Dissertação - Juliana Curi Paccini Volpato
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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO
PROGRAMA DE MESTRADO EM ORTODONTIA
JULIANA VOLPATO CURI PACCINI
Comparação da Eficiência de Intrusão de Primeiros
Molares Superiores com correção ortodôntica de acordo
com dois protocolos: ancoragem em dois e três mini-
implantes.
São Paulo
2012
JULIANA VOLPATO CURI PACCINI
Comparação da Eficiência de Intrusão de Primeiros
Molares Superiores com correção ortodôntica de acordo
com dois protocolos: ancoragem em dois e três mini-
implantes.
Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado
em Ortodontia da Universidade Cidade de São
Paulo, como requisito exigido para obtenção do
título de Mestre.
Orientador: Prof. Dr. Flávio Cotrim-Ferreira
Co-Orientador: Prof. Dr. Fabrício Pinelli Valarelli
São Paulo
2012
Ficha elaborada pela Biblioteca Prof. Lúcio de Souza. UNICID
P114c
Paccini, Juliana Volpato Curi
Comparação da eficiência de intrusão de primeiros molares superiores com correção ortodôntica de acordo com dois protocolos: ancoragem em dois e três mini-implantes / Juliana Volpato Curi Paccini --- São Paulo, 2012.
98 p.
Bibliografia
Dissertação (Mestrado) - Universidade Cidade de São Paulo. Orientador do Prof. Dr. Flávio Cotrim Ferreira, co-orientador Prof. Dr. Fabrício Pinelli Valarelli
1. Movimentação dentária. 2. Procedimentos de ancoragem ortodôntica. 3. Ortodontia corretiva. I. Ferreira, Flávio Cotrim. II. Valarelli, Fabrício Pinelli. III. Titulo.
D4
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE E COMUNICADA AO AUTOR A REFERÊNCIA DA CITAÇÃO. São Paulo, ____ / ____/ _____ Assinatura: _____________________________ e-mail: [email protected]
JULIANA VOLPATO CURI PACCINI
Comparação da Eficiência de Intrusão de Primeiros
Molares Superiores com correção ortodôntica de acordo
com dois protocolos: ancoragem em dois e três mini-
implantes.
Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado
em Ortodontia da Universidade Cidade de São
Paulo, como requisito exigido para obtenção do
título de Mestre.
Área de concentração: Ortodontia
Data da defesa: 19 de junho de 2012
Resultado:___________________________
Banca Examinadora 1) Prof. Dr. Flávio Augusto Cotrim-Ferreira ______________________________ Universidade Cidade de São Paulo 2) Profa. Dra. Karyna Martins do Valle-Corotti ______________________________ Universidade Cidade de São Paulo 3) Prof. Dr. Fabrício Pinelli Valarelli ______________________________ Universidade Ingá - Maringá
Dedico esse trabalho
Ao meu marido Danilo e aos meus filhos Júlia e Pedro Henrique , de quem
muitas horas de carinho foram roubadas. Com amor e paciência, entenderam
minha ausência, tornando esse trabalho possível.
Aos meus pais Wiliam e Rosa, pelas palavras de incentivo e reconhecimento e
por acreditarem na importância de investir na educação dos filhos.
A Deus, pois tudo que eu tenho veio Dele.
Agradecimentos Especiais
Ao meu cunhado Guilherme e à minha irmã Isadora por me acolherem em São Paulo sempre com a alegria genuína da generosidade.
A minha cunhada Patrícia e ao meu irmão Paulo que na minha ausência ajudaram a cuidar de uma das coisas mais preciosas da minha vida, minha filha Júlia.
Aos meus queridos afilhados Beatriz e Guilherme que enchem meu coração de alegria.
Ao meu cunhado Gabriel , à minha irmã Melissa e aos meus sobrinhos lindos Clara e Ravi, pela torcida e pelo incentivo.
Aos meus sogros Urubatan e Margareth que são meus pais por afinidade.
À minha querida prima Paula e à minha tia Raquel por estarem sempre prontas para colaborar com sugestões importantes para este trabalho.
A toda minha família Volpato Curi Kanthack Paccini.
Agradecimentos Especiais
A todos os professores do departamento de Ortodontia, Dra. Ana Carla Raphaelli Nahás, Dra. Rívea Inês Ferreira, Dr. Danilo Furquim
Siqueira, Dr. Helio Scavone Junior, Dra. Karyna Martins do Valle-Corotti, Dr. Paulo Eduardo Guedes Carvalho, Dr. Acácio Fuziy,e especialmente o professor
dr. Flávio Vellini Ferreira, um grande exemplo a ser seguido.
Ao professor dr. Flávio Augusto Contrim-Ferreira, meu querido orientador, pelo apoio nos momentos difíceis, pelas palavras de incentivo e por todos os
ensinamentos e orientações transmitidas.
Ao professor Fabrício Pinelli Valarelli, meu grande amigo, por sua generosidade e dedicação em ensinar.
Aos meus amigos de Virgílio de Miranda Camargo, Ricardo Lincoln Fernandes Silva e Daniela Ferrari carvalho por me ajudarem a colher a amostra deste
trabalho.
Ao professor Eduardo Álvares Dainesi, pelas dicas preciosas dispensadas a este trabalho.
A todos os meus colegas de Mestrado, pela amizade, apoio e conhecimentos compartilhados.
Aos funcionários da Clínica de Ortodontia da UNICID, principalmente à Sra
Arlinda Galeano Miron, por toda ajuda na clínica.
Epígrafe
Com licença poética
Quando nasci um anjo esbelto, desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira. Cargo muito pesado pra mulher, esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem, sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar, acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor. Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem. Mulher é desdobrável. Eu sou.
Adélia Prado
Resumo
PACCINI, JVC. Comparação da eficiência de intrusão de primeiros molares
superiores, por dois protocolos, com correção ortodôntica ancorada em mini-
implantes. Dissertação (Mestrado). 2012. 126f
O objetivo deste estudo foi comparar as alterações dentárias e esqueléticas da
intrusão de primeiros molares superiores, por meio de correção ortodôntica
ancorada em mini-implantes, de acordo com dois protocolos distintos. Para isso
foram selecionados 19 pacientes adultos que representavam 25 primeiros molares
superiores extruídos por perda de dentes antagonistas. Estes pacientes foram
submetidos aos procedimentos de instalação de mini-implantes e posterior intrusão
dos molares, simultaneamente ao tratamento com aparelho fixo. A amostra foi
dividida em dois grupos, de acordo com a quantidade de mini-implantes utilizados. O
Grupo 1 consistia de 15 primeiros molares que sofreram intrusão ancorados em
dois mini-implantes. O Grupo 2, de 10 primeiros molares que sofreram intrusão
ancorados em três mini-implantes. As alterações, durante o tratamento, foram
analisadas pelas variáveis cefalométricas e dentárias em telerradiografia em norma
lateral no início (T1) e ao final da intrusão (T2) dos primeiros molares superiores.
Para a análise das características demográficas (gênero e idade) dos pacientes e do
tipo de má oclusão no início do estudo foram aplicados os testes T independente e
Exato de Fisher. Os resultados das alterações dento-esqueléticas entre os tempos
T1 e T2 em cada grupo de estudo foram comparados pelo teste T pareado. As
alterações dento-esqueléticas e o tempo de intrusão foram comparados entre os
métodos utilizados pelo teste T independente. Os resultados mostraram que não
houve diferença nas alterações dento-esqueléticas, com exceção da Li-linha E, entre
os dois protocolos e que ambos foram igualmente eficientes.
Palavras-chave: Movimentação Dentária, Procedimentos de Ancoragem
Ortodôntica, Ortodontia Corretiva.
Abstract
The aim of the present study was to investigate the dentoalveolar and skeletal
cephalometric changes produced by the intrusion of maxillary first molars through
mini-implant for orthodontic anchorage. Nineteen patients with a total of 25 extruded
upper first molars were selected and managed with mini-implants combined with
orthodontic treatment. The patients were divided into two groups concerning the
number of mini-implants used: Group 1 was formed by 15 first molars intruded by two
mini-implants, while Group 2 was formed by 10 first molars intruded by three mini-
implants. The dentoalveolar and skeletal cephalometric changes was evaluated by
lateral cephalometric analysis performed at the beginning (T1) and after the intrusion
of the teeth (T2). According to the results, both protocols were effective for the
intrusion of maxillary first molars, with no significant differences between them.
Considering the skeletal changes, there was a significant decrease in FMA values
between the start and end of the trial, indicating a counter-clockwise rotation of the
mandible. It was concluded that the intrusion of extruded maxillary first molars
through mini-implant for orthodontic anchorage has an efficient orthodontic
mechanics, with no significant differences between the protocols evaluated.
Keywords: Tooth Movement; Orthodontic Anchorage Procedures; Orthodontics
Corrective.
Lista de Figuras
Figura 1: Fotos intrabucais de um caso clínico do grupo 1 com um mini-implante por vestibular e um por palatino................................................................................
43
Figura 2: Fotos intrabucais de um caso clínico do grupo 2 com dois mini-implantes por vestibular e 1 por palatino..................................................................
43
Figura 3: Telerradiografia em norma lateral escaneada (observar as duas réguas para determinação do fator de magnificação)..........................................................
44
Figura 4: Marcação dos pontos cefalométricos....................................................... 50
Figura 5: Traçado das linhas e planos cefalométricos.................................. 52
Figura 6: Traçado das medidas cefalométricas esqueléticas.................................. 54
Figura 7: Traçado das medidas cefalométricas dentárias e tegumentares............. 56
Figura 8: Traçado das medições relativas aos primeiros molares superiores......... 58
Lista de Tabelas
Tabela 1: Médias, desvios-padrão, mínimo e máximo das idades do Grupo 1 no início, final e tempo total do período estudado.............................................................
43
Tabela 2: Médias, desvios-padrão, mínimo e máximo das idades do Grupo 2 no início, final e tempo total do período estudado.............................................................
43
Tabela 3: Análise do erro intra-examinador. Apresentação das médias, dos desvios-padrão, dos erros casuais (Dahlberg) e nível de significância estatística dos erros sistemáticos (p), entre os traçados repetidos após 30 dias.................................
63
Tabela 4: Resultados do teste “t” independente, aplicado à variável Idade I (idade inicial) para verificar a compatibilidade entre os Grupos 1 e 2 ao início do período estudado........................................................................................................................
64
Tabela 5: Resultados do teste Exato de Fisher para avaliar a compatibilidade dos grupos 1 e 2 em relação ao gênero no início do período estudado..............................
64
Tabela 6: Resultados do teste Exato de Fisher para avaliar a compatibilidade dos grupos 1 e 2 em relação ao tipo de má oclusão no início do período estudado...........
65
Tabela 7: Resultado do teste “t” dependente, médias e desvios-padrão do GRUPO 1 ao início e final do período estudado.........................................................................
66
Tabela 8: Resultado do teste “t” dependente, médias e desvios-padrão do GRUPO 2 ao início e final do período estudado.........................................................................
67
Tabela 9: Resultado do teste “t” independente, médias e desvios-padrão da comparação entre as variáveis do Grupo 1 e 2 ao início do período estudado............
68
Tabela 10: Resultado do teste “t” independente, médias e desvios-padrão da comparação entre as alterações das variáveis do Grupo 1 e 2, durante o período estudado........................................................................................................................
69
Tabela 11: Resultado do teste “t” independente, médias e desvios-padrão da comparação entre as variáveis do Grupo 1 e 2, ao final do período estudado.............
70
Tabela 12: Análise descritiva, médias, mínimos, máximos e desvios-padrão da intrusão do primeiro molar superior (6-PP) dos Grupos estudados..............................
71
Tabela 13: Resultado do teste “t” independente, médias e desvios-padrão da comparação entre as variáveis Tempo Intrusão e Eficiência Intrusão dos primeiros molares superiores entre os Grupo 1 e 2, durante o período estudado......................
71
Sumário
RESUMO......................................................................................................................... 08
ABSTRACT..................................................................................................................... 09
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 15
2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................................ 18
2.1 Ancoragem absoluta na ortodontia............................................................................ 18 2.2 Intrusão de molar empregando mecânica ortodôntica convencional........................ 27 2.3 Intrusão de molar utilizando mini-implante como ancoragem esquelética................ 30 2.3.1 Tipos de mini-implantes e métodos utilizados para intrusão de molar................. 30
3 PROPOSIÇÃO............................................................................................................. 38
4 MATERIAL E MÉTODOS............................................................................................. 40
4.1 Material...................................................................................................................... 40 4.1.1 Obtenção da amostra............................................................................................. 40 4.2 Métodos..................................................................................................................... 43 4.2.1 Obtenção das telerradiografias em norma lateral................................................... 43 4.2.2 Elaboração do Cefalograma................................................................................... 45 4.2.3 Desenho anatômico................................................................................................ 45 4.2.4 Demarcação dos pontos cefalométricos................................................................. 46 4.2.5 Traçado das linhas e planos................................................................................... 51 4.2.5.1 Horizontais......................................................................................................... 51 4.2.5.2 Verticais............................................................................................................. 51 4.2.6 Mensuração das grandezas cefalométricas .......................................................... 52 4.2.6.1 Componente maxilar......................................................................................... 52 4.2.6.2 Componente mandibular .................................................................................. 53 4.2.6.3 Relação maxilomandibular................................................................................ 53 4.2.6.4 Componente Vertical......................................................................................... 53 4.2.6.5 Componente dentoalveolar superior................................................................. 54 4.2.6.6 Componente dentoalveolar inferior................................................................... 55 4.2.6.7 Relações dentárias............................................................................................ 55 4.2.6.8 Perfil tegumentar............................................................................................... 55 4.2.7. Mensuração das alterações relativas aos primeiros molares superiores........................................................................................................................
56
4.2.8 Obtenção da Eficiência......................................................................................... 59 4.3 Análise estatística...................................................................................................... 60 4.3.1 Erro do método....................................................................................................... 60
Sumário
4.3.2 Método Estatístico.................................................................................................. 60
5 RESULTADOS............................................................................................................. 63
6 DISCUSSÃO................................................................................................................ 73
6.1 A Amostra.................................................................................................................. 73 6.1.2 Selação da Amostra............................................................................................... 73 6.2 Metodologia............................................................................................................... 75 6.3 Medidas Cefalométricas............................................................................................ 76 6.3.1 Precisão da Metodologia........................................................................................ 76 6.4 Discussão dos resultados.......................................................................................... 77 6.4.1 Componentes Maxilar e Mandibular....................................................................... 77 6.4.2 Componente Vertical.............................................................................................. 78 6.4.3 Componente Dentoalveolar Superior..................................................................... 79 6.4.3.1 Primeiros Molares.............................................................................................. 80 6.4.4 Componente Dentoalveolar Inferior........................................................................ 81 6.4.5 Relações Dentárias................................................................................................ 82 6.4.6 Perfil Tegumentar................................................................................................... 82 6.5 Considerações Clínicas ............................................................................................ 83
7 CONCLUSÃO................................................................................................... 86
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................... 88
APÊNDICE............................................................................................................ 98
IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução
15
Introdução
1 INTRODUÇÃO
Um dos movimentos mais difíceis na mecânica ortodôntica e que
necessita de uma ancoragem eficiente para se obter sucesso é a intrusão dentária.
Normalmente esse movimento é necessário quando um dente sofreu extrusão,
especialmente, pela falta do dente antagonista. A extrusão pode causar diversos
problemas como interferências oclusais e consequentes distúrbios funcionais
(MELSEN, 1991; SUYA H, 1991, CHENG, 2004; YAO, 2005a; 2005b).
É necessário, portanto, reparar essa condição para posteriormente
promover a reabilitação protética do dente antagonista. Existem vários recursos
intra e extrabucais a serem utilizados como ancoragem. Os métodos convencionais
apresentam uma série de problemas, incluindo implicações estéticas, movimentação
da unidade de ancoragem e necessidade de colaboração do paciente, dificultando
sobremaneira o sucesso da mecânica intrusiva proposta (MELSEN et al., 1991;
CHUN et al., 2000; ARAUJO et al., 2006; NG et al., 2006 ).
Os mini-implantes, bem como a possibilidade de se obter uma ancoragem
absoluta, abriram novas perspectivas para a ortodontia. Criou-se um ponto estável
dentro da cavidade bucal, para que sejam realizados movimentos de forma mais
controlada e previsível, com a mínima necessidade da colaboração do paciente
(COSTA, et al, 1983; CREEKMORE; EKLUND, 1983; KANOMI, et al, 1997; YAO et
al., 2005a; 2005b).
Os mini - implantes ortodônticos oferecem uma alta versatilidade de
aplicação clínica desde a escolha do local de instalação, do formato do parafuso,
bem como da variabilidade do ponto de aplicação da força no dente. Isso possibilita
um maior controle sobre o tratamento ortodôntico, minimizando os efeitos colaterais
como forças indesejáveis nos dentes adjacentes (FRITZ et al., 2004; MIYAWAKI et
al., 2003).
16
Introdução
Existem alguns trabalhos científicos na literatura que demonstram a
intrusão real de molares superiores com a utilização dos mini-implantes como
ancoragem. Entretanto, dos trabalhos existentes, a maioria se refere a relatos de
casos clínicos, trabalhos experimentais em animais ou ainda trabalhos científicos
que, embora importantes, apresentam uma amostra relativamente pequena. É
extremamente necessário diferenciar a intrusão do primeiro molar superior da
extrusão dos dentes adjacentes a ele, que pode ocorrer caso não seja utilizado um
sistema de ancoragem adequado, representando uma intrusão relativa e não uma
intrusão verdadeira (BONETTI et al, 1996; CHUN et al, 2000; ENACAR et al, 2003;
ARMBRUSTER et al, 2003).
Este trabalho avaliou a movimentação dentária dos primeiros molares
superiores previamente extruídos pela perda do dente antagonista, que foram
submetidos aos procedimentos de intrusão, ancorados em mini-implantes e a
eficiência dos dois métodos descritos, de acordo com os protocolos analisados.
Revisão de literaturaRevisão de literaturaRevisão de literaturaRevisão de literatura
18
Revisão de literatura
2 REVISÃO DE LITERATURA
Os conceitos atuais vigentes para obtenção de uma ancoragem absoluta
necessitam de muitos estudos e comprovações para que os ortodontistas consigam
utilizá-los com o máximo de segurança e sucesso.
A presente revisão de literatura foi desenvolvida de forma a abranger os
principais assuntos relacionados à intrusão de molares superiores.
2.1 Ancoragem absoluta na ortodontia
Edward Angle, em 1900, foi um dos primeiros a defender o uso de
aplicação de forças iguais e opostas para o controle de ancoragem (ANGLE, 1900).
A ideia de se utilizar parafusos fixados em tecido ósseo para se obter
ancoragem absoluta surgiu em 1945, quando Gainsforth e Higley (GAINSFORTH;
HIGLEY, 1945) inseriram parafusos de vitálio (Dentsply) no ramo ascendente da
mandíbula de seis cães. Nestes animais, foram aplicados elásticos que se
estendiam do parafuso de gancho do arco maxilar para distalização dos caninos,
durante o período de 16 a 31 dias. A utilização do osso basal para movimentação
dentária foi bem sucedida. Entretanto, os autores observaram que uma força efetiva
só poderia ser mantida por no máximo 31 dias. Os mesmos atribuíram a perda de
todos os parafusos à infecção advinda da comunicação entre o parafuso de vitálio e
a cavidade bucal. Porém, apesar de tudo, os autores concluíram que “a ancoragem
poderia ser obtida para movimentos ortodônticos futuros”.
Após os estudos de Gainsforth e Higley em 1945, somente Linkow, em
1970, reportou novamente a utilização de implantes mandibulares, de finalidade
protética, como recurso de ancoragem ortodôntica. Esses autores foram os primeiros
a sugerirem o uso de implantes em forma de lâminas vazadas para receber os
elásticos de classe II (LINKOU, 1970).
19
Revisão de literatura
Branemark, em 1969, após ter descoberto um fenômeno biológico,
chamado osseointegração, gerado em regiões de íntimo contato entre o osso e a
superfície do titânio, introduziu os implantes dentários para substituição de dentes e
reabilitação protética (BRANEMARK et al., 1969; BRANEMARK; ALBREKTSSON,
1982). Os autores observaram que estes implantes de titânio puro apresentavam
características mecânicas e bioquímicas adequadas para garantir uma coexistência
estrutural e funcional com os mecanismos biológicos sem provocar rejeição. Desta
forma, os implantes ósseo-integrados apresentavam a capacidade de permanecer
estáveis quando submetidos a forças funcionais. Desde a década de 1980, com o
progressivo desenvolvimento destes implantes dentários, seu uso como recurso de
ancoragem ortodôntica tem expandido os recursos do tratamento ortodôntico
(ROBERTS et al.,1989; HIGUCHI; SLACK,1991).
