DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · material didático e na interação...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E A UTILIZAÇÃO DO STORYBOARD NA PRODUÇÃO DE MATERIAL INSTRUCIONAL
Por: Eduardo Levy Macedo
Orientadora
Profa. Mary Sue Pereira
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E A UTILIZAÇÃO DO STORYBOARD NA PRODUÇÃO DE MATERIAL INSTRUCIONAL
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Tecnologia Educacional.
Por: . Eduardo Levy Macedo
3
AGRADECIMENTOS
....a minha família que sempre me
apoiou em todos os momentos......
4
DEDICATÓRIA
.....dedico a minha esposa e meus
filhos.......
5
RESUMO
Este estudo tem como objeto de discussão A Utilização do Storybord na
Produção de Conteúdos para a Educação a Distância. Entende-se que, com
essa ferramenta educacional, poderemos estabelecer uma forma
complementar as estratégias já utilizadas e cria novos caminhos de
relacionamento com os educandos, favorecendo assim, o desenvolvimento de
competências comunicativas. Assim, propomos como objetivo geral discutir
sobre o conceito e as implicações do uso do storyboards em ambientes virtuais
de educação a distância no contexto da educação superior. Levando em conta
o exposto, o presente estudo trata-se de uma pesquisa de cunho bibliográfico.
Quando se produz material didático para EAD, a concepção pedagógica deve
ser flexível neste campo, o storyboard se apresenta como um recurso
promissor capaz de permitir inovações aos conceitos formais ainda
apresentados sobre perspectivas pedagógicas tradicionais.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I - O que é EAD? 11
CAPÍTULO II - O que é o storyboard? 27
CAPÍTULO III – Material didático para EAD e o papel do
professor de educação superior neste contexto 34
CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA 42
ÍNDICE 46
7
INTRODUÇÃO
Da palavra ao quadro e giz, do ábaco a mais complexa das máquinas,
vem sendo feita a transformação da Educação. O pensar diluído da maiêutica
virou o frenesi da informação urgente, acumulativa e prática.
Nos tempos de McLuhan (1669) meios e mensagens se interdefiniam...
Já Papert( 1994) repensava a Escola para a era da informática. Nada mais
democrático, sair-se das quatro paredes escolares e expandir o saber:
mudar/transformar. Esse é um fascínio envolvente: transmitir/retransmitir o
conhecimento à distância, através de ferramentas tecnológicas, reproduzindo
material de ensino de alta qualidade, extensivo a múltiplos indivíduos, onde
quer que estejam.
Nesta perspectiva, vale ressaltar a Educação a Distância (EaD) que
com o passar do tempo e as inovações tecnológicas se apresentam hoje como
uma ferramenta potencializadora das mediações pedagógicas independente
do segmento em que possa se estabelecer.
É por esse caminho que este estudo estabelece seus esforços neste
segmento, e tem como objeto de discussão A Utilização do Storybord na
Produção de Conteúdos para a Educação a Distância: Um a possibilidade para
Educação Superior.
Entende-se que, com essa ferramenta educacional, poderemos
estabelecer uma forma complementar as estratégias já utilizadas e cria novos
caminhos de relacionamento com os educandos, favorecendo assim, o
desenvolvimento de competências comunicativas.
Os fundamentos de tal perspectiva escoram-se em um dinâmico
material didático e na interação professor-aluno, talvez os elementos
essenciais da EaD. O que se destaca não é somente reduzir ao aluno estar
face a face, mas propiciá-lo a ser um sujeito ativo e crítico; efervescente,
retratando uma época em que novas competências são identificadas como
elementos importantes para formação profissional. Neste sentido, o material
disponibilizados para este recurso deve ser elaborado com conteúdo
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atualizado, pautado por instrumentos de medição afins, sob um envolvimento
sócio-cultural-econômico das personagens protagonistas.
Embora já vivencie essa nova realidade de educação, atuar por esse
método educacional abre, mais e mais, novos horizontes, em relação ao
ensino, em si, e à amplitude da oferta no mercado de trabalho. A EaD,
dependendo do escopo definido institucionalmente, foca, diretamente, design
instrucional, medição pedagógica, web design, programação, seleção de
tecnologia, implementação e aplicação de cursos, entre outras possibilidades
a serem estudadas.
Para tanto, cabe ao educador trabalhar para se alcançar novos
paradigmas de aprendizado, a fim de auxiliar os alunos na mudança de
conceito de estudos. Esta perspectiva compreende que, para uma boa atuação
nesse processo de ensino-aprendizagem, é necessário uma definição aguda
sobre a elaboração dos matérias que estarão sendo utilizados na composição
destes processos. Necessitamos então conhecê-lo a fundo, não só no que diz
respeito sobre as estratégias de elaboração, mas também, com a utilização da
linguagem, das imagens e a forma de se fazer com que o leitor aluno, se sinta
envolvido.
O material didático em EAD é um elemento mediador que traz em seu
bojo a concepção pedagógica que norteia o ensino-aprendizagem. Consciente
ou inconscientemente, o planejamento e a constituição do material didático
estão intimamente relacionados com a proposta pedagógica da instituição e
com a concepção de educação do produtor deste material. Logo, devemos
estar atentos à revisão dos processos formativos do professor para atuar em
EAD, pois o material didático deve responder a um dos princípios básicos da
EAD, estudo autônomo orientado, no qual o material é responsável por algo
mais que a simples informação, é corresponsável pelo processo de mediação
pedagógica que constitui o processo ensino-aprendizagem em EAD ( SALES
et al, 2007, p, 04).
Diante deste cenário, o presente estudo tem como objetivo geral discutir
sobre o conceito e as implicações do uso do storyboards em ambientes virtuais
de educação a distância no contexto da educação superior. Como específicos,
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refletir e apontar sobre a necessidade do docente da educação superior estar
apto para lidar e fomentar esta perspectiva.
A EaD é, como visto, um produto educacional da melhor qualidade, que
reduz tempo e espaço, atingindo um número incalculável de receptores, sem
perder a qualidade de conteúdo e aproveitamento, com recursos instrucionais
excelentes e seguro feedback.
Falam sábios pedagogos: “Educação é hipótese!”
Vive-se em uma era de mudanças rápidas, com desenvolvimentos
tecnológicos constantes, e pressão sobre a sociedade, devidos à globalização.
Para se ter êxito na atual economia global, deve-se aprender com as
implicações que essas mudanças trazem e responder de acordo com elas.
Para competir, efetivamente, as pessoas devem assimilar grande
quantidade de informações de novos produtos, do mercado e do
conhecimento.
A internet oferece grandes oportunidades, apresentando desafios cada
vez mais competitivos. Cedo ou tarde, todos devem se perguntar: Será que
estamos capacitados para seguir o ritmo das mudanças de hoje?
