Diagnóstico Municipal de Jequié/BA · 1.13. Patrimônio Arquitetônico 1.14. Opções de Lazer no...

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Diagnóstico Municipal de Jequié/BA 1.1. O Município de Jequié e sua Região 1.2. O Sítio da Cidade de Jequié 1.3. Antecedentes Históricos 1.4. Recursos Naturais e Meio Ambiente 1.5. Aspectos Demográficos 1.6. Aspectos Econômicos 1.7. Mão de obra 1.8. Produto Interno Bruto Municipal 1.9. Transportes 1.10. Panorama da Educação 1.11. Panorama da Saúde 1.12. Panorama Cultural do Município 1.13. Patrimônio Arquitetônico 1.14. Opções de Lazer no Município 1.15. Panorama da Segurança Pública 1.16. Imprensa e Telecomunicações 1.17. Síntese das Potencialidades Locais

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Diagnóstico Municipal

de Jequié/BA

1.1. O Município de Jequié e sua Região

1.2. O Sítio da Cidade de Jequié

1.3. Antecedentes Históricos

1.4. Recursos Naturais e Meio Ambiente

1.5. Aspectos Demográficos

1.6. Aspectos Econômicos

1.7. Mão de obra

1.8. Produto Interno Bruto Municipal

1.9. Transportes

1.10. Panorama da Educação

1.11. Panorama da Saúde

1.12. Panorama Cultural do Município

1.13. Patrimônio Arquitetônico

1.14. Opções de Lazer no Município

1.15. Panorama da Segurança Pública

1.16. Imprensa e Telecomunicações

1.17. Síntese das Potencialidades Locais

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ALAN AZEVEDO PEREIRA DOS SANTOS

DIAGNÓSTICO MUNICIPAL DE JEQUIÉ

JEQUIÉ - BAHIA 2013

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II

Esta publicação tem por objetivo fornecer um panorama socioeconômico do município

baiano de Jequié. Trata-se de uma material de referência que traz no seu bojo diferentes

dimensões de análise e o cruzamento de informações quantitativas e qualitativas

importantes para o apoio de planejamento, tanto do poder público como da iniciativa

privada.

A forma concisa em que apresenta temas tão abrangentes e diversificados da realidade

municipal, torna esse diagnóstico um excelente indicador do quanto o município está pronto

para o crescimento econômico, para empreender inovações, ou atender com qualidade à

demanda atual.

APRESENTAÇÃO

Alan Azevedo Pereira dos Santos

Diretor do IPGEO Coordenador da Pesquisa

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Instituto de Pesquisas Geográficas & Gasparetto Pesquisas e Estatísticas 1

CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

1.1 O município de Jequié e sua região

Jequié ocupa uma área territorial de 3.313,45 km² e possui atualmente uma população de

151.895 (cento e cinquenta e um mil, oitocentos e noventa e cinco) habitantes, com uma taxa

de urbanização superior a 91%, segundo dados do IBGE (Censo 2010). É a segunda maior

população entre os municípios da Mesorregião Centro-Sul baiano, atrás apenas de Vitória da

Conquista, ocupando o correspondente a 1,08% da população do Estado da Bahia. Seus limites

geográficos são: ao Norte: Maracás, Lafaiete Coutinho, Itiruçu e Jaguaquara; a Oeste: Manoel

Vitorino; ao Sul: Boa Nova, Itagi e Aiquara; a Leste: Jitaúna, Ipiaú e Apuarema.

01 – Aiquara

02 – Amargosa

03 – Apuarema

04 – Brejões

05 – Cravolândia

06 – Irajuba

07 – Iramaia

08 – Itagi

09 – Itaquara

10 – Itiruçu

11 – Jaguaquara

12 – Jequié

13 – Jiquiriçá

14 – Jitaúna

15 – Lafaiete Coutinho

16 – Lajedo do Tabocal

17 – Laje

18 – Maracás

19 – Marcionílio de Souza

20 – Milagres

21 – Mutuípe

22 – Nova Itarana

23 – Planaltino

24 – Santa Inês

25 – São Miguel das Matas

26 – Ubaíra

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A sede do município situa-se à altura aproximada de 13º de latitude sul e 40º de

longitude oeste, ocupando um sítio a 216 metros de altitude, fincado sobre um conjunto de

planícies e terraços do rio de Contas, entre os 200 e os 400 m. As principais rodovias de acesso

à cidade são as BR-116 (Rio-Bahia) e BR-330. A microrregião na qual o município está inserido

recebe o seu nome, Microrregião Jequié, composta por 26 municípios, ocupando uma área de,

aproximadamente, 17.396,126 km². Nessa microrregião, há predomínio de municípios com até

20.000 habitantes e Jequié1 desempenha o papel de pólo regional, tendo sabido juntar às

excelências de sua posição geográfica uma razoável capacidade de organização do espaço.

Tabela 1 – Microrregião Jequié: número de municípios por tamanho populacional

CLASSE DE TAMANHO MUNICÍPIOS POPULAÇÃO TOTAL

Hab./Município Nº % Nº %

Menos de 10.000 9 34,61 60.245 11,88

De 10.001 a 20.000 11 42,31 141.582 27,88

De 20.001 a 40.000 4 15,38 102.614 20,23

De 40.001 a 100.000 1 3,85 51.011 10,05

De 100.001 a 200.000 1 3,85 151.895 29,94

TOTAL 26 100,00 507.347 100,00

Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2010

Apenas o município de Jequié tem mais de 100 mil habitantes dentre os municípios da

sua microrregião de inserção. Do total, 20 municípios (76,9%) têm até 20 mil habitantes, 4

(15,3%) têm entre 20.001 e 40.000 habitantes e somente um deles situa-se na faixa entre

40.001 e 100.000 habitantes: Jaguaquara (51.011). A história revela tratar-se de uma região

cuja dinâmica econômica, política e social desde o princípio esteve fortemente atrelada às

atividades pecuárias (bovinocultura e caprinocultura) e de agricultura (cacau, café, maracujá,

melancia, entre outros). Nas palavras do geógrafo Milton Santos (1957), “a região de Jequié

abrange paisagens naturais e humanas diferentes, até opostas: a zona semiárida, onde se cria

gado e sofre de seca e a zona úmida, onde se planta cacau e chove na maior parte do ano”.

A área de influência de Jequié sofre a competição de Vitória da Conquista, ao sul; de

Feira de Santana e Salvador, ao norte; de Itabuna/llhéus, a leste; e de Santo Antônio de Jesus,

cuja influência alcança alguns municípios do Vale do Jiquiriçá.

1 O nome “Jequié” é de origem indígena (tapuia), palavra que significa cachorro ou onça, animais vistos, no passado, na região.

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Distrito Industrial

1.2 O sítio da cidade de Jequié

Figura 1 – Vista parcial de Jequié, tomada do alto do Hotel Bizzon (Praça Rui Barbosa)

Fonte: Pesquisa de Campo, 2013

Figura 2 – Perímetro urbano de Jequié

Fonte: Plano Diretor Urbano de Jequié Adaptação: Alan Azevedo (2013)

Centro

Prefeitura

Área de expansão

Área de expansão UESB IFBA

Aeroporto

Área de expansão

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O território de Jequié está situado entre a faixa litorânea úmida (mata) e o sertão

semiárido (caatinga), numa privilegiada zona de transição. A cidade-sede fica na Boca da Mata,

já na região semiárida da caatinga, clima quente e seco, marcada por poucas e irregulares

chuvas e sob sol causticante a justificar ser chamada de “Cidade Sol”.

Visto no conjunto, o traçado da cidade de Jequié parece geométrico, mas sem simetria.

Percebem-se traçados determinados por conjunções históricas, ao lado de outros resultantes de

adaptações ao sítio. As casas, respeitando em sua disposição as ondulações do relevo, cobrem-

nas já agora por uma vasta superfície, espalhando-se pelas suaves encostas e vertentes das

colinas terraceadas regionais. Até a primeira década do século XX, a cidade se edificava,

seguindo linearmente o curso do rio, no entanto, as seguidas enchentes trataram de mostrar

aos moradores um outro caminho.

A parte mais velha, em torno do local em que se deu o início do povoamento, próximo à

confluência dos rios das Contas e Jequiezinho, apresenta ruas estreitas e tortuosas, não

obstante reformas urbanísticas recentes. De um modo geral, no entanto, os primeiros

construtores da Jequié surgida na região mais elevada, em consequência da enchente de 1914

(Rua da Itália, Praça Ruy Barbosa, Av. Rio Branco e circunvizinhanças), pareciam visualizar a

cidade futura: amplas avenidas, ruas arejadas, largos e praças. Os bairros residenciais próximos

ao centro são ligados através de ruas que se intercruzam ou estendem-se na direção das

estradas que acompanhavam os rios e faziam ligação da cidade à região. Ruas propícias à

circulação, jamais acanhadas, projetadas pelo arquiteto francês André Saffrey por volta de

1920/30.

Figura 3 – Marcas da arquitetura do francês André Saffrey impressas na paisagem de Jequié

Fonte: http://arymoura.wordpress.com

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Em vista de seu clima quente, Jequié vem privilegiando a ocupação dos morros próximos

com residências de médio e alto luxo, não apenas pelo descortínio da paisagem, mas,

principalmente, graças ao arejamento que esses locais propiciam. Isso explica o fato de o bairro

São Judas Tadeu2 (setor leste) ser um dos que mais movimentam o setor imobiliário do

município. Nele, diversos empreendimentos estão se instalando, a exemplo do Centro de

Atividades do Serviço Social do Comércio - SESC, Residencial Bela Vista, Faculdade Integrada

Euclides Fernandes - FIEF, futura Santa Casa e Faculdade de Odontologia, dentre outros. Outra

característica positiva do bairro é a sua relativa proximidade com o anel viário do município.

Figura 4 – Banner de divulgação do empreendimento imobiliário Residencial Bela Vista

Fonte: http://www.vooxy.com.br/belavista/apresentacao.html

Até bem pouco tempo, as áreas baixas do rio Jequiezinho eram evitadas pela

possibilidade de enchentes periódicas. Nos dias atuais, graças aos investimentos em obras de

saneamento por toda a área circunvizinha ao Centro de Abastecimento Vicente Grillo, essa 2 O São Judas Tadeu nasceu bairro popular e hoje já conta imóveis das classes B e C. A despeito da falta de infraestrutura, o local tem motivado a instalação de inúmeras residências.

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ocupação vem-se dando de forma traquila. E à proporção que o vale do rio Jequiezinho

acomoda a expansão urbana, a cidade vai-se ordenando e adquirindo uma feição mais

orgânica.

O crescimento urbano de Jequié se apresenta bastante heterogêneo, destacando-se

algumas localidades afastadas do centro, como a área margeada pela BR-116, no setor oeste,

onde se concentra atualmente um grande número de edificações em construção, incluindo

habitações, lojas de autopeças, concessionárias, lojas de materiais de construção, hotéis,

pousadas e etc.

Distritos e Povoados

O município tem vários distritos e povoados. Distritos: Florestal; Itaibó; Boaçú; Itajuru;

Monte Branco; Baixão; Oriente Novo e Barra Avenida. Povoados: Tamarindo; Campo Largo;

Santa Rita; Nova Esperança; Boa Vista, Humaitá; Santa Clara; Barragem de Pedras; Água

Vermelha; Rio das Pedras; Morro Verde; Deus Dará; Cachoeirinha; Rio Preto do Costa e

Marcela.

O perímetro urbano do distrito-sede mede em torno de 47.273,14 m², e sua população,

conforme censo de 2010, era de 138.449 habitantes, representando 91,1% da população

municipal. Os demais distritos somavam, em 2010, o total de 13.446 habitantes, representando

8,8% da população municipal.

Quadro 1 – Distâncias das principais cidades

Cidades Distância

Feira de Santana 249 km

Aracajú 592 km

Recife 1.099 km

Fortaleza 1.400 km

Ilhéus 190 km

Vitória da Conquista 153 km

Governador Valadares 683 km

Rio de Janeiro 1.263 km

São Paulo 1.713 km

Belo Horizonte 1.132 km

Fonte: DERBA (2008)

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1.3 Antecedentes históricos

Figura 5 – Fotografias da cidade de Jequié nas décadas de 30, 40 e 60

Fonte: http://arymoura.wordpress.com

Historicamente, a origem, evolução e estruturação urbano-regional de Jequié estão

ligadas à sua posição privilegiada em relação aos meios de transportes inter e intrarregionais.

Relatos dão conta que suas terras eram preferidas para pouso de tropas, em virtude de sua

posição favorável em relação às comunicações com outras localidades e isso contribuiu para o

surgimento de um pequeno núcleo de povoamento e comércio, que começa a aparecer por

volta de 1850, na confluência dos rios das Contas e Jequiezinho.

O local de origem desse primeiro núcleo de povoamento ficava a igual distância da zona

de caatingas e da zona úmida, situando-se no coração da chamada “mata de cipó”, que é uma

zona de transição entre aquelas duas paisagens vegetais. Em benefício dessa posição, o

povoado conseguiu disciplinar as trocas comerciais forçosamente provocadas na faixa de

contato, entre áreas economicamente diferentes, organizando em torno de si um vasto espaço

rural e, ao mesmo tempo, colaborando na sua ocupação e desenvolvimento. A localidade foi-se

caracterizando como centro de convergência e eixo de caminhos de Ilhéus para Maracás, de

Camamu a Monte Alto no sentido leste-oeste, e de Nazaré para Vitória da Conquista e norte de

Minas Gerais, no sentido norte-sul.

Dado ao crescimento rápido do povoado, o mesmo foi elevado à categoria de Distrito de

Maracás, em 13 de agosto de 1880. Em 1893, já era eleito o primeiro administrador distrital.

Em 1897, o distrito foi promovido a município, por força de lei sancionada no dia pelo

governador Luís Viana.

O século XX despontaria encontrando Jequié em pleno surto de crescimento, graças à sua

posição e aos progressos da pecuária e da agricultura, sobretudo a lavoura cacaueira. Em 1910,

o distrito-sede do município passou à categoria de cidade. Treze de junho é o seu “Dia da

Cidade”.

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O papel dos imigrantes italianos foi decisivo no desenvolvimento comercial e de serviços

do município, com a implantação de cinemas, hotéis, lojas de tecidos, jornais, rádios,

companhia de cultura e grupos teatrais, assim também na construção civil e na abertura de vias

urbanas largas. Eles contribuíram na diversificação da agricultura, com o cultivo dos

hortifrutigranjeiros no planalto de Jaguaquara, Itiruçu e Maracás, fazendo de Jequié, no interior

da Bahia, uma cidade moderna em muitos aspectos, até os anos de 1950.

Para Azevedo (1989), no período compreendido entre os anos 80 do século XIX e os anos

30 do século XX, prosperaram alfaiatarias, bares, cinemas, firmas exportadoras, fotografias e

impressoras, fábricas de gasogênio, de cal, de vinhos, agências de automóveis, hotéis, lojas de

fazendas e miudezas.

Nas duas primeiras décadas do século XX, a cidade já se firmava como centro de

produção, coletora e distribuidora de produtos e serviços. Devido a essas características e aos

conflitos e bombardeios que ocorreram em Salvador, em janeiro de 1912, Jequié foi capital do

Estado por 10 dias, com a presença do governador Aurélio Viana, deputados e senadores

estaduais, evidenciando, assim, a relevância que a cidade desempenhava no Estado da Bahia.

Em 1914, ocorre uma grande enchente, que destrói praticamente todo o núcleo urbano

inicial. Conforme Araújo (1971), “o rio invade toda a cidade destruindo igreja, cerca de mil

casas e ruas, causando imensos prejuízos”. Nessa enchente, Jequié ficou praticamente

arrasada, apenas mais de uma centena de casas foi poupada. Com isso, houve deslocamento

da cidade para as partes altas.

