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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA
Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical
DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE DE FRUTOS DE LIMA ÁCIDA ‘TAHITI’ (Citrus latifolia Tanaka) NAS
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS DA REGIÃO DE COLORADO DO OESTE - RONDÔNIA
MARCELO NOTTI MIRANDA
C U I A B Á - MT 2010
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1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA
Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical
DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE DE FRUTOS DE LIMA ÁCIDA ‘TAHITI’ (Citrus latifolia Tanaka) NAS
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS DA REGIÃO DE COLORADO DO OESTE - RONDÔNIA
MARCELO NOTTI MIRANDA
Engenheiro Agrônomo
Orientador: Prof. Dr. JOSÉ HOLANDA CAMPELO JÚNIOR
Tese apresentada à Faculdade de
Agronomia e Medicina Veterinária da
Universidade Federal de Mato Grosso, para
obtenção do título de Doutor em Agricultura
Tropical.
C U I A B Á - MT
2010
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AGRADECIMENTOS
* A Deus, por guiar meu caminho e pela graça de estar concluindo mais
uma etapa da vida.
* À Universidade Federal de Mato Grosso em especial ao Programa de Pós
Graduação em Agricultura Tropical, professores, alunos e funcionários.
* Ao Prof. Dr. José Holanda Campelo Júnior pela orientação, paciência e
confiança.
* Ao Instituto Federal de Rondônia (IFRO), pela oportunidade de realização
deste trabalho e utilização da estrutura de campo e laboratório.
* Aos colegas e amigos professores mestres do IFRO, Carlos Henrique dos
Santos e Luiz Cobiniano Filho, pelo companheirismo.
* Ao colega e amigo professor do IFRO, Dr. Antonio Anicete de Lima, pelo
auxílio na análise estatística.
* Ao Engenheiro Agrônomo Leandro Dias da Silva e ao aluno Wiliam
Kasprgak, do IFRO, pelo auxílio nas avaliações de campo e análises de
laboratório.
* Ao meteorologista da Secretaria de Estado do Desenvolvimento
Ambiental de Rondônia, Sr. Marcelo José Gama da Silva, pelo auxílio na
coleta e processamento de dados meteorológicos.
* A Agência Nacional de Águas (ANA), pelo fornecimento dos dados de
precipitação pluviométrica.
* À Embrapa Unidade Experimental de Vilhena – RO e seus pesquisadores,
pelo fornecimento dos dados meteorológicos.
* Ao meu irmão professor mestre do Instituto de Ensino Superior da
Amazônia, Alexandre Notti Miranda, minha cunhada Dra. Vanda Hoy
Miranda e minha sobrinha Lívia Hoy Miranda, pelo amor e incentivo.
* A minha esposa Lucinara Moreira Miranda e minha filha Maria Júlia
Moreira Miranda, pelo amor, dedicação e compreensão.
* Ao meu sogro Lucas Urusvaldu Rosa Moreira e minha sogra Amália
Regina Irala Moreira, pela dedicação e compreensão.
* Enfim, para todos aqueles que de uma forma ou de outra contribuíram
para a conclusão deste trabalho.
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DEDICATÓRIA
A Deus pela vida, meus pais Gilca e José
Sidônio (In Memoriam), minha esposa
Lucinara, minhas filhas Maria Luiza e
Maria Júlia, meu afilhado José Lucas,
meus irmãos Alexandre, André, José
Cândido e Adriane, pelo amor e incentivo.
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DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE DE FRUTOS DE LIMA ÁCIDA ‘TAHITI’ (Citrus latifolia Tanaka) NAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS
DA REGIÃO DE COLORADO DO OESTE - RONDÔNIA
RESUMO - O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento e a qualidade
físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’ em diferentes períodos de
desenvolvimento, sem irrigação, em função do regime térmico e hídrico da
região de Colorado do Oeste, no Estado de Rondônia. O experimento foi
realizado no Instituto Federal de Rondônia (IFRO) Campus de Colorado do
Oeste, durante os anos de 2006 a 2009, com o acompanhamento das safras
de 2006/07, 2007/08 e 2008/09. Para cada safra foram avaliados oito períodos
de desenvolvimento dos frutos, da fase de chumbinho à colheita. Foram
selecionados vinte e quatro frutos por safra, três para cada período, para
acompanhamento da duração dos períodos de desenvolvimento, do
crescimento e avaliação das características físico-químicas dos frutos. As
variáveis meteorológicas analisadas foram temperaturas do ar e precipitação
pluviométrica total. Determinou-se soma térmica em graus-dia, saldo de
unidades fototérmicas, chuva efetiva e o armazenamento de água no solo,
durante os períodos de desenvolvimento dos frutos, e o excedente hídrico e
deficiência hídrica como indicador climatológico de disponibilidade hídrica. A
qualidade dos frutos foi avaliada no Laboratório de Análise de Alimentos do
IFRO, com o propósito de determinar: o peso e tamanho dos frutos
(comprimento e diâmetro), volume do suco, rendimento, pH, teor de sólidos
solúveis (SS), acidez titulável (AT), relação SS/AT, índice tecnológico e
vitamina C do suco. Houve diferenças significativas entre as condições
meteorológicas, a duração do período de desenvolvimento, o crescimento e a
qualidade dos frutos. Determinaram-se equações simples e múltiplas de
regressão. Os coeficientes de determinação encontrados foram significativos
no sentido de explicar a influência da soma térmica em graus-dia, saldo de
unidades fototérmicas e precipitação pluviométrica no crescimento e na
qualidade dos frutos e do suco, principalmente, no rendimento e índice
tecnológico do suco. O tamanho e o peso do fruto, o pH, os sólidos solúveis, a
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5
acidez, a relação SS/AT e o teor de vitamina C do suco dos frutos
apresentaram valores adequados aos padrões comerciais exigidos pelo
mercado, mas o índice tecnológico ou rendimento industrial do suco não
apresentou valor adequado à utilização industrial. Os frutos de lima ácida
‘Tahiti’, colhidos em Colorado do Oeste – RO com rendimento de suco
adequado à utilização industrial, necessitam de soma térmica superior a 1.700
GD com saldo de unidades fototérmicas acima de 32.000 e precipitação
pluviométrica total acima de 1.500 mm, sendo necessários mais de 160 dias
de período de desenvolvimento.
Palavras-chave: sazonalidade climática, graus-dia, precipitação
pluviométrica, crescimento de frutos, qualidade de frutos.
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DEVELOPMENT AND QUALITY OF ACID LIME FRUITS ‘TAHITI’ (Citrus
latifolia Tanaka) UNDER THE METEOROLOGICAL CONDITIONS OF COLORADO DO OESTE CITY – RONDÔNIA
ABSTRACT - This study aimed to assess acid limes ‘Tahiti’ growth and their
physicochemical quality, in different development stages, with no irrigation,
according to Colorado do Oeste’s thermal and water regime, in Rondônia
state. The experiment was conducted at “Instituto Federal de Rondônia”
(IFRO) in Colorado do Oeste Campus, during the years 2006 the 2009,
monitoring the harvests in 2006/07, 2007/08 and 2008/09. For each crop,
eight periods of fruit development were analyzed, from the post-flowering
phase to the harvest. Twenty-four units of fruit per harvest were selected,
three for each period, to monitor the growth, the duration of the development
periods and to assess the physicochemical characteristics. The analyzed
meteorological variables were air temperature and total rainfall. The total
heat in degree-days, balance of photothermic units, effective rain, soil water
storage, water surplus and water deficit were determined as indicators of
climatic water availability. The fruit quality was assessed in the IFRO
Laboratory of Food Analysis in order to determine: fruits’ weight and size
(length and diameter) and juice’s volume, yield, pH, the soluble solids,
acidity, the relation between soluble solids and acidity, technological index
and juice vitamin C. There were important differences among the
meteorological conditions, the duration of the development period, growth
and fruits quality. Simple and multiple regression equations were determined.
The correlation coefficients which were found were important because they
explained the influence which the total heat in degree-days, balance of
photothermic units and rainfall have on the juice and fruits growth and quality,
especially in the yield and the technological index of the juice. The size, the
weight, the pH, the soluble solids, the acidity, the relation between soluble
solids and acidity and the vitamin C content from the juice showed suitable
quality for commercial standards required by the market. However, the
technological index did not present suitable value for industrial usage. The
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7
acid limes ‘Tahiti’ fruits from Colorado do Oeste - RO with suitable juice yield
for industrial usage need total heat higher than 1.700 degree days, balance
of photothermic units higher than 32.000 and total rainfall higher than 1.500
mm, also needing more than 160 days for development period.
Key-words: seasonal climate, degree-days, rainfall, fruits growth, fruits
quality.
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8
LISTA DE FIGURAS
Página
FIGURA 1. Mapa Geográfico do Estado de Rondônia, 2006............ 34
FIGURA 2. Pluviômetro da Agência Nacional de Águas. Colorado
do Oeste - RO, 2007..........................................................................
38
FIGURA 3. Estação meteorológica automática modelo Campbell.
EMBRAPA. Vilhena - RO, 2007.........................................................
39
FIGURA 4. Área experimental do IFRO Campus Colorado do
Oeste - RO, 2007...............................................................................
42
FIGURA 5. Trado de 120 cm para coleta de solo............................. 43
FIGURA 6. Florescimento, fase de chumbinho e maturação de
frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO, Colorado do Oeste - RO, 2007...
49
FIGURA 7. Marcação de frutinhos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO,
Colorado do Oeste - RO, 2007..........................................................
49
FIGURA 8. Refratômetro manual para medição de sólidos solúveis. 51
FIGURA 9. Temperaturas diárias máximas (Tmax) e mínimas
(Tmin) durante o período de 12 de julho de 2006 a 29 de março de
2007 (safra 2006/07). Vilhena - RO, Embrapa...................................
55
FIGURA 10. Temperaturas diárias máximas (Tmax) e mínimas
(Tmin) durante o período de 8 de novembro de 2007 a 8 de maio
de 2008 (safra 2007/08). Vilhena - RO, Embrapa..............................
55
FIGURA 11. Temperaturas diárias máximas (Tmax) e mínimas
(Tmin) durante o período de 18 de setembro de 2008 a 26 de
março de 2009 (safra 2008/09). Vilhena - RO, Embrapa...................
55
FIGURA 12. Relação entre período de desenvolvimento (dias) de
frutos de lima ácida ‘Tahiti’ e soma térmica (GDA) em Colorado do
Oeste - RO. 2006 - 2009....................................................................
57
FIGURA 13. Relação entre período de desenvolvimento (dias) de
frutos de lima ácida ‘Tahiti’ e unidades fototérmicas (UF) em
Colorado do Oeste - RO. 2006 - 2009................................................
57
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9
FIGURA 14. Relação entre período de desenvolvimento (dias) de
frutos de lima ácida ‘Tahiti’ e precipitação pluviométrica total (PP)
em Colorado do Oeste - RO. 2006 - 2009..........................................
58
FIGURA 15. Precipitação pluviométrica total diária durante o
período de 12 de julho de 2006 a 29 de março de 2007. Safra
2006/07. Colorado do Oeste - RO......................................................
61
FIGURA 16. Precipitação pluviométrica total diária durante o
período de 8 de novembro de 2007 a 8 de maio de 2008. Safra
2007/08. Colorado do Oeste - RO......................................................
61
FIGURA 17. Precipitação pluviométrica total diária durante o
período de 18 de setembro de 2008 a 26 de março de 2009. Safra
2008/09. Colorado do Oeste - RO......................................................
61
FIGURA 18. Relação entre o armazenamento de água medido no
solo (ARM medido) e o armazenamento de água disponível no solo
calculado no balanço hídrico (ARM calculado), nas safras 2007/08
e 2008/09, para precipitação total (PP) em Colorado do Oeste -
RO......................................................................................................
65
FIGURA 19. Relação entre o armazenamento de água medido no
solo (ARM medido) e o armazenamento de água disponível no solo
calculado no balanço hídrico (ARM calculado), nas safras 2007/08
e 2008/09, para chuva efetiva (PPe) em Colorado do Oeste -
RO......................................................................................................
65
FIGURA 20. Tamanho de frutos (comprimento) de lima ácida
‘Tahiti’ em função do período de desenvolvimento, nas condições
meteorológicas de Colorado do Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009......
67
FIGURA 21. Tamanho de frutos (diâmetro) de lima ácida ‘Tahiti’,
em função do período de desenvolvimento, nas condições
meteorológicas de Colorado do Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009......
68
FIGURA 22. Número de frutos no ramo de última ordem onde o
fruto de lima ácida ‘Tahiti’ está inserido em função do período de
desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do
Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009..........................................................
69
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10
FIGURA 23. Número de folhas no ramo de última ordem onde o
fruto de lima ácida ‘Tahiti’ está inserido em função do período de
desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do
Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009..........................................................
70
FIGURA 24. Comprimento do ramo de última ordem onde o fruto
de lima ácida ‘Tahiti’ está inserido em função do período de
desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do
Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009..........................................................
71
FIGURA 25. Distância do fruto de lima ácida ‘Tahiti’ à parte
externa da copa da árvore em função do período de
desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do
Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009..........................................................
72
FIGURA 26. Relação entre período de desenvolvimento e
qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO.
2006 - 2009........................................................................................
85
FIGURA 27. Relação entre soma térmica (GDA) e qualidade físico-
química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO. 2006 - 2009..............
86
FIGURA 28. Relação entre saldo de unidades fototérmicas (UF) e
qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO.
2006 - 2009........................................................................................
87
FIGURA 29. Relação entre precipitação pluviométrica total (PP) e
qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO.
2006 - 2009........................................................................................
88
FIGURA 30. Relação entre chuva efetiva (PPe) e qualidade físico-
química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO. 2006 - 2009..............
89
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LISTA DE TABELAS
Página TABELA 1. Períodos de avaliação do desenvolvimento de frutos
de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO Colorado do Oeste - RO. safras 2006 -
2009....................................................................................................
36
TABELA 2. Períodos de avaliação do desenvolvimento de frutos
de lima ácida ‘Tahiti’ e variáveis meteorológicas. IFRO, Colorado
do Oeste - RO. safras 2006 - 2009....................................................
56
TABELA 3. Umidade na capacidade de campo (Cc), umidade no
ponto de murcha permanente (Pmp), densidade aparente (Da) e
capacidade de água disponível (CAD) em solo Argissolo Vermelho
eutrófico. IFRO, Colorado do Oeste - RO..........................................
62
TABELA 4. Balanço hídrico para a cultura da lima ácida ‘Tahiti’,
nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - Rondônia,
na safra 2006/07, com CAD de 207,9 mm…......................................
63
TABELA 5. Balanço hídrico para a cultura da lima ácida ‘Tahiti’,
nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - Rondônia,
na safra 2007/08, com CAD de 207,9 mm.........................................
63
TABELA 6. Balanço hídrico para a cultura da lima ácida ‘Tahiti’,
nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - Rondônia,
na safra 2008/09, com CAD de 207,9 mm…......................................
64
TABELA 7. Parâmetros das equações (a, b e c) e coeficientes de
determinação (r2) encontrados entre a distância do fruto à parte
externa da copa (d), o número de frutos do ramo de última ordem
onde o fruto marcado está inserido (f), o comprimento (c) e o
número de folhas deste ramo (fo) e as variáveis meteorológicas
(GDA, PP, ETR, DEF e EXC), nas safras de 2006 a 2009, em
Colorado do Oeste, RO......................................................................
73
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12
TABELA 8. Parâmetros das equações (a, b e c) e coeficientes de
determinação (r2) encontrados entre a distância do fruto à parte
externa da copa (d), o número de frutos do ramo de última ordem
onde o fruto marcado está inserido (f), o comprimento (c) e o
número de folhas deste ramo (fo) e as variáveis meteorológicas
(UF, PP, ETR, DEF e EXC), nas safras de 2006 a 2009, em
Colorado do Oeste, RO......................................................................
74
TABELA 9. Parâmetros das equações (a, b, c, d, e) e coeficientes
de determinação (r2) encontrados entre o crescimento dos frutos
(tamanho = CF e DF) e a distância do fruto à parte externa da copa
(d), o número de frutos do ramo de última ordem onde o fruto
marcado está inserido (f), o comprimento (c) e o número de folhas
deste ramo (fo), nas safras de 2006 a 2009, nas condições
meteorológicas de Colorado do Oeste, RO........................................
75
TABELA 10. Período de desenvolvimento e características físicas
de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste -
RO, IFRO, safra 2006/07....................................................................
76
TABELA 11. Período de desenvolvimento e características físicas
de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste -
RO, IFRO, safra 2007/08....................................................................
78
TABELA 12. Período de desenvolvimento e características físicas
de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste -
RO, IFRO, safra 2008/09....................................................................
78
TABELA 13. Período de desenvolvimento e características
químicas de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do
Oeste - RO, IFRO, safra 2006/07.......................................................
79
TABELA 14. Período de desenvolvimento e características
químicas de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do
Oeste - RO, IFRO, safra 2007/08.......................................................
81
TABELA 15. Período de desenvolvimento e características
químicas de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do
Oeste - RO, IFRO, safra 2008/09.......................................................
83
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13
TABELA 16. Valores médios de período de desenvolvimento e
qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’, em três
safras, em função das variáveis meteorológicas (GD, UF, PP).
IFRO. Colorado do Oeste - RO. 2006 - 2009.....................................
84
TABELA 17. Parâmetros das equações (a, b e c) e coeficientes de
determinação (r2) encontrados entre os parâmetros físico-químicos
de qualidade dos frutos (CF, PF, RS, pH, SS, AT, relação SS/AT,
IT) e as variáveis meteorológicas (GD, PP, ETR, DEF e EXC), nas
safras de 2006 a 2009, em Colorado do Oeste, RO..........................
91
TABELA 18. Parâmetros das equações (a, b e c) e coeficientes de
determinação (r2) encontrados entre os parâmetros físico-químicos
de qualidade dos frutos (CF, PF, RS, pH, SS, AT, relação SS/AT,
IT) e as variáveis meteorológicas (UF, PP, ETR, DEF e EXC), nas
safras de 2006 a 2009, em Colorado do Oeste, RO..........................
92
TABELA 19. Parâmetros das equações (a, b, c, d, e) e coeficientes
de determinação (r2) encontrados entre os parâmetros físico-
químicos de qualidade dos frutos (CF, PF, RS, pH, SS, AT, relação
SS/AT, IT) e a distância do fruto à parte externa da copa (d), o
número de frutos do ramo de última ordem onde o fruto
selecionado está inserido (f), o comprimento (c) e o número de
folhas deste ramo (fo), nas safras de 2006 a 2009, nas condições
meteorológicas de Colorado do Oeste, RO........................................
93
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14
SUMÁRIO
Página
1 INTRODUÇÃO............................................................................... 15
2 REVISÃO DE LITERATURA......................................................... 17
2.1Considerações gerais.................................................................. 17
2.2 Exigências climáticas e hídricas dos citros sob condições
tropicais.............................................................................................
20
2.3 Florescimento, fixação e crescimento dos frutos cítricos............ 26
2.4 Maturação e qualidade dos frutos cítricos sob condições
tropicais.............................................................................................
29
3 MATERIAL E MÉTODOS.............................................................. 34
3.1 Descrição climática da região e economia do Estado.................
3.2 Localização e condução do experimento....................................
34
36
3.3 Parâmetros meteorológicos........................................................ 39
3.4 Balanço hídrico e armazenamento de água no solo................... 41
3.5 Caracterização fenológica e crescimento dos frutos................... 47
3.6 Parâmetros físico-químicos de qualidade dos frutos.................. 50
3.7 Delineamento experimental e análises estatísticas.................... 52
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................... 54
4.1 Regimes térmico e hídrico...........................................................
4.2 Balanço hídrico e armazenamento de água no solo...................
4.3 Crescimento e desenvolvimento dos frutos................................
54
62
66
4.4 Parâmetros físico-químicos de qualidade dos frutos.................. 76
5 CONCLUSÕES.............................................................................. 95
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................. 96
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15
1 INTRODUÇÃO
A lima ácida 'Tahiti' (Citrus latifolia Tanaka), conhecida como limão
'Tahiti', destaca-se, no Brasil, como uma das frutas cítricas de maior
importância comercial (Souza et al., 2004). Estima-se que sua área plantada
é de aproximadamente 40 mil ha (Ramos et al., 2002).
No Estado de Rondônia a principal cultura permanente é o café,
seguido pelo cacau. A fruticultura e, em especial, a cultura do limão é pouco
expressiva, mas devido a sua importância para a agricultura familiar, esta
atividade apresenta-se como grande alternativa no desenvolvimento agrícola
do Estado. A área plantada de limão no estado de Rondônia é de 271 ha,
com produção de 1788 t e rendimento médio de 6597 kg ha –1 tendo no
município de Colorado do Oeste uma produção de 18 t.
