto político pedagógico, momento privilegiado por

marcar o encontro dos atores educacionais, quais sejam professores, alunos,

pais, comunidade, direção em torno de objetivo comum: oferecer educação de

qualidade. Por qualidade fica estabelecido não só o que a lei assegura, mas o

atendimento às necessidades explicitadas, aos anseios dos alunos e

responsáveis. E é nesse aspecto que o caráter de mediador do Orientador, se

torna mais evidente e necessário.

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Com o objetivo de imprimir maior afetividade ao relacionamento dos

atores, sem pretendermos que tal consideração remeta a atuação

psicologizante que, outrora marcou a função do Orientador Educacional,

acreditamos que atividades que prestigiem a aproximação desses atores no

ambiente possa melhorar a qualidade de relacionamento.

Ao propor atividades a serem implementadas durante o ano letivo que

envolva professores, alunos, direção, família, comunidade, fomos buscar em

Rossini projetos vários tais como determinar um dia da semana ou mesmo no

mês que o diretor convide alguns alunos e professores para tomar junto o café

da manhã. Representa ótima oportunidade para conversa descontraída, que os

aproxima mais mediante o clima favorável. A direção pode visitar as salas,

conversar com os alunos nos intervalos, conhecer seus problemas. Essa

interação gera ambiente agradável de convivência. A Direção, com equipe

técnica, devem abrir espaço, criar tempo, mostrar maior disponibilidade para

ouvir a família, orientar, atendê-los com afeto. Criar momentos culturais é uma

forma de envolvê-los em movimento de convivência na escola, além de outras

atividades a serem organizadas, tais como leitura para os pais na biblioteca. O

coral formado por pais e alunos compreende oportunidade de cantarem juntos.

A escola pode também oferecer cursos e oficinas. Através de coleta de dados

feita pelos próprios alunos, ouvir sugestão de pais e comunidade de temas que

lhes interesse para maior aprofundamento e promover espaço para debate.

Promover excursões é outra forma de integrar os pais à escola de forma

agradável e prazerosa.

Outras atividades são sugeridas: Gincana do Afeto é uma ação social

que consiste na proposta de alunos economizarem até que some quantia que

possa ser revertida em benefício para alguém da comunidade. Criar o Dia da

Amizade: professores e alunos leem em sala de aula o mesmo texto e são

convidados a praticaram gestos de solidariedade. Criar momento de Cineclube

para a família com debate sobre o filme, mediado por um professor. Combinar

um dia para atividade de visita Professor Surpresa, momento em que um outro

professor entra em sala de aula e ministra a aula no lugar do colega ou mesmo

de forma conjunta.

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Outra atividade é De quem é este rosto para ser realizada em momento

de reunião com os pais. Uma foto de um dos alunos com algumas distorções

para que seja reconhecido por seus pais ou responsáveis. Monumento a

saudade é uma atividade destinada a quem se forma. O aluno produz um texto,

um registro formal se despedindo da escola, dos amigos. A produção textual

deve ser exposta em lugar de destaque para que todos possam visualizar,

marcando assim uma fase de transição e ao mesmo tempo reconhecendo o

quão representou para ele a convivência no espaço que está deixando para

trás para novos rumos. É um rito de passagem marcado de forma afetuosa.

Outra atividade similar é Amigos para sempre, proposto por Rossini e é dirigido

aos formandos sob orientação de professores. Os alunos fazem um

psicodrama para que possam viver esse momento de separação e de desafios.

Já Minuto do amor consiste na escolha que alunos façam por uma paisagem,

uma cena ou história que retrate o amor e apresente para a(s) turma(s).

Ainda na sequência de práticas pedagógicas, temos Trocando papéis

que consiste numa atividade em que os pais ou responsáveis são convidados a

se sentarem nas cadeiras de seus filhos para terem aula ministrada por eles. O

objetivo é que os pais saibam como seus filhos aprendem, além de também

possibilitar conhecer melhor os professores deles. É um processo de interação

permeado pela empatia, qual seja a capacidade de se colocar no lugar do

outro, ser capaz de saber como o outro se sente. Os Jogos de família objetiva

a interação entre os alunos e família de forma lúdica.

Enfim, todas essas propostas de atividades podem ser incorporadas ao

projeto político pedagógico como forma de promover ações pautadas na

afetividade cujo objetivo maior é promoção de qualidade nos relacionamentos

no espaço escolar e que se estende para além da escola porque abrange o ser

integral na sua formação.

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CONCLUSÃO

Vimos que a função do Orientador Educacional e Pedagógico junto aos

outros atores educacionais requer a habilidade de se relacionar com diferentes

individualidades. Neste processo interativo cujo objetivo é promover o

desenvolvimento integral do educando, a atuação deste profissional vai além

do que preconiza a lei, ou seja, a dinâmica do relacionamento no espaço

escolar é permeada de conflitos. Neste sentido, voltamos nosso olhar para o

papel que a emoção modela condutas.

A psicogenética walloniana ressalta a emoção como um dos

componentes da afetividade expressa pelo psiquismo e de forma corporal.

Outrossim, na concepção biológica de Maturana, vimos que a emoção está em

tudo que fazemos, até mesmo quando se considera que uma ação está

baseada apenas na razão. Portanto, em ambas teorias, a emoção é

reconhecidamente modeladora de conduta.

Dessa forma, a educação formal, sistematizada, não pode ficar

indiferente ao papel da emoção nos relacionamentos. Portanto, a escola com

sua função eminentemente social, assim, representada pelo Orientador,

mediador entre os atores no espaço escolar, contemplar atividades que tenha

no cerne a afetividade como fator agregador, poderá contribuir para a melhoria

de qualidade dos relacionamentos no espaço escolar.

Sem pretender resolver ou determinar que as práticas pedagógigas

proposta pelo Orientador, modeladas pela afetividade, possam resolver os

inúmeros problemas de diferentes ordens que preenchem o espaço escolar,

mas por entender que melhoram o convívio dos atores, é que acreditamos que

o tema possa ser objeto de maior aprofundamento em estudos posteriores.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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dezembro de 1996. Versão atualizada disponível em:

http://www4.planalto.gov.br.legislação

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GALVÃO, Izabel. Henri Wallon: Uma concepção dialética do

desenvolvimento infantil. 8ª edição. Petrópolis: Editora Vozes, 1995

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política. Belo Horizonte: UFMG, 1998

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ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Pedagogia Afetiva. Petrópolis: Rio de

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WEBGRAFIA

http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=975

REVISTA SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL – Aula Aberta – o prazer de

ensinar ciências – ano II – no. 11 – 2012 –Editora Moderna, p.15, 16

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1414-752005000100002&script=sci_arttext-

acesso: 20/12/2012

ARTIGO ACADÊMICO

http://www.fvc.org.br/pdf/apresentacao-coordenadores-qualitativo.pdf: O coordenador

pedagógico e a formação de professores: intenções, tensões e

contradições.PDF/HTML Vera Maria Nigro de Souza Placco, Laurinda Ramalho

de Almeida, Vera Lucia Trevisan de Souza, da Fundação Carlos Chagas

(FCC), 2011

RESOLUÇÃO CNE/CEB N.07 14/12/2010 NOVAS DIRETRIZES CURRICULARES

PARA O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS

por Profa. Sônia Aranha às 5:44 em: CNE, Educação, Escola Particular, Escola

Pública, Política Educacional