Na atualidade, como consequência da globalização que fez surgir
grandes avanços na área de tecnologia e de comunicação, diversos campos
de atividades apareceram, derivados desta nova tecnologia e puderam, assim,
se projetar e expandiram devido à facilidade e à rapidez com que se pode
controlar grande quantidade de informação.
Diante do exposto, vale indagar: De que forma os docentes da
educação superior podem fazer uso do storyboards em ambientes virtuais de
educação a distância de forma que este recurso pode- se constituir em uma
ferramenta mediadora da promoção dos conceitos formais?
Sendo assim, partimos da hipótese de que os do storyboards em
ambientes virtuais de educação a distância no contexto da educação superior
utilizados pelos docentes podem tornar-se uma ferramenta mediadora da
promoção dos conceitos formais.
Não se trata somente de promover ambientes virtuais de educação, mas
de um saber que se incida sobre as perspectivas da elaboração que estes
materiais envolvem.
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Partindo deste prisma, o presente estudo se torna relevante para o
contexto da educação superior na medida em que tece uma reflexão sobre a
definição da concepção pedagógica norteadora desse recurso (storyboard)
bem como o quanto o mesmo necessita de um planejamento detalhado sobre
sua produção levando em conta os princípios como linguagem, interação das
imagens, dos conceitos apresentados, e da capacitação por parte do docente
para trabalhar com os mesmos ou até elaborá-los ( SALES et al, 2007, p, 04).
Uma reflexão a respeito da proposta pedagógica, segundo Veiga (2000),
é um ponto fundamental, pois a falta de clareza acerca da proposta
pedagógica reduz qualquer curso a uma grade curricular fragmentada. Quando
se produz material didático para EAD, a concepção pedagógica a ser adotada
como referencial da equipe multidisciplinar de produção deve privilegiar a
interação, a interatividade e a aprendizagem colaborativa, levando em
consideração que todo processo de aprendizagem deva ser construído em
sintonia com o desenvolvimento do ser humano ( SALES et al, 2007, p, 06).
É preciso estar atento à influência que alguns elementos externos
exercem sobre a interação, a interatividade e a colaboração. Desta forma, esta
ação técnico pedagógica de elaboração deve englobar os aspectos da
criatividade, motivação, design, conteúdo e estética, bases para a produção de
um material didático capaz de colaborar para o processo de mediação que se
quer realizado em EAD e a autonomia discente ( SALES et al, 2007, p, 06).
O material didático para EAD tem que atender a esses pressupostos,
pois o grande desafio da EAD é justamente “produzir um material didático”
capaz de despertar no leitor aluno o prazer em aprender.
Assim, o presente estudo trata-se de uma pesquisa de cunho
bibliográfico cuja a fundamentação se pauta nos estudos realizados por Sales
el al (2007), Veiga ( 2000), Belizário ( 2003) dentre outros que discutem o
assunto em questão.
Sendo assim, este trabalho se divide em três capítulos. No primeiro
lançamos mão de discutir um breve panorama da educação a distância. No
segundo capítulo, propomos apresentar algumas definições sobre o conceito
de storyboard e sua aplicabilidade enquanto recurso para apresentação dos
conceitos formais em materiais didáticos em educação a distância. No terceiro,
realizamos uma discussão sobre o docente no contexto universitário e sua
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possibilidade como um construtor destes materiais utilizando o storyboard
enquanto recurso facilitador para apresentação dos conceitos formais.
CAPÍTULO I
O QUE É EAD?
Estamos na Era da Informação. A sociedade do fim do século XX e
início do século XXI viu-se obrigada a adaptar-se a um novo modo de viver.
A educação, como não poderia deixar de ser, busca diariamente
alcançar objetivos cada vez mais complexos para satisfazer as necessidades
de sua clientela, ávida atualmente por muito mais que conhecimentos
sistematizados. Dentro desta perspectiva a educação a distância ganha cada
vez mais realce já que suas estratégias rompem com os conceitos de tempo e
distância.
A EaD pode ser definida de várias formas, por vários olhares e
metodologias. É um processo de ensino-aprendizagem, em que os professores
e os estudantes, apesar de separados no tempo e no espaço, se comunicam
utilizando tecnologias com a finalidade de se conectarem (internet, radio,
televisão, vídeos, correio, telefone etc.) e ainda suas próprias experiências e
saberes.
1.1- Alguns conceitos
Moran (2002) define a EAD (Educação à Distância): "Educação a
distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias,
onde professores e alunos estão separados, espacial e/ou temporalmente.
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É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão
normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados
por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também
podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o
telefone, o fax e tecnologias semelhantes. "
Já, José Luis Garcia Llamas, da Universidade Nacional de Educação a
Distância da Espanha (1996), diz que não são formas de estudo guiadas ou
controladas diretamente pela presença de um professor em uma aula, mas sim
os benefícios do planejamento e orientação de tutores através de um meio
que permite a relação entre professor-aluno.
Na visão do escritor e cineasta Michael Moore (1990), ele define como
um conjunto de procedimentos cuja finalidade é proporcionar instrução por
meios de comunicação impressos e eletrônicos ou pessoas que participam em
um processo de aprendizagem em lugares ou horários distintos.
Enfim, é uma estratégia educativa, baseada no uso intensivo das novas
tecnologias, estruturas operacionais flexíveis e métodos pedagógicos
altamente eficientes no processo de ensino-aprendizagem, que permite que as
condições de tempo e espaço não sejam fatores que limitem a aprendizagem.
1.2 - Esclarecimentos de termos.
A palavra “Modelo”, entende-se como descrita no dicionário: “(...)aquilo
que serve de objeto de imitação”(AURÉLIO, 2011).
O termo “pedagógico” faz referência a um corpo de conhecimentos
teóricos e práticos, fruto da reflexão sobre o fenômeno da educação
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intencional. Com ela delimita-se o campo semântico do termo, destacando seu
caráter de “saber” acerca dos processos de formação do homem. Essa
formação acontece porque há uma intenção bilateral: ensinar a alguém que
quer aprender.
Já a palavra “sala de aula” pode parecer, em um primeiro momento
equivocado, pois faz inevitável referência ao ambiente de ensino restringido a
um espaço fechado e neutro onde se reúne um professor com um grupo de
alunos, geralmente numerosos, para que aprendam o que o professor diz ou
demonstra, quase sempre mediante comunicação verbal.
Não se pode, também, deixar de falar de virtualidade. O virtual, por sua
natureza, faz referência a uma realidade concreta, que se pode chamar
objetiva; na educação é o campus, a escola, a sala de aula “virtual”. Por outro
lado, essa ideia de “ter aula” permite um bom contraste com uma forma
diferente de conceber a aula como um ambiente de aprendizagem. Falar da
sala de aula é falar como um ambiente que se organiza intencionalmente para
favorecer a construção de conhecimentos, habilidades e atitudes desejadas.
