LeniseLenise CaCaççula ula PistPistóóiaia

DIVERSIDADE E DIVERSIDADE E CURRCURRÍÍCULOCULO

A DIVERSIDADE EM QUESTÃOA DIVERSIDADE EM QUESTÃO•• Para a definiPara a definiçção de diversidade, ão de diversidade,

envolvemos a natureza das envolvemos a natureza das diferendiferençças : as : intelectuais, de intelectuais, de gênero, de idade, de ragênero, de idade, de raçça, de a, de classe social, motoras, classe social, motoras, sensoriais, de personalidade, sensoriais, de personalidade, culturais (nacionais ou culturais (nacionais ou regionais).regionais).

•• A diversidade significa mais A diversidade significa mais possibilidades de adaptapossibilidades de adaptaçções e, ões e, portanto, mais possibilidades de portanto, mais possibilidades de sobrevivência como espsobrevivência como espéécie.cie.

•• Segundo a OMS, mais de 500 Segundo a OMS, mais de 500 milhões de pessoas (1 a cada dez) milhões de pessoas (1 a cada dez) no Planeta possuem algum tipo de no Planeta possuem algum tipo de handicap(deficiência).handicap(deficiência).

•• A luta pelos direitos humanos implementa uma A luta pelos direitos humanos implementa uma nova discussão sobre o sentido da justinova discussão sobre o sentido da justiçça, dos a, dos direitos das pessoas e os valores sociais em direitos das pessoas e os valores sociais em relarelaçção aos deficientes o que leva a educaão aos deficientes o que leva a educaçção ão especial a repensar a sua prespecial a repensar a sua práática, repercutindo no tica, repercutindo no sistema educacional em geral.sistema educacional em geral.

•• Educar na DiversidadeEducar na Diversidade pressupõe a adopressupõe a adoçção de ão de um modelo de currum modelo de curríículo que facilite a culo que facilite a aprendizagem de todos os alunos e alunas em aprendizagem de todos os alunos e alunas em sua diversidade.sua diversidade.

•• A direA direçção assumida pressupõe ão assumida pressupõe uma escola de uma escola de qualidade para todos os alunos. qualidade para todos os alunos. As mudanAs mudançças as educacionais exigem que se repense a preducacionais exigem que se repense a práática tica pedagpedagóógica tendo como eixos a gica tendo como eixos a éética, a justitica, a justiçça e a e os direitos humanos.os direitos humanos.

•• Precisamos superar os males da Precisamos superar os males da contemporaneidade pela ultrapassagem de contemporaneidade pela ultrapassagem de barreiras fbarreiras fíísicas, psicolsicas, psicolóógicas, espaciais, gicas, espaciais, temporais, culturais e , acima de tudo, garantir o temporais, culturais e , acima de tudo, garantir o acesso irrestrito de todos aos bens e acesso irrestrito de todos aos bens e ààs riquezas s riquezas de toda sorte, entre eles, o conhecimento.de toda sorte, entre eles, o conhecimento.

•• Que prQue prááticas de ensino ajudam ticas de ensino ajudam os professores a ensinar os os professores a ensinar os alunos de uma mesma turma, alunos de uma mesma turma, atingindo a todos, apesar de suas atingindo a todos, apesar de suas diferendiferençças?as?

•• O que se busca O que se busca éé a conjuna conjunçção do ão do direito de todos ao saber e direito de todos ao saber e àànecessidade de se formar uma necessidade de se formar uma gerageraçção que dê conta das demandas ão que dê conta das demandas de uma sociedade do conhecimento, de uma sociedade do conhecimento, cujo perfil cujo perfil éé delineado pelas delineado pelas diferendiferençças.as.

•• Definimos um ensino de qualidade a partir de Definimos um ensino de qualidade a partir de condicondiçções de trabalho pedagões de trabalho pedagóógico que implicam gico que implicam a formaa formaçção de redes de saberes e de relaão de redes de saberes e de relaçções que ões que se enredam por se enredam por caminhos impreviscaminhos imprevisííveis para veis para chegar ao conhecimento.chegar ao conhecimento.

