DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · é composto de questões descritivas respondidas...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
ESTABILIDADE FUNCIONAL DO PROFESSOR – PRÓS E
CONTRAS DENTRO DA ESCOLA PÚBLICA
Por: Rosmeire Regina de Oliveira
Orientador
Prof. Carlos Afonso Leite Leocadio
São José do Rio Preto
2007
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
ESTABILIDADE FUNCIONAL DO PROFESSOR – PRÓS E
CONTRAS DENTRO DA ESCOLA PÚBLICA
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Administração
Escolar
Por: Rosmeire Regina de Oliveira
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AGRADECIMENTOS
Aos professores, coordenadores e
diretores da Escola Municipal
Professora Yolanda Ferrari Vargas,
Escola Municipal Deputado Arlindo dos
Santos e Escola Estadual Daud Jorge
Simão por responder, estimular e
apoiar a pesquisa anexa desta
monografia.
E ao SEST/SENAT pela oportunidade
de ampliar meus conhecimentos.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos alunos do
presente que poderão ser os professores
do futuro, pela beleza, pela importância e
pelo prazer do ensinar e do aprender.
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RESUMO
Se o aprendizado é uma apropriação que supõe uma atitude cognitiva e
não apenas receptiva, a qualidade do ensino cada vez mais questionada e
exigida, dependerá em grande parte da maneira como os professores
conduzem sua formação e atualização profissional.
Hoje com a globalização, com a rapidez com que as informações são
disseminadas e quanto rapidamente se tornam obsoletas e defasadas,
impulsionar o professor à uma constante atualização tornando esta postura
uma competência que o mesmo deve desenvolver apesar da sua estabilidade
funcional, com certeza será o caminho para a qualidade do ensino tão falada e
defendida nos quatro cantos do país.
A estabilidade funcional é constantemente avaliada na medida em que
as escolas, seus professores, com seus projetos políticos pedagógicos
colocam no mercado, profissionais aptos a contribuir social e produtivamente
para o desenvolvimento do país.
A educação é o maior recurso para que a humanidade possa seguir
construindo e melhorando as condições dos seres que dela fazem parte,
evoluindo e contribuindo para a evolução de uma nação.
Na teoria esta tendência se confirma, na prática nem sempre. Estes
fatores dependem do quanto o professor tem consciência da importância do
seu papel e está à vontade para assumi-lo, depende o quanto o sistema
político e econômico de verdade se importa e investe para que as coisas
aconteçam, para que aos professores, caiba a preocupação com as
atualizações dos métodos, das ferramentas e das posturas profissionais e
assim garantam a qualidade do ensino que é o objetivo primordial da escola.
A dificuldade maior talvez esteja na estruturação do modelo educacional
atual, onde não existe um padrão para as promoções de cargos e salários do
professor da escola publica. Cada estado estabelece o seu padrão e na grande
maioria é por tempo de serviço e cursos realizados, levando-se em conta a
carga horária sem necessariamente ligar esta atualização (que na maioria das
vezes é custeado pelo sistema educacional) à melhoria do ensino, conforme
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dados levantados pela Revista Nova Escola de abril de 2007, no período de
dezembro de 2006 à março de 2007. A pesquisa mostra que não há uma
política de carreira para o magistério, muda-se de cargo e ou aumenta-se o
salário, sem uma avaliação de desempenho.
Esta constatação vem ao encontro da pesquisa aplicada pelo presente
trabalho, onde os cursos e atualizações apontados, não têm uma sistemática
de escolha, participam por uma política do próprio sistema, sem um
planejamento prévio. Esta constatação se dá pelos assuntos diversificados que
os professores enumeraram como cursos de atualizações (CPFL- Companhia
Paulista de Força e Luz, Trânsito – Projeto Transitando da Secretaria Municipal
de Trânsito, Conexão Saber, Profa - Capacitação para Professores
Alfabetizadores, etc...).
Pode-se inferir que a cada assunto novo que surge, a escola é a
escolhida para desenvolver, mas sem um critério, sem um diagnóstico da
situação real, a qual deveria com a interferência, caminhar para uma situação
ideal.
Então se a política de avaliação de desempenho, leva em conta tempo
de serviço e carga horária de qualquer curso sem critérios de escolhas, a
acomodação profissional do professor é um fato, constatada pelo resultado da
pesquisa deste trabalho que aponta que 80% dos pesquisados consideram
boa sua formação profissional, mesmo considerando cursos sem critérios de
escolhas.
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METODOLOGIA
O instrumento utilizado para a realização da pesquisa é um questionário. Este
é composto de questões descritivas respondidas por professores com tempo
de graduação variada. Foram entregues 60(sessenta) questionários em três
escolas da rede pública, escolhidas aleatoriamente e destes, 21(vinte e hum)
responderam. A aplicação dos mesmos foi feita pela própria autora em dia e
horário previamente combinado com as instituições escolares. Os dados
coletados estão avaliados quanto o tempo de formação, tipo de formação,
quantidade de cursos de desenvolvimento profissional e ou atualização que
foram submetidos e o grau de satisfação deste profissional quanto a sua
atualização. Os Professores da Educação Básica do Ensino Fundamental da
Rede Pública do Município de São José do Rio Preto (SP) são os sujeitos da
pesquisa.
A pesquisa está devidamente validada pela anuência escrita e supervisão da
Direção de cada instituição pesquisada, comprovado através dos documentos
assinados conforme anexos I, II, III e V desta monografia.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 10
CAPÍTULO I - FORMAÇÃO MÍNIMA EXIGIDA DO
PROFFESSOR DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO ENSINO
FUNDAMENTAL 14
1.1 Projeto político Pedagógico Teoria e Prática 16
CAPÍTULO II - A ESCOLA PARA O PROFEFSSOR 18
2.1 Qual é o Sentido da Escola para o Professor 18
CAPÍTULO III – QUALIDADE EDUCACIONAL 20
3.1 História da Qualidade 20
3.2 Globalização X Educação 21
3.3 abordando a Qualidade Educacional 23
CAPÍTULO IV –ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL
DO PROFESSOR /FORMAÇÃO CONTINUADA 26
CAPÍTULO V – PROCESSO ENSINO
APRENDIZAGEM BASEADO NA QUALIDADE
EDUCACIONAL 29
5.1 O Aluno no Papel de Aprendiz e seu
Contrapapel o Professor 29
5.2 O Professor e suas Competências 34 5.3 O Papel da Avaliação 36
CONCLUSÃO 39
ANEXO I 42
ANEXO II 43
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ANEXO III 44
ANEXO IV 45
ANEXO V 48
ANEXO VI 50
ANEXO VII 51
ANEXO VIII 52
ANEXO IX 53
ABEXO X 54
ANEXO XI 55
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 56
ÍNDICE 58
FOLHA DE AVALIAÇÃO 60
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INTRODUÇÃO
Entender a cultura institucional da escola requer um
esforço de reação entre os aspectos macro e micro, entre
a política educativa e suas correspondências nas
interações peculiares que definem a vida na escola. Do
mesmo modo, para entender a peculiaridade dos
intercâmbios dentro da instituição, é imprescindível
compreender a dinâmica entre as características das
estruturas organizativas e as atitudes, os interesses, os
papéis e os comportamentos dos indivíduos e dos grupos.
O desenvolvimento institucional se encontra intimamente
ligado ao desenvolvimento humano e profissional das
pessoas que vivem a instituição e vice-versa; a evolução
pessoal e profissional provoca o desenvolvimento
institucional (PÉREZ GÓMEZ, 2001, p.132).
Com a criação das faculdades ou centros de educação nas universidades
brasileiras, em 1968, a formação docente constituiu-se em objeto permanente de
estudos nesses espaços. Segundo Pereira (1999), as licenciaturas, cursos que
habilitam para o exercício dessa profissão no país, permanecem, desde sua
origem na década de 1930, sem alterações significativas em seu modelo. Num
momento em que as políticas regulamentadoras dessa atividade estavam sob a
influência das políticas Neoliberais, onde o interesse do capital financeiro,
imposto por intermédio de agências como Banco Mundial e Fundo Monetário
Internacional (FMI), procuravam a reforma do Estado minimizando o seu papel,
favorecendo o predomínio das regras do mercado em todos os setores da
sociedade, incluindo as atividades educacionais, surge uma nova onda de
debates sobre a formação docente através da criação da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (LDB –lei no 9.394/96).
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A LDB em seu Título V (Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino)
estabelece no capítulo I (Da Composição dos Níveis Escolares), através do
artigo 21, os níveis que compõem o ensino regular brasileiro:- educação básica e
educação superior. A educação básica por sua vez é formada pela educação
infantil, pelo ensino fundamental e pelo ensino médio.
Neste trabalho, o enfoque é a formação e a estabilidade do docente do ensino
fundamental, abordando o tema Qualidade Educacional X Estabilidade
Funcional, identificando os motivos que levariam um professor a buscar
desenvolvimento profissional contínuo, se ele não corre o risco de ser
substituído por um profissional mais atualizado por ser um servidor público, e
portanto, ter como garantia a estabilidade funcional conforme preceitua a Lei
8112/90 e Emenda Constitucional ( EMC no 19) no seu artigo 21:- O servidor
habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo
adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 3 (três) anos de efetivo
exercício (Art. 21 Lei 8112/90 e EMC nº 19). O servidor estável só perderá o
cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo
administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa (Art. 22).