Porém, ainda era necessário o desenvolvimento de implantes com
diâmetros e comprimentos menores que pudessem ser utilizados em qualquer
região e atrair definitivamente o interesse dos ortodontistas, e até mesmo dos
pacientes. Em 1983, Creekmore e Eklund, já tentavam responder a estas
expectativas, pois avaliaram a utilização de parafusos cirúrgicos comumente
utilizados em cirurgia ortognática para osteosíntese e fixação intermaxilar
(CREEKMORE; EKLUND, 1983). Em seu relato, os autores implantaram um
parafuso cirúrgico de vitálio logo abaixo da espinha nasal anterior, em que, após dez
dias da sua inserção, uma liga elástica leve foi utilizada com a intenção de corrigir a
sobremordida. Durante o tratamento houve a intrusão de 6 mm dos incisivos centrais
superiores, sem que ocorresse movimentação do parafuso. Estes autores já
demonstraram, desde 1983, ser este um recurso viável de ancoragem ortodôntica,
mas eles relataram que, apesar do sucesso, este procedimento requeria
investigações mais amplas e detalhadas antes de ser rotineiramente aplicado. No
entanto, a utilização destes mini - parafusos não foi imediatamente adotada como
um novo recurso de ancoragem ortodôntica. Após sua pesquisa, a literatura se
concentrou em estudos com implantes dentários (DOUGLASS; KILLIANY, 1987;
ROBERTS et al., 1989; ROBERTS; MARSHALL; MOZSARY, 1990), onplants
(BLOCK; HOFFMAN, 1995), e implantes palatinos (WEHRBEIH et al., 1996) e,
20
Revisão de literatura
somente alguns anos depois, teve início o interesse dos pesquisadores nos mini-
parafusos cirúrgicos.
O termo ancoragem absoluta ou infinita é definido como ausência de
movimento da unidade de ancoragem, ou seja, quando inexiste perda de ancoragem
como consequência das forças de reação (DASKALOGIANNAKIS, 2000). Este
conceito de ancoragem esquelética não é recente, pois a ancoragem em osso basal
foi sugerida há mais de 60 anos, como um método alternativo de se obter um
aumento da ancoragem ortodôntica (LEE et al., 2007).
Em 1988, Smalley e colaboradores, realizaram um estudo de modelo
animal e demonstraram a possibilidade de se utilizar implantes de titânio
osseointegrados pra controlar a protração maxilar (SMALLEY et al., 1988). Dois
anos após, em 1990, Roberts; Marshall; Mozsary reportaram o uso de implante
endósseo, inserido na região retromolar, como ancoragem para mesializar dois
molares e fechar um espaço de extração atrófico (ROBERTS; MARSHALL;
MOZSARY, 1990). Os pacientes cuja ancoragem dentária era contra-indicada
tornaram-se objeto de estudo dos pesquisadores, evidenciando que, nestes casos,
os implantes dentários apresentavam-se como ótimo recurso de ancoragem, como
demonstrou Haanaes et al, em 1991 (HAANAES et al., 1991).
Entretanto, as dimensões destes implantes convencionais exigiam locais
de inserção com grande quantidade de tecido ósseo para acomodá-los. Por esta
razão, a região retromolar ou áreas edêntulas acabaram se tornando os poucos
locais indicados para implantação. Além disso, o alto custo dos implantes dentários,
a implantação e remoção por meio de procedimentos cirúrgicos muito invasivos e o
tempo despedido nas fases de cicatrização e osseointegração, restringiram ainda
mais a aplicabilidade destes implantes na clínica ortodôntica (ROBERTS,WE;
NELSON; GOODACRE,1994; ROBERTS; ARBUCKLER; ANALOUI, 1996;
WEHRBEIN et al., 1996; CHEN; ESTERLE; ROBERTS; 1999; BAE et al., 2002a;
2002b; HENRIKSEN et al., 2003; KELES; EVERDI; SEZEN, 2003; LIN, LIOU, 2003;
SCHNELLE et al., 2004; HUANG; SCHOTWELL; WNAG, 2005).
21
Revisão de literatura
Diante deste fato, Block e Hoffman, em 1995 introduziram o onplant, um
disco de titânio com 2 mm de altura e 10 mm de diâmetro, tratado com
hidroxiapatita. Este disco foi inserido no palato de cães como recurso de ancoragem
ortodôntica, apresentando-se estáveis durante todo o tratamento.
A literatura científica tem concentrado enormes esforços nesta nova área
da ortodontia, já que há um enorme potencial de aplicação de conhecimentos e
necessidade de testar a aplicação clínica destes dispositivos.
Em 1996, Wehrbein et al. (WEHRBEIN et al., 1996), também buscaram
encontrar formas de viabilizar o uso dos mini-implantes osseointegrados em
Ortodontia. Estes autores avaliaram a possibilidade de se utilizar a área sagital do
palato como sítio de inserção para implantes dentários reduzidos, de 3,3mm de
diâmetro e 4 ou 6 mm de comprimento. Os autores uniram o implante palatino aos
segundos pré-molares como reforço de ancoragem para realizar 8mm de retração
anterior. Os implantes instalados no palato não apresentaram mobilidade e houve
apenas 0,5mm de movimentação dos pré-molares implanto-ancorados. Foi desta
forma que Wehrbein et al introduziram o Orthosysten (Straumann).
As investigações a respeito de microparafusos só vieram em 1997 com
Kanoni (KANONI, 1997) que descreveu um sistema de micro - implante com
desenho específico para uso na ortodontia, com um protocolo cirúrgico de um
implante com medidas de 1,2mm de diâmetro por 6 mm de comprimento que
oferecia ancoragem suficiente para intrusão de incisivos inferiores,com resultado de
cerca de 6 mm de intrusão em quatro meses.
As pesquisas que se seguiram buscaram aperfeiçoar a técnica e os
materiais com intuito de aumentar a aplicabilidade, a estabilidade e a aceitação
deste novo sistema de ancoragem ortodôntica. Costa, Raffaini e Melsen, em 1998
(COSTA; RAFFAINI; MELSEN, 1998), apresentaram um miniparafuso de titânio com
cabeça semelhante a um bráquete, o qual poderia ser inserido na região retromolar,
na espinha nasal anterior, na sutura palatina, na crista infrazigomática, na sínfise
mandibular e entre as regiões de pré-molares e molares. Além disso, poderia ser
inseridos com chave manual diretamente na mucosa, sem retalho, e ser submetido a
22
Revisão de literatura
cargas imediatas. Foram utilizados, em seu experimento clínico, 16 miniparafusos,
dos quais apenas dois apresentaram-se com mobilidade e foram perdidos durante o
tratamento (COSTA; RAFFAINL; MELSEN, 1998).
Além disso, durante a última década, outros métodos de ancoragem
esquelética foram propostos, incluindo as ligaduras zigomáticas (MELSEN;
PETERSEN; COSTA, 1998), mini-placas (UMEMORI, et. al., 1999) e ancoragem
zigomática (DE CLERCK; GEERINCKX; SICILIANO, 2002).
As ligaduras zigomáticas foram introduzidas em 1998 por Melsen,
Petersen e Costa como recurso de ancoragem em pacientes parcialmente edêntulos
para intrusão e retração dos incisivos superiores. Este método era realizado por
meio de duas perfurações na região superior da crista infra zigomática, em que um
fio de aço inoxidável (0,012”) duplamente trançado era ligado e conectado ao
aparelho ortodôntico por meio de molas fechadas de níquel-titânio (MELSEN;
PETERSON; COSTA, 1998). Já em 1990, Melsen e Verna (MELSEN; VERNA,
1990), utilizando mini-implantes, concluem que os locais que oferecem melhores
condições para instalar os mini-implantes na maxila são: a espinha nasal anterior, a
crista infra-zigomática e o palato. Sendo que a sutura palatina mediana, formada por
osso contical mais denso, pode ser considerada o melhor local para instalação
desse dispositivo de ancoragem temporária na maxila. Na mandídula, os melhores
locais são: na região retromolar, no processo alveolar mandibular e na sínfise.
As mini-placas cirúrgicas foram reportadas como ancoragem ortodôntica
por Sugawara (SUGAWARA, 1999) e Umemori (UMEMORI et al., 1999), os quais as
utilizaram, em formato de L, para intruir molares no tratamento da mordida aberta
anterior. Eles obtiveram sucesso na mecânica com intrusão verdadeira dos molares
e fechamento da mordida aberta anterior.
Um estudo de Sherwood e colaboradores, 2002 (SHERWOOD et al.,
2002), propôs estudar se houve intrusão verdadeira dos molares em adultos e testar
a estabilidade das mini-placas como ancoragem para intrusão de dentes posteriores
na maxila. Para isso, tratou quatro pacientes que possuíam mordida aberta anterior
com intrusão posterior dos molares, utilizando mini-placas como ancoragem. A
23
Revisão de literatura
média de intrusão foi de 1,45 mm a 3,32 mm. Não houve nenhum movimento das
mini-placas. O fechamento da mordida aberta anterior foi obtido em todos os quatro
pacientes. A média de fechamento de incisivos foi de 3,62 mm com fechamento do
plano mandibular de 2,62 mm e plano oclusal diminuiu em 2,25 mm.
Everdi e colaboradores em 2004 (EVERDI et al., 2004), analisaram dez
pacientes entre 17 a 23 anos com mordida aberta anterior e excesso de crescimento
posterior de maxila. Inseriram mini - placas nos ossos zigomáticos bilateralmente.
Todos os pacientes receberam barra transpalatina. Foi aplicada uma força com o
objetivo de intrusão desses molares às mini-placas e os resultados demonstram que,
com a ajuda da ancoragem esquelética, todos os molares sofreram intrusão efetiva,
corrigindo a mordida aberta anterior com rotação de mandíbula no sentido anti-
horário. O plano oclusal rotacionou no sentido horário, confirmado pela sobreposição
da radiografia panorâmica e telerradiografia iniciais e finais.
Pode-se dizer que os mini-implantes são miniparafusos cirúrgicos
modificados para se adaptarem às diferentes situações ortodônticas. As principais
modificações dizem respeito à presença de uma área lisa para atravessar e
acomodar o tecido mole circunjacente (o perfil transmucoso) e uma extremidade
apropriada para instalação do fio de amarrilho ou módulos elásticos (a cabeça do
mini-implante). Atualmente, pode-se encontrar mini-implantes com extremidade
externa própria para encaixe de arcos retangulares e com uma grande variedade de
tamanhos, o que possibilita a sua inserção em diversos locais da maxila e da
mandíbula (CHEN et al., 2006).
Yamamoto, Kuroda em 2007 (YAMAMOTO; KURODA, 2007), trataram
dois pacientes que apresentavam grave assimetria facial e desvio de plano oclusal,
que teriam que ser submetidos à cirurgia de LeFort I associado com a cirurgia de
mandíbula. Trataram o primeiro com mini-placa no zigomático e o segundo com
mini-implante no osso alveolar da maxila, entre o primeiro e segundo molar, com o
objetivo de intrusão unilateral dos molares superiores. Em ambos, os molares foram
intruídos 3 mm, melhorando o plano oclusal e, após seis meses, foi necessário
24
Revisão de literatura
operar apenas as mandíbulas. Esse procedimento diminui o risco operatório, o
desconforto, os custos com medicamento e o tempo de cirurgia.
Foram os mini-implantes que se sobressaíram no mercado odontológico,
já que apresentavam várias vantagens sobre as mini-placas, como a ausência de
procedimento cirúrgico complexo, tanto na sua inserção como na sua remoção,
menor custo, maior aceitação pelo paciente, além da sua magnitude máxima de
aplicação de força ser menor do que aquela necessária para mini-placa (SUNG et
al., 2007).
Um trabalho experimental em cães avaliou o período de osseointegração
e estabilidade de mini-mplantes de 6 e 10mm de comprimento. O índice de sucesso
do mini-implante de 6 mm foi de 66,67% e o de 10mm de 88,89%. Todas as perdas
foram associadas à inflamação peri-implantar em razão da impacção alimentar em
áreas de tecido não queratinizado (FREIRE et al, 2007).
Os mini-implantes também acompanharam a evolução dos parafusos de
fixação cirúrgica no que diz respeito ao tipo de rosca. No início, os mini-parafusos
eram autorrosqueantes e necessitavam de perfuração prévia do tecido ósseo para
sua inserção. Posteriormente, foram realizadas modificações na rosca destes
parafusos que conferiram a eles a capacidade de perfurar o tecido ósseo sem a
necessidade de uso da broca piloto. Esses parafusos autoperfurantes demonstraram
obter maior interface osso-metal, menor tempo cirúrgico, menor risco de causar
danos a estruturas adjacentes e provocar superaquecimento do tecido ósseo, uma
vez que dispensam o uso de brocas. Atualmente, os mini-implantes autoperfurantes
são considerados a mais nova evolução destes dispositivos de ancoragem
esquelética e tem demonstrado resultados extremamente favoráveis (HEIDEMANN;
TERHEYDEN; GERLACH, 2001; WANG; LIOU, 2008).
O sistema de ancoragem absoluta para ser considerado ideal, deve
possuir as seguintes características: fácil instalação, resistente às forças
ortodônticas, de simples remoção, tamanho reduzido e pronto para ativação precoce
para minimizar o tempo e aumentar a eficiência do tratamento (BAE et al., 2002;
25
Revisão de literatura
BEZERRA et al., 2004; KYUNG et al., 2003; LABOISSIERE, 2005; PARK et al.,
2001).
Um estudo de Kanzai e colaboradores, 2007, buscou avaliar a influência
das fibras supra-alveolares e a remodelação do osso alveolar, na região interdental,
quando os molares são submetidos a forças de intrusão com utilização de um
sistema de ancoragem absoluta com mini-placas. O estudo foi realizado em 10 cães
Beagles. Apenas em um lado, foi realizada fibrectomia, no outro não. Os dois lados
foram comparados entre si. Os resultados foram que a quantidade de intrusão foi
maior no grupo que foi realizada a fibrectomia. O estado de saúde da unidade
dentogengival do grupo que não sofreu fibrectomia permaneceu inalterado e houve
maior quantidade de osteoclastos. Conclui-se que a pressão das fibras supra-
alveolares durante a fase de intrusão da unidade dentoalveolar, utilizando
ancoragem absoluta, promoveu remodelação dentoalveolar induzindo a reabsorção
e remodelação óssea na região interdental, e melhora do nível de inserção óssea,
comparando o pré-tratamento com os pós tratamento (KANZAI et al., 2007).
Um estudo publicado em 2009 por Viwattanatipa et al, objetivou analisar a
taxa de sobrevida dos miniparafusos cirúrgicos de titânio como ancoragem
ortodôntica e os parâmetros clínicos que apresentavam os maiores riscos para o
fracasso. Eles avaliaram 97 miniparafusos (1,2mm de diâmetro e 8-12mm de
comprimento), instalados na maxila em áreas queratinizadas e não queratinizadas.
Foram analisadas três variáveis: 1- Fase cirúrgica, 2- Posicionamento, 3- Resposta
tecidual. Os resultados mostraram uma taxa de sobrevida do parafuso de 85% em
seis meses e 57% em um ano. Os fatores de risco avaliados indicaram que a fase
cirúrgica dois (parafuso totalmente coberto pela mucosa) foi mais susceptível ao
fracasso, seguido do posicionamento mais alto, em mucosa não queratinizada e, por
último a resposta tecidual hipertrófica.
Uma revisão sistemática foi realizada por alguns autores para avaliar os
fatores críticos para o sucesso dos mini-implantes ortodônticos. Os dados foram
coletados a partir de trabalhos clínicos randomizados, prospectivos e
retrospectivos.Os trabalhos foram avaliados seguindo uma lista de exigência
26
Revisão de literatura
metodológica. Foram encontrados 126 artigos e após o critério de seleção da
amostra apenas 16 permaneceram. A conclusão e os resultados foram que os mini-
implantes são eficazes como ancoragem e o sucesso depende principalmente da
sua estabilidade mecânica inicial e da quantidade e qualidade da força empregada.
(Chen, et al.; 2009).
Outro estudo publicado em 2009 por Lim e colaboradores (LIM et al.,
2009), teve como objetivo investigar os vários fatores associados à estabilidade
inicial dos mini -implantes para tratamento ortodôntico e a previsão da taxa de
sucesso relacionado com as variáveis: idade, sexo, local de colocação, mobilidade
do tecido e comprimento e diâmetro dos mini - implantes. O resultado foi uma taxa
de sucesso global foi de 83,6% para todos os mini - implantes (316 de 378). A taxa
de sucesso na mandíbula foi 0,48 vezes maior do que na maxila porém, tanto esta
variável como todos as demais não foram estatisticamente significante . Estes
resultados sugerem que a estabilidade inicial não pode ser garantida ou prevista.
Por esta razão qualquer plano de tratamento deve considerar a possibilidade de
falha.
Ainda sobre a estabilidade dos mini - implantes quando utilizados durante
um tratamento ortodôntico, em 2010 foi publicado um trabalho de revisão
sistemática, que teve como objetivo avaliar os efeitos relacionados ao paciente (sexo
e idade), parafuso, método de colocação e a força empregada com a estabilidade
dos mini - implantes. A taxa de sucesso geral foi de 83,8%. A variável sexo dos
pacientes não apresentou significância estatística. Pacientes com mais de 30 anos
apresentaram maior estabilidade do parafuso. O diâmetro do parafuso de 1 a 1,1mm
produziu taxas de sucesso significantemente mais baixos que os de 1,5 a 2,3mm. O
mesmo aconteceu com os parafusos de 6mm comparado com os de 8mm (72% x
90%). A forma de colocação dos parafusos apresentou resultados contraditórios.
Houve uma taxa de sucesso maior para a maxila em relação à mandíbula. Em
relação a força empregada não houve diferença, podendo ser utilizado uma força de
até 200g (CRISMANI et al.; 2010).
27
Revisão de literatura
Com o objetivo de avaliar as áreas de maior segurança para implantação
dos mini-implantes, Chaimanee e colaboradores, em 2011 (CHAIMANNE et al.,
2011), publicaram um trabalho levando em consideração os diferentes padrões
dentoesqueléticos e a disponibilidade de espaços interradiculares. Sessenta
indivíduos com padrão esquelético classe I, II e III foram examinados. Para cada
espaço interradicular a distância da crista alveolar foi medida. Os resultados
apontaram que para todos os padrões esqueléticos, o maior espaço interradicular na
maxila foi entre o segundo pré-molar e o primeiro molar. Na mandíbula, o maior
espaço foi entre os primeiros e segundos molares, seguido dos primeiros e
segundos pré-molares.
Podemos concluir com esses artigos que a técnica de utilização de mini-
implantes com ancoragem no tratamento ortodôntico é bastante eficiente e segura,
pois os mini-implantes se mantêm na sua grande maioria estáveis no seu local de
implantação, permitindo que a ancoragem seja realizada com grande sucesso.
2.2 Intrusão de molar empregando mecânica ortodôntica convencional
O termo ancoragem pode ser definido como resistência a um movimento
dentário indesejado (TURLEY et al.,1988; DASKALOGIANNAKIS, 2000) e segue o
princípio de ação de forças da Terceira Lei de Newton. Esse princípio estabelece
que qualquer força é dividida em componentes de ação e reação, os quais são
iguais e opostos entre si. Desta forma, quando aplicamos uma força a um dente ou
um grupo de dentes, as unidades dentárias utilizadas como apoio de ancoragem
recebem uma força de reação com igual intensidade, porém em sentido contrário,
ocasionando assim, magnitudes de movimentações semelhantes entre os dentes
que se deseja movimentar e suas respectivas unidades de ancoragem (ANDREWS,
1975; LOTZOF; FINE; CISNEROS, 1996).
O controle de ancoragem na mecânica convencional evita que ocorram
movimentos dentários indesejáveis, porém não impede que ocorra a movimentação
da unidade de ancoragem frente à mecânica ortodôntica. Portanto é possível
28
Revisão de literatura
observar o quanto uma ancoragem absoluta é almejada pelos ortodontistas
(PROFFIT, 1978; PILLON; KUIJPERS-JAGTMAN; MALTHA, 1996).
Diversos são os fatores causadores da perda de ancoragem, sendo esta
considerada multifatorial. Entretanto, a mecânica, a característica de cada má
oclusão e sua severidade, além da quantidade do osso alveolar de suporte, sua
densidade, o metabolismo ósseo e o turnover do ligamento periodontal são apenas
alguns destes fatores. Os demais fatores são associados à cooperação do paciente,
tornando o tratamento altamente dependente do paciente e de pouco controle por
parte do profissional. Estes fatores fazem da perda de ancoragem algo que
compromete, com muita frequência, o resultado do tratamento ortodôntico (PILON;
KUIJPERS-JAGTMAN, MALTHA, 1996; WEHRBEIN et al., 1996; GERON et al.,
2003).