•• A aprendizagem A aprendizagem éé centrada ora destacando o centrada ora destacando o llóógico, o intuitivo, o sensorial, ora os aspectos gico, o intuitivo, o sensorial, ora os aspectos social e afetivo dos alunos. Em suas prsocial e afetivo dos alunos. Em suas prááticas ticas predominam a experimentapredominam a experimentaçção, a criaão, a criaçção, a ão, a descoberta, a codescoberta, a co--autoria do conhecimento.autoria do conhecimento.

•• Para ensinar a turma toda, Para ensinar a turma toda, parteparte--se da certeza se da certeza de que as criande que as criançças sempre sabem alguma as sempre sabem alguma coisa, de que todo educando pode aprender,coisa, de que todo educando pode aprender,mas no tempo e do jeito que lhe são prmas no tempo e do jeito que lhe são próóprios.prios.

•• O sucesso da aprendizagem estO sucesso da aprendizagem estáá em explorar em explorar talentos, atualizar possibilidades e desenvolver talentos, atualizar possibilidades e desenvolver predisposipredisposiçções naturais de cada aluno. ões naturais de cada aluno.

•• Independentemente das diferenIndependentemente das diferençças de cada um as de cada um dos alunos, dos alunos, éé preciso passar de um ensino preciso passar de um ensino transmissivo para uma pedagogia ativa, dialtransmissivo para uma pedagogia ativa, dialóógica, gica, interativa, conexional, que se contrapõe a toda e interativa, conexional, que se contrapõe a toda e qualquer visão unidirecional.qualquer visão unidirecional.

•• Para ensinar a turma toda, devePara ensinar a turma toda, deve--se propor se propor atividades abertas, diversificadas, isto atividades abertas, diversificadas, isto éé, , atividades que possam ser abordadas por atividades que possam ser abordadas por diferentes ndiferentes nííveis de compreensão e de veis de compreensão e de desempenho dos alunos. Debates, desempenho dos alunos. Debates, pesquisas, registros escritos, falados, pesquisas, registros escritos, falados, observaobservaçção e vivências em grupo são ão e vivências em grupo são alguns processos pedagalguns processos pedagóógicos possgicos possííveis veis nessa perspectiva.nessa perspectiva.

•• A possibilidade de ensinar a todos os A possibilidade de ensinar a todos os alunos, sem discriminaalunos, sem discriminaçções e sem ões e sem mméétodos ou prtodos ou prááticas de ensino ticas de ensino especializados, deriva de uma especializados, deriva de uma reestruturareestruturaçção do projeto pedagão do projeto pedagóógico gico como um todo e das reformulacomo um todo e das reformulaçções que ões que esse projeto exige da escola.esse projeto exige da escola.

A ESCOLA PARA A DIVERSIDADEA ESCOLA PARA A DIVERSIDADE

•• A Escola para a Diversidade exige outro modo A Escola para a Diversidade exige outro modo de viver a escola em que professores e alunos de viver a escola em que professores e alunos empreendem a tarefa de aprender coletivamente. empreendem a tarefa de aprender coletivamente. A construA construçção de ambientes escolares com ão de ambientes escolares com estruturas organizativas e metodolestruturas organizativas e metodolóógicas gicas democrdemocrááticas capazes de respeitar as diferenticas capazes de respeitar as diferençças as de gênero, de gênero, éétnicas, lingtnicas, lingüíüísticas, religiosas, de sticas, religiosas, de deficiência,etc. permite aos sujeitos do processo deficiência,etc. permite aos sujeitos do processo escolar uma nova axiologia aos introduzirmos escolar uma nova axiologia aos introduzirmos nos espanos espaçços escolares novos objetos de estudo:os escolares novos objetos de estudo:

•• o pluralismo cultural, a liberdade, a justio pluralismo cultural, a liberdade, a justiçça a social, o respeito msocial, o respeito múútuo, a tolerância e a tuo, a tolerância e a solidariedade.solidariedade.

•• A cultura da diversidade A cultura da diversidade éé a cultura da a cultura da cooperacooperaçção.ão.