A Educação Básica é prioridade do Plano de Desenvolvimento de Educação
(PED) do governo federal, o qual introduz metas de qualidade como condição
para o repasse de recursos a estados e municípios. As medidas relacionadas
estão reunidas no Programa Todos Pela Educação que tem como propósito
mobilizar e comprometer o Brasil para que até 2022, todas as crianças e jovens
tenham acesso a uma educação básica de qualidade.Diante deste cenário, onde
a qualidade do ensino é a bandeira, o tema sugerido é de fundamental
importância nos remetendo a uma reflexão sobre a formação inicial e continuada
do professor. De acordo com o artigo 62 da LDB, a exigência para a formação
de docentes para atuar na educação básica, far-se a nível superior, em curso de
licenciatura, de graduação plena, em universidade e institutos superiores de
educação. Além desta exigência, no artigo 65 da mesma lei, inclui a prática de
ensino de no mínimo 300 horas. Uma vez de posse do diploma, o professor está
apto a prestar concurso público e uma vez aprovado, exercer a sua função. O
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concurso é o suficiente, para lhe garantir a estabilidade. A nossa proposta, é
levantar o perfil profissional atual do professor da Educação Básica do Ensino
Fundamental, comparando-o com o perfil de quando se graduou, verificando a
interferência ou não da estabilidade na sua formação continuada, tão necessária
para os profissionais da iniciativa privada.
A escola vem de uma tradição segundo a qual, a formação contínua é gerida
pelo Estado ou pelo poder organizador e na medida em que esta
responsabilidade passa a ser do próprio interessado, caminha-se para a
profissionalização do ofício. Perrenoud (2000).
Seguindo este raciocínio, Perrenoud afirma que trabalhar individual ou
coletivamente, com referenciais de competências é dar-se os meios de um
balanço pessoal e de um projeto de formação realista. É também se preparar
para prestar contas de sua ação profissional em termos de obrigação de
competências, mais do que de resultados ou de procedimentos.
È objetivo desta pesquisa, identificar as interferências da estabilidade funcional
do professor da Educação Básica do Ensino Fundamental, que atuam em
escolas públicas, em seu desenvolvimento profissional.
A baixa qualidade do ensino tornou-se uma ameaça à competitividade das
empresas e uma trava ao crescimento do país. Este é o resultado da pesquisa
desenvolvida pelo Banco Mundial-Unesco e a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicada na Revista Exame (27/09/2006),
“o Brasil apresentou os piores indicadores na área de educação comparado a
países emergentes que figuram como seus competidores”.
Discutir a performance dos educadores, em busca da qualidade de ensino;
analisar o desenvolvimento da formação profissional dos educadores,
identificando suas defasagens; e identificar plano de desenvolvimento
profissional oferecido pela escola pública serão outros objetivos aqui também
estudados.
Pesquisando o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado (Lei No
10.261 de 28 de outubro de 1968), encontramos os direitos e deveres. Entre os
direitos, no Título III Artigo 88 trata da Promoção com a seguinte redação:- o
merecimento do funcionário será apurado em pontos positivos e negativos.
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Parágrafo Primeiro - os pontos positivos se referem a condições de eficiência no
cargo e ao aperfeiçoamento funcional resultante do aprimoramento dos seus
conhecimentos. Parágrafo Segundo – os pontos negativos resultam da falta de
assiduidade e da indisciplina. No Título V Capítulo III que trata da Estabilidade,
no artigo 217 está assim expressada:- é assegurada a estabilidade somente ao
funcionário que nomeado por concurso, contar mais de dois anos de efetivo
exercício.Com estas regras estabelecidas em forma de Estatuto consideraremos
algumas hipóteses tais como:- A estabilidade funcional pos si só pode ser a
causadora da baixa qualidade do ensino Público? A estabilidade funcional dos
educadores pode desestimulá-los a buscar uma formação profissional
continuada? A defasagem profissional do educador interfere radicalmente no
aprendizado do aluno?
Se estamos passando por momento de crise na Educação, vamos precisar de
competência para administrá-la. Segundo Perrenoud (2000) ser competente é
estar pronto para enfrentar essas crises, no momento em que elas sobrevêm,
em geral de improviso, pois exigem uma reação tão imediata quanto adequada.
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CAPÍTULO I
FORMAÇÃO MÍNIMA EXIGIDA DO PROFESSOR DA
EDUCAÇÃO BÁSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL
A Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996 traz nos seus artigos uma diretriz de como deverá ser a
formação do professor da Educação Básica do Ensino Fundamental, mas
deixa a cargo de cada instituição de ensino, a elaboração do seu projeto
político pedagógico cuja participação do docente é fundamental . No artigo 62
a lei afirma que para atuar na educação básica de 5ª à 8ª série, é necessário a
formação em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena
desenvolvidas em universidades, e institutos superiores. No seu artigo 65,
estabelece a prática de ensino de no mínimo trezentas horas. O Projeto
Político Pedagógico tem a ver com a organização do trabalho pedagógico, nas
palavras de Veiga:-
A escola é o lugar de concepção, realização e avaliação
de seu projeto educativo, uma vez que necessita
organizar seu trabalho pedagógico com base em seus
alunos. Nessa perspectiva, é fundamental que ela
assuma suas responsabilidades, sem esperar que as
esferas administrativas superiores tomem essa iniciativa,
mas que lhe dêem as condições necessárias para levá-la
adiante. Para tanto, é importante que se fortaleçam as
relações entre escola e sistema de ensino.Veiga (2000)
A RESOLUÇÃO CNE/CP 1, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2002 institui as
Diretrizes Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em
nível superior , curso de licenciatura , de graduação plena. No seu artigo 1º as
Diretrizes Curriculares são definidas por um conjunto de princípios,
fundamentos e procedimentos a serem observados na organização
institucional e curricular de cada estabelecimento de ensino. Caberá a cada
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instituição observar :- I) o ensino visando à aprendizagem, II)o acolhimento e o
trato da diversidade,III)o exercício de atividades de enriquecimento
cultural,IV)o aprimoramento em práticas investigativas,V)a elaboração e a
execução de projetos de desenvolvimento dos conteúdos curriculares,VI)o uso
de tecnologias da informação e da comunicação e de metodologias,
estratégias e materiais de apoio inovadores,VII)o desenvolvimento de hábitos
de colaboração e de trabalho em equipe.A Formação profissional deverá
considerar os seguintes princípios norteadores:- I) a competência como
concepção nuclear na orientação do curso,II)a coerência entre a formação
oferecida e a prática esperada do futuro professor, tendo em vista: a) a
simetria invertida, onde o preparo do professor, por ocorrer em lugar similar
àquele em que vai atuar, demanda consistência entre o que faz na formação e
o que dele se espera;b) a aprendizagem como processo de construção de
conhecimentos, habilidades e valores em interação com a realidade e com os
demais indivíduos, no qual são colocadas em uso capacidades pessoais;c) os
conteúdos, como meio e suporte para a constituição das competências;d) a
avaliação como parte integrante do processo de formação, que possibilita o
diagnóstico de lacunas e a aferição dos resultados alcançados, consideradas
as competências a serem constituídas e a identificação das mudanças de
percurso eventualmente necessárias.
III - a pesquisa, com foco no processo de ensino e de aprendizagem, uma vez
que ensinar requer, tanto dispor de conhecimentos e mobilizá-los para a ação,
como compreender o processo de construção do conhecimento. As
competências a serem consideradas estão no artigo 6º assim estabelecidas:-
I) as competências referentes ao comprometimento com os valores
inspiradores da sociedade democrática;II)as competências referentes à
compreensão do papel social da escola;III) as competências referentes ao
domínio dos conteúdos a serem socializados, aos seus significados em
diferentes contextos e sua articulação interdisciplinar;IV)as competências
referentes ao domínio do conhecimento pedagógico;V) as competências
referentes ao conhecimento de processos de investigação que possibilitem o
aperfeiçoamento da prática pedagógica;VI) as competências referentes ao
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gerenciamento do próprio desenvolvimento profissional. De acordo com o
artigo 11, os critérios de organização da matriz curricular, assim como a
alocação de tempos e espaços curriculares se expressam em eixos:-I) eixo
articulador dos diferentes âmbitos de conhecimento profissional;II) eixo
articulador da interação e da comunicação, bem como do desenvolvimento da
autonomia intelectual e profissional;III)eixo articulador entre disciplinaridade e
interdisciplinaridade;IV)eixo articulador da formação comum com a formação
específica;V)eixo articulador dos conhecimentos a serem ensinados e dos
conhecimentos filosóficos,educacionais e pedagógicos que fundamentam a
ação educativa;VI) eixo articulador das dimensões teóricas e práticas.
Quanto a prática, a resolução diz que será desenvolvida com ênfase nos
procedimentos de observação e reflexão, visando à atuação em situações
contextualizadas, com o registro dessas observações realizadas e a resolução
de situações-problema.
1.1 - Projeto Político Pedagógico (PPP)
Considerar as vivências do presente e pensar no futuro é o objetivo do Projeto
Político Pedagógico. Se o papel da escola é o desenvolvimento pleno do
cidadão, faz parte deste papel, estimular a criatividade, a curiosidade e o
senso crítico não só do aluno mas de toda comunidade escolar. Para Padilha
(2001) o Projeto Político Pedagógico pode ser inicialmente entendido como um
processo de mudança e de antecipação do futuro, que estabelece princípios,
diretrizes e propostas de ação para melhor organizar, sistematizar e significar
as atividades desenvolvidas pela escola como um todo. Através da reflexão se
estabelece a ação necessária para a implementação e implantação do PPP.