O interesse sem precedentes do mercado externo pela lima ácida
‘Tahiti’, exige atenção redobrada por parte dos produtores, sobretudo em
relação à qualidade do fruto e regularidade na oferta (Filho et al., 2004).
O Estado de São Paulo é o maior produtor de limas ácidas e de
limões, com aproximadamente 80% da produção nacional. Em seguida,
encontram-se o Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Sergipe, Espírito
Santo e Minas Gerais (Rigon et al., 2005).
No Brasil, o consumo per capita ainda é pequeno, sendo de apenas
0,6 kg por ano, contrastando com outros países, que chega a 20 kg por ano,
demonstrando haver significativo espaço para o crescimento desse mercado
(Wrege et al., 2006). O destino da produção brasileira de lima ácida ‘Tahiti’ é
de 89% para o mercado interno de fruta fresca, 7% para a indústria e 4%
para a exportação (Centro APTA Citros Sylvio Moreira, 2005).
No exterior, a lima ácida ‘Tahiti’ é considerada uma fruta exótica,
tendo ocorrido significativa ampliação de mercado nos últimos anos. Em
2004, as exportações brasileiras de fruta-fresca, suco e óleo essencial de
lima ácida ‘Tahiti’ foram de 37 mil toneladas, representando uma receita de
US$ 25 milhões. A Europa, com destaque para a Alemanha e Reino Unido,
foi o principal destino, seguida pelo Canadá, Países Árabes e China (Rigon
et al., 2005).
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16
A estratégia para a comercialização de seus frutos constitui-se em
exportá-los e industrializá-los para escoamento da safra no primeiro
semestre. No segundo semestre, quando a produção é menor e a demanda
aumenta, o atendimento maior deve ser o mercado interno para consumo “in
natura” (Donadelli et al., 2000).
O período de safra concentra-se, praticamente, no primeiro semestre
do ano. A colheita deve ser realizada quando os frutos estiverem com a
coloração verde-oliva, cascas lisa e brilhante e com tamanho aproximado de
47 a 65 mm de diâmetro (Ramos et al., 2002).
Os frutos da lima ácida ‘Tahiti’ estão maduros em torno de 120 dias
após a floração (Coelho, 1993). Os frutos de tamanho médio e grande (com
massa superior a 100 g) são os preferidos pelo mercado (Passos et al., 2002
e Coelho, 1993).
O clima como condicionante do cultivo dos citros interfere, de forma
decisiva, em todas as etapas da cultura. Tem influência na adaptação das
variedades, na fenologia, na curva de maturação, na taxa de crescimento,
nas características físicas e químicas da fruta e, principalmente, no potencial
de produção (Ortolani et al., 1991).
O monitoramento do desenvolvimento dos órgãos vegetais, como o
fruto, pode ser de grande interesse científico. O acompanhamento da fase de
crescimento dos frutos pode indicar, dentre outros, a sua relação com fatores
climáticos, como a temperatura (Berilli et al., 2007).
O presente trabalho objetivou avaliar o crescimento e a qualidade de
frutos de lima ácida ‘Tahiti’, produzidos nas condições meteorológicas da
região de Colorado do Oeste, no estado de Rondônia e teve como hipótese
verificar se o regime térmico e hídrico é apropriado para o desenvolvimento
de frutos de boa qualidade.
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17
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Considerações gerais
A lima ácida ‘Tahiti’ é conhecida popularmente como limão ‘Tahiti’.
Classificada como pertencente à família Rutaceae, subfamília Aurantioideae,
gênero Citrus e espécie C. latifolia (Tanaka). Tornou-se conhecido em 1875
na Califórnia (EUA) com origem provável em Tahiti; estabeleceu-se,
definitivamente, no sul do estado da Flórida. Entre os principais produtores
mundiais de limas ácidas encontram-se o México, Estados Unidos da
América, Egito, Índia e Brasil (Embrapa, 1993).
Embora não seja definitivamente esclarecida a origem da variedade
‘Tahiti’, é sabido que se trata de um híbrido, cujos parentais eram uma lima-
ácida com sementes (lima-ácida Galego) e provavelmente uma cidra ou um
limão (Pinto et al., 2004).
A planta de lima ácida ‘Tahiti’ é vigorosa, apresentando,
consequentemente, porte alto, com folhagem exuberante de coloração
verde-escura. Suas flores possuem cinco pétalas, com grande número de
estames contendo pólen inviável. Seus frutos, geralmente, se desenvolvem
sem a formação de sementes. Somente em casos raros, encontra-se algum
fruto com uma única semente (Ramos et al., 2002). Os frutos são ovais,
oblongos, ou levemente elípticos com a base usualmente arredondada, têm
ápice redondo, e a superfície aureolar é elevada num pequeno monte
(Coelho, 1993).
A cultura comercial dos citros tem por base a muda enxertada, que
está alicerçada sobre um número muito reduzido de porta-enxertos, com
ampla predominância do limoeiro ‘Cravo’, cuja participação nos pomares
pode variar desde 70 até 100%. A preferência pela referida espécie está
relacionada à sua ampla adaptação às variações de solo e clima e
combinação com a maioria das variedades-copa, induzindo grande produção
de frutos de boa qualidade (Araújo e Salibe, 2002).
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18
Os solos mais adequados para a lima ácida ‘Tahiti’ são os leves, bem
drenados, arejados, profundos, sem impedimento para penetração das
raízes. Solos areno-argilosos (de arenoso a levemente argiloso) são
preferidos, pH entre 5,5 e 6,5. Topografia plana a levemente ondulada
(Embrapa, 1993).
A lima ácida ‘Tahiti’ apresenta floração principal nos meses de
setembro a outubro, podendo haver várias outras temporãs em função das
condições de temperatura e da disponibilidade de água, possibilitando
produção durante todo o ano, embora concentrada nos meses de janeiro a
junho, com pico de produção em abril e maio (Jomori, 2005).
Nas regiões tropicais, devido às condições térmicas a que está
exposta, a lima ácida ‘Tahiti’ apresenta um desenvolvimento mais acentuado
durante o período de plena disponibilidade de água. A temperatura
determina o ritmo de crescimento vegetativo, a evolução e a qualidade final
dos frutos e a duração do período que vai da antese, abertura da flor, até a
colheita do fruto (Souza, 2001).
Samsom (1980) e Bastos et al. (1997) verificaram que a taxa de
crescimento depende da temperatura, assim, em regiões quentes, o
crescimento é mais rápido que em regiões frias e a maioria dos processos
físicos e químicos das plantas é afetada pela temperatura, além do que cada
espécie exige um ótimo de amplitude térmica.
A precipitação pluviométrica é o parâmetro climático mais importante
para a agricultura na região tropical, tanto em termo de excesso como de
déficit hídrico (Da Silva, 2000). A chuva é fundamental para as plantas, pois
a água é o elemento essencial para o crescimento e desempenha importante
papel na fotossíntese e, portanto, na produção. Essa importância se torna
maior nas regiões tropicais porque, ao contrário das regiões fora dos
trópicos, onde o cronograma agrícola é determinado pelas temperaturas, o
elemento regulador da agricultura é a chuva, dada a sua função na
disponibilidade de água para as plantas durante o ano (Volpe et al., 2002).
Doorenbos e Kassam (1994) citam que os citros são cultivados até
1800 m de altitude nas zonas tropicais. Os cultivos em regiões de diferentes
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altitudes são submetidos a diferentes regimes de energia, temperatura e
distribuição da intensidade luminosa (Volpe, 1993).
Há influência do clima e solo na composição do suco cítrico e,
portanto, torna-se necessária a realização de trabalhos de caracterização
para cada cultivar por região (Carvalho et al., 1982).
O estudo das correlações entre o crescimento e os caracteres físico-
químicos do fruto da lima ácida ‘Taithi’ com as variáveis meteorológicas é de
suma importância, pois pode fornecer subsídios para a definição de um
sistema de produção compatível com as diversas regiões agroclimáticas. As
características físicas e químicas dos frutos variam durante o período de
maturação e essa variação depende, entre outros fatores, das condições
meteorológicas durante a formação e maturação dos frutos (Volpe et al.,
2002).
Segundo Sentelhas (2005), as diferenças observadas entre os
padrões climáticos das principais regiões produtoras de citros do mundo
mostra a grande capacidade das plantas cítricas em se adaptar a tipos
distintos de ambiente, tendo como consequência, porém, variações nas
respostas quanto à exigência hídrica, a duração do ciclo e época de
maturação e a qualidade dos frutos.
O estabelecimento de relações entre as diferentes fases de
desenvolvimento da lima ácida “Tahiti’ com as condições físicas do
ambiente, especialmente com a temperatura do ar, o fotoperíodo e a
disponibilidade hídrica do solo, possibilita o conhecimento da resposta da
planta quando submetida a diferentes condições climáticas.
Vários estudos, realizados no Brasil e em outros países, mostram que
a época de maturação e colheita dos frutos é afetada por diversos fatores,
dentre os quais, clima e solo (Sartori et al., 2002).
Atualmente, utilizando tecnologias apropriadas, pode-se produzir nos
ambientes mais adversos. Porém, quando se escolhe uma região com
condições climáticas naturalmente propícias, consegue-se obter frutas de
melhor qualidade, com menor custo e maior produtividade (Wrege et al.,
2006).
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20
2.2 Exigências climáticas e hídricas dos citros sob condições tropicais
Considerando-se o trinômio cultivo-clima-solo, o clima é o
componente que influencia sobremaneira no crescimento, produção e
qualidade dos frutos (Reuther, 1977).
A insolação, como reflexo da radiação solar incidente, é considerada
elemento climático de extrema importância nas árvores frutíferas, visto que
insolação e radiação solar estão associadas à produtividade das plantas
pelo processo da fotossíntese, transpiração, floração e maturação (Samsom,
1980 e Bastos et al., 1997).
Umidade relativa do ar abaixo de 60% pode ser prejudicial, por
aumentar a taxa de transpiração e, acima de 90%, reduz a absorção de
nutrientes, devido à redução da transpiração, além de favorecer a
propagação de doenças fúngicas (Bastos et al., 2002). As variações da
umidade relativa do ar estão mais nitidamente relacionadas com a pressão
de vapor d’água e com a temperatura (Da Silva, 2000). Coelho (1993)
recomenda, para o melhor desenvolvimento da cultura de lima ácida ‘Tahiti’,
que a umidade relativa do ar deve ficar entre 70 e 80%.
A velocidade e direção do vento dependem da variação da pressão
atmosférica, temperatura, altitude e características do relevo (Godinho et al.,
2002). Montenegro (1980) evidenciou a influência da incidência luminosa na
floração, frutificação e qualidade do fruto de plantas cítricas. Outro fator
importante é o fotoperíodo, que acelera o crescimento da planta, favorece a
floração e tipos de flores, atividade e repouso vegetativo (Mota, 1983).
A temperatura do ar é um dos fatores de extrema importância para o
desenvolvimento dos citros, influenciando em praticamente todas as fases
de desenvolvimento das plantas, desde a germinação e crescimento das
mudas até a maturação dos frutos.
Flutuações de temperatura ocorrem ao longo do dia e das estações,
influenciadas pela incidência de raios solares (Godinho et al., 2002). Cunha
Sobrinho et al. (1992) consideraram a temperatura do ar como fator mais
importante do clima dentre aqueles que influenciam a qualidade, como, por
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exemplo, tamanho e formato de frutos, coloração da casca e estágio de
maturação.
Doorenbos e Kassam (1994) comentam que o intervalo de
temperatura média diária ótima, para o crescimento das espécies do gênero
Citrus, encontra-se entre 23°C e 30°C.
Vários autores comentam que temperaturas abaixo de 13°C e acima
de 38°C são consideradas limitantes ao crescimento vegetativo da maioria
das espécies de citros (Reuther, 1973; Doorenbos e Kassam, 1994), pois,
fora dessa faixa de temperatura, as plantas cítricas não emitem novas
brotações devido aos danos fisiológicos, exceto em condições especiais
(Koller, 1994).
Segundo Alvarenga e Nogueira (1978), a lima ácida ‘Tahiti’ adapta-se
bem em locais cuja temperatura média anual é superior a 22°C. Ramos et al.
(2002), recomendam para o melhor desenvolvimento da cultura de lima
ácida ‘Tahiti’ temperaturas médias em torno de 25 a 31°C.
A duração do subperíodo antese à colheita da lima ácida ‘Tahiti’ pode
ser afetada pela temperatura do ar, pelo estresse hídrico, pelo estado
nutricional e tratos fitossanitários e culturais. Esses fatores também podem
influenciar o crescimento vegetativo, a evolução e a qualidade final dos
frutos (Souza et al., 2005).
Os graus-dia (GD) ou unidades térmicas, ou ainda graus de calor,
podem ser usados para determinar, em diversas regiões, a duração do
subperíodo compreendido entre o florescimento e a maturação dos frutos
para os diversos cultivares e espécies de citros (Souza, 2001).
Os graus-dia (GD) podem ser determinados somando-se todas as
horas diárias em que as plantas estão em atividade vegetativa ou seja, para
os citros, todas as horas em temperaturas acima de 13°C e abaixo de 38°C
(Souza et al., 2005).
A caracterização das exigências térmicas mediante o conceito de
graus-dia que é a quantidade de calor exigida por uma planta para que os
seus frutos maturem tem sido utilizada por diversos autores, em diversas
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culturas, sendo assim um método eficiente para prever antecipadamente a
data da colheita (Tonietto e Tonietto, 2005).
Na prática, para o cálculo de graus-dia, podem ser usadas as
temperaturas médias mensais (Mota, 1989), ou ainda as temperaturas
máximas e mínimas (Ometto, 1981), sendo a soma térmica total obtida pelo
somatório dos graus-dia diários.
Albrigo (1993) comenta que, além da temperatura, a disponibilidade
de água no solo e umidade do ar também influenciam no desenvolvimento
do fruto. Em períodos de umidade excessiva, o fruto aumenta de tamanho,
mas os teores de sólidos solúveis e acidez titulável são diluídos e, em
períodos de estiagens, ocorre o contrário. Outros fatores, como a carga de
frutos na planta, irrigação, porta-enxerto, nutrição, insetos e doenças
também influenciam a qualidade dos frutos cítricos.
No Brasil, em grande parte do seu território, a quantidade média de
chuvas é insuficiente para atender às necessidades das plantas cítricas. Sua
distribuição irregular propicia a ocorrência de longos períodos de déficit
hídrico no solo e consequentemente estresse hídrico às plantas, gerando
grandes quebras de produção (Vieira, 1991). Segundo Coelho (1993), nas
regiões tropicais, a lima ácida ‘Tahiti’ apresenta um desenvolvimento mais
rápido durante o período de plena disponibilidade de água.
Entre os vários fatores limitantes da produção vegetal, o déficit hídrico
ocupa posição de destaque, pois além de afetar as relações hídricas nas
plantas, alterando-lhes o metabolismo, é fenômeno que ocorre em grandes
extensões de áreas cultiváveis (Nogueira et al., 2001).
Nos cultivares de citros, a escassez de água disponível no solo pode
ocasionar sérios danos à cultura, devido a maior utilização de suas reservas
hídricas para que possam tolerar o déficit de água no solo. A perda de água
pelas plantas causa desidratação e turgescência das folhas, o que provoca
intensa competição de água entre as folhas e os frutos, os quais podem se
apresentar murchos devido ao carreamento de água para as folhas (Castro,
1994).
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A evapotranspiração de uma planta adulta de ‘Tahiti’ pode chegar a
150 L por dia no verão e a 70 L por dia no inverno, sob condições tropicais
(Marin, 2000), sendo que esta variação depende da área foliar da planta e
do local de produção.
O déficit hídrico leva à queda de muitas folhas e frutos. Dependendo
das condições edafoclimáticas e das plantas, a época de florescimento pode
ser alterada (Castro, 1994). A disponibilidade de água também é
determinante no desenvolvimento vegetativo e dos frutos (Sentelhas, 2005).
O estresse hídrico parece ser o principal fator promotor da floração
dos citros nas regiões de clima tropical (Davenport, 1990). A ocorrência de
déficit hídrico na fase de florescimento é a mais prejudicial, afetando
significativamente a produtividade e a qualidade dos frutos (Wrege et al.,
2006).
Como planta perene, a resposta dos citros à água em um
determinado estádio de desenvolvimento depende da disponibilidade hídrica
anterior a esse estádio (Doorenbos e Kassam, 1994).
Segundo Doorenbos e Kassam (1994), quando os pomares sofrem
deficiência hídrica, a princípio, ocorre um retardamento do crescimento,
seguido do enrolamento das folhas, e subsequente queda dessas e dos
frutos jovens ou redução do crescimento dos frutos já desenvolvidos, com
alteração de sua qualidade (diminuição do teor de suco e da acidez). Esse
efeito é mais significativo entre o florescimento e a “queda fisiológica”,
enquanto que, na fase de maturação, os citros são menos sensíveis ao
déficit hídrico.
A produção dos citros, desde sua implantação à colheita, é submetida
a contínuos e variados estresses de natureza biótica e abiótica de diferentes
intensidades, associados às condições climáticas e edáficas (Cruz, 2003).
Segundo Hilgeman (1977) o déficit hídrico afeta o peso dos frutos
tanto se ocorrer na fase de início de frutificação quanto na fase de
enchimento e maturação. Entretanto, em diversos trabalhos encontrados na
literatura, mostram que é possível a utilização de um controlado nível de
estresse na planta sem danos prejudiciais à mesma.
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O efeito do estresse depende da variedade, do grau de duração e do
estádio fenológico da planta, podendo trazer resultados tanto negativos
quanto positivos, conforme revisão feita por Ginestar e Castel (1996).
Souza et al. (2004) verificaram que a duração do estresse hídrico
influenciou na época e na produtividade sazonal da limeira ácida 'Tahiti',
porém não influenciou significativamente a produção total.
Quanto às necessidades hídricas, os citros necessitam de 600 a 1300
mm por ano para se obter altos níveis de rendimento (Ortolani et al., 1991).
Segundo Reuther (1975) para o bom desenvolvimento da cultura sem
irrigação a precipitação anual deve estar entre os limites de 900 mm e 1500
mm. Doorenbos e Kassam (1994) e Pires (1992), comentam que as
necessidades hídricas totais dos citros variam de 900 a 1200 mm por ano e
Ramos et al. (2002), que a região deve apresentar chuvas em torno de 1200
mm anuais (1000 - 2000) bem distribuídos (120 mm mensais) ao longo do
ano.
Segundo Pires (1992), em geral, a necessidade de água das plantas
cítricas varia de acordo com os seguintes fatores: clima, espécie vegetal,
combinação copa-porta-enxerto, idade da planta, limpeza do terreno e
disponibilidade de água do solo.
A necessidade hídrica das culturas pode ser determinada a partir da
estimativa ou medição da evapotranspiração de cultivo, que inclui
evaporação de água do solo, evaporação da água depositada por irrigação,
chuva ou orvalho na superfície das folhas e transpiração vegetal. O estudo
das necessidades hídricas de uma cultura torna-se necessário, uma vez que
pequenas reduções na disponibilidade de água podem diminuir
substancialmente o crescimento. A estimativa da evapotranspiração da
cultura envolve um procedimento que se desenvolve em duas etapas. Na
primeira, estima-se a evapotranspiração de referência (ETo), geralmente
utilizando uma equação empírica. Na segunda, a ETc é obtida multiplicando-
se a ETo por um coeficiente da cultura (Kc) que integra as características
desta, variando de acordo com sua fase fenológica e clima local (Doorenbos
e Pruitt, 1977).
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25
No caso dos citros, as referências na literatura sobre o Kc são
escassas. De acordo com Doorenbos e Pruitt (1977) e Allen et al. (1998),
valores de Kc para pomares cítricos com plantas jovens cobrindo 20% da
área variam de 0,45 a 0,55, em cultivos com controle de plantas daninhas, e
de 0,85 a 0,90 em áreas sem controle do mato. Cobrindo 50% da área, o Kc
varia de 0,55 a 0,65 (com controle de plantas daninhas) e de 0,75 a 0,85 em
cultivo sem controle do mato, enquanto que, com área coberta superior a
70%, Kc varia de 0,60 a 0,75 em terreno sem mato e de 0,75 a 0,85 em área
com mato.
Na agricultura, informações quantitativas da evapotranspiração da
cultura são de grande importância na avaliação da severidade, distribuição e
frequência dos déficits hídricos. Normalmente, os dados de temperatura do
ar em determinado local ou região estão mais disponíveis, permitindo que o
método de Hargreaves-Samani possa ser utilizado para a estimativa da
evapotranspiração de referência (ETo). De acordo com Conceição e Marin
(2004), o cálculo de ETo utilizando o método de Hargreaves-Samani é
relativamente simples e pode ser empregado com facilidade.