•• Todo esse processo permite Todo esse processo permite ààs geras geraçções ões mais jovens adquirir uma cultura mais jovens adquirir uma cultura diferenciada ao viver as diferendiferenciada ao viver as diferençças entre as as entre as pessoas como algo valioso, solidpessoas como algo valioso, solidáário e rio e democrdemocráático.tico.

•• A escola tornaA escola torna--se uma comunidade de se uma comunidade de aprendizagem em que o processo de aprendizagem em que o processo de ensino e aprendizagem ensino e aprendizagem éé permeado pelo permeado pelo didiáálogo e pela qualidade nas relalogo e pela qualidade nas relaçções entre ões entre professores e alunos.professores e alunos.

•• (Uma (Uma escuelaescuela para para lala integraciintegracióónn educativa educativa –– RamRamóón Porras n Porras VallejoVallejo))

ConcepConcepçção de Currão de Curríículoculo•• EntendeEntende--se por currse por curríículo o relato do conjunto de culo o relato do conjunto de

experiências vividas pelos professores e alunos sob a experiências vividas pelos professores e alunos sob a tutela da escola. Um relato que inclui muito mais que tutela da escola. Um relato que inclui muito mais que uma lista de conteuma lista de conteúúdos disciplinares, organizados em dos disciplinares, organizados em programas didprogramas didááticos, ou repertticos, ou repertóório de atividades. Um rio de atividades. Um relato que abrange todos os acontecimentos relato que abrange todos os acontecimentos significativos no processo de vivências compartilhadas significativos no processo de vivências compartilhadas de experiências culturais, ou seja, um projeto educativo de experiências culturais, ou seja, um projeto educativo em construem construçção permanente. O currão permanente. O curríículo se transforma, culo se transforma, assim, numa hipassim, numa hipóótese viva de trabalho, em um espatese viva de trabalho, em um espaçço o social de experimentasocial de experimentaçção dos problemas e valores ão dos problemas e valores educacionais que o projeto se propõe a desenvolver.educacionais que o projeto se propõe a desenvolver.

O Projeto Curricular da EscolaO Projeto Curricular da Escola

•• O Projeto Curricular da Escola enfocarO Projeto Curricular da Escola enfocaráá a diversidade da a diversidade da seguinte forma:seguinte forma:

•• Como um elemento comum e não como diferenComo um elemento comum e não como diferençça de a de uma parte dos alunos em relauma parte dos alunos em relaçção ão àà outra. Suas diretrizes outra. Suas diretrizes afetarão todos e cada um dos alunos, e não somente afetarão todos e cada um dos alunos, e não somente aqueles com dificuldades de ritmo, de capacidade, de aqueles com dificuldades de ritmo, de capacidade, de motivamotivaçção e de estilos de aprendizagem.ão e de estilos de aprendizagem.

•• Como denominador comum de toda aComo denominador comum de toda açção educativa da ão educativa da escola, consciente de que afeta a todos e a cada um dos escola, consciente de que afeta a todos e a cada um dos âmbitos do Projeto Curricular da Escola e que do âmbitos do Projeto Curricular da Escola e que do enfoque apropriado da educaenfoque apropriado da educaçção na diversidade, a ão na diversidade, a qualidade do ensino sairqualidade do ensino sairáá fortalecida.fortalecida.

Um currUm curríículo para a diversidadeculo para a diversidade

•• Precisa contemplar as necessidades educativas dos Precisa contemplar as necessidades educativas dos alunos.alunos.

•• Dar atenDar atençção ão àà diversidade na aula.diversidade na aula.•• Estimular a heterogeneidade.Estimular a heterogeneidade.•• Favorecer a individualizaFavorecer a individualizaçção e a socializaão e a socializaçção do ensinoão do ensino•• Potencializar processos de colaboraPotencializar processos de colaboraçção reflexiva entre ão reflexiva entre

os profissionais.os profissionais.•• Desenvolver intervenDesenvolver intervençções pedagões pedagóógicas para os alunos gicas para os alunos

com necessidades educativas especiais em uma com necessidades educativas especiais em uma dimensão mas cognitiva.dimensão mas cognitiva.

•• Adequar e adaptar o currAdequar e adaptar o curríículo culo ààs necessidades s necessidades educativas dos alunos.educativas dos alunos.

