DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · A marca tornou-se um diferencial para as...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O PODER DA MARCA
Por: ELAINE FERNANDES DE SOUZA
Orientador
Prof. ANTONIO MEDINA
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O PODER DA MARCA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão Empresarial.
Por: Elaine Fernandes de Souza
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AGRADECIMENTOS
Ao senhor Deus, que me faz crer que
ele me fortalece e me faz capaz.
Deus é maior que todos os obstáculos.
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DEDICATÓRIA
Primeiramente a Deus, ao meu namorado
Alexsandro Carvalho que sempre esteve
comigo me ajudando com incentivos e
conselhos.
Aos amigos que contribuíram com apoio
passando força e equilíbrio.
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RESUMO
O objetivo deste trabalho é proporcionar uma reflexão sobre a marca e
seu poder nas dimensões empresariais.
O Marketing está presente desde que o homem resolveu e começou as
realizar as trocas comerciais, no passado essas trocas chamavam-se
escambos.
O mundo atual globalizado ganhou força com o avanço das empresas e
da tecnologia, com isso o Marketing ganha força no mundo empresarial
resultando buscas para satisfazer clientes e consumidores.
A marca surge no marketing como uma ferramenta de Marketing, uma
aproximação empresa - consumidor. As empresas para serem identificadas
necessitam de uma marca, as mesmas são ativadas com o poder que as
empresas dispõem.
As marcas podem ser identificadas com nomes, símbolos ou logotipos.
A importância da marca tem sido cada vez mais referenciada como competição
no mercado e as organizações necessitam mostrar suas diferenças e com isso
agregam valores com seus produtos e serviços com o grande objetivo de
diferenciar e maximizar os seus resultados no mercado.
As marcas desvendam-se através de uma linguagem, como uma
ferramenta, revelando-se o comportamento nas empresas e no cotidiano dos
seres humanos.
PALAVRAS-CHAVES: Marketing, mercado-alvo, marca e visão da marca.
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METODOLOGIA
O estudo foi realizado através de meios de pesquisas como leituras de
livros, artigos, mídias, fontes de livros e conteúdos da internet.
O intuito desse trabalho é mostrar o quanto a marca é importante no
nosso cotidiano. As empresas mesmo com anos de existência no mercado
podem também sofrer prejuízos com a sua própria marca.
As pesquisas e a originalidade do estudo sobre o Poder da marca é
demonstrar que qualquer marca pode ter um impacto na nossa sociedade.
Os estudos e buscas foram observados do ponto de vista de seus
objetivos visando identificar os fatores que determinam ou contribuem para a
ocorrência dos fenômenos propostos do e irá aprofundar o conhecimento da
realidade da marca e proporcionar maior visão da mesma.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O que é a marca 09
CAPÍTULO II - Brand Equity 23
CAPÍTULO III – O valor da marca, licenciamento e símbolo 31
CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40
WEBREFERÊNCIAS 43
ÍNDICE 44
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INTRODUÇÃO
Segundo KOTLER (2006, p.6), “Marketing é o processo social por meio
do quais pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo que necessitam e
desejam com a criação, a oferta e a livre negociação de produtos e serviços de
valor com os outros”.
O Marketing diante das organizações surgiu de um modo tímido e não
era levado muito a sério pelas empresas. Hoje com o avanço do mercado as
viram que o Marketing é uma peça fundamental para atender as necessidades
e desejos dos consumidores. O cenário competitivo torna-se forte diante das
empresas quando Marketing deixou de ser trabalhado apenas em um
departamento, pois através dele as organizações buscam ultrapassar fronteiras
dentro do mercado empresarial, hoje a ferramenta é utilizada praticamente por
todos os colaboradores.
O presente trabalho descreve a importância à marca para o cliente e as
organizações. A marca é um símbolo, uma palavra ou uma imagem que fará o
diferencial sobre a empresa. Hoje as empresas não se vêem sem a marca, pois
essa ferramenta do Marketing bem trabalhada tem relação direta com seu
público com inúmeras chances de destaque e diferenciação junto aos
consumidores e concorrentes.
A marca tornou-se um diferencial para as empresas, pois muitos
clientes escolhem seus produtos e serviços por sua marca, por esse motivo os
empresários devem analisar bem antes de escolherem seu nome, logotipo,
imagem ou símbolo, pois as mesmas em relação ao consumidor diferem muito
onde a marca passa ser o atrativo cliente-consumidor.
O poder que a marca vem com a força de sua derivação de benefícios
funcionais, experienciais ou os símbolos que a marca propuser.
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CAPÍTULO I
O QUE É A MARCA
1. O que é a marca
1.1. Conceito e importância
Para fundamentar este estudo foi necessário buscar opiniões de alguns
especialistas de Marketing.
Segundo KOTLER e ARMSTRONG (1998, p.195), “A marca é um
nome, termo, signo, símbolo ou design, ou uma combinação desses elementos,
para identificar os produtos ou serviços de um vendedor ou grupo de
vendedores e diferenciá-los dos de seus concorrentes”.
Em outra definição, COBRA (2009, p.185), “As boas marcas são como
uma linda mulher, a gente nunca esquece”.
A todo o momento o consumidor torna-se mais exigente, com isso o
Marketing em tendo um papel muito importante dentro das empresas, o
consumidor busca aquilo que o atenda como deseja. Os profissionais de
negócios adotam o ponto de vista do consumidor, e essas decisões são
apoiadas com base no que o cliente almeja. (COBRA, 2009, p.185).
O processo é complexo e é muito importante a observação diante das
necessidades do mercado. (COBRA, 2009, p.185).
Afinal o que é uma Marca? Como definir este termo que adquiriu grande
importância no meio empresarial? Existem várias definições para este termo
sendo que a do autor norte-americano BEDBURY (1990, p. 6), é considerada a
mais clara e simples de entender.
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A marca é o somatório do bom, do ruim, do feio, e do que não faz parte da estratégia. É definida tanto pelo seu melhor produto quanto pelo pior. É definida tanto pela propaganda premiada quanto por aqueles anúncios péssimos que acabaram sendo aprovados e, como era de se esperar, mergulharam no esquecimento. É definida tanto pelas realizações de seu melhor funcionário - aquele que se destaca e nunca faz nada errado - quanto pelos percalços do pior empregado que você podia ter contratado. É definida também pela sua recepcionista e pela música que seus clientes ouvem enquanto esperam ao telefone. Para cada grandiosa manifestação do CEO, com palavras escolhidas a dedo, a marca é definida também pelos comentários negativos de um consumidor, entreouvidos em um corredor ou em uma sala de bate-papo na internet. As marcas absorvem conteúdo, imagens, sensações efêmeras. Tornam-se conceitos psicológicos na mente do público, onde podem permanecer ou não para sempre. Como tal, não se pode controlá-las por completo. No máximo é possível orientá-las e influenciá-las. (BEDBURY, 1990, p. 6).
A marca diante da organização assume diretamente a sua identidade,
uma marca torna-se concreta se conseguir a aprovação do cliente.
De acordo com KOTLER (1998, p.95) “A marca pode englobar até
quatro níveis de significados, a saber: Benefícios: É o resultado esperado com
o uso do produto. Atributos: São as características estéticas e funcionais dos
produtos. Valores associados à marca: São reconhecidos, identificados e
valorizados pelo público-alvo. Personalidade: Isto é, os traços de personalidade
associados à marca por meio da propaganda, como modernidade, autonomia,
independência, ética, maturidade, experiência etc.”.
