DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · Com o avanço da medicina e da tecnologia essa...
Transcript of DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · Com o avanço da medicina e da tecnologia essa...
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O ENSINO DA INFORMÁTICA PARA A TERCEIRA IDADE
Por: Síntia Cristina dos Santos Carmo
Orientador
Prof. Mary Sue
Rio de Janeiro – 2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O ENSINO DA INFORMÁTICA PARA A TERCEIRA IDADE
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada
como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Tecnologia Educacional
Por: Síntia Cristina dos Santos Carmo
Rio de Janeiro – 2015
3
AGRADECIMENTOS
....à Deus, ao meu filho, amigos , parentes e
aos profissionais de Educação que sempre
buscam novos caminhos para uma
aprendizagem significativa.
4
DEDICATÓRIA
.....A Deus por estar sempre comigo, me
guiando nas horas mais difíceis, dando-me
força para continuar. Ao meu filho por seu
companheirismo e por ser meu grande
incentivador.
5
RESUMO
O trabalho faz uma reflexão de como que atualmente a perspectiva de vida da
Terceira Idade tem aumentado ser idoso não é mais sinônimo de apatia e reclusão.
Com o avanço da medicina e da tecnologia essa fase da vida, denominada Terceira
Idade, tem tido um novo rumo na sociedade, desempenhando um papel participativo
e decisivo nas situações políticas, sociais e econômicas.
Com as novas tecnologias que foram inseridas no seu dia a dia, coube ao
idoso tentar buscar formas de aprender viver nessa nova sociedade, tentando cada
vez mais melhorar a sua qualidade de vida, com informações, cuidando da sua
saúde e exercitando não só o corpo, mas também a mente.
Sendo assim, o presente trabalho traz uma possibilidade de inserir a Terceira
Idade nessa nova sociedade tecnológica, com uma metodologia que venha
desenvolver as potencialidades e habilidades do idoso, levando em conta suas
limitações e seu tempo de aprendizagem, bem como o seu desejo de comunicar-se
com seus familiares, se informarem e também usufruírem das facilidades que a
tecnologia nos trouxe
6
METODOLOGIA
A pesquisa compreende em desenvolver em um trabalho bibliográfico que
fale sobre algumas especificidades da Terceira Idade, e dos novos desafios que eles
encontram-no seu dia a dia, para depois estar apresentando uma metodologia de
aprendizagem voltada a esse público alvo que deseja se inserir na sociedade digital,
precisando assim de cursos destinados aos idosos com escolha dos conteúdos a
serem trabalhados, o material utilizado, e os procedimentos didáticos.
Dentro do trabalho apresentado buscam-se formas de levar o conhecimento
da informática e outras tecnologias usadas pela Terceira Idade no seu cotidiano de
uma forma clara e objetiva , oferecendo ensinamentos básicos que serão explorados
melhor no decorrer desta apresentado
Será utilizado um material de apoio com o passo a passo dos conteúdos
trabalhados, para que os idosos possam refazer as atividades em casa e
consultando a apostila, adquirindo autonomia na realização das tarefas. Também
terá uma apostila com exercícios de acordo com os conteúdos trabalhados.
O conteúdo é ensinado de forma gradativa, em um ritmo especial, utilizando um
vocabulário correto, porém acessível, a fim de que possa ser bem assimilado pelo
aluno. Além disso, existe uma preocupação metodológica com a linguagem, no
sentido desta ser articulada, enfática, e praticada com a voz clara e audível.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I - A Terceira idade e suas especificidades
CAPÍTULO II - A Nova sociedade digital
CAPÍTULO III - O idoso e a aprendizagem virtual CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BOBLIOGRAFIA CITADA
ANEXOS
ÍNDICE
FOLHA DE AVALIAÇÃO
8
INTRODUÇÃO
Atualmente vive-se numa sociedade da qual não conseguimos nos ver sem o
uso da tecnologia, dependemos “dela” pra tudo, hoje temos que ser e conviver
virtualmente.
Sabemos que para essa geração isso é um problema superado, mas e as
outras gerações? Essas apresentam dificuldades para essa nova exigência, mas
não significa estar fora desse mundo. Precisa-se ter um pouco mais de habilidade
com esse novo, que despontou de forma tão rápida na sociedade. O avanço da
tecnologia trouxe acesso a informação de forma quase instantânea. Em uma
sociedade informatizada é imprescindível o domínio das ferramentas que
possibilitam o acesso e a manipulação da informação, pois o computador tornou-se
um instrumento para ampliar o pensamento e redefinir a forma de comunicação do
ser humano.
Tentando minimizar esse impacto, o ensino de informática na terceira idade
vem possibilitando que muitos que se encontram nessa fase possam ter novos
caminhos, ampliando as oportunidades de construção do conhecimento. Através de
uma metodologia própria, respeitando suas limitações.
A ideia desse projeto é possibilitar as pessoas da terceira idade o acesso à
informação, entretenimento, comunicação, cultura e lazer através do uso da internet,
elaborando e organizando seus arquivos pessoais, fotos por exemplo. Sabendo que
para isso precisam identificar as ferramentas do sistema operacional e suas
utilizações nas diversas situações e utilizar os recursos da internet (emails, redes
sociais, sites de buscas) para adquirir conhecimentos e comunicação.
O uso da tecnologia beneficia não só na aquisição de conhecimento, mas
também estimula atividades mentais contribuindo para o retardamento dos
processos degenerativos e depressivo da mente, proporcionando prazer no âmbito
9
social e mental. Para isso deve-se ter a preocupação de direcionar as atividades
para atender as necessidades dessa fase sem causar desconforto e/ ou sensação
de incapacidade, sendo voltado para a peculiaridade deles.
Através de uma pesquisa bibliográfica estará levantando a melhor maneira de
levar o conhecimento do Sistema Operacional Windows e suas ferramentas e a
utilização da Internet, redes sociais e Emails.
O curso começa com ensinamentos básicos sobre a máquina e o sistema
operacional Windows, com o intuito de prepará-los para os módulos seguintes,
especialmente na questão da organização de seus arquivos, de suas buscas e na
utilização de programas. A seguir, o processador de texto Word, além de auxiliá-los
na digitação de qualquer documento, os prepara para escrever mensagens através
de e-mail. Todavia, os arquivos gerados no Word precisam ser organizados e aí se
volta para o que foi trabalhado no Windows, e assim por diante. Isso é fundamental
para garantir a fixação dos conteúdos, os quais são apresentados a seguir:
• No primeiro momento o aluno é levado a reconhecer a estrutura física do
computador, como CPU, monitor, teclado, mouse, CD, pen drive, etc, bem como
suas funções e utilidades.
• Em seguida, inicia-se o estudo sobre o sistema operacional Windows, durante o
qual o aluno aprende a criar e renomear pastas; manipular arquivos (copiar,
colar, deletar, recuperar da lixeira, etc); trabalhar com janelas (maximizar,
restaurar, minimizar, diminuir e aumentar tamanho, etc); reconhecer e acessar os
diferentes locais para se armazenar arquivos, como drive C, pasta Meus
Documentos, CD, e pen drive, bem como manipular arquivos entre eles; abrir e
fechar programas.
• Uma vez assimilada esta etapa, o curso prossegue para o módulo sobre o
processador de textos Word, momento em que o aluno aprende a digitar;
formatar (maiúsculo, minúsculo, parágrafo, negrito, itálico, sublinhado, fontes,
tamanho de letras, cores, alinhamento e correção ortográfica, no mínimo); inserir
figuras no texto e trabalhar com elas (alterar tamanho, disposição no texto e
layout); salvar; abrir um documento em branco ou salvo, em algum lugar e
imprimir um texto.