Existe estabilidade suficiente dos mini-implantes quando submetidos às
forças ortodônticas impostas pela mecânica, porém os mesmos não se mantêm
estáticos, segundo o trabalho de Liou e colaboradores, 2004, que analisaram
dezesseis pacientes adultos, submetidos à inserção de mini-implantes como ponto
de ancoragem na retração de dentes anteriores. Os mini-implantes tinham o
diâmetro de 2 mm por 17 mm de comprimento. Após duas semanas da implantação,
foram submetidos a forças ortodônticas de 150 gf, fixadas entre o implante e o
canino, e de 250 gf, entre o mini-implante e um gancho fixado no fio principal. Na
avaliação cefalométrica por sobreposição de telerradiografias, nove meses após o
inicio da aplicação de força, a movimentação dos mini-implantes foi de 0,4 mm em
média, sendo que em sete dos pacientes este deslocamento foi de 1,0 a 1,5 mm.
Concluiu-se que os mini-implantes ortodônticos são estáveis, porém não são
absolutamente estáticos frente a forças ortodônticas e que se deve tomar cuidado
em manter distância de estruturas importantes como artérias, nervos e veias e raízes
dentárias (LIOU; PAI; LIN, 2004).
A resistência à movimentação dentária requer um método que equilibre a
biomecânica ortodôntica exigindo, desta forma, recursos adicionais de ancoragem
para que este componente de reação seja diminuído ou até mesmo excluído. Esta
29
Revisão de literatura
ancoragem, geralmente é promovida pelo dente que resiste às forças geradas pelos
componentes ativos do aparelho (CHEN et al.,2006).
São descritas na literatura diversas formas de ancoragem como a barra-
lingual e transpalatina, o botão de Nance, os elásticos intermaxilares e o aparelho
extrabucal. Estes dispositivos são considerados eficientes em muitos casos,
entretanto, permitem que ocorra algum grau de movimentação da unidade de
ancoragem. São dependentes do nível de colaboração do paciente para que o
resultado possa ser alcançado. Além disso, muitos destes aparelhos são
desconfortáveis e anti-higiênicos. Isso pode comprometer o andamento do
tratamento ortodôntico, podendo muitas vezes extrapolar o tempo de tratamento ou
prejudicar a obtenção dos resultados almejados. (CELENZA; HOCHMAN, 2000;
SCHNELLE et al., 2004; ARAÚJO et al.,2006).
Além desses aparelhos, existem ainda protocolos diferenciados de
extrações dentárias, mecânicas ortodônticas difíceis e complexas, além de
procedimentos cirúrgicos bastante invasivos, como distração osteogênica para
retração dos caninos, que também buscam evitar a movimentação indesejada das
unidades de ancoragem, ou seja, a perda de ancoragem. Porém, a reduzida
eficiência, a necessidade de cooperação, a complexidade e o risco cirúrgico
envolvido são fatores que, frequentemente, limitam a aplicação e o sucesso da
maioria destes recursos (CREEKMORE; EKLUND,1983; ZURIARRAIN et al.; 1996;
STEYN; PREEZ; HARRIS, 1997; GIANELLY, 1988; MCSHERRY; BRADLEY, 2000;
KISNISCI et al., 2002; ISERI et al., 2005; MAH; BERGSTRAND, 2005).
A intrusão verdadeira é muito difícil de ser obtida com os recursos de
ancoragens na mecânica convencional. Segundo um trabalho de revisão
sistemática, 2006, apenas trinta trabalhos foram selecionados segundo critério
estabelecido pela autora no qual visava avaliar se houve intrusão verdadeira.
Desses trinta, vinte e nove não provaram haver uma intrusão real. Apenas um
trabalho conseguiu provar intrusão verdadeira. Neste trabalho, os autores (FIROUZ,
1992, et al.) examinaram os efeitos do AEB tração alta na Classe II divisão I.
Compararam 12 adolescentes de 9,5 a 12,5 anos que utilizaram AEB por seis meses
12h por dia e compararam com outros 12 pacientes que serviram de controle.
30
Revisão de literatura
Utilizando uma força de 500g passando pelo centro de resistência, notaram que os
molares conseguiram uma intrusão de 0,96mm (NG; MAJOR; FLORES-MIR, 2006).
A utilização de técnicas de ancoragem iniciou-se juntamente com a
própria mecânica ortodôntica, constituindo-se em um passo fundamental para o seu
sucesso. Para que isso ocorra é necessário que se faça um planejamento prévio de
ancoragem que evite os efeitos colaterais tão conhecidos pelos ortodontistas (Lee et
al., 2007).
Todos esses trabalhos citados comprovam a grande dificuldade de
promover a intrusão verdadeira dos molares por meio dos aparelhos convencionais
e o quanto o sucesso da mecânica ortodôntica ficava comprometido quando ainda
não existia a técnica dos mini-implantes, como recurso de ancoragem esquelética.
Atualmente, esta perda de ancoragem já não constitui preocupação aos
profissionais da ortodontia, visto que a prevenção dos movimentos indesejáveis se
tornou possível e muito simplificada com o surgimento de dispositivos de ancoragem
esquelética.
2.3 Intrusão de molar utilizando mini-implante como ancoragem esquelética
2.3.1 Tipos de mini-implantes e métodos utilizados para intrusão de molar
Todos os trabalhos que serão demonstrados neste tópico mostram
respostas favoráveis da intrusão real dos molares, quando submetidos a forças
intrusivas, com mini-implantes como ancoragem ortodôntica.
Na literatura, encontram-se várias formas de se obter ancoragem
absoluta, mas a que tem demonstrado maior aplicabilidade clínica é a técnica de
utilização de mini-parafusos ortodônticos, quando comparada com outros sistemas
de ancoragem absoluta, como os implantes osteo integráveis ou as mini-placas. O
mini-implante é um método confiável de ancoragem em ortodontia, eliminando em
grande parte a necessidade de cooperação dos pacientes (BEZERRA et al., 2004).
31
Revisão de literatura
Ohmae e colaboradores estudaram a avaliação clínica e histológica de 36
mini-implantes de titânio como ancoragem no movimento de intrusão ortodôntica, em
cães da raça Beagle. Após 12 a 18 semanas de intrusão os animais foram
sacrificados e suas mandíbulas foram dissecadas para observação histológica. Os
dentes foram intruídos em média 4,5mm e, na avaliação histológica, foi observada
pequena reabsorção na área de furca e ápice radicular. Todos os mini - implantes
permaneceram estáveis durante o movimento dentário. Os mini-implantes
apresentaram calcificações ósseas periimplantares iguais ao do grupo controle
(OHMAE et al, 2001).
Park e colaboradores, 2003, relataram dois casos clínicos de intrusão de
molares em pacientes adultos, que perderam os dentes antagonistas, utilizando uma
força de 200 a 300g, utilizando mini-implantes como ancoragem. Obtiveram sucesso
com intrusão de 0,5 a 1 mm por mês. Não foi notado nenhum dano radicular ou
perda de vitalidade pulpar (PARK et al., 2001).
Em um relato de caso clínico, uma paciente adulta, com mordida aberta
anterior e altura facial aumentada foi tratada com intrusão dos molares superiores e
inferiores durante 19 meses. Foi utilizado parafuso de 2,3x14mm aliado à barra
transpalatina na maxila e arco lingual na mandíbula para compensar o torque
vestibular causado pela força de intrusão. O tratamento resultou em intrusão dos
molares em 3 mm, fechamento da mordida aberta anterior, giro da mandíbula no
sentido anti-horário e melhora do perfil convexo (KURODA et al., 2004).
Alguns autores demonstraram sucesso na intrusão de molar por perda
dos dentes antagonistas. Neste contexto, Chung-Chen e colaboradores (YAO et al.,
2004) relataram um caso clínico de intrusão de primeiro e segundo molar superior
esquerdo utilizando mini-implante e mini-placa como ancoragem esquelética.
A combinação de osteotomia do ramo mandibular para corrigir a
assimetria facial, associada à intrusão dos molares para corrigir o desnível do plano
oclusal foi demonstrado neste trabalho. Yamamoto e colaboradores trataram dois
pacientes, um do gênero feminino e outro do gênero masculino que possuíam
assimetria facial e desnível do plano oclusal Ambos receberam o seguinte
32
Revisão de literatura
tratamento: foram submetidos a uma osteotomia do ramo mandibular para corrigir a
assimetria facial e, durante a cirurgia, foi instalado um mini-implante no processo
zigomático do lado que era necessário intruir o molar para corrigir o desnível do
plano oclusal. Foi instalada barra transpalatina nos mesmos, aplicada uma força de
200g por seis meses e, após análise radiográfica, verificou-se uma intrusão de 3 mm
corrigindo assim o plano oclusal dos pacientes, que não necessitaram de
intervenção cirúrgica LeFort I, como normalmente é feito para pacientes com essas
características. Esse trabalho demonstrou que a ancoragem com os mini-implantes
inseridos no processo zigomático como ancoragem ortodôntica para intruir os
molares possibilitou corrigir, nos dois casos apresentados, o que antes só era
possível com procedimento cirúrgico (YAMAMOTO; KURODA, 2007).
Um estudo de Yao e colaboradores demonstrou a intrusão de molar
superior em 22 pacientes com aparelho Edgewise parcial e total, utilizando mini-
implantes como ancoragem. Os autores utilizaram tomografia computadorizada para
analisar a quantidade de intrusão após a mecânica ortodôntica. Houve sucesso em
todos os casos. Todos os molares foram intruídos. A intrusão também foi notada nos
dentes adjacentes ao primeiro molar. O primeiro pré-molar superior teve uma média
de intrusão de 1 mm e o segundo pré-molar de 2mm. A média de intrusão do
primeiro molar superior foi de 3-4 mm e do segundo molar superior de 2,0 a 2,5mm
(YAO et al., 2005).
Através de análise em 3D no trabalho de Moon e colaboradores foi notada
intrusão de 5 mm do segundo molar, 4 mm o primeiro molar, 2mm o segundo pré-
molar e 1 mm o primeiro pré-molar. Houve também um movimento para distal em
todos esses dentes. Os autores notaram ainda integridade periodontal e radicular. Já
em outro trabalho os autores também utilizaram mini-placa por vestibular associado
com mini-implante por lingual para obter ancoragem, com intuito de intrusão dos
molares esquerdos que perderam seus antagonistas. Em dois meses foi obtido
como resultado uma intrusão de 3 mm no primeiro molar e 3,5 mm no segundo
molar (MOON; WEE; LEE, 2006).
33
Revisão de literatura
A intrusão de molares superiores para correção do plano oclusal foi
demonstrada em um trabalho de Jeon e colaboradores. Eles relataram o caso clínico
de um paciente adulto que possuía assimetria facial e prognatismo mandibular.
Introduziram mini-implantes na região posterior esquerda da maxila e da mandíbula
e iniciaram intrusão dos molares, trocando o elástico em cadeia a cada 2 ou 3
semanas. Foram necessários 6 meses para intrusão dos dentes superiores e 3
meses dos dentes inferiores. Como resultado houve intrusão de 2,5mm dos molares
superiores e extrusão 1 mm dos molares inferiores do lado esquerdo, sendo
suficiente para corrigir o plano oclusal. Após essa fase foi realizada cirurgia
ortognática para correção do prognatismo mandibular (JEON et al.; 2006).
Kravitz relatou o caso clínico de uma paciente de 44 anos com extrusão
de 3-4 mm do molar superior por perda do seu antagonista. Foram utilizados dois
mini-implantes de 1,4 mm de diâmetro e 8 mm de comprimento por vestibular e por
palatino. Foram introduzidos 100g de força intrusiva. Após seis meses o paciente
estava com o molar 1-2 mm aquém do plano oclusal. Por sobreposição de
radiografias inicial e final revelou-se intrusão de 4,4 mm. O molar foi medido do
centro da face oclusal ao plano palatino, usando o programa Dolphin Imaging. O raio
X digital mostrou lâmina dura intacta e ausência de reabsorção radicular (KRAVITZ
et al., 2006)
Não existe relação entre a intrusão de dentes com mini-implantes e
reabsorção radicular, segundo um estudo experimental em oito cães da raça Beagle,
de 20 a 24 meses com evolução radiográfica, intruindo dentes uni e multirradiculares
com mini-implantes, como ancoragem ortodôntica para avaliar reabsorção radicular
destes dentes após a intrusão. Os autores utilizaram forças de 50 a 200 g e
constataram, ao final do tratamento, que houve uma intrusão real desses dentes e
que não houve reabsorção radicular clínica e nem radiograficamente importante
depois da aplicação dessas forças variadas (CARRILO et al., 2007).
Ainda no ano de 2007, Moon e colaboradores, publicaram um artigo de
relato de um caso clínico que descreve um tratamento de intrusão de primeiro e
segundo molares superiores, do lado esquerdo, extruídos em uma paciente de 26
34
Revisão de literatura
anos de idade. Os autores utilizaram uma mini-placa por vestibular e dois mini-
implantes por palatina, para serem utilizados como ancoragem na mecânica de
intrusão dos molares. Com essa abordagem, o resultado foi de intrusão de 3mm
para o primeiro molar e 3,5mm para o segundo molar em um período de 2 meses. A
fase de contenção foi de 11 meses até a reabilitação protética inferior.
A mordida aberta anterior foi discutida em um trabalho clínico de Xun e
colaboradores, com doze pacientes com idade entre 14,3 e 27,2 anos, que
apresentavam mordida aberta anterior, má oclusão de Classe II e excessivo
crescimento posterior. Foram instalados mini-implantes na região de molares por
vestibular na maxila e na mandíbula, associado à barra transpalatina no arco
superior e arco lingual no arco inferior para compensar os torques vestibulares da
força de intrusão. Os resultados mostraram a correção da mordida aberta anterior
nos doze pacientes numa média de tempo de 6,8 meses, demonstrando, desta
forma, que a intrusão dos molares com ancoragem em mini-implantes, se bem
indicado, corrige a mordida aberta anterior (XUN et al.; 2007).
Um trabalho de relato de caso clínico foi discutido por Freitas e Vaz, em
2008, no qual foram intruídos três dentes posteriores (primeiro e segundo pré-molar
e primeiro molar) do lado esquerdo. Para isso, foram instalados três mini-implantes
por vestibular e três por lingual e utilizado uma força que variou de 150 a 200g e
troca de elástico em cadeia a cada três semanas. Após 17 meses foi avaliada a
quantidade de intrusão por radiografias panorâmicas inicial e final, utilizando o ápice
da raiz do primeiro molar e a lâmina do palato duro, demonstrando uma intrusão de
6,33mm (FREITAS; VAZ).
Valarelli e colaboradores, em 2010, publicaram um artigo de relato de
caso clínico de uma paciente de 42 anos que possuía extrusão do primeiro molar
superior direito. Foram instalados três mini - implantes, sendo dois pela vestibular e
um pela palatina. Utilizaram uma força intrusiva de 150 a 200g durante 4 meses.
Para avaliação da quantidade de intrusão, os autores utilizaram a telerradiografia
antes e após o período ativo da mecânica intrusiva. O resultado foi a diferença entre
o ponto centroide do molar ao plano palatino. Ao início do tratamento essa medida
35
Revisão de literatura
era de 23 mm e ao final de 20 mm. Desta forma os autores concluíram que o molar
sofreu uma intrusão de 3 mm e que o uso de mini-implante foi eficaz no tratamento
da intrusão de molares.
Alguns autores realizaram um estudo que tem como objetivo avaliar o
sucesso clínico do tratamento de intrusão de molares superiores com ancoragem em
mini-implantes, levando também em consideração os possíveis efeitos colaterais
desta mecânica no que diz respeito à reabsorção radicular. Para esse estudo foram
selecionadas 10 pacientes com média de idade de 43,6 anos, do gênero feminino
que possuíam pelo menos um primeiro molar superior extruído. Nenhum dos casos
apresentava tratamento ortodôntico prévio e doença periodontal ativa. Os mini-
implantes possuíam 1,3mm de diâmetro e 7mm de comprimento. Os molares foram
bandados e foi soldado um bráquete por vestibular e por lingual do molar. Foi
construída uma alça com fio de TMA (.017x.025) para unir com fio de amarrilho os
bráquetes aos mini-implantes posicionados por mésiovestibular e mésiopalatino.
Quando ativa, esta alça oferecia uma força de intrusão de 50g de cada lado. As
pacientes eram avaliadas a cada 4 semanas. Foram utilizadas radiografias
periapicais para avaliar tanto a quantidade de intrusão quanto o grau de reabsorção
radicular. As radiografias foram realizadas antes de iniciar o tratamento (T0),
imediatamente após o tratamento finalizado (T1), e após 6 meses de contenção
(T2). A referência para medir a quantidade de intrusão foi a união de dois pontos nos
dentes adjacentes (ponta de cúspide) através de uma linha. Foram então traçadas
duas perpendiculares à essa linha passando pelo longo eixo das raízes. O programa
mediu a intrusão das duas raízes e foi levada em consideração apenas a maior
intrusão como sendo a do dente. Para medida da quantidade de reabsorção
radicular, foi traçada uma linha na bifurcação radicular, paralelamente à linha de
referência, e foi medida a distância perpendicular desta linha ao ápice de cada raiz.
Como resultado deste trabalho observamos que, durante a fase ativa de tratamento
(T0-T1), houve uma intrusão de 2,1mm. Após o período de contenção (T1-T2),
houve uma recidiva de 0,4 mm resultando numa intrusão remanescente de 1,7mm.
Todos os resultados foram estatisticamente significantes. A quantidade de
reabsorção radicular foi de 0,3mm na raiz mésiopalatina e 0,4 mm nas raízes
36
Revisão de literatura
mésiovestibular e distovestibular. Todas foram estatisticamente significantes mas
não clinicamente significantes (HERAVI et al. ; 2011).
Muitos trabalhos relatados nesta revisão de literatura demonstram que o
método de intrusão de molares superiores por meio de ancoragem como mini-
implantes é eficiente, pois minimiza os efeitos colaterais que a mecânica de intrusão
com ancoragem convencional produz, impedindo o sucesso do tratamento
ortodôntico. .
ProposiçãoProposiçãoProposiçãoProposição
38
Proposição
3 PROPOSIÇÃO
Este trabalho tem como objetivo:
1- Comparar as alterações esqueléticas e dentárias da intrusão de
primeiros molares superiores, por meio da correção ortodôntica,
ancorados em mini-implantes de acordo com dois protocolos distintos.
2- Avaliar a eficiência desses protocolos, baseada na relação entre a
quantidade de intrusão e o tempo utilizado em cada um deles.
Material e métodosMaterial e métodosMaterial e métodosMaterial e métodos
40
Material e Métodos
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Material
4.1.1 Obtenção da amostra
A amostra utilizada neste estudo retrospectivo foi selecionada a partir de
1.300 documentações ortodônticas de pacientes tratados no Curso de Pós
Graduação em Ortodontia da SOEP – Sistema Odontológico de Estudo e Pesquisa.
Obedecendo aos critérios de seleção da amostra, foram selecionadas 38
telerradiografias iniciais e finais de 19 pacientes, sendo 4 do gênero masculino e 15
do gênero feminino, que apresentavam extrusão dos primeiros molares superiores.
Destes indivíduos, 13 apresentavam extrusão unilateral e 6 apresentavam extrusões
bilaterais, totalizando 25 primeiros molares superiores estudados que haviam sido
submetidos à mecânica de intrusão, ancorada em mini-implantes e associação de
aparelho fixo.
Os critérios para a seleção da amostra foram:
1. Presença de, pelo menos, um primeiro molar superior extruído por
perda de dente antagonista há mais de um ano;
2. Pacientes que não apresentavam mais potencial de crescimento;
3. Ausência de problemas sistêmicos crônicos;
4. Presença de telerradiografias em norma lateral ao início do tratamento
ortodôntico e ao final do período de intrusão;
5. Presença das fichas de procedimentos devidamente preenchidas com
as informações relativas ao procedimento de intrusão dos primeiros molares
superiores;
6. Ausência de tratamento endodôntico no molar que sofreu a intrusão.
Como os pacientes apresentavam características clínicas e radiográficas
próprias, os mini-implantes foram posicionados de duas formas diferentes para que,
41
Material e Métodos
em todos os casos, a mecânica fosse realizada com segurança e estabilidade
(VIWATTANATIPA et al.; 2009). As formas estão relacionadas nos grupos a seguir:
- GRUPO 1 (G1) : Constituído por quinze primeiros molares superiores, os
quais receberam dois mini-implantes sendo um por vestibular e um por palatino.
- GRUPO 2 (G2) : Constituído por dez primeiros molares superiores, os
quais receberam três mini-implantes sendo dois por vestibular e um por palatino.