Na década seguinte, Jequié já se preparava para receber a estrada de ferro

(Jequié/Nazaré) que ligaria a região do semiárido ao Recôncavo. A respeito desse fato, Araújo

(1971, p. 53) faz o seguinte comentário:

[...] as pontas de trilho da estrada de ferro estavam em Jaguaquara e sabia-se

que, mais cedo ou mais tarde, atingiriam Jequié. Novos planos foram postos em

execução e a cidade, dentro de pouco tempo, ganhou ruas modernas e amplas, em substituição aos acanhados logradouros do passado.

Na contramão dos entusiastas dos benefícios da Estrada de Ferro para o município de

Jequié, o geógrafo Milton Santos (1957) asseverou que

ao contrário do que muitos poderiam supor, a chegada da estrada de ferro a

Jequié não contribuiu de maneira muito notável para o crescimento da cidade. Isso se deu não só porque a essa época já a aglomeração era bastante

desenvolvida e de considerável expressão, como porque muitos dos efeitos possíveis fizeram-se sentir a bem dizer por antecipação…

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Apesar disso, não se deve deixar de notar que a instalação da estrada de ferro fortaleceu

a vocação da cidade para o papel de centro de comércio e serviços.

Essa função ficou ainda mais realçada com a abertura da rodovia Rio-Bahia (BR-116),

concluída em 1949, que possibilitou uma nova fase de prosperidade e crescimento para o

município:

Vendo a estrada passar pelo coração da cidade, confundir-se com suas próprias ruas, sacudindo-lhe os antigos padrões de cidade interiorana e lhe transmitindo

o sangue novo de um cosmopolitismo carregado das grandes metrópoles pelo caminhão, Jequié logo soube adaptar-se às necessidades da rodovia, dela

lucrando não apenas uma agitação de superfície, porque soube incorporá-la à

sua própria existência urbana, recolhendo disso mais movimento e animação (MILTON SANTOS, 1957).

Sob a influência da Rio-Bahia, que tornou a cidade muito mais próxima da capital do

Estado, e incomparavelmente mais próxima do Rio de Janeiro e São Paulo, Jequié foi

recuperando a sua antiga e importante função de “porto de terra”, que, embora palidamente

presente, estava a pique de perder com a falência da Estrada de Ferro Nazaré.

Conquanto, através de sua evolução, Jequié se tenha mantido fiel à sua função inicial,

que é a função comercial, outras muitas se vieram juntar, num entrosamento perfeito, e não

apenas justaposição, dando-lhe, assim, a principal das características por que se pode

considerá-la uma verdadeira cidade e um autêntico pólo regional. Tais funções são:

educacional, jurídica, hospitalar, centro de transporte, segurança pública, administrativa e

industrial.

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1.4 Recursos naturais e meio ambiente

Aspectos climáticos

O município de Jequié apresenta clima semiárido, com frequentes e prolongados períodos

de estiagem. A precipitação média anual não ultrapassa os 700 mm e o período “chuvoso”

corresponde quase totalmente aos meses de novembro a abril, com cotas máximas em

novembro e dezembro.

No período chuvoso, as precipitações médias mensais situam-se na faixa entre 70 – 120

mm. Durante o período seco, que se estende de maio a outubro, as precipitações mensais

situam-se entre 10 – 50 mm. Tal característica climática é explicada pelo fator da orografia, que

condiciona maior resistência do relevo à penetração das Massas de Ar originadas do Atlântico

Sul. Como o relevo geral é aclivado para o oeste, os ventos alíseos vão perdendo energia

gradativamente, à proporção que se interiorizam. Isso responde ao fato de haver, no município

de Itagi, uma média anual de precipitação acima dos 1100 mm e valores abaixo de 700 mm em

Jequié. Ambos os municípios são separados pelas escarpas da encosta do Planalto Sul Baiano,

as quais bloqueiam a passagem dos alíseos da primeira para a segunda localidade.

A temperatura média anual é de 24 ºC. Valores mais altos, em torno de 26 ºC, registram-

se no verão, ocorrendo o oposto no inverno, porém com valores médios nunca abaixo de 18 ºC.

A umidade média do município é de 75%, mas nos povoados e distritos situados na zona úmida

(mata) registram-se valores mais altos.

O gráfico a seguir apresenta as médias de precipitação e temperatura para o período de

1970-2000.

Gráfico 1 – Médias mensais de precipitação e temperatura em Jequié, 1970-2000

Fonte: Agência Nacional de Águas – ANA

0

10

20

30

40

50

0

20

40

60

80

100

120

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Precipitação (mm) Temperatura (°C)

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Geomorfologia

O relevo do município de Jequié é bastante variado, o que lhe confere uma feição

peculiar: vai das serras marginais aos tabuleiros pré-litorâneos, passando pelo Maciço Central,

planalto dos Geraizinhos e pediplano sertanejo. Essas feições geomorfológicas circundam todo o

território do município, formando uma imensa área de terrenos bastante enrrugados. “Quem,

no bairro Jequiezinho, à margem esquerda do rio de Contas e à esquerda do rio que lhe dá

nome, divisa, na outra margem, o extenso casario da cidade de Jequié, sente-se como se

estivesse em uma rasa arquibancada de vasto anfiteatro, olhando para a que lhe fica froteira”

(MILTON SANTOS, 1957).

Figura 6 – Feições do relevo da cidade de Jequié

Fonte: Adernil Fraga (Guarda Municipal de Jequié), 2012

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Geologia

O município de Jequié é constituído predominantemente por rochas cristalinas do

complexo Jequié e, em menor proporção, do complexo Ibicuí-Ipiaú, cortados por corpos

máficos e granitos. Coberturas Quaternárias do tipo detrito-lateríticas, constituídas por areia

com níveis de argila e cascalho e crosta laterítica, ocorrem na porção norte e sul do município

em segmentos isolados.

A rochas do complexo Jequié são representadas predominantemente por enderbitos

granulíticos e charnockitos granulíticos, além de gnaisse quartzo-feldspático e restos de rochas

supracrustais. As do complexo Ibicuí-Ipiaú, por ortognaisses granodiorítico, monzogranítico,

tonalítico e monzonítico, calcialcalinos normais com níveis de metagabronorito e restos de

rochas supracrustais.

Figura 7 – Mapa geológico de Jequié

Fonte: CPRM – Serviço Geológico do Brasil

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Rio de Contas

O rio de Contas é totalmente baiano. Nasce no sudoeste da Chapada Diamantina e

deságua no oceano Atlântico, em Itacaré.

Figura 8 – Rio das Contas: da Chapada Diamantina ao Oceano Atlântico

Fonte: Tese de Doutorado de Rita Jaqueline Chiapetti, UNESP-Rio Claro

No século passado, antes da derrubada das matas que o acompanhavam e protegiam, o

rio de Contas apresentava-se mais profundo, estreito e piscoso, com cachoeiras e corredeiras

que impediam a navegabiliddae em alguns trechos. Apesar de, na estiagem, ficar praticamente

seco em seu alto curso, é rio torrencial, sujeito a inundações na época das chuvas, hoje menos

presentes no município de Jequié em vista da Barragem de Pedras, que represa suas águas 18

km a montante da cidade.

Algumas das suas enchentes se tornaram históricas, como a de 1914, que destruiu quase

toda a cidade e forçou seu crescimento para as partes altas: bairro Jequiezinho e áreas

próximas à hoje denominada Praça Rui Barbosa. A Barragem de Pedras, já se disse, veio

segurar-lhe ímpetos maiores, mas não evitou de todo enchentes menores, ocorridas ainda na

década de 80.

Entre as várias versões para o nome rio de Contas, destaca-se a que se refere ao período

da mineração quando, em datas predeterminadas, mineradores e cobradores do quinto do ouro

se reuniam em suas margens para o acerto das contas (pagamento de impostos à Coroa).

A região de Jequié faz parte da bacia hidrográfica do rio de Contas, tendo como principais

afluentes os rios das Contas, Jequiezinho, Criciúma e Preto do Costa.

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Barragem de Pedras

A Usina Hidrelétrica de Pedras foi implantada entre 1964 e 1969, pelo DNOCS, no rio de

Contas, e fica localizada a 18 km a montante da cidade de Jequié, sendo atualmente operada

pela CHESF - Companhia Hidroelétrica do São Francisco. Acumula 1 bilhão e 750 milhões de

metros cúbicos de água, numa extensão de 72 km, formando um imenso lago. Seu potencial

vem sendo, ainda que tacanhamente, utilizado para o lazer de turistas e da população local.

Figura 9 – Imagem de satélite da Barragem de Pedras em Jequié

Fonte: Google Earth

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1.5 Aspectos demográficos

População residente: crescimento, urbanização, densidade

O crescimento da população de Jequié ocorreu em função da chegada da ferrovia em

1930 e da abertura da rodovia BR-116 (Rio-Bahia) na década de 1950. Esses dois elementos

promoveram o aumento dos fluxos e, em consequência, ocorreu o crescimento nos setores

comercial, de instalação de serviços de saúde, educação, bancos e construção do aeroporto,

entre outros. Com base nos cinco últimos levantamentos censitários realizados pelo IBGE, fica

evidente o crescimento continuado do contingente populacional do município. Tal se deve ao

intenso fluxo migratório dos municípios menores para Jequié e está vinculado também à

estagnação econômica de outras regiões do Estado, sobretudo do Litoral Sul da Bahia. Ao longo

do período analisado, o contingente populacional aumentou de 100.174, em 1970, para

151.895, em 2010.

Tabela 2 – População residente - urbana, rural e total; Taxa de urbanização e área territorial do município de Jequié (1970-2010)

Ano Urbana Rural Total Taxa de

urbanização Área

(km²)

Densidade

demográfica

(hab/m²)

1970 64.628 35.546 100.174 64,51% 3.035,4 30,21

1980 86.925 29.942 116.925 74,34% 3.035,4 35,27

1991 116.885 24.809 144.772 80,74% 3.035,4 43,67

2000 130.296 16.906 147.242 88,52% 3.035,4 48,32

2010 139.426 12.469 151.895 91,79% 3.035,4 52,82

Fonte: IBGE – Censos Demográficos, 1970 a 2010

Observa-se pela tabela acima que, entre 1970 e 2010, houve aumento significativo da

taxa de urbanização do município e da densidade demográfica, o que implicou a necessidade de

ampliação de vários serviços urbanos. Entre os anos de 1970 e 1980, apesar da implantação do

Distrito Industrial de Jequié, não houve alteração significativa no crescimento populacional do

município. No entanto, a população urbana já representava 74,34% da população total do

município, superior aos índices da população urbana brasileira no período, que eram de

67,60%, e da população urbana do Estado da Bahia, que apresentava equilíbrio entre as taxas

de urbanização, 49,26% e ruralização, 50,73%. Somente na década de 80, de acordo com

dados do IBGE, a concentração da população urbana na Bahia superou a que vivia no campo.

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Jequié apresenta um ritmo de urbanização superior ao do Estado da Bahia e ao do Brasil,

desde 1970, enquanto, ao longo das duas últimas décadas, ocorre perda da população rural,

motivada, principalmente, pela crise na agricultura e na pecuária, especificamente na lavoura

cacaueira, no final dos anos 1980 e no decorrer dos anos 1990.

Analisando o crescimento médio anual intercensos, tem-se o seguinte quadro:

crescimentos expressivos até 1991. A partir daí, há uma queda no ritmo de crescimento

populacional. Projeta-se, para o município de Jequié, um crescimento anual da população, no

período, de 0,32%, o que o coloca abaixo da taxa do Estado, que é de 0,70%, e bem acima da

taxa da sua microrregião, cujo crescimento foi negativo, -1,92%. Segundo o IBGE (Censo

2010), 9.052 pessoas com idade acima de 5 anos não residiam no município em 31/07/2005 e

apenas 489 pessoas haviam migrado para a zona rural do município.

A Tabela 3, disposta a seguir, revela a evolução, em termos absolutos, da população da

sede de Jequié e dos seus distritos para o período compreendido entre os censos de 2000 e

2010. Em linhas gerais, esses dados indicam o aumento da população na áreas urbanas e

expressiva redução nas áreas rurais do município.

Tabela 3 – População da sede e distritos de Jequié (2000-2010)

Localidade 2000 2010

Total Urbana Rural Total Urbana Rural

Jequié 129.449 126.906 3.073 138.449 136.470 1.979

Baixão 445 246 199 482 320 162

Boaçu 2.361 181 2.180 2.150 106 2.044

Florestal 4.874 546 4.328 3.836 430 3.406

Itaibó 2.784 616 2.168 1.621 474 1.147

Itajuru 5.245 1.384 3.861 3.644 1.219 2.425

Monte Branco 701 122 579 661 151 510

Oriente Novo 813 295 518 1.052 256 796

Total (Pop) 147.242 130.296 16.906 151.895 139.426 12.469

Fonte: IBGE – Censos Demográficos, 2000 e 2010

A população rural apresenta queda generalizada, seja se for considerado o município, seja

se cada um dos distritos. Interessante notar que o distrito de Oriente Novo foi o único a

registrar leve aumento da sua população rural no período. Possíveis alterações nas delimitações

censitárias das áreas urbanas e rurais podem ter influenciado algumas perdas.

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População residente: perfil de gênero, racial e etário

De acordo com o censo 2010, as mulheres predominavam no conjunto da população do

município de Jequié, o que é associado à migração e à mortalidade diferencial por sexos.

Tomando-se como referência os padrões de natalidade e mortalidade, nascem mais homens do

que mulheres, mas os homens morrem mais cedo, resultando numa ligeira supremacia

numérica das mulheres sobre eles. Note-se que a supremacia numérica da população feminina

sobre a masculina é maior na sede do município do que nos distritos, conforme mostra a tabela

abaixo.

Tabela 4 – População residente, por gênero e situação de domicílio (2010)

Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2010

No contexto da Microrregião Jequié, constata-se que a população feminina é superior à

masculina, o que, provavelmente, indica uma emigração masculina acentuada ou uma

mortalidade maior dos homens.

Mais de 80% da população de Jequié se autodeclararam como negros ou pardos no

último censo e pouco mais de 18% se autodeclararam como brancos – uma distribuição

bastante similar à encontrada no conjunto do Estado da Bahia (76,3% negros ou pardos

brancos e 22,2% de brancos). O número de habitantes autodeclarados indígenas ou amarelos

somava 1,7% do total.

Localidade Total

Situação do domicílio e sexo

Urbana Rural

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

Jequié 138.449 136.470 65.361 71.109 1.979 1.065 914

Baixão 482 320 166 154 162 101 61

Boaçu 2.150 106 49 57 2.044 1.110 934

Florestal 3.836 430 214 216 3.406 1.867 1.539

Itaibó 1.621 474 258 216 1.147 640 507

Itajuru 3.644 1.219 616 603 2.425 1.262 1.163

Monte Branco 661 151 68 83 510 282 228

Oriente Novo 1.052 256 123 133 796 430 366

Total (Pop) 151.895 139.426 66.855 72.571 12.469 6.757 5.712

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Tabela 5 – População residente, por raça/cor (2010)

Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2010

Quanto ao perfil etário, a comparação dos dois últimos censos mostra um sensível

envelhecimento da população residente, com queda dos percentuais de crianças de 0 a 4 anos

na população, adolescentes e jovens até 24 anos, manutenção da parcela de adultos de 25 a

39 anos e leve crescimento dos estratos de 40 anos e mais de idade. Comparando-se os perfis

de 2000 e 2010, fica patente a tendência à diminuição das faixas mais jovens, uma vez que as

famílias passaram a ter menos filhos. Outra tendência é o envelhecimento da população.