10
• Finalmente o módulo sobre Internet inicia-se com o acesso e exploração de
algumas páginas que são, no princípio, direcionadas pelos docentes, priorizando
interesses gerais, como páginas destinadas à terceira idade
• jornais e revistas, turismo, lojas virtuais, culinária, dentre outras. Em seguida,
aprendem a fazer buscas em sites de pesquisa, como o Google, por exemplo. E
à medida que vão adquirindo experiência, começam a buscar e acessar páginas
segundo os seus próprios interesses. Neste momento do curso é criada uma
conta de e-mail para cada aluno. Eles aprendem e praticam a utilização destes
recursos através de envio e recebimento de mensagens com e sem arquivos
anexados. É importante que eles recebam a relação dos endereços de todos os
colegas e professores e que seja estimulada e garantida a comunicação entre
todos.
O trabalho será dividido em três capítulos o primeiro irá tratar da terceira
idade e suas especificidades, descrevendo essa fase, suas características biológicas
e sociais. Antes envelhecer significava apatia, sair de atividade e muitos problemas
de saúde. Com o aumento do tempo de vida das pessoas, a qualidade deles tem
que ser repensada. Precisa de atividades que reintegrassem o idoso a sociedade,
continuando sendo uma pessoa ativa, capaz de produzir, consumir, participar de
mudanças sociais, políticas e tecnológicas da sociedade. Aos idosos cabem dois
caminhos a seguir: o isolamento ou procurar acompanhar a tecnologia, inserindo-se
na era digital.
O segundo descreverá a Nova sociedade digital e a exigência de novos
conhecimentos e habilidades, e irá dizer a importância da inclusão digital pra terceira
idade. O mundo tecnológico tem sido inserido na vida dos idosos, que tem se
sentindo excluídos diante das situações do cotidiano, como ir ao banco, atender um
telefone, a televisão e suas novas funções.
Buscando mais independência, autonomia e uma nova forma de
entretenimento diante das novas tecnologias, muitos idosos tem visto, na inclusão
digital, uma forma de voltar à sociedade produtiva.
11
Segundo Vygotsky (1984), o idoso, mesmo com funções mentais
(pensamento, memórias, percepção e atenção) biologicamente alterados pelo
processo de envelhecimento, poderá construir novos conhecimentos ou atualizar
outros com o estímulo frequente.
Ainda oferece aos idosos a oportunidade de comunicar-se com pessoas
distantes e diminuir o sentimento de solidão e isolamento. Poderá utilizar o
computador no auxilio e na utilização de outras tecnologias (caixas eletrônicos de
banco, celulares e outros). Proporcionando melhorias na autoestima, na habilidade
mental, no aumento das relações sociais, melhorando a qualidade de vida do idoso.
Terminando com a apresentação do conteúdo programático e o material do curso.
12
CAPITULO I
A Terceira Idade e suas especificidades
O termo Terceira Idade é de influência francesa, e sugere que a velhice seja
associada às condições de vida do idoso, que era caracterizada pela solidão e a
marginalidade. Segundo Kachar (2003), ocorreram intervenções apresentando
novas práticas de lazer, férias, e serviços especiais de saúde para os aposentados,
gerando assim, um novo olhar mais sensível ou humano em relação a uma parcela
da população que costuma ser excluída da sociedade.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa etapa da vida
começa oficialmente aos 65 anos ainda que alguns se sintam bem jovens nessa
idade e outros comecem a sentir certos desgastes bem antes. De fato, terceira idade
não é, ou não deveria ser sinônimo de decrepitude. Trata-se apenas de um estágio
da vida. E há cada vez mais gente vivendo nessa etapa. Daí a necessidade de olhar
para ela de forma especial.
Para se ter uma ideia, no começo do século XX, a expectativa de vida era de
apenas 40 anos. Ao final deste século, será comum viver ate 100 ou 120 anos. No
ano 2000, os maiores de 65 eram 5% da população. Segundo estimativas do IBGE,
esse numero vai saltar para 18% em 2050. Esses dados, com certeza, são motivo
de comemoração. Isso significa uma verdadeira revolução. Mas trazem outros
problemas: afinal, ninguém quer só viver muito, mas viver bem. E isso significa
preservar as capacidades físicas e mentais para aproveitar plenamente o tempo que
ainda tiver pela frente.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas
(ONU) adotam critério biológico para classificar o envelhecimento e consideram a
classificação:
Meia – idade 45 a 59 anos
13
Idoso 60 a 74 anos
Velho 75 a 89 anos
Muito velho Acima de 90 anos
No Brasil, este termo ficou empregado inicialmente pelo SESC de São Paulo,
quando criou as “Escolas Abertas para a Terceira Idade”. Este termo apresentou a
velhice como uma nova etapa da vida, expressa pela prática de novas práticas
sociais e culturais (MAZO, 2001).
O crescimento da população idosa é um fato, e Tal fato se justifica
especialmente em função do avanço tecnológico presenciado em varias áreas de
atuação humana, principalmente na área médica, e também devido a algumas
alterações sociais ocorridas em nossa sociedade, como, por exemplo, a redução da
natalidade e aumento da expectativa de vida.
Para Hayflick (1997), o envelhecimento não é a mera passagem de tempo,
mas, a manifestação de eventos biológicos que ocorrem ao longo de um período,
algo similar ao que ocorre com o amor e a beleza, grande parte de nós o reconhece
quando o sente ou vê. Este mesmo autor, afirma que: “envelhecimento representa
as perdas da função normal que ocorrem após a maturação sexual e continuam ate
a longevidade máxima para os membros de uma espécie” (p.78).
O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo e inerente a todo
ser humano, onde há alterações biológicas funcionais, químicas e morfológicas, que
mudam aos poucos o organismo do individuo, tornando-os mais sensíveis a
agressões internas e externas.
É fato que o envelhecimento é um processo natural a todos os seres vivos.
Em nós humanos, o envelhecimento se inscreve de características peculiares, sendo
um fenômeno normal, universal e inelutável, caracterizado por um conjunto de
fatores não só fisiológicos, mas também psicológicos e sociais. Kachar (2003)
complementa dizendo que “o envelhecimento não é algo que se da a partir dos 60
14
anos, apesar de ser uma idade demarcada para a categoria de idosos, é um
processo continuo, tanto nos aspectos biológicos como sociais” (p. 38). Desta forma,
o envelhecer se apresenta como um processo muito além de alterações biológicas
que acometem o indivíduo a partir dos 60 anos é algo que acontece ao longo de
nossas vidas, e depende da influencia de fatores que se inter-relacionam, como
biológicos, sociais e psicológicos.
Muitas vezes o envelhecimento está vinculado a uma precária qualidade de
vida, nessa situação o organismo passaria a apresentar algumas limitações,
desequilíbrios no sistema e/ou cognitivo, comprometendo assim, o dia-a-dia do
idoso. Muitas mudanças físicas que ocorrem com a idade afetam a aparência.
Ganho de gordura generalizado, perda dos músculos, perda da estatura, má
postura, pele seca, renovação mais lenta das células lubrificantes, pele pálida devido
à perda de pigmentos da pele, manchas na pele muito expostas ao sol, os vasos
sanguíneos se tornam mais evidentes devido ao afinamento da pele e outras no
sistema psicológico e funcional.
No entanto, apesar de alguns decréscimos de eficiência e capacidade físico-
motora, à medida que envelhecemos, não deixa de ser possível manter um nível
relativamente alto de desempenho físico e mental por muitos anos. Aqueles que
mantêm uma vida ativa de forma física, cognitiva e social serão privilegiados
(VERDERI, 2004).
A diminuição ou perda da capacidade funcional leva a incapacidade funcional,
que em muitos casos é consequência das perdas associadas ao envelhecimento,
mas principalmente à falta ou diminuição da atividade física associada ao aumento
da idade cronológica, que leva à perdas importantes na condição cardiovascular,
força muscular e equilíbrio, que são responsáveis em grande parte pelo declínio na
capacidade funcional (MATSUDO, 2001).