Bette Collis (1988) iniciava, alguns anos atrás, uma palestra sobre
Universidade Virtual, observando a variedade de cenários que se aplica ao
termo: desde teleconferências até os grupos de investigação avançada em
laboratórios virtuais. Collis oferece uma definição que parece adequada a
nossos propósitos: “O uso da telemática com propósito de aprendizagem”
(2001, p. 78).
Diz a autora que o importante em sua definição é que deliberadamente
se omite a ideia de “distância”; o uso da telemática faz irrelevante o lugar onde
está a pessoa com quem se interagirá na comunicação, ou a informação com a
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que se trabalhará. Uma classe virtual é um ambiente de aprendizagem que
utiliza a telemática como forma de integração e comunicação no processo
intencional de ensinar-aprender ( COLLIS, 2001, p.79).
Falar de um modelo pedagógico para esse tipo de ambiente de
aprendizagem exigirá determinar de que forma o uso da telemática poderá
permitir levar a cabo algumas das ações relacionadas com a aprendizagem de
uma forma melhor da que estamos fazendo sem ela. Por bem, determinar as
melhores formas de combinar a telemática com os elementos pedagógicos
para melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem.
1.3- A Afetividade e o ensino a distância
Um dos pontos de maior debate, durante bastante tempo e pesquisa na
área de Educação a Distância (EaD), é em relação a afetividade. Será que o
ensino virtual é tão afetivo quanto o ensino presencial em relação à obtenção
de resultados?
Em uma reportagem sobre esse tema, Phipps & Merisotis (1999)
mostram que os estudos realizados podem se agrupar em algumas categorias:
os resultados contrastantes alcançados pelos alunos, comparando as atitudes
dos alunos para a aprendizagem através da mídia, e avaliar o grau de
satisfação dos alunos com o ensino a distância. Tem-se, como um bom
exemplo, a pesquisa realizada por Shutte (1996).
Os estudantes de um curso sobre estatística social foram chamados
aleatoriamente para uma sala de aula presencial e uma outra à distância. Os
conteúdos e provas fornecidos para as turmas presenciais e a turma online
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foram exatamente iguais. O que se viu, é que os alunos da sala de aula virtual
tiveram melhores resultados nas provas. O pesquisador concluiu que as
diferenças nos desempenhos podem ser atribuídas a uma melhor capacidade
de colaboração entre os estudantes que trabalham conectados virtualmente.
De fato, observou-se que os estudantes com melhor desempenho em ambos
os grupos também tiveram uma grande interação com seus companheiros
(SHUTTE, 1996, p. 52).
Shutte afirma que esse fator de colaboração é uma variável que deve
ser controlada cuidadosamente em estudos futuros (1996, p. 52).
Segundo Phipps & Merisotis (1999), a maioria dos estudantes indica que
os resultados de aprendizagem se obtêm, utilizando tecnologias para ensinar à
distância, que são similares aos que se obtêm mediante ao ensino tradicional.
Comentam, também, que, de acordo com os resultados de muitas pesquisas, a
tecnologia não é um fator tão importante para a aprendizagem como a
natureza das tarefas ou atividades, as características do aluno, da motivação
ou a preparação acadêmica do instrutor.
Mesmo assim, esses autores questionam alguns estudos, porque não
estão definidas e nem controladas, adequadamente, certas variáveis e porque
estão apoiados mais em um método qualitativo do que quantitativo.
Palloff & Pratt (2001), dois especialistas em de educação a distância,
comentam que sua experiência de trabalho com o ensino online tem mudado
significativamente a maneira como se formam os alunos em uma turma
presencial. Os professores já não centralizam seus trabalhos em exposições
orais dos conteúdos dos livros; agora assumem que os estudantes podem ler
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esses conteúdos, e assim utilizam a classe como um espaço para estimular o
trabalho colaborativo e autônomo.
1.4 - O Modelo Educacional Online
Na educação a distância, o aprendizado está centrado no aluno e em
sua participação ativa, na construção de conhecimentos que lhe assegurem
um aprendizado significativo.
Em uma modalidade baseada na internet, definem-se os conteúdos e
atividades para um curso, partindo-se de uma estratégia didática elaborada por
uma equipe pedagógica, um desenhista instrucional e pelo professor. O aluno
realiza seu processo de aprendizagem a partir de conteúdos, atividades,
interatividades, mas sobre tudo, através de sua própria motivação em
aprender, da interação com outros colegas e principalmente com seu professor
tutor. O aluno da educação à distância aprende, de forma mais ativa, pois não
só recebe a instrução do professor, como também aprende através da busca
de informação, da autorreflexão e das diversas atividades que realiza de
maneira individual e colaborativa ( PALLOFF & PRATT, 2001, p 62).
1.5 - Vantagens e desvantagens do ensino a distância.
Vantagens para o aluno:
- Sente-se personalizado, no trato com o professor/tutor e seus
companheiros.
- Pode adaptar o estudo ao seu próprio horário.
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- Pode realizar suas participações de forma pensada graças à
possibilidade de trabalhar off-line.
- Poderá seguir o ritmo de trabalho marcado pelo professor e seus
colegas de classe.
- Tem um papel ativo que não se limita a receber informação e, sim,
como dinâmica de sua própria formação.
- Tem acesso ao conteúdo educacional, não se sentindo prejudicados
aqueles que não podem participar periodicamente de uma sala de aula por
motivos como trabalho, distância etc.
- Tem feedback de informação. O professor sabe se o aluno
correspondeu a esse método de ensino, e se alcançou seus objetivos, fixados
inicialmente.
- Beneficia-se das vantagens dos diferentes métodos de ensino, mesmo
os meios didáticos tradicionais.
Vantagens para a instituição de ensino:
- Permite a instituição oferecer uma formação educacional sem aumento de
custos adicionais, como despesas de viagem, alojamento e subsistência dos
trabalhadores/usuários.
- Permite a instituição de ensino ampliar sua oferta de formação dos
indivíduos que não podem ter acesso aos cursos presenciais.
- Permite superar a qualidade dos cursos presenciais.
- Propicia o aumento da eficácia dos orçamentos para a educação. Em
muitos países, o orçamento para a educação é congelado, enquanto a
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demanda aumenta. Paradoxalmente, os governos pedem níveis mais elevados
e maior relevância do fator "profissionalização" dos cursos.
- Tem maior responsabilidade do sistema educacional: os governos não
só esperam que as instituições educacionais melhorem sua relação custo-
benefício, como também esperam que estas justifiquem o uso que fazem do
dinheiro público ( PALLOFF & PRATT, 2001, p 62).
Desvantagens
Apesar das diversas vantagens que oferece o recurso virtual, não se
permite desconhecer os riscos potenciais pelo mau uso que se pode dar a
essa modalidade. Entre tais riscos, temos:
- A passividade do sujeito frente ao método, pois, se entende como um
“método fácil”.