A ETo é um elemento climatológico fundamental que corresponde ao
processo oposto da chuva, sendo expressa na mesma unidade de medida
(mm). A comparação entre a chuva e a ETo resulta no balanço hídrico
climatológico, indicando excessos e deficiências de umidade ao longo do
ano ou da estação de crescimento das culturas.
O balanço hídrico é um método que quantifica as entradas e as
saídas de água no perfil do solo, em determinado intervalo de tempo. Nesse
método, o solo funciona como um reservatório de água, sendo a entrada
quantificada pela irrigação e precipitação, enquanto as saídas são dadas pela
evapotranspiração, pela drenagem da água subsuperficial para o lençol
freático e pelo escoamento superficial. Os dois últimos parâmetros são
considerados como excedente hídrico (Bernardo et al., 2005).
Em termos gerais o excedente hídrico (EXC) representa o quanto a
água extrapolou a capacidade de água disponível (CAD), por outro lado,
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quando o armazenamento de água no solo for menor que a CAD, será a
deficiência hídrica (DEF).
Deve-se considerar a grande diversificação agroclimática do Brasil e
suas condições particulares de cultivo, compreendendo uma multiplicidade
de ambientes, nos quais se verifica desde a ocorrência de geadas
ocasionais ou frequentes e até estresses hídricos ou térmicos, implicando
múltiplas floradas com crescimento e maturação irregulares dos frutos
(Cerqueira et al., 2004).
2.3 Florescimento, fixação e crescimento dos frutos cítricos
As plantas cítricas têm ampla distribuição geográfica, adaptando-se a
diferentes condições climáticas, o que determina comportamentos
diferenciados das plantas e variações entre locais e anos, nas
características fenológicas da floração (Tonietto e Tonietto, 2005).
De acordo com Velarde (1991), a determinação da data da plena
floração é considerada como um dado-base para os cultivos, pois este dado
é específico de uma variedade e é influenciado pelo microclima, conferindo a
sua determinação caráter puramente local.
A fenologia varia em função do genótipo e das condições climáticas
de cada região produtora, ou em uma mesma região, devido às variações
estacionais do clima ao longo do ano (Leão e Silva, 2003).
A taxa de crescimento medida em frutos em desenvolvimento tem
sido determinada com base no diâmetro, comprimento, circunferência, peso,
volume, coloração e formato do fruto, desde a antese até a maturação do
fruto (Neto e Reinhardt, 2003). O estudo da taxa de crescimento dos frutos
tem grande importância para o conhecimento das diferentes fases
fenológicas envolvidas no seu desenvolvimento, como a época de maior
ganho de massa ou a época de início da maturação para definir os períodos
de colheitas. A partir de estudos dessa natureza, podem-se revelar períodos
críticos em seus desenvolvimentos que possibilitem a produção dos mesmos
com alta qualidade, satisfazendo, assim, os consumidores mais exigentes
(Berilli et al., 2007).
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27
A queda das flores e dos frutos jovens é condicionada por diversos
fatores, sendo o ambiental o mais importante, como: altas temperaturas,
chuvas intensas, rajadas de vento e deficiência hídrica (Reuther, 1973;
Davies e Albrigo, 1994; Doorenbos e Kassam, 1994).
A maior competição ocorre quando os frutos possuem entre 5 a 20
mm de diâmetro (Davies e Albrigo, 1994). Na realidade, até os frutos
atingirem cerca de 40 mm de diâmetro, estão passíveis de caírem (Moss,
1976). Monselise (1986) comenta que o período de queda estende-se de
poucas semanas antes da antese até aproximadamente quatorze semanas
após a mesma.
Cultivares sem sementes estão mais sujeitos à queda dos frutos, se
ocorrerem variações de temperatura ou qualquer outro tipo de estresse
durante ou depois da queda natural dos frutinhos (El-Otmani, 1992).
Bertonha et al. (2004) verificaram que tanto o estresse hídrico quanto
o excesso de umidade no solo aumentaram o número de frutos caídos em
laranjeira ‘Pêra’. No período de fixação, de acordo com Moreira (1985), altas
temperaturas durante dias seguidos aumentaram muito a queda natural dos
frutos jovens.
Os citros podem ter duas safras de frutos simultaneamente, e também
vários fluxos de crescimento vegetativo durante o ano. As atividades
reprodutivas e vegetativas competem por carboidratos e podem interferir nas
brotações das plantas (Castle, 1995).
A ocorrência e a intensidade das brotações estão diretamente
relacionadas à quantidade de frutos em crescimento, os quais atuam como
fortes drenos de assimilados (Castro, 2003).
A causa do desenvolvimento do fruto é a acumulação de metabólitos
pelo mesmo. Esta pode ser limitada pela incapacidade do fruto em acumulá-
los ou pela falta de disponibilidade na própria planta (Agusti e Almela, 1991).
Pode-se encontrar correlação entre a abscisão e os teores de
carboidratos em folhas e frutos (Ruiz et al., 2001) já que o número de frutos
(Garcia-Luis et al., 1988) ou de folhas (Mehouachi et al., 1995) pode alterar a
competição por açúcares na planta.
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Levando em consideração que as plantas cítricas se adaptam a uma
grande diversidade de condições climáticas (Reuther, 1977), é difícil
identificar as causas da queda de frutos ao longo do seu desenvolvimento.
No entanto, fatores de ordem fisiológica, ambiental (umidade do ar) e
fitossanitária (pragas e doenças) são os principais responsáveis (Oliveira,
2005).
Agustí et al. (1996), mencionam três fases de crescimento dos frutos:
exponencial, linear e de maturação. A síntese dos ácidos orgânicos é
intensa nos dois primeiros estádios de desenvolvimento do fruto: Fase I, de
crescimento exponencial, desde a antese até o final da queda natural dos
frutos, e Fase II, de crescimento linear, desde a queda natural dos frutos até
o início da coloração da casca, mantendo-se, então, constante na Fase III,
em valor absoluto, até o final da maturação. Contudo, com o aumento do
tamanho final do fruto, ocorre uma redução na concentração de ácidos por
um efeito de diluição.
Este decréscimo em concentração da acidez titulável, concomitante
com o incremento dos sólidos solúveis, durante todo o desenvolvimento do
fruto, resulta em um incremento da relação sólidos solúveis / acidez titulável
(SS/AT), usado como parâmetro para indicar o ponto de maturação
comercial (Davies e Albrigo, 1994).
A taxa de crescimento do fruto para diferentes regiões é função da
temperatura durante cada estádio de desenvolvimento e da umidade do
solo, principalmente durante as fases de expansão celular e maturação.
Temperaturas médias mais altas provêm taxas mais rápida de crescimento
de frutos e temperaturas médias mais baixas, taxas mais lentas, o que é
consistente com o conceito de unidades térmicas. O conteúdo de água do
solo adequado via chuva ou irrigação aumenta significativamente o tamanho
do fruto durante a fase de expansão celular, mas resulta numa
correspondente diluição de sólidos solúveis (Davies e Albrigo, 1994).
O crescimento do fruto é afetado por fatores que podem ser
classificados dentro de duas categorias maiores: fatores da planta e
meteorológicos, sendo que na primeira categoria devem ser considerados o
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tamanho e o número de frutos e, na segunda, temperatura e estresse hídrico
(Ben Mechlia e Carrol, 1989).
Há um efeito positivo do aumento de temperatura no crescimento do
fruto. Sob condições frias ocorre crescimento lento, suportando a hipótese
de crescimento limitado do fruto em temperaturas baixas. O efeito negativo
de temperaturas muito altas não é claramente estabelecido, mas é
fortemente sugerido pela supressão do nível de crescimento onde
temperaturas altas (acima de 35°C) prevalecem (Paulino, 2005).
O estresse hídrico pode resultar em crescimento mais lento do fruto
ou retração diária. Geralmente o aumento no tamanho do fruto durante a
estação chuvosa reflete o efeito de mais disponibilidade de água, menor
demanda evaporativa, menor temperatura ou o conjunto de todas as três
condições (Paulino, 2005). Ginestar e Castel (1996) apontam que estresse
hídrico, durante o segundo estádio de desenvolvimento, causa redução do
tamanho dos frutos.
A fase de crescimento é uma etapa de desenvolvimento do fruto onde
ocorrem as alterações quantitativas que resultam no aumento de peso e
volume desse órgão. Tal fase é bastante influenciada por fatores
meteorológicos, como temperatura, radiação solar e precipitação, além de
fatores genéticos intrínsecos de cada material vegetal (Berilli et al., 2007).
2.4 Maturação e qualidade dos frutos cítricos sob condições tropicais
A maturação dos frutos cítricos é caracterizada por uma fase de
reduzida taxa de crescimento. Este estádio caracteriza-se também pelo
aumento dos teores de sólidos solúveis, sobretudo açúcares, e de
compostos nitrogenados, aminoácidos principalmente e uma concomitante
redução de ácidos orgânicos (Agustí et al., 1996).
Conforme Marchi (1993), o aumento da concentração de açúcares
ocorre durante toda a fase de crescimento e maturação dos frutos, estando
diretamente relacionado à intensidade do processo fotossintético e, por sua
vez, à temperatura e à intensidade de luz.
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Nem todo efeito na frutificação é, estritamente, devido ao melhor
suporte fotossintético para acumulação de açúcares. Por vezes são
decorrentes do estresse hídrico, resultando numa menor diluição de sólidos
solúveis em áreas com maior exposição à radiação solar (Albrigo, 1993).
O ácido cítrico é o mais acumulado no fruto, começando esse
processo logo após a sua formação e rapidamente alcança o valor máximo.
Particularmente a temperatura é o fator que mais influencia no acúmulo
desse ácido. Após atingir valor máximo, a concentração desse ácido
decresce. O decréscimo na concentração, durante a maturação, é
parcialmente devido ao aumento do tamanho do fruto, pela absorção de
água, que causa a diluição do ácido e a taxa respiratória, que é dependente
da temperatura. Quanto maior é a temperatura durante a maturação, maior é
o decréscimo da concentração de ácidos (Rasmussen et al., 1996 e Albrigo,
1993).
O processo de maturação ocorre devido a um conjunto de mudanças
externas, de sabor e de textura quando se alcança o máximo tamanho e
desenvolvimento. A maturação dos frutos inclui processos característicos,
tais como a coloração, perda de firmeza, aumento na concentração de
açúcares solúveis, redução da acidez e outras mudanças físicas e químicas
sendo que nesta fase os frutos atingem qualidade ideal para o consumo “in
natura” (Agusti, 2000).
Segundo Irtwange (2006), os parâmetros que são considerados para
a determinação de índices de maturidade para frutas são, entre outros, idade
cronológica (dias decorridos do florescimento até a colheita), tamanho,
forma, cor, dureza e fatores de sua composição (sólidos solúveis, açucares e
acidez).
Para Fallik e Aharoni (2004), os índices de maturidade devem ser
fixados para cada variedade e região. A maturação é a fase do
desenvolvimento em que o fruto completou seu crescimento natural e está
pronto para a colheita. A maturação do fruto na colheita é um dos principais
fatores que determinam a sua qualidade (Irtwange, 2006).
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31
A qualidade dos frutos cítricos é de extrema importância para uma
melhor comercialização e as características internas e externas dos frutos
devem ser consideradas, visando uma melhor aparência e também uma
melhor qualidade organoléptica. Entre as características internas tem-se o
rendimento em suco, pH, acidez titulável, sólidos solúveis, açúcares e
vitamina C, e entre as externas destacam-se a forma, o tamanho, a cor e
injúrias (Jackson, 1991; Souza et al., 1994). Entretanto, cada variedade
cítrica produz frutas com características próprias e a qualidade varia em
função de muitos fatores (Davies e Albrigo, 1994).
As características físicas e químicas dos frutos variam no decorrer do
período de maturação, e essa variação depende, entre outros fatores, das
condições meteorológicas durante a formação e a maturação dos frutos,
combinação porta-enxerto/variedade copa, a idade da planta, os estresses
hídricos e de temperatura, a localização do fruto na árvore, a radiação solar,
as práticas de manejo, a nutrição e o espaçamento entre as plantas
(Reuther, 1973; Volpe et al., 2002).
A temperatura afeta sensivelmente a forma, a coloração da casca, a
textura e outras características físico-químicas dos frutos. Frutos produzidos
em regiões ou em épocas quentes são maiores, mais oblongos e de casca
menos colorida do que os produzidos em regiões onde ocorrem baixas
temperaturas durante a maturação e colheita (Koller, 1994).
Diferentes condições de disponibilidade de energia solar e fotoperíodo
podem influenciar no tamanho, na composição da fruta e na relação dos
sólidos solúveis totais e acidez (Richardson et al., 1997).
Albrigo (1990) demonstrou que 60% a 70% da variabilidade entre
anos agrícolas para o total de sólidos solúveis no suco podem ser devido às
variações nas temperaturas do ar e às chuvas durante a indução floral e o
período de diferenciação, antes da florada.
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32
Teores mais elevados de sólidos solúveis, segundo Reuther e Rios-
Castaño (1969), estão associados ao estresse por seca, a umidade do solo
moderada durante o período de maturação e água disponível, apenas nos
períodos mais secos e quentes. Longos períodos de chuva diminuem os
sólidos solúveis, assim como longos períodos nublados podem reduzir a
fotossíntese e o acúmulo de açúcares (Albrigo, 1993).
Vários autores, entre eles Blondel e Cassin (1972); Sánchez et al.
(1978); Sánchez e Fernández (1981) encontraram que a temperatura e as
chuvas dos meses anteriores à colheita influem decisivamente na
concentração de sólidos solúveis (SS) e acidez do suco dos frutos. Sanchez
et al. (1978) observaram uma tendência para maiores valores de SS, nos
anos de menores precipitações, e em alguns anos de menores temperaturas
– menores acúmulos térmicos, ou grau-dia – os frutos apresentaram maiores
valores de SS e acidez. Outra observação interessante é relativa à
intensidade de precipitação, ou seja, nos anos de fortes precipitações em
setembro e outubro, ocasionaram frutos com menores SS e menores acidez.
Volpe et al. (2000) correlacionaram os graus-dia acumulados com a
acidez do suco e com SS, mostrando que a acidez diminui e os SS
aumentam com o acúmulo de graus-dia, e que a relação quadrática é a que
melhor explica essas relações. Chen (1990), na Califórnia e Flórida, mostrou
que o acúmulo de graus-dia pode representar o acúmulo de sólidos solúveis
e o aumento no índice de maturidade do fruto a partir do mês de julho.
Nos estudos realizados por Kefford e Clandler, citados por Chitarra e
Chitarra (1979), os frutos cítricos apresentaram um crescente aumento da
relação SS/AT, seguido de um pequeno decréscimo na fase final. O sabor
dos citros (doce ou azedo) é dependente de quantidades relativas de
açúcares (sólidos solúveis) e acidez titulável no suco, sendo que a relação
SS/AT é considerada como um importante índice de maturidade dos frutos,
embora uma determinada relação não seja garantia de qualidade a menos
que associada à concentração de sólidos solúveis (Jackson, 1991; Costa,
1994).
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33
Os sólidos solúveis medidos em ºBrix indicam a quantidade de
substâncias que se encontram dissolvidos no suco, sendo constituído na sua
maioria por açúcares (Alves, 1996). Conforme Viegas (1998) a quantidade
de açúcares no suco determina o rendimento industrial. Ferreira et al. (2000)
mencionam que entre os carboidratos se encontram em primeiro lugar os
açúcares, que podem ser considerados como as principais substâncias das
frutas.
Da Silva et al. (1999), avaliando as características tecnológicas dos
frutos cítricos no ano agrícola 1998/99, observaram que o peso, diâmetro,
altura dos frutos, e % de suco, foram superiores nos tratamentos irrigados,
enquanto os frutos do tratamento sem irrigação encontravam-se menores e
mais ácidos. Não foram observadas diferenças para o ºBrix.
Aróstegui et al. (1955) observaram que ocorre relação entre os fatores
climáticos e o teor de vitamina C dos frutos da aceroleira e que diferenças do
teor dessa vitamina nos frutos colhidos em épocas distintas são
consideráveis, merecendo as causas, investigações detalhadas.
O ácido ascórbico (Vitamina C) é uma substância orgânica simples
que tem despertado grande interesse, devido aos efeitos benéficos como
vitamina (Huang et al., 1995). A caracterização de ácido ascórbico em frutos
tropicais é relevante, pois pode contribuir para um aproveitamento mais
racional dos recursos naturais gerando benefícios sociais e econômicos
(Andrade, 2002). Segundo Gayet et al. (1995), os frutos de lima ácida
‘Tahiti’, ideais para exportação, devem ter teor de ácido ascórbico entre 20 e
40 mg / 100ml de suco.
Segundo Salibe (1977), os frutos para consumo in natura devem
apresentar um teor de suco acima de 35%. Chitarrra e Chitarra (1990) e
Koller (1994), citam que os frutos cítricos destinados à industrialização
devem conter um teor mínimo de suco igual a 40%. Para Coelho (1993), o
suco do fruto tem teores médios de 9º Brix e acidez em 6%.
As características de qualidade dos frutos cítricos são de extrema
importância para uma boa comercialização, seja para o consumo “in natura”
ou para processamento industrial (Chitarra, 1994).
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34
3 MATERIAL E MÉTODOS
Para avaliar o crescimento e qualidade dos frutos de lima ácida ‘Tahiti’
na região de Colorado do Oeste, no Estado de Rondônia, nas condições
térmicas e hídricas locais, foram observados os padrões edafoclimáticos da
região e adotou-se a metodologia descrita a seguir:
3.1 Descrição climática da região e economia do Estado
O Município de Colorado do Oeste está situado, na região do chamado
Cone Sul do Estado de Rondônia, entre as latitudes 13o 00’ e 13o 20’ S e
longitudes 60o 20’ e 60o 50’ W de Greenwich, tendo como municípios limítrofes
Vilhena (Nordeste), Corumbiara (Noroeste), Cerejeiras (Oeste), Pimenteiras
(Sudoeste), Cabixi (Sul) e o Estado do Mato Grosso (Sudeste) (Figura 1).
Fonte: SEDAM – Governo do Estado de Rondônia, 2006
Figura 1. Mapa Geográfico do Estado de Rondônia, 2006.
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35
A dinâmica espacial no Estado de Rondônia é fundamentalmente
determinada pelo uso agrícola, tendo como culturas principais o café, o cacau,
a soja e em relação à pecuária do Estado, a de bovinos (carne e leite) é a que
representa a maior importância.
O relevo de Colorado do Oeste varia de ondulado a montanhoso,
porquanto a maior parte do município está situada na calha sudoeste da
encosta da Chapada dos Parecis, em altitudes superiores a 400 m acima do
nível do mar. Há dois tipos básicos de vegetação: floresta tropical que ocupa a
maior parte do município e o cerrado, localizado na região Noroeste, na divisa
com os municípios de Corumbiara e Vilhena. A área restante do município é
recoberta na sua maior parte por pastagem, tendo como objetivo a pecuária
bovina de corte (SEPLAN - RO, 2002).
Os solos predominantes são do tipo Argissolos Vermelho-Amarelo,
Argissolos vermelho eutróficos e Cambissolos, em áreas de relevo mais
acentuado, e de Latossolos Amarelo distróficos e Neossolos Quartzarênicos
em relevo mais suave. O solo da área experimental foi classificado como
Argissolo Vermelho eutrófico (Embrapa, 1999).
Segundo a classificação de Köppen, o clima predominante no Estado
de Rondônia é do tipo Aw – Clima Tropical Chuvoso (quente e úmido), com
média de temperatura do ar durante o mês mais frio, superior a 18oC e um
período seco bem definido durante a estação de inverno, quando ocorre no
Estado um moderado déficit hídrico com índices pluviométricos inferiores a 50
mm/mês. A média da precipitação pluvial para os meses de junho, julho e
agosto é inferior a 20 mm/mês. Em razão de estar sob a influência do clima
Aw, a precipitação pluvial varia entre 1400 a 2600 mm/ano, enquanto a média
anual da temperatura do ar varia entre 23 a 26oC (SEDAM – RO, 2007).
Para Colorado do Oeste a temperatura média anual é 23ºC, máxima de
33ºC e mínima de 12ºC, com amplitude térmica de 10ºC. Média anual de
precipitação pluviométrica de 2400 mm e a maior precipitação ocorre nos
meses de janeiro à março (IBGE, 2008).
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36
3.2 Localização e condução do experimento
O experimento foi realizado no Instituto Federal de Rondônia (IFRO),
Campus de Colorado do Oeste (13o 06’ S e 60o 29’ W, 407 m de altitude), no
município de Colorado do Oeste, no Estado de Rondônia, durante os anos de
2006, 2007, 2008 e 2009, com o acompanhamento das safras de 2006/07
(ano 1), 2007/08 (ano 2) e 2008/09 (ano 3).