As figuras abaixo mostram dois casos da amostra. A figura 1 mostra um
caso do G1 em que a intrusão foi realizada com dois mini-implantes, um por
vestibular e um por palatino. A figura 2 mostra um caso do G2 em que a intrusão foi
realizada com três mini-implantes, sendo dois por vestibular e um por palatino.
Figura 1: Fotos intrabucais de um caso clínico do grupo 1 com um mini-implante
por vestibular e um por palatino.
42
Material e Métodos
Figura 2: Fotos intrabucais de um caso clínico do grupo 2 com dois mini-implantes por
vestibular e 1 por palatino.
Em todos os pacientes do G1 os elásticos em cadeia, da marca Morelli
(Dental Morelli LTDA, Sorocaba, São Paulo, Brasil), foram posicionados ancorados
nos mini-implantes, passando pela face oclusal da coroa dos primeiros molares
superiores (Figura 1). Em todos os pacientes do G2 os elásticos, da mesma marca,
foram posicionados da seguinte maneira por vestibular: dos mini-implantes
vestibulares ao tubo vestibular soldado à banda do primeiro molar; e por lingual: do
mini-implante por palatino ao botão lingual soldado à banda (Figura 2). A mecânica
de intrusão foi aplicada imediatamente após a instalação dos mini-implantes,
utilizando uma força de 150g, de acordo com as orientações de aplicação de carga
imediata para o sucesso mecânico da interdigitação entre o parafuso e o osso
alveolar, desde que a força não ultrapasse 200g (PARK et al, 2001; BAE et al, 2002;
LIN; LIOU, 2003). Essa força foi mensurada por meio de um tensiômetro (50-
500gramas) da marca Morelli (Dental Morelli LTDA, Sorocaba, São Paulo, Brasil). Os
elásticos em cadeia foram trocados a cada quatro semanas. A contenção dos
molares intruídos foi realizada com fios de amarrilhos ( 0,25mm x .010”) da marca
Morelli (Dental Morelli LTDA, Sorocaba, São Paulo, Brasil).
Simultaneamente à intrusão dos primeiros molares superiores, os casos
foram tratados com bráquetes pré-ajustados prescrição Roth, canaleta 0,022”x
0,028”. Os pacientes receberam mini-implantes autoperfurantes da marca Conexão
(Conexão Sistema de Prótese LTDA, Arujá, São Paulo, Brasil), com as dimensões
1.5 x 6 x 1mm por vestibular e 1.5 x 8 x 3mm por palatino (CRISMANI, et al.; 2010).
43
Material e Métodos
Os mesmos foram estrategicamente posicionados levando em consideração não
apenas o aspecto biomecânico, mas também os aspectos cirúrgicos como estruturas
anatômicas, proximidade das raízes, qualidade óssea e do tecido gengival
(VILLELLA, et al. 2006). Como o objetivo era a intrusão de molares, os mini-
implantes foram instalados os mais apical possível, aumentando a possibilidade de
ativação (ARAÚJO et al.; 2006).
Todos os pacientes dos dois grupos eram adultos. As tabelas abaixo
mostram as médias de idade dos grupos 1 e 2 no início e ao final do tratamento.
Tabela 1: Médias, desvios-padrão, mínimo e máximo das idades do Grupo 1 no início, final e tempo total do período estudado.
Idade (anos) Grupo 1
Média Desvio Padrão Mínimo Máximo
Início 34,25 8,22 22,66 46,99
Final 35,06 8,19 23,53 47,50
Tempo de
tratamento 0,81 0,35 0,41 1,64
Tabela 2: Médias, desvios-padrão, mínimo e máximo das idades do Grupo 2 no início, final e tempo total do período estudado.
Idade Grupo 2
Média Desvio Padrão Mínimo Máximo
Início 39,47 8,12 21,07 47,44
Final 40,64 8,33 21,83 48,52
Tempo de
tratamento 1,17 0,48 0,75 2,14
44
Material e Métodos
4.2 Métodos
4.2.1 Obtenção das telerradiografias em norma lateral
Todas as telerradiografias iniciais e finais da amostra foram realizadas em
sete diferentes aparelhos. Para aumentar a confiabilidade dos resultados desse
estudo foi realizada a determinação da magnificação de cada radiografia
individualmente. Todas as telerradiografias apresentavam uma régua posicionada à
frente do osso frontal para determinação do fator de magnificação da imagem. No
momento em que as radiografias foram escaneadas, foi posicionada uma nova
régua na lateral direita da telerradiografia, conforme mostra a figura abaixo.
45
Material e Métodos
Figura 3: Telerradiografia em norma lateral escaneada (observar as duas réguas para
determinação do fator de magnificação).
Através da medida comparativa entre as duas réguas identificou-se o grau
de magnificação de cada telerradiografia e este valor foi corrigido para cada
telerradiografia, antes da realização do traçado cefalométrico.
Todos os aparelhos foram regulados para uma exposição de 80Kva e 10
mA com uma distância focal de 1,52 metros e tempo de exposição de 1,3 segundos.
A cabeça do paciente foi posicionada no cefalostato e este foi orientado para ficar
em posição de repouso e em máxima intercuspidação habitual.
4.2.2 Elaboração do Cefalograma
As telerradiografias foram escaneadas com o escâner de mesa Microtek
ScanMaker i800 (9600 x 4800 dpi, da Microtek International, Inc., Carson, CA, USA),
acoplado a um microcomputador Compaq Pavilion B6000BR placa Intel Dual Core
E5300 2.6 GHz, 2 GB memória RAM. As imagens foram transferidas ao programa
Dolphin Imaging Premium 10.5 (Dolphin Imaging & Manegement Solutions,
Chatsworth, CA, USA), através do qual foram marcados os pontos e processadas as
mensurações envolvendo os planos e as linhas.
Para melhor identificação dos primeiros molares superiores nas
telerradiografias, foram associadas características clínicas e cefalométricas como:
presença de restaurações, nível de extrusão, angulação da coroa e características
gerais dos primeiros molares superiores assim como dos adjacentes e dos
antagonistas.
Os pacientes que apresentaram extrusões bilaterais foram medidos em dois
tempos, ou seja, separadamente.
4.2.3 Desenho anatômico
Foram delimitadas as seguintes estruturas anatômicas
46
Material e Métodos
• Perfil mole;
• Base do crânio;
• Asa maior do esfenóide;
• Sela túrcica;
• Perfil anterior do osso frontal e ossos próprios do nariz;
• Borda inferior das órbitas;
• Fissura pterigomaxilar;
• Meato acústico externo;
• Maxila: linha do assoalho da fossa nasal, espinha nasal anterior e
posterior, rebordo alveolar anterior e palato ósseo;
• Mandíbula: rebordo alveolar anterior, cortical externa na região da
sínfise, borda inferior do corpo mandibular, borda posterior do ramo, processo
condilar, incisura sigmóide, processo coronóide e borda anterior do ramo;
• Primeiros molares permanentes superiores;
• Segundos pré-molares superiores e inferiores;
• Segundos molares superiores e inferiores;
• Incisivos centrais permanentes superiores e inferiores.
As imagens duplas de estruturas bilaterais foram traçadas a partir de uma
média das mesmas para se aproximar à magnificação do plano sagital mediano
(Sandler, 1988; Baumrind, 1971). Essa regra não foi aplicada aos dentes posteriores
cujo traçado foi realizado individualmente.
4.2.4 Demarcação dos pontos cefalométricos
Demarcaram-se os pontos de referência anatômicos de acordo com as
especificações de Downs (DOWNS, 1948), Steiner (1953), Riedel (RIEDEL, 1952;
RIEDEL, 1957), Rickets (RICKETS, 1960), Mcnamara Jr. (McNamara, 1984), Steiner
(STEINER, 1953) e Burstone (BURSTONE, 1958) Krogman e Sassouni (KROGMAN;
SASSOUNI, 1957), Holdaway (HOLDAWAY, 1983; 1984).
1. Po (pório anatômico): ponto mais superior do meato acústico externo;
47
Material e Métodos
2. Or (orbitário): a média dos pontos mais inferiores das margens
inferiores das órbitas;
3. Pt (pterigóideo): o ponto localizado na interseção das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar;
4. S (sela túrcica): ponto mais central da sela túrcica;
5. N (Násio): ponto mais anterior da sutura fronto-nasal;
6. Ba (básio): ponto localizado na região póstero-inferior do osso occipital
na margem anterior do forâme magno;
7. G – Glabela tegumentar: ponto mais anterior localizado no perfil mole,
acima da órbita;
8. Dorso do nariz: Ponto médio do nariz delimitado na parte superior pelos
ossos nasais e pelas cartilagens triangulares e septo na parte média e inferior.
9. Pr – Prónasal: ponto mais anterior da ponta do nariz;
10. Sn (Subnasal): ponto em que a columela intersecta-se com o
lábio superior no plano médio sagital;
11. Filtro: o ponto mais posterior localizado na concavidade do lábio
superior;
12. Ls: ponto localizado na junção pele- mucosa entre o lábio
superior e o filtro;
13. Estômio superior: o ponto mais inferior do vermelhão do lábio
superior;
14. Estômio inferior: o ponto mais superior do vermelhão do lábio
inferior;
15. Li: ponto localizado na junção pele-mucosa entre o lábio inferior
e a concavidade do queixo;
48
Material e Métodos
16. Ponto B’- Ponto B tegumentar: projeção do Ponto B no tecido
mole
17. Pog’ - Pogônio tegumentar: projeção do Pogônio no tecido mole;
18. Gn’ - gnátio tegumentar: projeção do Gn no tecido mole;
19. Me’ - mento tegumentar: projeção do Me no tecido mole;
20. Cervical; ponto localizado na junção da região submental e do
pescoço;
21. Ponto B (supra-mentoniano): ponto mais profundo da
concavidade da sínfise mentoniana;
22. Pog (Pogônio): ponto mais anterior do contorno do mento ósseo;
23. Gn (gnátio): ponto mais inferior e anterior do contorno do mento
ósseo, determinado pela bissetriz das linhas NPog e o plano mandibular (GoMe);
24. Me (mentoniano): o ponto mais inferior da sínfise mentoniana;
25. Go (gônio): o ponto do ângulo goníaco determinado pela
intersecção da bissetriz formado pelas tangentes às bordas posterior e inferior da
mandíbula;
26. Ramo posterior: ponto situado na metade da distância entre os
pontos Go e Ar;
27. Ar (articular): ponto localizado na intersecção do ramo da
mandíbula com a base do crânio;
28. Co (condílio): ponto mais posterior e superior do côndilo
mandibular;
29. Ponto A (subespinhal): ponto mais profundo da concavidade do
contorno anterior da maxila;
30. ENA (espinha nasal anterior): ponto mais anterior da espinha
nasal anterior;
49
Material e Métodos
31. ENP (espinha nasal posterior): ponto mais posterior da espinha
nasal posterior;
32. SOPMS (superfície oclusal do primeiro molar superior) Ponto
localizado na oclusal do primeiro molar superior;
33. SOSMI (superfície oclusal do segundo molar inferior) Ponto
localizado na oclusal do segundo molar inferior;
34. SMPMS (superfície mesial do primeiro molar superior): o ponto
mais anterior da superfície mesial da coroa do primeiro molar permanente superior;
35. SDPMS (superfície distal do primeiro molar superior): o ponto
mais posterior da distal do primeiro molar permanente superior;
36. SMSMI (superfície mesial do segundo molar inferior): o ponto
mais anterior da superfície mesial da coroa do segundo molar permanente inferior;
37. SDSMI (superfície distal do segundo molar inferior): o ponto
mais posterior da superfície distal do segundo molar permanente inferior;
38. BGII (borda gengival do incisivo inferior): ponto mais gengival da
coroa do incisivo central inferior;
39. BII (borda incisivo inferior): ponto mais superior da borda incisal
do incisivo central inferior;
40. AII (ápice incisivo inferior): a extremidade do ápice radicular do
incisivo central inferior;
41. BIS (borda do incisivo superior): ponto mais inferior da borda
incisal do incisivo central superior;
42. AIS (ápice do incisivo superior): a extremidade do ápice radicular
do incisivo central superior;
43. BGIS (borda gengival do incisivo superior): ponto mais gengival
da coroa do incisivo central superior;
50
Material e Métodos
44. CPMS (cúspide do segundo pré-molar superior): ponto
localizado na ponta da cúspide do segundo pré-molar superior;
45. CPMI (cúspide do segundo pré-molar inferior): ponto localizado
na ponta da cúspide do segundo pré-molar inferior.
46. Centróide – o centróide é um ponto construído à partir da média
da maior distância mesiodistal do primeiro molar superior e da menor distância
oclusocervical do mesmo dente. O meio das médias é o ponto centróide.
Na figura 4 observam-se os traçados dos pontos cefalométricos.
51
Material e Métodos
Figura 4: Marcação dos pontos cefalométricos.
52
Material e Métodos
4.2.5 Traçado das linhas e planos
4.2.5.1 Horizontais
A. Linha SN: linha formada da união do ponto sela ao Násio;
B. FH (plano horizontal de Frankfurt): plano formado da união do ponto
Pório ao Orbitário;
C. PP (plano palatino): plano formado pela união do ponto ENA ao ENP
D. PO (plano oclusal): plano formado pela união do ponto de contato da
superfície oclusal dos segundos pré-molares superior até a borda incisal do incisivo
inferior
E. GoGn (plano mandibular): plano formado pela uinão do ponto gônio ao
gnátio;
F. GoMe (plano mandibular) plano formado pela união do ponto gônio ao
mentoniano.
4.2.5.2 Verticais
G. Linha NA: plano que une o ponto Násio ao ponto A;
H. Linha NB: plano que une o ponto Násio ao ponto B;
I. Linha BIS-AIS (longo eixo do incisivo superior): plano que une os
pontos correspondentes da borda incisal ao ápice dos incisivos centrais superiores;
J. Linha BII-AII (longo eixo do incisivo inferior): plano que une os pontos
correspondentes da borda incisal ao ápice dos incisivos centrais inferiores;
K. Linha E: plano que une os pontos Ponta do Nariz ao Pogônio
tegumentar;
L. Linha PT vertical: linha vertical que passa pelo ponto PT perpendicular
ao plano de Frankfurt
53
Material e Métodos
M. Linha LEM 6S (longo eixo primeiro molar superior): linha que passa
pelo ponto médio entre a face mesial e distal da coroa do primeiro molar superior e o
ponto médio entre os ápices das raízes vestibulares desse mesmo dente
Abaixo a figura dos traçados das linhas e planos cefalométricos.
Figura 5: Traçado das linhas e planos cefalométricos.
4.2.6 Mensuração das grandezas cefalométricas
4.2.6.1 Componente maxilar
1. SNA: ângulo formado pelas linhas SN e NA. Indica a relação sagital da
maxila em relação à base do crânio (seu aumento indica aumento da protrusão
maxilar);
54
Material e Métodos
2. Co-A (mm): distância entre os pontos Condílio e A. Representa o
comprimento efetivo da face média (maxila);
4.2.6.2 Componente mandibular
3. SNB: ângulo formado pelas linhas SN e NB. Indica a relação sagital da
mandíbula, em relação à base do crânio, e seu aumento indica um aumento da
protrusão mandibular;
4. Co-Gn (mm): distância entre os pontos Condílio e Gnátio. Define o
comprimento efetivo mandibular;
4.2.6.3 Relação maxilomandibular
5. ANB (º): ângulo entre as linhas NA e NB. Representa o grau de
discrepância sagital entre a maxila e mandíbula; sua diminuição indica um melhor
relacionamento intermaxilar;
4.2.6.4 Componente Vertical
6. SN.GoGN (º): define a orientação do padrão de crescimento facial;
7. FMA (º): ângulo formado pelos planos horizontal de Frankfurt e
mandibular;
8. SN.PO (º): ângulo formado entre a linha SN e o plano oclusal.
Relaciona a inclinação do plano oclusal com a base do crânio;
9. AFAI (mm): distância entre os pontos espinha nasal anterior e
mentoniano. Indica a altura do terço inferior da face;
Conforme a figura 6 que demonstra as medidas cefalométricas
esqueléticas.
55
Material e Métodos
Figura 6: Traçado das medidas cefalométricas esqueléticas.
4.2.6.5 Componente dentoalveolar superior
10. 1. NA (º): ângulo entre o longo eixo do incisivo central superior e
a linha NA. Define o grau de inclinação do incisivo central em relação à maxila e ao
Násio;
11. 1-NA (mm): menor distância entre a incisal da coroa do incisivo
central superior e a linha NA
12. 1- PP (mm): distância entre a borda incisal do incisivo central
superior e o plano palatino medido perpendicularmente.
13. 5 – PP (mm): distância entre a cúspide do segundo pré-molar
superior ao plano palatino
14. 6 – PP (mm): distância entre o ponto centróide ao plano palatino
15. 6 – PT Vertical (mm): a menor distância entre a face mais distal
do primeiro molar superior à linha PT vertical.
56
Material e Métodos
16. 6. SN (º): o ângulo formado entre o longo eixo do molar superior
a linha SN
4.2.6.6 Componente dentoalveolar inferior
17. 1. NB (º): ângulo entre o longo eixo do incisivo inferior e a linha
NB.
18. 1-NB (mm): menor distância entre a incisal do incisivo central
inferior e a linha NB
19. 1-GoGn (mm): distância da borda incisal do incisivo inferior ao
plano mandibular GoGn, medido de forma perpendicular a este plano
4.2.6.7 Relações dentárias
20. Sobressaliência: é a distância entre as bordas dos incisivos
superiores e inferiores, medida perpendicularmente ao plano oclusal no sentido
sagital.
21. Sobremordida: é a distância entre as bordas dos incisivos
superiores e inferiores, medida perpendicularmente ao plano oclusal no sentido
vertical.
4.2.6.8 Perfil tegumentar
22. ANL – ângulo nasolabial (º): ângulo formado pelas linhas
columela ao Subnasal e do Subnasal ao lábio superior;
23. Ls-linha E- (mm): distância do lábio superior à linha Prónasal
Pogônio tegumentar
24. Li - linha E- (mm): distância do lábio inferior à linha Prónasal
Pogônio tegumentar
57
Material e Métodos
A figura abaixo demonstra o traçado das medidas cefalométricas
dentárias e tegumentares.
Figura 7: Traçado das medidas cefalométricas dentárias e tegumentares.
4.2.7. Mensuração das alterações relativas aos primeiros molares superiores
Com o propósito de observar as alterações sofridas pelos primeiros
molares superiores e, evidenciando-se que isto faz parte do objetivo principal do
trabalho, foi detalhada a construção das seguintes variáveis:
14 - 6 – PP (mm): distância entre o ponto centróide ao plano palatino.
58
Material e Métodos
Nas telerradiografias iniciais e finais, foi construído o ponto centróide na
coroa dos primeiros molares que sofreram intrusão com mini-implante. Uma linha
vertical foi traçada perpendicularmente ao plano palatino unindo o mesmo ao ponto
centróide. Desta forma pode-se medir a quantidade de intrusão do primeiro molar
superior. O centróide foi o ponto escolhido nos molares para que a quantidade de
intrusão pudesse ser medida sem sofrer influência de movimentos indesejávies
como angulação e inclinação, ocasionando uma falsa idéia de intrusão. O ponto
centróide representa o ponto dentário que menos sofre influência de possíveis
efeitos colaterais por se tratar de um ponto sobre o eixo longitidinal do dente. Além
disso, utilizou-se o plano palatino como referência para medir a intrusão de dentes
superiores (NG et al; 2006).
15 - 6 – PT Vertical (mm): a menor distância entre a face mais distal do
primeiro molar superior à linha PT vertical.
Uma medida linear que une a face mais distal do primeiro molar superior
perpendicularmente à linha Pt vertical, forneceu informações sobre o
posicionamento ântero-posterior do primeiro molar superior antes a após a mecânica
de intrusão.
16 - 6. SN (º): o ângulo formado entre o longo eixo do molar
superior e a linha SN.
Para avaliação de possíveis angulações dentárias, traçou-se uma linha
passando pelo longo eixo do primeiro molar superior (LEM6S) formando um ângulo
com a linha SN. O valor deste ângulo, medido nas telerradiografias iniciais e finais,
permitiu identificar se o primeiro molar superior sofreu angulação durante a
mecânica de intrusão.
59
Material e Métodos
A figura 8 mostra as três variávies relativas aos primeiros molares
superiores.
Figura 8: Traçado das medições relativas aos primeiros molares superiores.
4.2.8 Obtenção da Eficiência
Para avaliação do tempo levou-se em consideração as datas do início e
do final da mecânica de intrusão.
Para avaliar a eficiência dos métodos, utilizou-se a seguinte fómula:
Quantidade de Intrusão (Final – Inicial)
Eficiência = ___________________________________
Tempo de intrusão (Final – Inicial)
60
Material e Métodos
Com essa fórmula, obteve-se como resultado um valor relativo de
eficiência para os dois grupos separadamente.