- Dificuldades organizacionais, problemas técnicos e altos custos de
manutenção.
- Medo de que os estudantes vejam o método com a passividade de
assistir a um programa de televisão, caracterizado pela tendência da facilidade
imediata, inconveniente para aprender certos conteúdos.
- Tendência a trabalhar de qualquer maneira o conteúdo de forma
virtual, deixando de lado o uso de meios mais simples, como o retroprojetor.
- Falta de uma estrutura pedagógica adequada, montada
intencionalmente, tendo em conta os processos cognitivos e as formas de
aprender dos estudantes.
1.6 - A aprendizagem no ciberespaço
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As novas tecnologias para se tornarem eficazes no processo de
construção do conhecimento, devem estar integradas a ambientes de ensino –
aprendizagem que permitam que os estudantes atinjam seus objetivos
educacionais. Tais ambientes precisam ter características específicas:
- aprendizagem construtivista – parte do princípio que o estudante constrói
seus conhecimentos e competências através de suas relações com o ambiente
e da reorganização mental posterior. A aprendizagem é um processo ativo e
construtivista, por isso carece tanto do apoio do professor e colegas, como
também pelas descobertas pessoais e reflexões.
- diferenças individuais – os resultados da aprendizagem decorrem das
diferenças entre os estudantes (capacidades, conhecimentos, inteligência,
motivação para aprender). Alguns estudantes entendem a aprendizagem como
a quantidade de conhecimentos memorizados, enquanto outros a entendem
como um processo de abstração, de interpretação e de construção.
- conhecimentos prévios – os estudantes dependem daquilo que sabem ou já
vivenciaram para processar as informações, assim construindo novos
conhecimentos. Aprender desta forma exige que o estudante realize uma
relação com os aspectos discutidos no presente; relacione com assuntos já
vistos ou vivenciados; flexibilize, se for o caso, a aprendizagem anterior,
ressignificando; elabore argumentos que embasem a nova forma de entender
a realidade. Um estudante crítico.
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- interação social – sua influência é positiva, como visto anteriormente, e
possibilita uma aprendizagem cooperativa, em grupos. A comunicação online
em que uma mensagem é enviada, sem que o receptor esteja aguardando no
exato momento (fórum, e-mail), torna o processo mais reflexivo.
- contextualização da aprendizagem – o contexto da Educação online deve
ser rico em materiais e recursos, e deve prospectar o tipo de ambientes que
futuramente o estudante possa vir a atuar.
- articular técnicas - que auxiliem o estudante a explicar seus conhecimentos
para solução de novos problemas.
- reflexão – permite que o estudante compare seus processos de solução de
problemas com o de colegas e professores.
- generalização – demonstra a possibilidade de o estudante entender que o
aprendido em um contexto possa ser utilizado em outro, transferindo
competências cognitivas.
- aprendizagem interativa – o estudante pode interagir de forma ativa com as
informações, que estão disponíveis todo o tempo, interligando-as e abrindo
possibilidades para a construção de conhecimentos. Os estudantes trazem
informações, dados, imagens etc. de qualquer lugar, quando quiserem.
- aprendizagem acidental – o estudante, ao acessar o ambiente de
aprendizagem, pode se deparar com materiais que não buscava
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especificamente, inesperados, mas que agregam a sua vida profissional ou
pessoal.
1.7 - Alguns êxitos e fracassos da Educação à Distância
Segundo um artigo no New York Times (Hafner, 2002), vários
projetos importantes de educação à distância resultaram como menos
rentáveis e exitosos do que esperado. Por exemplo, a Universidade de
Columbia, em associação com outras prestigiosas instituições, como a
Universidade de Chicago, a Universidade de Michigan etc., iniciou, há alguns
anos, um ambicioso projeto denominado FATHOM (www.fathom.com), para
oferecer cursos online através da internet, no qual investiram mais de 25
milhões de dólares.
O número de interessados nos cursos válidos para obtenção de
um título acadêmico foi inferior às expectativas. Fathom.com decidiu
redirecionar sua oferta de cursos para as áreas de atualização profissional,
entretenimento e educação permanente.
Segundo os diretores desse projeto, a maioria das pessoas
estava pouco familiarizada com a educação a distância, e esses tipos de
cursos poderiam gerar maior interesse e confiança no ensino virtual.
(www.nytimes.com Acesso em: /2002/05/02).
Outro programa de educação a distância, que, segundo o artigo de
Hafner (2002), não obteve o êxito previsto, é o projeto da NYUonline, da
Universidade de New York, criado em 1998, com o objetivo de oferecer
capacitação e entretenimento às empresas. Os cursos desenvolvidos para
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NYonline não estavam dirigidos para obtenção de títulos acadêmicos; eram
vendidos como pacotes para clientes corporativos. Em dois anos de
funcionamento, a New York University investiu, nesse programa, cerca de 25
milhões de dólares: não obstante, as matrículas não alcançaram os níveis
esperados, chegando a um ponto máximo de 500 alunos. Por essa razão, o
programa foi praticamente fechado, transferindo algumas de suas funções ao
Departamento de Educação Permanente da Universidade, de onde deveria
estar desde o princípio, segundo a opinião de um de seus diretores. Uma lição
aprendida com essa experiência é que, se uma instituição universitária quer
entrar nesse campo de educação à distância, pode fazê-lo sem ter que criar
novas unidades ou centros acadêmicos. (www.nytimes.com)
Contrastando com os dois exemplos anteriores, a Universidade de
Phoenix, online, é um caso particular de sucesso na área da educação à
distância. No ano de 1989, foi uma das primeiras a obter o credenciamento
para programas via internet.
Sua missão era oferecer uma oportunidade a pessoas adultas que
trabalham, para que possam adquirir conhecimentos e habilidades necessárias
para alcançar suas metas profissionais, melhorar a produtividade de suas
empresas ou instituições e apoiar, com liderança e serviço, as suas
comunidades. Busca um ensino equilibrado entre a teoria e a prática, apoiada
em uma equipe docente que não só possui uma preparação acadêmica
avançada como também ampla experiência em seu exercício profissional. Tem
em torno de 37.600 alunos de graduação, mestrado e doutorado, residentes
em mais de 70 países diferentes e matriculados em programas de Negócios,
Administração, Tecnologia, Educação e Enfermagem. Essa universidade
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oferece 100% de seu currículo através da internet. Utiliza um formato
assíncrono que resulta maior flexibilidade e conveniência para seus alunos. Os
programas estão elaborados para serem aplicados imediatamente em
ambiente de trabalho.