A possibilidade do bom desenvolvimento e qualidade dos frutos de lima
ácida ‘Tahiti’ em condições tropicais, no estado de Rondônia, merece ser
investigada, pois a identificação de condições meteorológicas adequadas
incentiva e fortalece seu uso agrícola.
Para cada safra foram avaliados oito períodos de desenvolvimento dos
frutos, da fase de chumbinho à colheita, nos intervalos de julho de 2006 a
março de 2007 (safra 2006/07), de novembro de 2007 a maio de 2008 (safra
2007/08) e de setembro de 2008 a março de 2009 (safra 2008/09), conforme
Tabela 1.
Tabela 1: Períodos de avaliação do desenvolvimento de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO Colorado do Oeste - RO. safras 2006 - 2009.
Período Safra 2006/07 Safra 2007/08 Safra 2008/09
1 12/07/06 – 18/12/06 08/11/07 – 28/02/08 18/09/08 – 08/01/09
2 12/07/06 – 02/01/07 08/11/07 – 27/03/08 18/09/08 – 22/01/09
3 03/08/06 – 30/01/07 06/12/07 – 27/03/08 02/10/08 – 08/01/09
4 09/08/06 – 10/01/07 06/12/07 – 24/04/08 02/10/08 – 22/01/09
5 23/08/06 – 13/02/07 20/12/07 – 27/03/08 16/10/08 – 05/02/09
6 09/10/06 – 30/01/07 20/12/07 – 10/04/08 27/11/08 – 26/03/09
7 09/10/06 – 14/03/07 03/01/08 – 24/04/08 11/12/08 – 19/03/09
8 20/11/06 – 29/03/07 03/01/08 – 08/05/08 11/12/08 – 26/03/09
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37
Foram utilizadas plantas de limeiras ácidas ‘Tahiti’ (Citrus latifolia
Tanaka) do clone ‘Quebra-galho’ enxertadas sobre plantas de limoeiro ‘Cravo’
(Citrus limonia, Ostebeck) em pomar já estabelecido no espaçamento 6 x 6 m
com um total de quarenta e seis plantas em uma área de aproximadamente
2.448,75 m2.
Foram selecionadas seis plantas dispostas em linha e voltadas para 7o
NE e os frutos utilizados como unidade experimental.
O plantio foi realizado em maio de 2003, sendo a calagem e adubação
realizadas de acordo com programação do IFRO, sendo aplicado NPK
formulação 04 -14 - 08 (400 g planta-1) e calcário (300 g planta-1) no início e
final das águas (outubro e abril).
Não foi utilizado sistema de irrigação e os tratos culturais consistiram de
roçagem de plantas daninhas e coroamento na área de projeção da copa.
As variáveis meteorológicas analisadas foram temperaturas do ar
média (Ti), máxima (T max), mínima (T min) e precipitação pluviométrica total
(PP).
Determinou-se soma térmica acumulada em graus-dia (GDA), o saldo
de unidades fototérmicas (UF), chuva efetiva (PPe) e armazenamento de água
no solo (ARM), durante os períodos de desenvolvimento e crescimento dos
frutos, e o excedente hídrico (EXC) e deficiência hídrica (DEF), como
indicador de disponibilidade hídrica no solo e seus efeitos sobre o bom
desenvolvimento e qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’, conforme fatores
meteorológicos de interesse citados na literatura.
Os registros de precipitação pluviométrica total foram coletados em
pluviômetro da Agência Nacional de Águas (ANA), localizado no município de
Colorado do Oeste (Latitude 13o 06’ S e Longitude 60o 32’ W), situado a
aproximadamente 5 km de distância da área experimental (Figura 2).
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38
Figura 2. Pluviômetro manual (ANA). Colorado do Oeste - RO, 2007.
Os registros de temperatura do ar foram obtidos na estação
meteorológica do Campo Experimental da Embrapa (12o 46’ S, 60o 05’ W, 612
m de altitude), no município de Vilhena - RO (município que melhor representa
a situação climática do local onde o experimento foi realizado), situada a
aproximadamente 80 km de distância da área experimental (Figura 3).
A estação encontra-se conectada a um sistema de aquisição e
armazenamento de dados “datalogger”, programado para armazenar registros
a cada 60 minutos, sendo posteriormente convertidos em médias diárias.
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39
Figura 3. Estação meteorológica automática modelo Campbell (EMBRAPA). Vilhena – RO, 2007.
3.3 Parâmetros meteorológicos
Com o objetivo de ajustar o efeito da temperatura do ar e do
fotoperíodo sobre a resposta da planta, empregou-se a unidade fototérmica
(UF). A temperatura basal inferior foi considerada como 13oC (Monselise,
1986). O método proposto baseia-se na aplicação das equações (1), (2), (3) e
(4) (Villa Nova et al., 1999).
1___
1
2
NiNf
NiNf
GDn
UF (1)
)( TbTGD min)( TseTb
min)max(2)max( 2
TTTbTGD min)( TseTb (2)
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40
tgtgNfouNi .arccos133,0 (3)
80
365360
45,23 Djsen (4)
Nessas equações, UF se refere ao número de unidades fototérmicas
acumuladas no período de maturação dos frutos; GD os graus-dia médios do
período de n dias; n ao número de dias no período; à média das
temperaturas médias do período; Tb à temperatura base inferior de 13oC;
max à média das temperaturas máximas do período; min à média das
temperaturas mínimas do período; Nf ao valor do fotoperíodo (horas e
décimos de horas) no final do período de crescimento; Ni ao valor do
fotoperíodo (horas e décimos de horas) no início do período de crescimento;
ao valor da declinação solar (graus e décimos) para a latitude do local de
cultivo e Dj o dia Juliano (número de ordem a partir de 01 de janeiro).
Depreende-se, das equações (1) a (4), que o crescimento é resultado não só
da ação da e da Tb, mas também é afetado pelo fotoperíodo, que é variável
em função da latitude do local (graus e décimos) ( ) e da época (estação) do
ano (, sendo, portanto, dependente da unidade fototérmica (UF).
Para o cálculo dos graus-dia acumulados (GDA) foram utilizadas
temperatura diária mínima (T min), máxima (T max) e média (Ti), registradas
nos períodos de desenvolvimento dos frutos. Foram utilizadas as equações
(5) e (6), conforme o método de Arnold (1959): sendo Tb a temperatura basal
mínima de crescimento e n o número de dias do período.
n
iTbTiGDA
1
min)( TseTb (5)
n
i TTTbTGDA
1
2
minmax2max min)( TseTb (6)
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41
3.4 Balanço hídrico e armazenamento de água no solo
O consumo de água pelas plantas é o parâmetro fundamental a ser
considerado. Os métodos utilizados para determinar esse consumo são os
diretos, como os lisímetros, e os indiretos, baseados em modelos a partir da
utilização de elementos climáticos, podendo-se destacar o balanço de água
no solo.
Embora outros métodos para determinação das necessidades de
água da planta sejam considerados mais precisos e possam ser preferidos
por pesquisadores, o método do balanço hídrico ainda é bastante útil para
tais determinações (Pereira et al., 1997).
Por meio do cálculo do balanço hídrico diário, realizado de acordo com
o método proposto por Doorenbos e Kassan (1994), determinou-se a
evapotranspiração da cultura (ETc), obtida pela equação (7):
EToKcETc (7)
Onde:
ETo = evapotranspiração de referência
Kc = coeficiente de cultivo
O coeficiente de cultivo (Kc) para o cálculo da ETc foi definido
baseando-se nos valores apresentados por Doorenbos e Pruitt (1977),
sendo que o valor médio utilizado foi de 0,80 recomendado para culturas já
estabelecidas com plantas jovens cobrindo 70% da área em terreno com
mato (Figura 4).
A evapotranspiração de referência (ETo) foi calculada diariamente
(mm dia-1) utilizando-se o método de Hargreaves-Samani, desenvolvido
segundo metodologia proposta por Pereira et al. (1997), e estimada pela
equação (8). O valor de Qo foi estimado para a região de Colorado do Oeste
- RO em latitude de 13° S, conforme determinado por Doorenbos e Kassan
(1994).
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42
8,17minmax0023,0 5,0 TiTTQoETo (8)
Onde:
Qo = irradiância solar extraterrestre (mm dia-1)
Tmax = temperatura máxima (°C)
Tmin = temperatura mínima (°C)
Ti = temperatura média diária (°C)
Figura 4. Área experimental do IFRO Campus de Colorado do Oeste - RO, 2007.
A umidade no solo (% massa seca), durante os períodos de
desenvolvimento dos frutos, foi monitorada a cada quatorze dias, do início da
marcação dos frutinhos (fase de chumbinho) até a colheita, utilizando o
método-padrão de estufa e obtido pela equação (9) e o armazenamento de
água disponível no solo foi calculado no balanço hídrico.
1003221%
PPPPUmidade (9)
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43
Onde:
P1 = peso do solo + água + peso da lata de amostragem
P2 = peso do solo seco + peso da lata de amostragem
P3 = peso da lata de amostragem
As amostras do solo foram coletas, nas profundidades de 15 cm, 45 cm
e 75 cm, utilizando-se um trado com 120 cm de alcance, próprio para retirada
de amostras de solo na projeção da copa de fruteiras (Figura 5). A
determinação da densidade média aparente do solo (Da), foi obtida pela
equação (10):
..../ 3
SVSMcmgDa (10)
Onde:
M.S. = massa do solo seco
V.S. = volume do solo
Figura 5. Trado de 120 cm para coleta de solo
A água armazenada no solo em milímetros (ARM medido) foi obtida
pela equação (11). As retenções de umidade foram determinadas para as
profundidades de 0 – 30 cm (camada 1), 30 – 60 cm (camada 2) e 60 – 90 cm
(camada 3). Cs é o índice para representar a espessura das camadas do solo.
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44
CsDaMSDaMSDaMSARMmedido pppppp 332211 x 10 (11) Onde:
ARM medido = umidade armazenada no solo (mm)
M.S. = umidade do solo (% massa seca)
Da = densidade aparente do solo (g cm-3)
p1 = profundidade do solo (camada 1)
p2 = profundidade do solo (camada 2)
p3 = profundidade do solo (camada 3)
Cs = 30 cm
Foram coletadas amostras de solo, nas camadas 1, 2 e 3, por abertura
de trincheira e com o uso de anéis volumétricos, para e determinação da
capacidade de campo (Cc) e ponto de murcha permanente do solo (Pmp),
para verificar a capacidade de água disponível no solo (CAD), que representa
a lâmina de água armazenada na camada radicular explorada pelas raízes,
obtido pela equação (12):
DaPmpCcCAD
10
(h = 90 cm) (12)
Onde:
CAD = capacidade de água disponível no solo (mm cm-1 de solo)
Cc = capacidade de campo (% em peso)
Pmp = ponto de murcha permanente (% em peso)
Da = densidade aparente do solo (g cm-3)
h = profundidade específica do sistema radicular
A determinação da “capacidade de campo” e “ponto de murcha
permanente” foi realizada pelo método de Richard, no Laboratório de Análises
Físicas do Solo, no Departamento de Ciência do Solo da Escola Superior de
Agricultura Luis de Queiroz (ESALQ/USP) - SP.
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45
Para a realização dos cálculos diários do balanço hídrico, utilizaram-se
os parâmetros de solo e cultura, a precipitação pluviométrica total (PP) e
chuva efetiva (PPe) e a evapotranspiração da cultura (ETc).
Como a umidade do solo no início do período de interesse não era
conhecida, fez-se o balanço hídrico com estimativa de armazenamento inicial
de 125 mm.
Chuva efetiva ou precipitação efetiva (PPe) é a parte da precipitação
total (PP) que precipitou no solo. Vários fatores influem na porção efetiva da
precipitação total, os quais podem atuar isoladamente ou interagindo com
outros. Qualquer fator que afete a infiltração, o escoamento superficial ou a
evapotranspiração, tem influência no valor da precipitação efetiva.
Para o cálculo da PPe utilizou-se a equação (13), onde o coeficiente de
escoamento superficial (c) utilizado foi de 0,5, conforme valores tabelados
recomendados pelo Soil Conservation Service (USDA), para solos com textura
média e pouca declividade. O coeficiente (c) representa a relação entre a
lâmina de água que escoa sobre a superfície do solo e a lâmina total de água
que foi precipitada.
PPcPPe (13)
O balanço hídrico é uma das várias maneiras de estimar o
armazenamento médio de água do solo ao longo do tempo. Os valores
estimados foram para períodos de quatorze dias, entre os intervalos de
medição dos frutos.
Partindo-se do suprimento natural de água ao solo, simbolizado pelas
chuvas, e da demanda atmosférica, simbolizada pela evapotranspiração, e
com uma capacidade de água disponível (CAD) apropriado, o balanço hídrico
fornece estimativas da evapotranspiração real (ETR), da deficiência hídrica
(DEF), do excedente hídrico (EXC) e do armazenamento da água no solo
(ARM).
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46
A perda de água, pelo processo de evapotranspiração, é diretamente
proporcional ao conteúdo de água no solo (Thornthwaite e Mather, 1955),
assumindo-se que a evapotranspiração varia linearmente com o
armazenamento de água no solo, consequentemente, esse armazenamento
varia exponencialmente com o negativo acumulado (NEG-AC), conforme
apresentado na equação (14):
CADACNEG
eCADARM
(14)
O negativo acumulado (NEG-AC) pode ser entendido como o módulo
da diferença acumulada das chuvas e evapotranspiração ótima da cultura
(ETc), o qual é estimado utilizando as equações (15 e 16) se PP-ETc < 0 e (17
e 18) se PP-ETc > 0.
ETcPPACNEGACNEG nn 1 (15)
CADACNEG
eCADARM
(16)
ETcPPARMARM nn 1 (17)
CADARMInCADACNEG (18)
Estimou-se a evapotranspiração real (ETR) pelo método proposto por
Thornthwaite e Mather (1955), utilizando a equação (19) se PP ≥ ETc e (20)
se PP < ETc.
ETcETR (19)
VAPPETR (20)
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47
em que VA é a variação de armazenamento (ALT), sendo calculada pela
equação (21):
1 nn ARMARMALT (21)
A deficiência hídrica (DEF) é definida como a diferença entre ETc e a
ETR, conforme a equação (22):
ETRETcDEF (se PP < ETc) (22)
Existe deficiência hídrica quando a ETR é menor que a ETc, em
consequência do total de chuva e da variação de água armazenada no perfil
de solo não suprirem à demanda evapotranspiratória. Se PP ≥ ETc, a
deficiência hídrica é nula (DEF = 0).
O excedente hídrico (EXC) é definido como a diferença entre a
quantidade de chuva e a evapotranspiração real mais a variação do
armazenamento, conforme a equação (23):
VAETRPPEXC (se PP ≥ ETc) (23)
Existe excedente hídrico quando a chuva excede a soma da
evapotranspiração real e a quantidade de água que falta no solo para atingir a
sua capacidade de armazenamento máximo (CAD). Se PP < ETc, o
excedente hídrico é nulo (EXC = 0).
3.5 Caracterização fenológica e crescimento dos frutos
O acompanhamento fenológico foi realizado considerando-se as
épocas de florescimento, fase de chumbinho dos frutos, maturação e colheita
(Figura 6).
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48
As datas de plena floração determinaram à época de início de formação
dos frutos e originaram cada medição na fase de chumbinho (Tabela 1). As
épocas de florada, envolvidos neste estudo, tiveram início em julho e
setembro de 2006; novembro de 2007; setembro e outubro de 2008.
A marcação dos frutinhos foi realizada em cada fluxo de brotação, em
todas as safras, no início da florada, após o surgimento do chumbinho (Figura
7). Em cada planta foram marcados e medidos de três a seis frutos escolhidos
aleatoriamente, de um total de seis plantas.
O crescimento do fruto foi definido pela medida de seu comprimento e
diâmetro, conforme mencionado por Neto e Reinhardt (2003), os quais relatam
que a taxa de crescimento medida em frutos em desenvolvimento tem sido
determinada com base no diâmetro, comprimento, circunferência, peso e
volume do fruto, desde a antese até a maturação do fruto.
Foram realizadas avaliações entre o surgimento do chumbinho e a
colheita, em diferentes períodos de desenvolvimento, sendo as medições
feitas em intervalos de quatorze dias, com o uso de um paquímetro.
Foram marcados no máximo um fruto por ramo com lacre numerado e
de diferentes cores, para identificar os diferentes períodos avaliados. Para
escolha dos frutos observou-se o tamanho mínimo de 6 mm de diâmetro e
máximo de 16 mm de diâmetro, cujas características assemelhavam-se a um
padrão médio da árvore, evitando os ramos sem folhas ou com um número
muito elevado de frutos.
Para efeito de avaliação do crescimento e desenvolvimento dos frutos
foi medida, a cada vinte e oito dias, a distância do fruto à parte externa da
copa, o número de frutos do ramo de última ordem (ramo novo), onde o fruto
marcado estava inserido, o comprimento e o número de folhas deste ramo.
Marcaram-se frutos na altura média, no interior e no exterior da copa
das árvores, totalizando 180 frutos na safra 2006/07 (ano 1), 210 frutos na
safra 2007/08 (ano 2) e 276 frutos na safra 2008/2009 (ano 3).
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49
Figura 6. Florescimento, fase de chumbinho e maturação de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste – RO, IFRO, 2007.
Figura 7. Marcação de frutinhos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste – RO, IFRO, 2007.
Foi observada a queda contínua de frutos jovens em todas as árvores,
durante os períodos de desenvolvimento, nas três safras avaliadas. De acordo
com Davies e Albrigo (1994) o estresse hídrico, além de outros fatores como a
competição dos frutos por carboidratos e água, aumenta a queda fisiológica,
principalmente quando os frutos possuem entre 5 a 20 mm de diâmetro.
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50
Do total de frutos marcados foram selecionados, dentre os que não
caíram até a colheita, vinte e quatro frutos (56 mm diâmetro) por safra, três
para cada período, para acompanhamento do crescimento, duração do
período de desenvolvimento e avaliação das características físico-químicas de
qualidade.
A colheita foi realizada quando os frutos apresentavam coloração
verde-oliva, casca lisa e brilhante e tamanho aproximado de 56 mm de
diâmetro transversal, conforme sugerido por Ramos et al. (2002).
3.6 Parâmetros físico-químicos de qualidade dos frutos
A qualidade dos frutos foi avaliada no Laboratório de Análise de
Alimentos do IFRO, Campus de Colorado do Oeste - RO, com o propósito de
determinar o peso (PF) e tamanho dos frutos (CF = comprimento do fruto e DF
= diâmetro do fruto) e peso do suco (PS), volume do suco (VS), rendimento do
suco (RS), pH, teor de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), relação
SS/AT, índice tecnológico (IT) e vitamina C do suco (VC).
Conforme normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz (1985),
determinaram-se as características físico-químicas dos frutos, onde foram
medidos o RS com a extração mecânica, pesando o volume de suco extraído
e dividindo-se o mesmo pelo peso do fruto (expresso em porcentagem), os SS
expressos em oBrix, com uso de um refratômetro portátil (Figura 8), o pH,
utilizando um potenciômetro digital, a AT, realizada por titulometria com
solução de hidróxido de sódio 0,1 N e os resultados expressos em gramas de
ácido cítrico por 100 ml de suco e a relação SS/AT.
O teor de ácido ascórbico ou vitamina C foi determinado pelo método
volumétrico de Tilmans, baseado na redução de 2,6 diclorofenolindofenol –
DCFI e expresso em mg por 100 ml de suco (AOAC, 1992). O IT, segundo Di
Giorgi et al.(1990), foi obtido pela equação (24), calculando-se assim, o teor
de SS em uma caixa de colheita de frutos para o comércio ‘in natura’ de fruta
fresca (caixa de 27 kg) e para utilização industrial (caixa de 40,8 kg).
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51
000.10
... caixaPPSSRSIT (24)
Onde:
IT = índice tecnológico em Kg SS caixa
RS = rendimento de suco (%)
SS = teor de sólidos solúveis (oBrix)
P.P.caixa. = peso padrão da caixa de colheita de limão ‘Tahiti’
Figura 8. Refratômetro manual para medição de sólidos solúveis
Para determinar a AT do suco, foi diluído 5 ml de suco de limão em 30
ml de água destilada, acrescentando 3 gotas de fenolftaleína 1% como
indicador. A amostra foi titulada com solução de NaOH 0,1 N, quando a
solução titulada mudava a coloração de incolor para róseo-claro.