Os idosos mantêm as funções cognitivas (memória, atenção e percepção)
preservados ao longo da vida. Nesse sentido, com o envelhecimento não ocorrem
necessariamente alterações na vida cotidiana de todas as pessoas idosas e seus
15
familiares, pois em certos casos devem ser levado em consideração às
características de vida dessa pessoa. Contudo, existem idosos que evoluem com
alterações cognitivas, podendo ser desde comprometimentos cognitivos leves a
quadros demenciais graves (CARVALHO, 2006). Por isso a necessidade de estar
estimulando o cérebro com novas informações.
Outro item relevante na terceira idade e minoria que segundo Penna (2001)
identifica-se como um processo de armazenamento de informações, cujas funções
são cobrir outras funções como as de reconhecimento e evocação, as quais supõem
executar condições de acesso as informações armazenadas.
Enfatiza ainda que a noção de esquecimento está vinculada a experiência de
tempo e da capacidade de ordenação e localização das informações evocadas.
A memória de reconhecimento caracteriza-se pela capacidade em identificar
um estímulo, objeto, pessoa ou situação como algo conhecido ou já vivido
anteriormente. (RUEDA; CASTRO; RAAD, 2001). Para Tonglet (2007), são
essenciais para o processo de memória de reconhecimento a utilização dos
mecanismos de familiaridade e lembrança. Assim, a identificação é conhecida como
lembrança por meio da recordação do objeto apresentado.
Pressupõe que com o envelhecimento, o corpo se altera, trazendo inúmeras
doenças relacionadas ao envelhecer. Aparecem as doenças degenerativas, bem
como problemas de apetite e sono, os esquecimentos, as perdas de visão e audição
e comprometimentos cognitivos. A aposentadoria, o isolamento social, a diminuição
da renda financeira, a perda do status e do prestigio social, entre outros, configuram
as questões sociais.
No que se refere às questões sociais vinculadas com o envelhecimento Arcuri
(2005) aponta que esta é uma dimensão constituída pela sociedade, onde o
indivíduo inicia um processo de perdas sociais, como o afastamento da família,
através do casamento de filhos e netos, o distanciamento das relações sociais, a
perda de prestigio social vinculado ao trabalho, entre tantos outros. Tais
16
acontecimentos influem diretamente nas questões emocionais, gerando um
sentimento de inutilidade e sucessivamente de isolamento social.
Em relação aos aspectos emocionais, o sentido de vida e a identidade muitas
vezes vão se diminuindo pouco a pouco. O acúmulo deperdas, o abandono social, o
apelo a continuidade da juventude pela sociedade moderna, a solidão e o desgaste
dos anos, vão somando e contribuindo com doenças que comprometem não só o
corpo físico como também o lado emocional.
As transformações que ocorrem no processo de envelhecer são várias e
algumas dessas mudanças fisiológicas são resultados direto do envelhecimento,
mas o comportamento da pessoa ao longo de sua vida, assim como hábitos e
costumes e uma boa alimentação durante esse processo auxiliam nessa nova etapa
da vida.
A sociedade consumista e imediatista que se instaura hoje contempla cada vez
mais padrões de beleza estabelecidos pela mídia, onde predomina a jovialidade, o
dinamismo, a beleza perfeita, o novo saber, a produtividade e a competitividade.
Nesse contexto, ter mais de 60 anos é assumir desafios principalmente no que se
refere a aquisição de novos saberes e a inserção na sociedade digital.
Numa sociedade onde nascemos com papéis previamente definidos,
direcionados pela cultura e pela ordem social e econômica, onde a nossa
funcionalidade tem duração até mais ou menos 60 anos, depois se tornam
ultrapassados, fica difícil encarar o envelhecimento como um prazer e não com
pesar.
Porém precisa-se romper com esses estereótipos que a sociedade nos impõe
a todo instante sobre a velhice, abandonando essa visão antiga e partindo pra ações
socializadoras, trazendo a velhice como um grande desafio que a modernidade terá
que trazer novas metas.
Antes de envelhecer significava apatia, sair de atividade e muitos problemas
de saúde. Com o aumento do tempo de vida das pessoas, a qualidade deles tem
17
que ser repensada. Precisa de atividades que reintegrassem o idoso a sociedade,
continuando sendo uma pessoa ativa, capaz de produzir, consumir, participar de
mudanças sociais, políticas e tecnológicas da sociedade. Essa nova etapa da vida
vem sendo descoberta como um período onde a pessoa dispõe de maior “tempo
livre” e alguns recursos financeiros para desfrutar desse tempo. Com o crescimento
da expectativa de vida da população vem se mostrando necessário ter um novo
olhar para o papel do idoso na sociedade brasileira, quebrando preconceitos e os
vendo como pessoas ativas, participativas e prontas para desfrutar o resultado de
todo trabalho que exerceram por tantos anos.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE,
2013), a tendência de envelhecimento da população ganha força a cada ano e em
2030, o total de pessoas acima dos 60 anos, no Brasil, será maior que o total de
crianças com ate 14 anos. De acordo com essa pesquisa, esses idosos são em
maioria mulheres com 55,7%, brancos com 54,5% e que residem em áreas urbanas
(84.3%) e a principal fonte de rendimento é a aposentadoria, ou pensão, o que
equivale a 66,2% da população idosa e chega a 74,7% ao tratar de idosos acima de
65 anos.
Porém, é importante não pensar na Melhor Idade estatisticamente, pois,
levando em conta todas as mudanças que ocorrem com a pessoa a partir de uma
certa idade, destaca-se que acarretam algumas limitações e mudanças
comportamentais, portanto, se faz necessário uma maior compreensão de todas as
suas características para que assim sua inclusão possa ser bem sucedida, como de
acordo com Cavalcante, é importante não tratar a chegada de um individuo a
terceira idade apenas como um dado estatístico porque é inevitável não haver certas
mudanças comportamentais ocasionadas pelo aumento das limitações e da idade
que vão surgindo com o passar dos anos, e dessa forma, pessoas de determinada
faixa etária vem sendo estudadas por um viés psicológico que trabalha com um
objeto de estudo científico de avaliação e intervenção no comportamento humano.
Sendo assim, se faz necessário entender seu perfil psicológico para, então, serem
feitas intervenções a nível social, terapêutico, cognitivo e educativo.
18
Apesar dessa mudança parcial de paradigmas, ainda vivemos, porem, em
uma sociedade excludente. O idoso é ainda uma das classes excluídas e prova
disso é que houve a necessidade de criar-se um estatuto para que lhe fosse
consentido os direitos mais óbvios, como: lugar em filas, passagens, previdências
(com salários justos, que nunca serão justos), entre outros.
Cabe a nós educadores pensarmos e executarmos ações que estimulem o
lado psicológico, biológico e social da Terceira idade, incluindo-os nessa “nova
sociedade” e uma dessas formas é viabilizar o conhecimento tecnológico e seus
benefícios, trazendo a eles uma gama maior de possibilidades de conhecimento e
fazer valer os seus direitos e também acrescentando lazer e uma forma de inserção
e comunicação com o mundo.
Kachar( 2005 ) contribui afirmando que é preciso
(...) considerar e destacar a face da velhice que não seja só
associada um tempo de aposentar-se , de doenças e de declínio de capacidades e
potencialidade, pois dependerá do processo existencial de cada indivíduo, já que o
envelhecimento é resultado de uma trajetória de vida.( KACHAR 2005, p.134 ).
Neste sentido como propõe as autoras Kachar e Arcuri ambas (2005), a
velhice precisa ser considerada como resultado de uma vida que é completamente
influenciada pelas questões sociais e não como sinônimo declínio e inutilidade.