4.3 Análise estatística
4.3.1 Erro do método
Para a avaliação do erro intra-examinador, foram traçadas e mensuradas
novamente 15 telerradiografias selecionadas aleatoriamente, após um intervalo de 4
semanas. Foi aplicado o teste t dependente com o objetivo de estimar o erro
sistemático. Para a avaliação do erro casual, empregou-se o teste de Dahlberg
(Dahlberg, 1940), por meio da seguinte fórmula: Se2 = ∑d2/2n, onde Se2 representa
o erro de Dahlberg (DAHLBERG, 1940); Σd2 corresponde ao somatório dos
quadrados das diferenças entre as primeiras e segundas medições e 2n representa
o dobro do número de casos em que as medidas foram repetidas.
4.3.2 Método Estatístico
Para verificar compatibilidade entre os grupos 1 e 2 com relação à idade
inicial, foi aplicado o teste t independente. Foi utilizado o teste Exato de Fisher para
avaliar a compatibilidade dos grupos 1 e 2, em relação ao gênero e tipo de má
oclusão, no início do período estudado.
Para verificar as alterações decorrentes entre as fases inicial e final do
tratamento dos pacientes do grupo 1 e 2, foi realizado o teste “t” dependente
aplicado às variáveis cefalométricas estudadas. O teste “t” independente foi utilizado
para avaliar comparativamente as variáveis entre os grupos 1 e 2 no início, durante
e no final do período estudado. O mesmo teste foi utilizado para comparar o tempo
de intrusão entre os grupos assim como sua eficiência.
61
Material e Métodos
Toda a análise estatística foi obtida através do programa Statistica for
Windows1. Foram considerados estatisticamente significantes os resultados com
valor de p<0,05.
1- Statistica for Windows – Release 7.0 - Copyright Statsoft, Inc. 2005
ResultadosResultadosResultadosResultados
63
Resultados
5 RESULTADOS
Os resultados estão apresentados nas tabelas seguintes.
Na tabela 3 foi realizada a avaliação do erro intra-examinador com
apresentação das médias, dos desvios-padrão, dos erros casuais (Dahlberg) e nível
de siginificância estatística dos erros sistemáticos (p), entre os traçados repetidos
após 30 dias. Não houve erro casual. Houve erro sistemático na variável Li-linha E.
Tabela 3: Análise do erro intra-examinador. Apresentação das médias, dos desvios-padrão, dos erros casuais (Dahlberg) e nível de significância estatística dos erros sistemáticos (p), entre os traçados repetidos após 30 dias.
1a MEDIÇÃO (n=15) 2a MEDIÇÃO (n=15) VARIÁVEIS
MÉDIA D. P. MÉDIA D. P. Dahlberg p
SNA 84,27 3,25 84,45 3,74 0,78918 0,65307 Co-A 79,12 4,63 79,22 4,68 0,29430 0,34557 SNB 81,94 3,75 82,38 3,51 0,26061 0,07027 Co-Gn 105,80 4,45 105,69 4,30 0,47631 0,67052 ANB 3,67 2,32 3,61 2,418 0,95717 0,40788 FMA 28,07 4,87 28,27 4,74 0,21525 0,39622 SN.GoGn 29,02 5,63 29,39 5,84 0,57036 0,49376 SN.Plocl 6,08 7,29 6,42 6,83 0,29843 0,86556 AFAI 63,37 5,36 63,85 5,53 0,27361 0,22905 1.NA 26,98 8,34 27,31 8,02 0,29907 0,47232 1-NA 4,12 2,87 3,96 2,71 0,26600 0,06822 1-PP 27,56 3,32 27,59 3,56 0,46937 0,12590 5-PP 23,24 2,65 23,31 2,48 0,26911 0,11261 6-PTV 19,76 2,96 19,82 3,09 0,47028 0,13817 6-PP 21,01 2,87 20,89 2,64 0,18638 0,61038 6.SN 80,74 5,34 80,42 5,28 0,42230 0,19778 1.NB 27,35 5,79 27,43 5,75 0,21132 0,21646 1-NB 5,89 2,23 5,81 2,09 0,19837 0,22951 1-GoGn 37,12 2,47 36,92 2,56 0,24124 0,14338 TRESP. H. 3,89 1,32 4,06 1,27 0,19122 0,52049 TRESP. V. 3,03 0,76 2,95 0,79 0,26101 0,60421 Ls-Linha E -3,62 2,44 -3,77 2,28 0,18449 0,28572 Li-Linha E -1,35 2,23 -1,73 1,98 0,19274 0,01098* Nasolabial 101,97 7,76 102,31 7,93 0,20619 0,10051 Significante para p<0,05
64
Resultados
A tabela 4 apresenta os resultados do teste “t” independente, aplicável à
variável Idade Inicial para verificar a compatibilidade entre os Grupos 1 e 2 ao início
do período estudado. Os grupos eram compatíveis com relação á idade.
Tabela 4: Resultados do teste “t” independente, aplicado à variável Idade I (idade inicial) para verificar a compatibilidade entre os Grupos 1 e 2 ao início do período estudado.
GRUPO 1 (T1) GRUPO 2 (T1) VARIÁVEIS
MÉDIA D. P. MÉDIA D. P.
p
IDADE I 34,25 8,22 39,47 8,12 0,1319
Significante para p<0,05
A tabela 5 apresenta os resultados do teste Exato de Fisher para avaliar a
compatibilidade dos grupos 1 e 2 em relação ao gênero no início do período
estudado. Os grupos eram compatíveis com relação ao gênero.
Tabela 5: Resultados do teste Exato de Fisher para avaliar a compatibilidade dos grupos 1 e 2 em relação ao gênero no início do período estudado.
Gênero Grupo
Feminino Masculino Total
Grupo 1 12 3 15
Grupo 2 8 2 10
Total 20 5 25
Teste Exato de Fisher GL=1 P=1,0000
Significante para p<0,05
65
Resultados
A tabela 6 apresenta os resultados do teste Exato de Fisher para avaliar a
compatibilidade dos grupos 1 e 2 em relação ao tipo de má oclusão no início do
período estudado. Os grupos eram compatíveis com relação às má oclusões.
Tabela 6: Resultados do teste Exato de Fisher para avaliar a compatibilidade dos grupos 1 e 2 em relação ao tipo de má oclusão no início do período estudado.
Tipo de Má oclusão Grupo 1 (n=15) Grupo 2 (n=10)
Classe I 8 3
Classe II 7 7
Teste Exato de Fisher GL = 1 p = 0,4139 Significante para p<0,05
A tabela 7 apresenta os resultados dento-esqueléticos do Grupo 1
comparando o início e final do período estudado. Houve aumento estatisticamente
significante do comprimento efetivo da mandíbula e da maxila, diminuição do FMA,
aumento do Sn-Plocl, intrusão dos incisivos superiores, segundos pré-molares
superiores e primeiros molares superiores. Os incisivos inferiores vestibularizaram e
intuíram e o trespasse vertical diminuiu.
A tabela 8 apresenta os resultados dento-esqueléticos do Grupo 2
comparando o início e o final do período estudado. Houve diferença estatisticamente
significante em algumas variáveis com diminuição do FMA, aumento do Sn-Plocl,
intrusão dos segundos pré-molares superiores e primeiros molares superiores.
66
Resultados
Tabela 7: Resultado do teste “t” dependente, médias e desvios-padrão do GRUPO 1 ao início e final do período estudado.
INÍCIO (T1) FINAL (T2) VARIÁVEIS G1 MÉDIA D. P. MÉDIA D. P.
P
COMPONENTE MAXILAR
SNA 85,18 3,20 85,24 2,76 0,5267 Co-A 79,58 4,18 80,17 4,30 0,0240*
COMPONENTE MANDIBULAR
SNB 81,43 3,75 81,33 3,75 0,5598 Co-Gn 106,05 4,73 106,42 4,95 0,0093*
RELAÇÃO ENTRE MAXILA E MANDÍBULA
ANB 3,77 2,41 3,90 2,72 0,8870 COMPONENTE VERTICAL
FMA 27,51 4,96 27,05 5,48 0,0114* SN.GoGn 29,98 5,63 30,32 5,89 0,9272 SN.Plocl 6,08 7,05 10,89 6,80 0,0000*
AFAI 63,24 5,32 63,08 5,82 0,9356 COMPONENTE DENTOALVEOLAR SUPERIOR
1.NA 26,01 8,00 28,34 8,67 0,0766
1-NA 4,80 2,77 5,32 2,85 0,4944 1-PP 26,98 3,26 26,45 3,39 0,0173* 5-PP 23,82 2,68 22,43 2,49 0,0008*
6-PTV 19,65 2,75 19,57 4,46 0,7730 6-PP 21,58 2,83 19,79 2,65 0,0000*
6.SN 80,81 5,30 81,98 3,90 0,5143 COMPONENTE DENTOALVEOLAR INFERIOR
1.NB 27,33 5,94 29,84 5,87 0,0312*
1-NB 5,83 2,22 6,15 2,22 0,2150 1-GoGn 37,45 2,47 36,70 2,53 0,0271*
RELAÇÕES DENTÁRIAS
TRESP. H. 3,84 1,11 4,39 1,39 0,7299 TRESP. V. 2,99 0,94 1,51 1,06 0,0003*
PERFIL TEGUMENTAR
Ls-Linha E -3,75 2,43 -3,45 2,39 0,7582 Li-Linha E -1,21 2,40 -0,09 2,79 0,3180 Nasolabial 100,56 7,45 99,49 13,50 0,1837
Significante para p<0,05
67
Resultados
Tabela 8: Resultado do teste “t” dependente, médias e desvios-padrão do GRUPO 2 ao início e final do período estudado.
INÍCIO (T1) FINAL (T2) VARIÁVEIS G2 MÉDIA D. P. MÉDIA D. P.
P
COMPONENTE MAXILAR SNA 85,56 3,81 85,92 3,58 0,4459
Co-A 80,30 3,30 80,72 3,96 0,2540
COMPONENTE MANDIBULAR SNB 81,48 2,20 81,96 2,26 0,1256
Co-Gn 105,54 9,94 106,00 9,64 0,0781
RELAÇÃO ENTRE MAXILA E MANDÍBULA ANB 4,08 4,75 3,97 4,61 0,7991
COMPONENTE VERTICAL FMA 27,76 6,03 26,52 6,19 0,0031* SN.GoGn 30,60 4,55 30,03 4,30 0,1664
SN.Plocl 7,96 3,67 11,40 4,57 0,0106* AFAI 60,12 6,98 60,28 6,57 0,7847
COMPONENTE DENTOALVEOLAR SUPERIOR
1.NA 23,61 8,19 25,74 12,26 0,4077
1-NA 3,15 2,76 3,03 3,52 0,8512
1-PP 24,88 3,06 23,98 2,98 0,1463
5-PP 22,11 4,10 20,80 3,58 0,0348* 6-PTV 19,47 3,53 19,97 3,26 0,5606
6-PP 19,79 3,17 17,67 3,22 0,0004* 6.SN 81,00 6,92 80,58 5,45 0,7971
COMPONENTE DENTOALVEOLAR INFERIOR
1.NB 22,34 5,94 22,55 6,56 0,8738
1-NB 3,98 2,26 4,13 2,18 0,6833
1-GoGn 37,11 3,94 36,74 4,49 0,4323
RELAÇÕES DENTÁRIAS TRESP. H. 4,32 2,71 3,81 1,36 0,4876
TRESP. V. 3,49 2,38 1,92 1,10 0,0743
PERFIL TEGUMENTAR Ls-Linha E -4,24 3,84 -4,37 2,72 0,8584
Li-Linha E -1,65 2,96 -2,30 1,78 0,4570
Nasolabial 103,48 11,60 99,04 12,15 0,1422
Significante para p<0,05
A tabela 9 demonstra a comparação entre os grupos 1 e 2 no início do
período estudado. Não houve diferença estatisticamente significante em nenhuma
variável.
68
Resultados
Tabela 9: Resultado do teste “t” independente, médias e desvios-padrão da comparação entre as variáveis do Grupo 1 e 2 ao início do período estudado.
GRUPO 1 (T1) GRUPO 2 (T1) VARIÁVEIS
MÉDIA D. P. MÉDIA D. P. P
COMPONENTE MAXILAR SNA 85,18 3,20 85,56 3,81 0,7897 Co-A 79,58 4,18 80,30 3,30 0,6520
COMPONENTE MANDIBULAR SNB 81,43 3,75 81,48 2,20 0,9681 Co-Gn 106,05 4,73 105,54 9,94 0,8653
RELAÇÃO ENTRE MAXILA E MANDÍBULA ANB 3,77 2,41 4,08 4,75 0,8328
COMPONENTE VERTICAL FMA 27,51 4,96 27,76 6,03 0,9119 SN.GoGn 29,98 5,63 30,60 4,55 0,7744
SN.Plocl 6,08 7,05 7,96 3,67 0,4477 AFAI 63,24 5,32 60,12 6,98 0,2174
COMPONENTE DENTOALVEOLAR SUPERIOR
1.NA 26,01 8,00 23,61 8,19 0,4747 1-NA 4,80 2,77 3,15 2,76 0,1572 1-PP 26,98 3,26 24,88 3,06 0,1196
5-PP 23,82 2,68 22,11 4,10 0,2177 6-PTV 19,65 2,75 19,47 3,53 0,8853
6-PP 21,58 2,83 19,79 3,17 0,1530 6.SN 80,81 5,30 81,00 6,92 0,9376
COMPONENTE DENTOALVEOLAR INFERIOR
1.NB 27,33 5,94 22,34 5,94 0,0514 1-NB 5,83 2,22 3,98 2,26 0,0548 1-GoGn 37,45 2,47 37,11 3,94 0,7944
RELAÇÕES DENTÁRIAS TRESP. H. 3,84 1,11 4,32 2,71 0,5437 TRESP. V. 2,99 0,94 3,49 2,38 0,4717
PERFIL TEGUMENTAR Ls-Linha E -3,75 2,43 -4,24 3,84 0,6965
Li-Linha E -1,21 2,40 -1,65 2,96 0,6835 Nasolabial 100,56 7,45 103,48 11,60 0,4495
Significante para p<0,05
A tabela 10 apresenta os resultados comparativos entre os grupos 1 e 2
durante o período estudado. Houve diferença estatisticamente significante na Li-
linha E.
69
Resultados
Tabela 10: Resultado do teste “t” independente, médias e desvios-padrão da comparação entre as alterações das variáveis do Grupo 1 e 2, durante o período estudado.
GRUPO 1 (T2-T1) GRUPO 2 (T2-T1) VARIÁVEIS
MÉDIA D. P. MÉDIA D. P. P
COMPONENTE MAXILAR SNA 0,06 1,42 0,36 1,43 0,6104 Co-A 0,59 1,12 0,42 1,09 0,7049
COMPONENTE MANDIBULAR SNB -0,09 1,27 0,48 0,90 0,2295 Co-Gn 0,37 0,74 0,46 0,73 0,7754
RELAÇÃO ENTRE MAXILA E MANDÍBULA ANB 0,13 0,99 -0,11 1,33 0,6134
COMPONENTE VERTICAL FMA -0,47 1,60 -1,24 0,98 0,1863 SN.GoGn 0,34 1,27 -0,57 1,20 0,0864
SN.Plocl 4,81 3,66 3,44 3,39 0,3539 AFAI -0,16 2,11 0,16 1,80 0,6978
COMPONENTE DENTOALVEOLAR SUPERIOR
1.NA 2,33 4,98 2,13 7,76 0,9368 1-NA 0,52 1,88 -0,12 1,97 0,4215 1-PP -0,59 3,23 1,73 9,32 0,3808
5-PP -1,39 1,90 -1,31 1,67 0,9183 6-PTV -0,08 2,66 0,50 2,62 0,5963
6-PP -1,79 1,28 -2,12 1,25 0,5253 6.SN 1,17 3,29 -0,42 5,02 0,3458
COMPONENTE DENTOALVEOLAR INFERIOR
1.NB 2,51 2,80 0,21 4,07 0,1059 1-NB 0,33 0,95 0,15 1,13 0,6761 1-GoGn -0,75 1,18 -0,37 1,42 0,4780
RELAÇÕES DENTÁRIAS TRESP. H. 0,55 1,32 -0,51 2,23 0,1484 TRESP. V. -1,49 1,24 -1,57 2,46 0,9117
PERFIL TEGUMENTAR Ls-Linha E 0,30 1,98 -0,13 2,24 0,6188
Li-Linha E 1,11 1,02 -0,65 2,65 0,0275* Nasolabial -1,07 8,92 -4,44 8,73 0,3601
Significante para p<0,05
A tabela 11 representa os resultados comparativos entre os grupos 1 e 2,
ao final do período estudado. Houve diferença estatisticamente significante entre as
variáveis 1.NB, 1-NB e Li-Linha E.
70
Resultados
Tabela 11: Resultado do teste “t” independente, médias e desvios-padrão da comparação entre as variáveis do Grupo 1 e 2, ao final do período estudado.
GRUPO 1 (T2) GRUPO 2 (T2) VARIÁVEIS
MÉDIA D. P. MÉDIA D. P. P
COMPONENTE MAXILAR SNA 85,24 2,76 85,92 3,58 0,5966 Co-A 80,17 4,30 80,72 3,96 0,7509
COMPONENTE MANDIBULAR SNB 81,33 3,75 81,96 2,26 0,6413 Co-Gn 106,42 4,95 106,00 9,64 0,8870
RELAÇÃO ENTRE MAXILA E MANDÍBULA ANB 3,90 2,72 3,97 4,61 0,9622
COMPONENTE VERTICAL FMA 27,05 5,48 26,52 6,19 0,8251 SN.GoGn 30,32 5,89 30,03 4,30 0,8950
SN.Plocl 10,89 6,80 11,40 4,57 0,8387 AFAI 63,08 5,82 60,28 6,57 0,2743
COMPONENTE DENTOALVEOLAR SUPERIOR
1.NA 28,34 8,67 25,74 12,26 0,5395 1-NA 5,32 2,85 3,03 3,52 0,0860 1-PP 26,45 3,39 23,98 2,98 0,0747
5-PP 22,43 2,49 20,80 3,58 0,1900 6-PTV 19,57 4,46 19,97 3,26 0,8116
6-PP 19,79 2,65 17,67 3,22 0,0850 6.SN 81,98 3,90 80,58 5,45 0,4607
COMPONENTE DENTOALVEOLAR INFERIOR
1.NB 29,84 5,87 22,55 6,56 0,0080* 1-NB 6,15 2,22 4,13 2,18 0,0346* 1-GoGn 36,70 2,53 36,74 4,49 0,9775
RELAÇÕES DENTÁRIAS TRESP. H. 4,39 1,39 3,81 1,36 0,3164 TRESP. V. 1,51 1,06 1,92 1,10 0,3575
PERFIL TEGUMENTAR Ls-Linha E -3,45 2,39 -4,37 2,72 0,3800
Li-Linha E -0,09 2,79 -2,30 1,78 0,0372* Nasolabial 99,49 13,50 99,04 12,15 0,9326
Significante para p<0,05
A tabela 12 demonstra a média dos resultados relativos à quantidade de
intrusão dos primeiros molares superiores nos grupos 1 e 2.
71
Resultados
Tabela 12: Análise descritiva, médias, mínimos, máximos e desvios-padrão da intrusão do primeiro molar superior (6-PP) dos Grupos estudados.
INTRUSÃO DO PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR VARIÁVEL
6-PP (T2-T1) Média Mínimo Máximo Desvio padrão
G1 -1,79 -0,40 -5,00 1,27
G2 -2,12 -0,60 -4,60 1,25
A tabela 13 demonstra a comparação entres as variáveis tempo de
intrusão e eficiência da intrusão nos grupos 1 e 2. Houve diferença estatisticamente
significante com relação ao tempo de intrusão entre os dois grupos.
Tabela 13: Resultado do teste “t” independente, médias e desvios-padrão da comparação entre as variáveis Tempo Intrusão e Eficiência Intrusão dos primeiros molares superiores entre os Grupo 1 e 2, durante o período estudado.
GRUPO 1 (T2-T1) GRUPO 2 (T2-T1) VARIÁVEIS
MÉDIA D. P. MÉDIA D. P.
P
Tempo Intrusão 0,81 0,35 1,17 0,48 0,0459*
Eficiência Intrusão -2,18 1,14 -1,86 1,07 0,4896
Significante para p<0,05
DiscussãoDiscussãoDiscussãoDiscussão
73
Discussão
6 DISCUSSÃO
Com o objetivo de facilitar a discussão dos resultados obtidos neste
trabalho, foram apresentados inicialmente os aspectos referentes à seleção da
amostra. Logo após, os fatores pertinentes à metodologia utilizada, com
considerações sobre a precisão da metodologia e a forma de mensuração das
variáveis cefalométricas. Posteriormente, realizou-se a interpretação dos resultados
obtidos na análise das telerradiografias em norma lateral, dando um enfoque
especial para os primeiros molares superiores. Por último foram abordados os
aspectos clínicos da mecânica de intrusão utilizando mini-implantes como
ancoragem absoluta.