Mas Salmaso e Fermi enfatizam a necessidade do envolvimento de todos;
professores, equipe técnica, alunos, pais e comunidade para a criação e
implantação do PPP. Somente com a construção coletiva embasada em
concepções teóricas sólidas é que um PPP poderá surtir efeito positivo. As
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resistências poderão ser quebradas, se os agentes educativos se sentirem
atraídos pela proposta. Para que o professor desempenhe um papel ativo na
elaboração do PPP, é necessário que a instituição que o forma, tenha como
prática o conjunto de princípios e procedimentos instituídos pelas Diretrizes
Nacionais para a Formação de Professores de Educação Básica , bem como a
formação profissional, estar norteada nas competências consideradas em seu
artigo sexto.
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CAPÍTULO II
A ESCOLA PARA O PROFESSOR
2.1 - Qual o sentido da Escola para o professor.
O trabalho do professor tem como finalidade a ação de ensinar, que para
acontecer necessita do papel complementar aluno. Para que o professor
cumpra seu papel, além do seu preparo, de seu conhecimento, ele dependerá
do envolvimento e do interesse de quem aprende (atividade intelectual
própria). Numa enquête realizada pela revista Nova Escola no final de 2006,
mostra que a maioria dos leitores avalia os alunos de uma forma geral
desinteressados pelos estudos. Seguindo esta tendência Gadotti(2003) retrata
o desconforto do professor diante da profissão::
...” E, finalmente, conseguimos um “emprego”. E agora? É
cada vez mais difícil manter-se no “emprego”, na
profissão, principalmente pelo desrespeito, pela
indisciplina, pelo desinteresse e pela violência que
contamina muitas de nossas escolas. Há muitos
professores e professoras que se sentem infelizes na
escola e principalmente na sala de aula. Falta interesse,
falta disciplina, faltam objetivos claros, enfim, falta sentido
para o que ensinam”.
Segundo Gadotti (2003) , o aluno quer saber , mas não quer
aprender.Pois para aprender é preciso ter prazer, é preciso levar em
conta a sua historia, seu projeto de vida, seu contexto social e
econômico. “O sentido da escola não é o mesmo na cabeça do estudante
e na do professor, afirma Charlot”.Um reclama de injustiça, pois afirma
que estudou mas foi mal avaliado e o outro, o avalia como
desinteressado. A desvalorização do professor é sentida pelos baixos
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salários, pelo insuficiente valor investido pelos três poderes constituídos,
pela desvalorização da sociedade, caracterizada pelo dito popular “Quem
sabe faz, quem não sabe ensina”, pela necessidade de assumir aulas em
mais de uma escola para a garantia financeira.
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CAPÍTULO III
QUALIDADE EDUCACIONAL
3.1- História da Qualidade
A História da Qualidade é um assunto que vem sendo desenvolvido e
tratado por vários estudiosos a muito tempo . Haja vista que, a quatro mil anos
atrás, os Egípcios já utilizavam a medida cúbito como forma de padrão para a
construção de suas pirâmides. No século XIII, os produtos manufaturados
eram controlados de forma qualitativa pelos próprios artesãos. Com a
Revolução Industrial iniciada na Inglaterra no século XVIII os trabalhadores já
não eram mais os donos dos processos, eles começaram a trabalhar para
patrões como operários e empregados, iniciando a separação entre produção
e controle de qualidade. Com Frederick. Taylor (1897) nasce a Teoria da
Administração Científica que tem como proposta separar o planejamento da
execução, devido o nível baixo de conhecimento dos operacionais. Em 1924
Walter A. Shewhart cria o PDCA (Plan-Do-Check-Action) e o Controle
Estatístico de Processo (CEP) . Com a Segunda Guerra Mundial (1939-1945)
desenvolve-se rapidamente a tecnologia da qualidade devido a necessidade
de melhorar a qualidade dos produtos em geral, incluindo os bélicos. Em 1946
foi fundada a Sociedade Americana para o controle da Qualidade (ASQC) e a
União japonesa dos Cientistas e Engenheiros(JUSE). Uma das primeiras
atividades da JUSE foi criar o Grupo de Pesquisa de Controle de qualidade
(QCRG). O Japão destacou-se como importante pólo no assunto, pois em
1950, Edwards Deming, Físico Matemático que fora aluno de Shewhart, foi
convidado pela JUSE para levar aos líderes industriais japoneses os conceitos
de controle de qualidade. O Japão também contribuiu com diversas novas
ferramentas: o método de Taguchi para projeto experimental, a metodologia
5S, os diagramas de causa e efeito de Ishikawa, também conhecidos como
diagrama espinha de peixe. Nos anos 50 e início dos 60, Armand V.
Feigenbaum publicou os princípios básicos do Controle da Qualidade Total
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(TQC). Até este momento, os esforços para a qualidade eram direcionados
primordialmente para as atividades corretivas e não para a prevenção. No final
dos anos 70 e os anos 80 foram marcados pelo esforço para a qualidade em
todos os aspectos de negócios e das organizações prestadoras de serviços,
incluindo serviços, finanças, vendas, pessoal, manutenção, gerenciamento e
produção. Na atualidade, a qualidade se tornou um requisito de sobrevivência
para as empresas, que precisam ser eficientes em meio à concorrência e
clientes mais conscientes e exigentes.
3.2 - Globalização X Educação
Assim como na questão da qualidade, há estudiosos que defendem que a
primeira onda Globalizante aconteceu durante a Ascensão do Império
Romano. Após esta, várias outras ocorreram sendo definida como um
processo que ocorre em ondas, com avanços e retrocessos separados por
intervalos que podem durar séculos Luand (1996). A atual globalização
segundo Luand, ocorreu logo após a Segunda Guerra Mundial e se acelerou
bastante com o colapso do socialismo em 1989-1991. A Globalização é
caracterizada pelo aparecimento de organizações internacionais como (ONU,
BIRD etc...) pela formação de blocos regionais, como Mercado Comum
Europeu, ALCA, Mercosul, pelo enorme surto de expansão das empresas
multinacionais, pelo crescimento do comercio internacional e pela interligação
dos mercados financeiros. Diante deste cenário globalizado, Luand afirma que
a Educação é o maior recurso de que se dispõe para enfrentar a nova
estruturação do mundo. Dela depende a continuidade do atual processo de
desenvolvimento econômico e social, também conhecido como era pós-
industrial, em que notamos claramente um declínio do emprego industrial e a
multiplicação das ocupações em serviços diferenciados: comunicação, saúde,
turismo, lazer e informação. Compartilha desta teoria Schumacher(1983)
conforme segue:
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O maior recurso - a educação. "Através da história e em
virtualmente toda a parte da Terra, os homens viveram e
multiplicaram-se, criando alguma forma de cultura.
Sempre e em toda parte encontraram seus meios de
subsistência e algo para poupar. Civilizações foram
erguidas, floresceram e, na maioria dos casos,
declinaram e pereceram. Este não é o lugar para
examinar porque pereceram; podemos dizer, porém, que
deve ter havido alguma falta de recursos. Na maioria dos
casos, novas civilizações despontaram, no mesmo
terreno, o que seria assaz incompreensível se apenas os
recursos materiais tivessem falhado antes. Como teriam
podido reconstituir-se tais recursos?
Toda a história - assim como toda a experiência atual -
aponta para o fato de ser o homem, e não a natureza,
quem proporciona o primeiro recurso: o fator-chave de
todo o desenvolvimento econômico brota da mente
humana. Subitamente, ocorre um surto de ousadia,
iniciativa, invenção, atividade construtiva, não em um
campo apenas, mas em muitos campos
simultaneamente. Talvez ninguém seja capaz de dizer de
onde isso surgiu, em primeiro lugar, mas podemos ver
como se conserva e até se fortalece: graças a vários tipos
de escolas, por outras palavras, pela educação. Numa
acepção bastante real, por conseguinte, podemos afirmar
que a educação é o mais vital de todos os recursos."
O tipo de profissional exigido no século XXI será o Profissional Global que com
a redução da hora de trabalho e com o avanço da idade, terá mais tempo para
o turismo o entretenimento e a arte. Porém, será o profissional que terá por
obrigação estudar a vida toda para se manter atualizado e membro da
sociedade do conhecimento Luand (1996). Drucker (1995) em seu livro
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Sociedade pós –capitalista afirma que...”na sociedade do conhecimento as
matérias podem ser menos importantes que a capacidade dos estudantes para
continuar aprendendo e que sua motivação para fazê-lo. A sociedade pós-
capitalista exige aprendizado vitalício. Se as escolas fazem parte desta
sociedade, os professores independentes da estabilidade funcional deverão
estar atentos na sua formação contínua. Para isso é necessário disciplina. Mas
o aprendizado vitalício exige também que ele seja atraente , que traga em si
uma satisfação”. Seguindo esta tendência da informalidade, surgem novas
propostas pedagógicas com enfoque em Ciências Sociais, Pedagogia da
Alegria e Pedagogia da Positividade. Mais importante do que saber é nunca
perder a capacidade de aprender. “Saber é saborear”, diz Rubem Alves. O
novo profissional da educação deve romper o divórcio entre a vida escolar e o
prazer (Gadotti).