•• Desenvolver o currDesenvolver o curríículo culo éé““concretizconcretizáá--lo, isto lo, isto éé, avan, avanççar na ar na construconstruçção de cada um dos pontos ão de cada um dos pontos nele contidos (especificar mais os nele contidos (especificar mais os objetivos, completar os conteobjetivos, completar os conteúúdos, dos, incorporar atividades, introduzir ou incorporar atividades, introduzir ou ampliar atividades de avaliaampliar atividades de avaliaçção,etc.) ão,etc.)

•• Desenvolver o currDesenvolver o curríículo quer dizer culo quer dizer que se progride desde o esquema que se progride desde o esquema bbáásico inicial atsico inicial atéé alcanalcanççar uma ar uma estrutura mais ampla e completa, estrutura mais ampla e completa, disposta a ser levada disposta a ser levada àà prpráática.tica.

O desenvolvimento curricular no âmbito da O desenvolvimento curricular no âmbito da resposta resposta àà diversidadediversidade

•• O ensino não pode ser reduzido ao O ensino não pode ser reduzido ao planejamento e aplicaplanejamento e aplicaçção de tão de téécnicas cnicas supostamente eficazes e generalizsupostamente eficazes e generalizááveis. veis. Devemos concebêDevemos concebê--lo como uma intervenlo como uma intervençção ão crcrííticotico--reflexiva, que requer um alto nreflexiva, que requer um alto níível de vel de compreensão da realidade de cada contexto compreensão da realidade de cada contexto escolar. Essa compreensão permitirescolar. Essa compreensão permitiráá buscar buscar respostas diferenciadas para a intervenrespostas diferenciadas para a intervençção, e ão, e estabelecerestabeleceráá as linhas bas linhas báásicas de uma concepsicas de uma concepçção ão de ensino como atividade questionadora.de ensino como atividade questionadora.

•• O ponto de partida do O ponto de partida do desenvolvimento curricular desenvolvimento curricular éé uma uma concepconcepçção do ensino como ão do ensino como atividade complexa praticada em atividade complexa praticada em contextos especcontextos especííficos e com um ficos e com um componente decisivo de opcomponente decisivo de opçções ões ééticas e polticas e polííticas. Nesse sentido a ticas. Nesse sentido a prpráática educativa não tica educativa não éé neutra. As neutra. As decisões sobre os contedecisões sobre os conteúúdos, os dos, os objetivos, a avaliaobjetivos, a avaliaçção, etc. são ão, etc. são decisões decisões ééticotico--polpolííticas, e não ticas, e não exclusivamente texclusivamente téécnicas. A partir cnicas. A partir dessas posidessas posiçções, podemos deduzir ões, podemos deduzir duas necessidades fundamentais duas necessidades fundamentais no âmbito do currno âmbito do curríículo:culo:

•• A necessidade de realizar um projeto curricular A necessidade de realizar um projeto curricular aberto e flexaberto e flexíível, que permita mudanvel, que permita mudançças e as e transformatransformaçções em funões em funçção de determinados ão de determinados contextos escolares. Dessa maneira, estabelececontextos escolares. Dessa maneira, estabelece--se uma margem de autonomia para os se uma margem de autonomia para os professores e possibilitaprofessores e possibilita--se a concretizase a concretizaçção de ão de um projeto curricular com identidade prum projeto curricular com identidade próópria.pria.

•• A necessidade de considerar que, tanto no A necessidade de considerar que, tanto no projeto como no desenvolvimento curricular, projeto como no desenvolvimento curricular, diversos fatores relacionados a aspectos diversos fatores relacionados a aspectos econômicos, poleconômicos, polííticos, culturais e de sistemas de ticos, culturais e de sistemas de valores predominantes intervêm.valores predominantes intervêm.

•• ConcebeConcebe--se o professor como um se o professor como um profissional que reflete, diagnostica, profissional que reflete, diagnostica, pesquisa e atua com autonomia.pesquisa e atua com autonomia.