Essas inquietações sobre o envelhecimento faz emergir pesquisas e estudos que
tomaram um lugar de destaque, onde estudioso e pesquisadores de diversos
segmentos buscam compreender as múltiplas faces do envelhecer e determinantes
que proporcionam melhores condições de saúde e vida dos idosos.
Enfatizando que o envelhecimento não é sinônimo de incapacidade sejam
elas emocionais físicas ou psicológicas, mas podendo ser encarado como mais um
período da vida, com novos aprendizados, desafios, adaptações que buscam
contribuir na melhora da qualidade de vida.
19
Sendo assim, ao envelhecer a pessoa precisa resgatar seu potencial para as
realizações e criações, assim como as demais fases da vida, desenvolvendo dentro
dessa nova etapa sua potencialidades e habilidades, se lançar ao desafio da
aprendizagem dessas novidades lançadas nessa sociedade contemporânea, por
que essas não se findam com o envelhecimento, e sim configuram-se novas
necessidades e forma de aprendizagem que insiram o idoso nessa nova sociedade,
respeitando essa nova etapa de vida produtiva.
Não podemos mais ignorar a necessidade de darmos atenção à essa nova
etapa de vida no âmbito social, político, econômico e da saúde. Não podemos
deixar de ver que a população mudou, e esta mudança necessita de ajustes nos
campos políticos, sociais e econômicos, pois ao envelhecer as necessidades são
alteradas, mas não impossíveis de serem realizadas.
CAPITULO II
A Nova Sociedade Digital
20
Nos últimos anos a sociedade vem se transformando, principalmente na área
tecnológica e da comunicação. A tecnologia invadiu casas, empresas, instituições de
todos os tipos. A sociedade está se tornando completamente informatizada. Os
recursos da imprensa, rádio, TV, telefone, faz, vídeo, computador e internet são
disseminadores de culturas, valores e padrões sociais de comportamento. Tudo isso
fazem com que a comunicação seja intermediada pela máquina e não pelo ser
humano nos tornando indivíduos integrados a um universo digital e interativo.
Desde a 1º Revolução Industrial o mundo experimentou significativas
transformações e essas mudanças ocorridas nesse período vêm sendo até os dias
atuais. A sociedade busca inúmeros caminhos com o objetivo de modernizar-se, em
busca do autônomo, ágil e interativo. Os avanços também são impulsionados pela
nova ordem econômica que dita às regras apontando as necessidades do novo
mundo, um mundo de informações imediatas e totalmente digitais.
Com a chegada da internet, nos anos 90 a sociedade se viu diante da mais
profunda mudança de comunicação e interação do mundo. Essa ferramenta
possibilitou as pessoas inúmeras facilidades, dando-as recursos para uma nova
forma de se comunicar, de falar com pessoas distantes, uma forma de lazer e até de
comprar e de se formar (cursos à distância).
Tanto a informação como a comunicação passaram por fases que
acompanham o contexto social vigente de cada época, fazendo parte das
necessidades de cada sociedade, se antes as ferramentas de comunicação eram
cartas, livros, telegramas que surgiram a fim de facilitar e aproximar uma
comunicação não interativa na época, hoje as tais ferramentas são substituídas
pelos celulares, chats, e-mails, mensagens instantâneas entre outros, a palavra do
momento é INTERATIVIDADE.
Há uma crescente utilização do adjetivo “interativo” para qualificar,
computador e derivados, brinquedos eletrônicos, eletrodomésticos, sistema
bancário on-line, programas de radio e TV, etc, cujo funcionamento permite
ao usuário-consumidor-espectador-receptor algum nível de participação, de
troca de ações e de controle sobre acontecimentos. Na era da interatividade
ocorre a transição da lógica da distribuição (transmissão) para a lógica da
comunicação (interatividade). Isso significa uma modificação radical do
21
esquema clássico da informação baseado na ligação unilateral emissor-
mensagem-receptor. (SILVEIRA 2001, p.12).
As mudanças são notórias, com a sofisticação dos recursos tecnológicos
percebe-se a maior acesso a informação relativiza a questão do tempo e espaço, o
que era novidade em instantes torna-se comum, através dos acessos nas redes
sociais. As informações vêm de todos os lados, alternando muito o ambiente familiar
e da sociedade. Uma fábrica de sonhos e emoções invadem a vida dos indivíduos,
conformando subjetividades, interiorizando comportamentos, atuando no
inconsciente do sujeito que capta as mensagens dentro dessa visão, que é uma
versão do mundo fragmentada e filtrada pela tela.
O mundo se virtualizou, as informações são quase que imediatas,
possibilitando a comunicação com pessoas distantes em frações de segundos.
Segundo Souza (2005), estamos diante de varias mudanças na sociedade moderna
trazida pela cultura digital. Inferimos que estamos diante de uma nova produção
social do espaço, na qual o tempo e o espaço são destituídos de lugar físico,
conceito este que precisa ser incorporado pela sociedade de forma quase
instantânea.
Atualmente falar de espaço nem sempre pode se dizer que é espaço físico, e
nem sempre o utilizamos para construir suas relações, o espaço não está vinculado
a matéria. Hoje o espaço está em qualquer lugar, seja no seu país ou fora dela, seja
em casa ou no trabalho. Essa mobilidade transforma a relação a relação e o nosso
cotidiano.
Esse novo conceito denominado ciberespaço e segundo Pierre Lévy (2000,
p.17) diz que é:
(...) o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos
computadores. O termo especifica não apenas a infraestrutura material da
comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que
ele abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse
universo.
22
Com todas essas inovações em meios tecnológicos, principalmente a internet,
podem atuar como um canal de construção e informação, e a mesma pode ser
transformada em conhecimento pelos indivíduos. A tecnologia vem modificando a
vida do ser humano, alterando sua forma de adquiri conhecimento lazer e
comunicação possibilitando a troca de experiências, uma ferramenta interativa na
construção de um novo aprendizado.
Há uma grande necessidade de preparar cidadãos que saibam ler, interpretar,
analisar criticamente as informações recebidas e selecionar as significativas para si
e para uso coletivo. Precisa-se estar preparado para lidar com um futuro que
caminha na ambiguidade do local e global, do espaço físico e virtual.
Sabe-se que fazer parte desse universo para os jovens não é difícil, visto que
já nasceram nesse mundo tendo acesso muito cedo a imagens, botões, teclas,
ícones, controle remoto, videogames, por isso a sua desenvoltura com uso desses
aparelhos já fazem parte do seu cotidiano. Constata-se assim, que a estas gerações
não apresentam problemas com os meios eletrônicos ocorrendo uma relação de
identificação e fascinação.
De outro lado encontram-se as gerações mais velhas, os idosos, para quem a
“invasão tecnológica” causou estranheza, medo ou receio. Esta geração sente-se
analfabeta diante das novas tecnologias, revelando dificuldades em entender essa
nova linguagem e em lidar com avanços tecnológicos, até mesmo em questões
básicas para as suas necessidades como caixas eletrônicos, eletrodomésticos e
outros.
A partir disso, evidencia-se a importância de manter o indivíduo idoso
contextualizado no universo tecnológico. A procura por cursos de informática para a
terceira idade é uma realidade. Sabe-se que o ensino da informática e as utilizações
das ferramentas do computador e a internet ainda é algo muito explorando quando
se refere a atender as demandas e expectativas dos idosos. Alguns pesquisadores
apontam caminhos para a inclusão digital desse público e falam que vai muito além
do ensino de informática ou da internet, existe uma relação de educação e saúde,
contribuindo para um envelhecimento mais saudável.
23
2.1. A Importância da Inclusão Digital na Terceira Idade
Esse novo contexto social de fortes mudanças tecnológicas nos trouxe uma
modernização descartável, onde o todo instante as coisas são substituídas por
lançamentos que superam os seus anteriores, tudo se torna obsoleto rapidamente,
diante das novas tecnologias.