3.3 - Abordando a Qualidade Educacional
O desafio da qualidade educacional tem inicio na própria definição de
qualidade de serviços, em relação à qualidade do produto, este, muito mais
fácil de medir e avaliar por quem compra. Nos serviços, o cliente não possui o
produto, possui a memória, o serviço deve levar em conta as características
individuais de cada cliente, ele (o cliente) é o co-produtor, é um parceiro. A
comparação do serviço é feita através da expectativa levantada, e quando não
corresponde ao esperado, o único recurso é pedir desculpas ou indenizar, pois
não tem como devolver o serviço.Nos serviços o moral da equipe é crucial.A principal diferença entre produto e serviços é que quando avaliamos um
serviço estamos avaliando o prestador do serviço. A educação por ser um
serviço, quando é avaliada, avalia-se a escola e o sistema educacional como
um todo.Através do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep/MEC) foi aplicado a primeira edição do Prova Brasil que
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avaliou o conhecimento de língua portuguesa (com foco em leitura) e
matemática (com foco em solução de problemas). A avaliação foi realizada em
novembro de 2005 com alunos de 4ª a 8ª séries da rede pública que também
responderam à um questionário que coletou informações sobre seu contexto
social, econômico e cultural. O resultado apontou grandes problemas da
educação que interferem na qualidade do ensino tais como, exclusão, evasão,
retenção, baixo nível de aprendizagem, poucos recursos e porcentagem
pequena de crianças na educação infantil. Já está mais que comprovado que a
baixa escolaridade interfere substancialmente na produtividade de qualquer
nação. Com a globalização, o país que não se sensibilizar e agir, estará fadado
ao fracasso. Diante do que foi levantado, foi lançado o compromisso Todos
pela Educação que tem cinco metas para serem alcançadas até 07 de
setembro de 2022 são elas: Toda criança e jovem de 4 a 17 anos estarão na
escola;Toda criança de 8 anos saberá ler e escrever; Todo aluno aprenderá o
que é apropriado para sua série;Todos os alunos vão concluir o Ensino
Fundamental e o Médio;O investimento na Educação Básica será garantido e
bem gerido. Para alterar o cenário é necessário ter consciência da importância
da Educação. Na medida em que a própria família avalia como satisfatório ou
nem mesmo tem opinião formada quanto à qualidade do ensino de seus filhos,
fica difícil cobrar a mudança. A população que mais necessita, é quem menos
ganha, pois a pesquisa mostra que cada ano de estudo, eleva em 16% o
salário do trabalhador. É necessário também Investir mais recursos em escolas
e professores. Hoje cerca de 4,5% do produto Interno Bruto (PIB) vai para a
educação, mas o ideal seria investir pelo menos 6% segundo o Presidente do
Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) Mozart Neves.
Priorizar a educação deve ser a meta de qualquer governo que tenha como
objetivo o crescimento do país. Valorizar o trabalho do professor é outro ponto
a ser conquistado, através da qualificação profissional seja nos cursos de
formação quanto nos cursos de atualizações, incentivar a habilidade de
pesquisar, refletir, unir teoria e prática de maneira satisfatória. Um salário
melhor e um plano de carreira são estímulos para evoluir na profissão, bem
como uma gestão escolar competente através de diretores preparados para
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25
mediar os interesses de todas as partes (professores, alunos, família e
comunidade). Estes pontos são claramente identificados na pesquisa desta
monografia conforme anexo V gráfico . É necessário manter uma agenda de
longo prazo para os projetos e propostas educacionais. Prazo este, que nem
sempre coincide com os quatro anos de mandato de prefeitos, governadores e
do presidente da república. É preciso que os governantes deixem de lado as
vaidades, conscientes de que os governantes são efêmeros, mas as propostas
e projetos educacionais não. Assim a escola de qualidade tem obrigação de
evitar de todas as maneiras possíveis repetência e a evasão. Tem que garantir
a meta qualitativa do desempenho satisfatório de todos. Qualidade para todos,
portanto, vai alem da meta quantitativa de acesso global, no sentido de que as
crianças, em idade escolar, entrem na escola.É preciso garantir a permanência
dos que nela ingressam. Em síntese, qualidade “implica consciência crítica e
capacidade de ação, saber e mudar”Demo (1994).
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26
CAPÍTULO IV
ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL DO PROFESSOR-
FORMAÇÃO CONTINUADA
Administrar sua própria formação contínua segundo Perrenoud (2000) é uma
das dez Competências para ensinar que deve ser desenvolvida com
prioridade, pois todas as demais competências uma vez construídas, não
permanecerão adquiridas pela simples inércia, deve no mínimo ser conservada
por seu exercício regular. As competências só serão conservadas se forem
exercitadas através da competência de administrar sua própria formação
contínua. Mas Perrenoud alerta que esta competência, não se mantém pelo
simples fato de exercitá-la por ser uma competência que supõe sempre uma
nova aprendizagem. Num primeiro olhar a escola parece não mudar, a cena
parece sempre ser a mesma:- professor,aluno,quadro-negro,carteiras. No
entanto a escola é mutável, pois muda-se o público, os textos se renovam, o
contexto se altera, programas são repensados, novas abordagens, novos
paradigmas . Dai a necessidade dos recursos cognitivos mobilizados pelas
competências, serem atualizados, adaptados a condições de trabalho em
evolução. Pois segundo Perrenoud as práticas pedagógicas mudam
lentamente ao longo das décadas, como por exemplo: exigem uma disciplina
menos estrita, deixam mais liberdade aos alunos; manifestam maior respeito
pelo aluno, por sua lógica, seus ritmos, suas necessidades, seus
direitos;valorizam a cooperação entre os alunos e propõem-lhes atividades que
exigem uma forma de partilha, uma divisão de trabalho, uma
negociação;consideram cada vez menos a reprovação escolar como uma
fatalidade e evoluem no sentido do apoio pedagógico e da diferenciação do
ensino como discriminação positiva contínua e preventiva;dão mais espaço à
ação, à observação, à experimentação entre tantas outras. Estas e outras
práticas pedagógicas coexistem no mesmo sistema, umas à frente de seu
tempo outras nem tanto. Para acompanhar a evolução e a dinâmica das
práticas pedagógicas, há uma demanda segundo Perrenoud de renovação e
-
27
ou desenvolvimento de competências adquiridas em formação inicial e, as
vezes, a construção, senão de competências inteiramente novas , pelo menos
de competências que se tornam necessárias na maior parte das instituições,
muitas vezes no passado requerida em situações excepcionais. Para
Perrenoud, o aperfeiçoamento não é uma invenção atual, por muito tempo se
limitou ao domínio das técnicas artesanais ou para a familiarização de novos
programas, novos métodos, novos meios de ensino. Atualmente todas as
dimensões da formação inicial são retomadas e desenvolvidas em formação
contínua. Saber administrar sua formação contínua,hoje, é administrar bem
mais do que saber escolher com discernimento entre diversos cursos em um
catálogo. Perrenoud aponta cinco componentes principais dessa
competência,levando em consideração o referencial genebrino que é uma
declaração de intenções adotado em Genebra em 1996 que tem como objetivo
orientar a formação contínua para torná-la coerente com as renovações em
andamento no sistema educativo. São elas: 1)Saber explicitar as próprias
práticas – este componente refere-se a aprender a analisar, a explicitar, a
tomar consciência do que se faz. Participar de um grupo de análise das
práticas constitui uma forma de treinamento, a qual permite interiorizar
posturas, procedimentos, questionamentos, que poderão ser transferidos no
dia a dia em sala de aula. É necessário que nestes grupos, haja um clima de
confiança para que cada um conte fragmentos de sua prática, sem temer ser
imediatamente julgado e condenado, mas que seja possível através de uma
postura profissional ser dado um feedback formativo julgando assim as
práticas adotadas e as competências profissionais em jogo. 2) Estabelecer seu
próprio Balanço de Competências e seu Programa Pessoal de Formação
Contínua – individualmente ou em grupo, através de leitura, consulta,
acompanhamento de projeto, supervisão, pesquisa-ação, através desta
formação lhe será permitido parar de fazer a mesma coisa, operar uma
ruptura, recuar, imaginar maneiras totalmente diferentes de aprender para os
problemas. Perrenoud afirma que muitos professores escapam da formação
contínua quando ela não é obrigatória, vivendo com os conhecimentos de sua
formação inicial e sua experiência profissional. Mesmo quando vão em busca
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28
de alguma formação contínua, não se sabe ao certo o que norteia suas
escolhas, que podem ser uma forma de manter-se a par dos progressos em
moda, ou para se manter importante, instruído e inteligente sem saber
exatamente do que necessita. 3)Negociar um Projeto de Formação Comum
Com os Colegas (Equipe, Escola, Rede) – Quando há um coletivo forte em
nível de instituição, com um andamento de projeto, é relativamente fácil definir
necessidades de formação conectadas ao projeto comum. Se não existe a
cooperação profissional, ela poderá começar em torno da formação contínua.
No entanto se a formação ocorre fora da instituição, pode afastar o professor
de seu ambiente, se ocorre dentro, poderá proporcionar a evolução do grupo.