Foram feitas duas titulações para cada amostra e quando os dois
valores diferiam em mais de 3 ml de solução de NaOH, fazia-se uma terceira
determinação. Para o cálculo da AT, utilizou-se a equação (25):
..
100º
..
100/.AVHnMPNV
mlcoácidocítrig
(25)
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52
Onde: V = volume em ml da solução de hidróxido de sódio gasto na titulação
N = normalidade da solução de hidróxido de sódio (0,1 N)
P.M. = peso molecular do ácido predominante (P.M. ácido cítrico = 192,08)
nº [H+] = número de íons H+ (H+ = 3)
V.A = volume da amostra (5 ml suco de limão).
Para determinação da vitamina C do suco foi adicionado em um becker
de 50 ml, 10 ml de amostra e 10 ml de solução de ácido acético – ácido
metafosfórico (solução ácida da amostra) seguido de filtragem. Foi preparado
3 ml desta solução com 5 ml da solução ácida da amostra e titulou-se com
solução de 2,6-diclorofenolindofenol até coloração rosa. Foram feitas duas
titulações para cada amostra. Para determinar a concentração de Vitamina C,
utilizou-se a equação (26):
2..
100..AV
FTVVC (26)
Onde:
V.C. = concentração de vitamina C mg / 100 ml
Volume Titulante (V.T.) = volume em ml da solução de 2,6-
diclorofenolindofenol gasto na titulação
F = fator de padronização da solução de 2,6-diclorofenolindofenol (mgVC/ml)
Volume Amostra (V.A.) = suco do limão (3 ml solução ácida da amostra)
3.7 Delineamento experimental e análises estatísticas
O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado
sendo os tratamentos constituídos de oito períodos de desenvolvimento de
frutos de lima ácida ‘Tahiti’, com três repetições, avaliados em três safras
diferentes, sendo cada repetição constituída por um fruto.
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53
Os parâmetros envolvidos no crescimento e desenvolvimento dos
frutos (distância do fruto à parte externa da copa, número de frutos do ramo
de última ordem, onde o fruto selecionado está inserido e comprimento e
número de folhas deste ramo) e os parâmetros físico-químicos de qualidade
dos frutos (CF, PF, RS, pH, SS, AT, SS/AT, IT, VC) foram correlacionados
com as condições meteorológicas por meio de equações lineares múltiplas de
regressão. As condições meteorológicas foram consideradas como variáveis
independentes (xi) e os parâmetros envolvidos no crescimento e qualidade
dos frutos como variáveis dependentes.(y)
O tamanho dos frutos e os parâmetros físico-químicos de qualidade
foram correlacionados com parâmetros envolvidos no crescimento e
desenvolvimento dos frutos por meio de equações lineares múltiplas de
regressão. Os parâmetros envolvidos no crescimento e desenvolvimento
foram considerados como variáveis independentes (xi) e os parâmetros de
crescimento (tamanho do fruto) e qualidade dos frutos como variáveis
dependentes (y).
A relação entre o armazenamento de água no solo medido na área
experimental (ARM medido) e o armazenamento de água disponível calculado
no balanço hídrico (ARM calculado) foi analisada por regressão linear simples.
Os valores do armazenamento de água disponível no solo foram considerados
como variáveis independentes (xi) e os valores de armazenamento de água
no solo como variáveis dependentes (y).
Para cada equação de regressão foi calculado um coeficiente de
determinação (r2). Os dados de qualidade físico-químicas dos frutos foram
submetidos à análise de variância com aplicação do teste F e as médias
comparadas pelo teste de Tukey ou Scott-Knott, ao nível de 5% de
probabilidade. O software estatístico utilizado foi o SISVAR 5.1 (UFLA).
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54
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Regimes térmico e hídrico
Observou-se que os valores diários de temperatura do ar máxima,
durante os períodos de desenvolvimento dos frutos, nas três safras avaliadas,
foram inferiores a 38oC e os valores diários das mínimas mantiveram-se na
maioria dos períodos superiores a 13oC (temperatura basal) exceto nos dias
18, 30 e 31 de julho e 01 de agosto de 2006 (safra 2006/07) e 04 de maio de
2008 (safra 2007/08), que apresentaram temperatura do ar mínima pouco
abaixo dos 13oC. Vários autores comentam que temperaturas do ar abaixo de
13°C e acima de 38°C são consideradas limitantes ao crescimento vegetativo
da maioria das espécies de citros (Reuther, 1973; Doorenbos e Kassam,
1994),
Os resultados indicam que as condições de temperatura do ar foram
favoráveis ao crescimento vegetativo da lima ácida ‘Tahiti’ (Figuras 9, 10 e
11). O regime térmico, durante os períodos de desenvolvimento dos frutos,
nas três safras avaliadas, está dentro da média da região de Colorado do
Oeste – RO e apresentou valores variando entre 11,6oC para temperatura
mínima e 33,8oC para temperatura máxima e, segundo Medina e Silva (2003),
esses valores são compatíveis com as exigências climáticas dos citros e
adequados para o desenvolvimento da cultura no campo. A temperatura do ar
média (22,7oC) registrada, situa-se na faixa de temperatura para a exploração
comercial dos citros e está de acordo com Alvarenga e Nogueira (1978) que
afirmam que a lima ácida ‘Tahiti’ adapta-se bem em locais cuja temperatura do
ar média anual é superior a 22ºC.
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55
10
15
20
25
30
35
12/7/06 12/8/06 12/9/06 12/10/06 12/11/06 12/12/06 12/1/07 12/2/07 12/3/07data
tem
pera
tura
(º C
)
T max
T min
Figura 9. Temperaturas diárias máximas (T max) e mínimas (T min) durante o período de 12 de julho de 2006 a 29 de março de 2007 (safra 2006/07). Vilhena - RO, Embrapa.
10
15
20
25
30
35
8/11/07 8/12/07 8/1/08 8/2/08 8/3/08 8/4/08 8/5/08data
tem
pera
tura
(º C
)
T max
T min
Figura 10. Temperaturas diárias máximas (T máx) e mínimas (T min) durante o período de 8 de novembro de 2007 a 8 de maio de 2008 (safra 2007/08). Vilhena - RO, Embrapa.
10
15
20
25
30
35
18/9/08 18/10/08 18/11/08 18/12/08 18/1/09 18/2/09 18/3/09data
tem
pera
tura
(º C
)
T max
T min
Figura 11. Temperaturas diárias máximas (T max) e mínimas (T min) durante o período de 18 de setembro de 2008 a 26 de março de 2009 (safra 2008/09). Vilhena - RO, Embrapa.
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56
Determinou-se os graus-dia acumulados (GDA), as unidades
fototérmicas (UF) e a precipitação pluviométrica total (PP) acumulada durante
os períodos de desenvolvimento dos frutos, nas safras 2006/07, 2007/08 e
2008/09, da fase de chumbinho (marcação do fruto) até a colheita, e a
duração dos períodos em dias (Tabela 2).
Tabela 2. Períodos de avaliação do desenvolvimento de frutos de lima ácida ‘Tahiti’ e variáveis meteorológicas. IFRO, Colorado do Oeste - RO. safras 2006 - 2009.
Período de
desenvolvimento
Marcação do fruto
Colheita do fruto
Duração do
período (dias)
Soma térmica (GDA)
Unidades fototérmicas
(UF)
Precipitação pluviométrica
total (mm)
Safra 2006/07 1 12/07/06 18/12/06 160 1695,7 32033,1 862,7 2 12/07/06 02/01/07 175 1850,1 34845,2 1119,4 3 03/08/06 30/01/07 181 1936,6 37206,1 1500,9 4 09/08/06 10/01/07 155 1653,2 32189,9 1254,7 5 23/08/06 13/02/07 175 1855,6 34554,6 1595,6 6 09/10/06 30/01/07 114 1200,8 23033,4 1274,7 7 09/10/06 14/03/07 157 1647,4 31071,2 1549,7 8 20/11/06 29/03/07 130 1350,8 23658,4 1304,5
Safra 2007/08 1 08/11/07 28/02/08 113 1117,0 19309,8 1222,9 2 08/11/07 27/03/08 141 1390,1 23769,9 1459,5 3 06/12/07 27/03/08 113 1111,2 18939,0 1136,2 4 06/12/07 24/04/08 141 1384,2 23206,8 1373,2 5 20/12/07 27/03/08 99 961,2 16128,7 965,7 6 20/12/07 10/04/08 113 1098,8 18167,7 1174,3 7 03/01/08 24/04/08 113 1097,2 18048,4 1098,0 8 03/01/08 08/05/08 127 1215,7 19646,8 1138,5
Safra 2008/09 1 18/09/08 08/01/09 113 1203,8 23260,9 661,4 2 18/09/08 22/01/09 126 1355,6 26048,7 755,1 3 02/10/08 08/01/09 99 1051,9 20314,4 653,3 4 02/10/08 22/01/09 113 1203,7 23102,2 747,0 5 16/10/08 05/02/09 113 1195,8 22547,2 743,7 6 27/11/08 26/03/09 120 1241,2 21271,0 1192,8 7 11/12/08 19/03/09 99 1024,0 18151,0 1039,2 8 11/12/08 26/03/09 106 1094,7 18569,9 1106,3
Média 129,0 1330,7 24128,1 1122,1 CV (%) 19,8 21,7 25,6 24,7
De acordo com o coeficiente de variação (CV) encontrado, o uso de
graus-dia e unidades fototérmicas como variáveis para estabelecer o tempo
gasto para as mudanças ocorridas durante o desenvolvimento, crescimento e
qualidade dos frutos, parece não ser melhor que o uso do próprio tempo
cronológico (dias) que apresentou menor variabilidade, com coeficiente de
variação de 19,8%.
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57
A relação entre as variáveis meteorológicas (GDA, UF, PP) e o
período de desenvolvimento dos frutos de lima ácida ‘Tahiti’, nas três safras
avaliadas (2006 a 2009), é apresentada nas Figuras de 12 a 14. A soma
térmica em graus-dia (GDA) foi a variável que mais influenciou no
desenvolvimento dos frutos, apresentando melhor coeficiente de
determinação (0,97).
y = -4E-06x2 + 0,0986x + 4,9731r2 = 0,9743
80
100
120
140
160
180
200
800 1000 1200 1400 1600 1800 2000Soma térmica (GDA)
Figura 12. Relação entre período de desenvolvimento (dias) de frutos de lima ácida ‘Tahiti’ e soma térmica (GDA) em Colorado do Oeste - RO. 2006 - 2009.
y = 7E-08x2 + 0,0003x + 79,422r2 = 0,8874
80
100
120
140
160
180
200
15000 20000 25000 30000 35000 40000Unidades fototérmicas (UF)
Figura 13. Relação entre período de desenvolvimento (dias) de frutos de lima ácida ‘Tahiti’ e unidades fototérmicas (UF) em Colorado do Oeste - RO. 2006 - 2009.
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58
y = 0,0001x2 - 0,1713x + 185,85r2 = 0,4262
80
100
120
140
160
180
200
500 700 900 1100 1300 1500 1700Precipitação pluviométrica (mm)
Figura 14. Relação entre período de desenvolvimento (dias) de frutos de lima ácida ‘Tahiti’ e precipitação pluviométrica total (PP) em Colorado do Oeste - RO. 2006 - 2009.
A duração dos períodos está localizada entre 114 e 181 dias com
média de 155,9 dias na safra 2006/07, entre 99 e 141 dias com média de 120
dias na safra 2007/08 e entre 99 e 126 dias com média de 111,1 dias na safra
2008/09. O período médio das três safras é 129 dias. De acordo com Donadio
et al. (2005), o período de desenvolvimento dos frutos, desde a floração até a
fase de maturação, é de até 170 dias, enquanto que Marcondes (1991) e
Coelho (1993) afirmam que este período é de 120 dias. Na verdade, esse
período é variável, dependendo do regime térmico e hídrico da região
produtora.
O acúmulo médio de graus-dia foi de 1648,8 na safra 2006/07, de
1171,9 na safra 2007/08 e de 1171,3 na safra 2008/09. Os graus-dia (GDA)
médio das três safras é 1330,7. Segundo Sam et al. (1988) para o período
total de desenvolvimento dos frutos de lima ácida ‘Tahiti’ o acúmulo de graus-
dia é de 1220, considerando-se a temperatura basal de 13ºC, enquanto Souza
(2001) concluiu que são necessários 1493 GDA entre a antese e a colheita.
Os valores médios encontrados situam a lima ácida ‘Tahiti’ entre as
variedades precoces de citros que requerem até 2500 GDA para atingir a
maturação, de acordo com valores apresentados por Pedro Júnior (1991).
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59
Os períodos nos quais os frutos foram marcados na florada
antecipada em julho e agosto (safra 2006/07) apresentaram maior acúmulo de
graus-dia e saldo de unidades fototérmicas, para o desenvolvimento dos
frutos, em relação aos períodos onde os frutos foram marcados a partir de
meados de setembro e início de outubro.
O crescimento e desenvolvimento dos frutos foram melhores em
períodos de temperaturas mais elevadas associadas a maiores precipitações
pluviométricas (Figura 15, 16 e 17). Condições estas que podem ter acelerado
as reações envolvidas na utilização de fotoassimilados, que leva ao
crescimento e à maturação mais precoce, e que foram encontradas nos
meses de outubro a meados de abril em todos os períodos e anos avaliados.
Paulino (2005) encontrou um efeito positivo do aumento de
temperatura no crescimento e desenvolvimento do fruto. Segundo Richardson
et al. (1997), as condições climáticas, particularmente a temperatura e a luz
podem influenciar no tamanho e na composição da fruta.
As plantas foram expostas a diferentes regimes de energia,
temperatura e distribuição da intensidade luminosa e, segundo Tonietto e
Tonietto (2005), as diferenças entre estes fatores têm efeitos importantes na
taxa fotossintética diária e, consequentemente, no desenvolvimento da planta.
A unidade fototérmica (UF) é uma grandeza que associa o fotoperíodo
e a temperatura do ar (média, máxima e mínima), e que, portanto, combina
dois elementos climáticos (luz e temperatura do ar) (Alcântara et al., 1993). O
saldo de unidades fototérmicas nos diferentes períodos nas safras avaliadas,
variou de 16128,7 a 37206,1 e comparando-se as safras obteve-se em média
24128,1.
O desenvolvimento e a maturação dos frutos cítricos, apesar de ser
bastante influenciado pela temperatura do ar, também, sofre influência da
precipitação pluviométrica (Pedro Jr., 1991) e disponibilidade de água no solo
(Albrigo, 1993).
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60
A precipitação pluviométrica total, nos diferentes períodos nas safras
avaliadas, variou de 653,3 a 1595,6 mm e comparando-se as safras obteve-se
em média 1122,1 mm (Tabela 2).
A safra 2006/07 foi a mais chuvosa, com precipitação total média de
1307,8 mm e a menos chuvosa foi a safra 2008/09 com precipitação total
média de 862,4 mm. Em todos os períodos e safras, a precipitação
pluviométrica total dos meses de junho, julho e agosto foram inferiores a 41,0
mm. As menores precipitações ocorreram nos meses de maio a setembro e as
maiores precipitações foram concentradas, principalmente, em outubro e
dezembro de 2006 e de janeiro a abril de 2007, na safra 2006/07 (Figura 15),
de outubro a dezembro de 2007 e de janeiro a março de 2008, na safra
2007/08 (Figura 16) e de outubro a dezembro de 2008 e de janeiro a abril de
2009, na safra 2008/09 (Figura 17).
Os resultados encontrados confirmam que para a região de Colorado
do Oeste, conforme a Secretaria de Planejamento do Estado de Rondônia
(SEPLAN - RO, 2002), nos meses de outubro a abril tem-se o período de
maiores precipitações e nos meses de maio a setembro as precipitações
pluviométricas são menores, mas a precipitação total média nas três safras
avaliadas foi de 1122,1 mm estando abaixo do normal para a região que é
entre 1470 mm e 1500 mm
O desenvolvimento dos frutos variou e apresentou crescimento mais
rápido durante os meses de maior precipitação pluviométrica. Segundo
Coelho (1993), nas regiões tropicais, a lima ácida ‘Tahiti’ apresenta um
desenvolvimento mais rápido, durante o período de plena disponibilidade de
água.
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61
0102030405060708090
100
12/7/06 12/8/06 12/9/06 12/10/06 12/11/06 12/12/06 12/1/07 12/2/07 12/3/07
Data
Figura 15. Precipitação pluviométrica total diária durante o período de 12 de julho de 2006 a 29 de março de 2007. Safra 2006/07. Colorado do Oeste - RO.
0102030405060708090
100
8/11/07 8/12/07 8/1/08 8/2/08 8/3/08 8/4/08 8/5/08
Data
Figura 16. Precipitação pluviométrica total diária durante o período de 8 de novembro de 2007 a 8 de maio de 2008. Safra 2007/08. Colorado do Oeste - RO.
0102030405060708090
100
18/9/08 18/10/08 18/11/08 18/12/08 18/1/09 18/2/09 18/3/09
Data
Figura 17. Precipitação pluviométrica total diária durante o período de 18 de setembro de 2008 a 26 de março de 2009. Safra 2008/09. Colorado do Oeste - RO.
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62
4.2 Balanço hídrico e armazenamento de água no solo
Os valores médios da umidade do solo na capacidade de campo (Cc),
no ponto de murcha permanente (Pmp), a densidade do solo (Da) e a
capacidade de água disponível (CAD), estão apresentados na Tabela 3.
Tabela 3. Umidade na capacidade de campo (Cc), umidade no ponto de murcha permanente (Pmp), densidade aparente (Da) e capacidade de água disponível (CAD) em solo Argissolo Vermelho eutrófico. IFRO, Colorado do Oeste - RO.
Camada do
solo (cm)
Cc*
(% em peso)
Pmp*
(% em peso)
Da*
(g cm-3)
CAD
(mm cm-1 solo)
CAD x h**
0 – 30 40,05 24,62 1,47 2,27 68,1
30 – 60 45,60 25,65 1,46 2,91 87,3
60 – 90 43,09 30,55 1,40 1,75 52,5
0 – 90 42,91 26,94 1,44 2,31 207,9
* média de 3 amostras; ** profundidade do sistema radicular (cm)
Os resultados do balanço hídrico para a cultura da lima ácida ‘Tahiti’,
com capacidade de água disponível no solo (CAD) de 207,9 mm conforme as
características do solo, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste –
Rondônia, nas safras avaliadas, utilizando dados de precipitação pluviométrica
total (PP) e chuva efetiva (PPe), são apresentados nas Tabelas 4, 5 e 6.
Levando-se em consideração a precipitação pluviométrica total (PP),
a safra 2006/07 apresentou DEF de 64,8 mm, a safra 2007/08 DEF de 2,7 mm
e a safra 2008/09 DEF de 2,6 mm. O balanço hídrico para a safra 2006/07
apresentou DEF maior nos meses de julho a setembro (período de seca na
região), consequentemente, baixo armazenamento de água no solo (ARM)
durante este período, mas a precipitação pluviométrica elevada nos meses de
outubro a abril proporcionou a maior média de chuva para esta safra.
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63
Tabela 4. Balanço hídrico para a cultura da lima ácida ‘Tahiti’, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - Rondônia, na safra 2006/07, com CAD de 207,9 mm.
Data PP* ETc* ARM ETR DEF EXC PPe* ETc* ARM ETR DEF EXC mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm
26/07/06 0 43,8 168,4 43,4 0,4 0,0 0,0 43,8 168,4 43,4 0,4 0,0 09/08/06 0 48,2 133,5 34,9 13,3 0,0 0,0 48,2 133,5 34,9 13,3 0,0 23/08/06 0 50,6 104,7 28,8 21,8 0,0 0,0 50,6 104,7 28,8 21,8 0,0 05/09/06 33,1 50,2 96,4 41,4 8,8 0,0 16,6 50,2 89,1 32,2 18,0 0,0 19/09/06 25,1 49,8 85,6 35,9 13,9 0,0 12,6 49,8 74,5 27,2 22,6 0,0 03/10/06 105,3 45,0 145,9 45,0 0,0 0,0 52,7 45,0 82,2 45,0 0,0 0,0 17/10/06 128,6 49,1 207,9 49,1 0,0 17,5 64,3 49,1 97,4 49,1 0,0 0,0 31/10/06 258,6 47,2 207,9 47,2 0,0 211,4 129,3 47,2 179,5 47,2 0,0 0,0 15/11/06 9,9 54,7 167,6 50,2 4,5 0,0 5,0 54,7 189,5 15,0 39,7 0,0 29/11/06 41,7 51,7 159,7 49,6 2,1 0,0 20,9 51,7 163,4 47,0 4,7 0,0 13/12/06 209,1 45,1 207,9 45,1 0,0 115,8 104,6 45,1 207,9 45,1 0,0 15,0 27/12/06 148,3 46,4 207,9 46,4 0,0 101,9 74,2 46,4 207,9 46,4 0,0 27,8 10/01/07 294,3 43,4 207,9 43,4 0,0 250,9 147,2 43,4 207,9 43,4 0,0 103,8 24/01/07 74,9 50,2 207,9 50,2 0,0 24,7 37,5 50,2 195,6 49,8 0,4 0,0 07/02/07 222,1 44,7 207,9 44,7 0,0 177,4 111,1 44,7 207,9 44,7 0,0 54,1 21/02/07 118,2 44,0 207,9 44,0 0,0 74,2 59,1 44,0 207,9 44,0 0,0 15,1 07/03/07 67,5 47,1 207,9 47,1 0,0 20,4 33,8 47,1 195,0 46,7 0,4 0,0 21/03/07 103,7 43,6 207,9 43,6 0,0 60,1 51,9 43,6 203,3 43,6 0,0 0,0 29/03/07 24,7 29,6 203,0 29,6 0,0 0,0 12,4 29,6 195,7 20,0 9,6 0,0 PP = Precipitação pluviométrica total. PPe = Precipitação pluviométrica efetiva (c = 0,5). ETc = Evapotranspiração da cultura calculada diariamente para Kc = 0,8. *Valor do período de 14 dias.