•• (Aten(Atençção ão àà Diversidade Diversidade –– Rosa Rosa AlcudiaAlcudia et al. ARTMED)et al. ARTMED)

Aprender...sim, mas como? Aprender...sim, mas como? PhilippePhilippe MeirieuMeirieu

•• Centrar a escola no aprender não Centrar a escola no aprender não ééesvaziar todas as outras funesvaziar todas as outras funçções que ões que ela pode assumir, tampouco negar a ela pode assumir, tampouco negar a importância das atividades para importância das atividades para escolares, dos clubes e dos lares ou escolares, dos clubes e dos lares ou pedir que se suspenda toda pedir que se suspenda toda afetividade na sala de aula, mas afetividade na sala de aula, mas éédefinir o professor como um definir o professor como um profissional da aprendizagem e profissional da aprendizagem e ajudajudáá--lo a construir, neste domlo a construir, neste domíínio nio uma verdadeira identidade.uma verdadeira identidade.

•• ““TerrTerríível lucidez que nos convida vel lucidez que nos convida a assumirmos, enfim, a difa assumirmos, enfim, a difíícil cil questão da aprendizagem, a questão da aprendizagem, a deixarmos de lado as soludeixarmos de lado as soluçções ões miraculosas que viriam de fora miraculosas que viriam de fora para ocuparmopara ocuparmo--nos seriamente nos seriamente com o que se passa dentro da sala com o que se passa dentro da sala de aula, no ato de aprender, de aula, no ato de aprender, quando o professor instrui e o quando o professor instrui e o aluno se instrui.aluno se instrui.””

•• Não se muda a escola por decreto, pela Não se muda a escola por decreto, pela imposiimposiçção de fão de fóórmulas ou instrumentos ou, por rmulas ou instrumentos ou, por outro lado, confiando a inovaoutro lado, confiando a inovaçção a alguns ão a alguns indivindivííduos cuja influência pessoal desprezam os duos cuja influência pessoal desprezam os valores de respeito por outrem, de tolerância e valores de respeito por outrem, de tolerância e abertura.abertura.

•• Em compensaEm compensaçção, mudarão, mudar--sese--áá talvez a escola se talvez a escola se os problemas forem colocados em termos de os problemas forem colocados em termos de competência profissional dos professores, de competência profissional dos professores, de qualidade do serviqualidade do serviçço prestado, de efico prestado, de eficáácia da cia da gestão das aprendizagens.gestão das aprendizagens.

•• O professor que deseja ensinar: O professor que deseja ensinar: “é“éimportante que ele seja movido por importante que ele seja movido por esse sentimento de despojamento, esse sentimento de despojamento, que faz com que recuse que faz com que recuse incansavelmente a posiincansavelmente a posiçção de ão de genitor; convgenitor; convéém que, em muitos m que, em muitos sentidos, ele se diga apenas sentidos, ele se diga apenas ““iluminadoriluminador”” e suponha que, se as e suponha que, se as coisas nascem atravcoisas nascem atravéés dele, não s dele, não nascem dele. Convnascem dele. Convéém que, tentando m que, tentando ensinar faensinar façça descobrir e que assim a descobrir e que assim perca a forperca a forçça de transmissão.a de transmissão.””

Quando se tenta mostrar que os conhecimentos não são Quando se tenta mostrar que os conhecimentos não são coisas e que a memcoisas e que a memóória não ria não éé um sistema de arquivosum sistema de arquivos

•• PodePode--se dizer que uma aprendizagem se realiza se dizer que uma aprendizagem se realiza quando um indivquando um indivííduo toma informaduo toma informaçção em seu ão em seu meio em funmeio em funçção de um projeto pessoal.ão de um projeto pessoal.

•• IdentificaIdentificaçção + utilizaão + utilizaçção = significaão = significaççãoão•• A interaA interaçção entre informaão entre informaçções e projeto ões e projeto éé uma uma

nova maneira de descrever o que se passa na nova maneira de descrever o que se passa na histhistóória de um sujeito entre ele e o mundo, ria de um sujeito entre ele e o mundo, éé a a prpróópria dinâmica de toda aprendizagem.pria dinâmica de toda aprendizagem.

