DIRETRIZES PARA A AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DA … · Diretrizes para a Avaliação e Tratamento da...
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DIRETRIZES PARA A AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DA
HIPERTENSÃO ARTERIALNOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
EM PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA - 2018
Diretrizes para a Avaliação e Tratamento da Hipertenção Arterial nos Cuidados Primários de Saúde em Países de Língua Portuguesa.
Gláucia Maria Moraes de Oliveira,1 Miguel Filipe Bernardo da Silva Mendes,2 Marcus Vinícius Bolívar Malachias,3·4 João Carlos Araújo de Morais,5 Osni Moreira Filho,6 Armando Serra Coelho,7 Daniel Pires Capingana,8 Vanda Azevedo,9 Irenita Soares,9 Alda Menete,10·11 Beatriz Ferreira,10·11 Miryan Bandeira dos Prazeres Cassandra Soares,12 Mário Fernandes13 1) Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ - Brazil;2) Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E. - Hospital de Santa Cruz, Carnaxide - Portugal;3) Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais; 4) Fundação Educacional Lucas Machado (FCMMG/FELUMA), Belo Horizonte, MG - Brazil;5) Centro Hospitalar de Leiria - Hospital de Santo André, Leiria - Portugal; 6) Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, PR - Brazil;7) Clínica Santos Dumont, Lisboa - Portugal;8) Instituto Superior de Ciências de Saúde do Cuando Cubango de Angola - Angola;9) Colégio da Especialidade de Cardiologia da Ordem dos Médicos de Cabo Verde - Cabo Verde;10) Instituto do Coração de Moçambique - Moçambique;11) Colégio da Especialidade de Cardiologia da Ordem dos Médicos de Moçambique - Moçambique; 12) Hospital Dr. Ayres de Menezes, São Tomé - São Tomé e Príncipe;13) Hospital Américo Boavida, Luanda - Angola
A partir da publicação original: Oliveira et al. Guidelines for Hypertension Management in Primary Health Care in Portuguese Language Countries. Arq Bras Cardiol. 2017; 109(5): 389–396
Revisão: Armando Serra CoelhoEdição: SADCV - Sociedade Angolana de Doenças Cardiovasculares, 2018Paginação e Gra�smo: Kontra-k e Capacitar RH e EventosImpressão: 2.500 unid.Apoio: AstraZeneca
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ÍNDICE
IntroduçãoDiagnóstico e classi�caçãoTécnica recomendada de medição da pressão arterialAvaliação clínica e estrati�cação de riscoTratamentoHipertensão arterial na gravidezCausas de controle inadequado da pressão arterialHipertensão arterial secundáriaAdesão ao tratamento
QUADROS
Quadro 1 - Mortalidade proporcional e percentagem de variação nas taxas de mortalidade de 1990 a 2015Quadro 2 - Classi�cação da PA de acordo com a medição no consultórioQuadro 3 - Técnica recomendada para medição da pressão arterial de consultório pelo métodoQuadro 4 - Exames complementares recomendados (rotina e para populações especí�cas)Quadro 5 - Estrati�cação por fatores de risco, lesão em órgão-alvo e doença cardiovascular ou renalQuadro 6 - Recomendações para o tratamento não medicamentoso da hipertensão arterialQuadro 7 - Situações clínicas com indicação ou contra-indicação de fármacos especí�cosQuadro 8 - Causas possíveis para o controle inadequado da pressão arterialQuadro 9 - Etiologia, sinais e exames complementares para o diagnóstico de HTA secundária
FIGURAS
Figura 1 - Fluxograma para o diagnóstico de hipertensão arterialFigura 2 - Fluxograma para o tratamento de hipertensão arterial
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INTRODUÇÃO
A meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) de reduzir a mortalidade por doenças crónicas não transmissíveis (DCNT) em 2% ao ano, solicita um enorme esforço dos países.(1-4) Este grande desa�o dos pro�ssionais de saúde requer uma ação política global através do controle pelas medidas sociais, com intervenções populacionais custo-efetivas para reduzir as DCNT e seus fatores de risco. Aos pro�ssionais de saúde cabe exigir ao governo a implementação de medidas com baixo custo como a cessação do tabaco, o esclarecimento sobre a alimentação saudável, a necessidade de atividade física regular, o controle da hipertensão arterial (HTA), além da promoção de atividades de ensino e atualização em programas voltados para estas afeções. Estas medidas contribuiriam com cerca de 70% da meta de redução de 2%/ano das DCNT.(2,5) A hipertensão arterial (HTA), dislipidemia e obesidade são doenças multifatoriais de grande prevalência nas populações dos países de língua portuguesa (PLP).(5,6) A HTA representa o principal fator de risco (FR) para complicações como acidente vascular cerebral (AVC), enfarte agudo do miocárdio e doença renal crónica, com importância equivalente à dislipidemia e obesidade para as doenças ateroscleróticas.(5,6) Além do signi�cativo impacto epidemiológico, o tratamento não medicamentoso destes fatores de risco cardiovascular agrega signi�cativo valor económico para as despesas dos Ministérios da Saúde, Segurança Social e Economia, por se tratar de uma das principais causas envolvidas direta ou indiretamente (por suas complicações) no absentismo ao trabalho. Evidências demonstram que no âmbito dos cuidados de saúde primários as ações preventivas são mais promissoras.