Os avanços são considerados como facilitadores da sociedade moderna e
todos devem estar inseridos nesse contexto de modernização. As possibilidades de
uso do conhecimento com o advento da tecnologia vêm influenciando a forma de
pensar e agir das gerações que vivenciam essa sociedade.
As pessoas da terceira idade necessitam de um tempo maior e seguem um
ritmo mais lendo para aprender a manipular e assimilar os mecanismos de
funcionamento desses artefatos, seja para o uso pessoal e cotidiano ou em
atividade profissional. (KACHAR 2003, p.136).
Por muito tempo, os idosos não receberam atenção devida da sociedade e da
família, sentindo-se excluído. Entretanto com o avanço da ciência e da tecnologia e
da medicina, eles passaram a ter uma melhor qualidade de vida. Atualmente a
pessoa idosa não vive apática, recolhida e apenas relembrando um passado, ela
está tornando-se mais produtiva e participativa.
Tem-se conhecimento que as características cognitivas do idoso têm
limitações específicas dentro processo de aprendizado sobre novas tecnologias,
pois o envelhecimento traz perdas nesse processo, podendo ser uns obstáculos na
utilização de novas tecnologias como o computador.
Por outro lado, pesquisas apontam benefícios (KACHAR, 2002) da terceira
idade com a informática, dentro de parâmetros de ensino aprendizagem adequados
e específicos para o público idoso, mostrando possibilidades de desenvolvimento de
habilidades para uso do computador.
24
Dentro desse cenário, os idosos sentem a necessidade de se inserirem neste
aprendizado. E apesar do medo e do receio ao “novo” saem em busca de cursos
para se inserirem nesse mundo tecnológico. Seja para ajudar netos e filhos nas
atividades diárias ou para estarem bem informados e atuantes. Ao contrário do que
muitos pensam atividades físicas e trabalhos voluntários não são os únicos
programas que interessam a terceira idade. Muitas vezes a informática representa
para essas pessoas um recurso contra a depressão, o tédio, o isolamento e a falta
de conhecimento.
A tecnologia vem sendo um facilitador na vida dos idosos, trazendo benefícios
e aquisições de habilidades básicas para o domínio do mesmo.
Essas inovações na comunicação vêm oferecendo uma melhora na qualidade
de vida das pessoas da terceira idade, trazendo informações, servindo como
facilitador para aqueles que têm dificuldades para se deslocarem ou depende de
outros.
Outro benefício que é importante ser ressaltado é que informações básicas
como um e-mail, um editor de texto e acessos a noticias e o tempo, cinemas,
informações, sobre saúde, receitas culinárias, já trazem uma nova interação do
idoso e uma estimulação mental.
A aprendizagem sobre essa nova tecnologia pode gerar para a pessoa idosa
maior confiança e manejo com o mundo digital de um modo geral. Há um melhor uso
transferindo-se para o cotidiano como caixa eletrônico, leitura ótica em lojas e
supermercados, sites de comprar e etc., permitindo a esse grupo transitar no mundo
real e virtual que está sendo inserido na nossa realidade urbana.
A tecnologia traz nesse contexto a possibilidade do indivíduo se integrar em
uma rede social, colocando-o em contato com parentes e amigos, trocando
informações, se atualizando, pesquisando, reduzindo o isolamento, estimulando
mentalmente, diminuindo o sentimento de inutilidade e contribuindo na promoção do
bem-estar, facilitando o contato familiar através da internet, estreitando os laços
afetivos.
25
Com a intenção de promover a inclusão digital entre a Terceira idade e a
informática, deve-se assumir uma responsabilidade alem de programas e teclas e
fazê-los se sentirem parte dessa sociedade tecnológica.
Para isso, faz-se necessário promover um ambiente de aprendizagem voltado
para o público idoso, facilitando o processo de aprendizagem, integrando o idoso
com a informática de forma particular de acordo com suas potencialidades e
aguçando suas habilidades.
2.2. Inclusão digital na Terceira Idade possibilidades e desafios
Nesse novo cenário de modernização, a população idosa tensa se inserir no
acesso as novas tecnologias através de cursos de informática voltados para esse
publico. Para isso precisa-se pensar em algumas especificidades relativas a essa
fase da vida, no caso, a terceira idade.
Alguns estudos analisam a interface homem-máquina voltada para o perfil de
usuário da terceira idade. Na Internet um site traz um estudo interessante sobre o
idoso e a relação de aprendizagem com computador, do qual foram extraídas
algumas questões: “Comingof age: the virtual olderadultlearned por Donald A. King
(1997), apresentado numa conferencia de Educação Continuada na Canadá. Estudo
pretendeu identificar as necessidades de aprendizagem das pessoas de 55 anos ou
mais para ajudá-las a superar seus medos e resistências as novas tecnologias. A
pesquisa contou com uma revisão da área para responder a pergunta: como a
terceira idade aprende as novas tecnologias. Alguns pontos de destaque:
• As pesquisas sobre idosos e computadores ainda são iniciais;
• Instrução assistida por computador é bem aceita pelos idosos;
• Idosos apresentam muitas razoes para aprender as novas tecnologias;
• Idosos apresentam dificuldades especificas para aprender.
26
As dificuldades para a aprendizagem do computador pelos idosos podem ser
superadas, utilizando-se estratégias especificas como:
• Seguir etapas gradativas de aprendizagem;
• Auxilio na medida da necessidade;
• Seguir no próprio ritmo;
• Frequentes paradas;
• Boa iluminação;
• Caracteres e fontes grandes;
• Classes pequenas;
• Mais tempo para execução das tarefas e repetição delas.
Os resultados da pesquisa de King (1997) apontam especificações sobre o
tipo de hardware e software técnicas de ensino:
Hardware – atenção deve ser dada a:
• Tamanho do monitor e iluminação;
• Teclado com design especial;
• Mouse com design especial;
• Qualidade de impressão;
• Tamanho e cor da área de trabalho no monitor;
• Qualidade do assento.
Software – recomenda-se:
• Começar com jogos, internet e e-mail;
• Ter um bom processador de textos;
• Criar um home Page para os idosos;
• Disponibilizar ajuda on-line;
Técnicas de Ensino – idéias para otimizar o ensino:
27
• Ter outros idosos para ajudar;
• Pedir aos idosos que escrevam e avaliem o currículo;
• Utilizar as experiências de vida dos idosos;
• Preparar material de apoio com caracteres grandes e fortes;
• Manter um ritmo lento e aberto para a troca.
Para King (1997), o advento da tecnologia provê a pessoa da terceira idade
com oportunidades para se tomar um aprendiz virtual, fornecendo educação
continuada, educação à distância, estimulação mental e bem estar. Ela possibilita ao
individuo estar mais integrado em uma comunidade eletrônica ampla aprendendo
junto e reduzindo o isolamento por meio da experiência comunitário.
CAPITULO III
O Idoso e a aprendizagem digital
28
Atualmente não se pensa em uma sociedade, sem estar ligado a uma
informatização. A disseminação das novas tecnologias, nos últimos anos teve uma
abrangência tão grande que as pessoas não passam um dia sem usá-las, quer seja
no banco, no computador, no celular, nos eletrodomésticos e outros. A mudança de
um sistema analógico para um digital levou toda uma geração a digitalizar a
informação permitindo um avanço no som, imagem e transmissões. Hoje não nos
comunicamos por cartas e sim por e-mail, compras são feitas de forma virtual,
pagam-se contas on-line. A informática passou a ser uma ferramenta acessível e
útil, fazendo-se necessária em todas as faixas etárias.