Tabela 5. Balanço hídrico para a cultura da lima ácida ‘Tahiti’, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - Rondônia, na safra 2007/08, com CAD de 207,9 mm.
Data PP* ETc* ARM ETR DEF EXC PPe* ETc* ARM ETR DEF EXC mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm 22/11/07 187,7 50,7 207,9 50,7 0,0 54,1 93,9 50,7 168,2 50,7 0,0 0,0 06/12/07 135,6 43,4 207,9 43,4 0,0 92,2 67,8 43,4 192,6 43,4 0,0 0,0 20/12/07 170,5 52,4 207,9 52,4 0,0 118,1 82,3 52,4 207,9 52,4 0,0 14,6 03/01/08 104,7 45,9 207,9 45,9 0,0 58,8 52,4 45,9 207,9 45,9 0,0 6,5 17/01/08 69,8 47,6 207,9 47,6 0,0 22,2 34,9 47,6 195,6 47,2 0,4 0,0 31/01/08 252,6 37,8 207,9 37,8 0,0 214,8 126,3 37,8 207,9 37,8 0,0 76,2 14/02/08 179,5 43,5 207,9 43,5 0,0 136,0 89,8 43,5 207,9 43,5 0,0 46,3 28/02/08 121,4 44,6 207,9 44,6 0,0 76,8 60,7 44,6 207,9 44,6 0,0 16,1 13/03/08 107,8 41,7 207,9 41,7 0,0 66,1 53,9 41,7 207,9 41,7 0,0 12,2 27/03/08 129,5 43,7 207,9 43,7 0,0 85,8 64,8 43,7 207,9 43,7 0,0 21,1 10/04/08 208,6 43,6 207,9 43,6 0,0 165,0 104,3 43,6 207,9 43,6 0,0 60,7 24/04/08 8,9 43,2 176,3 40,5 2,7 0,0 4,5 43,2 172,6 39,8 3,4 0,0 08/05/08 60,4 41,2 195,5 41,2 0,0 0,0 30,2 41,2 163,7 39,1 2,1 0,0 PP = Precipitação pluviométrica total. PPe = Precipitação pluviométrica efetiva (c = 0,5). ETc = Evapotranspiração da cultura calculada diariamente para Kc = 0,8. *Valor do período de 14 dias.
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64
Tabela 6. Balanço hídrico para a cultura da lima ácida ‘Tahiti’, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - Rondônia, na safra 2008/09, com CAD de 207,9 mm.
Data PP* ETc* ARM ETR DEF EXC PPe* ETc* ARM ETR DEF EXC mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm
02/10/08 8,1 53,1 167,4 50,5 2,6 0,0 4,1 53,1 164,2 43,3 9,8 0,0 16/10/08 113,2 54,6 207,9 54,6 0,0 18,1 56,6 54,6 166,2 54,6 0,0 0,0 30/10/08 136,4 53,0 207,9 53,0 0,0 83,4 68,2 53,0 181,4 53,0 0,0 0,0 13/11/08 55,0 53,7 207,9 53,7 0,0 1,3 27,5 53,7 205,8 51,9 1,8 0,0 27/11/08 83,8 49,2 207,9 49,2 0,0 34,6 41,9 49,2 202,8 44,9 4,3 0,0 11/12/08 86,5 50,7 207,9 50,7 0,0 35,8 43,3 50,7 195,7 50,4 0,3 0,0 25/12/08 65,2 48,6 207,9 48,6 0,0 16,6 32,6 48,6 181,2 47,1 1,5 0,0 08/01/09 110,3 47,5 207,9 47,5 0,0 62,8 55,2 47,5 188,9 47,5 0,0 0,0 22/01/09 96,6 53,5 207,9 53,5 0,0 43,1 48,3 53,5 193,7 53,1 0,4 0,0 05/02/09 105,0 47,6 207,9 47,6 0,0 57,4 52,5 47,6 198,6 47,6 0,0 0,0 19/02/09 153,8 43,6 207,9 43,6 0,0 110,2 76,9 43,6 207,9 43,6 0,0 24,0 05/03/09 322,3 49,7 207,9 49,7 0,0 272,6 161,2 49,7 207,9 49,7 0,0 111,5 19/03/09 178,3 46,3 207,9 46,3 0,0 132,0 89,2 46,3 207,9 46,3 0,0 42,9 26/03/09 74,8 25,2 207,9 25,2 0,0 49,6 37,4 25,2 207,9 25,2 0,0 12,2
PP = Precipitação pluviométrica total. PPe = Precipitação pluviométrica efetiva (c = 0,5). ETc = Evapotranspiração da cultura calculada diariamente para Kc = 0,8. *Valor do período de 14 dias.
O maior armazenamento de água no solo (ARM), possibilitou maior
crescimento do fruto e redução no período de desenvolvimento, entre outubro
e abril, de acordo com a umidade do solo medida e calculada neste período,
nas safras 2007/08 e 2008/09. Isto mostra a influência do armazenamento de
água no solo para o melhor desenvolvimento dos frutos.
A relação entre o armazenamento de água no solo (umidade no solo)
medido na área experimental (ARM medido) e o armazenamento de água
disponível no solo calculado no balanço hídrico (ARM calculado) e, as
equações de regressão linear com coeficientes de determinação (r2), nas
safras de 2007/08 e 2008/09, são apresentados nas Figuras 18 e 19.
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65
y = 1,4358x + 54,93r2 = 0,3115
0
100
200
300
400
500
120 140 160 180 200 220ARM calculado (mm)
Figura 18. Relação entre o armazenamento de água medido no solo (ARM medido) e o armazenamento de água disponível no solo calculado no balanço hídrico (ARM calculado), nas safras 2007/08 e 2008/09, para precipitação pluviométrica total (PP) na região de Colorado do Oeste - RO.
y = 1,517x + 52,497r2 = 0,3802
0
100
200
300
400
500
120 140 160 180 200 220ARM calculado (mm)
Figura 19. Relação entre o armazenamento de água medido no solo (ARM medido) e o armazenamento de água disponível no solo calculado no balanço hídrico (ARM calculado), nas safras 2007/08 e 2008/09, para chuva efetiva (PPe) na região de Colorado do Oeste - RO.
Os coeficientes de determinação encontrados quando comparados à
umidade no solo medida na área experimental (ARM medido) e o
armazenamento de água disponível no solo calculado no balanço hídrico,
foram semelhantes para valores de PP e PPe, portanto é possível utilizar
valores de precipitação total ou efetiva no calculo do balanço hídrico para as
condições edafoclimáticas da região de Colorado do Oeste - RO.
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66
4.3 Crescimento e desenvolvimento dos frutos
Como o cultivo não foi irrigado o crescimento dos frutos em períodos
de menor precipitação pluviométrica foi mais lento, onde o armazenamento de
água no solo foi menor, apresentando ampliação do período de
desenvolvimento.
Segundo Paulino (2005) o estresse hídrico pode resultar em
crescimento mais lento do fruto. Geralmente o aumento no tamanho do fruto
durante a estação chuvosa reflete o efeito de mais disponibilidade de água.
Ginestar e Castel (1996) apontam que o estresse hídrico causa redução do
tamanho dos frutos.
Segundo Davies e Albrigo (1994) a taxa de crescimento do fruto para
diferentes regiões é função da temperatura durante cada estádio de
desenvolvimento e da umidade do solo, principalmente durante as fases de
expansão celular e maturação e, o conteúdo de água do solo adequado via
chuva ou irrigação aumenta significativamente o tamanho do fruto durante a
fase de expansão celular.
Segundo Berilli et al. (2007), a fase de crescimento é uma etapa de
desenvolvimento do fruto, onde ocorrem as alterações quantitativas que
resultam no aumento de peso e volume desse órgão. Tal fase é bastante
influenciada por fatores meteorológicos, como temperatura do ar e
precipitação pluviométrica, além de fatores genéticos intrínsecos de cada
material vegetal.
As curvas de regressão mostram uma boa relação entre o
crescimento do fruto (tamanho do fruto) e as condições meteorológicas
estudadas, apresentando períodos de desenvolvimento de 99 a 181 dias
(Figuras 20 e 21).
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67
Safra 2006/07
y = -0,0011x2 + 0,4717x + 13,172R2 = 0,9133
0
20
40
60
80
0 28 56 84 112 140 168 196Dias
Safra 2007/08
y = -0,0016x2 + 0,5702x + 11,638R2 = 0,9047
0
20
40
60
80
0 28 56 84 112 140 168Dias
Safra 2008/09
y = -0,0022x2 + 0,6754x + 9,8448R2 = 0,944
0
20
40
60
80
0 28 56 84 112 140Dias
Figura 20. Tamanho de frutos (comprimento) de lima ácida ‘Tahiti’ em função do período de desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009.
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68
Safra 2006/07
y = -0,0012x2 + 0,4765x + 8,9349R2 = 0,8992
0
20
40
60
80
0 28 56 84 112 140 168 196Dias
Safra 2007/08
y = -0,0014x2 + 0,5507x + 8,5288R2 = 0,9191
0
20
40
60
80
0 28 56 84 112 140 168Dias
Safra 2008/09
y = -0,0017x2 + 0,6157x + 7,4183R2 = 0,9553
0
20
40
60
80
0 28 56 84 112 140Dias
Figura 21. Tamanho de frutos (diâmetro) de lima ácida ‘Tahiti’ em função do período de desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009.
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69
Nas Figuras 22 a 25 são apresentados o comportamento das
variáveis distância do fruto à parte externa da copa das árvores (d), número
de frutos do ramo de última ordem onde o fruto marcado está inserido (f) e
comprimento (c) e número de folhas deste ramo (fo), nas condições
meteorológicas de Colorado do Oeste - RO.
Safra 2006/07
y = 0,0003x2 - 0,0702x + 5,1656R2 = 0,2847
0
5
10
15
20
0 28 56 84 112 140 168 196Dias
Safra 2007/08
y = 1E-05x2 - 0,0022x + 1,1185R2 = 0,063
0
1
2
3
4
0 28 56 84 112 140 168Dias
Safra 2008/09
y = 0,0003x2 - 0,0424x + 2,8991R2 = 0,1816
0
2
4
6
8
10
0 28 56 84 112 140Dias
Figura 22. Número de frutos no ramo de última ordem onde o fruto de lima ácida ‘Tahiti’ está inserido em função do período de desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009.
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70
Safra 2006/07
y = 0,0004x2 - 0,0609x + 18,747R2 = 0,0125
0
10
20
30
40
50
0 28 56 84 112 140 168 196Dias
Safra 2007/08
y = 0,0002x2 - 0,0197x + 9,22R2 = 0,0032
0
10
20
30
40
0 28 56 84 112 140 168Dias
Safra 2008/09
y = -4E-05x2 - 0,0037x + 13,136R2 = 0,0014
0
10
20
30
40
50
0 28 56 84 112 140Dias
Figura 23. Número de folhas no ramo de última ordem onde o fruto de lima ácida ‘tahiti’ está inserido em função do período de desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009.
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71
Safra 2006/07
y = 0,0016x2 - 0,1652x + 290,31R2 = 0,0029
0
200
400
600
800
0 28 56 84 112 140 168 196Dias
Safra 2007/08
y = 0,0025x2 - 0,2597x + 188,74R2 = 0,002
0
200
400
600
0 28 56 84 112 140 168Dias
Safra 2008/09
y = 0,0005x2 - 0,0227x + 257,59R2 = 0,0001
0
200
400
600
800
0 28 56 84 112 140Dias
Figura 24. Comprimento do ramo de última ordem onde o fruto de lima ácida ‘Tahiti’ está inserido em função do período de desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009.
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72
Safra 2006/07
y = 0,0116x2 + 0,6053x + 612,95R2 = 0,1685
0
400
800
1200
1600
0 28 56 84 112 140 168 196Dias
Safra 2007/08
y = -0,0154x2 + 2,1513x + 807,85R2 = 0,0055
0
400
8001200
1600
2000
2400
0 28 56 84 112 140 168Dias
Safra 2008/09
y = 0,014x2 - 1,1452x + 751,58R2 = 0,0068
0
400
800
1200
1600
2000
0 28 56 84 112 140Dias
Figura 25. Distância do fruto de lima ácida ‘Tahiti’ à parte externa da copa da árvore em função do período de desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009.
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73
Os resultados do cálculo das equações lineares múltiplas de regressão,
entre a distância do fruto à parte externa da copa (d), o número de frutos do
ramo de última ordem onde o fruto marcado está inserido (f), o comprimento
(c) e o número de folhas deste ramo (fo) (parâmetros envolvidos no
crescimento e desenvolvimento dos frutos) e as variáveis meteorológicas
(GDA, UF, PP, ETR, DEF e EXC), nas safras de 2006 a 2009, são
apresentados nas Tabelas 7 e 8. Os coeficientes de determinação
encontrados não são significativos a 5% de probabilidade.
Tabela 7. Parâmetros das equações (a, b e c) e coeficientes de determinação (r2) encontrados entre a distância do fruto à parte externa da copa (d), o número de frutos do ramo de última ordem onde o fruto marcado está inserido (f), o comprimento (c) e o número de folhas deste ramo (fo) e as variáveis meteorológicas (GDA, PP, ETR, DEF e EXC), nas safras de 2006 a 2009, em Colorado do Oeste, RO.
Variáveis
Dependentes (y)
Variáveis
independentes (xi)
Y = a + b x1 + c x2 r2
a b c
d (mm) X1 = GDA 671,80 + 0,1645 - 0,0548 0,0322
f (unidade) X2 = PP 2,40 + 0,0002 - 0,0013 0,0763
fo (unidade) 12,66 + 0,0055 - 0,0060 0,0249
c (mm) 227,16 + 0,0925 - 0,0924 0,0291
d (mm) X1 = GDA 994,04 + 1,0171 - 3,0774 0,0864
f (unidade) X2 = ETR 4,56 + 0,0050 - 0,0203 0,1242
fo (unidade) 17,12 + 0,0133 - 0,0425 0,0188
c (mm) 307,45 + 0,2474 - 0,7727 0, 0306
d (mm) X1 = GDA 664,03 + 0,0943 + 2,0486 0,0519
f (unidade) X2 = DEF 2,36 - 0,0012 + 0,0203 0,1059
fo (unidade) 12,34 - 0,0009 + 0,1077 0,0780
c (mm) 221,62 - 0,0041 + 1,5769 0,0775
d (mm) X1 = GDA 664,98 + 0,1103 + 0,0507 0,0359
f (unidade) X2 = EXC 2,62 + 0,0 - 0,0021 0,1169
fo (unidade) 13,46 + 0,0049 - 0,0087 0,0552
c (mm) 235,71 + 0,0708 - 0,1036 0,0401
GDA = graus-dias acumulado (soma térmica °C); PP = precipitação pluviométrica total (mm); ETR = evapotranspiração real (mm); DEF = deficiência hídrica (mm); EXC = excedente hídrico (mm).
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74
Tabela 8. Parâmetros das equações (a, b e c) e coeficientes de determinação (r2) encontrados entre a distância do fruto à parte externa da copa (d), o número de frutos do ramo de última ordem onde o fruto marcado está inserido (f), o comprimento (c) e o número de folhas deste ramo (fo) e as variáveis meteorológicas (UF, PP, ETR, DEF e EXC), nas safras de 2006 a 2009, em Colorado do Oeste, RO.
Variáveis
Dependentes (y)
Variáveis
Independentes (xi)
Y = a + b x1 + c x2 r2
a b c
d (mm) X1 = UF 674,54 + 0,0065 - 0,0066 0,0287
f (unidade) X2 = PP 2,40 + 0,0 - 0,0012 0,0762
fo (unidade) 12,44 + 0,0003 - 0,0059 0,0361
c (mm) 224,62 + 0,0048 - 0,0856 0,0375
d (mm) X1 = UF 836,69 + 0,0307 - 1,5512 0,0539
f (unidade) X2 = ETR 4,15 + 0,0002 - 0,0165 0,1240
fo (unidade) 18,93 + 0,0010 - 0,0627 0,0626
c (mm) 320,11 + 0,0160 - 0,9297 0,0659
d (mm) X1 = UF 670,78 + 0,0045 + 2,0065 0,0480
f (unidade) X2 = DEF 2,38 - 0,0 + 0,0228 0,1095
fo (unidade) 12,21 - 0,0 + 0,1071 0,0769
c (mm) 220,49 - 0,0001 + 1,5631 0,0773
d (mm) X1 = UF 662,98 + 0,0054 + 0,0731 0,0354
f (unidade) X2 = EXC 2,64 + 0,0 - 0,0021 0,1166
fo (unidade) 13,25 + 0,0002 - 0,0081 0,0611
c (mm) 232,79 + 0,0038 - 0,0949 0,0454
UF = unidades fototérmicas; PP = precipitação pluviométrica total (mm); ETR = evapotranspiração real (mm); DEF = deficiência hídrica (mm); EXC = excedente hídrico (mm).
Os resultados do cálculo das equações lineares múltiplas de regressão,
entre o crescimento do fruto (CF = comprimento e DF = diâmetro) e a
distância do fruto à parte externa da copa (d), o número de frutos do ramo de
última ordem onde o fruto marcado está inserido (f), o comprimento (c) e o
número de folhas deste ramo (fo), nas safras de 2006 a 2009, são
apresentados na Tabela 9.
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75
Tabela 9. Parâmetros das equações (a, b, c, d, e) e coeficientes de determinação (r2) encontrados entre o crescimento dos frutos (tamanho = CF e DF) e a distância do fruto à parte externa da copa (d), o número de frutos do ramo de última ordem onde o fruto marcado está inserido (f), o comprimento (c) e o número de folhas deste ramo (fo), nas safras de 2006 a 2009, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste, RO.
Variáveis
dependentes (y)
Variáveis
independentes (xi)
Y = a + b x1 + c x2 + d x3 + e x4 r2
a b c d e
CF X1 = d (mm)
X2 = f (unidade)
X3 = fo (unidade)
X4 = c (mm)
39,10 + 0,0047 - 2,5107 + 0,0551 + 0,0074 0,1169
DF X1 = d (mm)
X2 = f (unidade)
X3 = fo (unidade)
X4 = c (mm)
36,07 + 0,0036 - 2,5921 - 0,0072 + 0,0111 0,1207
CF = comprimento do fruto (mm) e DF = diâmetro do fruto (mm)
As equações não apresentaram coeficiente de determinação
significativo. Portanto, não houve influência significativa dos parâmetros
estudados envolvidos no crescimento e desenvolvimento dos frutos (d, f, fo, c)
na determinação do crescimento e tamanho dos frutos.
O crescimento dos ramos foi mínimo ou praticamente não houve
crescimento, provavelmente em função do uso dos fotoassimilados para o
crescimento dos frutos. O número de frutos e folhas no ramo variou em função
da queda e do surgimento de folhas e frutos novos durante o período de
crescimento e desenvolvimento ou manteve-se constante. A distância do fruto
até a parte externa da copa da árvore variou em função do crescimento dos
frutos, observando-se que o aumento de tamanho destes frutos forçou o
deslocamento do ramo, em função do peso, aumentando a distância inicial do
fruto à parte externa da copa da árvore.
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76
4.4 Parâmetros físico-químicos de qualidade dos frutos
A obtenção de produtos de alta qualidade é o objetivo comum dos
produtores de citros e da indústria de suco. A indústria de suco avalia a
qualidade dos frutos a partir de suas características químicas (concentração
de sólidos solúveis e ácidos orgânicos, e a razão entre esses dois parâmetros)
e as características físicas (peso médio do fruto e o rendimento do suco) que
estão relacionadas ao rendimento do produto final ou rendimento industrial
(Volpe et al., 2000).