O risco é quando as relações entre os professores são difíceis e a paz só é
mantida porque cada um evita expressar uma opinião sobre as práticas dos
outros. 4) Envolver-se em Tarefas em Escalas de Uma Ordem de Ensino ou do
Sistema Educativo – Este tipo de experiência impõe uma descentralização,
uma visão mais sistêmica, a tomada de consciência da diversidade das
práticas e dos discursos, uma percepção mais lúcida dos recursos e das
obrigações da organização, bem como dos desafios que enfrenta ou
enfrentará. Quase todos os professores que se afastam de sua classe para
desempenhar outras funções no sistema saem dali transformados, com uma
visão cultural, política, econômica, administrativa, jurídica e sociológica
ampliada. 5) Acolher a Formação dos Colegas e Participar dela – Os
partidários das novas Pedagogias e do ensino recíproco descobriram que
formar alguém é uma das mais seguras maneiras de se formar. Porém este
tipo de situação geralmente acontece ao receber um estudante em formação
inicial que não despertará medos e insegurança. Mas se estes procedimentos
forem estendidos a outros professores, pode ser que os medos sejam vencidos
e que trabalhar sob o olhar de um outro colega venha contribuir de forma
positiva para formação contínua de cada professor. Segundo Perrenoud, estes
elementos identificados e trabalhados facilitarão ou pelo menos nortearão a
busca pela formação contínua de cada professor, resultando na qualificação
profissional.
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29
CAPÍTULO V
PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM BASEADO NA
QUALIDADE EDUCACIONAL
5.1 - O Aluno no Papel de Aprendiz e seu Contrapapel o
Professor
O Papel é a forma de funcionamento que o indivíduo
assume no momento específico em que reage a
uma situação específica, na qual outras pessoas ou
objetos estão envolvidos. Cukier(2002)
.
As grandes transformações pelas quais vem passando o mundo e tudo que
nele existem, incluindo ai, a instituição escola e seus atores, vem exigindo um
novo perfil e novos requisitos intelectuais como: a capacidade aprender novas
habilidades, de assimilar novos conceitos, de avaliar novas situações e lidar
com o inesperado. Neste contexto a escola desempenha papel fundamental na
formação do futuro profissional, designando para cada ator um papel social –
aluno /aprendiz e professor/ facilitador/ educador. Antes de falarmos sobre os
papéis aqui identificados, definiremos segundo Depresbiteris (1999) o que é
aprender:
Para os comportamentalistas, aprender é modificar
comportamentos. Numa outra perspectiva, aprender é
resolver problemas, é apropriar-se de resposta. Pessoas
que defendem essa concepção acreditam que a
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30
inteligência não é um dom nem um acúmulo de saberes.
Ela se constrói no decorrer de um longo processo. A
inteligência é, portanto, o resultado de uma construção
progressiva, mas não estritamente cumulativa. Ela produz
respostas em diferentes níveis. O educador dispõe de
dois meios para desenvolver o aprender: o que é
transmitido é assimilado por aquele a quem ele se destina
ou pela descoberta da experiência que permite uma
solução original pela própria pessoa que aprende.Nesta
perspectiva, aprender é agir na direção de construir
respostas para problemas, suplantar os conflitos
cognitivos em um ambiente estimulador, tendo direito ao
erro, descobrir fatores invariáveis e variáveis e se
apropriar de raciocínios. Para aqueles que defendem uma
aprendizagem significativa, o agir é um interagir consigo
mesmo e com outras pessoas.
Outras correntes de pensamento se desenvolveram e se definiram para os
modelos educacionais: a corrente empirista, o inatismo, ou nativismo, as
associacionistas, os teóricos de campos e os teóricos do processamento da
informação ou psicologia cognitivista, o construtivismo e sócio-construtivismo.
Conforme explana Silva (1998) o empirismo fundamenta-se no princípio de que
o homem é considerado desde o seu nascimento como sendo uma “tábula
rasa”, uma folha de papel em branco, e sobre esta folha vão sendo impressas
suas experiências sensório-motoras. Já o inatismo ou nativismo refere-se a
hereditariedade do sujeito. Na concepção behaviorista, educar seria
estabelecer “condicionamentos”na infância. Na concepção Gestalt o paradigma
da aprendizagem, consiste na solução de problemas que tem como princípio o
todo (a globalidade) para as partes . Para a Teoria Cognitiva o conhecimento
consiste em integrar e processar as informações.A teoria da Aprendizagem
Social versa sobre o estudo da observação e a imitação feita pelo sujeito. Para
a abordagem sócio-construtivista o desenvolvimento cognitivo é centrado na
origem social da inteligência e no estudo dos processos sócio-cognitivos de
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31
seu desenvolvimento. Os trabalhos sobre esses processos se fundamentam na
teoria do psicólogo Lev Vygotsky e é relativo aos processos físico superior.
Paralelamente às definições acima, Silva(1998), caracteriza os papéis de aluno
e de professor conforme segue: numa abordagem behaviorista, em uma sala
de aula, o mundo é representado pelo professor que acredita que somente ele
pode produzir e transferir conhecimentos para o aluno, não considera o que o
estudante sabe. Em contrapartida o aluno recebe, escuta, escreve e repete as
informações tantas vezes quanto for necessário, até acumular em sua mente o
conteúdo que o professor repassou. Na Gestalt o ensino é centrado no aluno e
o professor tem como função dar assistência ao aluno de forma não transmitir
o conhecimento. Ele deve ser um facilitador da aprendizagem, que consiste na
compreensão aceitação e confiança em relação ao aluno. Deve aceitar o aluno
como ele é.O professor deve possuir um estilo próprio para facilitar a
aprendizagem. Sua intervenção deverá ser mínima possível, devendo criar um
clima favorável de aprendizagem. O conteúdo não deve ser repassado, uma
vez que ele é adquirido da experiência vivida do aluno. Para o professor,
qualquer ação que o aluno decide fazer deve ser considerada. Para a Gestalt o
aluno, analisa seus erros, encontra a solução e avalia seu processo de
aprendizagem (auto-avaliação).Para a Teoria Cognitiva, o professor tem como
função criar situações que possam estabelecer reciprocidade intelectual, e
cooperação ao mesmo tempo racional e moral. Ele deve evitar a rotina, e a
fixação de respostas e hábitos. Ele deve assumir o papel de mediador,
investigador, pesquisador, orientador e coordenador. É necessária sua
convivência com os alunos para observar os seus comportamentos
promovendo diálogos com eles, perguntando e, sendo interrogado. E o contra
papel como será? O aluno deve ser ativo e observador. Ele deve experimentar,
comparar, relacionar, analisar, justapor, encaixar, levantar hipótese,
argumentar etc. Cabe ao aluno encontrar a solução dos problemas que lhes
são apresentadas. Na teoria da aprendizagem social, o professor tem como
função apresentar um modelo que pode ser real ou simbólico. Ele deve criar ou
propor um modelo que mostre, com evidência, as pistas de modelação (os
comportamentos específicos).Este modelo proposto deve ser codificado ou ser
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32
simbolicamente representado para facilitar a memorização do aluno. O
professor pode premiar, punir, motivar ou incentivar o comportamento do aluno
(do modelo). O aluno neste olhar tem como papel principal aprender mediante
a apresentação de um modelo que pode ser real ou simbólico. Ele
desempenha a função de observador, fixando sua atenção nos aspectos
críticos do modelo. Na teoria Sócio-Construtivista a função do professor é a de
orientar de forma ativa e servir de guia para o aluno, de forma a oferecer apoio
cognitivo. O professor deve ser capaz de ajudá-lo a entender um determinado
assunto e, ao mesmo tempo, relacioná-lo ao conteúdo com experiências
pessoais e o contexto no qual o conhecimento será aplicado. Ele deve também
interferir na zona de desenvolvimento proximal da cada aluno, provocando
avanços não ocorridos espontaneamente por este aluno. Várias atividades
oferecidas devem ser flexíveis, permitindo ajustes no plano de aula. A
intervenção por parte do professor é fundamental para o desenvolvimento do
aluno. Ele deve intervir, questionando as respostas do aluno, para observar
como a interferência de outro sujeito atinge no seu desenvolvimento e observar
os processos psicológicos em transformação e não apenas os resultados do
desempenho do aluno. No contrapapel, o aluno deve construir a compreensão
do assunto que lhe for apresentado. Ele é considerado possuidor de
conhecimento, devendo integrar-se ao meio, mas guiado pelo professor.
Contrapapel é um termo originado do Psicodrama criado por Jacob Levy
Moreno e que Cukier (2002) descreve como:
“....toda pessoa, da mesma forma que é o foco de
numerosas atrações e repulsas, também aparece como
o foco de numerosos papéis, relacionados aos papéis de
outras pessoas. Toda pessoa da mesma forma que tem
um conjunto de amigos e um de inimigos em qualquer
época de sua vida, também conta com uma gama de
papéis e enfrenta contrapapéis. Estes encontram-se em
níveis diferentes de desenvolvimento. Os aspectos
tangíveis do que se conhece como ‘ego’são os papéis
dentro dos quais a pessoa opera”.
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33
Como podemos perceber, são várias as teorias, os pensamentos e as
definições do papel aluno e papel professor, baseados nas diversas teorias da
aprendizagem existentes. Ao mesmo tempo, percebemos que cada um tem
sua importância, principalmente se levarmos em conta, o contexto em que
foram criados e propostos. São complementares na medida que um suscita a
criação do outro, que tanto os papéis quanto as teorias são dinâmicas, e que,
portanto é necessário um profissional constantemente preparado, para
conduzir esta condição que também vem sendo exigida da instituição escola.
