Diz que Diz

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PÁG.2 PÁG.5 PÁG.8 PÁG.4 HAPPY HALLOWEEN HORTA PEDAGÓGICA SARAU DE NATAL LOBOS MAUS EDUCAR COM RUMO “Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra” (Anísio Teixeira). Falo do Colégio Vieira de Castro e do seu contributo na educação, numa linguagem que longe de ser académica, é antes e acima de tudo simples e se apresenta na primeira pessoa. É também centrado na primeira pessoa que nasce o Projeto Educativo do Colégio Vieira de Castro. Um Projeto Educativo que espelha uma ação educativa coerente, profícua e dinâmica, onde alunos, pais/encarregados de educação e professores assumem um papel fulcral. Em educação nunca está tudo terminado. A equipa educativa reinventa e contextualiza práticas, reconfigurando-as de acordo com as especificidades de cada turma e a singularidade de cada aluno, numa relação face a face, quase permanente. A reedição da revista “DIZ QUE DIZ” é um espaço aberto de divulgação do conhecimento, dando voz aos diferentes agentes da comunidade educativa envolvidos no Projeto Educativo do Colégio. Numa época em que há, cada vez mais, um alto nível de iliteracia, pretende-se que o contributo dado para esta revista retrate o que todos os agentes da comunidade educativa almejam e ajude a esclarecer todos aqueles que em educação sonham sempre com novos desígnios. Em educação tornamo-nos encenadores, dramaturgos e até atores. Aqui, no Colégio Vieira de Castro, não se pára, nada está, por isso, terminado. Há sempre a convicção do RUMO delineado. Diana Ramalho Nº1 | OUTUBRO 2012 Confianç a e Rigor desde 1940! 31 outubro PÁG.10 FOTOGRAFIA ANIVERSÁRIO 72 Anos a Construir o Futuro!

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Page 1: Diz que Diz

PÁG.2 PÁG.5 PÁG.8PÁG.4

HAPPY HALLOWEEN HORTA PEDAGÓGICA SARAU DE NATAL LOBOS MAUS

EDUCAR COM RUMO“Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra” (Anísio Teixeira). Falo do Colégio Vieira

de Castro e do seu contributo na educação, numa linguagem que longe de ser académica, é antes e acima de tudo simples e se apresenta

na primeira pessoa. É também centrado na primeira pessoa que nasce o Projeto Educativo do Colégio Vieira de Castro. Um Projeto Educativo

que espelha uma ação educativa coerente, profícua e dinâmica, onde alunos, pais/encarregados de educação e professores assumem um

papel fulcral.

Em educação nunca está tudo terminado. A equipa educativa reinventa e contextualiza práticas, reconfigurando-as de acordo com as

especificidades de cada turma e a singularidade de cada aluno, numa relação face a face, quase permanente.

A reedição da revista “DIZ QUE DIZ” é um espaço aberto de divulgação do conhecimento, dando voz aos diferentes agentes da comunidade

educativa envolvidos no Projeto Educativo do Colégio.

Numa época em que há, cada vez mais, um alto nível de iliteracia, pretende-se que o contributo dado para esta revista retrate o que todos

os agentes da comunidade educativa almejam e ajude a esclarecer todos aqueles que em educação sonham sempre com novos desígnios.

Em educação tornamo-nos encenadores, dramaturgos e até atores. Aqui, no Colégio Vieira de Castro, não se pára, nada está, por isso,

terminado. Há sempre a convicção do RUMO delineado.

Diana Ramalho

FICHA TÉCNICA

PROPRIEDADE . Colégio Vieira de Castro

REDAÇÃO . Corpo Discente e Docente; Alunos ex-Alunos

CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS . Arquivo Escolar

DISTRIBUIÇÃO . CVC, Encarregados de Educação, Alunos

MORADA . Rua da Alegria, nº 802 4000-038 PORTOUMA ESCOLA

Nº1 | OUTUBRO 2012

Confiança e Rigor desde 1940!

31 outubro

PÁG.10

FOTOGRAFIA

ANIVERSÁRIO

Rua da Alegria, nº 802 4000-038 PORTO | Tel: 225 105 257 | Tlm: 963 322 098

colégio vieira de castro

ANO LETIVO 2012.13

PRÉ-ESCOLAR | idades dos 3 aos 5 anos

1º CICLO | 1º/ 2º/ 3º/ 4º anos

2º CICLO | 5º/ 6º anos

3º CICLO | 7º/ 8º/ 9º anoswww.colegiovieiradecastro.com

[email protected]

...

Entrei para o Colégio Vieira de Castro ainda com dois anos e “por especial

favor” pois que, como ainda usava fraldas e por norma, naquela altura só

poderíamos entrar com três anos, não me queriam aceitar. Era por isso a

“mascote” do Colégio.

De inicio a minha mãe entregava-nos lá; a mim e à minha irmã Xinha, um

ano mais velha do que eu, e eu ficava sempre num grande pranto ao colo

da D. Teresa mas … passado algum tempo a situação inverteu-se e comecei

a reconhecer no Colégio a minha segunda casa. Era um local onde me sentia

muito segura e acarinhada.

Atualmente confio totalmente no Colégio Vieira de Castro para deixar os

meus filhos! E eles não abdicam da escolha que a mãe fez, mesmo vivendo

relativamente longe, o que me dá uma grande satisfação e serenidade quan-

do os levo ao Colégio de manhã.

Uma das situações que mais me agrada é deixar os meus filhos com as edu-

cadoras com as quais eu e a minha irmã crescemos e que tão boas recorda-

ções me trazem!

Agrada-me saber que de uma maneira ou de outra vou partilhar com eles

parte da minha infância num Colégio que tão bem me acolheu e me soube

transmitir tão grandes e bons valores.

Maria Luís Pontífice Barroso

...

”O amor recíproco entre quem aprende e quem ensina é o primeiro e

mais importante degrau para se chegar ao conhecimento.”

Entrei para o Colégio Vieira de Castro no “longínquo” ano de 1979, para o 1.º

ano (antiga 1.ª classe) onde completei o 1.º ciclo.

Dessa época guardo recordações extraordinárias, em especial da forma

carinhosa como sempre fui tratado e do ambiente “familiar” que ali existia.

Tenho agora duas filhas inscritas no Colégio (no Pré-escolar e no 1.º ano) e

percebo que, volvidos mais de trinta anos, aquele espírito perdura, o afecto

e a dedicação a cada criança mantêm-se (fazendo com que estas se sintam

amadas, respeitadas e protegidas), aliado a uma qualidade de ensino de

excelência.

A grandeza do Colégio Vieira de Castro reflecte o enorme profissionalismo,

dedicação, espírito de missão de todos quantos ali trabalham / trabalharam.

A todos um grande bem-haja,

Um antigo aluno

Hugo Marantes

72 Anosa Construiro Futuro!

Confiança e Rigor, desde 1940!

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Estando conscientes que no processo ensino-aprendizagem, em qualquer

contexto em que se esteja inserido, é necessário reconhecer as estratégias

para um melhor aproveitamento da aprendizagem, e consequentemente,

para o sucesso educativo, espelhamos aqui a ação do Colégio Vieira de Castro

(CVC), de forma a proporcionar uma análise do seu contributo no sentido

do respeito pelos grandes valores acerca do Homem, do sentido da sua

existência, da sociedade, da família, da educação e da escola.

A evolução do mundo contemporâneo acarreta a necessidade do

conhecimento e da capacidade de utilização de diversas línguas, com

destaque para a inglesa, que se tornou a língua de comunicação universal,

por excelência. Assim, o Colégio Vieira de Castro testemunha que o ensino

precoce de língua inglesa garante as aprendizagens essenciais das crianças

para a formação de cidadãos autónomos, críticos e participantes, capazes de

atuar com competência, dignidade e responsabilidade na União Europeia e

no mundo.

A aprendizagem em aula de línguas estrangeiras é potenciadora da ampliação

da visão da criança sobre o mundo, seus povos, suas línguas e suas culturas.

Neste sentido, o Colégio aposta também na aprendizagem ativa de Espanhol,

que sendo parte da biografia linguística do aluno permite a criação de um

portefólio de línguas pessoal, rico e complexo, e valoriza assim a língua

materna, o Português.

AÇÃO CVC

PASOS

DE

GIGANTE

PEGADAS

DE

GIGANTE

GIANT

FOOTSTEPS

A educação do corpo, do gesto, da audição, da voz e da visão desenvolve nas

crianças o campo das possibilidades de interpretar o mundo, de exprimir o

pensamento, de criar.

É importante reconhecer a importância que a Expressão e Educação Musical

tem no desenvolvimento afetivo, social e intelectual das crianças, na medida

em que contribui declaradamente para a expressão da personalidade, para a

estruturação do pensamento e para a formação do caráter.

atividades

Pedro Duarte9º ano

Miguel 9º ano

David 9º ano

Pedro Diogo Simão 9º ano

Yvanna 9º ano

João Souzellas 9º ano

Carlos Pina 9º ano

Ao procurarmos uma escola para o nosso filho, pretendíamos encontrar

um local onde ele fosse feliz e crescesse em valores e saberes. Durante

meses a fio fomos recebidos por instituições cuja missão educativa “privi-

legiava” o compromisso com o aluno, com a religião, com a justiça, com a

comunidade, entre outras. Infelizmente, ou antes, felizmente, estas escolas

recusaram-se a assumir um compromisso para com o nosso filho, porque ele

não reunia os “requisitos mínimos” para ser apoiado na construção do seu

projeto de vida.

No meio destas aventuras e desventuras apareceu o Colégio Vieira de Castro,

que depois de nos ouvir e analisar o processo do nosso educando, pergun-

tou se estávamos dispostos a ACREDITAR no trabalho do corpo docente do

Colégio. E, assim, sem dramas e de uma forma simples foi assumido um

compromisso de AMOR caracterizado pela ajuda contínua, pelo carinho, pela

amizade, pela disponibilidade e pela preocupação constante de dar ao nosso

filho tudo o que ele merece e tudo o que ele tem direito.

Percebemos que nesta casa os(as) alunos(as) não são números, nem pro-

cessos que transitam de um ano para o outro. A interação aluno-professor

e professor-aluno constrói-se diariamente e o corpo docente enriquece es-

tes jovens em diversas vertentes, privilegiando atividades que estimulam a

curiosidade, o gosto pelo saber, a cidadania e o pensamento autónomo. A

relação escola-família é outra realidade visível. Os pais sentem que têm uma

escola aberta, onde expõem as suas dúvidas e encontram respostas e apoio

para os seus problemas. Ao longo do ano letivo, quer à noite, quer ao fim

de semana, a família é convidada a participar em inúmeras atividades que

resultam numa convivência saudável e estimulam um relacionamento en-

riquecedor. A interação escola-sociedade abraça causas como a “Acreditar”,

que promove a solidariedade e dignifica valores pessoais e sociais.

Para finalizar, gostaríamos apenas de partilhar um pequeno episódio. A nossa

filha frequenta o 10º ano, onde um ex-docente deste colégio é seu professor.