A Western Governors University é outro caso de sucesso de uma
universidade virtual que merece destaque. Foi fundada em 1995 pelos
governadores de 19 estados, na região ocidental dos Estados Unidos. É uma
instituição cujo ensino está baseado em competências, e que não concede
certificação ou diplomas por determinado número de créditos aprovados;
também não opera de acordo com um calendário acadêmico tradicional; uma
turma pode começar a qualquer dia, algumas duram poucas semanas, outras,
todo um semestre e outras mais podem durar o tempo que o aluno necessite
para estudar todo o material do curso.
Oferece, atualmente, oito programas de graduação e pós-graduação,
em três áreas: tecnologia da informação, administração de negócios e
educação. Seu catálogo online oferece mais de 1000 cursos, de 45
universidades e instituições comerciais diferentes. (www.wgu.edu)
Não se exige dos estudantes participação convencional para que
possam obter um título: o único requisito é ser aprovado em uma série de
exames. A função dos professores não é ensinar da maneira convencional,
apenas atuam como conselheiros, que avaliam o que o estudante sabe ou
desconhece, e os cursos que ele necessita para que possa se preparar e ter
êxito nas provas. Para conseguir um título, necessitam-se competências em
domínios gerais, como na escrita, na matemática e nas áreas específicas de
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sua escolha. Todo o processo para alcançar uma graduação acadêmica gira
em torno de um sistema de provas.
1.8 - O futuro da Educação à Distância
Segundo Miller & Miller (2000), podem-se identificar quatro fatores que
molduram um papel crucial no futuro da Educação à Distância: a pesquisa
sobre sua efetividade, os avanços tecnológicos, os custos e a competência do
mercado e a resposta as influências do mercado.
Os resultados divulgados de investigações sobre a eficácia dos cursos
online como um lugar de ensino e aprendizagem determinará o seu efeito no
futuro. Os avanços tecnológicos em hardware e software para comunicação de
rede oferecerão novas ferramentas para a Educação à Distância.
Os exploradores de internet terão opções mais sofisticadas para
controlar diversos meios audiovisuais e os provedores de acesso à rede
oferecerão serviços cada vez mais complexos e potentes, que simplificarão a
troca de informação e o trabalho colaborativo, a distribuição e acesso a cursos
com estruturas de hipermídias e um alto índice de interatividade. (MILLER &
MILLER, 2000, p. 45)
Segundo o Departamento de Educação dos Estados Unidos, em 1978, o
número de cursos universitários a distância era de 52.270, e atendia a uma
população que alcançava cerca de 710.000 alunos, o que equivaleria a uns 5%
do total de alunos matriculados em cursos presenciais de graduação, nesse
país. Cabe ressaltar que esses cursos se apoiavam em diversos meios, como
o correio postal, o correio eletrônico e as listas de destinatários; poucos
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utilizavam aplicações de informáticas, audioconferências ou videoconferências.
Atualmente, segundo dados da International Data Corporation, o número de
alunos que estão frequentando cursos online pode chegar a 3 milhões, cifra
equivalente a uns 15% da população estudantil universitária. (KO & ROSSEN,
2008, p. 65).
1.9 - Os desafios para a prática educativa
Embora saibamos que as novas tecnologias de informação e
comunicação não vão substituir o professor, é importante ressaltar que o
trabalho docente é fundamental para o desenvolvimento de projetos
tecnológicos inovadores. Moran (2007, p. 168) salienta que o papel do
educador hoje se multiplica, diferencia e se complementa, exigindo uma
grande capacidade de adaptação e criatividade diante das novas situações.
Lembra o autor que “caminhamos para aulas com acesso wireless, com
cada vez menos momentos presenciais e mais momentos conectados.
Caminhamos, também, para cidades digitais, conectadas”. Isto significa que é
urgente o investimento na formação humanística dos educadores e no domínio
tecnológico para poder avançar mais. As visões desses educadores apontam
para a necessidade de se estabelecer novas direções para o ensino e
aprendizagem; elas denunciam a obsolescência de práticas pedagógicas que
não veem o estudante como um ser pensante, e sim capaz de fazer opções a
partir de uma leitura crítica do mundo (apud VILARINHO & GANGA, 2009,
p.94).
26
Este olhar rompe com estatutos tradicionais e comprova o quanto
necessitamos reorganizar novas estratégias processuais que facultem
mediações educativas significantes. Por esta caminhada os desafios da prática
educativa se pautam por perspectivas abertas, capazes de atender à
diversidade social onde os estudantes participantes estão ávidos por
novidades e desafios. Esta perspectiva exige então de quem demanda o
processo educacional uma composição teórica diferenciada, capaz de
perceber a responsabilidade que lhe é reservada frente às novas habilidades e
competências que os aprendentes necessitam desenvolver.
Cabe, no entanto, destacar que ideias pedagógicas sozinhas não fazem
‘milagres’, pois não se efetivam no vazio. Elas sempre acontecem em um
determinado contexto, rodeadas de aspectos que podem facilitar ou dificultar a
atividade docente. Parece que aqui enfrentamos um ponto crucial do desafio
da prática educativa frente às novas tecnologias da informação e
comunicação. Ainda que diversas teorias ou abordagens pedagógicas possam
iluminar os caminhos da prática docente, se deve entender que a prática
docente constitui-se um campo específico de intervenção da prática social
(VILARINHO & GANGA, 2009, p.95).
27
CAPÍTULO II
O QUE É STORYBOARD?
Storyboard... – “Prancha de história”? As dificuldades, ao procurar a
definição do que é um storyboard, começam já nas primeiras tentativas de
traduzir a palavra da língua inglesa.
No que diz respeito às intenções no âmbito da pesquisa, pode-se definir
o storyboard (SB) – termo comumente empregado pelos profissionais do setor
audiovisual – como o recurso gráfico que tem a função de auxiliar uma equipe
no planejamento e organização de projetos, seja para o cinema, para a
animação, para a computação gráfica ou para a Educação à Distância. Pode
ser entendido, ainda, como a descrição da ação em forma de desenhos, que
indicam e orientam visualmente certas tomadas descritas no roteiro (FILATRO,
2008, p. 59).
Em outras palavras, o storyboard se apresenta como uma espécie de
história em quadrinhos que precede e prepara o material audiovisual a ser
produzido, no sentido de ajudar na concepção final do projeto. Entretanto, é
importante atentar que sua função é totalmente diferente da história em
quadrinhos tradicional, sobretudo porque adota termos específicos
relacionados à sua própria linguagem, e porque se volta para o entendimento
de uma informação que só será resolvida em uma mídia posterior.
Acontece que esse “desenho” não se apresenta como produto acabado
– é concepção e referência para a realização de um produto que ainda está
por vir. Expressão gráfica quase inteiramente desconhecida, o SB é, ao
mesmo tempo, uma imagem e a imaginação de algo que está por vir; esboço
28
que traz para perto uma aparência mais distante, ideal, enquanto não exista
ainda como forma concreta que se realiza em si (FILATRO, 2008, p. 60).