As conseqüências dessas mudanças podem ser sentidas nas esferas: social,
econômica, política e cultural em todo mundo. O ser humano moderno tem uma
nova forma de organizar-se nesse mundo globalizado, não sendo diferente com as
pessoas da Terceira Idade.
Com as inovações na ciência e tecnologias, como já foi citado nos capítulos
anteriores, o idoso já apresenta uma noiva fase na vida do individuo, exigindo dele
esses novos conhecimentos, ou seja, eles precisam adaptar-se e reagir a esses
novos desafios da vida. Um desses desafios propostos é envelhecer mantendo a
qualidade de vida na saúde e nas funções cognitivas, físicas e o envolvimento ativo
com a vida.
Para isso é necessário que a educação se prolongue ao longo da existência
humana e que a idade avançada não quer dizer impossibilidade de aprender e que
29
esse aprendizado pode vir através do mundo das novas tecnologias respondendo a
uma vida com qualidade.
A sociedade contemporânea vive a era da informação e as utilizações das
tecnologias digitais da ao idoso menor sentimento de exclusão social. Sendo assim
muitos deles saem em busca desse novo conhecimento, para que não fiquem a
margem dessa novidade tecnológica, buscam além de novos conhecimentos,
melhorarem o seu contato familiar, social, comercial e educacionais.
Tendo o conceito de educação como um processo que se da ao longo da
vida, não se pode negar a essa fase de vida do ser humano, ser levado a um
conhecimento dinâmico do mundo virtual. Com o desafio de viver em uma sociedade
onde as transformações ocorrem de forma rápida, a terceira idade também precisa
estar a altura de aproveitar e explorar esse universo que faz parte do seu cotidiano,
querendo ele ou não, tendo a necessidade de atualizar-se, aprofundar-se,
enriquecer o seu conhecimento e melhorando a qualidade de vida.
Para criar um ambiente propicio a essa aprendizagem devemos respeitar as
limitações e oferecer aos idosos mecanismos que façam florescer suas
potencialidades e habilidades dentro desse novo universo.
Baseando-se na educação como um todo esse ambiente de aprendizagem
deve se basear nos pilares do conhecimento: aprender a conhecer, adquirindo os
instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir nessa nova
sociedade digital; aprender a viver juntos, possibilitando ao idoso sair do isolamento,
30
comunicando-se melhor com a família, amigos e cooperando com outras atividades,
demais habilidades.
Com esses pressupostos apresentar-se um Programa de Aprendizagem
Digital, na perspectiva da educação ao longo da vida e dos quatro pilares do
conhecimento.
Ao contrário do que muitos pensam ainda se aprende na Terceira Idade
criando-se um ambiente o idoso vai ampliar o seu repertorio de saberes, e suas
habilidades cognitivas, através do conhecimento para o uso das tecnologias de
informação e comunicação, do acesso e também da velocidade das informações no
mundo digital por meio da Internet; aprender a fazer significa agregar o uso da
informática e da Internet em seus saberes no seu cotidiano, utilizando de forma mais
independente o caixa eletrônicos, produtos no supermercado, aparelhos domésticos,
celulares e outros; aprender a viver junto significa colaborar para que esse idoso
tenha a possibilidade de se comunicar com a família e amigos que com a correria do
dia a dia passam desapercebidos pelos seus familiares, sem restrição de distancia
ou tempo; e aprende a ser resgatando sua identidade cultural, ampliando sua
possibilidade de explorar talentos e potencialidades.
Dessa forma o computador, através da sua função lúdica, pode resgatar a
confiança dos idosos em sua capacidade, oferecendo uma nova concepção de erro
e acerto, ressignificando o envelhecimento. O computador oferece um espaço novo
de aprendizagem através da linguagem, troca de informações, da criação de elo
pelas redes sociais e manter ativa as funções cognitivas através do aprendizado.
31
Porém o idoso necessita de uma atenção diferenciada para que ocorra o
aprendizado, que compreende em uma visão sobre nível de conhecimento, a criação
de um roteiro de aprendizado específico a sua demanda e ao ritmo de assimilação.
Nesse caso, o ensino individualizado pode ser o diferencial na medida que, usando
um computador por aluno. O idoso precisa além de aprender no espaço criado ele,
também tem necessidade de ao chegar em casa, ter condições de refazer as
atividades propostas. Há também uma necessidade de um envolvimento humano,
caracterizando um forte vinculo entre professor/aluno onde a paciência e o respeito
são fatores imprescindíveis para o sucesso do trabalho.
Diante desse cenário, o ensino de informática para a Terceira Idade tem o
intuito de colaborar para uma aproximação entre idosos e tecnologia, contribuindo
com mais um instrumento para a sua qualidade de vida nessa fase. Apesar disso, é
essencial humanizar um pouco mais a informática, tentando dar significados a essa
relação de tecnologia e o aluno nessa terceira idade, pois sabe-se que o
aprendizado se dá de uma melhor forma, quando se consegue contextualizá-lo e
encontrar funcionalidade dentro desse cotidiano.
O interesse pelo aprendizado de informática vem da necessidade de se inserir
nesse contexto tecnológico que invade as casas e o nosso cotidiano. A terceira
Idade “não deseja ficar pra trás”, ela quer uma forma de não ficar a margem desse
processo, pois precisa dele pra necessidades básicas do seu dia-a-dia. Buscando
estar reinserido no mundo tecnológico, os idosos buscam aprofundar os seus
conhecimentos muitos fazem por motivação da família, que por vezes compram
32
celulares, computadores, TV de Led, Smart TV e o idoso ainda não se encontra
pronto para usá-los e a família sem a paciência devida para ensiná-los.
Muitos ainda encontram-se ativos profissionalmente e precisam estar
interados na utilização do computador no uso de suas atribuições permitindo a
aquisição de conhecimentos e habilidades para o uso de computadores e da
Internet, aliando conteúdos básicos para o uso no seu cotidiano. Desenvolvendo
para o fim dessa aprendizagem uma metodologia específica que se paute no
resgate das experiências dos idosos para a construção de novas competências.
Para melhor organização didática esse curso oferecido para uma
aprendizagem digital estão organizados em modalidades que serão melhor
apresentadas em um organograma e colocadas de forma específica no anexo 1.
Veja o organograma:
Internet e
Outlook Para Maturidade
Informática Básica Para Maturidade II
Informática Básica Para Maturidade I
33
§ Atividades Complementares
A partir do conhecimento da Internet por pessoas da Terceira Idade, se pode
perceber que a comunicação, a troca de conhecimento e informações o atraem para
os familiares e os inclui numa sociedade globalizada, e para o idoso se inserir nessa
sociedade tecnológica lhe proporciona entrar na modernidade e superar um desafio,
de ter avançado no seu processo de aprendizagem, mesmo com limitações, obtendo
respeito e melhora na sua vida cotidiana.
Segundo Franco (2003), Piaget defendia a construção do conhecimento não
apenas pelo acesso a informações, mas pelo processo ativo de interação,
referenciando-se em termos do conhecedor e do conhecido, em um contexto de
Habilidades Específicas
Para Maturidade
Serviços
Impressão e digitalização
Uso Livre
Computadores e acessórios
Aulas de Revisão
Personalizadas
34
relações exclusivamente cognitivas. A aprendizagem depende de uma motivação
intrínseca, relacionada há uma necessidade de estar se integrando a novas relações
sociais.
O computador pode trazer mudanças significativas para as pessoas da
Terceira Idade, além dos benefícios de melhorar a interação social, auxilia
na prevenção do envelhecimento cerebral, mantendo o cérebro ativo e
dinâmico. Trazendo maior confiança, tornando-o mais presente e atuante na
sociedade, tendo acesso a linguagem da informática, deixando de ser
caracterizado como uma pessoa ultrapassada e descontextualizada do
mundo atual. (ALMEIDA; MENEZES, 2011, p. 6).