6.1 A Amostra
6.1.2 Seleção da Amostra
Os critérios para a seleção da amostra foram:
1. Presença de, pelo menos, um primeiro molar superior extruído por
perda de dente antagonista há mais de um ano;
Considerando que o objetivo do trabalho foi avaliar as alterações relativas
à intrusão do primeiro molar superior ancorada em mini-implante, a presença dos
primeiros molares extruídos por perda dos dentes antagonistas foi requisito básico
para inclusão na amostra.
2. Pacientes que não apresentavam mais potencial de crescimento;
Outro requisito importante foi selecionar apenas os pacientes que não
mais apresentavam potencial de crescimento de acordo com a idade cronológica de
cada um (vide tabela 4 dos resultados). Caso houvesse algum paciente em fase de
crescimento, o crescimeto vertical da maxila poderia resultar numa possível intrusão
relativa do molar, ou seja, haveria dúvidas do quanto seria uma intrusão real e o
74
Discussão
quanto seria resultado do crescimento do processo alveolar (BAUMRIND et al.;
1979; TEUSCHER, 1986; TULLOCH et al, 1997; ASHMORE et al, 2002).
A média de idade do Grupo 1 (G1) no início do tratamento foi de 34,25
anos e no Grupo 2 (G2) foi de 39,47 anos. Foi aplicado o teste “t” independente para
verificar a compatibilidade entre os dois grupos ao início do tratamento. A diferença
entre os mesmos não mostrou significância estatística (P= 0,1319). Isso demonstra
que tanto o G1 quanto o G2 eram compatíveis com relação à idade e em ambos os
grupos foram avaliados apenas pacientes adultos, já que a idade mínima inicial do
G1 foi de 22,6 anos e do G2 de 21,07 anos. Com relação ao gênero e ao tipo de má
oclusão também houve compatibilidade entre os dois grupos.
3. Ausência de problemas sistêmicos crônicos;
Pacientes que apresentavam problemas sistêmicos como diabetes,
osteoporose, cardiopatias, problemas de coagulação, distúrbios metabólicos do osso
foram excluídos da amostra, já que esses fatores poderiam influir na estabilidade do
parafuso e consequentemente no tempo do tratamento (SOARES; TORTAMANO,
2005).
4. Presença de telerradiografias em norma lateral ao início do tratamento
ortodôntico e ao final do período de intrusão;
A presença de telerradiografias em norma lateral antes e após a intrusão
do molar foi um requisito fundamental para avaliação da quantidade de intrusão, já
que o estudo se baseia em análise das variávies cefalométricas, comparando as
alterações dento esqueléticas entre as teles iniciais (T1) e finais (T2).
5. Presença das fichas de procedimentos devidamente preenchidas com
as informações relativas ao procedimento de intrusão dos primeiros molares
superiores;
Foram selecionados apenas aqueles pacientes que possuiam suas fichas
de procedimento devidamente preenchidas com todas as informações relativas ao
procedimento de intrusão do primeiro molar superior.
75
Discussão
O tempo de tratamento de intrusão foi calculado levando em consideração
a data do início e do final da intrusão. As telerradiografias iniciais foram obtidas
anteriormente ao início da intrusão, na documentação inicial do paciente. No
momento em que o aparelho fixo foi instalado e passado o primeiro fio de
nivelamento, foram posicionados os mini-implantes e dado início ao procedimento de
intrusão dos primeiros molares. Após a finalização da mecânica, foram feitas as
telerradiografias finais. Todos os dados como: espessura, tamanho, quantidade e
local de instalação dos mini-implantes, data de início e final da mecânica de intrusão,
assim como a força aplicada, deveriam estar anotados na ficha clínica do paciente.
Na eventualidade de falta de registro de algum desses dados, o paciente foi extraído
da amostra.
6. Ausência de tratamento endodôntico no molar que sofreu a intrusão.
Por último, estabeleceu-se como um critério para seleção da amostra,
pacientes portadores de primeiros molares que não apresentavam tratamento
endodôntico. Dentes com tratamento endodôntico poderiam apresentar uma lesão
em processo de cicatrização ou reabsorção radicular e esses fatores poderiam
influenciar na quantidade de intrusão dos molares (SOARES; TORTAMANO, 2005).
6.2 Metodologia
O material de estudo constituiu-se de duas telerradiografias em norma
lateral para cada paciente estudado. Uma no início e outra ao final da mecânica de
intrusão. A utilização de telerradiografias no processo de avaliação das alterações
dentárias e esqueléticas, produzidas pela mecânica de intrusão, mostra-se
amplamente apresentada na literatura com o objetivo de avaliar intrusão de molares
superiores (EVERDI; KELES; NANDA 2004; YAO et al, 2004; MOON; WEE; LEE
2007; KRAVITZ, et al, 2007; VALARELLI et al, 2010).
O método computadorizado também minimizou a probabilidade de erros
na obtenção dos valores das variáveis cefalométricas, assim como, na fase de
mensuração dos resultados (THURZO et al. 2010). Diversos autores já utilizaram
76
Discussão
esse programa em outros trabalhos, assegurando assim, sua confiabilidade
(ERDINIC, NANDA, DANDAJENA, 2007; SAYINSU et al 2007; POLAT-OZSOY;
GOKCELIK; TOYGARMEMIKOGLU, 2009; THURZO et al. 2010).
Além disto, procurou-se minimizar todas as variávies que pudessem influir
nos resultados obtidos nas telerradiografias com realização de testes para verificar o
erro intra-examinador.
6.3 Medidas Cefalométricas
Para avaliar cefalometricamente cada grupo, compararam-se as variáveis
estudadas nas fases pré e pós-tratamento dos mesmos. Além disso, todas as
medidas cefalométricas iniciais e finais do G1 foram comparadas com as medidas
cefalométricas iniciais e finais do G2. Isso permitiu verificar as alterações dento-
esqueléticas dos pacientes ao início e ao final do período de intrusão.
6.3.1 Precisão da Metodologia
No intuito de garantir maior confiabilidade dos resultados apresentados,
procurou-se minimizar os erros dos métodos de mensuração empregados, além da
determinação da precisão dos erros intra-examinador, casual e sistemático
(BRAVO, 1994; 1997).
O erro casual refere-se à dificuldade encontrada pelo examinador em
identificar e definir certos pontos radiográficos utilizados nas medições
cefalométricas (HOUSTON, 1983). Não foi encontrado erro casual em nenhuma
variável cefamétrica deste estudo.
Segundo Houston (1983) o erro sistemático reflete uma falta de
padronização do método, uma vez que o examinador tende a sub ou superestimar
os valores de suas medidas de maneira inconsciente, de modo a direcionar os
resultados de acordo com suas expectativas em relação às conclusões do estudo
(BRAUMRIND, 1971a, 1971b; GRAVELY; BENZIES, 1974; RICHARDSON, 1981;
HOUSTON, 1983). Dentre todas as medidas realizadas, apenas a Li-Linha E, uma
77
Discussão
variável que avalia o perfil tegumentar, apresentou erro sistemático. Entretanto, essa
variável em nada compromete o objetivo principal do presente trabalho.
6.4 Discussão dos resultados
Todas as variáveis cefalométricas do presente estudo foram avaliadas da
seguinte forma:
1- Avaliação das variáveis cefalométricas do G1 ao início e final do
período estudado.
2- Avaliação das variávies cefalométricas do G2 ao início e final do
período estudado.
3- Comparação entre as variávies cefalométricas do G1 e G2 ao início,
durante e final do período estudado.
4- Avaliação da quantidade de intrusão dos primeiros molares.
5- Avaliação do tempo de intrusão e da eficiência entre os dois grupos
estudados.
Deste modo pode-se fazer uma separação entre os resultados dentários e
esqueléticos.
6.4.1 Componentes Maxilar e Mandibular
Com relação ao componete maxilar e mandibular no sentido ântero-
posterior, comparando-se os dados cefalométricos iniciais entre o dois grupos, os
dados finais e as variáveis dos grupos durante o período estudado, pode-se verificar
que não houve diferença estatisticamente significante em relação ao posicionamento
da maxila com a base do crânio (SNA) e seu comprimento efetivo (Co-A) e nem na
posição da mandíbula em relação à base do crânio (SNB) e seu comprimento
efetivo(Co-Gn) . Não houve ainda variação entre a relação maxilo-mandíbular (ANB),
comparando os dois grupos.
78
Discussão
Comparando o G1 no início e ao final do período estudado, nota-se que
apenas o comprimeto efetivo da maxila (Co-A) e o comprimento efetivo da
mandíbula (Co-Gn) teve um aumento estatisticamente significante (tabela 7). Já no
G2 não houve diferença entre os componentes maxilar e mandibular
estatisticamente significante.
Apesar de os pacientes não mais apresentarem potencial de crescimento
já que a idade mínima do G1 foi de 22,66 anos, esse aumento do comprimento
efetivo da maxila e da mandíbula pode ter ocorrido por causa de um crescimento
remanescente do complexo crânio-facial e não pela mecânica de intrusão. O
tratamento ortodôntico em pacientes adultos não produzem alterações esqueléticas
ântero-posteriores (SINGER, 1980; BISHARA et al, 1984; PROFFIT, 2000).
6.4.2 Componente Vertical
Comparando o G1 e G2 no início, durante a ao final do período estudado,
nota-se que não houve nehuma diferença estatisticamente significante em todas as
medidas que se relacionam com o padrão de crescimento facial, ou seja,
independentemente do protocolo de intrusão, as alterações esqueléticas foram
semelhantes.
Quando analisados individualmente os grupos G1 e G2 no início (tabela
9) e ao final (tabela 11) do período estudado, nota-se que houve uma diminuição
estatisticamente significante do FMA e um aumento também estatisticamente
significante do SN. Plocl nos dois grupos. Provavelmente a diminuição do FMA e o
aumento do SN. Plocl deveu-se ao fato da mecânica intrusiva ter possibilitado o giro
da mandíbula no sentido anti-horário e do plano oclusal no sentido horário. Estes
resultados corroboram os resultados apresentados por Everdi, Keles e Nanda.
(EVERDI; KELES; NANDA 2004).
Já na mecânica de intrusão por outros métodos, a literatura mostra que
ocorre o oposto, havendo extrusão dos dentes adjacentes por falta de um sistema
de ancoragem eficiente, ocasionando uma rotação no sentido horário da mandíbula
79
Discussão
e criando uma mordida aberta anterior (BONETTI, et al, 1996; CHUN, et al, 2000;
ENACAR, et al, 2003; ARMBRUSTER, et al, 2003).
Atualmente, esta perda de ancoragem não mais provoca preocupação
aos profissionais da ortodontia, visto que a prevenção do movimento indesejado se
tornou possível e simplificada com o surgimento de dispositivos de ancoragem
esquelética. Com o advento destes dispositivos, os mini-implantes ortodônticos, os
componentes de ação de forças inexistem, em virtude de estes estarem ancorados
em um tecido imóvel, o tecido ósseo.
6.4.3 Componente Dentoalveolar Superior
Comparando o G1 e G2 no início, durante a ao final do período estudado,
nota-se que não houve nenhuma diferença estatisticamente significante na posição
dos incisivos superiores, tanto no sentido ântero-posterior (1.NA e 1-NA), quanto no
sentido vertical(1-PP). Não houve ainda alteração na posição vertical do segundo
pré-molar (5-PP) e primeiro molar, tanto no sentido horizontal (6-PTV), quanto no
sentido vertical e inclinação (6-PP e 6.SN respectivamente).
Comparando o G1 ao início e final do período estudado (tabela 7) houve
uma diminuição estatisticamente siginificante na posição vertical do incisivo ,
segundo pré-molar e primeiro molar (1-PP , 5-PP e 6-PP respectivamente), ou seja,
esses dentes sofreram intrusão.
Já o G2, comparado ao início e final do período estudado (tabela 8),
apresentou uma diminuição estatisticamente significante na posição vertical do
segundo pré-molar e primeiro molar ( 5-PP e 6-PP respectivamente).
Especula-se que a intrusão do incisivos superiores deveu-se à mecânica
de alinhamento e nivelamento com a correção da sobremordida. Entretanto, a
intrusão dos pré-molares e molares foi ocasionada pela mecânica de intrusão
ancorada em mini-implantes. Como havia um arco de nivelamento unindo pré-molar
e molar, esse resultado era esperado. Se apenas mecânica de alinhamento e
nivelamento estivesse sendo realizada, sem a força intrusiva na região dos primeiros
molares, possivelmente os pré-molares sofreriam extrusão.
No trabalho de Yao e colaboradores, houve uma intrusão média dos
primeiros molares de 3mm e dos segundos pré-molares de 2mm. Esses resultados
80
Discussão
corroboram o presente trabalho uma vez que demonstram que a mecânica de
intrusão nos primeiros molares proporciona intrusão também nos segundos pré-
molares. No citado estudo, a média de intrusão dos molares e pré-molares foi maior,
porém o estudo avaliou pacientes com idade entre 15 e 42 anos, ou seja, a amostra
possuia pacientes ainda em fase de crescimento.
6.4.3.1 Primeiros Molares
De acordo com as medidas avaliadas especificamente relacionadas ao
promeiro molar superior, ou seja, 6-PTV, 6-PP e 6.SN, observou-se que no G1
houve uma diminuição significativa da medida 6-PP entre T2 e T1, demonstrando
uma grande eficiência da mecânica intrusiva do molar superior (tabela 7). O mesmo
pode ser observado avaliando-se as mesmas medidas no G2 (tabela 8). Não houve,
em ambos os grupos, variação estatisticamente significante das medidas 6-PTV e
6.SN evidenciando uma mecânica puramente intrusiva, não ocorrendo assim
angulação do molar que pudesse mascarar os valores do posicionamento vertical
dos molares.
Alguns trabalhos demonstram quantidades de intrusões maiores porém
não levam em consideração a possível angulação sofrida no molar pela mecânica
intrusiva.
Para avaliação do tempo levou-se em consideração as datas do início e
do final da mecânica de intrusão e não das telerradiografias iniciais e finais pois isso
alteraria sobremaneira o tempo de tratamento uma vez que, alguns pacientes
demoravam alguns meses após o final da mecânica de intrusão para fazer a
telerradografia final. Comparando os grupos G1 e G2 houve uma diferença
estatisticamente significante relacionado ao tempo de intrusão, evidenciando um
menor tempo para G1. Contudo, esses resultados sofreram interferência da maior
ou menos necessidade de movimento de intrusão em cada caso.
Para avaliar a eficiência do método utilizou-se a seguinte fómula:
81
Discussão
Quantidade de Intrusão (Final – Inicial)
Eficiência = ___________________________________
Tempo de intrusão (Final – Inicial)
Com essa fórmula, obteve-se como resultado um valor relativo de
eficiência para os dois grupos separadamente. Comparando G1 e G2 com relação à
eficiência não houve diferença estatisticamente significante mesmo o tempo tendo
sido maior no G2.
6.4.4 Componente Dentoalveolar Inferior
Comparando-se o G1 e G2 ao início e durante o período estudado não
houve nenhuma diferença estatisticamente significante no componente
dentoalveolar inferior. Entretanto, comparando o G1 e G2 ao final do período
estudado (tabela 11) notou-se uma diferença estatisticamente significante no sentido
ântero-posterior dos incisivos inferiores (1.NB e 1-NB), sendo que o G2 apresentou-
se mais lingualizado e retruído que o G1.
Já comparando o início e o final do G1 (tabela 7), houve um aumento
estatisticamente significante na inclinação dos incisivos inferiores (1.NB) e uma
diminuição da sua posição no sentido vertical (1-GoGn). Especula-se que a
mecânica de alinhamento e nivelamento proporcionou vestibularização e intrusão
dos incisivos.
No G2 ao início e final do período estudado não houve nenhuma
alteração estatisticamente significante nos componentes dento-alveolares inferiores.
82
Discussão
6.4.5 Relações Dentárias
Comparando o G1 e G2 no início, durante a ao final do período estudado,
nota-se que não houve nenhuma diferença estatisticamente significante no
trespasse vertical e horizontal dos pacientes.
Comparando o G1 no início e ao final do período estudado (figura 7),
nota-se que houve uma diminuição estatisticamente significante do trespasse
vertical. Esse resultado era esperado, uma vez que os incisivos superiores e
inferiores sofreram intrusão com a mecânica de alinhamento e nivelamento. Já
comparando o G2 ao início e final do tratamento não houve alteração
estatisticamente significante com relação ao trespasse vertical e horizontal.
6.4.6 Perfil Tegumentar
Comparando-se o G1, ao início e final do período estudado, não houve
alteração estatisticamente significante em relação ao perfil tegumentar. O mesmo
ocorreu com o G2.
Também não se notou nos grupos 1 e 2 quando comparados ao início do
período estudado, alterações estatisticamente significantes. Já os dois grupos,
quando comparados durante (tabela 10) e ao final do período estudado (tabela 11),
demonstram uma diferença estatisticamente significante da distância do lábio inferior
à linha Prónasal Pogônio Tegumentar ( Li-Linha E). Isto ocorreu porque no G1 o
lábio inferior protruiu e no G2 o lábio inferior retruiu em relação a linha E, já que no
G2 os incisivos inferiores apresentaram-se mais lingualizados e retruídos que o G1.
83
Discussão
6.5 Considerações Clínicas
O presente trabalho demonstra a eficiência da mecânica de intrusão do
primeiro molar superior utilizando os mini-implantes como ancoragem absoluta. Os
efeitos colaterais provocados pelos métodos convencionais não mais são motivos de
preocupação na clínica ortodôntica. Existem outros métodos de ancoragem absoluta
que produzem resultados semelhantes, como as mini-placas. Entretanto, necessitam
de técnica cirúrgica invasiva para sua instalação e remoção, além de terem um custo
maior. Em todos os casos, independentemente do protocolo utilizado, obteve-se
intrusão dos molares mesmo que a quantidade de intrusão necessária para
reabilitação do molar inferior fosse grande. No G1, obteve-se intrusão máxima de
5mm e no G2 de 4,6mm. Isso demonstra que mesmo nos molares extremamente
extruídos a mecânica de intrusão ancorada em mini-implante é eficiente. Em casos
como estes, sem esse recurso de ancoragem absoluta, o primeiro molar
provavelmente teria que ser submetido ao tratamento endodôntico e confecção de
coroa dentária para que fosse possível criar espaço para a reabilitação do molar
inferior perdido. É importante que a mecânica de intrusão seja realizada desde o
início, no momento da instalação do aparelho ortodôntico e utilização do primeiro fio
de alinhamento. Desta forma, obtêm-se menos efeitos extrusivos nos dentes
adjacentes ao primeiro molar, uma vez que é possível a utilização de uma
ancoragem absoluta para contrapor essas forças. A mecânica de intrusão dos
molares resultou em intrusão dos segundos pré-molares nos dois protocolos. Como
os primeiros molares estavam extruídos pela falta do dente antagonista, os mesmos
não apresentavam contato oclusal com nenhum dente inferior. A diminuição do FMA
resultando num giro mandibular no sentido anti-horário provavelmente ocorreu pelo
efeito intrusivo nos segundos pré-molares superiores que apresentavam contato
oclusal com dentes inferiores. Especula-se que a mecânica de intrusão apresentada
neste trabalho pode auxiliar no fechamento da mordida aberta anterior. A forma
como os elásticos em cadeia foram posicionados nos dois métodos foi
extremamente eficiente, pois produziu uma intrusão verdadeira dos molares. Não foi
observado nenhum efeito indesejado de angulação nestes dentes. Discute-se
bastante na literatura sobre a força ideal para a mecânica de intrusão dentária.
Neste trabalho, 150g de força foi suficiente para se obter a intrusão desejada. A
84
Discussão
utilização de um número maior de mini-implantes não aumenta necessariamente a
eficiência da mecânica intrusiva.
ConclusãoConclusãoConclusãoConclusão
86
Conclusão
7 Conclusão
De acordo com a amostra avaliada e a metodologia utilizada conclui-se:
1- Não houve diferença entre os grupos das alteracões dento-
esqueléticas provocada pela intrusão do primeiro molar superior por meio
da correção ortodôntica , com exceção da Li-Linha E.
2- Não houve diferença estatisticamente significante em relação a
eficiência, entre os protocolos utilizados.