O número de adultos com hipertensão arterial aumentou de 594 milhões em 1975 para 1,13 biliões em 2015, sendo 597 milhões de homens e 529 milhões de mulheres. Esse aumento possivelmente foi devido ao crescimento e envelhecimento das populações.(6) Na análise das tendências dos níveis de
pressão arterial (PA) de 19,1 milhões de adultos em diversos estudos populacionais nas últimas quatro décadas (1975-2015), foi observado um desvio dos níveis elevados de PA dos países de alto nível socioeconómico para os de baixo e médio nível socioeconómico do Sul da Ásia e da África Subsaariana. Por outro lado, os níveis permaneceram elevados na Europa Oriental e Central e na América Latina.(6) Observaram-se diversas tendências na análise da mortalidade proporcional e na percentagem de variação das taxas de mortalidade por doenças hipertensivas e pelas consequências dela decorrentes, doenças isquémicas do coração (DIC) e AVC, nos PLP, no período de 1990 a 2015 (Quadro1). As maiores taxas de mortalidade proporcional por doenças hipertensivas foram observadas no Brasil, em Moçambique e Angola. Portugal tinha o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2015 e a maior taxa de mortalidade por AVC.(7-9) O acesso reduzido, cerca de 50-65%, aos medicamentos essenciais nos países de baixo nível socioeconómico e de baixo-moderado nível socioeconómico, contribuíram possivelmente para estes resultados. Também deve ser referido que 40% destes países têm menos de 1 médico para 1000 habitantes, e pequeno número de leitos hospitalares para o cuidado dos eventos relacionados com a hipertensão não controlada.(7) Sendo assim, ações conjuntas que visem a implementação de medidas de prevenção primária poderão reduzir as consequências relacionadas com a doença hipertensiva, especialmente a DIC e o AVC
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A meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) de reduzir a mortalidade por doenças crónicas não transmissíveis (DCNT) em 2% ao ano, solicita um enorme esforço dos países.(1-4) Este grande desa�o dos pro�ssionais de saúde requer uma ação política global através do controle pelas medidas sociais, com intervenções populacionais custo-efetivas para reduzir as DCNT e seus fatores de risco. Aos pro�ssionais de saúde cabe exigir ao governo a implementação de medidas com baixo custo como a cessação do tabaco, o esclarecimento sobre a alimentação saudável, a necessidade de atividade física regular, o controle da hipertensão arterial (HTA), além da promoção de atividades de ensino e atualização em programas voltados para estas afeções. Estas medidas contribuiriam com cerca de 70% da meta de redução de 2%/ano das DCNT.(2,5) A hipertensão arterial (HTA), dislipidemia e obesidade são doenças multifatoriais de grande prevalência nas populações dos países de língua portuguesa (PLP).(5,6) A HTA representa o principal fator de risco (FR) para complicações como acidente vascular cerebral (AVC), enfarte agudo do miocárdio e doença renal crónica, com importância equivalente à dislipidemia e obesidade para as doenças ateroscleróticas.(5,6) Além do signi�cativo impacto epidemiológico, o tratamento não medicamentoso destes fatores de risco cardiovascular agrega signi�cativo valor económico para as despesas dos Ministérios da Saúde, Segurança Social e Economia, por se tratar de uma das principais causas envolvidas direta ou indiretamente (por suas complicações) no absentismo ao trabalho. Evidências demonstram que no âmbito dos cuidados de saúde primários as ações preventivas são mais promissoras.
O número de adultos com hipertensão arterial aumentou de 594 milhões em 1975 para 1,13 biliões em 2015, sendo 597 milhões de homens e 529 milhões de mulheres. Esse aumento possivelmente foi devido ao crescimento e envelhecimento das populações.(6) Na análise das tendências dos níveis de
pressão arterial (PA) de 19,1 milhões de adultos em diversos estudos populacionais nas últimas quatro décadas (1975-2015), foi observado um desvio dos níveis elevados de PA dos países de alto nível socioeconómico para os de baixo e médio nível socioeconómico do Sul da Ásia e da África Subsaariana. Por outro lado, os níveis permaneceram elevados na Europa Oriental e Central e na América Latina.(6) Observaram-se diversas tendências na análise da mortalidade proporcional e na percentagem de variação das taxas de mortalidade por doenças hipertensivas e pelas consequências dela decorrentes, doenças isquémicas do coração (DIC) e AVC, nos PLP, no período de 1990 a 2015 (Quadro1). As maiores taxas de mortalidade proporcional por doenças hipertensivas foram observadas no Brasil, em Moçambique e Angola. Portugal tinha o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2015 e a maior taxa de mortalidade por AVC.(7-9) O acesso reduzido, cerca de 50-65%, aos medicamentos essenciais nos países de baixo nível socioeconómico e de baixo-moderado nível socioeconómico, contribuíram possivelmente para estes resultados. Também deve ser referido que 40% destes países têm menos de 1 médico para 1000 habitantes, e pequeno número de leitos hospitalares para o cuidado dos eventos relacionados com a hipertensão não controlada.(7) Sendo assim, ações conjuntas que visem a implementação de medidas de prevenção primária poderão reduzir as consequências relacionadas com a doença hipertensiva, especialmente a DIC e o AVC
Quadro 1- Mortalidade proporcional e percentagem anual de variação nas taxas de mortalidade em ambos os sexos, todas as idades, de 1990 a 2015, por doença hipertensiva, isquémica do coração e acidente vascular cerebral com Índice de Desenvolvimento Humano e População em 2015 nos PLP.
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DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO
Quadro 2- Classi�cação da PA de acordo com a medição no consultorio*
O risco decorrente dos níveis elevados de pressão arterial é incremental com a idade e cada elevação de 2 mmHg está associada com aumento de 7% no risco de morte por DIC e 10% por AVC.(2) A avaliação da pressão arterial no consultório pode ser feita pelo método automático ou auscultatório, considerando-se elevada a PA sistólica (PAS) ≥140 mmHg e/ou diastólica (PAD) ≥90 mmHg, em pelo menos duas ocasiões. A classi�cação da PA de acordo com as medidas de consultório, em maiores de 18 anos, pode ser vista no Quadro 2. O uso da monitorização ambulatória da PA por 24 horas (MAPA) ou medidas residenciais da pressão arterial (MRPA), podem auxiliar no diagnóstico da hipertensão da bata branca e da hipertensão mascarada. A hipertensão da bata branca refere-se à diferença observada entre a PA aferida no consultório (elevada) e na MAPA ou MRPA (normal). Na hipertensão mascarada ocorre o inverso.
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Figura 1 - Fluxograma para o diagnóstico de hipertensão arterialPA - pressão arterial; PAS – pressão arterial sistólica; PAD – pressão arterial diastólica; MAPA - Monitorização ambulatória de pressão arterial; MRPA – Monitorização residencial de pressão arterial
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TÉCNICA RECOMENDADA DE MEDIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL PELO MÉTODO AUSCULTATÓRIO
Quadro 3 - Técnica recomendada para medição da pressão arterial de consultório pelo método auscultatório
Inicialmente devemos explicar o procedimento aos pacientes e seguir os passos do Quadro 3.(3,10,11) A medição da pressão arterial deve ser realizada por todos os pro�ssionais de saúde em cada avaliação clínica e pelo menos uma vez ao ano.
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AVALIAÇÃO CLÍNICA E ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
Quadro 4 - Os exames complementares recomendados (de rotina e para populações especí�cas)
A avaliação complementar tem como objetivo detectar lesões em órgãos-alvo (LOA), auxiliar na estrati�cação de risco cardiovascular, e identi�car indícios de HTA secundária. Devem ser investigadas as LOA tais como: • Hipertro�a ventricular esquerda - no eletrocardiograma pelo índice de Sokolow-Lyon - S em V1 + R em V5 ou V6 (o que for maior) > 35 mm, R em aVL > 1.1 mV ou pelo critério de Cornell - S em V3 + R em aVL > 28 mm (homens), S em V3 + R em aVL > 20 mm (mulheres). No ecocardiograma pelo índice de massa ventricular esquerda - homens ≥116 g/m2 e mulheres ≥96 g/m2)
• Doença aterosclerótica em outros territórios e doença renal crónica a partir do estadio 3 com Taxa de Filtração Glomerular Estimada (TFGe) <60 mL/min/1,73m2) Os exames complementares recomendados (de rotina e para populações especí�cas) podem ser vistos no Quadro 4.
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13
Quadro 5 - Estrati�cação por fatores de risco, lesão em órgão-alvo e doença cardiovascular, doença renal ou diabetes
A estrati�cação de risco deve considerer os fatores de risco clássicos e relacioná-los com os níveis de pressão arterial, como se mostra no Quadro 5.
São considerados os seguintes fatores de risco: • Género masculino e idade (homens > 55anos e mulheres > 65anos) • Tabagismo, dislipidemia (trigliceridos > 150 mg/dl; LDL-C > 100 mg/dl; HDL-C < 40 mg/dl), obesidade (índice de massa corporal ≥ 30 kg/m2), obesidade abdominal (circunferência da cintura > 102 cm nos homens e > 88 cm nas mulheres), diabetes mellitus, teste de tolerância à glicose anormal ou glicemia de jejum 102–125 mg/dL e história familiar prematura de DCV (homens < 55 anos e mulheres < 65 anos).
14
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TRATAMENTO
Quadro 6 - Recomendações para o tratamento não medicamentoso da hipertensão arterial
A redução da PA acompanha-se de signi�cativa redução do risco cardiovascular com maior magnitude nas pessoas de alto risco CV, observando-se também diminuição de risco residual relativo nas restantes.(2,11) A terapia não farmacológica com mudança de estilo de vida (MEV) deve ser implementada inicialmente para todos os graus de hipertensão e também para os portadores de PA entre 135-139/85-89mmHg (Quadro 6). Nos hipertensos de grau 1 com risco CV moderado ou baixo pode-se iniciar com MEV e aguardar 3 a 6 meses antes da terapia medicamentosa. Nos restantes graus recomenda-se iniciar a medicação hipertensiva tão logo tenha sido feito o diagnóstico.
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Recomenda-se meta pressórica inferior a 130/80 mmHg para pacientes de alto risco CV, incluindo os diabéticos. Os hipertensos com PA de grau 3 deverão ter como meta pressórica a PA < 140/90 mmHg. Para pacientes com doença coronária, a PA não deve ser inferior a 120/70 mmHg pelo risco de hipoperfusão coronária, lesão miocárdica e eventos cardiovasculares. Para hipertensos idosos ≥ 80 anos, recomenda-se PA < 145/85 mmHg.
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Se os inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA) não forem tolerados deve-se substituí-los por bloqueadores de receptores da angiotensina (BRA) de baixo custo. betabloqueadores devem ser considerados para os indivíduos jovens com intolerância aos IECA ou BRA, mulheres em amamentação, indivíduos com tónus adrenérgico aumentado e em portadores de doença isquémica do coração ou insu�ciência cardíaca (IC). Em caso de intolerância aos bloqueadores dos canais de cálcio (BCC) devido a edema, ou presença ou suspeita de IC, os diuréticos podem ser utilizados: tiazídicos (clortalidona: 12,5mg - 25mg, 1 vez ao dia), indapamida (1,5 - 2,5mg, 1 vez ao dia). Nos portadores de fenótipo pele escura os BRA são preferíveis aos IECA nas combinações de medicamentos.(2,11-14)
Cerca de 2/3 dos pacientes irão necessitar de combinações de pelo menos dois fármacos para controle da PA. A vantagem da associação é o sinergismo dos diferentes mecanismos de ação com diminuição das doses e consequente redução dos efeitos adversos, além de maior adesão terapêutica.
Não há preferência por classe terapêutica para o tratamento do hipertenso com antecedentes de AVC, mas a PA deve ser menor que 130/80 mmHg .
O Quadro 7 descreve situações clínicas onde existe indicação ou contra-indicação de fármacos especí�cos. No caso de doença renal crónica os IECA/BRA se associam com redução de albuminúria, empregando-se também os diuréticos tiazídicos para os estadios 1 a 3, e os de ansa para os estadios 4 e 5.(2,11-14)
Quadro 7 - Situações clínicas com indicação ou contra-indicação de fármacos especí�cos
21
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HIPERTENSÃO ARTERIAL NA GRAVIDEZ
Mulheres grávidas com hipertensão crónica não complicada devem ter os níveis de pressão arterial inferiores a 150/100mmHg, tomando-se cuidado para que a PAD não seja < 80mmHg.(12,11-14) O uso de IECA e BRA é contraindicado na gestação, e o atenolol e a prazosina devem ser evitados. A metildopa, os betabloqueadores (exceto atenolol), a hidralazina e os bloqueadores dos canais de cálcio (nifedipina, amlodipina e verapamil) podem ser usados com segurança.(2,11-14) Na hipertensão crónica gestacional com LOA a PA deve ser mantida em níveis inferiores a 140/90 mmHg e a gestante deve ser encaminhada a um especialista com intuito de preparar a assistência durante o parto e evitar teratogenicidade. Não se deve antecipar o parto se PA < 160/110mmHg (com ou sem o uso de fármacos antihipertensivos) até à 37a semana. A monitorização do crescimento fetal e da quantidade de líquido amniótico deve ser feita com ecogra�a, entre a 28a e 30a semana e entre a 32a e 34a semana, e com Doppler da artéria umbilical. A PA deve ser monitorizada continuamente durante o parto.(1,2,12-14) Durante o período puerperal a PA deve ser mantida em níveis inferiores a 140/90mmHg, preferencialmente com as seguintes medicações, que são seguras durante a amamentação: hidroclorotiazida, espironolactona, alfametildopa, propranolol, hidralazina, minoxidil, verapamil, nifedipina, nimodipina e nitrendipina, benazepril, captopril e enalapril.(1,2,12-15)A pré-eclampsia (PE) é de�nida pela presença de HTA após a 20ª semana associada a proteinúria signi�cativa, ou presença de cefaleia, visão turva, dor abdominal, trombocitopenia (plaquetas < 100.000/mm³), elevação de enzimas hepáticas (duas vezes o valor basal), comprometimento renal (acima de 1,1 mg/dl de creatinina ou duas vezes o valor basal), edema pulmonar, distúrbios visuais ou cerebrais e escotomas. A eclâmpsia ocorre quando as convulsões do tipo grande mal se associam a PE. O uso de sulfato de magnésio é recomendado para a prevenção e tratamento da eclâmpsia, na dose de ataque de 4 a 6 g IV por 10 a 20 minutos, seguido por infusão de 1-3 g/h, em geral por 24h após a convulsão. Em caso de recorrência de convulsão, 2 a 4g IV podem ser administrados. O uso de corticosteróides, antihipertensivos por via endovenosa (hidralazina, labetalol) e expansão volémica também são recomendados. As pacientes devem ser internadas em unidades de cuidados intensivos.(1,2,11-15)
23
CAUSAS DE CONTROLE INADEQUADO DA PRESSÃO ARTERIAL
Quadro 8 - Causas possíveis para o controle inadequado da pressão arterial
O Quadro 8 lista as razões a serem veri�cadas quando não se obtém o controle adequado da pressão arterial, sendo importante afastar previamente a pseudo-resistência (síndrome da bata branca).
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SECUNDÁRIAL
A prevalência de HTA secundária na população de hipertensos, de modo geral, ronda os 3-5%. A causa mais comum de HTA secundária é a doença do parênquima renal, que é responsável por 2-5% dos casos de HTA. As causas adrenais de hipertensão e o feocromocitoma ocorrem em menos de 1% de todos os casos de HTA. Por outro lado 80% dos pacientes portadores de Síndrome de Cushing têm HTA. É fundamental que os médicos tenham um alto grau de suspeita clínica em hipertensos de difícil controle. O Quadro 9 lista os achados clínicos das principais etiologias de HTA secundária, associando-as com exames complementares que devem ser usados para a realização do diagnóstico.
26
ADESÃO AO TRATAMENTO
Quadro 9 - Etiologia, sinais e exames complementares para o diagnóstico de HTA secundária
Como em todas as DCNT, a adesão ao tratamento da HTA para toda a vida é baixa e acredita-se que no primeiro ano cerca de 40% dos pacientes abandonem o tratamento regular, deixando de bene�ciar da redução das LOA e da diminuição dos eventos cardiovasculares, como a ocorrência de enfarte do miocárdio e acidente vascular cerebral. Os fatores que se associam a não adesão ao tratamento são: ocorrência de efeitos adversos, número de tomas diárias e tolerabilidade dos fármacos. Parece que as combinações �xas de fármacos aumentam a adesão por possibilitar melhor adequação individual reduzindo a possibilidade as irregularidades da toma das diversas doses diárias. O envolvimento do paciente e seus familiares e a abordagem por equipa multidisciplinar também aumentam a adesão. Sugere-se o emprego de aplicativos interativos que aumentem a participação dos pacientes no controle da PA, encorajando-os na persistência e na tomada de medicações regularmente.(16)
Como em todas as DCNT, a adesão ao tratamento da HTA para toda a vida é baixa e acredita-se que no primeiro ano cerca de 40% dos pacientes abandonem o tratamento regular, deixando de bene�ciar da redução das LOA e da diminuição dos eventos cardiovasculares, como a ocorrência de enfarte do miocárdio e acidente vascular cerebral. Os fatores que se associam a não adesão ao tratamento são: ocorrência de efeitos adversos, número de tomas diárias e tolerabilidade dos fármacos. Parece que as combinações �xas de fármacos aumentam a adesão por possibilitar melhor adequação individual reduzindo a possibilidade as irregularidades da toma das diversas doses diárias. O envolvimento do paciente e seus familiares e a abordagem por equipa multidisciplinar também aumentam a adesão. Sugere-se o emprego de aplicativos interativos que aumentem a participação dos pacientes no controle da PA, encorajando-os na persistência e na tomada de medicações regularmente.(16)
Como em todas as DCNT, a adesão ao tratamento da HTA para toda a vida é baixa e acredita-se que no primeiro ano cerca de 40% dos pacientes abandonem o tratamento regular, deixando de bene�ciar da redução das LOA e da diminuição dos eventos cardiovasculares, como a ocorrência de enfarte do miocárdio e acidente vascular cerebral. Os fatores que se associam a não adesão ao tratamento são: ocorrência de efeitos adversos, número de tomas diárias e tolerabilidade dos fármacos. Parece que as combinações �xas de fármacos aumentam a adesão por possibilitar melhor adequação individual reduzindo a possibilidade as irregularidades da toma das diversas doses diárias. O envolvimento do paciente e seus familiares e a abordagem por equipa multidisciplinar também aumentam a adesão. Sugere-se o emprego de aplicativos interativos que aumentem a participação dos pacientes no controle da PA, encorajando-os na persistência e na tomada de medicações regularmente.(16)
Como em todas as DCNT, a adesão ao tratamento da HTA para toda a vida é baixa e acredita-se que no primeiro ano cerca de 40% dos pacientes abandonem o tratamento regular, deixando de bene�ciar da redução das LOA e da diminuição dos eventos cardiovasculares, como a ocorrência de enfarte do miocárdio e acidente vascular cerebral. Os fatores que se associam a não adesão ao tratamento são: ocorrência de efeitos adversos, número de tomas diárias e tolerabilidade dos fármacos. Parece que as combinações �xas de fármacos aumentam a adesão por possibilitar melhor adequação individual reduzindo a possibilidade as irregularidades da toma das diversas doses diárias. O envolvimento do paciente e seus familiares e a abordagem por equipa multidisciplinar também aumentam a adesão. Sugere-se o emprego de aplicativos interativos que aumentem a participação dos pacientes no controle da PA, encorajando-os na persistência e na tomada de medicações regularmente.(16)
Como em todas as DCNT, a adesão ao tratamento da HTA para toda a vida é baixa e acredita-se que no primeiro ano cerca de 40% dos pacientes abandonem o tratamento regular, deixando de bene�ciar da redução das LOA e da diminuição dos eventos cardiovasculares, como a ocorrência de enfarte do miocárdio e acidente vascular cerebral. Os fatores que se associam a não adesão ao tratamento são: ocorrência de efeitos adversos, número de tomas diárias e tolerabilidade dos fármacos. Parece que as combinações �xas de fármacos aumentam a adesão por possibilitar melhor adequação individual reduzindo a possibilidade as irregularidades da toma das diversas doses diárias. O envolvimento do paciente e seus familiares e a abordagem por equipa multidisciplinar também aumentam a adesão. Sugere-se o emprego de aplicativos interativos que aumentem a participação dos pacientes no controle da PA, encorajando-os na persistência e na tomada de medicações regularmente.(16)
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Sociedade Angolana de Doenças Cardiovasculares
Sociedade Angolana de Doenças Cardiovasculares (SADCV), é uma pessoa colectiva de direito privado sem �ns lucrativos, constituída por tempo indeterminado, fundada em 2012, dotada de personalidade jurídica própria e com sede em Luanda.
A SADCV tem como �nalidade promover o desenvolvimento das ciências médicas relacionadas com as Doenças Cardiovasculares (DCs) ao serviço da população angolana, através de:
a) Estímulo ao estudo e investigação de problemas cientí�cos relacionados com as doenças cardiovasculares; b) Estudo dos aspectos sociais das doenças cardiovasculares e da prevenção, assistência e apoio aos doentes; c) Promoção do estreitamento de relações cientí�cas e da cooperação entre médicos angolanos que se dedicam particularmente a esta especialidade da Medicina; d) Patrocínio da presença de médicos angolanos em reuniões internacionais na área das doenças cardiovasculares; e) Cooperação com as associações angolanas e estrangeiras criadas com idênticos objectivos;
f ) Criação de sectores dentro da Sociedade para estudo e divulgação de temas cientí�cos; g) Edição e publicação de uma revista de divulgação de documentos cientí�cos entre os seus membros; h) Representação de Angola junto da PASCAR (Pan African Society of Cardiovascular Disease) e desta no nosso país. i) Representação de Angola junto da FSCLP ( Federação das Sociedades de Cardiologia dos Países de Língua Portuguesa).
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Direcção SADCV - Ano 2018
Sociedade Angolana de Doenças Cardiovasculares (SADCV), é uma associação sem �ns lucrativos, constituída por tempo indeterminado, fundada em 2012, dotada de personalidade jurídica própria e com sede em Luanda que congrega todos os médicos Cardiologistas e de outras especialidades relacionadas ao atendimento das Doenças Cardiovasculares.
Tem por �nalidade promover o desenvolvimento das ciências médicas relacionadas com a prevenção e o tratamento das Doenças Cardiovasculares (DCs), ao serviço da população angolana.
• Presidente: Mario Fernandes• Vice-presidente: Silvia Lutucuta• Secretario-geral: Eustaquio Gomes• Tesoureiro: Filomena Cruz• Secretario Adjunto: Dario Olaio• Secretario Adjunto: Sebastiana Gamboa
Vogais de Direccão
• Armando Serra Coelho• Carlos Saturnino• Ondina Fortunato• Fernanda Tchivinda• Azevedo Ekumba
Conselho Fiscal
• Presidente: Humberto Morais• Vogal: João Sardinha
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PATROCINIO