A tecnologia vem favorecendo uma maior conexão com o mundo tecnológico,
reduzido do idoso o receio do novo e uma nova possibilidade de se trabalhar o erro,
como uma nova arma, o refazer, também minimiza a alienação e aumenta a
confiança no conhecimento que o idoso vai adquirindo.
Essa autoestima traz ao idoso uma nova perspectiva de se ver inserido numa
sociedade, influenciando na aquisição de novos conhecimentos e apropriação de
saberes.
A democratização no acesso a educação trouxe para a Terceira Idade uma
nova concepção de aprendizagem, muitos quando adquirem conhecimentos básicos
de informática e Internet sentem-se estimulados até a partirem para uma Educação
a Distancia, o que também é uma nova possibilidade de incentivar o processo
ensino-aprendizagem.
Dessa forma o idoso passa a ter uma maior acessibilidade a informações e
pelas diferentes experiências vai ampliando o seu universo de possibilidades.
Reduzindo questões como: acomodação, fadiga, tristeza, indisposição, isolamento,
depressão e outros, dando uma nova orientação a sua aprendizagem, garantindo-
lhe melhores condições no seu processo de envelhecimento, propiciando um melhor
bem-estar, melhorando a sua estrutura qualitativa no seu cotidiano.
35
O foco do Curso de Informática é a inclusão digital, analisando os benefícios
que ela poderá oferecer no sentindo de melhorar a autoestima estendendo-se a
habilidade cognitiva, buscando também a interação com a vida moderna, visto que
em todos os lugares há uma tecnologia a ser usada, ou seja, em casa, nos
aparelhos eletrodomésticos; nos bancos: uso de caixas eletrônicos; nos
supermercados; no uso de aparelhos celulares entre muitos outros.
Sendo assim, espera-se que a Terceira Idade utilize e desfrute dos recursos
tecnológicos que os computadores e outros possam oferecer, contribuindo na
participação ativa na sociedade. E também auxiliem na motivação e autoestima dos
idosos, para que se sintam a vontade diante da sociedade cada vez mais digital.
CONCLUSÃO
Nesses últimos anos, a nossa sociedade tem envelhecido de forma mais
saudável, ocasionando um crescimento populacional nessa fase da vida, fazendo o
Governo e a própria sociedade agir de forma diferente, o que foi sinônimo de apatia,
atualmente procura-se uma melhor qualidade de vida.
Com os adventos das novidades tecnológicas e com a informação se
expandindo rapidamente na sociedade contemporânea, a terceira idade tem
buscado uma participação nesse mundo cibernético.
36
Essas novas tecnologias de comunicação e de informação, principalmente a
Internet, possibilitando a inserção do idoso no mundo virtual e permitindo a
interatividade e o acesso as informações, ampliando as oportunidades de se incluir
novamente na sociedade.
Ao ser inserido nesse conhecimento tecnológico, o idoso dá um novo
significado a sua vida, avançando nas facilidades oferecidas culturalmente,
socialmente, entretenimento ou até mesmo uma nova atividade profissional que
esse meio proporciona.
A informática possibilita ao idoso uma interação com o mundo tecnológico,
potencializando o domínio e o manuseio do computador, amplia as relações com
familiares, amigos e a sociedade em geral e, ao mesmo tempo reduz o isolamento e
estimula a parte psíquica e mental dessa fase de emergente (a Terceira Idade),
disponibilizando uma melhoria na qualidade de vida do idoso, fortalecendo entre
outros a sua cidadania e capacidade de ter uma vida ativa.
Dessa forma, o idoso passa a ser um usuário tecnológico vislumbrando
alcançar um novo objetivo, resgatando a sua importância pela sua participação, o
que antes se fazia esquecido, seja por si próprio ou pela sociedade, despontando
uma nova maneira de avistar o seu cotidiano.
37
ANEXOS
Anexo I
A Organização Didática
Os cursos regulares oferecidos pelo Programa de Aprendizagem Digital em
duração quadrimestral estão organizados nas seguintes modalidades:
§ Curso de Informática Básica, voltados para a alfabetização digital inicial, com
exigências de pré-requisitos (escolaridade pelo menos correspondente ao 6º
ano-5ª série) para ter conhecimento da leitura, escrita e um nível de
interpretação satisfatória de pequenos textos, oferecidos no ambiente
Windows. Possui as seguintes nomenclaturas:
38
- Informática Básica para Terceira Idade I e II.
§ Cursos de Aplicativos Específicos, voltados à conclusão da alfabetização
digital inicial, tendo como pré-requisito o conhecimento de Informática Básica.
- Habilidades Específicas para a Terceira Idade.
§ Cursos de Internet, voltados à ampliação do conhecimento dos principais
conceitos e recursos necessários para utilização da Internet, além do
aplicativo Outlook para gerenciar de contatos e mensagens, tendo como pré-
requisito Informática Básica I.
- Internet e Outlook para Maturidade.
§ Oficinas, treinamentos de curta duração para capacitação dos participantes
em programas, recursos ou tarefas específicos de informática tendo como
pré-requisito o conhecimento de informática básica.
- Conhecendo o computador;
- Utilizando o Whastapp;
- Download de músicas e gravações de CD;
- Imagens digitais.
39
Anexo II
Atividades Complementares
As atividades complementares do Programa de Aprendizagem Digital
abrangem as seguintes ações:
§ Aulas de revisão, aulas personalizadas e individuais, com duração de 1(uma)
hora, pré-agendada nos horários semanais estabelecidos e pagos
separadamente do curso.
§ Uso livre: o usuário poderá utilizar os recursos de informática nos tele centros
(como uma lanhouse), mediante agendamento prévio, cumprindo as normas
estabelecidas e pagando pelos serviços e horas utilizadas.
40
§ Serviço de impressão e digitalização: uso de impressora e scanner, mediante
pagamento do valor do referido serviço, constante em tabelas de preços.
Anexo III
Conteúdos Programáticos
Informática Básica Para Maturidade I
Windows e Internet
Publico Alvo: Interessado sem familiaridade no uso do computador e que desejam
aprender os conceitos básicos de informática e do computador através da utilização
do Sistema Operacional Windows, bem como conceitos e navegação na Internet.
Pré-requisitos: 50 anos completos a 60 anos (ou por escolha do público alvo por
necessidade específica (receio de tecnologia).
41
Carga Horária: 40 horas.
N de participantes: Máximo de 18 participantes por turma, sendo 2 alunos por
computador.
Conteúdo Programático:
§ Conceitos básicos de informática:
- Informática;
- Hardware e software;
- Tipos de usuários;
- Periféricos de entrada e saída;
- Bit e byte;
- Memória RAM e memória ROM;
- Vírus de computador;
- Redes de computadores.
§ Sistema Operacional Windows:
- Utilização do teclado e do mouse;
- Operações com janelas;
- Utilização do editor de textos Wordpad;
- Uso do Paint para criação de desenhos;
- Calculadora;
- Área de transferência;
- Windows Explore (copiar, mover, excluir, renomear arquivos e pastas, criar
atalhos);
- Painel de Controle (mouse, vídeo, teclado, impressora e data/hora).
§ Internet:
- O que é Internet (histórico);
- Navegação nas paginas da Web;
- Pesquisas na internet;
- E-mail;
- Conversação on-line;
42
- Download.
Informática Básica Para Maturidade II
Word – Excel – PowerPoint
Publico Alvo: Interessado em conhecer os conceitos básicos para edição de textos,
confecção de planilhas e apresentações eletrônicas.
Pré-requisitos: 50 anos completos a 60 anos e ter concluído o curso de Informática
Básica para Maturidade I.
Carga Horária: 40 horas
N de participantes: Máximo de 18 participantes por turma, sendo 2 alunos por
computador.