As marcas possuem um significado especial para seus consumidores
já que é por experiências passadas que eles criam um relacionamento de
fidelidade a elas [...]. A marca se torna um importante instrumento de
agregação de valor, pois é capaz de distinguir uma oferta competitiva entre
empresas. Quando encontramos dois produtos de igual qualidade, a tendência
é que as pessoas comprem produtos cuja reputação da marca for melhor.
(AAKER, 1998, p.56).
Reforçando a visão do que é a marca RIES (1998) afirma:
“Categoricamente que o nome da marca nada mais é do que uma palavra na
mente, ou seja, um substantivo próprio que como todos os substantivos
acrescentam de forma metafórica que todo e qualquer substantivo é uma
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marca, seja ou não de propriedade de um individuo, uma corporação ou uma
comunidade”.
As empresas do mundo inteiro fazem grandes investimentos para
terem forte reconhecimento e preferências com os consumidores. (AAKER
1998, p.57).
O poder da marca e seu impacto causado no mundo atual é e sempre
será um desafio a serem desenvolvidos junto aos profissionais de Marketing,
os mesmos devem decidir os níveis de criação das marcas e sua identidade.
(AAKER 1998, p.57).
As empresas almejam impactar o mercado com a marca que tem seu
valor e personalidade há décadas podendo alavancar ou cair à empresa.
1.2 A história da marca e seu surgimento
Segundo KLEIN (2003, p.28) “A designação anglo-saxônica Brand a sua
origem no antigo escandinavo brand, que quer dizer “marca” e significa ato ou
efeito de marcar. Eram desta forma marcadas as cabeças de gado com o
objetivo essencial de identificar a propriedade e posse de bens materiais,
permitindo aos criadores de gado distinguir as suas rezes. Uma vantagem que
valorizava os criadores mais conhecidos pela qualidade de seu gado que
começava a ter a sua marca mais conhecida, que a de outros, e
conseqüentemente, mais procurada nas trocas comerciais”.
Na antiguidade os escultores e pintores tinham por habito assinar seus
trabalhos como um processo de identificação assim poderia vendê-los com sua
marca que na verdade era sua assinatura. No século XI as marcas surgem
individuais e tornam-se obrigatória no sentido comercial. (KLEIN, 2003, p.28).
De acordo com KLEIN:
Com a industrialização, as marcas tornaram-se uma necessidade da era da máquina, no contexto da uniformidade manufaturada, a
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diferença baseada na imagem tinha de ser fabricada junto com o produto. (KLEIN, 2003, p.30).
A história das marcas deriva justamente do ato físico do nome em
questão, tudo se inicia no ato de marcar. Na pré-história o homem já marcava
por incisão ou por pressão sobre superfícies como pedra, madeira, barro fresco
e pele dos animais. Este tipo de marcas são marcas de identidade, signos que
apareceram em grande número nos edifícios egípcios e na Grécia micênica e
mais tarde na Idade Média, onde os construtores ou cortadores de pedras suas
marcas que não se alteravam muito (KLEIN, 2003, p.31).
Durante a era medieval, as marcas mais bonitas eram a dos mestres
construtores. Os construtores detinham conhecimentos únicos que provinham
dos colégios os cerdotais, onde se agrupavam como uma sociedade secreta.
(KLEIN, 2003, p.31).
Quanto mais o século XIX se aproximava menos explícitos era os signos
dos construtores, isso por que não estava claro se estes signos eram de
simples oficinas ou dos mestres construtores. Mais tarde estes construtores
que detinham conhecimentos especiais (construtores de catedrais e palácios)
se beneficiaram de diversas formas graças às autoridades. Alguns benefícios
eram isenções, tribunais especiais e franquias, de onde surgiu o nome de
francs-maçons (maçons franqueados). Maçon significa Pedreiro em francês.
(KLEIN, 2003, p.32).
A marca se tornou em elo entre o fabricante e o comprador, assim
indicava a marca como a segurança na compra do produto. No século XIXa
grande preocupação era a garantia e registros das marcas ocasionando as leis
a seguir: - Lei das marcas de mercadoria na Inglaterra(1862), Lei Federal das
marcas de comercio nos EUA(1870) e Lei de proteção a marca na Alemanha.
(KLEIN, 2003, p.32).
KAPFERER (2004, p. 58) afirma que atualmente a marca está elevada
ao alto grau de diferenciação e representação corporativa, mas por ser
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considerada, acima de tudo, uma potencial ferramenta geradora de
lucratividade e de longevidade de um produto. (KLEIN, 2003, p.33).
No século XX, com o sucesso das marcas as cooperativas, órgãos
oficiais e grupos econômicos foram incentivados pelas indústrias a criarem a
sua própria marca e divulgá-las. Com a crise econômica de 1929 houve um
deslocamento na publicidade dos produtos e as marcas colaboraram com a
forte concorrência de preços e após a Segunda Guerra Mundial, as marcas
tornaram-se uma grande manifestação da economia, ou seja, um instrumento
da comunicação mercadológica. (KAPFERER, 2004, p. 59).
1.3 Tipos de marcas
Existem vários tipos de marcas, elas podem assumir múltiplas
configurações em nosso cotidiano identificando e distinguindo produtos os
serviços. As marcas podem ser: Figurativas, Mistas, Sonoras, Tridimensionais,
compostas por slogans, Nominal, Famílias, Fabricantes, Próprias, Terceiros e
Registradas. (COBRA, 2009, p.189).
Segundo SANDHUSEN (2003, p.315), “Um nome da marca é a parte
da marca que pode ser pronunciada; a Shell é um exemplo. Um símbolo de
marca é aquela parte da marca que pode ser reconhecida, mas não
pronunciável; uma marca registrada é um nome de marca ou símbolo que tem
proteção legal; por exemplo, a marca registrada da Xerox pode ser utilizada
legalmente pela Xerox Corporation”. De acordo com (COBRA 2009, p.187), as
alternativas de construção de uma marca devem seguir os conceitos a seguir:
Marca Nominal: Aquela que designa um produto e pode ser
expressa em palavras (exemplo, Nescafé, passatempo).
Marca de família: Uso da mesma marca nominal para toda uma
linha de produtos (exemplo, Nescau).
Extensão de Marca: Prática de usar uma marca existente para
um novo produto (exemplo, leite e biscoito Parmalat).
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Marca de fabricante: Nome legal de uma empresa. Algumas
empresas utilizam a marca de fabricante para designar seus produtos
(exemplo, Parmalat, Arisco).
Marca Própria: Estratégia de Marca utilizada pelas empresas
distribuidoras para poder realizar.
Marca de terceiro: O uso de uma marca conhecida, por meio de
um contrato de licenciamento.
Marca registrada: Marca que foi registrada legalmente. (COBRA,
2009, p.194).
Para (SANDHUSEN 2003, p.317), decidir qual estratégia de nomes de
marcas, ou que combinações delas programar; dependerá das condições do
produto/mercado nas quais os produtos são introduzidos e comercializados.
Por exemplo, se um composto de produtos de uma empresa se presta a
segmentação, uma estratégia de nome de marca individual poderia ser muito
apropriada. Se uma empresa vender a maioria de seus produtos em poucos
mercados, um nome geral de família poderia ser mais adequado. Porém, se as
linhas de produtos de uma empresa diferem consideravelmente como
presuntos da Sadia e Perdigão e os fertilizantes Cargil, um nome de marca de
família poderia não ser capaz de ir muito longe, e uma estratégia de
combinação do nome de marca individual/familiar poderia ser mais apropriada.