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ApêndiceApêndiceApêndiceApêndice
98
Apêndice
As tabelas A-1 até A-29 referem-se aos valores individuais de cada variável, para
cada paciente, para os grupos 1 e 2
Tabela A-1
Pacientes grupo genero nascimento1 - A. S. C. 1 F 17/02/19762 - C. A. F. S. 1 F 23/07/19863 - C. A. B. 1 F 14/03/19674 - C. A. B. 1 F 14/03/19675 - E. R. B. 1 M 09/06/19626 - L. J. S. F. 1 M 24/12/19867 - L. J. S. F. 1 M 24/12/19868 - M. B. S. 1 F 06/12/19729 - M. B. S. 1 F 06/12/197210 - M. M. 1 F 02/03/198411 - N. A. B. S. 1 F 04/07/196812- N. A. B. S. 1 F 04/07/196813 - R. C. R. 1 F 07/05/197514 - S. F. S. 1 F 20/10/198215 - V. M. 1 F 25/01/196916 - E. J. N. 2 F 21/04/197717 - F. A. S. 2 F 30/01/196518 - F. F. A. N. 2 M 08/05/197219 - J. L. R. M. 2 F 14/04/196520 - J. L. R. M. 2 F 14/04/196521 - M. N. O . 2 F 22/03/196622 - Q. H. C. 2 F 24/10/198823 - R. F. S. 2 F 13/02/196124 - R. F. S. 2 F 13/02/196125 - V. C. O. 2 M 22/05/1970
99
Apêndice
TABELA A-2
Pacientes idade ao início idade ao final1 - A. S. C. 32,04 33,692 - C. A. F. S. 22,66 23,533 - C. A. B. 43,27 43,724 - C. A. B. 43,27 43,725 - E. R. B. 46,99 47,516 - L. J. S. F. 23,48 23,907 - L. J. S. F. 23,48 23,908 - M. B. S. 35,8 36,799 - M. B. S. 35,8 36,7910 - M. M. 25,05 25,9511 - N. A. B. S. 40,39 41,4712- N. A. B. S. 40,39 41,4713 - R. C. R. 35,05 35,5414 - S. F. S. 26,61 27,7615 - V. M. 39,46 40,3116 - E. J. N. 30,87 31.7917 - F. A. S. 42,8 43,8818 - F. F. A. N. 36,74 37,7519 - J. L. R. M. 43,05 45,1920 - J. L. R. M. 43,2 45,1921 - M. N. O . 42,52 43,4422 - Q. H. C. 21,07 21,8323 - R. F. S. 47,45 48,5324 - R. F. S. 47,45 48,5325 - V. C. O. 39,59 40,34
100
Apêndice
Tabela A-3
Pacientes Centro Pan-tele T1 Centro Pan-tele T21 - A. S. C. crio crio2 - C. A. F. S. crio crio3 - C. A. B. radiodonto d radiodonto d4 - C. A. B. radiodonto radiodonto d5 - E. R. B. cordial crio 6 - L. J. S. F. crio crio digital7 - L. J. S. F. crio crio digital8 - M. B. S. Oral x crio 9 - M. B. S. Oral x crio 10 - M. M. crio crio digital11 - N. A. B. S. crio crio digital12- N. A. B. S. crio crio digital13 - R. C. R. crio crio digital14 - S. F. S. cordial crio15 - V. M. Cebeu SDO16 - E. J. N. jim crio17 - F. A. S. SCRP SCRP18 - F. F. A. N. crio crio19 - J. L. R. M. radiodonto crio digital20 - J. L. R. M. radiodonto crio digital21 - M. N. O . crio crio22 - Q. H. C. crio crio23 - R. F. S. crio crio24 - R. F. S. crio crio25 - V. C. O. crio crio digital
101
Apêndice
Tabela A-4
Pacientes Tele T1 Tele T2 dif Tele T1-T2 Pan T1 Pan T21 - A. S. C. 08/05/2007 17/08/2009 2,28 08/05/2007 17/08/20092 - C. A. F. S. 20/10/2008 16/03/2010 1,40 20/10/2008 16/03/20103 - C. A. B. 11/03/2010 06/01/2011 0,82 11/03/2010 06/01/20114 - C. A. B. 11/03/2010 06/01/2011 0,82 11/03/2010 06/01/20115 - E. R. B. 25/03/2008 30/11/2009 1,68 25/03/2008 30/11/20096 - L. J. S. F. 10/01/2008 11/11/2010 2,84 10/01/2008 11/11/20107 - L. J. S. F. 10/01/2008 11/11/2010 2,84 10/01/2008 11/11/20108 - M. B. S. 02/02/2008 28/11/2009 1,82 02/02/2008 28/11/20099 - M. B. S. 02/02/2008 28/11/2009 1,82 02/02/2008 28/11/200910 - M. M. 27/08/2008 06/07/2010 1,86 23/05/2008 06/07/201011 - N. A. B. S. 17/07/2008 12/11/2010 2,32 17/07/2008 12/11/201012- N. A. B. S. 17/07/2008 12/11/2010 2,32 17/07/2008 12/11/201013 - R. C. R. 04/05/2009 11/11/2010 1,52 04/05/2009 11/11/201014 - S. F. S. 24/07/2008 06/10/2010 2,20 24/07/2008 06/10/201015 - V. M. 12/06/2008 13/01/2009 0,59 12/06/2008 13/01/200916 - E. J. N. 16/11/2004 10/03/2009 4,32 16/11/2004 10/03/200917 - F. A. S. 19/06/2007 16/01/2009 1,58 19/06/2007 16/01/200918 - F. F. A. N. 01/08/2008 16/03/2010 1,62 01/08/2008 16/03/201019 - J. L. R. M. 22/03/2005 11/11/2010 5,64 22/03/2005 11/11/201020 - J. L. R. M. 22/03/2005 11/11/2010 5,64 22/03/2005 11/11/201021 - M. N. O . 03/01/2008 12/09/2009 1,69 03/01/2008 12/09/200922 - Q. H. C. 18/08/2007 09/12/2010 3,31 18/08/2007 10/09/201023 - R. F. S. 23/02/2007 16/11/2009 2,73 23/02/2007 16/11/200924 - R. F. S. 23/02/2007 16/11/2009 2,73 23/02/2007 16/11/200925 - V. C. O. 28/02/2009 16/11/2010 1,72 28/02/2009 16/11/2010
102
Apêndice
Tabela A-5
Pacientes dente intruído nº mini-implante1 - A. S. C. 16 1v 1p2 - C. A. F. S. 26 1v 1p3 - C. A. B. 26 1v 1p4 - C. A. B. 16 1v 1p5 - E. R. B. 16 1v 1p6 - L. J. S. F. 16 1v 1p7 - L. J. S. F. 26 1v 1p8 - M. B. S. 16 1v 1p 9 - M. B. S. 26 1v 1p 10 - M. M. 16 1v 1p11 - N. A. B. S. 16 1v 1p12- N. A. B. S. 26 1v 1p13 - R. C. R. 26 1v 1p14 - S. F. S. 16 1v 1p 15 - V. M. 16 1v 1p16 - E. J. N. 16 2v 1p17 - F. A. S. 16 2v 1p18 - F. F. A. N. 16 2v 1p19 - J. L. R. M. 16 2v 1p
20 - J. L. R. M. 26 2v 1p 21 - M. N. O . 16 2v 1p22 - Q. H. C. 16 2v 1p23 - R. F. S. 16 2v 1p
24 - R. F. S. 26 2v 1p
25 - V. C. O. 16 2v 1p
103
Apêndice
TABELA A-6
Pacientes início da intrusão final da intrusão dif inicio/final1 - A. S. C. 25/02/2008 19/10/2009 1,652 - C. A. F. S. 15/03/2009 28/01/2010 0,873 - C. A. B. 11/06/2010 20/11/2010 0,444 - C. A. B. 11/06/2010 20/11/2010 0,445 - E. R. B. 25/05/2009 30/11/2009 0,526 - L. J. S. F. 11/06/2010 10/11/2010 0,427 - L. J. S. F. 11/06/2010 10/11/2010 0,428 - M. B. S. 16/09/2008 10/09/2009 0,989 - M. B. S. 16/09/2008 10/09/2009 0,9810 - M. M. 13/03/2009 04/02/2010 0,9011 - N. A. B. S. 15/11/2008 12/12/2009 1,0712- N. A. B. S. 15/11/2008 12/12/2009 1,0713 - R. C. R. 17/05/2010 10/11/2010 0,4814 - S. F. S. 23/05/2009 17/07/2010 1,1515 - V. M. 03/07/2008 08/05/2009 0,8516 - E. J. N. 24/02/2008 26/01/2009 0,9217 - F. A. S. 07/11/2007 05/12/2008 1,0818 - F. F. A. N. 24/01/2009 28/01/2010 1,0119 - J. L. R. M. 20/04/2008 12/06/2010 2,1520 - J. L. R. M. 15/06/2008 12/06/2010 1,9921 - M. N. O . 15/09/2008 17/08/2009 0,9222 - Q. H. C. 14/11/2009 18/08/2010 0,7623 - R. F. S. 14/07/2008 12/08/2009 1,0824 - R. F. S. 14/07/2008 12/08/2009 1,0825 - V. C. O. 14/12/2009 14/09/2010 0,75
104
Apêndice
Tabela A-7
Pacientes relação canino e prémolar SNA Inicial SNA Final SNA (F-I)1 - A. S. C. cl II d - cl I e 90,8 90,9 0,102 - C. A. F. S. Classe I 88,1 89 0,903 - C. A. B. classe I 86,1 85,8 -0,304 - C. A. B. classe I 82,7 85 2,305 - E. R. B. classe I 86,2 84,4 -1,806 - L. J. S. F. cl II d - cl I e 85,5 85,1 -0,407 - L. J. S. F. cl II d - cl I e 85 87,3 2,308 - M. B. S. cl I d - cl II e 81,4 83,3 1,909 - M. B. S. cl I d - cl II e 81,8 82,2 0,4010 - M. M. classe II 85,6 85,4 -0,2011 - N. A. B. S. classe I 87,4 85,6 -1,8012- N. A. B. S. classe I 87,5 86 -1,5013 - R. C. R. classe I 82,1 82 -0,1014 - S. F. S. classe II 88,5 86,7 -1,8015 - V. M. classe I 79 79,9 0,9016 - E. J. N. classe II 80,5 80,5 0,0017 - F. A. S. Classe I 85,6 84,7 -0,9018 - F. F. A. N. classe I 84,9 86,4 1,5019 - J. L. R. M. classe II 89,7 90,3 0,6020 - J. L. R. M. classe II 90,8 89,3 -1,5021 - M. N. O . classe II 90,6 89,9 -0,7022 - Q. H. C. classe II 85,6 87,5 1,9023 - R. F. S. classe II 84,9 83,4 -1,5024 - R. F. S. classe II 82,2 82,4 0,2025 - V. C. O. classe I 80,8 83,6 2,80
105
Apêndice
TABELA A-8
Pacientes CoA Inicial CoA Final CoA (F-I) SNB Inicial SNB Final SNB (F-I)1 - A. S. C. 87,8 88 0,2 83,4 84,2 0,82 - C. A. F. S. 82,6 83,1 0,5 87,4 88,6 1,23 - C. A. B. 77,3 77,1 -0,2 82 81,5 -0,54 - C. A. B. 77,9 77,4 -0,5 80,1 80 -0,15 - E. R. B. 88 89,6 1,6 81,2 79,9 -1,36 - L. J. S. F. 80,6 81,3 0,7 82,7 81,6 -1,17 - L. J. S. F. 80,5 82,5 2 81,5 83,1 1,68 - M. B. S. 79,8 80,7 0,9 76,3 77,1 0,89 - M. B. S. 77,8 78,6 0,8 77,2 78,1 0,910 - M. M. 79,7 78,9 -0,8 78,4 79 0,611 - N. A. B. S. 75,8 76,1 0,3 86,8 85,4 -1,412- N. A. B. S. 75,5 74,9 -0,6 87,4 87,4 013 - R. C. R. 75,2 75,8 0,6 80,3 80,3 014 - S. F. S. 74 77,5 3,5 81,1 77,8 -3,315 - V. M. 81,2 81,1 -0,1 75,6 76 0,416 - E. J. N. 79,4 79,1 -0,3 78,3 77,9 -0,417 - F. A. S. 83,7 83,8 0,1 83,6 82,7 -0,918 - F. F. A. N. 86,7 89,4 2,7 83,6 83,9 0,319 - J. L. R. M. 77,1 77,5 0,4 79,5 81,2 1,720 - J. L. R. M. 77,6 78,3 0,7 79,8 79,9 0,121 - M. N. O . 83,3 80,5 -2,8 79,6 79,9 0,322 - Q. H. C. 81,4 82,6 1,2 82,1 82,3 0,223 - R. F. S. 77,7 77,5 -0,2 84,9 85,1 0,224 - R. F. S. 78,1 76,8 -1,3 82,7 84,4 1,725 - V. C. O. 78 79,1 1,1 80,7 82,3 1,6
106
Apêndice
Tabela A-9
Pacientes Co-Gn Inicial Co-Gn Final Co-Gn (F-I)1 - A. S. C. 107,4 108,1 0,72 - C. A. F. S. 108,8 109,1 0,33 - C. A. B. 104,7 105,7 14 - C. A. B. 105,5 105,5 05 - E. R. B. 116,1 116,6 0,56 - L. J. S. F. 112,7 113,3 0,67 - L. J. S. F. 113,4 114 0,68 - M. B. S. 104 104,9 0,99 - M. B. S. 104,2 105,9 1,710 - M. M. 101,2 102,1 0,911 - N. A. B. S. 103,8 103,5 -0,312- N. A. B. S. 103,6 102,5 -1,113 - R. C. R. 103,5 103,8 0,314 - S. F. S. 100,2 99,2 -115 - V. M. 101,6 102,1 0,516 - E. J. N. 102 102,4 0,417 - F. A. S. 112,3 112,2 -0,118 - F. F. A. N. 127,2 126,9 -0,319 - J. L. R. M. 93,1 93,9 0,820 - J. L. R. M. 93,4 94,2 0,821 - M. N. O . 101,1 101,1 022 - Q. H. C. 104,9 105,2 0,323 - R. F. S. 104,6 104,1 -0,524 - R. F. S. 105 105,1 0,125 - V. C. O. 111,8 113 1,2
107
Apêndice
TABELA A-10
Pacientes ANB Inicial ANB FInal ANB (F-I)1 - A. S. C. 7,4 6,6 -0,82 - C. A. F. S. 0,7 0,5 -0,23 - C. A. B. 4,1 4,4 0,34 - C. A. B. 2,7 4,9 2,25 - E. R. B. 5 4,4 -0,66 - L. J. S. F. 2,8 3,5 0,77 - L. J. S. F. 3,6 4,2 0,68 - M. B. S. 5,1 6,2 1,19 - M. B. S. 4,6 4 -0,610 - M. M. 7,2 6,4 -0,811 - N. A. B. S. 0,6 0,2 -0,412- N. A. B. S. 0,1 -1,4 -1,513 - R. C. R. 1,8 1,8 014 - S. F. S. 7,4 8,9 1,515 - V. M. 3,5 3,9 0,416 - E. J. N. 2,2 2,6 0,417 - F. A. S. 2 2,1 0,118 - F. F. A. N. 1,3 2,6 1,319 - J. L. R. M. 10,2 9,1 -1,120 - J. L. R. M. 11 9,3 -1,721 - M. N. O . 11 10 -122 - Q. H. C. 3,6 5,2 1,623 - R. F. S. 0 -1,7 -1,724 - R. F. S. -0,5 -2,1 -1,625 - V. C. O. 0 1,4 1,4
108
Apêndice
TABELA A-11
Pacientes FMA Inicial FMA Final FMA (F-I)1 - A. S. C. 23,5 26,4 2,92 - C. A. F. S. 22,7 20,9 -1,83 - C. A. B. 32,5 34,7 2,24 - C. A. B. 34,5 36,1 1,65 - E. R. B. 22,4 20 -2,46 - L. J. S. F. 25,1 24,6 -0,57 - L. J. S. F. 24,1 23,5 -0,68 - M. B. S. 33,9 33 -0,99 - M. B. S. 32,8 31,5 -1,310 - M. M. 34,6 33 -1,611 - N. A. B. S. 22,7 21,8 -0,912- N. A. B. S. 21,8 21 -0,813 - R. C. R. 25,4 23,1 -2,314 - S. F. S. 30,2 29 -1,215 - V. M. 26,5 27,1 0,616 - E. J. N. 21,4 19,6 -1,817 - F. A. S. 14,5 13,9 -0,618 - F. F. A. N. 33,9 31,9 -219 - J. L. R. M. 31,6 30,9 -0,720 - J. L. R. M. 32,2 31,7 -0,521 - M. N. O . 31,9 32,4 0,522 - Q. H. C. 26,8 25,3 -1,523 - R. F. S. 26,5 25,2 -1,324 - R. F. S. 26,8 23,7 -3,125 - V. C. O. 32 30,6 -1,4
109
Apêndice
TABELA A-12
Pacientes SN.GoGn Inicial SN.GoGn Final SN.GoGn (F-I)1 - A. S. C. 27,1 27,4 0,32 - C. A. F. S. 21,9 21,8 -0,13 - C. A. B. 34,3 36,3 24 - C. A. B. 37,3 38,3 15 - E. R. B. 26 26,5 0,56 - L. J. S. F. 25,9 29 3,17 - L. J. S. F. 27,3 26,9 -0,48 - M. B. S. 36,4 37,3 0,99 - M. B. S. 37,2 36,1 -1,110 - M. M. 34,9 35,2 0,311 - N. A. B. S. 23 23,5 0,512- N. A. B. S. 21,5 20,1 -1,413 - R. C. R. 30,7 30 -0,714 - S. F. S. 33,4 32 -1,415 - V. M. 32,8 34,4 1,616 - E. J. N. 26,1 27,2 1,117 - F. A. S. 25,1 25,6 0,518 - F. F. A. N. 36,9 35,4 -1,519 - J. L. R. M. 34,1 32,3 -1,820 - J. L. R. M. 33 34,3 1,321 - M. N. O . 34,5 34,4 -0,122 - Q. H. C. 26,5 25,9 -0,623 - R. F. S. 26,9 25,6 -1,324 - R. F. S. 27,5 25,9 -1,625 - V. C. O. 35,4 33,7 -1,7
110
Apêndice
TABELA A-13
Pacientes SN.Plocl Inicial SN.Plocl Final SN.Plocl (F-I)1 - A. S. C. 9,5 8,9 -0,62 - C. A. F. S. 2,1 5,5 3,43 - C. A. B. 3,6 7,5 3,94 - C. A. B. 11,1 16,7 5,65 - E. R. B. 10,5 13,2 2,76 - L. J. S. F. 4,6 12,5 7,97 - L. J. S. F. 4,2 8,5 4,38 - M. B. S. 13,2 15,3 2,19 - M. B. S. 15 20,7 5,710 - M. M. 9,3 14,3 511 - N. A. B. S. -6 -1,5 4,512- N. A. B. S. -9,2 -2,9 6,313 - R. C. R. 7,2 10 2,814 - S. F. S. 2,3 18 15,715 - V. M. 14,6 16,7 2,116 - E. J. N. 4,1 11,7 7,617 - F. A. S. 6,9 14,7 7,818 - F. F. A. N. 3,9 4,1 0,219 - J. L. R. M. 10,6 12,9 2,320 - J. L. R. M. 15,1 15,4 0,321 - M. N. O . 10,8 16,8 622 - Q. H. C. 9,3 8,4 -0,923 - R. F. S. 4,7 5,3 0,624 - R. F. S. 9,2 16,1 6,925 - V. C. O. 5 8,6 3,6
111
Apêndice
TABELA A-14