É esse desenho que sugere também a atmosfera do que se deseja comunicar,
o modo de narrar, toda a sua estrutura. Cumpre ainda o papel de estudar
expressões alternativas dentro de um projeto; dessa maneira, o storyboard tem
função equivalente a do layout, que ajuda a escolher o melhor partido para o
desenvolvimento da ideia.
As razões para a sua utilização não param por aí. Quando bem
concebido e conduzido de maneira adequada, costuma ser seguido à risca
durante o desenvolvimento do projeto audiovisual. É comprovado que o
storyboard baixa o custo de um planejamento de filmes ou de produção
educacional ou audiovisual em relação aos métodos tradicionais, por outro
lado, representa um gasto a mais na contratação de desenhistas, ou
desenhistas instrucionais, mas acaba resultando em significativa economia na
contabilização final, porque ajuda a reduzir a margem de erros e,
consequentemente, o retrabalho (FILATRO, 2008, p. 60).
Os desenhos podem ser usados para organizar e agilizar o
trabalho de produção, seja audiovisual, educacional ou filmes. Além disso, um
storyboard bem apresentado pode ser decisivo no momento de convencer os
empresários e produtores a financiarem o projeto.
29
2.1 – Aplicações
Inúmeras ramificações da indústria audiovisual de hoje podem se
beneficiar com os desenhos de storyboards. Na verdade, qualquer filme, vídeo
ou animação que prescinda de algum planejamento estético só poderia ganhar
com a sua utilização. Muito útil no sentido de transmitir a ideia visual para a
equipe de produção, configura-se como recurso de comunicação apropriado na
produção visual ou audiovisual em nossos dias.
Na dramaturgia de hoje, encontrada no cinema ou mesmo em alguns
programas de televisão, os desenhos podem funcionar como estudos de
cenários, figurinos, iluminação de cena, auxiliam no esquema de linhas de
composição do plano e podem ser importantes anotações de gestos e
expressões dos personagens.
É claro que nem sempre são necessários para o filme inteiro, mas
somente nas tomadas mais caras e complexas, que requeiram um estudo mais
elaborado. Assim, é praticamente impossível não pensar nos storyboards em
cenas que se utilizam efeitos especiais, por exemplo. Em casos como esses,
eles são desenvolvidos com muita antecedência, para dispor uma ideia prévia
dos gastos de produção e para começar a resolver os problemas técnicos que
se apresentarão; é o recurso que permite ter uma ideia mais clara da
possibilidade de se viabilizar tais cenas, de avaliar se já existe ou se é preciso
tentar criar novos instrumentos que permitam a realização das mesmas.
Também é comum, e necessária, a sua utilização no campo da
animação (convencional, stop-motion, computação gráfica etc.), gênero de
produção cinematográfica que mais cresce no mundo, e linguagem que, por
30
sua natureza, prescinde necessariamente da pré-visualização. O número de
desenhistas de storyboards para um projeto de animação tende a ser maior do
que o encontrado em trabalhos de proporções equivalentes que se utilizam de
atores e cenários reais.
Além dessas utilizações, a importância do storyboard na produção de
conteúdos educacionais cresce a cada dia, na medida em que a Educação a
Distância vai se firmando como uma modalidade crescente nas instituições de
ensino. Nesse tipo de produção específica, é necessária para sua elaboração
uma especificidade, onde atuam profissionais ligados à área de educação ou
mesmo designers que passam a ser denominados como designers
instrucionais (COSTA, 2012, p. 100).
2.2 - Metodologia na Confecção dos Storyboards na Educação à Distância
Existe um método sistemático de se fazer storyboard, na área de
educação, que é adotado por muitos designers instrucionais, ainda que,
inconscientemente, em muitos casos. É claro que não se pode exigir um rigor
dessa metodologia ou das suas conclusões, a exemplo do que acontece em
outras atividades técnicas, mesmo porque muitas vezes o intuitivo prevalece
ao longo do processo. Contudo, devemos compreender o caminho proposto
como um guia passo a passo que pode ser útil ao desenhista instrucional, pelo
menos até a formação de um estilo próprio de trabalho( COSTA, 2012, p.102).
31
2.3 - O Storyboard e o Designer Instrucional
Vale, em muito, destacar, o que escreve Filatro (2008, p. 61) “O
Storyboard é o instrumento que orienta o desenvolvimento do curso por uma
equipe multidisciplinar, facilitando a comunicação entre os vários membros da
equipe (conteudistas, equipe de produção e alunos). Ele tem como
característica principal demonstrar aos interlocutores o protótipo do curso, da
forma mais visual possível, com descrições técnicas do que será produzido.
Normalmente, é desenvolvido em Power Point ou softwares que permitem a
visualização tela-a-tela, como se fossem “cenas”.
2.4 – Curiosidade
Será do conhecimento comum que a história dos “três porquinhos” tem
a ver com o Design Educacional, mais especificamente, na produção dos
storyboards?
A ideia de utilizar storyboards foi desenvolvido no Walt Disney Studio,
no começo dos anos 1930. Disney e o seu animador Webb Smith tiveram a
ideia de desenhar cenas em folhas separadas de papel para contar uma
história em sequência, criando assim o primeiro storyboard (Christopher Finch,
The Art of Walt Disney, Abrams, 1973). Os primeiros storyboards completos
foram criados para a Disney em 1933, no curta “os Três Porquinhos” (The
Story of Walt Disney, Henry Holt, 1956) (GABLER, Neal, Walt Disney - o
Triunfo da Imaginação Americana, 2009).
32
Os SBs permitem descrever com detalhes o fluxo do curso e as
indicações técnicas e artísticas para a equipe de desenvolvimento. Alguns
elementos necessários na construção de um storyboard:
1) Área de Conteúdo: Define todos os elementos de interface e design
do curso, como por exemplo, os botões de navegação, fonte a ser utilizada, o
layout, as informações de navegação (que indicam ao aluno qual ação deve
ser tomada em cada situação), a diagramação dos elementos da página
(imagens, textos, animações, áudio) etc. Descreve também os metadados do
projeto, tais como a data e versão do storyboard, o responsável, o nome do
curso etc. Você pode inserir um “identificador” (ID) que batizará o arquivo a ser
desenvolvido por meio de um código único, durante todo o processo de
desenvolvimento. É importante citar que, no storyboard, uma página a ser
desenvolvida pela equipe de arte (web designers, ilustradores) pode ser
especificada por meio de várias telas do PowerPoint (chamamos isto de
“divisão por cenas”). Portanto, para sua página não ficar “poluída” com muitas
informações, procure
demonstrar passo a passo como a página do curso online se desenrolará
quando for produzida “oficialmente”.