Os indicadores de Jequié refletem: I) declínio da mortalidade infantil, sobretudo entre as

crianças de 0-4 anos; II) declínio da fertilidade; III) desaceleração do ritmo de crescimento

vegetativo; IV) envelhecimento da população; V) redução percentual das crianças. Essas

tendências estão implícitas na distribuição etária da população jequieense. O Censo

Demográfico do IBGE de 2010 revela que as faixas com maior representatividade são as de

15/19 anos e 25/29 anos, em plena idade de inserção no mercado de trabalho, o que reflete

diretamente num acirramento por novos postos de trabalho. Por sua vez, a faixa mais idosa foi

sensivelmente ampliada, sinalizando um envelhecimento da população, principalmente entre as

mulheres. Em 2000, os homens de 70 anos ou mais eram cerca de 3.040. Em 2010, eles

passaram para 3.726. No caso das mulheres, o crescimento foi de 3.899 para significativos

5.073 em 2010. Essas informações fornecem indícios das profundas alterações nas demandas

sobre o sistema de saúde, emprego, seguridade social, entre outras.

Localidade Total

Situação do domicílio e sexo

Raça/Cor

Brancos Negros Amarelos Pardos Indígenas

Jequié 138.449 37.346 18.380 1.040 81.335 348

Baixão 482 93 26 1 362 0

Boaçu 2.150 403 206 38 1.497 6

Florestal 3.836 774 450 25 2.587 0

Itaibó 1.621 395 171 8 1.047 0

Itajuru 3.644 578 684 26 2.354 2

Monte Branco 661 144 86 6 425 0

Oriente Novo 1.052 195 92 2 763 0

Total (Pop) 151.985 39.928 20.095 1.146 90.370 356

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Tabela 6 – Distribuição etária da população segundo o sexo (2000-2010)

Faixas Etárias 2000 2010

Homens Mulheres Homens Mulheres

0 a 4 6.963 6.603 5.802 5.495

5 a 9 7.553 7.292 6.147 5.939

10 a 14 8.240 8.128 6.830 6.452

15 a 19 8.699 9.019 7.002 7.024

20 a 24 7.430 7.525 6.910 7.215

25 a 29 5.648 5.856 6.848 7.422

30 a 34 4.862 5.200 6.251 6.599

35 a 39 4.640 4.811 5.072 5.483

40 a 44 4.061 4.319 4.656 5.020

45 a 49 3.147 3.526 4.147 4.427

50 a 54 2.470 2.878 3.606 4.070

55 a 59 1.962 2.285 2.894 3.254

60 a 64 1.711 2.083 2.031 2.657

65 a 69 1.473 1.879 1.690 2.153

> 70 3.040 3.899 3.726 5.073

TOTAL 71.899 75.303 73.612 78.283

Fonte: IBGE – Censos Demográficos, 2000 e 2010

Gráficos 2 e 3 – Pirâmides etárias de Jequié em 2000 e 2010

Fonte: IBGE – Censos Demográficos 2000 e 2010

10.000 5.000 0 5.000 10.000

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 anos e mais

Homens Mulheres

10.000 5.000 0 5.000 10.000

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 anos e mais

Homens Mulheres

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População das dez maiores cidades do Estado da Bahia

Tabela 7 – População das 10 maiores cidades baianas (2000-2010)

Posição Cidade Pop. 2000 Cidade Pop. 2010

1ª Salvador 2.443.107 Salvador 2.675.656

2ª Feira de Santana 480.949 Feira de Santana 556.642

3ª Vitória da Conquista 262.494 Vitória da Conquista 306.866

4ª Ilhéus 222.127 Camaçari 242.970

5ª Itabuna 196.675 Itabuna 204.667

6ª Juazeiro 174.567 Juazeiro 197.965

7ª Camaçari 161.727 Ilhéus 184.236

8ª Jequié 147.202 Lauro de Freitas 163.449

9ª Barreiras 131.849 Jequié 151.895

10ª Alagoinhas 130.095 Alagoinhas 141.949

Fonte: IBGE – Censos Demográficos, 2000 e 2010

Jequié ocupava a oitava posição em população no Estado da Bahia, em 2000. No ano de

2010, passou a ocupar a nona colocação, depois de Salvador, Feira de Santana, Vitória da

Conquista, Camaçari, Itabuna, Juazeiro, Ilhéus e Lauro de Freitas. Consequentemente, a

diminuação do ritmo de crescimento de Jequié fez com que sua área de influência recebesse a

competição de outros centros regionais, como Feira de Santana, Vitória da Conquista e Itabuna,

que ampliam suas funções regionais em consequência da retração de Jequié.

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Taxas de natalidade e mortalidade no município

De acordo com o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, o

município de Jequié registra anualmente uma média de 828 óbitos de residentes. No ano de

2010, esse total foi de 890, o que corresponde a uma taxa de mortalidade de 5,82 óbitos por

cada grupo de 1000 habitantes, acima da taxa do Estado da Bahia, que foi de 5,03, mas dentro

dos padrões aceitáveis da Organização Mundial da Saúde – OMS.

Um dos indicadores comumente usados para avaliar as condições de vida e saúde da

população é a situação da mortalidade infantil. Sua taxa representa o número de óbitos de

menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado

espaço geográfico, no ano considerado.

Segundo o Ministério da Saúde (2003), as taxas de mortalidade infantil são geralmente

classificadas em altas, quando são maiores que 50 óbitos por mil nascidos vivos; médias,

quando de 20 a 49 óbitos e baixas, quando menores que 20 óbitos por mil crianças nascidas

vivas. Destaca ainda que, quando determinada região possui baixa taxa de mortalidade infantil,

é porque seu componente de morte neonatal (com predomínio da mortalidade neonatal

precoce) é predominante; e quando a taxa é alta, o seu principal componente é a mortalidade

pós-neonatal, o que reflete problemas que não são relacionados a doenças congênitas, mas sim

a baixos níveis de saúde e de desenvolvimento socioeconômico.

No caso de Jequié, que registrou, em 2010, o total de 2.364 nascidos vivos de mães

residentes e uma taxa de natalidade da ordem de 15,4, sua taxa de mortalidade infantil

correspondeu a 22,4 (taxa classificada como média). Esse dado sinaliza que ainda há uma

importante demanda em termos de saúde e infraestrutura básica para melhorar mais esse

indicador. Agora, calculando a diferença entre a taxa de natalidade (15,4) e a taxa de

mortalidade geral (5,82), obtém-se uma taxa de crescimento natural positivo, indicativo de que

a população de Jequié continua crescendo (nascem mais pessoas do que morrem).

Tabela 8 – Relação entre nascidos vivos e óbitos na população de Jequié (2006-2010)

2006 2007 2008 2009 2010

Nascidos vivos 2.556 2.614 2.469 2.391 2.362

Óbitos na população geral 1.125 1.125 1.198 1.165 1.257

Saldo 3.681 3.739 3.667 3.556 3.619

Fonte: Ministério da Saúde - DATASUS

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1.6 Aspectos econômicos

Jequié é um município peculiar e privilegiado. Os três tipos de vegetação que apresenta

possibilitam maior diversificação em sua atividade agropecuária. A principal riqueza agrícola é o

cacau, cultivado na Zona da Mata, mas há ainda o café, a cana-de-açúcar, maracujá, melancia,

entre outros. A pecuária bovina coloca o município entre os principais produtores de carne da

Bahia. A cafeicultura se desenvolve em certas áreas, bem como a caprinocultura, ovinocultura e

a suinocultura. A atividade hortifrutigranjeira vem-se constitutindo em opção econômica, em

especial para a região da Barragem de Pedras.

Figura 10 – Imagem aérea da Fazenda Granja Axé Agropecuária, em Jequié

Fonte: http://www.altagenetics.com.br/novo/Noticias/Ler.aspx?nID=1094

A atividade industrial, concentrada no Distrito Industrial, mas ainda dispersa por várias

regiões da cidade, oferece possibilidade de expansão, em particular nas áreas da indústria de

confecções e no fabrico de produtos alimentícios (bolachas, biscoitos, derivados de milho e

beneficiamento de produtos agropecuários em geral). A partir da última década do século

passado, a indústria calçadista começou a desenvolver-se e tem se expandido

consideravelmente. Uma escola profissionalzante do SENAI treina pessoal para o ramo de

confecções e outros. Entre as indústrias, destacam-se: as fábricas de confecções, empresas

alimentícias (Petian, Gameleira, Moinho Paquetá, Café Jequié) e calçadistas, com destaque para

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a Ramarim (maior empregadora de Jequié, com fabricação de calçados de couro, em especial,

calçado feminino adulto), e para embalagens (Totalflex).

Figura 11 – Imagem de satélite do Distrito Industrial de Jequié e entorno

Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1514765&page=50

Antes chamado Frigorífico do Sudoeste Baiano (Frisuba), o hoje Frigorífico Bahia Carnes

vem-se constituindo fator importante do desenvolvimento da pecuária regional, além de

possibilitar o surgimento de indústrias de derivados bovinos, como enlatados e embutidos.

Ainda com relação à industrialização de derivados do boi, é importante lembrar a

atividade dos curtumes e de se esperar o surgimento de indústrias de derivados do couro,

aproveitando-se a produção existente no município.

Entre várias outras atividades industriais da cidade, destacam-se as seguintes: AGRANOR-

Agropecuária do Nordeste Ltda. (fabricação de produtos da mandioca e derivados,

pasteurização do leite), Amazonas Produtos para Calçados Ltda. (fabrico de partes para

calçados, como solados); Biscoito Bispo (fabricação de biscoitos e bolachas); Café Paquera

(torrefação e moagem de café); Iogurte NATURE (fabricação de latícinios, em especial, iogurte

e manteiga); Laticínio SOL (fabricação de laticínios, em especial, leite, queijo, manteiga,

iogurte); Fibra SOL (fabricação de material plástico: tanque, caixa d’água em fibra de vidro,

pia); GAMELEIRA (fabricação de biscoitos, bolachas, macarrão, salgadinho, fubá de milho);

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Industrial e Mercantil Triunfo Ltda. (torrefação e moagem de café); INJEL Indústria Jequieense

de Leite Ltda. (preparação do Leite); IPAM - Indústria de Produtos Alimentícios Moenda Ltda.

(torrefação e moagem de café); Kaktus Xouve (confecção de roupas íntimas); LAPISO

(fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso, ladrilho, piso); Le Brut Ind.

e Com. de Roupas (confecção de peças de vestuário, exceto roupas íntimas: camisa de malha,

camisa de tecido, calça, bermuda); LOY e LAY (confecção de peças do vestuário, exceto

roupas íntimas: moda praia e artigo feminino); Maia Premoldados (fabricação de artefatos de

concreto, laje, cimento, gesso); Moinho Paquetá (torrefação e moagem de café); Petian

Indústria de Alimentos (fabricação de biscoitos, bolachas, salgadinhos, macarrão); REALCE

Shopping e Presentes (confecção de roupas profissionais: uniforme industrial, uniforme

escolar); REFREE (fabricação de refrigerantes, energéticos e outros produtos não alcoólicos);

Serralheria Jequié (fabricação de esquadrias de metal: portão, grade, estrutura metálica, móvel

de aço inox); Sílvia Calçados (fabricação de calçados de couro feminino); TONET Ind. de

Embalagens Ltda. (componentes para calçado: matracadores, cadarço, fitas diversas, elástico e

outros produtos); TOTALFLEX Ind. de Embalagens (fabricação de embalagens: filme

coextruzado em PE, saco industrial em PE, filme técnico de PP, filme laminado); UNICHARQUE

Ind. e Com. de Charques Ltda. (fabricação de produtos de carne); YEN (confecção de roupas

profissionais: fardamento em geral).

Outro fator importante na economia do município é o poliduto de derivados de petróleo e

álcool (instalado no final da década de 90), que proporcionou a implantação das bases de

distribuição das maiores empresas do setor, tais como Petrobrás, Esso, Ypiranga/Atlantic, Shell,

Gás Butano e Minasgás. Jequié detém a condição de principal centro de distribuição de

derivados de petróleo, indo até parte de Minas Gerais e Espírito Santo. A capacidade de

armazenamento da base de distribuição é de 57 mil barris de álcool, 40 mil barris de gasolina,

154 mil barris de óleo diesel e 288 mil barris de GLP-Gás de cozinha. Essa capacidade já está

quase que triplicada com a implantação da unidade de redistribuição das principais

distribuidoras de combustível do País.

Comércio

Desde a sua gênese, Jequié desempenhou a função de centro comercial, inicialmente por

sua situação de local para pouso e descanso de boiadas e boiadeiros, tropas e tropeiros.

Depois, se constituiu em entreposto comercial e, ainda nos dias atuais, é forte a presença do

comércio na economia do município, como responsável por uma parcela importante da oferta

de empregos.

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Tabela 9 – Estrutura setorial do município de Jequié, Microrregião e Estado (2011)

Setores Percentual de estabelecimentos

Jequié Microrregião Bahia

TOTAL 2.547 5.037 168.596

Comércio 1.309 2.659 77.769

Serviços 644 1.050 53.974

Construção civil 147 191 7.309

Extrativa mineral 7 11 424

Indústria de transformação 222 315 10.992

Serviço industrial de utilidade pública 3 3 269

Agropecuária e Pesca 212 761 16.823

Administração Pública 3 47 1.036

Fonte: Ministério do Trabalho (2011)

Os dados da tabela acima, além de reforçarem o papel de pólo comercial e de serviços de

Jequié na sua microrregião, também deixam claro a predominância das atividades de serviços e

comércio, correspondendo a mais de 76% dos estabelecimentos existentes no município. Essa

concentração de estabelecimentos e empregos em atividades dos setores de comércio e

serviços expressa que o município procura consolidar-se como pólo regional a partir das

atividades do setor terciário, cujo revigoramento veio a ocorrer na segunda metade dos anos

1990, rompendo com a forte concentração do setor primário na economia.

Foi a partir dessa década que cresceram os serviços de saúde, educação e hospedagem.

Esse processo foi observado a partir da ampliação do número de hospitais, leitos e profissionais

especializados, o aumento de cursos e vagas na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

(UESB) – Campus de Jequié – a instalação da Faculdade de Ciências Contábeis, transformada,

em 2001, em Faculdade Integrada de Jequié, a implantação da Faculdade de Tecnologia e

Ciências (FTC) e a ampliação do número de hotéis e pousadas.

Em 1990, também é inaugurado o Centro de Abastecimento de Jequié, fruto de uma

parceria entre o governo municipal e o governo federal. Nele são encontrados quatro grandes

módulos comerciais (e um administrativo), que abarcam variadas atividades comerciais, como

os chamados secos e molhados em geral, boxes para carnes (bovina, caprina, suína, de sol,

etc.) e peixes, feijão, farinha e demais produtos à base de mandioca (goma, puba, tapioca,

beiju etc.), queijo e requeijão, bares e restaurantes simples etc. Ao lado, várias dezenas de

barracas para a venda de horifrutigranjeiros. Em suas ruas próximas, desenvolveu-se amplo e

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variado comércio popular de roupas, calçados, móveis, farmácia, supermercados, dando vida

nova e valorizando uma área desacreditada.

Nos serviços, houve a modernização das agências bancárias já existentes na cidade, tais

como: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Bradesco e Banco Itaú; na saúde,

implantou-se a Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Piscicultura

A Estação de Piscicultura de Jequié localiza-se à margem esquerda do rio de Contas, a

jusante da Barragem de Pedras, no município de Jequié (BA), em uma área de 157.214 m².

Dista 16 km do centro de Jequié, tendo como acesso a estrada vicinal da Barragem de Pedras.

Capacidade produtiva: 20.000.000 alevinos/ano, espécies nativas trabalhadas: Carpa Comum

(Cyprinus carpio), Tilápia do Nilo (Orechromis niloticus), Curimatá (Prochilodus margravii),

Tambaqui (Colossoma macropomum). Espécies exóticas trabalhadas: Carpa Comum (Cyprinus

carpio), Tilápia do Nilo (Orechromis niloticus).

Ferrovia Oeste-Leste

A Ferrovia de Integração Oeste-Leste terá 1490 km de extensão, de Figueirópolis (TO) ao

porto de Ilhéus (BA). Foi dividida em três trechos, a saber: Figueirópolis (TO)-Barreiras (BA)

(547 km); Barreiras-Caetité (413 km); Caetité-Ilhéus (passando por Jequié, 530 km). Além de

promover a integração Oeste-Leste, tem por principal objetivo o escoamento da produção da

Bahia (minério de ferro, combustíveis, soja, farelo de soja e fertilizantes) para outros pontos do

País e do Exterior. Há grande expectativa de que a Ferrovia Oeste-Leste consiga alavancar

novos empreendimentos em Jequié, além de aumentar a arrecadação via impostos e a criação

de novos postos de trabalho.

Figura 12 – Máquinas a todo vapor nas obras da Ferrovia Oeste-Leste, trecho Jequié

Fonte: zeniltonmeira.blogspot.com

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1.7 Mão de obra

Pessoal ocupado

A Tabela 10 informa que os setores de atividade que mais empregam são o de comércio e

mercadorias e de indústria de transformação, 20,5% e 13,6% do total, respectivamente. Em

seguida, vêm as atividades primárias e a construção civil.

Tabela 10 – Pessoas de 10 anos ou mais de idade, empregadas por setores de atividades econômicas em Jequié (2010)

Setor de atividade Número de

pessoas Participação

(%)

Agricultura, pecuária, silvicultura, pesca e exploração florestal 5.910 9,3%

Indústria extrativa 205 0,3%

Indústria de transformação 8.611 13,6%

Construção 5.499 8,7%

Comércio e mercadorias 12.948 20,5%

Alojamento e alimentação 2.013 3,2%

Transporte, armazenagem e comunicação 3.545 5,6%

Atividades imobiliárias, atividades financeiras, de seguros e serviços

647 1,0%

Administração pública, defesa e seguridade social 4.232 6,7%

Educação 4.403 7,0%

Saúde e serviços sociais 2.692 4,3%

Serviços domésticos 5.223 8,3%

Outras atividades e serviços 7.341 11,6%

Total 63.269 100,0

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010

Segundo dados do IBGE (2010), a População Economicamente Ativa de Jequié, de dez

anos ou mais, perfazia 70.548 habitantes, desse total 89,7% (63.269 hab.) estavam ocupadas

em alguma atividade e 10,3% (7.279 hab.), desocupadas. A População Não Economicamente

Ativa perfazia 57.930 habitantes. Dentro do total da população ocupada, o município

apresentava grau de informalidade de 55,9% (35.338 hab.), ou seja, uma parcela bastante

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significativa do trabalhador ocupado era informal (empregado sem carteira assinada, por conta

própria, não remunerado, em ajuda a membro de domicílio e trabalhador para o próprio

consumo). No entanto, a agregação do heterogêneo grupo de trabalhadores por conta própria,

que soma 14.832 pessoas, lado a lado com os empregados sem carteira e os sem pagamento,

talvez esconda mais do que revele.

Número de empregados por setores de atividade

A Tabela 11 mostra o número de empregados por setor de atividade em Jequié, entre

2006 e 2011.

Tabela 11 – Número de empregados por grandes setores de atividade (2006-2011)

Setor de atividade 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Total 15.338 16.555 18.424 20.039 22.076 23.929

Indústria 4.368 4.505 5.020 5.573 6.669 7.860

Construção civil 253 262 207 240 495 1.095

Comércio 4.360 4.719 5.489 5.666 6.177 5.895

Serviços 5.900 6.611 7.301 8.117 8.294 8.624

Agropecuária 457 458 407 443 441 455

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - RAIS

Constata-se uma alta repentina do número de empregos na construção civil. O total de

empregos nesse setor, que era de 253, em 2006, chega a 1.095, em 2011. O aumento total no

período foi superior a 400%, ou seja, o número de empregados na construção civil3 mais que

quadruplicou, reflexo da intensificação do volume de obras no município. A indústria também

apresentou um crescimento significativo do número de empregos no período, partindo de um

patamar de 4.368, em 2006 para 7.860, em 2011, crescimento da ordem de 79,9%. O

comércio e os serviços apresentam um crescimento no número de empregos menor que os

3 Sobre esse setor é relevante citar que, somente nos últimos três anos e meio, a Prefeitura de Jequié

conseguiu atrair, aproximadamente, R$ 400 milhões para investimentos na área de habitação. Tais recursos vêm sendo investidos na construção de casas populares, através do Programa Minha Casa,

Minha Vida. São mais de 5 mil unidades construídas ou em construção. De 2009 para cá, já foram inauguradas na cidade 500 casas no Loteamento Tropical, 199 no Residencial Eldorado (Jequiezinho),

500 no Residencial Mandacaru I, 340 no Residencial Mandacaru II e 500 unidades no Residencial Beira

Rio, na Cidade Nova. Estão sendo construídas também 1000 unidades no Bairro Cansanção (terreno atrás do Complexo Policial), 500 na Vila Rodoviária (Jequiezinho), 500 no Residencial Cachoeirinha I e 220 no

Residencial Cachoeirinha II. Para o público com renda superior a R$ 3 mil, são 387 apartamentos no São Judas Tadeu e 240 moradas no Residencial Vivendas do Bosque, ao lado da Lagoa do Derba.

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setores anteriormente mencionados, contudo, há que se registrar que o setor de serviços é o

que mais emprega no município. A agropecuária foi o único setor a demonstrar pouca oscilação

no número de empregos em termos absolutos.

A Tabela 12 mostra o percentual de empregados por grandes setores de atividade em

Jequié entre 2006 e 2011.

Tabela 12 – Percentual de empregados por grandes setores de atividade (2006-2011)

Setor de atividade 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Indústria 28,48% 27,21% 27,25% 27,81% 30,21% 32,85%

Construção civil 1,65% 1,58% 1,12% 1,20% 2,24% 4,58%

Comércio 28,43% 28,50% 29,79% 28,27% 27,98% 24,64%

Serviços 38,47% 39,93% 39,63% 40,51% 37,57% 36,04%

Agropecuária 2,98% 2,77% 2,21% 2,21% 2,00% 1,90%

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - RAIS

Esses dados apontam para um aumento da participação da indústria no total de

empregos gerados pela economia do município. Tal participação, que era de 28,5%, em 2006,

passa a 32,8%, em 2011. Isso aponta para um aumento do peso do setor industrial na

economia do município. Outro setor que estende sua participação é a construção civil, que

passa de 1,6%, em 2006 para 4,6%, em 2011. Impactado pelo acesso ao crédito e o

crescimento da renda no Brasil, o setor da construção civil atravessa, nestes últimos anos,

talvez o seu melhor momento na história, uma situação ainda sem data prevista para acabar.

Enquanto isso, o comércio e os serviços, apesar do aumento do número de empregos em

termos absolutos, reduziram sua participação no município de 28,4% e 38,5%, em 2006 para

24,6% e 36%, em 2011, respectivamente. No entanto, é preciso ressaltar que esses dois

setores apresentam grande variação anual da participação, o que dificulta a interpretação dessa

queda como uma tendência ou como um fenômeno passageiro. Da mesma forma, a

agropecuária apresenta queda na participação no período analisado.

A Tabela 13 informa os setores que contrataram ou demitiram mão de obra nos anos de

2010 e 2011 em Jequié.

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Tabela 13 – Saldo entre admissões e demissões segundo os subsetores de atividade em Jequié, 2010 e 2011

Subsetores que incorporaram ou demitiram mão de obra

2010 2011

Admitidos Desligados Saldo Admitidos Desligados Saldo

Total 6.230 4.996 1.234 7.372 6.779 593

Extrativa mineral 9 22 -13 7 24 -17

Indústria de produtos minerais não metálicos 98 65 33 147 121 26

Indústria metalúrgica 3 4 -1 1 6 -5

Indústria mecânica 1 1 0 1 1 0

Indústria do material elétrico e de

comunicações 0 0 0 0 0 0

Indústria do material de transporte 0 0 0 1 16 -15

Indústria da madeira e do mobiliário 19 11 8 16 11 5

Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica 15 9 6 6 32 -26

Indústria da borracha, fumo, couros, peles, similares, indústrias diversas

17 14 3 21 142 -121

Indústria química de produtos farmacêuticos,

veterinários, perfumaria 132 81 51 206 115 91

Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos

98 155 -57 170 1.536 -1.366

Indústria de calçados 1.804 745 1.059 2.496 276 2.220

Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico

417 231 186 244 19 225

Serviços industriais de utilidade pública 22 9 13 12 1.104 -1.092

Construção civil 720 914 -194 603 1.869 -1.266

Comércio varejista 1.472 1.428 44 1.652 222 1.430

Comércio atacadista 170 199 -29 183 10 173

Instituições de crédito, seguros e

capitalização 16 5 11 26 226 -200

Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários, serv. técnico

245 175 70 241 304 -63

Transportes e comunicações 266 231 35 342 357 -15

Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação

307 326 -19 548 141 407

Serviços médicos, odontológicos e veterinários

142 120 22 190 141 49

Ensino 162 121 41 163 16 147

Administração pública direta e autárquica 5 8 -3 0 0 0

Agricultura, silvicultura, criação de animais, extrativismo vegetal

90 122 -32 96 106 -10

Outros / ignorado 0 0 0 0 0 0

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – CAGED

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Figura 13 – Indústria Ramarim

em Jequié

O saldo de contratação de mão de obra total é positivo nos dois anos considerados,

embora o ano de 2010 tenha apresentado um desempenho melhor que 2011. No ano de 2010,

entre os setores que mais incorporaram mão de obra, estão a indústria de calçados (saldo de

1.059), produtos alimentícios (saldo de 186), comércio e administração de imóveis (saldo de

70) e a indústria de produtos farmacêuticos (saldo de 51). Entre os setores que mais

demitiram, estão a construção (saldo negativo de 194) e a indústria têxtil (saldo negativo de

57). No ano de 2011, entre os setores que mais incorporaram mão de obra estão a indústria de

calçados (saldo de 2.220), o comércio varejista (saldo de 1.430) e os serviços de alojamento e

alimentação (saldo de 407). Entre os setores que mais

demitiram, estão a indústria têxtil (saldo negativo de

1.366), a construção civil (saldo negativo de 1.266) e os

serviços industriais de utilidade pública (saldo negativo de

1.092). De acordo a análise dos dados, os subsetores de

maior expressividade no município são o da indústria de

calçados, com destaque para a indústria de calçados

Ramarim (maior empregadora de Jequié) e o comércio

varejista.

Fonte: www.souzaandrade.com.br

Grau de instrução da mão de obra

As Tabelas 14 e 15 mostram o grau de instrução da mão de obra, por sexo, em Jequié,

nos anos de 2008 e 2011.

Considerando o total de empregados, tem-se a seguinte situação: em 2011, 0,5% dos

empregados era analfabeto, 9,9% tinham o Ensino Fundamental completo, 51,2%, o Ensino

Médio completo e 3,3%, o Ensino Superior completo. Esses dados indicam uma melhoria do

nível educacional da mão de obra de Jequié, constatada no aumento do percentual de

empregados com Ensino Médio em relação ao ano de 2008. Quando se examina a situação da

escolaridade da mão de obra por sexo, o quadro é o seguinte: em 2008, 1,1% da mão de obra

masculina e 1% da feminina eram analfabetos, 15,5% da mão de obra masculina e 10,5% da

feminina tinham o Ensino Fundamental completo, 37,3% da mão de obra masculina e 54% da

feminina tinham o Ensino Médio completo, 2% da mão de obra masculina e 6,4% da feminina

possuíam Ensino Superior completo. Nota-se, então, que tanto em 2008 como em 2011, a mão

de obra feminina tem um grau de escolaridade superior ao da masculina.

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Tabela 14 – Número de empregados por sexo, segundo o grau de instrução (2008)

Grau de instrução

2008

Total Masculino Feminino

Número % Número %

Total 18.424 10.773 58% 7.651 42%

Analfabeto 234 189 1,8% 45 0,6%

Até 5º incompleto do Ensino Fundamental

854 591 5,5% 263 3,4%

5º ano completo do Fundamental 815 651 6,0% 164 2,1%

6º a 9º ano incompleto do Fundamental 1.460 1.112 10,3% 348 4,5%

Ensino Fundamental completo 2.011 1.513 14,0% 498 6,5%

Ensino Médio incompleto 2.460 1.711 15,9% 749 9,8%

Ensino Médio completo 8.609 4.342 40,3% 4.267 55,8%

Educação Superior incompleta 412 213 2,0% 199 2,6%

Educação Superior completa 1.569 451 4,2% 1.118 14,6%

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - RAIS

Tabela 15 – Número de empregados por sexo, segundo o grau de instrução (2011)

Grau de instrução

2011

Total Masculino Feminino

Número % Número %

Total 23.929 13.543 57% 10.386 43%

Analfabeto 126 119 0,9% 7 0,1%

Até 5º incompleto do Ensino Fundamental

838 652 4,8% 186 1,8%

5º ano completo do Fundamental 699 547 4,0% 152 1,5%

6º a 9º ano incompleto do Fundamental 2.080 1.480 10,9% 600 5,8%

Ensino Fundamental completo 1.999 1.403 10,4% 596 5,7%

Ensino Médio incompleto 2.845 1.843 13,6% 1.002 9,6%

Ensino Médio completo 12.531 6.624 48,9% 5.907 56,9%

Educação Superior incompleta 622 251 1,9% 371 3,6%

Educação Superior completa 2.189 624 4,6% 1.565 15,1%

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - RAIS

A Tabela 16 informa o grau de instrução dos empregados por setor, no município de

Jequié, em 2011.

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O quadro da instrução por setor, em 2011, era o seguinte: na indústria, 0,3% dos

trabalhadores era analfabeto, 9% tinham Ensino Fundamental completo, 45,8% tinham Ensino

Médio completo e 0,8% tinha Ensino Superior completo; na construção civil, 1,7% era

analfabeto, 9,8% tinham o Ensino Fundamental completo, 34,1% tinham o Ensino Médio

completo e 2%, o Ensino Superior completo; no comércio, 0,2% dos trabalhadores era

analfabeto, 8,2% tinham o Ensino Fundamental completo, 66,2% tinham o Ensino Médio

completo e 3%, o Ensino Superior completo; nos serviços, 0,2% dos trabalhadores era

analfabeto, 7,5% tinham o Ensino Fundamental completo, 52,7% tinham o Ensino Médio

completo e 22,3%, o Ensino Superior completo; na agropecuária, 11,2% dos trabalhadores

eram analfabetos, 11,2% tinham Ensino Fundamental completo, 23,7% tinham Ensino Médio

completo e 1,8% dos trabalhadores, o curso superior completo. O nível de escolaridade é

bastante diferenciado segundo os setores. Os setores de serviços e comércio possuem os

melhores níveis de escolaridade, e a construção civil e a agropecuária possuem os piores. Em

relação ao total de trabalhadores, 0,5% era analfabeto, 8,3% tinham Ensino Fundamental

completo, 52,3%, Ensino Médio completo e 9,1%, o curso superior completo.

Tabela 16 – Número de empregados por setor de atividade e grau de instrução (2011)

Grau de instrução Total Indústria Construção

Civil Comércio Serviços Agropecuária

Total 23.929 7.860 1.095 5.895 8.624 455

Analfabeto 126 21 19 14 21 51

Até 5º ano

incompleto do Ensino Fundamental

838 127 178 100 313 120

5º ano completo do

Fundamental 699 164 137 163 175 60

6º a 9º ano

incompleto do Fundamental

2.080 1.224 133 387 294 42

Ensino Fundamental

completo 1.999 709 107 481 651 51

Ensino Médio

incompleto 2.845 1.879 118 523 311 14

Ensino Médio completo

12.531 3.600 373 3.904 4.546 108

Educação Superior

incompleta 622 74 8 145 394 1

Educação Superior

completa 2.189 62 22 178 1.919 8

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – RAIS

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A Tabela 17 apresenta a evolução do número de trabalhadores, segundo o grau de

instrução, entre 2006 e 2011.

Ela revela que o número de trabalhadores com Ensino Médio completo foi o que mais

cresceu no período, passando de 6.690, em 2006, para 12.531 em 2011, um crescimento de

quase 100% no período. Além disso, trabalhadores com Ensino Médio possuem a maior parte

do total de empregos no município em 2011 (52%). Chama a atenção, também, o crescimento

do número de trabalhadores com o curso superior completo, que passa de 945, em 2006, para

2.189, em 2011, que corresponde ao maior crescimento percentual do período (superior a

100%).

Tabela 17 – Número de empregados por grau de instrução (2006-2011)

Grau de instrução 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Total 15.338 16.555 18.424 20.039 22.076 23.929

Analfabeto 263 239 234 225 218 126

Até 5º ano incompleto do Ensino Fundamental 903 902 854 573 632 838

5º ano completo do

Fundamental 839 933 815 655 583 699

6º ao 9º ano incompleto do

Fundamental 1.586 1.482 1.460 1.680 1.865 2.080

Ensino Fundamental completo 1.763 1777 2011 2160 2.168 1.999

Ensino Médio incompleto 1.969 2031 2460 2601 2.938 2.845

Ensino Médio completo 6.690 7.474 8.609 9.271 10.960 12.531

Educação Superior incompleta 380 377 412 608 598 622

Educação Superior completa 945 1.340 1.569 2.266 2.114 2.189

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - RAIS

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1.8 Produto Interno Bruto Municipal

A Tabela 18 mostra a distribuição do Produto Interno Bruto (PIB) entre os municípios da

Microrregião Jequié nos anos de 2005 e 2010. A análise da tabela revela alguns dados

interessantes. O município de Jequié sozinho é responsável por mais de 48% do PIB dessa

microrregião, ficando muito acima do de Jaguaquara, que se apresenta como o segundo maior.

Tabela 18 – PIB a preços correntes (1 000 R$) na microrregião Jequié, 2005 e 2010

Municípios População 2010

Produto Interno Bruto

A preços correntes (1 000 R$)

2005 2010

Microrregião 508.347 2.161.986 3.469.110

Aiquara 4.602 14.208 25.484

Amargosa 34.351 105.014 186.869

Apuarema 7.459 18.614 35.780

Brejões 14.282 86.285 91.952

Cravolândia 5.041 13.073 23.149

Irajuba 7.002 17.872 30.412

Iramaia 11.990 31.462 47.540

Itagi 13.051 35.226 61.855

Itaquara 7.678 23.900 35.557

Itiruçu 12.693 47.436 67.004

Jaguaquara 51.011 171.226 269.661

Jequié 151.895 1.055.578 1.675.164

Jiquiriçá 14.118 32.020 56.944

Jitaúna 14.115 41.980 62.590

Lafaite Coutinho 3.901 13.566 20.794

Laje 22.201 69.897 126.233

Lajedo do Tabocal 8.305 36.815 44.561

Maracás 24.613 80.208 122.697

Marcionílio de Souza 10.500 25.253 46.866

Milagres 10.306 28.448 51.744

Mutuípe 21.449 57.970 112.510

Nova Itarana 7.435 16.438 26.865

Planaltino 8.822 17.808 35.231

Santa Inês 10.363 25.216 41.648

São Miguel das Matas 10.414 42.655 76.088

Ubaíra 19.750 53.818 93.912

Fonte: IBGE

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Sobre os municípios que compõem a Microrregião Jequié, convém analisar que a maior

parte deles tem dificuldade de concretização e atração de negócios econômicos, pela incipiência

de suas economias. Trata-se de pequenos municípios, quase todos com a maior parte da

geração de emprego e renda centrada nas atividades da administração pública, além de uma

composição setorial baseada na agropecuária, que, em geral, concentra-se na produção para a

subsistência, o que os torna amplamente dependentes dos recursos provenientes das

transferências de renda (aposentadorias e programas assistenciais, como o Bolsa Família). Do

ponto de vista das administrações municipais, vê-se, também, a forte dependência que tais

municípios têm das transferências oriundas de fundos constitucionais e de ICMS para a

manutenção das atividades públicas.

Em 2010, a revista Veja, edição número 2.180, publicou uma matéria com a relação dos

106 municípios médios brasileiros que mantiveram, entre 2002 e 2007, taxa de crescimento

econômico igual ou superior à nacional de 4%. Na relação, constavam os 25% de municípios

que tiveram a atividade comercial como principal fonte de renda, a partir da característica de

pólos regionais com grandes redes varejistas e atacadistas. Com base na média anual do PIB

(Produto Interno Bruto), foi destacada a seguinte relação: Itapecerica da Serra (SP), 12,5%;

Lauro de Freitas (BA), 11,9%; Santana de Parnaíba (SP), 10,7%; Caxias (MA), 10,6%; Itaituba

(PA), 8,9%; Palhoça (SC), 8,6%; Vitória da Conquista (BA), 8,6%; Barureri (SP), 7,8%;

Castanhal (PA), 7,3%; Pouso Alegre (MG), 7,2%; Ribeirão das Neves (MG), 7%; Cariacica

(ES), 6,9%; Embu (SP), 6,8%; São José (SC), 6,8%; Jequié (BA), 6,8%, seguindo outros 14

municípios.

Jequié figurou na relação dos 106 municípios médios brasileiros que mantiveram, entre 2002 e 2007, taxa de crescimento econômico igual ou superior à nacional de 4%.

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Como pode ser observado na Tabela 19, todos os municípios da Microrregião Jequié têm

o serviço como setor da economia com maiores valores adicionados, embora sejam superados

de longe pela expressividade de Jequié. Nela, principal cidade da microrregião, o setor de

serviços é o mais importante, correspondendo a 47,9% do PIB do município, resultante da

concentração de atividades tanto no setor público como também no privado. Nos demais,

percebe-se nitidamente a importância da agropecuária na composição da economia. O valor

adicionado pela indústria não é expressivo na região, somente com destaque para Jequié, que

possui 54,9% do valor total da indústria regional.

Tabela 19 – Microrregião de Jequié: valor adicionado por setores de atividade econômica, PIB total e per capita nos municípios (2008)

Municípios Valor Adicionado (R$ milhoes) PIB (R$

milhoes) PIB Per Capita

(R$ 1,00) Agropecuária

Indústria Serviços

Aiquara 5,84 1,40 12,19 19,94 3.718,65

Amargosa 22,64 13,94 96,23 141,01 4.038,21

Apuarema 6,28 1,91 15,97 24,92 3.278,46

Brejões 36,61 5,60 39,58 85,85 6.746,31

Cravolândia 4,51 1,58 12,06 18,68 3.305,06

Irajuba 5,13 1,95 17,16 25,05 3.317,43

Iramaia 8,25 3,59 29,50 42,66 2.790,08

Itagi 6,51 3,62 31,07 42,58 2.994,73

Itaquara 7,82 3,00 17,48 29,20 3.762,41

Itiruçu 14,41 4,66 38,88 60,83 3.678,25

Jaguaquara 51,71 15,38 145,55 226,52 4.709,63

Jequié 20,85 142,67 1.019,09 1.387,79 9.230,34

Jiquiriçá 7,97 3,70 27,70 40,75 2.959,34

Jitaúna 7,26 4,14 36,59 49,85 2.964,47

Lafaiete Coutinho 4,98 1,03 9,42 15,78 4.430,73

Lajedo do Tabocal 17,21 2,39 19,45 39,99 4.481,68

Laje 17,34 7,29 74,51 109,11 4.969,45

Maracás 25,52 8,75 71,07 109,38 3.070,90

Marcionílio de Souza 8,27 2,64 21,62 33,62 3.044,34

Milagres 2,31 4,46 31,08 40,48 3.345,69

Mutuípe 14,42 7,12 59,07 81,91 3.734,14

Nova Itarana 4,91 1,87 14,76 22,21 2.861,06

Planaltino 6,84 2,20 17,52 27,37 3.109,93

Santa Inês 3,38 2,92 24,09 31,91 2.945,37

São Miguel das Matas 35,55 3,69 35,79 79,42 7.475,84

Ubaíra 18,78 5,50 46,97 73,71 3.449,55

Fontes: SEI, IBGE

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1.9 Transportes

A análise sobre os microdados do Departamento Estadual de Trânsito da Bahia –

DETRAN – revela que, em 2001, circulavam por Jequié 13.918 veículos, destes 6.812 eram

automóveis, 3.496 eram motocicletas, 2.599 eram caminhões e camionetas e 211 eram ônibus

e micro-ônibus, dentre outros veículos. Já em 2011, a frota de veículos já era três vezes maior,

atingindo a marca de 43.152 (a nona maior frota de veículos da Bahia), dos quais 15.364 eram

automóveis, 17.808 eram motocicletas, 5.794 eram caminhões ou camionetas e apenas 470

eram ônibus ou micro-ônibus. A média de habitantes por automóvel particular no município de

Jequié, em 2011, foi de 9,8.

O gráfico a seguir, baseado em dados do DETRAN, mostra a evolução do número de

veículos automotores em Jequié no período 2007-2011, destacando não só a ampla

prevalência, mas também o crescimento contínuo do total de automóveis e motocicletas no

município. Os dados do gráfico se referem somente a veículos com placa do município.

Gráfico 4 – Crescimento da frota de veículos4, automóveis e motocicletas com placa de Jequié (2007-2011)

Fonte: Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN

4 A frota total de veículos em Jequié variou de 26.722 em 2007 para 43.152 em 2011, numa média de crescimento ao ano em torno de 3.286 novos veículos e mais de 50 por semana.

26.722 30.347 34.346 38.854 43.152

11.147 11.834

13.129 14.194

15.364

9.442 11.608

13.444

15.763

17.808

6.133

6.905

7.773

8.897

9.980

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

90.000

100.000

2007 2008 2009 2010 2011

Outros Motocicleta Automóvel Total de Veículos

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Tabela 20 – Crescimento da frota de veículos com placa de Jequié (2007-2011)

Fonte: Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN

De 2007 a 2011, o número de motocicletas em Jequié passou de 9.442 para 17.808,

crescimento impulsionado por atrativos, como incentivo para a aquisição, custo relativamente

baixo de combustível e pela possibilidade de utilização desse transporte na geração de renda,

através do desempenho de atividades como motoboy ou mototaxista (uma alternativa de

muitos jovens devido à falta de emprego). A propósito deste serviço, é oportuno citar que o

mesmo possui grande aceitação por parte da população do município, que o utiliza em

detrimento do transporte coletivo urbano, que, por sinal, é muito deficitário. No entanto, com o

surgimento de novos bairros e conjuntos habitacionais e o valor do serviço moto-táxi, muitas

vezes, inviável para os novos trajetos, a população jequieense está aprendendo a usar o

transporte coletivo urbano, fato observado pelo aumento do número de passageiros nos ônibus

da empresa Expresso Rio de Contas (única empresa prestadora deste serviço no município). A

tendência é que esse aumento na demanda por transporte coletivo urbano possa contribuir com

a melhoria desse serviço, incluindo a renovação e aumento da frota de veículos.

Transporte rodoviário

Como é possível verificar no mapa rodoviário do Estado da Bahia, o município de Jequié

possui alto grau de acessibilidade aos principais centros econômicos do País, contando com

excelentes rodovias. Sua localização espacial, em conjunto com as demais variáveis de

infraestrutura e qualidade de vida, oportuniza a instalação de novos negócios no território

municipal. No quadro a seguir, estão indicados os acessos por rodovias a algumas capitais dos

Estados brasileiros.

2007 2008 2009 2010 2011

Total de Veículos 26.722 30.347 34.346 38.854 43.152

Automóvel 11.147 11.834 13.129 14.194 15.364

Camioneta 2.787 2.955 3.245 3.609 3.977

Caminhão 1.447 1.508 1.592 1.692 1.817

Ônibus 249 286 326 351 384

Micro-ônibus 49 57 69 71 86

Motocicleta 9.442 11.608 13.444 15.763 17.808

Outros 1.601 2.099 2.541 3.174 3.716

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Quadro 2 – Acesso por rodovias às capitais dos Estados brasileiros

Cidades Distância (km) Principais vias de acesso

Salvador 358 km BR-116, BR-101

Fortaleza 1356 Km BR-116

Belo Horizonte 782 km BR-116

Rio de Janeiro 1.060 km BR-116

São Paulo 1.281 km BR-116

Fonte: DERBA (2008)

Algumas linhas de ônibus que servem o município

Empresa: Gontijo/São Geraldo

São Paulo x Jequié

11:30 h (2ª, 3ª, 5ª, 6ª, sábado e domingo), 10:00 h (3ª, sábado e

domingo)

Empresa: Camurujipe

Empresa: Cidade Sol (horário de segunda a domingo)

Jequié x São Paulo

09:38 h (de 2ª a domingo),

10:00 h (3ª, 5ª, 6ª e domingo)

Jequié x Volta Redonda

09:38 h (de 2ª a domingo),

10:00 h (3ª, 5ª, 6ª e domingo)

Volta Redonda x Jequié

09:38 h (de 2ª a domingo),

16:40 h (3ª, 5ª, sábado e domingo)

Jequié x Salvador

00:40 h (2ª, 6ª e domingo), 07:15 h

(2ª a domingo), 09:10 h (2ª a

domingo), 10:00 h (2ª a sábado),

14:00 h (2ª a domingo), 23:30 h (2ª

a 6ª e domingo), 23:50 h (2ª a 6ª e

domingo)

Salvador x Jequié

05:30, 07:30, 09:30, 10:30, 11:55,

13:00, 14:00, 17:00, 22:50 (2ª a

domingo), 21:00, 22:30, 23:10 (2ª a

6ª e domingo)

Jequié x Itabuna

04:30, 06:00, 07:00, 08:00, 10:00,

11:30, 12:30, 13:30, 14:30, 15:30,

16:30, 17:30, 18:30

Itabuna x Jequié

05:00, 06:00, 07:00, 08:00, 10:00,

11:00, 12:30, 13:30, 14:30, 15:20,

16:20, 17:00, 18:40, 20:00

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A empresa Cidade Sol (cuja matriz está situada em Jequié) exerce predomínio no

transporte rodoviário da cidade e é responsável pela maior parte das linhas intermunicipais e

municipais que servem a Jequié.

Transporte ferroviário

O município não conta com essa modalidade de transporte.

Aeroporto e campo de pouso

O Terminal Aeroviário Vicente Grillo, situado na cidade de Jequié, encontra-se atualmente

desativado pela Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC.

Possui pista de pouso e decolagem de 1,3 km e 30 metros de largura, sem iluminação

noturna ou torre de controle. O terminal já foi servido pela companhia aérea Abaeté, que usava

o avião Embraer EMB 110 Bandeirante, porém, devido à baixa procura por voos, desativou sua

linha para a cidade.

O terminal recebe apenas voos particulares. Em 2013, especula-se que o governo do

Estado, em parceria com o governo federal, fará investimentos na reforma do terminal de

passageiros e da pista de pouso e decolagem para que a ANAC possa liberar o aeroporto para

voos regulares. A reforma do terminal é uma necessidade emergencial, haja vista os inúmeros

investimentos comerciais e também de infraestrutura ocorrendo no município, a exemplo da

Ferrovia Oeste/Leste.

Figura 14 – Terminal Aeroviário Vicente Grillo, Jequié

Fonte: www.jequiereporter.com.br

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1.10 Panorama da Educação

Jequié possui a segunda maior rede de ensino da Mesorregião Centro-Sul baiano nos

níveis fundamental, médio e superior, atrás apenas de Vitória da Conquista. Isso explica o fato

de as populações circunvizinhas que estão num raio de até 200 km servirem-se com

expressividade das suas escolas de nível médio, dos cursos de nível superior e dos cursos

técnicos – estes últimos já com uma boa oferta e diversidade – posto que muitos municípios

possuem apenas escolas de nível fundamental, tanto na rede pública quanto na rede particular.

Nesta direção, cumpre observar que o município de Jequié é sede da décima terceira

Diretoria Regional de Educação e Cultura (13ª DIREC) do Estado da Bahia, que abrange um

total de 25 municípios e possui mais de 103 escolas jurisdicionadas (estaduais, municipais e

particulares, nos níveis infantil, fundamental e médio). Assim, principalmente para os

profissionais das escolas estaduais, os cursos e as orientações técnicas oferecidos aos diretores,

coordenadores e professores são realizados na sede da Diretoria de Ensino, na cidade de

Jequié. Dessa maneira, frequentemente há trabalhadores da área da Educação presentes na

cidade, frequentando os cursos e as orientações e promovendo incremento no comércio e nos

serviços jequieenses.

O número total de escolas de Jequié é 213, sendo 30 estaduais, 123 municipais, 59

privadas e 1 federal.

As fontes históricas dão conta de que a primeira escola de Ensino Médio de Jequié só veio

surgir três décadas após a sua emacipação. Em 1935, surgiu o primeiro centro de ensino de

nível médio, o Ginásio Jequié, fundado pelo prof. Antônio Félix de Brito, cuja sede funcionou no

Edifício Grillo (Rua 2 de Julho, esq. com a Praça Ruy Barbosa), depois recebeu denominação de

Centro Educacional Ministro Spínola (CEMS), que foi extinto em 2008.

Um dos grandes marcos da educação jequieense, o Instituto de Educação Régis Pacheco

(IERP), começou a ser construído em 1952, quando Régis Pacheco era governador da Bahia e

Lomanto Júnior era prefeito de Jequié. Hoje, ampliado em várias oportunidades, oferece cerca

de 5.000 vagas. Depois do IERP, vieram o Centro de Educação Técnica de Jequié (CETEJE), o

Colégio Antônio Pinheiro (CAP), o Colégio Matisse, o Colégio Social, o Colégio Câmpus, Colégio

D. Pedro II, Escola Adventista, a Escola Menino Jesus de Praga, entre outros. Entre os

estaduais, merecem referência o Colégio-Modelo Luís Eduardo Magalhães, o Colégio Polivalente,

o Centro Integrado Luís Viana e o Colégio da Polícia Militar. Além das escolas primárias (1º ao

5º ano), mantém a prefeitura os seguintes ginásios municipais, que ministram aulas até o 9º

ano: Celi de Freitas (Jequiezinho), Alíria Argolo (Mandacaru), Stela Câmara Dubois (Urbis),

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Ginásio Gercino Coelho (Caixa D’Água), Presidente Médici (Joaquim Romão), Centro

Educacional Mário Simões Filho (Av. Tote Lomanto, Joaquim Romão), Ginásio Adolfo Ribeiro

(Loteamento São Judas Tadeu), Centro Educacional Prof. Brito (Rua Itajuru, Joaquim Romão),

Leur Lomanto (distrito de Itaibó), Landulfo Caribé (distrito de Florestal), Ginásio Professora

Ednalva Miranda Almeida (Itajuru).

No ano de 2010, a Secretaria Municipal de Educação realizou matrículas de 21.655 (vinte

e um mil, seiscentos e cinquenta e cinco) alunos, envolvendo a Educação Infantil e o Ensino

Fundamental. A matrícula na sede (17.331) corresponde a 80% do total. Em 2010, foram

matriculadas 2.642 crianças na pré-escola e 888 em creches.

Em relação ao ensino superior, a principal instituição é a Universidade Estadual do

Sudoeste Bahia (UESB), localizada no bairro Jequiezinho, onde são oferecidos 10 cursos de

graduação (bacharelados e licenciaturas), a saber: Ciências Biológicas, Educação Física,

Enfermagem, Fármacia, Fisioterapia, Pedagogia, Matemática, Medicina, Química e Sistemas da

Informação. Além dos cursos de graduação, a UESB possui 04 cursos de especialização e 02

cursos de mestrado. Convém destacar a existência de um significativo contingente de

estudantes que residem em outros municípios e se deslocam diariamente para a UESB, o que

possibilita a emergência de vínculos desse volume de estudantes com o comércio e os serviços

de Jequié.

Figura 15 – Entrada da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB

Fonte: www.jequiereporter.com.br

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A cidade de Jequié dispõe ainda de 04 faculdades privadas: Faculdade de Tecnologia e

Ciências (FTC), Faculdade Integrada Euclides Fernandes (FIEF), Faculdades Unidas de Pesquisa,

Ciências e Saúde (FAPEC) e Universidade Norte do Paraná (UNOPAR).

TABELA 21 – Relação dos cursos superiores oferecidos nas institutições privadas de ensino superior de Jequié (2013)

Cursos de Graduação Oferta nas faculdades privadas

FTC FIEF FAPEC UNOPAR

Administração X X X

Biologia X

Biomedicina X

Ciências Contábeis X X

Economia X

Enfermagem X X

Geografia X

História X

Jornalismo X

Letras X

Matemática X

Pedagogia X X

Psicologia X

Publicidade e Propaganda X

Serviço Social X

Sistemas de Informação X

Fontes: Faculdade de Tecnologia e Ciência – FTC; Faculdade Integrada Euclides Fernandes – FIEF; Faculdades Unidas de Pesquisa, Ciências e Saúde – FAPEC; Universidade Norte do Paraná – UNOPAR

Cursos de Pós-Graduação ofertados pela FIEF – Gestão e Educação Ambiental;

Metodologia do Ensino Superior; Gestão Empresarial; Gestão de Recursos Humanos; Gestão

Tributária; Contabilidade Gerencial; Administração para o Desenvolvimento Local;

Psicopedagogia Institucional; Educação Especial; Leitura e Produção de Textos; Gestão e

Supervisão Escolar.

Cursos de Pós-Graduação ofertados pela UNOPAR - Direito Ambiental; Educação a

Distância; Contabilidade, Perícia e Auditoria; Direito Previdenciário; Desenvolvimento de

Aplicações Web Baseadas na Tecnologia JAVA; Educação Especial Inclusiva; Educação Infantil;

Metodologias para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental: Oficinas Pedagógicas;

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Psicopedagogia Institucional; Responsabilidade Social Sustentável: Projetos; Gestão,

Licenciamento e Auditoria Ambiental; Gestão Social: Políticas Públicas, Redes e Defesa de

Direitos; História Social; MBA Finanças Empresariais e Bancos; MBA Gestão de Pessoas; MBA

Executivo em Negócios; Educação Infantil; Gestão e Organização da Escola.

Cursos de Pós-Graduação ofertados pela FTC – Enfermagem na Urgência e na

Emergência; Saúde Coletiva com Ênfase em PSF; Enfermagem Obstétrica; Educação Inclusiva e

Políticas Públicas; Práticas Intersetoriais no SUS e SUAS.

Cursos Superior de Tecnologia da UNOPAR – Tecnologia em Gestão de Recursos

Humanos; Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas; Tecnologia em Estética e

Imagem Pessoal; Tecnologia em Gestão Hospitalar; Tecnologia em Processos Gerenciais;

Tecnologia em Marketing; Tecnologia em Gestão Ambiental; Tecnologia em Gestão Pública;

Tecnologia em Logística; Tecnologia em Segurança do Trabalho.

No ensino técnico, a principal instituição é o Instituto Federal da Bahia (IFBA), Campus

Jequié, que foi construído em uma área de 40 hectares, no bairro Cidade Nova (área de

expansão da cidade). O IFBA representa um marco na educação jequieense, uma vez que

propicia aos jovens do município e região o acesso a uma escola que “tem como marca o

padrão de qualidade”. As aulas da instituição tiveram início em março de 2011. Atualmente, o

campus do IFBA, em Jequié, oferta os cursos de Informática e Eletromecânica e aloca cerca de

500 estudantes nos turnos matutino, vespertino e noturno.

Cursos Técnicos ofertados na FTC – Edificações; Eletroeletrônica; Segurança do

Trabalho.

Endereço e contato das Instituições privadas de Ensino Superior e Técnico de Jequié

Faculdade Integrada Euclides Fernandes – FIEF

Entidade Mantenedora: Centro de Educação Técnica de Jequié.

Rua Pe. Altino Freire, 63 - Centro - CEP: 45203-030 - Jequié/Bahia. (73) 3525-1577

http://www.fief.com.br

Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC

Rua Antônio Orrico, 357, São Judas Tadeu - CEP: 45204-010 - Jequié/Bahia. (73) 3527-8100

http://portal.ftc.br/index.php?option=com_frontpage&Itemid=97

Faculdades Unidas de Pesquisas, Ciências e Saúde – FAPEC

Rua Deputado Manoel Novais, 55 São Luiz - CEP: 45203-370 - Jequié/Bahia.

(73) 3526-1770 http://www.faculdadefapec.com.br/

Universidade Norte do Paraná – UNOPAR Avenida Franz Gedeon, 485 - A - CEP: 45205-310 - Jequié/Bahia.

(73) 3525-0903 http://pólos.unoparead.com.br/jequie-ba

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1.11 Panorama da Saúde

A posição de Jequié como uma cidade central é reforçada, como já foi mencionado

anteriormente, principalmente pelos equipamentos e serviços de saúde que são oferecidos às

cidades que estão em seu entorno. Os principais hospitais da cidade são o Hospital Geral Prado

Valadares (HGPV), o Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (HNSPS), o Hospital São

Vicente (HSV) e o Instituto de Ortopedia e Reabilitação Traumatológica (IORT), que atendem

pacientes provenientes de várias localidades, como pode ser visto na Tabela 22. Nela, foram

relacionados aqueles municípios que fazem parte da 13ª Diretoria Regional de Saúde de Jequié

(13ª DIRES) e que mais demandaram dos equipamentos públicos e privados de Jequié

destinados à prestação de serviços na área de saúde.

Tabela 22 – Procedência dos pacientes atendidos nos principais hospitais da cidade de Jequié (2007)

Municípios de origem Unidade de Saúde

HGPV HNSPS HSV IORT Total

Aiquara 49 4 6 4 63

Apuarema 41 7 4 6 58

Barra do Rocha 7 - - 2 9

Boa Nova 84 - 15 8 107

Cravolândia 9 - 12 - 21

Dário Meira 17 - 6 2 25

Ibirataia 14 - 2 5 21

Ipiaú 36 7 7 18 68

Irajuba 34 2 8 20 64

Iramaia 22 1 5 1 29

Itagi 118 9 15 15 157

Itagibá 41 2 15 - 58

Itaquara 14 - 3 - 17

Itiruçu 38 4 1 3 46

Jaguaquara 8 7 21 24 140

Jequié 21.573 1.892 1.035 792 25.292

Jitaúna 215 38 25 16 294

Lafaiete Coutinho 112 39 9 5 165

Lajedo do Tabocal 14 1 7 1 23

Manoel Vitorino 419 55 21 19 514

Maracás 65 5 29 4 103

Mirante 6 1 2 1 10

Planaltino 13 7 2 2 24

Santa Inês 18 2 15 8 43

Ubatã 6 2 1 2 11

TOTAL 23.053 2.085 1.266 958 27.362

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Jequié

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Esses dados permitem verificar o papel desempenhado por Jequié, evidenciado na

inserção da cidade na região, a partir da centralização do serviço de saúde e da modernização

dos seus equipamentos, além da existência e ampliação de profissionais de nível superior.

Figura 16 – Mapa da área de influência imediata de Jequié em relação aos serviços de saúde

Fonte: Dissertação de Mestrado de Adenilson Rosa, UNIFACS-Salvador

A centralização de Jequié na área de saúde é reforçada, principalmente, pela carência de

profissionais e equipamentos nos municípios vizinhos, além da facilidade de acesso através das

rodovias BR-116 e BR-330. Além desses fatores, o crescimento do serviço de saúde em Jequié,

no final do século XX, se deve: a) à implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) no final da

década de 1980, que ampliou os serviços e as clínicas passaram a atender por esse sistema; b)

à falta de equipamentos de saúde na região de jurisdição da 13ª Diretoria Regional de Saúde –

13ª DIRES, convergindo os pacientes para Jequié; c) ao crescimento de clínicas especializadas

e diversificação dos serviços de saúde; d) ao crescimento do número de profissionais de saúde,

com a interiorização dos serviços de saúde; e) à facilidade de acesso através das rodovias; f)

aos cursos na área de saúde na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) - campus

de Jequié e na Faculdade de Tecnologia e Ciência (FTC).

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Hospital Geral Prado Valadares. Um hospital regional da rede Sistema Único de Saúde

e referência para, aproximadamente, 30 municípios. Fundado em março de 1947, conta com

155 leitos e é campo de estágio para estudantes da área de saúde da Faculdade de Tecnologia

e Ciências, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e Escola Técnica de Enfermagem.

Possui ambulatórios de urologia, pediatria, ortopedia, ginecologia, psiquiatria e neurologia,

onde realiza internamentos nas especialidades de pediatria, clínica médica, obstetrícia, cirurgia

geral e psiquiatria, com cerca de 11.500 atendimentos ambulatoriais por mês. É o único

hospital da cidade que presta atendimento a grandes emergências na região.

Figura 17 – Hospital Geral Prado Valadares, Jequié

Fonte: www.bahiatododia.com.br

No dia 7 de maio de 2013, foi inaugurada a UTI Neonatal da Santa Casa Hospital São

Judas Tadeu, a primeira da região. A nova ala do hospital conta com 14 leitos, traz o que há de

mais moderno em tecnologia de equipamentos no campo da neonatologia e dispõe de uma

equipe multidisciplinar de profissionais especializados em atendimento neonatal. A Santa Casa

oferece, também, cinco leitos clínicos neonatais de apoio à UTI Neonatal, utilizados por bebês

antes da alta hospitalar. A UTI Neonatal complementa a assistência integral ao Serviço de

Obstetrícia do Hospital, que possui um Centro de Parto Normal, Centro de Parto para

atendimento a gestante de alto risco, clínica obstétrica e assistência pelo Sistema Único de

Saúde (SUS), possuindo capacidade para 8.000 atendimentos por ano. Para os moradores de

Jequié e região, as instalações representam uma enorme segurança aos pais e bebês. Isso

porque, sem precisar se deslocar para a capital, eles contarão com tecnologia avançada,

serviços de ponta e atendimento humanizado, um diferencial da Fundação.

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Figura 18 – UTI Neonatal da Santa Casa Hospital São Judas Tadeu, Jequié

Fonte: www.fjs.org.br

As cidades de Vitória da Conquista, Itabuna e Salvador concorrem diretamente com

Jequié na oferta de serviços de saúde, principalmente naqueles mais especializados que exigem

equipamentos mais sofisticados.

As Unidades Básicas de Saúde são constituídas dos Centros de Saúde Almerinda Lomanto

(em frente à Rodoviária), Centro de Saúde Sebastaião Azevedo (Mandacaru), Centro de Saúde

Jequié (próximo ao IERP), Centro de Saúde Júlia Magalhães (próximo ao Colégio Polivalente) e

mais 21 Unidades de Saúde distribuídas pela sede, distritos e povoados.

Entre os vários programas desenvolvidos, encontram-se:

a) Programa Integral à Saúde da Mulher. Com assistência pré-natal, preventivo de

câncer cérvico-uterino e da mama, planejamento familiar, diagnóstico e tratamento das

doenças sexualmente transmissíveis, incentivo ao aleitamento materno etc.

b) Programa de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente. Com a

implantação do sistema de vigilância nutricional e alimentar; acompanhamento das crianças no

crescimento e desenvolvimento; controle e tratamento das diarreias; vacinação.

c) Programa de Saúde do Adolescente. Traz orientações sobre sexualidade,

prevenção de drogas e gravidez na adolescência.

d) Atenção ao portador de hipertensão arterial e ao portador do diabetes mellitus.

e) Vigilância epidemiológica. Desenvolve atividades educativas na comunidade (zona

urbana e zona rural), ações de vacinação e de combate à dengue.

f) Vigilância sanitária. Com ações de vacinação de cães e gatos, implantação da

Portaria Municipal 304 (que cuida do comércio de carnes nos açougues), além da vistoria em

lanchonetes, hotéis, bares, restaurantes, clínicas, laboratórios, hospitais etc.

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g) Programa Saúde da Família. Presente na sede e nos distritos, integrado ao

Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), com 234 agentes e 8

enfermeiros/supervisores, que desenvolvem atividades em pré-natal, crescimento e

desenvolvimento, planejamento familiar etc.

De acordo com a tabela a seguir, o perfil de mortalidade de Jequié, salvo em alguns

aspectos específicos, é bastante semelhante ao do Brasil e do Estado da Bahia como um todo.

Os dados analisados fazem parte do DATASUS/Ministério da Saúde e são gerados nos

municípios pelo Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), a partir do registro de óbito.

Tabela 23 – Mortalidade geral, por tipos de causas no município de Jequié e no Estado da Bahia (2006-2010)

Causas de Morte (CID-BR-10)

Jequié Estado da Bahia

2006-2010 2006-2010

Nº % Nº %

Doenças do aparelho circulatório 1.576 27% 90.459 25,5%

Neoplasias 483 8% 40.571 11,4%

Causas externas 665 11% 52.570 14,8%

Doenças do aparelho respiratório 430 7% 26.801 7,5%

Doenças do aparelho digestivo 377 6% 16.604 4,7%

Doenças endócrinas, nutricionais 569 10% 24.451 6,9%

Doenças infecciosas ou parasitárias 328 6% 17.413 4,9%

Infecções originadas na fase perinatal 303 5% 13.355 3,7%

Doenças do aparelho geniturinário 100 2% 5.452 1,5%

Doenças do sistema nervoso 68 1% 4.552 1,3%

Transtornos mentais e comportamentais 46 1% 3.693 1,0%

Outras causas 972 16% 58.421 16,5%

Total 5.917 100,0 354.342 100,0

Fonte: Datasus/Ministério da Saúde

A principal diferença que merece ser ressaltada é:

a) Participação ligeiramente maior, no município, de óbitos relacionados às doenças do

aparelho circulatório e às doenças endócrinas nutricionais. No Brasil, as causas externas têm se

mantido como nos últimos anos, no segundo lugar entre as situações que causam mais mortes

na população, ultrapassadas apenas pelas doenças cardiovasculares;

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1.12 Panorama cultural do município

A tradição cultural jequieense data do século XIX, quando o poeta João Bastos fez

publicar o jornal mural manuscrito “O Literato”, primeiro registro da sua imprensa. Por essa

mesma época, o próprio João Bastos, Lindolfo Rocha (autor do romance “Maria Dusá”, uma das

obras mais importantes da literatura regionalista brasileira), João Carlos Borges, José Alves

Pereira, Damião Vieira e outros fundam a “Sociedade Literária”, em cuja sede se promoviam

concorridas tertúlias semanais. Em 1º de junho de 1902, deu-se o lançamento de “O Jequié”,

de propriedade de Leopoldo de Araújo, segundo jornal a ser impresso na vila.

Na imprensa e nas letras merecem referência, além dos citados acima, Lídio Santos,

Antônio Amaral, Jovino Astrê (diretor da revista “O Cometa”), Adauto Cidreira, Oswaldo Silva,

Walter Nogueira, Zenildo Tourinho, Rui Espinheira (pai e filho), Wilson Novais (autor do livro de

crônicas e poesias “Folhas soltas” e do soneto “Cidade Sol”, depois transformado em “Hino de

Jequié”), Eusínio Soares, Dorival Borges de Sousa, Antur Assis

(poesia: “Harpa de prata”, “Pontes do Rio de Contas”), Maria

Judith (poesia: “Entre o riso e a lágrima”, “O homem por trás

do chope”), Hermes Matos Martins, Pedro Paulo Braga (“Um

louco no quarteirão”, “Um homem e três cabras magras”, “Se

os pardais falassem”, “Fogo pagô”), Henrique Meira Magalhães,

Milton Rabelo (livro de memórias: “Narrativa de uma

existência”), Émerson Pinto de Araújo (“História de Jequié”,

“Capítulos da história de Jequié”, “A nova história de Jequié”),

Pacífico Ribeiro (“Sonetos remanescentes” e “O meu canto de

amor a Jequié”), Luís Cotrim (“A poesia de Luís Cotrim no

centenário de Jequié”) e Edgar Ferraro.

A atualidade das letras. Entre os artistas e escritores recentes, citam-se: Waly Salomão

(compositor, poeta, uma das figuras marcantes da cultura brasileira nas três últimas décadas,

autor de obras como “Me segura qu’eu vou dar um troço”, “Armarinho de miudezas”, Hélio

Oiticica e “Algaravias – câmara de ecos”); Ruy Espinheira Filho (jornalista, cronista, poeta,

romancista, um dos mais importantes e premiados representantes de sua geração, autor de:

“Heléboro”, “Morte secreta e poesia interior”, “Antologia poética”, “De paixões e vampiros”,

“Poesia reunida e inéditos”, etc. ), Jorge Salomão (compositor e poeta, autor de “Moisacal”, “O

Olho do tempo”, “Campo da América”, “Sonoro”), Gey Espinheira (sociólogo, autor de

“Comunidade do Maciel”, “Divergência e Prostituição”, etc.), Erisvaldo Pereira dos Santos

(professor da Universidade Federal de Ouro Preto, MG, autor de “Formação de professores e

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religiões de matrizes africanas: um diálogo necessário”, de 2010), Humberto Mariotti (autor dos

romances “Peixes deitados de lado”, de 1978, e “Passagem das luzes”, de 1983, e do livro de

contos “Um circo só de mágicos”, de 1987), José Inácio Vieira de Melo (“Códigos do silêncio”,

2000, “A teceira romaria”, 2005, “A infância do Centauro”, 2007, poesia, entre outros), Rogério

Menezes (“Meu nome é Gal”, 1985, “Um povo a mais de mil”, 1994), Ivonildo Calheira

(“Geondy” e “Nas asas da imaginação”), Álvaro Veiga (“História de um velho homem do mar”,

“Contos e versos”, “Olhos da alma”, entre outros), João Miranda Pithon (“Percurso de um

poeta”, 2006).

Literatura de cordel. Jequié tem presença assegurada na história da literatura de

cordel, graças ao nome de Rodolfo Coelho Cavalcanti, um dos maiores poetas populares do

Brasil, que viveu em Jequié nas décadas de 50 e 60, autor de mais de uma centena de livretos.

Academia de Letras de Jequié. A Academia de Letras de Jequié (ALJ) foi fundada em

20 de junho de 1997, graças à iniciativa e ao entusiasmo de Luís Cotrim e Ivonildo Calheira.

São 40 cadeiras para os membros efetivos (cada cadeira tem um número e um patrono, de livre

escolha do primeiro ocupante), membros correspondentes e honorários.

Ainda em 1997, ano de sua fundação, em homenagem ao Centenário de Jequié, a ALJ

publicou a coletânea de autores jequieenses “Cem anos de poesia e prosa” (org. de Dermival

Rios). No ano seguinte, a ALJ instituiu um Concurso Nacional de Literatura (poesia e prosa). Ao

primeiro (Prêmio Luís Cotrim de Literatura Brasileira 1998), concorreram 72 autores e 155

trabalhos, que resultaram na edição do livro “O pescador de sonhos” (do título do conto

premiado – 1º lugar, prosa), do escritor Aleiton Fonseca. O 1º prêmio para o gênero Poesia

coube a Ronaldo Ribeiro Jacobina, com o poema “Hemissomatognosia ou oitenta aos

quarenta”.

Bibliotecas. Existem bibliotecas públicas em vários ginásios e colégios do município, do

Estado e da UESB. O maior acervo está na Biblioteca Municipal Dr. Newton Pinto de Araújo.

Inaugurada em 09/11/1942, na administração do prefeito Eliezer de Sousa Santos. Em 2002, o

governo federal, através da

Secretaria Nacional do Livro

(dirigida pelo poeta jequieense

Waly Salomão), fez doação de

cerca de 2.600 obras para o

acervo da biblioteca. Atualmente,

tem um acervo de 19.241 livros,

além de periódicos e jornais. Possui salas de leitura, sala de leitura infantil e 25 computadores

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para uso público. Está instalada em moderno prédio na Avenida Rio Branco, s/n, centro da

cidade.

Museu histórico. O prédio onde funciona o Museu Regional de Jequié tem um estilo

colonial com mourisco, inaugurado em 19 de agosto de 1934. Foi o primeiro prédio público de

Jequié. Lá funcionou, durante anos, o Grupo Escolar Castro. O Museu Regional de Jequié entrou

em funcionamento em 2006 e tem como objetivo contar a história da cidade através do seu

acervo com fotos de personalidades e lugares importantes do município, arquivos de jornais e

revistas, objetos antigos e livros pertencentes a várias famílias que ajudaram na colonização de

Jequié. Lá acontecem exposições do acervo, com fotos e recortes de jornais, exposições de

artistas locais, mostra de filmes antigos e palestras. As visitas ao museu são monitoradas.

Figura 19 – Museu Regional de Jequié

Fonte: noticiassolvip.blogspot.com

Casa de Cultura Pacífico Ribeiro. A Casa de Cultura é um estabelecimento gratuito,

protegido pela Prefeitura Municipal de Jequié. É voltado para manifestações artísticas e seu

incentivo. Possui oficinas de dança, teatro, cerâmica, pintura para toda a comunidade, além de

programação cultural com apresentações teatrais,

musicais, palestras, exposição de arte e exibição de

filmes. Fica situada na Rua Jerônimo Sodré, centro da

cidade, sendo de fácil acesso. Possui boa estrutura

(segurança, recepção, sinalização, instalações sanitárias,

teatro e salas para funcionamento das atividades).

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Centro de Cultura. Aspiração de artistas e intelectuais, o Centro de Cultura foi

construído no Alto da Prefeitura, em 1999-2000, pelo

governo do Estado e inaugurado em 20 de outubro de

2000. Em área ampla, consta de quatro salas

modulares, teatro com 583 lugares, foyer e ampla sala

para exposições de artes etc. Juntamente com o Teatro

Municipal e a Casa da Cultura, vem dotar Jequié de bons

espaços para a apresentação de peças de teatro, musicais, grupos de dança etc.

O Hino de Jequié. De autoria do jornalista-poeta jequieense Wilson Novais (que viveu

entre 1919 e 1996) e música do compositor e maestro Alcyvando Luz.

Hino Oficial do Município

De morros circundada, um sol ardente, Rio de Contas, um lençol de prata, Cantando endechas pelo sol poente

E às noites de luar em serenata

Datas idas, um moço inconfidente Fincou na terra brava, em plena mata Um marco que redoura o teu presente

Sob um facho de luz que se desata

Refrão:

Jequié, cidade sol, cidade sol é Jequié (Bis) A heráldica do teu fidalgo porte

Força em teu povo a sagração viril Que em empolga as caminhadas do teu norte

Que o teu futuro envolva em glórias mil Para que invejando a tua sorte me abisme

Nas grandezas do Brasil

Brasão do Município Bandeira do Município

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1.13 Patrimônio arquitetônico

Catedral de Jequié: Matriz de Santo Antônio de Pádua. A primeira Igreja Matriz de

Santo Antônio de Pádua de Jequié foi construída no final do século XIX onde, atualmente, é a

Praça Luiz Viana Filho, mas desabou com a terrível enchente do rio de Contas, no ano de 1914.

Sua inauguração ocorreu no dia 19 de janeiro de 1899 e o primeiro vigário foi o cônego Jacinto

Hilário Ribeiro Sanches. Uma segunda foi erguida num local mais seguro (longe da fúria das

águas do rio) e exibindo um estilo neogótico, elaborado pelo arquiteto francês André Saffrey,

inaugurada em maio de 1930. O seu relógio veio da Itália e foi presente do capitalista Vicente

Grillo.

Figura 20 – Igreja Matriz de Santo Antônio de Pádua de Jequié, em 1950 e 2011

Fonte: tabernadahistoriavc.com.br

Antiga estação ferroviária (atual sede do 8º Grupamento de Bombeiros Militares).

Como o rio não dava condições de navegabilidade, Jequié transformou-se num “porto de terra”,

funcionando como centro de recepção e distribuição de produtos originados de várias áreas

geográficas, inclusive Rio de Janeiro, São Paulo e até mesmo Europa. O comércio entre a

capital e o interior era feito em lombos de burros que transportavam variedades de produtos

até a cidade de Nazaré, onde eram descarregados e seguiam para Salvador em barcos. A

inauguração da Estrada de Ferro de Nazaré, em 1927, acrescentou um enorme progresso no

florescimento da economia jequieense. Isso facilitou o escoamento da sua produtividade,

tornando-se a quarta cidade mais importante do Estado.

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Figura 21 – Prédio da antiga estação ferroviária de Jequié, 1946 e 2012.

Fonte: www.souzaandrade.com.br

Museu histórico. O prédio, onde funciona o Museu Regional de Jequié, tem um estilo

colonial com mourisco inaugurado em 19 de agosto de 1934. Foi o primeiro prédio público de

Jequié. Lá funcionou durante anos, o Grupo Escolar Castro.

Figura 22 – Prédio do Museu Regional de Jequié, 1970 e 2011

Fonte: www.souzaandrade.com.br

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1.14 Opções de lazer no município

Lagoa da Barragem de Pedras. A Barragem de Pedras, construída no município de

Jequié, no rio de Contas, dista 18 km da cidade. Acumula 1 bilhão e 750 milhões de metros

cúbicos de água, numa extensão de 72 km, formando um imenso lago. Seu potencial vem

sendo timidamente utilizado para o lazer de turistas e de jequieenses. Em suas margens, situa-

se a denominada Prainha, até agora pouco explorada, onde os visitantes, a maioria do entorno

regional, vão passar o dia, se banhar, passear de caiaque, lancha ou barco, sendo que a época

de maior visitação é de setembro a março (estas atividades encontram-se proibidas

atualmente). A Barragem de Pedras possui alto potencial para o turismo ecológico.

Figura 23 – Barragem de Pedras em Jequié

Fonte: www.skyscrapercity.com

Cachoeira do rio das Pedras. A cachoeira do rio das Pedras fica a 6 km da sede do

distrito de Florestal, e a 43 km de distância da sede. Chegando a Florestal, seguir direto até o

fim do calçamento, continuar por mais 400 metros até o Bar e Restaurante do Joia. Local

aprazível, com mesas e cadeiras de

madeira sombreadas por árvores da mata

atlântica, rio para banho, pista para a

prática de downhill (uma forma de

ciclismo), além de trilhas para

caminhadas e guias para levar os

visitantes até a cachoeira do rio das

Pedras.

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Cachoeira do km 19. Situada no km 19 da rodovia BR-330, Jequié-Ipiaú, já na Boca da

Mata. Dista pouco mais de 1 km da rodovia, por estrada de terra. A Cachoeira do 19, como é

conhecida, dispõe de uma estrutura mínima para os visitantes, como um bar onde se vendem

bebidas e refrigerantes. O local oferece condições para a prática de trilhas pela mata, ainda

pouco exploradas.

Gruta de São José. Por seu histórico de religiosidade popular, a Gruta de São José, na

Barragem de Pedras, pode prestar-se à atividade turística. Fica no alto de uma elevação para

onde os fiéis acorrem nas comemorações do dia de São José, padroeiro do povoado da

Barragem. A subida é difícil, mas do alto se descortina uma bela vista da represa da região.

São João. O São João de Jequié equilibra-se entre o moderno e o tradicional e é

comemorado em várias ruas não centrais da cidade,

nos bairros e distritos, com profusão de som junino,

barracas de comidas e bebidas típicas, apresentação

de quadrilhas e muita animação. No Parque de

Exposições do município, é realizado o famoso “Forró

da Margarida”, festa de camisa que atrai milhares de

jovens de toda a região.

Festa do Padroeiro Santo Antônio. A tradicional festa do Padroeiro inicia-se no dia 1º

de junho e vai até o dia 13 (dia de Santo Antônio). É comemorada, na sua parte sacra, com

trezena e outras atividades religiosas, realizadas no

templo ou nas escadarias da Igreja Matriz. Dia 13 de

junho, à tardinha, acontece a tão esperada

procissão, sempre acompanhada por milhares de

jequieenses de todas as camadas sociais, em

comovente demonstração de fé. É o ponto máximo

das comemorações do Padroeiro da Cidade Sol.

Exposição Agropecuária de Jequié. Numa promoção do Sindicato Rural e apoio da

Prefeitura de Jequié, realiza-se anualmente a Exposição Luís Braga. Uma semana de festas,

para onde não apenas os interessados diretos (os expositores), mas toda a comunidade

jequieense se deslocam para ver os animais de raça, as cavalhadas, os torneios equestres e os

cantores e bandas contratados. Crianças e adolescentes passeiam e se divertem ao redor do

lago da Exposição ou no próprio lago, em pedalinhos, no parque de diversões armado no local

do evento, enquanto os jovens e adultos se encontram nas várias barracas de bebidas e

comidas.

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1.15 Panorama da Segurança Pública

Além da área da saúde, Jequié exerce polaridade sobre vários municípios na área de

segurança pública. As sedes dos comandos da Polícia Civil e Militar na região estão no

município. No caso da Polícia Civil, Jequié sedia a 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do

Interior (9ª COORPIN), com 25 municípios sob sua jurisdição.

Além do comando da Polícia Civil, Jequié sedia o 19º Batalhão de Polícia Militar do Estado

da Bahia, com jurisdição sobre 27 municípios. Na área de cobertura da Polícia Militar com sede

em Jequié, também se destaca o 8º Grupamento de Bombeiros Militar (8º GBM), com área de

abrangência de 14 municípios. Outra instituição que compõe o Sistema de Segurança de Jequié

é a Guarda Municipal, cuja sede está localizada no Parque de Exposição Luiz Carlos Braga,

próximo à entrada da cidade. Atualmente, o seu efetivo é de 111 agentes.

Dados sobre a Segurança Pública

Os homicídios dolosos apresentaram, até o ano de 2010, uma forte tendência de

aumento, sobretudo a partir de 2008, registrando uma leve diminuição em 2011. Em 2010,

foram 55 homicídios, em 2011 são 39, indicando uma queda de pouco mais de 34%. Por outro

lado, tanto as ocorrências de tentativas de homicídios, como de estupro, furto e roubo de

veículos apresentaram relativo aumento.

Tabela 24 – Ocorrências criminais registradas pela 9ª COORPIN de Jequié (2007-2011)

Registros de ocorrências 2007 2008 2009 2010 2011 TOTAL

Homicídio doloso 16 14 26 55 39 150

Tentativa de homicídio 22 16 28 32 52 150

Estupro 10 16 11 13 28 78

Roubo seguido de morte 0 0 0 0 0 0

Roubo a ônibus urbano 0 0 0 0 0 0

Furto de veículo 18 8 16 24 48 114

Roubo de veículo 4 10 40 63 114 231

Usuário de drogas 27 36 69 101 87 320

Veículos recuperados 0 3 6 63 84 156

Pessoas autuadas em

flagrante 150 198 220 172 117 857

Apreensão de arma de fogo

30 31 52 52 19 184

Fonte: SSP-BA/CEDEP

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A fim de proporcionar um panorama mais consistente da posição de Jequié em relação a

outros municípios de médio porte do Estado da Bahia, no que tange à mortalidade por

homicídios, segue abaixo um gráfico contendo o total dessas ocorrências no período

compreendido entre 2007 e 2010, para os municípios com população entre 100 e 250 mil

habitantes.

Gráfico 5 - Total de homicídios por municípios entre 100 e 250 mil hab. na Bahia (2007-2010)

Fonte: CEDEP - Centro de Documentação e Estatística Policial da SSP/BA

O gráfico acima confirma Jequié como o 13º município mais violento em relação à

mortalidade por homicídio entre os municípios com população entre 100 e 250 mil habitantes

na Bahia no referido período. Quando considerado o volume de dados de homicídios da capital

Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista, Jequié passa a figurar na 16ª posição desse

ranking.

111

132

135

261

264

305

306

318

359

428

455

499

564

0 100 200 300 400 500 600

Jequié

Paulo Afonso

Barreiras

Alagoinhas

Eunápolis

Teixeira de Freitas

Simões Filho

Porto Seguro

Juazeiro

Ilhéus

Lauro de Freitas

Camaçari

Itabuna

Total de Homicídios (2007-2010)

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1.16 Imprensa e telecomunicações

Jornais diários e semanais

JORNAL DE JEQUIÉ, com tiragem de 4.200

exemplares semanais. Sua estrutura apresenta-

se com oito páginas e seis colunas, sendo

coloridas a primeira e a última página. Abrange várias cidades, a saber: Itiruçu, Lajedo do

Tabocal, Maracás, Lafaiete Coutinho, Manoel Vitorino, Itagi, Jitaúna, Aiquara, Irajuba, Santa

Inês e Itaquara.

JORNAL A FOLHA, Fundado em 1º de janeiro de

1999, pelo jornalista Ari Machado Moura, o jornal

possui periodicidade semanal, com circulação às

sextas-feiras e tiragem de 3.800 exemplares. Além da cidade-sede, o jornal também abrange

outros municípios da microrregião.

Rádios AM, FM e Comunitárias

Rádios AM Freq(kHz)

Rádio AM de Jequié 1.460

Rádios FM Freq(MHz)

Jequié FM 89,7 89,7

93 FM Jequié 93,3

Rádio Cidade Sol FM 94,9 94,9

107,1 FM Gospel 107,1

Rádios Comunitárias Freq(MHz)

Rádio Cidade 105 FM 104,9

Serviço móvel de telecomunicações

O município de Jequié possui cobertura de sinal das principais operadoras de telefonia

celular, a saber: CLARO; OI/TELEMAR; TIM CELULAR; VIVO. O código de área (DDD) do

município é 73. A grande maioria dos bairros da cidade conta com Internet banda larga ADSL.

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1.17 Síntese das potencialidades locais

Arranjos produtivos locais. O destaque fica por conta do setor de derivados de

petróleo (o poliduto de derivados de petróleo e álcool foi instalado no final da década de 90),

este reúne importantes empresas, a saber: Petrobras, Esso, Ypiranga/Atlantic, Shell, Gás

Butano e Minasgás. Jequié detém a condição de principal centro de distribuição de derivados de

petróleo indo até parte de Minas Gerais e Espírito Santo. A capacidade de armazenamento da

base de distribuição é de 57 mil barris de álcool, 40 mil barris de gasolina, 154 mil barris de

óleo diesel e 288 mil barris de GLP-Gás de cozinha, capacidade que já está quase triplicada com

a implantação da unidade de redistribuição das principais distribuidoras de combustível do País.

Jequié conta com um distrito industrial de infraestrutura completa. A atividade industrial

também encontra-se dispersa por várias regiões da cidade, com excelentes possibilidades de

expansão. Destacam-se a indústria de calçados e de produtos alimentícios.

Vocação logística. Jequié está se confirmando como um dos pólos de logística e

distribuição do interior do Estado da Bahia, graças à ligação das rodovias BR-116 (Rio-Bahia),

BR-330 e BR-101. A conclusão das obras da Ferrovia Oeste-Leste irá fortalecer mais ainda essa

vocação do município.

Ensino especializado. Jequié possui a segunda maior rede de ensino da Mesorregião

Centro-Sul Baiano nos níveis fundamental, médio e superior, atrás apenas de Vitória da

Conquista. Conta com diversas instituições importantes, a saber: Senai, Sebrae, Instituto

Federal da Bahia - IFBA, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, Faculdade de

Tecnologia e Ciência - FTC, Faculdade Integrada Euclides Fernandes – FIEF, Faculdades Unidas

de Pesquisa, Ciências e Saúde - FAPEC e Universidade Norte do Paraná - UNOPAR.

Pólo de saúde. A diversidade e a qualidade dos equipamentos e serviços de saúde

reforçam a centralidade do município de Jequié na sua microrregião. O principal hospital no

atendimento aos demais municípios da região é o Hospital Geral Prado Valadares.

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MUNICÍPIO DE JEQUIÉ – BAHIA

DADOS GERAIS

Regionalização

Mesorregião Geográfica: Centro-Sul baiano

Microrregião Geográfica: Jequié

Região Econômica: Sudoeste

Região Administrativa: Jequié

Eixo de Desenvolvimento: Planalto Sudoeste

Território de Identidade: Médio Rio de Contas

Legislação Político/Administrativa

Lei de Criação: Lei Estadual nº 180, de 10/07/1897

Lei Vigente: nº 628 de 30/12/1953. Diário Oficial de 16/02/1954

Município de Origem: Maracás

Distritos: Jequié (sede), Baixão, Boaçú, Florestal, Itaibó, Itajuru, Monte Branco e Oriente Novo

Limites Intermunicipais: Aiquara, Apuarema, Boa Nova, Ipiaú, Itagi, Itiruçu, Jaguaquara, Jitaúna, Lafaiete Coutinho, Manoel Vitorino e Maracás

Informações Geográficas

Área: 3.035,42 km²

Coordenadas geográficas: Latitude Sul: -13º51’27’’ - Longitude Oeste: 40º05’01’’

Altitude: 215 m - Distância da capital: 358 km

Tipo Climático: Semiárido

Temperatura média anual: 24,3 ºC

Período chuvoso: novembro a abril

Pluviosidade anual: média: 617,5 mm

Vegetação: Caatinga Arbórea Aberta, com palmeiras, e contato Caatinga-Floresta Estacional

Geomorfologia: Maciço Central, Pediplano Sertanejo, Planalto dos Geraizinhos, Serras Marginais e Tabuleiros Pré-Litorâneos

Bacia Hidrográfica: Bacia do rio de Contas

Rios principais: Rio de Contas, Preto da Criciúma, Jequiezinho, Santa Rita e Preto da Costa.

População 151.895 habitantes Área: 3.035,42 km²

PIB: R$ 167.51 milhões

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BAHIA. Secretaria da Indústria e Comércio. Distrito industrial de Jequié: plano diretor. Salvador: [s.n.], 1974.

CHIAPETTI, Rita Jaqueline Nogueira. Na beleza do lugar, o rio das Contas indo ao mar. 2009. 216 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Estadual Paulista – Júlio de Mesquita Filho - UNESP, Rio Claro, 2009.

DERBA. Distâncias das principais cidades. Salvador: DERBA, 2008.

IBGE. Região de Influência das Cidades (2007). Coordenação de Geografia. Rio de Janeiro: IBGE, 203, p. 2008.

MARCELO, Valter Luiz dos Santos. A reestruturação urbano-regional de Jequié-Bahia. 2002. 131f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal da Bahia - UFBA, Salvador, 2002.

PINHEIRO, José M. Industrialização baiana: o programa de distritos industriais do interior. 1991. 109 f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Federal da Bahia – UFBA, Salvador, 1991.

PREFEITURA MUNICIPAL DE JEQUIÉ. Plano Diretor Urbano: Estudos Básicos do Município. 2007.

RIBEIRO, Dermival Rios. Jequié – síntese histórica e informativa. Jequié-BA, JM Gráfica e Editora Ltda, 2011.

SANTOS, Alan Azevedo P. Diagnóstico da Violência e Criminalidade em Jequié-BA. Jequié, Bahia: Instituto-PROSEM, 101 p. 2012.

SANTOS, Adenilson Rosa dos. Desenvolvimento local: mito ou realidade? o caso do pólo de confecções de Jequié/BA. 2009. 100 f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional e Urbano) – Universidade Salvador – UNIFACS, Salvador, 2009.

SANTOS, Milton. A cidade de Jequié e sua região. Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, v. 18, n. 1, p. 71-112, 1956.

SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DA BAHIA – SEBRAE-BA. Jequié: perfil empresarial. Jequié: Sebrae, 2005.

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ANEXO I

MALHA RODOVIÁRIA DE JEQUIÉ E SEU ENTORNO

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ANEXO II

Caracterização do Distrito Industrial de Jequié

Localização: Av. Otávio Mangabeira, S/N, Bairro: Mandacaru, a sudeste da cidade de Jequié, às margens do rio de Contas, distando cerca de 500m do perímetro urbano.

Área total: 2.489.262,60 m²

Empresas instaladas: 31

Mão de obra: 7.600

Principais distâncias:

Feira de Santana: 249 km

Ilhéus: 190 km

Vitória da Conquista: 153 km

Salvador: 358 km

Sistema viário: Interliga-se ao sistema viário nacional e regional através da BR-116 (Rio/Bahia) e pela BR-330, que liga cidade à zona cacaueira e a BR-116.

Portos:

Porto de Aratu: 342 km

Porto de Salvador: 380 km

Malhado: 190 km

Aeroportos:

Jequié: 9 km

Ilhéus: 190 km

Salvador: 390 km

Vocação industrial:

Plásticos e produtos de matérias plásticas

Calçados, vestuário e artefatos de tecidos

Produtos alimentares

Madeira

Perfumaria, sabões de velas

Prestação de serviços

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ANEXO III

Localização geográfica de algumas instituições importantes de Jequié

Bairro Jequiezinho

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Sobre o autor

Alan Azevedo Pereira dos Santos é baiano natural de Itabuna, Licenciado em

Geografia pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, com especializações

em Ensino de Geografia e Planejamento de Cidades pela mesma universidade.

Autor dos Diagnósticos da Violência e Criminalidade dos Municípios de Ilhéus e

Itabuna.

E-mail: [email protected]