Depresbiteris (1999) faz menção desta situação na medida em que define o
professor do Século XXI e o papel complementar do aluno:
“O professor do século XXI, deve funcionar como um
facilitador no acesso a informações. Deve funcionar como
um bom amigo que auxilia o sujeito a conhecer o mundo
e seus problemas, seus fatos, suas injustiças, e suas
solidariedades, de forma que o aluno possa caminhar
com liberdade de expressão e, conseqüentemente, de
ação. Em contrapartida, o aluno deve respeitar o espaço
escolar e valorizar o professor, sabendo aproveitar a
magia do momento, o encantamento do aprender-
ensinar-aprender. Portanto , o professor hoje é aquele
que ensina o aluno a aprender e a ensinar a outrem o que
aprendeu. Porém não trata aqui daquele ensinar passivo,
mas do ensinar ativo, no qual o aluno é sujeito da ação, e
não sujeito –paciente. Em última instância, é preciso ficar
evidente que o professor agora é o formador e como tal
precisa ser autodidata. Integrador, comunicador,
questionador, criativo, colaborador, eficiente, flexível,
gerador, de conhecimento, difusor de informação e
comprometido com as mudanças desta nova era”.
Se o professor do Século XXI tem que ser autodidata, a estabilidade funcional
não deverá ser motivo de acomodação, e sim estímulo para continuar na
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função profissional escolhida, para com adequação, responder a um aluno
cada vez mais instigante, provocador e nem sempre preparado para os
desafios da escola.
5.2 - O Professor e suas Competências
O ofício de professor é algo que está em evolução e, portanto, exigindo de
quem dele participa disposição para conquistas de novas competências. Como
salienta Perrenoud (2000), não encontraremos definições de competências
básicas do ofício, tais como, preparar e dar aulas e exercícios, utilizar os
recursos oficiais de ensino e dos métodos recomendados, exigir silêncio,
ordem, disciplina,dar notas, conviver pacificamente com os colegas, falando da
chuva e do bom tempo, em uma escola em que, ano após ano, todos retoma
as mesmas séries e os mesmos métodos. Tudo isso não está totalmente fora
de moda; continua a ser necessário dar aulas e exercícios, obter uma forma de
disciplina, avaliar adequadamente. Porém essas práticas mudam de sentido,
na medida que cada vez mais é exigido uma prática permeada de
responsabilidade, reflexiva autônoma e integral. Os protagonistas desta história
reagem de forma diferente, uns antecipando através de atualizações, outros
resistindo, e outros ainda se mostrando indiferentes. Mas nas competências
tradicionais, deverão ser adicionadas as competências emergentes
reconhecidas como prioritárias segundo Perrenou (2000) na formação contínua
dos professores e professoras do ensino fundamental e necessárias para
acompanhar a evolução da profissão, as quais estão assim classificadas: 1)
Organizar e dirigir situações de aprendizagem - Conhecer, para determinada
disciplina, os conteúdos a serem ensinados e sua tradução em objetivos de
aprendizagem. Trabalhar a partir das representações dos alunos. Trabalhar a
partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem. Construir e planejar
dispositivos e seqüências didáticas. Envolver os alunos em atividades de
pesquisa, em projetos de conhecimento. 2) Administrar a progressão das
aprendizagens – Conceber e administrar situações-problema ajustadas ao
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35
nível e às possibilidades dos alunos. Adquirir uma visão longitudinal dos
objetivos do ensino. Estabelecer laços com as teorias subjacentes às
atividades de aprendizagem. Observar e avaliar os alunos em situações de
aprendizagem, de acordo com uma abordagem formativa. Fazer balanços
periódicos de competências e tomar decisões de progressão. 3) Conceber e
fazer evoluir os dispositivos de diferenciação – Administrar a heterogeneidade
no âmbito de uma turma. Abrir, ampliar a gestão de classe para um espaço
mais vasto. Fornecer apoio integrado, trabalhar com alunos portadores de
grandes dificuldades. Desenvolver a cooperação entre os alunos e certas
formas simples de ensino mútuo. 4) Envolver os alunos em sua aprendizagem
e em seu trabalho - Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com o
saber, o sentido do trabalho escolar e desenvolver na criança a capacidade de
auto-avaliação. Instituir e fazer funcionar um conselho de alunos (conselho de
classe ou de escola) e negociar com eles diversos tipos de regras e de
contratos. Oferecer atividades opcionais de formação, à lá carte. Favorecer a
definição de um projeto pessoal do aluno. 5) Trabalhar em equipe – Elaborar
um projeto de equipe, representações comuns. Dirigir um grupo de trabalho,
conduzir reuniões. Formar e renovar uma equipe pedagógica. Enfrentar e
analisar em conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais.
Administrar crises ou conflitos interpessoais. 6) Participar da administração da
escola – Elaborar, negociar um projeto da instituição. Administrar os recursos
da escola. Coordenar, dirigir uma escola com todos os seus parceiros (serviços
paraescolares, bairro, associações de pais, professores de língua e cultura de
origem). Organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a participação dos
alunos.7) Informar e envolver os pais – Dirigir reuniões de informação e de
debate. Fazer entrevistas. Envolver os pais na construção dos saberes. 8)
Utilizar novas tecnologias – Utilizar editores de textos. Explorar as
potencialidades didáticas dos programas em relação aos objetivos do ensino.
Comunicar –se à distância por meio da telemática. Utilizar as ferramentas
multimídia no ensino. 9) Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão.
– Prevenir a violência na escola e fora dela. Lutar contra os preconceitos e as
discriminações sexuais, étnicas e sociais. Participar da criação de regras de
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36
vida comum referente à disciplina na escola, às sanções e à apreciação da
conduta. Analisar a relação pedagógica, a autoridade, a comunicação em aula.
Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de
justiça. 10) Administrar sua própria formação contínua – Saber explicitar as
próprias práticas. Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu
programa pessoal de formação contínua. Negociar um projeto de formação
comum com os colegas (equipe, escola, rede). Envolver-se em tarefas em
escala de uma ordem de ensino ou do sistema educativo. Acolher a formação
dos colegas e participar dela. Segundo Perrenoud(2000) estas competências
tem como guia o referencial de competências, adotado em Genebra em 1996.
O referencial Genebrino foi desenvolvido com a intenção de orientar a
formação contínua para torná-la coerente com as renovações em andamento
no sistema educativo.
Muitos conceitos impostos pelas novas competências exigem uma nova
postura do professor, que tem como função, despertar a necessidade e o
prazer em aprender, fazendo desta tarefa, algo que de tão espetacular, este
aluno, que hoje aprende, amanhã tenha o desejo de ensinar.
5.3 - O Papel da Avaliação
O Parecer CEE Nº 67/98, de 18 de Março de 1998, traz nos seus artigos 38 e
39,a seguinte redação sobre avaliação Artigo 38 - O processo de avaliação do
ensino e da aprendizagem será realizado através de procedimentos externos e
internos.Artigo 39 - A avaliação externa do rendimento escolar, a ser
implementada pela Administração, tem por objetivo oferecer indicadores
comparativos de desempenho para a tomada de decisões no âmbito da própria
escola e nas diferentes esferas do sistema central e local. O sistema de
avaliação atual vem diferenciando-se e muito, na medida em que não mais
avalia apenas o aluno. Hoje a avaliação é feita do aluno, do professor, do
projeto político pedagógico, do diretor, da coordenação, da escola. Todos os
alunos podem aprender, porém não aprendem da mesma forma. A avaliação é
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uma das ferramentas para medir a qualidade do ensino que em maior ou
menor grau é influenciada pela: formação inicial e continuada do corpo
docente, a força do trabalho de equipe, o papel do diretor, a participação da
comunidade, a importância da leitura e, o valor que a própria avaliação tem no
dia a dia. Depresbiteris (1999) ressalta que, na medida em que se concebe
que todos tem o direito de aprender e que qualquer pessoa – não importando a
raça, etnia , o sexo – é capaz de aprender , pois o cérebro é um sistema aberto
surge necessariamente a necessidade de pensar em novas formas de avaliar a
aprendizagem. O propósito da avaliação passa a ser desvelar o potencial
deficiente que está impedindo o desenvolvimento do pensamento.Uma das
ferramentas é o Prova Brasil que foi criada com o propósito de refinar
avaliação da Educação Básica, feita pelo Ministério da Educação desde a
década de 1990.Com essa mudança, o Sistema de Avaliação do Ensino
Básico (Saeb) passou a ser composto de duas provas nacionais: a Avaliação
Nacional da Educação Básica (Aneb) e a Avaliação Nacional do Rendimento
Escolar (Anresc). A primeira é o próprio Saeb, um teste realizado por
amostragem nas redes de ensino, com foco na gestão dos sistemas
educacionais. A segunda é a Prova Brasil, uma avaliação de caráter universal
que pretende atingir todas as escolas. Mas a novidade é a internacionlaização
ou globalização das avaliações alerta Ferrero(2005). Segundo ela, a
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE),
cujas origens tinham muito pouco a ver com a educação, tem submetido seus
membros e vários países não membros, a uma avaliação internacional, com
grande impacto. Salienta ainda que, por conta da rápida expansão do
conhecimento permitida pelos meios eletrônicos, e a acelerada multiplicação
de artigos científicos e técnicos em circulação. vem acontecendo a troca de
prioridades dos programas centrados em conteúdos, para programas
centrados em competências. Para Ferrero o processo de aprendizagem é uma
relação que envolve três partes: o conteúdo “objeto de aprendizagem”, o
aprendiz e um adulto encarregado de organizar as condições didáticas
específicas para fazer possível esta aprendizagem. Então quando se avalia,
não pode ser avaliado apenas o aluno, tem que se avaliar também a oferta
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educativa, ou seja, avaliar as situações que favoreceriam a obtenção de uma
determinada competência, bem como a formação profissional do encarregado
de apresentar o conteúdo a ser aprendido, pois o aprendizado é uma
apropriação que supõe uma atividade cognitiva e não apenas receptiva.