2) Área de Orientação para a Produção: Neste local, você deixará as
informações para a equipe de arte e programação sobre a funcionalidade da
página, ou seja, como os recursos visuais demonstrados na “área de
conteúdo” irão interagir. Procure ser bem objetivo, indicando exatamente o que
será feito, sem muitos “rodeios”. Entenda por este campo que ele representa
“você” explicando para outro profissional como imaginou que ela funcionaria.
Se, por exemplo, você notar que a descrição de uma animação sobre o motor
33
de um carro será demasiadamente longa, apenas indique para o profissional
vir conversar com você ao chegar neste ponto.
3) Sequência do conteúdo: Neste campo, descreve-se-á a estrutura do
curso, utilizando o título da página ao qual se refere.
Uma dúvida constante com que se deparam os Designers Instrucionais
é se devem usar Power Point ou Word?
Os storyboards feitos em word (Scripts) permitem que a descrição do
material a ser produzido seja menos visual e mais textual. Tem como
característica principal ser utilizado quando o protótipo visual não é tão
requerido (como no caso do storyboard), e as ideias transmitidas via texto são
suficientes para o entendimento dos interlocutores. Normalmente, é
desenvolvido em Word ou qualquer outro editor de texto.
Tanto o Storyboard quanto o Script podem ser amplamente utilizados
pelo Designer Instrucional, conforme seu próprio estilo (visual ou linguístico).
34
CAPÍTULO III
MATERIAL DIDÁTICO PARA EAD E O PAPEL DO
PROFESSOR DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NESTE
CONTEXTO
Fundo da teoria piagetiana, a construção do conhecimento humano
deve ser construída por si, no enfoque da aprendizagem: pura construção.
Essa concepção está instruída nas necessidades, no alavancamento do
ensino, de se produzirem novos recursos e materiais, quando não haja o “face
to face” (aluno/professor). Afinal, propõe-se a EAD como o agilizar, facilitar,
alavancar o conhecimento do aluno, principalmente em tempos tão urgentes.
O professor interage com o estudante através das tecnologias
discutindo, respondendo, pesquisando no horário que lhe for apropriado.
Alguns autores vão além, dizendo que dessa forma existe a possibilidade do
professor estar presente em diferentes tempos e espaços ao mesmo tempo,
mediando a comunicação, liderando as ações, motivando o estudante a se
perceber capaz de construir sua aprendizagem com companheiros de turma, e
sua competência em também ser agente da aprendizagem de outros.
É possível entender o grande desafio que se avizinha de todos os
envolvidos na Educação online. O professor não pode achar que se aprender a
lidar com as tecnologias, será um bom professor online. Este profissional
precisa rever sua prática pedagógica, onde além de dominar o conteúdo
programático, deve ser capaz de mudar também a percepção dos estudantes
quanto à forma de interagir com a tecnologia, uma vez ser diferente de
35
participar de redes sociais. Mobilizar o grupo, estimular o debate e um clima
saudável também fazem parte de suas competências.
O outro envolvido é o estudante online, que percebe logo que não
basta saber navegar na internet. Deverá desenvolver as competências não
exercitadas em salas de aula presenciais. Principalmente no que tange a
autodisciplina e ao se expor nas discussões nos fóruns e nos chats. A leitura
prevista e ainda os prazos de entrega e participação se somam às primeiras
competências vistas, formando um cenário diferente e muitas vezes gerador de
grandes resistências.
Essa nova forma de aprender e interagir com a mudança de
paradigma pode gerar, entre outros motivos, certa resistência por parte dos
atores principais. Tal resistência se faz sentir principalmente quando há uma
obrigação em trabalhar a distância ou online. Percebe-se que além dos
estudantes, parte da comunidade acadêmica também não vê com bons olhos
o fato de na EaD o foco sair do docente para o estudante, tirando um poder
agregado durante muito tempo.
A aproximação do discurso, entre professor e aluno, é fundamental para
unir universos distintos a serem depreendidos. Unir os conhecimentos, de
quem sabe algo (professor) para transformar em informação nova (aluno),
requer capacidades diversas: unidade de discurso, coparticipação no conteúdo
de aprendizagem, amplitude de contexto, releitura, interpretação, reconstrução.
Tudo em um mundo de cultura cartesiana, linear.
Como posicionar aluno e professor ante a pluridimensionalidade,
conhecida e/ou desconhecida, em contínuo, para ambos.
36
A pedagogia fala da importância da criatividade dos recursos de ensino,
não esquecendo de sempre levar em conta o modo de ser, o quê sabe, as
percepções, o quê pensa, as práticas e as práxis, o comportamento de quem
aprende: interatividade.
Deve-se trazer o aluno com seu cotidiano e vivencia para novas
experiências (pura maiêutica) – é o que se chamaria de compartilhamento por
abordagem colaborativa.
De resto, a tradição já diz: usar a realidade para criar novas realidades;
pequenas porções conceituais; fidedignidade do saber; adequação e ritmo;
frequência; reprocessamento do saber; partilha (o que chamam de
interaprendizagem); análise; avaliação.
Eis o que dimensiona a EAD, como cita o autor, Doutor em Educação,
João José Saraiva da Fonseca (2008), em seu material online sobre EAD “os
tipos de questões feitas para dar início à discussão de um tópico devem
estimular os alunos a trazerem sua experiência de vida. Devem estimular a
criação de um ambiente no qual os alunos se sintam à vontade para trazer
material de natureza mais pessoal. Se o autor, por exemplo, usar situações
reais, o tutor deverá aproveitar em sala de aula o ensejo e pedir aos alunos
para comentarem sobre determinada situação que viveram e, desse modo, se
motiva o trabalho colaborativo na solução de outros problemas e situações que
enfrentarão ao longo do dia a dia profissional.”
Cada módulo, na EAD, representa uma unidade de aprendizagem. Em
cada módulo, têm-se unidades, que representam áreas específicas de
conteúdo, a um determinado índice de dificuldade.
37
Parodiando o lema de “cada um por si” – a EAD induz à autoavaliação
permanente, i.e., cada um (aluno) mensura a si mesmo, por seu aprendizado,
seus limites, seu progresso e seu sucesso desejado na avaliação final,
definitiva.
O mais interessante (e importante?!) é a alavanca motivacional.
Com a ausência física do Professor, com o tempo (relativamente) livre e
arbítrio de precedências, o estudante tem que portar uma forte motivação
básica, além de continuamente ser alimentado por pontos atrativos, como:
enfoques objetivos e curtos, decorrentes da textualização oferecida; clareza e
concisão de linguagem, vocabulário e construção sintática aprazível, de fácil
compreensão; forma dialógica; estímulos de questões propostas; recursos
gráficos pertinentes.