Pacientes AFAI Inicial AFAI Final AFAI (F-I)1 - A. S. C. 60,9 60,8 -0,12 - C. A. F. S. 59,9 58,4 -1,53 - C. A. B. 61,6 65,3 3,74 - C. A. B. 62,5 65 2,55 - E. R. B. 68,6 67,6 -16 - L. J. S. F. 72,7 70,8 -1,97 - L. J. S. F. 71,4 70,3 -1,18 - M. B. S. 66,6 67,1 0,59 - M. B. S. 66,5 68,3 1,810 - M. M. 66,2 66,8 0,611 - N. A. B. S. 56,8 52,7 -4,112- N. A. B. S. 55,5 52,7 -2,813 - R. C. R. 60,2 59,7 -0,514 - S. F. S. 63,1 62,3 -0,815 - V. M. 56,1 58,4 2,316 - E. J. N. 58,1 59,1 117 - F. A. S. 55,5 59 3,518 - F. F. A. N. 76,8 74 -2,819 - J. L. R. M. 54,6 54,5 -0,120 - J. L. R. M. 56 55,1 -0,921 - M. N. O . 65,4 66 0,622 - Q. H. C. 57,7 58,1 0,423 - R. F. S. 55,9 54,6 -1,324 - R. F. S. 56,4 55,5 -0,925 - V. C. O. 64,8 66,9 2,1
112
Apêndice
TABELA A-15
Pacientes IS.NA Inicial IS.NA Final IS.NA (F-I)1 - A. S. C. 31,2 29,2 -22 - C. A. F. S. 29,8 38,2 8,43 - C. A. B. 23,9 32,8 8,94 - C. A. B. 33 33 05 - E. R. B. 17,6 30,7 13,16 - L. J. S. F. 26,2 29,8 3,67 - L. J. S. F. 27,4 26,5 -0,98 - M. B. S. 19,2 18 -1,29 - M. B. S. 18,3 21,5 3,210 - M. M. 31,4 30,9 -0,511 - N. A. B. S. 40 39,4 -0,612- N. A. B. S. 39,5 42,7 3,213 - R. C. R. 16,6 20,5 3,914 - S. F. S. 18 20,6 2,615 - V. M. 18 11,3 -6,716 - E. J. N. 32,5 29 -3,517 - F. A. S. 20 29,2 9,218 - F. F. A. N. 26,8 35,4 8,619 - J. L. R. M. 15,7 10,3 -5,420 - J. L. R. M. 12,1 9,2 -2,921 - M. N. O . 16,5 6,6 -9,922 - Q. H. C. 18,3 28,7 10,423 - R. F. S. 27,7 36,6 8,924 - R. F. S. 29,7 38,8 9,125 - V. C. O. 36,8 33,6 -3,2
113
Apêndice
TABELA A-16
Pacientes IS-NA Inicial IS-NA Final IS-NA (F-I)1 - A. S. C. 3,2 3,6 0,42 - C. A. F. S. 6,8 7,7 0,93 - C. A. B. 4,5 6,8 2,34 - C. A. B. 6,6 5,8 -0,85 - E. R. B. 1,5 7,1 5,66 - L. J. S. F. 8,8 8,1 -0,77 - L. J. S. F. 8,6 8,2 -0,48 - M. B. S. 2,6 1 -1,69 - M. B. S. 3,1 3,5 0,410 - M. M. 3,4 5,1 1,711 - N. A. B. S. 8 7,8 -0,212- N. A. B. S. 8,5 8,9 0,413 - R. C. R. 2,9 4 1,114 - S. F. S. 1,5 2,7 1,215 - V. M. 2 -0,5 -2,516 - E. J. N. 5,3 3,2 -2,117 - F. A. S. 0,4 1,6 1,218 - F. F. A. N. 4,5 5,7 1,219 - J. L. R. M. 0,6 -1,2 -1,820 - J. L. R. M. -1,1 -1,6 -0,521 - M. N. O . 2,2 0 -2,222 - Q. H. C. 1,7 1,7 023 - R. F. S. 5,1 7,8 2,724 - R. F. S. 5,4 8 2,625 - V. C. O. 7,4 5,1 -2,3
114
Apêndice
TABELA A-17
Pacientes 1 - PP Inicial 1 - PP Final 1 - PP (F-I)1 - A. S. C. 25,5 25 0,82 - C. A. F. S. 24,2 22,4 -3,73 - C. A. B. 26,1 27,3 0,84 - C. A. B. 26,5 26,2 -4,25 - E. R. B. 30,4 28,6 -4,76 - L. J. S. F. 33,3 32,4 -0,67 - L. J. S. F. 33 31,9 3,58 - M. B. S. 28,4 27,7 -0,29 - M. B. S. 27,9 28,2 0,610 - M. M. 27,6 28,1 5,211 - N. A. B. S. 22,9 22,3 -0,712- N. A. B. S. 23 21,5 -4,913 - R. C. R. 26,4 26,8 0,714 - S. F. S. 26,1 26,6 3,215 - V. M. 23,4 21,7 -4,616 - E. J. N. 26,3 25,8 3,217 - F. A. S. 22,6 24,3 -6,818 - F. F. A. N. 31,1 28,8 4,919 - J. L. R. M. 23,9 20 -320 - J. L. R. M. 23 21,2 -8,221 - M. N. O . 29,4 28,2 4,722 - Q. H. C. 23,5 21,5 -0,723 - R. F. S. 22,2 22,3 -1,324 - R. F. S. 23,6 22,6 -0,625 - V. C. O. 23,2 25,1 25,1
115
Apêndice
TABELA A-18
Pacientes 5 - PP Inicial 5 - PP Final 5 - PP (F-I)1 - A. S. C. 22,6 22 -0,62 - C. A. F. S. 23,1 21,7 -1,43 - C. A. B. 23,4 24,5 1,14 - C. A. B. 22,7 21,8 -0,95 - E. R. B. 28,3 24,4 -3,96 - L. J. S. F. 29,3 26,5 -2,87 - L. J. S. F. 26,7 27 0,38 - M. B. S. 22,6 20,7 -1,99 - M. B. S. 22,2 21,3 -0,910 - M. M. 21,5 23,7 2,211 - N. A. B. S. 24,4 20,2 -4,212- N. A. B. S. 24,3 20,9 -3,413 - R. C. R. 24 23,7 -0,314 - S. F. S. 23,7 20,1 -3,615 - V. M. 18,5 18 -0,516 - E. J. N. 20,6 21,7 1,117 - F. A. S. 22,4 21,8 -0,618 - F. F. A. N. 32,1 28,3 -3,819 - J. L. R. M. 17,9 15,9 -220 - J. L. R. M. 20,2 18,7 -1,521 - M. N. O . 25,1 21,4 -3,722 - Q. H. C. 19,9 19,4 -0,523 - R. F. S. 19,9 19,4 -0,524 - R. F. S. 19,5 17,2 -2,325 - V. C. O. 23,5 24,2 0,7
116
Apêndice
TABELA A-19
Pacientes 6 - PT V Inicial 6 - PT V Final 6 - PT V (F-I)1 - A. S. C. 23,8 21,7 -2,12 - C. A. F. S. 22,5 21,8 -0,73 - C. A. B. 20,9 22,2 1,34 - C. A. B. 20,5 18,8 -1,75 - E. R. B. 18,1 17,5 -0,66 - L. J. S. F. 23,5 25,7 2,27 - L. J. S. F. 24,1 28,7 4,68 - M. B. S. 15,9 17,8 1,99 - M. B. S. 16,3 16,3 010 - M. M. 18,4 17,7 -0,711 - N. A. B. S. 16,8 13,8 -312- N. A. B. S. 17,8 12,7 -5,113 - R. C. R. 19,3 22,2 2,914 - S. F. S. 17,4 14,6 -2,815 - V. M. 19,8 22,1 2,316 - E. J. N. 15,7 17,3 1,617 - F. A. S. 21,8 21,4 -0,418 - F. F. A. N. 26,9 26,6 -0,319 - J. L. R. M. 21,7 18,1 -3,620 - J. L. R. M. 20,6 18,6 -221 - M. N. O . 16,1 20,7 4,622 - Q. H. C. 15,4 17,3 1,923 - R. F. S. 17,8 15,6 -2,224 - R. F. S. 18,8 21,2 2,425 - V. C. O. 19,9 22,9 3
117
Apêndice
TABELA A-20
Pacientes 6 - PP Inicial 6 - PP Final 6 - PP (F-I)1 - A. S. C. 19,8 17,3 -2,52 - C. A. F. S. 21,1 18,9 -2,23 - C. A. B. 22,6 22 -0,64 - C. A. B. 20 16,8 -3,25 - E. R. B. 24,4 22,8 -1,66 - L. J. S. F. 25,9 23,4 -2,57 - L. J. S. F. 23,6 25 1,48 - M. B. S. 21,9 18,6 -3,39 - M. B. S. 17,9 17,9 010 - M. M. 20 18,2 -1,811 - N. A. B. S. 23,1 20,1 -312- N. A. B. S. 25,9 20,9 -513 - R. C. R. 19,9 19,5 -0,414 - S. F. S. 21,2 17,8 -3,415 - V. M. 16,7 15,7 -116 - E. J. N. 18,1 18,5 0,417 - F. A. S. 19,7 18,6 -1,118 - F. F. A. N. 28 25,8 -2,219 - J. L. R. M. 19,5 16,1 -3,420 - J. L. R. M. 15,8 16,1 0,321 - M. N. O . 20,1 17,9 -2,222 - Q. H. C. 18,6 18 -0,623 - R. F. S. 21 18 -324 - R. F. S. 18,8 14,2 -4,625 - V. C. O. 17,7 17,9 0,2
118
Apêndice
TABELA A-21
Pacientes 6 . SN Inicial 6 . SN Final 6 . SN (F-I)1 - A. S. C. 79,6 80,3 0,7
2 - C. A. F. S. 83,2 82,9 -0,33 - C. A. B. 84,8 84,1 -0,74 - C. A. B. 84,8 83,3 -1,55 - E. R. B. 75,5 82,3 6,86 - L. J. S. F. 81,7 81 -0,77 - L. J. S. F. 79,7 85,5 5,88 - M. B. S. 76 78,2 2,29 - M. B. S. 75,5 78,2 2,710 - M. M. 73,9 78 4,1
11 - N. A. B. S. 88,2 87,7 -0,512- N. A. B. S. 90,9 91 0,113 - R. C. R. 72,8 78,9 6,114 - S. F. S. 81,5 90,8 9,315 - V. M. 83,1 77,5 -5,616 - E. J. N. 86,9 79,9 -717 - F. A. S. 76,9 81,2 4,3
18 - F. F. A. N. 71,5 70,9 -0,619 - J. L. R. M. 82,1 82 -0,120 - J. L. R. M. 93,2 81,6 -11,621 - M. N. O . 74,3 83,7 9,422 - Q. H. C. 79,6 81,4 1,823 - R. F. S. 85,5 78,5 -724 - R. F. S. 85,9 81,8 -4,125 - V. C. O. 74,1 74,8 0,7
119
Apêndice
TABELA A-22
Pacientes 1 . NB Inicial 1 . NB Final 1 . NB (F-I)1 - A. S. C. 39,8 40,5 0,72 - C. A. F. S. 23,9 28,6 4,73 - C. A. B. 28 31 34 - C. A. B. 30,5 34,1 3,65 - E. R. B. 24,7 26 1,36 - L. J. S. F. 35,4 37,1 1,77 - L. J. S. F. 33,9 33,6 -0,38 - M. B. S. 24,5 27,6 3,19 - M. B. S. 26,6 28,1 1,510 - M. M. 27,5 26,8 -0,711 - N. A. B. S. 27,6 27,3 -0,312- N. A. B. S. 22,5 30,2 7,713 - R. C. R. 23,9 25,7 1,814 - S. F. S. 26,3 35,2 8,915 - V. M. 14,8 15,8 116 - E. J. N. 25 31,6 6,617 - F. A. S. 11,7 13,1 1,418 - F. F. A. N. 20,4 17,2 -3,219 - J. L. R. M. 23,6 22,7 -0,920 - J. L. R. M. 26,5 24,3 -2,221 - M. N. O . 34,5 31,6 -2,922 - Q. H. C. 21 29,2 8,223 - R. F. S. 22,2 21,3 -0,924 - R. F. S. 17,5 16,8 -0,725 - V. C. O. 21 17,7 -3,3
120
Apêndice
TABELA A-23
Pacientes 1 - NB Inicial 1 - NB Final 1 - NB (F-I)1 - A. S. C. 7,9 7,2 -0,72 - C. A. F. S. 4,4 4,9 0,53 - C. A. B. 7,1 8,2 1,14 - C. A. B. 6,6 8,8 2,25 - E. R. B. 5 6,9 1,96 - L. J. S. F. 9,5 8,5 -17 - L. J. S. F. 9,6 9 -0,68 - M. B. S. 5,8 5,3 -0,59 - M. B. S. 6 6 010 - M. M. 5,6 6,5 0,911 - N. A. B. S. 4,5 4,1 -0,412- N. A. B. S. 3,3 3,8 0,513 - R. C. R. 2,5 2,6 0,114 - S. F. S. 7,1 8,1 115 - V. M. 2,5 2,4 -0,116 - E. J. N. 3,4 4,5 1,117 - F. A. S. -0,2 0,3 0,518 - F. F. A. N. 4,5 4,5 019 - J. L. R. M. 4,4 4,2 -0,220 - J. L. R. M. 5,9 4,7 -1,221 - M. N. O . 7,9 8,1 0,222 - Q. H. C. 3 5,7 2,723 - R. F. S. 3,3 2,3 -124 - R. F. S. 1,9 1,9 025 - V. C. O. 5,7 5,1 -0,6
121
Apêndice
TABELA A-24
Pacientes 1 - GoGn Inicial 1 - GoGn Final 1 - GoGn (F-I)1 - A. S. C. 35,1 35,6 0,52 - C. A. F. S. 37,9 36 -1,93 - C. A. B. 36,4 36,4 04 - C. A. B. 36,4 36,8 0,45 - E. R. B. 38,3 38,3 06 - L. J. S. F. 42,1 39,4 -2,77 - L. J. S. F. 42 40,7 -1,38 - M. B. S. 38,7 39,1 0,49 - M. B. S. 39,2 39,1 -0,110 - M. M. 38,8 38,9 0,111 - N. A. B. S. 34,8 32,5 -2,312- N. A. B. S. 35,6 33,2 -2,413 - R. C. R. 34,1 33 -1,114 - S. F. S. 37,4 36 -1,415 - V. M. 34,9 35,5 0,616 - E. J. N. 34,6 30,9 -3,717 - F. A. S. 35,6 35,6 018 - F. F. A. N. 46,4 46,7 0,319 - J. L. R. M. 35,1 34 -1,120 - J. L. R. M. 34,9 34 -0,921 - M. N. O . 37,6 37,5 -0,122 - Q. H. C. 37,1 38,9 1,823 - R. F. S. 34,2 34,4 0,224 - R. F. S. 34,2 34,6 0,425 - V. C. O. 41,4 40,8 -0,6
122
Apêndice
TABELA A-25
Pacientes Tresp H. Inicial Tresp H. Final Tresp H. (F-I)1 - A. S. C. 4,7 4,9 0,22 - C. A. F. S. 3,3 3,3 03 - C. A. B. 2,4 4,2 1,84 - C. A. B. 3,5 3,3 -0,25 - E. R. B. 3,6 6,3 2,76 - L. J. S. F. 3,1 4,7 1,67 - L. J. S. F. 3,8 5,2 1,48 - M. B. S. 3,8 4,3 0,59 - M. B. S. 3,4 3,2 -0,210 - M. M. 7,2 7,1 -0,111 - N. A. B. S. 4,1 3,8 -0,312- N. A. B. S. 4,5 3,3 -1,213 - R. C. R. 2,6 3,7 1,114 - S. F. S. 3,7 6,4 2,715 - V. M. 3,9 2,1 -1,816 - E. J. N. 4 1,8 -2,217 - F. A. S. 3,2 4,2 118 - F. F. A. N. 2 5,1 3,119 - J. L. R. M. 8,9 5,5 -3,420 - J. L. R. M. 6,8 5,1 -1,721 - M. N. O . 8,4 4,7 -3,722 - Q. H. C. 3,4 2,7 -0,723 - R. F. S. 1,8 3,4 1,624 - R. F. S. 3 3,8 0,825 - V. C. O. 1,7 1,8 0,1
123
Apêndice
TABELA A-26
Pacientes Tresp. V. Inicial Tresp. V. Final Tresp. V. (F-I)1 - A. S. C. 2,1 2,7 0,62 - C. A. F. S. 2,9 0,1 -2,83 - C. A. B. 2,6 0 -2,64 - C. A. B. 1,8 -0,5 -2,35 - E. R. B. 2 1,1 -0,96 - L. J. S. F. 3,5 1,4 -2,17 - L. J. S. F. 4 2,5 -1,58 - M. B. S. 3,1 2,7 -0,49 - M. B. S. 3,4 1,2 -2,210 - M. M. 3,7 2,1 -1,611 - N. A. B. S. 2,1 2,8 0,712- N. A. B. S. 4,4 2,3 -2,113 - R. C. R. 1,8 1,1 -0,714 - S. F. S. 2,8 2,1 -0,715 - V. M. 4,7 1 -3,716 - E. J. N. 4,6 0 -4,617 - F. A. S. 3,6 1,7 -1,918 - F. F. A. N. 1,3 2,5 1,219 - J. L. R. M. 8,2 2 -6,220 - J. L. R. M. 5,6 3,2 -2,421 - M. N. O . 4,5 2 -2,522 - Q. H. C. 3,7 3,5 -0,223 - R. F. S. 0,9 2,4 1,524 - R. F. S. 1,8 1,5 -0,325 - V. C. O. 0,7 0,4 -0,3
124
Apêndice
TABELA A-27
Pacientes Ls-Linha E Inicial Ls-Linha E Final Ls-Linha E (F-I)1 - A. S. C. -1,8 0,1 1,92 - C. A. F. S. -3,6 -3,9 -0,33 - C. A. B. -5,9 -2,3 3,64 - C. A. B. -5,1 -6,8 -1,75 - E. R. B. -8 -3,5 4,56 - L. J. S. F. 0,1 -1,6 -1,77 - L. J. S. F. 0,5 -0,9 -1,48 - M. B. S. -4,2 -3,1 1,19 - M. B. S. -3,2 -4,5 -1,310 - M. M. -3,2 -1,8 1,411 - N. A. B. S. -5,5 -4,9 0,612- N. A. B. S. -5,5 -5,4 0,113 - R. C. R. -5,3 -5,9 -0,614 - S. F. S. -0,5 0,2 0,715 - V. M. -5 -7,4 -2,416 - E. J. N. -6,2 -6,4 -0,217 - F. A. S. -7,9 -7,1 0,818 - F. F. A. N. -5,6 -6,2 -0,619 - J. L. R. M. -0,8 -2,7 -1,920 - J. L. R. M. 0,6 -3,3 -3,921 - M. N. O . 2,3 0,8 -1,522 - Q. H. C. -3 -3,9 -0,923 - R. F. S. -5,4 -2,9 2,524 - R. F. S. -7,4 -3,4 4
125
Apêndice
TABELA A-28
Pacientes Li-Linha E Inicial Li-Linha E Final Li-Linha E (F-I)1 - A. S. C. -0,3 2,1 2,42 - C. A. F. S. 1 1,8 0,83 - C. A. B. -1,3 1,9 3,24 - C. A. B. -1,3 1 2,35 - E. R. B. -2,9 -1,1 1,86 - L. J. S. F. 0,9 1,9 17 - L. J. S. F. 0,9 2,4 1,58 - M. B. S. -0,9 -0,8 0,19 - M. B. S. -0,4 -0,6 -0,210 - M. M. 0,3 1,4 1,111 - N. A. B. S. -4 -4 012- N. A. B. S. -4,8 -3,7 1,113 - R. C. R. -5,4 -4,8 0,614 - S. F. S. 3,1 4,4 1,315 - V. M. -3 -3,3 -0,316 - E. J. N. -3,9 -4,3 -0,417 - F. A. S. -3,8 -3,3 0,518 - F. F. A. N. 0,6 1,3 0,719 - J. L. R. M. 0,8 -2,7 -3,520 - J. L. R. M. 0,3 -4,4 -4,721 - M. N. O . 3,7 -0,3 -422 - Q. H. C. -2 -1,1 0,923 - R. F. S. -5 -2,7 2,324 - R. F. S. -5,4 -2,5 2,925 - V. C. O. -1,8 -3 -1,2
126
Apêndice
TABELA A-29
Pacientes Nasolabial Inicial Nasolabial Final Nasolabial (F-I)1 - A. S. C. 93 92,6 -0,42 - C. A. F. S. 97,9 92,4 -5,53 - C. A. B. 101,1 99,5 -1,64 - C. A. B. 100,8 111,3 10,55 - E. R. B. 104,1 90,1 -146 - L. J. S. F. 99,5 103 3,57 - L. J. S. F. 103,9 119,8 15,98 - M. B. S. 101,1 109,1 89 - M. B. S. 100,4 99,1 -1,310 - M. M. 104,3 102 -2,311 - N. A. B. S. 94,3 77,6 -16,712- N. A. B. S. 86,3 73,7 -12,613 - R. C. R. 97,5 94,4 -3,114 - S. F. S. 103,3 106,2 2,915 - V. M. 120,9 121,6 0,716 - E. J. N. 90,7 84,8 -5,917 - F. A. S. 98,9 91,2 -7,718 - F. F. A. N. 91,2 91,9 0,719 - J. L. R. M. 104,3 106,4 2,120 - J. L. R. M. 99,5 108,3 8,821 - M. N. O . 92,2 90,9 -1,322 - Q. H. C. 111,2 101,7 -9,523 - R. F. S. 104,5 95,5 -924 - R. F. S. 116,3 93,2 -23,125 - V. C. O. 126 126,5 0,5