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CONCLUSÃO
A proposta deste trabalho de avaliar a questão da formação e
atualização profissional em relação à sua estabilidade funcional, foi conduzida
através de pesquisas bibliográficas e pesquisa de campo anexo IV. Num
primeiro momento, a proposta de aplicar trinta questionários em professores da
Educação Básica do Ensino Fundamental em duas escolas da rede pública de
São José do Rio Preto (SP), pareceu algo simples e talvez de pouca
expressão, levando-se em conta que o município tem hoje 1.131
professores efetivos e temporários estaduais e municipais.
No entanto, na prática, a maior dificuldade encontrada, foi sensibilizar
os professores a responderem as questões.
Ao invés de duas escolas inicialmente propostas, a pesquisa foi feita
em três escolas públicas - (Escola Estadual Daud Jorge Simão, Escola
Municipal Professora Yolanda Ferrari Vargas e Escola Municipal Deputado
Arlindo dos Santos) num total de sessenta (60) questionários, sendo que vinte
e hum (21) responderam, apesar da insistência de coordenadores e diretores.
Deste universo, 90% são do sexo feminino, onde a faixa etária
predominante é de 40 à 50 anos cuja graduação 70% é em Pedagogia.
Os que concluíram a graduação nas décadas de 70 e 80 representam
38%, e destes, 37% fizeram um curso de pós-graduação.
Vinte e oito por cento (28%) concluíram sua graduação na década de
90, e destes, 50% fizeram um curso de pós-graduação. Demonstrando que os
professores com graduação mais atual, foram os que mais buscaram uma pós-
graduação.
Participações em palestras, workshop, seminários foram apontadas 27
(vinte e sete) vezes. Assim como, a participação em cursos com carga horária
inferior a 40 horas foi o grande destaque de participação, sendo estes de
assuntos diversos e realizados por diversos órgãos do próprio município
(SEMAE, CPFL, APAE, Secretaria do Trânsito etc....).
Quando questionados de onde surgiu à necessidade da atualização,
66% assinalaram como ambos (pessoal e da escola) e quando assinalaram
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necessidade pessoal, a atualização profissional referida era curso de pós-
graduação.
Quanto aos custos, somente os cursos de pós-graduação e
especializações foram mencionados como custos bancados pela própria
pessoa, os demais são cursos motivados pela própria escola e também
custeados pelo sistema.
Na sua grande maioria, os cursos foram feitos fora do horário de
trabalho, e através destes, todos pontuaram pelo menos uma prática
implantada dos cursos que participaram, nas suas atividades escolares. Esta
constatação é importante, pelo fato, de mesmo não havendo um planejamento
e levantamento de necessidades das atualizações realizadas, as mesmas
acabam ajudando nas práticas do dia a dia da sala de aula. Ao mesmo tempo,
percebe-se o desenvolvimento de vários assuntos como se a escola fosse um
“depósito” de assuntos do momento para serem divulgados e disseminados.
Quanto à participação em grupo de estudos, a maioria cita a
participação em HTPC (Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo). Apenas 14%
participam além da HTPC de grupos específicos de estudos dirigidos para sua
área.
Oitenta por cento (80%) dos professores desenvolvem e tem função
em projetos na escola, pois cada curso de atualização depois de concluído
torna-se projeto.
As atualizações através de livros, revistas e cinemas demonstram que
os professores preferem a Revista Nova Escola e a Veja. Os livros e filmes
citados, demonstram uma diversificação, passando desde assuntos pertinentes
à profissão até pelos do momento.
Apesar de assinalarem que lêem livros, revistas e assistem a filmes,
apenas hum (01) escreveu artigo sobre Qualidade de Vida, cuja graduação foi
em Educação Física.
Foram várias as sugestões de ações para o governo implantar, com o
objetivo de melhorar a qualidade do ensino, ficando 43% para aumento salarial
e valorização profissional, 38% para investimento na atualização profissional
de todos os envolvidos na escola (professores, diretores, inspetores etc...),
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41
33% para reestruturação da educação, 28% redução do número de alunos por
classe, 24% melhorarem a segurança do professor.
É importante ressaltar que os cursos de pós-graduação, mestrado e
doutorado , são os que podem proporcionar aumento salarial. Os cursos de
atualização de no mínimo 30 horas, certificados com freqüência comprovada,
não dão direitos a aumento de salário, mas, contam pontos. O acúmulo destes
pontos beneficiará o professor na hora da escolha da escola e do período.
Quem está mais bem classificado, consegue uma escolha melhor.
Desta forma, pode-se inferir que a atualização do professor não se dá
com o objetivo claro de melhorar a qualidade do seu trabalho o que lhe
manteria no cargo, mas sim pela busca de um período e de uma escola de sua
preferência, uma vez que,
a grande maioria das atualizações apontadas, é de cursos com este
perfil (no máximo de 30 a 40 horas).
Assim como a escola não pode escolher seus professores, estes, nem
sempre tem a garantia de sua escolha, e quando isto acontece, a realidade
para ambos será mais difícil de ser assimilada e aceita.
Se não há a possibilidade de escolha, o resultado pode ser uma
qualidade de ensino abaixo do esperado, prejudicando o aluno, a escola, o
professor e o desenvolvimento do país.
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42
ANEXO I
Declaração
Declaro para os devidos fins que a pesquisa constante neste trabalho
monográfico, foi aplicada aos professores desta escola sob minha supervisão.
Adréa Ferreira
Diretora da Escola Municipal Profª Yolanda Ferrari Vargas
-
43
ANEXO II
Declaração
Declaro para os devidos fins, que a pesquisa constante neste trabalho
monográfico, foi aplicada aos professores desta escola sob minha supervisão.
Vera Lucia Ataíde
Diretora da Escola Municipal Dep. Arlindo dos Santos
-
44
ANEXO III
Declaração
Declaro para os devidos fins, que a pesquisa constante neste trabalho
monográfico, foi aplicada aos professores desta escola sob minha supervisão.
Pedro Caetano Bitelli
Diretor da Escola Estadual Daud Jorge Simão
-
45
ANEXO IV
PESQUISA
Esta pesquisa tem como objetivo fornecer informações para o Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade Candido Mendes – Pró Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento – Instituto A Vez do Mestre do Rio de Janeiro, do Curso de Administração Escolar que tem como Tema – Qualidade Educacional X Estabilidade Funcional. Autora – Rosmeire Regina de Oliveira -
1) Idade:- Sexo:-
2)Sua Graduação foi em :-
Ano de Conclusão:-
3) Cite os cursos de atualização que você realizou nos anos de 2005 , 2006 e 2007. Qual a carga horária de cada um deles?
4) Estes cursos foram por necessidade pessoal ou necessidade da escola?
5) Quem bancou os custos você ou a escola?
6) Estas atualizações foram feitas dentro do horário de trabalho ou fora dele?
7) Cite três ações práticas implantadas por você na escola, originadas destes cursos que você participou.
•
•
•
-
46
8)Quais os Congressos, Seminários, Palestras ou Workshop que você participou nos anos de 2005/2006/2007?
9) Você participa de algum grupo de Estudos? Qual? Qual a Periodicidade?
10) Você participou ou está participando do desenvolvimento de algum projeto dentro da escola? Qual? Qual é a sua função neste projeto?
11) Quais as revistas que você tem por hábito a Leitura ? Qual a periodicidade?
•
•
•
12) Quais os dois últimos livros que você leu? Quais os dois últimos filmes que você assistiu?
•
•
•
•
13) Você já escreveu algum texto para jornais, informativos, murais etc? Qual foi o tema?
14) De forma objetiva, cite três ações que o governo precisaria implantar para a melhoria da qualidade do ensino.
•
•
•
15) Na questão Formação Profissional, como você classifica a sua?
-
48
ANEXO V
Relatório da Tabulação da Pesquisa de Campo.
A pesquisa foi feita em três escolas públicas - (Escola Estadual Daud
Jorge Simão, Escola Municipal Professora Yolanda Ferrari Vargas e Escola
Municipal Deputado Arlindo dos Santos). Foram distribuídos sessenta (60)
questionários, sendo que vinte e hum (21) responderam..
Deste universo, 90% são do sexo feminino, onde a faixa etária
predominante é de 40 à 50 anos cuja graduação 70% é em Pedagogia.
Os que concluíram a graduação nas décadas de 70 e 80 representam
38%, e destes, 37% fizeram um curso de pós-graduação.