Ao fim de algumas aulas, comentou:”Este professor é diferente de todos os

outros. Além de explicar muito bem a matéria, conversa connosco, ouve-nos,

aconselha-nos, dá-nos verdadeiras lições de vida….”

Nós ACREDITAMOS no COLÉGIO VIEIRA DE CASTRO.

Porque mobiliza saberes na construção do processo de ensino/aprendiza-

gem de cada aluno(a);

Porque promove e valoriza o respeito pelo EU, pelo OUTRO, pela DIFERENÇA;

Porque EDUCAR é AMAR e o CVC ama os nossos(as) filhos(as)

INCONDICIONALMENTE.

Em quem mais poderíamos ACREDITAR?

Os pais sempre Gratos

Daniela Garcia Cervan / José António de Oliveira Lopes

...

É com alguma nostalgia que recordo a maior parte da minha infância no Colé-

gio Vieira de Castro. Na realidade, aí passei 12 anos onde me senti acarinhada

por todos: desde funcionários, professores e colegas. Foram anos felizes, em

que para além dos conhecimentos e saberes adquiridos, me foram também

incutidos valores que ajudaram à minha formação enquanto pessoa e como

membro da sociedade. Aliado a tudo isso, tive um ensino de qualidade que

me permitiu prosseguir com sucesso os meus estudos. Saliento o carinho

da minha primeira educadora, a professora Fátima, que hoje é a educadora

do meu filho Guilherme, tal como foi da minha filha Carolina. Lembro-me

com saudades das festas de fim de ano preparadas com tanta dedicação e

“savoir-faire” por todas as professores e respetivos alunos, que revejo atu-

almente no papel mãe. Tudo era preparado ao mínimo detalhe: cenários,

vestuário, coreografias, escolha das músicas, etc. E nós, pequeninos, nesse

dia sentíamo-nos grandes e importantes, no meio do nervosismo e do medo

de esquecermos algum passo da nossa coreografia!... Tempos que não se

esquecem!... E que hoje vejo refletidos nos meus filhos. Por tudo isto não

hesitei em matricular os meus filhos no Colégio onde fui uma criança feliz

e, que continua a ter aquele cariz familiar que faz com que todos se sintam

em casa, sem descurar a qualidade do ensino e da transmissão de valores.

E não me arrependo, porque as minhas expectativas, como mãe, não foram

defraudadas e sei que os meus filhos estão em muito boas mãos.

Ana Rita Ribeiro

...

Em casa, foi assim que me senti quando regressei ao Colégio, hoje com 28

anos. Tinha cerca de 3 quando lá cheguei pela primeira vez. Antes de mim

o meu irmão e depois de nós, alguns primos. Enquanto aluna, lembro-me

do rosto de cada professora, de cada funcionária e dos dois directores da

altura. Lembro-me das festas de fim de ano, dos passeios, da Lúcia (Profes-

sora primária) a queixar-se à minha mãe de eu ser muito faladora, dos calo-

rosos abraços do Dr. Gil (Director), da comidinha da D. Conceição (Cozinheira),

dos beijinhos matinais da Isilda e da D. Teresa (Funcionárias), enfim recordo

principalmente o bem que todos me fizeram e o quanto contribuiram para a

pessoa em que me tornei.

O Colégio nunca deixou de fazer parte da minha realidade, visito-o com al-

guma frequência quando vou buscar as minhas afilhadas. Vou conseguindo

matar as saudades. No entanto, recentemente assumi um novo papel, o de

encarregada de educação de dois meninos. Deixando para outra altura o

agradecimento a todos os que possibilitaram a integração destes dois alunos

na vida do Colégio, está a ser muito bom saber que continuo a escrever na

história do Colégio Vieira de Castro. Perceber que os alunos continuam a ser

a prioridade desta grande “família”.

Maria João PInheiro

...

Recordar é viver e revivo constantemente as boas recordações do “meu”

colégio, sempre que vejo espelhado nos olhos dos meus filhos, Gonçalo e

Catarina, a alegria, a paz e felicidade de ser criança.

Porque no “nosso” colégio não se formam só bons alunos mas principalmente

excelentes pessoas, acredito que estaremos todos no rumo certo.

Com os melhores cumprimentos,

Nuno Marantes

Em busca do conhecimentoPercorremos kilómetros

Passo a passo avançamos eDiferentes rumos tomámos

Por aqui e por aliHere and there

Aquí o allaAs nossas pegadas deixamos.

Page 3: Diz que Diz

Tendo em conta o desenvolvimento motor da criança, a Expressão e

Educação Físico-Motora são fundamentais para o seu desenvolvimento

global, em particular na aquisição de destrezas motoras, hábitos e atitudes

indispensáveis para uma vida ativa e participativa.

Neste contexto, a área da Expressão Artística assume de forma muito

particular um papel de destaque no tratamento da sensibilidade e,

consequentemente, fomenta e favorece a espontaneidade, dando maior

expressão aos sentimentos e pensamentos, enriquecendo assim o valor de

comunicação da expressão gráfica e da criatividade.

Numa altura em que os alunos participam ativamente na construção do seu

próprio saber, o Colégio Vieira de Castro, na área das ciências experimentais,

preocupa-se com a diversificação das situações de aprendizagem, de acordo

com os interesses e aptidões dos alunos, privilegiando as atividades, onde

os alunos têm possibilidade de se corrigirem, confrontarem propostas e

estratégias, bem como observarem diferentes processos de raciocínio. Através

da exploração/investigação o Colégio pretende dar resposta às necessidades,

interesses, motivações e ritmos de aprendizagem de cada aluno.

Assim, o Colégio Vieira de Castro aposta continuamente na formação

integral dos seus alunos.

Prova deste investimento em educação, apresentamos o projeto «Prepara-te!

- 4º ano» da Editora Nacional que se afirma como um apoio complementar

ao trabalho de preparação dos alunos para as Provas de Aferição do 4º ano,

tendo como objetivo aferir o desempenho dos alunos no que respeita às

competências, conteúdos e conceitos específicos de cada área e, assim,

promover o sucesso escolar.

Uma das autoras é Carina Teixeira, professora titular de turma do 4º ano.

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testemunhos

COLÉGIO VIEIRA DE CASTRO, uma história com 60 anosNasci no Porto, em Maio de 1943, e morei largos anos na Travessa de Santo

Isidro, primeiro mais ou menos em frente ao portão do quintal do Colégio e,

mais tarde, do mesmo lado, duas casa para Sul. Desta minha segunda casa,

no n.º 23, via a fachada nascente e parte do quintal, do Colégio, a escola onde

aprendi as primeiras letras.

Para lá entrei com 6 anos e saí com 10, com a 4ª classe e a “admissão” feitas.

Que recordações desses anos consigo (des)arrumar, de um dia para o outro?

Primeiro, bastava-me atravessar a rua para entrar e sair. Os rapazes entravam

pela Travessa e as meninas pela Rua da Alegria, o que não impedia que, à

saída, corressemos pela R. de Santo Isidro acima, ao encontro delas, para

as seguir e acompanhar pela R. da Alegria (isto não era assim, logo na 1º

classe…). Recordo alguns nomes: Eunice, Lello, Barbot (2 irmãos?), Mota Tor-

res, Alexandre Pina Manique (que ainda há pouco tempo continuava a morar

na casa que sempre foi da família, na R. da Alegria, entre a R. Latino Coelho

e a R. da Constituição).

O quintal tinha um jardim frondoso e um enorme diospireiro. Os diospiros

maduros por vezes esborrachavam-se no chão, em manchas coloridas. Re-

cordo um dia em que, já depois das 17 horas e, portanto, com o portão

fechado, eu e um companheiro de brincadeira, escalamos o muro para ir ao

quintal roubar diospiros.

Do jardim, onde fazíamos recreio quando o tempo permitia, acedíamos

ao rés-do-chão da casa (ao nível da rua da Alegria) por umas escadas que

ladeavam um galinheiro, onde também vivia um cágado.

As meninas tinham aulas na sala do rés-do-chão, voltada para a R da Alegria

e os rapazes no último andar, traseiras. O 2º andar e o lado da frente do

3º eram residência da família Vieira de Castro, que leccionava: a “D. Alzira”

(rapazes), a “D. Gininha” (meninas), ambas já idosas, e a filha/sobrinha, a”

Litinha”, jovem encantadora que ensinava as primeiras letras aos rapazes. De

fora, vinha a D. Maria Alice, que ensinava a 4ª classe (e a 3ª ?) e preparava

para a “admissão”, meninas e rapazes. A este nível, no 3º andar, as meninas

sentavam-se na primeira fila de carteiras à entrada na sala, e os rapazes nas

outras duas, do lado das janelas.

A D. Alzira era severa, a D. Gininha era mais acessível, e a D. Maria Alice

infundia o terror típico da professora cinquentona e solteirona. Morava na R.

Alselmo Brancamp e eu e aprendi a respeitá-la, e cumprimentava-a sempre

que, ao passar, ano após ano, a via à janela de casa.

Recordo dois episódios engraçados.

Um, sentado na última fila, do lado da janela, numa carteira corrida, com dois

tampos que se abriam para arrumarmos os livros e material escolar. Ao meu

lado o “…” molhava pedacinhos de papel na boca e fazia com eles pequenas

bolas que colocava na extremidade duma lâmina de barbear. Segurada a

outra extremidade e solto o “ariete”, a bolinha de papel ia colar-se no tecto,

para nosso deleite. Entretidos, não demos conta da aproximação da D. Maria

Alice que pregou um par de “galhetas” em cada um e nos mandou buscar um

espanador para limpar o tecto – gozo geral!.

Da outra vez, não recordo porquê, fui acusado de mau comportamento e sen-

tado “de castigo” entre duas meninas, para gáudio de todos (e inveja de alguns?).

No 3º andar havia uma pequena sala interior que comunicava, por um lado,

com a sala de aula e, por outro lado, com o vão e balaustrada da escada.

Quando havia uma inspecção, eu e mais meia dúzia que estávamos abaixo da

idade escolar mínima legal, ou que excedíamos o número de alunos permit-

ido, éramos fechados aí, com instruções de silêncio absoluto, apenas sendo

“libertados” após a saída dos inspectores.

Se a memória me não atraiçoa, nunca se realizaram visitas de estudo.

Olhando para trás, o que eu acho interessante é que esta “estrutura” de

ensino, que hoje nos perece anacrónica, funcionou, para mim e, arrisco dizer,

muitos mais. Foi aí, aprendendo a tabuada, os rios, as serras, as linhas e

ramais do caminho de ferro, as conjugações dos verbos, etc., que eu comecei

um percurso académico que me levou até ao, então, Instituto Industrial do

Porto, depois ao MIT, onde estudei 3 anos, e à Universidade Nova de Lisboa

onde fiz o meu MBA. O meu percurso profissional foi, também, muito rico e

variado. Hoje sou Oficial de Marinha reformado, mantenho-me activo, contin-

uo a visitar o Porto com frequência, e a olhar para o Colégio Vieira de Castro

com aquele sentimento muito especial que nos transmitem as referências

que resistem ao tempo e se fortalecem com ele.

Felicito-vos e desejo que mantenham o rumo.

António F. Vasconcelos da Cunha, ex-aluno

ACREDITAR NO COLÉGIO VIEIRA DE CASTRO?

SEMPRENós, pais, influenciamos a educação dos nossos filhos, desde que eles nas-

cem, pensando em como os ajudar, preocupando-nos com o seu futuro e

tentando desenvolvê-los harmoniosamente para que sejam pilares sólidos

de uma sociedade que se paute pela liberdade, igualdade, fraternidade e

solidariedade.

Quando surge o momento de decidirmos pelo colégio/escola onde eles

irão construir o seu percurso, baila, de um modo geral, nas nossas mentes a

seguinte pergunta: ”Como é que gostaríamos que o nosso(a) filho(a) fosse

educado(a)?” E, para esta questão, surge então um leque variado de opções:

Uns escolhem escolas onde os jovens atingem “por mérito” o topo dos rank-

ings, outros, preferem instituições com instalações magníficas, esquecendo o

velho provérbio “quem vê caras, não vê corações”. Outros, ainda, por uma

questão de facilidade, decidem-se por escolas perto das suas casas. E por aí adiante…

Os dados são lançados e a instituição de eleição para os nossos filhos lá acaba

por aparecer. Mas a realidade é outra: quando à questão inicial adicionamos

à palavra “filho(a)” os vocábulos “com dificuldades de aprendizagem”, a per-

gunta inicial resume-se a: ”ONDE é que o nosso(a) filho(a) com dificuldades

de aprendizagem PODE ser educado(a)?”

A maioria das pessoas, felizmente, não entende por que razão é dada ên-

fase às palavras ”ONDE” e “PODE”. Mas, nós somos pais de um jovem com

dificuldades de aprendizagem e trilhámos um caminho deveras penoso até

chegarmos ao Colégio Vieira de Castro.

Page 4: Diz que Diz

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Para além da formação científica, o Colégio Vieira de Castro também potencia o ensino pela descoberta. Descobre-se em laboratório, em sala

de aulas e na natureza.Para colher é preciso semear, por isso, semanalmente, os alunos dos 4 e 5 anos vão até à Quinta do Covelo, junto da natureza cuidar da sua horta pedagógica, local onde semeam, transplantam, regam e visitam o Sr. Pinheiro de Natal, que semanalmente protege o canteiro das investidas dos pássaros mais esfomeados.

Num contexto de aprofundamento da responsabilidade social e com o objetivo de estreitar os laços de integração com a comunidade em que

se insere, o Colégio Vieira de Castro apresenta ainda um eixo de intervenção que passa pela diversificação da educação, lecionando Cursos de Educação e Formação (CEF).Com uma ativa participação em concursos, exposições e projetos promovidos por instituições de ensino superior, postos de turismo e outras entidades do tecido empresarial português, pretende-se obter nestes cursos uma maior diversidade de linguagens nos projetos finais, fruto da interação entre alunos com percursos de vida distintos. Pretende-se ainda a realização de trabalho prático em contexto empresarial e em articulação com as funções da área profissional em que o curso se insere e a promoção de ações que mostrem à comunidade a aptidão estética, o domínio tecnológico, os conhecimentos, competências, responsabilidade e sentido crítico adquiridos pelos alunos, decorrentes de um nível de qualidade exigido por todos.

Porque o Colégio Vieira de Castro pretende também que a multiculturalidade e a aceitação ativa da diversidade humana estejam sempre presentes no dia-a-dia de todos os elementos da comunidade escolar, a começar pelos mais novos, a abordagem destes dois temas passa pela tomada de consciência da identidade de cada um e pelo conhecimento da sua própria cultura, tal como espelha a poesia “Meninos de todas as cores” de Luísa Ducla Soares. “Era uma vez um menino branco chamado Miguel, (…) Enquanto, na escola, os meninos brancos pintavam em folhas brancas desenhos de meninos brancos, ele fazia grandes rodas com meninos sorridentes de

todas as cores.”

Luísa Ducla Soares

Eduardo Ferreira, T3 Fotografia

2010-2011

Jéssica Alves, T3 Fotografia

2010-2011

Ana Raquel Rocha, Gonçalo Madureira, Helena Nascimento, Igor Gonçalves, Jorge Magalhães, Rafeal Vieira - T2 Pré-impressão, 2011-2012

atividades

Todos nós sabemos bem, que enquanto agentes educativos, constituímos um importante e decisivo fator no desenvolvimento individual, no acesso ao conhecimento, no relacionamento social, no sucesso escolar e profissional e no exercício da plena cidadania. O Colégio Vieira de Castro através de toda a sua estrutura educativa mobiliza esforços no sentido de assumir um papel ativo no conceito de escola solidária. Consciente deste papel, o Colégio assumiu uma maior responsabilidade com o projeto de escrita criativa e solidária, “Histórias de Encantamento”. No dia da criança foi apresentado, na FNAC, este livro infantil escrito a várias mãos. Juntamente com alguns nomes conhecidos da literatura portuguesa, con-tou com a participação direta dos alunos, pais/encarregados de educação e professores do Colégio Vieira de Castro, cumprindo também um objetivo primordial da educação: incentivar as crianças e jovens para a leitura e para a escrita.

Helena4 anos

Maria Inês5 anos

Martim5 anos

Mariana4 anos

Rodrigo5 anos

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512

Como ser solidário é sentir a necessidade infinita de partilhar, o Colégio Vieira de Castro participa, uma

vez mais, numa ação solidária e desta feita, através do nosso compromisso com a associação Acreditar,

dando um contributo único a favor de uma causa maior: “Construir uma casa no Porto para apoiar famílias

e crianças com cancro”.

Através dos seus alunos, pais, encarregados de educação, professores e restante comunidade escolar, o

Colégio mobiliza esforços no sentido de, juntos, assumirmos um papel ativo na construção desta casa.

Assim, o nosso primeiro “tijolo” foi conquistado através da realização de um Sarau de Natal, no dia 16 de

dezembro, no Fórum da Maia, a festa de um amor maior.

A vontade verdadeira de ajudar é imparável. Assim, o Colégio Vieira

de Castro mostrou, uma vez mais, o seu tremendo respeito e sentido de

responsabilidade social, através da angariação de bens alimentares a favor

da Acreditar.

trabalhos de alunos

A Carta

Segunda-feira, 20 de março de 2012

Querido Pai:

Desculpa ter desaparecido sem te avisar, mas não foi possível.

Fui raptada por extraterrestres que me trouxeram na sua nave espacial para

a galáxia Caduna.

Não te preocupes comigo porque, como precisam de mim para iluminar esta

galáxia, tratam-me muito bem.

Quando tiveres saudades minha vem visitar-me que eu farei o mesmo.

Um abraço da tua filha

Estrelinha

Bruno Frederico Queirós, 3º ano - 2011/2012

O sonho da Ana

A Ana vivia no Porto e tinha sonhos como todas as crianças da sua idade.

Gostava de brincar com as suas bonecas, fazer penteados e colorir os cabelos.

O seu sonho era ser cabeleireira para cortar, pintar e secar os cabelos das pes-

soas. Tinha curiosidade em saber como pegar nas tesouras e cortar os cabelos.

Sabia que tinha de estudar muito para aprender esta profissão. Por agora, fa-

zia experiências nas bonecas e na sua mãe, que adorava os seus penteados.

Um dia, gostaria de ser cabeleireira numa estação de televisão.

Todas as crianças têm um sonho e este é o meu.

Ana Francisca Caridade, 3º ano - 2011/2012

FOTOGRAFIA

Joana Gaspar, T3 Fotografia, 2010-2011

Diana Monteiro, T3 Fotografia, 2010-2011

Ana Quelhas, T3 Fotografia, 2010-2011

acreditar

Os animais que hibernam As cobras hibernam com a chegada do inverno porque, como têm sangue

frio, precisam de mais energia para manter o seu metabolismo. Como ado-

tam a temperatura ambiente, se esta sofre reduções acentuadas, são inca-

pazes de realizar as suas funções básicas.

Rita Silva, 2º ano - 2011/2012

Os grilos vivem nos campos e comem alface. É o macho que canta. Cada

um dos seus saltos equivale a um salto nosso de 60 metros. Ele hiberna e,

quando acorda, o seu canto enche de som a paisagem.

Fábio Peixoto, 2º ano - 2011/2012

Page 6: Diz que Diz

116

trabalhos de alunos

Somos uma estrutura de ensino onde a liberdade de expressão, o conhecimento científico e o espírito solidário se entrelaçam inequivocamente.Caminhamos, em segurança, RUMO AO FUTURO.

O último capítulo da vida de Ulisses(Nem todas as histórias têm um final feliz)

Quando chegou ao reino, Ulisses viu a sua terra devastada. Ele sentiu-se

muito triste, por isso tomou logo medidas de prevenção.

Ao longo dos meses, a terra começava recuperar dos danos das invasões, e os

cidadãos estavam cada vez mais felizes. Ulisses também estava feliz, estava

com a mulher que tanto amava e com o seu querido filho.

Ele não sabia da vingança que os troianos estavam a preparar. Eles não iriam

destruir a cidade como os gregos tinham feito, mas iriam fazer com que

Ulisses e a sua família sofressem, sofressem muito.

Estava tudo calmo, até que um dia Telémaco perguntou a Ulisses se queria ir

caçar. Ulisses nem pensou duas vezes na resposta, pois ele adorava ir caçar

com o filho. Então, pegaram nas suas armas e foram caçar para a mata.

Caçaram lebres e perdizes. Quando estavam a regressar a casa, Ulisses ouviu

um barulho estranho, como se fosse o bater dos cascos de um cavalo na terra,

Ulisses voltou-se e deparou-se com um pequeno exército de troianos. Ulisses

reconheceu-os logo, e quando ia a perguntar o que é que eles estavam ali

a fazer no seu reino, o chefe do exército disparou uma bala na direção de

Ulisses, mas este desviou-se a tempo e a bala acertou no tronco de uma

árvore.

Depois disto, os cavaleiros avançaram, montados nos seus cavalos. Telémaco

não os viu, acabando por ser atropelado. Ulisses ainda o tentou salvar, mas

quando Telémaco parecia estar melhor, morreu!

Ulisses estava a ex plodir de raiva, correu até ao seu palácio, montou num

dos seus cavalos, chamou o seu exército e foi combater os troianos. Foi uma

batalha difícil, cruel e muito dura, onde mais de metade do exército morreu.

Surpreendentemente… Ulisses tinha sucumbido às mãos do exército troiano.

Todos choraram a sua morte, todos queriam que Ulisses estivesse ali, com

eles. Penélope chorava desesperadamente. Os homens da sua vida tinham

morrido, ela não queria acreditar.

Penélope, adoeceu, e morreu de desgosto.

Ítaca, com o decorrer dos anos, transformou a sua geografia, os seus hábitos

e a sua cultura.

Mudaram-lhe o nome, mas reza a história que o seu fundador foi o grande

Ulisses.

Ulisses, descansa em paz.

Margarida Vigo, 6º ano - 2011/2012

My schoolMy school is not very big but it’s cosy. My school is in Oporto and its name

is Colégio Vieira de Castro. I am in Year six and my classroom is in room 3.1

and it has got big windows and a lot of light.

In my school there are classrooms, , a laboratory, an art room, a computer

room, media room, playground, gym, canteen, teachers’ room head

teacher’s office, reception area, staffroom, girls’ toilets, boys’ toilets, etc.

My favourite school lunch is sausages with rice and scrambled eggs. My

favourite place in school is the gym because it’s very funny. My favourite

school subject is Maths and my favourite school day is Friday because I

have skating lessons. My favourite English song is “Save the World” and my

favourite time of the day is morning because I talk with my friends.

I like playing football, basketball and being in school with my friends.

I love my school and my best friends!

Miguel Leão, 6º ano - 2011/2012

Um raio de solEstava a caminho do trabalho, quando fui atingido por um raio de sol de

1,67m. Parecia que estava no deserto, só que além do sol havia também

uma brisa.

Aquele raio de sol acabaria com qualquer dia pouco ou muito nublado,

com rajadas de vento de 33 km/h. Acabaria, também com dias de elevada

precipitação.

Esse tipo de sol só se vê uma vez na vida e é tão raro como um nevão em

África, por isso agarrei o raio de sol e tentarei nunca mais o largar.

Este raio de sol acabou por se tornar no grande amor da minha vida.

Pedro Diogo Simão, 9º ano - 2011/2012

Mi diarioHoy ha sido el mejor día de mi vida.

De camino a la Escuela con mi mejor amiga, y, cuando llegamos nos han

dicho que no habían clases, porque había una plaga de hormigas.

Entonces nosotras nos fuimos al centro comercial.

Cerca del Centro Comercial, ocurre algo sorprendente! Un piano ha caído

delante de nosotras!

Mirando al cielo, hemos visto a…..George Clooney!!!!!

Quedamos asustadísimas, hasta caímos al suelo. El, George, se ha despendido

del cielo, se acercó, y , nos ayudó a levantarnos.

Nosotras le dimos las gracias y de seguida el nos ha pedido un Nexpresso.

Estábamos riendo, cuando he oído el sonido de una puerta…

Era mi madre, todo no pasaba de un sueño… pero que dulce sueño!

Teresa Marmeleiro y Bárbara Resende, 8º ano - 2011/2012

Page 7: Diz que Diz

710

O Amor CorrespondidoHá muito, muito tempo, num reino distante, vivia uma linda princesa que

se chamava Madalena. Madalena desde muito pequena que aprendeu a ser

bondosa com os outros e a ajudar quem mais precisava.

ऀA princesa, apesar de ter um coração de ouro, era muito bonita, tinha olhos

verdes como esmeraldas, uns cabelos loiros e compridos. Sua pele era branca

e macia e tinha uns lábios vermelhos como uma rosa. Madalena vivia num

castelo com o seu pai, o grande rei Carlos.

Naquela altura, todos os rapazes do reino olhavam de maneira diferente para

a princesa, a sua beleza cegava de amor todos aqueles que se atreviam a

olhá-la nos seus doces olhos verdes. Mas ela sentia que nenhum daqueles

pretendentes era o seu verdadeiro amor.

Numa noite de lua cheia, o céu encheu-se de estrelas cintilantes e a princesa

dirigiu-se para a varanda do seu aposento com a sua aia, viram uma estrela

cadente e a sua aia disse:

- Uma estrela cadente! Dizem que quando pedimos um desejo a uma estrela

cadente ele concretiza-se! Será que é verdade?

- Vale a pena experimentar! – Exclamou Madalena – Desejo encontrar o meu

verdadeiro amor… - Pediu ela.

Depois de sentirem uma brisa fria, voltaram para dentro.

Madalena não sabia que o seu pai, o rei Carlos, estava a ouvir o seu pedido.

O rei Carlos era um senhor que cumpria sempre com a sua palavra, e já há

algum tempo, digamos desde que Madalena tinha 4 anos, disse à rainha

Isabel do reino vizinho que a princesa casaria com o seu filho Bartolomeu. E

em breve o casamento iria acontecer, mas Madalena nem desconfiava de nada.

No dia a seguir, Madalena e o Pai foram passar ao mercado para ir

cumprimentar os camponeses, quando ao sair da carroça o colar de diamantes

de Madalena caiu. Madalena quando o ia a apanhar, as suas mãos tocaram

nas de um belo rapaz de olhos azuis. A princesa, atrapalhada e maravilhada

com a gentileza e a beleza do rapaz disse:

- Obrigada, por me apanhares o colar, foste muito gentil! E és muito bonito…

- De nada sua alteza, faço tudo por si! E obrigado, a princesa também é muito

bonita, os seus olhos são lindos como esmeraldas! – Exclamou ele.

Madalena, corada, agradeceu o elogio e perguntou o nome ao rapaz, ele

disse que se chamava Afonso. Ainda toda corada apercebeu-se que estava

apaixonada pelo rapaz e sentia que aquele era o seu grande amor. O rapaz

depois disse:

- Encontra -te comigo todos os dias, a esta hora, à beira do rio da floresta…

Madalena acenou que sim com a cabeça. O pai é que não estava a gostar

nada da conversa e tirou-a dali a sete pés.

Quando chegaram ao castelo, o pai contou-lhe tudo sobre o casamento

real com o príncipe Bartolomeu. A princesa disse que não queria casar com

Bartolomeu, pois ele não era o seu verdadeiro amor. O pai insistiu, mas ela

continuava a dizer que não.

- Se não casas com o príncipe Bartolomeu, não casarás com mais ninguém!

- Afirmou ele.

Madalena foi para o quarto chorar. A princesa continuava a recusar-se casar

com Bartolomeu.

No dia seguinte, Madalena foi ter com o Afonso, o seu amado, tal como

combinado. A princesa contou tudo a Afonso e disse que estava apaixonado

por ele. Afonso retribuiu dizendo que o sentimento era recíproco.

Nesse dia, quando Madalena chegou ao castelo, quem a esperava? Era

Bartolomeu que estava com a rainha e com o seu pai. O rei Carlos chamou-a

para ela vir conhecer o seu futuro marido mas nem Madalena nem

Bartolomeu estavam interessados um no outro.

Madalena a meio da conversa diz ao seu pai que está apaixonada por Afonso,

um camponês. O pai desatou a rir .

A princesa disse que ia casar com Afonso mesmo que tivesse de fugir com

ele para lá das sete colinas. O pai, irritado, voltou para o seu aposento, mas

continuava a dizer que ela iria casar com o Bartolomeu.

No dia seguinte, Madalena contou o que se tinha passado a Afonso e ele disse:

- Vamos fugir daqui Madalena! Vamos viver felizes juntos, não importa eu ser

pobre ou rico mas, amar-te.

Madalena disse que na noite antes do casamento com Bartolomeu iria fugir

do castelo e viria ter consigo, com a ajuda da sua aia.

Na noite seguinte, aconteceu o que tinham combinado: ela fugiu do castelo

com a ajuda dos amigos e foi ter com o seu amor. Nessa mesma noite eles

fugiram graças à esperteza da Afonso e Madalena e a ajuda dos seus amigos.

No dia seguinte, o rei, furioso, mandou alguém à procura deles mas ninguém

os encontrou.

Depois da palavra “ aceito”, Madalena e Afonso viveram felizes para sempre

e tiveram duas lindas filhas!

Moral da História: O amor supera qualquer obstáculo.

Diana Almeida, 7º ano - 2011/2012

...

Os seres humanos vivem no reino da natureza e estão conscientes da sua

influência sob a forma do ar que respiram, da água que bebem e da comida

que comem.

Mas o homem não é apenas um morador na natureza, ele também

a transforma. Desde o início da sua existência, o homem adaptou e

transformou a natureza. Nesta interação, devemos, hoje mais do que nunca,

ter consciência de que é preciso reduzir, reutilizar e reciclar, protegendo

sempre e em primeiro lugar a natureza, nossa amiga.

Nuno Marmeleiro, 5º ano - 2011/2012

trabalhos de alunos

A família dos meninos de 3 anos Procura-se:

MÃES carecas, sem orelhas e com apenas um olho; PAIS sem dedos com pernas de diferentes tamanhos e por vezes sem nariz.

Quem os encontrar, é favor devolver à sala dos 3 anos, no Colégio Vieira de Castro, e receberá em troca mil beijocas dos filhotes que tanto amam estes pais.

Page 8: Diz que Diz

É Natal… tempo de ajuda e partilha!

O quarto de Van Gogh interpretado por uma criança de 5 anos…

98

À NATUREZAFactos e números para pensar...

• Sabia que um dos maiores poluentes é um bebé? Todos os dias deitam-se

ao lixo 50 milhões de fraldas descartáveis e que estas demoram cerca de

500 anos a decompor-se?

• Sabia que numa casa existem hoje em dia mais químicos do que num

laboratório há cem anos atrás?

• Sabia que 80% das florestas mundiais já desapareceram?

• Sabia que a natureza demora 3 a 6 meses a reciclar o papel mas demora

500 anos a reciclar uma toalhita ou um copo de plástico?

• Sabia que se num dia aquecer apenas a água de que realmente precisa,

poupava energia suficiente para acender todos os candeeiros de rua de

Portugal?

Let’s clear the rubbish from the beach

Let’s clear the forests and prevent fires

Let’s give life to the river

Let’s reduce, reuse and recycle

Let’s help the planet .

Adriana Pereira, 5º ano - 2011/2012

Se eu fosse um animal…Se eu fosse um animal, eu gostaria de ser um LEOPARDO. Eu fiz essa escolha

porque o leopardo é feroz e no momento da caça pode atingir os 50 km/h.

Também o escolhi porque quando vai caçar uma presa, ele tem um andar

muito discreto e, no momento certo, de repente, ele apanha a presa. Além de

tudo isto, também o escolhi porque, quando ele é pequeno, é muito bonito

e fofo!

Eu viveria numa selva ou numa montanha cheia de florestas. Também

gostaria de viver numa ilha onde fosse impossível estar em vias de extinção e

houvesse imensa comida. Não me importava de viver com o Homem, desde

que ele me tratasse bem, me desse banho, comida, carinho e brincasse muito

comigo… Ah, era muito importante que ele me ensinasse vários truques de

agilidade!

Como amigos eu gostaria de ter um leão, um tigre, uma serpente, uma pantera

e muitos mais animais, de preferência bastante ágeis. Com eles gostaria de

caçar presas para nos alimentarmos, explorar o local onde vivemos e fazer

muitas mais coisas divertidas de animais ferozes e selvagens…

Max Brazhnyy, 4º ano - 2011/2012

O mais importante não é ensinar mas aprender com a criança qual é o seu saber... (João dos Santos)

“A raposa e a cegonha” de La Fontaine permite às crianças reforçar o

conhecimento do Eu e dos Outros alargando a discussão sobre as interações

sociais a partir das características das personagens da história. Aqui fica o

registo!

“Os dez anõezinhos” apelam à entreajuda favorecendo o conhecimento da

criança relativamente ao seu corpo.

trabalhos de alunos

Meu gato Faísca:

Adoro as tuas lambidelas

Mas quando pego em ti

Só me dás arranhadelas!

Diana Mota, 1º ano - 2011/2012

Eu gosto da mamã,

Do beijinho da manhã,

Adormecer com um miminho

E acordar com um abracinho!

Maria Martins, 1º ano - 2011/2012

A minha bicicleta é vermelha e gosto muito dela porque posso dar longos

passeios com o meu irmão.

É divertido descer rampas e fazer corridas com os meus amigos.

Catarina Marantes, 1º ano - 2011/2012

Quem tem medo dos lobos maus?Venham até à nossa sala para verem que não há lobos maus senão “na

imaginação das pessoas crescidas sem imaginação, para explicarem às

crianças a razão porque uma coisas se fazem e outras não?” (“O homem do

saco” de Manuel António Pina - adaptado)

Maria Inês - 5 anos - 2011/2012

Rodrigo Silvério - 5 anos - 2011/2012

Helena - 4 anos - 2011/2012

É bom começara escrever

Page 9: Diz que Diz

É Natal… tempo de ajuda e partilha!

O quarto de Van Gogh interpretado por uma criança de 5 anos…

98

À NATUREZAFactos e números para pensar...

• Sabia que um dos maiores poluentes é um bebé? Todos os dias deitam-se

ao lixo 50 milhões de fraldas descartáveis e que estas demoram cerca de

500 anos a decompor-se?

• Sabia que numa casa existem hoje em dia mais químicos do que num

laboratório há cem anos atrás?

• Sabia que 80% das florestas mundiais já desapareceram?

• Sabia que a natureza demora 3 a 6 meses a reciclar o papel mas demora

500 anos a reciclar uma toalhita ou um copo de plástico?

• Sabia que se num dia aquecer apenas a água de que realmente precisa,

poupava energia suficiente para acender todos os candeeiros de rua de

Portugal?

Let’s clear the rubbish from the beach

Let’s clear the forests and prevent fires

Let’s give life to the river

Let’s reduce, reuse and recycle

Let’s help the planet .

Adriana Pereira, 5º ano - 2011/2012

Se eu fosse um animal…Se eu fosse um animal, eu gostaria de ser um LEOPARDO. Eu fiz essa escolha

porque o leopardo é feroz e no momento da caça pode atingir os 50 km/h.

Também o escolhi porque quando vai caçar uma presa, ele tem um andar

muito discreto e, no momento certo, de repente, ele apanha a presa. Além de

tudo isto, também o escolhi porque, quando ele é pequeno, é muito bonito

e fofo!

Eu viveria numa selva ou numa montanha cheia de florestas. Também

gostaria de viver numa ilha onde fosse impossível estar em vias de extinção e

houvesse imensa comida. Não me importava de viver com o Homem, desde

que ele me tratasse bem, me desse banho, comida, carinho e brincasse muito

comigo… Ah, era muito importante que ele me ensinasse vários truques de

agilidade!

Como amigos eu gostaria de ter um leão, um tigre, uma serpente, uma pantera

e muitos mais animais, de preferência bastante ágeis. Com eles gostaria de

caçar presas para nos alimentarmos, explorar o local onde vivemos e fazer

muitas mais coisas divertidas de animais ferozes e selvagens…

Max Brazhnyy, 4º ano - 2011/2012

O mais importante não é ensinar mas aprender com a criança qual é o seu saber... (João dos Santos)

“A raposa e a cegonha” de La Fontaine permite às crianças reforçar o

conhecimento do Eu e dos Outros alargando a discussão sobre as interações

sociais a partir das características das personagens da história. Aqui fica o

registo!

“Os dez anõezinhos” apelam à entreajuda favorecendo o conhecimento da

criança relativamente ao seu corpo.

trabalhos de alunos

Meu gato Faísca:

Adoro as tuas lambidelas

Mas quando pego em ti

Só me dás arranhadelas!

Diana Mota, 1º ano - 2011/2012

Eu gosto da mamã,

Do beijinho da manhã,

Adormecer com um miminho

E acordar com um abracinho!

Maria Martins, 1º ano - 2011/2012

A minha bicicleta é vermelha e gosto muito dela porque posso dar longos

passeios com o meu irmão.

É divertido descer rampas e fazer corridas com os meus amigos.

Catarina Marantes, 1º ano - 2011/2012

Quem tem medo dos lobos maus?Venham até à nossa sala para verem que não há lobos maus senão “na

imaginação das pessoas crescidas sem imaginação, para explicarem às

crianças a razão porque uma coisas se fazem e outras não?” (“O homem do

saco” de Manuel António Pina - adaptado)

Maria Inês - 5 anos - 2011/2012

Rodrigo Silvério - 5 anos - 2011/2012

Helena - 4 anos - 2011/2012

É bom começara escrever

Page 10: Diz que Diz

710

O Amor CorrespondidoHá muito, muito tempo, num reino distante, vivia uma linda princesa que

se chamava Madalena. Madalena desde muito pequena que aprendeu a ser

bondosa com os outros e a ajudar quem mais precisava.

ऀA princesa, apesar de ter um coração de ouro, era muito bonita, tinha olhos

verdes como esmeraldas, uns cabelos loiros e compridos. Sua pele era branca

e macia e tinha uns lábios vermelhos como uma rosa. Madalena vivia num

castelo com o seu pai, o grande rei Carlos.

Naquela altura, todos os rapazes do reino olhavam de maneira diferente para

a princesa, a sua beleza cegava de amor todos aqueles que se atreviam a

olhá-la nos seus doces olhos verdes. Mas ela sentia que nenhum daqueles

pretendentes era o seu verdadeiro amor.

Numa noite de lua cheia, o céu encheu-se de estrelas cintilantes e a princesa

dirigiu-se para a varanda do seu aposento com a sua aia, viram uma estrela

cadente e a sua aia disse:

- Uma estrela cadente! Dizem que quando pedimos um desejo a uma estrela

cadente ele concretiza-se! Será que é verdade?

- Vale a pena experimentar! – Exclamou Madalena – Desejo encontrar o meu

verdadeiro amor… - Pediu ela.

Depois de sentirem uma brisa fria, voltaram para dentro.

Madalena não sabia que o seu pai, o rei Carlos, estava a ouvir o seu pedido.

O rei Carlos era um senhor que cumpria sempre com a sua palavra, e já há

algum tempo, digamos desde que Madalena tinha 4 anos, disse à rainha

Isabel do reino vizinho que a princesa casaria com o seu filho Bartolomeu. E

em breve o casamento iria acontecer, mas Madalena nem desconfiava de nada.

No dia a seguir, Madalena e o Pai foram passar ao mercado para ir

cumprimentar os camponeses, quando ao sair da carroça o colar de diamantes

de Madalena caiu. Madalena quando o ia a apanhar, as suas mãos tocaram

nas de um belo rapaz de olhos azuis. A princesa, atrapalhada e maravilhada

com a gentileza e a beleza do rapaz disse:

- Obrigada, por me apanhares o colar, foste muito gentil! E és muito bonito…

- De nada sua alteza, faço tudo por si! E obrigado, a princesa também é muito

bonita, os seus olhos são lindos como esmeraldas! – Exclamou ele.

Madalena, corada, agradeceu o elogio e perguntou o nome ao rapaz, ele

disse que se chamava Afonso. Ainda toda corada apercebeu-se que estava

apaixonada pelo rapaz e sentia que aquele era o seu grande amor. O rapaz

depois disse:

- Encontra -te comigo todos os dias, a esta hora, à beira do rio da floresta…

Madalena acenou que sim com a cabeça. O pai é que não estava a gostar

nada da conversa e tirou-a dali a sete pés.

Quando chegaram ao castelo, o pai contou-lhe tudo sobre o casamento

real com o príncipe Bartolomeu. A princesa disse que não queria casar com

Bartolomeu, pois ele não era o seu verdadeiro amor. O pai insistiu, mas ela

continuava a dizer que não.

- Se não casas com o príncipe Bartolomeu, não casarás com mais ninguém!

- Afirmou ele.

Madalena foi para o quarto chorar. A princesa continuava a recusar-se casar

com Bartolomeu.

No dia seguinte, Madalena foi ter com o Afonso, o seu amado, tal como

combinado. A princesa contou tudo a Afonso e disse que estava apaixonado

por ele. Afonso retribuiu dizendo que o sentimento era recíproco.

Nesse dia, quando Madalena chegou ao castelo, quem a esperava? Era

Bartolomeu que estava com a rainha e com o seu pai. O rei Carlos chamou-a

para ela vir conhecer o seu futuro marido mas nem Madalena nem

Bartolomeu estavam interessados um no outro.

Madalena a meio da conversa diz ao seu pai que está apaixonada por Afonso,

um camponês. O pai desatou a rir .

A princesa disse que ia casar com Afonso mesmo que tivesse de fugir com

ele para lá das sete colinas. O pai, irritado, voltou para o seu aposento, mas

continuava a dizer que ela iria casar com o Bartolomeu.

No dia seguinte, Madalena contou o que se tinha passado a Afonso e ele disse:

- Vamos fugir daqui Madalena! Vamos viver felizes juntos, não importa eu ser

pobre ou rico mas, amar-te.

Madalena disse que na noite antes do casamento com Bartolomeu iria fugir

do castelo e viria ter consigo, com a ajuda da sua aia.

Na noite seguinte, aconteceu o que tinham combinado: ela fugiu do castelo

com a ajuda dos amigos e foi ter com o seu amor. Nessa mesma noite eles

fugiram graças à esperteza da Afonso e Madalena e a ajuda dos seus amigos.

No dia seguinte, o rei, furioso, mandou alguém à procura deles mas ninguém

os encontrou.

Depois da palavra “ aceito”, Madalena e Afonso viveram felizes para sempre

e tiveram duas lindas filhas!

Moral da História: O amor supera qualquer obstáculo.

Diana Almeida, 7º ano - 2011/2012

...

Os seres humanos vivem no reino da natureza e estão conscientes da sua

influência sob a forma do ar que respiram, da água que bebem e da comida

que comem.

Mas o homem não é apenas um morador na natureza, ele também

a transforma. Desde o início da sua existência, o homem adaptou e

transformou a natureza. Nesta interação, devemos, hoje mais do que nunca,

ter consciência de que é preciso reduzir, reutilizar e reciclar, protegendo

sempre e em primeiro lugar a natureza, nossa amiga.

Nuno Marmeleiro, 5º ano - 2011/2012

trabalhos de alunos

A família dos meninos de 3 anos Procura-se:

MÃES carecas, sem orelhas e com apenas um olho; PAIS sem dedos com pernas de diferentes tamanhos e por vezes sem nariz.

Quem os encontrar, é favor devolver à sala dos 3 anos, no Colégio Vieira de Castro, e receberá em troca mil beijocas dos filhotes que tanto amam estes pais.

Page 11: Diz que Diz

116

trabalhos de alunos

Somos uma estrutura de ensino onde a liberdade de expressão, o conhecimento científico e o espírito solidário se entrelaçam inequivocamente.Caminhamos, em segurança, RUMO AO FUTURO.

O último capítulo da vida de Ulisses(Nem todas as histórias têm um final feliz)

Quando chegou ao reino, Ulisses viu a sua terra devastada. Ele sentiu-se

muito triste, por isso tomou logo medidas de prevenção.

Ao longo dos meses, a terra começava recuperar dos danos das invasões, e os

cidadãos estavam cada vez mais felizes. Ulisses também estava feliz, estava

com a mulher que tanto amava e com o seu querido filho.

Ele não sabia da vingança que os troianos estavam a preparar. Eles não iriam

destruir a cidade como os gregos tinham feito, mas iriam fazer com que

Ulisses e a sua família sofressem, sofressem muito.

Estava tudo calmo, até que um dia Telémaco perguntou a Ulisses se queria ir

caçar. Ulisses nem pensou duas vezes na resposta, pois ele adorava ir caçar

com o filho. Então, pegaram nas suas armas e foram caçar para a mata.

Caçaram lebres e perdizes. Quando estavam a regressar a casa, Ulisses ouviu

um barulho estranho, como se fosse o bater dos cascos de um cavalo na terra,

Ulisses voltou-se e deparou-se com um pequeno exército de troianos. Ulisses

reconheceu-os logo, e quando ia a perguntar o que é que eles estavam ali

a fazer no seu reino, o chefe do exército disparou uma bala na direção de

Ulisses, mas este desviou-se a tempo e a bala acertou no tronco de uma

árvore.

Depois disto, os cavaleiros avançaram, montados nos seus cavalos. Telémaco

não os viu, acabando por ser atropelado. Ulisses ainda o tentou salvar, mas

quando Telémaco parecia estar melhor, morreu!

Ulisses estava a ex plodir de raiva, correu até ao seu palácio, montou num

dos seus cavalos, chamou o seu exército e foi combater os troianos. Foi uma

batalha difícil, cruel e muito dura, onde mais de metade do exército morreu.

Surpreendentemente… Ulisses tinha sucumbido às mãos do exército troiano.

Todos choraram a sua morte, todos queriam que Ulisses estivesse ali, com

eles. Penélope chorava desesperadamente. Os homens da sua vida tinham

morrido, ela não queria acreditar.

Penélope, adoeceu, e morreu de desgosto.

Ítaca, com o decorrer dos anos, transformou a sua geografia, os seus hábitos

e a sua cultura.

Mudaram-lhe o nome, mas reza a história que o seu fundador foi o grande

Ulisses.

Ulisses, descansa em paz.

Margarida Vigo, 6º ano - 2011/2012

My schoolMy school is not very big but it’s cosy. My school is in Oporto and its name

is Colégio Vieira de Castro. I am in Year six and my classroom is in room 3.1

and it has got big windows and a lot of light.

In my school there are classrooms, , a laboratory, an art room, a computer

room, media room, playground, gym, canteen, teachers’ room head

teacher’s office, reception area, staffroom, girls’ toilets, boys’ toilets, etc.

My favourite school lunch is sausages with rice and scrambled eggs. My

favourite place in school is the gym because it’s very funny. My favourite

school subject is Maths and my favourite school day is Friday because I

have skating lessons. My favourite English song is “Save the World” and my

favourite time of the day is morning because I talk with my friends.

I like playing football, basketball and being in school with my friends.

I love my school and my best friends!

Miguel Leão, 6º ano - 2011/2012

Um raio de solEstava a caminho do trabalho, quando fui atingido por um raio de sol de

1,67m. Parecia que estava no deserto, só que além do sol havia também

uma brisa.

Aquele raio de sol acabaria com qualquer dia pouco ou muito nublado,

com rajadas de vento de 33 km/h. Acabaria, também com dias de elevada

precipitação.

Esse tipo de sol só se vê uma vez na vida e é tão raro como um nevão em

África, por isso agarrei o raio de sol e tentarei nunca mais o largar.

Este raio de sol acabou por se tornar no grande amor da minha vida.

Pedro Diogo Simão, 9º ano - 2011/2012

Mi diarioHoy ha sido el mejor día de mi vida.

De camino a la Escuela con mi mejor amiga, y, cuando llegamos nos han

dicho que no habían clases, porque había una plaga de hormigas.

Entonces nosotras nos fuimos al centro comercial.

Cerca del Centro Comercial, ocurre algo sorprendente! Un piano ha caído

delante de nosotras!

Mirando al cielo, hemos visto a…..George Clooney!!!!!

Quedamos asustadísimas, hasta caímos al suelo. El, George, se ha despendido

del cielo, se acercó, y , nos ayudó a levantarnos.

Nosotras le dimos las gracias y de seguida el nos ha pedido un Nexpresso.

Estábamos riendo, cuando he oído el sonido de una puerta…

Era mi madre, todo no pasaba de un sueño… pero que dulce sueño!

Teresa Marmeleiro y Bárbara Resende, 8º ano - 2011/2012

Page 12: Diz que Diz

512

Como ser solidário é sentir a necessidade infinita de partilhar, o Colégio Vieira de Castro participa, uma

vez mais, numa ação solidária e desta feita, através do nosso compromisso com a associação Acreditar,

dando um contributo único a favor de uma causa maior: “Construir uma casa no Porto para apoiar famílias

e crianças com cancro”.

Através dos seus alunos, pais, encarregados de educação, professores e restante comunidade escolar, o

Colégio mobiliza esforços no sentido de, juntos, assumirmos um papel ativo na construção desta casa.

Assim, o nosso primeiro “tijolo” foi conquistado através da realização de um Sarau de Natal, no dia 16 de

dezembro, no Fórum da Maia, a festa de um amor maior.

A vontade verdadeira de ajudar é imparável. Assim, o Colégio Vieira

de Castro mostrou, uma vez mais, o seu tremendo respeito e sentido de

responsabilidade social, através da angariação de bens alimentares a favor

da Acreditar.

trabalhos de alunos

A Carta

Segunda-feira, 20 de março de 2012

Querido Pai:

Desculpa ter desaparecido sem te avisar, mas não foi possível.

Fui raptada por extraterrestres que me trouxeram na sua nave espacial para

a galáxia Caduna.

Não te preocupes comigo porque, como precisam de mim para iluminar esta

galáxia, tratam-me muito bem.

Quando tiveres saudades minha vem visitar-me que eu farei o mesmo.

Um abraço da tua filha

Estrelinha

Bruno Frederico Queirós, 3º ano - 2011/2012

O sonho da Ana

A Ana vivia no Porto e tinha sonhos como todas as crianças da sua idade.

Gostava de brincar com as suas bonecas, fazer penteados e colorir os cabelos.

O seu sonho era ser cabeleireira para cortar, pintar e secar os cabelos das pes-

soas. Tinha curiosidade em saber como pegar nas tesouras e cortar os cabelos.

Sabia que tinha de estudar muito para aprender esta profissão. Por agora, fa-

zia experiências nas bonecas e na sua mãe, que adorava os seus penteados.

Um dia, gostaria de ser cabeleireira numa estação de televisão.

Todas as crianças têm um sonho e este é o meu.

Ana Francisca Caridade, 3º ano - 2011/2012

FOTOGRAFIA

Joana Gaspar, T3 Fotografia, 2010-2011

Diana Monteiro, T3 Fotografia, 2010-2011

Ana Quelhas, T3 Fotografia, 2010-2011

acreditar

Os animais que hibernam As cobras hibernam com a chegada do inverno porque, como têm sangue

frio, precisam de mais energia para manter o seu metabolismo. Como ado-

tam a temperatura ambiente, se esta sofre reduções acentuadas, são inca-

pazes de realizar as suas funções básicas.

Rita Silva, 2º ano - 2011/2012

Os grilos vivem nos campos e comem alface. É o macho que canta. Cada

um dos seus saltos equivale a um salto nosso de 60 metros. Ele hiberna e,

quando acorda, o seu canto enche de som a paisagem.

Fábio Peixoto, 2º ano - 2011/2012

Page 13: Diz que Diz

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Para além da formação científica, o Colégio Vieira de Castro também potencia o ensino pela descoberta. Descobre-se em laboratório, em sala

de aulas e na natureza.Para colher é preciso semear, por isso, semanalmente, os alunos dos 4 e 5 anos vão até à Quinta do Covelo, junto da natureza cuidar da sua horta pedagógica, local onde semeam, transplantam, regam e visitam o Sr. Pinheiro de Natal, que semanalmente protege o canteiro das investidas dos pássaros mais esfomeados.

Num contexto de aprofundamento da responsabilidade social e com o objetivo de estreitar os laços de integração com a comunidade em que

se insere, o Colégio Vieira de Castro apresenta ainda um eixo de intervenção que passa pela diversificação da educação, lecionando Cursos de Educação e Formação (CEF).Com uma ativa participação em concursos, exposições e projetos promovidos por instituições de ensino superior, postos de turismo e outras entidades do tecido empresarial português, pretende-se obter nestes cursos uma maior diversidade de linguagens nos projetos finais, fruto da interação entre alunos com percursos de vida distintos. Pretende-se ainda a realização de trabalho prático em contexto empresarial e em articulação com as funções da área profissional em que o curso se insere e a promoção de ações que mostrem à comunidade a aptidão estética, o domínio tecnológico, os conhecimentos, competências, responsabilidade e sentido crítico adquiridos pelos alunos, decorrentes de um nível de qualidade exigido por todos.

Porque o Colégio Vieira de Castro pretende também que a multiculturalidade e a aceitação ativa da diversidade humana estejam sempre presentes no dia-a-dia de todos os elementos da comunidade escolar, a começar pelos mais novos, a abordagem destes dois temas passa pela tomada de consciência da identidade de cada um e pelo conhecimento da sua própria cultura, tal como espelha a poesia “Meninos de todas as cores” de Luísa Ducla Soares. “Era uma vez um menino branco chamado Miguel, (…) Enquanto, na escola, os meninos brancos pintavam em folhas brancas desenhos de meninos brancos, ele fazia grandes rodas com meninos sorridentes de

todas as cores.”

Luísa Ducla Soares

Eduardo Ferreira, T3 Fotografia

2010-2011

Jéssica Alves, T3 Fotografia

2010-2011

Ana Raquel Rocha, Gonçalo Madureira, Helena Nascimento, Igor Gonçalves, Jorge Magalhães, Rafeal Vieira - T2 Pré-impressão, 2011-2012

atividades

Todos nós sabemos bem, que enquanto agentes educativos, constituímos um importante e decisivo fator no desenvolvimento individual, no acesso ao conhecimento, no relacionamento social, no sucesso escolar e profissional e no exercício da plena cidadania. O Colégio Vieira de Castro através de toda a sua estrutura educativa mobiliza esforços no sentido de assumir um papel ativo no conceito de escola solidária. Consciente deste papel, o Colégio assumiu uma maior responsabilidade com o projeto de escrita criativa e solidária, “Histórias de Encantamento”. No dia da criança foi apresentado, na FNAC, este livro infantil escrito a várias mãos. Juntamente com alguns nomes conhecidos da literatura portuguesa, con-tou com a participação direta dos alunos, pais/encarregados de educação e professores do Colégio Vieira de Castro, cumprindo também um objetivo primordial da educação: incentivar as crianças e jovens para a leitura e para a escrita.

Helena4 anos

Maria Inês5 anos

Martim5 anos

Mariana4 anos

Rodrigo5 anos

Page 14: Diz que Diz

Tendo em conta o desenvolvimento motor da criança, a Expressão e

Educação Físico-Motora são fundamentais para o seu desenvolvimento

global, em particular na aquisição de destrezas motoras, hábitos e atitudes

indispensáveis para uma vida ativa e participativa.

Neste contexto, a área da Expressão Artística assume de forma muito

particular um papel de destaque no tratamento da sensibilidade e,

consequentemente, fomenta e favorece a espontaneidade, dando maior

expressão aos sentimentos e pensamentos, enriquecendo assim o valor de

comunicação da expressão gráfica e da criatividade.

Numa altura em que os alunos participam ativamente na construção do seu

próprio saber, o Colégio Vieira de Castro, na área das ciências experimentais,

preocupa-se com a diversificação das situações de aprendizagem, de acordo

com os interesses e aptidões dos alunos, privilegiando as atividades, onde

os alunos têm possibilidade de se corrigirem, confrontarem propostas e

estratégias, bem como observarem diferentes processos de raciocínio. Através

da exploração/investigação o Colégio pretende dar resposta às necessidades,

interesses, motivações e ritmos de aprendizagem de cada aluno.

Assim, o Colégio Vieira de Castro aposta continuamente na formação

integral dos seus alunos.

Prova deste investimento em educação, apresentamos o projeto «Prepara-te!

- 4º ano» da Editora Nacional que se afirma como um apoio complementar

ao trabalho de preparação dos alunos para as Provas de Aferição do 4º ano,

tendo como objetivo aferir o desempenho dos alunos no que respeita às

competências, conteúdos e conceitos específicos de cada área e, assim,

promover o sucesso escolar.

Uma das autoras é Carina Teixeira, professora titular de turma do 4º ano.

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testemunhos

COLÉGIO VIEIRA DE CASTRO, uma história com 60 anosNasci no Porto, em Maio de 1943, e morei largos anos na Travessa de Santo

Isidro, primeiro mais ou menos em frente ao portão do quintal do Colégio e,

mais tarde, do mesmo lado, duas casa para Sul. Desta minha segunda casa,

no n.º 23, via a fachada nascente e parte do quintal, do Colégio, a escola onde

aprendi as primeiras letras.

Para lá entrei com 6 anos e saí com 10, com a 4ª classe e a “admissão” feitas.

Que recordações desses anos consigo (des)arrumar, de um dia para o outro?

Primeiro, bastava-me atravessar a rua para entrar e sair. Os rapazes entravam

pela Travessa e as meninas pela Rua da Alegria, o que não impedia que, à

saída, corressemos pela R. de Santo Isidro acima, ao encontro delas, para

as seguir e acompanhar pela R. da Alegria (isto não era assim, logo na 1º

classe…). Recordo alguns nomes: Eunice, Lello, Barbot (2 irmãos?), Mota Tor-

res, Alexandre Pina Manique (que ainda há pouco tempo continuava a morar

na casa que sempre foi da família, na R. da Alegria, entre a R. Latino Coelho

e a R. da Constituição).

O quintal tinha um jardim frondoso e um enorme diospireiro. Os diospiros

maduros por vezes esborrachavam-se no chão, em manchas coloridas. Re-

cordo um dia em que, já depois das 17 horas e, portanto, com o portão

fechado, eu e um companheiro de brincadeira, escalamos o muro para ir ao

quintal roubar diospiros.

Do jardim, onde fazíamos recreio quando o tempo permitia, acedíamos

ao rés-do-chão da casa (ao nível da rua da Alegria) por umas escadas que

ladeavam um galinheiro, onde também vivia um cágado.

As meninas tinham aulas na sala do rés-do-chão, voltada para a R da Alegria

e os rapazes no último andar, traseiras. O 2º andar e o lado da frente do

3º eram residência da família Vieira de Castro, que leccionava: a “D. Alzira”

(rapazes), a “D. Gininha” (meninas), ambas já idosas, e a filha/sobrinha, a”

Litinha”, jovem encantadora que ensinava as primeiras letras aos rapazes. De

fora, vinha a D. Maria Alice, que ensinava a 4ª classe (e a 3ª ?) e preparava

para a “admissão”, meninas e rapazes. A este nível, no 3º andar, as meninas

sentavam-se na primeira fila de carteiras à entrada na sala, e os rapazes nas

outras duas, do lado das janelas.

A D. Alzira era severa, a D. Gininha era mais acessível, e a D. Maria Alice

infundia o terror típico da professora cinquentona e solteirona. Morava na R.

Alselmo Brancamp e eu e aprendi a respeitá-la, e cumprimentava-a sempre

que, ao passar, ano após ano, a via à janela de casa.

Recordo dois episódios engraçados.

Um, sentado na última fila, do lado da janela, numa carteira corrida, com dois

tampos que se abriam para arrumarmos os livros e material escolar. Ao meu

lado o “…” molhava pedacinhos de papel na boca e fazia com eles pequenas

bolas que colocava na extremidade duma lâmina de barbear. Segurada a

outra extremidade e solto o “ariete”, a bolinha de papel ia colar-se no tecto,

para nosso deleite. Entretidos, não demos conta da aproximação da D. Maria

Alice que pregou um par de “galhetas” em cada um e nos mandou buscar um

espanador para limpar o tecto – gozo geral!.

Da outra vez, não recordo porquê, fui acusado de mau comportamento e sen-

tado “de castigo” entre duas meninas, para gáudio de todos (e inveja de alguns?).

No 3º andar havia uma pequena sala interior que comunicava, por um lado,

com a sala de aula e, por outro lado, com o vão e balaustrada da escada.

Quando havia uma inspecção, eu e mais meia dúzia que estávamos abaixo da

idade escolar mínima legal, ou que excedíamos o número de alunos permit-

ido, éramos fechados aí, com instruções de silêncio absoluto, apenas sendo

“libertados” após a saída dos inspectores.

Se a memória me não atraiçoa, nunca se realizaram visitas de estudo.

Olhando para trás, o que eu acho interessante é que esta “estrutura” de

ensino, que hoje nos perece anacrónica, funcionou, para mim e, arrisco dizer,

muitos mais. Foi aí, aprendendo a tabuada, os rios, as serras, as linhas e

ramais do caminho de ferro, as conjugações dos verbos, etc., que eu comecei

um percurso académico que me levou até ao, então, Instituto Industrial do

Porto, depois ao MIT, onde estudei 3 anos, e à Universidade Nova de Lisboa

onde fiz o meu MBA. O meu percurso profissional foi, também, muito rico e

variado. Hoje sou Oficial de Marinha reformado, mantenho-me activo, contin-

uo a visitar o Porto com frequência, e a olhar para o Colégio Vieira de Castro

com aquele sentimento muito especial que nos transmitem as referências

que resistem ao tempo e se fortalecem com ele.

Felicito-vos e desejo que mantenham o rumo.

António F. Vasconcelos da Cunha, ex-aluno

ACREDITAR NO COLÉGIO VIEIRA DE CASTRO?

SEMPRENós, pais, influenciamos a educação dos nossos filhos, desde que eles nas-

cem, pensando em como os ajudar, preocupando-nos com o seu futuro e

tentando desenvolvê-los harmoniosamente para que sejam pilares sólidos

de uma sociedade que se paute pela liberdade, igualdade, fraternidade e

solidariedade.

Quando surge o momento de decidirmos pelo colégio/escola onde eles

irão construir o seu percurso, baila, de um modo geral, nas nossas mentes a

seguinte pergunta: ”Como é que gostaríamos que o nosso(a) filho(a) fosse

educado(a)?” E, para esta questão, surge então um leque variado de opções:

Uns escolhem escolas onde os jovens atingem “por mérito” o topo dos rank-

ings, outros, preferem instituições com instalações magníficas, esquecendo o

velho provérbio “quem vê caras, não vê corações”. Outros, ainda, por uma

questão de facilidade, decidem-se por escolas perto das suas casas. E por aí adiante…

Os dados são lançados e a instituição de eleição para os nossos filhos lá acaba

por aparecer. Mas a realidade é outra: quando à questão inicial adicionamos

à palavra “filho(a)” os vocábulos “com dificuldades de aprendizagem”, a per-

gunta inicial resume-se a: ”ONDE é que o nosso(a) filho(a) com dificuldades

de aprendizagem PODE ser educado(a)?”

A maioria das pessoas, felizmente, não entende por que razão é dada ên-

fase às palavras ”ONDE” e “PODE”. Mas, nós somos pais de um jovem com

dificuldades de aprendizagem e trilhámos um caminho deveras penoso até

chegarmos ao Colégio Vieira de Castro.

Page 15: Diz que Diz

152

Estando conscientes que no processo ensino-aprendizagem, em qualquer

contexto em que se esteja inserido, é necessário reconhecer as estratégias

para um melhor aproveitamento da aprendizagem, e consequentemente,

para o sucesso educativo, espelhamos aqui a ação do Colégio Vieira de Castro

(CVC), de forma a proporcionar uma análise do seu contributo no sentido

do respeito pelos grandes valores acerca do Homem, do sentido da sua

existência, da sociedade, da família, da educação e da escola.

A evolução do mundo contemporâneo acarreta a necessidade do

conhecimento e da capacidade de utilização de diversas línguas, com

destaque para a inglesa, que se tornou a língua de comunicação universal,

por excelência. Assim, o Colégio Vieira de Castro testemunha que o ensino

precoce de língua inglesa garante as aprendizagens essenciais das crianças

para a formação de cidadãos autónomos, críticos e participantes, capazes de

atuar com competência, dignidade e responsabilidade na União Europeia e

no mundo.

A aprendizagem em aula de línguas estrangeiras é potenciadora da ampliação

da visão da criança sobre o mundo, seus povos, suas línguas e suas culturas.

Neste sentido, o Colégio aposta também na aprendizagem ativa de Espanhol,

que sendo parte da biografia linguística do aluno permite a criação de um

portefólio de línguas pessoal, rico e complexo, e valoriza assim a língua

materna, o Português.

AÇÃO CVC

PASOS

DE

GIGANTE

PEGADAS

DE

GIGANTE

GIANT

FOOTSTEPS

A educação do corpo, do gesto, da audição, da voz e da visão desenvolve nas

crianças o campo das possibilidades de interpretar o mundo, de exprimir o

pensamento, de criar.

É importante reconhecer a importância que a Expressão e Educação Musical

tem no desenvolvimento afetivo, social e intelectual das crianças, na medida

em que contribui declaradamente para a expressão da personalidade, para a

estruturação do pensamento e para a formação do caráter.

atividades

Pedro Duarte9º ano

Miguel 9º ano

David 9º ano

Pedro Diogo Simão 9º ano

Yvanna 9º ano

João Souzellas 9º ano

Carlos Pina 9º ano

Ao procurarmos uma escola para o nosso filho, pretendíamos encontrar

um local onde ele fosse feliz e crescesse em valores e saberes. Durante

meses a fio fomos recebidos por instituições cuja missão educativa “privi-

legiava” o compromisso com o aluno, com a religião, com a justiça, com a

comunidade, entre outras. Infelizmente, ou antes, felizmente, estas escolas

recusaram-se a assumir um compromisso para com o nosso filho, porque ele

não reunia os “requisitos mínimos” para ser apoiado na construção do seu

projeto de vida.