Quatro estratégias para criação dos tipos de marca segundo (KOTLER e ARMSTRONG, 1998, p.199):
Quadro 01- Criação dos tipos de marcas
Fonte: Elaboração própria a partir de KOTLER e ARMSTRONG (1998).
EXISTENTE NOVA
Extensão da linha Extensão da marca
Multimarcas Novas marcas
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Para (KOTLER e ARMSTRONG, 1998, p.200): “As extensões de linha
ocorrem quando a empresa introduz itens adicionais em certa categoria de
produto com mesmo nome de marca, com diferentes sabores, formas, cores,
ingredientes ou tamanhos das embalagens, exemplo: Danone. As extensões
da marca usam a marca bem sucedida para lançar novos produtos ou
modificados em nova categoria, exemplo: Procter & Gamble”.
Para SCOTT (1990) “A imagem institucional é um diferencial decisivo
em relação à concorrência”.
Para que um produto desperte a atenção do consumidor, é preciso
promover um amplo e complexo processo de comunicação que se inicia – e se
sustenta – na imagem institucional da empresa que o produz. Por meio dessa
imagem é possível saber que por trás do design, do desempenho tecnológico e
da modernidade de um produto ou serviço está o compromisso da empresa
com a qualidade e respeito aos seus acionistas, colaboradores e
consumidores.
1.4 A escolha do nome da marca
A escolha da marca deve ser pensada como um passo principal para obter o sucesso do produto.
Para KOTLER e ARMSTRONG (1998, p.197) “O nome da marca deve ser escolhido com cuidado, pois um bom nome pode contribuir muito para o sucesso de um produto”.
Para GRONROOS, o nome da marca deve ser escolhido com base nos
seguintes fatores:
Deve sugerir os benefícios oferecidos pelo produto; Deve ser positivo, distinto e fácil de falar e lembrar; Deve ser coerente com a imagem do produto ou da empresa; em de poder ser registrado legalmente. (GRONROOS, 2003, p.35).
BOONE & KURTZ (1999, p. 284) citam que: “A escolha da marca e
nomes das marcas são eficazes quando seus nomes são fáceis de pronunciar,
reconhecer e lembrar. Exemplos curtos como Nike, Geo, Crest e Tide”.
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Segundo COBRA (2009, p.197): “A escolha do nome da marca pode ser o
ativo mais poderoso de uma empresa”.
Ainda de acordo com KOTLER e ARMSTRONG (1998, p.197) “As
grandes empresas voltadas para o Marketing desenvolveram um processo
formal para escolha dos nomes das marcas. Descobrir o melhor nome é uma
tarefa difícil, que começa com um estudo cuidadoso do produto e de seus
benefícios, do mercado-alvo e das estratégias de Marketing propostas”.
Os profissionais de marketing tentam superar o problema quando ao
assunto é a escolha da marca e os nomes das marcas pronunciados
erroneamente ensinando os consumidores. As empresas que colocam um
produto em muitos países precisam decidir se usam um nome de marca em
caráter universal ou o ajustam a países específicos. A Coca-Cola, Kodak e
Texaco são nomes eficazes em qualquer lugar do mundo. (KOTLER e
ARMSTRONG ,1998, p.197).
Muitas empresas estão adotando uma perspectiva global na atribuição
de nomes a deus produtos. Os nomes das marcas também devem dar aos
compradores a conotação correta da imagem do produto. (KOTLER e
ARMSTRONG, 1998, p.198).
Segundo a Lei da Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/96), não são
registráveis como marca as palavras ou sinais genéricos, necessários comuns,
vulgares ou simplesmente descritivos quando tiverem relação com o produto ou
serviço a distinguir, ou aqueles usados normalmente para designar uma
característica do produto ou serviço, salvo quando revestidos de suficiente
forma distintiva. A marca também precisa ser legalmente protegida. A Lei
Lanham de 1946, estabelece que as marcas registradas não possam conter
palavras ou frases de uso geral, como automóvel ou loção bronzeadora.
(BOONE & KURTZ 1994, p.55).
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KOTLER e ARMSTRONG afirmam que:
“São várias as qualidades desejáveis para o nome de uma marca. A marca deve sugerir alguma coisa sobre seus benefícios e qualidades do produto. Deve ser fácil de serem pronunciados, reconhecidos e lembrados, nomes curtos ajudam bastante, mas os longos às vezes se tornam também eficazes. Deve ser original e facilmente traduzível em outras línguas. Deve ser registrado e protegido legalmente. Uma marca não pode ser registrada se houver outra com o mesmo nome, e nomes meramente sugestivos ou descritivos podem não ser protegidos”. As marcas estão registradas no consciente e inconsciente das pessoas, as empresas líderes conseguem ter poder de mercado e com isso alavancar sua lucratividade. O nome da marca fica registrado na mente e no coração dos consumidores, por isso podemos dizer que a marca é um fator mais emocional do que racional. (KOTLER e ARMSTRONG, 1998, p.197).
Principais decisões para escolha da marca e posicionamento segundo
KOTLER e ARMSTRONG (2007, p.211):
Quadro 02- Escolha e posicionamento da marca
1- POSICIONAMENTO DA MARCA 2- SELEÇÂO DO NOME DA MARCA
3- PATROCÍNIO DA MARCA 4- DESENVOLVIMENTO DA MARCA
Fonte: Elaboração própria a partir de (BONNE & KURTZ, 1998).
ATRIBUTOS BENEFICIOS CRENÇAS E VALORES
SELEÇÃO E PROTEÇÃO
MARCA DO FABRICANTE
MARCA PROPRIA LICENCIAMENTO
EXTENSOES DE LINHA E DE
MARCA MULTIMARCAS
NOVAS MARCAS
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Para KOTLER e ARMSTRONG (2007, p.211), no posicionamento da
marca os profissionais de marketing precisam posicionar claramente suas
marcas na mente do cliente-alvo.
Na seleção do nome da marca um bom nome pode ajudar muito no
processo do produto, no entanto, encontrar o melhor nome de marca é uma
tarefa difícil que começa com uma cuidadosa avaliação do produto, benefícios,
mercado-alvo e estratégias de marketing. No patrocínio da marca o fabricante
tem quatro opções de patrocínio: Primeiro, o produto pode ser lançado como
uma marca do fabricante. (KOTLER e ARMSTRONG 2007, p.211).
Segundo, o fabricante pode vender a revendedores que dão ao produto
marca própria. Terceiro, a maioria dos fabricantes cria seus próprios nomes de
marca, outros comercializam marcas licenciadas e por fim, duas empresas
podem juntar suas forças e dar um produto um co-branding. Muitas empresas
tentam criar um nome de marca que acabe sendo identificado como a categoria
do produto. Muitos nomes protegidos hoje podem ser usados por qualquer
fabricante (Exemplo: Aspirin, Nylon, Kerosene)”. (KOTLER e ARMSTRONG,
2007, p.211).
1.4.1 O posicionamento da marca
Para AAKER (1982, p.56) “O posicionamento da marca significa
diferentes coisas para diferentes pessoas”.
Segundo KOTLER (1999, p.265) posicionamento como “... o ato de
desenvolver a oferta e a imagem da empresa de forma que ocupem um lugar
distinto e valorizado nas mentes dos consumidores”.
O posicionamento da marca é uma mensagem na mente do
consumidor, significa motivação, pois o consumidor deve pensar e agir
lembrando-se da marca e do produto. O posicionamento está ligado à
identificação da marca, é condicionado aos pontos de diferenciação da
identidade da marca com o objetivo maior de comunicação entre o produto e
consumidor. (AAKER, 1982, p.57).
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Ainda de acordo com AAKER (1996, p.57), a parcela da identidade da
marca que deve ser ativamente comunicada ao público-alvo e demonstrar uma
vantagem em relação às marcas concorrentes.
Posicionamento é uma ação de diferenciação de uma empresa,
produto, marca ou serviço por meio de atributos reais ou simbólicos. Ele se dá
após a ação de segmentação, onde depois de identificar um público-alvo, a
partir do entendimento de como o mercado se divide, direciona o
posicionamento que a empresa irá tomar para tentar ser considera diferente
pelos consumidores positivamente. (AAKER, 1996, p.57).
Antes de decidir o posicionamento de marca que a empresa seguirá no
seu planejamento, é preciso que ela determine uma estrutura de referência,
identificando o mercado-alvo e a natureza da concorrência, e as associações
ideais de marca referente aos pontos de paridade e aos pontos de diferença.
(AAKER, 1996, p.58).
Para definir a estrutura de referência competitiva adequada, devem-se
entender o comportamento do consumidor do produto ou serviço de uma
empresa e as considerações feitas por ele ao tomar as decisões sobre a
marca. (AAKER, 1996, p.58).
Para ter um posicionamento eficaz, a empresa deve estar atenta a
alguns requisitos essências que compõem o posicionamento vantajoso como
ter importância do benefício para o consumidor. (AAKER, 1996, p.87).
KAPFERER (1992, p.40), diz que o posicionamento de marca é um
conceito de ampla aplicação. Ele indica que um produto não é nada até que o
mesmo seja claramente posicionado na mente das pessoas em contraste com
os produtos.
Ainda de acordo com KAPFERER (1992, p.40), o posicionamento da
marca é a bússola de sua identidade que alavanca a sua posição competitiva e
estabelece uma melhor relação com o consumidor.
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Quadro 03- Estratégia e posicionamento da marca
Fonte: Site – www.tudosobremarketing.com.br
O posicionamento requer uma estratégia da marca que esta em
investigar, criar, avaliar e tangibilizar mesma. A investigação esta na análise de
informações prévias de histórico de comunicação de marca, realizações de
pesquisas do mercado e etc. (AAKER, 1996, p.88).
A criação e avaliação esta a parte de analise de informação e coletadas em desenvolver em conjunto com o cliente alguma alternativa de posicionamento que podem ser avaliadas internamente e externamente. (AAKER, 1996, p.88).
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1.4.2 O reposicionamento da marca
Por melhor que a marca seja inicialmente posicionada no mercado, a
empresa poderá ter de reposicioná-la mais tarde.
Posicionar uma marca no mercado requer um planejamento de comunicação muito bem elaborado, inteiramente vinculado às características do produto. Reposicionar uma marca, no entanto assuma riscos ainda maiores, pois se trata de mudar os referenciais existentes para novos referenciais. A forma com que isso é realizado pode gerar resultados absolutamente diversos dos pretendidos. (AAKER, 1996, p.60).
.
Para KOTLER e ARMSTRONG (1998, p.201): “Um concorrente poderá
lançar uma marca e posicioná-la próximo a sua, reduzindo sua participação no
mercado; ou os desejos do consumidor poderão mudar, reduzindo a demanda
pela marca da empresa”.
Para KOTLER e ARMSTRONG:
O reposicionamento pode exigir modificação do produto e também de sua imagem. Ao modificar o posicionamento a empresa deve a assegurar-se de que a nova posição do produto era compatível com a antiga mantendo os clientes leais e atraindo clientes novos. (KOTLER E ARMSTRONG 1998, p.201).
O reposicionamento requer o estabelecimento de um conjunto maior de
produtos diferenciais da concorrência, tais como relembrar o público-alvo das
virtudes da marca. (KAPFERER, 1992, p.45).
Para Mario Persona mesmo antes de se optar pelo reposicionamento da
marca é preciso verificar se a empresa fez a lição de casa. Durante o processo
de posicionamento da marca ela foi configurada para atingir um determinado
tipo de cliente e fornecer um determinado tipo de benefício. Durante o
posicionamento entraram na equação questões como preço, qualidade,
produto, atributos, distribuição e gama de aplicações.
Ainda de acordo com (KAPFERER, 1992, p.45), o reposicionamento
parte da distinção da oferta procurando-se o porquê, para quem e quando deve
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ser realizado o reposicionamento, tendo ainda por perspectiva contra quem
(competidores) a marca deve se reposicionar.
Segundo ele (KAPFERER, 1992, p.45), o reposicionamento inclui
algumas variáveis que são: personalidade, cultura, alto-imagem, reflexão,
relacionamento e psique em relação ao mercado objetivado.
O reposicionamento de uma marca, na maioria das vezes, deve
acontecer quando o consumidor muda. É a percepção do cliente em relação
aos produtos, serviços e marcas que deve estar de acordo com as ações da
empresa para a sua consolidação. (KOTLER E ARMSTRONG 1998, p.201).
Se a percepção é negativa e não identificada, automaticamente o
departamento de marketing da organização é acionado, pois o resultado é
enxergado pelos setores financeiro e de venda. (KOTLER E ARMSTRONG
1998, p.202).
Um exemplo claro de reposicionamento da marca que deu certo foi das
sandálias Havaianas que algum tempo atrás era uma simples sandália de
dedos e hoje esta forte no mercado. Em 1994, a Havaiana tinha pela frente
agregar valor ao seu produto e seu reposicionamento no mercado. Hoje a
marca tem seu poder junto aos consumidores e tornou-se um produto
reposicionado que deu certo. (REVISTA ESPM).
Alterar o seu reposicionamento perante o mercado-consumidor houve
uma exploração de novas oportunidades e a Alpargatas teve que investir em
novas sandálias e propagandas que diziam que era a única que não deformava
não soltava tiras e não tinha cheiro. No mercado hoje as sandálias são
conhecidas em quase todo mundo e como nos comerciais diziam: Todo mundo
usa!Recuse imitações. (REVISTA ESPM).
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CAPÍTULO II
BRAND EQUITY
2. O Brand Equity
2.1 Conceito e fundamentações
O Brand Equity para KOTLER e ARMSTRONG (2007, p.210), “É o
efeito diferenciador positivo que o conhecimento do nome marca tem sobre a
reação do cliente ao produto ou serviço. Uma medida do brand equity é a
extensão na qual alguns clientes se dispõem a pagar pela marca”.
Para AAKER (1998, p.16) o brand equity é um conjunto de ativos e
passivos ligados a uma marca seu nome e seu símbolo que se somam ou se
subtraem do valor proporcionado por um produto ou serviço para uma empresa
e/ou para os consumidores dela.
Brand Equity é o valor intangível de uma empresa ou uma marca com
base na percepção de seus consumidores. Tudo aquilo que uma empresa
possui, de tangível e intangível, e que contribui para o crescimento sustentado
dos lucros. (AAKER, 1998, p.16).
A AMA (American Marketing Association) traz a palavra marca definida
como um nome, sinal, termo, símbolo ou design, ou um conjunto de todas
essas palavras, com o intuito de diferenciar um produto ou serviço de um grupo
de fornecedores. (AAKER, 1998, p.16).
Há séculos que existe o branding para se distinguir os produtos de
cada fabricante. Antigamente na Europa já se exigia que os artesões
colocassem marcas em seus produtos para que assim eles ficassem
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protegidos e para facilitar ao consumidor na compra de produtos de melhores
qualidades. (AAKER, 1998, p.16).
O Brand Equity é um termo da área do marketing, que significa o valor
adicional que se atribui a algum produto ou serviço. O Brand Equity representa
um importante ativo intangível que corresponde a um valor psicológico e
financeiro da organização. (AAKER, 1998, p.17).
Quadro 04- Critérios de mensuração dos pilares do brand equity
1. Proeminência De que marcas desta categoria de produto ou serviços você se lembra? (usar dicas cada vez mais específicas da categoria do produto) Você já ouviu falar destas marcas? Quais marcas você usaria nas seguintes situações? Com que freqüência você pensa nesta marca? 2. Desempenho Em comparação com as outras marcas disponíveis, quão bem esta marca desempenha as funções básicas da categoria de produto ou serviço? Em comparação com as outras marcas disponíveis, quão bem esta marca satisfaz as necessidades básicas da categoria de produto ou serviço? Até que ponto esta marca tem características especiais? Até que ponto esta marca é confiável? Até que ponto esta marca é durável? Qual o grau de disponibilidade de serviço/assistência técnica desta marca? Até que ponto o serviço desta marca é efetivo? Ele satisfaz completamente suas exigências? Até que ponto o serviço desta marca é eficiente em termos de presteza, capacidade de resposta e assim por diante? Quão solícitos são os prestadores de serviço desta marca? O que você acha desta marca no aspecto ‘estilo’? Quanto você gosta da aparência e de outros aspectos do design desta marca? Comparada com as outras marcas disponíveis, os preços desta marca mudam mais freqüentemente, menos freqüentemente ou com mais ou menos a mesma freqüência? 3.Imagem Até que ponto as pessoas que você admira e respeita usam esta marca? Quanto você gosta das pessoas que usam esta marca? Quão bem as seguintes palavras descrevem esta marca: simples, honesta, audaciosa, na moda, confiável, de sucesso, de classe superior, charmosa, esportiva? Que lugares são apropriados para comprar esta marca? Quão apropriadas são as seguintes situações (descrição de situações) para usar esta marca? Você pode comprar esta marca em muitos lugares? Esta é uma marca que você pode usar em várias situações diferentes? Até que ponto pensar nesta marca evoca memórias agradáveis? Até que ponto você acha que cresceu com esta marca? 4. Julgamentos Qual é sua opinião geral sobre esta marca? Qual é sua avaliação da qualidade do produto/serviço desta marca? Até que ponto esta marca satisfaz completamente suas necessidades de produto? Quanto vale esta marca? Credibilidade Até que ponto os fabricantes desta marca são conhecidos? Até que ponto os fabricantes desta marca são inovadores? Até que ponto você confia nos fabricantes desta marca? Até que ponto os fabricantes desta marca entendem suas necessidades? Até que ponto os fabricantes desta marca se importam com suas opiniões? Até que ponto os fabricantes desta marca levam seus interesses em consideração? Quanto você gosta desta marca? Quanto você admira esta marca? Consideração Até que ponto você estaria propenso a recomendar esta marca a outras pessoas? Quais são seis produtos favoritos desta categoria? Até que ponto esta marca oferece vantagens que outras marcas não podem oferecer? Até que ponto esta marca é superior às outras da categoria? Fonte: KELLER, 2005.
25
2.1.2 Fundamentações do Brand Equity
De acordo com AAKER (1998, p.17) Se o nome da marca ou símbolo
for mudado alguns ou todos os ativos ou passivos poderão ser afetados, e
mesmo perdidos embora parte deles possam ser desviados para um novo
nome ou símbolo. Os ativos e passivos nos quais o brand equity se baseia vão
diferir de contexto a contexto.
De forma prática o brand equity pode ser ocupado em cinco categorias
segundo AAKER (1998, p.17):
Lealdade à marca.
Conhecimento do nome.
Qualidade percebida.
Associação à marca em acréscimo a qualidade percebida.
Outros ativos do proprietário da marca, patentes, trademarks,
relações com os canais de distribuição.
Para KOTLER (2006, p.102): “As fundamentações e organizações
cuidam para a construção de seu brand equity criando as estruturas certas de
identificação e conhecimento da marca com seu público-alvo”.
Esse trabalho de identificação e conhecimento depende de todos os
fatores ligados à marca. Pela perspectiva da administração de marketing, há
três grupos principais de impulsionadores do brand equity. (KOTLER, 2006,
p.102).
O primeiro refere-se aos elementos, ou identidades, da marca como, por
exemplo, nome, logotipo, símbolo, caracteres, slogan e embalagem. Esses
elementos exercem influência na forma de como a marca é lembrada e
reconhecida. Um consumidor que não analisa muitas informações antes de
tomar alguma decisão de compra é mais facilmente persuadido por esses
elementos. (KOTLER, 2006, p.102).
26
O segundo grupo representa o produto, o serviço que o acompanha e
todas as ações de marketing ligadas a ele, além de programas de apoio,
visando à satisfação do cliente e a associação deste sentimento à marca
comercializada. Isso tenciona criar um vínculo entre o consumidor e o produto.
KOTLER (2006, p.102).
O terceiro grupo refere-se a uma abordagem indireta, que acontece ao
se criar uma associação da imagem do produto ao conceito que as pessoas
têm sobre outra entidade, que pode ser uma pessoa, um local, um objeto,
dentre outros, trazendo assim maior confiabilidade à marca. (KOTLER, 2006,
p.102).
Ainda de acordo com AAKER:
A qualidade percebida influencia diretamente as decisões de compra e lealdade a uma marca, principalmente quando o comprador não está motivado ou capacitado a fazer uma análise detalhada. Por isso, uma marca terá associada a ela uma percepção de qualidade geral, não necessariamente baseada no conhecimento de especificações. Pode ser base para a extensão da marca. (AAKER, 1998, p.17).
O conjunto de associações específicas a uma marca é determinado
pelo valor subjacente do nome desta. Um estilo de vida ou associações de
personalidade pode mudar a experiência de uso, por exemplo, uma associação
forte pode ser à base da extensão de uma marca. (AAKER, 1998, p.17).
Os outros ativos da marca serão muito valiosos se inibirem ou
impedirem as ações dos concorrentes de abalarem a base da lealdade dos
consumidores. (AAKER, 1998, p.16).
A seguir um quadro demonstrando o modelo de Brand Equity e suas
categorias:
27
Quadro 05- Modelo de Brand Equity
Fonte: Site – www.tvonline.surveys.com
2.1.3 Branding
Branding é um termo inglês que para descrever todas as ações
relacionadas aos projetos de criação e gestão de marcas.
Quando se fala num projeto de branding, entende-se que a marca será
apreciada como um todo – conjunto, nome, desenho, posicionamento, e
comunicação. (MARTINS, 2006, p.8).