Na safra 2006\07 houve significância pelo teste de Tukey para todas
as características físicas dos frutos de lima ácida ‘Tahiti’, avaliadas nos
diferentes períodos de desenvolvimento (Tabela 10).
Tabela 10. Período de desenvolvimento e características físicas de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste - RO, IFRO, safra 2006/07.
Período de Desenvolvimento
Duração do período (dias)
CF (mm)
PF (g)
PS (g)
VS (ml)
RS (%)
1 160 59,00 bc 96,10 b 31,23 cd 30,67 c 32,50 cd 2 175 59,50 bc 98,83 ab 40,07 bc 39,50 bc 40,57 ab 3 181 61,00 ab 104,90 ab 47,00 ab 46,50 ab 44,83 ab 4 155 62,83 a 107,40 a 47,70 ab 46,00 ab 44,47 ab 5 175 62,83 a 105,00 ab 48,97 a 48,50 a 46,67 a 6 114 59,50 bc 101,90 ab 30,53 d 30,50 c 29,73 d 7 157 58,00 c 99,27 ab 39,30 bcd 38,50 bcd 39,60 abc 8 130 58,50 c 97,27 ab 36,27 cd 35,00 cd 37,20 bcd
Média 155,9 60,1 101,3 40,1 39,4 39,8 Cv (%) 1,35 3,68 7,65 7,51 6,92
CF = comprimento do fruto; PF = peso do fruto; PS = peso do suco; VS = volume do suco; RS = rendimento do suco. As médias seguidas pela mesma letra na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
Nos períodos de soma térmica (GDA) mais elevada os frutos
aumentaram de tamanho (comprimento do fruto). Cunha Sobrinho et al. (1992)
consideram a temperatura do ar como fator mais importante que influencia o
tamanho dos frutos. Albrigo (1993) comenta que, além da temperatura do ar, a
disponibilidade de água no solo aumenta o tamanho dos frutos.
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77
Nos períodos onde a precipitação pluviométrica foi mais acentuada os
frutos aumentaram de peso (PF). Segundo Coelho (1993) e Sentelhas (2005),
nas regiões tropicais, a lima ácida ‘Tahiti’ apresenta um desenvolvimento mais
rápido durante o período de plena disponibilidade de água. Segundo Hilgeman
(1977) o déficit hídrico afeta o peso dos frutos.
As diferenças foram significativas, contudo não influenciaram na
qualidade dos frutos, uma vez que, em todos os períodos os frutos colhidos
apresentaram tamanhos (CF) e peso que atendem ao mercado consumidor à
exceção do período 1 que apresentou frutos com peso inferior, provavelmente
devido à baixa precipitação pluviométrica. Os frutos com tamanho entre 47 e
65 mm de diâmetro (Ramos et al., 2002), comprimento de 55 a 70 mm
(Luchetti et al., 2003) e com massa superior a 100 g (Passos et al., 2002) são
os preferidos pelo mercado.
De acordo com Koller (1994) frutos produzidos em regiões ou em
épocas quentes são maiores e ainda, segundo Albrigo (1994) uma boa
disponibilidade de água no solo durante o desenvolvimento dos frutos pode
aumentar a turgescência e consequentemente seu tamanho.
Nos períodos onde a soma térmica (GDA) foi mais elevada associada
à precipitação pluviométrica mais acentuada os frutos apresentaram melhor
rendimento de suco (RS), atendendo às necessidades para o consumo “in
natura” e indústria. De acordo com Chitarra e Chitarra (1990) e Koller (1994),
para a utilização industrial os frutos devem apresentar RS de no mínimo 40%
e segundo Salibe (1977) a qualidade dos frutos para o consumo ‘in natura’
deve apresentar RS de no mínimo 35%.
Na safra 2007\08 não houve diferença significativa para as
características físicas dos frutos (Tabela 11). Os frutos colhidos nos diferentes
períodos de desenvolvimento apresentaram a mesma qualidade em tamanho,
peso e RS. O tamanho e o peso dos frutos atende ao mercado consumidor, no
entanto, o RS está abaixo dos padrões comerciais, tendo sido prejudicado
devido à soma térmica (GDA) e precipitação pluviométrica inferior ocorrida
nesta safra.
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78
Tabela 11. Período de desenvolvimento e características físicas de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste - RO, IFRO, safra 2007/08.
Período de Desenvolvimento
Duração do período (dias)
CF (mm)
PF (g)
PS (g)
VS (ml)
RS (%)
1 113 60,33 a 101,73 a 37,17 a 36,67 a 36,50 a 2 141 58,00 a 107,67 a 35,77 a 35,67 a 33,37 a 3 113 58,00 a 104,10 a 29,90 a 30,50 a 28,70 a 4 141 56,50 a 100,40 a 33,47 a 33,00 a 33,30 a 5 99 58,33 a 105,47 a 27,77 a 28,33 a 26,57 a 6 113 59,00 a 108,83 a 31,20 a 30,67 a 28,27 a 7 8
113 127
59,50 a 60,00 a
112,07 a 108,23 a
29,23 a 27,87 a
29,50 a 27,67 a
26,20 a 25,83 a
Média 120 58,7 106,1 31,5 31,5 29,9 Cv (%) 4,20 9,17 17,95 17,00 15,08
CF = comprimento do fruto; PF = peso do fruto; PS = peso do suco; VS = volume do suco; RS = rendimento do suco. As médias seguidas pela mesma letra na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
Na safra 2008\09 só houve diferença significativa para o tamanho do
fruto (Tabela 12). Nos períodos de soma térmica (GDA) mais elevada os frutos
aumentaram de tamanho. A diferença foi significativa, contudo não influenciou
na qualidade, uma vez que, em todos os períodos os frutos apresentaram
tamanho que atendem ao mercado consumidor.
Tabela 12. Período de desenvolvimento e características físicas de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste - RO, IFRO, safra 2008/09.
Período de Desenvolvimento
Duração do período
(dias)
CF (mm)
PF (g)
PS (g)
VS (ml)
RS (%)
1 113 59,33 abc 88,53 a 33,47 a 32,67 a 38,30 a 2 126 59,33 abc 89,97 a 29,30 a 29,00 a 32,60 a 3 99 61,67 ab 95,37 a 24,57 a 24,00 a 25,90 a 4 113 62,33 a 97,30 a 33,30 a 32,67 a 34,23 a 5 113 63,67 a 102,13 a 35,83 a 35,00 a 34,90 a 6 120 55,00 c 90,80 a 24,40 a 24,30 a 27,00 a 7 99 55,33 c 90,60 a 24,87 a 24,60 a 27,33 a 8 106 56,33 bc 93,83 a 25,73 a 25,77 a 27,37 a
Média 111,1 59,1 93,6 28,9 28,5 30,9 Cv (%) 3,33 8,76 15,02 14,92 14,81
CF = comprimento do fruto; PF = peso do fruto; PS = peso do suco; VS = volume do suco; RS = rendimento do suco. As médias seguidas pela mesma letra na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
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79
Os frutos colhidos nos diferentes períodos apresentaram a mesma
qualidade em peso e RS. O peso dos frutos está um pouco abaixo do exigido
pelo mercado consumidor, provavelmente devido às precipitações
pluviométricas mais baixas ocorridas nesta safra, e o RS está abaixo dos
padrões comerciais exigidos, tendo sido prejudicado devido à soma térmica
(GDA) e a precipitação pluviométrica terem sido inferiores.
Todas as características químicas de frutos de lima ácida ‘Tahiti’
avaliadas nos diferentes períodos de desenvolvimento na safra 2006\07
apresentaram significância pelo teste de Tukey (Tabela 13).
Tabela 13. Período de desenvolvimento e características químicas de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste - RO, IFRO, safra 2006/07.
Período de Desenvolvimento
Duração do período (dias)
pH SS AT SS/AT IT
1 160 2,03 ab 9,93 a 5,73 abc 1,73 a 0,90 abc 2 175 2,10 a 9,10 ab 5,83 ab 1,60 bc 1,00 ab 3 181 1,67 d 9,23 ab 6,07 a 1,57 bc 1,13 a 4 155 2,03 ab 8,93 b 6,00 ab 1,50 cd 1,10 ab 5 175 1,70 d 8,07 c 5,63 abc 1,40 d 1,03 ab 6 114 1,83 cd 8,67 bc 5,30 c 1,63 ab 0,70 c 7 157 1,90 bc 8,67 bc 6,00 ab 1,50 cd 0,90 abc 8 130 1,93 abc 8,77 bc 5,60 bc 1,57 bc 0,87 bc
Média 155,9 1,9 8,9 5,8 1,6 1,0 Cv (%) 3,17 3,26 2,72 2,66 8,60
SS = sólidos solúveis (ºBrix); AT = acidez titulável (gramas de ácido cítrico / 100ml suco); IT = índice tecnológico (kg SS caixa). As médias seguidas pela mesma letra na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
Todos os frutos apresentaram suco com índices de pH adequado à
qualidade industrial à exceção dos frutos colhidos nos períodos 3 e 5. De
acordo com Ting e Attaway (1971) o pH dos frutos cítricos geralmente varia
em torno de 2,0 para limas e limões.
Nos períodos onde a soma térmica (GDA) foi mais elevada associada
à precipitação pluviométrica menos acentuada, os frutos apresentaram melhor
teor de sólidos solúveis (SS) e acidez titulável (AT).
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80
Teores mais elevados de SS, segundo Reuther e Rios-Castano
(1969), estão associados ao estresse por seca e umidade do solo moderada,
e longos períodos de chuva diminuem os SS. Volpe et al. (2000), mostraram
que o teor de SS aumenta com o acúmulo de graus-dia, e que a relação
quadrática é a que melhor explica essas relações. Chen (1990) mostrou que o
acúmulo de graus-dia pode representar o acúmulo de SS.
Em todos os períodos os frutos apresentaram suco com teores de SS
ou dentro dos padrões comerciais para exportação (indústria de suco) ou para
o mercado interno, à exceção do suco dos frutos colhidos no período 5 onde a
precipitação pluviométrica foi superior e promoveu a diluição dos SS. Luchetti
et al. (2003), mencionam que o suco do fruto de lima ácida ‘Tahiti’ tem teores
médios de 9º Brix. Os SS (º Brix) indicam a quantidade de substâncias que se
encontram dissolvidos no suco, sendo constituído na sua maioria por açúcares
(Alves, 1996).
De acordo com Rasmussen et al. (1996) e Albrigo (1993) o ácido
cítrico é o mais acumulado no fruto e particularmente a soma da temperatura
do ar o fator que mais influencia no acúmulo desse ácido. Kimbal (1984)
observou que no inicio da maturação, a soma da temperatura do ar, está,
provavelmente, mais diretamente relacionada ao crescimento do fruto e,
consequentemente, ao aumento da capacidade do mesmo em absorver e
reter água, o que, por sua vez, provoca a diluição do ácido.
Conforme Coelho (1993) o suco dos frutos com teores médios de 6 g
de ácido cítrico por 100 ml suco, está de acordo com os teores médios de AT
desejáveis, portanto os frutos colhidos em todos os períodos, apresentam
suco com teores de AT adequado ao mercado consumidor, à exceção do suco
dos frutos colhidos no período 6, onde a soma térmica (GDA) foi inferior e
diminuiu o acúmulo de ácido.
Em todos os períodos o suco dos frutos apresentou uma boa relação
SS/AT, à exceção do período 5 onde a precipitação pluviométrica elevada
reduziu os SS e a soma térmica (GDA) elevada promoveu o acúmulo de
ácidos reduzindo a relação SS/AT. Segundo Luchetti et al. (2003) a relação
SS/AT deve ser de no mínimo 1,5.
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81
A relação SS/AT é um fator que indica o sabor dos frutos (doce ou
ácido), sendo dependente das quantidades relativas de açúcares e AT no
suco, sendo considerada como um importante índice de maturidade dos frutos
(Jackson, 1991; Costa, 1994).
O índice tecnológico (IT), que determina o rendimento industrial, não
constitui o resultado de uma medida e, sim, de um cálculo, cujos parâmetros
são o teor de SS e o RS; portanto, ele é influenciado por todos os fatores que
afetam o comportamento desses parâmetros. Nos períodos onde o RS foi
adequado para comercialização e o teor de SS foi melhor obteve-se índice
tecnológico (IT) com rendimento igual ou acima de 0,9 kg SS caixa, o que
atende o mercado interno para consumo, mas a indústria exige índices
superiores.
Na safra 2007/08 houve diferença significativa para pH, teor de SS,
relação SS/AT e conteúdo de vitamina C ou ácido ascórbico (Tabela 14).
Tabela 14. Período de desenvolvimento e características químicas de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste - RO, IFRO, safra 2007/08.
Período de
desenvolvimento
Duração do período
(dias)
pH SS AT SS/AT IT VC
1 113 2,27 a 8,03 c 5,63 a 1,43 ab 0,83 a 30,33 ab 2 141 2,40 a 8,07 bc 5,77 a 1,40 b 0,73 a 29,63 ab 3 113 2,37 a 8,20 bc 5,60 a 1,47 ab 0,63 a 30,57 ab 4 141 2,30 a 9,17 a 5,13 a 1,80 a 0,80 a 24,20 ab 5 099 2,43 a 8,10 bc 5,43 a 1,50 ab 0,60 a 33,30 a 6 113 2,00 b 8,00 c 5,30 a 1,53 ab 0,63 a 28,10 ab 7 8
113 127
2,27 a 2,33 a
8,90 ab 9,23 a
5,37 a 5,37 a
1,67 ab 1,73 ab
0,60 a 0,67 a
22,20 b 25,40 ab
Média 120,0 2,3 8,5 5,5 1,6 0,7 27,9 Cv (%) 3,13 3,53 7,95 8,40 12,94 13,52
SS = sólidos solúveis (ºBrix); AT = acidez titulável (gramas de ácido cítrico / 100ml suco); IT = índice tecnológico (kg SS caixa); VC = vitamina C (mg / 100 ml suco). As médias seguidas pela mesma letra na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
A diferença foi significativa, contudo não influenciou na qualidade dos
frutos, uma vez que, em todos os períodos os frutos apresentam suco com
pH, teor de vitamina C e relação SS/AT dentro dos padrões comerciais, à
exceção do período 2 que apresentou relação SS/AT inferior devido à soma
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82
térmica (GDA) elevada ter promovido o acúmulo de ácidos e a precipitação
pluviométrica elevada reduzido o teor de SS.
O valor dos SS variou entre 8,0 e 9,2, provavelmente em função da
variação da precipitação pluviométrica e do acumulo de graus-dia. A média na
safra foi de 8,5, estando o valor médio encontrado próximo ao teor de SS
adequado a comercialização do fruto ‘in natura’ e do suco para a indústria.
Os argumentos encontrados na literatura para relacionar o conteúdo
de SS com a quantidade de água via irrigação ou chuva baseiam-se no fato
de que, em condições de menor disponibilidade de água no solo, a
concentração de açúcares nos frutos tende a elevar-se, haja vista a menor
absorção de água pela planta e, consequentemente, a menor diluição desses
sólidos quando submetido a déficit hídrico (Shalhevet e Levy, 1990; Ginestar e
Castel, 1996). Hilgeman (1977), em trabalho realizado com a laranjeira
‘Valência’, observou que a umidade elevada do solo contribui para a redução
dos SS no suco.
Segundo Gayet et al. (1995) e Luchetti et al. (2003) o teor de vitamina
C deve estar entre 20 e 40 mg por 100 ml de suco, o que está de acordo com
os valores encontrados.
Os frutos colhidos nos diferentes períodos apresentaram a mesma
qualidade em teores médios de AT e IT de suco. Os índices de AT estão
próximos aos padrões comerciais exigidos pelo mercado, mas o IT encontrado
não foi adequado para a comercialização dos frutos, provavelmente, devido ao
baixo RS.
Na safra 2008/09 houve diferença significativa para pH, AT, relação
SS/AT e IT (Tabela 15). A diferença foi significativa, contudo não influenciou
na qualidade dos frutos, uma vez que, em todos os períodos os frutos
apresentam suco com pH, AT e relação SS/AT adequado aos padrões
comerciais, à exceção da AT encontrada nos períodos 6 e 7 onde a
precipitação pluviométrica elevada promoveu a diluição dos ácidos diminuindo
a AT e a relação SS/AT encontrada no período 2 onde a soma térmica (GDA)
elevada promoveu o acúmulo de ácidos reduzindo a relação SS/AT, que
ficaram um pouco abaixo do ideal .
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83
Tabela 15. Período de desenvolvimento e características químicas de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste - RO, IFRO, safra 2008/09.
Período de
desenvolvimento Duraçãodo período
(dias)
pH SS AT SS/AT IT VC
1 113 2,40 a 8,13 a 5,77 ab 1,43 ab 0,83 a 25,60 a 2 126 1,93 b 7,20 a 5,70 ab 1,27 b 0,63 ab 32,60 a 3 99 2,47 a 7,73 a 5,63 abc 1,40 ab 0,57 b 29,37 a 4 113 1,93 b 8,07 a 6,17 a 1,33 ab 0,73 ab 35,93 a 5 113 2,40 a 7,87 a 6,17 a 1,37 ab 0,77 ab 35,07 a 6 120 2,33 a 7,50 a 4,53 c 1,67 a 0,57 b 38,70 a 7 99 2,53 a 7,10 a 5,00 bc 1,43 ab 0,53 b 32,10 a 8 106 2,33 a 7,47 a 5,13 abc 1,50 ab 0,57 b 36,20 a
Média 111,1 2,3 7,6 5,5 1,4 0,7 33,2 Cv (%) 4,80 6,25 7,00 8,12 12,56 15,26
SS = sólidos solúveis (°Brix); AT = acidez titulável (gramas de ácido cítrico / 100ml suco); IT = índice tecnológico (kg SS caixa); VC = vitamina C (mg/100 ml suco). As médias seguidas pela mesma letra na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
Os frutos colhidos nos diferentes períodos apresentaram a mesma
qualidade em teores médios de SS e teores de vitamina C no suco. Os teores
de vitamina C estão de acordo com os padrões comerciais exigidos pelo
mercado e os SS não apresentaram valores adequados, provavelmente em
função do baixo acúmulo de graus-dia, apesar da baixa precipitação.
Os frutos apresentaram diferentes índices tecnológicos de suco (IT),
estando todos abaixo dos padrões comerciais, provavelmente, devido ao
baixo RS, não apresentando rendimento industrial adequado.
Determinou-se as características físico-químicas de qualidade dos
frutos de lima ácida ‘Tahiti’ colhidos nos diferentes períodos de
desenvolvimento, levando-se em consideração os valores médios das três
safras avaliadas, nas condições meteorológicas da região de Colorado do
Oeste, entre os anos de 2006 e 2009 (Tabela 16).
Houve diferença significativa pelo teste de Scott-Knott para período de
desenvolvimento dos frutos, PF, RS, pH, SS e IT. O tamanho médio dos
frutos, a AT, a relação SS/AT e a vitamina C do suco, não apresentaram
diferença significativa e, estão de acordo com as necessidades do mercado.
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84
Tabela 16: Valores médios de período de desenvolvimento e qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’, em 3 safras, em função das variáveis meteorológicas (GD, UF, PP). IFRO. Colorado do Oeste - RO. 2006 - 2009.
Safra Período CF PF RS pH SS AT SS/AT IT VC 2006/07 155,9 a 60,1a 101,3b 39,8a 1,9 b 8,9 a 5,8 a 1,6 a 1,0a - 2007/08 120,0 b 58,7a 106,1a 29,9b 2,3 a 8,5 a 5,5 a 1,6 a 0,7b 27,9a 2008/09 111,1 b 59,1a 93,6c 30,9b 2,3 a 7,6 b 5,5 a 1,4 a 0,7b 33,2a Média 129,0 59,3 100,3 33,5 2,2 8,3 5,6 1,5 0,8 30,6 Cv (%) 13,08 3,79 4,08 13,46 9,37 5,89 6,52 8,74 12,38 14,63 Período = duração do período de desenvolvimento dos frutos (dias); CF = comprimento do fruto (mm); PF = peso do fruto (g); RS = rendimento do suco (%); SS = sólidos solúveis (°Brix); AT = acidez titulável (g ácido cítrico / 100 ml suco); IT = índice tecnológico (kg SS caixa); VC = vitamina C (mg / 100 ml suco). As médias seguidas pela mesma letra na mesma coluna, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott, ao nível de 5% de probabilidade.
O peso médio dos frutos colhidos na safra 2008/09 apresentou
valores um pouco abaixo do recomendado para o mercado, provavelmente
devido às precipitações pluviométricas mais baixas ocorridas nesta safra.