A construção de conteúdo na EAD, deve decorrer da compreensão
sociocultural dos alunos que se propõem, transformando seu dia-a-dia em
novas perspectivas, não esquecendo da persuasão, domínio de habilidades,
atitudes e valores, senso crítico e analítico, aplicações socioculturais.
A base concreta da EAD é a fórmula dialógica, buscando o “distante”
aluno por cumplicidade, lembrando da importância de se dar ao aluno
instruções básicas de funcionamento do curso, tais como: direitos e deveres,
tempo, formas de interação; cronogramas; acompanhamento; autoavaliação;
meios e mídias disponíveis.
A Educação a Distância (EAD) precisa ter um programa educacional que
cumpra sua finalidade através de um material instrucional que preencha
determinados requisitos como:
• Atender aos objetivos do curso.
38
• Ser coerente com a linha pedagógica do curso a qual está inserido.
• Ser elaborado a partir de um conteúdo bem claro e definido.
• Utilizar uma estrutura modular que facilite o entendimento do tema.
• Utilizar linguagem clara e precisa para bem expor as ideias.
• Utilizar vocabulário de acordo com o nível do público que irá interagir
com o texto.
• Utilizar ilustrações, sempre que possível, tornando o visual agradável e
atraente ao aluno.
• Utilizar recursos de diagramação.
• Utilizar recursos tipográficos de forma adequada.
• Conter testes de auto avaliação.
• Sugerir fontes bibliográficas que complementem o tema.
Também se faz necessário incluir no material didático um guia -
impresso e/ou virtual que: possa orientar o aluno quanto às características da
educação a distância e quanto aos direitos, deveres e atitudes de estudo a
serem adotadas, informar de forma clara os objetivos o curso escolhido,
esclarecer de como será a interação entre professores e alunos, apresentar o
cronograma e o sistema de acompanhamento, avaliação e todas as
orientações necessárias que darão segurança durante o processo educacional.
39
CONCLUSÃO
Hoje, quando se fala em “banda larga”, vislumbra-se um crescimento
maior do ensino virtual: fruto de inversões de investimentos no campo da
informação que, já, alavanca vendas, finanças e a performance da própria
comunicação em rede.
Na virada do milênio, em que se configura um novo ambiente
tecnológico, alavancado, sobretudo por um paradigma digital nunca antes
experimentado, depara-se um momento bastante facilitador para a produção
de artefatos em design, o que inclui as novíssimas possibilidades de
formatação e comunicação de imagens que integram o universo iconográfico
que cresce a nossa volta.
No sentido de tentar alinhar a comunicação visual como recurso de
conscientização à coletividade, atente-se para alarmantes sintomas que
tomam forma em nossos dias: na programação da TV, que entulha sensações
para não perder o espectador passivo, nos cd-roms e homepages que se
apressam em garantir fatias de um mercado promissor, em filmes que se
utilizam de artifícios conhecidos para obter bilheteria fácil, as aulas online,
oferecidas de qualquer maneira para os alunos apenas com o intuito de
baratear o custo e gerar maior receita, o vazio (e a consequente crise dos
valores estéticos), torna-se uma constante, como se fosse pré-requisito para
retorno seguro do capital investido.
A imagem não pode ser banalizada e planejá-la para atingir
determinado público de maneira mais adequada nunca foi tão importante
quanto agora.
40
A proposta do design em reagir aos excessos e ao consumismo daqueles
produtos que não se integram ao desenvolvimento industrial e social
pressupõe a elaboração de instrumentos que contribuam, de alguma forma,
para a forma aplicada ao projeto. É em meio a esse contexto que se deve
produzir o storyboard.
O conjunto linguístico que termina por construir o storyboard apressa-se
para preencher uma lacuna da metodologia que surge junto à recente lacuna
do design instrucional e audiovisual. Tomado emprestado do cinema, o
storyboard passa a funcionar também, como recurso bastante adequado ao
planejamento dos novos projetos que despontam, ligados ao cinema, TV,
computação gráfica, e aplicados na indústria na arte e em específico a este
estudo para a educação.
Os desenhos do stortyboard vêm em socorro também da necessidade
que o homem sempre teve de ordenar e fixar imagens na sua busca
permanente de significados para os seus atos. Nesse sentido, representa mais
um esforço para tentar resolver certos aspectos de sentimentos que lhe são
muito especiais e difíceis de ser mensurados.
Em suma, em meio a uma época marcada pela imagem, deve-se pensar
o storyboard não só como mero instrumento aplicado à indústria, mas,
principalmente, como mais um aparato estético mediador de ideias e
sentimentos dotados de significados, que são capazes de induzir
comportamentos e construir novos valores dentro de nossa sociedade.
Hoje em dia, dezenas de instituições, tanto públicas como privadas,
estão desenvolvendo e oferecendo programas de educação a distância, mas
41
suas qualidades são duvidosas devido à forma que o material didático tem sido
oferecido ao aluno.
O tratamento dado ao material através de uma linguagem específica,
objetos de aprendizagem, hiperlinks, vídeos e ilustrações, nem sempre são
levados em conta. Muitas instituições apenas transferem a apostila do
professor para uma plataforma de ensino sem se preocupar com a interação
que o aluno terá através de um computador.
Todo esse planejamento se dá através de uma função muito importante
de um pedagogo em parceria com um designer para a produção de um design
instrucional, desenvolvido através de storyboards específicos.
No contexto da educação superior em virtude do uso das novas e dos
ambientes virtuais de educação a distância cabe ao docente um relevante
papel de buscar se capacitar para este novo cenário.
Ainda neste sentido, a utilização de storyboards no apoio aos
conceitos formais parecem ser uma estratégia promissora capaz de propiciar
ao estudante leitor e ao docente universitário um novo desenho de
aprendizagem e uma nova condição de mediar o conhecimento.
42
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46
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO
2
AGRADECIMENTO
3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
SUMÁRIO 6
INTRODUÇÃO 7
CAPÍTULO I
O QUE É EAD? 11
1.1 - Alguns conceitos 11
1.2 - Esclarecimentos de termos 12
1.3 - A Afetividade e o ensino a distância 14
1.4 - O Modelo Educacional Online 16
1.5 - Vantagens e desvantagens do ensino a distância 16
1.6 - A aprendizagem no ciberespaço 18
1.7 - Alguns êxitos e fracassos da Educação à Distância 21
1.8 - O futuro da Educação à Distância 24
1.9 - Os desafios para a prática educativa 25
CAPÍTULO II
O QUE É STORYBOARD? 27
47
2.1 - Aplicações 29
2.2 - Metodologia na Confecção dos Storyboards na Educação à Distância 30
2.3 - O Storyboard e o Designer Instrucional 31
2.4 - Curiosidade 31
CAPÍTULO III
MATERIAL DIDÁTICO PARA EAD E O PAPEL DO PROFESSOR
DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NESTE CONTEXTO 34
CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA 42
ÍNDICE 46