Conteúdo Programático:
§ Editor de Textos Microsoft Word:
- Operações com arquivos (criar, abrir, fechar, salvar, imprimir);
- Digitação, seleção e formatação de documentos;
- Formas de visualização;
- Movimentação de blocos de texto;
- Localizar e substituir textos;
- Configurações de pagina;
- Inserir cabeçalhos e rodapés;
- Inserção de figuras, símbolos, WordArt, autoformas;
- Marcadores e numeração;
- Ortografia, gramática e autocorreção;
- Notas de rodapé e notas de fim;
- Tabelas.
§ Planilha de Cálculo Microsoft Excel:
- Células, referências de células;
43
- Formatos dos cursores e suas funções;
- Listas automáticas e criação de listas;
- Operações com pasta de trabalho;
- Planilhas (operações com planilha);
- Formatação da planilha;
- Configuração de páginas e Impressão de planilhas;
- Operadores aritméticos e lógicos e Criação de fórmulas;
- Formatação condicional;
- Funções (simples, condicionais, de procura);
- Gráficos.
§ Gerenciador de Apresentações Microsoft PowerPoint:
- Estruturação de uma apresentação de slides;
- Operações com a apresentação;
- Formatação do slide;
- Formas de visualização;
- Configurar página;
- Inserir figuras, animação e sons;
- Configurar a apresentação dos slides.
Internet e Outlook Para Maturidade
Publico Alvo: Interessado em aprender a interagir com os principais serviços
disponíveis na Internet, que são: WWW, E-mail, Bate-papo, Pesquisas,
Download/Upload dentre outros.
Pré-requisitos: 50 anos completos a 60 anos e conhecimentos básicos de
informática e do ambiente Windows.
Carga Horária: 40 horas
N de participantes: Máximo de 18 participantes por turma, sendo 2 alunos por
computador.
44
Conteúdo Programático:
- Fundamentos da Internet;
- Navegação na web;
- Criação e gerenciamento de e-mail através de webmail e de um gerenciador
de e-mails – Outlook;
- Download e upload de arquivos;
- Instalação de aplicativos auxiliares para a navegação;
- Uso de mecanismos de busca/pesquisa;
- Conceitos e dicas de segurança;
- Bate-papo: Skype, Chats, entre outros.
Habilidades Específicas Para Maturidade
Publico Alvo: Interessado em conhecer e utilizar recursos tecnológicos tais como:
Scanner, Câmera Digital, Gravador de Cd’s, WebCam e microfone, bem como
reforçar seus conhecimentos para edição de textos, confecção de planilhas,
desenvolvimento de apresentações eletrônicas e mais desenvoltura para navegar na
Internet.
Pré-requisitos: 50 anos completos a 60 anos e ter concluído o curso de Informática
Básica para Maturidade I e II.
Carga Horária: 40 horas
N de participantes: Máximo de 18 participantes por turma, sendo 2 alunos por
computador.
Conteúdo Programático:
§ Scanner:
- Conceitos e digitação de imagens.
§ Câmera Digital:
- Funcionalidade, utilização e armazenamento das imagens.
45
§ Gravação de CD’s:
- Conceitos;
- Tipos de Mídias;
- Tipos de Gravação;
- Uso do software apropriado.
§ WebCam:
- Funcionalidade;
- Utilização dos equipamentos disponíveis;
- Comunicação on-line com uso de software adequado.
§ Editor de Textos Microsoft Word:
- Confecção de Currículo Vitae;
- Elaboração de contratos;
- Criação de Cartazes;
- Formulários.
§ Planilha de Calculo Microsoft Excel:
- Confecção de uma planilha para o controle do Orçamento Doméstico;
- Elaboração de uma planilha para Controle de Estoque;
- Gráficos.
§ Gerenciador de Apresentações Microsoft PowerPoint:
- Montagem uma apresentação com tema especifico da área de atuação ou
afinidade.
§ Internet:
- Navegação e exploração de sites atuais e importantes;
- Download de programas free e músicas.
46
Bibliografia Consultada
ALMEIDA, C. S. O.; MENEZES, T. M. O. A informática como alternativa de lazer
no envelhecimento: revisão sistemática. Paraninfo Digital monográfico de
Investigacion em Salud, México, Ano V, n 14, set 2011. Disponível em:
http://www.index_fcom/para/n14/176d.php, Acesso em 27 de julho de 2015
ARCURI, I. G.; Velhice: da gerontofobia ao desenvolvimento humano. In Corte. B:
MERCADANTE, E. F.; ARCURI, I. G. (org.) Velhice, envelhecimento e
complex(idade). São Paulo: Vetor, 2005. p. 35-56.
CARVALHO, J. C. B. de 2006. Os cursos pré-vestibulares comunitários e seus
condicionantes pedagógicos. In: Cadernos de Pesquisa, v.36, n. 128, pp. 299-326
FRANCO, S. R. K. Algumas reflexões sobre educação a distancia. Textual, Porto
Alegre, v.1.n.2, p. 6-11, ago – 2003
HAYFLICK, L. Como e por que envelhecemos. (1997). (A. B. Rodrigues e P. M.
Celeste Trad.). Rio de Janeiro: Campus.
47
KACHAR, V. A terceira idade e a inclusão digital. Revista O mundo da saúde,
26(3), 2002. p. 376-381.
KACHAR, V. Terceira Idade & Informática: aprender revelando potencialidades.
São Paulo: Cortez, 2003.
KACHAR, V. “Internet, um território sem fronteiras para a terceira idade”, 2005.
Disponível em: http://www.portaldoenvelhecimento.net/pforum/evve3.htm, Acesso
em 13 de junho de 2015.
KING, Donald A. Coming of age: the virtual older adult learner. Paper presented
at Canadian Association for University, Continuing Education Conference (CAUCE),
Saskatoon, Saskatchewan, june 1-4, 1997. Disponível em:
http://www.mbnet.mb.ca/crm/oalt/projovrue.html, Acesso em: 16 de junho de 2015.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. 2. ed. Tradução de Carlos Irineu Costa. São Paulo: 34,
2000. 264 p. Título Original: Cyberculture.
MATSUDO, S. M. M. Envelhecimento & atividade física. Londrina: Midiograf,
2001. 195p.
MAZO, G. Z.; LOPES, M. A.; BENEDETTI, T. B. Atividade física e o idoso:
concepção gerontológica. Porto Alegre: Sulina, 2001. 236p.
PENNA, A. G. Introdução a aprendizagem e memória. Rio de Janeiro: Imago:
2001.
RUEDA, F. J. M.; CASTRO, N. R.; RAAD, A. J. Efeito da idade no teste de
memória de reconhecimento (TEM-R). Revista Psicologia e Ciência, Porto Alegre,
v. 42, n. 2, p. 179-186, abr./jun. 2011. Disponível em:
<http://revistaseletronicas.pucrs. br/ojs/index.php/ revista
psico/article/view/7377/6519>. Acesso em: 20 de junho de 2015.
SILVEIRA, S. A. Exclusão Digital: a miséria na era da informação. São Paulo:
Fundação Perseu Abramo, 2001.
TONGLET, E. C. Bateria geral de funções mentais: BGFM-4 teste de memória de
reconhecimento. São Paulo: Vetor, 2007.
VERDERI, E. O corpo não tem idade: Educação física gerontologica. Jundiaí,
SP: Editora Fontoura, 2004.
48
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 8
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I
A terceira Idade e suas especificidades 11
CAPÍTULO II
A Nova Sociedade Digital 20
2.1. A importância da Inclusão Digital na Terceira Idade 22
2.2. Inclusão Digital na Terceira Idade: possibilidades e desafios 25
CAPÍTULO III
49
O Idoso e a Aprendizagem Digital 28
CONCLUSÃO 36
ANEXOS 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 47
ÍNDICE 49