O teor médio de SS do suco dos frutos colhidos em todas as safras
apresentou valores satisfatórios para atender ao mercado, à exceção do
encontrado na safra 2008/09. Na safra 2006/07 os frutos tiveram teor de SS
mais elevado, provavelmente em função da baixa precipitação pluviométrica
ocorrida nos meses de julho a meados de setembro (período de seca na
região).
Na safra 2006/07 o RS apresentou índices satisfatórios e adequados
ao mercado, provavelmente devido as maiores precipitações pluviométricas,
que promoveu maior absorção de água pelo fruto e aumento de peso e
conteúdo de suco. O maior DEF encontrado foi em função do período de seca
avaliado e não afetou o RS, pois ocorreu grande precipitação pluviométrica
nos meses seguintes até a colheita.
O valor médio de IT encontrado na safra 2006/07 atende ao mercado
“in natura” mas não apresenta rendimento industrial adequado. Nas safras
2007/08 e 2008/09 os frutos colhidos não apresentaram padrões comerciais
adequados para RS e IT.
A relação da duração dos períodos (dias) e das variáveis
meteorológicas (GDA, UF, PP, PPe) com a qualidade físico-química dos frutos
de lima ácida ‘Tahiti’, nas safras de 2006 a 2009, são apresentados nas
Figuras de 26 a 30.
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85
y = -0,0006x2 + 0,2301x + 81,628r2 = 0,0234
70
80
90
100
110
120
130
80 100 120 140 160 180 200
Período de desenvolvimento (dias)
y = 0,0007x2 - 0,0066x + 21,538r2 = 0,4924
1520253035404550
80 100 120 140 160 180 200
Período de desenvolvimento (dias)
y = -1E-05x2 - 0,0034x + 2,7827r2 = 0,3894
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
80 100 120 140 160 180 200
Perríodo de desenvolvimento (dias)
y = -0,0003x2 + 0,087x + 1,4861r2 = 0,3363
6
7
8
9
10
11
80 100 120 140 160 180 200
Período de desenvolvimento (dias)
y = 3E-05x2 - 0,0013x + 5,2805r2 = 0,101
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
80 100 120 140 160 180 200
Período de desenvolvimento (dias)
y = -6E-05x2 + 0,0183x + 0,2113r2 = 0,0751
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
80 100 120 140 160 180 200
Período de desenvolvimento (dias)
y = 4E-06x2 + 0,0051x + 0,0345r2 = 0,6741
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
80 100 120 140 160 180 200
Período de desenvolvimento (dias)
y = -0,0026x2 + 0,5243x + 5,7745r2 = 0,062
15
20
25
30
35
40
45
50
80 100 120 140 160 180 200
Período de desenvolvimento (dias)
Figura 26. Relação entre período de desenvolvimento e qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO. 2006 - 2009.
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86
y = 2E-05x2 - 0,0452x + 130,1r2 = 0,0206
70
80
90
100
110
120
130
800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Soma térmica (GDA)
y = -1E-06x2 + 0,0212x + 7,0497r2 = 0,5368
1520253035404550
800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Soma térmica (GDA)
y = -2E-08x2 - 0,0006x + 2,931r2 = 0,4342
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Soma térmica (GDA)
y = -1E-06x2 + 0,0042x + 4,5703r2 = 0,2582
6
7
8
9
10
11
800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Soma térmica (GDA)
y = -2E-07x2 + 0,0011x + 4,4269r2 = 0,1247
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Soma térmica (GDA)
y = -2E-07x2 + 0,0007x + 0,9867r2 = 0,0215
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Soma térmica (GDA)
y = -4E-08x2 + 0,0007x - 0,0685r2 = 0,6953
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Soma térmica (GDA)
y = -2E-05x2 + 0,0395x + 9,647r2 = 0,0101
1520253035404550
800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Soma térmica (GDA)
Figura 27. Relação entre soma térmica (GDA) e qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO. 2006 - 2009.
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87
y = 8E-08x2 - 0,0041x + 151,49r2 = 0,0725
70
80
90
100
110
120
130
10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000
Unidades fototérmicas (UF)
y = -8E-09x2 + 0,0013x + 7,0031r2 = 0,571
1520253035404550
10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000
Unidades fototérmicas (UF)
y = -1E-10x2 - 2E-05x + 2,7577r2 = 0,4572
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000
Unidades fototérmicas (UF)
y = 2E-09x2 - 2E-05x + 7,9708r2 = 0,2024
6
7
8
9
10
11
10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000
Unidades fototérmicas (UF)
y = -2E-09x2 + 0,0001x + 3,7309r2 = 0,186
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000
Unidades fototérmicas (UF)
y = 5E-10x2 - 3E-05x + 1,8218r2 = 0,0091
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000
Unidades fototérmicas (UF)
y = 1E-10x2 + 2E-05x + 0,1976r2 = 0,6971
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000
Unidades fototérmicas (UF)
y = 4E-08x2 - 0,0014x + 44,243r2 = 0,0041
1520253035404550
10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000
Unidades fototérmicas (UF)
Figura 28. Relação entre saldo de unidades fototérmicas (UF) e qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO. 2006 - 2009.
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88
y = -1E-05x2 + 0,0435x + 71,11
r2 = 0,1263
70
80
90
100
110
120
130
500 800 1100 1400 1700 2000
Precipitação pluviométrica (mm)
y = 4E-05x2 - 0,08x + 68,999r2 = 0,3396
1520253035404550
500 800 1100 1400 1700 2000
Precipitação pluviométrica (mm)
y = -1E-06x2 + 0,0017x + 1,5061
r2 = 0,261
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
500 800 1100 1400 1700 2000
Precipitação pluviométrica (mm)
y = -9E-07x2 + 0,0027x + 6,4785r2 = 0,0817
6
7
8
9
10
11
500 800 1100 1400 1700 2000
Precipitação pluviométrica (mm)
y = 3E-06x2 - 0,0058x + 8,6793r2 = 0,1773
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
500 800 1100 1400 1700 2000
Precipitação pluviométrica (mm)
y = -8E-07x2 + 0,002x + 0,3775r2 = 0,2288
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
500 800 1100 1400 1700 2000
Precipitação pluviométrica (mm)
y = 8E-07x2 - 0,0015x + 1,365r2 = 0,3077
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
500 800 1100 1400 1700 2000
Precipitação pluviométrica (mm)
y = -2E-05x2 + 0,0294x + 18,68
r2 = 0,0507
1520253035404550
500 800 1100 1400 1700 2000
Precipitação pluviométrica (mm)
Figura 29. Relação entre precipitação pluviométrica total (PP) e qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO. 2006 - 2009.
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89
y = -6E-05x2 + 0,0871x + 71,11r2 = 0,1263
60
80
100
120
140
200 400 600 800 1000
Chuva efetiva (mm)
y = 0,0002x2 - 0,1601x + 68,999r2 = 0,3396
10
20
30
40
50
60
200 400 600 800 1000
Chuva efetiva (mm)
y = -4E-06x2 + 0,0035x + 1,5061r2 = 0,261
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
200 400 600 800 1000
Chuva efetiva (mm)
y = -4E-06x2 + 0,0054x + 6,4785r2 = 0,0817
6
7
8
9
10
11
200 400 600 800 1000
Chuva efetiva (mm)
y = 1E-05x2 - 0,0116x + 8,6793r2 = 0,1773
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
200 400 600 800 1000
Chuva efetiva (mm)
y = -3E-06x2 + 0,004x + 0,3775r2 = 0,2288
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
200 400 600 800 1000
Chuva efetiva (mm)
y = 3E-06x2 - 0,0031x + 1,365r2 = 0,3077
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
200 400 600 800 1000
Chuva efetiva (mm)
y = -7E-05x2 + 0,0588x + 18,68r2 = 0,0507
15
20
25
30
35
40
45
50
200 400 600 800 1000
Chuva efetiva (mm)
Figura 30. Relação entre chuva efetiva (PPe) e qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO. 2006 - 2009.
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90
O uso de soma térmica (GDA) e unidades fototérmicas como variáveis
de influência na avaliação do crescimento e qualidade dos frutos apresentou
coeficientes de determinação (r2) semelhantes aos encontrados quando
utilizou-se o tempo cronológico (dias) como variável de determinação.
Houve variação na qualidade físico-química dos frutos durante o
período de desenvolvimento e o RS e IT foram mais influenciados pelas
condições meteorológicas. Segundo Chitarra (1994) as características de
qualidade dos frutos cítricos são de extrema importância para uma boa
comercialização, seja para o consumo “in natura” ou para processamento
industrial e para Reuther (1973) e Volpe et al. (2002) as características físicas
e químicas dos frutos variam no decorrer do período de desenvolvimento, e
essa variação depende, entre outros fatores, das condições meteorológicas
durante a formação e maturação dos frutos.
O RS, IT, AT e SS aumentaram com o acúmulo de soma térmica
(GDA) e maior saldo de unidades fototérmicas (UF). Segundo Marchi (1993), o
aumento da concentração de açúcares ocorre durante toda a fase de
crescimento e maturação dos frutos, estando diretamente relacionado à
intensidade do processo fotossintético e, por sua vez, à temperatura do ar e à
intensidade de luz. O peso dos frutos, RS e IT ou rendimento industrial aumentaram e o
teor de vitamina C diminuiu em função da precipitação pluviométrica. Estes
resultados reforçam a importância do aspecto da manutenção da umidade do
solo em níveis adequados para a obtenção de maiores teores de suco nos
frutos. Segundo Alves Júnior (2006), o déficit hídrico diminui a percentagem
de suco em frutos cítricos.
Os resultados do cálculo das equações lineares múltiplas de regressão,
entre os parâmetros físico-químicos de qualidade dos frutos e as variáveis
meteorológicas (GDA, UF, PP, ETR, DEF e EXC), nas safras de 2006 a 2009,
são apresentados nas Tabelas 17 e 18.
As equações referentes ao rendimento de suco (RS) e índice
tecnológico do suco (IT) apresentaram coeficiente de determinação
estatisticamente significante a 5% de probabilidade.
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91
Tabela 17. Parâmetros das equações (a, b e c) e coeficientes de determinação (r2) encontrados entre os parâmetros físico-químicos de qualidade dos frutos (CF, PF, RS, pH, SS, AT, relação SS/AT, IT) e as variáveis meteorológicas (GDA, PP, ETR, DEF e EXC), nas safras de 2006 a 2009, em Colorado do Oeste, RO.
Variáveis
Dependentes (y)
Variáveis
independentes (xi)
Y = a + b x1 + c x2 r2
a b c
CF X1 = GDA 57,98 + 0,0039 - 0,0034 0,1460
PF X2 = PP 90,76 - 0,0038 + 0,0130 0,1214
RS 8,90 + 0,0181 + 0,0003 0,5365
PH 3,02 - 0,0005 - 0,0001 0,4436
SS 6,46 + 0,0013 + 0,0001 0,2514
AT 5,07 + 0,0009 - 0,0006 0,2224
SS/AT 1,34 - 0,0 + 0,0001 0,0730
IT 0,04 + 0,0005 + 0,0 0,6761
CF X1 = GDA 55,30 + 0,0011 + 0,0057 0,0589
PF X2 = ETR 101,19 + 0,0072 - 0,0229 0,0098
RS 4,74 + 0,0131 + 0,0247 0,5449
pH 3,36 - 0,0001 - 0,0022 0,4825
SS 7,67 + 0,0027 - 0,0066 0,3003
AT 4,66 + 0,0005 + 0,0006 0,1296
SS/AT 1,57 + 0,0002 - 0,0008 0,0377
IT 0,08 + 0,0006 - 0,0002 0,6768
CF X1 = GDA 60,22 - 0,0012 + 0,0461 0,1004
PF X2 = DEF 102,73 - 0,0025 + 0,0650 0,0134
RS 6,83 + 0,0203 - 0,0261 0,5385
pH 3,10 - 0,0007 + 0,0016 0,4371
SS 7,57 + 0,0004 + 0,0123 0,2899
AT 4,81 + 0,0006 + 0,0005 0,1288
SS/AT 1,55 - 0,0 + 0,0015 0,0315
IT 0,17 + 0,0004 + 0,0015 0,6863
CF X1 = GDA 58,89 + 0,0023 - 0,0039 0,1846
PF X2 = EXC 88,32 + 0,0021 + 0,0134 0,1405
RS 9,93 + 0,0183 - 0,0013 0,5386
pH 2,99 - 0,0006 - 0,0 0,4334
SS 6,31 + 0,0014 + 0,0003 0,2606
AT 5,21 + 0,0006 - 0,0007 0,2499
SS/AT 1,28 + 0,0 + 0,0002 0,1284
IT 0,05 + 0,0005 - 0,0 0,6765
GD = graus-dias acumulado (soma térmica °C); PP = precipitação pluviométrica total (mm); ETR = evapotranspiração real (mm); DEF = deficiência hídrica (mm); EXC = excedente hídrico (mm); CF = comprimento do fruto (mm); PF = peso do fruto (g); RS = rendimento do suco (%); SS = sólidos solúveis (°Brix); AT = acidez titulável (g. ácido cítrico / 100 ml suco); IT = índice tecnológico (kg SS caixa).
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92
Tabela 18. Parâmetros das equações (a, b e c) e coeficientes de determinação (r2) encontrados entre os parâmetros físico-químicos de qualidade dos frutos (CF, PF, RS, pH, SS, AT, relação SS/AT, IT) e as variáveis meteorológicas (UF, PP, ETR, DEF e EXC), nas safras de 2006 a 2009, em Colorado do Oeste, RO.
Variáveis
Dependentes (y)
Variáveis
independentes (xi)
Y = a + b x1 + c x2 r2
a b c
CF X1 = UF 58,14 + 0,0001 - 0,0030 0,1729
PF X2 = PP 90,82 - 0,0001 + 0,0127 0,1257
RS 10,20 + 0,0008 + 0,0027 0,5790
pH 2,99 - 0,0 - 0,0001 0,4879
SS 6,70 + 0,0 + 0,0003 0,2136
AT 5,12 + 0,0 - 0,0005 0,2539
SS/AT 1,36 - 0,0 + 0,0001 0,0775
IT 0,09 + 0,0 + 0,0 0,6952
CF X1 = UF 57,97 + 0,0002 - 0,0091 0,1039
PF X2 = ETR 94,62 - 0,0002 + 0,0243 0,0057
RS 8,81 + 0,0007 + 0,0152 0,5732
pH 3,26 - 0,0 - 0,0018 0,4921
SS 7,47 + 0,0 - 0,0023 0,2070
AT 5,15 + 0,0 - 0,0018 0,1934
SS/AT 1,40 - 0,0 + 0,0004 0,0064
IT 0,17 + 0,0 - 0,0 0,6828
CF X1 = UF 57,34 + 0,0 + 0,0193 0,1026
PF X2 = DEF 110,84 - 0,0005 + 0,1531 0,0420
RS 8,06 + 0,0011 - 0,0579 0,5794
pH 3,04 - 0,0 + 0,0026 0,4686
SS 8,27 - 0,0 + 0,0185 0,2841
AT 4,44 + 0,0 - 0,0045 0,1954
SS/AT 1,76 - 0,0 + 0,0037 0,0839
IT 0,24 + 0,0 + 0,0013 0,6897
CF X1 = UF 58,82 + 0,0001 - 0,0035 0,1947
PF X2 = EXC 88,78 + 0,0 + 0,0137 0,1396
RS 10,53 + 0,0009 + 0,0020 0,5744
pH 2,99 - 0,0 - 0,0001 0,4771
SS 6,52 + 0,0 + 0,0005 0,2296
AT 5,21 + 0,0 - 0,0005 0,2647
SS/AT 1,31 + 0,0 + 0,0002 0,1193
IT 0,09 + 0,0 + 0,0 0,6938
UF = unidades fototérmicas; PP = precipitação pluviométrica total (mm); ETR = evapotranspiração real (mm); DEF = deficiência hídrica (mm); EXC = excedente hídrico (mm); CF = comprimento do fruto (mm); PF = peso do fruto (g); RS = rendimento do suco (%); SS = sólidos solúveis (°Brix); AT = acidez titulável (g. ácido cítrico / 100 ml suco); IT = índice tecnológico (kg SS caixa).
Os resultados do cálculo das equações lineares múltiplas de regressão,
entre os parâmetros físico-químicos de qualidade dos frutos e as variáveis
distância do fruto à parte externa da copa (d), o número de frutos do ramo de
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93
última ordem onde o fruto selecionado está inserido (f), o comprimento (c) e o
número de folhas deste ramo (fo), nas safras de 2006 a 2009, são
apresentados na Tabela 19.
Tabela 19. Parâmetros das equações (a, b, c, d, e) e coeficientes de determinação (r2) encontrados entre os parâmetros físico-químicos de qualidade dos frutos (CF, PF, RS, pH, SS, AT, relação SS/AT, IT) e a distância do fruto à parte externa da copa (d), o número de frutos do ramo de última ordem onde o fruto marcado está inserido (f), o comprimento (c) e o número de folhas deste ramo (fo), nas safras de 2006 a 2009, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste, RO.
Variáveis
dependentes (y)
Variáveis
independentes (xi)
Y = a + b x1 + c x2 + d x3
+ e x4 r2
a b c d e
CF (mm) X1 = d (mm)
X2 = f (unidade)
X3 = fo (unidade)
X4 = c (mm)
57,65 +0,0019 +0,5038 +0,1238 - 0,0088 0,1591
PF (g) X1 = d (mm)
X2 = f (unidade)
X3 = fo (unidade)
X4 = c (mm)
94,10 +0,0120 - 1,1400 +0,3511 - 0,0269 0,2642
RS (%) X1 = d (mm)
X2 = f (unidade)
X3 = fo (unidade)
X4 = c (mm)
27,67 +0,0015 +1,4080 +0,2210 - 0,0004 0,1126
PH X1 = d (mm)
X2 = f (unidade)
X3 = fo (unidade)
X4 = c (mm)
2,51 - 0,0002 - 0,0710 - 0,0107 +0,0002 0,2253
SS (°Brix) X1 = d (mm)
X2 = f (unidade)
X3 = fo (unidade)
X4 = c (mm)
7,99 +0,0003 +0,1961 +0,0237 - 0,0021 0,1310
AT (g ácido cítrico /
100 ml suco);
X1 = d (mm)
X2 = f (unidade)
X3 = fo (unidade)
X4 = c (mm)
5,46 +0,0003 +0,0447 +0,0172 - 0,0017 0,1359
Relação SS/AT X1 = d (mm)
X2 = f (unidade)
X3 = fo (unidade)
X4 = c (mm)
1,50 - 0,0000 +0,0119 - 0,0008 +0,0001 0,0091
IT (kg SS caixa) X1 = d (mm)
X2 = f (unidade)
X3 = fo (unidade)
X4 = c (mm)
0,59 +0,0001 +0,0448 +0,0069 - 0,0001 0,1365
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As equações não apresentaram coeficiente de determinação
significativo. Portanto, não houve influência significativa dos parâmetros
estudados envolvidos no crescimento e desenvolvimento dos frutos (d, f, fo, c)
na determinação da qualidade dos frutos.
Torna-se necessário a realização de novos estudos, pois
provavelmente, para a produção de frutos com rendimento e índice
tecnológico adequados ao uso industrial, na região de Colorado do Oeste seja
necessário antecipar a florada, o que é possível com o uso de irrigação, e
atrasar a colheita, permitindo maior crescimento dos frutos até o tamanho
máximo recomendado (65 mm) ou utilizar outro parâmetro para determinar o
momento da colheita, aumentando, assim, o período de desenvolvimento e o
suporte térmico e hídrico para a cultura da lima ácida ‘Tahiti’.
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5 CONCLUSÕES
Os frutos de lima ácida ‘Tahiti’ produzidos nas condições térmicas e hídricas
de Colorado do Oeste, no Estado de Rondônia, apresentaram:
- Crescimento e desenvolvimento adequados nos meses de outubro a março,
provavelmente em função da temperatura do ar mais elevada associada às
maiores precipitações pluviométricas.
- Variação na qualidade físico-química durante o crescimento e
desenvolvimento e o rendimento de suco e índice tecnológico foram
influenciados de forma mais significativa.
- Tamanho, peso, pH, sólidos solúveis, acidez, relação entre sólidos solúveis
e acidez e teor de vitamina C adequados aos padrões comerciais exigidos
pelo mercado ‘in natura’ de fruta fresca e para o uso industrial, mas não
apresentam rendimento industrial adequado.
- Rendimento de suco adequado à utilização industrial quando o acúmulo de
soma térmica foi superior a 1.700 GD, com saldo de unidades fototérmicas
acima de 32.000 e precipitação pluviométrica total acima de 1.500 mm, sendo
necessários mais de 160 dias para o desenvolvimento.
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