28
Branding foca em criar estruturas mentais e ajudar o consumidor a
organizar seu conhecimento sobre produtos. Com isso torna-se fundamental
esclarecer ao consumidor a diferença entre marca e produtos / serviços, já que
com uma marca forte e bem posicionada, garante que os clientes tenham uma
boa aceitação dos produtos e serviços, pela experiência positiva que lhes foi
proporcionado pela marca. (MARTINS, 2006, p.8).
De acordo com Martins:
Branding é o conjunto de ações ligadas à administração das marcas. São ações que, tomadas com conhecimento e competência, levam as marcas além da sua natureza econômica, passando a fazer parte da cultura, e influenciar a vida das pessoas. Ações com a capacidade de simplificar e enriquecer nossas vidas num mundo cada vez mais confuso e complexo. (MARTINS, 2006, p.8).
Pode-se afirmar, dessa forma que o branding foca em colocar a marca de
uma empresa na mente do consumidor, transmitindo assim sensações e
causando emoção a esse. Essas sensações transmitidas garantem a fidelidade
e a confiança necessária para que a marca posicione-se como top of mind do
consumidor. (MARTINS, 2006, p.8).
Branding foca em criar estruturas mentais e ajudar o consumidor a
organizar seu conhecimento sobre produtos, de forma que torne sua decisão
mais esclarecida. Com isso torna-se fundamental esclarecer ao consumidor a
diferença entre marca e produtos / serviços, já que com uma marca forte e bem
posicionada, garante que os clientes tenham uma boa aceitação dos produtos
e serviços, pela experiência positiva que lhes foi proporcionado pela marca.
(MARTINS, 2006, p.8).
KNAPP afirma que branding “é o amplo plano de ação utilizado por
uma organização para definir sua essência, criar uma mudança no paradigma
de marca, ou seja, tornar-se distintiva, e ganhar uma vantagem competitiva
sustentável”. (KNAPP, 2002, p.18).
29
2.1.4- Metodologia de branding
Para KNAPP “A escolha pela metodologia de Knapp foi por se entender
que o autor conseguiu ser didático e mais abrangente em suas explicações,
demonstrando um processo mais completo e com melhor atuação da
interdisciplinaridade, o que representa uma cooperação para a percepção
adequada da melhor forma de agir face às novas exigências da sociedade”.
(KNAPP, 2002, p.51)
Entendendo que a estratégia de marca é parte de uma estratégia
corporativa mais ampla, a concentração de esforços estará voltada
exclusivamente para o posicionamento dos produtos ou serviços na mente do
consumidor. “O processo de avaliação fará uma estimativa da posição
percebida da marca, em termos objetivos, e desenvolverá um consenso na
organização, coerente com a realidade”. (KNAPP, 2002, p.51)
Se não se sabe onde a marca está atualmente, não se pode determinar, com sucesso, como levá-la para onde ela precisa estar no futuro. Um processo de avaliação disciplinado torna-se necessário para encontrar as respostas dessas questões fundamentais. [...] A conceito de Avaliação de Marca diz respeito à objetividade. Seu processo é estruturado de forma a caracterizar as percepções atuais da marca, com base em elementos e conclusões factuais e observáveis, de uma maneira tal q sejam afastados os preconceitos subjetivos indesejáveis. (KNAPP, 2002, p.71-72).
Toda empresa, a partir do momento em que é criada, possui um
propósito. Seja para solucionar um problema e suprir uma demanda existente
ou para se antecipar a uma necessidade futura do mercado, toda organização
possui uma razão de existir. A partir da forma como este negócio é conduzido e
com base nos valores e princípios que são disseminados e compartilhados
internamente - de forma planejada ou não - é inevitável que a cultura
organizacional se constitua. (KNAPP, 2002, p.51).
30
Por intermédio dos diversos pontos de contato da marca, tal cultura
extrapola os limites da organização, permeando também a sociedade, que
passará a ter uma percepção e/ou uma experiência em relação a esta marca.
(KNAPP, 2002, p.52).
Alinhar a estratégia do negócio à cultura organizacional é o ponto
chave para a construção de uma marca de sucesso. A estratégia tem que ser
perseguida pela organização, que depende, inclusive, dos colaboradores para
entregar a promessa de marca. (KNAPP, 2002, p.52).
Um time engajado com a cultura e os valores da empresa é o primeiro
desafio de qualquer empresário e/ou CEO de companhia de qualquer porte.
Por isso, reforço que a marca é reflexo da organização. (KNAPP, 2002, p.52).
Branding não é fazer com que um consumidor escolha uma marca ao
invés da marca concorrente. É fazer com que um potencial consumidor
perceba a marca como a única solução para o que ele busca. A única escolha
lógica para o que ela está oferecendo. (KNAPP, 2002, p.52).
Todos nós, como consumidores, estamos percebendo como o mundo
está mudando de forma cada vez mais veloz. A transformação acontece de
forma acelerada, mas a relação dos consumidores com o produto e serviço
segue um caminho que já está traçado e isso só reforça a importância das
marcas em nossas vidas como consumidores habituais de produtos e serviços.
O grande objetivo do branding, para os bons profissionais de marketing, é fazer
com que suas marcas entrem ou permaneçam na galeria daquelas que
venceram o cada vez mais disputado jogo do mercado. (KNAPP, 2002, p.53).
Gerenciar bem as marcas deve ser o principal desafio da gestão
empresarial dos próximos anos, já que o acesso à informação está cada vez
mais fácil e a disseminação da tecnologia e a igualdade de recursos nas
empresas são um fato consolidado. (KNAPP, 2002, p.53).
31
CAPÍTULO III
O VALOR DA MARCA, LICENCIAMENTO E SÍMBOLOS
3. O valor da marca
3.1 A valorização da marca
O valor da marca deve estar alinhado as suas características
empresariais, a empresa deve preocupar-se com os níveis organizacionais
para que o consumidor obtenha uma boa imagem da marca.
Segundo AAKER (1998, p.22): “Desenvolver enfoques para atribuir
valor a marca é importante por várias razões. Primeiro, porque as marcas são
compradas e vendidas: um valor deve ser calculado tanto pelos compradores
como pelos vendedores. Que enfoque faz mais sentido? Segundo, porque o
investimento na marca, de forma a ressaltarem o brande equity, precisam ser
justificados, uma vez havendo sempre usos competitivos dos recursos
disponíveis”.
De acordo com BOONE & KURTZ (1998, p.284): “O valor da marca
refere-se ao agregado que uma determinada marca fornece ao produto no
mercado, proporcionando uma vantagem competitiva para uma empresa”.
As marcas com alto valor também apresentam vantagens financeiras,
já que a participação de mercado e as margens de lucro provavelmente serão
maiores.
Ainda de acordo com AAKER:
Uma justificativa de análise de resultado é a de que o investimento aumentará o valor da marca. Assim, qualquer indicio de como a marca deve ser avaliada pode ajudar os gerentes a conduzirem a alocação de recursos. A questão da avaliação proporciona um insight adicional mais profundo ao conceito de brand equity. (AAKER, 1998, p.22).
32
Para COBRA (2009, p.186), “A valorização da marca pode chegar a
valer bilhões de dólares, montante proporcional a sua capacidade de gerar
rentabilidade. A marca só tem de fato algum valor de mercado se leva ao que
de fato interessa: Lucro. Como pré-requisito, recomenda a consultoria, a marca
precisa ser coerente com toda a conduta da empresa. E se a conduta da
empresa com o consumidor ou com os clientes não é lá essas coisas é
possível que a consultoria recomende a empresa repensar o seu próprio
negócio”.
O gerenciamento dos ativos de marca de uma empresa não pode mais
ser deixado apenas nas mãos dos gestores de marca. Algumas empresas
estão montando equipes gerenciais de marca para gerenciar suas principais
marcas, além disso, tudo as empresas anda precisam avaliar periodicamente
os pontos fracos e fortes de suas marcas. Em alguns casos, as marcas podem
precisar ser reposicionadas em função de mudança nas preferências dos
clientes ou da entrada de novos concorrentes. (COBRA, 2009, p.186).
Quadro 06- Cinco marcas mais valiosas no mundo e no Brasil
No mundo Bilhões de dólares No Brasil Milhões de dólares
Coca-cola $ 67.5 Banco Itaú $ 1.3
Microsoft $ 59.9 Banco Bradesco $ 859
IBM $ 53.3 Banco do Brasil $ 601
GE $ 49.9 Natura $ 572
INTEL $ 35.5 Petrobras $ 554
Fonte: COBRA, 2009.
Para KOTLER e ARMSTRONG (2007, p.210). O valor de uma marca
forte é o seu poder de conquistar a preferência do consumidor. Uma marca
poderosa tem um alto brand equity que é o efeito diferenciador positivo que o
conhecimento do nome da marca sobre a reação do cliente ao produto ou
serviço.
33
Sendo AAKER (1991, p.41), no valor da marca existem três grandes
beneficiários da existência de marcas com valor:
Empresa proprietária da marca;
Seus distribuidores;
Consumidores.
A empresa proprietária da marca uma vantagem é a importância a
fidelidade da marca que se traduz na permanência de um comportamento
através do número de compras repetidas ao longo do tempo. O envolvimento
com a marca surge quando uma marca especifica adquire para o consumidor
uma enorme importância quer em termos funcionais, quer como expressão
daquilo que ele é ou daquilo que pretende ser, o consumidor confia na marca e
recomenda-se a outros. (AAKER, 1991, p.41).
Nos distribuidores da marca, os mesmos se não possuírem certas
marcas terão dificuldades em fixá-las nos seus clientes. Nos pontos de venda a
condição é fundamental para manter e até elevar a fidelização ao distribuidor,
os produtos de uma marca podem ter o poder junto com os distribuidores de
impulsionar a compra de outros produtos da mesma marca e cumulativamente
as vendas globais do distribuidor. (AAKER, 1991, p.42).
Os consumidores podem desempenhar seis funções: identificação,
localização,pratica,garantia, personalização e lúdica.
Na função identificação a marca permite que o consumidor localize facilmente a oferta que poderá satisfazer as suas necessidades. Na função da localização a marca faz que seja facilmente memorizado o resultado de escolhas anteriores permitindo ao consumidor a compra repetida. Na função prática a marca garante que independentemente do lugar a qualidade é a mesma. Na função garantia a marca da ao consumidor a oportunidade de comunicar quem é ou quem pretende ser. Na personalização a marca permite ao consumidor retirar prazer de suas escolhas-função lúdicas. (AAKER, 1991, p.42).
34
3.2 O licenciamento de marcas
Para (KOTLER E ARMSTRONG, 1998, p.199), A maioria dos
fabricantes leva anos e gasta milhões de dólares para criar suas próprias
marcas. Porém algumas empresas licenciam o uso de nomes ou símbolos
anteriormente criados por outros fabricantes, nomes de celebridades,
personagens de filmes e livros populares.
Ainda de acordo com Kotler e Armstrong:
Mediante o pagamento de uma taxa, quaisquer desses nomes ou símbolos podem ser utilizados em uma marca. (KOTLER E ARMSTRONG, 1998 p.199).
De acordo com (BOONE & KURTZ, 1998, p.28) “Um crescente numero
de empresa esta permitindo que outras empresas usem seus nomes de marca
mediante a uma remuneração prática conhecida como licenciamento da
marca”.
O licenciamento da marca propicia a uma empresa uma exposição
redobrada no mercado e uma fonte de renda derivada dos royalties recebidos
que variam de 4 a 8 por cento do faturamento atacadista. (BOONE &
KURTZ,1998, p.28).
O licenciamento é um contrato por meio do qual um licenciado arrenda
os direitos de parte de uma propriedade intelectual protegida (nome, imagem,
logotipo, personagem, ou composição de mais de um destes elementos) de um
licenciador, que é o dono ou detentor da propriedade, para usarem em um
produto ou serviço. (BOONE & KURTZ 1998, p.28).
Os tipos de propriedades licenciados mais comuns são: arte,
personagens (cinema, TV, videogame, desenhos animados), colegial, moda,
música, esportes (times, atletas) e sem fins lucrativos (museus, universidades,
35
dentre outros). Segundo a Associação Brasileira de Licenciamento – ABRAL,
os segmentos que mais utilizam o licenciamento no Brasil são confecção,
papelaria e brinquedos, seguidos por calçados, higiene e beleza e alimentação.
(BOONE & KURTZ, 1998, p.28).
3.3 Símbolos e Logotipos de marcas
O termo símbolo, com origem no grego súmbolon, designa um
elemento representativo que está (realidade visível) em lugar de algo (realidade
invisível) que tanto pode ser um objecto como um conceito ou idéia,
determinada quantidade ou qualidade. O "símbolo" é um elemento essencial no
processo de comunicação, encontrando-se difundido pelo quotidiano e pelas
mais variadas vertentes do saber humano. (PORTAL I MARCAS).
Segundo KNAAP:
O logotipo de uma empresa está interligado à marca no sentido de que funciona como símbolo visual daquele nome. Os logotipos aparecem na embalagem, na propaganda, no material de papelaria e nos cartões de visitas da empresa e podem ser um lembrete simbólico da marca para os consumidores. Devido à sua capacidade de fazer lembrar a marca, é um elemento muito importante da marca. Os estudos, entretanto, sugerem que muitos designs de logotipos não trazem uma contribuição positiva às marcas. (KNAPP, 2002, p.118).
Embora existam símbolos que são reconhecidos internacionalmente,
outros só são compreendidos dentro de um determinado grupo ou contexto.
A representação específica para cada símbolo pode surgir como resultado de
um processo natural ou pode ser convencionada de modo a que o receptor
(uma pessoa ou grupo específico de pessoas) consiga fazer a interpretação do
seu significado implícito e atribuir-lhe determinado conotação,também estar
mais ou menos relacionada fisicamente com o objeto ou idéia que representa,
podendo não só ter uma representação gráfica ou tridimensional como também
sonora ou mesmo gestual. (PORTAL I MARCAS).
36
KNAAP afirma que:
Os logotipos largamente conhecidos são identificados antes mesmo de lidos. O formato distintivo das letras e outros elementos de efeito cooperam para facilitar o reconhecimento. Tal fato ajuda a sugerir a maneira pela qual o design de identificação funciona. É mais rápido que a leitura, anterior a qualquer nível de instrução e quase subconsciente. (KNAPP, 2002, p.118).
A semiótica é a disciplina que se ocupa do estudo dos símbolos, do
seu processo e sistema em geral. Outras disciplinas especificam metodologia
de estudo consoante à área, como a semântica, que se ocupa do simbolismo
na linguagem, ou seja, das palavras, ou a psicanálise, que, entre outros, se
debruça sobre a interpretação do simbolismo nos sonhos. (PORTAL I
MARCAS).
Na Semiótica todo signo que a convencionalidade predomina possui
uma relação símbolo. Exemplo disso são a paz mundial e a pomba da paz, a
convenção fez da imagem semelhante a uma pomba branca, um símbolo de
paz. (PORTAL I MARCAS).
Muitas companhias costumam revisar regulamente sua identidade
alterando a forma dos seus símbolos para manter atualizados ou modificando a
tipologia e as cores, mas os elementos visuais básicos se mantêm durante
longo tempo de uma forma ou outra. (PINHO, 1996, p.39).
De acordo ainda com (PINHO 1996, p.39), em certas ocasiões é preciso
trocar os nomes coorporativos e isso obriga a imprensa a elevar os
investimentos em dinheiro e implica também nas questões de ordem legal e
logística.
O sinal gráfico da marca vai distinguir a empresa dos demais e pode
assumir as seis formas que são:
Selo
Monosselo
37
Monograma
Logotipo
Símbolo
Pictograma
Os selos são um conjunto de palavras inscrito em uma forma
determinada de fundo (exemplo: FORD), os Monosselo são iniciais ou
conjuntos de iniciais inscritas em uma forma determinada no fundo. (exemplo:
VW), os Monograma são as iniciais do nome da empresa usada de forma única
(exemplo: IBM), os logotipos são nome das companhias escritas de uma única
forma. (exemplo: EATON), os símbolos são sinais gráficos, geométricos ou não
que representa a companhia por convenção (exemplo: JAC MOTORS) e os
pictogramas são sinais que sugerem atividades da companhia. (exemplo:
REDE GLOBO). (PINHO, 1996, p.39).
Quadro 07- Exemplos de sinais gráficos da marca
SELO Ex: Ford, Kodak, Itaú
MONOSSELO Ex: Volkswagen, GE
MONOGRAMA Ex: IBM, BMW, RCA
LOGOTIPO Ex: Sony, Nívea
SIMBOLO Ex: Mercedes Benz, Varig
PICTOGRAMA Ex: Shell, Rede Globo Tv
Fonte: Elaboração própria a partir de PINHO, 1996.
Logotipo, ou logótipo, refere-se à forma particular como o nome da
marca é representado graficamente, pela escolha ou desenho de uma
tipografia específica. É um dos elementos gráficos de composição de uma
marca, algumas vezes é o único, tornando-se a principal representação gráfica.
Logotipo é uma assinatura institucional, a representação gráfica da marca. Por
isso ela deverá aparecer em todas as peças gráficas feitas para a empresa.
(KOTLER E ARMSTRONG, 1998, p.203).
38
Como toda assinatura, a logotipo precisa seguir um padrão visual que o
torna reconhecido onde quer que ela seja estampada. Usar corretamente o
logotipo é uma das ações obrigatórias para o reforço da imagem e da
personalidade da empresa. (KOTLER E ARMSTRONG, 1998, p.203).
Na parte de proteção da marca o registro do INPI registra quatro
formas de marcas que são: 1-Marcas Nominativas 2- Marcas Figurativas 3-
Marcas Mistas 4- Marcas Tridimensionais.
Marcas Nominativas- Quando se trata de uma denominação
pura e simples
Marcas Figurativas- Quando se trata de uma figura, um
emblema, um logotipo ou uma letra ou algarismo, estilizados.
Marcas Mistas- Associação, logotipo, emblema e (ou) figura.
Marcas Tridimensionais- Figura ou desenho em três dimensões.
(KOTLER E ARMSTRONG, 1998, p.203).
Os estudos/pesquisas mencionados demonstram que a marca vem
crescendo no cotidiano.
O poder das marcas em cria um diferencial competitivo para as
empresas em um mercado cada vez mais globalizado, por meio de estímulos e
satisfação dos desejos dos consumidores, a marca ganhou bastante
notoriedade nos dias de hoje.
O avanço da tecnologia, assim como da concorrência mundial, faz com
que produtos e serviços tornem-se mais similares do que nunca. É a partir
desse contexto que o caráter intangível das marcas surge para destacar
produtos e serviços uns dos outros.
39
CONCLUSÃO
Foram apresentados durante o presente estudo alguns caminhos
seguidos por essas marcas para manterem a sua sobrevivência. Autores de
sucesso, em relação ao tema gestão de marcas, apontaram como algumas das
características das marcas duradouras os fatores como a manutenção do
significado delas (criando um valor único na mente dos consumidores), através
do descobrimento e divulgação da essência da marca, e o caráter universal e
atemporal que elas adquiriram ao longo dos anos.
Como foi ressaltado durante o presente estudo, é fundamental que
esses produtos e serviços realmente cumpram as funções a que se propõem a
realizar para que o significado da marca não perca seu valor.
Em um mercado moderno, como o atual, onde a necessidade de se
estar sempre produzindo novidades, saindo dos padrões tradicionais, ou seja,
inovando, é comum observar o ciclo de vida de muitas marcas se encurtando
cada vez mais. Porém, apesar dessa realidade de incertezas e constantes
mudanças no mercado mundial, muitas marcas se destacam por sua
durabilidade. Algumas dessas marcas têm mais que cinqüenta, setenta e cinco,
cem anos de existência e ainda hoje lideram muitos dos seus mercados de
atuação.
Através dos capítulos apresentados, notou-se a comprovação dos
objetivos que eram: Apresentação de uma definição de marca e de como ela
pode ser importante para a empresa; a análise da importância; verificar como o
marketing é trabalhado nas organizações, a importância da marca e sua
classificação. Ainda como complementação, foi visto a natureza e classificação
das marcas.
Foi visto que a marca está dentro do marketing e estará presente onde
ele estiver o marketing pode ser praticado por qualquer pessoa da organização,
não necessariamente tenha que ser a alta administração. Todos devem praticar
o Marketing para que a organização se mantenha no mercado por mais tempo.
40
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44
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS ......................................................................................... 3
DEDICATÓRIA ................................................................................................... 4
RESUMO ........................................................................................................... 5
SUMÁRIO .......................................................................................................... 7
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8
CAPÍTULO I ....................................................................................................... 9
O QUE É A MARCA ........................................................................................... 9
1. O que é a marca ................................................................................... 9
1.1. Conceito e importância ................................................................... 9
1.2 A história da marca e seu surgimento ................................................. 11
1.3 Tipos de marcas ................................................................................. 13
1.4 A escolha do nome da marca ............................................................. 15
1.4.1 O posicionamento da marca ............................................................ 18
1.4.2 O reposicionamento da marca ......................................................... 21
CAPÍTULO II .................................................................................................... 23
BRAND EQUITY .............................................................................................. 23
2. O Brand Equity .................................................................................... 23
2.1 Conceito e fundamentações ............................................................... 23
2.1.2 Fundamentações do Brand Equity ................................................... 25
2.1.3 Branding .......................................................................................... 27
2.1.4- Metodologia de branding ................................................................ 29
CAPÍTULO III ................................................................................................... 31
O VALOR DA MARCA, LICENCIAMENTO E SÍMBOLOS ............................... 31
3. O valor da marca ................................................................................ 31
3.1 A valorização da marca ....................................................................... 31
3.2 O licenciamento de marcas ................................................................. 34
3.3 Símbolos e Logotipos de marcas ........................................................ 35
CONCLUSÃO .................................................................................................. 39
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 40
WEBREFERÊNCIAS ....................................................................................... 43
ÍNDICE ............................................................................................................. 44