No meio destas aventuras e desventuras apareceu o Colégio Vieira de Castro,

que depois de nos ouvir e analisar o processo do nosso educando, pergun-

tou se estávamos dispostos a ACREDITAR no trabalho do corpo docente do

Colégio. E, assim, sem dramas e de uma forma simples foi assumido um

compromisso de AMOR caracterizado pela ajuda contínua, pelo carinho, pela

amizade, pela disponibilidade e pela preocupação constante de dar ao nosso

filho tudo o que ele merece e tudo o que ele tem direito.

Percebemos que nesta casa os(as) alunos(as) não são números, nem pro-

cessos que transitam de um ano para o outro. A interação aluno-professor

e professor-aluno constrói-se diariamente e o corpo docente enriquece es-

tes jovens em diversas vertentes, privilegiando atividades que estimulam a

curiosidade, o gosto pelo saber, a cidadania e o pensamento autónomo. A

relação escola-família é outra realidade visível. Os pais sentem que têm uma

escola aberta, onde expõem as suas dúvidas e encontram respostas e apoio

para os seus problemas. Ao longo do ano letivo, quer à noite, quer ao fim

de semana, a família é convidada a participar em inúmeras atividades que

resultam numa convivência saudável e estimulam um relacionamento en-

riquecedor. A interação escola-sociedade abraça causas como a “Acreditar”,

que promove a solidariedade e dignifica valores pessoais e sociais.

Para finalizar, gostaríamos apenas de partilhar um pequeno episódio. A nossa

filha frequenta o 10º ano, onde um ex-docente deste colégio é seu professor.

Ao fim de algumas aulas, comentou:”Este professor é diferente de todos os

outros. Além de explicar muito bem a matéria, conversa connosco, ouve-nos,

aconselha-nos, dá-nos verdadeiras lições de vida….”

Nós ACREDITAMOS no COLÉGIO VIEIRA DE CASTRO.

Porque mobiliza saberes na construção do processo de ensino/aprendiza-

gem de cada aluno(a);

Porque promove e valoriza o respeito pelo EU, pelo OUTRO, pela DIFERENÇA;

Porque EDUCAR é AMAR e o CVC ama os nossos(as) filhos(as)

INCONDICIONALMENTE.

Em quem mais poderíamos ACREDITAR?

Os pais sempre Gratos

Daniela Garcia Cervan / José António de Oliveira Lopes

...

É com alguma nostalgia que recordo a maior parte da minha infância no Colé-

gio Vieira de Castro. Na realidade, aí passei 12 anos onde me senti acarinhada

por todos: desde funcionários, professores e colegas. Foram anos felizes, em

que para além dos conhecimentos e saberes adquiridos, me foram também

incutidos valores que ajudaram à minha formação enquanto pessoa e como

membro da sociedade. Aliado a tudo isso, tive um ensino de qualidade que

me permitiu prosseguir com sucesso os meus estudos. Saliento o carinho

da minha primeira educadora, a professora Fátima, que hoje é a educadora

do meu filho Guilherme, tal como foi da minha filha Carolina. Lembro-me

com saudades das festas de fim de ano preparadas com tanta dedicação e

“savoir-faire” por todas as professores e respetivos alunos, que revejo atu-

almente no papel mãe. Tudo era preparado ao mínimo detalhe: cenários,

vestuário, coreografias, escolha das músicas, etc. E nós, pequeninos, nesse

dia sentíamo-nos grandes e importantes, no meio do nervosismo e do medo

de esquecermos algum passo da nossa coreografia!... Tempos que não se

esquecem!... E que hoje vejo refletidos nos meus filhos. Por tudo isto não

hesitei em matricular os meus filhos no Colégio onde fui uma criança feliz

e, que continua a ter aquele cariz familiar que faz com que todos se sintam

em casa, sem descurar a qualidade do ensino e da transmissão de valores.

E não me arrependo, porque as minhas expectativas, como mãe, não foram

defraudadas e sei que os meus filhos estão em muito boas mãos.

Ana Rita Ribeiro

...

Em casa, foi assim que me senti quando regressei ao Colégio, hoje com 28

anos. Tinha cerca de 3 quando lá cheguei pela primeira vez. Antes de mim

o meu irmão e depois de nós, alguns primos. Enquanto aluna, lembro-me

do rosto de cada professora, de cada funcionária e dos dois directores da

altura. Lembro-me das festas de fim de ano, dos passeios, da Lúcia (Profes-

sora primária) a queixar-se à minha mãe de eu ser muito faladora, dos calo-

rosos abraços do Dr. Gil (Director), da comidinha da D. Conceição (Cozinheira),

dos beijinhos matinais da Isilda e da D. Teresa (Funcionárias), enfim recordo

principalmente o bem que todos me fizeram e o quanto contribuiram para a

pessoa em que me tornei.

O Colégio nunca deixou de fazer parte da minha realidade, visito-o com al-

guma frequência quando vou buscar as minhas afilhadas. Vou conseguindo

matar as saudades. No entanto, recentemente assumi um novo papel, o de

encarregada de educação de dois meninos. Deixando para outra altura o

agradecimento a todos os que possibilitaram a integração destes dois alunos

na vida do Colégio, está a ser muito bom saber que continuo a escrever na

história do Colégio Vieira de Castro. Perceber que os alunos continuam a ser

a prioridade desta grande “família”.

Maria João PInheiro

...

Recordar é viver e revivo constantemente as boas recordações do “meu”

colégio, sempre que vejo espelhado nos olhos dos meus filhos, Gonçalo e

Catarina, a alegria, a paz e felicidade de ser criança.

Porque no “nosso” colégio não se formam só bons alunos mas principalmente

excelentes pessoas, acredito que estaremos todos no rumo certo.

Com os melhores cumprimentos,

Nuno Marantes

Em busca do conhecimentoPercorremos kilómetros

Passo a passo avançamos eDiferentes rumos tomámos

Por aqui e por aliHere and there

Aquí o allaAs nossas pegadas deixamos.

Page 16: Diz que Diz

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HAPPY HALLOWEEN HORTA PEDAGÓGICA SARAU DE NATAL LOBOS MAUS

EDUCAR COM RUMO“Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra” (Anísio Teixeira). Falo do Colégio Vieira

de Castro e do seu contributo na educação, numa linguagem que longe de ser académica, é antes e acima de tudo simples e se apresenta

na primeira pessoa. É também centrado na primeira pessoa que nasce o Projeto Educativo do Colégio Vieira de Castro. Um Projeto Educativo

que espelha uma ação educativa coerente, profícua e dinâmica, onde alunos, pais/encarregados de educação e professores assumem um

papel fulcral.

Em educação nunca está tudo terminado. A equipa educativa reinventa e contextualiza práticas, reconfigurando-as de acordo com as

especificidades de cada turma e a singularidade de cada aluno, numa relação face a face, quase permanente.

A reedição da revista “DIZ QUE DIZ” é um espaço aberto de divulgação do conhecimento, dando voz aos diferentes agentes da comunidade

educativa envolvidos no Projeto Educativo do Colégio.

Numa época em que há, cada vez mais, um alto nível de iliteracia, pretende-se que o contributo dado para esta revista retrate o que todos

os agentes da comunidade educativa almejam e ajude a esclarecer todos aqueles que em educação sonham sempre com novos desígnios.

Em educação tornamo-nos encenadores, dramaturgos e até atores. Aqui, no Colégio Vieira de Castro, não se pára, nada está, por isso,

terminado. Há sempre a convicção do RUMO delineado.

Diana Ramalho

FICHA TÉCNICA

PROPRIEDADE . Colégio Vieira de Castro

REDAÇÃO . Corpo Discente e Docente; Alunos ex-Alunos

CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS . Arquivo Escolar

DISTRIBUIÇÃO . CVC, Encarregados de Educação, Alunos

MORADA . Rua da Alegria, nº 802 4000-038 PORTOUMA ESCOLA

Nº1 | OUTUBRO 2012

Confiança e Rigor desde 1940!

31 outubro

PÁG.10

FOTOGRAFIA

ANIVERSÁRIO

Rua da Alegria, nº 802 4000-038 PORTO | Tel: 225 105 257 | Tlm: 963 322 098

colégio vieira de castro

ANO LETIVO 2012.13

PRÉ-ESCOLAR | idades dos 3 aos 5 anos

1º CICLO | 1º/ 2º/ 3º/ 4º anos

2º CICLO | 5º/ 6º anos

3º CICLO | 7º/ 8º/ 9º anoswww.colegiovieiradecastro.com

[email protected]

...

Entrei para o Colégio Vieira de Castro ainda com dois anos e “por especial

favor” pois que, como ainda usava fraldas e por norma, naquela altura só

poderíamos entrar com três anos, não me queriam aceitar. Era por isso a

“mascote” do Colégio.

De inicio a minha mãe entregava-nos lá; a mim e à minha irmã Xinha, um

ano mais velha do que eu, e eu ficava sempre num grande pranto ao colo

da D. Teresa mas … passado algum tempo a situação inverteu-se e comecei

a reconhecer no Colégio a minha segunda casa. Era um local onde me sentia

muito segura e acarinhada.

Atualmente confio totalmente no Colégio Vieira de Castro para deixar os

meus filhos! E eles não abdicam da escolha que a mãe fez, mesmo vivendo

relativamente longe, o que me dá uma grande satisfação e serenidade quan-

do os levo ao Colégio de manhã.

Uma das situações que mais me agrada é deixar os meus filhos com as edu-

cadoras com as quais eu e a minha irmã crescemos e que tão boas recorda-

ções me trazem!

Agrada-me saber que de uma maneira ou de outra vou partilhar com eles

parte da minha infância num Colégio que tão bem me acolheu e me soube

transmitir tão grandes e bons valores.

Maria Luís Pontífice Barroso

...

”O amor recíproco entre quem aprende e quem ensina é o primeiro e

mais importante degrau para se chegar ao conhecimento.”

Entrei para o Colégio Vieira de Castro no “longínquo” ano de 1979, para o 1.º

ano (antiga 1.ª classe) onde completei o 1.º ciclo.

Dessa época guardo recordações extraordinárias, em especial da forma

carinhosa como sempre fui tratado e do ambiente “familiar” que ali existia.

Tenho agora duas filhas inscritas no Colégio (no Pré-escolar e no 1.º ano) e

percebo que, volvidos mais de trinta anos, aquele espírito perdura, o afecto

e a dedicação a cada criança mantêm-se (fazendo com que estas se sintam

amadas, respeitadas e protegidas), aliado a uma qualidade de ensino de

excelência.

A grandeza do Colégio Vieira de Castro reflecte o enorme profissionalismo,

dedicação, espírito de missão de todos quantos ali trabalham / trabalharam.

A todos um grande bem-haja,

Um antigo aluno

Hugo Marantes

72 Anosa Construiro Futuro!

Confiança e Rigor, desde 1940!