•• A aprendizagem põe frente a frente , em A aprendizagem põe frente a frente , em uma interauma interaçção que nunca ão que nunca éé uma simples uma simples circulacirculaçção de informaão de informaçções, um sujeito e o ões, um sujeito e o mundo, um aprendiz que jmundo, um aprendiz que jáá sabe sempre sabe sempre alguma coisa e um saber que salguma coisa e um saber que sóó existe existe porque porque éé reconstrureconstruíído.do.

•• Cabe Cabe àà Escola introduzir um pouco de rigor Escola introduzir um pouco de rigor naquilo que se passa entre os três parceiros naquilo que se passa entre os três parceiros da aprendizagem (educadorda aprendizagem (educador--educandoeducando--objeto a ser aprendido e a ser ensinado) objeto a ser aprendido e a ser ensinado) para que o aprender advenha com um para que o aprender advenha com um pouco mais de justipouco mais de justiçça e de efica e de eficáácia cia compartilhada.compartilhada.

•• Enfatizar a funEnfatizar a funçção do desejo na aprendizagem ão do desejo na aprendizagem não pode significar a subordinanão pode significar a subordinaçção de toda ão de toda aprendizagem aos desejos japrendizagem aos desejos jáá existentes, a não ser existentes, a não ser sob pena de uma terrsob pena de uma terríível simplificavel simplificaçção e por ão e por confundirmos o processo e o projeto, o mconfundirmos o processo e o projeto, o méétodo todo e o objetivo.e o objetivo.

•• O desejo existente no aluno, na sobreposiO desejo existente no aluno, na sobreposiçção ão com a aprendizagem, pode levar a constituicom a aprendizagem, pode levar a constituiçção ão de um projeto cultural, assim como na de um projeto cultural, assim como na dificuldade de integrar os contedificuldade de integrar os conteúúdos para dos para articularticuláá--los a um desejo ou a um interesse los a um desejo ou a um interesse imediato do aluno.imediato do aluno.

•• O papel do professor O papel do professor éé fazer com fazer com que nasque nasçça o desejo de aprender e, a o desejo de aprender e, assim, criar o enigma. Cabe a ele assim, criar o enigma. Cabe a ele fazer do saber um enigma: fazer do saber um enigma: comentcomentáá--lo ou mostrlo ou mostráá--lo lo suficientemente para que se suficientemente para que se entreveja seu interesse e sua entreveja seu interesse e sua riqueza, mas calarriqueza, mas calar--se a tempo para se a tempo para suscitar a vontade de desvendsuscitar a vontade de desvendáá--lo.lo.

Quando se propõe uma tipologia simples das Quando se propõe uma tipologia simples das

operaoperaçções mentais solicitadasões mentais solicitadas nas aprendizagens, nas aprendizagens, bem como dispositivos correspondentes.bem como dispositivos correspondentes.

•• 11ºº tipo de operatipo de operaçções mentaisões mentais: DEDU: DEDUÇÇÃO. ÃO. ÉÉ o ato o ato intelectual em que o sujeito intelectual em que o sujeito éé levado a inferir uma levado a inferir uma conseqconseqüüência de um fato, princência de um fato, princíípio ou lei.pio ou lei.

•• ÚÚnico nico –– mmúúltiplo ltiplo ““se...entãose...então””•• 22ºº tipo de operatipo de operaçções mentaisões mentais: INDU: INDUÇÇÃO. Consiste ÃO. Consiste

em fazer hipem fazer hipóóteses alcanteses alcanççando uma formalizaando uma formalizaçção ão aceitaceitáável por uma alternância de reduvel por uma alternância de reduçções e extensões. ões e extensões. A induA induçção permite chegar ão permite chegar àà abstraabstraçção.ão.

•• MMúúltiplo ltiplo –– úúnico.nico.

•• 33ºº tipo de operatipo de operaçções mentaisões mentais: DIAL: DIALÉÉTICA. TICA. ÉÉum trabalho sobre as idum trabalho sobre as idééias que permite chegar a ias que permite chegar a um sistema e construir modelos. Uso do jogo.um sistema e construir modelos. Uso do jogo.

•• 44ºº tipo de operatipo de operaçções mentaisões mentais: CRIATIVIDADE: CRIATIVIDADE•• ÉÉ a mais a mais ííntima expressão da pessoa, a qual ntima expressão da pessoa, a qual

coloca em jogo sua afetividade e seu imagincoloca em jogo sua afetividade e seu imagináário. rio. EstEstáá condicionada condicionada àà divergência porque o divergência porque o sujeito precisa relacionar elementos que, atsujeito precisa relacionar elementos que, atééentão, lhe fugiam e de relacionentão, lhe fugiam e de relacionáá--los com aquilo los com aquilo que jque jáá conhecia.conhecia.

•• 55ºº tipo de operatipo de operaçções mentaisões mentais: : DIVERGÊNCIA Quando se DIVERGÊNCIA Quando se recentra a reflexão sobre um recentra a reflexão sobre um princprincíípio essencial.pio essencial.

•• CONTECONTEÚÚDO DO éé um conjunto de um conjunto de materiais elaborados mentalmente, materiais elaborados mentalmente, evocados e estruturados pelo evocados e estruturados pelo sujeito. Nenhum contesujeito. Nenhum conteúúdo existe do existe fora do ato que permite pensfora do ato que permite pensáá--lo , lo , da mesma forma que nenhuma da mesma forma que nenhuma operaoperaçção mental pode funcionar ão mental pode funcionar no vazio.no vazio.

•• Das relaDas relaçções entre teoria e prões entre teoria e práática.tica.

•• Uma aprendizagem Uma aprendizagem éé sempre uma operasempre uma operaçção ão mental e contemental e conteúúdos e exige, ao mesmo tempo, dos e exige, ao mesmo tempo, instruinstruçções e materiais, cuja interaões e materiais, cuja interaçção cria o que jão cria o que jáádenominamos uma situadenominamos uma situaççãoão--problema.problema.

•• Para que a situaPara que a situaçção seja ão seja mobilizadoramobilizadora, o aluno , o aluno deve perceber o seu sentido, enfrentandodeve perceber o seu sentido, enfrentando--a em a em sua complexidade para que esta não se dilua em sua complexidade para que esta não se dilua em exercexercíícios justapostos.cios justapostos.

As As ““pedagogias da respostapedagogias da resposta”” e as e as ““pedagogias pedagogias do problemado problema””

•• A A ““pedagogia da respostapedagogia da resposta”” éé uma pedagogia do uma pedagogia do aleataleatóório, pois assegura uma funrio, pois assegura uma funçção de seleão de seleçção ão social, mas não garante a todos a apropriasocial, mas não garante a todos a apropriaçção do ão do que pretende explicar.que pretende explicar.

•• As As ““pedagogias do problemapedagogias do problema””(m(méétodos ativos, todos ativos, pedagogia do concreto, do projeto) têm o pedagogia do concreto, do projeto) têm o proppropóósito de colocar o aluno diante de uma sito de colocar o aluno diante de uma tarefa capaz de mobiliztarefa capaz de mobilizáá--lo com o objetivo de lo com o objetivo de chegara aprendizagens precisas.chegara aprendizagens precisas.

Pedagogia das SituaPedagogia das Situaççõesões--problemaproblema

•• Busca uma interaBusca uma interaçção entre a ão entre a ““pedagogia da pedagogia da respostaresposta”” e a e a ““pedagogia do problemapedagogia do problema”” para que para que a aprendizagem se realize.a aprendizagem se realize.

•• SituaSituaççãoão––problemaproblema•• O aluno O aluno éé orientado pela tarefa e o educador orientado pela tarefa e o educador

pelo obstpelo obstááculo.culo.•• A transposiA transposiçção do obstão do obstááculo deve representar culo deve representar

um patamar no desenvolvimento cognitivo do um patamar no desenvolvimento cognitivo do sujeito.sujeito.

•• Para efetuar uma mesma operaPara efetuar uma mesma operaçção ão mental, cada um deve poder utilizar mental, cada um deve poder utilizar uma estratuma estratéégia diferente.gia diferente.

•• A concepA concepçção e a aplicaão e a aplicaçção da ão da situasituaççãoão--problema devem ser problema devem ser regulados por um conjunto de regulados por um conjunto de dispositivos de avaliadispositivos de avaliaçção.ão.