Vinte e oito por cento (28%) concluíram sua graduação na década de
90, e destes, 50% fizeram um curso de pós-graduação. Demonstrando que os
professores com graduação mais atual, foram os que mais buscaram uma pós-
graduação.
Participações em palestras, workshop, seminários foram apontadas 27
(vinte e sete) vezes. Assim como, a participação em cursos com carga horária
inferior a 40 horas foi o grande destaque de participação pelos entrevistados.
Quando questionados de onde surgiu à necessidade da atualização,
66% assinalaram como ambos (pessoal e da escola) e quando assinalaram
necessidade pessoal, a atualização profissional referida era curso de pós-
graduação.
Quanto aos custos, somente os cursos de pós-graduação e
especializações foram mencionados como custos bancados pela própria
pessoa, os demais são cursos motivados pela própria escola e também
custeados pelo sistema.
Na sua grande maioria, os cursos foram feitos fora do horário de
trabalho, e através destes, todos pontuaram pelo menos uma prática
implantada dos cursos que participaram, nas suas atividades escolares.
-
49
Quanto à participação em grupo de estudos, a maioria cita a
participação em HTPC (Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo). Apenas 14%
participam além da HTPC de grupos específicos de estudos dirigidos para sua
área.
Oitenta por cento (80%) dos professores desenvolvem e tem função
em projetos na escola, pois cada curso de atualização depois de concluído
torna-se um projeto.
As atualizações através de livros, revistas e cinemas demonstram que
os professores preferem a Revista Nova Escola e a Veja. Os livros e filmes
citados, demonstram uma diversificação, passando desde assuntos pertinentes
à profissão até pelos do momento.
Apesar de assinalarem que lêem livros, revistas e assistem a filmes,
apenas hum (01) escreveu artigo sobre Qualidade de Vida, cuja graduação foi
em Educação Física.
Foram várias as sugestões de ações para o governo implantar, com o
objetivo de melhorar a qualidade do ensino, destaco os mais apontados:- 43%
para aumento salarial e valorização profissional, 38% para investimento na
atualização profissional de todos os envolvidos na escola (professores,
diretores, inspetores etc...), 33% para reestruturação da educação, 28%
redução do número de alunos por classe, 24% melhorar a segurança do
professor. Quanto a performance profissional, 80% avaliaram como boa.
Adréa Ferreira Vera Lucia Ataíde
Diretora Diretora
Pedro Caetano Bitelli
Diretor
-
50
ANEXO VI
GRÁFICO I
Questionários Respondidos
100%
35%
Questionários
Distribuídos 60 = 100%
Questionários Respondidos 35%
-
51
ANEXO VII
GRÁFICO II
Perfil Profissional
90%
47%70%
38%
28% Sexo Feminino 90%
Faixa dos 40 anos 47%
Graduação emPedagogia 70%
Graduação Concluída nadécada 70 e 80 38%
Graduação Concluída nadécada 90 28%
-
52
ANEXO VIII
GRÁFICO III
Necessidades/Custos/Períodos dasAtualizações
66%
47%
85%
Necessidade deAtualização(pessoal e da escola) 66%
Custos daAtualização foiBancado pelaEscola 47%
Cursos deAtualização foramrealizados forado horário deTrabalho 85%
-
53
ANEXO IX
GRÁFICO IV
Performance Profissional
100%
33%80%
81%
0,04%
Implantação de pelomenos uma Açãoaprendida nos Cursosde Atualizações 100%
Participação em Grupode Estudo HTPC 33%
Participação emDsenvolvimento deProjetos na Escola80%
Atualizações atravésde Revistas, Filmes eLivros 81%
Artigos Escritos 0,04%
-
54
ANEXO X
GRÁFICO V
Atualizações
22%
52%
42%
Pós Graduação 22%
PROFA ( Capacitaçãopara ProfessoresAlfabetizadores) 52%
Atualizações de 100 a200 horas - 42%
-
55
ANEXO XI
GRÁFICO VI
Auto Avaliação
80%
0,09% 0,04%0%20%40%60%80%100%
AutoAvaliação -Boa
AutoAvaliação -Excelente
AutoAvaliação -Insuficiente
Série1
-
56
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Charlot, Bernard - Da Relação com o saber –Ed. Artmed
Charlot,Bernard (org) – Os Jovens e o saber- Ed. Artmed
Cukier,Rosa. Palavras de Jacob Levy Moreno:vocabulário de citações do psicodrama, da psicoterapia de grupo, do sociodrama e da sociometria/rosa Cukier- São Paulo:Agora, 2002
Depresbiteris,Lea.Concepções Atuais de Educação Profissional. 2 ed. Série
SENAI. Formação de formadores.1999.
DRUCKER, P. Sociedade pós-capitalista. São Paulo, Pioneira, 1995, p.156 Ferrero.Emilia. A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO DO
APRENDIZADO NA EDUCAÇÃO BÁSICA*
*Publicado originalmente na revista Avance Y Perspectiva, Janeiro/Março de 2005 Tradução: Debora Donofrio
Gadotti, MOACIR BONITEZA DE UM SONHO Ensinar-e-aprender com sentido- São Paulo ,2003
Lei n.º 10.261, de 28 de outubro de 1968 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado)
Lei Complementar 942/2003
LAUAND, Luiz Jean. Educação: Filosofia e História. São Paulo, Edix Edições, 1996, p. 39-41
PADILHA, Paulo Roberto . Planejamento dialógico: como construir o projeto político-pedagógico da escola. São Paulo, Cortez/IPF.
Parentoni,Emilia – Gestão da Qualidade Educacional Módulo I –Histórico e Diferentes Abordagens da Qualidade.
Pereira,Julio Emilio Diniz. As Licenciaturas e as novas políticas educacionais para a formação docente. Educ. Soc.,Campinas;v.20,n.68,1999.Disponível em : http://wwwscielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=so10173301999000300006&ing=pt&nrm=iso acesso em 22fev 2007,Pré Publicação doi:-10.1590/s0101-7330199900300006.
Patrícia Chittoni Ramos.- Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000
-
57
Perrenoud,Philippe – Dez novas competências para ensinar/Philippe Perrenoud;trad. DEMO, Pedro. Educação e qualidade. Campinas, Papirus, 1994.
RESOLUÇÃO CNE/CP 1, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2002.(*)
Revista Nova Escola 196,199 (ISSN 0103-0116), ano XXI é uma publicação da Fundação Vitor Civita Revista Nova Escola 201,199 (ISSN 0103-0116), ano XXI é uma publicação da Fundação Vitor Civita Rubem Alves, Conversas com quem gosta de ensinar. São Paulo, Cortez, 1981.
Salmaso, Jose Luís e Fermi,Raquel M. B. – Projeto Político-Pedagógico:Uma Perspectiva de Identidade no Exercício da Autonomia
SÃO PAULO. Parecer CEE Nº 67/98, de 18 de Março de 1998. Normas Regimentais Básicas para as Escolas Estaduais. Secretaria da Educação/Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Diretrizes e bases da educação nacional: legislação e normas básicas para sua implementação. São Paulo: 2001. p. 1038-1039.
Silva, Cassandra R. O.Bases Pedagógicas e Ergonômicas para Concepção e Avaliação de produtos Educacionais Informatizados. Florianópolis. 1998.Dissertação:Mestrado em Engenharia de Produção. Coordenadoria de Pós Graduação. UFSC.p.11-15:22-25
SCHUMACHER, E.F. O negócio é ser pequeno. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1983, p. 67
VEIGA, Ilma P.A. (org) “O Projeto Político Pedagógico da Escola: Uma
construção possível. 11ª ed. Campinas, Papirus, 2000.
VEIGA, Ilma Passos A. (org.). Projeto político-pedagógico da escola. Campinas: Papirus, 1995.
-
58
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 7
SUMÁRIO 8
INTRODUÇÃO 10
CAPÍTULO I - FORMAÇÃO MÍNIMA EXIGIDA DO
PROFFESSOR DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO ENSINO
FUNDAMENTAL 14
1.1 Projeto político Pedagógico Teoria e Prática 16
CAPÍTULO II - A ESCOLA PARA O PROFEFSSOR 18
2.1 Qual é o Sentido da Escola para o Professor 18
CAPÍTULO III – QUALIDADE EDUCACIONAL 20
3.1 História da Qualidade 20
3.2 Globalização X Educação 21
3.3 abordando a Qualidade Educacional 23
CAPÍTULO IV –ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL
DO PROFESSOR /FORMAÇÃO CONTINUADA 26
CAPÍTULO V – PROCESSO ENSINO
APRENDIZAGEM BASEADO NA QUALIDADE
EDUCACIONAL 29
5.1 O Aluno no Papel de Aprendiz e seu
Contrapapel o Professor 29
5.2 O Professor e suas Competências 34 5.3 O Papel da Avaliação 36
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59
CONCLUSÃO 39
ANEXO I 42
ANEXO II 43
ANEXO III 44
ANEXO IV 45
ANEXO V 48
ANEXO VI 50
ANEXO VII 51
ANEXO VIII 52
ANEXO IX 53
ABEXO X 54
ANEXO XI 55
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 56
ÍNDICE 58
FOLHA DE AVALIAÇÃO 60
-
60
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes Instituto A Vez do
Mestre Pós-Graduação “Lato Sensu”
Título da Monografia: Estabilidade Funcional do Professor – Prós e
Contras Dentro da Escola Pública
Autor: Rosmeire Regina de Oliveira
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: