Diagnóstico psicológico Tipos, fundamentos, passos, instrumentos.

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Diagnóstico psicológico

Tipos, fundamentos, passos, instrumentos

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O que é o psicodiagnóstico?

• Segundo o conceito de (cunha 2006), é UMA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA FEITA COM PROPÓSITOS CLÍNICOS .

• “Um processo que visa identificar forças e fraquezas no funcionamento psicológico, com um foco na existência ou não de psicopatologia.”

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Diferenças fundamentais entre o psicodiagnóstico e a avaliação psicológica

• A avaliação psicológica é um conceito mais amplo

• O psicodiagnóstico é um processo que reúne alguns tipos específicos de avaliação, com finalidade clínica, e portanto, não abrange todos os modelos de Avaliação Psicológica;

• Não tem como objetivo precípuo a classificação psiquiátrica, e sim a avaliação do funcionamento psíquico e das diferenças individuais;

• Considera como parâmetros os limites da variabilidade normal ( Yager & Gitlin, 1999)

• Derivou-se da psicologia clínica introduzida por Witmer em 1896 e criada sob a tradição da psicologia acadêmica e da psicologia clínica;

• Foi marcado pelos trabalhos de Galton que introduziu o estudo das diferenças individuais, e por Cattel, a quem se devem as primeirras provas, designadas como testes mentais e de Binet, que propôs a utilização do exame psicológico por meio de medidas intelectuais, como coadjuvante da avaliação psicológica;

• atribuiu-se aos autores acima citados a paternidade do diagnóstico.

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Fundamentos teóricos do psicodiagnóstico

• Tradição psicométrica:( importante para garantir a cientificidade dos

instrumentos)• Escalas de Binet• Testes americanos Alfa e Beta• utilização dos testes para obter dados. • O produto final é uma série de traços e descrições de

capacidades(Não relacionadas com o contexto ou as singularidades

e questões sociais enfrentadas.

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Pesquisa e produção clínica na biologia e na medicina no final do século passado

• Descobertas de possíveis causas das doenas mentais no organismo, e principalmente no sistema nervoso central

• Pacientes psiquiátricos ao invés de lunáticos são vistos como nervosos ou neuróticos

• Divisão dicotômica dos transtornos psiquiátricos em orgânicos e funcionais

• Classificação nosológica dos transtornos mentais e estudos diferenciais entre esquizofrenia e psicose maníaco depressiva elaborados por Kraepelin

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Importância dos estudos de Freud e Kraepeling no psicodiagnóstico

clínico• Neste cenário , foi importante caracterizar bem

a diferença entre estados neuróticos e psicóticos dentre os transtornos classificados como funcionais. Esta distinção combinava cinco aspectos da psicologia simultaneamente:

• Sintomas descritivos, • causação presumida,• psicodinâmica, • Justificativa para hospitalização, • recomendações para o tratamento

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Percurso histórico das contribuições clínicas para o psicodiagnóstico:

• Conteúdo dinâmico de Freud no final do século;

• Testes de associação de palavras de JUNG em 1906;

• Técnicas projetivas propostas por Rorcharch em 1921 ( passou a ser utilizado com passo essencial e as vezes único no psicodiagnóstico)

• Multiplicação das técnicas projetivas como o teste da figura humana, o Szondi, o MPAS, entre outros;

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O entusiasmo no advento das técnicas projetivas e o seu declínio

• Deveu-se a dois fatores:• os testes psicométricos e militares anteriores já não pareciam tão

úteis;• na avaliação dos problemas da vida( neurose, psicose , etc)• Valorização atribuída pela comunidade psiquiátrica ao

entendimento dinâmico;• Seu declínio começou a se dar após por problemas

metodológicos que começaram a se apresentar, • Pelo incremento das pesquisas com instrumentos alternativos

como o MMPI e outros inventários de personalidade, • Por sua associação com uma perspectiva teórica, notavelmente

psicanalítica,• Pela ênfase na interpretação intuitiva, apesar do esforço para a

construção de sistemas escore

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A utilização de técnicas no psicodiagnóstico na atualidade

• Apesar do declínio, as técnicas projetivas são utilizadas, embora com objeções por parte dos psicólogos;

• Atualmente há indiscutível ênfase no uso de instrumentos mais objetivos;

• Entrevistas diagnósticas mais estruturadas;

• Novas estratégias são oferecidas por avaliações de personalidade,computadorizadas;

• Reconhecimento aumentado da qualidade do psicodiagnóstico, em decorrência do refinamento dos instrumentos;

• Estratégias de marketing utilizadas para aumentar a utilização dos serviços de avaliação pelos receptores de laudos;

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Serviços profissionais que solicitam o diagnóstico

• Clínicas, hospitais e outras instituições de saúde;• Médicos, principalmente psiquiatras• Escolas e instituições de educação;• Instituições e serviços jurídicos;• Demanda espontânea de pessoas,

• É Importante reconhecer uma falha comum pela aceitação tácita do encaminhamento dado, sem que haja questionamento pelo psicólogo que o irá realizar, pois na maioria das vezes as pessoas não sabem explicitar claramente as informações de que necessitam ao encaminhar o paciente psicodiagnóstico.

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Caracterização

• É um processo científico delimitado no tempo , que utiliza técnicas e testes psicológicos ( imput) em nível individual ou coletivo, para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar, aspectos específicos para classificar , prever o curso possível, comunicar resultados e propor soluções e intervenções , se for o caso.

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Objetivos do psicodiagnóstico

• Classificação simples• Descrição• Classificação nosológica• Diagnóstico diferencial• Avaliação compreensiva;• Entendimento dinâmico;• Prevenção• Prognóstico;• Perícia forense

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Detalhamento dos objetivos

• 1) de classificação simples, compara o sujeito à médias levantadas a partir de outros sujeitos da população;

• 2) de descrição, que tem um valor mais interpretativo acerca dos escores levantados em testes, buscando identificar as forças e fraquezas e o desempenho do sujeito;

• 3) de classificação nosológica, que tem fins diagnósticos, visando a tietagem de hipóteses,

• 4) de diagnóstico diferencial, voltada para identificar variações nos quadros sintomáticos e níveis de funcionamento patológico;

• 5) de avaliação compreensiva, responsável por determinar o funcionamento da personalidade, funções do ego, insight e sistemas de defesa, voltados para intervenção terapêutica;

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Detalhamento dos objetivos

• 6) de entendimento dinâmico, que associaria as dimensões investigadas na avaliação compreensiva a uma perspectiva teórica, buscando inferir possíveis dificuldades futuras e focos terapêuticos para além do material levantado nas entrevistas;

• 7) de prevenção, voltada para a identificação de problema precocemente, buscando detectar fraquezas e forças do ego, e respostas a situações novas; de prognóstico, tentando determinar o curso provável do caso clínico e,

• 9) de perícia forense, voltado para identificar insanidades, incapacidades e patologias que possam estar associadas a infrações da lei e afetem o exercício da cidadania.

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A competência para a realização do psicodiagnóstico

• Pelo psicólogo; psiquiatra ou neurologista;• Pelo psicólogo clínico exclusivamente,

incluindo técnicas e testes de uso privativo deste psicólogo;

• Por equipe multiprofissional ( psicólogo, psiquiatra, neurologista, orientador educacional, asssistente social ou outro, com utilização específica de cada profissional ao conteúdo que é de sua área de competência.

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Passos do psicodiagnóstico

• Levantamento de perguntas relacionadas com os motivos da consulta e definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame

• Planejamento seleção e utilização dos instrumentos de exame psicológico;

• Levantamento quantitativo e qualitativo dos dados;• Integração de dados e informações e formulação de

inferências pela integração dos dados, tendo como pontos de referência as hipóteses iniciais e os objetivos do exame,

• Comunicação dos resultados, orientação do caso e necerramento do processo

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Operacionalização do diagnóstico

• Determinar os motivos• Levantar os dados psicológicos• Coletar dados da história clínica e da histórica de vida• Realizar exame do estado mental do paciente• Levantar hipóteses iniciais• Estabelecer um plano de avaliação• Estabelecer contrato de trabalho• Administrar testes e outros instrumentos• Levantar dados qualitativos e quantitativos,• Selecionar organizar e integrar os dados obtidos• Comunicar resultados• Encerrar o processo